Livros que (nos) mudaram o mundo
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Livros que (nos) mudaram o mundo
Livros que (nos) mudaram o mundo Suplemento "...poucas coisas marcam tanto um leitor como o primeiro livro que realmente abre caminho até ao seu coração. Aquelas primeiras imagens, o eco dessas palavras que julgamos ter deixado para trás, acompanham-nos toda a vida e esculpem um palácio na nossa memória ao qual, mais tarde ou mais cedo - não importa quantos livros leiamos, quantos mundos descubramos, tudo quanto aprendamos ou esqueçamos -, vamos regressar." In “A sombra do vento” de Carlos Ruiz Zafón Na infância e na juventude, os livros tocam-nos especialmente porque ajudam a formar o nosso imaginário, fazendo-nos sonhar. E é tal o seu poder e encanto que alguns marcam, de forma indelével, o nosso percurso de vida. A equipa da BE partiu em busca das memórias dos leitores crescidos e, nessa viagem, aproveitou também para saber quais os livros preferidos dos nossos alunos … recolhemos alguns testemunhos inspirados e inspiradores, que lhe oferecemos neste Suplemento, sugestões que vêm mesmo a calhar agora que se aproximam as férias escolares … Deixamos-lhe também o convite para participar, dando-nos a conhecer os livros que mudaram o seu mundo, para [email protected] Boas leituras! A equipa da BE Os livros que mais me fascinam são os livros da colecção Gerónimo Stilton. Recomendo-os a todas as pessoas, mesmo àquelas que não gostam de ler. Quem é fã de um livro engraçado deveria ler os livros desta magnífica colecção. Quem não gosta muito de ler também deveria experimentar estes livros porque não são muito grandes e são bastante divertidos. Têm nomes um pouco estranhos mas são fantásticos. Para além disso, são baratos e temos alguns na biblioteca da nossa escola! O livro que mais gostei de ler foi “Diário de um banana” porque é um livro muito divertido e também é muito educativo. Este interessante livro fala sobre um rapaz que está na escola preparatória e tem muitos problemas de pré-adolescência. Esse rapaz tem um irmão mais velho que se chama Rodrick e que o está sempre a “chatear”... tem um pai que acha que pode “endurecer” o filho. Só que o pai não percebe que o Greg (que é o “Banana”) nunca deixará de ser um “Banana”. O último livro que li foi “Amigas, inimigas e outros problemas.” Este livro é muito interessante porque ensina não só a resolver problemas com as amigas como também a arranjar muitos outros problemas com as amigas. Incrível, não é? O livro foi escrito por Rosie Roshton. Foi um dos livros mais interessantes que li porque, apesar de discussões, não há nada melhor do que ter um grupo de VAPS! Verdadeiras amigas para sempre !!! Cátia Catronga, 5ºC Tiago Berrucho, 6ºA Ana Rasteiro, 7ºA página 2 Livros que (nos) mudaram o mundo Desde muito pequena que gosto de ler e, quando ainda não o conseguia fazer sozinha, tinha a ajuda e o incentivo da minha mãe. Hoje em dia, leio por prazer, para passar o tempo e até para me distrair um pouco, quando estou aborrecida. Para mim, os livros são como um amigo que nos acompanha para qualquer lado. Um dos livros que mais me marcou foi “Não Há Coincidências”, da escritora Margarida Rebelo Pinto. É um livro que retrata a existência sentimental atribulada de uma mulher que vive afundada em pensamentos e até algumas angústias. No fim, conseguimos retirar deste livro a importância da amizade (que vai para além da complexidade das relações) que muitos desconhecem e que, para mim, é hoje em dia um bem escasso e essencial. Adoro ler todo o tipo de livros e quase todos os dias vou à Biblioteca da escola requisitar um livro. Já li tantos que até já lhes perdi a conta! O que eu gostei mais foi “Astérix nos Jogos Olímpicos” que é um livro em banda desenhada. Já conhecia esta colecção porque tenho outros três títulos em casa e também tenho o filme e um jogo. Nunca me canso deles! Gostei principalmente da parte em que Astérix e Obélix viajam até Gália porque fazem uma grande festa. É um livro de aventuras que todos deviam ler, tem muita emoção! João Reis, 3º ano Há livros a quem damos as mãos desde a infância. Acompanham-nos ao longo da vida. Mas se nos esquecemos deles, vêem ao nosso encontro ao longo do caminho, envolvendo-nos com o seu cheiro, palavras e o sabor das suas imagens. São livros onde se encontram registados os dedos curiosos de uma menina que, embrulhada num cobertor, os explorou até à exaustão. Nos livros da “Anita” descobri cores, sons, cheiros e sabores imaginários. Contudo, trepei a escada da imaginação, quando li pela primeira vez “Viagem à China”: um mundo novo feito de amigos, viagens e sonhos imaginários. Levando-me a trilhar um caminho que ainda hoje percorro: a paixão de ler. Raquel Moreira, 11º ano O livro de que mais gostei foi “Malaika e a Aventura do Leopardo bebé” de Carla Mendonça Pires. Levei o livro do Jardim de Infância para casa, através do Projecto “Vai Vem” e gostei muito. Já tinha ouvido a educadora ler e gostei tanto que pedi para levar para casa. Pedi à mãe para me comprar este livre, no Algarve. Sandra Gregório, Professora do Ensino Especial Afonso Tique, Jardim de Infância Não vou falar do meu livro de infância, mas da colecção que mais me marcou porque foi com ela que me iniciei na leitura. Trata-se da colecção “Carlota” de Gretha Stevns, de livros de aventuras - à semelhança da colecção Os Cinco - leve e mais voltado para um público feminino dos seis aos doze anos. Carla Lourenço, Coordenadora CNO página 3 Livros que (nos) mudaram o mundo Não sei muito bem qual foi o livro que marcou a minha infância mas lembro-me de ler alguns. Acho que ainda não sabia ler mas já tinha alguns livros da “Anita” e adorava as ilustrações, aliás ainda hoje gosto, e lembro-me de os folhear detrás para a frente e vice-versa, vezes sem conta só para ver os desenhos. Li quase toda a colecção de “Os cinco”, adorava as suas aventuras e quase sempre me imaginava a vivê-las com eles. Li o “Pinóquio” e lembro-me de pensar como era possível um “menino” ser tão desobediente, fazer sofrer o seu pobre pai mas também ser tão corajoso para ultrapassar todas as situações complicadas sozinho. Mas, nesta história, quando a li, o que mais me impressionou foi o encontro de Pinóquio com a Fada Azul debaixo de uma árvore, numa floresta onde ele estava sozinho e assustado e, a conversa que tiveram (que já não sei reproduzir porque, como devem imaginar, já lá vão muitos anos) e a lição que ela lhe quis transmitir, mas lembrome de chorar ao ler aquele capítulo. Li, também, “As Meninas Exemplares” da Condessa de Ségur, um livro grosso de capa dura, azul clara. Contava histórias estranhas, pouco comuns, das meninas de uma família numerosa, que nunca me pareceram muito exemplares porque eram muito travessas e lembro-me que as descrições dos espaços em nada se assemelhavam à minha realidade, por isso eu achava tudo muito curioso. Quando me lembro das sensações que despertaram a leitura de alguns livros, dá-me vontade de os ler outra vez, é pena não ter tempo! Margarida Maçaneiro, Professora O livro que guardo na memória é o livro “Novas Flores para Crianças” de Fernando Cardoso. Trata-se de um livro diversificado porque contém espaços de actividades, contos, lendas, provérbios, adivinhas e muito mais. Ainda hoje, ofereço novas edições deste livro. Quem quiser saber mais sobre o livro e autor poderá consultar o sítio www.portaldaliteratura/livros . Suzete Basílio, Formanda CNO Os meus livros preferidos são os de aventura. Por isso mesmo, gosto muito da colecção “Uma aventura”. O último livro que li foi “Uma aventura no Egipto”. Comprei-o na Feira do Livro. Achei a história muito interessante. Gosto de ler nos meus tempos livres mas, presentemente, leio menos do que lia quando era mais pequena. Acho que isso acontece porque passo mais tempo na Internet e tenho outros interesses para além dos livros. Seja como for, acho a leitura muito importante e recomendo esta colecção a todos os jovens. Maria Belém, 9ºA página 4 Livros que (nos) mudaram o mundo Como muitos, li este livro com 12/13 anos. Foi o primeiro livro "a sério" que li...Foi uma boa época para o fazer. A entrada na adolescência e os problemas que daí advêm são um bom caminho para se entender as opções e as emoções de Christiane F. As dores. As angústias. A incompreensão. A falta de apoio de toda a humanidade. O parecermos estar sozinhos no mundo. Ninguém nos compreende. Ninguém quer saber. Todos julgam que sabem o que temos e o que somos. Não somos nada disso. Somos donos da nossa vida. Não precisamos de ninguém. Precisamos de todos e ninguém lá está. Contradições atrás de contradições. A busca inconstante de uma identidade. A entrada em grupos. A imitação. A arrogância. O desespero. A perdição. Todos passámos por situações, que vistas com os nossos olhos de hoje, nos parecem tão estúpidas, tão... tão... nada...tudo... Este livro marcou-me porque me acordou para uma realidade tão pior que a minha. Fez-me fugir dela. Fez-me ver que a minha vida não era assim tão má. Fez-me sofrer enquanto imaginava a (não) vida daquela jovem e dos seus companheiros. Fez-me imaginar a mim própria a sofrer se me acontecesse algo assim. Não me lembro bem de toda a história. Sei que a luta diária de Christiane F. me marcou para sempre. Este livro relata a vida de uma jovem (julgo) de 13 anos, que com uma vida familiar deformada, acaba por entrar no mundo da droga e em todas as suas encruzilhadas: prostituição, roubo, fome, doença... até um dia em que acorda do pesadelo, ganha força e se liberta dele. Para sempre. Christiane foi presa e acusada de vários crimes relacionados com a droga. Dois jornalistas, passaram a ser os confidentes dela e este livro resultou das inúmeras conversas que tiveram. Eles dizem-nos: "Christiane F. queria que se escrevesse este livro porque (...) se sentia levada a romper o vergonhoso silêncio que rodeia o tema". E conseguiu. Pelo menos a mim fez-me ouvir bem alto os seus gritos e a muitos outros adolescentes que tal como eu absorveram cada palavra e emoção deste livro e sentiram que o melhor é manterem-se afastados desse mundo, onde somos filhos bastardos de uma madrasta que chega devagar, silenciosa e que vai, a pouco e pouco, mostrando a sua verdadeira essência. Recomendável a todos os pais e a todos os filhos adolescentes. Rute Pateiro, Assistente Técnica No entanto, destaco uma história de Matilde Rosa Araújo, que ouvi ler à minha professora do Ensino Primário e que me emocionou bastante. Chama-se “A fita vermelha” e faz parte do livro “O sol e o menino dos pés frios”. Ainda hoje, ao reler “A fita vermelha” me sinto tocada pela lição de vida que transmite: o amor não se adia. Uma belíssima lição de vida, de uma autora incontornável da literatura infanto-juvenil, defensora acérrima dos direitos da criança. Cláudia Marçal, Professora Bibliotecária Houve vários livros que me marcaram na minha infância, contudo o livro que mais me encantou foi “O Principezinho” de Antoine de Saint-Exupéry. “A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa. Os homens não têm mais tempo de conhecer alguma coisa. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me! …” Esta fala da raposa retrata bem o mundo em que vivemos hoje e penso que todos nós devemos ler ou reler este livro. Isabel Oliveira, Educadora de Infância Equipa da Biblioteca Escolar Equipa da Biblioteca Escolar Profª Cláudia Marçal Profª Cláudia Marçal Profª Rosalina Madruga Profª Rosalina Madruga Profª Mariana Charrua Profª Mariana Charrua Assistente Operacional Assistente OperacionalJosé JoséRoma Roma Gratapelas pelascolaborações colaboraçõesneste nesteSuplemento Suplemento Grata