REGIMES TOTALITÁRIOS – FASCISMO E NAZISMO
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Natal, RN ___/___/2015 ALUNO: Nº SÉRIE/ANO: TURMA: 9º DISCIPLINA: TIPO DE ATIVIDADE: HISTÓRIA TURNO: M/V PROFESSOR(A): TEXTO COMPLEMENTAR 2º Trimestre DAIANNE REGIMES TOTALITÁRIOS – FASCISMO E NAZISMO O totalitarismo é um regime político que se caracteriza pela máxima intervenção do governo na sociedade. As relações sociais são reguladas pelo Estado, e o cotidiano é rigidamente policiado, uma das marcas do terror. A propaganda ideológica é intensa e todos os meios de comunicação são fortemente controlados. Outra característica marcante do totalitarismo é o partido único; outras posições políticas não são aceitas, senão a predominante, e os opositores são perseguidos como inimigos nacionais. Entre os regimes totalitários estão a Alemanha nazista e a Itália fascista. O período de ascensão desses regimes é o pós Primeira Guerra Mundial, onde os países envolvidos na guerra passavam por vários problemas como reconstruir obras públicas, restabelecer a produção industrial, criar empregos e pagar dívidas de guerra. Além da crise de 1929, que agravou os conflitos entres as classes sociais. A democracia liberal, em várias partes do mundo, mostrou-se incapaz de administrar esses graves problemas da época. Preocupadas as elites foram favoráveis à formação de governos fortes e autoritários, capazes de impor a disciplina social para recompor a ordem capitalista - os regimes totalitários. a) O FASCISMO NA ITÁLIA: Após a Primeira Guerra Mundial, a Itália enfrentava um saldo doloroso: mortos, feridos, dívidas, fome, inflação e o desemprego afetavam os operários e os camponeses, provocando agitação social. Foi nesse clima que, em 1921, o Benito Mussolini fundou o Partido Nacional Fascista. Ele junto com seus companheiros afirmavam ser capazes de acabar com as greves operárias e com a agitação dos socialistas e de encaminhar o país ao crescimento. Muitos industriais acreditaram nessas propostas e financiaram a ascensão do fascismo na Itália. O termo fascismo vem do italiano fascio, que significa feixe. O faces eram usados pelos antigos magistrados romanos para açoitar condenados por crimes e tornou-se a principal insígnia do fascismo. Um dos principais objetivos de tal associação era produzir forte vínculo e ideológico entre o povo. “Tudo no Estado, nada contra o Estado, nada fora do Estado”. Símbolo fascista A primeira fase do governo de Mussolini (1922-1924) foi para organizar milícias fascistas que promoviam atentados terroristas contra políticos da oposição. As duas principais características dessa fase foram o nacionalismo extremado e a construção de um Estado autoritário. Já na segunda fase do governo que, vai de 1925 a 1939, implantou a ditadura fascista, tornado-se chefe supremo do Estado – o Duce. Com ações violentas, os fascistas reprimiam os protestos dos trabalhadores. O governo fascista empenhou-se em fazer da educação pública um meio de impor sua doutrina à sociedade. O ideal básico da educação fascista era submeter o indivíduo à total obediência ao Estado: “crê, obedecer e combater” era um dos lemas pedagógicos do fascismo. Entre as transformações das instituições educacionais estava o lançamento de um livro didático único para as classes elementares e a militarização da vida escolar. Além das escolas, os militantes fascistas criaram associações para jovens que promoviam festas, competições esportivas e desfiles paramilitares. Em todas essas ocasiões o objetivo era exaltar o respeito às autoridades fascistas e sua doutrina social. b) O NAZISMO NA ALEMANHA: Depois da Primeira Guerra Mundial as dificuldades econômicas e sociais foram imensas na Alemanha, devido ela ter perdido a guerra e ter tido que assinar o Tratado de Versalhes. A população do país sofria com elevado número de desempregados e altas taxas de inflação. Entusiasmados com o exemplo da Revolução Russa, diversos setores do operariado protestavam contra a exploração capitalista organizando greves, através do Partido Comunista Alemão. Temendo a expansão do socialismo, parcela da elite política e econômica alemã passou a apoiar o Partido Nazista, liderado por Adolf Hitler. Em 1923, os nazistas promoveram um golpe militar para derrubar o governo alemão, mas sem sucesso, Hitler foi condenado a prisão. Enquanto estava detido escreveu a primeira parte do livro Mein Kampf (Minha Luta), o qual se tornou a obra fundamental do nazismo. Entre as principais teses nazistas estavam: A superioridade da raça ariana – o povo alemão descendia de uma “raça superior” e por isso tinha o direito de dominar as “raças inferiores”. O antissemitismo – os judeus (semitas) faziam parte de uma “raça inferior” e poderiam corromper e destruir a pureza alemã. O total fortalecimento do Estado – o indivíduo deveria submeter-se à autoridade soberana do Estado personificada na figura do Fuhrer (chefe). O espaço vital – o povo alemão tinha o direito de conquistar seu espaço expandindo militarmente seu território para reunir as comunidades alemãs em outros países. Adolf Hitler e o símbolo nazista – a suástica. eAs ideias nazistas foram difundidas de várias formas: nos discursos de Hitler para grandes concentrações de massa, nas publicações do partido e nos grandes espetáculos criados para influenciar a opinião pública, como os desfiles militares. Quanto ao sistema educacional, deve ter como objetivo dar às crianças alemãs a certeza de que são absolutamente superiores aos outros povos. Esse sistema nazista foi intensamente marcado pelo militarismo, pelo racismo e pelo antissemitismo. Em 1925, Von Hindenburg foi eleito presidente da Alemanha, porém, não conseguiu realizar a estabilização política nem superar as dificuldades econômicas do país. Os nazistas aproveitaram-se da situação para fazer duras críticas à ineficiência dos dirigentes alemães e o resultado foi a maioria no Parlamento alemão nas eleições de 1932. A tumultuada situação política da Alemanha fez com que o presidente torna-se Hitler (líder do partido nazista) chanceler (chefe do governo alemão) em 1933. Ao conseguir o poder Hitler consolidou as ideias nazistas usando da violência e da propaganda junto à população. A propaganda era conduzida por Joseph Goebbels, o qual controlava as instituições educacionais e os meios de comunicação. Para isso usava de métodos desonestos e sensacionalistas. O seu lema era o seguinte: “Uma mentira dita cem vezes torna-se verdade”. E o uso da violência para com os adversários políticos ficava a cargo da Gestapo (polícia secreta do Estado), que tinha poderes para prender e executar os suspeitos de deslealdade contra o governo nazista. Esmagando as oposições, em dezembro de 1933, o Partido Nazista tornou-se único e, com a morte do presidente Hidenburg em 1934, o chanceler Hitler assumiu a presidência do país. Além da censura política, ele buscou impor os padrões e as ideias nazistas às artes plásticas, à música, à literatura e até mesmo a pesquisa científica. No plano econômico dedicou-se a reabilitação do país, estimulando a agricultura e a industrialização, principalmente na área de armamentos (desrespeitando o Tratado de Versalhes). Em 1938, iniciou sua política de expansão da Europa, baseando-se na tese do espaço vital. Família de agricultores de Kalenberg', por Adolf Wissel (1939) # REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS: BRAICK, Patrícia Ramos; MOTA, Myriam Becho. História: das cavernas ao terceiro milênio. 2ed. São Paulo: Moderna, 2010. COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil e geral. 8ed. São Paulo: Saraiva, 2005. VIVENTINO, Cláudio. História Geral. São Paulo: Scipione, 2006.
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