Grande Guerra do Século XXI

Transcrição

Grande Guerra do Século XXI
Grande Guerra do Século XXI - Homem x Máquina
Luiz Ricardo Salvego, Rodrigo Aparecido Amaral, Rodrigo Morais, Orlei José Pombeiro.
Grupo de Pesquisas em Informática, Bacharelado em Sistemas de Informação,
Sociedade Paranaense de Ensino e Informática - Faculdades SPEI
Fone(0XX41)321-3131, Fax (0XX41)321-3142.
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Resumo – Desemprego tecnológico é um dos grandes males atuais e que causa medo em quase toda as pessoas. A
substituição das atividades rotineira feitas antes por um grande número de funcionário, está sendo realizada hoje com a
ajuda de equipamentos que realizam a mesma tarefa, muitas vezes com um desempenho melhor. Antigamente era
possível medir o status de uma empresa pelo seu quadro de funcionários, hoje a quantidade de funcionários já não tem
tanta importância, mas sim o grau de tecnologia que essa empresa tem. Desde os primórdios o homem vem tentando
facilitar sua vida, tentando facilitar seus afazeres. Isso pode ser evidenciado pela invenção da roda e das primeiras
ferramentas de caça, por exemplo. Esses inventos acabaram por aumentar os resultados e diminuindo o esforço, uma
tarefa que antes era desempenhada por muitos com a evolução passou a ser realizada com um número menor de
indivíduos e com maior eficiência. Hoje as ferramentas baseiam-se principalmente na microinformática, a qual
proporcionou ao homem uma maior facilidade na realização de tarefas que envolvem diversos setores baseados em
cálculos, confecção de documentos, propagandas, marketing, vendas, compras entre outras. E difícil pensar (se é que
existiu) em algum setor que não tenha uma participação da informática. O artigo, o qual é composto de pesquisas e
opiniões, tem por objetivo mostrar o sonho de poucos, a automatização de atividades rotineiras e que envolvessem um
grande grau de dificuldade, que acabou se transformando no pesadelo de muitos, a substituição de pessoas que
realizavam tais atividades por máquinas.
Palavras-chave: Informática, Evolução, Desemprego Tecnológico, Automatização.
Introdução
O desemprego cresce a cada dia mais,
principalmente nas grandes cidades, e nos países então
classificados subdesenvolvidos (antigo terceiro mundo)
e em desenvolvimento (antigo segundo mundo).
Muitas são as causas do desemprego, mas a
principal é o desemprego criado pelo aumento da
tecnologia, dentre elas robô, veículos motorizados e
principalmente a informática.
É possível através da figura 1 perceber que o
aumento de uso de computadores nos últimos anos, no
Brasil, tem um aumento significativo, uma média de
5,1% em relação ao ano anterior, sendo que em países
aonde se tem um poder aquisitivo, e um nível cultural
mais elevado, esses valores chegam a dobrar.
Este trabalho apresenta um estudo composto de
pesquisas, entrevistas, relatos sobre um dos temas mais
discutidos e estudados da atualidade, o desemprego
tecnológico.
Metodologia
Crescimento do uso de
computadores no Brasil.
30,0%
25,0%
20,0%
15,0%
10,0%
5,0%
0,0%
2001-2002
2002-2003
Tempo
2003-2004
Figura 1 – Gráfico crescimento
computadores no Brasil [1]
do
uso
de
Pesquisas realizadas, principalmente em sites
da Internet, foram fontes de questionamentos e idéias
para que fosse possível elaborar um questionário.
Questionário o qual possui dez perguntas, sendo nove
objetivas e uma dissertativa. Todas com o intuito de
obter opiniões e divergências em relação ao desemprego
gerado pela informática.
O envio dessa pesquisa destinou-se à pessoas
de empresas como, Trombini S.A (Empresa
especializada na fabricação de caixas) , AKAN
(Empresa voltada para a tecnologia educacional ) HSBC
Kennedy ( Centro Administrativo e Tecnológico do
Banco HSBC), e para centro educacionais, Escola
Municipal Maria Cappelari ( Escola de Ensino
Fundamental situada em Pinhas) e Creche Vila Amélia
(Creche municipal situada em Pinhais). Após quatro
dias de entrevistas à essas pessoas, foi obtido um total
de cinqüenta e quatro respostas. O número de pessoas
entrevistas do sexo masculino não foi a mesma do que a
quantidade do sexo feminino, assim trinta e três
mulheres foram entrevistadas enquanto vinte e um
homens também contribuíram com suas respostas.
Com a realização de pesquisas na Internet, foi
obtida uma matéria, na qual havia um relato A seguir
temos algumas partes descritas:
“A narração da autora se inicia, como era de se
esperar, pelas dificuldades do próprio processo de
deixar seu país e enfrentar uma realidade totalmente
desconhecida. Mas, ao contrário do Brasil, o Japão na
época tinha muitos empregos a oferecer.
A ala feminina do grupo de brasileiros é submetida a
um teste com trinta cálculos matemáticos. Com a
informação de que quem resolvesse todos os trinta
cálculos em cinco minutos seria indicada para a vaga
daquele dia. A autora conseguiu resolver vinte e oito
dos cálculos no tempo que foi estipulado e por isso foi
levada a uma fábrica da Suzuki na cidade de Kosai
para uma entrevista.
No dia seguinte, foi indicada à outra vaga, desta vez
uma fábrica que produzia fechaduras para carros da
Mitsubishi. Ao chegar recebeu o uniforme e foi levada à
linha de montagem. Não houve nenhum treinamento,
apenas orientações de como realizar a tarefa.
Durante os primeiros dias trabalhou muito preocupada,
pensando que precisaria produzir 950 peças por dia. As
dificuldades eram grandes, pois, jamais havia visto ou
executado tal função.
Ao terceiro dia de trabalho, a tentativa para tentar
conseguir acompanhar o ritmo das máquinas, derivou
problemas de saúde o que obrigou a empreiteira a levála para o alojamento, sob o olhar reprovador do chefe e
dos colegas de linha. Neste dia ficou sabendo que uma
colega do alojamento havia tentado se matar, tão
grande era o sofrimento pelo qual passava, pois além
da adaptação estar sendo difícil, havia a agravante de
estar no alojamento já por vários dias sem confirmação
de trabalho.
A experiência como operária subcontratada tornou
possível ver bem de perto que o a única diferença entre
os trabalhadores, ainda que isso seja despercebido para
muitos deles, são as mercadorias que produzem. Não
fosse assim, não haveria diferença de uma fábrica para
outra. Em todas que a autora teve oportunidade de
trabalhar ou apenas conhecer, como era de se esperar,
as atividades sempre seguiam a mesma linha,
extremamente repetitivas e exaustivas, onde o trabalho
se encontra totalmente alienado.
Isso ocorre porque as novas tecnologias são flexíveis.
Ao contrário das máquinas mais antigas, os robôs e
computadores podem ser programados para executar
tarefas diferentes sem alterar em praticamente nada
suas características. O mesmo acaba valendo para as
pessoas que trabalham com eles.” [2]
Resultados
O resultado obtido na pesquisa demonstra que
quanto maior é a idade das pessoas menor é o seu
conhecimento em relação às novas tecnologias, assim
como a sua vontade em aprender.
Essas pessoas que não tem o conhecimento
tecnológico temem em ser substituída por máquinas,
pois suas funções podem ser realizadas por máquinas, já
que não se necessita ter ”o conhecimento”.
Percebeu-se também que o conhecimento
tecnológico é maior entre os homens do que entre as
mulheres, como conseqüência o nível de pessoas
desempregadas do sexo feminino é maior.
Através da pesquisa percebe–se que a maioria
das pessoas é a favor de que o computador realize
atividades até então realizadas por humanos, para
facilitar suas vidas. As pessoas acreditam que em breve
muitas atividades serão automatizadas, no entanto as
mesmas pessoas não possuem curso de informática,
sabem que é preciso mas não tomam iniciativa em
começar, ficam só na vontade.[3]
As pessoas tem noção de que muitos perdem
seus empregos para as novas tecnologias , por outro
lado o sentimento de confiança, aonde elas acham que
não irá acontecer com elas é grande. É preciso ficar
desempregado para que as pessoas tomem a iniciativa
de se especializar. A seguir temos dois gráficos que
ilustram a afirmação acima.
Desenvolvimento tecnológico causa
desemprego?
não
33%
sim
sim
67%
não
Figura 2 – Desenvolvimento tecnológico.
Medo de perder o emprego para o
computador
sim
20%
sim
não
não
80%
Figura 3 – Medo de perder o emprego para o
computador.
Referindo-se ao Brasil “Um em cada quatro
brasileiros que se formaram no ensino superior de 1992
a 2002 não está empregado. No país onde ter diploma
de nível superior já foi garantia de emprego fácil, um
estudo da Secretaria do Desenvolvimento, Trabalho e
Solidariedade do município de São Paulo mostra que
passar pelo estreito funil do vestibular já não é mais a
maior dificuldade do jovem”. [4]
Discussão e Conclusões
Foi possível observar que muitas pessoas são
favoráveis ao avanço e descobertas de novas tecnologias
com o objetivo de facilitar e proporcionar maior
conforto para nossas vidas, no entanto ao se tocar no
assunto desemprego, muitas pessoas acabam como que
por mágica a mudar seus pensamentos, demonstrando
muitas vezes uma espécie de raiva contra tais
tecnologias.
O desemprego tecnológico tende a crescer cada
dia mais, pois a cada dia novas tecnologias são
desenvolvidas com o objetivo de aumentar a produção,
melhorar os resultados e diminuir os custos. Muitas
mais pessoas serão substituídas, e somente as
qualificadas conseguiram se manter empregadas.
Deve–se começar a estudar maneiras de
conseguir aproximar pessoas dos computadores
acabando com o medo que muitos tem (tecnofobia), e
começar a elaborar planos de trabalho para diminuir a
grande quantidade de desempregados (Uma maneira
estudada seria a redução da jornada de trabalho).
Referências
[1] http://www.ibge.gov.br. Acesso em: 10/04/2005.
[2] OCADA, Fabio Kazuo. Trabalho, sofrimento e
migração internacional: o caso dos brasileiros no Japão.
In: ANTUNES, Ricardo e SILVA, Maria Aparecida
Moraes. O avesso do trabalho. 1ª. ed. São Paulo:
Expressão Popular, 2004.
[3]http://www.espacoacademico.com.br/047/47cfutata.h
tm Acesso em: 13/05/2005.
[4] “Diploma não garante emprego, revela estudo” Antônio Góis – Folha de S. Paulo - 11/10/2004.