Bairro da Bouça, Porto, Portugal

Transcrição

Bairro da Bouça, Porto, Portugal
Bairro da Bouça, Porto, Portugal
Sketch by architect álvaro siza vieira
Section with indicating the existing typologies
Architect: Álvaro Siza Vieira
Project Year: 1973
Construction Year: 2006
Area/Habitant: 12.900 m2
section indication access zone
38
38
BAIRRO DA BOUÇA
SOCIETY
CITY
TYPES OF FAMILIES
TECHNOLOGY
URBAN SITUATION
CONSTRUCTION SYSTEM
- Glass windows with white frames
- Facades defined by the arrangement of stairs , doors and
windows, asymmetrical between floors
STRUCTURAL SYSTEM
ACCESSES
rural area
-
historic
district
+
WAYS OF INHABITING
sleeping spaces
plant - type 1
formal
urban area
informal
urban area
- Concrete
DISTRIUBTION SYSTEM
PROXIMITY VALUES
plant - tiype 2
suburban
area
kitchen and sanatry installations
plants - type 1
300 m
200 m
plants - type 2
100 m
PUBLIC SPACE RELATION
Visual relationships
Activities on the ground floor
Creation of public space
floor 4
floor 3
socializing spaces
plant - tiype 1
floor 2
floor 1
PUBLIC SPACE RELATION
plant - type 2
floor 4
floor 3
floor 2
floor 1
ADAPTABILITY / FLEXIBILITY
BETWEEN SPACES
+
TECNOLOGIC INNOVATION
Recyclable materials
Prefabricated components
Inteligent systems
floor 4
floor 3
floor 2
floor 1
The housing complex in the neighbourhood of Bouça is a reference project in the city that deserves to be studied due to the challenge of its construction, under complicated conditions
and in a place with a difficult environment,creating homes with high quality at low prices. The “neighborhood Siza” is a complex with four blocks of four floors, side by side and parallel
to a huge diagonal wall that protects the apartments from the noise of an elevated railway line, which now passes the metro (Lapa). The main aspects that stand out in the design are
its minimaliste and functional design, visual composition of the resulting facade of the original provision of the stairways, doors and asymmetric windows between floors, as well as the
articulate system of passages which interconnect the complex.
Being it took 3 decades to complete this complex it has since had an intervention which, while retaining the original design with improved quality of housing, adding new bodies - two
of them semi-triangular structure - an underground car park, commercial space and green areas between blocks. This qualitative renovation has brought new life to this space and the
unique combination of factors attracted artists, architects and young couples to settle there, keeping the community spirit with a new and refreshing approach.
http://www.monumentos.pt/site/app_pagesuser/SIPA.aspx?id=25032
https://oportocool.wordpress.com/2010/07/21/bairro-da-bouca/
http://cinemactiv.com/paredesmeias/?page_id=31&page=2
http://ultimasreportagens.com/98.php
http://vakkum.com/2014/06/09/bairro-da-bouca-alvaro-siza-vieira-portopt/
Nagasaki, Tokyo, Japan
Volumetry - main accesses to interior of housing indicated
Cross section - indication of indoor spaces and elevations
Longitudinal section
Architect: Manabu Chiba
Construction Year: 2009
Area/Habitant: 664.08 m2
17
17
STITCH
SOCIETY
CITY
TYPES OF FAMILIES
TECHNOLOGY
URBAN SITUATION
CONSTRUCTION SYSTEM
- Glass windows with white frames
- Facades defined by big windows and openings which allow access
STRUCTURAL SYSTEM
ACCESSES
rural area
-
+
WAYS OF INHABITING
historic
district
formal
urban area
informal
urban area
- Concrete
- Steel
DISTRIUBTION SYSTEM
PROXIMITY VALUES
sleeping spaces
suburban
area
kitchen and sanatry installations
300 m
200 m
100 m
PUBLIC SPACE RELATION
Visual relationships
Activities on the ground floor
Creation of public space
plant - type 1
plant - type 2
PUBLIC SPACE RELATION
socializing spaces
plant - type 1
plant - type 2
ADAPTABILITY / FLEXIBILITY
-
+
TECNOLOGIC INNOVATION
BETWEEN SPACES
Recyclable materials
Prefabricated components
Inteligent systems
plant - type 1
plant - type 2
Stitch is a cooperative on the outskirts of Kunitachi College of Music, Tokyo. The habitants are music students and professionals of this art form whom settled there with their families
in order to enjoy the features offered by this specialized environment. In addition to housing, the project was also to include a meeting space centered on music in the program.
The result is 13 rooms and a café open to the public and accessible from the road that runs along a canal nearby. They take a long two-storey block and three courtyards. As the regulations do not allow the construction of a concert hall on site, an independent building was created which included two houses and a large living room. This space has been made in
an open multi-purpose hall not only to residents but also to the whole neighborhood and works as a music room, meeting room and as a space for events organized by the community.
http://alexchenalexchen.com/Re-stitch-ed
http://aplust.net/permalink.php?atajo=chiba_manabu_stitch_tokio_japn
http://www.designboom.com/architecture/chiba-manabu-architects-stitch-japan/
Nagasaki, Tóquio, Japão
Volumetria - conjunto habitacional com indicação de acessos principais ao interior
Corte transversal - indicação de espaços interiores e cotas altimétricas
Corte longitudinal
Arquiteto: Manabu Chiba
Ano da Obra: 2009
Área/habitante: 664.08 m2
17
17
STITCH
SOCIEDADE
CIDADE
TIPOS DE FAMÍLIAS
TECNOLOGIA
SITUAÇÃO URBANA
SISTEMA CONSTRUTIVO
- Janelas de vidro com caixilhos brancos
- Fachadas definidas pelas grandres janelas e aberturas de acesso
SISTEMA ESTRUTURAL
ACESSOS
zona rural
-
+
MODOS DE HABITAR
zona
histórica
zona
zona urbana zona urbana
formal
suburbana
informal
DISTRIBUIÇÃO DE ÁREAS HÚMIDAS
VALORES DE PROXIMIDADE
espaço dormir
- Betão armado
- Aço
intalação sanitária e cozinha
300 m
200 m
100 m
RELAÇÃO ESPAÇO PÚBLICO
Relações visuais
Actividades no piso térreo
Geração de espaço público
planta - tipo 1
planta - tipo 2
RELAÇÃO ESPAÇO PÚBLICO
espaço estar
planta - tipo 1
planta - tipo 2
ADAPTABILIDADE / FLEXIBILIDADE
-
+
INOVAÇÃO TECNOLÓGICA
ESPAÇOS INTERMÉDIOS
Materiais recicláveis
Componentes pré-fabricadas
Sistemas inteligentes
planta - tipo 1
planta - tipo 2
Stitch é uma cooperativa nos arredores do Kunitachi College of Music, Tóquio. Os residentes são estudantes de música ou profissionais envolvidos nesta forma de arte que se instalaram lá com suas famílias, a fim de aproveitar os recursos oferecidos por este ambiente especializado. Além de habitação, o projecto era também para incluir um espaço de encontro
centrado na música no programa.
O resultado é de 13 habitações e um café aberto ao público e acessível a partir do caminho que corre ao longo de um canal nas proximidades. Eles ocupam um longo bloco de composição de dois andares e três pátios. Como os regulamentos não permitem a construção de uma sala de concertos no local, um edifício independente foi adicionado por mais duas
habitações e uma grande sala de estar. Este espaço tem sido feito em um salão multi-uso aberto não só aos residentes mas também para toda a vizinhança e funciona como uma sala
de música, sala de reuniões e como um espaço para os eventos organizados pela comunidade.
http://alexchenalexchen.com/Re-stitch-ed
http://aplust.net/permalink.php?atajo=chiba_manabu_stitch_tokio_japn
http://www.designboom.com/architecture/chiba-manabu-architects-stitch-japan/
Bairro da Bouça, Porto, Portugal
Esquiço do arq. álvaro siza vieira
Corte com indicação das tipologias existentes
Arquiteto: Álvaro Siza Vieira
Ano do Projeto: 1973
Ano da Obra: 2006
Área/habitante: 12.900 m2
Corte com indicação de zona de acessos
38
38
BAIRRO DA BOUÇA
SOCIEDADE
CIDADE
TIPOS DE FAMÍLIAS
TECNOLOGIA
SITUAÇÃO URBANA
SISTEMA CONSTRUTIVO
- Janelas de vidro com caixilhos brancos
- Fachadas definidas pela disposição de escadas, portas e janelas,
assimétricas entre pisos
SISTEMA ESTRUTURAL
ACESSOS
zona rural
-
zona
histórica
+
MODOS DE HABITAR
espaço dormir
plantas - tipo 1
zona
zona urbana zona urbana
formal
suburbana
informal
DISTRIBUIÇÃO DE ÁREAS HÚMIDAS
VALORES DE PROXIMIDADE
plantas - tipo 2
- Betão armado
intalação sanitária e cozinha
plantas - tipo 1
300 m
200 m
plantas - tipo 2
100 m
RELAÇÃO ESPAÇO PÚBLICO
Relações visuais
Actividades no piso térreo
Geração de espaço público
piso 4
piso 3
espaço estar
plantas - tipo 1
piso 2
piso 1
RELAÇÃO ESPAÇO PÚBLICO
plantas - tipo 2
piso 4
piso 3
piso 2
piso 1
ADAPTABILIDADE / FLEXIBILIDADE
ESPAÇOS INTERMÉDIOS
+
INOVAÇÃO TECNOLÓGICA
Materiais recicláveis
Componentes pré-fabricadas
Sistemas inteligentes
piso 4
piso 3
piso 2
piso 1
Logo após a Revolução do 25 de Abril de 1974, a organização Serviço de Apoio Ambulatório Local (SAAL) foi formada para buscar ajuda estatal para aliviar as condições precárias
de moradia em Portugal. Álvaro Siza trabalhou para SAAL entre 1973 e 1977, e durante este tempo projectou dois projectos habitacionais no Porto - Bairro da Bouça e as casas
geminadas São Victor. O poder de SAAL foi drasticamente reduzido após o golpe de direita, de 25 de Novembro de 1975, e as suas actividades foram praticamente suprimidas até
ao final de 1976.
O complexo habitacional do Bairro da Bouça é um projecto de referência na cidade que merece estudo também pelo desafio da construção, sob condições complicadas e num local
de difícil enquadramento, de casas com elevada qualidade a baixos preços. O “bairro do Siza” é um complexo com quatro blocos de 4 pisos, lado a lado e paralelos a uma enorme
parede diagonal que protege os apartamentos do ruído de uma linha férrea elevada, onde agora passa o metro (Lapa). Os principais aspectos que se destacam no projecto são o seu
design minimalista e funcional, a composição visual das fachadas resultante da original disposição de escadas, portas e janelas assimétricas entre pisos sendo o último recuado, bem
como o sistema de articulação das passagens que interligam o complexo.
Tendo este conjunto estado por concluir durante 3 décadas, foi entretanto alvo de uma intervenção que, embora mantendo o desenho original, melhorou a qualidade das habitações,
acrescentou novos corpos - dois deles de estrutura semi-triangular - um parque de estacionamento subterrâneo, espaços comerciais e zonas verdes entre blocos. Esta renovação
qualitativa trouxe uma nova vida a este espaço e a conjugação única de factores atraiu artistas, arquitectos e jovens casais para ali se instalarem, mantendo o espírito comunitário
com uma nova e refrescante abordagem.
http://www.monumentos.pt/site/app_pagesuser/SIPA.aspx?id=25032
https://oportocool.wordpress.com/2010/07/21/bairro-da-bouca/
http://cinemactiv.com/paredesmeias/?page_id=31&page=2
http://ultimasreportagens.com/98.php
http://vakkum.com/2014/06/09/bairro-da-bouca-alvaro-siza-vieira-portopt/
ISCTE-IUL | MIA
Mestrado Integrado em Arquitectura
Arquitectura VI | 1º Semestre | 2015/16 | Turma: ARC3
Docente: Prof. Alexandra Paio
Discente: Ana Filipa Riscado | Nº 64609
Resumo:
Los Smithsons - Cambiando el Arte de Habitar (pág. 107-149)
Alison and Peter Smithsons
Uma das questões centrais que ocupou os Smithsons foi o desenho da habitação. Introduziram os novos
conceitos de "lugar" e "território", em contraponto com as "máquinas de habitar" de Le Corbusier. Para
os Smithsons, uma casa era um lugar especial que, conformando-se aos requisitos comuns da vida
quotidiana se devia igualmente adequar à sua época e localização específicas.
O pensamento de Smithsons corresponde ao seu profundo interesse no habitar humano e na sua
necessidade de compreender os processos pelos quais os seres humanos experimentam o mundo. Tudo
é concentrado em um único conceito: a arte de viver. O termo arte de viver começa a ser usado por
Smithson nos anos 80, quando ambos já tinha atingido a maturidade profissional.
Com o conceito de arte de habitar entedemos um processo de ideias distintas presentes no pensamento
dos Smithsons, com a seguinte lógica: habitar implica reconhecermos e identificarmos com o nosso
ambiente. A identidade é construída com base na relação de vários factores e principalmente na nossa
relação com os objectos e com o espaço. Para nos identificarmos com o espaço devemos apoderarmonos dele de maneira emocional, através dos nossos sentidos e de maneira mais concreta: “vestindo e
decorando o espaço”. Apoderarmo-nos do espaço parte da nossa capacidade de reconhecer o “território”
e da capacidade do nosso “senso de território”. Dentro deste processo de habitar deixamos as nossas
marcas de ocupação que serão referências para os futuros ocupantes.
Na pesquisa dos factores que constituem a identidade do homem, os objectos ocupam um papel
importante nos reflexos dos Smithsons. Por um lado, o poder de influência dos objetos na formação da
identidade do homem e do outro, a capacidade do homem de projectar a sua identidade nos objetos. A
influência de Nigel Henderson e Charles e Ray Eames, leva Smithsons a compreender os objetos como um
parte íntima do usuário e como elementos que limitam o espaço específico desse e ainda ajudam a marcar
o seu habitat.
O outro factor fundamental que determina a nossa identidade é o espaço qm que nos movemos. Como
ocupamos os espaços é um tema de reflexão contante nestes arquitectos apartir das observações feitas
noutras culturas, principalmente na japonesa. Os Smithsons mostram também uma grande preocupação
com as limitações da arquitectura poder oferecer a possibilidade do homem se sentir parte do espaço,
que quando o usa poder apodere-se dele. Esta capacidade de nos apoderarmos do espaço reconhecemos
no trabalho teórico dos Arq. Smithsons a dois níveis: o primeiro de apropriação emocional através dos
sentidos, quando eles penetram todos os cantos do espaço. E, em seguida mais especificamente através
dos nossos actos e a colocação dos nossos objectos, uma acção que os Smithsons chamam de “vestir e
decorar”.
Finalmente encontramos a ideia de que fecha o processo de viver: o sentido do território. Este conciste
na capacidade humana para definir limites espaciais e estabelecer um "território”, entendendo por
território uma vasta extensão física que se definido pelos nossos sentidos de acordo com o nosso alcance
perceptual.

Documentos relacionados