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1 2 Coordenadora: Ieda Azevedo Nogueira Autores: Elizabeth Lougue Pinto Ieda Azevedo Nogueira Celso de Melo Bastos Colaboradores: Superintendência de Saúde / SES - RJ Departamento de Enfermagem Departamento de Nutrição Departamento de Farmácia Departamento de Odontologia Coordenação de Fiscalização Sanitária - Setor de Odontologia 3 Revisores: Alexandre Adler Pereira Professor de Microbiologia e Imunologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro Ana Cristina N. C. Wermelinger Barandier Enfermeira residente 2°° ano Instituto Fernandes Figueira - FIOCRUZ André Luiz Evangelho Lopes Engenheiro – FIOCRUZ Deborah Cristina Silva Ribeiro Farmacêutica da CCIH do Instituto Fernandes Figueira - FIOCRUZ Eliete Lannes Moura de Oliveira Enfermeira da CCIH do Hospital Municipal Cardoso Fontes / RJ Enfermeira da Bios Consultoria Infecção Hospitalar e Qualidade de Assistência Ltda Neuza Christina da Costa Schapanski Mestre em Enfermagem Enfermeira da CCIH do Hospital Municipal Salgado Filho e SMS / RJ Professora convidada da Universidade Gama Filho Noélia Ladislau Leite Enfermeira da CCIH Instituto Fernandes Figueira - FIOCRUZ Oscar Jorge Berro Diretor do Laboratório Central de Saúde Pública Noel Nutels / SES - RJ Pedro Teixeira Pesquisador do Departamento de Ciências Biológicas da ENSP - FIOCRUZ Roberto Ribeiro Malveira Farmacêutico do Instituto Nacional de Tecnologia Vanderléa Poeys Cabral Enfermeira residente 1°° ano Instituto Fernandes Figueira - FIOCRUZ Yvelise Migueis Pereira Nunes Coordenação Geral de Unidades Hospitalares Próprias / NERJ – MS Wilson Aguiar filho Diretor do Departamento de Divulgação de Eventos e Projetos CDI /SDRH /SARH/SES – RJ 4 PREFÁCIO CONTROLE DE INFECÇÕES HOSPITALARES Os hospitais devem dedicar técnica (cérebro) e trabalho (mãos) para os Programas de Controle de Infeções Hospitalares mas esses terão um desempenho precário se não estiverem impregnados de alma e de coração. Não há fórmulas mágicas para garantir esses ingredientes. Eles vão depender fundamentalmente das pessoas – seres humanos – que desenvolvem os Programas. Uma verdade é óbvia: ninguém cuida de ninguém se não cuida de si mesmo ... Assim um forte componente dos programas de Controle tem que ser o estímulo a auto-estima e fazer as pessoas entenderem que o primeiro e mais importante elemento de uma atividade humana é o julgamento que cada um faz de sua própria atividade. A felicidade proveniente de um trabalho gratificante vem da capacidade que as pessoas possam ter de entender que o primeiro beneficiário de uma atividade de qualidade deve ser o próprio trabalhador. Sempre devemos dedicar uma especial atenção à esses elementos em nossas atividades de Controle de Infecção que se constituem, sem dúvida em excelente Escola de Qualidade buscando a Saúde dos Hospitais. Essas considerações são dedicadas a você que busca um trabalho com qualidade cada vez melhor e não esquece que o centro de qualquer atividade produtiva deve ser o Ser Humano, origem e destino do nosso trabalho. Alexandre Adler 5 ÍNDICE Prefácio............................................................................................................................................................................................................ 03 Apresentação.................................................................................................................................................................................................... 05 Introdução ........................................................................................................................................................................................................ 06 Uso de Anti-séptico........................................................................................................................................................................................... 07 Uso de Soluções .............................................................................................................................................................................................. 08 Lavagem das Mãos e Anti-sepsia.................................................................................................................................................................... 09 Orientações para Limpeza e Desinfecção de Artigos ...................................................................................................................................... 11 Orientações para Esterilização ......................................................................................................................................................................... 12 Testes Realizados em Estufa e Autoclave ....................................................................................................................................................... 13 Rotina do Teste de Bowie e Dick ....................................................................................................................................... .............................. 14 Rotina do Teste Biológico ................................................................................................................................................................................. 15 Desinfecção de Artigos Utilizados nas Enfermarias .......................................................................................................................................... 16 Lixo Hospitalar ..................................................................................................................................................................................................17 Rotinas para o Serviço de Limpeza ................................................................................................................................................................. 18 Rotina para Limpeza e Desinfecção da Caixa D’ Água e Cisterna .................................................................................................................... 19 Rotina para o Controle de Pragas ..................................................................................................................................................................... 20 Precaução ....................................................................................................................................................................................................... 21 Orientações para Coleta de Material .................................................................................................................................................................23 Curativos...........................................................................................................................................................................................................24 Produtos mais Utilizados em Curativos ............................................................................................................................................................. 25 Orientações para o Uso de Catéteres ............................................................................................................................................................... 26 Prevenção de Infecção em Trato Urinário .........................................................................................................................................................27 Prevenção de Infecção em Feridas Cirúrgicas...................................................................................................................................................28 Prevenção de Infecção Respiratória..................................................................................................................................................................29 Orientação para o Controle do MRSA ............................................................................................................................................................... 30 Preparo de Nutrição Parenteral .........................................................................................................................................................................31 Rotinas para o Serviço de Nutrição e Dietética..................................................................................................................................................32 Orientações ao Serviço de Odontologia ............................................................................................................................................................ 33 Rotina para Lavanderia ..................................................................................................................................................................................... 36 Acidentes com Material Biológico.......................................................................................................................................................................37 Bibliografia.........................................................................................................................................................................................................38 6 APRESENTAÇÃO Este guia foi elaborado para facilitar a rotina dos profissionais de saúde na realização de suas atividades e auxiliar as Comissões de Controle de Infecção Hospitalar, uma vez que encontramos um leque variado de informações sobre o assunto, que algumas vezes nos deixam confusos na hora de adotar a melhor medida. No que diz respeito ao Controle de Infecção Hospitalar não há necessidade de grandes investimentos e sim a conscientização de cada um de nós como responsável por este processo. Nós profissionais de saúde temos o compromisso com a vida humana e portanto a obrigação de trabalhar para a melhoria da qualidade da assistência que prestamos. Todas as contribuições para o aperfeiçoamento deste trabalho serão recebidas com satisfação e poderão ser enviadas no prazo de 2 meses pelo e-mail cecih@saúde.rj.gov.br ou correspondência para rua México número 128 sala 705 Centro – Rio de Janeiro – RJ cep: 20.031-143 tel.- 240-2463 fax – 262-4560 a contar da data de publicação em Diário Oficial. Ieda Azevedo Nogueira Coordenadora Estadual de Controle de Infecção Hospitalar 7 INTRODUÇÃO As infecções hospitalares existem desde a fundação dos hospitais no século III da era cristã e tem sido objeto de preocupação e estudo sistematizado, desde o final dos anos 60. Nas unidades hospitalares encontramos uma população heterogênea de pacientes que, na sua maioria, é desnutrida, carente e desinformada, fatores que os predispõe, no momento de sua internação, a um maior risco de contrair infecção hospitalar, levando-os a permanecer maior tempo hospitalizados, o que acarreta desgaste para o paciente e seus familiares, para a equipe multiprofissional e grande ônus para instituição. Ressaltamos ainda que embora reconhecendo a necessidade de equipar adequadamente unidades de atenção à saúde e as dificuldades encontradas por profissionais da área que atuam neste campo, o Controle de Infecção Hospitalar na maioria das vezes requer medidas simples de prevenção com pequeno custo à instituição, tal como a freqüente lavagem das mãos, que estudos comprovam, pode reduzir em até 60% os casos de infecção hospitalar. Com o intuito de contribuir para a padronização de atividades relacionadas ao controle de infecção hospitalar, elaboramos este guia de práticas de controle de infecção hospitalar, que contem rotinas das diversas técnicas desempenhadas por profissionais de saúde. OBJETIVOS • Padronizar técnicas básicas nas unidades hospitalares; • Melhorar a qualidade da assistência prestada; • Diminuir os custos hospitalares. 8 USO DE ANTI-SÉPTICO ANTI-SÉPTICO TEMPO DE EXPOSIÇÃO VALIDADE DO ANTI-SÉPTICO EM USO PVP-I Degermante 2 à 3 minutos 48 horas PVP-I Tópico 2 à 3 minutos 48 horas Clorhexidine 2 à 3 minutos 48 horas Álcool a 70% glicerinado 2 à 3 minutos 48 horas Observação: Sugerimos distribuir os anti-sépticos em almotolias de tamanho pequeno e uso individualizado. 9 USO DE SOLUÇÕES SOLUÇÃO TEMPO DE EXPOSIÇÃO VALIDADE DA SOLUÇÃO EM USO MATERIAL EPI Borrachas, vidros, No máximo até 24 horas plásticos e superfícies Luvas após diluição, preferencialmente a cada 6 horas Materiais que não podem Máscara com filtro 30 minutos (desinfecção) 2% ativada 14 dias sofrer ação do calor e químico, óculos, luvas 8/10 horas(esterilização) 2% potencializada 28 que resistam a umidade de borracha, avental de acordo com dias impermeável recomendação do fabricante Uma semana Vidros, plásticos, metais Não necessita 30 segundos por fricção e superfícies Hipoclorito de Sódio 1% 30 minutos Glutaraldeído 2 % Álcool 70% Peróxido de hidrogênio 6% 30 minutos Uma semana 10 Vidros, plásticos, endoscópios, materiais termossensíveis Luvas LAVAGEM E ANTI-SEPSIA DAS MÃOS IMPORTÂNCIA DA LAVAGEM DAS MÃOS LAVAGEM SIMPLES DAS MÃOS A lavagem das mãos tem como principal objetivo a remoção da maior quantidade de microorganismos da flora transitória e de alguns microorganismos da flora residente, de pelos, de células descamativas, de suor, de sujidade e de oleosidade, diminuindo desta forma o risco de infecções, e sua eficácia depende da duração do procedimento e da utilização de técnica correta. A flora residente que habita as camadas mais profundas da pele pode não ser removida com a lavagem simples das mãos com sabões e detergentes, o que se faz necessário em áreas críticas, mas usualmente pode ser eliminada pela lavagem com produtos que contenham ingredientes antimicrobianos (anti-sépticos). Nas demais áreas basta o uso de água e sabão. Deve ser realizada no início e no término dos turnos de trabalho, após uso do toalete, após assoar o nariz, fumar, pentear os cabelos antes e imediatamente após o contato direto com o paciente, antes do preparo de medicações e no caso de existir sujidade visível nas mãos. A lavagem é realizada com água e sabão por 10 a 15 segundos, podendo ser complementada com fricção de álcool à 70% com 2% de glicerina. TÉCNICA: ♦ ♦ ♦ ♦ ♦ ♦ Segundo STTIER et al., a principal via de transmissão de infecção hospitalar são as mãos da equipe de saúde, sendo portanto a adequada ♦ lavagem das mãos, fundamental para o seu controle. ANTI-SEPSIA DAS MÃOS OBSERVAÇÃO Deve ser realizada, em unidades críticas como unidades de ♦ terapia intensiva, de transplantes, hematologia, berçário de alto risco, após contato com material orgânico, antes e após a realização de exames e procedimentos invasivos. Utiliza-se a mesma técnica de lavagem das mãos, incluindo os antebraços, porém usando sabão degermante como PVPI ou clorhexidine, por um período de 2 a 3 ♦ minutos conforme recomendação do não fabricante. Retirar anéis e relógios; Sem encostar na pia, para contaminar a roupa, abrir a torneira; Molhar as mãos; Colocar 3 a 5 ml de sabão líquido nas mãos; Ensaboar as mãos por meio de fricção por aproximadamente 15 a 30 segundos, em ambas as faces (palma e dorso das mãos), nos espaços interdigitais, nas articulações, nas unhas e extremidades dos dedos; Enxaguar as mãos em água corrente mantendo-as em nível baixo, sem encostá-las na pia, retirando totalmente a espuma e os resíduos de sabão; Secar as mãos com papel toalha descartável e , com o mesmo papel toalha , fechar a torneira, desprezando-o no lixo. Usar papel toalha não reciclado nas áreas-críticas e semi-críticas para enxugamento das mãos. ♦ A clorhexidine só deve ser utilizada em caso de pacientes ou funcionários alérgicos ao iodo; ♦ Não usar álcool a 70% após uso de clorhexidine ou PVP-I por este inativar a ação residual dos mesmos; ♦ O uso de PVP-I é contra indicado em recém–natos devido absorção transcutânea de iodo, podendo acarretar o hipotireoidismo. ORIENTAÇÕES PARA LIMPEZA E DESINFECÇÃO DE ARTIGOS 11 O sabão líquido deve ser o de escolha. Caso o sabão em barra seja o único disponível, este deve ser enxaguado antes do uso e deve ser de pequeno tamanho, objetivando sua freqüente substituição e mantido em saboneteiras fenestradas. LIMPEZA DESINFECÇÃO OBSERVAÇÃO Processo de eliminação de microorganismos na • É a remoção de material orgânico e sujidades forma vegetativa. dos objetos. Processo que precede a todas as outras ações de desinfecção e/ou esterilização. NÍVEIS DE DESINFECÇÃO: ÁLCOOL É CONTRA - INDICADO EM ACRÍLICO, BORRACHAS, TUBOS PLÁSTICOS E PODE DANIFICAR O CIMENTO DAS LENTES DE EQUIPAMENTOS; Alto nível – destrói todos os microorganismos exceto os • esporos; A DESINFECÇÃO COM ÁLCOOL A 70% DEVERÁ SER FEITA POR FRICÇÃO, REPETINDO O PROCESSO POR 3 VEZES OBJETIVOS • Remover sujidades; • Remover ou reduzir microorganismos; SOLUÇÃO UTILIZADA • Detergente líquido neutro. a quantidade de Médio nível ou nível intermediário – inativa o bacilo da todos tuberculose, bactérias na forma vegetativa, exceto as esporuladas, a maioria dos vírus e fungos; • Baixo nível – elimina a maioria das bactérias, alguns vírus e fungos, não elimina o bacilo da tuberculose e • esporos. PROCEDIMENTO • Submergir o material em água e detergente líquido; • Escovar o material em baixo de água corrente; • Enxaguar; • Secar o material. SOLUÇÕES UTILIZADAS DESINFECÇÃO NOS NÍVEIS DE • Alto nível – Glutaraldeído 2% ; Peróxido de Hidrogênio a 6%; • Médio nível ou intermediário – Álcool a 70%; OBSERVAÇÃO: É INDICADO A IMERSÃO PRÉVIA DO hipoclorito de sódio a 1%; Baixo nível – Álcool a 70% , Hipoclorito de Sódio a 1%,. MATERIAL EM SOLUÇÃO DESINCROSTANTE. • PROCEDIMENTO • • Submergir completamente o material na solução; • Deixar o material na solução pelo tempo determinado • Após o tempo determinado, lavar o material em água corrente; • • Secar o material com tecido limpo, ar comprimido, ou estufas próprias. 12 DURANTE 30 segundos; NO PROCESSO DE LIMPEZA MANUAL USAR ESCOVAS DE CERDAS MACIAS ; O RECIPIENTE QUE RECEBERÁ O MATERIAL DESINFETADO, DEVERÁ TAMBÉM SOFRER DESINFECÇÃO PRÉVIA; USAR EPI NO MANUSEIO DAS SOLUÇÕES DE ACORDO COM AS RECOMENDAÇÕES CONTIDAS NESTE GUIA; USAR RECIPIENTES DE PLÁSTICO COM TAMPA, COM IDENTIFICAÇÃO DA SOLUÇÃO E VALIDADE DA MESMA; O MATERIAL DEVERÁ ESTAR LIMPO E SECO ANTES DE SER COLOCADO NA SOLUÇÃO; NA PRESENÇA DE TURVAÇÃO OU COLORAÇÃO DIFERENTE A SOLUÇÃO DEVE SER TROCADA; NÃO COLOCAR NOVO MATERIAL NO RECIPIENTE SE JÁ HOUVER ALGUM OUTRO PASSANDO POR ESTES PROCESSOS . ORIENTAÇÕES PARA ESTERILIZAÇÃO AUTOCLAVE O princípio da esterilização neste aparelho é o contato de vapor úmido sob pressão com o material a ser esterilizado. As orientações aqui descritas, foram elaboradas a fim de facilitar o contato do vapor com o material a ser processado. MATERIAL O material a ser processado em autoclave são metais, tecidos, escovas, seringas de vidro, tesouras e borrachas. PROCEDIMENTO • Distribuir o material no autoclave na posição vertical; • Em caso de garrafas ou outros recipientes fechados, remover as tampas e distribuir estes no aparelho em posição horizontal, não esquecendo de esterilizar as tampas; • Operar o aparelho de acordo com instruções do fabricante; EXIGÊNCIAS • O material deve sair seco do aparelho, em caso contrário, deverá ser reesterilizado; • Não sobrecarregar o aparelho; • Somente marcar o tempo de esterilização após o aparelho atingir a temperatura ideal para cada tipo de material; • Não colocar material quente em superfície fria, para evitar condensação o que provoca umidade no material; ESTUFA QUÍMICA OBSERVAÇÃO EMPACOTAMENTO • Usar tecido de algodão cru ou musselina de algodão em dupla camada para embalar materiais pesados; • Usar papel grau cirúrgico ou kraft para materiais leves como gaze, drenos, fios etc.; • Instrumentos com juntas e cremalheiras devem ficar na posição aberta ou não travados; • Instrumentos constituídos de mais de uma parte ou com partes deslizantes, devem ser desmontados (ex: afastadores); • Não prender os instrumentos por elásticos ou outros meios, pois dificulta a circulação do calor; • Não apertar demais os pacotes e nem deixá-los muito frouxos; • Não usar tambores em inox, pois há dificuldade na circulação de ar; • As embalagens de pano devem ser lavadas para restaurar seu teor de umidade e assegurar sua capacidade de filtração, após cada esterilização; • A lavagem repetida reduz a eficiência do tecido como barreira antimicrobiana. IDENTIFICAÇÃO • Colocar o nome ou código do material acondicionado; • Colocar a data de esterilização; • Rubricar. ESTOCAGEM • O material deverá ser guardado em armários limpos e secos; • Fazer desinfecção dos armários semanalmente; • Guardar o material colocando os de data mais antiga na frente e os mais recentemente esterilizados atrás; • Se as condições ambientais da sala de estocagem forem rigorosamente controladas (temperatura e umidade), o material poderá permanecer estocado pelo prazo de 30 dias a contar da data de esterilização caso contrário, reprocessar o material em 7 dias. Só deverá ser utilizada para SOLUÇÃO UTILIZADA: GLUTARALDEÍDO esterilização de óleos, pós e PROCEDIMENTO metais. • Submergir o material limpo e seco na solução sem deixar bolhas; TEMPO DE EXPOSIÇÃO • Retirar o material da solução após 10 horas de exposição com pinça ou luva • Óleos (considerar a altura de estéril; 0,5 cm): 160°C por 120 • Enxaguar o material com água minutos; esterilizada; • Pós : 100 gramas a 160°C • Secar com pano ou compressa por 120 minutos; estéreis; • Metais: 160°C por 120 minutos ou 170°C por 60 • Guardar o material em recipiente estéril; minutos. • Identificar o material MATERIAL EXIGÊNCIA • Não colocar material quente Todo tipo de material termossenssível. TEMPO DE EXPOSIÇÃO em superfície fria; • Utilizar fita termossenssível • O material deverá ficar imerso na solução de acordo com instruções do apropriada para o calor seco fabricante. nas embalagens. EXIGÊNCIAS • Usar luva estéril, máscara de filtro químico, gorro e avental para manusear o material; • A solução deve permanecer em temperatura ambiente; • Na presença de turvação , coloração diferente ou mudança de pH, a solução deve ser trocada mesmo que esteja dentro do período de validade; • O material esterilizado por este processo deve ser utilizado imediatamente; • Observar a data de validade da solução após ativação; • Não colocar novo material no recipiente se já houver algum outro Materiais acondicionados em papel grau cirúrgico e sendo esterilizado. selados pelo calor permanecem estéreis enquanto o • Colocar uma compressa no fundo do invólucro estiver íntegro. recipiente se este for metálico; • Não misturar aço com alumínio em um mesmo recipiente com a solução. 13 TESTES REALIZADOS EM ESTUFA E AUTOCLAVE Os testes biológicos são realizados nos aparelhos de estufa e autoclave, sendo procedimentos que, realmente garantem que o material foi efetivamente esterilizado. A fita teste apenas revela que o material passou por um processo de aquecimento, pois mesmo em baixas temperaturas a coloração do indicador térmico pode mudar, daí a importância do teste biológico. Este teste consiste na utilização de kits com meios de cultura semeados com cepas do Bacillus sthearothermophilus para autoclave e do Bacillus subtillis para estufa. A freqüência deste teste deverá ser semanal, no primeiro ciclo de esterilização dos aparelhos, devendo o material ser usado somente 48 horas depois de esterilizado, tempo necessário para conhecer-se o resultado laboratorial. Existem novos testes no mercado que disponibilizam os resultados em 3 horas. Nos aparelhos de autoclave de auto vácuo recomendamos a realização diária do teste de Bowie e Dick, que mostra se a penetração do vapor atingiu adequadamente o material a ser processado. Existe ainda o Integrador Químico, que consiste em uma folha de alumínio e um produto químico sensível à temperatura e ao vapor durante a esterilização. O produto químico é projetado para fundir quando sujeito a um ambiente com vapor. É um teste que pode ser utilizado em todos os processos de esterilização à vapor, incluindo os processos à vácuo, gravidade e “flash”. Este teste indica se o material processado foi exposto as condições necessárias para esterilização, levando-se em conta as três variáveis críticas de esterilização: tempo, temperatura e vapor saturado. Deve ser realizado diariamente, sendo colocado em todos o pacotes a serem processados. 14 ROTINA DO TESTE DE BOWIE E DICK QUANDO ♦ DIARIAMENTE. COMO OBSERVAÇÃO ♦ Colocar 2 fitas adesivas para autoclavação, dispostas em X em ♦ Este teste deverá ser utilizado apenas em autoclave de auto vácuo; uma folha de papel não encerado; ♦ Colocar a folha de papel entre duas ♦ Os teste deverão ser realizados no pilhas de 14 toalhas de pano, primeiro ciclo do dia; passadas a ferro e dobradas em oito partes, formando um pacote de 25 a ♦ Todos os testes deverão ser 30 cm de altura; registrados na ficha ou livro de controle de resultados; ♦ Embrulhar este pacote e autoclavar a 134 - 137°C, durante 3 minutos . ♦ Caso não haja mudança de ♦ Retirar o pacote do aparelho. coloração da fita teste, contactar o serviço de manutenção para ♦ Verificar a fita indicadora, se esta avaliação do aparelho. apresentar listras negras uniformes, significa que o ar do pacote foi removido adequadamente. 15 ROTINA DE TESTE BIOLÓGICO QUANDO ♦ Uma vez por semana; ♦ Após manutenção do aparelho; de ♦ Suspeita equipamento; deficiência COMO OBSERVAÇÃO ♦ Identificar os tubetes (fundo, meio, frente, número do ciclo e número do ♦ Os testes deverão ser realizados no primeiro ciclo da semana; aparelho esterilizador); ♦ Fazer 03 embalagens e colocar os ♦ Todos os testes deverão ser do tubetes dentro do mesmo (um em registrados na ficha ou livro de cada embalagem); controle de resultados. ♦ Sempre que estiver incluída na carga ♦ Identificar as embalagens por fora, com a mesma identificação dos prótese e ortese a ser esterilizada. frascos de teste biológico; ♦ Dispor os pacotes com os tubetes no aparelho de acordo com as posições identificadas; ♦ Realizar o processo de esterilização; ♦ Retirar os frascos do teste biológico das embalagens após o ciclo; ♦ Deixar os tubetes em temperatura ambiente por 10 minutos; ♦ Colocar os tubetes na incubadora. 16 DESINFECÇÃO DE ARTIGOS UTILIZADOS NAS ENFERMARIAS MATERIAL SOLUÇÃO Laringoscópio Água e sabão + Álcool 70% Cânula de Guedel Hipoclorito de sódio 1% PROCEDIMENTO ♦ ♦ Fazer limpeza com água e sabão;. ♦ Fazer fricção com álcool a 70%, por 30 segundos. ♦ ♦ ♦ Lavar com água e sabão; Secar e deixar imerso na solução, por 30 minutos; Embrulhar em campo ou compressa limpo. ♦ Nebulizador, máscara de nebulização Hipoclorito de sódio 1% ♦ ♦ ♦ Frasco de aspiração, borracha de aspiração ♦ ♦ Cânula de traqueostomia Almotolia Glutaraldeído 2 % ♦ Lavar com água e sabão, Secar, imergir na solução por 20 minutos; Retirar com luva estéril , lavar com água estéril e secar com compressa estéril. ♦ ♦ ♦ ♦ ♦ 17 Lavar com água e sabão; Secar; Imergir na solução por 30 minutos; Enxaguar e secar com compressa ou pano limpos; Repor as soluções. Material ao ser colocado na solução deverá estar limpo e seco; Não colocar novo material na solução se já estiver outro em processo de desinfecção; ♦ Os recipientes com as soluções deverão passar pelo processo de desinfecção semanalmente. ♦ Os recipientes com as soluções devem ser de plástico, caso sejam de metal, deverão conter uma compressa no fundo; A sub - cânula de traqueostomia, deverá passar pelo processo de desinfecção com álcool a 70%, após limpeza; Deverão ser trocados a cada 12 horas e ♦ entregues a central de material para serem esterilizados. Cânula metálica esterilizar em autoclave; Cânula plástica esterilizar em óxido de etileno. ♦ Hipoclorito de Sódio 1% Lavar com água e sabão; Secar e deixar imerso na solução, por 30 minutos; Enxaguar copiosamente. ♦ - Circuito respirador, ambú, máscara de ventilação OBSERVAÇÃO ♦ O funcionário ao manusear a solução de glutaraldeído, deverá usar luva, máscara de filtro químico, avental e óculos. LIXO HOSPITALAR CLASSIFICAÇÃO GERAÇÃO DO RESÍDUO DESCARTE E ACONDICIONAMENTO COLETA E TRANSPORTE ♦ Todo recipiente destinado ao acolhimento de resíduos deve possuir tampa de preferência com mecanismo de pedal para sua abertura. ♦ O funcionário deverá usar EPI (Luva, gorro, máscara, avental e botas). ♦ Coletar os resíduos da fonte geradora em intervalos regulares, de acordo com a necessidade do setor. ♦ Recolher os sacos coletores dos pontos geradores sempre que 2/3 de sua capacidade estejam completados. ♦ Transportar os sacos em carros fechados, dotados de tampa evitando cruzamento com alimentos, roupa limpa e pessoas. ♦ Tipo D - resíduo comum : resíduos gerados em áreas não críticas. ♦ OBS: no ambiente hospitalar iremos considerar apenas os resíduos do tipo A e tipo D. Na operação de retirada dos sacos dos coletores de lixo deve-se tomar todo cuidado para evitar seu rompimento. ♦ Resíduos pérfuro-cortantes deverão ser desprezados em recipientes, rígidos reforçados, conforme normas ABNT. ♦ Os sacos de lixo jamais deverão ser deixados em corredores, transportados abertos ou arrastados pelo chão. ♦ Tipo A – resíduo infectante : material ♦ COMUM - ÁREAS ADMINISTRATIVAS ♦ COMUM – saco plástico comum de biológico ( cultura de qualquer cor padronizada pelo microorganismos, meios de cultura, hospital exceto branco leitoso e – ÁREAS DE vacinas vencidas ou inutilizadas), ♦ INFECTANTES vermelho. ATENDIMENTO À PACIENTES. sangue e hemoderivados e seus recipientes após o uso, resíduos ♦ INFECTANTES: saco branco leitoso cirúrgicos e anatomopatológicos, com simbologia internacional de risco resíduos pérfuro-cortantes, animais biológico. contaminados e suas carcaças, resíduos de assistência ao paciente; em ♦ PÉRFURO-CORTANTES: recipiente rígido, que não permita ♦ Tipo B – resíduo especial: resíduos derrame de líquido existente em seu farmacêuticos; resíduos químicos. interior, a ser descartado junto ao lixo infectante. ♦ Tipo C - radioativos ( a gerência destes resíduos segue as especificações da CNEN – NE 6.05. ROTINAS PARA O SERVIÇO DE LIMPEZA 18 O QUE ♦ Balde de lixo / Hamper QUANDO ♦ COM QUE Diariamente e após contaminação ♦ Água e sabão, COMO ♦ Limpeza mecânica ♦ Banheiro / Pias / Vaso sanitário ♦ Diariamente e se necessário ♦ Água e sabão e hipoclorito de sódio a ♦ Limpeza mecânica 1% ♦ Berços / Incubadora ♦ Diariamente e após contaminação ♦ ♦ Camas / Macas / Colchões / Cadeira ♦ Diariamente, após de rodas / Suporte de soro / Mesa de após alta ou óbito cabeceira / Mesa de refeição contaminação ♦ Limpeza mecânica, fricção por 30 segundos ♦ Água e sabão e álcool a 70% ♦ Limpeza mecânica, fricção por 30 segundos ♦ Água e sabão e álcool a 70% ♦ Limpeza mecânica e fricção por 30 segundos ♦ Água quente e sabão ♦ Limpeza mecânica com imersão ♦ Geladeiras / Freezers / Câmaras ♦ Semanalmente frigoríficas ♦ Água e sabão ♦ Limpeza mecânica ♦ Lixeira / Escadinha ♦ Diariamente e após alta ♦ Água e sabão ♦ Limpeza mecânica ♦ Luminária ♦ Mensalmente ♦ Água e sabão ♦ Limpeza mecânica ♦ Piso ♦ Diariamente e após contaminação ♦ Água e sabão e hipoclorito de sódio a ♦ Limpeza mecânica 1% ♦ Telefone ♦ Diariamente ♦ Água e sabão e álcool a 70% ♦ Janelas / Parede / Teto ♦ Diariamente em áreas críticas e semicríticas e semanalmente nas áreas ♦ Água e sabão não- críticas ♦ Comadres / Papagaio / Cuba rim ♦ Após o uso e após alta ♦ Filtro ar condicionado (parede) ♦ Semanalmente, ou quando sujo após cirurgia contaminada e Água e sabão e álcool a 70% ou ♦ Limpeza mecânica e fricção por 30 segundos ♦ Limpeza mecânica ♦ Máquinas de carnes, frios, legumes ♦ Diariamente etc ♦ Água e sabão e álcool a 70% ou ♦ Limpeza mecânica e fricção por amônio quaternário 30 segundos ♦ Bebedouro ♦ Água e sabão e álcool 70% ♦ Diariamente 19 ♦ Limpeza mecânica e fricção por 30 segundos ROTINA PARA LIMPEZA E DESINFECÇÃO DA CAIXA D' ÁGUA E CISTERNA FREQÜÊNCIA ♦ A CADA 3 MESES PROCEDIMENTO ♦ Impedir a entrada da água; ♦ Esvaziar a caixa d` água ou cisterna e vedar a saída de água; ♦ Retirar completamente as sujidades do fundo da caixa, das paredes e da parte interna da tampa; ♦ Lavar, esfregando o interior da caixa com vassoura nova, utilizando hipoclorito de sódio a 2 % ou hipoclorito de cálcio a 2 %; ♦ Deixar atuar por 30 minutos; ♦ Enxaguar a caixa d’água ou cisterna com água corrente, retirar a vedação da saída ou entrada d'água, deixando que esta solução escorra pelo encanamento, favorecendo a limpeza também dos canos e torneiras; ♦ Repetir a etapa anterior até que desapareça o cheiro característico do hipoclorito; ♦ Manter fechada a caixa d’água ou cisterna de forma apropriada, impedindo possíveis contaminações, por pássaros ou roedores; ♦ Depois de encher a caixa d'água ou cisterna, tratar conforme determinação do órgão competente (FEEMA OU CEDAE). 20 COLETA DE AMOSTRA PARA ANÁLISE Pontos de coleta de amostras: torneiras, mangueiras, expurgos, dutos e “ladrões”. ♦ Água tratada: coletar em frascos estéreis, de volume aproximado de 200 ml, contendo Tiossulfato de Sódio a 1,8% , para inibir o cloro da água. ♦ Água não Tratada: coletar em frascos estéreis, de volume aproximado de 200 ml sem adição de Tiossulfato de Sódio . OBS: ROTULAR OS FRASCOS, IDENTIFICANDO OS PONTOS DE COLETA, DATA E RUBRICA DO RESPONSÁVEL PELA COLETA. PROCEDIMENTO: ♦ Proceder lavagem das mãos; ♦ Desinfetar a torneira com algodão embebido em álcool a 70%; ♦ Abrir a torneira e deixar a água escoar por 02 (dois) minutos; ♦ Colher a amostra em vidro estéril, abrir exatamente no momento de coleta, tendo o cuidado para não tocar nas bordas; ♦ Coletar a água de modo que o frasco coletor fique com o nível de água acima da metade (até 2/3 do volume total); ♦ Fechar o frasco com a própria tampa e vedá-lo com fita adesiva ou esparadrapo, para evitar que a amostra derrame; ♦ Cobrir a tampa com papel protetor e amarrá-la com barbante; ♦ Identificar o frasco com data, hora, procedência, cidade, município, responsável pela coleta, telefone e endereço; TRANSPORTE: ♦ Amostras transportadas à temperatura ambiente: o intervalo de tempo entre a coleta e a chegada ao laboratório não poderá ser superior a 06 (seis) horas; ♦ Amostras transportadas sob refrigeração: o intervalo de tempo entre a coleta e a chegada ao laboratório não poderá ser superior a 24 (vinte e quatro) horas. A embalagem deverá conter gelo em sacos plásticos , acondicionados de tal forma que não molhem ou danifiquem o papel protetor do frasco; ♦ Poços, cisternas,caixas d` água, mananciais, fontes, carros-pipa, recipientes e estruturas que acondicionem grandes volumes; ♦ Lavar as mãos com água e sabão ; ♦ Desinfetar um recipiente de cabo longo (conchas, panelas) com algodão embebido em álcool à 70%; ♦ Introduzir na água o recipiente de coleta com a superfície de apoio voltada para cima; ♦ Virar o recipiente de coleta para a posição normal somente quando o mesmo estiver aproximadamente 20 cm em baixo do nível d’água; ♦ Trazer o recipiente de coleta para a superfície e transferir a amostra imediatamente para o frasco coletor, seguindo os procedimentos acima descritos. SUGERIMOS QUE SEJA COLOCADO SISTEMA DE FILTRAGEM NA ENTRADA D'ÁGUA DOS HOSPITAIS. ROTINA PARA CONTROLE DE PRAGAS (DESRATIZAÇÃO E DESINSETIZAÇÃO) LOCAIS ♦ Todas as áreas internas; ♦ Toda a área externa; ♦ Todas as caixas de esgoto. PREPARO OBSERVAÇÃO ♦ Esvaziar armários, gavetas e outros ♦ Em áreas críticas, não-críticas e móveis; semi-críticas realizar esta rotina, a cada 2 meses. Em áreas de ♦ Afastar todos os móveis da parede, o alimentos, realizar esta rotina a suficiente para passagem de uma cada mês. Em áreas altamente pessoa; infestadas, realizar esta rotina por 3 semanas consecutivas; ♦ Proteger adequadamente com sacos plásticos medicamentos, material de ♦ O produto deve ser manipulado trabalho, material médico-cirúrgico, e/ou aplicado com uso de utensílios em geral do serviço de equipamento de proteção individual nutrição e dietética; (calçados e luvas impermeáveis, avental de manga comprida e ♦ Retirar todos os produtos alimentícios, máscara com filtro químico); inclusive latarias; ♦ A limpeza do local deverá ser feita ♦ Realizar limpeza das superfícies; com varredura úmida e, sempre que possível, ser retardada ao máximo, após o processo para que se obtenha um melhor efeito. 21 PRECAUÇÃO PRECAUÇÃO PADRÃO PRECAUÇÃO COM AR PRECAUÇÃO COM PERDIGOTOS PRECAUÇÃO DE CONTATO OU GOTÍCULAS ♦ Deve ser adotada na manipulação de ♦ Indicada para pacientes portadores de sangue, fluídos corporais, secreções, microorganismos transmitidos por excreções (exceto suor), pele não partículas (< 5µ) que ficam em íntegra e mucosas; suspensão no ar por longos períodos e que podem ser dispersadas a longas distâncias e inaladas por hospedeiro Compreendem: suscetível. Indicada para pacientes portadores de ♦ Indicada para pacientes microorganismos transmitidos por portadores de microorganismos estruturas (≥5µ) que ficam em suspensão transmitido pelo contato direto ou no ar e percorrem curtas distâncias (até1 indireto. É a mais importante e m). Estas podem ser geradas durante a mais freqüente via de tosse, fala, espirro ou durante a realização transmissão das infecções de procedimentos como a aspiração e hospitalares. broncoscopia. ♦ Lavagem das mãos antes e após contato com o paciente e antes e após usar luvas; Compreende: Compreende: ♦ Precaução padrão; Compreende: ♦ Precaução padrão; ♦ ♦ Uso de EPI - luvas não estéreis, avental, máscara e protetor ocular; ♦ Quarto privativo (com banheiro e pia ), as portas deverão permanecer sempre ♦ fechadas. O ideal é utilizar no quarto ♦ Uso da vacina contra hepatite B. sistema de ventilação com pressão de ar negativa (instalação de exaustor que ♦ retira ar do ambiente e lança para o exterior do prédio), com seis trocas de ar/hora; ♦ Máscaras que retenham quantidade igual ou maior que 95% de partículas menores que 1 µ (micra). 22 Precaução padrão; Quarto privativo; Máscaras cirúrgicas. ♦ Quarto privativo (com banheiro e pia); ♦ Luvas e avental de mangas compridas. ALGUMAS DOENÇAS E DURAÇÃO DAS MEDIDAS DE PRECAUÇÃO PRECAUÇÃO COM AR ♦ Varicela - Até secagem das lesões. Manter por 10 dias em pacientes imunodeprimidos; ♦ Herpes disseminado - Até fase de crosta; PRECAUÇÃO COM GOTÍCULAS OU PERDIGOTOS ♦ Meningite por meningococo e por Haemophilus / Faringite / Escarlatina- 24 horas de terapia; ♦ Caxumba - Até desaparecimento da enduração; PRECAUÇÃO DE CONTATO ♦ Bactérias Multirresistentes - durante internação ou cultura negativa para o agente; ♦ Escabiose / Impetigo / Pediculose - 24 após início da terapia; ♦ Rubéola congênita - até um ano; ♦ Rubéola - Após o sétimo dia do exantema; ♦ Tuberculose pulmonar e laríngea - Até 15 dias após o início do tratamento; ♦ Coqueluche - 5 dias; ♦ Hepatite A, em paciente com incontinência fecal e/ou urinária - Durante internação; ♦ Difteria - até 2 culturas negativas com intervalo de 24 horas ; ♦ Varicela / Herpes Disseminado - Até fase de crosta; ♦ Mycoplasma - Durante a internação; ♦ HIV - durante internação; ♦ Sarampo – Até 7 dias após o aparecimento ♦ Adenovírus/ Influenza / Parainfluenza do exantema. Pacientes imunodeprimidos, Durante a internação; deverão permanecer com a precaução até o término da doença. ♦ Parvovírus B- 19 - Sete dias. ♦ Ferida drenante - Durante internação; ♦ Clostridium difficile - Durante internação; ♦ Febres hemorrágicas / Conjutivite viral / Pseudomonas / Bronquiolite / - Durante internação. 23 ORIENTAÇÕES PARA COLETA DE MATERIAL REGIÃO COLETA Feridas superficiais, ♦ Remover crostas e exudatos com gaze estéril; cirúrgicas, abcessos e ♦ Fazer limpeza exaustiva com jato de soro fistulas Secreção de naso orofaringe Secreção de mucosa ocular, ouvido e genitália Urina Sangue Líquor CONSERVAÇÃO OBSERVAÇÃO ♦ O swab deve ser colocado em meio de ♦ Sempre que possível, obter cultura antes da administração de transporte fornecido pelo laboratório. fisiológico a 0,9 % ; Colher o material nas camadas mais profundas. ♦ Remover as placas ou pus; ♦ Encaminhar imediatamente ao laboratório e ♦ Colher material em áreas com hiperemia, adjacentes aos pontos de supuração sobre as amígdalas e faringe. ♦ Remover com gaze estéril a secreção superficial; ♦ Colher o material da região; ♦ Fazer bacterioscopia. ♦ Fazer higiene da genitália com água e sabão, secar com compressa estéril ♦ Desprezar o primeiro jato e o último jato sem interromper, colher o jato médio; ♦ Em crianças o saco coletor deverá ser trocado a cada 30 minutos, fazendo-se nova higienização. ♦ Encaminhar imediatamente ao laboratório ♦ Encaminhar ao laboratório máximo de 1 hora. no prazo ♦ Fazer anti-sepsia da pele com PVP-I tópico ♦ Encaminhar imediatamente ao laboratório ♦ Colher 10ml de sangue em 3 frascos para o ou conservar em estufa a 35ºC. paciente, sem uso de antimicrobianos e 4 para o paciente em uso de antimicrobianos ou imunodeprimidos. Em crianças, colher 5ml de sangue em 2 frascos. Em recém-nascidos colher 0,5 a 1 ml, uma única amostra. ♦ Colher as amostras com intervalo mínimo de 20 minutos, não excedendo o período de 24 horas. ♦ Fazer degermação local com PVP-I degermante, retirar excesso com SF 0,9%, ♦ Encaminhar imediatamente ao laboratório. fazer antisepsia com PVP-I alcóolico, usar campo fenestrado , luva estéril e máscara; ♦ Colher em tubo de ensaio estéril;. 24 antimicrobianos. ♦ Evitar sempre o pus. ♦ Para hemoculturas contactar sempre o laboratório pela diversidade de métodos. CURATIVOS TIPO DE FERIDA O QUE USAR COMO FAZER Limpa ♦ Limpar com água e sabão. ♦ Vide quadro de produtos mais utilizados em curativos. Cirúrgica limpa ♦ Limpar com água e sabão. ♦ Vide quadro de produtos mais utilizados em curativos. ♦Encaminhar o paciente ao banho; ♦Lavar o local com água e sabão; ♦Secar com gaze estéril; ♦Usar produto de escolha; ♦Cobrir com gaze sem vedar; ♦Colocar esparadrapo em volta da gaze. ATENÇÃO ♦ As soluções das almotolias, deverão ser renovadas a cada 48 / 48 horas. As almotolias deverão passar pelo processo de desinfecção: lavar com água e sabão, esperar secar e imergir em hipoclorito de sódio a 1% por 30 minutos, enxaguar e secar com compressa limpa. Evitar completar o volume sem desprezar o resíduo; ⇒ Manter o curativo cirúrgico nas primeiras 24 ♦ Curativos contaminados deverão ser horas, após este prazo proceder conforme feitos após os curativos não descrição abaixo: contaminados; ♦ Encaminhar o paciente ao banho; ♦ Trocar o curativo quando estiver úmido; ♦ Lavar o local com água e sabão; ♦ Secar com gaze estéril; ♦ Curativos com açúcar deverão ser ♦ Usar produto de escolha; trocados de 8 / 8h, até que não haja ♦ Deixar exposta, não cobrir. mais secreção. Não havendo mais secreção proceder troca a cada 24h; ♦ Não conversar, durante o procedimento; Cirúrgica ♦ Limpar com contaminada, fisiológico. úlceras e ♦ Vide quadro de escara com produtos mais secreções e/ou utilizados em tecido curativos. necrosado Soro ♦Lavar o local com soro fisiológico em jato (utilizar seringa de 20ml e agulha de grosso ♦ Usar EPI (luvas, máscara, avental e capote), em caso de contato com calibre); matéria orgânica; ♦ Secar com gaze estéril ; ♦ Usar produto de escolha; ♦Lavar as mãos antes e depois de cada ♦Cobrir com gaze estéril. procedimento. PRODUTOS MAIS UTILIZADOS EM CURATIVOS 25 PRODUTO CARACTERÍSTICAS Alginatos Conseguem absorver até 20 vezes o seu peso em fluido; promovem ambientes úmidos; auxiliam o desbridamento e ajudam a proteger o tecido novo; fazem o desbridamento autolítico de tecido macio ou crosta, mas não desbridam feridas com excesso de tecido necrótico; propiciam a hemostase em feridas hemorrágicas; reduzem a troca de curativos. Hidrocolóide Apresenta-se sob as formas de placa de poliuretano, pasta e grânulos. Acelera a reepitelização e evita as possíveis lesões dos tecidos na troca de curativos; estimula a ação de enzimas desbridantes do organismo, facilita o desenvolvimento do tecido de granulação. Papaína Encontrada em forma de pasta, pó e líquida, possuindo ação bactericida e desbridante através de enzima proteolítica. Colagenase Carvão ativado com prata Açúcar Polivinilpirrolidona-Iodo PVP-I Ácidos graxos Possui ação desbridante e fibrinolítica. INDICAÇÕES OBSERVAÇÕES Antes de aplicar o curativo, lavar a ferida com soro fisiológico, secar a pele ao redor mas não secar o leito da ferida; adequar o Úlceras de pressão de estágios II a IV; curativo ao tamanho da ferida; cobrir o alginato com o curativo úlceras venosa; feridas cirúrgicas, úlceras de adequado e fixar no local; não deixar por mais de 7 dias; trocar diabetes; queimaduras; escoriações, quando o exudato atingir o curativo secundário; o alginato pode lacerações e escaras. ser usado em feridas infectadas, desde que seja trocado pelo menos uma vez ao dia, enquanto a infecção estiver presente. Placa de poliuretano - Prevenção de escara de decúbito; úlceras de decúbito estágios I e II; úlceras com estase venosa; úlceras arteriais e diabéticas; queimaduras; ferida Lavar a ferida com soro fisiológico, antes de aplicar o curativo; a sem infecção; abrasões e esfolados freqüência de troca deve ser avaliada de acordo com a evolução superficiais; da ferida, podendo permanecer por até 7 dias. Pastas - feridas não infectadas profundas e irregulares; Grânulos - feridas não infectadas profundas e altamente exsudativas. Lavar a ferida antes de aplicar o curativo com soro fisiológico; ela é contra indicada na lesão isquêmica, por levar a dor devido a Utilizada em feridas necróticas e em irritação das terminações nervosas; a forma em pó tem um presença de fibrina. período de ação de 20 minutos o que leva a freqüentes trocas, já a forma em pasta tem ação de 24 horas. Utilizada em lesões isquêmicas e feridas Lavar a ferida antes de aplicar o curativo com soro fisiológico. necróticas. Possui ação bactericida, com grande grau de absorção de exudato, não é aderente a pele, Feridas infectadas, devendo ser usado no Lavar a ferida antes de aplicar o curativo com soro fisiológico. preserva o tecido epitelial e elimina o odor de período de 3 a 5 dias. feridas infectadas. Não é absorvido pela lesão; diminui edema local; melhora a oxigenação e irrigação dos tecidos perilesionais, tem ação desbridante; estimula Feridas infectadas. formação de macrófagos; desenvolve a maturação do tecido de granulação. Efetivo contra bactérias multirresistentes, reduz a microbiota da pele em 92 a 96% em seis PVP-I aquoso - Feridas infectadas; aplicações sucessivas, encontrado sob a forma PVP-I degermante – degermação da pele; PVP-I aquoso, PVP-I degermante e PVP-I PVP-I alcoólico – feridas cirúrgicas limpas. alcoólico. Estimula a formação do tecido de granulação através de ação quimiotática e promove a Feridas infectadas ou sem infecção. diferenciação epidérmica, acelerando o processo de cicatrização . 26 É contra-indicado em lesões isquêmicas; é indispensável a limpeza, o desbridamento e boa hemostasia da lesão; deverá ser realizada a troca de 6 / 6 ou de 8 / 8 h, até que as feridas não sejam mais secretantes, aumentado-se o intervalo de troca de 12 / 12 ou de 24 / 24h. Lavar a ferida antes de aplicar o curativo com soro fisiológico. PVP-I deverá ser acondicionado em frasco escuro ou opaco. Lavar a ferida antes de aplicar o curativo com soro fisiológico. ORIENTAÇÕES PARA USO DE CATETERES CATETER Venoso periférico SÍTIO DE INSERÇÃO ♦ Adulto: preferencialmente dorso da mão, evitar membros inferiores; ♦ Crianças: couro cabeludo mão ou pé. Arterial periférico e ♦ Preferencialmente artéria radial. dispositivo de manutenção pressórica (PIA) Linha média ou mediano ♦ Veias antecubitais. ♦ Preferencialmente: Venoso central (não♦ Veia subclávia; tunelizado e tunelizado ♦ Femural; / implantável) ♦ Jugular interna. Venoso central inserido perifericamente (incluindo epicutâneo) Arterial (Swan-Ganz) Umbilical ♦ Adultos: veias cefálica ou basílica; ♦ Recém-nascido: veias cefálica, basílica, temporal, femural; ♦ ♦ ♦ ♦ Preferencialmente: Veia sublcávia; Femural; Jugular interna. ♦ Veias umbilicais. FREQUÊNCIA DE TROCA ♦ Adultos a cada 72 horas; ♦ Crianças não há recomendações. ♦ ♦ ♦ ♦ ♦ ♦ Proceder degermação das mãos, e anti-sepsia com álcool a 70% no sítio de inserção para utilização de cateter venoso periférico; ♦ Proceder escovação cirúrgica das mãos e sítio de inserção com PVP-I degermante. Em recém-nascidos Crianças: não há recomendações; usar clorhexidine por 2 minutos. Dispositivos de monitoramento: a cada 4 dias. ♦ Usar também paramentação cirúrgica para os demais cateteres; ♦ Equipo deverá ser trocado a cada Não há recomendação. 72 horas ou imediatamente após infusão de sangue e derivados ou de lipídeos; Não-tunelizado: não trocar de rotina, apenas ♦ Trocar curativos, apenas se estiver com suspeita de infecção; úmido ou desprendido; ♦ Utilizar apenas solução salina Tunelizados: não há recomendação. heparinizada no circuito de monitoração pressórica; usar pomadas Não há recomendação, trocar apenas na ♦ Não antimicrobianas no curativo; suspeita de infecção. ♦ Nutrição parenteral deverá correr no máximo em 24 horas. ♦ Adultos: a cada 4 dias; ♦ OBSERVAÇÃO ♦ A cada 5 dias. ♦ Não há recomendações. 27 PREVENÇÃO DE INFECÇÃO EM TRATO URINÁRIO ♦ Usar técnica asséptica; ♦ Escolher sonda de menor calibre para cada paciente; ♦ Introduzir a sonda sem traumatizar a uretra; ♦ Usar sistema fechado de drenagem urinária; ♦ Trocar todo o sistema em caso de obstrução; ♦ Fazer drenagem regular da bolsa coletora de forma asséptica; ♦ Usar frasco coletor de urina exclusivo para cada paciente; ♦ Não se faz necessária a troca periódica da sonda vesical de demora, exceto em pacientes com bexiga neurogênica ou problemas neurológicos, devendo ser utilizado cateterismo intermitente; ♦ Observar para que não ocorra desconexão da sonda e do tubo coletor; ♦ Não fazer irrigação; ♦ Fazer degermação das mãos antes e após qualquer procedimento com a sonda; ♦ Para coleta de urina de pequeno volume: limpar a parte distal do cateter com álcool a 70% por 30 segundos e aspirar com seringa estéril. Para grandes volumes, fazer coleta assepticamente na bolsa coletora; ♦ Culturas de urina colhidas através de catéteres instalados por períodos maiores que 3 dias tem pouco valor, já que os mesmos são colonizados especialmente por Cândida, Pseudomonas e Staphylococcus. 28 PREVENÇÃO DE INFECÇÃO EM FERIDAS CIRÚRGICAS PRÉ - OPERATÓRIO TRANSOPERATÓRIAS PÓS - OPERATÓRIO ANTIBIÓTICO PROFILÁTICO ♦ Tratar doenças associadas ♦ Realizar a cirurgia o mais rápido ♦ Estimular a deambulação ; antes da intervenção possível, dentro dos limites cirúrgica; aceitáveis de segurança; ♦ Internar o paciente o menor ♦ Usar gorro, máscara, tempo possível antes do avental e propés ; procedimento; importante que se ♦ É conheçam os microorganismos que provavelmente vão ♦ Orientar o paciente a realizar contaminar a ferida cirúrgica e exercícios respiratórios; sua sensibilidade ao antibiótico; capote, ♦ Retirar curativo cirúrgico após ♦ Administrar o antibiótico em 24 horas e não cobrir. ♦ Fazer degermação das mãos com tempo apropriado, antes do ♦ Fazer tricotomia apenas se PVP-I degermante usando escovas início da cirurgia na indução necessário 2 horas antes do de cerdas macias, atingindo dorso anestésica; procedimento, por tonsura ou poda dos pêlos; das mãos, espaços interdigitais, leitos subungueal, estendendo-se até antebraços e cotovelos; ♦ Em caso de indicação de antibióticoprofilaxia não estender a profilaxia por mais de 48 horas; ♦ Encaminhar o paciente ao banho de aspersão. Usar ♦ Fazer degermação da pele do sabão comum. campo operatório, lavando-o com PVP-I degermante, enxaguar com solução fisiológica a 0,9% e secar ♦ Em caso de cirurgias que com gaze ou compressa estéril; requeiram próteses utilizar sabão anti-séptico no banho do paciente. ♦ Fazer anti-sepsia da pele do campo operatório com solução alcoólica de PVP-I. ♦ Os benefícios da antibioticoprofilaxia devem ser maiores do que o risco. ♦ A clorhexidine poderá ser usada em caso de alergia ao iodo. 29 PREVENÇÃO DE INFECÇÃO RESPIRATÓRIA MANIPULAÇÃO DE EQUIPAMENTOS CUIDADOS NA ASPIRAÇÃO PREVENÇÃO DE INFECÇÃO CRUZADA PREVENÇÃO DE PNEUMONIA ENDÓGENA ♦ Lavar as mãos antes e depois ♦ Lavar as mãos antes e depois ♦ Lavar as mãos após contato ♦ Interromper a nutrição da manipulação; do procedimento; com mucosas, secreções enteral e remover objetos contaminados, mesmo dispositivos o mais precoce usando luvas; possível; ♦ Fazer troca do circuito do ♦ Usar máscara durante o respirador semanalmente. procedimento; ♦ Usar luvas para manusear ♦ Manter cabeceira do leito objetos contaminados e elevada (30 - 45º); secreções; ♦ Drenar e descartar qualquer ♦ Usar luva estéril; líquido condensado e acumulado nos tubos de ♦ Usar cateter estéril de uso ♦ Verificar rotineiramente a ventiladores mecânicos. Usar capote quando se posição da sonda enteral; ♦ único; antecipar a possibilidade de sujar-se com secreções ♦ Avaliar a motilidade ♦ Usar somente líquido estéril respiratórias de um paciente e intestinal; de uso único para remover trocar o capote antes de ter secreções de cateter de contato com outro paciente. ♦ Usar agente para profilaxia aspiração; de úlcera de estase se necessário. ♦ Trocar o látex de aspiração de um paciente para outro (deverão ser substituídos a cada 12 horas por outro esterilizado). 30 ORIENTAÇÃO PARA CONTROLE DE MRSA PRECAUÇÕES ⇒ DESCOLONIZAÇÃO Isolamento técnico: ♦ Somente ♦ A mais importante medida de controle ao MRSA, é a lavagem das mãos . ♦ Staphylococcus maior de MRSA, doença para oferece o risco paciente ♦ O funcionário que for prestar cuidado ao paciente deverá lavar as mãos antes e depois de qualquer cuidado ao paciente, avental quando for realizar procedimentos que exijam maior proximidade com o paciente e luvas, que deverão ser desprezados em sacos plásticos. ♦ Os artigos usados nos cuidados com o ensacados que ⇒ Deverão ser colhidos swab de nasofaringe estejam em unidades coletivas (CTI, CTQ e orofaringe apenas de pacientes que e com alto índice de manipulação). tiverem contato com outros portadores do ♦ O paciente deverá tomar banho diário com clorhexidine durante 5 MRSA. dias em região das fossas nasais 3 vezes ao e orofaringe de pacientes que venham dia durante 5 dias. transferidos de outras unidades de risco ♦ No 5º dia, interromper descolonização e como: CTI, CTQ, hemodiálise e ortopedia após 48 horas colher swab de controle, ou tenham estado nessas unidades nos caso últimos 30 dias, no momento da internação amostra seja com identificação positiva, repetir e de 7 (sete) em 7 (sete) dias durante toda descolonização. Observação: O paciente deverá ser mantido em isolamento de contato até paciente como : bacia, pinça, etc., deverão resultado da amostra. ser pacientes consecutivos e usar pomada de muporicin ⇒ Deverão ser colhidos swab de nasofaringe internado. usar descolonizar OBSERVAÇÕES e encaminhados a central de material. 31 internação. PREPARO DE NUTRIÇÃO PARENTERAL (NPT) ÁREA FÍSICA, INSTALAÇÃO E EQUIPAMENTOS PREPARO DAS AMPOLAS TÉCNICA DE PREPARO Área física e instalações deverão estar em ♦ Retirar os frascos e ampolas das ♦ conformidade com a Portaria 272, de 8 de embalagens externas, fora da área de abril de 1998 do MS. preparo; ♦ CAPELA DE FLUXO LAMINAR: ♦ Anotar os números de lotes dos ♦ Checar seu funcionamento a cada seis componentes e correlatos; meses, mediante testes de contagem de partículas, velocidade do ar e avaliação ♦ Inspecionar os componentes materiais, ♦ do filtro HEPA ; assegurando-se de que estes não ♦ Fazer limpeza com água e sabão possuem defeitos; seguida de fricção com álcool a 70% por ♦ 30 segundos, antes e depois da manipulação. ♦ Imergir as ampolas em álcool a 70% ; ♦ Fazer desinfecção dos frascos com álcool ♦ a 70% por fricção. ♦ ♦ ♦ CONTROLE MICROBIOLÓGICO Ligar a câmara de fluxo laminar 60 minutos ♦ Realizar diariamente em antes do início da preparação; amostras com quantidades representativas dos volumes preparados no período (√n+1) ; Colocar todo material necessário na sala de preparo, previamente descontaminado, e em quantidade suficiente paro o preparo diário das ♦ As amostras para contra prova soluções; de cada NPT preparada, devem ser conservadas sob Proceder a degermação das mãos e antebraço refrigeração (2 a 8°C), durante 7 com PVP-I degermante; dias após seu prazo de validade; Retirar agulhas, seringas e equipos de suas embalagens no interior da capela de fluxo ♦ Fazer novos testes laminar; microbiológicos quando na mudança da rotina de preparo ou quando na suspeita de Usar paramentação cirúrgica ( gorro, máscara, contaminação; capote, luva estéril e propés); Inspecionar a solução nutritiva, identificando Testes requeridos: incompatibilidade e presença de partículas. Filtrar a solução antes do lacre se necessário; ♦ As amostras representativas, deverão ser enviadas ao Rotular a solução com: nome completo e laboratório de microbiologia para número de registro do paciente, composição da que os testes de esterilidade NPT, data do preparo e assinatura do possam ser efetuados; farmacêutico, nome do médico solicitante, ♦ Controle microbiológico horário de início, término e velocidade de ambiental por placa de contato. gotejamento, data de validade da solução; ♦ Somente são válidas para fins de avaliação microbiológicas as Armazenar os frascos de NPT em refrigerador a NPT nas suas embalagens temperatura de 4°C, por 48 horas. originais e invioladas ou suas correspondentes amostras. ROTINAS PARA O SERVIÇO DE NUTRIÇÃO E DIETÉTICA SANITIZAÇÃO DE ALIMENTOS ♦ Usar luvas, gorro, na preparação LACTÁRIO NUTRIÇÃO ENTERAL BANCO DE LEITE ♦ Usar luva, gorro, máscara e propés em todo ♦ Usar luva estéril, máscara para boca e ♦ Não usar adereços; e qualquer procedimento com alimentos; nariz, gorro e propés; 32 ♦ ♦ ♦ ♦ ♦ ♦ ♦ de alimentos críticos (maionese, ♦ Não usar adereços; cremes e molhos) e usar máscara ♦ Proceder lavagem das mãos e antebraços, para nariz e boca na manipulação com escovação das unhas com sabão de alimentos prontos; antisséptico; ♦ Limpar com água e sabão e fazer desinfecção com álcool a 70% por fricção de Não usar adereços; toda superfície de trabalho antes e depois de cada sessão de manipulação; Proceder lavagem das mãos e ♦ Usar campo estéril para forrar as bancadas antebraço; que serão utilizados no preparo; ♦ Fazer limpeza com água e sabão e Limpar com água e sabão todas desinfecção com álcool a 70% de todas as as superfícies e equipamentos; embalagens e insumos, antes da entrada na sala de manipulação; Lavar com água e sabão as ♦ Mamadeiras após limpeza com água e embalagens de leite antes de sabão, deverão ser esterilizadas em abrir o saco ou caixa de leite; autoclave; ♦ Bicos de mamadeiras e aros após limpeza Lavar em água corrente, com água e sabão deverão sofrer verduras, legumes e frutas, e desinfecção com hipoclorito de sódio a 1% imergir em solução de hipoclorito por 30 minutos, procedendo enxágüe de sódio à 0,02% por 15 minutos; abundante; Obs: Caso não seja possível autoclavar as Não utilizar tábuas de carne e formulações, deverão ser fervidos o leite e a instrumentos de madeira, água por 20 minutos; o leite materno deverá preferindo os de PVC que são de ser pasteurizado (aquecer a 62,5°C por 30 fácil limpeza; minutos, e em seguida resfriar rapidamente à temperatura de 5°C). Todos os utensílios Colher amostras diárias das utilizados deverão ser submetidos a preparações que deverão ser desinfecção com hipoclorito de sódio a 1% guardadas por 3 dias em por 30 minutos. refrigeração, para serem ♦ Colher amostras das fórmulas preparadas, analisadas em caso de escolhidas ao acaso 1 vez por semana, para toxinfecção. controle microbiológico; ♦ Estocar em refrigerador a temperatura de 2 a 4°C, devendo ser realizado o controle de temperatura e calibragem; ♦ Usar em 24 horas. ♦ Não usar adereços; ♦ Proceder lavagem das mãos e antebraços, com sabão antisséptico; ♦ Limpar com água e sabão e fazer desinfecção com álcool a 70% de toda superfície de trabalho antes e depois de cada sessão de manipulação; ♦ Limpar com água e sabão e fazer desinfecção com álcool a 70% de todas as embalagens e insumos de nutrição enteral industrializada; ♦ Usar água potável ou fervida por 20 minutos; ♦ Seguir as recomendações do fabricante quanto à conservação dos produtos utilizados; ♦ Na administração intermitente - quantidade prescrita para cada administração; ♦ Na administração contínua, infundir quantidades suficientes de acordo com as seguintes especificações: fórmulas artesanais até 4 horas; fórmulas reconstituídas a partir do pó até 6 horas, fórmulas industriais líquidas até 8 horas; sistema fechado até 24 horas ; ♦ Colher aleatoriamente amostras para avaliação microbiológica, no início e fim de uma sessão de manipulação. Obs: O tempo de estocagem deverá ser de 24 horas em refrigerador a temperatura de 2 a 8°C. Na infusão de dieta por sonda, a mesma não deve ficar mais de 4 horas no ambiente, o recipiente que contém a dieta para infusão deve ser trocado a cada 4 horas. As preparações deverão ser acondicionadas em recipientes estéreis e atóxicos. 33 ♦ Lavar as mãos, antebraços e fazer a escovação das unhas com sabão antisséptico; ♦ Usar luvas para o procedimento de ordenha; ♦ Após limpeza com água e sabão, esterilizar em autoclave os frascos para o acondicionamento do leite ; ♦ Fazer desinfecção com álcool a 70% ou hipoclorito de sódio a 1 % de todos os utensílios; ♦ A coleta deve ser conduzida de acordo com os procedimentos técnicos e higiênicos sanitários referente a operação e a doadora deve ser previamente orientada sobre tal procedimento; ♦ Pasteurizar o leite após a coleta , e acondicionar em embalagem estéril; ♦ Colher aleatoriamente amostras para avaliação microbiológica após a pasteurização 1 vez por semana; ♦ Estocar o leite materno, em refrigerador, freezer ou congelador exclusivo, observando os períodos aqui estabelecidos: no refrigerador 48hs, congelado 6 meses, liofilizado 1 ano; ♦ Doadoras e seus filhos devem ter seu estado nutricional e de saúde, controlados regularmente pela equipe de saúde do banco de leite. ORIENTAÇÕES AO SERVIÇO DE ODONTOLOGIA CUIDADOS COM EQUIPAMENTOS E UTENSÍLIOS O QUE QUANDO COM QUE COMO ♦ Instrumentais não cortantes ♦ Após o uso ♦ Água e sabão e esterilização (ver capítulo ♦ Limpeza mecânica e esterilizar esterilização de material) ♦ Instrumentais de corte ♦ Após o uso ♦ Água e sabão e esterilização (ver capítulo ♦ Limpeza mecânica e esterilizar esterilização de material) ♦ Óculos de proteção ♦ Após o uso ♦ Água e sabão e hipoclorito de sódio a 1% ♦ Após o uso ♦ Água e sabão e álcool a 70% ou hipoclorito sódio a 1% ♦ Pontas (alta rotação, micro motor, seringa tríplice, ultra som e fotopolimerizador), ♦ placa de vidro e saca broca Após o uso ♦ Água e sabão e álcool a hipoclorito sódio a 1% ♦ Refletor e Rx ♦ Cuspideira ♦ Após o uso de cada paciente ♦ Obs.: Fazer limpeza semanal desencrostante ♦ Bancadas ♦ Diariamente e sempre que necessário ♦ Cadeira ♦ com ♦ Diariamente e após contaminação ♦ Mocho ♦ Diariamente e após contaminação ♦ Água e sabão e álcool a 70% ou hipoclorito sódio a 1% ♦ Água e sabão, álcool a 70% ou hipoclorito sódio a 1% Diariamente e após contaminação ♦ Equipo 70% ou ♦ Água e sabão, álcool a 70% ou hipoclorito sódio a 1% ♦ Água e sabão e álcool a 70% ou hipoclorito sódio a 1% ♦ Água e sabão ♦ Limpeza mecânica e expor por 30 minutos na solução. ♦ Limpeza mecânica e fricção por 30 segundos com álcool a 70% ou expor por 30 minutos em hipoclorito sódio a 1%. ♦ Limpeza mecânica e fricção por 30 segundos com álcool a 70% ou expor por 30 minutos em hipoclorito sódio a 1%. ♦ Limpeza mecânica e fricção por 30 segundos com álcool a 70% ou expor por 30 minutos em hipoclorito sódio a 1%. ♦ Limpeza mecânica e fricção por 30 segundos com álcool a 70% ou expor por 30 minutos em hipoclorito sódio a 1%. ♦ Limpeza mecânica e fricção por 30 segundos com álcool a 70% ou expor por 30 minutos em hipoclorito sódio a 1%. ♦ Limpeza mecânica e fricção por 30 segundos com álcool a 70% ou expor por 30 minutos em hipoclorito sódio a 1%. ♦ Limpeza mecânica OBS: Realizar proteção da alça do refletor, botões de comando da cadeira, cabeça da unidade de RX, e pontas acima descritas com folhas de PVC tipo rolopac ou magipac devendo ser trocada a cada paciente; A Limpeza prévia é fundamental para uma boa esterilização, sugerindo-se dessa forma a utilização de escovação do instrumental com escova de cerdas duras, retirando-se totalmente resíduos de dentina, cimento, sangue e materiais oleosos. 34 ORIENTAÇÕES AO SERVIÇO DE ODONTOLOGIA OBSERVAÇÕES GERAIS: • Álcool é contra indicado para utilização em borrachas, tubos plásticos e acrílicos por ressecá-los; • Ao usar a caneta de alta rotação ou outras pontas refrigeradas, desprezar na cuspideira por 60 segundos o primeiro jato do dia, antes do uso e por 30 segundos entre cada paciente a fim de expelir detritos sólidos ou líquidos residuais. Embora muitos equipos possuam válvula anti-retrátil em suas linhas de água, que previnem a volta do fluido para a alta rotação, este procedimento é indicado pois existe a possibilidade de falhas dessas válvulas; • Revisar mensalmente a caneta de alta rotação; • As brocas podem ser esterilizadas em estufa ou em glutaraldeído (ver capítulo de esterilização de material). Após este período lavar com água destilada; • A limpeza prévia é fundamental para uma boa esterilização, sugerindo-se dessa forma a utilização de escovação do instrumental com escova de cerdas duras, retirando-se totalmente resíduos de dentina, cimento, sangue e materiais oleosos; • Utilizar sugadores descartáveis; • As agulhas devem ser descartáveis, devendo ser desprezadas em recipientes de paredes rígidas, colocada próximo ao local onde estão sendo utilizados os instrumentos; • Os moldes e moldeiras devem ser descontaminados com agente químico antes de serem encaminhados ao laboratório; • Na utilização de isolamento absoluto os diques de borracha, devem ser descartáveis; • Não tocar em objetos ou corpos estranhos ao trabalho clínico, que não estejam recobertas com filme de PVC, como torneiras, puxadores de gavetas, telefone e etc; • Material de biopsia deve ser colocado em solução de Formaldeído a 10% devendo-se ter o cuidado de não contaminar o frasco externamente, o que deverá ser devidamente identificado e colocado em saco plástico para transporte ao laboratório de patologia; • Os EPI, como luvas, gorro e máscara, deverão ser descartáveis e trocados a cada paciente (ver medidas de precaução padrão). 35 ORIENTAÇÕES AO SERVIÇO DE ODONTOLOGIA CUIDADOS NA UTILIZAÇÃO DE MERCÚRIO: • Acondicionar o mercúrio em recipientes hermeticamente fechados e inquebráveis; • Executar todas as operações que envolvem mercúrio sobre superfícies impermeáveis e que possuam rebordos nas extremidades, de forma a confinar e facilitar a recuperação do mercúrio ou amalgama derramados ou desperdiçados; • Preferencialmente usar amálgama em cápsula; • Não tocar o amálgama com as mãos durante sua utilização; • Restos de amalgama e mercúrio devem ser guardados em frasco hermeticamente fechado contendo água até jogálo no lixo. Cabe ressaltar que apesar de ser metal pesado, ainda não existe legislação brasileira para este descarte e nenhuma forma de coleta seletiva deste lixo; • Frascos com mercúrio e amalgamadores devem ficar distantes de fonte de calor, tais como: estufa, autoclave e ar condicionado; • Para remoção de restauração de amálgama usar refrigeração e suctor de saliva a fim de evitar deglutição de material; • Executar análises mercuriais uma vez por ano em todas as pessoas que trabalhem no consultório; • Dosar periodicamente o nível de vapor de mercúrio no ambiente de trabalho, lembrando que o nível máximo permitido é de 0,05 mg/m3 de ar. 36 ROTINA PARA LAVANDERIA COLETA RECEPÇÃO E SEPARAÇÃO ♦ Usar EPI durante coleta (luva de ♦ Retirar a roupa do carro de coleta; PVC cano longo, máscara ♦ Pesar os sacos de roupa; respiratória, gorro, avental e ♦ Separar roupa de sujidade leve de botas); sujidade pesada; ♦ Pesar os lotes de roupa ♦ Jamais colocar roupa suja no separadamente; chão; ♦ Levar os lotes da roupa e material necessário ao processo de ♦ Coletar a roupa suja em lavagem até a lavadora. horários que atendam as necessidades das unidades de internação; ♦ Substituir os sacos do hamper OBS: Neste processo o funcionário sempre que 2/3 de sua deverá estar usando gorro, capacidade estejam máscara, avental, luvas e botas. completados; ♦ Identificar a origem da roupa; ♦ Retirar o saco do hamper e colocar em carro de coleta de roupa suja exclusivo para esta finalidade. LAVAGEM ♦ Roupa com sujidade leve Seqüência da operação: Lavagem: Alvejamento / desinfecção; 1° enxágüe; 2° enxágüe; Acidulação; Amaciamento / desinfecção. ♦ Após lavagem: Fazer desinfecção da área de separação e lavagem após término das atividades; Separar as roupas com manchas (ver tipos de manchas); Colocar as roupas na centrífuga, distribuindo-as uniformemente pelo tambor; Separar a roupa para ser colocada na secadora ou calandra; Retirar a roupa da secadora ou calandra; Dobrar a roupa; Encaminhar a roupa a rouparia para descanso de no mínimo 24 horas. OBSERVAÇÃO: 1 - A contagem de roupa suja só deverá ser feita na lavanderia em área destinada a recepção da mesma. 1 - O carro de roupa suja deverá ser de material rígido, com tampa, lavável, não sendo permitido sua utilização para outro fim; ♦ DISTRIBUIÇÃO DE ROUPA LIMPA ♦ Distribuição de roupa limpa: Roupa com sujidade Distribuir as roupas em horários que pesada seqüência atendam as necessidades da unidade de internação; da operação: Umectação 1° enxágüe; 2° enxágüe; Pré-lavagem; Alvejamento /desinfecção; Lavagem; 1° enxágüe; 2° enxágüe; Acidulação; Amaciamento/desinfecção. OBS: Somente colocar na secadora roupas como colchas pesadas, tecidos felpudos, roupa de vestir, cobertores, peças pequenas como máscara, bota, gorro compressas e outros. 3 - Deverá ser feita a limpeza com água e sabão e desinfecção do carro de roupa suja com hipoclorito de sódio a 1%. LAVANDERIA – TIPOS DE MANCHAS Entregar 2 mudas de roupa para cada leito; Fazer relação da roupa em estoque na unidade de internação; Afixar esta relação na prateleira da unidade de internação. ♦ Óleo ou gordura – Remover com amido, talco ou giz em pó. Pode se retirada com detergente sintético, solventes inflamáveis(querosene, gasolina) e outros nãoinflamáveis (tetracloreto de bório, percloroetileno etc); ♦ Carvão e outros pigmentos coloridos – Removidos com detergente sintético; ♦ Ferrugem – Usar acidulantes ou removedores de ferrugem. Usa-se também ácido acético ou limão e sal em água corrente; ♦ Sais de prata, argirol e soluções fotográficas – Remover com solução de iodo a 3% e em seguida usar solução de tiosulfato de sódio, lavar e enxaguar o tecido após o procedimento; ♦ Permanganato de potássio – Remover com solução de 1% de ácido oxálico; ♦ Tinta nankim ou tinta de marcar – De difícil remoção, em geral usa-se gordura e ácido oleico alternadamente, em várias aplicações, enxaguando a gordura com solvente para limpeza a seco; ♦ Esmalte – Remover com acetona ou álcool (pode alterar a cor do tecido); ♦ Tinta esferográfica – Removida com ácido acético; ♦ Café – Removida com gelo; ♦ Graxa de sapato – Retirada com removedor solvente, como varsol, benzina ou gasolina; ♦ Mofo – Em tecidos brancos usar cloro, perborato de sódio ou água oxigenada. Também pode ser removida com álcool; ♦ Sangue – Removida através da pré-lavagem com água fria; ♦ Violeta de genciana – Utilizar solução de 7 g de biossulfito de sódio por litro de água ou uma solução de 3g de soda cáustica por litro de água. Observações: Na utilização de qualquer removedor é aconselhável que se faça uma prova em um pedaço de tecido; uso de solventes, bem como a maioria dos removedores de manchas, requer precauções por serem inflamáveis, corrosivos ou tóxicos e podem danificar os tecidos. Estes devem ser mantidos em frascos ou embalagens bem fechadas. 38 ACIDENTE COM MATERIAL BIOLÓGICO - PROFILAXIA PÓS EXPOSIÇÃO AVALIAÇÃO DO RISCO DO ACIDENTE ♦ ♦ ♦ ♦ ♦ USO DE ANTI-RETROVIRAIS Alto risco - Grande volume de sangue (acidente ♦ profundo com agulha de grande calibre que estava previamente em veia ou artéria do paciente) e sangue contendo concentração título de HIV ♦ (doença viral aguda ou estágio terminal) ; ♦ Risco aumentado - Grande volume de sangue ou sangue contendo alta concentração de HIV; ♦ Sem risco aumentado - quando nenhum dos critérios acima estão presentes; ♦ USO DE GAMAGLOBULINAS E VACINAÇÃO PARA HEPATITE B Exposição percutânea com alto risco - recomenda- ♦ se, AZT + 3 TC + Indinavir; Exposição percutânea com recomenda-se AZT + 3 TC; risco aumentado - Exposição percutânea sem risco aumentado oferecer AZT + 3 TC; Exposição de membrana e mucosa - oferecer AZT + 3 TC; ♦ Pele - oferecer AZT + 3TC. OBS: Outros fluídos que não seja sangue, não oferecer Qualquer exposição a vírus concentrado ( como os medicamentos. A profilaxia pós exposição deverá ser cultura laboratorial) deve ser tratada como iniciada preferencialmente 1 ou 2 horas após o acidente. exposição percutânea de alto risco; Esquema de tratamento: ♦ A sorologia para HIV deverá ser realizada no ♦ AZT - 200mg 3 vezes ao dia; momento do acidente, 6 e 12 semanas após o ♦ 3TC - 150mg 2 vezes ao dia; mesmo. ♦ Indinavir - 800mg 3 vezes ao dia. ♦ A profilaxia pós exposição deverá ser administrada por um período de 4 semanas. ♦ Quando houver necessidade da profilaxia pós exposição, o funcionário acidentado deverá realizar os exames de transaminases, hemograma completo, uréia e creatinina, devendo ser acompanhado por um clínico. 39 Em profissional de saúde não vacinado, iniciar o esquema de vacinação em 3 doses com intervalos de 2 meses entre uma dose e outra. Fazer dose única de imunoglobulina hiperimune, de 0,06ml/kg, por via intramuscular, em região de músculo deltóide ( a aplicação em glúteo tem menor eficácia por ter menor freqüência de detecção do anti-HBs), em caso da fonte ser comprovadamente sorologicamente positiva para HBV. Em profissional de saúde vacinado com ou sem esquema completo de vacinação, realizar exame anti-HBs para avaliação de imunidade. Caso o profissional não apresente níveis satisfatórios (≥ 10 mUI/ml), administrar uma dose de imonoglobulina hiperimune e uma dose de vacina. A profilaxia precoce da imunoglobulina hiperimune (HBIG) tem maior eficácia se aplicada dentro de 24 a 48 horas após o acidente. Não há benefício comprovado na utilização da HBIG após 1 semana do acidente. A gravidez e a lactação não são contra-indicações para utilização de vacinas. Realizar sorologia para hepatite C do profissional acidentado no momento do acidente e paciente-fonte. Acompanhar o profissional acidentado caso investigação sorológica do paciente-fonte seja positiva acompanhar o profissional de saúde com realização de sorologia 6 meses após o acidente realização de sorologia (antiHCV). BIBLIOGRAFIA 1. BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE. Manual de controle de infecção hospitalar. Brasília, Centro de Documentação, 1985. 2. BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE. Manual de lanvaderia hospitalar. Brasília, Centro de Documentação, 1986. 3. BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE. Manual de rotina para banco de leite. Brasília, INAN/PNIAM, 1994. 4. BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE. Guia prático para farmácia hospitalar. Brasília, Coordenação de infecção Hospitalar, 1994. 5. BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE. Processamento de artigos e superfícies em estabelecimentos de saúde. 2 ed. Brasília, Coordenação de Hospitalar, 1994. Controle de Infecção 6. BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE. Consenso sobre o uso racional de antimicrobianos. Brasília, Coordenação de Controle de Infecção Hospitalar, 1998. 7. 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