Peregrino
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Peregrino das Letras Informação, Cultura e Livre Expressão IMPRESSO DISTRIBUIÇÃO DIRIGIDA PREÇO NAS BANCAS R$1,00 www.jperegrino.com.br Ribeirão SP- -NºAno VII - Nº 82 -- R$ fevereiro/2007 Ribeirão Preto - Preto SP - Ano- IV 41 - Setembro/2003 1,00 “Reconhecerás o malvado ao seguinte sinal: ninguém o elogia em segredo, e ninguém o critica em público” do livro “As mais bela páginas da literatura árabe” – Mansour Challita OS DOMINGOS PRECISAM DE FERIADOS Imagem Google Toda sexta-feira à noite começa o Shabat para a tradição judaica. Shabat é o conceito que propõe descanso ao final do ciclo semanal de produção, inspirado no descanso divino, no sétimo dia da Criação. Muito além de uma proposta trabalhista, entendemos a pausa como fundamental para a saúde de tudo o que é vivo. A noite é pausa, o inverno é pausa, mesmo a morte é pausa. Onde não há pausa, a vida lentamente se extingue. Para um mundo no qual funcionar 24 horas por dia parece não ser suficiente, onde o meio ambiente e a terra imploram por uma folga, onde nós mesmos não suportamos mais a falta de tempo, descansar se torna uma necessidade do planeta. Hoje, o tempo de ‘pausa’ é preenchido por diversão e alienação. Lazer não é feito de descanso, mas de ocupações ‘para não nos ocuparmos’. A própria palavra entretenimento indica o desejo de não parar. E a incapacidade de parar é uma forma de depressão... Página 5 Medos e Mitos no Parto Normal Muito provavelmente não existe assunto mais envolto em medos, tabus e mitos do que o tema “parto”. Quem está ou já esteve grávida um dia sabe bem o que é ouvir da manicura, da vizinha ou de conhecidos próximos, histórias tenebrosas sobre bebês que morrem na barriga, dos bebês que ficam com paralisia cerebral por causa do parto, do líquido que seca, do cordão em volta do pescoço que sufoca o bebê e por aí vai. A mensagem por detrás das linhas é o de que as mulheres de hoje são mesmo incapazes de parir seus filhos em segurança e que passar pelo parto normal é algo extremamente perigoso e antiquado. De fato, se fosse mesmo assim, nossos antepassados seriam todos paraplégicos, teriam cabeças tortas ou a espécie humana teria simplesmente se extinguido... Página 7 O Segredo das frutas – Uso medicinal Aftas, estomatites, feridas, gengivites, sapinhos, sangramento da gengiva, amidalites, faringites, laringites, etc. Chá de framboesa Chá de amora-preta Chá de romã Chá de cacau Página 11 A Audição e o aprendizado Estudos pedagógicos recentes têm atestado que problemas no aproveitamento escolar infantil nem sempre se referem à falta de atenção. Sabemos atualmente que anomalias na visão e na audição tornaramse fatores preponderantes no aproveitamento da criança em início de fase escolar. É nesta fase que a comunicação dos filhos com os pais, em relação às dificuldades nestas áreas tornam-se praticamente impossíveis, pelo fato de que a criança nesta idade, não tem como conhecer ou alertar seus pais sobre o surgimento de qualquer tipo de patologia referente a esses dois importantes sentidos. Dados do Ministério da Saúde comprovam que três em cada grupo de mil nascimentos, são de crianças que apresentam alterações auditivas, e que na maioria das vezes, estas, não são diagnosticadas... Página 9 Peregrino das Letras 2 Informação, Cultura e Livre Expressão Editorial Cá entre nós. Eu não suporto mais ligar a tevê e ver as tomadas de carnaval. Confesso que talvez seja inveja das curvas saradas das mulatas, talvez seja porque estou mais velha e barulho demais me deixa irritada. Não sei bem. Sei que tudo me parece repetitivo. Afinal o carnaval não foi outro dia? E não foi exatamente igual ao de hoje? Não estão as pessoas cansadas de ver tantos corpos saracoteando? Reparo: será que não há harmonia na dança? Não há leveza. Só um tal de virar o traseiro para tela (aliás, belos traseiros). Os rostos sorriem, mas não há alma nos sorrisos. São belos e plásticos. Reparo que não posso dizer que os corpos não são belos, que as fantasias não são belas, que não há muito cuidado com os enredos das escolas de samba. Fico com remorso ao pensar que aquele pessoal do morro passa o ano todo esperando para fazer diferença no carnaval. Para mim, não fazem. Tudo parece igual. Alguma coisa falta. Alguma coisa está faltando. Lembram-me um livro de ficção científica que li há muitos anos e que falava de corpos pneumáticos, objetos de desejo, oferecidos ao prazer, em um mundo onde não havia sentimentos nem relações afetivas. Talvez seja exatamente o que me incomoda: falta de afeto. Sim, porque ao olhar para os rostos na tevê, ao encarar os sorrisos, percebo que aquelas pessoas não estão afetadas umas pelas outras. Estão sozinhas, tentando preencher um vazio. Estão voltadas para elas mesmas a exibir-se para a câmara. O Outro é objeto de desejo ou de competição. Parece-me que até Dioniso, o deus do vinho, afastou-se em busca de envolvimentos mais profundos. Nem a ele convém discípulos com tal grau de autocentrismo. Mariza Helena Ribeiro Facci Ruiz [email protected] Curso de Formação de Terapeutas em Florais de Bach - 2.007 - Início em março. Objetivo do Curso: Trabalhar as 39 essências dos florais de Bach, através de teoria, estudos de casos e vivências, de forma a facilitar o autoconhecimento e a prática terapêutica. 3621 8407 / 9105 0296 Cursos – Oficinas - Palestras – Workshops Fevereiro 1 e 15 - Grupo de Apoio ao Parto e Maternidade – Gratuito – Ribeirão Preto / SP – Informações: (16) 3011- 4152. 2 – Workshop “Constelação Sistêmica” – Ribeirão Preto / SP - Informações: Ana Lucia Braga (16) 3021 5490 / 9994 7224. 3 – Workshop “Constelação Sistêmica” – Atibaia / SP - Informações: Ana Lucia Braga (16) 3021 5490 / 9994 7224. 7 e 13 - Curso de Essências – Cristais de Oz – Ribeirão Preto / SP – Informações: Cristais de Oz (16) 3635 1336 / 3941 6116. 9, 10 e 11 – Workshop “Constelação Sistêmica” – Mococa / SP - Informações: Ana Lucia Braga (16) 3021 5490 / 9994 7224. 24 – Curso de Reiki Nível I – Ribeirão Preto / SP – Informações: Inês Telma (16) 3630 2236 / 9782 4150. 25 – Curso de Reiki Nível II – Ribeirão Preto / SP – Informações: Inês Telma (16) 3630 2236 / 9782 4150. Março 1, 15 e 29 - Grupo de Apoio ao Parto e Maternidade – Gratuito – Ribeirão Preto / SP – Informações: (16) 3011- 4152. 3 – Workshop “Constelação Sistêmica” – Ribeirão Preto / SP - Informações: Ana Lucia Braga (16) 3021 5490 / 9994 7224. 4 – Workshop “Constelação Sistêmica” – Atibaia / SP - Informações: Ana Lucia Braga (16) 3021 5490 / 9994 7224. 9, 10 e 11 – Workshop “Constelação Sistêmica” – Mococa / SP - Informações: Ana Lucia Braga (16) 3021 5490 / 9994 7224. 10 – Curso de Formação de Terapeutas em Florais de Bach – Ribeirão Preto / SP – Informações: (16) 3621 8407 / 3621 9225. 10, 17, 24 e 31 – Curso de Preparação para o Parto e Maternidade – Módulo I – Gestação e Parto – Ribeirão Preto / SP – Informações: (16) 3011- 4152. 18 – Workshop “Constelação Sistêmica” – Jaboticabal / SP - Informações: Ana Lucia Braga (16) 3021 5490 / 9994 7224. 24 – Curso de Reiki Nível I – Ribeirão Preto / SP – Informações: Inês Telma (16) 3630 2236 / 9782 4150. 25 – Curso de Reiki Nível II – Ribeirão Preto / SP – Informações: Inês Telma (16) 3630 2236 / 9782 4150. Peregrino das Letras Peregrino Informação Cultura e Livre Expressão Ribeirão Preto - SP -fevereiro/2007 JPeregrino Comunicação Visual Ltda. Peregrino - 1ª edição - Maio / 2000 José Roberto Ruiz Direção: José Roberto Ruiz - MTb 36.952 - Redatora: Mariza Helena R. Facci Ruiz WebDesign: Francisco Guilherme R. Ruiz Fotolito e Impressão: Fullgraphics Gráfica e Editora - (16) 3965 5500 Endereço para correspondência: Av. Guilhermina Cunha Coelho, 350 A6 - Ribeirão Preto - SP - 14021-520, Telefone: (0**16) 3621 9225 / 9992 3408 Site: www.jperegrino.com.br / e-mail: [email protected] (16) 3621 9225 / 9992 3408 e-mail: [email protected] As idéias emitidas em artigos, matérias ou anúncios publicitários, são responsabilidades de seus autores e, não são expressão oficial do Peregrino das Letras, salvo indicação explícita neste sentido. É expressamente proibida a reprodução parcial ou total desta publicação sem a prévia autorização. das Letras Peregrino das Letras Ribeirão Preto - SP - fevereiro/2007 3 Informação, Cultura e Livre Expressão Os anos passam... Como devo proceder com a “velhice” do meu bichinho?? O tempo passa e infelizmente de maneira muito rápida para todos os seres vivos, e é por isso que devemos curtir intensamente cada dia vivido com nossos animaizinhos; a vida média de um cão é em torno de 10 a 12 anos, muito embora temos constatado que essa longevidade tem aumentado consideravelmente nos últimos 10 a 15 anos; existem animais que têm alcançado a idade de 18, 20 e até 21 anos. Acredito que isso se deva a uma preocupação e conscientização cada vez maior por parte dos proprietários quanto aos cuidados com a saúde, com a atenção mais voltada à prevenção de doenças através de vacinações regulares, cuidados com a alimentação, higiene e estética. È também incontestável o avanço tecnológico da indústria veterinária, dos centros de pesquisa, das universidades, onde não foram poupados recursos destinados ao desenvolvimento científico para melhorar a cada dia a qualidade de vida dos animais. Além disso, é também inegável a evolução no nível dos profissionais clínicos, com grandes investimentos em recursos diagnósticos, em diferentes especialidades clínicas e cirúrgicas. Somados todos estes parâmetros, fica mais fácil entender e concluir as razões para o aumento da longevidade animal. Com o passar dos anos, o organismo vai sofrendo os desgastes naturais, as células envelhecem, têm maior dificuldade em serem renovadas, o metabolismo fica mais lento e é onde começam a aparecer os sinais de desequilíbrio que serão os geradores das doenças. Relacionarei a seguir algumas das principais enfermidades que podem acometer os diferentes sistemas do organismo. . Sistema músculo-esquelético e articular . Artrites e artroses, que são doenças inflamatórias oriundas do desgaste das cartilagens das articulações. . espondilites e espondiloses (bico de papagaio) que são formações calcificadas nas vértebras da coluna vertebral. . Hérnias de discos intervertebrais. . Displasias articulares (bacia, cotovelos e ombros). . Hepatopatias (doenças do fígado) . Fibrose hepática. . Cirrose hepática. . Neoplasias hepáticas (tumores). . Doenças dos canais biliares e da vesícula biliar. . Cardiomiopatias (doenças do coração) . Alterações do ritmo e força de contração do coração. . Insuficiência valvular levando a sopros cardíacos, que irão levar a deficiências na circulação de retorno, acarretando sinais de cansaço durante exercícios, tosse que pode ser confundida com “engasgos”, respiração ofegante, além de sinais de cianose (coloração arroxeada da língua e mucosas) diante de situações de grande excitação. . Doenças renais . Insuficiência renal crônica - é o resultado da perda de capacidade de filtração renal, onde substâncias tóxicas (principalmente uréia e creatinina) que normalmente seriam eliminadas através da urina, continuam a ser acumuladas na corrente sanguínea, levando a um quadro de aumento exagerado na ingestão de água, aumento exagerado do volume urinário, emagrecimento, desidratação, anemia, vômitos e perda de apetite. . Doenças metabólicas . Diabetes. . Patologias da glândula tireóide (hipo e hipertireoidismo). . Insuficiência pancreática. . Doenças ovarianas, testiculares e da próstata. Ouriço-cacheiro A ficha do bicho Nome popular: ouriço-cacheiro. Nome científico: Coendou prehensilis. Quanto mede: meio metro. Habitat: florestas tropicais, mata atlântica. Quanto pesa: até 9 quilos. O que come: frutas, folhas, brotos. Onde vive: do México ao Brasil, até São Paulo. Filhotes: um, nasce coberto com pêlos ruivos. Apesar dos espinhos, o ouriço-cacheiro é um bicho manso, que se adapta a morar dentro de casa. Na selva, vive sobre as árvores e usa o rabo para se pendurar nos galhos. É mentira que o ouriço joga os espinhos nas pessoas. Ele só tenta assustar quem o ameaça, arrepiando os espinhos. Os predadores se machucam é quando tentam morder o ouriço, porque os espetinhos, finos e penetrantes, fixam-se no inimigo e são difíceis de sair, tanto que é comum encontrar cachorros e mesmo onças com o focinho cheio de espinhos de ouriço. Os cientistas não entendem por que a onça e os cães não aprendem que o bicho é perigoso e voltam a se ferir com o ouriço, o que não acontece com relação às cobras, pois instintivamente sabem que é venenosa e deve ser evitada. O ouriço às vezes é confundido com o porco-espinho, que vive no chão, mas não existe no Brasil. Ao contrário do porco-espinho, o ouriço-cacheiro quase nunca desce ao chão, porque seu alimento, frutas e brotinhos, ele encontra na copa da floresta e, como as frutas são muito hidratadas, esse animal não precisa sequer beber água, retira a que precisa do próprio alimento. Fonte: 100 Animais Brasileiros publicados no Estadão Luiz Roberto de Souza Queiroz. . Doenças do útero (endometrioses, hiperplasia cística do endométrio, piometra, etc.), que ocorrem em decorrência de desequilíbrios hormonais. . Doenças oftalmológicas . Glaucoma. . Catarata. . Doenças da retina e da Câmara anterior. . Doenças das glândulas mamáreas em fêmeas . Neoplasias (tumores) das glândulas mamárias, que são formações nodulares que podem ocorrer em uma ou várias glândulas e podem ser benignos ou malignos (cânceres). Gostaria de salientar que estas enfermidades aqui relacionadas podem ter ocorrência em qualquer idade, muito embora passem a ser mais freqüentes a partir dos 7 a 8 anos de idade e é desde então que os proprietários devem prestar mais atenção e procurar por uma boa orientação profissional; a prevenção é o melhor caminho para que possamos degustar e curtir no maior tempo possível, as maiores alegrias e os melhores momentos proporcionados pela companhia de quem só tem mensagens e valores positivos a nos oferecer. Dr. Mussi A. de Lacerda Médico Veterinário - CRMVSP 3065 Arca de Noé Centro Médico Veterinário www.arcadenoehv.com.br Peregrino das Letras 4 Informação, Cultura e Livre Expressão LA VIE DES BEBES ANIMAUX L’Autrachon, l’enfant d’une communauté. L’autrache vit dans les savanes d’Afrique; elle est semidomestiquée en Afrique du Sud oú elle a fait la fortune des éleveurs... de plumes. Animal sociable, l’Autruche vít en communautés parfois fort importantes. Les mâles se distiguent par leurs belles plumes noires et blanches, alors que les fernelles se contentent d’un simple plumage brun. Au moment de la ponte, mâles et femelles creusent dans le sable un vaste nid qui peut atteindre 3 m de diamètre, de façon à contenir de 20 à 30 oeufs. Il arrive que 4 ou 5 autruches pondent en effet dans le même nid. Mâles et fcmelles couvent les oeufs alternativement, pendant an mois el demi. A leur naissance, les oisillons arrivent à la cheville de leurs parents! Mais dês la sortie de l’oeeuf, ils courent chercher leur nourriture en suivant le troupeau. En grandissant, ils prennent petít à petit l’apparence d’une autruche. Les pattes et le cou s’allongent. Le duvet, raide comme des piquants d’hérisson à la naissance, devient plus doux. A deux rnois les femelles prennent leur couleur brune définitive. Les mâles, eux, devront attendre deux ans pour arborer leur belle parure. Mais ce n’est qu’à 4 ans qu’ils atteignent leur taille adulte. Cet ouvrage a été réalisé sous la direction de Christian Zuber avec la collaboration du WWF France. Édité par Prisunic Ribeirão Preto - SP -fevereiro/2007 UTILIZANDO AS PLANTAS MEDICINAIS É muito difícil não nos encantarmos com as ervas. Podermos fazer do nosso alimento o nosso remédio, é algo ainda mais fascinante! É uma delícia termos a nossa própria “farmácia”, só o “cheirinho” que fica no ambiente, já é uma terapia. Despertou o meu interesse pelo assunto, o fato de que utilizando até mesmo as ervas de tempero, estava desfrutando das propriedades medicinais que todas elas apresentam. Quem diria que o manjericão muito conhecido e utilizado na culinária também tem suas propriedades medicinais?! Pode baixar a febre, melhorar a digestão e é efetivo contra infecções bacterianas e parasitas intestinais. As ervas quando cultivadas de forma mais rústica e orgânica (sem utilização de defensivos e adubos químicos), produzem maior quantidade dos seus princípios ativos, e para utilizá-las com eficácia, deve-se ter o cuidado de fazer a coleta adequadamente, e saber qual parte da planta é a indicada, pois em alguns casos utilizamos raízes, em outros as folhas, os frutos. Recomenda-se fazer a coleta pela manhã logo que secar o orvalho das plantas, sendo melhor quando feita em dias amenos, sem chuva, em horário de sol fraco, evitando a coleta de plantas com manchas, terra, poeira, etc. As folhas, brotos e talos, devem ser coletados no início das floradas. A raiz deve ser coletada após a floração. Nunca use água para lavar folhas e raízes que serão guardadas, pois acarretará o início imediato da extração do princípio ativo, além disso, a umidade pode proporcionar o aparecimento de fungos. As folhas, brotos e plantas inteiras devem ser colocadas para secar à sombra, em local protegido de poeira. Se a quantidade for pequena, podem ser colocadas em uma assadeira forrada com papel toalha. Raízes, caules e cascas podem ser secos ao sol da manhã. As formas de preparo variam de acordo com a planta e a finalidade. Formas de preparo: Cataplasma – as ervas são socadas e aplicadas no local desejado. Compressa – Faz-se um chá bem forte e aplica-se na parte afetada. Decocção – Coloca-se em água fria e ferve-se de 15 a 30 minutos (geralmente utilizam-se raízes, sementes e cascas). Infusão – Ferver a água, desligar o fogo, colocar a erva e deixar descansar por 10 minutos (geralmente utilizam-se ervas de folhas e flores moles e com cheiro). Maceração – deixa-se a erva de molho em álcool ou vinho por 24 horas. Tisana – Coloca-se a erva na água já fervendo e deixa-se em fervura por 10 minutos com a vasilha tampada. (Geralmente, ervas de folhas e flores moles e sem cheiro). Ungüento – Aquece-se o óleo e coloca-se a erva. Massagear o local com o óleo. Lembre-se de que para fazer uso de uma planta como medicamento, trate-a como tal, ou seja, mantenha sempre em local ao abrigo do calor, luz e umidade. Mesmo em se tratando de uma planta, o consumo com a finalidade de medicamento deve ser feito cautelosamente e seguindo as orientações de um médico. Susana Emm Engª Agrônoma crea 5062352950 www.chacararecantodaservas.com.br A cura pela natureza Mamão maravilha Algumas pessoas só comem mamão quando se hospedam em hotel e provam aqueles sedutores cafés da manhã. Mas quem age assim comete uma grande injustiça, não contra a fruta, mas contra seu próprio organismo, que se priva das maravilhosas propriedades do mamão. Nesta página apresentamos tudo de bom que ele representa na dieta alimentar na medicina caseira e até nos tratamentos de beleza. Use e abuse do mamão, porque ele é bonito, gostoso e só faz bem. Paladar agradável e alto valor nutritivo são qualidades mais do que suficientes para fazer a fama de qualquer fruta. Por isso mesmo, o prestígio do mamão é mais do que merecido. Gostoso e saudável, é a fruta que possui maior quantidade de vitamina A. Fora isso, é rico também em vitamina C e várias outras do complexo B. Tem uma quantidade relativa de fósforo, ferro e manganês. E, acima de tudo, é o produtor da papaína, o fermento protéico que entra na composição de vários medicamentos para o aparelho digestivo. Por tudo isso, o mamão deve estar presente na alimentação dos adultos, crianças e, principalmente, nas dietas de pessoas que sofrem de problemas gástricos, disfunções do fígado e rins, alterações da tiróide, erupções cutâneas e alergias. Uma boa fatia de mamão, comida em jejum, diariamente, garante o bom funcionamento dos rins, fígado e intestino, deixa a pele sadia e os olhos brilhantes. Sendo uma sobremesa gostosa e muito apreciada, deve vir depois dos pratos de difícil digestão, como feijoada, carne de porco, rabada etc. Até os efeitos de uma ressaca desaparecem se, durante a manhã seguinte, a pessoa se alimentar de vários pedaços de mamão e bastante água. Por fim, a beleza: antes de jogar fora as cascas, passe-as suavemente (o lado da polpa) no rosto. Este hábito mantém a pele macia. E a folha do mamoeiro amassada deve servir de base para massagens nas mãos e pés. Feita com freqüência, essa massagem deixa pés e mãos macios e livres de calosidades. Fonte: Flora – Essencial – Um guia prático para a saúde e beleza. Peregrino das Letras Ribeirão Preto - SP - fevereiro/2007 5 Informação, Cultura e Livre Expressão OS DOMINGOS PRECISAM DE FERIADOS Toda sexta-feira à noite começa o Shabat para a tradição judaica. Shabat é o conceito que propõe descanso ao final do ciclo semanal de produção, inspirado no descanso divino, no sétimo dia da Criação. Muito além de uma proposta trabalhista, entendemos a pausa como fundamental para a saúde de tudo o que é vivo. A noite é pausa, o inverno é pausa, mesmo a morte é pausa. Onde não há pausa, a vida lentamente se extingue. Para um mundo no qual funcionar 24 horas por dia parece não ser suficiente, onde o meio ambiente e a terra imploram por uma folga, onde nós mesmos não suportamos mais a falta de tempo, descansar se torna uma necessidade do planeta. Hoje, o tempo de ‘pausa’ é preenchido por diversão e alienação. Lazer não é feito de descanso, mas de ocupações ‘para não nos ocuparmos’. A própria palavra entretenimento indica o desejo de não parar. E a incapacidade de parar é uma forma de depressão. O mundo está deprimido e a indústria do entretenimento cresce nessas condições. Nossas cidades se parecem cada vez mais com a Disneylândia. Longas filas para aproveitar experiências pouco interativas. Fim de dia com gosto de vazio. Um divertido que não é nem bom nem ruim. Dia pronto para ser esquecido, não fossem as fotos e a memória de uma expectativa frustrada que ninguém revela para não dar o gostinho ao próximo... Entramos no milênio num mundo que é um grande shopping. A internet e a televisão não dormem. Não há mais insônia solitária; solitário é quem dorme. As bolsas do Ocidente e do Oriente se revezam fazendo do ganhar e perder, das informações e dos rumores, atividade incessante. A CNN inventou um tempo linear que só pode parar no fim. Mas as paradas estão por toda a caminhada e por todo o processo. Sem acostamento, a vida parece fluir mais rápida e eficiente, mas ao custo fóbico de uma paisagem que passa. O futuro é tão rápido que se confunde com o presente. As montanhas estão com olheiras, os rios precisam de um bom banho, as cidades de uma cochilada, o mar de umas férias, o domingo de um feriado... Nossos namorados querem ‘ficar’, trocando o ‘ser’ pelo ‘estar’. Saímos da escravidão do século XIX para o leasing do século XXI - um dia seremos nossos? Quem tem tempo não é sério, quem não tem tempo é importante. Nunca fizemos tanto e realizamos tão pouco. Nunca tantos fizeram tanto por tão poucos... Parar não é interromper. Muitas vezes continuar é que é uma interrupção. O dia de não trabalhar não é o dia de Saudade Crivo de cravos A casca da canela Sinto cheiro de arroz doce De pudim de pão De infância E vontade de raspar O fundo da panela Edgar Só Curso de Formação de Terapeutas em Florais de Bach - 2.007 - Início em março. Objetivo do Curso: Trabalhar as 39 essências dos florais de Bach, através de teoria, estudos de casos e vivências, de forma a facilitar o autoconhecimento e a prática terapêutica. 3621 8407 9105 0296 se distrair - literalmente, ficar desatento. É um dia de atenção, de ser atencioso consigo e com sua vida. A pergunta que as pessoas se fazem no descanso é ‘o que vamos fazer hoje?’ - já marcada pela ansiedade. E sonhamos com uma longevidade de 120 anos, quando não sabemos o que fazer numa tarde de domingo. Quem ganha tempo, por definição, perde. Quem mata tempo, fere-se mortalmente. É este o grande ‘radical livre’ que envelhece nossa alegria - o sonho de fazer do tempo uma mercadoria. Em tempos de novo milênio, vamos resgatar coisas que são milenares. A pausa é que traz a surpresa e não o que vem depois. A pausa é que dá sentido à caminhada. A prática espiritual deste milênio será viver as pausas. Não haverá maior sábio do que aquele que souber quando algo terminou e quando algo vai começar. Afinal, por que o Criador descansou? Talvez porque, mais difícil do que iniciar um processo do nada, seja dá-lo como concluído. Rabino Nilton Bonder Lambendo até o caroço Fruta madura em pomar alheio: Pele aveludada, polpa macia, Sumo escorrendo; doce de doer. Só lamber não sacia. O jeito é cravar os dentes, Provar o doce sabor E dividir, Oferecer. É fruta prá mais de um Sem pertencer a nenhum. Conheça as plantas Boca-de-leão (Antirrhinum majus) Quando apertadas levemente com a ponta dos dedos, suas flores formam delicadas bocas de leões, dragões ou coelhinhos. Rosa, vermelha, laranja, amarela e branca, há duas variedades: anãs, para vasos e jardineiras; altas, para canteiros. Luz: pleno sol ou local bem iluminado. Temperatura: 10 a 29ºC, tolerando até 0ºC. Água: espere o solo secar, antes de regar de novo. Adubação: a cada 3 ou 4 semanas. Propagação: sementes (germinam entre 1 e 2 semanas). Cuidados especiais: corte a planta depois da floração, deixando de 15 a 20 cm a fim de estimular a brotação. Problemas comuns: se a planta estiver à meia sombra e florescer pouco, mude para lugar mais iluminado. O segredo das ervas Arnica (Arnica montana) É a matéria prima da popular “receita da vovó” para ferimentos e contusões. Suas flores e raízes, preparadas como compressas, tintura, ungüento, ajudam a descongestionar locais afetados por batidas e inflamações, diminuindo as marcas roxas dos hematomas. Ingeri-la, porém, é perigoso. Venenosa, a erva pode até matar. Por isso, antes de utilizá-la, converse com seu médico. Parte utilizada: folha. Ajuda a tratar de: aplicações locais em hematomas, contusões, ferimentos, cortes, inflamações. Fonte: Flora – Essencial – Um guia prático para a saúde e beleza. Peregrino das Letras 6 Ribeirão Preto - SP -fevereiro/2007 Informação, Cultura e Livre Expressão Papai Noel existe? Ou o Real é o Ilusório Será que Papai Noel existe? Sim, perfeitamente! Papai Noel existe, ele é real, embora as pessoas achem que tudo não passa de imaginação criada pelas mentes adultas e inculcada nas mentes infantis. Crianças somos todos nós que acreditamos ser REAL o mundo em que vivemos. Se perguntarmos se a Terra com tudo que existe nela é real, naturalmente dirão que sim, mas a realidade é outra. O mundo em que vivemos não passa de uma ilusão criada pelo mental desta humanidade. Senão vejamos: Somos emanações divinas presentes eternamente no infinito agora. Tudo que observamos são nossas criações mentais. Tempo e espaço são conceitos ilusórios que criamos, formando uma prisão, que podemos chamar de ‘Matriz’. A única verdade é o Amor Infinito – todo o resto é ilusão. Para exemplificar, dizemos que vivemos num Holograma. Holograma é uma projeção de energia ou ‘luz’ que parece, ao observador, ser uma forma de três dimensões, mas na realidade é uma série de códigos e padrões de onda que apenas geram a ilusão tridimensional quando um laser emite sua luz sobre o holograma. Toda a realidade dos cinco sentidos é uma ilusão holográfica que apenas existe de forma ‘sólida’ porque o cérebro/mente humana faz com que ela aparente desta forma. O mundo tridimensional de paisagens, mares, edifícios e corpos humanos, apenas existe nessa forma quando nós olhamos para ele. Se não, não passa de massa de campos vibratórios e códigos. Todos nós estamos ligados a um único Ser, única Fonte de Luz. Somos centelhas divinas e como tal fazemos parte do TODO. Esse TODO, que chamamos Deus, Brahma, Vishnu, é a Fonte Primordial de tudo que existe. Isto posto, precisamos compreender primeiro por que tudo não passa de uma ilusão. Façamos uma experiência: vamo-nos imaginar sem cada um de nossos sentidos. Fechemos os olhos e não veremos mais o que chamávamos de realidade. Mas ainda poderemos ouvir barulhos. Batamos na mesa e a constataremos pelo ruído. Mas imaginemo-nos surdos, e ainda assim poderemos lambê-la, ou sentir o aroma da sala. Imaginemonos agora também sem aqueles dois sentidos, e finalmente imaginemos que não tenhamos terminação nervosa alguma na pele, a ponto de não entender a não interpenetrabilidade da matéria física. Mesmo assim, nos imaginando completamente sem sentidos, deixamos de existir? A resposta é NÃO. Ainda pensamos, imaginamos, raciocinamos... Apenas foram desligados cinco meros e limitados sentidos com os quais a genética humana nos dotou. São só SENSORES, conectados ao cérebro por ligações nervosas, ou seja, impulsos elétricos e químicos – mas tudo o que chamamos de realidade (física) se baseia neles. Estrangule sua coluna, desligue imaginariamente as ligações dos plexos nervosos do sistema nervoso, e você continua existindo – mas tudo o que as pessoas chamam de real, não. Resumindo: tudo que pensamos que existe são só respostas e imagens cerebrais para ativações elétricas de nossos sensores; que estão acontecendo onde? Fora ou dentro de nossa mente? Está tudo lá dentro. Mas se desligarmos os sensores com os quais por acaso nossa “matriz” foi equipada, continuamos com capacidade de criar imagens CURSOS, OFICINAS, PALESTRAS, WORKSHOPS Veja nossa agenda na Página 2 - www.jperegrino.com.br. mentais! Mesmo sem os olhos! Claro, afinal, “imagem” é algo que só existe na mente, seja ela produzida por respostas sensoriais à condensação ilusória de ENERGIA a qual chamamos de matéria, seja ela criada, creada e manipulada por sua própria consciência e espírito. Desligando todos os sentidos, sua mente e espírito ainda existem. Logo, o que está nela é real, você pode garantir, mas nada lhe garante que o que seus sentidos informam seja exatamente como você imagina. Uma mosca tem olhos multifacetados, e enxerga inúmeras tomadas simultâneas, quase em 180 graus, e sem cores. O morcego se guia por sonares, guinchos e ecos; portanto, o conceito deles da mesma realidade tem que ser diferente da nossa. Se nossos sensores fossem assim como os da mosca, do morcego e de outros animais do mesmo planeta, a nossa impressão sobre a realidade que chamamos de ilusão seria simplesmente OUTRA. Mas nós continuaríamos a ser reais, conscientes, eternos. Você não tem certeza alguma do que chamam de realidade cientifica, mas não precisa ser espiritualista nem cientista para entender isso. A própria ciência diz que são impulsos elétricos na mente, captados pelos sentidos, e nada mais. Logo, isto pode ser classificado como REAL? Claro que não! A única coisa da qual podemos ter certeza MESMO é de nossa consciência, que independe dos sentidos. E no caso daqueles que já tiveram experiências projetivas sabem que independe até mesmo de seu corpo físico inteiro, e até da mente, cérebro, que nada mais é que um “equipamento” localizado também no físico. Logo, podemos concluir que realmente só o 3621 9225 PENSAMENTO é REAL – a única realidade de que se tem certeza. Ora, como dissemos linhas atrás, toda realidade física é criada a nível mental, todas as criações são mentais, todo o universo é uma criação mental, que se materializa quando se plasma, e o que dá a forma física é o ectoplasma. E para concluir esta explanação a respeito do mundo ilusório em que vivemos, examinemos o conceito de tempo estabelecido na superfície de nosso planeta Terra, segundo o qual todos nós podemos praticar um ato posterior ANTES de um ato anterior, basta cruzar o ‘meridiano do tempo’, que cruza o Oceano Pacífico [oposto ao meridiano de Greenwich, que passa pela Inglaterra], de oeste para leste [atos com diferença de quase 12 horas!!]. Que absurdo! Nosso conceito de Tempo é uma tremenda ilusão. Passado, presente e futuro – mera ilusão! Mas aonde queremos chegar com todos esses conceitos sobre o que e real e o que é ilusório, se a nossa proposta inicial foi falar de Papai-Noel? Bom, tudo está interligado, o que está embaixo está em cima, conforme ensinou Hermes Trimegisto, e como tudo está interligado um assunto puxa outro e o outro está no mesmo nível da nossa prosa, e assim chegamos à conclusão de que como vivemos num mundo ilusório, que acreditamos seja real, por que não acreditar em Papai-Noel se ele também é uma criação mental da humanidade?! Então, para ilustrar este artigo, vamos nos valer de fato ocorrido com conhecida irmã nossa. Conta que certa vez, tinha ela sete anos, era véspera de Natal, e a família achava-se reunida aguardando a meia noite, quando foi até o quintal. Lá, olhou para o céu, e viu um rastro de luz e na frente desse rastro de luz algo como se fosse uma nuvem com formato de rena e Papai-Noel. Ela afirma que nunca acreditou em Papai-Noel, desde tenra idade, e desse modo, ficou imóvel por alguns instantes, não contou pra ninguém, até porque ninguém iria acreditar e tratou de ir para o seu quarto. Ao deitar-se, começou sentir zumbidos metálicos no ouvido. Começou a chamar por Jesus e foi se acalmando. Ficou naquele estado entre acordada e dormindo até que apareceu no seu quarto um senhor de barba grisalha, sorrindo para ela, e telepaticamente disselhe mais ou menos assim: “Minha criança, você agora está ocupando este corpo na terceira dimensão, mas tudo é pura ilusão. É como um grande cinema com imagens holográficas. Então, por que não acreditar em PapaiNoel, se isto lhe trouxer felicidade? Vocês podem optar no quê acreditar. As ilusões saudáveis são necessárias neste mundo. Cada adulto na Terra traz dentro de si a criança que já foi um dia. E concluindo, após longa explanação sobre a história da Terra. Naquele momento, ele a olhou com muita suavidade e disse: “Agora durma, minha criança, sonhe com a realidade e ao acordar, viva seus sonhos. E concluímos nós, parafraseando as palavras do próprio “Papai-Noel”: “Se podemos escolher no quê acreditar, e se todos nós vivemos num mundo onde tudo é pura ilusão, por que não acreditar em Papai-Noel se isto nos trouxer felicidade?! Afinal, “as ilusões saudáveis são necessárias neste mundo e cada adulto na Terra traz dentro de si a criança que já foi um dia.” Adaptação do texto publicado pelo Grupo de Estudos Ramatis GER Rio de Janeiro, Dezembro/2006 ANO IX - N.º 118 Ribeirão Preto - SP - fevereiro/2007 Medos e Mitos no Parto Normal Muito provavelmente não existe assunto mais envolto em medos, tabus e mitos do que o tema “parto”. Quem está ou já esteve grávida um dia sabe bem o que é ouvir da manicura, da vizinha ou de conhecidos próximos, histórias tenebrosas sobre bebês que morrem na barriga, dos bebês que ficam com paralisia cerebral por causa do parto, do líquido que seca, do cordão em volta do pescoço que sufoca o bebê e por aí vai. A mensagem por detrás das linhas é o de que as mulheres de hoje são mesmo incapazes de parir seus filhos em segurança e que passar pelo parto normal é algo extremamente perigoso e antiquado. De fato, se fosse mesmo assim, nossos antepassados seriam todos paraplégicos, teriam cabeças tortas ou a espécie humana teria simplesmente se extinguido. Pensando em proteger nossos ouvidos e nosso coração de tamanho “ataque” e fortalecer escolhas conscientes, vamos desvendar aqui alguns mitos que cercam o parto normal, tendo como norte as evidências científicas e algum conhecimento sobre fisiologia do parto. Falta de dilatação – “Meu útero não dilatou e teve que ser cesárea.” Tecnicamente falta de dilatação não existe. Existem tempos diferentes para cada mulher dilatar. É muito comum ver mulheres chegando cedo demais no hospital, ainda em pródromos ou em um falso trabalho de parto. Pode acontecer sim uma evolução difícil da dilatação, ou uma dilatação que estaciona em alguns cm e não vai para frente. Provavelmente alguma “interferência” do ponto de vista emocional ou até mesmo do ambiente externo (excesso de luzes e pessoas observando, ar condicionado forte, clima tenso) pode estar interferindo negativamente e caberia à assistência eliminar tais estímulos e ajudar a mulher a enfrentar seus medos e ir em frente. Cordão umbilical enrolado – “O cordão estava em volta do pescoço do bebê, se fosse parto normal ele iria se enforcar e morreria.” Pra começo de conversa mais de 30% dos bebes nascem com circular de cordão e nascem de parto normal muito bem, obrigado. O cordão umbilical é bem comprido e é preenchido de uma gelatina elástica e todo torcido, preparado justamente para não interromper o fluxo de sangue se for dobrado ou enrolado. O bebê recebe oxigênio através do sangue que passa pelo cordão umbilical e não respira pelos pulmões justificando que iria sufocar, enforcado no cordão. Pode acontecer alguns casos raros (bem raros mesmo) de haver um cordão umbilical curto demais, o que impediria a saída do bebê do útero se estivesse com circular. Isto seria detectado durante o trabalho de parto (pela escuta dos batimentos cardíacos do feto) e aí sim uma cesárea seria necessária e bem vinda. No próximo mês, mais medos e mitos sobre os nossos partos. Eleonora de Moraes Psicóloga, doula (acompanhante de parto) e educadora perinatal Coordenadora do Despertar do Parto Tel.: 3911 4152 / 9705 8922 www.despertardoparto.com.br CURSOS, OFICINAS, PALESTRAS, WORKSHOPS Veja nossa agenda na Página 2, ou, em nosso site visite a página Cursos - www.jperegrino.com.br. Peregrino das Letras 7 Informação, Cultura e Livre Expressão Constelação Sistêmica As Constelações Sistêmicas familiares e de outros tipos de sistemas, vêm, dia-a-dia, ocupando um espaço terapêutico em nosso tempo. Sistematizadas pelo terapeuta alemão Bert Hellinger, tornamse conhecidas especialmente pelas intervenções grupais. A orientação é sistêmica e fenomenológica, e a técnica busca soluções para os problemas trazidos pelos clientes, - problemas pessoais, familiares, de relacionamento do casal, assim como problemas organizacionais ou empresariais. O olhar sistêmico-fenomenológico pode ser utilizado pelo terapeuta tanto em atendimentos grupais como com clientes individuais no consultório. Este trabalho ocupa-se de questões relacionadas a emaranhamentos sistêmicos. Ao pensar no tipo de questões que são trazidas pelos clientes, é possível abranger duas ordens de problemas: os psicológicos e os sistêmicos. Os psicológicos implicam as dificuldades de uma pessoa na vida, de um modo geral, e quando tratados em terapias convencionais, ganham melhoras. Os sistêmicos são “resistentes” às terapias, ou seja, mesmo com um tratamento psicológico de longo tempo, permanecem sem grandes melhoras. Os problemas psicológicos envolvem traumas na vida, desde a infância até a idade atual. Por exemplo, traumas por um acidente, inadequações no modo de agir, de pensar e de sentir que causam sofrimentos individuais, que podem estar ligados ao mundo interno do sujeito, perpassados pela experiência / influencia do mundo externo, que envolve também a família, não a tendo, entretanto, como única fonte de influência. Dificuldades de comunicação entre o casal, muitas causadas por interpretações equivocadas da realidade, o que pode ter sua origem no sistema familiar, ou seja, no modo como a família de origem vê, nos valores e na moral ligados ao sistema de origem. Aí também temos a lealdade e fidelidade sistêmicas, muitas vezes vivenciadas pelas pessoas de modo inconsciente, que trazem complicações em suas relações. São problemas que devem ser tratados em terapias conven- cionais, de acordo com o que é mais efetivo, com o que é melhor para cada pessoa. Não há a melhor abordagem terapêutica. Um enfoque cognitivo para alguns clientes é mais assertivo e curador que o psicanalítico. A psicanálise freudiana, para alguns clientes, é a abordagem que traz realmente a melhora. A terapia corporal neo reichiana, para outros, pode ser a melhor. E assim por diante. Há muitas psicologias, diversas abordagens terapêuticas com técnicas suficientemente diferentes e adequadas para os diferentes tipos humanos. As questões sistêmicas, no entanto, resistem a elas. Essas últimas, sob o olhar sistêmico, envolvem aspectos factuais da vida do sistema, em geral fatos dramáticos, que causaram desordens, desequilíbrios e que “pedem” reparação. Elas estão, portanto, ligadas à consciência maior, que é a consciência coletiva, diferente da “pequena consciência”, como diz Hellinger, que é a consciência pessoal. Esta determina os emaranhamentos e os tipos de sofrimentos individuais. A consciência maior é regida por três grandes forças: a da Pertinência, a da Hierarquia e a do Equilíbrio. Quando essas forças não são respeitadas, cria-se o emaranhamento. E as gerações futuras pagam por essa nova dinâmica com sensações de sofrimento, infelicidade, doenças, suicídios, etc. O sistema (ou parte dele) passa a viver as conseqüências disso. As gerações futuras vivem ou passam a reproduzir o fato ou evento que criou o desequilíbrio. Para a Lei da Pertinência todos têm o direito de pertencer. Quando há exclusões, há desequilíbrio. Neste tipo de emaranhamento encontramos dinâmicas como as seguintes: “Eu sigo você no seu destino”, que mostra a fidelidade e a lealdade à pessoa excluída. Fatos como morte ou esquecimento precoce, pais que morreram cedo, suicídios na família, geram esse tipo de identificação com a morte, trazendo profundos sofrimentos ao indivíduo. A Força do Equilíbrio implica o equilíbrio de trocas nas relações. Quando há situações de injustiças no sistema, desrespeito pelos pais, situações de adoção, entre outros fatos, há desequilíbrio. Uma dinâmica comum relacionada a esta Força é: “Eu sofro em seu lugar”. A Força da Hierarquia implica a prevalência, a precedência e a procedência. Por exemplo, que casamento vem primeiro, em um sistema familiar misto, onde um dos parceiros está casado pela terceira vez. Se isso não é respeitado, há a desordem, portanto, possivelmente também um emaranhamento. Nas Constelações Sistêmicas busca-se encontrar a força que permeia a dinâmica presente e restabelecer os fluxos de energia dentro do sistema. A reconciliação, o restabelecimento do fluxo amoroso no sistema, o respeito à consciência coletiva e ao mesmo tempo a possibilidade de seu afastamento são os objetivos deste trabalho. Ana Lucia Braga Terapeuta de Constelações Sistêmicas, Terapeuta Corporal Neo Reichiana, Psicopedagoga Tel.: (16) 3021.5490 / 9994.7224 Peregrino das Letras 8 Informação, Cultura e Livre Expressão Impaciência ou Tolerância? MESTRE GRAÇA Acabo de receber a revista de dezembro da U.B.E. (União Brasileira de Escritores), com uma capa muito especial: o retrato de Graciliano Ramos, feito em 1937, por Portinari, de quem era amigo. Perfeito. Lindo. E me deu vontade de escrever sobre Mestre Graça, como o chamavam os próprios escritores amigos de sua época. Simples, de origem humilde, “instrução quase nenhuma (...) cultura moderada, obtida em almanaques”, assim se define o grande escritor que fala de seus livros coisas como “um desastre” (Caetés), “história mesquinha - um casal de vagabundos, uma cachorra e dois meninos” (Vidas Secas), “foi bem recebido, não pelo que vale, mas porque me tornei conhecido de algum modo, infelizmente” (Angústia).Aqui se refere ao fato de ter sido preso, como comunista, fato que lhe inspirou Memórias do Cárcere. Essas frases, como diz o comentarista do depoimento de Graciliano, de l942, que o antigo caderno Leitura do D.O. publicou em l994, revelam bem sua baixa auto-estima; por isso ainda acrescenta. “Projetos não tenho. Estou no fim da vida, se é que a isso se pode dar o nome de vida.”Graciliano faleceu em l953. Vidas Secas talvez seja a obra mais conhecida do Mestre Graça; retrata muito de sua vida de menino pobre, retirante em Buíque, no interior de Pernambuco, para onde o pai levou a família, com esperança de enriquecer, mas empobreceu mais ainda; o menino Graciliano teve de experenciar a vida que retrata tão bem nas páginas dessa novela circular, que começa e acaba com uma fuga. Não há heróis na obra, como também em nenhuma outra, mas também não se registra egoísmo no pequeno grupo humano que se conserva puro. O primeiro livro de Graciliano foi, contudo, Caetés, e foi publicado por influência de Augusto Frederico Schmidt, poeta e editor, que leu os relatórios que Graciliano, então prefeito de Palmeira dos Índios, enviara ao governador. A sensibilidade do poeta adivinhou no estilo do prefeito um grande escritor e pediu um romance para publicar. Saiu em 1933. Daí para a frente, Graciliano não pára mais. De vez em quando colaborava com jornais, havia algum, tempo; eram crônicas, artigos, poesia e um ou outro conto. Neste se tornou um mestre também, conseguindo o que poucos escritores conseguem, ser mestre no conto e no romance. Uma novela iniciada e não terminada,”A Carta”, deu origem ao romance São Bernardo (para mim, o melhor de tudo o que escreveu). A crítica especializada considera ora esse, ora Vidas Secas, ora Angústia com sua obra prima. São Bernardo é um drama cruel, porém muito humano. É a análise profunda e angustiada de um ser humano embrutecido pela vida e pela profissão e dominado pela paixão Ribeirão Preto - SP -fevereiro/2007 da propriedade, paixão que o transcende e que ele acaba transferindo, sem o saber, para a mulher com quem se casa, apenas para ter um herdeiro para suas terras. Angústia também desenvolve outro trabalho que também não publicou - “Entre Grades” - Numa atmosfera opressiva, plena de frustrações e reminiscências dolorosas de uma infância cheia de castigos corporais, de desejos nunca realizados, de devaneios, corporificam-se em Luís da Silva, uma das personagens mais dramáticas da literatura brasileira. Infância é de cunho autobiográfico, focalizando diferentes etapas de sua vida; e Insônia são contos em que o drama da solidão e da luta são uma constante. Memórias do Cárcere nos oferece um depoimento da realidade brasileira da época, o problema político-administrativo do Brasil ao lado do cunho autobiográfico, embora o universo da obra seja outro. Para completar sua bibliografia, resta lembrar que Graciliano escreveu também várias obras infantis, recebendo prêmio do Ministério de Educação e Cultura. Alguns críticos o consideram niilista, pessimista, mas muita solidão e angústia de suas personagens marcaram sua vida desde sempre, daí sua cosmovisão traduzida num estilo seco, enxuto, preciso, direto, revelando a vida profunda do espírito. É uma obra que se impõe no quadro de nossa literatura, por ser arte legítima, que ultrapassa as fronteiras do regional, para atingir o nível universal, e por ser testemunho do ser humano com seus dramas abissais e sua luta pela existência afora. Colaboração: Nilva Mariani UBE, ALCA da AFPESP Confundimos freqüentemente intolerância com impaciência. À primeira vista as duas coisas realmente se confundem. Impacientes e tolerantes, implicam com os outros. São irritadiços. Não têm paciência para com os defeitos de seus semelhantes. Se olhamos de perto há muitas diferenças. A impaciência, segundo a conceituação de Edward Bach, diz respeito à dificuldade de lidar com o tempo. Impacientes não suportam lentidão. Tudo deve ser feito às pressas. Não dá para esperar nada. Tornam-se escravos do tempo. Aliás, tempo é a palavra-chave de Impatiens. Dá para lembrar aqui do coelho de Alice, personagem de Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll. Para quem não conhece, o coelho aparece para Alice no jardim e ele tem um relógio de bolso, que ele consulta todo tempo. Ele diz sem parar “Estou atrasado, estou atrasado.” Impatiens jamais querem estar atrasados. Eles têm por meta realizar coisas o mais rapidamente possível. Tudo deve ser transformado em ação rápida e eficaz. As pessoas que os cercam, se não forem rápidas como eles, atrapalham. Devem ser afastados aqueles que podem prejudicar o desempenho das criaturas “Impatiens”. Se ficam doentes não querem ficar de cama. Não há tempo para tratar das mazelas. O tempo deve ser bem aproveitado. O tempo deve ser manipulado. É por essa razão que os que têm características de Impatiens gostam de trabalhar sozinhos, evitando delegar tarefas. Não é à toa que a essência pertence ao Grupo da Solidão ou Grupo dos Solitários. Naturalmente estamos falando aqui de um impaciente em desequilíbrio. É que existe sim impaciente equilibrado: alguém com tendência à impaciência que se mantém em equilíbrio. Claro que esse indivíduo nunca vai ser lerdo, sempre vai querer cumprir horários, vai terminar o que se propõe a fazer, vai aprender a aceitar a ajuda de outras pessoas. Agora vamos falar um pouco da intolerância. O floral que diz respeito a ela chama-se Beech e pertence ao Grupo dos Dominadores. A palavrachave de Beech é crítica. Intolerantes em ação criticam demasiadamente as pessoas porque acreditam que estão sempre certos. Ao olhar de um Beech em desequilíbrio o mundo se descortina cheio de falhas. O dedo indicador de um Beech está sempre apontando para o que ele não considera certo. Seu domínio é exercido através da palavra ferina que se instala porque ele não consegue aceitar as diferenças entre as pessoas. Pensa que as está ajudando a encontrar um modo melhor de ser porque, afinal de contas, ele não comete erros. “Beechs” vivem dizendo que as pessoas são burras. Apegam-se a detalhes. Focam apenas o negativo. Lembrei-me daquele personagem da tevê que detestava perguntas óbvias. Se alguém lhe perguntava: Nossa, o senhor está aqui? Ele respondia. Não. Estou lá, o senhor não está vendo? Pois é, esse homem ficava extremamente irritado por nada! A esta altura você deve estar pensando que não há coisas boas a dizer das pessoas realmente intolerantes. Pois há. Beechs equilibrados conseguem apontar o lado positivo das coisas, possuem altos ideais, conseguem vencer a rigidez e passar conhecimento com sabedoria e retidão. São capazes de julgar com discernimento o que é a forma de criticar positivamente. São excelentes orientadores. Segundo Edward Bach, Cristo seria um grande exemplo de um Beech em equilíbrio. Quem diria! Aí está. Dá para perceber pelo pouco que foi escrito que um intolerante não é um impaciente, não é? Agora, se alguém ao mesmo tempo estiver vivenciando a impaciência e a intolerância em desequilíbrio a coisa vai se tornar realmente intolerável. É hora de dar a eles muito Beech e muito Impatiens. E sair de perto. Mariza Helena Ribeiro Facci Ruiz Terapeuta Floral, Practitioner pela Edward Bach Foundation, Escritora e membro da UBE. [email protected] Ribeirão Preto - SP - fevereiro/2007 Peregrino das Letras Informação, Cultura e Livre Expressão Srs. Pais - A Audição e o aprendizado Estudos pedagógicos recentes têm atestado que problemas no aproveitamento escolar infantil nem sempre se referem à falta de atenção. Sabemos atualmente que anomalias na visão e na audição tornaram-se fatores preponderantes no aproveitamento da criança em início de fase escolar. É nesta fase que a comunicação dos filhos com os pais, em relação às dificuldades nestas áreas tornam-se praticamente impossíveis, pelo fato de que a criança nesta idade, não tem como conhecer ou alertar seus pais sobre o surgimento de qualquer tipo de patologia referente a esses dois importantes sentidos. Dados do Ministério da Saúde comprovam que três em cada grupo de mil nascimentos, são de crianças que apresentam alterações auditivas, e que na maioria das vezes, estas, não são diagnosticadas precocemente. Os efeitos das perdas auditivas dependem de sua gravidade, da idade em que se manifesta e do tratamento adotado. Nesse momento, é importante salientar que a perda auditiva no início da vida afeta o desenvolvimento da linguagem e até mesmo o desenvolvimento intelectual. Quanto mais precocemente a perda for identificada, melhor será para o futuro da criança; uma vez que, quando o problema é descoberto e o seu tratamento ocorre nos primeiros 6 meses de vida (exceto nas crianças com perda grave em ambos os ouvidos), o desenvolvimento da linguagem não será afetado. Atualmente, não existe ainda um consenso a respeito de protocolos para triagem da audição em recém-nascidos. Apesar da maioria dos autores concordar que a realização de exames complemen- tares em todas as crianças seria benéfica, a maioria dos Centros de Saúde, inclusive nos países desenvolvidos, só realizam tais exames nas crianças que se enquadram no chamado grupo de risco, determinado por estudos estatísticos. Mesmo nos infantes mais velhos, que já passaram pela triagem, deve ser realizada nova avaliação caso surjam sinais possivelmente associados à deficiência de audição, já que ela também pode se instalar tardia-mente. - Tipos de Perda Auditiva A perda auditiva severa e profunda é a segunda deficiência de origem congênita mais freqüente nos países considerados desenvolvidos. Quando se incluem as perdas auditivas classificadas como de graus leve e moderados, a deficiência ocorrente passa então a ser ainda mais comum em recém-nascidos, ou seja, estão presentes em 1 a 3 de cada 1.000 (mil) nascimentos, e em 2 a 4 bebês que permanecem em UTI’s NeoNatais. Hoje em dia, tem-se como objetivo detectar qualquer uma das deficiências de audição antes dos 3 meses e que os procedimentos de reabilitação, orientação familiar e colocação de próteses auditivas (aparelhos) não ultrapassem os 6 meses; pois, em 1999, a idade média de detecção de perdas auditivas significativas eram de 14 meses. - Porque é tão crítico este período? Por motivos orgânicos, funcionais e cognitivos, o ser humano é programado para desenvolver a fala e a linguagem entre o nascimento e a idade de 2 anos. Mesmo as perdas moderadas produzem sérios efeitos negativos no processo de desenvolvimento nestes processos, ou seja, a fala, a linguagem e a cognição (sendo que esta está presente desde o berço). O fracasso em identificar as crianças com perdas auditivas resulta em diagnósticos e intervenções muito tardias. No Brasil, a idade média do diagnóstico varia em torno de 3 a 4 anos de idade, podendo levar até 2 anos para ser concluído. A audição normal é essencial para o desenvolvimento da fala e da linguagem oral. Os Comitês recomendam a opção de avaliá-las antes da alta da maternidade. Como isso raramente acontece, o importante seria a implantação de programas de orientação e acompanhamento já nas escolinhas maternais. Além destes, incluir projetos de capacitação dos professores e responsáveis pelas crianças a fim de orientar na detecção de sinais que indiquem a manifestação de qualquer tipo de patologia auditiva nesta fase da infância; sem contar ainda, a necessidade de se observar mais de perto o motivo real na grande maioria dos casos em que existam dificuldades de aprendizado. Como fonoaudióloga, faço trabalhos junto a estabelecimentos de ensino objetivando identificar o quanto antes, qualquer evidência de manifestação de sintomas que indiquem a possibilidade de incapacitação escolar por perdas auditivas. Não devemos nos alarmar, mas sim, nos conscientizar de que o problema existe e com a devida orientação profissional nos certificarmos de que nada venha atrapalhar a vida dos nossos filhos. Dra. Gisele Mary Berbare Fonoaudióloga – CESAUDIO “M.V.” [email protected] Tel/Fax: (16) 3636 7836 9 Peregrino das Letras 10 Ribeirão Preto - SP -fevereiro/2007 Informação, Cultura e Livre Expressão A vida sexual conjugal MENTIRAS SIMBÓLICAS Carta resposta Quando não temos referências políticas e culturais que nos inspirem confiança, nossa visão da realidade passa a ser determinada pelos profissionais de vendas. A maioria deles focada em técnicas para trocar produtos pelo nosso dinheiro sem preocupar-se com as questões morais que envolvem essa troca. Sem referências, ouvimos a música que o vendedor quer. Usamos a roupa que o vendedor quer. Lemos o livro que o vendedor quer. Elegemos o político que o vendedor quer... Pois reproduzo a seguir um trecho de uma entrevista que a Folha de São Paulo fez com João Santana, o marqueteiro que cuidou da campanha de Lula. É uma ótima oportunidade para refletir como essa turma manipula as informações e usa a imprensa como ferramenta para seus objetivos eleitorais: Esta carta é a resposta para o padre, publicada em nossa edição anterior. A partir de março publicaremos as duas cartas na mesma edição. Querido amigo Não estou nada surpresa. Estou feliz por saber que existem representantes da Igreja que estão interessados em seus pobres pecadores tão carentes de serem, mais que esclarecidos, ouvidos! E quão difícil é tratar de questões relativas a sexo. Em primeiro lugar porque em sua maioria, os representantes de Deus não estão abertos a elas, quando não as criticam abertamente. A Igreja durante muito tempo tratou da relação entre casais e do ato sexual particularmente, de forma a ligá-lo à concepção, esquecendo-se de que seres humanos são feitos de corpos e espíritos e que, o primeiro deles pede satisfação física. Durante tanto tempo reforçou-se esta idéia que, dentro de nós, sub existe a sensação de que há algo de podre no reino da sexualidade. A concepção de amor esteve afastada deste campo. Cristãos eram incitados apenas a amar a Deus, não havia espaço para coisas humanas, terrenas. A expressão sexual não era absolutamente cogitada como expressão de amor cristão. Como você colocou, se Deus é amor, porque não acolheria o relacionamento entre homem e mulher na cama conjugal, lugar onde ambos estão nus, não só corporalmente, mas alma a alma? Estou feliz porque você me escolheu para ajudá-lo nesta empreitada. Não sei se estarei á altura, mas sei que este é um assunto que têm ocupado muito meus pensamentos. Não só a questão sexual em si, mas a questão homem/mulher. Acho fundamental que cada um de nós reveja estas questões para que nos entendamos melhor. Acredito que as coisas podem ser melhoradas se discutidas e conscientizadas. Acredito que podemos fazê-lo juntos. Você o representante das coisas espirituais. Eu, a representante das coisas terrenas, quem sabe não poderemos juntar as duas, fazer uma conjunção e provar que há esperança? Beijo A Professora FELIÎO La feliîo ne troviûas en la mono. En juvelaro aö eî en ora krono. La feliîo ne estas aîetaëo. Ûi ne aperas per iu posedaëo. Ûi ne veturas ne en luksa aötomobilo. Kaj ne flugas en privata aviadilo. Ûi ne vivas en grandegaj riîaj domoj. Aö en la agoj de festemantaj homoj. Sed la feliîo kiel simpla bela floro. Unue kresku en nia propra koro. La feliîo povas kuïi en rideto. Aö en ûojkrio de gaja infano. La feliîo povas kuïi en fideleco. Aö en kompreno de sincera amikeco. Ûi troviûas ofte nur en simpla gesto. Pro kio tago povas aspekti kiel festo. Ûi malsama estas ja por îiu homo. Îiu li loûas en domaîo, aö luksa domo? Unue kresku en nia propra koro. Nekonata aötoro FOLHA - Como foi definida a abordagem a respeito do tema das privatizações? JOÃO SANTANA - (...) Nós tínhamos alinhado alguns dos temas de intensa fragilidade e de imensa comoção política. Estava em primeiro lugar a privatização. Não usamos no primeiro turno porque não houve necessidade. FOLHA - A forma como o assunto foi usado não se prestou a deseducar o eleitor? Propagou-se a noção de que a privatização em si é algo ruim... SANTANA - Foi deseducativo de acordo com determinado ideário. Para o “consenso de Washington”, sim. No Brasil, para alguns setores, revigorou-se um sentimento cívico. Não faço juízo de valor, mas o fato é que a privatização se apresenta no imaginário brasileiro com uma série de emoções políticas. (...) Primeiro, há um eixo cívico-épico-estatizante que vem de Getúlio Vargas, com a campanha “o petróleo é nosso”. O outro eixo são as “tramas obscuras”. Não quero questionar como foram feitas as privatizações no governo FHC, mas o fato é que ficou, na cabeça das pessoas, como se algo obscuro tivesse ocorrido. Foi erro de comunicação do governo FHC, que poderia ter vendido o benefício das privatizações de maneira mais clara. No caso da telefonia, teve um sucesso fabuloso. As pessoas estão aí usando os telefones. FOLHA - Não é desonesto se beneficiar de uma idéia geral que vigora na sociedade? Algo que possivelmente o próprio presidente da República sabe que não é a verdade completa? SANTANA - Não. Eu trabalho com o imaginário da população. Em uma campanha, nós trabalhamos com produções simbólicas. Não considero que exista aí desonestidade, pois o tema foi, pelo menos, discutido. É bom que a população fale e reflita sobre esses temas. No primeiro turno, analisando as pesquisas, eu vi que essa discussão poderia ser retomada. Enxerguei ali um “monstro vivo” que poderia ser jogado. FOLHA - Mas, se foi apenas uma tática para encurralar o adversário, fica então reforçada a tese de que houve certa desonestidade intelectual. Ou, para usar a expressão do candidato do PSDB, uma “mentirobrás”? SANTANA - Não é bem assim. O presidente não foi reeleito por causa da polêmica sobre privatização. O fato é que o adversário teve a chance de responder, mas não o fez. Tivesse ele uma resposta pronta, objetiva, o impacto teria sido reduzido. Alckmin poderia mostrar objetivamente o uso de telefones, de computadores, de internet. Viu só? Como é fácil trabalhar as palavras e dar outro nome às “mentiras”? Pois essa cara de pau me assusta... Essa estratégia funciona, pois seu alvo - o povo - não tem repertório para compreender como, quando e onde está sendo manipulado. Desculpem a insistência, mas não tenho como não trazer mais uma vez a definição que José Ingenieros escreveu para o “Homem Medíocre”, em seu livro homônimo: “O homem medíocre é, por essência, imitativo e está perfeitamente adaptado para viver em rebanho, refletindo as rotinas, preconceitos e dogmatismos reconhecidamente úteis para a domesticidade”. “Imitativo”... “rebanho”... “domesticidade”... Imaginário da população”... “produções simbólicas”... Nada mais conveniente que Carlito Maia para encerrar esta reflexão: - Acordem! E progresso. Luciano Pires www.lucianopires.com.br Curso de Formação de Terapeutas em Florais de Bach - 2.007 Início em março. Objetivo do Curso: Trabalhar as 39 essências dos florais de Bach, através de teoria, estudos de casos e vivências, de forma a facilitar o autoconhecimento e a prática terapêutica. 3621 8407 / 9105 0296 Ribeirão Preto - SP - fevereiro/2007 Peregrino das Letras 11 Informação, Cultura e Livre Expressão O Segredo das frutas – Uso medicinal Aftas, estomatites, feridas, gengivites, sapinhos, sangramento da gengiva, amidalites, faringites, laringites, etc. Chá de amora-preta Coloque, em uma panela, meio litro de água. Junte 10 frutas (ou cinco folhas) e deixe ferver. Espere esfriar, coe e faça gargarejos várias vezes ao dia. Chá de cacau Leve ao fogo, em uma panela, meio litro de água. Acrescente 10 caroços da fruta (ou cinco folhas). Espere esfriar, coe e faça gargarejos várias vezes ao dia. Chá de romã Descasque ma romã e coloque a casca em uma panela. Leve ao fogo com o equivalente a um copo de água. Espere amornar. Faça gargarejos várias vezes ao dia. A vida secreta de Antoine de Saint-Exupéry – A parábola do Pequeno Príncipe - Renée Zeller Antoine de Saint-Exupéry é bastante conhecido por seu clássico O Pequeno Príncipe, rico pelo conteúdo repleto de magia e que, ainda hoje, permeia o imaginário de seus leitores. Mas poucos são os que sabem a respeito da vida desse gênio da literatura. Nesta obra a autora apresenta muito mais que uma biografia; ela mostra a grandeza da alma, a genialidade do verdadeiro Pequeno Príncipe. Foi na considerada “Terra das Oportunidades” que Exupéry deu asas à imaginação e despertou o seu talento para a literatura. Viaje por estas páginas; conheça o mundo real do pai de O Pequeno Príncipe e a parábola oculta de sua obra. Grupo Editorial Madras Tel.: (11) 6959 1127 – Fax: (11) 6959 3090 www.madras.com.br Olhar Magnético – Heitor Durville Com a preocupação constante de que o homem vença sempre o destino e tenha o domínio de si mesmo como fator primordial para uma vida feliz, este livro trata, principalmente, do desenvolvimento das qualidades intelectuais e espirituais como forma de elevar a moral, isto é, os preceitos sociais que fazem parte da sociedade, mas que nos caracterizam como seres humanos. O autor ensina que as pessoas que nos rodeiam fazem parte da nossa própria projeção mental e que somos felizes na medida em que temos tudo na proporção de nossa necessidade. Quando você terminar a leitura deste livro, terá a capacidade de se sentir mais forte. Grupo Editorial Madras Tel.: (11) 6959 1127 – Fax: (11) 6959 3090 www.madras.com.br Pintor El Greco (Domenikos Theotokopoulos, 1541 – 1614), pintor, escultor e arquiteto nascido na ilha de Creta, na Grécia, e conhecido por seu apelido espanhol. Em Creta, foi educado a partir das tradições locais de pintura de ícones, mas pouco se sabe sobre o trabalho que produziu antes de sua mudança Vista de Toledo - 1597 para a Itália, por volta de 1560. Em 1577, fixou-se em Toledo, na Espanha, onde permaneceu pelo resto de sua vida, pintando uma série de retábulos. Seu estilo bastante pessoal retrata figuras alongadas extáticas, como se fossem chamas; através delas expressou seu enlevado respeito pelos grandes acontecimentos espirituais. Também foi excelente retratista, e pintou duas fantásticas vistas de Toledo. Além disso, projetou composições completas para altares, como O Enterro do Conde de Orgaz, e trabalhou como arquiteto e escultor. A madona com o menino - 1597 Chá de framboesa Leve ao fogo, em uma panela, uma xícara e meia e água. Acrescente um punhado de folhas de framboesa e deixe ferver por alguns minutos. Filtre, espere amornar e faça bochechos várias vezes ao dia. Fonte: Flora – Essencial – Um guia prático para a saúde e beleza. 12 Peregrino das Letras Informação, Cultura e Livre Expressão Ribeirão Preto - SP -fevereiro/2007
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