Atividade_para_a_aula_de_08

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Atividade_para_a_aula_de_08
Atividade para a aula de 08.05.2007 da disciplina Teoria da Administração
(Computação – Manhã e noite)
Apple Computers: Reinventando uma Empresa Totalmente Nova
A remodelagem estratégica consiste em gerar vantagem competitiva fugindo do
fazer as mesmas coisas um pouco melhor. Isto significa que os lucros e vantagens
competitivas pertençam aos inovadores que transcendem os parâmetros
existentes da concorrência como um todo. Os remodeladores estratégicos forçam
os seus concorrentes a seguir novas regras que eles próprios elaboraram. E que
logo adiante serão novamente mudadas.
A forma mais pura de remodelagem estratégica é construir um negócio totalmente
novo a partir do início. Foi o que fizeram, em 1977, Steve Jobs e Stephen
Wozniak, quando começaram a construir os primeiros computadores de uso
pessoal - os PC's ou microcomputadores - na garagem de sua casa. Assim
começou a Apple Corporation, fabricante do Macintosh, uma pequena empresa
privada de dois sócios. Quinze anos depois, era uma multinacional com
faturamento de oito bilhões de dólares anuais, empregando cerca de 15 mil
pessoas diretamente e gerando centenas de novas empresas fornecedoras e de
subprodutos. A história da Apple é muito instrutiva.
Ao comercializar um produto revolucionário, computadores pessoais, a Apple
democratizou a indústria da informática. Ao invés de produtos grandes, caros e
inflexíveis destinados a grandes empresas, a Apple focalizou os usuários
individuais em seus lares, pequenas empresas e escolas. O fantástico objetivo de
adaptar computadores às necessidades humanas, em vez de forçar as pessoas a
aprender linguagens de computador arcaicas, permaneceu numa marca registrada
da estratégia e do sucesso da Apple até hoje. A bandeira de pirata que tremula
sobre a sede da Apple em Cupertino, na Califórnia, é uma metáfora para
representar a cultura explicitamente iconoclasta da empresa. Mas, tanto a
abordagem da empresa e suas as instalações altamente automatizadas estavam
focalizadas no produto. Exclusivamente no produto. E esse foi o seu karma.
A abordagem da Apple garantiu novos clientes e forçou os concorrentes a
seguirem as suas regras. A utilização de ícones multicoloridos e a imagem rebelde
da empresa atraíram pessoas não-conformistas e agentes de mudança. Apesar de
seus concorrentes - incluindo a IBM, a maior rival - começarem a fornecer
produtos mais acessíveis aos usuários, a Apple manteve sua reputação própria de
inovadora especializada em informática centrada no usuário. Seus concorrentes
foram forçados a perseguir a tecnologia por mais de uma década. E até a
Microsoft continua nessa briga.
O importante é que a Apple criou uma empresa totalmente nova desde a base. A
indústria de computadores pessoais - tanto hardware como software - tornou-se
uma das três empresas maiores e mais ricas do planeta. Antes da Apple, essa
indústria nem existia. Devido ao caminho aberto pela Apple, empresas como a
1
Microsoft, Intel e Sun Microsystems tornaram-se estrelas corporativas, criando
milhares de novos empregos e gerando bilhões de dólares.
Infelizmente, a saga da Apple não teve um final totalmente feliz. A liderança
visionária e iconoclasta, porém indisciplinada de Steve Jobs fez com que fosse
substituído por John Sculey, que se tornou o presidente da Apple a partir de 1985.
Em 1993, ficou evidente que a presidência deveria passar para Michael Spindler.
Em 1996, a Apple sofreu uma forte queda nas suas ações, prejuízos operacionais
e a deserção de muitos executivos de talento. Enquanto especialistas redigiam o
atestado de óbito da empresa, Spindler foi dispensado e substituído por Gilbert
Amelio. Mais recentemente, Steve Jobs voltou à direção do negócio. Como tudo
isso acabou?
A Apple foi incapaz de transformar sua liderança técnica em domínio de mercado.
A causa imediata da decadência da Apple foi a ascensão do sistema operacional
Windows da Microsoft. Mas as sementes do declínio estavam no próprio Steve
Jobs. Sua iconoclastia proporcionou enorme energia dinâmica à empresa, mas
seu excesso de autoconfiança tecnológica desprezou totalmente a possibilidade
de tornar o Macintosh compatível com outras plataformas. Isso impediu a Apple de
se tornar líder fora dos nichos de mercado de softwares educacionais e de
editoração eletrônica. Era a oportunidade de dominar o mercado que ela própria
havia criado. Até as inovações mais arrebatadoras têm uma certa duração e o
preço inevitável para se manter a liderança comercial passou a ser inovação firme
e repetida. O poder das inovações em produtos e tecnologias de tirar o fôlego
desapareceu e nada comparável apareceu para assumir o seu lugar.
A lição da Apple mostra que apenas inventar um novo mercado não é mais uma
garantia de que se pode dominá-lo de maneira sustentável. No darwiniano
universo de hiperconcorrência global, a discussão agora passou a ser como inovar
continua e incessantemente. O jogo está cada vez mais arriscado. Já não se pode
mais fazer negócios como antigamente.
1 Baseado em: Matthew J. Kiernan, The Eleven Commandments of 21st Century
Management, Englewood Cliffs, N.J., Prentice-Hall, 1996, p. 14-15
Fazer um resumo do texto acima com os seguintes elementos:
Introdução
Desenvolvimento
Conclusão
Número máximo de páginas: 06;
Espaço entre linhas: 1,5;
Numeração de páginas: fim da página (rodapé).
Ob. Entregar essa atividade no dia 15.05.2007.
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