Destaques do 48º Congresso da SBPC/ML

Transcrição

Destaques do 48º Congresso da SBPC/ML
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3
Diálogos da
ultra modernidade
U
Uma Nova Seção para você, profissional e especialista, ávidos por expressar suas
ideias, estudos e opiniões sobre uma realidade a ser melhor elaborada e vivida.
Como os artigos que se seguem.
A imagem cansa
ma das características da mente humana é
lembrarmos de coisas ou frases que ouvimos e não sabemos bem da onde vieram,
mas que elas surgem em determinadas situações e se
encaixam perfeitamente no contexto em que estamos
vivenciando naquele momento, se encaixam. Ainda
me lembro nos meus tempos da Faculdade de Direito, lá nos idos anos 70, de um colega que sentava ao
meu lado, o Vanildo, rapaz inteligente, de família humilde, de estatura baixa, meio calado, tinha os olhos
saltados, daqueles que parece sempre estar indignado
com algo; viera do interior do Ceará para aqui estudar, e desde o primeiro ano da Faculdade, estava ali ao
meu lado, assim pude quase que diariamente com ele
conhecer um pouco da sua cultura regionalista nordestina que muito me marcou em termos de frases e
observações.
Certo dia ele chegou e logo me perguntou, “Tem
visto sua namorada”? Surpreso respondi sorrindo,”
claro, quase, todos os dias “, ele me olhou de lado e
com olhar esbugalhado e serio com ar de cansado
me respondeu num sotaque carregado nordestino já
olhando balançando a cabeça “ Pois não vá, todo dia”,
surpreso lhe indaguei o porquê, desse conselho sem
nexo e ele rapidamente me respondeu mais uma
vez pausadamente com aquele sotaque carregado
como se estivesse cansado e ofegante “ “ “Porque
Fernando, lembre-se ..a imagem cansa”.....a palavra “cansa” vinha imbuída de um verdadeiro
cansaço, dizia ele que quanto mais às pessoas nos
veem por mais que nos amam, a nossa imagem
cansa, portanto seria de bom alvitre ir menos a
casa dela, e com certeza ela ao me ver sentiria satisfação.... e deu certo ...
Engraçado, em épocas de eleição tenho procurado não falar de política, mas realmente é
difícil, a pobreza das propostas apresentadas , a
mesmice, chegar a ser impossível não tecer comentários mas enfim, aqui neste texto vou me
ater apenas aos pensamentos de Vanildo, que
muito tem a ver não com as propostas em si, mas
com os candidatos. Outro dia despercebido me
peguei vendo pela televisão um discurso da presidenta Dilma, mas não me ative no teor das suas
palavras, mas nos gestos, no olhar no balançar
da cabeça, na sua roupa vermelha, no tom da sua
voz, no seu gesto que parece que ela vai lhe dar
uma tarefa a fazer, sinceramente foi nesse mo-
mento que me lembrei da velha frase do Vanildo,
de tanto vê-la, ou ela ou o ex-presidente Lula,
fiquei cansado. É a pura verdade, estou um tanto
cansado da imagem dos dois, não das propostas
que nem as analiso, mas daquilo que o Vanildo
dizia “a imagem cansa”, e isso na política vale
muito, por mais interessante que as propostas
possam ser.
Assim num gesto rápido desliguei a televisão
e me veio à mente os meus anos de faculdade,
sentei-me na poltrona e pensei imediatamente
nos velhos políticos. Presidenta Dilma me desculpe, não vou falar de politica, nem dos seus
adversários, nem das propostas, mas olha, com
todo respeito devo confessar que a voz do Vanildo impregnada na minha mente me dizia “a sua
imagem esta me cansando” e talvez não seja culpa
sua, mas da observação nordestina que aprendi
com o meu velho amigo Vanildo......êta cabra observador.....
Fernando Rizzolo é Advogado, Jornalista,
mestre em Direitos Fundamentais, ex-articulista
colaborador da Agência Estado, rizzolot@gmail.
com, www.blogdorizzolo.com.br
Especialista mostra como superar perda inesperada de um líder
A
morte do candidato à presidência Eduardo
Campos (PSB) traz à tona, inclusive nas
empresas, um tema importante: como superar a perda inesperada de um líder? O especialista
em liderança e desenvolvimento humano Alexandre
Prates afirma que, num primeiro momento, o revés
causa um abalo, mas, depois, o grande problema vira
descobrir se há um sucessor pronto.
“Além do impacto emocional, que é gigantesco, existe
uma questão extremamente preocupante para as organizações, que é a sucessão. A comoção em torno da perda
do líder, por mais dura que possa parecer, vai passar. A
pergunta que fica é: quem vai assumir?”, afirma Prates.
“Eis então que surge a grande preocupação: o
líder preparou o seu sucessor? E, geralmente, as organizações descobrem que não, pois, diante de todas as atribuições cotidianas, pensar no futuro não
é prioridade. Isso é um grande erro, pois pensar na
sucessão é importante também quando a empresa
decide expandir, e não apenas para estar preparada
no caso de eventual tragédia. A não formação de
novos líderes ameaça a evolução de muitas organizações.”
Para ser reerguer após o baque com a morte
de um líder ou uma saída inesperada, o especialista
diz que é preciso se apegar no propósito da orga-
Laboratório Único
Testes toxicológicos
em cabelos
A
ChromaTox (www.ChromaTox.com.br),
criada em 2011, é fruto da união de duas
empresas: a brasileira ChromAnalysis e a
Cansford Laboratories, do Reino Unido. Com sede
em São Paulo, é o primeiro e único laboratório a ter
métodos para testes de drogas em cabelo acreditado
pelo Inmetro na ISO/IEC 17025 no Brasil. Diferentemente dos demais, as análises são realizadas em São
Paulo e produzem resultados rápidos (emitidos em
até cinco dias) e de qualidade comprovada.
Os testes de drogas também são utilizados por
empresas, advogados, promotores, juízes, indivíduos,
seguradoras, transportadoras, órgãos governamentais
e militares e clínicas de tratamento de dependentes
químicos.
Cristina Pisaneschi Azevedo é Diretora Comercial da ChromaTox e Diretora Administrativa da
ChromAnalysis - É graduada em Farmácia e Bioquímica pela Universidade Estadual Paulista (UaNESP).
Atuou na área de produção na indústria farmacêutica,
trabalhou no Laboratório de Controle Antidopagem
do Jockey Club de São Paulo, onde adquiriu vasta experiência em análises cromatográficas, espectrometria de massas e ensaios imunológicos.
Em razão desse trabalho, ingressou na área de
bioequivalência e participou da implantação do Laboratório Bioanalítico do Instituto Nacional de Câncer (Inca). A executiva é sócia fundadora da ChromAnalysis e da ChromaTox. Em decorrência do seu
trabalho na área administrativa e financeira desenvolvido na ChromAnalysis, foi selecionada para participar do Curso “10.000 Mulheres: Empreendedorismo
e Novos Negócios”, patrocinado pelo Banco Goldman
Sachs e Fundação Getúlio Vargas.
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nização e se inspirar no legado que o líder deixou.
“Quando a empresa tem uma missão bem definida e uma visão que apaixona as pessoas, qualquer tragédia pode ser superada. No exemplo do
ocorrido com Eduardo Campos, a coligação deve
levar esse propósito adiante e trazer as pessoas
para essa missão. E o sucessor deve se embrenhar
no legado que ele deixou e fazer isso correr nas
veias de todo o time”, alerta.
“Não existe um modo fácil de superar uma
tragédia, mas se a organização tiver um propósito
para se apegar, as pessoas farão valer a pena”, finaliza Prates.
NESTA EDIÇÃO
Encontro
Veja a opinião de nossos colunistas:
Dr. Irineu Grinberg
Presidente da SBAC - Sociedade Brasileira de Análises Clínicas
“Do Plano Real às eleições deste ano”, pág. 10
Dr. Dácio Eduardo Leandro Campos
Presidente do CRBM-1º Região
Diretor da FAAP-Ribeirão Preto-SP
“A prescrição” , pág. 16
Dr. Paulo Cesar Naoum
Diretor da Academia de Ciência e Tecnologia
de São José do Rio Preto-SP
“Do colorímetro ao grafeno na análise
laboratorial”, pág. 20
Pedro Silvano Gunther
Diretor da Hotsoft
“Escolha seu congresso nos EUA
para 2015”, pág 22
Victor H. Arndt Júnior
Diretor Administrativo da
Quibasa/Bioclin e USA Diagnóstica
“O crescente mercado das análises
clínicas” , pág. 21
Dr.Yussif Ali Mere Jr
Presidente da Federação e do Sindicato dos Hospitais,Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (FEHOESP e SINDHOSP) e do SINDRibeirão.
“A Saúde nas urnas” , pág 30
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digital, encaminhe seu email para [email protected]
Mudanças no transplante de
medula óssea são anunciadas
em Congresso
N
o último dia 14 de agosto,
durante o XVIII Congresso
da Sociedade Brasileira de
Transplante de Medula Óssea (SBTMO),
o coordenador geral do Sistema Nacional de Transplantes (SNT) do Ministério da Saúde (MS), Heder Murari Borba,
anunciou mudanças no campo do transplante de medula óssea.
Segundo ele, é iniciada uma nova
fase, em que a prioridade não mais é a
busca por doadores para integrar o registro brasileiro (REDOME), mas sim a
garantia da realização do procedimento. “Está sendo montada uma estrutura
para que seja reportada diariamente a
capacidade de transplantar. Vamos trabalhar no sentido de viabilizar o agendamento do procedimento para as 200
pessoas que hoje estão na lista de espera
e não tem oportunidade por carência de
vagas”, relatou.
O Ministério da Saúde aportará mais
recursos para a abertura de novos leitos
de transplante, sobretudo alogênicos
(não aparentados e aparentados), e passará a regular em âmbito nacional os leitos dos hospitais transplantadores. Isso
deve ocorrer em um período de quatro
meses e, a até janeiro tudo deve estar regulado, declarou Murari.
O coordenador do SNT explicou que
em lugar de hospitais trabalharem indi-
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vidualmente ou de ocorrerem trocas de
informações entre médicos haverá uma
regularização nacional neste aspecto.
Com a regulação será possível mensurar
a sobrevida dos pacientes.
Para a presidente da SBTMO, Lúcia
Silla, a iniciativa é positiva. Segundo ela
a entidade irá apoiar a manutenção do
abastecimento do registro de procedimentos.Apesar do número expressivo
de brasileiros cadastrados no Registro
de Doadores de Medula Óssea (REDOME), no qual estão listados mais de três
milhões de pessoas como potenciais doadores voluntários, ainda há uma fragilidade no que cabe à realização do transplante de medula óssea no País quanto
o acesso aos leitos para efetivar o procedimento na modalidade “alogênico” –
quando o doador é aparentado ou não
aparentado. “Hoje a infraestrutura está
em déficit para atender a demanda. Precisamos ao menos dobrar a capacidade
nacional”, relata Lúcia.
A pesquisadora da USP-Ribeirão
Preto, Belinda P. Simões, que atua em
falciforme, explica que é consolidado
que a sobrevida é de 95% em pacientes
com anemia falciforme já submetidos a
transplante.
Murari disse que ainda neste segundo semestre do ano seja publicada a
nova portaria.
Ebola
Infectologista esclarece as principais dúvidas sobre a doença
D
escoberto nos anos 70 o vírus Ebola tem
sido um tema frequente em discussões
e matérias nos últimos dias. Segundo a
Organização Mundial da Saúde, a epidemia do vírus
na África já matou 887 pessoas e 1 603 casos foram
confirmados até o dia 1º de agosto. O infectologista
do Hospital e Maternidade São Cristóvão Dr. Jorge Garcia Paez explica sobre essa doença altamente
mortal.
A primeira espécie do vírus Ebola foi descoberta
em 1976 em dois surtos simultâneos em Nzara no
Sudão, e em Yambuku nas proximidades do rio Ebola, na Republica Democrática do Congo.
O especialista explica que o vírus é da família
filoviridae responsável por causar a febre hemorrágica Ebola, a qual é muitas vezes fatal em humanos
e primatas. “Na maioria dos casos a doença se manifesta após um período de contato que varia de 2 a 21
dias, com febre súbita de inicio, fraqueza intensa,
dores musculares, dor de cabeça e dor de garganta.
Seguidos de vômito, diarreia, manchas vermelhas
pelo corpo, alteração da função renal e hepática,
podendo evoluir com sangramentos”, diz o médico.
O especialista explica que a taxa de fatalidade
– entre 25 e 90% - ocorre devido ao pouco conhecimento referente à forma como o vírus provoca essa
infecção, “Existe a hipótese que a transmissão para
humanos aconteceu pelo contato com animais infectados pelo vírus. O que sabemos até o momento é que os pacientes que evoluem para óbito não
tem uma resposta adequada do sistema imunológico
contra o vírus”. O contágio pode ocorrer por contato com o sangue e secreções de pacientes infectados,
“até objetos contaminados com secreções podem
transmitir a doença”, esclarece Dr. Jorge. A recomendação principal é evitar viagens para as áreas
onde existe a transmissão do vírus atualmente, preservar-se de contato com pacientes com suspeita de
febre hemorrágica e até animais desses locais.
Inicialmente o diagnóstico é clinico e epidemiológico, “Existem outras doenças que podem ter
manifestações sintomáticas parecidas com o Ebola,
como a malária, febre tifoide, cólera, leptospirose,
meningite e outras febres hemorrágicas. A doença é
confirmada quando é realizado um teste sorológico
para a confirmação da presença do vírus no sangue
do paciente”, explica o infectologista.
Não existe um tratamento específico para o Ebola, “Não há uma cura e por enquanto não foi desenvolvida uma vacina para uso clínico. Quando
diagnosticado com a doença, o paciente deve ser
hidratado adequadamente com reposição de eletrólitos. Em pacientes com estado mais grave o suporte
em uma unidade de terapia intensiva são as medidas
mais importantes”, finaliza o infectologista do São
Cristóvão.
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48º Congresso Brasileiro de
Patologia Clínica/Medicina
Laboratorial, no Rio de Janeiro
em setembro, terá 170
palestrantes e mais de 80
empresas e instituições que
apresentarão novidades
Hoje já se fala na nova direção da medicina, traduzida pelos ‘4P’: preditiva, personalizada, preventiva e
participativa, onde os exames moleculares têm papel central. O Congresso é a oportunidade de reverter o
conceito de que tudo é resolvido pela automação laboratorial, muitas vezes usada para desvalorizar os serviços oferecidos pelos laboratórios”, diz o presidente do 48º Congresso, o médico patologista clínico Wilson
Shcolnik, diretor de Acreditação e Qualidade da SBPC/ML.
“A evolução do conhecimento científico e
as contribuições da Medicina Laboratorial” é
o tema principal do 48º Congresso Brasileiro
de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial,
que acontece de 9 a 12 de setembro, no Rio
de Janeiro, no Centro de Convenções Sulamérica.
A programação científica, de três dias, traz especialistas de renome do Brasil e de outros países.
Haverá ainda, cursos pré-congresso e o exame
para Título de Especialista, realizados no dia 8,
véspera da abertura.
Programação de qualidade
O Congresso é a oportunidade de reverter o
conceito de que tudo é resolvido pela automação laboratorial, muitas vezes usada para desvalorizar os
serviços oferecidos pelos laboratórios”, diz o presidente do 48º Congresso, o médico patologista clínico Wilson Shcolnik, diretor de Acreditação e Qualidade da SBPC/ML.
Ele destaca que a SBPC/ML, como sociedade médica e científica, tem a responsabilidade de mostrar
as modificações que têm ocorrido no papel dos laboratórios clínicos e abrir espaço para que os profissionais que neles atuam participem desse novo cenário
e se integrem às equipes de saúde.
Para cumprir essa missão, a programação científica do 48º Congresso terá cerca de 100 atividades
— conferências, mesas redondas, cursos, Encontros
com Especialistas e workshops —, apresentadas
por 170 palestrantes convidados do Brasil e de
outros países. Mais de 80 empresas e instituições
brasileiras e estrangeiras mostrarão novidades
em equipamentos, produtos e serviços para laboratórios clínicos. Serão expostos mais de 370
trabalhos em pôster e, destes, 21, terão apresentação oral. Também haverá lançamento de livros
e publicações.
A Comissão Organizadora estima que o 48º
Congresso da SBPC/ML receberá de 4.500 a 5 mil
participantes ao longo dos quatro dias, entre congressistas, palestrantes, expositores, convidados e
visitantes. Na tarde do último, acontecerá a tradicional festa de confraternização.
Conheça alguns destaques do 48º Congresso da SBPC/ML
Exposição Técnico-científica
A Exposição Técnico-científica ocupará uma área maior que
a do Congresso de 2010, também realizado no Rio de Janeiro, no
mesmo Centro de Convenções. Devido à grande procura, desde
o início do período de reserva de estandes, tornou-se necessário
ampliar a disponibilidade de espaço para os expositores. Mais estandes significam mais novidades em equipamentos, produtos e
serviços para os congressistas conhecerem.
Quem deseja somente conhecer as novidades apresentadas
nos estandes da Exposição Técnico-científica deve inscrever-se
como “Visitante”. Existem as opções de ingresso por cada dia de
visita à Exposição (R$ 60) ou um “pacote” para os quatro dias (R$
200). Os ingressos estarão à venda na secretaria do 48º Congresso da SBPC/ML, no Centro de Convenções SulAmérica, a partir
de 8 de setembro. A Exposição estará aberta nos dias 9, 10 e 11 de
setembro, das 10h às 18h, e no dia 12, das 10h às 12h.
Seção de resumos de temas livres
A seção de resumos de temas livres estará em local privilegiado, próximo ao estande da SBPC/ML. Além da apresentação
dos pôsteres em formato físico, será possível consultar os trabalhos também em versão eletrônica, em telas especialmente
preparadas para essa finalidade. Essa disposição aumenta a visibilidade dos trabalhos porque permite que sejam consultados simultaneamente por diferentes congressistas. Também como fazemos
habitualmente, um dia será reservado para as apresentações orais
dos temas livres.
Lançamento do livro “Recomendações da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial: boas práticas
em microbiologia clínica”.
Será lançado no dia 10 de setembro, no stand da entidade, durante o 48º Congresso da SBPC/ML.
“A microbiologia clínica é uma das grandes áreas do laboratório. As atividades relacionadas com vistas à elucidação diagnóstica
podem ser caracterizadas como de alta complexidade e se constituem em um processo que desafia os profissionais”, diz o patologista clínico Nairo Sumita, diretor científico da SBPC/ML e um dos
organizadores da publicação.
O livro tem o apoio de BD, BioMérieux, Plastlabor, Probac e
Roche. Os congressistas inscritos regularmente poderão retirar um
exemplar gratuitamente. Depois, o arquivo completo do livro, em
“pdf ”, estará disponível para download gratuito no site da SBPC/
ML (www.sbpc.org.br).
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Cont. na
pág. 8
Cont. da pág. 7
SBPC/ML
Destaques do 48º Congresso da SBPC/ML
Conferências magnas
Em cada dia do 48º Congresso da SBPC/ML um
convidado estrangeiro apresentará uma conferência
magna, viabilizadas por Clínica Mayo, Radiometer e
Roche.
Conferência magna é um tipo de atividade realizada em horário exclusivo, sem outra simultânea, para
que todos os participantes possam assistir. Os palestrantes são nomes de destaque os Estados Unidos e
França. Haverá serviço de tradução simultânea para
a plateia.
No dia 9, a médica norte-americana Leslie Donato fala sobre “Novos biomarcadores para avaliação de
risco cardiovascular”. Ela é codiretora do Laboratório
de Medicina Cardiovascular e do Laboratório Clínico
e Point of Care do Departamento de Medicina Laboratorial e Patologia da Clínica Mayo. PhD em bioquímica e em biologia molecular pela Universidade de
Ithaca, em Nova York, completou sua formação em
química clínica na Mayo, em 2012. No ano passado,
foi nomeada “palestrante itinerante” da AACC para
apresentar conferências em diversos eventos pelos Estados Unidos.
Donato é autora de 14 publicações “peer review”
(revisão por pares), três capítulos de livros e inúmeros
trabalhos apresentados em congressos, nos quais obteve diversos prêmios.
Festa de Confraternização
A festa de confraternização do 48º Congresso da
SBPC/ML será no dia 12 de setembro, a partir de 14h,
no Clube Monte Líbano (Av. Borges de Medeiros, 701,
bairro do Leblon), em frente à Lagoa Rodrigo de Freitas. Receberá o convite para a festa somente quem se
inscreveu até 28 de julho pela Internet, no Congresso.
A festa será animada pela banda “Soul de Quem
Quiser”, que explora o repertório de ritmos como o
soul e o rock desde os anos 70, 80 e 90 até os sucessos
recentes do pop. Cada música ganha uma interpretação especial através das vozes marcantes e da força dos
metais e da base.
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Perfil Genético
Medicina evolui
O
sequenciamento completo do genoma humano foi finalizado em 2001, e desde então, abriu
muitas possibilidades de aplicações na medicina, desde o esclarecimento da etiologia de doenças complexas até o estabelecimento de caminhos terapêuticos mais
efetivos, baseados no perfil genético pessoal que permite
identificar quais os pacientes que se beneficiarão de determinada terapia (medicina personalizada).
Para o laboratório estes avanços representam oportunidade ímpar de contribuição, já que é possível revelar
informações que podem ser usadas para a prevenção de doenças, servir para interpretação da predisposição a várias
doenças (preditiva) , mesmo em indivíduos ainda assintomáticos. Estas informações serão uteis e poderão influenciar estilos de vida.
Tudo isto representa uma revolução no diagnóstico de
doenças com componentes genéticos e permitirá a descoberta de novas mutações genéticas associadas a doenças
Embora ainda existam desafios a serem superados,
como custos, controle de qualidade, estabelecimento de
protocolos, dilemas éticos e dificuldades de interpretação
dos resultados, os avanços trazidos representam novos horizontes e esperanças para a medicina”.
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o mercado atual
USA DIAGNÓSTICA:
QUIMIOLUMINESCÊNCIA
PARA TODOS
A
USA Diagnóstica tem uma linha completa de kits com
a metodologia Quimioluninescência (CLIA) e é a única
empresa no mercado nacional com a exclusividade da
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Artigo
Do Plano Real às eleições deste ano
E
m 1994 no governo Itamar Franco, que substituiu a Fernando Collor de Mello, vivíamos
uma época de alta inflação que, apesar dos
planos Funaro e Bresser no período Sarney e Collor
(cassação da poupança), não produziram os resultados
esperados.
Neste mesmo ano, quando o Ministro da Fazenda era Fernando Henrique Cardoso, os técnicos deste
Ministério, aliados aos profissionais do Banco Central
instituíram o Plano Real, com base na criação da URV
de amplo sucesso, pois a inflação caiu a níveis muito
baixos e o valor do dólar chegou a estar por alguns dias
a R$ 0,85.
É indispensável lembrar também que quando foram
divulgadas as tabelas de procedimentos do Sistema
Único de Saúde as conversões de URV para Real não
foram as que eram sinalizadas pelos cálculos, e foram
aplicados alguns cortes até hoje cobrados por diversos
escritórios jurídicos, que representam os Prestadores
de Serviços que, à época, se sentiram lesados.
É importante também lembrar que, mesmo com estes cortes, o Setor Saúde viveu momentos bons, com
pleno reinvestimento em equipamentos, pessoal, sistemas da qualidade. Enfim foi uma época florescente, de
crescimento e realizações plenas. Somente não auferiram resultados aquelas entidades que, muito bem focadas e baseadas na inflação, auferiam todo o seu lucro
através de aplicações financeiras (alguém lembra do
“over night?”) e nunca da produção verdadeira.
Ao início do segundo período FHC a inflação, apesar de índices muito baixos, começou a dar sinais de
que voltaria e os valores determinados pelo Ministério
da Saúde para os serviços prestados ao SUS começaram
a ficar insuficientes. À esta mesma época, para resolver todos os problemas que se acumulavam na área da
Saúde o Presidente nomeia o Sr. José Serra para Ministro da Saúde, tido como um grande administrador,
que leva com ele uma equipe de assessores totalmente
identificada com as doutrinas amplamente socializan-
10
IRINEU GRINBERG,
Presidente da SBAC
[email protected]
tes . O que se viu então, desde aquela época é que os
prestadores privados ficaram relegados ao limbo, às
políticas públicas socializadas e aos poucos totalmente
deterioradas.
Desde então todas as entidades que congregam os
profissionais de Saúde, Prestadores de Serviços freqüentam os corredores do Ministério, e não obtém sequer a compreensão de que os problemas são sérios, e
muito menos alguma sombra de solução.
Estas considerações servem muito bem para alertar
a todos de que o problema não é recente, pelo contrário, perdura por vários anos e ante o desfile de promessas dos diversos candidatos aos múltiplos cargos que
estarão disponíveis a partir de 01 de janeiro de 2015
não se avista absolutamente nada que possa significar
um alívio na situação do Setor Saúde. Pelo contrário, o
que existe de palpável são evasivas.
O que está sendo realizado pelos atuais mandatários do poder não recomenda, de forma alguma continuidade, mas se formos olhar para todos os postulantes
nada ainda é recomendável.
Como solução, busquem, indaguem, interroguem
os Candidatos, a todos os cargos.
Não se pode entregar de mão beijada a única arma
de que dispomos.
O voto.
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Diagnóstico Médico
Esclarecimento
“Segunda opinião” médica vira
álibi para descarte de cirurgias
Q
uando se trata da segurança do paciente,
é totalmente recomendável a busca de
uma segunda opinião médica a respeito
de como proceder em situações difíceis. Porém,
alguns planos de saúde têm se aproveitado dessa
condição e imposto a seus usuários a consulta
com a chamada “segunda opinião”, a fim de evitar
cirurgias e procedimentos mais complexos e caros
no tratamento de doenças.
Nesse processo, foi constatado que, em
mais de 70% dos casos em que pacientes
foram encaminhados para segundos médicos
credenciados, ocorreu a decisão pelo descarte
da cirurgia. “O paciente não é obrigado a passar
por essa “segunda opinião” imposta pelo plano
de saúde”, explica a advogada Joanna Porto,
especialista em Direito do Consumidor na área
da Saúde. “Os planos de saúde encaminham
os pacientes para ela por motivos econômicofinanceiros.”
Segundo o artigo 39 do Código de Ética
Médico, é vedado ao profissional de saúde oporse à realização de junta médica ou segunda
opinião, desde que solicitada pelo paciente ou
por seu representante legal. Assim, seria de
responsabilidade do usuário do plano de saúde
decidir se deseja uma segunda opinião a respeito
de sua moléstia - e não do convênio.
Segundo Joanna Porto, o paciente pode ter
quantas opiniões médicas quiser sobre sua
doença, uma vez que o procedimento é importante
no momento em que decisões à respeito do
tratamento devem ser tomadas. O respeito à
liberdade de escolha do paciente constituiria um
dos fundamentos da ética
médica.
“A segunda opinião é
um direito do paciente”,
esclarece a especialista.
“Ele se utiliza desse direito
para tirar dúvidas ou ainda
eliminar um desconforto
que comprometa a relação
médico-paciente. É uma
alternativa natural que surge
diante de situações difíceis
ou complexas. Fora deste
contexto, a iniciativa deve
ser vista com ressalvas.”
14
Ministério
desmente
boatos sobre
casos de Ebola
no Brasil
C
om relação aos boatos que estão
circulando nas redes sociais e por
meio do aplicativo Whatsapp sobre
Ebola, o Ministério da Saúde esclarece que
não há caso suspeito ou confirmado da doença no Brasil. Vale ressaltar que o risco de
transmissão para o país é considerado baixo.
De acordo com os dados oficiais divulgados
pela Organização Mundial da Saúde (OMS),
os países acometidos pelo surto do vírus Ebola são Guiné, Libéria e Serra Leoa, todos situados na África Ocidental.
O Ministério da Saúde recebe, diariamente, informações da Organização Mundial de
Saúde (OMS) sobre a situação de circulação
de vírus no mundo, inclusive o Ebola, além de
quaisquer outras situações que possam se caracterizar como emergência de saúde pública.
Como a doença é transmitida pelo contato
direto com sangue, secreções, órgãos e outros fluidos corporais de pessoas ou animais
infectados, a transmissão para outros continentes é considerada como pouco provável. A
OMS não recomenda quaisquer medidas que
restrinjam o comércio ou o fluxo de pessoas
com os países afetados.
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o mercado atual
Artigo
Mercado brasileiro ganha
nova marca de Seringas,
Agulhas e Tubos à Vácuo
A
concorrência é sadia
em qualquer segmento.
Concorda? Ter opções
para poder comparar melhor qualidade e preço é o que todo comprador deseja na hora de adquirir
determinado produto. Foi com
este pensamento que o empresário
Daher Nassib Daher resolveu investir na criação da DHR – Produtos Médicos e Hospitalares. Uma
marca que surge para oferecer uma
opção a mais para farmácias, laboratórios, clínicas e hospitais do
País.
Dono de um laboratório em São José
do Rio Preto, cidade conhecida por sua referência tecnológica na área médica, e que
fica localizada no interior do Estado de São
Paulo, sua visão empreendedora e arrojada
há tempos lhe apontavam para esta lacuna
no mercado nacional. “Eu sempre me via
refém de determinadas marcas e, por não
abrir mão da qualidade, acabava muitas
vezes sucumbindo a preços nem sempre
tão satisfatórios”, conta Daher.
Ele se empenhou durante quatro anos
na abertura da empresa. Passou com louvor pelo crivo de órgãos como Vigilância
Sanitária, ANVISA, Receita Federal, entre
outros, até que no início de 2013 a DHR
punha a disposição dos clientes a opção
que ele mesmo sentia falta na hora de adquirir seringas, agulhas e tubos para coleta
de sangue à vácuo.
“A aceitação foi ótima. No início percebemos certa resistência dos clientes em
mudar da habitual marca para a nossa, com
receio de perda de qualidade. Mas quem
Dr. Daher aposta na qualidade e poder de negociação como diferenciais de sua marca
experimentou nossos produtos aprovou, e
agora é nosso cliente fiel”, relata o empresário. Hoje, pouco mais de um ano de seu
lançamento no mercado, a DHR já abrange
todo o território nacional e recebe um feedback positivo da maioria de seus clientes.
“Foi uma iniciativa ousada, mas que deu
certo. Nossos clientes confiam em nosso produto e os recomendam para outros
clientes e isso é muito bom”, comemora.
“Agora estamos empenhado em agregar novos distribuidores para nossa marca, para que assim possamos chegar ainda
mais próximos do nosso público”, completa
ele.
Para mais informações sobre os produtos DHR entre em contato pelo telefone: (17)
3305-9581, e-mail: [email protected],
ou pelo site: www.dhr.
www.dhr.med.br
med.br
A Prescrição
A prescrição de medicamentos pode
ser entendida como uma instrução
escrita sobre um determinado tratamento de saúde, que tem valor técnico
e legal. É corresponsável pela prescrição de medicamentos o profissional
que prescreve, aquele que dispensa
e, se houver, aquele que administra o
medicamento ao paciente. A origem
do termo “prescrever” vem do latim
praescribere, que significa “o que está
escrito no alto, o que é posto à frente, o prioritário”. No Brasil, prescrever
medicamentos só é permitido aos Médicos, Cirurgiões dentistas (somente
para uso odontológico – Lei 5081/66),
Médicos veterinários (somente para
uso veterinário – Lei 5517/68), Enfermeiros (medicamentos estabelecidos
em programas de saúde pública e em
rotina aprovada pela instituição de
saúde - Lei 7498/86), Farmacêuticos
a prescrição de Medicamentos fitoterápicos não tarjados (RDC 546/2011),
Nutricionistas (somente fitoterápicos,
isentos de prescrição médica e relacionados à prática do nutricionista - RE
402/2007 do Conselho Federal de Nutricionistas). A biomedicina publicou
no D.O.U ato resolução nº. 241, de 29
de maio de 2014 regulamentando a atividade de prescrever única e exclusivamente para compra de insumos utilizados nos procedimentos da biomedicina
estética. As substâncias necessárias aos
procedimentos realizados por profissionais biomédicos, devidamente habilitados na área de biomedicina estética, deverão seguir estritamente as
recomendações em conformidade com
a sua especialidade e em obediência às
normas estabelecidas pela sociedade
científica. Existe uma grande procura
dos profissionais biomédicos pela área
16
Dr. Dácio Eduardo Leandro Campos
Presidente do CRBM - 1ª Região
Diretor da FAAP - Ribeirão Preto-SP
de estética e de outros profissionais
devidamente habilitados para exercer
esta atividade e teremos no nosso XIV
Congresso Brasileiro de Biomedicina e
II Congresso Internacional de Biomedicina, além de uma grade muito bem
elaborada voltada para a patologia clínica, salas especificas da habilitação
de estética, palestras consistentes e
esclarecedoras para nossos profissionais e para os profissionais da saúde.
Em tempo, uma grande demonstração
da força do interior do Estado de São
Paulo foi o Pré Congresso Brasileiro de
Biomedicina que aconteceu dia 13 de
agosto de 2014, na cidade de Araras,
na Uniararas onde tivemos a presença
de mais de 1.500 profissionais da saúde
que prestigiaram nossa palestra de lançamento do congresso. A abertura da
solenidade contou com a presença do
Reitor da Fundação Herminio Ometto
(FHO – Uniararas) Professor Dr. José
Antonio Mendes, do biomédico Lobbe
Neto e membros do CFBM e CRBMs. A
palestra ficou por conta do Dr. Roberto
Figueiredo (Dr. Bactéria).
Saudações Biomédicas,
17
o mercado atual
A
O que é a PLOTCONSULT.COM?
PLOTCONSULT.COM é um novo conceito de Software para os Laboratórios
de Análises Clínicas na área de Controle
de Qualidade para os exames feitos e liberados de
forma quantitativa, num formato rápido, de fácil
entendimento, com característica inovadora e por-
tátil, uma vez que funciona em ambiente web, que
busca dar um enfoque educativo para o assinante e
tornar o Controle diário da Qualidade algo prazeroso de ser realizado, apesar de extremamente importante e sério.
Como funciona a PLOTCONSULT.COM?
Funciona através de assinatura que dá o direito
ao Laboratório de Análises à acessar a FERRAMENTA que auxilia no cotidiano do Controle Interno da
Qualidade dos Analitos dosados utilizando para isso
regras estatísticas (matemáticas), gráficos, alertas,
registros, críticas...
Há necessidade de instalação da ferramenta
em um computador?
A ferramenta fica disponível online ao assinante.
É acessada por login e senha de qualquer local e a
qualquer momento, bastando apenas estar conectado a internet.
O sistema funciona em todos os ambientes na
internet?
O sistema é compatível com os principais navegadores do mercado, como: Internet Explorer 6 ou
superior, Mozilla Firefox 3.6 ou superior, Chrome
10.0, Opera, Safari.
Em quais equipamentos funciona a ferramenta?
Funciona em qualquer equipamento como
SMARTPHONES, TABLETS, NETBOOKS, NOTEBOOKS e DESKTOPS, que tenham seus navegadores
da internet atualizados e compatíveis.
Como é feito o backup dos dados da empresa?
O backup é feito diariamente dentro do próprio servidor dedicado, pela própria PLOTCONSULT.COM.usar a
ferramenta na internet
Como assinar a PlotCo Laboratório se beneficia ao
assinar a PLOTCONSULT.COM?
O uso da ferramenta faz com que os resultados liberados na rotina do Laboratório fiquem mais corretos, uma
vez que serão avaliados tendências e desvios, erros sistemáticos e erros aleatórios, ainda na fase de Controle Interno
da Qualidade dos Sistemas Analíticos. O assinante também
terá direito a um Certificado de Participação, a cada período da assinatura, onde haverá um HISTÓRICO de quais
regras de controle, disponíveis na ferramenta, ele utilizou
em suas rotinas diárias de controle interno dos testes habilitados (Ex.: Glicose, Ureia, Creatinina...).
O controle interno da qualidade não precisa custar caro ao Laboratório! ESQUEÇA MENSALIDADES!
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Paulo Antonio Ornellas Freitas
Pesquisa
Excesso de higiene
pode debilitar sistema
imunológico
F
alta de higiene contribui para o surgimento de algumas doenças, mas o excesso de
limpeza também pode trazer algumas complicações. De acordo com uma pesquisa da
School of Medicine da Universidade da Califórnia, em San Diego, a limpeza em excesso
elimina uma bactéria chamada estafilococos, presente de forma natural na pele, que inibe a inflamação agressiva da pele após um ferimento. O infectologista Renato Grinbaum, da Beneficência
Portuguesa de São Paulo, conta que quando exageramos na higienização o corpo não tem tempo
de criar anticorpos, já que o tempo de exposição à bactéria é pouco para que isso aconteça. “Há
uma discussão que destaca o risco de se criar uma resistência as bactérias quando há uma baixa
exposição do organismo”, conta o especialista.
Outro estudo, também da universidade da Califórnia, analisou os hábitos de higiene pessoal
de cerca de 140 mulheres e percebeu que o público feminino que abusou da limpeza desequilibrou a concentração de microrganismos na vagina, aumentando o risco de vaginose bacteriana,
que provoca corrimento com odor desagradável. Segundo o especialista, quando a higiene é feita
na medida certa, reduzimos a quantidade de bactérias sem eliminá-las totalmente. “Dessa forma,
ficamos protegidos contra infecções e permitimos que o sistema de defesa reconheça apropriadamente as bactérias, ajudando no combate”, explica.
Produtos químicos de limpeza como desinfetantes, são substâncias antibióticas, de baixa
toxicidade, e que podem causar problemas nas peles e mucosas. Esses produtos só devem ser
utilizados em situações específicas, como quando há compartilhamento de vasos sanitários e
existe uma pessoa com doença transmissível por via fecal-oral, como Hepatite A ou uma diarreia
aguda. Mas entre as principais áreas de limpeza, a higienização das mãos é a mais importante
de todas, seguida pela higiene oral. “O álcool gel também ajuda na higienização das mãos, mas
não substitui a água e o sabão quando existe sujidade evidente na pele. Ele é particularmente útil
quando não temos pia próxima”, finaliza.
18
19
Artigo
H
Do colorímetro ao grafeno na
análise laboratorial
á um singular significado em trabalhar durante muitos anos numa
mesma área de atuação profissional.
Esta frase inicial se suporta em minha própria
experiência profissional. Durante 45 anos tenho
atuado nas diversas áreas das análises laboratoriais, especificamente em pesquisas de moléculas proteicas, notadamente em hemoglobinas
humanas. Nos últimos três anos “abandonei”
as hemoglobinas e mergulhei nas proteínas que
atuam na sinalização e recepção de indutores
das células tumorais.
Nos 45 anos acima mencionados, tive à minha
disposição muitos métodos considerados consagrados nas análises laboratoriais, com especiais
referências para a colorimetria, cromatografias
de várias “performances”, eletroforeses de vários
suportes, analisadores e sequenciadores de aminoácidos, automações de diversas análises, quimioluminescência, eletroquimioluminescência,
turbidimetria, nefelometria, radioimunensaio, vários tipos de técnicas imunológicas com destaques
para imunofenotipagens, imunodifusão, ELISA e
imunofluorescência, entre outros, além de química sêca, absorção atômica, citometria de fluxo e
biologia molecular. Todos esses métodos, mesmo
àqueles com baixas sensibilidade e reprodutibilidade, mas que ainda são usados, tem prestado
serviços inestimáveis no suporte para diagnósticos
médicos de inumeráveis tipos de patologias e doenças que afetam a saúde das pessoas.
A evolução que assisti nos últimos 15 anos na
área da informática e a sua inserção nos equipamentos de diagnósticos laboratoriais me assombraram, pois foram determinantes para o aprimoramento da qualidade técnica e para efetuar
centenas de análises num curto período de tempo,
fatos que possibilitaram um incrível aumento de
exames laboratoriais e permitiram que milhares
de pessoas possam ser analisadas num mesmo dia
por um mesmo laboratório. Situação impensável
nos anos 60, 70 e 80 do século passado.
Quando imaginei que a área de laboratório já
estava estabilizada na escolha de seus métodos de
análises, surge o grafeno. O grafeno é uma das formas cristalizadas de carbono que, após reação química que envolve uma mistura viscosa de grafite,
água e um determinado tipo de detergente, se dispõe espacialmente como se fosse um favo de mel,
onde os pontos de intersecção de cada hexágono
são átomos de carbonos. Quando essa mistura
viscosa é despejada numa placa de aço apropriada para este fim, forma-se uma película muito fina
como se fosse o celofane, composto por uma organizada rede de carbonos cristalizados.
Essa descoberta foi feita em 1962 pelo químico alemão por Hanns-Peter Boehm, mas foi nos
anos 80 do século passado que pesquisadores da
Universidade de Manchester da Inglaterra descobriram as inumeráveis formas de suas aplicações,
que vão desde a transmissão de energia, passando
por diferentes usos em informática, smartphones,
entre outros, até configurações em nanotubos de
grafeno que podem ser usados em sofisticados
equipamentos de diagnósticos por imagens.
A disposição em milhares de estruturas hexagonais, com os átomos de carbono fazendo as
seis junções dos milhares de hexágonos, confere ao grafeno a capacidade de ser um excelente
condutor de eletricidade e de calor, muitas vezes superior à sílica. Nos espaços nanometricos
desses hexágonos é possível acoplar anticorpos
monoclonais para a realização de diagnósticos
laboratoriais, introduzir substâncias fluorescentes capazes de reagirem com células previamente
isoladas de tecidos tumorais e emitir calor suficiente para estabelecer quantas células tumorais
existem num determinado tumor. Além disso
será possível substituir os cansativos métodos
eletroforéticos para separação de fragmentos de
DNA de um gene por vez, para análises de dezenas a centenas de fragmentos de genes ao mesmo tempo, entre outras aplicações. Por outro
lado, a construção de nanotubos nessas películas
Prof. Dr. Paulo Cesar Naoum
Diretor da Academia de Ciência
e Tecnologia de São José do Rio Preto,SP.
de grafeno poderão permitir a quantificação rápida de produtos do sangue como a glicose, dos
vários tipos de colesterol, das diversas proteínas
plasmáticas, etc. As análises laboratoriais poderão ter seus custos diminuídos significativamente e os resultados terão uma nova forma de
interpretação, substituindo a tradicional quantificação de g/dL , mg%, UI, etc., por concentrações em nanômetros. A introdução de diversas
metodologias para o grafeno será gradual, mas é
provável que nos próximos cinco anos seja realidade para todos os laboratório.
Para conhecer melhor as aplicações do grafeno
sugiro que se lê uma excelente matéria publicada
no Jornal do Commercio, busque-a no Google
digitando “grafeno em medicina/jornal do commercio” bem como uma extraordinária publicação
futurista exposta na revista Scientific American
(versão em inglês) de janeiro de 2010 com o título
do artigo “The next 20 years of microchips “, páginas 68 a 73, cujo título está disponível no Google.
No próximo mês apresentaremos o primeiro texto
de uma série de três sobre a Linguagem das células
do sangue.
20
Prateleiras da Prevenção
Umidificador
para quem sofre
com o tempo
seco
Dias secos e pouca chuva, este é um cenário vivido atualmente e prejudicial à saúde,
principalmente de crianças. Para melhorar a
qualidade do ar em sua casa e garantir uma
boa respiração, a Alergoshop, especializada
em produtos hipoalergênicos, oferece o umidificador ultra-sônico ACCUA.
Bi-volt e com capacidade para 3,5 litros de
água, o umidificador é silencioso e com cabeçote rotativo, distribuindo névoa por todas as
direções.
Outros cuidados também devem ser tomados nessa época do ano. Segundo a enfermeira e sócia diretor da Alergoshop, Sarah
Lazaretti, pessoas de todas as idades devem
beber muita água, lavar nariz e olhos com
soro fisiológico e evitar passeios e esportes ao
ar livre.
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Artigo
O
O crescente mercado das Análises Clínicas
recente cenário da economia nacional e o aumento da
expectativa de vida são fatores que contribuem para o
crescimento do setor de diagnóstico. Com o aumento do
poder aquisitivo do brasileiro, o número de associados aos planos de
saúde privados cresceu e as pessoas que antes tinham difícil acesso aos
procedimentos e demora no atendimento no setor público, passaram
a ter acesso facilitado a consultas e exames através do setor privado.
Isso, aliado ao acelerado envelhecimento da população, que requer um
atendimento especial e acompanhamento mais freqüente de exames,
pressionam o setor de diagnóstico, requerendo investimentos contínuos em ferramentas de gestão, qualidade e inovação tecnológica.
Toda essa transformação promove um crescimento que engloba
não somente os laboratórios clínicos, mas também as indústrias produtoras de kits de diagnóstico in vitro.
Impulsionados pela demanda do mercado e pela necessidade de
melhoria no setor da saúde, essas empresas são forçadas a investir em
tecnologia e pesquisa.
Enquanto os laboratórios investem em automação para agregar
rapidez, precisão e exatidão dos valores fornecidos pelos seus exames,
associando com isso, confiabilidade nos seus resultados, as indústrias
produtoras de kits de diagnóstico in vitro investem, sobretudo, em pesquisa para detecção de novas doenças, diagnóstico precoce e em kits e
equipamentos que englobam novas tecnologias para atender cada vez
mais o exigente e crescente mercado.
Além desses investimentos, outras estratégias interferem e são
fundamentais para esse crescimento, como: a modernização das ferramentas de gestão com a racionalização administrativa, as adequações
para atender as exigências dos órgãos reguladores, a participações nos
programas de proficiência e as certificações de qualidade, a inserção de
novos testes e metodologias diferenciadas no mercado, a qualidade e
agilidade na prestação dos serviços.
Todas essas estratégias agregam confiança e qualidade a imagem
das empresas e apontam para um crescimento do mercado de diagnóstico, que se torna cada dia mais competitivo e inovador.
Pesquisa
Avaliação da saúde e do SUS
Datafolha mostra como a população paulista enxerga a
oferta da assistência no Estado
P
ara a grande maioria dos paulistas, a Saúde brasileira e o Sistema Único de Saúde (SUS) não possuem uma avaliação positiva ou satisfatória. De acordo com entrevista inédita realizada pelo Instituto Datafolha, 63% de 812 entrevistados do interior e da capital do Estado atribuíram notas
de zero a quatro à 4 à saúde como um todo. No que se refere ao SUS, essa percepção de insuficiência é feita por 51% dos que foram ouvidos. “Os números apenas
confirmam a percepção dos médicos, dos profissionais da saúde e dos pacientes
que todos os dias sofrem com as deficiências da oferta de serviços públicos no
país. Fica evidente a fragilidade das políticas públicas para a área e os gargalos
de gestão. Precisamos de tomada de decisões para evitar o desmonte do SUS e
assegurar à população o atendimento que merece”, ressaltou Desiré Callegari, 1º
secretário do CFM e representante de São Paulo na instituição.
Metodologia - Os entrevistados fizeram avaliação da situação da saúde no
Brasil e no SUS, usando uma escala de zero (péssimo) a 10 (excelente). Este foi
apenas um dos tópicos abordados pelo levantamento, organizado em parceria
pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e Associação Paulista de Medicina
(APM). Nos questionários, também foram abordados outros aspectos importantes relacionados à prestação de serviços em saúde, como o acesso, a qualidade do
atendimento, o tempo de espera e a avaliação de alguns programas específicos,
como o de distribuição de medicamentos e a Estratégia Saúde da Família.
Para obter uma fotografia fiel da percepção dos paulistas maiores de 16
anos, o Datafolha realizou uma pesquisa quantitativa, com abordagem em
pontos de fluxo populacional. Foram ouvidas pessoas de todas as classes econômicas, sendo que a coleta ocorreu de 3 a 10 de junho, com abrangência do
estado de São Paulo. A amostra é de 812 entrevistas foi dividida entre região
metropolitana da Capital (47%) e municípios do interior (53%). A margem de
erro é de 3 pontos, para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%.
Má avaliação - Se considerado que o atendimento em saúde deve ter sempre o melhor resultado, pois qualquer outra hipótese é um potencial risco ao
bem estar e à vida dos pacientes, os números do Datafolha são ainda mais preocupantes: 93% dão notas de zero a um máximo de 7 à saúde. Essa avaliação se
repete em 86% das entrevistas no caso do SUS. As notas 10 se restringem a 2%
para a saúde e a 5% para o SUS.
A maioria dos entrevistados também são críticos no que se refere à gestão
do SUS. Em torno de 80%, o SUS não tem recursos para atender bem a todos.
Também existe a percepção de que os consideram os recursos mal administrados
e afirmam que o Sistema Único de Saúde não consegue atender a todos com qualidade e igualdade de condições. Também têm a percepção de que a rede pública
não possui todos os medicamentos necessários e que não é possível obter todos
os remédios. “O grau de insatisfação é emblemático. Ele aponta o desejo da população por mudanças profundas na condução dos rumos do país. Fala-se muito
em crescimento econômico, mas não vemos esses avanços anunciados se traduzirem em melhoras efetivas na oferta de serviços, como saúde e educação. Essa
pesquisa deve gerar a reflexão na sociedade sobre os rumos a tomar”, afirmou o
presidente do Conselho Federal de Medicina, Roberto Luiz d’Avila.
Uso dos serviços - Outro ponto abordado pelo questionário aplicado pelo
Datafolha junto à população de São Paulo, são os problemas relativos ao acesso
e à utilização dos serviços oferecidos pelo SUS. Os entrevistados foram investigados de forma estimulada, indagando-os se buscaram acesso e se utilizaram
nos últimos dois anos os seguintes serviços do SUS: consultas com médicos;
internações hospitalares ; exames de laboratório (sangue, ultrassons, raios-X
etc), atendimento de emergência em pronto socorro, cirurgias, procedimentos
específicos (quimioterapia, radioterapia, hemodiálise etc), atendimento nos
Postos de Saúde, remédios distribuídos gratuitamente pela rede pública e atendimento médico da rede pública, em casa. Dos entrevistados, 94% buscaram
acesso a algum serviço do SUS nos últimos dois anos e 92% utilizaram algum
serviço no mesmo espaço de tempo. Para todos os serviços, há uma parcela
muito expressiva que avalia o acesso como difícil ou muito difícil. Somente três
em cada 10 entrevistados consideram que foi fácil se submeter a cirurgias, o
serviço que tem o acesso mais difícil. As avaliações de difícil e muito difícil
somam 62% neste item, o que é gravíssimo, tendo em vista que um paciente
necessitado de uma operação requer agilidade de resposta.
Grau de dificuldade - Os índices de difícil e muito difícil também ficaram em patamares preocupantes nos demais pontos: atendimento médico da
rede pública em casa (47%); consultas com médicos (54%); atendimento de
emergência em pronto socorro (52%); procedimentos específicos (43%); internações hospitalares (50%); exames de laboratório (47%); atendimento nos
postos de saúde (47%); e remédios distribuídos gratuitamente pela rede (38%).
Nos resultados, chama a atenção o fato de cerca de 50% da população que
buscou o serviço manifestar dificuldade para atendimentos nos postos de saúde, que deveriam ser justamente uma das principais portas de entrada do sistema. Também merecem destaque negativo o índice de 50% que consideraram
difícil conseguir uma internação e o fato de que cerca de 4 entre 10 paulistas
têm dificuldade de obter remédio, quando doentes.
Outro ponto preocupante apontado pela pesquisa encomendada pelo CFM
e pela APM diz respeito à espera para marcação de consulta, exame etc. Só dois
entre cada 10 entrevistados conseguiram acesso em até um mês e 50% encararam
espera de um a seis meses. O mais grave é que 3 em cada 10 aguardam há mais
de 6 meses, sendo que metade deles relata ter ficado mais de um ano em filas.
Entre os que não utilizaram o SUS (8% do total), a percepção é principalmente de atendimento demorado no SUS, em contraposição com um atendimento mais ágil no plano de saúde. Com relação à qualidade, os entrevistados
que utilizaram o SUS (89%) avaliaram a qualidade dos serviços. As avaliações
insuficientes (de 0 a 7) ficaram em torno de 70%.
21
Victor H. Arndt Júnior
Diretor Administrativo da Quibasa/
Bioclin e USA Diagnóstica
Artigo
Escolha seu congresso nos EUA para 2015
J
á estão programadas as datas para três importantes
eventos sobre Laboratórios Clínicos nos EUA
para o ano de 2015. De 29/03 a 01/04 acontece em
Orlando o KnowledgeLab da CLMA (Clinical Laboratory
Management Association). É um congresso dedicado aos
profissionais de administração do laboratório e por isso
recebe também muitos expositores da área de informática
laboratorial, além de oferecer palestras e cursos nesta área.
O site da instituição organizadora, para mais informações,
é o www.clma.org.
De 05 a 08/05 acontece em Pittsburgh o Pathology
Informatics Summit. Organizado pela API (Association for
Pathology Informatics) e pela Universidade de Pittsburgh o
evento tem uma tradição de 40 anos na oferta de educação
em informática em patologia. As três trilhas no evento
de 2014 foram o Gerenciamento da Informação Clínica,
Suporte a Sistemas e Conectividade, e Patologia Digital.
As trilhas para 2015 ainda não foram definidas. Todas as
palestras de 2014 estão no site www.pathologyinformatics.
com.
De 26 a 30/07 acontece em Atlanta o maior evento
mundial em Análises Clínicas, o tradicional congresso
da AACC (American Association for Clinical
Chemistry). Em 2014 foram 20.000 visitantes e 700
expositores. Cobrindo todo o espectro de disciplinas
e interesses dos laboratórios clínicos, tem aumentado
a participação de empresas de software na exposição,
reflexo do uso mais intenso da TI nos hospitais,
Pedro Silvano Gunther
[email protected]
laboratórios e consultórios médicos e da necessidade
de integração dos sistemas.
Parodiando o lema do evento da AACC (Activate the
Future), todos precisamos “ativar” o nosso futuro.
o mercado atual
Controle interno da Qualidade
O
s ensaios laboratoriais têm como propósito avaliar
as condições fisiopatológicas, auxiliar em diagnósticos e monitorações terapêuticas de pacientes.
O controle de qualidade interno de um laboratório é uma
ferramenta básica para que esses ensaios apresentem os mais
confiáveis resultados possíveis. O controle de qualidade interno
permite a monitoração e minimização de erros causados por
variabilidades biológicas, variabilidades pré-analíticas de coleta, transportes e até mesmo interferentes por substâncias como
drogas e componentes metabólicos.
O controle de qualidade é de extrema importância ao uso
diário de um laboratório, estes controles existem com concentrações diferenciadas, para que sejam monitorados tanto amostras dentro dos limites de normalidade assim como os valores
adversos certificando que o equipamento a ser utilizado está em
condições adequadas para o trabalho nessas diversas situações.
As concentrações dos analítos a serem verificados no controle de qualidade, podem variar de acordo com a faixa de trabalho, é de extrema importância que os laboratórios utilizem
diariamente ao menos dois níveis de controles extremos, para
atender as necessidades de desempenho, monitoração das faixas possíveis e validação dos mesmos, por esse motivo alguns
ensaios requerem uma quantidade maior de concentrações por
conta de reprodutibilidades ou por grandes amplitudes do in-
Boas Práticas e Portifólio para uso
tervalo de medição. Estas são algumas das recomendações que
fazem parte das Boas Praticas de Laboratórios Clínicos (BPLC).
Para selecionar o controle de qualidade mais apropriado
para cada ensaio, devemos fazer um planejamento de controle
interno baseado no desempenho/qualidade do processo, com
definições de quais regras de westgard devemos utilizar.
O uso de dois níveis de controles em paralelos ajuda a identificar o tipo de erro presente e pode alertar antecipadamente o
laboratório de um possível problema em sua rotina. A utilização de dois níveis de controles são os suficientes para monitorar
o desempenho do sistema analítico, nas linhas de produtos da
Biotécnica.
A Biotécnica oferece em seu portfólio, produtos para controle de qualidade com níveis e metodologias adequadas para
todos os ensaios analíticos, tais como:
Controle de Qualidade em Bioquímica:
- QUANTINORM (BT 13.003.00 ) na apresentação de 1x5
mL
Para valores próximos a normalidade das concentrações.
- QUANTIALT (BT 13.004.00 ) na apresentação de 1x5 mL,
Para valores elevados, próximos às concentrações patológicas.
- Controle Urinário ( BT 13.005.00 ), na apresentação de
1x5 mL.
Controle de qualidade em Turbidimetria:
- Controle Multipâmetro Médio (BT 21.003.00) na apresentação de 1x1 mL , para provas de Proteínas Específicas.
- Controle Reumático Nível 1 e 2 (BT 21.007.00/ BT
21.008.00 ) na apresentações de 1x1 mL, para analítos da linha
Reumática Turbidimétrica.
Controle de qualidade em Coagulação:
- Plasma Controle de Coagulação ( BT 36.003.00 ), com dois
níveis , nas apresentações de 1x1 mL.
Além de controles específicos inclusos nos kits:
Controle de CMKB, Controle de Lactato, Controle de Microalbuminúria, Controle de Proteína Urinária, Controle de
PCR Ultra e Controle de HbA1c.
Maurício Braga
www.biotecnica.ind.br
[email protected]
+55 (35) 3214-4646
Avanço
Estudo revela que HIV pode ajudar a prevenir
esclerose múltipla
C
ientistas anunciaram nesta segunda-feira (4)
que possuem evidências estatísticas para apoiar
uma nova teoria de que a infecção pelo vírus da
Aids pode reduzir o risco de esclerose múltipla (EM).
Eles descobriram que soropositivos ingleses são
estatisticamente menos propensos a desenvolver a EM do
que a população em geral.
Se trabalhos posteriores confirmarem este vínculo,
este poderá ser um grande avanço no combate à
esclerose múltipla, escreveram os cientistas no
periódico “Journal of Neurology, Neurosurgery and
Psychiatry”.
A EM é uma doença degenerativa que afeta o cérebro
e o sistema nervoso central, no qual o próprio sistema
imunológico começa a atacar o revestimento gorduroso
isolante em volta das fibras nervosas.
Os sintomas variam de torpor e formigamento a fadiga
muscular e espasmos, câimbras, náusea, depressão e perda
de memória.
Em 2011, médicos reportaram o caso de um homem
australiano de 26 anos, diagnosticado com EM alguns
meses depois de ter a infecção por HIV confirmada.
Os sintomas da esclerose desapareceram
completamente depois que o paciente começou a
tomar medicamentos anti-HIV e manteve a medicação
durante os 12 anos seguintes em que sua saúde foi
monitorada.
Esta pesquisa se seguiu a um estudo dinamarquês,
que tentou verificar se medicamentos anti-retrovirais
podem tratar ou retardar o avanço da EM, mas o tamanho
da amostra era pequeno demais para se chegar a uma
conclusão sólida.
22
No estudo mais recente, uma equipe australiana
chefiada por Julian Gold, professor do Hospital Príncipe
de Gales, em Sydney, analisou um banco de dados
britânico, descrevendo detalhes do tratamento hospitalar
na Inglaterra entre 1999 e 2011.
Durante esse período, mais de 21 mil pessoas que foram
tratadas no hospital tinham HIV. Elas foram comparadas
com um grupo de cerca de 5,3 milhões de pessoas que não
tinham HIV e foram tratadas de problemas menos graves
e ferimentos.
No grupo dos soropositivos, apenas sete pessoas
desenvolveram EM nos anos seguintes, muito menos que
os 18 esperados, o que representou uma redução de risco
de quase dois terços.
Os autores admitiram a fragilidade de seu estudo,
uma vez que eles não tinham ideia, por exemplo, se os
pacientes com HIV tomaram medicação anti-retroviral
para suprimir o vírus.
Eles especulam que a EM pode ter se abrandado porque
o sistema imunológico é recolocado no controle, embora
novos trabalhos sejam necessários para demonstrar se
o benefício inesperado se deve ao vírus ou a medicação
usada para combatê-lo.
23
Estudo
T
Novo exame avalia a fertilidade
masculina
AS é um novo exame voltado aos homens. A sigla
vem da tradução livre de SAT (Sperm Aneuploidy Test). O teste de aneuploidias no sêmen pode
ser fundamental para o diagnóstico e esclarecimento da causa da infertilidade dos casais, analisando se há anomalias
cromossômicas no esperma.
A novidade foi apresentada pela médica Dolores J. Lamb,
professora do departamento de urologia e diretora do laboratório masculino de pesquisas e ensaios de reprodução do
Baylor College of Medicine, nos Estados Unidos, durante
o último congresso da Sociedade Europeia de Reprodução
Humana e Embriologia (ESHRE) em Munique, Alemanha,
realizado entre os dias 29 de junho
e 2 de julho.
“Essa novidade é importante por
que fatores masculinos são responsáveis por até 50% dos casais infértis que necessitam das tecnologias
de reprodução assistida avançada
(FIV). Pesquisas sobre a fertilidade do homem tem sofrido avanços
incríveis. Já se foi o tempo em que se
achava que a responsável pela infertilidade era só a mulher”,
afirma o ginecologista Arnaldo Cambiaghi, especialista em
reprodução humana e diretor do IPGO.
As anomalias genéticas, incluindo espermatozoides com
aneuploidia (aneuploide é a célula que teve o seu material
genético alterado, sendo portadora de um número cromossômico diferente do normal da espécie; pode ter uma diminuição ou aumento do número de pares de cromossomos,
porém não de todos) , bem como aberrações estruturais, estão entre as principais causas de infertilidade.
O TAS é um teste de diagnóstico para o estudo da infer-
tilidade masculina, indicado para casais submetidos a tratamentos de reprodução assistida. Avalia a presença de anormalidades cromossômicas no esperma e determina o risco
de transmissão dessas aos futuros filhos. Analisa os cromossomos cujas anomalias podem levar a abortos ou nascimentos com doenças cromossômicas (cromossomos 13, 18, 21,
X e Y).
O teste estuda a etiologia genética da infertilidade masculina e permite analisar a presença de um número anormal
de cromossomos (aneuploidias e diploidias) nos espermatozoides. Em casais com fator masculino grave, há um maior
risco de transmissão de anomalias cromossômicas espermáticas a sua descendência. Os cromossomos 13,
18, 21, X, e Y, comumente envolvidos em abortos espontâneos e descendentes afetados com
anormalidades cromossômicas, são analisados
por hibridação fluorescente in situ (FISH - Fluorescent In Situ Hybridization).
Recomenda-se o teste TAS nos seguintes
casos:
Casais com abortos repetidos sem etiologia
identificada;
Casais com vários tratamentos de reprodução assistida
sem a gravidez (Repetidas falhas de implantação);
Infertilidade inexplicada;
FSH (hormônio folículo-estimulante) elevado;
Homens com padrão normal de cromossomos, mas que
geram embriões cromossomicamente anormais;
Oligoasthenoteratozoospermia e teratozoospermia grave. Quanto menor a concentração espermática maior a incidência de anomalias cromossômicas espermáticas;
Gestação anterior com anomalia cromossômica.
O IPGO já disponibiliza esse teste.
24
Litíase
Índice de cálculo renal
entre mulheres
As condições que causam cálculos urinários estão entre
os distúrbios urológicos mais dolorosos e prevalentes. Mais
de um milhão de casos de pedras nos rins são diagnosticados a cada ano.
A incidência de urolitíase, ou cálculos renais, é de cerca
de 12% aos 70 anos para os homens e para as mulheres de
5-6% nos Estados Unidos. Além disso, a diferença entre os
sexos pode estar diminuindo à medida que mais mulheres
estão sendo diagnosticadas e tratadas de pedras nos rins. A
razão para a mudança é a dieta inadequada, com mais casos
de diabetes, obesidade e síndrome metabólica em mulheres. Em mulheres obesas a incidência de cálculos é igual a
dos homens. A presença de litíase nessas mulheres também
pode prever doenças cardíacas para os próximos anos.
Quanto aos cálculos em mulheres, há alguma controvérsia na literatura, mas o que se observa é o aumento
realmente importante na mulher que engorda. Quando a
mulher se torna obesa o risco de desenvolver litíase é igual
ou superior a do homem.
Para Dr. Cesar Camara, formado em medicina pela
USP com especialização em Cirurgia Geral e Urologia pela
mesma instituição e um dos primeiros urologistas contratados do Instituto do Câncer de São Paulo (ICESP), “mulheres com litíase podem ter risco aumentado de doenças
cardíacas. E isso ocorre de forma relevante e demonstrada
em alguns estudos americanos.” O risco é aumentado apenas na mulher, ele não ocorre em homens e, além disso,
não é necessário sequer sabermos se a mulher é diabética
ou hipertensa, o fato de possuir cálculos renais a coloca em
uma situação de risco 18% - 22% maior especialmente se
for jovem (menos de 49 anos)
Nos EUA a incidência de litíase é de 11% para homens
e 7% para mulheres. Se juntarmos homens e mulheres a
incidência até a década de 80 era de 4%, atualmente é de
9%, ou seja, vem aumentando. As mulheres com obesidade
podem ser acometidas em até 13%, incidência superior a
dos homens.
25
o mercado atual
Neuromodulação
Sistema VSG da Greiner Bio-One
é mais rápido e seguro
A
Velocidade de Sedimentação Globular (VSG)
é um dos testes laboratoriais mais freqüentemente prescritos. Pode ser usado como uma
prova inespecífica para as reações inflamatórias, acompanhamento do seu desenvolvimento, bem como para
monitorar o tratamento. A Greiner Bio-One produz e comercializa, desde 1996, o Sistema VSG (manual e automatizado) que, seguindo as recomendações do International
Council for Standardization in Haematology (ICSH),
adota como referência o Método de Westergren, disponibilizando tubos para coleta de sangue a vácuo contendo o
aditivo Citrato de Sódio 3,2%, na proporção de 1 parte de
solução de citrato para 4 partes de sangue (4NC).
Também conhecida como reação de Biernacki devido
ao seu inventor Edmund Biernacki, a VSG é a taxa a qual
os glóbulos vermelhos do sangue precipitam em um período de uma hora. O sangue anticoagulado é colocado em
um tubo na posição vertical e a taxa de precipitação dos
glóbulos vermelhos é medida em mm/h (realizada através
do método de Westergren).
Qualquer inflamação presente irá aumentar a VSG,
mas como este é um teste de triagem, não pode ser utilizado para diagnosticar uma doença específica. Exemplos
do aumento da velocidade de sedimentação são artrite
reumatóide, doenças da tiróide, tuberculose e gravidez.
Níveis inferiores aos normais podem ocorrer, por exemplo, em anemia falciforme, insuficiência cardíaca congestiva ou baixa quantidade de proteína plasmática devido a
doença hepática ou renal.
A VSG é orientada pelo equilíbrio entre os fatores
pró-sedimentação, principalmente de fibrinogênio, e fatores resistentes a sedimentação tal como, a carga negativa dos eritrócitos. Se um processo inflamatório está presente, a proporção elevada de fibrinogênio no sangue faz
com que os glóbulos vermelhos se unam uns aos outros.
Esses aglomerados precipitam mais rapidamente.
Os primeiros tubos para VSG produzidos pela Grei-
Dr. Beny Schmidt
explica, passo a
passo, técnica
revolucionária
J
ner Bio-One eram de vidro. Em 2010, a empresa lançou
os tubos de plástico (polipropileno) inquebráveis, sendo
a única do mundo a disponibilizar mais esta facilidade
para o mercado. Além de serem mais seguros, os tubos
possuem uma vida útil de doze meses.
As principais vantagens do Sistema VSG da Greiner
Bio-One são: - Análise em sistema automatizado (fechado) e manual - Coleta realizada em tubo plástico inquebrável com marca de preenchimento que indica o nível
correto da amostra - Resultados em 30 e 60 minutos Identificação de amostras com código de barras, eliminando erros - Controle de qualidade de dois níveis validado - Volume de amostra coletada é reduzido (1,5 ou
2,0 ml).
A Greiner Bio-One também oferece uma gama de
analisadores automatizados, para avaliações rápidas e
confiáveis.
unto com a equipe da Unifesp, o dr. Beny
Schmidt é um dos responsáveis pela técnica
revolucionária de neuromodulação, que aumenta a esperança de recuperação de paraplégicos
e tetraplégicos. A técnica consiste no implante, por
videolaparoscopia, de eletrodos neuroestimuladores nos nervos ciático, femoral e pudendo (nervos
sacrais) e promete aumentar a esperança dos pacientes e alcançar resultados inéditos no País.
Schmidt explica, passo a passo, como funciona
todo o processo da neuromodulação.
“O primeiro passo é ter absoluta certeza de que
o candidato está apto a passar pela técnica. Para
isso, ele precisa passar por três exames, um neurológico completo, um com o cirurgião habilitado
para fazer o procedimento e um neuromuscular. A
partir do resultado destes três exames nossa equipe
precisa estar totalmente convencida de que o candidato está apto não só para realizar a neuromodulação como para ter sucesso com a técnica”, explica
o médico.
A segunda etapa consiste na preparação para a
neuromodulação, com o fortalecimento muscular
por meio da fisioterapia motora e da hidrocinesioterapia. “Esta fase é fundamental para que, cerca de
três ou quatro semanas após a colocação e a fixação
dos eletrodos nos nervos (por meio do processo de
fibrose), o paciente já possa começar a movimentar
os membros”, afirma Schmidt.
www.gbo.com
Saúde
A
Dermatites de contato
dermatite de contato – a popular alergia de
pele – é um problema de saúde que tem se
tornado cada vez mais comuns entre crianças. “É um problema que demora para aparecer, pois
se desenvolve após anos de contato com determinada
substância – que passa a irritar a pele. Atualmente, as
crianças têm sido expostas muito cedo a esses alérgenos, desenvolvendo essa alergia cada vez mais cedo”,
explica Annia Cordeiro Lourenço, dermatologista e diretora da Clínica da Pele Annia Lourenço.
Entre os vilões, estão as bijuterias e também produtos industrializados, como perfumes, maquiagens,
lenços umedecidos e tintas. “O contato constante com
as substâncias presentes nesses itens leva ao aparecimento da dermatite”, alerta. Como o problema aparece
após o longo tempo de contato com as substâncias, é
comum que a alergia apareça na vida adulta. Além dos
metais presentes nas bijuterias, conservantes e corantes
de cosméticos, couro e borracha são algumas causas recorrentes de dermatites.
Os sintomas recorrentes da dermatite de contato
são coceira, vermelhidão e inchaço. Dependendo do
caso, até mesmo áreas que não estão em contato direto
com a substância podem apresentar esses sinais. “Outro sintoma muito importante é a descamação da pele
que pode acontecer em áreas mais sensíveis, como a
pálpebra, por exemplo.”
Para detectar a causa da alergia, é realizado o teste
de contato. Vários marcadores são colocados em contato com a pele do paciente e permanecem por 48 ho-
ras. Depois disso, são removidos e o local não deve ser
molhado por outras 48 horas. Após esse período, são
analisados os sinais na pele para chegar ao resultado.
“Assim, o paciente sabe qual é substância causadora da
alergia. O tratamento consiste em afastar a causa permanentemente”, ressalta a especialista.
(www.annia.com.br | www.facebook.com/dermatologiacuritiba)
A hidrocinesioterapia volta a exercer papel fundamental na etapa pós-implante, já que os exercícios em ambiente sem gravidade fazem com que a
expectativa do paciente em voltar a andar se torne
ainda mais real.
A partir daí, começam a surgir efetivamente os
avanços em diversos aspectos do cotidiano do paciente, que trazem um incremento incrível na sua
qualidade de vida. “Sim, temos a expectativa de
que todos eles voltem a andar e, mais do que isso,
estejam de volta ao mercado de trabalho, o que é
um marco na independência pós neuromodulação.
Mas, antes disso, eles apresentam melhorias em
uma série de detalhes do seu dia a dia. E cada uma
dessas mudanças é uma vitória”, diz o especialista.
Schmidt cita como exemplo o controle da função
urinária e da incontinência de fezes, que provoca
uma melhora drástica na qualidade de vida dos pacientes.
26
27
Alerta
Portadores de Pré-diabetes podem
desconhecer esta condição
Mudanças no estilo de vida podem mitigar o desenvolvimento para o Diabetes
E
specialistas alertam para o Pré-diabetes,
que se trata de uma condição de risco para
o desenvolvimento do Diabetes Mellitus
Tipo 2, mais frequente em adultos. O Pré-diabetes
não apresenta sintomas e o indivíduo pode fazer
parte de um grupo de risco sem saber.
“O diagnostico é feito através do exame de glicemia de jejum, do teste oral de tolerância à glicose
(também conhecido como curva glicêmica) ou da
hemoglobina glicada. O teste oral de tolerância à glicose é a medida feita dos níveis glicêmicos duas horas após a ingestão de uma solução contendo glicose. Já a hemoglobina glicada avalia os níveis médios
de glicemia dos últimos dois a três meses”, explica
a Dra. Regina Célia S. Moisés, membro da atual diretoria da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e
Metabologia –Regional São Paulo (SBEM-SP).
Os valores para diagnóstico de Pré-diabetes são:
glicemia de jejum entre 100 a 125 mg/dl; glicemia
na segunda hora do teste oral de tolerância à glicose entre 140 a 199 mg/dl ou hemoglobina glicada
entre 5,7 a 6,4%.
Segundo a especialista, estudos mostram que os
pacientes com Pré-diabetes diminuem o risco de
desenvolvimento para o Diabetes por meio de mudanças no estilo de vida, como a perda de peso e a
prática de exercícios físicos regularmente. “Alguns
medicamentos também podem ser úteis, mas seus
benefícios não são maiores que a mudança no estilo de vida”, alerta a Dra. Regina.
Segundo estimativa da Federação Internacional
de Diabetes (IDF) na população de 20 a 79 anos de
idade 6,1% apresentam tolerância à glicose diminuída (glicemia na segunda hora do teste oral de
tolerância a glicose entre 140 a 199 mg/dl).
Nem todas as pessoas com Pré-diabetes desenvolvem o Diabetes. Entretanto, a maioria desconhece este risco aumentado para a evolução da
doença.
Osasco/SP
Instituto do Câncer inaugura sua primeira ‘filial’
O
Instituto do Câncer do Estado de São Paulo, unidade
ligada à Secretaria de Estado
da Saúde e à Faculdade de Medicina da
USP, abriu as portas em 11 de agosto, de
sua primeira “filial”, localizada na cidade de Osasco.
Ao todo, cerca de 4 mil pacientes da
região da Rota dos Bandeirantes serão
beneficiados. O investimento do governo do Estado para obras e compra de
equipamentos foi de R$ 12,9 milhões.
A regulação das vagas continua sendo realizada na capital
paulista, ou seja, a nova unidade vai passar a atender os pacientes com câncer que morem
na região e sejam encaminhados pela rede.
“A unidade do Instituto do Câncer em Osasco representa um grande avanço na saúde dos nossos pacientes oncológicos, que evitarão o
deslocamento até São Paulo e tam-
bém receberão um atendimento humanizado e de
qualidade”, avalia o diretor geral do Icesp, Paulo
Hoff.
“O Icesp Osasco é um exemplo de atendimento de alta complexidade absolutamente
regionalizado, próximo de onde as pessoas residem, que o governo vem trabalhando para
implantar em todo o Estado de São Paulo”, afirmaDavid Uip, secretário de Estado da Saúde de
São Paulo.
O Icesp Osasco fica na rua Benedito Américo
de Oliveira, 122 – Vila Yara
Exames
Cientistas investigam doença
desconhecida em índios do Pará
Índios da etnia assurini, no Pará, estão sendo tratados por médicos de Belém enquanto cientistas tentam descobrir
qual o agente patológico que os infectou
Índios assurini de uma aldeia do Pará apresen- entes apresentaram infecção do trato respiratório, friados) e caxumba, ainda está sendo investigada.
Dos três óbitos, dois ocorreram no Hospital Retaram sintomas de uma doença ainda não identifi- tosse, dificuldade para respirar, além de febre.
cada, o que tem preocupado autoridades de saúde.
Os primeiros resultados dos exames, feitos pelo gional de Tucuruí, na quinta-feira (20) e na sextaNos últimos dias, três crianças morreram e Laboratório Central do Estado e o Instituto Evandro feira (22). A terceira morreu, quando era transfericinco tiveram que ser internadas. O Ministério da Chagas, descartaram infecções por H1N1, metapneu- da para Belém, no sábado (23).
As três estavam internadas desde o dia 11, mesSaúde continua apurando as causas dos óbitos e o movirus e vírus sincicial respiratório (causadores de
número de infectados.
bronquiolites) e coqueluche. A hipótese de elas terem mo dia em que técnicos da Secretaria Especial da
Segundo a Secretaria estadual de Saúde, os do- contraído doenças conhecidas, como rinovírus (res- Saúde Indígena (Sesai) foram enviados de Brasília
para ajudar as equipes locais e investigar as causas
do mal-estar entre os índios.
A equipe da Sesai continua na aldeia, apoiando
as ações de assistência à comunidade.
Das cinco crianças internadas duas foram liberadas para voltar à Aldeia Trocará, na cidade de Tucuruí, no sudeste do Pará.
Segundo a assessoria do hospital, elas apresentaram melhora no quadro clínico, mas não permaneceram na Unidade de Diagnóstico de Meningite,
por falta de leito.
As demais continuam sob cuidados médicos no
Hospital Universitário Barros Barreto, vinculado à
Universidade Federal do Pará, à espera do resultado dos exames.
28
29
Artigo
O
A Saúde nas urnas
fechamento da emergência da Santa Casa de São
Paulo, por 28 horas, em meados de julho, foi sintomático e ajuda a escancarar uma triste realidade
nacional: hospitais que atendem ao Sistema Único de Saúde
(SUS) não conseguem sobreviver apenas dos recursos que atualmente dispõem. Brasil afora, Santas Casas atravessam uma
crise financeira irreversível, sobrevivendo da ajuda de governos
municipais e estaduais, e da sociedade por meio de doações. Em
muitos municípios, a Saúde já chega a representar mais de 30%
do orçamento local, enquanto o governo federal lava as mãos
e repassa montantes cada vez menores de dinheiro, ano a ano.
Esquivou-se ainda de regulamentar, para ele próprio, a Emenda
Constitucional 29, que determinava que aos menos 10% de seu
orçamento fosse para a Saúde.
Segundo a Confederação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do Brasil, 83% das Santas Casas encontram-se em
dificuldades financeiras. Fazendo um panorama rápido, além de
São Paulo, que está agora passando por auditoria, a Santa Casa
de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, anunciou restrição
de atendimento a pacientes cirúrgicos em 14 de agosto. O motivo: falta de verbas. A Santa Casa de Cruzeiro, no interior de São
Palestra
P
Paulo, está sob intervenção. A Santa Casa da Bahia negociava
ampliação de repasses no início de agosto com o Ministério da
Saúde, sob o risco de reduzir drasticamente seu atendimento.
Em Belo Horizonte, a tragédia foi anunciada no último mês: “ela
vai ser fechada”, disse o provedor. Em Manaus, no Amazonas,
apenas o prédio da Santa Casa perdura, porque o serviço fechou
há dez anos. No Rio de Janeiro, após idas e vindas, atualmente a
Santa Casa atende apenas com hora marcada e não realiza mais
cirurgias.
O grande causador desses problemas – não o único – tem
sido a tabela SUS, defasada há anos, e que cobre, em geral, apenas 60% dos custos dos hospitais que atendem ao sistema público. E embora o Ministério da Saúde afirme que está abandonando a tabela SUS gradativamente, não deixa claro que política
de incentivos é esta, que deve substituir a tabela e que tem proporcionado aumentos de repasses a 768 hospitais. Ainda restam
2.100 padecendo com os valores antigos.
Não basta aumentar os recursos. É preciso qualificá-los
e vinculá-los a desempenho, deixando claro que existe uma
política de remuneração justa e igualitária, levando em conta as especificidades da rede. Qualquer coisa diferente disso
Yussif Ali Mere Jr
Presidente da Federação e do Sindicato
dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios
do Estado de São Paulo (FEHOESP e
SINDHOSP) e do SINDRibeirão
vira clientelismo. Neste momento eleitoral que vivemos no
Estado e no País, é fundamental debruçarmos nosso olhar
para estas questões. Saúde de qualidade, ao lado da educação,
é crucial para o desenvolvimento sustentável e digno de uma
sociedade.
Por isso, nesta edição do Jornal do SINDHOSP, unimos esforços e elaboramos, em conjunto com a Federação dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (FEHOESP), entrevistas com os candidatos a governador. As perguntas
privilegiam nosso setor e buscam traçar um perfil do que cada
um pensa a respeito da Saúde. Recomendamos uma leitura
atenta. E consciência nas urnas!
CRF-SP reúne profissionais para discutir
soluções para Cadeia Fria
alestra aconteceu na última quinta-feira (7) e foi
ministrado pela farmacêutica e gerente do Valida
Laboratório de Ensaios Térmicos, do grupo Polar
Liana Montemor, farmacêutica e gerente do Valida Laboratório de Ensaios Térmicos, empresa do Grupo Polar,
líder no mercado na fabricação de elementos refrigerantes,
foi responsável por ministrar palestra sobre “Qualificação
de embalagens térmicas” em evento realizado no Conselho
Regional de Farmácia do Estado de São Paulo (CRF-SP) na
última quinta-feira (7).
A palestra reuniu profissionais de órgãos reguladores,
hospitais, distribuidoras, operadores logísticos e indústria
farmacêutica para discutir a importância da qualificação
térmica das embalagens e os impactos que um perfil errado pode trazer para a operação de transportes de medicamentos, bem como novos conceitos atrelados ao gerenciamento da temperatura ideal, tendência deste mercado até
então focado apenas em cadeia fria. Além de apresentar as
novidades e tendências da cadeia de frio e detalhes de das
regulamentações atuais sobre o tema.
“Diante dos entraves logísticos enfrentados no país, os
desafios das empresas para respeitar os cuidados exigidos
30
pelo mercado são enormes. Um procedimento inadequado
implica em risco para a saúde do consumidor final e prejuízo para indústria”, explica Liana.
De acordo com o Sindicato da Indústria de Produtos
Farmacêuticos no Estado de São Paulo e pesquisas do
IMS Health, o Brasil é o sexto maior mercado farmacêutico do mundo registrando um faturamento de R$
57 bilhões em 2013. E a previsão do setor sobre a movimentação das vendas globais para 2016 é de US$ 900 bi,
sendo que 21%, ou US$ 189 bi, referem-se aos medicamentos biológicos.
31
Novidade
A
OKI lança impressora específica para a
área médica
OKI, uma das principais empresas
de soluções de impressão do mundo,
acaba de anunciar o lançamento da
impressora C911 MDI, específica para a área
médica. O modelo oferece economia e qualidade
para as mais variadas necessidades de impressão
do ambiente médico-hospitalar.
O equipamento se conecta diretamente aos
conversores de imagem DICOM e aos sistemas
tradicionais HIS (Sistema de Informações
Hospitalares), RIS (Sistema de Informações de
Radiologia) e PACS (Sistema de Comunicações de
Arquivo de imagens), o que torna o gerenciamento
dos recursos de impressão muito mais eficiente.
A mudança da impressão tradicional, em
filme, para o papel reduz consideravelmente o
custo de impressão e elimina o uso de químicos
e reveladores fotográficos, diminuindo o impacto
ambiental. Além disso, a tecnologia da OKI permite
a impressão em cores em uma única passagem de
papel, evitando atolamento e possibilitando o uso
de mídias de alta gramatura. A impressora ainda
tem prático manuseio, com fácil acesso frontal aos
consumíveis.
Outro destaque da C911 MDI é a tecnologia
HD Color, que oferece maior nitidez e qualidade
na impressão, atendendo às necessidades das
complexas demandas em diagnósticos por imagens.
A C911 MDI é indicada para a impressão
de diversos exames no formato até A3+,
como
ressonância
magnética,
tomografia
computadorizada, raio-X e reconstruções.
Alerta
Saúde bucal ruim é porta aberta para o
vírus do HPV
V
Estudo americano demonstrou que 7% da população entre 14 e 69 anos estão
infectados com o vírus. Entenda um pouco da doença e saiba como preveni-la
ocê sabia que uma má saúde bucal ou
com alguma doença na boca são mais
propensas a contraírem infecções orais
pelo virús do papiloma humano (HPV)? Um estudo
americano, do Centro de Ciências da Saúde da
Universidade do Texas, em Houston, apontou que
7% da população entre 14 e 69 anos estão infectados
com o HPV. Os que possuíam doença periodontal
ou problemas relacionados com os dentes tiveram
51% e prevalência em 28%, respectivamente. O
vírus é conhecido por causar verrugas genitais e
câncer cervical em mulheres, além de provocar
infecções que colonizam a parte de trás da boca
(garganta), incluindo a base da língua e amígdalas.
O
estudo
americano
apontou
ainda
que a prevalência do vírus tem aumentado
significativamente nas últimas três décadas e que
mais homens têm infecção oral por HPV do que
32
as mulheres. Segundo cirurgião-dentista Pedro
Augusto Benatti, especialista em periodontia e
ortodontia pela Universidade de São Paulo (USP),
existem mais de 40 subtipos de HPV que podem
infectar a área genital e a garganta. “O subtipo
mais frequente de HPV tonsilar (da garganta) é
detectado HPV-16, de alto risco para câncer da
orofaringe. Cerca de 2/3 dos cânceres de orofaringe
têm DNA do HPV em si. No entanto, a infecção
ocorre em cerca de 1% de homens e mulheres”,
explica.
O vírus é adquirido, principalmente, por
contato sexual. O risco de infecção aumenta
com os comportamentos e com o número cada
vez maior de parceiros ao longo da vida. “Com
20 ou mais parceiros sexuais ao longo da vida,
a prevalência da infecção oral por HPV atinge
20%. Fumantes também estão em risco maior que
os não-fumantes”, explica o especialista. Não há
sintomas específicos da infecção. Muita gente não
percebe que estão infectadas e podem transmitir
o vírus para um parceiro (a). Alguns sinais
podem apontar que há algo errado: problemas
na deglutição, tosse com sangue, nódulo no
pescoço ou no rosto, rouquidão. “Mas vale
lembrar que são sintomas já tardios da doença.
O melhor é sempre apostar na prevenção. O
cirurgião-dentista está preparado para detectar
qualquer anormalidade na boca. Por isso, visite
o profissional a cada seis meses. Também use
preservativos nas suas relações, inclusive no
sexo oral. Essa é uma importante arma contra a
doença”, finaliza Pedro Benatti.
33
o mercado atual
Equipamento X Automóvel
S
abe o que um equipamento para diagnóstico tem a ver
com um automóvel? No que se refere a conceito de
compra, tudo! Mas, o que tenho visto no mercado é,
estranhamente, diferente disso.
Um equipamento automático tem custo relevante. Um alto
investimento em um bem durável. Quando vamos comprar
um carro, uma das 5 principais características que decidem esta
compra é, sem dúvida, o custo de manutenção! Quanto custa
uma revisão dos 10; 20 ou 30 mil quilômetros? Não é mesmo?
Percebo este fato passar meio que despercebido aos donos
de laboratórios que depois ficam se lamentando com os custos
de itens até mesmo básicos, como os de consumo. Falta esta
atenção na hora da compra, muitas vezes.
Se os compradores levarem este conceito à frente – de comprar equipamentos como se fossem carros – “infernizariam” a
vida dos vendedores com muito mais perguntas como: Além
do material de consumo, quanto custam peças de maior índice
Artigo
O
de desgaste? Uma revisão preventiva – tão fundamental – será
trimestral, semestral ou anual? A que preço? O importador
sempre supriu as demandas de peças de reposição, ou houve
casos de espera com equipamentos parados?
Os equipamentos – assim como os carros – não são mais
feitos para durarem uma vida. É verdade. Mas, nós também
não queremos mais isto! Queremos que toda tecnologia atual
esteja embarcada na máquina. Isto sim!
Os equipamentos – assim como os carros – irão, em algum
momento, apresentar defeitos, quebras. Queremos apenas que
sejamos atendidos rapidamente e que haja peças necessárias
em estoque no País! Um carro parado alguns dias por falta
delas vai deixá-lo muito aborrecido. Um equipamento no seu
laboratório, nesta condição, é muito pior! Não é mesmo?
Os equipamentos – assim como os carros – precisam apresentar um bom valor de revenda. Afinal são bens duráveis.
Você pode no futuro, precisar comprar outro modelo. Mais
rápido. Maior. Vai querer utilizar o seu usado na troca. Assim
como nos automóveis.
Pratique esta correlação em sua próxima compra. Seu risco
de arrependimento futuro cairá drasticamente!
No que se refere a conceito de
compra Tudo a ver!
O papel do farmacêutico na sociedade
farmacêutico é um profissional que faz parte do
dia a dia de uma comunidade. Com exercício
fundamental para a manutenção da saúde
dos cidadãos, ele atende desde simples demandas como
aplicação de injeção até auxílio na escolha do medicamento
mais apropriado. Ser farmacêutico, portanto, é parte
integrante e indissociável de quem ele é.
Infelizmente, algumas lutas cabem aos profissionais
que atuam no setor e aos donos de estabelecimentos. A
substituição tributária foi uma forma que o Estado de São
Paulo encontrou para aumentar a arrecadação às custas
dos contribuintes. Ela impacta negativamente em toda
a indústria farmacêutica, ao aumentar custos, reduzir
benefícios, diminuir a competitividade, além do principal,
ferir o pequeno empresário e onerar o consumidor final,
foco do nosso trabalho diário.
Outro entrave que dificulta o acesso dos medicamentos
é a carga tributária que corresponde a um terço do preço dos
remédios no Brasil. Parte disso se deve ao alto ICMS cobrado
por Estados, como o de São Paulo. É possível, sim, diminuir
significativamente esse tipo de imposto e favorecer o
desenvolvimento do setor farmacêutico e a competitividade
entre as empresas e a geração de mais empregos.
Para os proprietários de farmácia, a Lei 13.021,
sancionada recentemente pela presidente Dilma Rousseff,
é clara: as farmácias são unidades de prestação de
serviço à saúde e têm grande importância no controle
epidemiológico de uma determinada região demográfica.
Portanto, devido a essa importância social, é imprescindível
que empreendedores do setor farmacêutico tenham acesso
a linhas de crédito especial, sobretudo nas regiões mais
afastadas dos grandes centros, contribuindo para um
melhor atendimento assistência e farmacêutico em todo o
Estado de São Paulo.
Além disso, há bandeiras que todos que atuam na área
devem levantar como desoneração tributária de produtos
farmacêuticos para a redução do preço dos remédios e
ampliação da oferta de remédios gratuitos nos programas
de assistência e farmácias populares de São Paulo.
A saúde é um dos bens mais preciosos do ser humano e
Marquinho Pagliuco
a população têm consciência, tanto que 52% do eleitorado
de 2014 acreditam que a saúde é o tema mais importante
entre as políticas públicas de responsabilidade do governo
federal, segundo dados da Data Folha. E um dos primeiros
lugares onde ela começa é na farmácia.
O farmacêutico, além de atender a demanda de
receitas, indica as opções de determinados remédios de
acordo com a prescrição do médico, que cabem no bolso
do consumidor, tira dúvidas quanto a possíveis efeitos
colaterais e indica necessidade de retorno ao consultório.
Os donos dos estabelecimentos, por sua vez, são
responsáveis pela administração da empresa e pelo zelo
e bem estar dos funcionários, além de se integrarem aos
demais para uma luta que garanta direitos integrais não só
às pessoas que trabalham em seu comércio, mas também
na garantia de distribuir serviços que contribuem para a
manutenção da saúde da população e também com foco
na prevenção de doenças.
*Marquinho Pagliuco é farmacêutico e proprietário de
três drogarias no interior paulista
Tratamento Preventivo
O
Hemocentro do Distrito Federal é
referência no tratamento da Hemofilia
Hemocentro do Distrito Federal é o primeiro
do Brasil a ultrapassar a meta nacional de
uso de doses de fator de coagulação que
é de 3,0 Unidades Internacionais per capita (UI),
para integridade articular, conforme recomendação
do Ministério da Saúde. Atualmente o Ambulatório
Multiprofissional utiliza 7,22 UI per capita, alcançando
o nível de países europeus como Alemanha e França. A
Federação Brasileira de Hemofilia (FBH) esclarece que
tratamento preventivo é fundamental para vida plena
das pessoas com hemofilia.
Com apenas dois anos, o Hemocentro já realizou
cerca de 3,5 mil consultas e atende 359 pacientes
cadastrados, sendo que 80% dos pacientes que fazem
profilaxia recebem entrega domiciliar do fator para
tratamento, este modelo é inédito no Brasil. A obtenção
dos resultados positivos é efeito da excelente gestão
pública da médica Beatriz Mac Dowell Soares, que
chefia 34 profissionais comprometidos com a saúde
integral dos pacientes, composta por hematologistas,
enfermeiros,
ortopedista,
fisioterapeutas,
farmacêuticos, nutricionistas, psicólogo, assistente
social, entre outros.
Para a FBH, a Fundação Hemocentro de Brasília
é um modelo ideal de referência no tratamento da
hemofilia no País e no mundo, já que proporciona
tratamentos a níveis internacionais, o que possibilita ao
paciente com hemofilia condições de exercer qualquer
função na sociedade, desde frequência diária em
escolas e universidades, trabalho, prática de esportes,
e o melhor de tudo, uma vida sem sequelas e dores.
Precisamos que os outros CTHs do País sigam este
modelo para que realmente o tratamento disponível
no MS chegue a todas as pessoas com coagulopatias.
A profilaxia, tratamento preventivo, é uma
conquista da FBH junto aos órgãos públicos como
Ministério da Saúde, Ministério Público Federal e
Tribunal de Contas da União, Senado e Comissão de
Direitos Humanos que reconheceram e comprovaram
que a profilaxia traz benefícios tanto para paciente e
familiares como para os cofres públicos. “O tratamento
preventivo impede as sequelas que tornam as pessoas
com hemofilia incapacitadas de exercer simples tarefas
diárias e profissionais e permite que estas pessoas
possam exercer sua cidadania com independência,
autonomia e assim tenham uma vida plena e
contribuam na construção deste nosso País.”, explica a
presidente da FBH, Tania Pietrobelli.
A hemofilia é um transtorno genético que altera
a produção de um dos 13 fatores responsáveis pela
34
coagulação do sangue. A aplicação preventiva destes
fatores não produzidos pelo organismo (profilaxia)
previne hemorragias e possibilita que a pessoa com
hemofilia tenha uma vida normal, podendo praticar
esportes, trabalhar em qualquer área e contribuir para
o desenvolvimento do país de forma produtiva.
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Doe Sangue e Salve muitas Vidas
Estoques de sangue caem 50% em Ribeirão
Preto, e Banco de Sangue necessita de doações
A
s doações no Banco de Sangue Ribeirão
Preto tiveram uma queda de 50% neste mês,
e a equação de doação e demanda começa
a preocupar os captadores. A apreensão tem razão de
ser. O Banco de Sangue de Ribeirão Preto é responsável
por atender ao menos 13 hospitais e clínicas da cidade
e região, além de realizar 1,1 mil transfusões de sangue
por mês. Municípios vizinhos já começaram a se
mobilizar, e toda ajuda, de grupos ou individuais e de
qualquer tipagem sanguínea, é bem-vinda.
A prefeitura de Cajuru disponibilizou dois ônibus
neste final de semana, dias 16 e 17, para levar doadores
ao Banco de Sangue. No local, eles serão recebidos pelos
captadores e agraciados com um café da manhã. Tudo
para colaborar na conscientização sobre a importância
de ter como hábito a doação de sangue.
Segundo a médica Maria Isabel Ayrosa Madeira,
do Banco de Sangue, vencer o medo e o preconceito
é o melhor caminho para que se consiga equilibrar
os estoques. “As pessoas têm receio, mas aos poucos
vamos desmistificando o assunto e ganhando novos
adeptos à doação”, afirma.
O sangue doado é reposto em até 24 horas pelo
próprio organismo. Para quem colabora só há
benefícios. “O bem ao próximo é tanto que com apenas
uma doação é possível ajudar ao menos 3 vidas, por
meio de seus derivados, como hemácias, plasma,
plaquetas e/ou criopreciptado”, afirma.
A OMS (Organização Mundial da Saúde) afirma
que se cada pessoa saudável doasse pelo menos uma vez
ao ano, não faltariam bolsas de sangue nos hospitais.
O ideal, ainda de acordo com a entidade, é que entre
3% e 5% da população seja doadora. No Brasil, porém,
apenas 1,9% das pessoas doam com regularidade.
Os interessados em doar não precisam agendar
horário, basta comparecer à unidade que fica atrás do
Hospital São Lucas, na rua Quintino Bocaiúva, 895, no
bairro Vila Seixas. O horário de atendimento é das 7h
às 18h, todos os dias, inclusive aos sábados, domingos
e feriados. Mais informações pelo telefone (16) 36101515.
Veja como é fácil doar
Os interessados precisam pesar mais de 50 quilos
e estar em boas condições de saúde. Não é necessário
fazer jejum, mas é preciso esperar 3 horas após
o almoço ou a ingestão de alimentos gordurosos.
No local, basta apresentar um documento oficial
com foto e ter entre 16 e 69 anos (menores de idade
precisam de autorização e estar acompanhados por um
responsável).
Tipo raro da doença
Idosos com Leucemia Mieloide
Aguda ganham melhor
qualidade de vida
O
Instituto Brasileiro de Controle do Câncer (IBCC), desde 2012, vem utilizando
drogas modernas para combater a Leucemia Mieloide Aguda (LMA) em pacientes
idosos. Os resultados têm sido satisfatórios, pois os pacientes estão reagindo bem ao
uso desses medicamentos, como a azacitidina, garantindo a eles uma melhor qualidade de vida e
sobrevida. “O regime do tratamento para a Leucemia Aguda é agressivo, por isso a preocupação
dos especialistas em desenvolver uma combinação de quimioterápicos mais eficazes e que
proporcionem menos efeitos colaterais aos pacientes, em especial os idosos”, explica o chefe do
Departamento de Hematologia e Hemoterapia do IBCC, Roberto Luiz da Silva.
O estudo para o uso do medicamento foi desenvolvido por diversas entidades internacionais,
entre elas, a American Cancer Society (ACS), Department of Stem Cell Transplantation and Cell
Therapy e Division of Hematology/Oncology. Todas localizadas nos Estados Unidos. No IBCC,
12 pacientes com faixa etária acima de 60 anos fazem uso do medicamento, por um período
acima da expectativa, e estão reagindo bem à azacitidina. “A literatura médica nos mostra que
a droga tem gerado 50% de resultados positivos, o que é muito válido, porque no passado um
paciente nessa situação não teria chances de sobreviver”, afirma Silva.
Outros tratamentos
O IBCC é autorizado pelo Sistema Nacional de Transplantes (SNT), do Ministério da Saúde,
a realizar diversos transplantes de medula óssea dos tipos alogênico (a medula é doada por
uma pessoa compatível, na maioria das vezes por um irmão; pode ter origem de um doador
aparentado – proveniente da família – ou não aparentado – proveniente do banco de medula
óssea) e autólogo (a medula é colhida do próprio paciente, congelada e depois reinfundida em
outro momento). Dentre os tipos de transplantes alogênicos, existe um que é frequentemente
utilizado no tratamento de idosos: o não-mieloablativo. Por se tratar de um transplante alogênico,
a fonte das células-tronco é de um doador compatível. Neste transplante, diferentemente
do convencional, é utilizado uma menor quantidade de Quimioterapia. “É infundido maior
número de células do doador e menor quantidade de Quimioterapia. Com isso, o tratamento
se torna menos agressivo e ideal para maiores de 60 anos”, explica o médico. No IBCC, dos oito
transplantes realizados no setor por mês, 2% são em idosos utilizando esse tipo de transplante
e, normalmente, os pacientes reagem bem ao tratamento.
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Congresso
Mudança no tratamento de hipertensão para
idosos torna metas mais tolerantes
D
e 13 a 16 de agosto, aconteceu o principal
evento voltado à hipertensão no País.
A cidade de Salvador (BA) recebeu
o XXII Congresso Brasileiro de Hipertensão e o
XX Congresso da Sociedade Interamericana de
Hipertensão (ISH) reunindo os mais renomados
especialistas do mundo para discussão sobre a
doença.
Durante o evento, os principais especialistas
mundiais em hipertensão discutiram as mudanças na
diretriz americana principalmente, e as diferenças
com as diretrizes anteriores, e como e se elas podem
ser aplicadas à realidade da população hipertensa no
Brasil.
De acordo com a Sociedade Brasileira de
Hipertensão, houve importantes alterações no que
diz respeito as metas e tratamento da doença, como
uma maior tolerância nos níveis de controle da
pressão para idosos e idosos diabéticos. “A diretriz
mostrou um posicionamento mais conservador
com os hipertensos, onde cada caso é avaliado
individualmente e a meta aceitável é um nível de
pressão abaixo de 140/90 mmHg ou “, explica Dra.
Frida Plavnik, diretora científica da SBH. Segundo
ela, está é mudança importante que precisa ser
amplamente discutida, já que atualmente cerca de
50% dos idosos no Brasil são hipertensos.
Além disso, o limite para inicio do tratamento
farmacológico foi reavaliado. Nas edições anteriores
qualquer indivíduo com pressão arterial acima
de 140/90 mmHg deveria iniciar um tratamento
medicamentoso, com a nova diretriz o limite para
pessoas acima de 60 anos subiu para 150/90 mmHg.
Esse posicionamento deve-se a constatações de que
para essa faixa etária começar a tratar a pressão
alta em um nível mais baixo não traz benefício
adicional, além de o paciente poder sofrer com
perda de qualidade de vida, e maior número de
efeitos colaterais.
“As novas recomendações são muito relevantes
para a comunidade científica que lida diretamente
com a hipertensão e como as mudanças são
significativas haverá uma ampla discussão com
membros das comissões internacionais, para que
se chegue a um consenso para uniformizar esse
cenário”, aponto Dr. Roberto Franco, presidente da
Sociedade Brasileira de Hipertensão.
www.gbo.com
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SETEMBRO
XIX Congresso Paulista de
Obstetrícia e Ginecologia - Data: 4 a 6
Local: Transamérica Expo Center | SP Inf: (11) 3884.7100
48º Congresso Brasileiro de Patologia
Clínica/Medicina Laboratorial - Data: 9 a 12
Local: Centro de Convenções SulAmérica | Rio de janeiro/
RJ
Inform: (21) 3077.1400 ou 0800 023 1575
e-mail: [email protected] www.cbpcml.org.br
OUTUBRO
XXXVI Congresso Brasileiro de Pneumologia e Tisiologia;
XIII Congresso Bras. de Endoscopia Respiratória - SBPT 2014
Data: 7 a 11
Local: Centro de Eventos Serra Park - Três Pinheiros |
Gramado/RS
Informações: tel. (54) 3286.8800 | Fax: (54) 3286.8869
da Sociedade Paulista de Parasitologia, promovido pela
Sociedade Paulista de Parasitologia. Esta edição, que
tem parceria com a Universidade Federal de São Carlos
(UFSCar), abordará o tema “Mudanças Climáticas: novos desafios à Parasitologia”.
Além das atividades científicas, o Congresso também
está promovendo um concurso fotográfico com o tema
“Mudanças Climáticas e Parasitologia”. O prazo
para envio das fotos para concorrer ao prêmio termina no dia 1º de novembro. Mais informações em
www.cspp2014ufscar.com.br
XXIII Congresso Brasileiro de Citopatologia
Data: 13 a 15 - Local: Rio de Janeiro/RJ
Informações: tel./fax: (21) 2255.7502
e-mail: [email protected]
NOVEMBRO
HEMO 2014 - De 06 a 09 de novembro.
Local- Florianópolis/SC
Organização-Associação Brasileira de Hematologia,Hemoterapia e Terapia Celular. Informações:www.abhh.org.br
31º Congresso Brasileiro de Endocrinologia e
Metabologia (CBEM)
De 5 a 9 de setembro - Expo Unimed - Curitiba/PR
Informações: tel. (41) 3317.3000 | Fax: (41) 3317.3030
[email protected] www.ccmeventos.com.br/
XIV Congresso Brasileiro de Biomedicina e
II Congresso Internacional de Biomedicina
De 18 a 21 de novembro 2014 - Araras-SP
Local: Centro Universitário Hermínio Ometto
de Araras-UNIARARAS
Tema: Biomédico e Inovações Tecnológicas
www.crbm1.gov.br - [email protected]
Informações: 16- 3347-5558
XIV Congresso Brasileiro de Oncologia Pediátrica
Data: 27 a 30 de novembro
Inscrições: Acesse http://www.sobope2014.com.br/
Local: RIOCENTRO - Av. Salvador Allende, 6555
Barra da Tijuca -RJ
Congresso de Parasitologia da UFSCar
Objetivo: discutir os principais aspectos relacionados às
doenças parasitárias sob a ótica da saúde pública. Público:profissionais, alunos de graduação, de pós–graduação e pesquisadores de diferentes áreas, Local: em São
Carlos, de 14 a 16 de novembro. Evento: VII Congresso
www.abbm.org.br
[email protected]
Encontro Nacional de Biomedicina
A
contece o 17º Encontro Nacional de Biomedicina do Instituto
de Biociências da UNESP de Botucatu, que se realizará nos dias
23, 24 e 25 de Outubro de 2014,
na UNESP e no Colégio La Salle.
“O Encontro Nacional de
Biomedicina é um congresso realizado anualmente por alunos e
professores do Instituto de Biociências da UNESP de Botucatu
e esse ano terá sua 17ª edição. O
ENBM tornou-se um tradicional
evento científico que recebeu, em
sua última edição, mais de 600
congressistas vindos de todo o
Brasil.
Seu objetivo maior é a apresentação de inovações em pesquisa e nas diferentes áreas de
atuação do Biomédico e outros
profissionais da saúde, além de
ser uma relevante oportunidade
para troca de experiências e conhecimentos entre graduandos,
alunos de pós-graduação, profissionais e docentes.
XXVIII Congresso Brasileiro de Medicina Nuclear
Data: 26 a 28 de setembro de 2014
Local: Centro de Convenções Rebouças (CCR) – São
Paulo (SP)
Organização: Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear
(SBMN)
Site oficial: www.sbmn.org.br/congresso/
Facebook: SBMNuclear
Curso de Extensão de Bioética no Fim da Vida
Carga horária: 45 horas
Público-alvo: profissionais que têm formação em cuidados
paliativos ou medicina paliativa; aqueles que trabalham em
unidades de cuidados paliativos e também para quem pesquisa ou ensina em áreas direta ou indiretamente relacionadas ao “fim da vida”
Datas: 26 e 27 de setembro, 24 e 25 de outubro e 28 e 29
de novembro. Dia(s) da semana: sexta-feira, tarde e noite;
sábado, manhã e tarde
Horário: 14h-18h I 19-22h - 08-12h I 13-17h
Professor coordenador: Dr. Ciro Augusto Floriani
(mini currículo abaixo)
Investimento: R$2200,00, em até 4 parcelas.
Local das aulas: Centro Universitário São Camilo, campus
Pompeia, São Paulo/SP (Rua Raul Pompeia, 144)
Inscrições e informações: com Regina Ramos, secretaria do
Instituto Paliar: (11) 5051-0555 ou [email protected].
Site: www.paliar.com.br
Informações: (14) 3880-0857
[email protected]
www.enbm.com.br
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41
Artigo
N
Por Cadri Massuda*
Nascer tem hora certa, não hora marcada
osso país está passando por uma epidemia
que tem levado a saúde brasileira para uma
situação preocupante. Trata-se do número
excessivo de cesáreas que estão sendo realizadas sem
necessidade específica, provocando malefícios para
mães, crianças e sistema de saúde de um modo geral.
A Organização Mundial da Saúde preconiza que
do total de partos realizados num país, apenas de 5 a
15% sejam cesáreas. No Brasil, entre o público formado por mulheres com 2º grau ou superior, atendidas
em hospitais privados por meio de plano de saúde, esse
tipo de parto chega a 90% do número total. Já entre
as mulheres com menor escolaridade e atendidas pelo
serviço público, as cesáreas giram em torno de 30%.
Nos países mais desenvolvidos como Estados Unidos,
por exemplo, a taxa de partos visa cesárea também não
ultrapassa os 30%, analisando o público total de mulheres gestantes.
Trabalhos científicos provam que os riscos tanto para a mãe quanto para a criança são cinco vezes
maior em cesáreas se comparados ao parto natural.
Além disso, crianças prematuras – que representam
cerca de 10% dos casos de cesárea –, por não terem os
órgãos adequadamente formados, principalmente no
que diz respeito a parte pulmonar, podem apresentar
insuficiência respiratória, comprometimento cerebral,
gastrointestinal e cardíaco, assim como hipotermia e
hipoglicemia.
Para as mães, os riscos incluem complicações inerentes ao procedimento cirúrgico da cesárea, como
sangramentos, infecções, placenta descolada e ruptura uterina em futuras gestações. Além disso, quando
falamos em casos de nascimentos prematuros, existem
também as questões emocionais como a separação da
mãe e do filho enquanto este permanece na UTI, o atraso do aleitamento e depressão.
O mais alarmante é que grande parte destas cesáreas são as chamadas eletivas, onde os pais, em muitos
casos, preferem agendar o procedimento cirúrgico para
a data que melhor se adeque a sua necessidade, chegando a casos extremos de escolher em função do signo e
numerologia do bebê.
Os malefícios deste quadro em nosso país estão
atingindo a todos, pois a taxa em UTI neonatal deveria
girar em torno de 6% e hoje, em alguns casos, estamos em 15%. Ou seja, este aumento de bebês em UTIs
neonatais tem como consequência falta de UTIs para
crianças com problemas graves de nascimento.
Há necessidade urgente da sociedade médica, secretarias municipais e estaduais e o Ministério da Saúde se
unirem junto aos pagadores de serviço em uma campanha para mudar este perfil que já virou uma epidemia
brasileira nas classes com maior poder aquisitivo. Não
se encontra tal índice em outros países. E diferente do
que muitos defendem, não há relação entre número de
cesáreas e qualidade dos atendimentos, pelo contrário,
é mais comum cesáreas com pré-natais mal feitos, mal
conduzidos e que visam diferentes interesses.
* Cadri Massuda é presidente da Abramge PR/SC –
Associação Brasileira de Medicina de Grupo Regional
Paraná e Santa Catarina.
Ribeirão Preto/SP
Câncer de próstata foi tema de encontro
entre especialistas
Os médicos se reuniram para discutir novas terapias e diagnóstico da doença,
que é o segundo tipo de câncer mais comum entre os homens
N
o último 26 de agosto, especialistas se
reuniram para discutir novas formas de
tratamento do câncer de próstata. Entre os tópicos do encontro, foram abordados os novos paradigmas no tratamento da doença, como o
tratamento medicamentoso anterior à indicação de
quimioterapia. Uma nova opção disponível no Brasil tem evitado ou postergado o tratamento mais
agressivo, além de retardar a progressão da doença.
O câncer de próstata é o segundo mais prevalente entre os homens, atrás apenas do câncer de pele
não-melanoma. Em valores absolutos, este é o sexto
tipo mais comum no mundo, representando cerca
de 10% do total de cânceres. Sua taxa de incidência
é cerca de seis vezes maior nos países desenvolvidos
em comparação aos países em desenvolvimento[1].
Os sintomas do câncer de próstata, na maioria
das vezes, não são sentidos nos estágios iniciais da
doença, sendo o tumor frequentemente detectado
apenas por meio de exames. A recomendação é que
todo o homem a partir dos 55 anos deve realizar o
toque retal e dosagem sanguínea do PSA (antígeno prostático específico), o cuidado deve ser ainda
maior para aqueles com histórico familiar de câncer de próstata e de mama, independentemente de
sintomas. Uma vez confirmado o diagnóstico, o tumor deverá ser estagiado. Isto significa que novos
E
X
P
E
D
I
E
N
T
E
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exames deverão ser solicitados para constatar se o
tumor está somente na próstata ou se já invadiu órgãos adjacentes, como bexiga, vesículas seminais e
reto.
Tratamento
Quando o tumor atinge um estágio mais avançado, o controle do nível de testosterona, que alimenta
o tumor, é feito cirurgicamente ou com medicamentos hormonais. Infelizmente, as terapias hormonais
deixam de funcionar à medida que o paciente vai
se tornando resistente. Até cerca de 3 anos, quando isso acontecia, o paciente era submetido aos
tratamentos quimioterápicos convencionais, e caso
progredisse com esse tratamento, não lhe restavam
opções terapêuticas eficazes.
Esse cenário mudou em 2012, com a chegada de
novas terapias, como o acetato de abiraterona (um
inibidor de biossíntese androgênica). Além de menos agressivo e mais cômodo (por ser comprimido),
o tratamento aumentou a sobrevida e a qualidade de
vida dos pacientes. O medicamento também teve,
no final de 2012, sua aprovação expandida pelo
FDA, para o tratamento pré-quimioterapia.
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