Devassidão tremere

Transcrição

Devassidão tremere
Devassidão tremere
Personagens
Ana (tremere) Alice
Danilo (tremere) Paulo
Felipe (toreador) Diego
Cena 1
Ana está em seu caldeirão.
Ana- Oh, taumaturgia! Como é bom ser tremere!
(Entra Danilo)
Danilo- Aqui está.
(Entrega uma garrafa a Ana)
Ana- Quantos gatos foram necessários?
Danilo- 14.
Ana- Encontrou eles na rua?
Danilo- Sim
Ana (rindo)- Uma vez um inglês que veio aqui não acreditou que existem gatos de rua em nosso país...
Danilo- A Inglaterra invadiu o Egito certa vez.
Ana- E se tornou o rei do sul segundo aquela profecia.
Danilo- Ai ai, como será que eram os cainitas do Egito?
Ana- Não existia a máscara, então...
Danilo (excitado)- Será que praticavam a devassidão?
Ana (ri)- Você faria isso comigo amor?
Danilo- Claro que sim!
(riem)
Ana- Chega de conversa!
(Abre a garrafa se deleita com o cheiro, joga o conteúdo no caldeirão, os dois oram juntos)
"Lilith nossa que está no inferno
Abençoado seja nosso sabá
Venha teu reino
Seja feita minha vontade
Tanto na terra como no céu
Perdoas nossos pecados que nos constrangem
Deixai-nos viver a tentação mas livra-nos dos nossos inimigos
Porque tu és imortal e viva
Agora e para todo o sempre, amém".
Danilo- Será que Caim e Lilith foi devassidão?
Ana- Não. Ela não era cainita. Não interrompa a porra do ritual!
(Pega uma mangueira insere no caldeirão, suga e enche a garrafa com a mistura, mostra a Danilo)
Ana- Cheire.
Danilo- Delícia.
Ana- Deita.
(ele deita, Ana inclina a cabeça dele e derruba metade da garrafa na boca dele, bebe o resto)
Ana- Que Bastet nos abençoe.
Cena 2
Ana e Felipe estão sozinhos.
(Felipe está agitado)
Felipe- Ana.
Ana- O que foi Felipe?
Felipe- Tem algo que me perturba.
Ana- O quê?
Felipe (hesitando um pouco)- Eu tenho auspícios.
(Ana se assusta)
Felipe- Mas não precisa temer a Camarilla, eu não vou contar.
(Ana começa a chorar)
Ana- Era minha melhor amiga! Eu não resisti!
Felipe- Calma.
(A abraça)
Cena 3
Felipe- Renoir é lindo...
Danilo (debochado)- Toreadores...
Felipe- O show já vai começar.
(Canta para a platéia)
"Diz pra eu ficar muda faz cara de mistério
Tira essa bermuda que eu quero você sério
Tramas do sucesso mundo particular
Solos de guitarra não vão me conquistar
Uuuuu! Eu quero você como eu quero (BIS)
O que você precisa é de um retoque total
Vou transformar o seu rascunho em arte final
Agora não tem jeito "cê" tá numa cilada
É cada um por si você por mim e mais nada
Uuuuu! Eu quero você como eu quero (BIS)
Longe do meu domínio "cê" vai de mal a pior
Vem que eu te ensino como ser bem melhor
Uuuuu! Eu quero você como eu quero (BIS)"
Ana- Lindo
Cena 4
Ana e Danilo estão sozinhos.
Ana- O Felipe é uma criança, esse clã que só pensa em arte. Agradeço por ter bebido o sangue dos sete anciãos. Só
a taumaturgia é poder.
Danilo- Só a taumaturgia é o poder, mas sabe o que é mais legal? A devassidão!
(Diableriza Ana, entra Felipe os dois se olham por um longo tempo)
Felipe- Porque você fez isso?! Está louco?!
Danilo- Você queria fazer isso com ela antes!
Felipe (assustado)- Como você sabe?
Danilo- Taumaturgia divinatória, coisas de tremere...
Felipe- Você vai fazer o mesmo comigo?
Danilo- Não. Nem se preocupe.
Felipe- Porquê? Eu não sou interessante?
Danilo- Eu não quero a besta.
Felipe- O que eu faço com você? Sabe que eu posso te denunciar...
Danilo (debochado)- Aí eu ia querer diablerizar você!
Felipe (chora)- Você ficou louco... Meu amigo... Não vou cometer devassidão com você. O que eu tenho eu te dou.
(Puxa uma arma e dá um tiro na cabeça de Danilo)
fim

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