Balanceamento Dinâmico
Transcrição
Balanceamento Dinâmico
Balanceamento Dinâmico 01/19/11 Oiti G. Paiva 1 BALANCEAMENTO DE ROTORES RÍGIDOS Um rotor é dito rígido quando ele não se deforma na velocidade de operação. Quando sobre a superfície deste rotor existe um desequilíbrio de massa, durante a rotação do mesmo aparecerá uma força centrífuga de valor: F=mωr 2 01/19/11 Oiti G. Paiva 2 Esta força gira com o eixo, provocando reações alternadas nos apoios que se traduzem em vibrações nos mancais. O processo de controle destas forças centrífugas é conhecido como balanceamento de massa. 01/19/11 Oiti G. Paiva 3 BALANCEAMENTO ESTÁTICO Se o rotor se apoia sobre mancais sem atrito, ou uma base lisa e nivelada, agirá sobre a massa M desequilibrante um momento estático Mr, que fará com que o rotor gire até que esta venha para a vertical, CG M 01/19/11 Oiti G. Paiva 4 Para balancearmos tal rotor, basta que façamos com que o CG volte a coincidir com o eixo de rotação. Para tal, colocaremos uma massa corretiva M’ a uma distância r’ do centro e a 180° do desbalanceamento original tal que: M’r’ = Mr 01/19/11 Oiti G. Paiva 5 BALANCEAMENTO DINÂMICO O rotor ao lado está dinamicamente desbalanceado, apesar de estar estaticamente balanceado. As massas iguais M1 e M2 colocadas a 180°, num mesmo raio, garantem o balanceamento estático. M1 O rotor está dinamicamente desbalanceado porque se for colocado em rotação apareceram duas forças centrífugas M2 01/19/11 F1 = m1 ω r 2 Oiti G. Paiva e F2 = m2 ω r 2 6 Estas duas forças formarão um binário desequilibrante, responsável por reações de apoio alternadas ou vibrações, conforme mostra a figura abaixo: R1 FC1 FC2 01/19/11 Oiti G. Paiva R2 7 O desequilíbrio dinâmico existe, porque o rotor tem mais de um plano de desequilíbrio. De um modo geral, discos finos (onde a espessura é 20 vezes menor que o diâmetro) tais como rebolos, discos de serra, polias de um gorne, são considerados como rotores de um só plano de desequilíbrio. Os rotores com mais de um plano de desequilíbrio só giram isentos de vibrações, se balanceados dinamicamente. O balanceamento dinâmico é conseguido com a colocação de massas apropriadas em dois ou mais planos de correção. 01/19/11 Oiti G. Paiva 8 II I O rotor da figura abaixo tem duas massas (M1 e M2), dispostas a 90° e em planos diferentes. Os planos I e II serão selecionados como planos de equilíbrio. No balanceamento dinâmico de rotores industriais geralmente os planos de equilíbrio são os externos, por facilidade de acesso. M2 M2 M1 L/4 01/19/11 L/4 M1 L/2 Oiti G. Paiva 9 EQUILÍBRIO DA MASSA M2 Para equilíbrio da massa M2, colocaremos a 180° desta duas massas de igual valor, M’2 = 0,5 M2, uma em cada plano de equilíbrio. Nesta condição os momentos estáticos e dinâmicos são nulos. M2 I L/2 L/2 M’2 = 0,5 M2 01/19/11 II M’2 = 0,5 M2 Oiti G. Paiva 10 EQUILÍBRIO DA MASSA M1 Para obtermos momento dinâmico nulo, colocaremos nos planos I e II as massas M1’ e M1’’, de tal modo que: M1’ = 3M1/4 e M1’’ = M1/4 L/4 3L/4 I 01/19/11 II Oiti G. Paiva 11 Uma vez que as correções são feitas no raio externo, a velocidade angular e o raio são os mesmos para as massas corretivas e, deste modo, as forças centrífugas são proporcionais às massas, o que nos permite somá-las vetorialmente, o que torna possível a correção do desbalanceamento original com apenas uma massa em cada plano. Plano I Plano II 01/19/11 V(0,5M2) Mc =V(0,5M2) Mc = Oiti G. Paiva 2 2 + (0,75M1) 2 2 + (0,25M1) 12 Consideremos um rotor qualquer, concêntrico a um eixo de acionamento que gira a uma velocidade de 1800 rpm. 01/19/11 Oiti G. Paiva 13 90° 135° 45° 180° 0° 315° 225° 270° 01/19/11 Oiti G. Paiva 14 Um peso qualquer colocado sobre a superfície deste rotor causa um desequilíbrio de massa no mesmo. Quando o rotor gira, este desequilíbrio acompanha o movimento de giro, causando uma vibração no sentido radial na mesma freqüência em que acontece o giro. É o que acontece com as rodas desbalanceadas de um carro. A vibração pode ser sentida pelo motorista no volante do mesmo. 01/19/11 Oiti G. Paiva 15 0° 01/19/11 Oiti G. Paiva 16 F F F F F F 01/19/11 F F Oiti G. Paiva 17 Balancear um rotor, é descobrirmos o local exato onde se encontra esta massa de desequilíbrio e qual o seu valor. De posse destes dados, colocamos uma massa de igual valor a um ângulo de 180° da massa de desequilíbrio, restabelecendo a condição de equilíbrio ou repouso do rotor. 01/19/11 Oiti G. Paiva 18 O desbalanceamento de massa é uma das causas mais freqüentes de vibração em ventiladores, devido ao acúmulo irregular de material sobre sua superfície. 01/19/11 Oiti G. Paiva 19 O desbalanceamento de um rotor ocorre quando a resultante das forças radiais atuantes no mesmo é diferente de zero. 01/19/11 Oiti G. Paiva 20 A conseqüência mais imediata do desbalanceamento de massa sobre um rotor é o aumento da vibração na freqüência de rotação do mesmo, com predominância nas direções radiais. 01/19/11 Oiti G. Paiva 21 De uma maneira simples, o coletor de dados 2115, da CSI pode nos ajudar a fazer o balanceamento de rotores, através do programa FASTBALL. Em seguida falaremos da aplicação deste programa passo a passo. 01/19/11 Oiti G. Paiva 22 ON OFF Csi 2115 Utility Keypad Enter Off Analyse Notes Route Reset ABC DEF GHI Print Clr 7 8 9 JKL MNO PQR /#& Ins 4 5 6 Exp STU VWX YZ* -+ Dele 1 2 3 Dec Space ., Page 0 Mark 01/19/11 Oiti G. Paiva 23 DETERMINAÇÃO DO PONTO DE REFERÊNCIA A determinação do ponto de referência é feita com a colocação da fita reflexiva no eixo do rotor. Todas as medidas e ações posteriores devem ser tomadas tendo este ponto como ponto zero (0). 01/19/11 Oiti G. Paiva 24 ÂNGULO DO PESO DE TESTE Para facilitar o nosso trabalho devemos colocar o peso de prova em fase com a fita reflexiva, ou seja, a zero grau de nossa referência. 01/19/11 Oiti G. Paiva 25 Csi 2115 Utility Keypad Off Route ON OFF Analyse Notes UTILITY FUNCTIONS (1) (2) (3) (4) (5) (6) COMMUNICATION SELECT ROUTE CHANGE SETUP CLEAR MEMORY CHECK BATTERY SPECIAL FUNCTIONS Enter Print ABC 7 DEF 8 GHI 9 Clr Ins JKL 4 MNO 5 PQR 6 /#& Exp Dele STU 1 VWX 2 YZ* 3 -+ Dec Page 01/19/11 Reset Space 0 Oiti G. Paiva ., Mark 26 Csi 2115 Utility Keypad Off Route ON OFF Analyse Notes SPECIAL FUNCTIONS (1) (2) (3) (4) (5) (6) GENERATE REPORT ENTER DWNLD PROG EXIT DWNLD PROG REMOV DWNLD PROG SET CALIBRATION METER TEST Enter Print ABC 7 DEF 8 GHI 9 Clr Ins JKL 4 MNO 5 PQR 6 /#& Exp Dele STU 1 VWX 2 YZ* 3 -+ Dec Page 01/19/11 Reset Space 0 Oiti G. Paiva ., Mark 27 Csi 2115 Utility Keypad Off Route ON OFF Analyse Notes DOWNLOADABLE PROGS 6.14 FASTBAL 1 MAIN Enter Print ABC 7 DEF 8 GHI 9 Clr Ins JKL 4 MNO 5 PQR 6 /#& Exp Dele STU 1 VWX 2 YZ* 3 -+ Dec Page 01/19/11 Reset Space 0 Oiti G. Paiva ., Mark 28 MENU PRINCIPAL BALANCE FUNCTIONS BALANCE FUNCTIONS (1) (2) (3) (4) (5) JOB DEFINITION MAKE MEASUREMENT CORRECTION WEIGHTS TOLERANCE CHECK/TRIM OPTIONS ( ( ( ( ( ) ) ) ) ) (1) JOB DEFINITION ( Definição do trabalho) - Permite ao usuário definir o trabalho e o tipo de máquina a ser balanceada, bem como as tolerâncias a serem empregadas. (2) MAKE MEASUREMENT (Medições) - Campo para leitura do nível inicial de vibração e valores pós colocação do peso de teste. (3) CORRECTION WEIGHTS (Pesos de correção) - Calcula os pesos a serem aplicados para balanceamento do equipamento. (4) TOLERANCE CHECK/TRIM (Refino) - Permite refinar o balanceamento com a colocação ou retirada de peso do rotor. (5) OPTIOS (Opções) - Permite o armazenamento dos trabalhos na memória do aparelho 01/19/11 Oiti G. Paiva 29 EXPLORANDO O MENU JOB DEFINITION JOB DEFINITION CLEAR JOB: Yes/No JOB#: MACH ID: MACH DESC: STATION: SHAFT#: USER SPEC: CLEAR JOB - Apaga ou não o trabalho atual apresentado no display do instrumento. USER - Iniciais do executor do balanceamento. JOB# - Número a ser dado ao trabalho. MACH ID - TAG da máquina. MACH DESC - Nome da máquina. STATION - Área da fábrica. SHAFT# - Número de eixos aos quais o rotor está diretamente ligado. SPEC - Nível de vibração admitido após balanceamento. 01/19/11 Oiti G. Paiva 30 EXPLORANDO O MENU DEFINE BALANCE JOB DEFINE BALANCE JOB WEIGHTS PLANES: MEASUREMENT PLANES MEASUREMENT POINTS. MEASUREMENT SPEEDS: DISCRETE WEIGHT POSITIONS: Yes/No SUBTRACT RUNOUT: Yes/No WEIGHT PLANES - Número de planos onde serão colocados pesos de balanceamento. MEASUREMENT PLANES - Número de mancais onde serão feitas medidas de vibração. MEASUREMENT POINTS - Número total de pontos de medição. MEASUREMENT SPEEDS - Número de velocidades do equipamento. DISCRETE WEIGHT POSITIONS - Pesos podem ser colocados em qualquer local ao longo do rotor ou somente nas pás do mesmo? Sim ou não? SUBTRACT RUNOUT - Subtrair runout do eixo? Sim ou não? 01/19/11 Oiti G. Paiva 31 EXPLORANDO O MENU DEFINE TACH OPTIONS DEFINE TACH OPTIONS ANGLE (DEG TDC): 0 DIR OF ROTATION: CCW/CW DELTA RPM: 1 A 500 1ST BALANCE SPEED: 0 ANGLE (DEG TDC) - Posição do foto-tacômetro. Quando zero (0), é automaticamente ajustada. DIR OF ROTATION - CW (sentido horário) / CCW (sentido anti-horário) DELTA RPM - Variação da rotação em RPM (máximo 500 rpm). Quando zero (0) é automaticamente ajustada. 1ST BALANCE SPEED - Velocidade de rotação do rotor. Serve para validar ou não o “DELTA RPM” inserido acima. Quando zero (0), o critério anterior é desabilitado. 01/19/11 Oiti G. Paiva 32 EXPLORANDO O MENU DEFINE BALANCE SENSOR DEFINE BALANCE SENSOR Sensor Type: Accel/Vel/Prox Sensitivity: Convert to: Data Units: Standard Sensor Power: ON/OFF Mux Enabled: ON/OFF SENSOR TYPE: Alterna entre os sensores usados para balanceamento SENSITIVITY: Campo para entrada da sensibilidade do sensor. CONVERT TO: Converte o sinal do sensor para outras unidades. DATA UNITS: Deixando como standard, este campo apresentará as ordens de grandeza Gs, mm/s e microns para sinais convertidos para aceleração, velocidade ou deslocamento, respectivamente. SENSOR POWER: ON caso a alimentação do sensor venha do próprio coletor. MUX ENABLE: OFF (só habilitado no caso de uso de mais de um sensor). 01/19/11 Oiti G. Paiva 33 EXPLORANDO O MENU MEASUREMENT POINTS MEASUREMENT POINTS POINT ID 01H 01V 02H 02V MEAS PLANE 1 1 2 2 ANGLE INPUT TDC CHANNEL 270 1 0 2 270 3 0 4 POINT ID: Nomenclatura dos pontos de leitura de vibração para o balanceamento. MEAS PLANE: Plano de medição para tomada das leituras. ANGLE TDC: Distância, em graus, entre pontos de leitura em cada plano. INPUT CHANNEL: Canais de leitura, variando de acordo com o número de pontos escolhidos. 01/19/11 Oiti G. Paiva 34 APÓS ESPECIFICARMOS OS PONTOS DE MEDIÇÃO, TERMINAMOS A DEFINIÇÃO DE NOSSO TRABALHO, JOB DEFINITION. AO TECLARMOS ENTER O DISPLAY DO COLETOR RETORNA À TELA BALANCE FUNCTIONS E VAMOS ENTÃO PROCEDER AO SEGUNDO PASSO PARA O BALANCEAMENTO, MAKE MEASUREMENT, OU SEJA, VAMOS INICIAR O BALANCEAMENTO DE NOSSA MÁQUINA. 01/19/11 Oiti G. Paiva 35 MENU PRINCIPAL BALANCE FUNCTIONS BALANCE FUNCTIONS (1) (2) (3) (4) (5) JOB DEFINITION MAKE MEASUREMENT CORRECTION WEIGHTS TOLERANCE CHECK/TRIM OPTIONS ( X) ( ) ( ) ( ) ( ) Ao teclar ENTER nesta tela o usuário estará selecionando a opção FAZER MEDIÇÕES, e o coletor mostrará a tela seguinte: 01/19/11 Oiti G. Paiva 36 SELECT MEASUREMENT (1) REFERENCE RUN (2) TRIAL RUN ( ( ) ) REFERENCE RUN: Corrida para coletar dados de vibração originais, antes do balanceamento. TRIAL RUN: Corrida de teste, que permite coletar dados após colocação do peso de teste. 01/19/11 Oiti G. Paiva 37 REFERENCE RUN SELECT MEAS POINT MPT CH 01H 1 SPEED 0 MAG 0 PHASE 0 Nesta tela selecionamos o ponto de medição e teclamos ENTER para adquirir dados de referência. 01/19/11 Oiti G. Paiva 38 SELECT MEASUREMENT (1) REFERENCE RUN (2) TRIAL RUN (X) ( ) Após a coleta de dados da corrida de referência o passo seguinte é a corrida de teste, na qual é pedido o peso de prova. Entrando neste modo tem-se a seguinte tela: 01/19/11 Oiti G. Paiva 39 TRIAL RUN - WEIGHTS PLANE P1(C) WT 10 LOC 0 WT 0 LOC 0 WT: Peso da massa de teste (em qualquer unidade) LOC: Posição em graus da massa de teste. 01/19/11 Oiti G. Paiva 40 SELECT POINT Após a colocação doMEAS peso de teste , segue-se, como na rodada de referência, uma nova MPT CH SPEED MAG PHASE tela para01H leitura valores de 0vibração. 1 dos novos 0 0 01/19/11 Oiti G. Paiva 41 Após a coleta dos dados na corrida de teste indicada como TRIAL RUN, o software apresentará, no campo CORRECTION WEIGHTS (pesos de correção), o peso da massa de correção a ser colocada/retirada do rotor para efetuar o balanceamento do mesmo. 01/19/11 Oiti G. Paiva 42 BALANCE FUNCTIONS (1) (2) (3) (4) (5) 01/19/11 JOB DEFINITION MAKE MEASUREMENT CORRECTION WEIGHTS TOLERANCE CHECK/TRIM OPTIONS Oiti G. Paiva ( X) (X) ( ) ( ) ( ) 43 TRIAL RUN - WEIGHTS PLANE P1(C) 01/19/11 WT 55 LOC 33 Oiti G. Paiva WT 0 LOC 0 44 No nosso exemplo, a massa de correção é de 55 gramas colocada a 33 graus do ponto de referência (contrário ao sentido de rotação do rotor). 01/19/11 Oiti G. Paiva 45 Após colocarmos o peso de correção na posição especificada entramos no campo TOLERANCE CHECK/TRIM, onde fazemos uma nova medição e verificamos o resultado do balanceamento. 01/19/11 Oiti G. Paiva 46 BALANCE FUNCTIONS (1) (2) (3) (4) (5) 01/19/11 JOB DEFINITION MAKE MEASUREMENT CORRECTION WEIGHTS TOLERANCE CHECK/TRIM OPTIONS Oiti G. Paiva ( X) ( X) ( X) ( ) ( ) 47 TOLERANCE CHECK/TRIM CHECK RUN # 1 (1) APPLIED WEIGHT (2) CHECK RESULT (3) TRIM CORRECTION 01/19/11 Oiti G. Paiva ( ( ( ) ) ) 48 APPLIED WEIGHTS: Peso e local da massa de correção a ser colocada no rotor. CHECK RESULT: Após discriminação do peso e local de aplicação da massa de balanceamento no rotor, acessamos o CHECK RESULT (verificação de resultado), onde dá-se início à nova etapa de leituras para verificação do nível de vibração 01/19/11 Oiti G. Paiva 49 TRIM CORRECTION: Essa função permite um refino do balanceamento realizado na etapa anterior. Uma vez acessada, essa função levará o usuário a uma nova rodada (CHECK RUN # 2), na qual será definido um novo peso de correção a ser afixado no rotor. As etapas de refino do balanceamento (TRIM CORRECTION) podem ser tantas quanto o usuário desejar, ou seja, até quando os índices de vibração atingirem níveis satisfatórios. 01/19/11 Oiti G. Paiva 50