Haikus de Matsuo Bashô

Transcrição

Haikus de Matsuo Bashô
Hermessociety
Haikus de Matsuo Bashô
Na escuridão do mar brancos gritos de gaivotas
O velho tanque
Uma rã mergulha dentro de si
Ah! O velho lago! E repentina a rã no ar – ...o baque na água.
Um velho lago. Para onde salta uma rã:
Plop!
Melão no orvalho da manhã fresco de lama
Já quatro horas... Levantei-me nove vezes Para admirar a lua
Ervas do estio Eis o que resta do sonho dos guerreiros
No pôr do sol
entre as papoilas brancas as faces curtidas dos pescadores
Ah este caminho
que já ninguém percorre a não ser o crepúsculo
Admirável aquele
cuja vida é um contínuo
relâmpago
A água é tão fria Como pode a gaivota adormecer?
Um vento glacial sopra Os olhos dos gatos Pestanejam
Sopra o vento de Inverno Os olhos dos gatos piscam
Através da racha da lareira o gato vai ter com a amada
Sob o mesmo tecto
Dormiram as prostitutas a lua e o trevo
do livro: Matsuo Bashô, O Gosto Solitário do Orvalho, Assírio e Alvim
http://hermessociety.org.pt
Produzido em Joomla!
Criado em: 2 October, 2016, 10:06