Untitled - Colheita de Madeira

Transcrição

Untitled - Colheita de Madeira
EXPEDIENTE
1
B. FOREST
Está chEgando uma Evolução na florEsta.
Em junho,
aguardE.
Novas séries de equipamentos John Deere de esteiras e pneus vão inovar o trabalho na floresta.
Você vai se surpreender com estes lançamentos.
JohnDeere.com.br/Florestal
B. FOREST
2
EXPEDIENTE
NOVAS
SKIDDERS
525D, 545D
E 555D.
BAIXO CUSTO E
AUMENTO DA
PRODUTIVIDADE.
EXPEDIENTE
3
B. FOREST
BAIXOS CUSTOS DE OPERAÇÃO
Eficiência operacional e economia na manutenção.
PERFORMANCE
Transmissão com seis velocidades e conversor de
torque lock-up, que aumenta a velocidade e o poder de
tração.
ESTABILIDADE
Distribuição do peso e maior distância entre os eixos.
TEMPO DE CICLO MAIS RÁPIDOS
Sistema hidráulico multifuncional de alta performance.
OPERAÇÃO LIMPA E REFRIGERADA
A alta capacidade do sistema de arrefecimento e o
ventilador reversível, mantém a máquina rodando na
temperatura apropriada e livre de detritos.
Fale com um consultor PESA.
0800 940 7372
B. FOREST
4
EXPEDIENTE
Indíce
06
EDITORIAL
09
ENTREVISTA
14
PRINCIPAL
28
ESPECIAL
40
TRANSPORTE
50
MOMENTO EMPRESARIAL
56
NOTAS
66
FOTOS
67
VÍDEOS
68
AGENDA
EXPEDIENTE
5
B. FOREST
“Sempre gostei muito dos
meus trabalhos juntos as
Instituições de classe, de
fazer parte do elo entre
empresas e o setor como um
todo”
Diretor Florestal da Eldorado Brasil
Germano Aguiar Vieira
Foto: Divulgação
B. FOREST
8
6
EXPEDIENTE
EDITORIAL
Decisões florestais!
Que o país vive um momento econômico turbulento, não é novidade. O interessante é a solução que as
empresas dos mais diversos ramos encontram para superar as dificuldades. No setor florestal, não é diferente.
Quando o valor de um investimento gera custos elevados, como a aquisição das máquinas de colheita, uma
das soluções a ser estudada é a extensão da vida útil das máquinas por meio da manutenção. Na reportagem
de capa, conheça a opinião dos especialistas sobre o assunto.
Outro tema discutido, é o futuro da cultura do pinus no Brasil. Afinal, a produção está estagnada? Quais
são as alternativas que estão sendo praticadas pelo mercado para fortalecer o gênero no país? Saiba quais são
as soluções encontradas.
A infraestrutura também foi tema de destaque nesta edição. Conheça as diferenças técnicas de aplicação
entre: ponte tradicional, ponte móvel e passagens molhadas.
Para fechar com chave de ouro, confira a entrevista exclusiva com um dos executivos florestais mais influentes da atualidade, o diretor florestal da Eldorado Brasil, Germano Aguiar Vieira.
Saudações Florestais!
Expediente:
Diretor Geral: Dr. Jorge R. Malinovski
Diretor de Negócios: Dr. Rafael A. Malinovski
Executiva Comercial: Josiana Camargo
Editora: Giovana Massetto
Jornalista: Amanda Scandelari
Designer Responsável: Vinícius Vilela
Financeiro: Jaqueline Mulik
Conselho Técnico:
Aires Galhardo (Diretor Florestal da Fibria), Antonio Solano Junior (Gerente de vendas para América do Norte e do Sul da Caterpillar), César
Augusto Graeser (Diretor de Operações Florestais da Suzano), Edson Tadeu Iede (Chefe Geral da Embrapa Florestas), Germano Aguiar
(Diretor Florestal da Eldorado Brasil), José Totti (Diretor Florestal da Klabin), Lonard dos Santos (Diretor de Vendas da Komatsu Forest),
Mário Sant’Anna Junior (Diretor Executivo Floretal da Gerdau), Rodrigo Junqueira (Gerente de Vendas da John Deere Florestal), Sergio da
Silveira Borenstain (Diretor Florestal da Veracel), Teemu Raitis (Diretor da Ponsse Latin America).
B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal
Edição 07 - Ano 02 - N° 04 - Abril 2015
Foto de Capa: John Deere
Malinovski Florestal
+55(41)3049-7888
Rua Itupava, 1541, Sobreloja - Alto da XV - Curitiba (PR) – CEP:80040-455
www.malinovski.com.br / [email protected]
© 2015 Malinovski Florestal. Todos os Direitos Reservados.
quando o
as s u n t o F o R
equipamento
e
FloRestal, Fall!
com a tRacbmaies variados desafios,
das aos
ntar soluções adequa
ais.
Conhecida por aprese
equipamentos florest
de
ha
lin
da
to
ui
ss
po
a Tracbel
ileiras,
da às condições bras
ta
ap
ad
a
gi
olo
cn
te
SP Maskiner,
Confiabilidade e alta
ercat e dos cabeçotes
Tig
s
to
en
m
pa
ui
eq
s
fizeram do
ercado florestal.
uma referência no m
a mesmo com
Entre em contato agortores e conheça
ul
um dos nossos cons cões!
nossas solu
EXPEDIENTE
7
B. FOREST
8
ENTREVISTA
ENTREVISTA
9
B. FOREST
Foto: Divulgação
B. FOREST
B. FOREST 10
ENTREVISTA
ENTREVISTA
ENTREVISTA
Desafios promissores
Germano Aguiar Vieira
Diretor Florestal da Eldorado Brasil
O entrevistado desta edição, responde
-Oeste com o eucalipto, na Eldorado Brasil.
pela produção florestal da maior fábrica de
celulose em linha do mundo, a Eldorado
Brasil. Com mais de 30 anos de experiência,
Germano Aguiar Vieira, acredita no cresci-
11 B. FOREST
“Mecanizamos 85% das
atividades silviculturais,
contando o preparo de
solo, o plantio, a irrigação
e a adubação”
Quais as experiências mais marcantes
na sua carreira?
Tive
a
Germano Aguiar Vieira
oportunidade
de
vivenciar
mento do setor florestal aliado a tecnolo-
momentos importantes do setor. Quando
gia e ao apoio das instituições de pesquisa
entrei na área, a produção nacional era
e empresários. Na entrevista exclusiva, ele
de cerca de 10 a 12 m³ de madeira por
conta como a empresa está se preparando
ha/ano, hoje a média é de 40 chegando a
para a ampliação produtiva e também quais
60m³ em algumas regiões. Nessa trajetória,
são as técnicas utilizadas para driblar a falta
pude vivenciar o avanço do melhoramento
de mão de obra. Confira!
genético, do manejo silvicultural. Hoje,
vejo um setor com tecnologia de ponta,
Como começou sua ligação com o setor
que investe em biotecnologia. Vivi também
florestal?
a substituição do trabalho rústico do
Sempre quis ser engenheiro. Ainda jovem
campo pelos empregos seguros, assim
ouvi falar sobre ecologia e florestas. Foi
como a especialização de todas as etapas
nesta época que decidi seguir um cami-
de produção nas empresas. O aspecto
nho diferente das engenharias elétrica ou
administrativo
civil, um caminho que unisse a engenharia
mudanças, nesse quesito tive que aprender
com a ecologia. Hoje, tenho quase 30 anos
a lidar com contingentes muito grandes de
de experiência como engenheiro florestal.
pessoas e fazer com que a empresa seja
Comecei trabalhando por muitos anos em
aceita na comunidade na qual está inserida.
uma empresa de energia, depois trabalhei
Outra
em empresas produtoras de celulose e MDF.
foi a participação em associações. Fui
Tive experiências por todo o Brasil, no Sul
presidente da AMS (Associação Mineira
com o plantio de pinus e agora no Centro-
de Silvicultura), vice-presidente da SBS
também
experiência
passou
bastante
por
importante
Foto: Divulgação
B. FOREST
12
ENTREVISTA
ENTREVISTA
são os resultados e desafios nesse pionei-
“Já estamos plantando a mais para abastecer uma
rismo?
nova linha de produção. Para as duas, teremos
que plantar aproximadamente 350 mil ha”
13 B. FOREST
Desde 2013, a Eldorado primarizou todas
as suas atividades. Entendemos que desta
Esta iniciativa vem de encontro com
forma, há um domínio maior das operações
a carência de mão de obra da região
internas e temos muito cuidado com todos
onde a empresa está instalada, por isto,
os
mecanizamos
neste caminho, independente das decisões
o
máximo
possível
às
operações. Outra foi tornar a empresa
os
Seguiremos
políticas.
este ano chegaremos a 1,650 milhão de
atraente
Ageflor (Associação Gaúcha de Empresas
toneladas.
isso, foi preciso investir em maquinários
Qual a sua avaliação do setor florestal bra-
e qualificação de mão de obra. Outro
sileiro? Que entraves ainda teremos que
superar?
A Eldorado tem um projeto de expansão
fator
presidente do Ipef (Instituto de Pesquisas e
para uma segunda linha de produção. Qual
foi a redução de custos. A colheita já é
O setor tem um futuro excelente pela
Estudos Florestais). Sempre gostei muito
é a meta de plantio anual para atingir a ca-
100% mecanizada, mas na silvicultura
frente. As perspectivas são muito boas
desse outro lado, de ser o elo de ligação
pacidade produtiva?
tivemos que trabalhar muito para criar
porque
A demanda para a primeira linha girava
um modelo próprio. Hoje, temos quatro
mundial para produzir biomassa e madeira.
em torno de 160 mil hectares, hoje temos
engenheiros trabalhando unicamente no
Contamos
E a experiência com a Eldorado? Como
200 mil plantadas. Já estamos plantando a
desenvolvimento de soluções. Em parceria
favorável, solo, clima e área para plantar.
está sendo participar do processo de im-
mais para abastecer uma nova linha. Para as
com pequenas e médias empresas estamos
Acredito também que o uso de energia
plantação e crescimento da maior fábrica
duas, serão necessários aproximadamente
fazendo
equipamentos
renovável é o caminho do mundo. O
em linha do mundo?
350 mil ha, ou seja, ainda faltam 150 mil.
vindos da agricultura na atividade de
Brasil tem hoje o maior banco genético
A empresa já nasceu com objetivo de
Como nós plantamos 50 mil ha por ano,
silvicultura, graças a isso, já temos 85%
de eucalipto do mundo. Temos condições
ser grande. O projeto começou em 2008
em 3 anos completaremos toda a demanda
da silvicultura mecanizada, contando o
de produzir eucalipto de alta qualidade.
com apoio de acionistas que acreditaram
florestal para atendê-las, tendo assim
preparo de solo, o plantio, a irrigação e a
Obviamente exitem alguns entraves que
no setor e implantaram a fábrica sem que
em um total de produção de 4 milhões
adubação. No caso da adubação, temos
devem ser superados, o maior deles é a
ela tivesse um suporte florestal completo.
de toneladas. Esse é o planejamento,
uma técnica chamada de “adubação de
infraestrutura. Precisamos ter mais estradas
Meu principal desafio ao assumir o cargo
obviamente
O
cobertura”, na qual usamos aeronaves
e modais eficientes. Outro fator de extrema
foi suprir a demanda por madeira da fábrica
licenciamento ambiental para a duplicação
específicas para fazer essa atividade cerca
importância
por alguns anos, enquanto a floresta
da área já foi obtido. Esse é um projeto que
de seis meses após o plantio.
do setor são as entidades de pesquisa,
própria não estava pronta. Em 2012, ela foi
está muito vivo dentro da organização.
isso
está
em
análise.
inaugurada, tornando-se a maior fábrica de
para
adaptações
a
Para
de investigação Florestal) e, atualmente, sou
entre empresas e setor como um todo.
importante
trabalhadores.
colaboradores.
(Associação Brasileira de Silvicultura) e da
Florestais), também presidi a SIF (Sociedade
para
nossos
de
mecanização
temos
a
com
para
maior
competência
condição
o
ambiental
desenvolvimento
que são bastante fortes. O setor florestal
O tema mais discutido no momento é a
cresce e vai continuar crescendo graças ao
celulose em linha do mundo. Ela se propôs
A Eldorado vem se destacando em adotar
terceirização. De que forma ela impactaria
aporte institucional e aos empresários que
a produzir 1,5 milhão de toneladas por ano,
práticas modernas na silvicultura. Quais
nas operações da empresa?
acreditam no desenvolvimento.
B. FOREST
14
PRINCIPAL
PRINCIPAL
15 B. FOREST
Manutenção de máquinas florestais:
produtividade por mais tempo
Em épocas de instabilidade econômica qualquer tipo de investimento é pensado mais
de uma vez. A manutenção das máquinas já adquiridas pela empresa pode ser uma solução. Mas até que ponto elas podem ser estendidas sem prejudicar a produção?
Foto: Divulgação
B. FOREST
16
PRINCIPAL
A
PRINCIPAL
mecanização das operações flo-
ção de máquinas florestais: manutenção de
restais fez com que o trabalho se
serviço, manutenção preventiva e manuten-
tornasse mais rápido e produtivo.
ção de emergência ou corretiva.
17 B. FOREST
Algumas máquinas realizam mais de uma
função e hoje as grandes empresas de base
Manutenção de serviço - deve ser reali-
florestal não podem sequer pensar em não
zada diariamente, ou a cada turno, e consis-
utilizá-las no processo produtivo. Mas ter o
te em verificar níveis, abastecer, lubrificar e
equipamento necessário e de qualidade não
reapertar. O planejamento destas atividades
é barato. E em momentos de instabilidade
deve constar do programa de trabalho da
econômica os investimentos em novos ma-
equipe e ser realizado rotineiramente e ser
quinários acabam ficando em segundo pla-
acompanhado pelos supervisores do cam-
no e a manutenção se torna a principal alia-
po.
da dos produtores.
José Eduardo Paccola, consultor na ZDP
Manutenção preventiva - o planeja-
Consultoria em gestão e manutenção de
mento da manutenção preventiva normal-
frotas e autor do livro Manutenção e Ope-
mente é realizado baseado no funciona-
ração de Equipamentos Móveis, explica que
mento das máquinas. A medida que elas
em média a vida útil econômica de uma má-
vão trabalhando deve haver um registro e
quina florestal gira em torno de 25 mil ho-
somatório destas horas trabalhadas que, no
ras. O que dependendo do turno trabalhado,
momento oportuno, é disparada uma infor-
equivale a 5 ou 6 anos de operação. Mas ele
mação para que determinadas tarefas cons-
acrescenta que, se a máquina for bem cui-
tantes nos Planos de Manutenção sejam
dada e a manutenção feita primorosamente,
realizadas. Conforme o tamanho da frota é
a vida útil pode ser estendida entre 20% e
necessário que se utilize de um software de
30%. “Existem empresas no Brasil que atingi-
gerenciamento destas informações.
ram esse estágio e conseguem esticar para
mais de 30 mil horas a utilização dos equi-
Manutenção de emergência - é rea-
pamentos.”
lizada conforme necessidade, quando há
Mas como elas chegam a isso? Paccola
ocorrência de quebra ou redução da função.
explica que existem três níveis de manuten-
Para que as máquinas cheguem a ex-
“É possível estender algumas
atividades antes feitas com base
em intervalos de tempo prédefinidos (base horas) sem risco
de destruição de componentes, o
que geraria altos custos e perda
de disponibilidade”
Foto: Divulgação
B. FOREST
18
PRINCIPAL
PRINCIPAL
celência e durem mais que o esperado o
suas máquinas florestais. De acordo com
consultor indica que o correto em uma boa
Alexandre Chaves, gerente de pós-venda da
gestão é fazer todo um planejamento, o que
empresa no Brasil, o objetivo é sempre cus-
significa fazer mais manutenções de servi-
tomizá-las para cada demanda e necessida-
ço e preventivas do que as de emergência.
de do cliente. Atualmente, existem três tipos
“Para isso é necessário ter uma equipe ca-
principais de prestação de serviço de ma-
pacitada para antecipar os problemas, me-
nutenção: atendimento aos equipamentos
diante inspeções no equipamento.”
para diagnósticos - serviço mais comum,
no qual o cliente entra em contato com o
Indicação do fabricante
departamento de pós-venda para solicitar
A grande maioria das máquinas é vendida
um atendimento através de um mecânico;
acompanhada de um manual, no qual fica
contratos customizados com duração pré-
indicado o momento em que elas devem
-determinada – no qual são moldados con-
passar pela manutenção preventiva. Marcio
tratos de acordo com a demanda do cliente
Kirchmeyer Vieira, gerente geral de con-
e, assim, definida uma agenda que será se-
tratos de manutenção da Komatsu Forest,
guida ao longo do ano; e contratos full-ser-
explica que as ações das máquinas da em-
vice – é realizada toda a manutenção nos
presa são planejadas conforme o Plano de
equipamentos dos clientes e a empresa fica
Manutenção pré-estabelecido por modelo
responsável pela aplicação das peças.
de equipamentos. “Elas seguem orientação
Em 2015, a Ponsse adotou uma nova es-
de nossa engenharia de produtos, o qual
tratégia em relação às atividades de manu-
é continuamente analisado e readequado
tenção. Janne Loponen, gerente técnico da
quando necessário com base em estudos de
Ponsse Latin América, conta que com base
nossa engenharia de manutenção e confia-
no feedback dos clientes foram feitas algu-
bilidade. O planejamento ocorre com base
mas alterações que facilitam o trabalho diá-
em horímetros e é realizado em ciclos por
rio da equipe. “Entre elas estão a facilidade
complexidade e MTBF (sigla em inglês para
de acesso aos principais componentes de
Mean Time Between Failures)”, acrescenta.
checagem diária, como baterias, níveis de
A John Deere também oferece uma
óleos por meio de varetas, central elétrica,
gama de soluções para a manutenção de
sistemas de lubrificação; abertura do capô
19 B. FOREST
B. FOREST 20
PRINCIPAL
PRINCIPAL
21 B. FOREST
diferenciada e levantamento elétrico padrão, grade de proteção frontal opcional que pode
ser utilizada como escada de serviços; e bomba de ar comprimido padrão em alguns modelos, podendo ser utilizada para higienização da cabine, utilização de ferramentas pneumáticas, etc”, esclarece.
MÁQUINAS FLORESTAIS
MAIS MODERNAS
E EFICIENTES
PONSSE MODELOS 2015
Ponsse Brasil
Rua Joaquim Nabuco, 115 Mogi das
Cruzes/ SP
Tel: (11) 4795-4600
A Pesa, dealer da Caterpillar, oferece aos
de cada empresa.
clientes basicamente dois tipos de manu-
Momento certo
tenção. A preventiva, que envolve a subs-
Especialistas afirmam que existe uma in-
tituição dos óleos, filtros, etc. em período
dicação para o momento em que a manu-
pré-determinados. E a preditivas/corretivas,
tenção deve ser feita, mas como cada má-
aquelas de maior custo, como por exemplo,
quina trabalha com materiais diferentes, em
o reparo do motor diesel que são executa-
terrenos, ambientes e intensidades diferen-
das ou por tempo de trabalho da máquina
tes, cada caso deve ser observado para ver
ou quando o componente mostra sinais de
se os serviços que as mantém funcionando
problemas e isso varia conforme a estratégia
não precisam ser feitos antes do previsto.
Ponsse Bahia
Rodovia BA 275, S/nº - KM 24
Fazenda Brasilândia - Eunápolis / BA
Brasil - 45820-970
Tel.:+55 (73) 3291-1767
Ponsse Minas Gerais
Rodovia MG 758, S/nº - KM 3
Perpetuo Socorro - Belo Oriente / MG
Brasil - 35195-000
Tel.: +55 (31) 3829-5992
Ponsse Paraná
Rua Caviúna,06 - Centro
Lagoa Residencial da Klabin Florestal
Telêmaco Borba / PR
Brasil - 84279-000
O desenvolvimento dos novos modelos é uma clara
demonstração da importante relação com os nossos
clientes: foi atendendo aos pedidos dos nossos clientes
que os novos modelos Ponsse apresentam soluções
que permitem uma colheita mais produtiva, confiável
e ergonômica.
O ponto inicial para o desenvolvimento da série de
modelos foi a ideia de uma máquina florestal mais
moderna e eficiente em termos de capacidade de uso,
produtividade e facilidades de manutenção da máquina.
A estrutura do chassi da máquina é ainda mais durável
e fizemos modificações nos modelos de grua para
melhorar a durabilidade e a facilidade na operação.
A atualização dos modelos PONSSE irá continuar por
toda sua linha de produtos.
Conheça as máquinas florestais do futuro!
A melhor amiga do produtor florestal
www.ponsse.com
B. FOREST 22
EXPEDIENTE
PRINCIPAL
Eduardo Paccola explica que identificar o
Para que tudo isso seja feito, Paccola ressal-
momento ideal de troca ou reparo de algu-
ta que é importante ter uma equipe de me-
ma peça é tarefa do gestor de frotas. Essa
cânicos altamente capacitada. Estes devem
atividade é fundamental para que seja possí-
executar os serviços básicos corretamente –
vel estender as atividades de manutenção e
limpeza, lubrificação, fixação e evitar trincas
aumentar a vida útil do equipamento.
e folgas –, além de efetuar as revisões pre-
O consultor acredita que para que isso
ventivas conforme planejamento, sempre
aconteça dois fatores são determinantes:
com cuidados redobrados para evitar a con-
a qualidade da operação e da manutenção
taminação dos componentes trabalhados.
que se dedica a ele, e não somente às tare-
“Importante ressaltar que não é fácil montar
fas de manutenção. “A função manutenção
uma equipe de operação e manutenção que
não é a única responsável pelo desempenho
tenha os cuidados já citados. Isto depende
de um equipamento. Primeiramente temos
de muita capacitação e acompanhamento,
a operação do mesmo, que precisa fazer o
além de ferramentas e técnicas de gestão
seu papel corretamente. Afinal, a boa ma-
diferenciadas. Uma equipe de alto desem-
nutenção começa com uma boa operação”,
penho não se forma apenas através do de-
destaca.
sejo. É preciso trabalho”, salienta.
Para ele, é preciso que os operadores
Todo equipamento tem itens que somen-
obedeçam às especificações dos equipa-
te são substituídos em caso de rupturas e fa-
mentos, não as ultrapassando. As velocida-
lhas e são descartados. No entanto, mesmo
des têm que ser respeitadas (velocidade de
que essas operações sejam realizadas con-
deslocamento, de movimentos dos braços,
forme o indicado, algumas peças têm vida
de aceleração e desaceleração); as capaci-
útil determinada e precisam ser trocadas.
dades e cargas não devem exceder o permi-
Podemos citar motores e bombas hidráuli-
tido; deve-se evitar batidas bruscas contra
cos, cilindros, material rodante, componen-
elementos sólidos como árvores, carroce-
tes móveis e que têm contato direto com os
rias, mesas; e deve-se amenizar, o quanto
produtos, quer seja madeira ou solo, esteiras
possível, os impactos e solavancos ao ven-
e válvulas. “Itens como filtros e lubrificantes
cer obstáculos tipo buracos, barrancos e
em hipótese algum devem ser postergados”
pedras.
alerta Janne Loponen da Ponsse.
“Itens como filtros
e lubrificantes em
hipótese algum devem
ser postergados”
Foto: Divulgação
23 B. FOREST
B. FOREST 24
EXPEDIENTE
PRINCIPAL
A Klabin desenvolveu um plano de manutenção preventiva específico para as má-
25 B. FOREST
mizar o tempo em uma eventual parada do
equipamento”, completa.
quinas florestais. Esse acompanhamento é
constante e quando é necessário trocar pe-
Manutenção mal feita
ças do maquinário, o procedimento é feito
Mas o que acontece se as orientações
sem afetar a rotina dos trabalhadores. “As
dos fabricantes não forem seguidas corre-
manutenções preventivas seguem rigorosa-
tamente? A Eldorado Brasil explica os efei-
mente o manual do fabricante e são realiza-
tos que uma manutenção mal executada ou
das semanalmente, quinzenalmente e men-
mal planejada podem causar. “Geralmente
salmente”, conta José Totti, diretor florestal
acontecem perdas de tempo na interven-
da empresa. Para a manutenção corretiva,
ção corretiva, custos elevados, tanto na
a companhia baseia-se no histórico da má-
produção quanto nas atividades corretivas,
quina, na troca de experiências com outras
e grande possibilidade de retrabalhos, uma
empresas que possuem a mesma marca e
vez que a falta de planejamento, geralmen-
modelo ou com o próprio fabricante. “Além
te, leva a improvisações ou serviços incom-
disso, a Klabin mantém um estoque próprio
pletos”, esclarece Fábio Costa Millei, geren-
de peças ou em lojas in company, para oti-
te de controle de ativos e mecanização da
Foto: Divulgação
“O ponto ótimo de troca é uma
definição de cada empresa, em
função de critérios técnicos e
financeiros utilizados”
Foto: Divulgação
B. FOREST 26
EXPEDIENTE
PRINCIPAL
empresa. Para ele, a manutenção pode ser estendida desde que sejam usadas ferramentas
de monitoramento de condição, que indicam o momento certo da intervenção. “Desta maneira, é possível estender algumas atividades antes feitas com base em intervalos de tempo
pré-definidos (base horas) sem risco de destruição de componentes, o que geraria altos
custos e perda de disponibilidade”, acrescenta.
Mas então qual é o momento ideal para substituir uma máquina? “O ponto ótimo de troca
é uma definição de cada empresa, em função de critérios técnicos e financeiros utilizados”,
defende Paccola. Mas, em linhas gerais, ele acredita que o momento ideal de substituição
é quando houver queda na disponibilidade mecânica de mais de 10 pontos percentuais ou
quando houver aumento de mais de 20% (descontada a inflação) no custo de manutenção
quando comparado com o ano anterior, desde que as práticas de manutenção e operação
sejam adequadamente estabelecidas e aplicadas.
Em resumo, um correto planejamento de manutenção contribui para menor tempo de
parada de máquina; aumento da produtividade; melhor aquisição de peças de reposição,
pois se houver planejamento é possível negociar, se for emergência é preciso pagar o preço
do balcão; e gera menor número de acidentes, visto que se pode programar outros recursos necessários e realizar o serviço em tempo adequado. Estes aspectos juntos aumentam
o tempo de uso da máquina, fazendo com que a empresa tenha lucros e não precise fazer
outro investimento na compra de novas máquinas. Se não houver um bom planejamento
perde-se produção, paga-se caro e podem ocorrer mais acidentes.
Foto: Divulgação
27 B. FOREST
B. FOREST 28
ESPECIAL
PRINCIPAL
ESPECIAL
29 B. FOREST
Pinus: qual o futuro do gênero no Brasil?
Ao mesmo tempo em que o plantio do pinus tem sido substituído pelo do eucalipto,
sua madeira vem sendo valorizada a cada dia e aplicada na construção civil. Especialistas
indicam que pequenos e médios produtores invistam na produção de toras grandes, as
quais devem ficar escassas no mercado em um futuro próximo.
Foto: Divulgação
B. FOREST 30
O
ESPECIAL
ESPECIAL
pinus é uma espécie tolerante a
do externo passou a liderar a recuperação
baixas temperaturas e seu plantio
econômica e deixar o Brasil para trás.
pode ser feito em solos rasos e
Como consequência disso, o setor flo-
considerados pouco produtivos para agri-
restal entrou em uma fase de estabilização.
cultura. Dele se origina a celulose de fibra
“Diria que o mercado de pinus está equili-
longa, resistente e ideal para a fabricação
brado. Até esse momento a crise não nos
de alguns tipos de papéis. Sua aplicação
atingiu, mas é bem provável que venha
também é indicada para a construção civil,
atingir em um futuro próximo, isso devido
serraria e produção de móveis. No entan-
ao segmento da construção civil que já está
to, mesmo sendo uma madeira versátil, o
sofrendo os impactos econômicos”, alerta
cultivo do pinus está sofrendo um declínio
Edson Balloni, diretor da Valor Florestal.
bastante perceptível. Então, surgem dúvi-
No entanto, a construção civil não foi
das na mente do produtor no momento de
a única responsável pela redução do plan-
decidir se ele inicia a plantação de pinus
tio do pinus. Balloni destaca que para que
ou opta por outro gênero. Afinal, qual é
exista mercado para a madeira provenien-
o futuro do pinus no Brasil? Como está o
te desse gênero é preciso primeiro ter de-
mercado e para onde a madeira pode ser
manda. “No Sul e no Sudeste quase não
destinada?
temos procura. Para ter uma ideia, tem
De acordo com Marcelo Leoni Schmid,
madeira saindo daqui da região Sul e indo
gerente florestal da Forest2Market do Brasil
para Manaus, Belém, para o Norte em ge-
e diretor da Index Florestal, depois da cri-
ral”, comenta. Ele explica que quase toda a
se mundial de 2008, o mercado de pinus
madeira de floresta plantada que abastece
no Brasil estava mal e foi gradativamente
o Norte e o Nordeste é proveniente do Sul.
se recuperando. “Após atravessar um pe-
“Assim, percebe-se que o mercado está lá.
ríodo de incertezas pós-crise econômica
No entanto, naquela região não existe o
houve uma tímida recuperação, entre 2010
plantio.”
e 2012, um processo liderado por condi-
Outro fator que influenciou diretamente
ções internas favoráveis decorrentes do
as áreas plantadas de pinus foi o eucalipto,
aquecimento da construção civil brasileira
que com ciclos mais curtos despertou o in-
e da taxa de câmbio favorável”, esclarece.
teresse dos produtores florestais. Enquanto
Mas no final de 2014, a partir da mudança
o eucalipto já pode ser cortado com apro-
na taxa de câmbio e com a recuperação
ximadamente 7 anos, o pinus precisa de 12
de importantes players mundiais, o merca-
a 15 anos. “O eucalipto tem sido preferido,
31 B. FOREST
“Como os grandes produtores
estão focados em plantar o
máximo de árvores por m² vai
acabar diminuindo a oferta de
madeira grossa. Abrindo, assim,
oportunidade para os pequenos
e médios empresários”.
Foto: Divulgação
B. FOREST 32
ESPECIAL
ESPECIAL
mas a grande maioria dos produtores não
dando uma pequena mostra de recupera-
tem visão de futuro, eles não tem conhe-
ção nos últimos anos, mas ainda de forma
cimento de mercado”, alerta o diretor da
tímida e conservadora. “Alguns segmen-
Valor Florestal, que acredita que é preciso
tos possuem um desempenho melhor no
difundir mais informações sobre as carac-
quesito comercial, principalmente, aqueles
terísticas e as aplicações das espécies ma-
produtos que possuem um mix importante
deireiras.
de sua produção voltado para as exportações”, explica.
Madeira aplicada
Molduras e compensados são exemplos
É unânime a avaliação de que a madeira
de produtos que possuem um percentual
de pinus tem como maior destino a cons-
de exportação bem desenvolvido e conso-
trução civil. Carlos Mendes, diretor execu-
lidado junto aos principais mercados com-
tivo da Apre (Associação Paranaense das
pradores e consumidores do mundo. O que
Empresas de Base Florestal), explica que
em época de baixa demanda da economia
houve uma valorização do gênero. “Antiga-
nacional, como a que estamos presencian-
mente, o uso era somente em tábuas para
do atualmente, vem ajudando e regulando
caixaria de concreto. Agora já existem sis-
o escoamento da produção nacional.
temas construtivos, como o Wood Frame,
Por outro lado, ele acredita que os pro-
o que fez o mercado melhorar”, esclarece.
dutos madeireiros que possuem caracte-
Paulo Pupo, superintendente executivo
rísticas voltadas ao consumo no mercado
da Abimci (Associação Brasileira da Indús-
interno estão sofrendo com o marasmo da
tria da Madeira Processada Mecanicamen-
economia brasileira e a falta de políticas
te) concorda a respeito da construção civil,
claras do governo de incentivo à indústria
mas destaca que o mercado brasileiro de
nacional e ao consumo em setores estra-
produtos madeireiros de pinus processado
tégicos para o setor madeireiro, como a
mecanicamente pode ser dividido em al-
construção civil. “Temos o setor de móveis
guns setores levando em conta o volume da
e de embalagens industriais, apenas para
produção. Para ele, a produção macro bra-
citar alguns exemplos”, analisa.
sileira envolvendo os principais segmentos
Essas são aplicações que têm crescido
madeireiros de pinus, como compensados,
ao longo dos anos. Mas em contrapartida,
compensado plastificado, madeira serrada
Carlos Mendes alerta que o pinus perdeu a
(de uso estrutural ou não), pisos, portas, kit
utilização na fabricação de móveis, sendo
porta pronta, molduras, forros, etc. estão
substituído por chapas, MDP e MDF.
33 B. FOREST
B. FOREST 34
ESPECIAL
ESPECIAL
Incentivo necessário
os programas já existentes, como o Pronaf
Também é de concordância geral que
(Programa Nacional de Fortalecimento da
para o Brasil superar o difícil momento
Agricultura Familiar) e o Proflora, precisam
econômico e voltar a crescer é necessário
ser adaptados à realidade florestal. Porque,
investimento do governo. O mercado de
segundo ele, mesmo tendo juros adequa-
pinus faz parte da mesma situação. Balloni
dos, o tempo de pagamento é muito curto.
acredita que falta incentivo ao pequeno e
“São oito anos de carência somados a mais
médio produtor florestal. “O pinus é uma
quatro para o término do pagamento. Com
espécie muito barata para plantar. Pode ser
o pinus não é possível realizar o pagamen-
instalado em áreas marginais, em que o
to com 12 anos, o manejo leva mais tempo
solo não é tão produtivo. Porém o produtor
que isso”, explica.
deve ter, pelo menos, um pequeno custeio
Seguindo o processo, outro ponto im-
florestal, assim como existe na agricultura”,
portante que os especialistas destacam é
defende. Esse subsídio seria utilizado para
o incentivo à indústria que utiliza a ma-
a realização do desbaste, que segundo
deira de pinus. Eles acreditam que o uso
Balloni é uma operação muito cara. Carlos-
da madeira na construção civil deve ser
Mendes concorda e completa dizendo que
estimulado pelo governo. “Certamente a
Foto: Divulgação
35 B. FOREST
B. FOREST 36
ESPECIAL
ESPECIAL
oficialização e o desenvolvimento do sis-
incentivo fiscais pelo governo para o au-
tema construtivo em casas de madeira no
mento da área plantada no país. “Esses são
Brasil é uma das principais vertentes e op-
mecanismos que irão contribuir para a sus-
ções para o aumento do consumo e uso
tentabilidade e perenidade das empresas
de madeira, principalmente para as espé-
e do setor madeireiro no Brasil e, conse-
cies provenientes de florestas plantadas”,
quentemente, o aumento do consumo de
argumenta Paulo Pupo. Ele acredita que
madeira pela população”, acredita.
são necessárias várias ações para que isso
“Outra vertente importante é o avanço
se torne realidade, a confecção e estrutu-
dos programas de qualidade e de certifi-
ração de uma norma técnica brasileira para
cação técnica no país, que possibilitam às
esse sistema é a primeira delas, para que
empresas produtoras ofertar ao mercado
assim se possa gerar escala de produção
consumidor produtos certificados e con-
em nível nacional. A inclusão de casas de
formes, atendendo e contemplando as
madeira no escopo de financiamento pe-
exigências técnicas e legais do mercado,
los bancos oficiais, os de varejo e os de fo-
garantindo assim a execução de obras de
mento e, principalmente, uma política go-
forma mais constante e atualizada”, acres-
vernamental clara e objetiva de habitação
centa Pupo.
37 B. FOREST
“A oficialização e o desenvolvimento do sistema
construtivo em casas de madeira no Brasil é
uma das principais vertentes e opções para o
aumento do consumo e uso de madeira”.
para atender a enorme demanda nacional
com ações focadas e financiamento públi-
Futuro quase incerto
co, também são importantes.
Tendo como base as ações atuais, é di-
O superintendente da Abimci destaca
fícil fazer previsões sobre o mercado para
que outra ferramenta fundamental para a
os próximos anos. Paulo Pupo explica, que
competitividade do setor são as desone-
para uma grande parcela das indústrias
rações fiscais para produtos de madeira,
madeireiras, principalmente composta por
como a inclusão do setor no Plano Brasil
pequenas e médias empresas, tendências
Maior que desonera a folha de pagamento
futuras e perspectivas comerciais e de
das empresas, a inclusão de mais produtos
consumo passam pela necessária recupe-
madeireiros na cesta básica da construção
ração da economia nacional e do poder de
civil, a eliminação de alguns tributos em
compra do consumidor “que, como sabe-
cascata que oneram o custo das expor-
mos, estão em baixa e com uma sensação
tações, o investimento em infraestrutura
de insegurança pela maioria”, constata.
para um melhor escoamento da produção
“Outro fator importante para definirmos
destinada à exportação e programas de
qualquer tendência é o nível de oferta de
Foto: Divulgação
B. FOREST 38
ESPECIAL
crédito oficial no Brasil, tanto para as em-
radores de energia, vai acabar diminuindo
presas conseguirem melhorar o seu parque a oferta de madeira grossa. Abrindo, assim,
fabril, quanto para pessoas físicas poderem
LIGNA 2015
ESPECIAL
39 B. FOREST
Inovações – Soluções – Eficiência
oportunidade para os pequenos e médios
adquirir casas, móveis, etc. O acesso ao empresários”, afirma Balloni.
crédito hoje está escasso e muito caro, tor-
Ao analisar o mercado com uma visão
nando quase que impraticável essas práti-
econômica é possível perceber que essa é
cas pelas empresas. Basicamente esse é o uma linha que deve ser rentável para quem
cenário atual para o mercado interno”, ava-
escolher segui-la. De acordo com Marce-
lia.
lo Schmid, a madeira grossa está bastante
Mas, de acordo com Edson Balloni, o
valorizada e deve continuar pelos próximos
que se pode supor é que, levando em con-
anos. “Como ela está cada vez mais escas-
O mais importante evento para a indústria do mundo.
São mais de 1.500 expositores de quase 50 países.
Conheça as últimas novidades tecnológicas do setor industrial madeireiro.
Não perca! Garanta seu ingresso agora.
11 – 15 Maio de 2015
ligna.de
Hannover
Germany
sideração o atual cenário marcadológico, sa o valor sobe cada vez mais”, justifica.
vai haver uma valorização da madeira de
pinus e devido a pouca produção nacional
será necessário importar madeira da Argentina e Uruguai para abastecer o mercado interno.
O que ele sugere para os pequenos e
médios produtores é que invistam em plantios com ciclos mais longos, que produzam toras de grandes dimensões. “Como
os grandes produtores estão focados em
plantar o máximo de árvores por m², destinando seu produto para papeleiras e ge-
Foto: Divulgação
Making more out of wood
B. FOREST 40
ESPECIAL
ESPECIAL
TRANSPORTE
41 B. FOREST
Ultrapassando obstáculos
A forma da travessia de rios, vales e outros obstáculos é uma parte importante das obras
de infraestrutura de uma empresa. Por ser uma operação que requer investimento, deve
ser bem pensada. Entre as opções a serem escolhidas estão as pontes, pontes móveis e
passagens molhadas, basta um estudo de viabilidade para decidir qual a mais indicada.
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação
B. FOREST 42
TRANSPORTE
A
TECNOLOGIA
construção de pontes sempre foi
das mesmas deve-se levar em consideração
um importante indicativo do pro-
o fluxo constante de água e a área de con-
gresso de uma sociedade. Sua prin-
tribuição da bacia hidrográfica. As técnicas
cipal função é transpor obstáculos e ligar
para construção de pontes devem sempre
regiões, mas elas também ajudam no de-
levar em consideração o tipo de veículo que
senvolvimento social e estreitam relações
trafegará sobre as mesmas (peso bruto to-
comerciais. Conceitualmente, pontes são
tal com carga). O comprimento da ponte e,
estruturas construídas para interligar dois la-
consequentemente, o material utilizado na
dos separados por rios, vales, ou outros obs-
construção estão diretamente relacionados
táculos naturais ou artificiais.
com a vazão do local da construção. O en-
No processo de transporte florestal elas
genheiro civil Marco Antônio Camargo ex-
são de grande valia, porque muitas vezes a
plica que as pontes convencionais são indi-
floresta plantada fica em regiões mais afas-
cadas para situações em que haverá um alto
tadas e com transposição de rios no cami-
fluxo de transporte. “Em casos nos quais é
nho.
necessário fazer o acompanhamento da flo-
Mas não são somente essas estruturas
resta plantada, realizar visitas periódicas à
que podem ser construídas para possibilitar
área e alto volume de escoamento de ma-
a passagem de carga. Além das pontes am-
deira, a construção de pontes é o mais indi-
plamente conhecidas, existem as passagens
cado”, afirma. Ele salienta que a viabilidade
molhadas e pontes móveis. A escolha da es-
da construção de pontes está diretamen-
trutura ideal deve ser bem pensada, pois sua
te ligada ao retorno que ela proporcionará.
construção requer grande investimento em
“Muitas vezes esse retorno não é financeiro,
infraestrutura. Para saber qual é a mais indi-
mas social. Levando em conta o bem que
cada para cada caso é necessário conhecer
a estrutura acarretará para as comunidades
todas.
próximas”, completa.
Pontes
Passagens molhadas
Basicamente, a utilização de pontes está
Outra alternativa para transpor um rio ou
diretamente relacionada com a vazão de um
córrego são as passagens molhadas, que
curso da água, ou seja, para a construção
consistem em pequenos barramentos cons-
43 B. FOREST
“É inconcebível para todas as empresas sérias
que investem alto na segurança de seus
colaboradores, não investirem em projetos para
suas pontes e em programas de manutenção”.
Foto: Divulgação
B. FOREST 44
TRANSPORTE
TECNOLOGIA
truídos com a finalidade de proporcionar tra-
espacial ao longo das mesmas. Esses fato-
vessias. Marcos De Brito Bezerra, especialista
res associados aos tipos existentes irão in-
em análise geoambiental, destaca que uma
fluenciar com maior ou menor intensidade
das principais diferenças entre as pontes co-
na dinâmica dos processos desenvolvidos no
muns e as passagens molhadas, é que nesta
trecho do rio ocupado pela construção da
última a água passa por cima da estrutura de
passagem molhada. Isso faz com que elas
concreto, não sendo, portanto, suspensa do
sejam uma solução que reduz significativa-
chão como as pontes que são sustentadas
mente o impacto ambiental.
por colunas.
A conexão
certa para quem
acredita que são
as pessoas que
movem uma
empresa.
Elas não têm como característica o barra-
Para que não barre o rio totalmente, per-
mento completo do curso da água. Contu-
mitindo assim, escoamento, as passagens
do, é inevitável a formação de um pequeno
molhadas possuem canalizações na parte
represamento da água do rio, uma vez que
inferior, variando quanto às características
sua base encontra-se assentada no leito do
físicas hidráulicas, quantidade e distribuição
canal e não possui canalizações suficientes
Oferecemos para
todo o Brasil serviços
especializados em Saúde
e Segurança do Trabalho
e Higiene Ocupacional.
• Programas
(PPRA, PGR, PCMSO, PPR, PCA)
• Laudos (LTCAT, Insalubridade,
Periculosidade)
• Análise Ergonômica do Trabalho
Foto: Divulgação
45 B. FOREST
• Mapeamento de Perigos e Riscos
• Treinamentos diversos
• Avaliação de agentes ambientais
(Ruído, Vibração, Calor, Químicos
e Biólogicos)
Consulte:
www.elos-sst.com.br
Tels.: 11 4721-3424 | 11 2312-7637
B. FOREST 46
TRANSPORTE
que atendam à vazão do rio.
TECNOLOGIA
ção, mas também o da manutenção, o que
Marco Antônio ressalta que o uso de pas-
varia de acordo com o material que é usado.
sagens molhadas é indicado quando não
A estrutura que tem maior variedade de ma-
existe a necessidade de fazer a travessia em
teriais para construção é a ponte, que pode
dias de chuva ou quando a vasão do rio es-
ser de madeira, concreto ou aço.
tiver alta. “Nesse caso o transporte deve ser
Guilherme esclarece que a periodicidade
adiado ou realizado pelo outro lado da área”,
e o tipo de manutenção variam de acordo
completa.
com a matéria-prima da ponte. “Um bom
projeto de uma estrutura, seja de madei-
Pontes móveis
ra, de concreto ou de aço, prevê patologias
O engenheiro civil acredita que essas es-
que podem acontecer e tentam minimizar
truturas não são muito utilizadas. São pontes
os custos de manutenção e os riscos de ru-
que não tem toda a estrutura e fundação das
ína. Cada material tem suas patologias es-
convencionais, então o uso é mais pontu-
pecíficas, mas é nítido que a exposição às
al e com menor custo. “É indicado para um
intempéries acelera a degradação de todos
transporte único, no qual é feita a travessia
os materiais.” Sendo assim, ele afirma, que
e não tem mais a necessidade de retorno
a proteção da estrutura é primordial para a
àquela área. Mas se for preciso acompanhar
durabilidade. “Deve ser evitado o acúmulo
o crescimento do plantio e fazer visitas cons-
de água, permitindo a ventilação das peças e
tantes essa estrutura não é indicada”, analisa.
mantendo os cobrimentos das armaduras no
caso do concreto, a proteção contra a corro-
Manutenção
são para o aço e o revestimento químico ou
Para decidir qual a melhor opção, Marco
mecânico para a madeira”, completa.
Antônio comenta, que é preciso fazer um
Guilherme ainda salienta que um bom
estudo de viabilidade técnico-econômica. “A
projeto pode aumentar o intervalo entre as
viabilidade compara o custo com o retorno.”
manutenções, enquanto projetos mal feitos
Guilherme Corrêa Stamato, sócio da Stama-
ou ausência de projetos levam à manuten-
de – Projeto e Consultoria em Madeira LTDA,
ção constante e cara.
ressalta que o custo que deve ser levado em
E se a manutenção ou o projeto não fo-
consideração não é somente o da constru-
rem feitos corretamente? Nesse caso, Mar-
47 B. FOREST
B. FOREST 48
TRANSPORTE
EXPEDIENTE
co Antônio e Guilherme concordam que as
Antônio frisa que a carga pode ser prejudi-
consequências podem ser sérias. “O princi-
cada e cria dificuldades na logística da em-
pal e mais preocupante é o dano à vida, o
presa, sendo necessário fazer desvios, o que
colapso de uma ponte durante a passagem
diminui a produtividade.
de um veículo pode ferir ou até matar. É in-
A manutenção de qualquer tipo de ponte
concebível para todas as empresas sérias
é tão necessária quanto dos outros equipa-
que investem alto na segurança de seus
mentos da indústria, e deve ser incluída no
colaboradores, não investirem em projetos
programa de manutenção preventiva. Essa
para suas pontes e em programas de manu-
manutenção preventiva certamente é muito
tenção”, defende o sócio da Stamade. Além
mais econômica do que a substituição peri-
do risco do motorista se machucar, Marco
ódica de pontes.
49 B. FOREST
GARRAS DE CARREGAMENTO ROTOBEC
Produtividade, Robustez e Disponibilidade Mecânica
Contate-nos para conversar sobre as suas operações florestais
“Não discutimos mais sobre o
fornecedor de garras. Tem de ser
Rotobec. Queremos comprar soluções
e não problemas.”
(41) 8852-5999/3287-2835
[email protected]
www.rotobec.com
/rotobecdobrasil
Jean Pires – TM Florestal
Martinho Campos - MG
EQUIPAMENTOS ROBUSTOS PARA MANUSEIO DE MATERIAIS
B. FOREST 50
MOMENTO EMPRESARIAL
TECNOLOGIA
TECNOLOGIA
51 B. FOREST
Caminhos Iluminados
Presente no Brasil, Estados Unidos e Europa, Tyri utiliza a experiência de mais de 30
anos para oferecer soluções personalizadas de iluminação.
Foto: John Deere
B. FOREST 52
A
MOMENTO EMPRESARIAL
MOMENTO EMPRESARIAL
53 B. FOREST
s máquinas e equipamentos flo-
sidade diferente e não pode existir um
trabalho da nova empresa a ser formada
isso, fazemos uma simulação de ilumi-
restais têm se mostrado cada
padrão de iluminação para todas as má-
era, e continua sendo, oferecer soluções
nação utilizando um modelo em 3D do
vez mais tecnológicos. A cada
quinas.
em iluminação, não apenas faróis.
equipamento que receberá os faróis”,
lançamento novas funções e dispositi-
Foi pensando dessa forma que nas-
vos são apresentados. Muitos deles, in-
ceu a Tyri Lights. Ela é resultado de uma
Soluções inteligentes
feita uma renderização utilizando as in-
clusive, tem capacidade para trabalhar
iniciativa de três empresas parceiras e
Para Fabiano, como a missão da Tyri
formações técnicas e exatas da máquina
24 horas por dia. Mas de nada adianta
com ampla experiência em iluminação.
Lights é oferecer soluções inteligentes
e do ambiente no qual ela funcionará.
proporcionar horas seguidas de traba-
Estas empresas globais, DMK (USA) KLE
em iluminação, o serviço prestado deve
Com isso, é possível definir os locais em
lho se a iluminação utilizada não for de
(Suécia) e PA Throrpe (UK), se uniram
“aplicar a quantidade exata e necessária
que os faróis serão instalados, a intensi-
qualidade e não atender às necessidades
para desenvolver e produzir uma varie-
de luz, capacitando a realização de tra-
dade, o alcance, a cor e direção da luz.
da operação. Fabiano Lima, gerente co-
dade de luzes para diversas aplicações,
balhos até mesmo nas piores condições”.
mercial da Tyri Brasil, explica que cada
entre elas, a florestal. As três empresas
Dessa forma, para conseguir estabelecer
Empresa global
trabalho é composto de muitas variáveis,
são responsáveis pelo desenvolvimento
qual a melhor opção de iluminação para
Com mais de 30 anos de experiência,
como terreno, clima, ambiente, etc. Por
técnico e comercial da marca Tyri pelo
cada cliente, a Tyri precisa saber qual
a Tyri ainda é nova no Brasil. Mas tam-
este motivo, cada um tem uma neces-
mundo. Para elas o conceito principal de
a real necessidade das máquinas. “Para
bém se faz presente em outros países:
Simulação de áreas iluminadas pelo sistema de iluminação da Tyri Lights em um Feller Buncher
conta o gerente comercial. No projeto é
Simulação de intensidade de luz em um Feller Buncher
B. FOREST 54
MOMENTO EMPRESARIAL
Suécia, Finlândia, Estados Unidos, Canadá e Inglaterra são exemplos de mercados exigentes, nos quais a empresa
já disponibiliza produtos e serviços. “A
presença em vários países permite que
nos adaptemos às necessidades locais e
assim saibamos o que nosso cliente precisa”, afirma Fabiano. Ele estima que, ao
outros, por todo o mundo. Entre os que
todo, a empresa tenha mais de 200 tra-
se destacam estão: John Deere, Komat-
balhadores diretos. “O que nos possibili-
su, AGCO, Nacco e Unicarriers.
ta garantir entregas rápidas de produtos
Mais informações:
de qualidade”, completa.
http://www.tyrilights.com
Como resultado, a Tyri tem clientes de renome nas áreas da construção,
agricultura, mineração, florestal, entre
TECNOLOGIA
55 B. FOREST
B. FOREST 56
NOTAS
Nova escavadeira hidráulica
A New Holland apresentou, durante a 55ª Expolondrina 2015, a nova escavadeira
hidráulica E215C. A máquina tem boa estabilidade para que o operador consiga utilizar a
máxima capacidade. Além disso, ela possui maior potência que as versões anteriores e facilidades de manutenção. A E215C faz parte dos lançamentos da marca para 2015.
NOTAS
57 B. FOREST
Projeto de Lei quer tirar a silvicultura
da lista de atividades potencialmente
poluidoras
O senador paranaense Álvaro Dias protocolou um Projeto de Lei do Senado em 2015
Essa escavadeira é indicada na execução de curva de nível e obras de drenagem em
pedindo a retirada da silvicultura da lista de atividades potencialmente poluidoras. O pro-
estradas e grandes plantações. “Com o equipamento de construção adequado, é mais fácil
jeto Modifica o Código 20 do Anexo VIII da Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981, acres-
padronizar o tamanho dos talhões, a largura dos carreadores, as áreas de carregamento e
cido pela Lei no 10.165, de 27 de dezembro de 2000, para excluir a silvicultura do rol de
os modelos de curva de nível a serem adotados”, afirma Marcos Rocha, gerente de marke-
atividades potencialmente poluidoras e utilizadoras de recursos ambientais.
ting de produto da New Holland Construction.
O Projeto de Lei afirma que o setor florestal “trata-se, portanto, de um setor pujante da
agricultura brasileira, que contribui com geração de emprego e renda, produção de diver-
Mais informações: http://www.newholland.com.br/
sos benefícios ambientais, que não deveria ser mantida como com o rótulo de atividade
poluidora e submetida a licenciamento ambiental burocrático e dispendioso.”
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação New Holland
B. FOREST 58
NOTAS
NOTAS
Prazo final para o CAR
O prazo para fazer o CAR (Cadastro Ambiental Rural) vai até o dia 06 de maio de 2015.
Os produtores que não se cadastrarem até esta data perderão o benefício de conversão
de multas. Além disto, as atividades realizadas por eles podem ser embargadas, o proprietário pode ser processado por crime ambiental, sendo condenado a pagar multa de R$ 5
mil por hectare. Os produtores irregulares não terão acesso ao crédito agrícola concedido
por bancos.
O CAR é um registro eletrônico, obrigatório para todos os imóveis rurais, que tem por
finalidade integrar informações ambientais, criando assim, um banco de dados nacional
para planejamento ambiental e econômico. Ao realizar o CAR, o produtor rural consegue
identificar os remanescentes de vegetação nativa, as áreas de uso restrito e as áreas consolidadas das propriedades e posses rurais.
DEMO International
A décima terceira edição da DEMO International, um dos principais eventos florestais do mundo, será realizada em Maple Ridge, British Columbia, no Canadá, entre os
dias 22 e 24 de setembro de 2016. A expectativa dos organizadores é contar com mais
de 150 expositores, apresentando as últimas tecnologias em equipamentos, produtos e
serviços que cobrem todos os aspectos das operações de florestais. Mostras passadas
receberam cerca de 16 mil profissionais de todo o mundo.
Mais informações: http://www.demointernational.com
Foto: Divulgação /Demo Intenational
59 B. FOREST
B. FOREST 60
NOTAS
NOTAS
Modificação genética aprovada
Foto: Divulgação
A Suzano Papel e Celulose informou que a CTNBio (Comissão Técnica Nacional de
Biossegurança) aprovou, por meio da FuturaGene Brasil, o uso comercial do eucalipto
geneticamente modificado H421, com foco no aumento da produtividade. De acordo
com a empresa, a decisão ainda está sujeita a eventuais recursos, na forma da legislação
pertinente.
No dia 05 de março, a área de pesquisa da FuturaGene, em Itapetininga (SP), foi invadida pelo MST (Movimento dos Sem-Terra), que era contrário à liberação por alegarem
que as novas mudas causariam males ao meio ambiente. Os integrantes do movimento
vandalizaram e destruíram as mudas de eucalipto. No mesmo dia, o MST também invadiu
a reunião da CTNBio em Brasília, que tinha na pauta a aprovação do uso da pesquisa.
No dia da invasão, o presidente da Suzano, Walter Schalka, ressaltou que a pesquisa reduz áreas necessárias para o plantio do eucalipto, liberando áreas para outras atividades,
além de reduzir a emissão de CO2 no transporte e o raio médio da colheita.
61 B. FOREST
B. FOREST 62
NOTAS
Terceirização em análise
A aprovação da terceirização para atividades-fim está sendo discutida no Congresso
NOTAS
63 B. FOREST
Entenda as mudanças no Projeto de Lei:
tribuições, como PIS/Cofins e CSLL. Em
Como é:
relação ao FGTS, as empresas contratantes
- Não há uma lei que regulamente a
deverão apenas fiscalizar que o valor pela
contratação de terceirizados no Brasil;
contratada;
Nacional. O Projeto de Lei 4330/2004 é uma proposta para regulamentar a terceirização
- Por falta de legislação, empresários se
- Os trabalhadores terceirizados so-
de trabalhadores nas empresas brasileiras. Polêmico, ele já corre na Câmara dos Deputa-
baseiam na súmula 331 do TST, que veda
mente poderão cobrar os seus direitos da
dos desde 2004 e vem sendo debatido e modificado desde então.
a contratação de terceirizados para ativida-
empresa tomadora de serviços depois de
des-fim;
esgotados os bens das empresas que ter-
Um dos pontos que mais gera discussão é a liberação de terceirizados para executar
atividades-fim nas empresas brasileiras. Até então, só era permitido terceirizar atividades-meio, como limpeza, segurança e alimentação dos funcionários.
Os empresários alegam que é complexo definir o que é atividade-fim e o que é atividade-meio, assim como modernizar a atividade econômica sem facilitar a terceirização.
Depois de longas negociações – que envolveram o ministro da Fazenda, o secretário
da Receita Federal e o presidente da Câmara dos Deputados -, o projeto foi aprovado em
- As empresas contratantes de terceirizados não recolhem impostos e contribuições federais dos funcionários;
- Os trabalhadores terceirizados são representados pelos sindicatos de funcioná-
ceirizam;
- As empresas contratadas devem pagar
4% do valor do contrato para um seguro
que irá abastecer um fundo para pagamento de indenizações trabalhistas.
rios terceirizados.
votação simbólica na Câmara em 08 de abril. Contudo, as emendas ao projeto começa-
Implicações florestais
ram a ser discutidas na semana seguinte. Ainda não está nada definido, a votação marcada
Como fica:
para o dia 15 de abril foi adiada para o dia 22.
- O Projeto de Lei 4330 é considerado
há algum tempo no setor, mas foi só par-
por empresários como marco regulatório
tir da década de 90 que ganhou relevância
da terceirização;
nacional. Os benefícios básicos podem ser
- O Projeto de Lei permite a atuação de
considerados como especialização da ca-
terceirizados para atividades-fim e não so-
pacidade técnica, gerenciamento focado
mente para atividades-meio;
nas competências e estratégias, na redução
- Apenas as empresas especializadas
poderão prestar serviço terceirizado;
Foto: TMO
A terceirização de serviços já acontece
de custos e maior agilidade no processo.
Atualmente, o MPF (Ministério Público
- Familiares de empresas contratantes
Federal) aplica a lei vigente. Dessa forma,
não poderão criar empresa para oferecer
já autuou e multou empresas florestais, fa-
serviço terceirizado;
zendo com que muitas delas assinassem o
- As companhias contratantes deverão
TAC (Termo de Ajuste de Conduta), no qual
recolher uma parte do que for devido pela
elas se comprometem a regularizar a situa-
empresa terceirizada em impostos e con-
ção, por meio da primarização, até um pra-
B. FOREST 64
NOTAS
NOTAS
zo estabelecido.
A discussão sobre o tema é válida. Alguns agentes do setor enxergam a terceirização
como uma maneira moderna de gerenciamento, uma ferramenta útil que permite às empresas dedicarem-se aos produtos finais. Os empresários têm recorrido a essa estratégia
para atender alguns quesitos: produtividade, qualidade e competitividade no mercado,
frente ao cenário das incertezas e constantes mudanças econômicas.
Por outro lado, os sindicatos sustentam a argumentação de que a terceirização precariza as condições de trabalho, pois abriria a possibilidade de contratação de funcionários
terceirizados para prestação de serviços sem a cobertura da CLT (Consolidação das Leis
Trabalhistas).
O importante, é a livre escolha. As empresas devem optar pela gestão mais adequada,
levando em consideração seus princípios e os valores disponíveis para o investimento
nas atividades operacionais. E principalmente, atuar dentro da legalidade do país. Vários
países usam a terceirização de forma bastante atuante, onde se pode citar o Chile, países
da Europa e Escandinávia.
Foto: Divulgação
65 B. FOREST
B. FOREST 66
EXPEDIENTE
FOTOS
NOTAS
VÍDEOS
67 B. FOREST
B. FOREST 68
NOTAS
NOTAS
69 B. FOREST
B. FOREST 70
AGENDA
2015
ABR
21
2015
MAI
11
12
2015
MAI
21
71 B. FOREST
2015
ABRIL
Forest Machine Technology Conference
Quando: 21 a 23 de Abril de 2015
Onde: Montreal (Canadá).
Informações: http://fmtc.fpinnovations.ca/
MAIO
Ligna
Quando: 11 a 15 de Maio de 2015
Onde: Hannover (Alemanha).
Informações: www.ligna.de
2015
MAI
AGENDA
MAIO
5ª Feira da Floresta
Quando: 12 a 14 de Maio de 2015
Onde: Nova Prata (RS)
Informações: www.feiradafloresta.com.br
MAIO
1º Encontro Brasileiro de Segurança Florestal
Quando: 21 e 22 de Maio de 2015
Onde: Curitiba (PR).
Informações: www.malinovski.com.br
MAI
28
MAIO
IV Workshop sobre Restauração Florestal
Quando: 28 a 30 de Maio de 2015
Onde: Piracicaba (SP)
Informações: http:fealq.org.br/informacoes-do-evento/?id=187
2015
JUN
01
JUNHO
23rd European Biomass Conference and Exhibition
Quando: 01 a 04 de Junho de 2015
Onde: Viena (Áustria).
Informações: www.eubce.com
2015
JUN
02
2015
JUN
11
JUNHO
2° Três Lagoas Florestal
Quando: 02 a 04 de Junho de 2015
Onde: Três Lagoas (MS).
Informações: www.painelflorestal.com.br
JUNHO
1º Curso de Aperfeiçoamento Técnico em Manejo Florestal para Produtos
Sólidos e Qualidade da Madeira
Quando: 11 e 12 de Junho de 2015
Onde: Curitiba (PR).
Informações: www.malinovski.com.br
2015
MAI
26
2015
MAIO
7th ICEP – International Colloquium on Eucalyptus Pulp
Quando: 26 a 29 de Maio de 2015
Onde: Vitória (ES).
Informações: www.7thicep.com.br
JUN
18
JUNHO
2° Curso de Aperfeiçoamento Técnico de Gestão Socioeconômica e
Ambiental em Atividades Florestais
Quando: 18 e 19 de Junho de 2015
Onde: Curitiba (PR).
Informações: www.malinovski.com.br
B. FOREST 72
2015
JUL
06
AGENDA
JULHO
4th International Conference on Forests and Water in a
Changing Environment
Quando: 06 a 09 de Julho de 2015
Onde: Kelowna (Canadá).
AGENDA
2015
OUT
AGO
20
06
07
AGOSTO
4° Curso de Aperfeiçoamento Técnico em Custos Florestais
Quando: 20 e 21 de Agosto de 2015
Onde: Curitiba (PR).
Informações: www.malinovski.com.br
21
SETEMBRO
XIV Congresso Florestal Mundial
Quando: 07 a 11 de Setembro de 2015
Onde: Durban (África do Sul).
Informações: www.fao.org/forestry/wfc
04
06
OUT
22
Onde: Hochficht (Áustria).
Informações: www.austrofoma.at
SETEMBRO
2° Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal
Quando: 21 a 23 de Setembro de 2015
Onde: Curitiba (PR).
Informações: www.malinovski.com.br
NOV
48th International Symposium on Forestry Mechanization
Quando: 04 a 08 de Outubro de 2015
Onde: Linz (Áustria).
Informações: www.formec.org
V Congresso Florestal Paranaense
Quando: 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde: Curitiba (PR).
Informações: www.apreflorestas.com.br
OUTUBRO
5° Curso de Aperfeiçoamento Técnico em Gestão de Manutenção de Máquinas Florestais
Quando: 22 e 23 de Outubro de 2015
Onde: Curitiba (PR).
NOVEMBRO
Expocorma 2015
06
2015
OUTUBRO
OUTUBRO
Informações: www.malinovski.com.br
2015
2015
OUT
OUT
2015
2015
SET
Quando: 06 a 08 de Outubro de 2015
2015
2015
SET
OUTUBRO
Austrofoma
Informações: www.forestandwater2015.com
2015
73 B. FOREST
NOV
19
Quando: 06 a 08 de Novembro de 2015
Onde: Concepción (Chile).
Informações: www.expocorma.cl
NOVEMBRO
3º Curso de Aperfeiçoamento Técnico em Silvicultura de
Florestas Plantadas
Quando: 19 e 20 de Novembro de 2015
Onde: Curitiba (PR).
Informações: www.malinovski.com.br
B. FOREST 74
AGENDA

Documentos relacionados