Miguel Calmon - Associação Comercial da Bahia

Transcrição

Miguel Calmon - Associação Comercial da Bahia
espaço do presidente
■ Por Marcos de Meirelles Fonseca
O legado do presidente
Miguel Calmon
A
"Formulou um estudo
sobre o código tributário
do município, pois
considerava que os
impostos arrecadados
eram utilizados de
maneira inadequada e
ineficiente"
4
Bahia comemorou, por
justos motivos e grande orgulho, no dia 2 de
maio, o centenário de
nascimento de um dos
mais destacados brasileiros do século
XX, Miguel Calmon du Pin e Almeida Sobrinho, filho do ex-governador
da Bahia, Francisco Marques de Góes
Calmon e de Julieta Maia de Góes
Calmon.
Miguel Calmon construiu uma
biografia ímpar, onde se destacam sua
sabedoria e liderança, aliadas a uma
postura ética digna dos grandes personagens que forjaram a nossa história
mais recente, lastreado por seu cultuado e elevado senso de responsabilidade social.
Legou ao país uma obra diversificada e pródiga em criatividade ao
longo de sua vida pública e privada.
Sua vasta biografia revela o quão profícuo foi em cada uma das diferentes
funções que exerceu. Entre elas, a presidência da Associação Comercial da
Bahia.
Muito já se falou e se escreveu
em livros de história do Brasil sobre o destacado engenheiro, administrador e empresário; deputado e
ministro, professor, escritor e reitor:
Revista ACB | Edição 78 | Abril e Maio 2012
desde quando assumiu a presidência
do Banco Econômico, aos 28 anos,
posto em que permaneceu por 22,
colocando a instituição no topo do
sistema financeiro e bancário do país.
Deputado Federal e Ministro da Fazenda, no governo parlamentarista
de João Goulart. Mentor intelectual
e reitor magnânimo, concebeu e estruturou a Universidade Federal da
Bahia(1964), dinâmica e interativa
com a realidade baiana. Poucos reitores marcaram sua relevância na vida
acadêmica do Brasil quanto Miguel
Calmon na UFBa.
Mas o que se pretende nestas
breves palavras, é reafirmar o quanto
honra a esta Associação Comercial,
o fato de Miguel Calmon ter sido um
dos mais destacados presidentes desta
nossa bicentenária instituição. E um
dos que mais incorporou e reforçou o
papel de liderança desta entidade representativa do empresariado e das
forças produtivas no cenário socioeconômico do estado e do país.
Em 1944, tornou-se diretor da Associação Comercial da Bahia, a qual
presidiu entre 1949 e 1951. Sua gestão
caracterizou-se pela abrangência de
ações empreendidas.
No plano municipal, formulou
um estudo sobre o código tributário
do município, pois considerava que os
impostos arrecadados eram utilizados
de maneira inadequada e ineficiente.
Junto à Prefeitura, colocou na pauta
de reivindicações vitais para o crescimento da cidade, a expansão e urbanização, com a melhoria dos serviços
prestados pela Prefeitura (Corpo de
Bombeiros, Matadouro Municipal e
Limpeza Pública). Fomentou a discussão e criação de uma política de turismo para a cidade.
Foi o responsável pela manutenção da Guarda Noturna do Comércio,
ameaçada de extinção por falta de
recursos. Mobilizou os comerciantes
e manteve a Guarda. Lutou pelo desenvolvimento da economia baiana,
mediando diálogos entre exportadores e, além disso, intermediou negociações com a Carteira de Exportação
e Importação do Banco do Brasil.
Empreendeu também campanha
junto ao governo federal, reivindicando melhorias no transporte para facilitar o escoamento dos produtos, e para
restabelecer as condições de navegabilidade no porto de Ilhéus, que afetava diretamente a zona cacaueira do
Estado. Foi um dos líderes da conclusão das obras da Estrada de Ferro de
Nazaré-Jequié. Foi quem hasteou pela
primeira vez o pavilhão da entidade na
frente do Palácio da ACB, no dia 15 de
julho de 1950.
Graças à sua atuação- pressionando o governo do Estado e a empresa
concessionária do serviço telefônicotoda a cidade ganhou novos aparelhos.
A Associação Comercial destacou-se
também nas causas trabalhistas. Mediou conversações sobre o salário dos
comerciários. Promoveu encontros
entre a Federação do Comércio, o Sindicato dos Empregados no Comércio e
os sindicatos patronais.
No exterior, percebeu a deficiência na divulgação da Bahia. Negociou
com a Secretaria da Agricultura do Estado, a Prefeitura da Capital, a Bolsa
de Mercadorias e Valores e a Comissão do Comércio do Cacau para que se
providenciasse propaganda da Bahia
no exterior, sobretudo em Nova York.
A Associação promoveu encontros e
debates em defesa dos interesses baianos no comércio com outras nações,
principalmente a Alemanha e a Bélgica.
Defendeu aberta e veementemente, e em várias instâncias pelo país, a
expansão da economia baiana. Argumentava sobre o peso dos negócios
baianos para o Brasil, e, sendo este estado um “grande exportador”, deveria
receber ajuda da União.
Cioso da importância do papel
desenvolvido pela ACB ao longo da
história da Bahia, lançou em 1950 a 1ª
edição do livro “Palácio da Associação
Comercial da Bahia (Antiga Praça
do Comércio)”, do historiador Waldemar Matos. É o principal e primeiro
documento sobre a história da ACB,
que aliás, oportunamente, teve nova
edição publicada em 2011, promovida
pelo ex-presidente Eduardo Morais de
Castro.
No momento em que a Bahia presta homenagens ao seu ilustre personagem em seu centenário de nascimento,
a Associação Comercial da Bahia também presta aqui sua singela reverência
àquele cuja brilhante passagem pela
galeria de presidentes desta pioneira
instituição setorial do Brasil ajudou
a construir uma entidade ainda mais
forte o cenário local e nacional.
Nestes primeiros passos de seu
terceiro século de existência, a Associação Comercial da Bahia homenageia a passagem do centenário do seu
ex-presidente e reafirma sua trajetória de uma entidade comprometida
com a história da Bahia e do Brasil,
sempre dando a sua contribuição socioeconômica e cultural à sociedade,
força empreendedora na valorização
profissional e responsabilidade social,
conectada ao mundo globalizado de
hoje.
Revista ACB | Edição 78 | Abril e Maio 2012
"Cioso da importância
do papel desenvolvido
pela ACB ao longo da
história da Bahia, lançou
em 1950 a 1ª edição
do livro “Palácio da
Associação Comercial da
Bahia (Antiga Praça do
Comércio)”, do historiador
Waldemar Matos"
Miguel Calmon
5
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o
Nesta edição enfocamos
o agronegócio café. São
noticias sobre o 13º Agrocafé,
o desenvolvimento de sua
cultura no Brasil e na Bahia, a
produção nacional e na Bahia,
a expansão com o surgimento
de boutiques especializadas,
o papel do barista e algumas
receitas com o produto.
O centenário de nascimento do expresidente da ACB, Miguel Calmon
Du Pin e Almeida Sobrinho teve suas
comemorações iniciadas com uma
sessão solene na Universidade Federal
da Bahia, de onde foi Reitor. Nas
páginas 4 e 5 o presidente Marcos de
Meirelles Fonseca destaca sua atuação
na atividade pública e na presidência
da entidade empresarial.
As problemáticas do turismo em Salvador
foram discutidas no Seminário Turismo de
Entretenimento, com a presença de autoridades do
setor de integrantes do trade.
Praça Conde dos Arcos s/nº
Salvador – Bahia – Brasil – Cep: 40015-120
Tel: 55 71-3242-4455 • Fax: 55 71-3241-7429
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6
DIRETORIA EXECUTIVA
Presidente:
Marcos de Meirelles Fonseca
Vice-Presidentes:
Adary Oliveira; Antonio Eduardo de Araújo Lima;
Arnon Lima Barbosa; Luiz Fernando Studart Ramos
de Queiroz; Rosemma Burlacchini Maluf • Primeiro
Secretário: Marcelo Neeser Nogueira Reis • Segundo
Secretário: José Pedro Daltro Bittencourt • Primeiro
Tesoureiro: Júlio Augusto de Moraes Rêgo Filho •
Segundo Tesoureiro – Sylvio de Góes Mascarenhas Filho
Superintendente: Nelson Teixeira Brandão.
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REVISTA ACB
Redação: Pedro Daltro (Editor Responsável),
Antônio Nikiel e Vander Prata
Fotos: Hitanez Freitas, e arquivo • Capa e
Projeto Gráfico: Domingos Designer Gráfico
[email protected]
Impressão: Gráfica Santa Barbara – Grasb
Representante:
Daltro Comunicação Empresarial Ltda.
****
Os Artigos assinados são de total responsabilidade
dos Autores.
Ex-presidente
A Bahia comemora o centenário
de Miguel Calmon
Homenagem da UFBa ao seu ex-reitor
Atraído pela política, elegeu-se deputado federal de 1958
a 1962, tendo destacada atuação, principalmente nas
questões relacionadas com a economia e as finanças
O
centenário de nascimento do engenheiro, professor, reitor da Universidade Federal da Bahia
– Ufba, ministro da
Fazenda, deputado federal e empresário, Miguel Calmon Du Pin e Almeida
Sobrinho (1912-1967), foi comemorado no dia 2 de maio. Uma missa foi
celebrada na Igreja da Vitória e, em
seguida, às 10h30m aconteceu uma
cerimônia no Salão Nobre da Reitoria
da Ufba, presidida pela reitora Dora
Leal Rosa, assistida por autoridades,
educadores e empresários. A família
foi representada pelo empresário Ângelo Calmon de Sá, seu sobrinho.
Durante 22 anos, a partir de 1940,
Miguel Calmon presidiu o Banco Econômico da Bahia, pertencente a sua
família. No período, remodelou a instituição e deu-lhe novas dimensões,
multiplicando de 10 para 100 o número de agências pela capital (Salvador),
pelo interior e por outros estados,
tornando o Banco um grande estabelecimento de crédito de amplitude nacional.
Entre o período de 1949 e 1951,
presidiu a Associação Comercial da
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Bahia, seu diretor desde 1944. O historiador Álvaro Pinto Dantas de Carvalho Júnior, no livro “Associação Comercial da Bahia e seus presidentes”,
editado quando das comemorações
dos 200 anos da entidade, destaca as
melhorias e as diversas ações lideradas por Miguel Calmon para o desenvolvimento sócio econômico da Bahia.
Sua administração – destaca Pinto Dantas – foi caracterizada pela sua
abrangência. Não se limitando aos fatores econômicos, buscou atender aos
interesses mercadológicos e políticos,
o que em parte pode ser explicado pela
sua formação.
Atraído pela política, elegeu-se
deputado federal de 1958 a 1962, tendo destacada atuação, principalmente
nas questões relacionadas com a economia e as finanças. Instalado o regime parlamentarista, foi nomeado sub
secretário de Estado para assuntos financeiros (1962-1963) e, em seguida,
ministro da Fazenda, quando tratou
da estabilização da moeda, da contenção das despesas públicas, do equilíbrio salarial, do controle dos investimentos, visando reprimir a inflação
em que mergulhava o país.
Retornou ao ensino na Escola
Politécnica da Bahia e depois da Revolução de março de 1964, quando
assumiu a presidência da República
o marechal Castelo Branco, foi eleito reitor da Universidade Federal da
Bahia (1964-1967). Na sua gestão
preocupou-se com a reestruturação do
ensino universitário, tendo se empenhado para concretizar este objetivo.
Enquanto esteve como reitor, presidiu o Conselho Federal de Reitores do
Brasil. (Pedro Daltro)
7
Recôncavo
O futuro de Camaçari em debate
Ademar Delgado destacou o crescimento da região
D
urante a reunião plenária
da Associação Comercial
da Bahia (22/03), a entidade recebeu a visita do
secretário de Relações
Institucionais de Camaçari, Ademar
Delgado, para debater com a diretoria
8
e empresários presentes sobre gestão
pública e parcerias com o setor privado, as perspectivas da macro e microeconomia da região, com a chegada de
investimentos de grande porte e a demanda no setor de serviços.
Na apresentação do convidado, o
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presidente Marcos de Meirelles Fonseca destacou a importância destes encontros- o primeiro foi com o ex-secretário da Casa Civil de Salvador, João
Leão- “uma oportunidade para que o
empresariado debata sobre assuntos
atuais do desenvolvimento do estado”.
Os últimos indicadores oficiais
apontam um crescimento de 67,16%
na indústria local, de 64,42% no comércio e de 93,65% no setor de serviços de Camaçari:” Este crescimento
acelerado exige o desenvolvimento de
um conjunto de ações no âmbito das
áreas de infraestrutura e social”, destacou.
O secretário falou sobre a chegada de investimentos na ordem de
US$ 4,3 bilhões e que podem alcançar
U$S 10,5 bilhões até 2015. Além disso,
abordou o desenvolvimento social da
região. Camaçari possui o maior Complexo Industrial Integrado da América
Latina, o segundo maior PIB do Estado e é a segunda cidade em crescimento populacional na Bahia.
Para o vice-presidente da Associação Comercial da Bahia e diretor presidente do Instituto Miguel Calmon,
Adary Oliveira, “Camaçari é um excelente exemplo para outros municípios
do país. Acho fantástica a criação do
Polo Plástico”.
Ademar Delgado ainda falou sobre o desenvolvimento educacional,
ao destacar a criação da CTU -Cidade
Técnico Universitária.
Ao final da reunião, o presidente da Associação Comercial da Bahia,
elogiou o trabalho desenvolvido em
Camaçari e entregou ao convidado
com o livro que relata os 200 anos de
história da Associação. A reunião contou também com a presença do presidente do CDL de Camaçari, empresário Pedro Fayla.
Infraestrutura
Expansão do Tecon dobrará sua
capacidade
A
rrendado em 2000 em
uma concessão de 25 anos
renováveis por igual período, o Grupo Wilson, Sons,
responsável pelo Tecon
Salvador já investiu cerca de 240 milhões de reais em compra de equipamentos, tecnologia e capacitação pro-
10
fissional. Em 2010, após um aditivo no
contrato com a Companhia das Docas
do Estado da Bahia (Codeba) iniciou
sua expansão.
Estão sendo pavimentados 44 mil
m² somando um total de 118 mil m²
de pátio e 2 berços capazes de atender
2 navios porta contêiner simultanea-
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mente, com os novos investimentos,
o terminal dobra sua capacidade e já
está preparado para receber as maiores embarcações do mundo. No último
dia 30 de março, os novos equipamentos construídos na China e entregues
em dezembro de 2011, entraram em
operação. São três portêineres Super
Post-panamax e seis RTGs, que fazem
parte do investimento de R$ 180 milhões na ampliação da capacidade operacional do Tecon Salvador.
Os novos portêineres, responsáveis pela movimentação dos contêineres entre o cais e o navio, possuem
lanças de 60 metros de comprimento,
capazes de atender navios com 22 fileiras de contêineres de largura. O
cais Água de Meninos, que recebeu os
equipamentos, possui 377 metros de
extensão e com a dragagem já concluída, aguarda homologação do calado de
15 metros.
Para aumentar a produtividade do
pátio, os 06 novos RTGs (pontes rolantes sobre rodas utilizados na movi-
mentação dos contêineres) vão se juntar aos dois já existentes e substituirão
parte das Reach Stackers (empilhadeiras de grande porte). A vantagem do
novo equipamento é a otimização da
utilização de espaço no terminal, que
chega a aumentar em 30%.
De acordo com estudo da Coppead (Instituto de Pós-Graduação da
Universidade Federal do Rio de Janeiro) de 2010, o Tecon Salvador é o
primeiro porto do Norte/Nordeste e
o quarto do país em eficiência, custo
de movimentação e tempo de espera
para o navio atracar. Com o intuito de
se manter entre os melhores, o terminal estuda a implementação de janelas
de atracação a partir do segundo semestre de 2012 e continua
investindo na conteinerização de novas cargas. Como
exemplo a soja, que é embarcada tradicionalmente
em navios graneleiros e, em
agosto de 2011 foram feitos
os primeiros embarques
teste em contêiner.
Equipado com três
portêineres Panamax, o
Cais de Ligação, onde antigamente era voltado para
operação de cargas de projeto, hoje possui berço com
240 metros de comprimento e calado de 12 metros de
profundidade e torna-se o
cais preferencial para cabotagem. O modal, que vem
recebendo grandes investimentos do terminal, apresenta grande potencial de
crescimento no país, e além
de ter o custo mais baixo
que o transporte rodoviário, é uma alternativa sustentável e mais segura.
De acordo com Demir
Lourenço Junior, Diretor
Executivo do Terminal, as
empresas concentram sua
demanda no transporte ro-
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doviário, tornando restrita a utilização
dos modais alternativos. Como exemplo, o serviço ferroviário de transporte
de cargas em contêineres com fluxo
Bahia – Sudeste, que encerrou as operações no primeiro semestre de 2010
por falta de demanda, mesmo sendo
em torno de 30% mais baixo que o
modal rodoviário, cita. “Estamos investindo para apresentar às empresas
vantagens financeiras, mas ainda há
uma grande resistência. Equipamos o
cais de ligação e a partir de junho ele
atua preferencialmente para cabotagem. Atualmente o modal representa
35% das movimentações.”
Os grandes investimentos no terminal já atraíram o interesse de algumas empresas. O armador NYK Lines,
já confirmou o serviço ANS com escala
direta para a costa leste dos Estados
Unidos. A linha passará a operar ainda
este mês e destacou-se como o principal destino das exportações realizadas
pelo Porto de Salvador no ano passado, correspondendo a 28% do volume.
Armadores estão em negociação com
representantes do terminal para incluir Salvador em serviços para o norte da Europa, com foco nas frutas do
Vale do São Francisco, e escalas para
o Extremo Oriente, principal comprador do algodão e grãos produzidos no
oeste da Bahia. Segundo Demir, empresas que prestam serviço de cabotagem, como a Maestra, Login, Mercosul
Line e Alinaça, também se mostraram
interessadas em incluir novas linhas à
Salvador.
“Nos próximos meses teremos
um terminal completo, moderno e
operacionalmente ágil. Com os novos
equipamentos a produtividade do terminal aumentará em 40% em relação
ao ano passado, e com o fim das obras
nossa capacidade mais que dobrará.
Estamos avançando junto à economia
baiana, e temos capacidade de absorver toda a demanda do estado em importações, exportações e cabotagem”.
Afirma Lourenço.
11
Solenidade
Posse da Ademi na ACB
reda, 100 mil unidades já foram entregues
em dois anos e a expectativa é que haja um
crescimento de 80% no número de unidades
entregues no MCMV2, em relação à primeira fase.
Depoimento
O presidente afirmou esperar uma leve
redução no número de lançamentos em
2012. Em contrapartida, ele acha que haverá um aumento no número de vendas em
relação ao ano passado. Ao todo, as imobiliárias esperam vender 12 unidades no ano,
um aumento de 20% em relação a 2011,
quando foram comercializadas cerca de 10
mil, segundo dados da própria Ademi.
Para o Presidente da Associação Comercial da Bahia, Marcos de Meirelles Fonseca, que presidiu a Ademi-Ba na gestão
2000 / 2002, foi com satisfação que participou como presidente da Casa, da mesa
diretora de posse do presidente Nilson Sarti, lembrando, ser o primeiro ex-presidente
da Ademi-Ba a dar posse a uma nova gestão
como presidente da ACB.
“Ademi-Ba é uma instituição da maior
credibilidade e respeitada no meio institucional do nosso estado, cuja condução pela
atual diretoria, dá continuidade a um profícuo trabalho, que se constitui na história da
entidade, em defesa dos interesses do setor
da incorporação imobiliária, que representa, e dos interesses da sociedade civil, como
um todo”, disse Meirelles.
“A ênfase da atual gestão, dentre outras prioridades, na interiorização das suas
ações para estimular o incremento do setor
nas mais diversas cidades do nosso estado,
bem como, o seu programa de sustentabilidade ambiental que, tem encontrado apoio
nas mais diversas instâncias governamentais já nasceram vencedoras”, completou.
Minha Casa
nte
va Filho, preside
Nilson Sarti da Sil
O
salão nobre da Associação
Comercial da Bahia abrigou
a solenidade de posse dos
dirigentes da Associação de
Dirigentes de Empresas do
Mercado Imobiliário da Bahia (Ademi-Ba),
para o biênio 2012/2014. O engenheiro Nilson Sarti da Silva Filho, diretor da Akasa
Incorporadora foi reeleito e dará continuidade ao seu primeiro mandato, iniciado em
2010. Seus vice-presidentes são Luciano
Fontes (Metrus Empreendimentos) e Nelson Trief (NCN Engenharia).
12
Após ser cobrado por
Sarti uma rápida solução
para os “entraves” que “inibem” a participação do setor empresarial no programa Minha Casa Minha Vida
2, cuja meta é contratar dois
milhões de unidades no país,
até 2014, o presidente da
Caixa, Jorge Hereda, presente ao evento, disse que 60
mil novas unidades devem
ser entregues no estado em
2012, no âmbito da segunda
fase do programa. “Aproximadamente 21 mil unidades já foram entregues este
ano”, afirmou. Segundo He-
Marcos Meirelles, Manoel Castro, Nilson Sarti, Luiz
Viana e Walter Pinheiro
Revista ACB | Edição 78 | Abril e Maio 2012
Segurança
Procia - Projeto prevê criação de
novas bases da Cipe/PI
O comandante, Major Adalberto Piton com dirigente do Procia
O
Procia, uma associação sem
fins lucrativos que reúne 37
empresas instaladas no Centro Industrial de Aratu (CIA),
atua de forma proativa na formulação de políticas públicas que tenham o
potencial de melhorar a segurança e infraestrutura dessa área industrial. Nesse sentido, há mais de dez anos, a entidade iniciou a
luta pela criação de uma polícia especializada para atender à região do CIA. Em janeiro
de 2009, foi instalada a Companhia Independente de Policiamento Especializado/
Pólo Industrial (CIPE/PI).
Hoje, a atuação da CIPE/PI está integrada à comunidade das empresas e contribui para o crescimento socioeconômico
da região, por meio de ações repressivas e
preventivas. “Já com a operação extendida,
a partir da base de Camaçari, para as áreas
do CIA (sul e norte) dêsde junho 2011, está
sob análise, na Superintendência de Desenvolvimento Comercial e Industrial (Sudic), projeto para a construção da segunda
base da Companhia em Simões Filho”, afirma o presidente do Procia, Marconi Andraos. Ele acredita que essa infraestrutura,
assim como a construção de uma terceira
base em Candeias, vai melhorar ainda mais
a segurança da região.
Hoje a CIPE/PI mantém apenas uma
base em Camaçari para atender essa cidade e o município de Lauro de Freitas. Em
quatro anos ampliou seu efetivo para 118
homens e uma frota de nove viaturas.
Histórico – Em 2008, durante as
comemorações dos 30 anos de instalação
do Polo Industrial de Camaçari (PIC), o
Comitê de Fomento Industrial de Camaçari
(COFIC) apresentou ao governo do Estado
a Carta do PIC, solicitando ações de melhoria do parque industrial, que contemplavam
desde a recuperação da infraestrutura até o
reforço do policiamento ostensivo, com vistas a reduzir os índices criminais da região
em acentuado crescimento naquele período.
Para tanto, o Comando Geral da PMBA, seguindo as diretrizes governamentais,
determinou ao Comando de Operações da
PM a elaboração de um Plano de Operações
que atendesse em caráter emergencial e
provisório a essa necessidade.
Nesse sentido, foi elaborado um Plano
de Operações que deliberou a implantação da
“Operação Polo Seguro”, que serviria como
embrião da futura CIEPPI, e atuaria obedecendo a doutrina do policiamento especializado, subordinada diretamente ao Comando
de Policiamento Especializado (CPE).
O CPE, em cumprimento à ordem superior selecionou e treinou, no Batalhão de
Polícia de Choque, um efetivo inicial de 57
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policiais oriundos de diversas unidades,
bem como estabeleceu uma parceria institucional com o COFIC para agregar as
condições logísticas que possibilitassem a
implantação de uma Base em Camaçari, visando apoiar operacionalmente as áreas do
12º BPM e a 36ª CIPM, inicialmente.
Deste modo, no dia 15 de julho de
2008 foi lançada a operação “Polo Seguro”. Em dezembro de 2008 com a formação
de 3200 PMs, surgiu a possibilidade de, a
partir das experiências e resultados positivos obtidos com a Operação Polo Seguro,
instalar em caráter definitivo a base de Camaçari, bem como iniciar os estudos relativos aos custos e necessidades gerais para
expansão com instalação das bases do município Simões Filho, com vistas a apoiar a
22ª CIPM e a base de Candeias, objetivando apoiar a 10ª CIPM que abrange os municípios de São Francisco do Conde, Madre
de Deus e São Sebastião do Passé.
Em janeiro de 2009, com a publicação
da Lei nº 11.356, que alterou parte da estrutura administrativa e operacional da PMBA, padronizando a nomenclatura das Companhias
Independentes Especializadas, o projeto
CIEPPI foi concretizado, com a implantação
da atual Companhia Independente de Policiamento Especializado/Polo Industrial (CIPE/
PI), em substituição a Operação Polo Seguro.
13
Livros/Biblioteca
As Variedades ou Ensaios
de Literatura
A
s Variedades ou Ensaios de Literatura é a primeira revista lançada no Brasil, datada de janeiro de
2012, custava 560 réis. Com as seguintes informações: costumes, virtudes morais, sociais, novelas,
resumo de viagens, anedotas e outras curiosidades
da sociedade colonial. A Revista era publicada por Manoel Antônio da Silva Serva e Diogo Soares da Silva Bivar, sendo destinadas as autoridades, comerciantes e donos de engenhos.
Após 200 anos de guarda do único exemplar da Fundação
Clemente Mariani, podemos ter acesso à riqueza da literatura
e informações da sociedade baiana e brasileira do século XIX.
AS VARIEDADES OU ENSAIOS DE LITERATURA: dividido em duas partes. Bahia: Typographia de Manoel Antonio
da Silva Serva, 1814.
14
Cartas de Vilhena
A
publicação retrata oito das vintes Cartas
do português e professor régio de língua
grega, Luis dos Santos Vilhena, na cidade
da Bahia, no ano de 1802.
A Carta são noticias soteropolitanas
e Brasílicas ao Rei de Portugal, descrições sobre a realidade econômica, social e cultural da sociedade do
século XIX.
VILHENA, Luís dos Santos. Cartas de Vilhena
ano 1802: notícias soteropolitanas e brasílicas. Recopilação de Joaquim L. de Souza. Salvador: Domingos; Press Color. 2011.
Raposa e a Águia
O
livro é uma historiografia da vida de
J.J.Seabra e Rui Barbosa, grandes personalidade da sociedade baiana. A escritora levantou pontos em comum, confrontos e tréguas que os relatados viveram
sobre a política baiana do século XX, nos primórdios
da República. Ambos foram amigos e inimigos políticos, agressivos até a morte de Rui e o declínio de
Seabra.
SARMENTO, Silvia Noronha. A raposa e a
águia: J. J. Seabra e Rui Barbosa na política baiana
da primeira república. Salvador: EDUFBA, 2011.
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Agronegócio Café
Por Antonio Nykiel
O cafezinho nosso de cada dia
Secretário da Agrikcultura, Eduardo Salles
A
primeira escolha começa
ainda na lavoura - arábica ou robusta - para em
seguida agradar aos mais
variados e exigentes paladares e desejos: adoçado ou puro, com
uma fatia de bolo ou pão mineiro, forte
ou fraco, espresso ou coado, na sobremesa ou no meio da tarde.
Assim é o café nosso de cada dia
que, elevado ao nível de bebida gourmet, ano após ano vem conquistando
novos consumidores ao redor do planeta. Aliado a isso, as recentes descobertas que comprovam que doses
moderadas da bebida podem trazer
muitos benefícios à saúde, além do
simples prazer da degustação, colaboram para o crescimento no consumo
mundial.
Café faz bem á saúde?
São poucas as pessoas que não
degustam ao menos uma xícara logo
pela manhã para acordar, depois do
16
almoço ou durante o expediente. O
crescimento no número de consumidores de café deve-se principalmente
a estas novas descobertas cientificas
que, a cada nova publicação, mostram mais benefícios à saúde proporcionados pelo consumo regular da
bebida. Os estudiosos já consideram
o café como um alimento funcional,
que previne doenças, ou até mesmo
nutracêutico, ou seja, proporciona
benefícios tanto para a manutenção
da saúde como também para fins terapêuticos, incluindo o tratamento de
doenças.
De acordo com alguns destes estudos, o consumo diário e moderado pelos adultos pode auxiliar no combate a
varias patologias, como a depressão, a
quarta maior causa de morte no mundo nos dias atuais, conforme informações da OMS. Outros benefícios que
podem ser citados são a diminuição do
risco de desenvolvimento do diabetes
tipo 2 em 28%, devido aos antioxidantes que ajudam a controlar o dano causado às células que contribuem para o
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desenvolvimento da doença; combate
às celulites; prevenção de até 80% no
desenvolvimento do mal de Parkinson; redução do colesterol; além de
auxiliar no combate de doenças coronárias, no processo de emagrecimento
e na prevenção de alguns tipos de câncer, como o de cólon e o do reto, por
exemplo.
Outros estudos indicam ainda
que algumas substâncias presentes no café podem ajudar a prevenir
demências e o Alzheimer, retardar
a deterioração mental em mulheres
idosas, atuar sobre a memória de
portadores de doenças degenerativas, levando-se em consideração que
a cafeína age como um estímulo no
sistema nervoso central. Os especialistas recomendam o consumo de 3 a
4 xícaras diárias de café, o que representa cerca de 500 mg de cafeína, o
que estimula a atenção, concentração,
memória e aprendizado.
Nas xícaras do
mundo todo
O consumo mundial de café, que
em 2010 chegou a 135 milhões de sacas, segundo a OIC, está sendo projetado para 160 milhões ao final desta
década. Como indica o presidente da
Associação dos Produtores de Café da
Bahia (Assocafé), João Lopes Araújo,
nem a crise que atinge Estados Unidos, Europa e Japão afetou o crescimento do consumo da bebida ao redor
do mundo. “Para surpresa de muitos
a Ásia dispara no aumento de consumo que pode ultrapassar 5% ao ano. O
nosso consumo per capita de 4,81 quilos/ano não nos fez ainda chegar ao
topo da lista de países consumidores,
pois, felizmente, os norte-americanos
continuam também crescendo o consumo e chegam a cerca de 23 milhões
de sacas. Mas em breve chegaremos
lá”, aponta o dirigente.
Aroma baiano
João Lopes, Jaques Wagner e o Secretário da Agricultura
De acordo com os dados apresentados por Lopes, as exportações brasileiras, com mais de U$8 bilhões de
receita e 33 milhões de sacas, chega ao
maior volume dos 284 anos de café no
Brasil, desde que aqui chegou em 1727.
“E este desempenho positivo deve-se
às pesquisas que demonstram que,
além de algo prazeroso, o café é ainda
energético natural, alimento, cosmético e medicamento, chegando ainda
a evitar varizes e sua borra elimina o
odor desagradável dos esgotos. Mais
descobertas certamente virão, garantindo o futuro da nossa atividade”, comemora.
A Bahia é o quarto maior produtor de café do país, com uma safra estimada em 2,5 milhões de sacas para 2012. “A Bahia conta com
cerca de 23 mil produtores de café,
sendo 90% formado por pequenos
produtores, com menos de dez hectares e, infelizmente, com produtividade 50% menor que as grandes
propriedades”, informa o secretario
estadual da Agricultura, Eduardo
Salles. Como aponta o secretario, um
convênio assinado com o Ministério
do Desenvolvimento Agrário (MDA),
irá possibilitar a reestruturação da
cadeia do café, prevendo recursos
para tratos culturais, equipamentos
de pós-colheita, assistência técnica
especifica e organização de cooperativas, beneficiando três mil cafeicultores familiares.
Como avalia João Lopes, o convênio assinado com o MDA é fundamental para a cefeicultura baiana. “O que
estávamos precisando e negociando
com o MDA era como fazer a tecnologia chegar aos pequenos produtores,
que não tem como contratar agrônomos e técnicos”, enfatiza.
O secretario estadual da Agricultura destaca ainda que o café produzido na Bahia é reconhecido nacional
e internacionalmente, tendo recebido
várias premiações por sua alta qualidade. “Dependendo do beneficiamento, a saca do café baiano pode ser negociada por R$ 300 ou R$ 600 a saca.
Com máquinas para despolpa e terreiros cobertos, por exemplo, vamos melhorar este valor”, destaca Salles.
Um dos destaques na produção
de café de alta qualidade na Bahia é a
fazenda Floresta, no município de Ibicoara, na Chapada Diamantina. É de
lá que sai um dos melhores cafés orgânicos produzidos no Brasil, o Natura
Gourmet. Em 2011 o café conquistou
um novo comprador: “enviamos um
container para o Vaticano e foi a bebida escolhida pelo Papa”, comemora
Nelson Cordeiro Júnior, que produz o
café em sociedade com o pai.
As fazendas Ouro Verde e São Judas,
no município de Piatã, também na Chapada Diamantina, são destaque na produção de grãos de alta qualidade. “Hoje,
em média, 70% da produção é vendida
para fora do país. Enquanto a saca do
café para o mercado interno é vendida a
cerca de R$ 250, o café para exportação
é vendido por R$ 550”, diz o produtor
Candido Rosa, justificando a exportação
da maior parte de sua produção.
Agrocafé é destaque
O
13º Simpósio Nacional do Agronegócio Café – Agrocafé, promovido pela Assocafé, em Salvador,
nos dias 12 e 13 de março, foi
destaque na Revista do Café, uma
das melhores publicações especializadas do setor, editada pelo Centro do Comércio de Café
do Rio de Janeiro. A matéria, ocupando as três
primeiras páginas da edição de nº 841, destaca
o trabalho da Assocafé, “liderada pelo seu presidente João Lopes Araújo, uma das mais importantes lideranças do café na Bahia”. JLA é
diretor da ACB.
Revista ACB | Edição 78 | Abril e Maio 2012
17
Agronegócio Café
Salvador é opção segura e econômica
para produtores
Participação do Tecon Salvador na Agrocafé
P
ara apresentar aos produtores
todas as vantagens de exportar
próximo ao polo produtor, o
Tecon Salvador, operado pela
Wilson, Sons, participou do 13°
Simpósio Nacional do Agronegócio Café
(Agrocafé). O evento aconteceu nos dias 12
e 13 de março, em Salvador. A conferência
contarou ainda com a presença do Secretário de Agricultura da Bahia, Eduardo Salles, que se reuniu com o diretor executivo
do Tecon, Demir Lourenço Junior (foto),
para desenvolver estratégias com o objetivo
de ampliar as exportações do insumo pelo
Porto de Salvador
O Tecon Salvador implementou uma
estrutura que contempla armazém e maquinário próprio para o recebimento, estocagem e estufagem do grão. A ação constava no escopo do projeto de ampliação e
modernização do terminal. Outro ponto
favorável a Salvador é de ordem logística
e financeira. A proximidade com o porto
traz vantagens competitivas aos produtores, como redução do tempo de trânsito,
menor custo do frete rodoviário, além de
diminuir os riscos de acidentes, roubo de
carga e avarias.
Atualmente, a Bahia exporta cerca
de 40 mil toneladas de café. Os grãos
produzidos nas regiões de Vitória da
Conquista e Luís Eduardo Magalhães,
principais polos produtores, são em sua
maioria destinados aos EUA e à Europa.
Grande parte dessas exportações é realizada por meio dos portos de Santos (SP)
e Rio de Janeiro (RJ). As ações do Tecon
Salvador estão voltadas para reverter
este cenário.
Tecon inicia segunda etapa do agendamento de gate
O
Tecon Salvador, administrado pelo Grupo Wilson, Sons,
inicia no próximo dia 16, a
segunda etapa da marcação
prévia para o acesso de caminhões ao terminal, o agendamento de
gate.
Inicialmente, o projeto será voltado para exportação e, em 16 de maio,
passará a ser obrigatório também para
18
importação. O objetivo é agilizar as operações portuárias. O sistema começou a
ser implementado em novembro do ano
passado e atende as normas da Companhia das Docas do Estado da Bahia (Codeba), que torna indispensável o agendamento de entrada e saída de cargas no
terminal.
O processo será feito pela internet,
por meio do portal do Tecon Salvador,
Revista ACB | Edição 78 | Abril e Maio 2012
sob total responsabilidade do contratante. A expectativa é que as operações
sejam realizadas ao longo do dia, evitando sobrecarga na utilização do porto em
horário comercial.
Diariamente, cerca de 260 caminhões têm acesso ao terminal. Segundo a
operadora, a medida deve evitar congestionamentos e possibilitar que o porto
trabalhe com a sua capacidade máxima.
Produção da cafeicultura brasileira
A
primeira estimativa de
produção de café (arábica e conilon) para a safra
2012 indica que o País
deverá colher entre 48,97
e 52,27 milhões de sacas de 60 quilos
do produto beneficiado, o que corresponde a 50,61 milhões de sacas no
ponto médio. O resultado representa
um crescimento entre 12,6% e 20,2%,
quando comparada com a produção
obtida na temporada anterior que foi
de 43,48 milhões de sacas. Esse crescimento se deve, principalmente ao ano
de alta bienalidade. Em termos de volume, a produção do arábica apresenta crescimento entre 4.219,1 e 6.831,5
mil sacas e o conilon, entre 1.262,4 e
1.956,0 mil sacas de café beneficiado.
Confirmando o resultado, esta
será a maior safra já produzida no País,
superando o volume de 48,48 milhões
sacas colhidas na safra 2002/03.
Nas últimas quatro safras de bienalidade positiva, a produção mantém
um crescimento constante, demonstrando que a maior utilização da mecanização, aliada às inovações tecnológicas, às exigências do mercado a
qualidade do produto e a boa gestão
da atividade são fatores extremamente
importantes e necessários para o avanço e modernização da cafeicultura.
CAFÉ BENEFICIADO
COMPARATIVO DE PRODUÇÃO - ANOS DE ALTA BIENALIDADE
(Em milhões de sacas beneficiadas)
SAFRA
2002/03
2004/05
2006/07
2008/09
2010/11
2012/13*
Arábica
37,95
31,71
33,02
35,48
36,82
37,71
Conilon
10,53
7,56
9,49
10,51
11,27
12,9
Total
48,48
39,28
42,51
45,99
48,09
50,61
Produção da cafeicultura baiana
D
e acordo com previsão da safra 2012, feita pela
Companhia Nacional de Abastecimento (Conab),
a Bahia é o quarto maior produtor de café do
Brasil, com 2,6 milhões, de sacas, atrás de Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo, estando
o café produzido na Bahia entre os melhores cafés do país em
qualidade, como também, vem se consolidado como fornecedora de cafés especiais, com ótimos resultados nas competições
internacionais na qual visa buscar os mesmos resultados para
os cafés naturais.
Para a safra cafeeira 2012, que se inicia, o 1º Levantamento da Conab registra uma pequena redução da área plantada,
estimada em 1,65% para o estado da Bahia, causada pela erradicação de lavouras decadentes nas regiões produtoras de arábica
(2,23%) e cerca de 20% em função da seca. A produção inicialmente está estimada entre 2.606,9 e 2.767,8 mil sacas beneficiadas, número que sinaliza um incremento de 13,8 a 20,9% no
seu volume, quando comparada com a safra recém colhida. Este
resultado é reflexo do melhor trato das lavouras influenciado
pelos preços praticados no mercado, assim, como das condições
climáticas mais favoráveis ocorridas a partir do mês de outubro
até o presente momento.
Participou: Ascom/Seagri.
Revista ACB | Edição 78 | Abril e Maio 2012
19
Agronegócio Café
Por João Lopes Araújo
João Lopes Araújo, diretor da
Associação Comercial da Bahia e
presidente da Assocafé
Sua história no Brasil e
participação da Bahia
"Somos o maior produtor, maior exportador e segundo
consumidor mundial com 19 milhões de sacas, sendo os
EUA ainda o maior com 23 milhões de sacas"
O
café é a cultura com presença mais marcante na
história econômica do
Brasil. Chegando aqui
pelas mãos de Francisco de Melo Palheta que conseguiu
clandestinamente mudas na Guiana
Francesa em 1927, ou seja a 284 anos,
espalhou-se Brasil a fora começando pelo Pará, passou pela Bahia onde
prosperou em Maragogipe e lá gerou
uma variedade ainda hoje conhecida
como Maragogipe. Expandiu-se pelo
recôncavo fixando-se em Amargosa e
Brejões, de onde se estendeu a vários
municípios e por outros estados até
fixar-se em São Paulo, onde tornou-se
a maior geradora de riqueza nacional,
ocupando a mão de obra de imigrantes, principalmente italianos e produzindo os "barões do café" os quais
possibilitaram a construção da infraestrutura paulista com ferrovias, estradas e portos.
Durante anos pagou as importações brasileiras com sua espetacular
20
receita. Os preços eram inacreditáveis,
comparados aos atuais. Enquanto nos
contentamos hoje com R$500,00 a
saca de 60 quilos, considerado o valor
do dólar da época, poderíamos estimar
um preço de cerca de R$5.000,00 a
saca. O exagero no preço foi estimulado pelo governo brasileiro, que supunha continuar mandando no mercado. O engano foi fatal.
Para manter este artificialismo
nos preços chegamos a queimar e/
ou jogar ao mar 40 milhões de sacas.
Um delírio!!! Com este guarda chuva,
que fazia a atividade ser uma mina
de ouro, permitimos rapidamente o
aumento do numero de países produtores, que hoje passa dos sessenta. Migrou em seguida para o Rio de
Janeiro que tornou-se o maior estado
produtor por muitos anos, espalhando
riqueza no interior, principalmente no
Vale do Parnaíba até São Paulo. Em
seguida, foi para o Paraná que passou
a ser o maior produtor onde se produziu as maiores safras brasileiras (40
Revista ACB | Edição 78 | Abril e Maio 2012
milhões nos anos 60 quando o consumo nem era 12 milhões) que abasteciam 70% do mercado mundial, até
que em 1975 a maior geada da história
destruiu mais da metade das plantações e permitiu nova fase de preços
astronômicos pela escassez mundial.
Em consequencia disso houve nova
migração do café, agora para Minas
Gerais que detém metade de nossa
produção atual, estimada este ano em
55 milhões de sacas.
O consumo mundial é de 135 milhões de sacas e a OIC – Organização
Internacional do Café estima em 160
milhões no fim desta década. No ano
de 2011, o Brasil exportou 33 milhões
de sacas com receita de U$8.8 bilhões.
Somos o maior produtor, maior exportador e segundo consumidor mundial com 19 milhões de sacas, sendo os
Estados Unidos ainda o maior com 23
milhões de sacas. O café com as novas
descobertas científicas deixa de ser
apenas bebida e prazer e passa a ser
energético natural, alimento, medicamento e cosmético. Estas pesquisas
turbinam o aumento de consumo que
no Brasil chega a 5% ao ano, contra
a média mundial de 1,5%. A cadeia da
cultura gera, computando-se a mão de
obra temporária da colheita, cerca de
8 milhões de empregos no Brasil.
A Bahia, conquanto esteja na cafeicultura desde os primórdios da
cultura em solo brasileiro, nunca foi
grande produtor até a década de 1970
quando o extinto IBC- Instituto Brasileiro do Café a selecionou para uma
expansão da atividade. Foi então implantado no Planalto da Conquista e
na Chapada Diamantina uma grande
área que se mantém até hoje, e ampliada a área na região de Brejões. Estas
regiões originais da cafeicultura não
tem sido expandidas pela irregularidade climática dos últimos anos e pela
falta de água; não dispomos de rios perenes volumosos, nem de água no subsolo que permita a irrigação indispensável de hoje. Atualmente amplia com
duas novas áreas muito promissoras,
uma no Oeste que tem água, sol e solos
planos, condições ideais, facilitando a
mecanização para baratear o custo de
produção, e no sul e extremo sul com
o conillon ou robusta que entrou pelo
Espírito Santo e chegou à região cacaueira como alternativa à diversificação de atividades econômicas.
Hoje produzimos 2.5 milhões de
sacas e temos possibilidade de chegar em breve a quatro milhões, com
o crescimento de consumo no mundo
e com os preços elevados decorrentes
da falta de café no mundo, que saíram de U$48,00/saca em 2002 para
só agora, dez anos depois chegar aos
U$280,00, mesmo penalizados pelo
real sobrevalorizado. Estamos focados
na produção de cafés de qualidade, e
com isso agregando valor à produção
dos pequenos produtores, gerando
campeões nacionais de qualidade.
Autoridades do governo e
do setor cafeeiro nacional na
abertura do 13º Agrocafé
Revista ACB | Edição 78 | Abril e Maio 2012
21
Agronegócio Café
Curso para barista
Bebidas geladas
com café*
(sem teor alcoólico)
C/MARACUJÁ
1 espresso, 3 bolas de sorvete de
creme, 40 ml de suco concentrado
de maracujá e 40 ml de leite condensado.
Bater no liquidificador todos
os ingredientes e decorar a
taça com calda de chocolate
ou baunilha.
•••
MACHIATO GELADO
1 espresso, 3 bolas de sorvete de
creme, 40 ml de amarulla, chantily
e raspa de chocolate.
Bater tudo no liquidificador
e decorar a taça com calda de
chocolate.
A barista Silvana Leite do BBC Café Gourmet
O
Senac, através do seu restaurante escola (Casa do
Comércio, na sede da Federação do Comércio, na
Av. Tancredo Neves), desde 2008 vem ministrando curso para a
formação de barista. O curso é um aperfeiçoamento profissional que tem uma
Barista
Barista é o profissional especializado em cafés de alta qualidade
(cafés especiais), cujo principal objetivo é alcançar a “xicara perfeita”.
Também trabalha criando novas be-
22
carga horária total de 80 horas. O Senac
já colocou à disposição do mercado mais
especialistas.
Além de CPF, RG e comprovante de
ensino fundamental completo, o curso,
por ser aperfeiçoamento profissional,
exige comprovante de experiência na
área de alimentos e bebidas.
bidas baseadas em café, utilizando-se
licores, cremes, bebidas alcoólicas,
entre outros.
O Dia do Barista é comemorado
em São Paulo desde 2007, no mesmo
em que se comemora o Dia Nacional
do Café, 24 de maio.
Revista ACB | Edição 78 | Abril e Maio 2012
•••
DRINK DE PAÇOCA
2 bolas de sorvete de creme, 1 espresso, 1 paçoca, 40 ml amarulla,
chantily.
Bater tudo no liquidificador e
decorar com chantilly.
•••
DRINK ESPUMONE
3 bolas de sorvete de creme, chocolate em pedaços, creme de leite.
Vaporize o chocolate com o
creme de leite e o café e despeje
sobre as bolas de sorvete. Este
drink ficará com duas temperaturas ao mesmo tempo.
*Receitas selecionadas pela barista Silvana Leite, da BBC Café Gourmet,.
[email protected]
Novo foco no mercado
Silvio Leite foi homenageado no 13º Agrocafé
“No mercado interno brasileiro já podemos encontrar cafés
de altíssima qualidade. Sem dúvida, um incremento e tanto
na qualidade disponível no mercado"
N
esta última década,
impulsionada principalmente pelo vertiginoso crescimento da
rede norte-americana
Starbucks, se solidificou a nível mundial a cultura do consumo do café em
cafeterias de alto padrão, notadamente na forma de expresso (do italiano
caffé espresso, que significa retirado
sob pressão. O café (bebida) é cada
vez menos visto com um acompanhamento, que até era oferecido de graça,
passando a motivar a presença dos
consumidores nos estabelecimentos,
ou, noutros casos, a atrair clientes
para estabelecimentos comerciais,
nem sempre do setor de alimentos.
Revista ACB | Edição 78 | Abril e Maio 2012
Surgiu uma parcela de público que
conhece os atributos do café de qualidade e os demanda inclusive para
seu consumo diário, o que motivou o
lançamento das máquinas domésticas
de expresso.
Apesar de ainda ser um nicho de
mercado, os cafés especiais têm apresentado taxas de crescimento de consumo muito elevadas e a valorização
da qualidade da bebida tem, em maior
ou menor grau, também se refletido
nos demais estratos do mercado.
Segundo o empresário e especialista Silvio Leite, da exportadora
Agricafé e da indústria de torrefação
Sweet Bahia Café, fabricante do blend
do BBC Café Gourmet, “no mercado
interno brasileiro já podemos encontrar cafés de altíssima qualidade.
Sem dúvida, um incremento e tanto
na qualidade disponível no mercado,
que impressiona a começar pelas belas
lojas de cafés iniciadas em São Paulo,
Rio de Janeiro e Bahia, as quais hoje
se espalham pelo Brasil, dispondo dos
mais variados tipos de “blends” e bebidas com assinatura de baristas treinados a nível internacional”.
O conceito de cafés especiais está
intimamente ligado ao prazer proporcionado pela bebida. “No entanto, os
cafés ditos especiais destacam-se por
algum atributo específico associado
ao produto, ao processo de produção
ou ao serviço agregado. Diferenciamse por características como: qualidade
superior da bebida, aspecto dos grãos,
forma de colheita e de preparo, história, origem dos plantios, variedades
raras, quantidades limitadas, entre
outras”, esclarece Leite.
O blend é elaborado por especialistas em preparo e degustação de café
com objetivo de oferecer uma bebida
consistente e equilibrada entre aroma,
corpo, sabor e doçura originando no
retro gosto um “bouquet” excepcional
e único. Ou seja, “nós selecionamos
os melhores cafés especiais do Brasil
para você”.
23
Artigo
Por Luiz Fernando Queiroz
Luiz Fernando Queiroz,
vice-presidente da Associação
Comercial da Bahia
O combate à
desindustrialização
e aos juros altos:
um comentário
"Todo mundo sabe que um banco central ortodoxo,
aquele que atua mediante a taxa primária de juros,
a taxa de redesconto e o depósito compulsório, só
funciona em países de economia desenvolvida, com
subsistemas econômicos e financeiros altamente
integrados e interdependentes"
E
stamos num país continental e desigual. Seu
empresariado já está cansado de falar no “custo
Brasil”, que é algo estrutural, e o que isso representa de perda de competitividade internacional.
Fazem parte desse custo, entre outros
componentes, a carga tributária, encargos diversos e juros altos. Nesse
último pacote, o governo, tímida e tardiamente, como tem sido a regra, res-
24
ponde, casuisticamente (e não estruturalmente), à pressão dos mais fortes
e tenta enfrentar, primordialmente, a
questão da desindustrialização, que
já é fato há uns três anos. Trata-se de
problema gravíssimo, mas que foi encarado de forma apenas pontual, sem
a transparência necessária nem a explicitação dos critérios, como tem de
ocorrer num estado democrático de
direito. Também, sem levar em conta
a diversidade econômica e empresa-
Revista ACB | Edição 78 | Abril e Maio 2012
rial do país. O nordeste pouco ganhará
com elas. São endereçadas aos setores
mais organizados da economia, regionalmente concentrados em São Paulo,
e que têm “lobby” mais forte. Portanto, contribuem para a concentração
da riqueza, aumentam os desníveis
regionais, e institucionalizam práticas
antidemocráticas e condenáveis de administração pública.
Na questão dos juros, o casuísmo
continuou, de forma até mais grave: os
bancos foram chamados, de forma politicamente vergonhosa, ao Ministério
da Fazenda, para tomarem um “carão”
para baixarem os juros. Nem parece
que temos um sistema econômico e
financeiro que devem funcionar com
base em regras institucionalizadas.
Esse assunto, aliás, deveria ser do Banco Central. E porque este não se mexeu? Porque deixou de ser um Banco
Central heterodoxo antes da hora. Não
tem mecanismos de ação.Todo mundo
sabe que um banco central ortodoxo,
aquele que atua mediante a taxa primária de juros, a taxa de redesconto e
o depósito compulsório, só funciona
em países de economia desenvolvida,
com subsistemas econômicos e financeiros altamente integrados e interdependentes. Ou seja, mexendo-se na
taxa primária de juros, por exemplo,
toda a economia é afetada, cada setor
ao seu tempo e com determinada intensidade. Atinge-se, sobretudo, o custo do dinheiro, ressaltando-se o juro
de marcado. Quando essa integração
não é forte nem generalizada, como é
o nosso caso, a taxa primária de juros é
uma e a de mercado é completamente
descolada dela. Nesse caso, o BC tem
de atuar de forma heterodoxa, fazendo
intervenções (por exemplo, na taxa de
juros de mercado, no direcionamento
e quantidade de crédito, etc), como
já ocorreu entre nós. Certamente que
toda intervenção tem seus custos e
seus benefícios. Por pressão da ideo-
"Nesse último pacote, o
governo, tímida e
tardiamente, como tem
sido a regra, responde,
casuisticamente (e não
estruturalmente), à
pressão dos mais fortes
e tenta enfrentar, primordialmente, a questão da
desindustrialização, que já
é fato há uns três anos"
logia neoliberal, quando a situação do
país era fragilíssima, o Banco Central
deixou de ser, antes da hora, heterodoxo, para ser ortodoxo. O resultado
todo mundo conhece: ele não con-
segue, com a taxa selic (cuja redução
só tem importância para diminuir a
despesa pública com juros), sequer influenciar as taxas de juros de mercado.
Os malefícios causados ao país por essas taxas têm sido incomparavelmente maior do que os benefícios de um
Banco Central ortodoxo. Daí porque
o “carão” do Ministério da Fazenda
tornou-se necessário, demonstrando,
no entanto, imaturidade institucional.
Nosso BC está no pior dos mundos:
não é heterodoxo nem cumpre as funções de ortodoxo. Para que serve este
Banco Central? E o governo, terá a
coragem política de tomar o rumo da
heterodoxia, ou prefere o do “carão”?
Pela fala da Presidente na televisão,
a linha do “carão” continua. Será que
ela está preparando o país para um retorno de um BC algo heterodoxo? Tem
meu crédito de confiança.
Revista ACB | Edição 78 | Abril e Maio 2012
Todos sabem que juros persistentemente altos e taxas elevadas de crescimento são incompatíveis. A questão,
no entanto, não está apenas nos bancos privados. Quando uma Caixa Econômica Federal, que não tem acionistas privados para remunerar, alardeia
que baixará em até 21% os juros imobiliários, como se fossem juros civilizados, é preocupante. O governo também precisa fazer a sua parte, tornar
seus bancos mais eficientes de forma a
poderem cobrar juros decentes.
A política cambial foi mantida.
Dependendo da evolução dos fatos,
terá de ser mexida, na mesma linha
dos juros, em defesa da economia: a
heterodoxia. As regras de uma economia de mercado devem prevalecer,
mas não podem ser dogma. Se elas se
tornam desfuncionais, o Estado tem
de intervir.
25
Acontece
Almirante Autran homenageado
destacando a construção da Capitania,
em Valença e Juazeiro, bem como a Vila
Naval para residência dos servidores. Em
seguida entregou a medalha alusiva aos
200 anos da entidade e o livro “Saveiros
da Bahia”.
O comandante Carlos Autran ao agradecer a homenagem, ressaltou os laços fraternos que sempre uniram a Associação
Comercial e a Marinha do Brasil e lembrou
sua ligação com a capital baiana, que já dura
mais de 50 anos, desde sua infância vivida
no Subúrbio Ferroviário de Salvador.
Além dos integrantes da diretoria execu-
tiva, à frente o presidente Marcos de Meirelles
Fonseca, estiveram presentes à homenagem
o presidente do Conselho Superior, João Sá,
o ex-presidente Eduardo Morais de Castro e
os oficiais da Marinha do Brasil, Cláudio Luis
da Silva Fraga, diretor do Hospital Naval de
Salvador; André Novis Montenegro, Capitão
dos Portos da Bahia; Carlos Henrique Vasconcelos Martins, Chefe do Estado Maior do
Comando do Segundo Distrito Naval; Márcio
da Mota Xerém, comandante do Grupamento de Fuzileiros Navais de Salvador e Marcus
Vinicius Silva Menezes e o presidente da Soamar George Gaspari
E
m agradecimento aos serviços prestados à coletividade
baiana, durante o período em
que ocupou o Comando do Segundo Distrito Naval, o ViceAlmirante Carlos Autran de Oliveira Amaral
foi homenageado pela diretoria da Associação Comercial da Bahia durante um almoço
realizado em sua sede, no dia 11 de abril.
Em sua saudação ao homenageado,
o presidente Marcos de Meirelles Fonseca destacou as iniciativas de sua gestão,
Presidente do IBMEC na ACB
E
m visita a Salvador para manter contatos
com instituições ligadas ao setor econômico, esteve na Associação Comercial da
Bahia o presidente do Instituto Brasileiro
de Mercado de Capitais – IBMEC, Thomás
Tosta de Sá, acompanhado do empresário Antonio Carlos Magalhães Júnior, presidente da Rede Bahia de Comunicação. O visitante expôs para o presidente Marcos
de Meirelles Fonseca e para os membros da Diretoria
Executiva os planos do IBMEC e as parcerias que deseja
firmar com as entidades empresariais.
26
Revista ACB | Edição 78 | Abril e Maio 2012
As linhas de financiamento da
Desenbahia
O
diretor de Desenvolvimento
de Negócios da Desenbahia,
Marcelo Oliveira, participou
na reunião da diretoria da
ACB, realizada no dia 26
de abril, sob a presidência do vice, Adary
Oliveira. Ele falou sobre as linhas de financiamento para micros, pequenas e médias
empresas, apresentou dados da atuação da
agência de fomento no estado e defendeu
a ampliação dos programas de crédito aos
empresários da capital.
Técnicos do Sebrae também participaram do encontro no Salão Nobre, como
parte do convênio da ACB e o Sebrae, expondo sobre a importância da Gestão Financeira.
Crescimento da economia da Bahia
O
s indicativos de bom desempenho e as perspectivas favoráveis à atividade econômica na Bahia
nos próximos anos, permearam o debate mensal que a Associação Comercial da Bahia promoveu em sua reunião plenária da diretoria, no dia
Geraldo Reis, diretor geral do SEI
12 de abril.
Convidado pelo presidente Marcos de Meirelles Fonseca, o palestrante foi o diretor geral Geraldo Reis, da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia-SEI,
vinculada à Secretaria do Planejamento.
Geraldo Reis disse que a projeção do PIB para 2012 na
Bahia é de 3.7%, quando se estima 3.5 % no país. Os números
apontam que a produção baiana manteve recuperação em fevereiro de 2012. Após atravessar o ano de 2011 em desaceleração, a indústria apresentou aumento de 20,1% em relação
ao mesmo período do ano anterior.
Ele mencionou os principais fatores que impulsionarão
positivamente a economia baiana em 2012: “Política Monetária Expansionista, objetivando a Taxa Selic em um dígito; a
reversão parcial das medidas macropendenciais – requisitos
de capital para determinadas operações de crédito-; o aumento dos investimentos públicos na infraestrutura, devido
à Copa do Mundo de 2014 e às obras do PAC; as eleições municipais, o aumento significativo do salário mínimo, a expectativa de um BNDES mais ativo e os estímulos setoriais que o
governo irá promover ao longo do ano”.
Revista ACB | Edição 78 | Abril e Maio 2012
27
Artigo
Por Aristóteles Drummond
Jornalista, é vice-presidente
da Associação Comercial do
Rio de Janeiro
Empresários, uni-vos!
Ninguém quer saber do passado dos políticos e, por
isso, acaba votando, ingenuamente, em antigos
comunistas sem demonstrações de arrependimento
O
s empresários só olham
para o próprio umbigo, ou
seja, seus negócios. Reconheceram que a carga
fiscal no Brasil é um abuso a ser detida depois que a Associação
Comercial de São Paulo lançou o Impostometro, hoje conhecido e acompanhado
em todo o Brasil.
Como muitos dirigentes não são
acionistas, a empresa privada no Brasil deixou de lado a base de sua existência, que depende um regime liberal,
aberto e menos intervencionista. Mas
a turma parece nem estar aí para os
perigos que rondam o empreendedor
além carga fiscal.
O governo precisa aceitar e estimular o capitalismo como meio legítimo de
justiça social, com liberdade política,
sob o império da lei e da ordem. Assim
foi que, no passado, o empresariado foi
decisivo para que o país não entrasse em
aventuras socialistas-sindicalistas, que
levaram o atraso ao nosso continente e
recentemente à Europa. Esta semana foi
divulgado que a Espanha conservadora entregou o país com 26% do PIB em
dívida, e os socialistas, quase dez anos
30
depois, em 81%. Daí o problema que enfrentam.
A despolitização, ou alienação ideológica dos empresários, vem provocando essas aberrações, que podem acabar
por tornar a livre empresa uma ficção
em nosso país. Afinal, nossos destinos
estão em mãos hostis aos princípios da
intocabilidade da propriedade e da legitimidade do lucro, que estimulam o progresso. Ninguém quer saber do passado
dos políticos e, por isso, acaba votando,
ingenuamente, em antigos comunistas
sem demonstrações de arrependimento.
Quando critiquei neste espaço o
presidente da FIESP, Paulo Skaff, por
sua opção pelo PSB, muita gente achou
que eu estava sendo radical. Agora, ele
parece que acordou para a realidade e
mudou de partido, indo para onde a livre
empresa não é mal vista.
A realidade inquestionável é que o
socialismo, com belas intenções e péssimas experiências, não é uma corrente
de pensamento que reconheça a função
social e desenvolvimentista de uma sociedade baseada na liberdade de empreender. Socialistas, sejam marxistas ou
social-democratas, gostam de regulação,
Revista ACB | Edição 78 | Abril e Maio 2012
de intervenção estatal, de dirigismo. E,
no fundo, sonham com fórmulas que
abrigam congelamentos ou controle de
preços, protecionismos e outros equívocos, como os colocados em prática hoje
na Argentina e na Venezuela. Dois países
potencialmente ricos e que enfrentam
prateleiras vazias em seus mercados.
Ano passado, o presidente Mujica,
do Uruguai, fez a bravata de dizer que
não fora à Alemanha pedir empréstimos,
mas, sim, investimentos. A ministra Ângela Merkel respondeu ,na hora, que o
capital alemão só ia aonde era bem recebido, o que não seria o caso do Uruguai.
Já no Brasil de hoje, só se investe com
dinheiro do BNDES.
Falta no Brasil que vivemos, no
limiar de acordar de um sonho de progresso, quem levante a voz e clame pela
reforma trabalhista, pela gestão independente dos portos, pela política fiscal
que aumente a base de contribuintes,
com controles modernos e, assim, diminua a carga que onera a produção e a
torna pouco competitiva. Um país deste
tamanho não pode andar na base dos remendos aqui e acolá.
Junte-se a esses sentimentos evidentes, mas não percebidos, a realidade
do custo da máquina oficial e seus programas sociais altos, o endividamento
interno, a lentidão dos projetos em execução na infraestrutura, o PAC, os juros,
a política externa dúbia. Se não houver
“um chega para lá” nas aventuras ideológicas dos que só pensam no revanchismo, na desunião dos brasileiros, que nos
ameaçam com o fracasso de eventos internacionais, veremos que a passividade
só poderá nos levar ao desastre.
Antes que se imagine ser esta uma
conclamação à oposição, diria que se
precisa alertar e ajudar a presidente, que
parece buscar estabilidade na economia
como instrumento para dar emprego,
melhorar a distribuição da renda e servir
ao povo que a elegeu e a apóia. E afastála de falsos “companheiros”, que só sabem embargar seus projetos, manchar
seu governo com a chaga da corrupção e
do tráfico de influência, quando não da
intolerância na consolidação democrática sob o manto da lei e da ordem.
Inauguração
Otto Allencar: governo vai investir cerca de R$ 250 milhões
Governo do Estado e Bahiagás
inauguram sede em Camaçari
A
Companhia de Gás da
Bahia – Bahiagás inaugurou no dia 3 de abril sua
primeira sede própria, localizada no Polo Industrial
de Camaçari. A nova sede tem área total
de 16.400 m², incluindo o Almoxarifado Central, estacionamento e o prédio
principal, com 1.606 m² de área construída. O investimento total na obra foi
de R$ 1.612.707,81. O Governador em
exercício e Secretário de Infraestrutura,
Otto Allencar, inaugurou a sede juntamente com diretor-presidente da Companhia, Davidson Magalhães, o diretor
Técnico e Comercial, Eduardo Barretto,
o diretor Administrativo e Financeiro,
Raimundo Bastos, além de outras autoridades. A Associação Comercial da
Bahia esteve representada pelo seu vicepresidente, Adary Oliveira.
De acordo com Davidson Magalhães a sede da Bahiagás foi estrategicamente instalada no Polo
Industrial de Camaçari. “O Polo é
responsável pelo consumo médio diário de 2.940.619 metros cúbicos, correspondente a 77% de todo o volume
comercializado pela Companhia, estar
aqui perto e dar uma melhor cobertura e garantia para o local é de extrema
importância e necessidade”, destaca o
diretor-presidente.
A nova sede da Companhia conta com cerca de 70 funcionários da
Bahiagás e outros 50 terceirizados das
gerências de Operação e Manutenção,
Engenharia; Administração e Suprimentos; Segurança, Meio Ambiente
e Saúde, além da Diretoria Executiva
da Companhia. No local há uma sala
de controle, equipada com modernos
Revista ACB | Edição 78 | Abril e Maio 2012
sistemas de monitoramento, de forma
a garantir rígidos padrões de segurança na operação de distribuição do gás
natural.
O Governador em exercício, Otto
Alencar destacou que esse é um marco do crescimento da Bahiagás no
estado e sede própria em um local
de grande importância economica
é fundamental. “Aliada a projetos
como o Porto Sul e a Ferrovia OesteLeste, a Estação faz parte do esforço
para mudar o mapa do desenvolvimento baiano. A Companhia de Gás
da Bahia planeja investir cerca de
R$ 250 milhões em todo estado até
2013, todos os projetos estão alinhados com a estratégia geral de desconcentração do desenvolvimento tocada pelo Governo da Bahia.”, explica o
Governador.
31
Artigo
Por Rosemma Maluf
Rosemma Burlacchini Maluf é
empresária, vice-presidente da
Associação Comercial da Bahia e
membro do Conselho de Micro e
Pequenas Empresas da Federação
das Indústrias do Estado da Bahia.
Para dinamizar a
economia, deve-se
fortalecer as MPE’s
"MPE’s tem um papel sócio-econômico na medida
em que são as maiores empregadoras, geram
oportunidades para a parcela com maior dificuldade
de inserção no mercado, como jovens em busca pelo
primeiro emprego e as pessoas com mais de 40 anos"
O
governo já anunciou
uma série de medidas
para evitar uma piora
nos setores atingidos
pelos efeitos da crise,
para aquecer a indústria e torná-las
mais competitivas, evitar o desemprego e estimular a economia, mas estas
medidas não irão beneficiar o Brasil
de forma homogênea em virtude da
dimensão continental do país, seu desenvolvimento regional assimétrico e
o perfil sócio-econômico e industrial
de cada região, onde podemos observar que as regiões Sul e Sudeste, mais
industrializadas, possuem os melhores
32
indicadores enquanto Norte e Nordeste são as regiões mais pobres do país,
em todos os sentidos.
A grande contribuição para beneficiar o Brasil como um todo viria com
medidas revolucionárias em beneficio das Micro e Pequenas EmpresasMPE’s, muito mais amplas e impactantes do que as geradas pela Lei Geral
para Micro e Pequena Empresa, que
criou facilidades tributárias como o
Super Simples.
Na maioria dos municípios brasileiros, as MPE’s, formais e informais,
representam 100% dos empreendimentos e são as maiores geradoras de
Revista ACB | Edição 78 | Abril e Maio 2012
emprego. Por isso, os pequenos negócios são peças fundamentais na economia local e um dos principais agentes
de fomentação da economia do Brasil.
Segundo dados do IBGE, Dieese
e Sebrae Nacional as MPE´s no Brasil correspondem a 99% das empresas
formais (5, 7 milhões de MPEs), gerando cerca de 20% do PIB (R$ 700
bilhões) e empregam cerca de 60% da
mão de obra do país (56,4 milhões de
emprego). O setor preferencial é o comércio, seguido de serviços, indústria
e construção civil. Nesse universo é
que nós encontramos o padeiro, o cabeleleiro, o lojista de varejo, o advogado, o contador, a costureira, o dono de
pousada ou a baiana de acarajé.
Mas, apesar das políticas de apoio
as MPE’s já existentes, elas ainda se
mostram insuficientes. Conforme pesquisa realizada pelo Sebrae-SP em
2010, 27% das empresas paulistas
constituídas entre 2003 e 2007 fecham
em seu 1º ano de atividade. A mortalidade das MPE’s quando chegam ao
quinto ano de existência é de 58 %. Na
comparação com as primeiras edições
da pesquisa observa-se tendência de
queda na taxa de fechamento de empresas. Porém, os resultados indicam
que a taxa de mortalidade de empresas
ainda é relativamente elevada.
Face ao exposto e considerando
que as MPE’s tem um papel sócioeconômico na medida em que são as
maiores empregadoras, geram oportunidades para a parcela com maior
dificuldade de inserção no mercado,
como jovens em busca pelo primeiro
emprego e as pessoas com mais de 40
anos, além de serem as principais formadoras de mão-de-obra qualificada
em um país com poucas escolas profissionalizantes, a qual depois de treinada é atraída por melhores salários
e benefícios oferecidos pelas grandes
empresas, foram debatidas na reunião
do Conselho de MPE’s da Federação
das Indústrias do Estado da Bahia,
com a participação do deputado Álvaro Gomes, presidente da Frente Parlamentar Estadual de Apoio às Micro
e Pequenas Empresas e Empreendedores Individuais da Bahia, três ações
que podem contribuir para o fortalecimento das MPE’s, estimulando o empreendedorismo e a formalização da
economia, são elas:
1ª) Redução de encargos e tributos da energia (que representam 45%
da conta de luz) fornecida para as micro e pequenas industrias;
2ª) Acompanhamento para aprovação do Projeto de Lei do Senado
32/2010, de autoria do Senador ACM
Júnior, que encontra-se na Comissão
de Seguridade Social e Família (Desde 16/12/2011). O PLS estabelece que
o pagamento do salário-maternidade
deverá ser efetuado diretamente pelo
INSS quando se tratar de benefício
concedido a mulheres que trabalham
em micro e pequenas empresas com
até dez empregados. Pelo sistema vigente, as próprias empresas pagam
o salário da empregada em licença
e compensa o valor ao recolher todo
mês as contribuições devidas à Previdência. Com isso elas comprometem
o já reduzido capital de giro, correndo
até o risco de inviabilizar suas atividades. Ao contrário das grandes empresas, as micro e pequenas podem ter
reduzido número de empregados. Por
isso, ficam sujeitas ao risco de levar
meses até conseguir compensar com
outras contribuições devidas o saláriomaternidade pago à funcionária em
licença-maternidade, além de pagar
a remuneração e encargos relativos
ao substituto. O autor considera que
o sistema atual pode até dar margem
a discriminações contra as mulheres
em idade fértil (o que de fato aconte-
ce), que entrariam em desvantagem
na disputa pelos empregos disponíveis
nas micro e pequenas empresas, devido aos riscos financeiros trazidos por
eventual gravidez;
3ª) Acompanhamento junto a
Câmara dos Deputados do PLP 113/11
do deputado Alfredo Sirkis, que estabelece isenção de tributos por quatro
anos para micro e pequenas empresas
que estejam vinculadas ao Simples.
De acordo com o autor do projeto a
intenção é ajudar essas empresas a
sobreviver às dificuldades dos primeiros anos. Esta é uma fase de aprendizagem para a maioria dos novos empreendedores.
O grande desafio será criar condições para que os pequenos negócios se
fortaleçam, sejam competitivos frente
à concorrência internacional e gerem
mais emprego, contribuindo para a
melhor distribuição de renda e o desenvolvimento do país
Homenagem
a Ivete Oliveira
A
Universidade Federal da Bahia – Ufba, através da
sua editora Edufba, lançou na noite de 8 de maio,
o livro “Ivete Oliveira – Ícone da Enfermagem
Brasileira”, homenagem póstuma a uma mulher
pioneira em várias áreas. Foi a primeira Secretaria
de Estado, ocupando a pasta do Trabalho e Bem Estar Social,
integrou o Conselho Diretor da Associação Comercial da Bahia
(1985/1993)e presidiu o Banco da Mulher. Referindo-se à
homenagem, disse o presidente da ACB, Marcos de Meirelles
Fonseca: “Ivete Oliveira tornou-se símbolo brasileiro da
Enfermagem, sendo uma tenaz defensora da participação da
mulher em todas as atividades e pertenceu ao nosso Conselho
para honra e memória da nossa instituição”. E completou, “A
Ufba merece aplausos pela iniciativa”.
Revista ACB | Edição 78 | Abril e Maio 2012
33
Acontece
Encontro da comunicação em SP
P
rofissionais do mercado
publicitário e anunciantes vão se reunir em São
Paulo, nos dias 28, 29 e
30 de maio, durante o V
Congresso da Indústria da Comunicação. O lançamento em Salvador ocorreu no dia 27 de março,
reunindo donos de agências de
publicidade, anunciantes e dirigentes
de entidades empresariais. Para falar
sobre o evento, esteve em Salvador o
presidente do Fórum Permanente da
Indústria da Comunicação, Dalton
Pastore.
“Tivemos em Salvador uma prévia
das importantes discussões que vão
acontecer no Congresso, em São Pau-
lo, em meio a um momento decisivo
para a economia e, por consequência,
para a economia em nosso país”, pontuou o presidente da Abap-Ba, publicitário Renato Tourinho. Na foto, Caio
Barssotti, presidente do CENP, (E),
Renato Tourinho, Robson Almeida,
secretário de Comunição do Governo,
e Dalton Pastore.
Empresário baiano eleito presidente da Abepra
C
om firme determinação de
trabalhar pela convergência e diálogo, o empresário
Paulo Catharino Gordilho,
55 anos, diretor da ACB,
foi eleito presidente da Associação
Brasileira de Portos Secos – Abepra. O
fato ocorreu em São Paulo, no dia 10,
em assembleia geral da entidade, que
reúne 19 companhias e três dezenas de
armazéns, todos operando em cooperação com os principais portos marítimos, aeroportos e fronteiras.
Entre as suas propostas, destacam-se a modernização da legislação e
a ampliação dos portos secos no País,
ambas iniciativas essenciais para o desenvolvimento do comércio exterior.
34
Além disso, vai divulgar os múltiplos serviços que os portos secos
podem oferecer às empresas, de
todo o país, com agilidade e barateamento de custos. “O nosso
objetivo é aliar empresários, Governo e Congresso Nacional para
que o diálogo seja aprofundado e
nossos portos secos ganhem crescente eficiência”, afirma Catharino
Gordilho. “Precisamos dessa convergência porque os investimentos
são muito altos. A abertura de um
porto seco, apenas para iniciar,
exige elevados investimento e ao
longo tempo, são necessários investimentos constantes.” (Colaborou Aurora Vasconcelos)
Revista ACB | Edição 78 | Abril e Maio 2012
Planejamento/Debates
Secretário debate
projetos do governo
Marcos Meirelles (C) dirigiu os debates
O
secretário do Planejamento, José Sergio Gabrielli reuniu-se com a
diretoria executiva da
Associação Comercial da
Bahia, para falar de seus planos à frente
da Secretaria de Planejamento do Estado, que assumiu recentemente depois
de profícua trajetória na presidência da
Petrobras.
O presidente da ACB, Marcos
de Meirelles Fonseca, acompanhado
pelo presidente do Conselho Superior,
João Sá, pelos ex-presidentes Eduardo Morais de Castro e Joaquim Fonseca, além de diretores da entidade,
debateram com o secretário alguns
dos projetos estratégicos do governo
estadual.
O secretário fez uma explanação
de como o governo pretende implantar o megaprojeto da Baía de Todos os
Santos, onde se inclui futuramente a
ponte Salvador-Itaparica.
Gabrielli também abordou as
obras planejadas para a reestruturação
do Sistema Portuário da Bahia. Temas
ligados à capital foram outro destaque
do encontro, tais como mobilidade urbana e preservação do patrimônio.
O presidente da Associação Comercial entregou na oportunidade ao
secretário, uma carta de agradecimento ao seu apoio por ocasião das obras
de restauração do Palácio da ACB.
Marcos de Meirelles também convidou o secretário do Planejamento
para fazer a palestra de abertura do
“Seminário Negócios e Desafios para
o Desenvolvimento da Região Metropolitana de Salvador”, que a entidade
realizará, a partir de maio, com o objetivo de debater questões sociais e
econômicas relacionadas ao desenvolvimento da Região Metropolitana de
Salvador.
Surge um novo bairro
O
projeto de revitalização de uma área do Centro de
Salvador, foi apresentado pelo secretário de Planejamento e Desenvolvimento Urbano, Habitação e Meio
Ambiente da Prefeitura, Paulo Damasceno, durante a
reunião de diretoria da ACB, realizada na tarde do dia
26 de abril, sob a direção do vice-presidente. Adary Oliveira, na ausência do seu titular, Marcos de Meirelles Fonseca.
O projeto prevê intervenções no Largo 2 de Julho, ruas do Sodré
e Democrata, ladeiras da Preguiça e Visconde Mauá e localidades do
Areal de Baixo e Areal de Cima. Para pôr o projeto em prática, a prefeitura está buscando parcerias com os governos estadual e federal,
além da iniciativa privada.
O secretário detalhou o projeto
Revista ACB | Edição 78 | Abril e Maio 2012
35
Artigo
Por Marcos Cintra
Marcos Cintra é doutor em Economia
pela Universidade Harvard (EUA),
professor titular e vice-presidente da
Fundação Getulio Vargas.
www.marcoscintra.org
[email protected]
A praga da burocracia
"Há uma proliferação insana de leis, decretos, medidas
provisórias, emendas, normas complementares, entre
outros instrumentos jurídicos, que acabam impondo
pesados custos aos contribuintes, sobretudo às
empresas"
A
empresa de consultoria
Grant Thornton produz,
periodicamente, o relatório International Business
Report (IRB) para mostrar o principal entrave para a expansão
dos negócios em vários países. O levantamento é realizado junto a executivos e
contempla questões como falta de mão
de obra qualificada, carência de infraestrutura, custo de financiamento, burocracia e escassez de capital de giro.
No Brasil, o item que mais limitará o crescimento das empresas em
2012, segundo o mais recente estudo,
será a burocracia. Ela será um entrave
para 46% dos executivos entrevistados, ficando acima da média mundial,
que é de 37%. O país onde esse fator
menos preocupa é a Finlândia (6%).
A burocracia é uma praga que con-
36
tamina o meio empresarial e o maior
expoente dessa excrescência reside
na área tributária. É impressionante
como as regras fiscais proliferam no
País. Essas ações insanas criam uma
estrutura cada vez mais complexa,
impossível de ser digerida, gerando
custos para as empresas e tornando
o sistema cada vez mais vulnerável à
corrupção.
Entender a confusa legislação tributária no Brasil é uma tarefa difícil
até para os mais experientes tributaristas. A complexidade tributária no
País é uma anomalia cada vez mais resistente. A produção de regras não cessa e torna a vida do contribuinte um
inferno. Há uma proliferação insana
de leis, decretos, medidas provisórias,
emendas, normas complementares,
entre outros instrumentos jurídicos,
Revista ACB | Edição 78 | Abril e Maio 2012
que acabam impondo pesados custos
aos contribuintes, sobretudo às empresas.
Um levantamento do Banco Mundial, comparando o tempo que as empresas gastam para apurar tributos em
vários países, revela dados impressionantes sobre a situação ridícula da
estrutura de impostos brasileira. Uma
empresa submetida à legislação tributária no País gasta por ano 2.600 horas
(equivalente a 108 dias e oito horas)
com a burocracia nos três níveis de governo, enquanto que a média mundial
é de 1.344 horas (equivalente a 56 dias
no ano). No Chile são necessárias 316
horas; na China, 872; na Índia, 272; na
Rússia, 448; e, na Argentina, 615. Essa
discrepância absurda é, seguramente,
um dos fatores mais significativos para
o comprometimento da competitividade da produção no Brasil.
O viés burocrático faz da estrutura tributária brasileira um monstrengo cada vez mais horripilante. Um
exemplo claro nesse sentido refere-se
ao que ocorreu nos últimos anos com
dois impostos: PIS/Cofins e CPMF. O
primeiro passou a ser cobrado parte
sobre o faturamento e parte sobre o
valor agregado, gerando uma calamitosa proliferação de procedimentos
regulatórios e o segundo que era simples, transparente, sem custo para o
governo ou para o contribuinte e altamente produtivo na arrecadação, foi
sumariamente trucidado.
Na questão tributária o País precisa mudar paradigmas em vez de
aprofundar seus defeitos, como a burocracia pública insiste em fazer. O
potencial da economia brasileira tem
uma dificuldade enorme para ser concretizado, e isso, em boa parte, decorre
de uma visão que repele o simples e assimila o complexo.
Empresas
Imobiliária Josinha Pacheco
Evoluindo com o Mercado, a JPCI vem
investindo regular e fortemente na formação
dos profissionais de vendas do mercado imobiliário acreditando na necessidade de torná-los verdadeiros consultores imobiliários
alinhados à modernidade e com o domínio
das informações mercadológicas, agregando
conhecimentos fundamentais de arquitetura, engenharia e matemática financeira.
Com sensibilidade para identificar a
crescente vinda de investidores imobiliários estrangeiros para o Litoral Norte baiano, a JPCI antecipou-se na preparação de
equipe e infraestrutura condizentes com as
necessidades deste público – o que lhe proporcionou amplo conhecimento e domínio
das vendas dos maiores empreendimentos
desse setor de terceira residência, entretenimento e lazer.
A concepção de novos projetos na
Josinha Pacheco Consultoria Imobiliária
visa atender as demandas específicas de
cada empreendimento com profissionais
preparados para a captação de terrenos
que melhor se atendam à encomenda do
empreendedor formatando o produto mais
adequado à vocação do terreno e seu entorno. Uma vez identificado o terreno e formatado o produto, os profissionais da JPCI
preparam um estudo de viabilidade econômico-financeira preliminar do empreendimento proposto, como forma de embasar a
tomada de decisão do seu cliente. Ainda na
fase de concepção, uma vez decidido pela linha de negócio proposta, a JPCI busca parceiros junto aos mais renomados arquitetos da Bahia, tais como Antonio Caramelo,
Carlos Campelo, Ivan Smarcevski, Andre
Sá, Jean Gaston Humbert, Francisco Mota,
Alvarez e arquitetos associados, David Bastos, Sidney Quintela, Cássio Santana, Prado
Valadares, a citar, para procedimentos de
estudos arquitetônicos do produto proposto que, se referendado pelo empreendedor,
passam ao desenvolvimento dos projetos
arquitetônicos legais.
Do ponto de vista mercadológico, a
equipe da Josinha Pacheco Consultoria
Imobiliária está preparada para a realização de pesquisa de mercado, para a análise
do potencial de vendas e da concorrência,
estabelecendo o plano de comercialização
mais adequado ao produto pretendido e ao
público-alvo a que se destina, fatores considerados fundamentais para o sucesso de
todo empreendimento.
O resultado deste preparo e esforço se
reflete no desempenho da Empresa dos últimos anos, que gira numa média anual de
R$100 milhões em VGV. No seu histórico
está o desenvolvimento e a comercialização de empreendimentos de parceiros nacionais e internacionais como Odebrecht,
JHSF, Pestana, Via Célere, Prima Emp.,
Reta Atlântico, Paraíso Emp., Civil, Garcez,
RPH Eng., JCG Const, Plena Emp, Mikatys,
Gatto Emp., Leão Eng, Santa Helena, Conipe, D’Avila, ARC Eng., Ramos Catarino,
Ecomundo, dentre outras, o que demonstra
o quanto estas alianças estabelecidas pela
JPCI proporcionam velocidade e eficiência
para quem deseja incorporar, construir,
investir, vender ou comprar imóveis na
Bahia.
Revista ACB | Edição 78 | Abril e Maio 2012
37
de alto padrão e especificidade destinados
a um segmento de mercado composto por
clientes das classes mais altas da pirâmide social. Mais recentemente, entretanto,
o crescimento das classes B e C impulsionaram a demanda por parte desse público
aquecendo a demanda de mercado com
novos produtos, o que motivou a JPCI a
reposicionar-se como uma imobiliária de
espectro mais abrangente, porém sem perder o foco no seu reconhecido alto padrão
de atendimento aos clientes.
Josinha Pacheco. empresária
F
undada pela própria Josinha,
em 1995, a Imobiliária Josinha
Pacheco Consultoria Ltda., nasceu com o objetivo de ser uma
empresa com perfil inovador.
Ao longo dos 35 anos de atuação como corretora e desses quase 17 anos de empresa, a
JP Consultoria Imobiliária se consagrou na
Bahia e se tornou referencia de qualidade,
alcançando reconhecimento nacional e internacional. Como reflexo, a JPCI recebeu
vários prêmios de relevante importância,
tais como Prêmio Top de Marketing 2000,
da ADVB-BA, Prêmio Master Imobiliário 2002, da FIABCI/Brasil e Secovi-SP,
Prêmio ABMP 2005, Prêmio Best of Mind
2006, da ABRH-BA, dentre outros
A empresária é diretora da ACB, da
FIABCI / Brasil/SP e Diretora Regional
FIABCI/NE.
A Imobiliária Josinha Pacheco sempre
vinculou o seu posicionamento a produtos
"Uma vez identificado o
terreno e formatado o
produto, os profissionais da
JPCI preparam um estudo
de viabilidade econômicofinanceira preliminar do
empreendimento proposto,
como forma de embasar
a tomada de decisão do
seu cliente"
Seminário
O trade discute o turismo na ACB
produtivas com os 13 destinos turísticos do Estado.
A ausência de equipamentos de
lazer e entretenimento e a recuperação
da malha urbana e física de Salvador,
além da falta de divulgação municipal
do turismo, também mereceram acaloradas discussões.
A força econômica
Domingos Leonelli, secretário de Turismo e Marcos Meitelles, presidente da ACB
A
s problemáticas do turismo em Salvador foram
discutidas no seminário
“Turismo de Entretenimento”, promovido pela
Associação Comercial da Bahia na
tarde/noite do dia 19 de abril, com a
presença do secretário de Turismo do
Estado, Domingos Leonelli e de representantes do trade turístico.
“O encontro foi um debate que
deixou o legado da necessidade de
trocarmos ideias e atuarmos em conjunto. O turismo é uma das alavancas
econômicas no processo de desenvolvimento do Estado, e debates como
38
esse possibilitam a abertura de novos
canais de participação entre o governo
e a sociedade civil, através de suas entidades de classe”.
Com estas palavras, o presidente
da ACB, Marcos de Meirelles Fonseca, resumiu o clima reinante no auditório da entidade, ao final de mais
de três horas de discussão sobre o
turismo.
Constatou-se a necessidade de gerar informações estatísticas confiáveis
sobre a indústria do turismo na Bahia,
a urgência de ideias inovadoras para
incrementar os períodos de baixa estação, além da integração das cadeias
Revista ACB | Edição 78 | Abril e Maio 2012
“Turismo e Entretenimento” foi o
tema de abertura da série de seis seminários organizados pela ACB, sobre
“Negócios e desafios para o desenvolvimento da Região Metropolitana de
Salvador”, sob a coordenação da vicepresidente da ACB, Rosemma Maluf.
Participaram o secretário do Turismo, Domingos Leonelli, o coordenador da Câmara de Turismo da
Federação do Comércio, Cícero Sena,
os presidentes do Convention Bureau
de Salvador, Pedro Costa, e da Abav,
Pedro Galvão; Carlos Casaes, diretor
da Gazeta do Turismo Magazine, e o
presidente da Associação Baiana de
Camarotes, Paulo Goes, além de representantes do trade turístico, autoridades municipais e estaduais, diretores e
empresários associados da Associação
Comercial da Bahia.
O presidente Marcos de Meirelles abriu os trabalhos falando sobre o
poder gerador de emprego e renda do
setor, o observou que “o turismo quando traz o visitante para a Bahia, traz o
cliente para dentro de nossa casa. E a
casa precisa estar pronta para recebêlos bem”.
O secretário Leonelli exibiu indicativos da importância do turismo na
ciranda econômica mundial: o setor
emprega atualmente mais de 264 milhões trabalhadores em todo o mundo,
1 em cada 12 empregos gerados mundialmente é na área de turismo.
Destacou a última pesquisa da
FIPE, com a Bahia em terceiro lugar
na preferência como destino, atrás
apenas de São Paulo e Rio de Janeiro,
e líder na região Nordeste. Para Leonelli o importante é a vinculação econômica entre os empreendimentos e o
seu entorno social, “atuando a favor do
adensamento e da integração das cadeias produtivas”.
Disse que há um projeto para
fazer frente à baixa estação, que enfrenta rejeições no próprio âmbito do
governo: a transformação do Parque
de Exposição na avenida Paralela em
uma Cidade da Música, com espaços
para megashows e eventos artísticos
de grande porte.
Os problemas da capital
Salvador foi uma das vertentes
mais discutidas no encontro. O presidente da ABAV, Pedro Galvão, confessou-se preocupado com a queda do
fluxo “devido à falta de investimentos
em equipamentos, além de sérios problemas estruturais, como a falta de
mobilidade urbana e de urbanização
na orla, além de problemas de segurança pública”.
Revista ACB | Edição
Edição 78 | Abril e Maio 2012
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Todos manifestaram preocupação
com a segurança, “que não deve ser
apenas o aumento do efetivo policial
mas que precisa de ações educacionais
e melhoria da qualidade de vida da população”, enfatizou Pedro Costa.
O presidente da Câmara Empresarial do Turismo (CET/Fecomércio),
Cícero Sena, afirmou que “o turismo
vai bem no estado, mas em Salvador
vai mal, com um declínio acentuado
no turismo de lazer. Os turistas preferem ir para o Litoral Norte ou Porto
Seguro do que ficar em Salvador”. Para
ilustrar sua palestra mostrou pesquisas realizadas pela CVC, maior operadora do setor no país.
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Ultraleve
Por Everaldo Menezes
Everaldo Menezes, Empresário,
Mercadólogo e Diretor da Associação
Comercial da Bahia
REVISÃO SURREAL?
"Quem não interessaria em estar num País que hoje
é considerado um grande filão, exatamente por ter um
excelente mercado consumidor"
T
uristas brasileiros deixaram
21,2 bilhões de dólares em viagens internacionais ao longo
de 2011; estrangeiros gastaram 6,8 bilhões de dólares no
país, segundo Informação da revista Veja.
A cifra de 14,4 bilhões de dólares de diferença contra o Brasil, fazendo esse comparativo sem levar em conta outros fatores,
deveria ser um motivo de preocupação e de
adoção imediata pelo governo, de medidas
austeras e não complicadas, para promover
um equilíbrio de gastos, em particular de
viajantes brasileiros a turismo.
Mas o que leva tanto os nossos viajan-
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tes a gastarem tanto dinheiro lá fora? Quais
são os fatores motivacionais que despertam
esse lado compulsivo de trazer tantos produtos, uma vez que os temos aqui, desde
lojas simples às lojas de grifes de médio a
alto padrão dos shoppings?
Não é difícil imaginar, para muitos
de nós, o que acarreta essa muvuca louca
de comprar: O preço baixo. Isso mesmo!
Bem abaixo, quando comparado aos nossos. Tenho como exemplo uma camisa
que compramos aqui por 280 reais, custar até 80,00 lá fora. Percebemos assim
nesse surpreendente enunciado que algo
está errado, não com eles, mas com nós,
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da terra Brasilis, terra dos contrastes.
De quem ou do quê é a culpa: Da alta
e megera carga tributária! Vergonhosa demais para o nosso bolso. Será que é tão difícil observar, que se proporcionarem meios
viáveis para diminuir esse apetite insaciável de tributos, não atrairia fábricas ou a
entrada de produtos com preços mais accessíveis, arrecadando mais impostos para
a nação? Quem não interessaria em estar
num País que hoje é considerado um grande filão, exatamente por ter um excelente
mercado consumidor, a exemplo de celulares, País que liderou a compra dos produtos
em todo o mundo em 2011.
É hora de nos unirmos mais; entidades de classes, além do próprio povo, cobrando de forma mais direta, efetiva e sem
rodeios, apresentando soluções que possam beneficiar a própria nação, com exemplos tão simples. Precisamos falar mais alto
para chamar à atenção daqueles que simulam surdez. Devemos aproveitar a histórica
participação da Associação Comercial, em
particular a da Bahia, que sempre esteve
presente nas lutas em que redirecionaram
os caminhos do País ao desenvolvimento.
Temos membros competentes na Instituição que sabem preconizar soluções.
O governo já passou da hora de ser
mais producente, enxugando o ralo dos
gastos públicos, diminuindo a intensa burocracia, ouvindo mais e permitindo aos
empresários e toda população respirar um
pouco mais aliviados. O Brasil, desta forma, pode competir com outros mercados e
sair vitorioso quanto à paridade de preços.
Isso vai evitar os brasileiros de viajar
mais para o Exterior? Não! Mas, com certeza, a bagagem vai pesar bem menos e o
País, ganhar muito dinheiro na conta.
Acontece
Ex-presidente preside Conselho
da Unifacs
O
ex-presidente norte americano, Bill Clinton, Chanceler
Honorário da Laureate International Universities, instituição que reúne mais de 50 universidades em todo o
mundo, mantenedora da Unifacs, enviou correspondência ao empresário Eduardo Morais de Castro, ex-presidente da ACB, convidando-o para assumir a posição de presidente do
Conselho Consultivo da Universidade Salvador (Unifacs).
Em sua carta, diz o ex-presidente Clinton: “Nosso grande objetivo
com a implantação dos conselhos consultivos é melhorar a qualidade do
ensino superior oferecido em nossas instituições ... e reunir opiniões de
alto nível sobre a concepção e a execução de programas acadêmicos, e a
ter acesso ao direcionamento quanto ao que devem fazer para melhor
preparar seus alunos.”
Em outro trecho, “Eu atuo como Chanceler Honorário da Laureate
International Universities porque a rede exemplifica os mesmos princípios de inovação e responsabilidade social que eu trabalhei para avançar
durante minha presidência e hoje por meio de minha fundação”.
Eduardo Moraes de Castro, formado em Administração de Empresa,
recebeu o primeiro diploma emitido pela Unifacs.
Presidente da Civil homenageado
O
empresário Eduardo Meirelles Valente,
membro do Conselho Superior da ACB
e presidente do Grupo Civil, recebeu a
Medalha do Mérito Profissional Norberto
Odebrecht, concedida pelo Rotary Club
da Bahia, em solenidade realizada no dia 19 de abril,
na Casa do Comércio. A Comenda, criada em 1998, visa
reconhecer profissionais cujo trabalho contribuiu para
o aprimoramento do ser humano e para o progresso da
sociedade.
Após a saudação feita pelo rotaryano Walter Pinheiro, o homenageado recebeu a medalha das mãos do presidente da instituição, Jairo Sento Sé. Em seu discurso
de agradecimento, disse Eduardo Valente “É a maior homenagem que já recebi e me emociona ainda mais por
ser também, uma homenagem um homem que foi um
exemplo para mim. É um sonho que se realiza e que me
obriga a buscar ser, a cada dia, uma pessoa melhor, para
fazer jus a esta medalha”.
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Associação Comercial da Bahia – Fundada em 15/7/1811
(A entidade mais antiga da América Latina)
Órgão Técnico e Consultivo do Governo Federal (Dec. 8130/41)
Diretoria – Biênio 2011/2013
PRESIDENTE DA DIRETORIA
Marcos de Meirelles Fonseca
MESA DA ASSEMBLEÍA GERAL
Presidente – João José de Carvalho Sá
1º Secretário – Eugênio de Souza Kruschewsky
2º Secretário – Luiz Ovídio Fisher
INTEGRANTE DO SISTEMA
MEMBROS NATOS
Álvaro Conde Lemos Filho; Eduardo Morais de Castro; Élmer
Musser Pereira João José de Carvalho Sá; Joaquim Quintiliano da
Fonseca Júnior; Juvenalito Gusmão de Andrade; Lise Weckerle;
Rubens Lins Ferreira de Araújo; Wilson Galvão Andrade
CONSELHO SUPERIOR
Adalberto de Souza Coelho; Ângelo Calmon de Sá; Antonio
Carlos Nogueira Reis; Eduardo Meirelles Valente; Élio Luiz Régis
de Souza; Gilberto Pedreira de Freitas Sá; Jan van der Zeijden;
Jayme Villas Boas Netto; Joaci Fonseca de Góes; Luiz Ramos de
Queiroz; Luiz Vianna Neto; Manoel Joaquim Fernandes de Barros
Sobrinho; Norberto Odebrecht; Orlando Sampaio Passos; Renato
Simões; Renato Augusto Ribeiro Novis; Roberto de Paula Nunes
de Campos; Roberto Zitelmann de Oliva; Rogério Joaquim de
Carvalho; Victor Calixto Gradin Boulhosa; Victor Fernando Ollero
Ventin
COMISSÃO DE CONTAS – TITULARES
José Henriques Ramos;
Maria Constança Carneiro Galvão;
Renato dos Santos Ferreira
COMISSÃO DE CONTAS – SUPLENTES
Décio Sampaio Barros;
Marco Aurélio Luiz Martins;
Rogério Joaquim de Carvalho Júnior
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DIRETORIA EXECUTIVA
Vice-Presidente – Adary Oliveira;
Vice-Presidente – Antonio Eduardo de Araújo Lima;
Vice-Presidente – Arnon Lima Barbosa;
Vice-Presidente – Luiz Fernando Studart Ramos de Queiroz;
Vice-Presidente – Rosemma Burlacchini Maluf;
1º Secretário – Marcelo Neeser Nogueira Reis;
2º Secretário – José Pedro Daltro Bittencourt;
1º Tesoureiro – Júlio Augusto de Moraes Rêgo Filho;
2º Tesoureiro – Sylvio de Góes Mascarenhas Filho
DIRETORIA PLENÁRIA
Alberto Nunes Vaz da Silva; Alessandra Brandão Barbosa; Alfredo
Benjamin Martini Neto; Antoine Youssef Tawil; Antonio Luiz Nogueira
Chaves; Arthur Guimarães Sampaio; Aurélio Pires; Carlos Antonio
Borges Cohim Silva; Carlos Palma de Melo; Claudelino Monteiro da Silva
Miranda; Diangela Paiva Matos de Meirelles Fonseca; Edmilson Nunes
de Pinho; Eduardo Seixas de Salles; Everaldo Costa Menezes; Fernando
Elias Salamoni Cassis; Hélio Bandeira Neves; Henrique Portugal Pedreira;
Hilton Morais Lima; João Alfredo Sampaio de Figueiredo; João Lopes
Araújo; Joaquim Luiz de Souza; José Ailton Lira; José Carlos Augusto
da Silva; José Carlos Barros Rodeiro; José Eduardo Athayde de Almeida;
José Pedro Paulino Souto; José Renato Mendonça; José Sérgio Almeida
Franco; Josinha Pacheco; Leonardo Rêgo Genofre; Lúcio Félix de Souza
Filho; Luis Severo Perez Garcia; Luiz Antonio de S. Queiroz Ferraz Júnior;
Luiz Carlos Magnavita Bacellar; Luiz Pedrão Rio Branco; Magnólia
Cavalcante Lima; Manuela de Carvalho Corrêa Ribeiro; Marcelo
Sacramento de Araújo; Marconi Andraos Oliveira; Marcos Galrão
Cidreira; Marcos Vinícius Pinto Fonseca; Maria José de Castro Harth;
Maria José Fernandes Vieira; Maria Rita Souza Brito Lopes Pontes; Miriam
de Almeida Souza; Oscar Luiz Mendonça de Aguiar; Oswaldo Ignácio
Amador; Paulo Augusto de Oliveira Lopes; Paulo Catharino Gordilho;
Paulo César Fonseca de Góes Carvalho; Paulo Gadêlha Vianna; Pedro
José Galvão Nonato Alves; Reynaldo Jorge Calmon Loureiro; Roberto de
Sá Dâmaso; Roberto Zitelmann de Oliva Júnior; Rodrigo Santos Alves;
Ronald de Arantes Lobato; Sérgio Fraga Santos Faria; Thomas Hartmann;
Valnei Sousa Freire; Walter Barreto Júnior
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