Miguel Calmon - Associação Comercial da Bahia
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Miguel Calmon - Associação Comercial da Bahia
espaço do presidente ■ Por Marcos de Meirelles Fonseca O legado do presidente Miguel Calmon A "Formulou um estudo sobre o código tributário do município, pois considerava que os impostos arrecadados eram utilizados de maneira inadequada e ineficiente" 4 Bahia comemorou, por justos motivos e grande orgulho, no dia 2 de maio, o centenário de nascimento de um dos mais destacados brasileiros do século XX, Miguel Calmon du Pin e Almeida Sobrinho, filho do ex-governador da Bahia, Francisco Marques de Góes Calmon e de Julieta Maia de Góes Calmon. Miguel Calmon construiu uma biografia ímpar, onde se destacam sua sabedoria e liderança, aliadas a uma postura ética digna dos grandes personagens que forjaram a nossa história mais recente, lastreado por seu cultuado e elevado senso de responsabilidade social. Legou ao país uma obra diversificada e pródiga em criatividade ao longo de sua vida pública e privada. Sua vasta biografia revela o quão profícuo foi em cada uma das diferentes funções que exerceu. Entre elas, a presidência da Associação Comercial da Bahia. Muito já se falou e se escreveu em livros de história do Brasil sobre o destacado engenheiro, administrador e empresário; deputado e ministro, professor, escritor e reitor: Revista ACB | Edição 78 | Abril e Maio 2012 desde quando assumiu a presidência do Banco Econômico, aos 28 anos, posto em que permaneceu por 22, colocando a instituição no topo do sistema financeiro e bancário do país. Deputado Federal e Ministro da Fazenda, no governo parlamentarista de João Goulart. Mentor intelectual e reitor magnânimo, concebeu e estruturou a Universidade Federal da Bahia(1964), dinâmica e interativa com a realidade baiana. Poucos reitores marcaram sua relevância na vida acadêmica do Brasil quanto Miguel Calmon na UFBa. Mas o que se pretende nestas breves palavras, é reafirmar o quanto honra a esta Associação Comercial, o fato de Miguel Calmon ter sido um dos mais destacados presidentes desta nossa bicentenária instituição. E um dos que mais incorporou e reforçou o papel de liderança desta entidade representativa do empresariado e das forças produtivas no cenário socioeconômico do estado e do país. Em 1944, tornou-se diretor da Associação Comercial da Bahia, a qual presidiu entre 1949 e 1951. Sua gestão caracterizou-se pela abrangência de ações empreendidas. No plano municipal, formulou um estudo sobre o código tributário do município, pois considerava que os impostos arrecadados eram utilizados de maneira inadequada e ineficiente. Junto à Prefeitura, colocou na pauta de reivindicações vitais para o crescimento da cidade, a expansão e urbanização, com a melhoria dos serviços prestados pela Prefeitura (Corpo de Bombeiros, Matadouro Municipal e Limpeza Pública). Fomentou a discussão e criação de uma política de turismo para a cidade. Foi o responsável pela manutenção da Guarda Noturna do Comércio, ameaçada de extinção por falta de recursos. Mobilizou os comerciantes e manteve a Guarda. Lutou pelo desenvolvimento da economia baiana, mediando diálogos entre exportadores e, além disso, intermediou negociações com a Carteira de Exportação e Importação do Banco do Brasil. Empreendeu também campanha junto ao governo federal, reivindicando melhorias no transporte para facilitar o escoamento dos produtos, e para restabelecer as condições de navegabilidade no porto de Ilhéus, que afetava diretamente a zona cacaueira do Estado. Foi um dos líderes da conclusão das obras da Estrada de Ferro de Nazaré-Jequié. Foi quem hasteou pela primeira vez o pavilhão da entidade na frente do Palácio da ACB, no dia 15 de julho de 1950. Graças à sua atuação- pressionando o governo do Estado e a empresa concessionária do serviço telefônicotoda a cidade ganhou novos aparelhos. A Associação Comercial destacou-se também nas causas trabalhistas. Mediou conversações sobre o salário dos comerciários. Promoveu encontros entre a Federação do Comércio, o Sindicato dos Empregados no Comércio e os sindicatos patronais. No exterior, percebeu a deficiência na divulgação da Bahia. Negociou com a Secretaria da Agricultura do Estado, a Prefeitura da Capital, a Bolsa de Mercadorias e Valores e a Comissão do Comércio do Cacau para que se providenciasse propaganda da Bahia no exterior, sobretudo em Nova York. A Associação promoveu encontros e debates em defesa dos interesses baianos no comércio com outras nações, principalmente a Alemanha e a Bélgica. Defendeu aberta e veementemente, e em várias instâncias pelo país, a expansão da economia baiana. Argumentava sobre o peso dos negócios baianos para o Brasil, e, sendo este estado um “grande exportador”, deveria receber ajuda da União. Cioso da importância do papel desenvolvido pela ACB ao longo da história da Bahia, lançou em 1950 a 1ª edição do livro “Palácio da Associação Comercial da Bahia (Antiga Praça do Comércio)”, do historiador Waldemar Matos. É o principal e primeiro documento sobre a história da ACB, que aliás, oportunamente, teve nova edição publicada em 2011, promovida pelo ex-presidente Eduardo Morais de Castro. No momento em que a Bahia presta homenagens ao seu ilustre personagem em seu centenário de nascimento, a Associação Comercial da Bahia também presta aqui sua singela reverência àquele cuja brilhante passagem pela galeria de presidentes desta pioneira instituição setorial do Brasil ajudou a construir uma entidade ainda mais forte o cenário local e nacional. Nestes primeiros passos de seu terceiro século de existência, a Associação Comercial da Bahia homenageia a passagem do centenário do seu ex-presidente e reafirma sua trajetória de uma entidade comprometida com a história da Bahia e do Brasil, sempre dando a sua contribuição socioeconômica e cultural à sociedade, força empreendedora na valorização profissional e responsabilidade social, conectada ao mundo globalizado de hoje. Revista ACB | Edição 78 | Abril e Maio 2012 "Cioso da importância do papel desenvolvido pela ACB ao longo da história da Bahia, lançou em 1950 a 1ª edição do livro “Palácio da Associação Comercial da Bahia (Antiga Praça do Comércio)”, do historiador Waldemar Matos" Miguel Calmon 5 s u m á r i o Nesta edição enfocamos o agronegócio café. São noticias sobre o 13º Agrocafé, o desenvolvimento de sua cultura no Brasil e na Bahia, a produção nacional e na Bahia, a expansão com o surgimento de boutiques especializadas, o papel do barista e algumas receitas com o produto. O centenário de nascimento do expresidente da ACB, Miguel Calmon Du Pin e Almeida Sobrinho teve suas comemorações iniciadas com uma sessão solene na Universidade Federal da Bahia, de onde foi Reitor. Nas páginas 4 e 5 o presidente Marcos de Meirelles Fonseca destaca sua atuação na atividade pública e na presidência da entidade empresarial. As problemáticas do turismo em Salvador foram discutidas no Seminário Turismo de Entretenimento, com a presença de autoridades do setor de integrantes do trade. Praça Conde dos Arcos s/nº Salvador – Bahia – Brasil – Cep: 40015-120 Tel: 55 71-3242-4455 • Fax: 55 71-3241-7429 [email protected] www.acbahia.com.br 6 DIRETORIA EXECUTIVA Presidente: Marcos de Meirelles Fonseca Vice-Presidentes: Adary Oliveira; Antonio Eduardo de Araújo Lima; Arnon Lima Barbosa; Luiz Fernando Studart Ramos de Queiroz; Rosemma Burlacchini Maluf • Primeiro Secretário: Marcelo Neeser Nogueira Reis • Segundo Secretário: José Pedro Daltro Bittencourt • Primeiro Tesoureiro: Júlio Augusto de Moraes Rêgo Filho • Segundo Tesoureiro – Sylvio de Góes Mascarenhas Filho Superintendente: Nelson Teixeira Brandão. Revista ACB | Edição 78 | Abril e Maio 2012 REVISTA ACB Redação: Pedro Daltro (Editor Responsável), Antônio Nikiel e Vander Prata Fotos: Hitanez Freitas, e arquivo • Capa e Projeto Gráfico: Domingos Designer Gráfico [email protected] Impressão: Gráfica Santa Barbara – Grasb Representante: Daltro Comunicação Empresarial Ltda. **** Os Artigos assinados são de total responsabilidade dos Autores. Ex-presidente A Bahia comemora o centenário de Miguel Calmon Homenagem da UFBa ao seu ex-reitor Atraído pela política, elegeu-se deputado federal de 1958 a 1962, tendo destacada atuação, principalmente nas questões relacionadas com a economia e as finanças O centenário de nascimento do engenheiro, professor, reitor da Universidade Federal da Bahia – Ufba, ministro da Fazenda, deputado federal e empresário, Miguel Calmon Du Pin e Almeida Sobrinho (1912-1967), foi comemorado no dia 2 de maio. Uma missa foi celebrada na Igreja da Vitória e, em seguida, às 10h30m aconteceu uma cerimônia no Salão Nobre da Reitoria da Ufba, presidida pela reitora Dora Leal Rosa, assistida por autoridades, educadores e empresários. A família foi representada pelo empresário Ângelo Calmon de Sá, seu sobrinho. Durante 22 anos, a partir de 1940, Miguel Calmon presidiu o Banco Econômico da Bahia, pertencente a sua família. No período, remodelou a instituição e deu-lhe novas dimensões, multiplicando de 10 para 100 o número de agências pela capital (Salvador), pelo interior e por outros estados, tornando o Banco um grande estabelecimento de crédito de amplitude nacional. Entre o período de 1949 e 1951, presidiu a Associação Comercial da Revista ACB | Edição 78 | Abril e Maio 2012 Bahia, seu diretor desde 1944. O historiador Álvaro Pinto Dantas de Carvalho Júnior, no livro “Associação Comercial da Bahia e seus presidentes”, editado quando das comemorações dos 200 anos da entidade, destaca as melhorias e as diversas ações lideradas por Miguel Calmon para o desenvolvimento sócio econômico da Bahia. Sua administração – destaca Pinto Dantas – foi caracterizada pela sua abrangência. Não se limitando aos fatores econômicos, buscou atender aos interesses mercadológicos e políticos, o que em parte pode ser explicado pela sua formação. Atraído pela política, elegeu-se deputado federal de 1958 a 1962, tendo destacada atuação, principalmente nas questões relacionadas com a economia e as finanças. Instalado o regime parlamentarista, foi nomeado sub secretário de Estado para assuntos financeiros (1962-1963) e, em seguida, ministro da Fazenda, quando tratou da estabilização da moeda, da contenção das despesas públicas, do equilíbrio salarial, do controle dos investimentos, visando reprimir a inflação em que mergulhava o país. Retornou ao ensino na Escola Politécnica da Bahia e depois da Revolução de março de 1964, quando assumiu a presidência da República o marechal Castelo Branco, foi eleito reitor da Universidade Federal da Bahia (1964-1967). Na sua gestão preocupou-se com a reestruturação do ensino universitário, tendo se empenhado para concretizar este objetivo. Enquanto esteve como reitor, presidiu o Conselho Federal de Reitores do Brasil. (Pedro Daltro) 7 Recôncavo O futuro de Camaçari em debate Ademar Delgado destacou o crescimento da região D urante a reunião plenária da Associação Comercial da Bahia (22/03), a entidade recebeu a visita do secretário de Relações Institucionais de Camaçari, Ademar Delgado, para debater com a diretoria 8 e empresários presentes sobre gestão pública e parcerias com o setor privado, as perspectivas da macro e microeconomia da região, com a chegada de investimentos de grande porte e a demanda no setor de serviços. Na apresentação do convidado, o Revista ACB | Edição 78 | Abril e Maio 2012 presidente Marcos de Meirelles Fonseca destacou a importância destes encontros- o primeiro foi com o ex-secretário da Casa Civil de Salvador, João Leão- “uma oportunidade para que o empresariado debata sobre assuntos atuais do desenvolvimento do estado”. Os últimos indicadores oficiais apontam um crescimento de 67,16% na indústria local, de 64,42% no comércio e de 93,65% no setor de serviços de Camaçari:” Este crescimento acelerado exige o desenvolvimento de um conjunto de ações no âmbito das áreas de infraestrutura e social”, destacou. O secretário falou sobre a chegada de investimentos na ordem de US$ 4,3 bilhões e que podem alcançar U$S 10,5 bilhões até 2015. Além disso, abordou o desenvolvimento social da região. Camaçari possui o maior Complexo Industrial Integrado da América Latina, o segundo maior PIB do Estado e é a segunda cidade em crescimento populacional na Bahia. Para o vice-presidente da Associação Comercial da Bahia e diretor presidente do Instituto Miguel Calmon, Adary Oliveira, “Camaçari é um excelente exemplo para outros municípios do país. Acho fantástica a criação do Polo Plástico”. Ademar Delgado ainda falou sobre o desenvolvimento educacional, ao destacar a criação da CTU -Cidade Técnico Universitária. Ao final da reunião, o presidente da Associação Comercial da Bahia, elogiou o trabalho desenvolvido em Camaçari e entregou ao convidado com o livro que relata os 200 anos de história da Associação. A reunião contou também com a presença do presidente do CDL de Camaçari, empresário Pedro Fayla. Infraestrutura Expansão do Tecon dobrará sua capacidade A rrendado em 2000 em uma concessão de 25 anos renováveis por igual período, o Grupo Wilson, Sons, responsável pelo Tecon Salvador já investiu cerca de 240 milhões de reais em compra de equipamentos, tecnologia e capacitação pro- 10 fissional. Em 2010, após um aditivo no contrato com a Companhia das Docas do Estado da Bahia (Codeba) iniciou sua expansão. Estão sendo pavimentados 44 mil m² somando um total de 118 mil m² de pátio e 2 berços capazes de atender 2 navios porta contêiner simultanea- Revista ACB | Edição 78 | Abril e Maio 2012 mente, com os novos investimentos, o terminal dobra sua capacidade e já está preparado para receber as maiores embarcações do mundo. No último dia 30 de março, os novos equipamentos construídos na China e entregues em dezembro de 2011, entraram em operação. São três portêineres Super Post-panamax e seis RTGs, que fazem parte do investimento de R$ 180 milhões na ampliação da capacidade operacional do Tecon Salvador. Os novos portêineres, responsáveis pela movimentação dos contêineres entre o cais e o navio, possuem lanças de 60 metros de comprimento, capazes de atender navios com 22 fileiras de contêineres de largura. O cais Água de Meninos, que recebeu os equipamentos, possui 377 metros de extensão e com a dragagem já concluída, aguarda homologação do calado de 15 metros. Para aumentar a produtividade do pátio, os 06 novos RTGs (pontes rolantes sobre rodas utilizados na movi- mentação dos contêineres) vão se juntar aos dois já existentes e substituirão parte das Reach Stackers (empilhadeiras de grande porte). A vantagem do novo equipamento é a otimização da utilização de espaço no terminal, que chega a aumentar em 30%. De acordo com estudo da Coppead (Instituto de Pós-Graduação da Universidade Federal do Rio de Janeiro) de 2010, o Tecon Salvador é o primeiro porto do Norte/Nordeste e o quarto do país em eficiência, custo de movimentação e tempo de espera para o navio atracar. Com o intuito de se manter entre os melhores, o terminal estuda a implementação de janelas de atracação a partir do segundo semestre de 2012 e continua investindo na conteinerização de novas cargas. Como exemplo a soja, que é embarcada tradicionalmente em navios graneleiros e, em agosto de 2011 foram feitos os primeiros embarques teste em contêiner. Equipado com três portêineres Panamax, o Cais de Ligação, onde antigamente era voltado para operação de cargas de projeto, hoje possui berço com 240 metros de comprimento e calado de 12 metros de profundidade e torna-se o cais preferencial para cabotagem. O modal, que vem recebendo grandes investimentos do terminal, apresenta grande potencial de crescimento no país, e além de ter o custo mais baixo que o transporte rodoviário, é uma alternativa sustentável e mais segura. De acordo com Demir Lourenço Junior, Diretor Executivo do Terminal, as empresas concentram sua demanda no transporte ro- Revista ACB | Edição 78 | Abril e Maio 2012 doviário, tornando restrita a utilização dos modais alternativos. Como exemplo, o serviço ferroviário de transporte de cargas em contêineres com fluxo Bahia – Sudeste, que encerrou as operações no primeiro semestre de 2010 por falta de demanda, mesmo sendo em torno de 30% mais baixo que o modal rodoviário, cita. “Estamos investindo para apresentar às empresas vantagens financeiras, mas ainda há uma grande resistência. Equipamos o cais de ligação e a partir de junho ele atua preferencialmente para cabotagem. Atualmente o modal representa 35% das movimentações.” Os grandes investimentos no terminal já atraíram o interesse de algumas empresas. O armador NYK Lines, já confirmou o serviço ANS com escala direta para a costa leste dos Estados Unidos. A linha passará a operar ainda este mês e destacou-se como o principal destino das exportações realizadas pelo Porto de Salvador no ano passado, correspondendo a 28% do volume. Armadores estão em negociação com representantes do terminal para incluir Salvador em serviços para o norte da Europa, com foco nas frutas do Vale do São Francisco, e escalas para o Extremo Oriente, principal comprador do algodão e grãos produzidos no oeste da Bahia. Segundo Demir, empresas que prestam serviço de cabotagem, como a Maestra, Login, Mercosul Line e Alinaça, também se mostraram interessadas em incluir novas linhas à Salvador. “Nos próximos meses teremos um terminal completo, moderno e operacionalmente ágil. Com os novos equipamentos a produtividade do terminal aumentará em 40% em relação ao ano passado, e com o fim das obras nossa capacidade mais que dobrará. Estamos avançando junto à economia baiana, e temos capacidade de absorver toda a demanda do estado em importações, exportações e cabotagem”. Afirma Lourenço. 11 Solenidade Posse da Ademi na ACB reda, 100 mil unidades já foram entregues em dois anos e a expectativa é que haja um crescimento de 80% no número de unidades entregues no MCMV2, em relação à primeira fase. Depoimento O presidente afirmou esperar uma leve redução no número de lançamentos em 2012. Em contrapartida, ele acha que haverá um aumento no número de vendas em relação ao ano passado. Ao todo, as imobiliárias esperam vender 12 unidades no ano, um aumento de 20% em relação a 2011, quando foram comercializadas cerca de 10 mil, segundo dados da própria Ademi. Para o Presidente da Associação Comercial da Bahia, Marcos de Meirelles Fonseca, que presidiu a Ademi-Ba na gestão 2000 / 2002, foi com satisfação que participou como presidente da Casa, da mesa diretora de posse do presidente Nilson Sarti, lembrando, ser o primeiro ex-presidente da Ademi-Ba a dar posse a uma nova gestão como presidente da ACB. “Ademi-Ba é uma instituição da maior credibilidade e respeitada no meio institucional do nosso estado, cuja condução pela atual diretoria, dá continuidade a um profícuo trabalho, que se constitui na história da entidade, em defesa dos interesses do setor da incorporação imobiliária, que representa, e dos interesses da sociedade civil, como um todo”, disse Meirelles. “A ênfase da atual gestão, dentre outras prioridades, na interiorização das suas ações para estimular o incremento do setor nas mais diversas cidades do nosso estado, bem como, o seu programa de sustentabilidade ambiental que, tem encontrado apoio nas mais diversas instâncias governamentais já nasceram vencedoras”, completou. Minha Casa nte va Filho, preside Nilson Sarti da Sil O salão nobre da Associação Comercial da Bahia abrigou a solenidade de posse dos dirigentes da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário da Bahia (Ademi-Ba), para o biênio 2012/2014. O engenheiro Nilson Sarti da Silva Filho, diretor da Akasa Incorporadora foi reeleito e dará continuidade ao seu primeiro mandato, iniciado em 2010. Seus vice-presidentes são Luciano Fontes (Metrus Empreendimentos) e Nelson Trief (NCN Engenharia). 12 Após ser cobrado por Sarti uma rápida solução para os “entraves” que “inibem” a participação do setor empresarial no programa Minha Casa Minha Vida 2, cuja meta é contratar dois milhões de unidades no país, até 2014, o presidente da Caixa, Jorge Hereda, presente ao evento, disse que 60 mil novas unidades devem ser entregues no estado em 2012, no âmbito da segunda fase do programa. “Aproximadamente 21 mil unidades já foram entregues este ano”, afirmou. Segundo He- Marcos Meirelles, Manoel Castro, Nilson Sarti, Luiz Viana e Walter Pinheiro Revista ACB | Edição 78 | Abril e Maio 2012 Segurança Procia - Projeto prevê criação de novas bases da Cipe/PI O comandante, Major Adalberto Piton com dirigente do Procia O Procia, uma associação sem fins lucrativos que reúne 37 empresas instaladas no Centro Industrial de Aratu (CIA), atua de forma proativa na formulação de políticas públicas que tenham o potencial de melhorar a segurança e infraestrutura dessa área industrial. Nesse sentido, há mais de dez anos, a entidade iniciou a luta pela criação de uma polícia especializada para atender à região do CIA. Em janeiro de 2009, foi instalada a Companhia Independente de Policiamento Especializado/ Pólo Industrial (CIPE/PI). Hoje, a atuação da CIPE/PI está integrada à comunidade das empresas e contribui para o crescimento socioeconômico da região, por meio de ações repressivas e preventivas. “Já com a operação extendida, a partir da base de Camaçari, para as áreas do CIA (sul e norte) dêsde junho 2011, está sob análise, na Superintendência de Desenvolvimento Comercial e Industrial (Sudic), projeto para a construção da segunda base da Companhia em Simões Filho”, afirma o presidente do Procia, Marconi Andraos. Ele acredita que essa infraestrutura, assim como a construção de uma terceira base em Candeias, vai melhorar ainda mais a segurança da região. Hoje a CIPE/PI mantém apenas uma base em Camaçari para atender essa cidade e o município de Lauro de Freitas. Em quatro anos ampliou seu efetivo para 118 homens e uma frota de nove viaturas. Histórico – Em 2008, durante as comemorações dos 30 anos de instalação do Polo Industrial de Camaçari (PIC), o Comitê de Fomento Industrial de Camaçari (COFIC) apresentou ao governo do Estado a Carta do PIC, solicitando ações de melhoria do parque industrial, que contemplavam desde a recuperação da infraestrutura até o reforço do policiamento ostensivo, com vistas a reduzir os índices criminais da região em acentuado crescimento naquele período. Para tanto, o Comando Geral da PMBA, seguindo as diretrizes governamentais, determinou ao Comando de Operações da PM a elaboração de um Plano de Operações que atendesse em caráter emergencial e provisório a essa necessidade. Nesse sentido, foi elaborado um Plano de Operações que deliberou a implantação da “Operação Polo Seguro”, que serviria como embrião da futura CIEPPI, e atuaria obedecendo a doutrina do policiamento especializado, subordinada diretamente ao Comando de Policiamento Especializado (CPE). O CPE, em cumprimento à ordem superior selecionou e treinou, no Batalhão de Polícia de Choque, um efetivo inicial de 57 Revista ACB | Edição 78 | Abril e Maio 2012 policiais oriundos de diversas unidades, bem como estabeleceu uma parceria institucional com o COFIC para agregar as condições logísticas que possibilitassem a implantação de uma Base em Camaçari, visando apoiar operacionalmente as áreas do 12º BPM e a 36ª CIPM, inicialmente. Deste modo, no dia 15 de julho de 2008 foi lançada a operação “Polo Seguro”. Em dezembro de 2008 com a formação de 3200 PMs, surgiu a possibilidade de, a partir das experiências e resultados positivos obtidos com a Operação Polo Seguro, instalar em caráter definitivo a base de Camaçari, bem como iniciar os estudos relativos aos custos e necessidades gerais para expansão com instalação das bases do município Simões Filho, com vistas a apoiar a 22ª CIPM e a base de Candeias, objetivando apoiar a 10ª CIPM que abrange os municípios de São Francisco do Conde, Madre de Deus e São Sebastião do Passé. Em janeiro de 2009, com a publicação da Lei nº 11.356, que alterou parte da estrutura administrativa e operacional da PMBA, padronizando a nomenclatura das Companhias Independentes Especializadas, o projeto CIEPPI foi concretizado, com a implantação da atual Companhia Independente de Policiamento Especializado/Polo Industrial (CIPE/ PI), em substituição a Operação Polo Seguro. 13 Livros/Biblioteca As Variedades ou Ensaios de Literatura A s Variedades ou Ensaios de Literatura é a primeira revista lançada no Brasil, datada de janeiro de 2012, custava 560 réis. Com as seguintes informações: costumes, virtudes morais, sociais, novelas, resumo de viagens, anedotas e outras curiosidades da sociedade colonial. A Revista era publicada por Manoel Antônio da Silva Serva e Diogo Soares da Silva Bivar, sendo destinadas as autoridades, comerciantes e donos de engenhos. Após 200 anos de guarda do único exemplar da Fundação Clemente Mariani, podemos ter acesso à riqueza da literatura e informações da sociedade baiana e brasileira do século XIX. AS VARIEDADES OU ENSAIOS DE LITERATURA: dividido em duas partes. Bahia: Typographia de Manoel Antonio da Silva Serva, 1814. 14 Cartas de Vilhena A publicação retrata oito das vintes Cartas do português e professor régio de língua grega, Luis dos Santos Vilhena, na cidade da Bahia, no ano de 1802. A Carta são noticias soteropolitanas e Brasílicas ao Rei de Portugal, descrições sobre a realidade econômica, social e cultural da sociedade do século XIX. VILHENA, Luís dos Santos. Cartas de Vilhena ano 1802: notícias soteropolitanas e brasílicas. Recopilação de Joaquim L. de Souza. Salvador: Domingos; Press Color. 2011. Raposa e a Águia O livro é uma historiografia da vida de J.J.Seabra e Rui Barbosa, grandes personalidade da sociedade baiana. A escritora levantou pontos em comum, confrontos e tréguas que os relatados viveram sobre a política baiana do século XX, nos primórdios da República. Ambos foram amigos e inimigos políticos, agressivos até a morte de Rui e o declínio de Seabra. SARMENTO, Silvia Noronha. A raposa e a águia: J. J. Seabra e Rui Barbosa na política baiana da primeira república. Salvador: EDUFBA, 2011. Revista ACB | Edição 78 | Abril e Maio 2012 Agronegócio Café Por Antonio Nykiel O cafezinho nosso de cada dia Secretário da Agrikcultura, Eduardo Salles A primeira escolha começa ainda na lavoura - arábica ou robusta - para em seguida agradar aos mais variados e exigentes paladares e desejos: adoçado ou puro, com uma fatia de bolo ou pão mineiro, forte ou fraco, espresso ou coado, na sobremesa ou no meio da tarde. Assim é o café nosso de cada dia que, elevado ao nível de bebida gourmet, ano após ano vem conquistando novos consumidores ao redor do planeta. Aliado a isso, as recentes descobertas que comprovam que doses moderadas da bebida podem trazer muitos benefícios à saúde, além do simples prazer da degustação, colaboram para o crescimento no consumo mundial. Café faz bem á saúde? São poucas as pessoas que não degustam ao menos uma xícara logo pela manhã para acordar, depois do 16 almoço ou durante o expediente. O crescimento no número de consumidores de café deve-se principalmente a estas novas descobertas cientificas que, a cada nova publicação, mostram mais benefícios à saúde proporcionados pelo consumo regular da bebida. Os estudiosos já consideram o café como um alimento funcional, que previne doenças, ou até mesmo nutracêutico, ou seja, proporciona benefícios tanto para a manutenção da saúde como também para fins terapêuticos, incluindo o tratamento de doenças. De acordo com alguns destes estudos, o consumo diário e moderado pelos adultos pode auxiliar no combate a varias patologias, como a depressão, a quarta maior causa de morte no mundo nos dias atuais, conforme informações da OMS. Outros benefícios que podem ser citados são a diminuição do risco de desenvolvimento do diabetes tipo 2 em 28%, devido aos antioxidantes que ajudam a controlar o dano causado às células que contribuem para o Revista ACB | Edição 78 | Abril e Maio 2012 desenvolvimento da doença; combate às celulites; prevenção de até 80% no desenvolvimento do mal de Parkinson; redução do colesterol; além de auxiliar no combate de doenças coronárias, no processo de emagrecimento e na prevenção de alguns tipos de câncer, como o de cólon e o do reto, por exemplo. Outros estudos indicam ainda que algumas substâncias presentes no café podem ajudar a prevenir demências e o Alzheimer, retardar a deterioração mental em mulheres idosas, atuar sobre a memória de portadores de doenças degenerativas, levando-se em consideração que a cafeína age como um estímulo no sistema nervoso central. Os especialistas recomendam o consumo de 3 a 4 xícaras diárias de café, o que representa cerca de 500 mg de cafeína, o que estimula a atenção, concentração, memória e aprendizado. Nas xícaras do mundo todo O consumo mundial de café, que em 2010 chegou a 135 milhões de sacas, segundo a OIC, está sendo projetado para 160 milhões ao final desta década. Como indica o presidente da Associação dos Produtores de Café da Bahia (Assocafé), João Lopes Araújo, nem a crise que atinge Estados Unidos, Europa e Japão afetou o crescimento do consumo da bebida ao redor do mundo. “Para surpresa de muitos a Ásia dispara no aumento de consumo que pode ultrapassar 5% ao ano. O nosso consumo per capita de 4,81 quilos/ano não nos fez ainda chegar ao topo da lista de países consumidores, pois, felizmente, os norte-americanos continuam também crescendo o consumo e chegam a cerca de 23 milhões de sacas. Mas em breve chegaremos lá”, aponta o dirigente. Aroma baiano João Lopes, Jaques Wagner e o Secretário da Agricultura De acordo com os dados apresentados por Lopes, as exportações brasileiras, com mais de U$8 bilhões de receita e 33 milhões de sacas, chega ao maior volume dos 284 anos de café no Brasil, desde que aqui chegou em 1727. “E este desempenho positivo deve-se às pesquisas que demonstram que, além de algo prazeroso, o café é ainda energético natural, alimento, cosmético e medicamento, chegando ainda a evitar varizes e sua borra elimina o odor desagradável dos esgotos. Mais descobertas certamente virão, garantindo o futuro da nossa atividade”, comemora. A Bahia é o quarto maior produtor de café do país, com uma safra estimada em 2,5 milhões de sacas para 2012. “A Bahia conta com cerca de 23 mil produtores de café, sendo 90% formado por pequenos produtores, com menos de dez hectares e, infelizmente, com produtividade 50% menor que as grandes propriedades”, informa o secretario estadual da Agricultura, Eduardo Salles. Como aponta o secretario, um convênio assinado com o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), irá possibilitar a reestruturação da cadeia do café, prevendo recursos para tratos culturais, equipamentos de pós-colheita, assistência técnica especifica e organização de cooperativas, beneficiando três mil cafeicultores familiares. Como avalia João Lopes, o convênio assinado com o MDA é fundamental para a cefeicultura baiana. “O que estávamos precisando e negociando com o MDA era como fazer a tecnologia chegar aos pequenos produtores, que não tem como contratar agrônomos e técnicos”, enfatiza. O secretario estadual da Agricultura destaca ainda que o café produzido na Bahia é reconhecido nacional e internacionalmente, tendo recebido várias premiações por sua alta qualidade. “Dependendo do beneficiamento, a saca do café baiano pode ser negociada por R$ 300 ou R$ 600 a saca. Com máquinas para despolpa e terreiros cobertos, por exemplo, vamos melhorar este valor”, destaca Salles. Um dos destaques na produção de café de alta qualidade na Bahia é a fazenda Floresta, no município de Ibicoara, na Chapada Diamantina. É de lá que sai um dos melhores cafés orgânicos produzidos no Brasil, o Natura Gourmet. Em 2011 o café conquistou um novo comprador: “enviamos um container para o Vaticano e foi a bebida escolhida pelo Papa”, comemora Nelson Cordeiro Júnior, que produz o café em sociedade com o pai. As fazendas Ouro Verde e São Judas, no município de Piatã, também na Chapada Diamantina, são destaque na produção de grãos de alta qualidade. “Hoje, em média, 70% da produção é vendida para fora do país. Enquanto a saca do café para o mercado interno é vendida a cerca de R$ 250, o café para exportação é vendido por R$ 550”, diz o produtor Candido Rosa, justificando a exportação da maior parte de sua produção. Agrocafé é destaque O 13º Simpósio Nacional do Agronegócio Café – Agrocafé, promovido pela Assocafé, em Salvador, nos dias 12 e 13 de março, foi destaque na Revista do Café, uma das melhores publicações especializadas do setor, editada pelo Centro do Comércio de Café do Rio de Janeiro. A matéria, ocupando as três primeiras páginas da edição de nº 841, destaca o trabalho da Assocafé, “liderada pelo seu presidente João Lopes Araújo, uma das mais importantes lideranças do café na Bahia”. JLA é diretor da ACB. Revista ACB | Edição 78 | Abril e Maio 2012 17 Agronegócio Café Salvador é opção segura e econômica para produtores Participação do Tecon Salvador na Agrocafé P ara apresentar aos produtores todas as vantagens de exportar próximo ao polo produtor, o Tecon Salvador, operado pela Wilson, Sons, participou do 13° Simpósio Nacional do Agronegócio Café (Agrocafé). O evento aconteceu nos dias 12 e 13 de março, em Salvador. A conferência contarou ainda com a presença do Secretário de Agricultura da Bahia, Eduardo Salles, que se reuniu com o diretor executivo do Tecon, Demir Lourenço Junior (foto), para desenvolver estratégias com o objetivo de ampliar as exportações do insumo pelo Porto de Salvador O Tecon Salvador implementou uma estrutura que contempla armazém e maquinário próprio para o recebimento, estocagem e estufagem do grão. A ação constava no escopo do projeto de ampliação e modernização do terminal. Outro ponto favorável a Salvador é de ordem logística e financeira. A proximidade com o porto traz vantagens competitivas aos produtores, como redução do tempo de trânsito, menor custo do frete rodoviário, além de diminuir os riscos de acidentes, roubo de carga e avarias. Atualmente, a Bahia exporta cerca de 40 mil toneladas de café. Os grãos produzidos nas regiões de Vitória da Conquista e Luís Eduardo Magalhães, principais polos produtores, são em sua maioria destinados aos EUA e à Europa. Grande parte dessas exportações é realizada por meio dos portos de Santos (SP) e Rio de Janeiro (RJ). As ações do Tecon Salvador estão voltadas para reverter este cenário. Tecon inicia segunda etapa do agendamento de gate O Tecon Salvador, administrado pelo Grupo Wilson, Sons, inicia no próximo dia 16, a segunda etapa da marcação prévia para o acesso de caminhões ao terminal, o agendamento de gate. Inicialmente, o projeto será voltado para exportação e, em 16 de maio, passará a ser obrigatório também para 18 importação. O objetivo é agilizar as operações portuárias. O sistema começou a ser implementado em novembro do ano passado e atende as normas da Companhia das Docas do Estado da Bahia (Codeba), que torna indispensável o agendamento de entrada e saída de cargas no terminal. O processo será feito pela internet, por meio do portal do Tecon Salvador, Revista ACB | Edição 78 | Abril e Maio 2012 sob total responsabilidade do contratante. A expectativa é que as operações sejam realizadas ao longo do dia, evitando sobrecarga na utilização do porto em horário comercial. Diariamente, cerca de 260 caminhões têm acesso ao terminal. Segundo a operadora, a medida deve evitar congestionamentos e possibilitar que o porto trabalhe com a sua capacidade máxima. Produção da cafeicultura brasileira A primeira estimativa de produção de café (arábica e conilon) para a safra 2012 indica que o País deverá colher entre 48,97 e 52,27 milhões de sacas de 60 quilos do produto beneficiado, o que corresponde a 50,61 milhões de sacas no ponto médio. O resultado representa um crescimento entre 12,6% e 20,2%, quando comparada com a produção obtida na temporada anterior que foi de 43,48 milhões de sacas. Esse crescimento se deve, principalmente ao ano de alta bienalidade. Em termos de volume, a produção do arábica apresenta crescimento entre 4.219,1 e 6.831,5 mil sacas e o conilon, entre 1.262,4 e 1.956,0 mil sacas de café beneficiado. Confirmando o resultado, esta será a maior safra já produzida no País, superando o volume de 48,48 milhões sacas colhidas na safra 2002/03. Nas últimas quatro safras de bienalidade positiva, a produção mantém um crescimento constante, demonstrando que a maior utilização da mecanização, aliada às inovações tecnológicas, às exigências do mercado a qualidade do produto e a boa gestão da atividade são fatores extremamente importantes e necessários para o avanço e modernização da cafeicultura. CAFÉ BENEFICIADO COMPARATIVO DE PRODUÇÃO - ANOS DE ALTA BIENALIDADE (Em milhões de sacas beneficiadas) SAFRA 2002/03 2004/05 2006/07 2008/09 2010/11 2012/13* Arábica 37,95 31,71 33,02 35,48 36,82 37,71 Conilon 10,53 7,56 9,49 10,51 11,27 12,9 Total 48,48 39,28 42,51 45,99 48,09 50,61 Produção da cafeicultura baiana D e acordo com previsão da safra 2012, feita pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a Bahia é o quarto maior produtor de café do Brasil, com 2,6 milhões, de sacas, atrás de Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo, estando o café produzido na Bahia entre os melhores cafés do país em qualidade, como também, vem se consolidado como fornecedora de cafés especiais, com ótimos resultados nas competições internacionais na qual visa buscar os mesmos resultados para os cafés naturais. Para a safra cafeeira 2012, que se inicia, o 1º Levantamento da Conab registra uma pequena redução da área plantada, estimada em 1,65% para o estado da Bahia, causada pela erradicação de lavouras decadentes nas regiões produtoras de arábica (2,23%) e cerca de 20% em função da seca. A produção inicialmente está estimada entre 2.606,9 e 2.767,8 mil sacas beneficiadas, número que sinaliza um incremento de 13,8 a 20,9% no seu volume, quando comparada com a safra recém colhida. Este resultado é reflexo do melhor trato das lavouras influenciado pelos preços praticados no mercado, assim, como das condições climáticas mais favoráveis ocorridas a partir do mês de outubro até o presente momento. Participou: Ascom/Seagri. Revista ACB | Edição 78 | Abril e Maio 2012 19 Agronegócio Café Por João Lopes Araújo João Lopes Araújo, diretor da Associação Comercial da Bahia e presidente da Assocafé Sua história no Brasil e participação da Bahia "Somos o maior produtor, maior exportador e segundo consumidor mundial com 19 milhões de sacas, sendo os EUA ainda o maior com 23 milhões de sacas" O café é a cultura com presença mais marcante na história econômica do Brasil. Chegando aqui pelas mãos de Francisco de Melo Palheta que conseguiu clandestinamente mudas na Guiana Francesa em 1927, ou seja a 284 anos, espalhou-se Brasil a fora começando pelo Pará, passou pela Bahia onde prosperou em Maragogipe e lá gerou uma variedade ainda hoje conhecida como Maragogipe. Expandiu-se pelo recôncavo fixando-se em Amargosa e Brejões, de onde se estendeu a vários municípios e por outros estados até fixar-se em São Paulo, onde tornou-se a maior geradora de riqueza nacional, ocupando a mão de obra de imigrantes, principalmente italianos e produzindo os "barões do café" os quais possibilitaram a construção da infraestrutura paulista com ferrovias, estradas e portos. Durante anos pagou as importações brasileiras com sua espetacular 20 receita. Os preços eram inacreditáveis, comparados aos atuais. Enquanto nos contentamos hoje com R$500,00 a saca de 60 quilos, considerado o valor do dólar da época, poderíamos estimar um preço de cerca de R$5.000,00 a saca. O exagero no preço foi estimulado pelo governo brasileiro, que supunha continuar mandando no mercado. O engano foi fatal. Para manter este artificialismo nos preços chegamos a queimar e/ ou jogar ao mar 40 milhões de sacas. Um delírio!!! Com este guarda chuva, que fazia a atividade ser uma mina de ouro, permitimos rapidamente o aumento do numero de países produtores, que hoje passa dos sessenta. Migrou em seguida para o Rio de Janeiro que tornou-se o maior estado produtor por muitos anos, espalhando riqueza no interior, principalmente no Vale do Parnaíba até São Paulo. Em seguida, foi para o Paraná que passou a ser o maior produtor onde se produziu as maiores safras brasileiras (40 Revista ACB | Edição 78 | Abril e Maio 2012 milhões nos anos 60 quando o consumo nem era 12 milhões) que abasteciam 70% do mercado mundial, até que em 1975 a maior geada da história destruiu mais da metade das plantações e permitiu nova fase de preços astronômicos pela escassez mundial. Em consequencia disso houve nova migração do café, agora para Minas Gerais que detém metade de nossa produção atual, estimada este ano em 55 milhões de sacas. O consumo mundial é de 135 milhões de sacas e a OIC – Organização Internacional do Café estima em 160 milhões no fim desta década. No ano de 2011, o Brasil exportou 33 milhões de sacas com receita de U$8.8 bilhões. Somos o maior produtor, maior exportador e segundo consumidor mundial com 19 milhões de sacas, sendo os Estados Unidos ainda o maior com 23 milhões de sacas. O café com as novas descobertas científicas deixa de ser apenas bebida e prazer e passa a ser energético natural, alimento, medicamento e cosmético. Estas pesquisas turbinam o aumento de consumo que no Brasil chega a 5% ao ano, contra a média mundial de 1,5%. A cadeia da cultura gera, computando-se a mão de obra temporária da colheita, cerca de 8 milhões de empregos no Brasil. A Bahia, conquanto esteja na cafeicultura desde os primórdios da cultura em solo brasileiro, nunca foi grande produtor até a década de 1970 quando o extinto IBC- Instituto Brasileiro do Café a selecionou para uma expansão da atividade. Foi então implantado no Planalto da Conquista e na Chapada Diamantina uma grande área que se mantém até hoje, e ampliada a área na região de Brejões. Estas regiões originais da cafeicultura não tem sido expandidas pela irregularidade climática dos últimos anos e pela falta de água; não dispomos de rios perenes volumosos, nem de água no subsolo que permita a irrigação indispensável de hoje. Atualmente amplia com duas novas áreas muito promissoras, uma no Oeste que tem água, sol e solos planos, condições ideais, facilitando a mecanização para baratear o custo de produção, e no sul e extremo sul com o conillon ou robusta que entrou pelo Espírito Santo e chegou à região cacaueira como alternativa à diversificação de atividades econômicas. Hoje produzimos 2.5 milhões de sacas e temos possibilidade de chegar em breve a quatro milhões, com o crescimento de consumo no mundo e com os preços elevados decorrentes da falta de café no mundo, que saíram de U$48,00/saca em 2002 para só agora, dez anos depois chegar aos U$280,00, mesmo penalizados pelo real sobrevalorizado. Estamos focados na produção de cafés de qualidade, e com isso agregando valor à produção dos pequenos produtores, gerando campeões nacionais de qualidade. Autoridades do governo e do setor cafeeiro nacional na abertura do 13º Agrocafé Revista ACB | Edição 78 | Abril e Maio 2012 21 Agronegócio Café Curso para barista Bebidas geladas com café* (sem teor alcoólico) C/MARACUJÁ 1 espresso, 3 bolas de sorvete de creme, 40 ml de suco concentrado de maracujá e 40 ml de leite condensado. Bater no liquidificador todos os ingredientes e decorar a taça com calda de chocolate ou baunilha. ••• MACHIATO GELADO 1 espresso, 3 bolas de sorvete de creme, 40 ml de amarulla, chantily e raspa de chocolate. Bater tudo no liquidificador e decorar a taça com calda de chocolate. A barista Silvana Leite do BBC Café Gourmet O Senac, através do seu restaurante escola (Casa do Comércio, na sede da Federação do Comércio, na Av. Tancredo Neves), desde 2008 vem ministrando curso para a formação de barista. O curso é um aperfeiçoamento profissional que tem uma Barista Barista é o profissional especializado em cafés de alta qualidade (cafés especiais), cujo principal objetivo é alcançar a “xicara perfeita”. Também trabalha criando novas be- 22 carga horária total de 80 horas. O Senac já colocou à disposição do mercado mais especialistas. Além de CPF, RG e comprovante de ensino fundamental completo, o curso, por ser aperfeiçoamento profissional, exige comprovante de experiência na área de alimentos e bebidas. bidas baseadas em café, utilizando-se licores, cremes, bebidas alcoólicas, entre outros. O Dia do Barista é comemorado em São Paulo desde 2007, no mesmo em que se comemora o Dia Nacional do Café, 24 de maio. Revista ACB | Edição 78 | Abril e Maio 2012 ••• DRINK DE PAÇOCA 2 bolas de sorvete de creme, 1 espresso, 1 paçoca, 40 ml amarulla, chantily. Bater tudo no liquidificador e decorar com chantilly. ••• DRINK ESPUMONE 3 bolas de sorvete de creme, chocolate em pedaços, creme de leite. Vaporize o chocolate com o creme de leite e o café e despeje sobre as bolas de sorvete. Este drink ficará com duas temperaturas ao mesmo tempo. *Receitas selecionadas pela barista Silvana Leite, da BBC Café Gourmet,. [email protected] Novo foco no mercado Silvio Leite foi homenageado no 13º Agrocafé “No mercado interno brasileiro já podemos encontrar cafés de altíssima qualidade. Sem dúvida, um incremento e tanto na qualidade disponível no mercado" N esta última década, impulsionada principalmente pelo vertiginoso crescimento da rede norte-americana Starbucks, se solidificou a nível mundial a cultura do consumo do café em cafeterias de alto padrão, notadamente na forma de expresso (do italiano caffé espresso, que significa retirado sob pressão. O café (bebida) é cada vez menos visto com um acompanhamento, que até era oferecido de graça, passando a motivar a presença dos consumidores nos estabelecimentos, ou, noutros casos, a atrair clientes para estabelecimentos comerciais, nem sempre do setor de alimentos. Revista ACB | Edição 78 | Abril e Maio 2012 Surgiu uma parcela de público que conhece os atributos do café de qualidade e os demanda inclusive para seu consumo diário, o que motivou o lançamento das máquinas domésticas de expresso. Apesar de ainda ser um nicho de mercado, os cafés especiais têm apresentado taxas de crescimento de consumo muito elevadas e a valorização da qualidade da bebida tem, em maior ou menor grau, também se refletido nos demais estratos do mercado. Segundo o empresário e especialista Silvio Leite, da exportadora Agricafé e da indústria de torrefação Sweet Bahia Café, fabricante do blend do BBC Café Gourmet, “no mercado interno brasileiro já podemos encontrar cafés de altíssima qualidade. Sem dúvida, um incremento e tanto na qualidade disponível no mercado, que impressiona a começar pelas belas lojas de cafés iniciadas em São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia, as quais hoje se espalham pelo Brasil, dispondo dos mais variados tipos de “blends” e bebidas com assinatura de baristas treinados a nível internacional”. O conceito de cafés especiais está intimamente ligado ao prazer proporcionado pela bebida. “No entanto, os cafés ditos especiais destacam-se por algum atributo específico associado ao produto, ao processo de produção ou ao serviço agregado. Diferenciamse por características como: qualidade superior da bebida, aspecto dos grãos, forma de colheita e de preparo, história, origem dos plantios, variedades raras, quantidades limitadas, entre outras”, esclarece Leite. O blend é elaborado por especialistas em preparo e degustação de café com objetivo de oferecer uma bebida consistente e equilibrada entre aroma, corpo, sabor e doçura originando no retro gosto um “bouquet” excepcional e único. Ou seja, “nós selecionamos os melhores cafés especiais do Brasil para você”. 23 Artigo Por Luiz Fernando Queiroz Luiz Fernando Queiroz, vice-presidente da Associação Comercial da Bahia O combate à desindustrialização e aos juros altos: um comentário "Todo mundo sabe que um banco central ortodoxo, aquele que atua mediante a taxa primária de juros, a taxa de redesconto e o depósito compulsório, só funciona em países de economia desenvolvida, com subsistemas econômicos e financeiros altamente integrados e interdependentes" E stamos num país continental e desigual. Seu empresariado já está cansado de falar no “custo Brasil”, que é algo estrutural, e o que isso representa de perda de competitividade internacional. Fazem parte desse custo, entre outros componentes, a carga tributária, encargos diversos e juros altos. Nesse último pacote, o governo, tímida e tardiamente, como tem sido a regra, res- 24 ponde, casuisticamente (e não estruturalmente), à pressão dos mais fortes e tenta enfrentar, primordialmente, a questão da desindustrialização, que já é fato há uns três anos. Trata-se de problema gravíssimo, mas que foi encarado de forma apenas pontual, sem a transparência necessária nem a explicitação dos critérios, como tem de ocorrer num estado democrático de direito. Também, sem levar em conta a diversidade econômica e empresa- Revista ACB | Edição 78 | Abril e Maio 2012 rial do país. O nordeste pouco ganhará com elas. São endereçadas aos setores mais organizados da economia, regionalmente concentrados em São Paulo, e que têm “lobby” mais forte. Portanto, contribuem para a concentração da riqueza, aumentam os desníveis regionais, e institucionalizam práticas antidemocráticas e condenáveis de administração pública. Na questão dos juros, o casuísmo continuou, de forma até mais grave: os bancos foram chamados, de forma politicamente vergonhosa, ao Ministério da Fazenda, para tomarem um “carão” para baixarem os juros. Nem parece que temos um sistema econômico e financeiro que devem funcionar com base em regras institucionalizadas. Esse assunto, aliás, deveria ser do Banco Central. E porque este não se mexeu? Porque deixou de ser um Banco Central heterodoxo antes da hora. Não tem mecanismos de ação.Todo mundo sabe que um banco central ortodoxo, aquele que atua mediante a taxa primária de juros, a taxa de redesconto e o depósito compulsório, só funciona em países de economia desenvolvida, com subsistemas econômicos e financeiros altamente integrados e interdependentes. Ou seja, mexendo-se na taxa primária de juros, por exemplo, toda a economia é afetada, cada setor ao seu tempo e com determinada intensidade. Atinge-se, sobretudo, o custo do dinheiro, ressaltando-se o juro de marcado. Quando essa integração não é forte nem generalizada, como é o nosso caso, a taxa primária de juros é uma e a de mercado é completamente descolada dela. Nesse caso, o BC tem de atuar de forma heterodoxa, fazendo intervenções (por exemplo, na taxa de juros de mercado, no direcionamento e quantidade de crédito, etc), como já ocorreu entre nós. Certamente que toda intervenção tem seus custos e seus benefícios. Por pressão da ideo- "Nesse último pacote, o governo, tímida e tardiamente, como tem sido a regra, responde, casuisticamente (e não estruturalmente), à pressão dos mais fortes e tenta enfrentar, primordialmente, a questão da desindustrialização, que já é fato há uns três anos" logia neoliberal, quando a situação do país era fragilíssima, o Banco Central deixou de ser, antes da hora, heterodoxo, para ser ortodoxo. O resultado todo mundo conhece: ele não con- segue, com a taxa selic (cuja redução só tem importância para diminuir a despesa pública com juros), sequer influenciar as taxas de juros de mercado. Os malefícios causados ao país por essas taxas têm sido incomparavelmente maior do que os benefícios de um Banco Central ortodoxo. Daí porque o “carão” do Ministério da Fazenda tornou-se necessário, demonstrando, no entanto, imaturidade institucional. Nosso BC está no pior dos mundos: não é heterodoxo nem cumpre as funções de ortodoxo. Para que serve este Banco Central? E o governo, terá a coragem política de tomar o rumo da heterodoxia, ou prefere o do “carão”? Pela fala da Presidente na televisão, a linha do “carão” continua. Será que ela está preparando o país para um retorno de um BC algo heterodoxo? Tem meu crédito de confiança. Revista ACB | Edição 78 | Abril e Maio 2012 Todos sabem que juros persistentemente altos e taxas elevadas de crescimento são incompatíveis. A questão, no entanto, não está apenas nos bancos privados. Quando uma Caixa Econômica Federal, que não tem acionistas privados para remunerar, alardeia que baixará em até 21% os juros imobiliários, como se fossem juros civilizados, é preocupante. O governo também precisa fazer a sua parte, tornar seus bancos mais eficientes de forma a poderem cobrar juros decentes. A política cambial foi mantida. Dependendo da evolução dos fatos, terá de ser mexida, na mesma linha dos juros, em defesa da economia: a heterodoxia. As regras de uma economia de mercado devem prevalecer, mas não podem ser dogma. Se elas se tornam desfuncionais, o Estado tem de intervir. 25 Acontece Almirante Autran homenageado destacando a construção da Capitania, em Valença e Juazeiro, bem como a Vila Naval para residência dos servidores. Em seguida entregou a medalha alusiva aos 200 anos da entidade e o livro “Saveiros da Bahia”. O comandante Carlos Autran ao agradecer a homenagem, ressaltou os laços fraternos que sempre uniram a Associação Comercial e a Marinha do Brasil e lembrou sua ligação com a capital baiana, que já dura mais de 50 anos, desde sua infância vivida no Subúrbio Ferroviário de Salvador. Além dos integrantes da diretoria execu- tiva, à frente o presidente Marcos de Meirelles Fonseca, estiveram presentes à homenagem o presidente do Conselho Superior, João Sá, o ex-presidente Eduardo Morais de Castro e os oficiais da Marinha do Brasil, Cláudio Luis da Silva Fraga, diretor do Hospital Naval de Salvador; André Novis Montenegro, Capitão dos Portos da Bahia; Carlos Henrique Vasconcelos Martins, Chefe do Estado Maior do Comando do Segundo Distrito Naval; Márcio da Mota Xerém, comandante do Grupamento de Fuzileiros Navais de Salvador e Marcus Vinicius Silva Menezes e o presidente da Soamar George Gaspari E m agradecimento aos serviços prestados à coletividade baiana, durante o período em que ocupou o Comando do Segundo Distrito Naval, o ViceAlmirante Carlos Autran de Oliveira Amaral foi homenageado pela diretoria da Associação Comercial da Bahia durante um almoço realizado em sua sede, no dia 11 de abril. Em sua saudação ao homenageado, o presidente Marcos de Meirelles Fonseca destacou as iniciativas de sua gestão, Presidente do IBMEC na ACB E m visita a Salvador para manter contatos com instituições ligadas ao setor econômico, esteve na Associação Comercial da Bahia o presidente do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais – IBMEC, Thomás Tosta de Sá, acompanhado do empresário Antonio Carlos Magalhães Júnior, presidente da Rede Bahia de Comunicação. O visitante expôs para o presidente Marcos de Meirelles Fonseca e para os membros da Diretoria Executiva os planos do IBMEC e as parcerias que deseja firmar com as entidades empresariais. 26 Revista ACB | Edição 78 | Abril e Maio 2012 As linhas de financiamento da Desenbahia O diretor de Desenvolvimento de Negócios da Desenbahia, Marcelo Oliveira, participou na reunião da diretoria da ACB, realizada no dia 26 de abril, sob a presidência do vice, Adary Oliveira. Ele falou sobre as linhas de financiamento para micros, pequenas e médias empresas, apresentou dados da atuação da agência de fomento no estado e defendeu a ampliação dos programas de crédito aos empresários da capital. Técnicos do Sebrae também participaram do encontro no Salão Nobre, como parte do convênio da ACB e o Sebrae, expondo sobre a importância da Gestão Financeira. Crescimento da economia da Bahia O s indicativos de bom desempenho e as perspectivas favoráveis à atividade econômica na Bahia nos próximos anos, permearam o debate mensal que a Associação Comercial da Bahia promoveu em sua reunião plenária da diretoria, no dia Geraldo Reis, diretor geral do SEI 12 de abril. Convidado pelo presidente Marcos de Meirelles Fonseca, o palestrante foi o diretor geral Geraldo Reis, da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia-SEI, vinculada à Secretaria do Planejamento. Geraldo Reis disse que a projeção do PIB para 2012 na Bahia é de 3.7%, quando se estima 3.5 % no país. Os números apontam que a produção baiana manteve recuperação em fevereiro de 2012. Após atravessar o ano de 2011 em desaceleração, a indústria apresentou aumento de 20,1% em relação ao mesmo período do ano anterior. Ele mencionou os principais fatores que impulsionarão positivamente a economia baiana em 2012: “Política Monetária Expansionista, objetivando a Taxa Selic em um dígito; a reversão parcial das medidas macropendenciais – requisitos de capital para determinadas operações de crédito-; o aumento dos investimentos públicos na infraestrutura, devido à Copa do Mundo de 2014 e às obras do PAC; as eleições municipais, o aumento significativo do salário mínimo, a expectativa de um BNDES mais ativo e os estímulos setoriais que o governo irá promover ao longo do ano”. Revista ACB | Edição 78 | Abril e Maio 2012 27 Artigo Por Aristóteles Drummond Jornalista, é vice-presidente da Associação Comercial do Rio de Janeiro Empresários, uni-vos! Ninguém quer saber do passado dos políticos e, por isso, acaba votando, ingenuamente, em antigos comunistas sem demonstrações de arrependimento O s empresários só olham para o próprio umbigo, ou seja, seus negócios. Reconheceram que a carga fiscal no Brasil é um abuso a ser detida depois que a Associação Comercial de São Paulo lançou o Impostometro, hoje conhecido e acompanhado em todo o Brasil. Como muitos dirigentes não são acionistas, a empresa privada no Brasil deixou de lado a base de sua existência, que depende um regime liberal, aberto e menos intervencionista. Mas a turma parece nem estar aí para os perigos que rondam o empreendedor além carga fiscal. O governo precisa aceitar e estimular o capitalismo como meio legítimo de justiça social, com liberdade política, sob o império da lei e da ordem. Assim foi que, no passado, o empresariado foi decisivo para que o país não entrasse em aventuras socialistas-sindicalistas, que levaram o atraso ao nosso continente e recentemente à Europa. Esta semana foi divulgado que a Espanha conservadora entregou o país com 26% do PIB em dívida, e os socialistas, quase dez anos 30 depois, em 81%. Daí o problema que enfrentam. A despolitização, ou alienação ideológica dos empresários, vem provocando essas aberrações, que podem acabar por tornar a livre empresa uma ficção em nosso país. Afinal, nossos destinos estão em mãos hostis aos princípios da intocabilidade da propriedade e da legitimidade do lucro, que estimulam o progresso. Ninguém quer saber do passado dos políticos e, por isso, acaba votando, ingenuamente, em antigos comunistas sem demonstrações de arrependimento. Quando critiquei neste espaço o presidente da FIESP, Paulo Skaff, por sua opção pelo PSB, muita gente achou que eu estava sendo radical. Agora, ele parece que acordou para a realidade e mudou de partido, indo para onde a livre empresa não é mal vista. A realidade inquestionável é que o socialismo, com belas intenções e péssimas experiências, não é uma corrente de pensamento que reconheça a função social e desenvolvimentista de uma sociedade baseada na liberdade de empreender. Socialistas, sejam marxistas ou social-democratas, gostam de regulação, Revista ACB | Edição 78 | Abril e Maio 2012 de intervenção estatal, de dirigismo. E, no fundo, sonham com fórmulas que abrigam congelamentos ou controle de preços, protecionismos e outros equívocos, como os colocados em prática hoje na Argentina e na Venezuela. Dois países potencialmente ricos e que enfrentam prateleiras vazias em seus mercados. Ano passado, o presidente Mujica, do Uruguai, fez a bravata de dizer que não fora à Alemanha pedir empréstimos, mas, sim, investimentos. A ministra Ângela Merkel respondeu ,na hora, que o capital alemão só ia aonde era bem recebido, o que não seria o caso do Uruguai. Já no Brasil de hoje, só se investe com dinheiro do BNDES. Falta no Brasil que vivemos, no limiar de acordar de um sonho de progresso, quem levante a voz e clame pela reforma trabalhista, pela gestão independente dos portos, pela política fiscal que aumente a base de contribuintes, com controles modernos e, assim, diminua a carga que onera a produção e a torna pouco competitiva. Um país deste tamanho não pode andar na base dos remendos aqui e acolá. Junte-se a esses sentimentos evidentes, mas não percebidos, a realidade do custo da máquina oficial e seus programas sociais altos, o endividamento interno, a lentidão dos projetos em execução na infraestrutura, o PAC, os juros, a política externa dúbia. Se não houver “um chega para lá” nas aventuras ideológicas dos que só pensam no revanchismo, na desunião dos brasileiros, que nos ameaçam com o fracasso de eventos internacionais, veremos que a passividade só poderá nos levar ao desastre. Antes que se imagine ser esta uma conclamação à oposição, diria que se precisa alertar e ajudar a presidente, que parece buscar estabilidade na economia como instrumento para dar emprego, melhorar a distribuição da renda e servir ao povo que a elegeu e a apóia. E afastála de falsos “companheiros”, que só sabem embargar seus projetos, manchar seu governo com a chaga da corrupção e do tráfico de influência, quando não da intolerância na consolidação democrática sob o manto da lei e da ordem. Inauguração Otto Allencar: governo vai investir cerca de R$ 250 milhões Governo do Estado e Bahiagás inauguram sede em Camaçari A Companhia de Gás da Bahia – Bahiagás inaugurou no dia 3 de abril sua primeira sede própria, localizada no Polo Industrial de Camaçari. A nova sede tem área total de 16.400 m², incluindo o Almoxarifado Central, estacionamento e o prédio principal, com 1.606 m² de área construída. O investimento total na obra foi de R$ 1.612.707,81. O Governador em exercício e Secretário de Infraestrutura, Otto Allencar, inaugurou a sede juntamente com diretor-presidente da Companhia, Davidson Magalhães, o diretor Técnico e Comercial, Eduardo Barretto, o diretor Administrativo e Financeiro, Raimundo Bastos, além de outras autoridades. A Associação Comercial da Bahia esteve representada pelo seu vicepresidente, Adary Oliveira. De acordo com Davidson Magalhães a sede da Bahiagás foi estrategicamente instalada no Polo Industrial de Camaçari. “O Polo é responsável pelo consumo médio diário de 2.940.619 metros cúbicos, correspondente a 77% de todo o volume comercializado pela Companhia, estar aqui perto e dar uma melhor cobertura e garantia para o local é de extrema importância e necessidade”, destaca o diretor-presidente. A nova sede da Companhia conta com cerca de 70 funcionários da Bahiagás e outros 50 terceirizados das gerências de Operação e Manutenção, Engenharia; Administração e Suprimentos; Segurança, Meio Ambiente e Saúde, além da Diretoria Executiva da Companhia. No local há uma sala de controle, equipada com modernos Revista ACB | Edição 78 | Abril e Maio 2012 sistemas de monitoramento, de forma a garantir rígidos padrões de segurança na operação de distribuição do gás natural. O Governador em exercício, Otto Alencar destacou que esse é um marco do crescimento da Bahiagás no estado e sede própria em um local de grande importância economica é fundamental. “Aliada a projetos como o Porto Sul e a Ferrovia OesteLeste, a Estação faz parte do esforço para mudar o mapa do desenvolvimento baiano. A Companhia de Gás da Bahia planeja investir cerca de R$ 250 milhões em todo estado até 2013, todos os projetos estão alinhados com a estratégia geral de desconcentração do desenvolvimento tocada pelo Governo da Bahia.”, explica o Governador. 31 Artigo Por Rosemma Maluf Rosemma Burlacchini Maluf é empresária, vice-presidente da Associação Comercial da Bahia e membro do Conselho de Micro e Pequenas Empresas da Federação das Indústrias do Estado da Bahia. Para dinamizar a economia, deve-se fortalecer as MPE’s "MPE’s tem um papel sócio-econômico na medida em que são as maiores empregadoras, geram oportunidades para a parcela com maior dificuldade de inserção no mercado, como jovens em busca pelo primeiro emprego e as pessoas com mais de 40 anos" O governo já anunciou uma série de medidas para evitar uma piora nos setores atingidos pelos efeitos da crise, para aquecer a indústria e torná-las mais competitivas, evitar o desemprego e estimular a economia, mas estas medidas não irão beneficiar o Brasil de forma homogênea em virtude da dimensão continental do país, seu desenvolvimento regional assimétrico e o perfil sócio-econômico e industrial de cada região, onde podemos observar que as regiões Sul e Sudeste, mais industrializadas, possuem os melhores 32 indicadores enquanto Norte e Nordeste são as regiões mais pobres do país, em todos os sentidos. A grande contribuição para beneficiar o Brasil como um todo viria com medidas revolucionárias em beneficio das Micro e Pequenas EmpresasMPE’s, muito mais amplas e impactantes do que as geradas pela Lei Geral para Micro e Pequena Empresa, que criou facilidades tributárias como o Super Simples. Na maioria dos municípios brasileiros, as MPE’s, formais e informais, representam 100% dos empreendimentos e são as maiores geradoras de Revista ACB | Edição 78 | Abril e Maio 2012 emprego. Por isso, os pequenos negócios são peças fundamentais na economia local e um dos principais agentes de fomentação da economia do Brasil. Segundo dados do IBGE, Dieese e Sebrae Nacional as MPE´s no Brasil correspondem a 99% das empresas formais (5, 7 milhões de MPEs), gerando cerca de 20% do PIB (R$ 700 bilhões) e empregam cerca de 60% da mão de obra do país (56,4 milhões de emprego). O setor preferencial é o comércio, seguido de serviços, indústria e construção civil. Nesse universo é que nós encontramos o padeiro, o cabeleleiro, o lojista de varejo, o advogado, o contador, a costureira, o dono de pousada ou a baiana de acarajé. Mas, apesar das políticas de apoio as MPE’s já existentes, elas ainda se mostram insuficientes. Conforme pesquisa realizada pelo Sebrae-SP em 2010, 27% das empresas paulistas constituídas entre 2003 e 2007 fecham em seu 1º ano de atividade. A mortalidade das MPE’s quando chegam ao quinto ano de existência é de 58 %. Na comparação com as primeiras edições da pesquisa observa-se tendência de queda na taxa de fechamento de empresas. Porém, os resultados indicam que a taxa de mortalidade de empresas ainda é relativamente elevada. Face ao exposto e considerando que as MPE’s tem um papel sócioeconômico na medida em que são as maiores empregadoras, geram oportunidades para a parcela com maior dificuldade de inserção no mercado, como jovens em busca pelo primeiro emprego e as pessoas com mais de 40 anos, além de serem as principais formadoras de mão-de-obra qualificada em um país com poucas escolas profissionalizantes, a qual depois de treinada é atraída por melhores salários e benefícios oferecidos pelas grandes empresas, foram debatidas na reunião do Conselho de MPE’s da Federação das Indústrias do Estado da Bahia, com a participação do deputado Álvaro Gomes, presidente da Frente Parlamentar Estadual de Apoio às Micro e Pequenas Empresas e Empreendedores Individuais da Bahia, três ações que podem contribuir para o fortalecimento das MPE’s, estimulando o empreendedorismo e a formalização da economia, são elas: 1ª) Redução de encargos e tributos da energia (que representam 45% da conta de luz) fornecida para as micro e pequenas industrias; 2ª) Acompanhamento para aprovação do Projeto de Lei do Senado 32/2010, de autoria do Senador ACM Júnior, que encontra-se na Comissão de Seguridade Social e Família (Desde 16/12/2011). O PLS estabelece que o pagamento do salário-maternidade deverá ser efetuado diretamente pelo INSS quando se tratar de benefício concedido a mulheres que trabalham em micro e pequenas empresas com até dez empregados. Pelo sistema vigente, as próprias empresas pagam o salário da empregada em licença e compensa o valor ao recolher todo mês as contribuições devidas à Previdência. Com isso elas comprometem o já reduzido capital de giro, correndo até o risco de inviabilizar suas atividades. Ao contrário das grandes empresas, as micro e pequenas podem ter reduzido número de empregados. Por isso, ficam sujeitas ao risco de levar meses até conseguir compensar com outras contribuições devidas o saláriomaternidade pago à funcionária em licença-maternidade, além de pagar a remuneração e encargos relativos ao substituto. O autor considera que o sistema atual pode até dar margem a discriminações contra as mulheres em idade fértil (o que de fato aconte- ce), que entrariam em desvantagem na disputa pelos empregos disponíveis nas micro e pequenas empresas, devido aos riscos financeiros trazidos por eventual gravidez; 3ª) Acompanhamento junto a Câmara dos Deputados do PLP 113/11 do deputado Alfredo Sirkis, que estabelece isenção de tributos por quatro anos para micro e pequenas empresas que estejam vinculadas ao Simples. De acordo com o autor do projeto a intenção é ajudar essas empresas a sobreviver às dificuldades dos primeiros anos. Esta é uma fase de aprendizagem para a maioria dos novos empreendedores. O grande desafio será criar condições para que os pequenos negócios se fortaleçam, sejam competitivos frente à concorrência internacional e gerem mais emprego, contribuindo para a melhor distribuição de renda e o desenvolvimento do país Homenagem a Ivete Oliveira A Universidade Federal da Bahia – Ufba, através da sua editora Edufba, lançou na noite de 8 de maio, o livro “Ivete Oliveira – Ícone da Enfermagem Brasileira”, homenagem póstuma a uma mulher pioneira em várias áreas. Foi a primeira Secretaria de Estado, ocupando a pasta do Trabalho e Bem Estar Social, integrou o Conselho Diretor da Associação Comercial da Bahia (1985/1993)e presidiu o Banco da Mulher. Referindo-se à homenagem, disse o presidente da ACB, Marcos de Meirelles Fonseca: “Ivete Oliveira tornou-se símbolo brasileiro da Enfermagem, sendo uma tenaz defensora da participação da mulher em todas as atividades e pertenceu ao nosso Conselho para honra e memória da nossa instituição”. E completou, “A Ufba merece aplausos pela iniciativa”. Revista ACB | Edição 78 | Abril e Maio 2012 33 Acontece Encontro da comunicação em SP P rofissionais do mercado publicitário e anunciantes vão se reunir em São Paulo, nos dias 28, 29 e 30 de maio, durante o V Congresso da Indústria da Comunicação. O lançamento em Salvador ocorreu no dia 27 de março, reunindo donos de agências de publicidade, anunciantes e dirigentes de entidades empresariais. Para falar sobre o evento, esteve em Salvador o presidente do Fórum Permanente da Indústria da Comunicação, Dalton Pastore. “Tivemos em Salvador uma prévia das importantes discussões que vão acontecer no Congresso, em São Pau- lo, em meio a um momento decisivo para a economia e, por consequência, para a economia em nosso país”, pontuou o presidente da Abap-Ba, publicitário Renato Tourinho. Na foto, Caio Barssotti, presidente do CENP, (E), Renato Tourinho, Robson Almeida, secretário de Comunição do Governo, e Dalton Pastore. Empresário baiano eleito presidente da Abepra C om firme determinação de trabalhar pela convergência e diálogo, o empresário Paulo Catharino Gordilho, 55 anos, diretor da ACB, foi eleito presidente da Associação Brasileira de Portos Secos – Abepra. O fato ocorreu em São Paulo, no dia 10, em assembleia geral da entidade, que reúne 19 companhias e três dezenas de armazéns, todos operando em cooperação com os principais portos marítimos, aeroportos e fronteiras. Entre as suas propostas, destacam-se a modernização da legislação e a ampliação dos portos secos no País, ambas iniciativas essenciais para o desenvolvimento do comércio exterior. 34 Além disso, vai divulgar os múltiplos serviços que os portos secos podem oferecer às empresas, de todo o país, com agilidade e barateamento de custos. “O nosso objetivo é aliar empresários, Governo e Congresso Nacional para que o diálogo seja aprofundado e nossos portos secos ganhem crescente eficiência”, afirma Catharino Gordilho. “Precisamos dessa convergência porque os investimentos são muito altos. A abertura de um porto seco, apenas para iniciar, exige elevados investimento e ao longo tempo, são necessários investimentos constantes.” (Colaborou Aurora Vasconcelos) Revista ACB | Edição 78 | Abril e Maio 2012 Planejamento/Debates Secretário debate projetos do governo Marcos Meirelles (C) dirigiu os debates O secretário do Planejamento, José Sergio Gabrielli reuniu-se com a diretoria executiva da Associação Comercial da Bahia, para falar de seus planos à frente da Secretaria de Planejamento do Estado, que assumiu recentemente depois de profícua trajetória na presidência da Petrobras. O presidente da ACB, Marcos de Meirelles Fonseca, acompanhado pelo presidente do Conselho Superior, João Sá, pelos ex-presidentes Eduardo Morais de Castro e Joaquim Fonseca, além de diretores da entidade, debateram com o secretário alguns dos projetos estratégicos do governo estadual. O secretário fez uma explanação de como o governo pretende implantar o megaprojeto da Baía de Todos os Santos, onde se inclui futuramente a ponte Salvador-Itaparica. Gabrielli também abordou as obras planejadas para a reestruturação do Sistema Portuário da Bahia. Temas ligados à capital foram outro destaque do encontro, tais como mobilidade urbana e preservação do patrimônio. O presidente da Associação Comercial entregou na oportunidade ao secretário, uma carta de agradecimento ao seu apoio por ocasião das obras de restauração do Palácio da ACB. Marcos de Meirelles também convidou o secretário do Planejamento para fazer a palestra de abertura do “Seminário Negócios e Desafios para o Desenvolvimento da Região Metropolitana de Salvador”, que a entidade realizará, a partir de maio, com o objetivo de debater questões sociais e econômicas relacionadas ao desenvolvimento da Região Metropolitana de Salvador. Surge um novo bairro O projeto de revitalização de uma área do Centro de Salvador, foi apresentado pelo secretário de Planejamento e Desenvolvimento Urbano, Habitação e Meio Ambiente da Prefeitura, Paulo Damasceno, durante a reunião de diretoria da ACB, realizada na tarde do dia 26 de abril, sob a direção do vice-presidente. Adary Oliveira, na ausência do seu titular, Marcos de Meirelles Fonseca. O projeto prevê intervenções no Largo 2 de Julho, ruas do Sodré e Democrata, ladeiras da Preguiça e Visconde Mauá e localidades do Areal de Baixo e Areal de Cima. Para pôr o projeto em prática, a prefeitura está buscando parcerias com os governos estadual e federal, além da iniciativa privada. O secretário detalhou o projeto Revista ACB | Edição 78 | Abril e Maio 2012 35 Artigo Por Marcos Cintra Marcos Cintra é doutor em Economia pela Universidade Harvard (EUA), professor titular e vice-presidente da Fundação Getulio Vargas. www.marcoscintra.org [email protected] A praga da burocracia "Há uma proliferação insana de leis, decretos, medidas provisórias, emendas, normas complementares, entre outros instrumentos jurídicos, que acabam impondo pesados custos aos contribuintes, sobretudo às empresas" A empresa de consultoria Grant Thornton produz, periodicamente, o relatório International Business Report (IRB) para mostrar o principal entrave para a expansão dos negócios em vários países. O levantamento é realizado junto a executivos e contempla questões como falta de mão de obra qualificada, carência de infraestrutura, custo de financiamento, burocracia e escassez de capital de giro. No Brasil, o item que mais limitará o crescimento das empresas em 2012, segundo o mais recente estudo, será a burocracia. Ela será um entrave para 46% dos executivos entrevistados, ficando acima da média mundial, que é de 37%. O país onde esse fator menos preocupa é a Finlândia (6%). A burocracia é uma praga que con- 36 tamina o meio empresarial e o maior expoente dessa excrescência reside na área tributária. É impressionante como as regras fiscais proliferam no País. Essas ações insanas criam uma estrutura cada vez mais complexa, impossível de ser digerida, gerando custos para as empresas e tornando o sistema cada vez mais vulnerável à corrupção. Entender a confusa legislação tributária no Brasil é uma tarefa difícil até para os mais experientes tributaristas. A complexidade tributária no País é uma anomalia cada vez mais resistente. A produção de regras não cessa e torna a vida do contribuinte um inferno. Há uma proliferação insana de leis, decretos, medidas provisórias, emendas, normas complementares, entre outros instrumentos jurídicos, Revista ACB | Edição 78 | Abril e Maio 2012 que acabam impondo pesados custos aos contribuintes, sobretudo às empresas. Um levantamento do Banco Mundial, comparando o tempo que as empresas gastam para apurar tributos em vários países, revela dados impressionantes sobre a situação ridícula da estrutura de impostos brasileira. Uma empresa submetida à legislação tributária no País gasta por ano 2.600 horas (equivalente a 108 dias e oito horas) com a burocracia nos três níveis de governo, enquanto que a média mundial é de 1.344 horas (equivalente a 56 dias no ano). No Chile são necessárias 316 horas; na China, 872; na Índia, 272; na Rússia, 448; e, na Argentina, 615. Essa discrepância absurda é, seguramente, um dos fatores mais significativos para o comprometimento da competitividade da produção no Brasil. O viés burocrático faz da estrutura tributária brasileira um monstrengo cada vez mais horripilante. Um exemplo claro nesse sentido refere-se ao que ocorreu nos últimos anos com dois impostos: PIS/Cofins e CPMF. O primeiro passou a ser cobrado parte sobre o faturamento e parte sobre o valor agregado, gerando uma calamitosa proliferação de procedimentos regulatórios e o segundo que era simples, transparente, sem custo para o governo ou para o contribuinte e altamente produtivo na arrecadação, foi sumariamente trucidado. Na questão tributária o País precisa mudar paradigmas em vez de aprofundar seus defeitos, como a burocracia pública insiste em fazer. O potencial da economia brasileira tem uma dificuldade enorme para ser concretizado, e isso, em boa parte, decorre de uma visão que repele o simples e assimila o complexo. Empresas Imobiliária Josinha Pacheco Evoluindo com o Mercado, a JPCI vem investindo regular e fortemente na formação dos profissionais de vendas do mercado imobiliário acreditando na necessidade de torná-los verdadeiros consultores imobiliários alinhados à modernidade e com o domínio das informações mercadológicas, agregando conhecimentos fundamentais de arquitetura, engenharia e matemática financeira. Com sensibilidade para identificar a crescente vinda de investidores imobiliários estrangeiros para o Litoral Norte baiano, a JPCI antecipou-se na preparação de equipe e infraestrutura condizentes com as necessidades deste público – o que lhe proporcionou amplo conhecimento e domínio das vendas dos maiores empreendimentos desse setor de terceira residência, entretenimento e lazer. A concepção de novos projetos na Josinha Pacheco Consultoria Imobiliária visa atender as demandas específicas de cada empreendimento com profissionais preparados para a captação de terrenos que melhor se atendam à encomenda do empreendedor formatando o produto mais adequado à vocação do terreno e seu entorno. Uma vez identificado o terreno e formatado o produto, os profissionais da JPCI preparam um estudo de viabilidade econômico-financeira preliminar do empreendimento proposto, como forma de embasar a tomada de decisão do seu cliente. Ainda na fase de concepção, uma vez decidido pela linha de negócio proposta, a JPCI busca parceiros junto aos mais renomados arquitetos da Bahia, tais como Antonio Caramelo, Carlos Campelo, Ivan Smarcevski, Andre Sá, Jean Gaston Humbert, Francisco Mota, Alvarez e arquitetos associados, David Bastos, Sidney Quintela, Cássio Santana, Prado Valadares, a citar, para procedimentos de estudos arquitetônicos do produto proposto que, se referendado pelo empreendedor, passam ao desenvolvimento dos projetos arquitetônicos legais. Do ponto de vista mercadológico, a equipe da Josinha Pacheco Consultoria Imobiliária está preparada para a realização de pesquisa de mercado, para a análise do potencial de vendas e da concorrência, estabelecendo o plano de comercialização mais adequado ao produto pretendido e ao público-alvo a que se destina, fatores considerados fundamentais para o sucesso de todo empreendimento. O resultado deste preparo e esforço se reflete no desempenho da Empresa dos últimos anos, que gira numa média anual de R$100 milhões em VGV. No seu histórico está o desenvolvimento e a comercialização de empreendimentos de parceiros nacionais e internacionais como Odebrecht, JHSF, Pestana, Via Célere, Prima Emp., Reta Atlântico, Paraíso Emp., Civil, Garcez, RPH Eng., JCG Const, Plena Emp, Mikatys, Gatto Emp., Leão Eng, Santa Helena, Conipe, D’Avila, ARC Eng., Ramos Catarino, Ecomundo, dentre outras, o que demonstra o quanto estas alianças estabelecidas pela JPCI proporcionam velocidade e eficiência para quem deseja incorporar, construir, investir, vender ou comprar imóveis na Bahia. Revista ACB | Edição 78 | Abril e Maio 2012 37 de alto padrão e especificidade destinados a um segmento de mercado composto por clientes das classes mais altas da pirâmide social. Mais recentemente, entretanto, o crescimento das classes B e C impulsionaram a demanda por parte desse público aquecendo a demanda de mercado com novos produtos, o que motivou a JPCI a reposicionar-se como uma imobiliária de espectro mais abrangente, porém sem perder o foco no seu reconhecido alto padrão de atendimento aos clientes. Josinha Pacheco. empresária F undada pela própria Josinha, em 1995, a Imobiliária Josinha Pacheco Consultoria Ltda., nasceu com o objetivo de ser uma empresa com perfil inovador. Ao longo dos 35 anos de atuação como corretora e desses quase 17 anos de empresa, a JP Consultoria Imobiliária se consagrou na Bahia e se tornou referencia de qualidade, alcançando reconhecimento nacional e internacional. Como reflexo, a JPCI recebeu vários prêmios de relevante importância, tais como Prêmio Top de Marketing 2000, da ADVB-BA, Prêmio Master Imobiliário 2002, da FIABCI/Brasil e Secovi-SP, Prêmio ABMP 2005, Prêmio Best of Mind 2006, da ABRH-BA, dentre outros A empresária é diretora da ACB, da FIABCI / Brasil/SP e Diretora Regional FIABCI/NE. A Imobiliária Josinha Pacheco sempre vinculou o seu posicionamento a produtos "Uma vez identificado o terreno e formatado o produto, os profissionais da JPCI preparam um estudo de viabilidade econômicofinanceira preliminar do empreendimento proposto, como forma de embasar a tomada de decisão do seu cliente" Seminário O trade discute o turismo na ACB produtivas com os 13 destinos turísticos do Estado. A ausência de equipamentos de lazer e entretenimento e a recuperação da malha urbana e física de Salvador, além da falta de divulgação municipal do turismo, também mereceram acaloradas discussões. A força econômica Domingos Leonelli, secretário de Turismo e Marcos Meitelles, presidente da ACB A s problemáticas do turismo em Salvador foram discutidas no seminário “Turismo de Entretenimento”, promovido pela Associação Comercial da Bahia na tarde/noite do dia 19 de abril, com a presença do secretário de Turismo do Estado, Domingos Leonelli e de representantes do trade turístico. “O encontro foi um debate que deixou o legado da necessidade de trocarmos ideias e atuarmos em conjunto. O turismo é uma das alavancas econômicas no processo de desenvolvimento do Estado, e debates como 38 esse possibilitam a abertura de novos canais de participação entre o governo e a sociedade civil, através de suas entidades de classe”. Com estas palavras, o presidente da ACB, Marcos de Meirelles Fonseca, resumiu o clima reinante no auditório da entidade, ao final de mais de três horas de discussão sobre o turismo. Constatou-se a necessidade de gerar informações estatísticas confiáveis sobre a indústria do turismo na Bahia, a urgência de ideias inovadoras para incrementar os períodos de baixa estação, além da integração das cadeias Revista ACB | Edição 78 | Abril e Maio 2012 “Turismo e Entretenimento” foi o tema de abertura da série de seis seminários organizados pela ACB, sobre “Negócios e desafios para o desenvolvimento da Região Metropolitana de Salvador”, sob a coordenação da vicepresidente da ACB, Rosemma Maluf. Participaram o secretário do Turismo, Domingos Leonelli, o coordenador da Câmara de Turismo da Federação do Comércio, Cícero Sena, os presidentes do Convention Bureau de Salvador, Pedro Costa, e da Abav, Pedro Galvão; Carlos Casaes, diretor da Gazeta do Turismo Magazine, e o presidente da Associação Baiana de Camarotes, Paulo Goes, além de representantes do trade turístico, autoridades municipais e estaduais, diretores e empresários associados da Associação Comercial da Bahia. O presidente Marcos de Meirelles abriu os trabalhos falando sobre o poder gerador de emprego e renda do setor, o observou que “o turismo quando traz o visitante para a Bahia, traz o cliente para dentro de nossa casa. E a casa precisa estar pronta para recebêlos bem”. O secretário Leonelli exibiu indicativos da importância do turismo na ciranda econômica mundial: o setor emprega atualmente mais de 264 milhões trabalhadores em todo o mundo, 1 em cada 12 empregos gerados mundialmente é na área de turismo. Destacou a última pesquisa da FIPE, com a Bahia em terceiro lugar na preferência como destino, atrás apenas de São Paulo e Rio de Janeiro, e líder na região Nordeste. Para Leonelli o importante é a vinculação econômica entre os empreendimentos e o seu entorno social, “atuando a favor do adensamento e da integração das cadeias produtivas”. Disse que há um projeto para fazer frente à baixa estação, que enfrenta rejeições no próprio âmbito do governo: a transformação do Parque de Exposição na avenida Paralela em uma Cidade da Música, com espaços para megashows e eventos artísticos de grande porte. Os problemas da capital Salvador foi uma das vertentes mais discutidas no encontro. O presidente da ABAV, Pedro Galvão, confessou-se preocupado com a queda do fluxo “devido à falta de investimentos em equipamentos, além de sérios problemas estruturais, como a falta de mobilidade urbana e de urbanização na orla, além de problemas de segurança pública”. Revista ACB | Edição Edição 78 | Abril e Maio 2012 2 Todos manifestaram preocupação com a segurança, “que não deve ser apenas o aumento do efetivo policial mas que precisa de ações educacionais e melhoria da qualidade de vida da população”, enfatizou Pedro Costa. O presidente da Câmara Empresarial do Turismo (CET/Fecomércio), Cícero Sena, afirmou que “o turismo vai bem no estado, mas em Salvador vai mal, com um declínio acentuado no turismo de lazer. Os turistas preferem ir para o Litoral Norte ou Porto Seguro do que ficar em Salvador”. Para ilustrar sua palestra mostrou pesquisas realizadas pela CVC, maior operadora do setor no país. 39 Ultraleve Por Everaldo Menezes Everaldo Menezes, Empresário, Mercadólogo e Diretor da Associação Comercial da Bahia REVISÃO SURREAL? "Quem não interessaria em estar num País que hoje é considerado um grande filão, exatamente por ter um excelente mercado consumidor" T uristas brasileiros deixaram 21,2 bilhões de dólares em viagens internacionais ao longo de 2011; estrangeiros gastaram 6,8 bilhões de dólares no país, segundo Informação da revista Veja. A cifra de 14,4 bilhões de dólares de diferença contra o Brasil, fazendo esse comparativo sem levar em conta outros fatores, deveria ser um motivo de preocupação e de adoção imediata pelo governo, de medidas austeras e não complicadas, para promover um equilíbrio de gastos, em particular de viajantes brasileiros a turismo. Mas o que leva tanto os nossos viajan- 40 tes a gastarem tanto dinheiro lá fora? Quais são os fatores motivacionais que despertam esse lado compulsivo de trazer tantos produtos, uma vez que os temos aqui, desde lojas simples às lojas de grifes de médio a alto padrão dos shoppings? Não é difícil imaginar, para muitos de nós, o que acarreta essa muvuca louca de comprar: O preço baixo. Isso mesmo! Bem abaixo, quando comparado aos nossos. Tenho como exemplo uma camisa que compramos aqui por 280 reais, custar até 80,00 lá fora. Percebemos assim nesse surpreendente enunciado que algo está errado, não com eles, mas com nós, Revista ACB | Edição 78 | Abril e Maio 2012 da terra Brasilis, terra dos contrastes. De quem ou do quê é a culpa: Da alta e megera carga tributária! Vergonhosa demais para o nosso bolso. Será que é tão difícil observar, que se proporcionarem meios viáveis para diminuir esse apetite insaciável de tributos, não atrairia fábricas ou a entrada de produtos com preços mais accessíveis, arrecadando mais impostos para a nação? Quem não interessaria em estar num País que hoje é considerado um grande filão, exatamente por ter um excelente mercado consumidor, a exemplo de celulares, País que liderou a compra dos produtos em todo o mundo em 2011. É hora de nos unirmos mais; entidades de classes, além do próprio povo, cobrando de forma mais direta, efetiva e sem rodeios, apresentando soluções que possam beneficiar a própria nação, com exemplos tão simples. Precisamos falar mais alto para chamar à atenção daqueles que simulam surdez. Devemos aproveitar a histórica participação da Associação Comercial, em particular a da Bahia, que sempre esteve presente nas lutas em que redirecionaram os caminhos do País ao desenvolvimento. Temos membros competentes na Instituição que sabem preconizar soluções. O governo já passou da hora de ser mais producente, enxugando o ralo dos gastos públicos, diminuindo a intensa burocracia, ouvindo mais e permitindo aos empresários e toda população respirar um pouco mais aliviados. O Brasil, desta forma, pode competir com outros mercados e sair vitorioso quanto à paridade de preços. Isso vai evitar os brasileiros de viajar mais para o Exterior? Não! Mas, com certeza, a bagagem vai pesar bem menos e o País, ganhar muito dinheiro na conta. Acontece Ex-presidente preside Conselho da Unifacs O ex-presidente norte americano, Bill Clinton, Chanceler Honorário da Laureate International Universities, instituição que reúne mais de 50 universidades em todo o mundo, mantenedora da Unifacs, enviou correspondência ao empresário Eduardo Morais de Castro, ex-presidente da ACB, convidando-o para assumir a posição de presidente do Conselho Consultivo da Universidade Salvador (Unifacs). Em sua carta, diz o ex-presidente Clinton: “Nosso grande objetivo com a implantação dos conselhos consultivos é melhorar a qualidade do ensino superior oferecido em nossas instituições ... e reunir opiniões de alto nível sobre a concepção e a execução de programas acadêmicos, e a ter acesso ao direcionamento quanto ao que devem fazer para melhor preparar seus alunos.” Em outro trecho, “Eu atuo como Chanceler Honorário da Laureate International Universities porque a rede exemplifica os mesmos princípios de inovação e responsabilidade social que eu trabalhei para avançar durante minha presidência e hoje por meio de minha fundação”. Eduardo Moraes de Castro, formado em Administração de Empresa, recebeu o primeiro diploma emitido pela Unifacs. Presidente da Civil homenageado O empresário Eduardo Meirelles Valente, membro do Conselho Superior da ACB e presidente do Grupo Civil, recebeu a Medalha do Mérito Profissional Norberto Odebrecht, concedida pelo Rotary Club da Bahia, em solenidade realizada no dia 19 de abril, na Casa do Comércio. A Comenda, criada em 1998, visa reconhecer profissionais cujo trabalho contribuiu para o aprimoramento do ser humano e para o progresso da sociedade. Após a saudação feita pelo rotaryano Walter Pinheiro, o homenageado recebeu a medalha das mãos do presidente da instituição, Jairo Sento Sé. Em seu discurso de agradecimento, disse Eduardo Valente “É a maior homenagem que já recebi e me emociona ainda mais por ser também, uma homenagem um homem que foi um exemplo para mim. É um sonho que se realiza e que me obriga a buscar ser, a cada dia, uma pessoa melhor, para fazer jus a esta medalha”. Revista ACB | Edição 78 | Abril e Maio 2012 41 Associação Comercial da Bahia – Fundada em 15/7/1811 (A entidade mais antiga da América Latina) Órgão Técnico e Consultivo do Governo Federal (Dec. 8130/41) Diretoria – Biênio 2011/2013 PRESIDENTE DA DIRETORIA Marcos de Meirelles Fonseca MESA DA ASSEMBLEÍA GERAL Presidente – João José de Carvalho Sá 1º Secretário – Eugênio de Souza Kruschewsky 2º Secretário – Luiz Ovídio Fisher INTEGRANTE DO SISTEMA MEMBROS NATOS Álvaro Conde Lemos Filho; Eduardo Morais de Castro; Élmer Musser Pereira João José de Carvalho Sá; Joaquim Quintiliano da Fonseca Júnior; Juvenalito Gusmão de Andrade; Lise Weckerle; Rubens Lins Ferreira de Araújo; Wilson Galvão Andrade CONSELHO SUPERIOR Adalberto de Souza Coelho; Ângelo Calmon de Sá; Antonio Carlos Nogueira Reis; Eduardo Meirelles Valente; Élio Luiz Régis de Souza; Gilberto Pedreira de Freitas Sá; Jan van der Zeijden; Jayme Villas Boas Netto; Joaci Fonseca de Góes; Luiz Ramos de Queiroz; Luiz Vianna Neto; Manoel Joaquim Fernandes de Barros Sobrinho; Norberto Odebrecht; Orlando Sampaio Passos; Renato Simões; Renato Augusto Ribeiro Novis; Roberto de Paula Nunes de Campos; Roberto Zitelmann de Oliva; Rogério Joaquim de Carvalho; Victor Calixto Gradin Boulhosa; Victor Fernando Ollero Ventin COMISSÃO DE CONTAS – TITULARES José Henriques Ramos; Maria Constança Carneiro Galvão; Renato dos Santos Ferreira COMISSÃO DE CONTAS – SUPLENTES Décio Sampaio Barros; Marco Aurélio Luiz Martins; Rogério Joaquim de Carvalho Júnior 42 DIRETORIA EXECUTIVA Vice-Presidente – Adary Oliveira; Vice-Presidente – Antonio Eduardo de Araújo Lima; Vice-Presidente – Arnon Lima Barbosa; Vice-Presidente – Luiz Fernando Studart Ramos de Queiroz; Vice-Presidente – Rosemma Burlacchini Maluf; 1º Secretário – Marcelo Neeser Nogueira Reis; 2º Secretário – José Pedro Daltro Bittencourt; 1º Tesoureiro – Júlio Augusto de Moraes Rêgo Filho; 2º Tesoureiro – Sylvio de Góes Mascarenhas Filho DIRETORIA PLENÁRIA Alberto Nunes Vaz da Silva; Alessandra Brandão Barbosa; Alfredo Benjamin Martini Neto; Antoine Youssef Tawil; Antonio Luiz Nogueira Chaves; Arthur Guimarães Sampaio; Aurélio Pires; Carlos Antonio Borges Cohim Silva; Carlos Palma de Melo; Claudelino Monteiro da Silva Miranda; Diangela Paiva Matos de Meirelles Fonseca; Edmilson Nunes de Pinho; Eduardo Seixas de Salles; Everaldo Costa Menezes; Fernando Elias Salamoni Cassis; Hélio Bandeira Neves; Henrique Portugal Pedreira; Hilton Morais Lima; João Alfredo Sampaio de Figueiredo; João Lopes Araújo; Joaquim Luiz de Souza; José Ailton Lira; José Carlos Augusto da Silva; José Carlos Barros Rodeiro; José Eduardo Athayde de Almeida; José Pedro Paulino Souto; José Renato Mendonça; José Sérgio Almeida Franco; Josinha Pacheco; Leonardo Rêgo Genofre; Lúcio Félix de Souza Filho; Luis Severo Perez Garcia; Luiz Antonio de S. Queiroz Ferraz Júnior; Luiz Carlos Magnavita Bacellar; Luiz Pedrão Rio Branco; Magnólia Cavalcante Lima; Manuela de Carvalho Corrêa Ribeiro; Marcelo Sacramento de Araújo; Marconi Andraos Oliveira; Marcos Galrão Cidreira; Marcos Vinícius Pinto Fonseca; Maria José de Castro Harth; Maria José Fernandes Vieira; Maria Rita Souza Brito Lopes Pontes; Miriam de Almeida Souza; Oscar Luiz Mendonça de Aguiar; Oswaldo Ignácio Amador; Paulo Augusto de Oliveira Lopes; Paulo Catharino Gordilho; Paulo César Fonseca de Góes Carvalho; Paulo Gadêlha Vianna; Pedro José Galvão Nonato Alves; Reynaldo Jorge Calmon Loureiro; Roberto de Sá Dâmaso; Roberto Zitelmann de Oliva Júnior; Rodrigo Santos Alves; Ronald de Arantes Lobato; Sérgio Fraga Santos Faria; Thomas Hartmann; Valnei Sousa Freire; Walter Barreto Júnior Revista ACB | Edição 78 | Abril e Maio 2012