Ata 1ª Reunião para discussão sobre o Plano de Mobilidade Urbana
Transcrição
Ata 1ª Reunião para discussão sobre o Plano de Mobilidade Urbana
Ata 1ª Reunião para discussão sobre o Plano de Mobilidade Urbana Local: SINDSFOP – Bairro São Cristóvão Data: 02/04/2014 Aberta a reunião ás 19h25min, a Secretária Municipal de Governo Érika Curtiss, o Comandante da Guarda Municipal, Alexsandro Nunes de Oliveira e o Superintendente da Secretaria Municipal de Governo Marco Antônio Nicolato Medírcio se apresentaram e fizeram uma breve exposição sobre o Plano de Mobilidade Urbana. Após essa breve explanação, o representante do Instituto Rua Viva, Sr. Ricardo Mendanha, aprofundou nos detalhamentos do Plano de Mobilidade Urbana, destacando alguns trabalhos desenvolvidos tais como: “na cidade sem meu carro”, “repensar o automóvel”, “Ecoativa – faça com que a transformação no mundo aconteça”. Depois Ricardo esclareceu que essas primeiras reuniões têm como objetivo desenvolver um Brainstorming (www.ruaviva.org.br). Inscritos para falar: 1º) Vereador Dentinho, reforçou o fato de ser essencial a participação popular e sugeriu ampliar a divulgação das reuniões utilizando filipetas, rádio, jornais, carro de som e todas as formas possíveis de divulgação; afirmou que o trânsito está caótico, sem lugar para estacionar, apontando para a falta de operação do sistema de estacionamento rotativo; destacou a preocupação que se deve ter com o pedestre, afirmando que poucos param nas faixas de pedestre existentes no bairro São Cristóvão, sugerindo uma campanha educativa para conscientizar os condutores sobre a necessidade de priorizar a circulação do pedestre, colocando-se a disposição para o desenvolvimento de ações para melhorar a mobilidade urbana no Município. 2º) José Geraldo, representante da comunidade da Barra, apontou a necessidade de sinalizar os trevos, destacou a importância do semáforo da barra para a travessia dos pedestres; falou sobre a necessidade de conscientizar as pessoas de que o pedestre tem prioridade no trânsito; sugeriu a adoção de sistemas de sinalização para pessoas portadoras de necessidades especiais, especialmente nos locais com semáforos; destacou a falta de acessibilidade nos ônibus, tanto para idosos como para portadores de necessidades especiais; mencionou a discussão antiga sobre o trânsito na volta do vento, transformando essa via em mão única e instalando guardacorpo em toda a sua extensão; sugeriu medidas para tornar os passeios da cidade mais acessíveis; por fim se pronunciou sobre a necessidade de rever a sinalização em todo o Município, especialmente no que tange os estacionamentos regulamentados e a carga e descarga. 3º) Brêtas, na condição de cidadão, morador do Bairro São Francisco de Paula, sugeriu a realização de um estudo quanto a viabilidade de fazer uma via de contorno no bairro que é constituído de apenas uma rua, “principal e única”; sugeriu ainda que fosse feita a ligação das vias Albino Sartori com Jardim Alvorada, que a Praça da Rodoviária e o jardim em frente à Prefeitura fossem transformados em jardins para transitar e permanecer. 4º) Marcelo, morador do Bairro São Cristóvão, destacou o problema na Padaria situada na Rua Padre Rolim, que possui péssimo acesso, especialmente no horário de pico, que o estacionamento a 45 graus prejudica o pedestre e que o passeio é muito estreito, com cerca de 60 cm de largura; por fim, sugeriu a retirada do ponto de ônibus naquele local. 5º) Jorge Adílio, participando na condição de cidadão, destacou a necessidade de uma maior divulgação, com a utilização de carros de som; citou a lei federal que dispõe sobre mobilidade urbana, que exigia a participação popular; perguntou se o plano só previa a sede; destacou a importância do Município de Ouro Preto e do Patrimônio que ele representa; citou o alargamento da rua São José, quanto ao aspecto da acessibilidade e à discussão em torno do Patrimônio Histórico, questionando se o Instituto Rua Viva está considerando esta peculiaridade do Município; destacou a necessidade de pensar nas pessoas; abordou a possibilidade de criar restrições ao trânsito de veículos, tais como o pedágio urbano e o rodízio de veículos; falou sobre a necessidade de o Plano de Mobilidade estar de acordo com o Plano Diretor; destacou ainda a relação entre o trabalho desenvolvido pela Fundação Gorceix e a mobilidade urbana; perguntou se os estudos já realizados estão sendo considerados pelo Instituto Rua Viva, citando, dentre eles, o Plano Viana de Lima que prevê abertura de novas vias, criando alternativas de acesso para a Bauxita. 6º) Flávio Andrade, na condição de cidadão e morador do Bairro Água Limpa, criticou a organização dos trabalhos, citou vários planos que foram mal articulados e acabaram engavetados pela Administração Municipal, como por exemplo o Plano Decenal de Educação; citou a fórmula exitosa adotada na elaboração do Plano de Saneamento Básico, com a constituição de um comitê gestor envolvendo representantes de vários segmentos, ficando responsável pela organização e articulação do Plano; apontou deficiências na divulgação das reuniões; afirmou que “é preferível não fazer do que fingir que faz”, se for “para fazer mal feito, melhor que não faça, do contrário é brincar de participação popular”; sugeriu a criação de um comitê consultivo que ajude a organizar; sugeriu adotar medidas para ampliar a atuação do COMPURB, do COMPATRI, do CODEMA; sugeriu a inclusão do distrito de Cachoeira do Campo no Plano de Mobilidade; falou sobre a existência no Plano Diretor de um Capítulo Exclusivo sobre o tema; deu exemplo de medidas que entendeu equivocadas, adotadas pela atual administração, como a retirada das ilhas na Praça Tiradentes, que desatende o pedestre e está na contramão da mobilidade urbana; por fim perguntou sobre o valor do contrato celebrado com o Instituto Rua Viva e entendeu ser muito baixo, criticando o escopo definido pela Prefeitura. 7º) Carlos Mendes, representando os empresários, afirmou que as deficiências do transporte coletivo, tais como a falta de ônibus e descumprimento de horários, são consequência do estado caótico do trânsito; disse que os veículos do transporte coletivo ficam retidos no trânsito que impedem sua passagem; destacou as dificuldades para a mobilidade do idoso em decorrência dos aclives e da péssima condição dos passeios; afirmou que o Município tem que desenvolver projetos para permitir o embarque e desembarque adequado dos passageiros, em especial os portadores de necessidades especiais; declarou que as empresas que ele representa são a favor da licitação do transporte coletivo; reforçou o posicionamento do Sr. Flávio Andrade quanto a irresponsabilidade de se ter retirado as ilhas na Praça Tiradentes e o Semáforo da Barra. 8º) Sérgio, representante da Associação de Moradores do Bairro São Cristóvão, pediu que as ações fossem voltadas para o pedestre, que o bairro São Cristóvão possui ruas estreitas, sem passeio, e que com o asfalto os veículos passaram a desenvolver velocidades elevadas, pondo em risco as pessoas; que mesmo com as vias estreitas, foram mantidas a dupla mão de direção o que torna a situação ainda mais perigosa, porque restringe os espaços do pedestre; pediu que fosse ampliado o transporte público nas ruas do alto do bairro, tais como ônibus e vans, inclusive com ampliação dos horários à noite; destacou as deficiências das calçadas e a dificuldade de transitar na proximidade do comércio do São Cristóvão devido ao fluxo intenso de carros e veículos realizando carga e descarga. 9º) Rodrigo, na condição de cidadão, mencionou a elevação na via no Bairro do Catete em Mariana, sugerindo a sua adoção em Ouro Preto; questionou o poder de fiscalização do trânsito por dois órgãos distintos (Guarda Municipal e Polícia Militar); perguntou sobre a possibilidade de exercer a fiscalização por meio do videomonitoramento; sugeriu asfaltamento ou recurso equivalente no Beco dos Bois para evitar os escorregamentos dos veículos de transporte coletivo que fecham aquela via quando chove; sugeriu estudo de viabilidade para instalação de um bondinho do Morro da Forca até a UFOP; 10º) Vilela, representante da Associação da Piedade, alertou sobre uma situação de risco no Centro, referente ao ponto de ônibus na Xavier da Veiga e Pacífico Homem; destacou a falta de padrão das rampas de calçada; sugeriu a criação de terminais de integração para a retirada dos ônibus do centro da cidade; pediu que fosse revisto o conjunto de semáforos no Alto da Cruz; pediu regulamentação para moto-boy, que considera muito perigoso no transporte de carga; destacou abusos no trânsito e falta de fiscalização. 11º) Rodolfo, cidadão, morador do bairro Cabeças, perguntou sobre o estudo da Gorceix, qual era o escopo e quanto tempo duraria; apontou deficiência no estudo da PLANUM e perguntou se o Município iria requerer o ressarcimento; destacou a falta de acessibilidade para cadeirante, devido à topografia; sugeriu o alargamento dos passeios e rampas; citou as constantes enxurradas nos períodos de chuva; por fim, questionou sobre o túnel, se seria construído sem discussão com a comunidade. 12º) Vítor Godoy, na condição de pedestre, disse ser emblemática sua condição de pedestre, não tem carro por bom senso e mora no beco dos bois; destacou a necessidade de se pensar a cidade como um todo; falou do desafio de se colocar em prática o que for estabelecido pelo Plano de Mobilidade, destacou que o plano e a participação popular são imposições legais e por isso está sendo feito, mas que precisa de compromisso político para colocá-lo em prática; perguntou sobre o nível de detalhamento do estudo; criticou o túnel e as desapropriações que irá gerar para o corredor. 13º) Vereador Alysson Gugu, demonstrou preocupação com a área central; destacou que são 8000 deficientes que não têm acesso à cidade; sugeriu a implantação de estacionamentos em áreas específicas, retirando-os das ruas; pediu transporte público de qualidade e acessível, destacando que são de responsabilidade do Poder Público e dos empresários. 14º) Lucas, na condição de ciclista, disse ser mito que Ouro Preto não é cidade de ciclistas, que as bicicletas de hoje possibilitam a qualquer um subir ladeiras sem esforço; sugeriu que a linha de trem da bauxita seja transformada em via de bicicleta para evitar a concorrência com os automóveis nas vias atuais, que é muito perigosa. 15º) Érika Curtiss, citou a reunião que teve como o Chefe do Escritório Técnico do IPHAN, destacando que ficou satisfeita com a postura do mesmo, que se mostrou sensível aos problemas que as pessoas enfrentam no que tange a sua mobilidade; disse que ela tem problema de acessibilidade e que a postura tem que ser de atender primeiro as pessoas e depois o patrimônio; destacou a razoabilidade como princípio norteador, que apesar de a cidade ser do século XVIII, o que for razoável intervir deve ser feito; exemplificou falando que o Bairro Novo Horizonte é novo e que ela teve dificuldade de se locomover lá. 16º) Gemirson, representante do movimento Somos Todos Ouro Preto, destacou a necessidade de rever os passeios no Município, especialmente nos Bairros Piedade, nas ruas 13 de maio e XV de agosto, informou que há muitas crianças transitando em meio a carros, motos, caminhões e ônibus; destacou que o gargalo no Alto da Cruz, em que há muita concorrência entre os ônibus e os carros, não é preocupante apenas às 18:00h, que o pico no local é quase o dia inteiro; sugeriu redutores de velocidade no Gambá ou elevação, igual ao do Bairro Catete em Mariana; sugeriu novas rotas de ônibus, que possam desafogar o Centro, sugerindo o Pocinho como exemplo; sugeriu escadas rolantes na Barra para a UFOP; destacou que o transporte coletivo é muito caro, que sufoca o trânsito e que não há regularidade nem respeito ao horário; 17º) Karina, representante do movimento Somos Todos Ouro Preto, formada no curso de Arquitetura da UFOP, seu Trabalho de Conclusão de Curso foi focado no usuário do transporte público; destacou a importância de se garantir ao usuário um melhor acesso à informação e de partir da própria empresa essa responsabilidade; disse ser funcionária da Secretaria Municipal de Patrimônio e citou o Jardim Alvorada como um exemplo da falta de planejamento, que apesar de ser um bairro novo, repete-se os mesmos erros do centro histórico, sugere que o bairro sirva de experiência para ações que possam ser realizadas no Centro Histórico. 18º) Ricardo Mendanha, do Instituto Rua Viva, explicou que o plano deve ser pensado sob a perspectiva das pessoas, citou atrelamento ao Plano Diretor, mencionou a possibilidade, sim, de ciclovias; disse que serão feitos apontamentos no trabalho referentes à estrutura Administrativa; destacou que o estudo abrange toda a sede e não apenas o centro histórico, que os distritos serão pensados do ponto de vista das necessidades de deslocamento para a sede; destacou a importância da participação da comunidade e da possibilidade de incorporar os conselhos municipais nos debates públicos. Após, foram reabertas inscrições para novas considerações. 1º) Brêtas, destacou outro ponto de vista da cidade, o da imobilidade urbana, referindo-se à violência, aos becos mal iluminados, ao medo, sugerindo ampliação do vídeo monitoramento em todos os bairros e não só no centro; pediu melhorias no transporte coletivo. 2º) José Geraldo, destacou que já existe uma ouvidoria do Município e que funciona; citou o tapume das Lages, que é encarado como um problema, e que talvez tenhamos que repensar a questão porque está relacionado com a melhoria de um passeio e que temos que repensar todos os passeios para possibilitar uma maior mobilidade para os pedestres. 3º) Rodolfo, perguntou sobre a utilização das ferrovias como via pública. 4º) Marcelo, destacou que as pedras de calçamento de Ouro Preto são escorregadias; perguntou sobre alternativas ao asfaltamento. 5º) Flávio Andrade, disse que tem que se pensar nos grandes eventos, referiu-se aos projetos já feitos, inclusive sobre o projeto da Cristina Cairo para alterar o ponto de ônibus no São Cristóvão, onde existe a cruz. 6º) Carlos Mendes, falou do sinal da barra, instalado por ele para melhorar o fluxo, reduzir o tempo de demora do ônibus, o que reduz também a necessidade de mais ônibus circulando e barateia o sistema; sugeriu o subsídio pelo Poder Público para reduzir a tarifa; destacou que o ônibus mais velho circulando é de 2008. 7º) Alysson Gugu, destacou que transporte de qualidade é aquele que chega a todos os bairros no horário marcado, com segurança. Após, foi encerrada a reunião, por volta das 22:00h, com as considerações finais da mesa.