Novembro/2009 - Católica Tribune
Transcrição
Novembro/2009 - Católica Tribune
NOVEMBRO 2009 Nesta edição Uma Aventura no Governo 2 Espaço Docente by Pe. Hugo Santos 3 Entrevista a Tomás Fidélis 4 Programas dos Pelouros 6 Programa Oficial Lista S 8 Fórum Carreiras 9 Passe a Rasgar 10 Beat It 11 Amphitheatre 12 Bookshelf 12 Cartoon 13 AV I S O Edição mensal - #2 Novembro de 2009 2 Esta página é parte integrante da edição #2, de Abril de 2009, do Católica Tribune, e tem como únicos destinatários os membros da Associação de Estudantes e/ou da equipa de redacção da publicação, não devendo ser distribuída a terceiros. Entrevista a Tomás Fidélis P residente candidato da lista S, que concorre sozinha à Associação de Estudantes da nossa faculdade, respondeu-nos a algumas perguntas. Católica Tribune - Antes de mais, o que mas parte desse tempo, dependendo do eu intervier positivamente então esta- te levou a querer ser presidente? Já modo como a equipa funciona, pode ser rei satisfeito. ponderavas esse cargo quando entraste dividido de formas diferentes. A verda- para a faculdade? de é que no ano passado se concentrou Tomás Fidélis - Eu acho que ninguém quer, à partida, ser presidente. Isso é uma consequência de uma sucessão normal de acontecimentos que não ponderava. Entrei para a faculdade com o objectivo de fazer a minha licenciatura, e o que aconteceu foi que fui convidado para me juntar à AE e interessei-me. Gostei sobretudo de participar mais activamente na melhoria das condições dos alunos, o que me deu uma visão mais interna daquilo que se pode fazer numa associação. Assim sendo, e ao longo do ano, eu fui-me sentido cada vez mais interessado em liderar os trabalhos, porque acredito nas minhas capacidades para o fazer. E assim que surgiu a oportunidade, porque a possibilidade de eu ser presidente não foi sugerida por mim, apareceu com a eventualidade de o Jorge Sucena não se recandidatar, fui criando as minhas expectativas, e quando tal se confirmou, candidatei- muito trabalho numa só pessoa, o presidente, e eu acredito sinceramente que com uma equipa grande e de qualidade, em que as tare- cedor em termos pessoais e, eventualmente, em termos profissionais; o currículo, que é igualmente importante; e, claro, os presidentes às vezes entram à pala nas festas. distribuídas, não é preciso que o presidente ocu- CT - Que erros poderá a lista pe tanto do seu S corrigir relativamente ao tempo a decidir, último mandato? a tomar decisões, a fazer contac- TF – A nossa ideia é construir tos. É facto que uma equipa que seja bem se a hierarquia hierarquizada, com defini- e a delegação de ção e distribuição de tare- tarefas funcio- fas, para que cada um tenha narem bem não a noção do que deve fazer. se perde assim tanto tempo. Natural- Assim teremos uma AE que funcione de- mente, isto vai exigir uma capacidade vidamente, sem haver um exagero de de gestão incrível. Vou trabalhar para responsabilidade e de maximização de que haja uma diferença entre aquilo tempo útil, porque no final de contas que aconteceu o ano passado e o que estamos todos aqui para fazer uma li- irá acontecer este ano. cenciatura. Este é o primeiro ponto e Posto isto, a recom- estamos nós a con- pensa que eu espero CT - Como presiden- contacto com pessoas, que é enrique- fas sejam bem me. E pronto, aqui versar. Para além disso há outras vantagens; o Vamos apostar mais e melhor é, antes de mais, a em divulgação, em aproxipossibilidade de intermarmo-nos dos alunos. o mais importante, mas é um ponto de gestão interna que pode não ser visto de fora. Obviamente que eu não posso criticar vir para a melhoria do outros erros da antiga AE porque eu pró- ambiente e do funcio- prio fazia parte dela e alguns dos erros namento intra e extra-universitário dos foram meus também. Posso no entanto estudantes. Esse é o meu grande objec- dizer que vamos apostar mais e melhor tivo e, se ele for cumprido, sentir-me- em divulgação, em aproximarmo-nos TF – Em primeiro lugar eu não acho que o ei recompensado. Pode parecer pouco dos alunos, contactar com eles directa- dado de que eu vou precisar de abdicar sincero, mas é a mais pura das verda- mente na promoção de eventos, e va- muito do meu tempo seja tão definitivo des. Penso que o principal objectivo de mos alargar a rede “fazedora” da AE, assim. O facto é que se gasta algum, um presidente tem de ser a acção, e se te terás de abdicar muito do teu tempo em prol da associação. De que forma achas que isso te irá recompensar? Edição mensal - #2 AV I S O Novembro de 2009 3 Esta página é parte integrante da edição #2, de Abril de 2009, do Católica Tribune, e tem como únicos destinatários os membros da Associação de Estudantes e/ou da equipa de redacção da publicação, não devendo ser distribuída a terceiros. O que nos faltar em experiência, que creio não ser muito, é superado pela motivação que sentimos. que é o que se pretende. táveis, para o próximo ano. Relativamente aos Eventos há uma serie de actividades que vamos tentar desenvolver. Há muitas festas que estão definidas, que sempre se fizeram, e é preciso dizer aqui que o calendário para ma a centralizá-los e tornar o acesso mais fácil. Estamos também a pensar em pegar em todas as propostas de estágios e emprego, e fazer alguma selecção para que os alunos possam vir ter com a AE para tratar desses assuntos, o que não é de todo descabido. CT - O que achas que a lista S traz de fazer festas é estreito. Nós temos pouco novo? tempo de aulas, no tempo das frequên- Quase finalizando, nós temos uns esta- cias obviamente que não se realizam tutos que gerem o funcionamento da eventos desta envergadura, e como tal AE, que são de 1989, tiveram uma pe- é muito difícil encaixar novas festas. É quena adaptação entretanto, e andam também importante referir que as festas há sete ou oito anos para ser mudados. No entanto, há uma serie de coisas que não são de todo o objectivo principal da Prometo que vai ser desta. já estão definidas. Em primeiro lugar, AE, embora por vezes pareça. São um e isso é uma diferença significativa em óptimo meio para arranjar fundos para relação à AE anterior, vamos apostar sustentar outras actividades. De qual- mais em Acção Social. A Acção Social quer maneira, gos- está chefiada pelo Duarte Taylor que távamos este ano já demonstrou imensas ideias de como de apostar na rea- aproveitar as competências que têm lização de eventos CT – Tendo em conta a divi- alunos de uma faculdade como a nos- que não se fizeram são de tarefas que tens vin- sa na ajuda a instituições de pequena e recentemente nes- do a defender, achas que te média dimensão, tanto ao nível dos nos- ta faculdade, no- rodeaste das pessoas mais sos conhecimentos de gestão ou de con- meadamente indicadas para o sucesso da tabilidade, como ao nível humanitário, noite de fados, uma e da mão-de-obra que qualquer aluno, festa reggae, ten- independentemente da faculdade onde tar fazer mais uma esteja, pode ter. E obviamente que isto gala (a ideia era fa- é muito importante numa universidade zer uma por semes- Católica, a que pertencemos. tre), e apostar em TF – O programa ainda não se encontra fechado, estamos a reunir uma serie de propostas. Do ponto de vista da Cultura, o nosso ponto mais forte é uma semana de mostra de filmes que pretendemos fazer, mas também pequenos concertos acústicos no bar, para além da aposta forte no Católica Tribune. uma jantares da nossa faculdade, não necessariamente acompanhados de saídas à noite, que a minha equipa considera serem uma óptima oportunidade de socialização, para além de serem um projecto de fácil execução. Obviamente, também as outras festas de tradição, o Relativamente ao Desporto, natural- “By-Night”, a “Beach Party”, o “80’s” mente há uma forte incidência no fu- são para continuar e para melhorar. tebol masculino e na continuidade do voleibol feminino, que têm sido bem organizados, entregue ao nosso chefe de pelouros, Mário Bica. Vamos tentar apostar em novas modalidades, susten- De referir ainda que, tendo em conta que o principal objectivo de uma AE é ajudar os alunos, pretendemos reunir toda uma série de apontamentos que existem dispersos na faculdade, de for- Em suma, o que a lista S traz de novo é uma profunda dedicação (sempre fiéis aos alunos), disponibilidade para receber inputs das pessoas, e retribuir. AE? TF – Não tenho a menor dúvida. O que nos faltar em experiencia, que creio não ser muito, é superado pela motivação que sentimos. O meu braço direito, Vice-Presidente Vasco Castanheira, e o meu braço esquerdo a Secretária Inês Cassiano, são pessoas completamente dedicadas que têm mostrado toda a disponibilidade para discutir, para fazer, e isso já é em si óptimo porque se a maior parte do trabalho estava acumulada numa só pessoa, está agora concentrada em três. Os chefes de pelouro, o Manuel Rito, a Vanessa Pinto, o Cristian Pistone, o Duarte Taylor e o Mário Bica, são pessoas que têm mostrado propostas, e que já AV I S O Edição mensal - #2 Novembro de 2009 4 Esta página é parte integrante da edição #2, de Abril de 2009, do Católica Tribune, e tem como únicos destinatários os membros da Associação de Estudantes e/ou da equipa de redacção da publicação, não devendo ser distribuída a terceiros. vão começando a criar contacto com muito show-off e actividades desmesu- não me estaria a candidatar. Acho que as pessoas que lhes estão subjacentes, radas para mostrar que fazemos, pelo as condições estão reunidas, já temos o que prova o seu empenho. O Miguel que o que nos vai interessar é mostrar quase tudo terminado, vamos trabalhar, Torres, o Nuno Sá e restantes, têm-me objectivos. e esperar que tudo corra pelo melhor. dado prova da sua dedicação profunda, e são pessoas criativas, com ideias novas. Vamos fazer uma campanha calma, porque não é por trazer mais espalhafato que vamos ser eleitos, interessa-nos Claro que existe o risco de não haver uma boa receptividade por parte dos alunos, podem não gostar do nosso trabalho, mas estamos confiantes de que CT- A lista S é a única concorrente à As- mais que as pessoas saibam exactamen- sociação de Estudantes, o que traz um te o que vamos fazer. Portanto para quê certo comodismo. De que maneira po- gastar tempo e recursos numa compe- O nosso principal inimigo vai ser o tem- derá isso ser prejudicial? tição ganha à partida, quando os pode- po. Nós temos muitas coisas que quere- mos canalizar para o desenvolvimento e mos fazer e o tempo útil é pouco, e por exploração das ideias que já temos com isso vamos ter que o gerir muito bem. os alunos? Obviamente, é também desafiador igua- TF – Não entendo de que forma é que isso poderá ser prejudicial. A única consequência negativa é a impossibilidade de se realizar um debate entre os pre- CT - Qual é o maior desafio que a lista S sidentes das listas concorrentes, pois terá pela frente? seria uma óptima oportunidade de expor as nossas ideias à comunidade académica. Assim sendo, eu penso que uma campanha sem concorrentes, é uma campanha onde não precisamos de usar Acção Social - “ não vai ser esse o caso. lar ou suplantar a qualidade da AE anterior. Vamos trabalhar para que as melhores condições se verifiquem durante TF – Penso que o nosso maior desafio é este ano, para que haja um acesso mais sermos bem sucedidos, mas sei também fácil à informação, as pessoas se divir- que é esse o cenário que se vai verificar, tam muito e tenham um excelente ano e se eu próprio não acreditasse nisso académico.• Duarte Taylor Tive o cuidado de reunir uma equipa com vontade de tra- poderão inscrever-se nesse evento desportivo dando um gé- balhar e de fazer coisas diferentes daquelas que foram nero alimentar que vai ser entregue a uma outra instituição feitas durante o ano passado, com que temos acordo. Uma outra ideia, que é a ideia mais que até foi positivo: nós que- ambiciosa e que nos parece que vá ser a que mais gozo nos remos mais. É uma equipa aci- vai dar, é nós utilizarmos os conhecimentos adquiridos ao lon- ma de tudo muito ambiciosa. go dos nossos cursos para ajudar as outras instituições de so- Basicamente, o objectivo da lidariedade social a melhorarem a forma como gerem os seus acçao social este ano é cons- recursos e como tratam quem a elas recorre. Vamos tentar ciencializar todos os alunos da arranjar grupos de alunos interessados em desenvolver esta Universidade, não so da nossa actividade, distribuindo depois os alunos pelas várias insti- Faculdade, que o voluntaria- tuiçoes para fazerem vários relatórios semanais, ou da forma do é uma componente impor- como eles se quiserem organizar (porque vão ter liberdade tantíssma da nossa formação para isso), em que mostram como é que essa instituição lida humana e uma mais valia no com a contabilidade, com a organização dos seus funcionários, currículo de cada um. A nossa colaboradores, etc. Depois, à luz dos nossos conhecimentos e ideia passa também por inovar nas parcerias: uma das mais com a ajuda de um ou outro professor com quem estamos a criativas passa por interagir com o pelouro do desporto, para estabelecer contactos, vamos dar um ou outro conselho para que possam ser possíveis uma série de actividades desporti- que possa haver melhorias. Folhas de Excel, conselhos mais vas de beneficiência. Assim só a título de exemplo, os alunos práticos... é o nosso grande objectivo para este ano.”• Edição mensal - #2 AV I S O Novembro de 2009 5 Esta página é parte integrante da edição #2, de Abril de 2009, do Católica Tribune, e tem como únicos destinatários os membros da Associação de Estudantes e/ou da equipa de redacção da publicação, não devendo ser distribuída a terceiros. Desporto - “ Mário Bica A ideia que a lista S tem para o desporto passa basicamen- contribuindo também para uma maior comunicação entre os te por manter os desportos colectivos em funcionamento campus da Universidade. A possibilidade de nos associarmos à desde o ano passado e acrescentar pequenos projectos, crian- Universidade Nova numa equipa de Surf também existe e de- do um leque de opções vasto para que pois há uma vontade muito grande de, juntamente qualquer aluno da FCEE possa praticar o com o pelouro de Acção Social, realizar corridas de seu desporto em condições. Sendo que beneficiência e caminhadas com idosos. Temos em o Futebol 11 e o Vólei se mantêm, está mente ideias mais surpreendentes como organizar já garantida a abertura de uma equipa uma competição de aviões de papel, fazer torneios de Futsal masculino em parceria com a de xadrez ou nomear definitivamente os campeões FCH e pretendemos dinamizar este ano de Sueca do nosso bar. Vai ser também este ano o “Põe-te a mexer” disponibilzando des- que finalmente vamos poder ouvir falar seriamen- portos alternativos como ginásio, dança te dos karts e do paintball. É importante sublinhar ou yoga através de parcerias que tra- que não é por ter poucos alunos interessados numa gam benefícios e facilidades aos alunos actividade que vamos evitar disponibilizá-a. Uni- da FCEE. Temos também interesse em camente tem que valer a pena em termos de cus- apoiar uma equipa de ténis e abrir uma tos e estar reunido o empenho necessário de quem equipa de golfe, dadas as novas possibilidades que o Está- realmente está interessado. O grande desafio passa por fazer dio Universitário se prepara para oferecer. Surgiu também da nossa divulgação do desporto académico um êxito, levando durante as Coffee Sessions a ideia de organizar um campe- gente aos jogos das equipas.”• onato inter-Católica de Futebol ou Futsal, a nível nacional, Eventos - “ Cristian Pistone Ora bem, o principal objectivo do departamento de even- que mais tarde será entregue a quem mais precise, através tos neste ano passa pela mudança e a criação de alterna- do nosso departamento de Acção Social. Outro objectivo é tivas. O que queremos é fazer coisas diferentes, nunca antes a integração dos Erasmus feitas na FCEE, e que proporcionem uma maior diversidade em todos os eventos fei- de escolhas para todos, contribuindo para novas experiên- tos na faculdade... Uma cias. O programa em si é bastante semelhante ao do ano festa de despedida ou de passado - Festa de Natal, os 80’s, o tradicional bynight, a boas vindas para aque- beachparty - mas ao mesmo tempo será diferente, já que se les que se vão embora tentará que tudo seja feito em sítios diferentes com ideias di- ou chegam ao nosso país ferentes. Para além destas festas, há também uma aposta em parece-nos novos eventos mais alternativos. Nomeadamente, uma Festa Tentaremos também es- Reagge, uma segunda Gala, noites de fado e uma semana de tar sempre disponíveis cinema numa colaboração com o departamento de Cultura, para receber as opiniões e também os novos Mega-Jantares da FCEE. Estes janatares e ideias de todos duran- serão feitos com alguma regularidade e com temas sempre te o ano. Para visar es- diferentes, onde se procurará a interacção e o convívio con- tes objectivos foi reunida tínuo entre os nossos alumnos. Também temos a ideia de tra- uma equipa competente, balhar lado a lado com a Acção Social. Para isto foi pensada e divertida, com o único propósito de concretizar todas estas a realização de um jantar na FCEE, provavelmente de Natal, novas ideias e tornar este ano num dos melhores, para todos para o qual as pessoas serão convidadas a trazer uma prenda os que partilham conosco esta experiência universitária.”• obrigatório. AV I S O Edição mensal - #2 Novembro de 2009 6 Esta página é parte integrante da edição #2, de Abril de 2009, do Católica Tribune, e tem como únicos destinatários os membros da Associação de Estudantes e/ou da equipa de redacção da publicação, não devendo ser distribuída a terceiros. Cultura - “ Vanessa Pinto O objectivo principal do pelouro da cultura será dar conti- alizar, com uma actualização mais viva do que se passa na nuidade ao projecto mensal do jornal faculdade, bem como estatísticas de assuntos da nossa faculdade, o Católica Tribune, pertinentes e fotografias caricatas dos alunos. A por forma a tentar fazer mais e melhor a par deste objectivo, pretendemos realizar uma cada edição, e dar à comunidade da FCEE semana de mostra de filmes nomeados para as um resumo mensal de todas actividades e diversas categorias dos Óscares nessa respectiva atmosferas vividas. Pretendemos realizar época (Janeiro/Fevereiro), concertos acústicos um especial Orlando Cabrinha, a propósi- de interesse comum no bar como forma de dina- to da sua saída do ensino e da nossa fa- mização sócio-cultural, e também realizar uma culdade, algures em Fevereiro, bem como noite de fados.. Por fim, pretendemos levar a apostar em temas que suscitem debates, cabo uma exposição intitulada “Arte de Sala de e estender a área do espaço docente a outras referências da Aula”, onde serão expostos os desenhos que os alunos da nos- nossa faculdade. Além disso, a construção de um blogue do sa faculdade, com toda a sua criatividade e talento, fazem Católica Tribune é também outro ponto que queremos re- durante as aulas.”• Lista S - Programa Oficial • Futebol de 11 Masculino • Voleibol Feminino • Reggae • Futsal Masculino • 80’s • “Põe-te A Mexer” • Mega FCEE Dinners • Ténis • Beach Party • Campeonato Nacional de Futsal Inter-Campus da UCP • Festa de Natal • Maior divulgação dos resultados desportivos • By Night • Competição de Aviões de Papel • Gala de 2º Semestre • Karts • Paintball • Campeonatos de Sueca ou King • Jantar de Beneficiência • Corrida Solidária • Consultoria a Instituições de Caridade • Apoio a Crianças, Idosos e Deficientes • Semana de Cinema • Concertos Acústicos no Bar • Católica Tribune • Exposição de Arte de Sala de Aula • Centralização de Informações sobre Propostas de Estágios, Apontamentos e Frequências Antigas • Alteração dos Estatutos • Maratonas de Estudo • Website AEFCEE Edição mensal - #2 AV I S O Novembro de 2009 7 Esta página é parte integrante da edição #2, de Abril de 2009, do Católica Tribune, e tem como únicos destinatários os membros da Associação de Estudantes e/ou da equipa de redacção da publicação, não devendo ser distribuída a terceiros. Fórum Carreiras POR DIOGO MATIAS A s grandes empresas tomaram-lhe o gosto e agora já não querem outra coisa. No dia 16 de Novembro, o Gabinete de Desenvolvimento de Carreiras (DEC) voltou a reunir algumas das melhores recrutadoras nas áreas da Gestão e da Eco- tas e gestos de charme. Desde a roda da EDP ao sorteio da ToInovate, passando pelas assíduas e omnipresentes canetas, não só de futuro profissional se falou no Fórum Carreiras. No seu decurso, houve também o Fórum Paper que testou os ouvintes mais atentos e os caça-brindes. nomia nos pisos 1 e 2 da FCEE, aproximando-as dos eventuais Houve ainda diversos workshops, levados a cabo por empresas recrutados. Dos melhores eventuais recrutados, como toda conceituadas, iniciativa que, aliás, já é bastante frequente a gente sabe – e as empresas líderes sabem-no melhor que ao longo de todo o ano, mas que conheceu um dia particu- ninguém. larmente fértil no dia do Fórum Carreiras, como não podia Mas tão bons ou melhores foram os hosts das empresas, alunos, maioritariamente das licenciaturas, que deram a cara por um dos seus empregadores de sonho durante a manhã e deixar de ser. Tão solene ocasião não podia ser desperdiçada para sessões do género, em que as apresentações e os esclarecimentos podem ser bem mais elaborados e detalhados. a tarde dessa segunda-feira. Com a ajuda dos quadros das Em declarações prestadas ao briefing.pt, a responsá- empresas destacados para o evento, os nossos colegas agi- vel do DEC Rita Paiva e Pona mostrou o seu entusiasmo por gantaram-se no seu fato escuro e representaram dignamente “garantir aos alunos um contacto muito próximo com as em- marcas como a Danone, a L’Oréal, a Deloitte, a Sonae Dis- presas que recrutam aqui na faculdade”, estimando em mil tribuição, a Vodafone ou o BES, entre o número de alunos que terá passado outras marcas de referência que, de pelas bancas ao longo do dia. resto, já são habituées neste tipo de iniciativas com a FCEE. Nesta que foi a décima edição da popular e emblemática iniciativa da São só 6 exemplos de empresas de di- FCEE, as opiniões voltaram a con- ferentes áreas, mas, no total, haveria vergir: todos sairam a ganhar e tudo 35 nomes para enumerar. E, como não correu da melhor maneira, num dia podia deixar de ser, as oportunidades divertido, mas, quem sabe, decisivo não faltaram. Entre trabalhos a tem- para o futuro. po inteiro ou parcial, estágios de Verão ou mais prolongados e programas de trainees, as empresas desdobraram-se em ofertas de um futuro promissor, muitas delas recebendo logo candidaturas e dados de alunos. Para melhor ilustrar o valor da iniciativa e o sucesso da edição deste ano, em particular, pedimos a Erica Faria, uma das alunas que tomou as rédeas do desafio de ser host, para nos dar o seu testemunho.• Pelo meio, não deixou de haver lugar a outros tipos de ofer- “ Erica Faria, host da Deloitte Ser host da Deloitte foi realmente uma experiência fantásti- stand da Deloitte nem houve tempo para descansar, esteve ca. Foi a primeira vez, nunca tinha feito nada do género, e sempre bastante concorrido! Ao longo do dia, houve imensos correu bastante bem. Descobri muito mais acerca da empresa e da colegas que me abordaram e senti que ficavam muito entu- consultoria, em si. Eu e os meus dois colegas que também foram siasmados com as oportunidades que a empresa foi divulgar. anfitriões fomos muito bem tratados pela representante da empresa, que foi bastante simpática e receptiva connosco. Respondeu a todas as nossas questões e explicou-nos tudo muito bem. Sinto que foi, de facto, um networking muito valioso para mim. O Fórum Carreiras foi muito bom, houve muita gente... No Estive igualmente nas outras bancas e fui muito bem esclarecida por todos os representantes e anfitriões das outras empresas acerca das suas ofertas. Foi mesmo muito bom, saí com uma visão muito mais lúcida do mundo do trabalho e do recrutamento.” AV I S O Edição mensal - #2 8 Novembro de 2009 Esta página é parte integrante da edição #2, de Abril de 2009, do Católica Tribune, e tem como únicos destinatários os membros da Associação de Estudantes e/ou da equipa de redacção da publicação, não devendo ser distribuída a terceiros. Uma aventura no Governo POR DIOGO MATIAS contestação era justa... oficial. A ficção faz Por outro lado, Isabel Alça- parte Governo. da vem unificar um pouco Nada que não se soubes- mais o sector. Do lado dos se, mas agora é mesmo a alunos, é certo que, des- sério. O eleitorado pediu de logo, enquanto o grau A nova Ministra da Educa- transparência e Sócrates, de dificuldade dos exa- ção destaca-se ainda por como sempre e como se mes nacionais se mantiver ser uma das cinco mulhe- de um Magalhães se tra- inalterado e enquanto for res ministras e, de entre É tasse, do administração de empre- solver as coisas à panca- sas públicas para quando da, ela manda o Faial ar- se fartar de ser ministro. reganhar os dentes para Depois de ser Ministro da dispersar Educação e Ministro da a multidão. O elas, uma das duas Pr i m e i r o - M i n i s - que não tem um nome tro, simbolica- masculino. Ana Jorge mente, nomeou mantém-se na Saúde Isabel Alçada, a e entram Helena An- autora da série dré no Trabalho e So- de livros juve- lidariedade Social e nis Uma Aventu- Dulce Pássaro no Am- ra, para Ministra biente e Ordenamen- da to do Território. Um Um deu. visto que é indelicado re- Educação. sinal cla- casting cuidadosa- Cultura no XIV Governo (evolução relativamente normal), foi Ministro dos Assuntos Parlamentares no XVII Governo. Esta já é uma evolução... Hmmm... Uma evolução que é... Como dizer?... O que é que se faz mesmo nesta pasta? Ainda se os deputados fossem realmente ao Parlamento eu até percebia, mas em Portugal não vejo outras funções senão assegurar o fornecimento das águas mine- ro, a confirmação trans- “sugerido” aos professo- mente feito por José Só- parente de que a ficção res que dêem boas notas crates. Afinal de contas, ocupa lugar a torto e a direito, a mal- quem será melhor para importante no Governo. ta está bem a borrifar-se ordenar o território senão A ficção infanto-juvenil. para quem é a Ministra. alguém que pode afirmar Mas, além disso, em geral, que tem uma “visão de uma boa parte dos alunos Pássaro”? E também me lê ou leu livros da Minis- parece ideal que à frente tra, logo a Ministra é fixe. do Ministério do Trabalho Ainda para mais, sabem e Solidariedade Social es- que, se fizerem greve, a teja alguém com o nome E eis que, agora, Santos escritora manda para lá o Helena desde Silva é Ministro da Defe- Chico (o personagem das logo um indício de que a sa Nacional. Passado este aventuras) distribuir fru- discriminação no tempo todo, Santos Silva ta até meter toda a gente trabalho é para acabar. passa das escolas para os mesmo um Mas nem tudo são rosas na estratégia do líder rosa. Trata-se de uma mudança muito brusca, quase radical, no Ministério da Educação. Convenhamos: Sócrates devia ter procurado uma sucessora de transição, menos sombria que Maria de Lurdes Rodrigues mas também menos pop do que Isabel Alçada. É como trocar os Moonspell pela Romana no cartaz de um festival. É que, assim, até parece que a Milú fez um mau trabalho e que a nos contentores. Ou salas de aula, onde as houver. Nas escolas, mais porrada menos porrada ninguém nota a diferença, por isso o Ministério passa sempre incólume. Já às manifestações de professores, André. Destaque É sexual ainda para a evolução de Augusto Santos Silva, que se revela o homem dos sete ofícios. Vá, sete ainda não são, mas apenas porque está a guardar alguns na rais no Hemiciclo e trocar dois dedos de conversa sobre as escolhas do Carlos Queirós com o técnico de som que trata dos microfones e das colunas. São os únicos Assuntos Parlamentares fundamentais que eu estou a ver. quartéis (1). Dos programas escolares para as estratégias de guerra (2). Dos alunos para os militares (3). Dos exames nacionais para as simulações de combate (4). Parece ser uma mudança radical e AV I S O Edição mensal - #2 Novembro de 2009 9 Esta página é parte integrante da edição #2, de Abril de 2009, do Católica Tribune, e tem como únicos destinatários os membros da Associação de Estudantes e/ou da equipa de redacção da publicação, não devendo ser distribuída a terceiros. que Santos Silva é um ho- está preparado para o que tuguês ler às tropas. Com antecipadas é um cenário mem muito talentoso para é suposto estar prepara- didascálias e tudo, como provável. Posto isso, res- uma diversidade do; (2) ambos só funcio- o GAVE faz para os profes- ta-me neste artigo apelar de áreas, um verdadei- nam na teoria; (3) ambos sores que vigiam as provas a que, este ano, escrevam usam armas; de aferição do 6º ano. E ao Primeiro-Ministro em (4) ambos são também compõe as músi- vez de escreverem ao Pai a fingir. A di- cas que soam das trombe- Natal. Eu sei, a troca da ferença? Como tas nas paradas militares. Ministra da Educação já Ministro da A sorte de Santos Silva é foi uma boa prenda, mas Educação, San- que o Bush já se dedicou não se acanhem a pedir. E lo está para os anúncios a tos Silva tinha milhares de a tempo inteiro ao golfe. apressem-se que já só fal- produtos para idosos. Ilu- professores como subordi- são. Mera ilusão. Se anali- nados, era senhor e Rei do sarmos com atenção, per- sector. Como Ministro da cebemos que há sempre Defesa, é um subordinado factores comuns entre as do presidente dos E.U.A.. duas coisas. Respectiva- Aliás, é a Casa Branca mente: (1) em ambos os que escreve o guião para sítios, quem lá anda não o Ministro da Defesa por- ro grande handy- man, que está para a políti- ca como o Este ano, escrevam ao Primeiro-Ministro em vez de escreverem ao Pai Natal. Marco Pau- Concluimos, assim, que a nova legislatura começou com uma renovação significativa da equipa ministerial. A nova legislatura de minoria. Há especialistas que dizem que eleições ta um mês e, como sabem, se as cartas demoram muito a chegar à Lapónia porque fica muito longe, já a voz da população demora muito mais a chegar às portas do poder político.• Espaço Docente POR PE. HUGO DOS SANTOS, CAPELÃO U m destes dias, enquanto corria para a aula de Cristianismo e Cultura, que to- dos os alunos do 2º. Ano da FCEE têm o privilégio de poder frequentar, uma voz mais alta se destacou da multidão, no meio dos que aproveitam os primeiros cinco minutos da aula para ainda fumarem no átrio, dizendo: “Pe. Hugo, vá devagar que eles não fogem...” Parei, olhei de lado e cruzei o olhar com uma cara sorridente que já não via há algum tempo. “Miguel, ainda andas por cá?” interroguei num misto de simpatia e curiosidade. “Ainda”, respondeu ele, “e ainda não me converti como o padre Hugo tinha dito que ia acontecer um dia!” Não perdi a oportunidade e respondi-lhe: “Vai devagar que Ele não foge...” Sorri, apertámos a mão e cada um foi à sua vida. falava sobre a fé e a religião... mas naquele instante desejei perguntar-lhe se naqueles anos tinha mudado alguma coisa na sua vida. Exausto por ter tido um dia bem passado, adormeci. Na manhã seguinte acordei com a minha missão de capelão renovada. A partir daquele novo dia haveria de querer que todas as vidas dos estudantes da Católica mudassem um pouco nestes anos que por aqui passam. Apesar de já estar convencido, não é minha missão convencer ninguém. Mas conheço o sentido da minha vida e sei reconhecer quando uma vida não o tem. Nesta caminhada universitária que nos faz percorrer alguns passos da nossa vida, o capelão está lado a lado com aqueles que se dispõem a caminhar. São tantas vidas e tantos caminhos que às vezes se torna doloroso não estender dois dedos de conversa a todos. “Em que ano andas?” perguntei À noite, a rezar, veio-me à memória o Miguel. Tinha sido meu a um que me foi apresentado a semana passada por um ami- aluno. Um daqueles que na primeira aula me disse que nem go. “No quinto de matrícula!” respondeu, desviando os olhos dez anos a ouvir a avó falar-lhe de Jesus o tinham conven- quando referia o número ordinal. E eu acrescentei: “Pois es- cido. “Não espere,” dizia ele, “que umas semanitas na sua tava a pensar que era a primeira vez que falávamos” – disse turma me façam mudar de ideias.” Naquela noite em que me eu com sinceridade. “E é”, respondeu ele, “mas já tinha ou- lembrava dele, dei-me conta que nem a minha cadeira, nem vido falar de si!” concluiu tentando desagravar alguma ofen- quatro anos de universidade o fizeram mudar de ideias... ele sa em que pudesse ter incorrido.• Edição mensal - #2 AV I S O Novembro de 2009 10 Esta página é parte integrante da edição #2, de Abril de 2009, do Católica Tribune, e tem como únicos destinatários os membros da Associação de Estudantes e/ou da equipa de redacção da publicação, não devendo ser distribuída a terceiros. Passe a Rasgar POR MANUEL NASCIMENTO O mês que passou ainda não trouxe quaisquer resultados. Aliás, o mês que passou sabe a pré-época em demasia. Não há registo de nenhum golo que valha três pontos Não foi possível criar uma estrutura que desse garantias de aguentar uma época inteira, e a decisão mais difícil e inesperada acabou por ser tomada: não vai haver equipa de Rugby Sevens da Católica. nem de nenhum ponto que junte 6 Urge então encontrar um substituto meninas em jeito de celebração do à altura que represente da melhor lado de cá da rede. O mês que pas- maneira a nossa Universidade, e a sou serviu precisamente para traba- AEFCEE abriu os castings. E quem se lhar para isso. apresentou? Até à data, vieram para As apostas mais fiáveis indicam o início dos jogos das segundas divisões durante a primeira semana de Dezembro. Os 26 do Futebol (ver quadro), liderados agora por Válter Nunes, já escolheram os números cima da mesa propostas para abrir uma equipa de Futsal masculino ou um grupo de Ténis que compita a nível nacional, e há até quem se queira aventurar no Golfe e ser o nosso Tiger Woods. das camisolas e a equipa de Vólei Quem é que vai assinar? O Futsal as- feminino (ver quadro) também já só sume-se como a principal 1 novidade pensa em entrar em campo. Mas o do mercado de Inverno. Em parceria Rugby Sevens já não. Tal foi a pla- com a Faculdade de Ciências Huma- cagem que este ano não se levanta. nas, 8 alunos da FCEE integrarão a equipa final que vai passear por Lis- O Futsal assume-se como a principal novidade do mercado de Inverno. boa as cores de uma única bandeira: as da nossa Católica.• 1 - Tanto o Ténis como o Golfe se mantêm como possibilidades, e há sempre espaço para novas ideias. A inda Jorge Sucena ex- enorme esperança no fu- vembro de 2009 esta “parte ercia as funções de turo deste projecto” que o memorável” da sua vida. Vice-Presidente da AEFCEE mister encerra a 18 de No- Ficam para trás, mas bem 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 Futebol masculino Miguel Martins Francisco Carvalho Manuel Nascimento Afonso Elvas Vasco Castanheira Tiago Coelho Henrique Silva Mário Bica António Dias Diogo van Londen João Marques João Alexandrino Frederico Simões João Serrasqueiro Bernardo Ferreira Bruno Viegas Ricardo Ribeiro João Robalo Rui Ascenso João Carvalho Nuno Gil Ricardo Vega Daniel Oliveira João Seabra Ricardo Parreira António Santos 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 Vólei feminino Ana Isabel Farinha Ana Margarida Gonçalves Ana Rita Costa Ana Sofia Jacinto Ana Margarida Teixeira Andrea Chinea Lai Fan Kou (Daniela) Maria de Brito Vicente Madalena Ricardo Matilde Bettencourt Dias Quélia Conceição Monteiro Bárbara Fernandes Catarina Rosa Marques Catarina Montellano Maria Inês Caetano Joana Afonso Fernandes Joana Colarinha Vieira Iok Fei Lao (Lurdes) Mafalda Montellano Maria Inês Esteves Rita Martins Rita Maria Rosa Sara Brites Alves Sofia Goulart Vera Gaia Leong Sut I (Tânia) Sofia Gonçalves Francisca Salgueiro Marta Uva e já Luís Proença era con- presentes, as recordações vidado para liderar uma do dia do primeiro jogo - equipa de futebol da UCP “numa agreste tarde de que viria a fazer história no inverno, sob uma chuva fu- fim da época 08/09. “Triste riosa” – e das sempre bem- pela decisão mas contente vindas discussões com o solidário“ composto por caras repletas de por saber que a Equipa vai trio de arbitragem; uma sé- “vontade, garra e ambição”. Com toda a continuar a mostrar bom rie de resultados que per- certeza que este nosso colega merece um futebol e a apresentar re- mitiram lutar pela subida aplauso de pé: uma verdadeira despedida sultados, é com o sentido de Divisão até à última jor- à Maldini. Sir Luís Proença, um muito ob- de dever cumprido e de nada e um grupo “unido e rigado.• Edição mensal - #2 AV I S O Novembro de 2009 11 Esta página é parte integrante da edição #2, de Abril de 2009, do Católica Tribune, e tem como únicos destinatários os membros da Associação de Estudantes e/ou da equipa de redacção da publicação, não devendo ser distribuída a terceiros. A M P H I T H E A T R E POR VANESSA PINTO The Big Lebowski by Joel & Ethan Cohen (1998) B o o k s h e l f Insustentável Leveza do Ser by Milan Kundera (1984) Que escolher? O peso ou a leveza? Tomas, um cirurgião checo que sobrevaloriza as suas amizades sexuais a qualquer relação afectiva, conhece Tereza e apaixona-se. Contudo, não abdica das suas aventuras sexuais, e do conforto psicológico que lhe proporcionam. O seu amor é cruzado por outras personagens, de igual densidade psicológica, que nos apre- “The Dude Abides!” Há personagens que se limitam a não fazer nada. E que mesmo nesse limite se sentam breves histórias de vida, cada uma mais peculiar que a outra, mas que partilham o mesmo objectivo final: a procura do último estado de leveza que lhes mostre o seu significado de vida. conseguem envolver na sequência mais A insustentável leveza do ser flutua entre uma simples narrativa amorosa e o bizarra de acontecimentos possível. Jeff peso de um romance filosófico. A escrita complexa e paradigmática acompanha Lebowski, o grande Dude, protagonizado todo um enredo filosófico sobre a rotina de Tomas e Tereza, convidando o leitor por Jeff Bridges, dá a vida aos contornos a sentir-se uma terceira pessoa, conhecedora da profundidade psicológica e mo- de uma personagem que passa os seus ral das suas personagens. É quase como que ir assistindo a uma peça de teatro, dias a ouvir rock dos anos 60, fumar erva confusa mas explícita, que explora igualmente os territórios do amor e do prazer e jogar bowling, com os seus três inse- sexual a um nível que não considerávamos possível. paráveis amigos. Quando se vê envolvido na confusão central do filme, ao tentar Não se trata apenas de um dos melhores romances contemporâneos. Seria um resolvê-la, acaba por desencadear uma tremendo erro catalogar este livro dessa maneira, tão cordialmente banal. Mi- sucessão inacreditável de situações exa- lan Kundera opera num paradoxo que se consegue sobrepor a toda a narrativa, geradamente cómicas. embelezá-la, e dar-lhe o seu cunho filosófico. A psicologia dos seus diálogos aparece inerente a todas as relações presentes no livro. Tratam-se questões que Com o humor característico dos irmãos vão desde a experiência sexual à ambiguidade psicológica de uma traição, numa Cohen, é uma comédia brilhante, que não sequência de acontecimentos propositadamente adulterada pelo autor. Kundera cai no ridículo situacional que a comuni- escreve com uma mão pesada, marcada pela ditadura do comunismo soviético, dade fazedora de comédias nos tem apre- mas cujas palavras e construções frásicas facilmente se embalam na nossa linha sentado. Conta ainda com a fantástica psicológica. interpretação de Julianne Moore, Steve Buscemi e John Goodman. E no final, descobrimos que é uma história simples sobre coisas complexamente bonitas. E não há mais margem para divagações. É perder-se a rir do princípio ao fim.• Termina-se leve.• Edição mensal - #2 AV I S O 12 Novembro de 2009 Esta página é parte integrante da edição #2, de Abril de 2009, do Católica Tribune, e tem como únicos destinatários os membros da Associação de Estudantes e/ou da equipa de redacção da publicação, não devendo ser distribuída a terceiros. B E A T I T Nevermind POR VANESSA PINTO É sempre difícil falar de música. Introduzir uma espécie de tema, que me acompanhe nos restantes parágrafos deste d Led Zeppelin, Houses Joy Division Unknown Pleasures of the Holy (nº 17) (nº 9) Dinosaur Jr. Green Mind (nº 19) The Cure The Cure (nº 23) texto, e que encaixe no propósito geral de um artigo. Portanto virei-me para as estatísticas. A Gigwise, que para os mais leigos se trata de uma revista online sobre Música e tudo o que a comporta, elaborou uma lista com 50 capas de álbum, elegendo as melhores de sempre. A sua equipa, de músicos e não-músicos, teceu um Sonic Youth Goo (nº 24) The Beatles Revolver (nº 26) Marillion Fugazi (nº 29) Peter Gabriel Melt (nº 37) The Groundhogs Split (nº 40) Pixies Surfer Rosa (nº 41) Nirvana In Utero (nº 48) King Crimson In the Court of King Crimson (nº 50) feixe de critérios baseados na simplicidade, complexidade, sensualidade, e no choque que, positivo ou negativo - e por assim dizer desprovido de quaisquer moralismos inestéticos -, evoca aos fervorosos olhos da condição humana. Antes de prosseguir para a acção dita, é importante referir que qualquer propósito racional que colocou cada capa de álbum no respectivo lugar deste ranking é-me desconhecido. Os critérios são-nos dados, sim, mas a lógica que os constrói, muda de pessoa para pessoa. E eis, das 50, as melhores: É claro que Kurt Cobain nunca The Cranberries Bury the Hatchet Muse Absolution Peter Gabriel Hands ponderou que o sucesso da sua No que toca a criticar a sociedade, inventar novas linhas de música e originalidade sofresse pensamento, chocar nervos mais sensíveis, ironizar o ridícu- este nível de valorização após a lo, celebrar o surrealismo, pôr corpos contra corpos e cores sua trágica morte. Ou pelo me- contra cores, tudo vale, tudo conta, tudo reza. As próprias nos, é assim que escolhemos pen- imagens soam como música para os nossos ouvidos. sar. Entre a genialidade crítica Nirvana, Nevermind (nº1) Placebo Sleeping with Ghosts e estética, a verdade é que esta capa cheira a espírito adolescente em puro auge de revolta. E quem não gosta desse agridoce sabor do Grunge… É claro que a ideia geral de uma capa, baseada no que se “absorve”, tanto esteticamente como psicologicamente, dá azo a um sem-número de opiniões. E confesso que tal me deixou particularmente desconfortável para escrever este artigo. Tudo nasce do capricho da nossa opinião, que uma vez sujeita à exposição pública corre o risco de ser (ou não) aceite. Ainda assim, podemos fingir que nunca aconteceu. Que nada foi dito. Vendar os olhos… Uriah Heep, Very Eavy The Strokes Very Humble (nº 2) This Is It (nº 5) The Beatles, Sgt Sigur Rós Pepper’s Agaetis Byrjun Lonely (nº 11) Hearts Club Band (nº14) Afinal de contas, nada disto tem que existir fora desta página.• AV I S O Edição mensal - #2 13 Novembro de 2009 Esta página é parte integrante da edição #2, de Abril de 2009, do Católica Tribune, e tem como únicos destinatários os membros da Associação de Estudantes e/ou da equipa de redacção da publicação, não devendo ser distribuída a terceiros. Editorial Queres publicar? “Perseverança não é uma corrida longa, são muitas corridas curtas, uma após a outra.” Walter Elliott D O Católica Tribune é um jornal de alunos, para alunos. Se tens algum texto que queiras ear friend, publicar na edição do próximo mês, ou se queres colaborar re- Se pudéssemos centralizar um tema para esta edição, seria talvez a passagem de um testemunho crucial entre duas gerações de atletas desta faculdade. É preciso sublinhar a importância desta própria imagem. O quadro futuro que se avizinha com todos os momentos académicos esperados, e os que ainda nos vêm surpre- gularmente connosco, não hesites: envia-nos hoje mesmo um e-mail. [email protected] ender, precisam de um pulso firme, de quem dê a cara e esteja pronto para continuar a corrida de quem nos estende as mãos. É preciso uma Associação de Estudantes, é preciso dedicação e vontade, substantivos aliás próprios do corpo desta faculdade. De resto, nós estamos por cá para escrever, e na ânsia de o fazer bem, resta-nos deixar os nossos melhores votos nesta urna académica. Debates CT Julgas-te o Marcelo Rebelo de Sousa? Queres vestir a sua pele? É proibido, mas pode-se fazer. Voltamos em Fevereiro. Vai haver picanço, e vamos precisar de ti. De ti, dos teus melhores Até lá,• argumentos e das tuas melhores falácias. Fica atento aos placares! Cartoon - Hey, Watterson! Calvin & Hobbes Gostas de desenhar? Tens um sentido de humor interessante mas ainda não te foi dada uma oportunidade de o dares a conhecer? Pode ser teu este espaço! Escreve-nos para: [email protected] Estamos onde estás Para estarmos mais próximos de ti. Mantém-te a par das iniciativas da tua Associação. Follow Us! But you lead the way... Inscreve-te na newsletter do facebook.com/aefcee Católica Tribune! twitter.com/aefcee Edição mensal - #2 AV I S O Novembro de 2009 14 Esta página é parte integrante da edição #2, de Abril de 2009, do Católica Tribune, e tem como únicos destinatários os membros da Associação de Estudantes e/ou da equipa de redacção da publicação, não devendo ser distribuída a terceiros. Escrevem no Católica Tribune: Vanessa Pinto - Directora do Jornal Diogo Matias Manuel Nascimento Participação Especial: Pe. Hugo dos Santos Com o apoio de: Contactos: Associação de Estudantes Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais Universidade Católica Portuguesa Campus de Palma de Cima 1649 - 023 Lisboa Telefone: 217 274 836 Fax: 217 274 000 e-mail: [email protected]
Documentos relacionados
Outubro/2009 - Católica Tribune
quem está cheio de fome do que (tentar) comer com pauzinhos. Uma oportunidade para recuperar forças antes de partir à “caça do tesouro”, num sempre divertido peddy paper que ocupou a parte da tarde...
Leia mais