comparação de fontes de potássio e magnésio em
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IPNI BRAZIL-48 COMPARAÇÃO DE FONTES DE POTÁSSIO E MAGNÉSIO EM RENDIMENTO E QUALIDADE DE FRUTOS DE CAFÉ. INSTITUIÇÂO DE PESQUISA: Fundacão de Desenvolvimento Instituto Agronômico IAC. Av. Barão de Itapura 1481, 13020-902 Campinas, SP, Brasil Phone / Fax: 55 19 236-9119 RELATADO POR: Agropecuário FUNDAG– Dr. Estêvão Vicari Mellis e Dr José Antonio Quaggio, Pesquisadores do Centro de Solos e Recursos Ambientais. Fevereiro de 2010 RESUMO O mercado de grãos de café, notadamente o externo, tornou-se bastante exigente nos últimos anos, no que se refere à qualidade do produto. Grãos que proporciona bebida de má qualidade têm mercado restrito, enquanto os de boa bebida têm grande mercado. A influência de fatores como a composição química de grãos, determinada por fatores genéticos, ambientais e culturais, os métodos de colheita, processamento e armazenamento, são importantes por afetarem diretamente a qualidade da bebida do café. Dentre esses fatores a adubação potássica do cafeeiro, destaca-se como um dos mais importantes fatores que influenciam o estado nutricional do cafeeiro e a composição química dos grãos de café. A fonte de potássio mais utilizada em cafeeiros é o KCl, porém pesquisas realizadas indicam que plantas que recebem elevadas quantidades de cloro aumentam o conteúdo de água em seus frutos, e isto seria um efeito da adubação potássica na forma de KCl. O aumento do teor de umidade nos frutos favorece a proliferação de microrganismos, o que pode proporcionar o aumento da atuação da polifenoloxidase sobre os compostos fenólicos, diminuindo sua ação antioxidante sobre os aldeídos, facilitando consequentemente a oxidação dos mesmos, resultando em queda na qualidade da bebida. Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar a eficiência agronômica (kg de fruta por kg de fertilizante) e impactos econômicos de fontes de potássio no rendimento e qualidade de grãos de café em duas importantes regiões produtoras. Para isso, foram conduzidos por quatro safras consecutivas, dois experimentos com duas variedades de café, em duas importantes regiões produtoras de café no Brasil, Alta Mogiana, no Estado de São Paulo e Patrocínio no cerrado Mineiro, desde o ano agrícola 05/06. O delineamento experimental utilizado foi em blocos casualizados, em esquema fatorial 2 x 4 (duas fontes de K e quatro doses) com 4 repetições. Cada unidade experimental foi constituída por três linhas de 12 árvores, totalizando 36 plantas por parcela, entre as quais as 10 plantas centrais serão utilizadas nas avaliações dos tratamentos. As fontes de potássio, KCl e K-MAG foram comparadas, em quatro doses, que forneceram o equivalente a 0, 100, 200 e 400 kg ha -1 de K2O, conforme a tabela 1. 1 IPNI BRAZIL-48 Tabela 1. Caracterização dos tratamentos e respectivas doses de nutrientes aplicados. Tratamentos (1) (2) (3) Doses de fertilizantes ou elementos ----------------------------------------------- kg ha-1-------------------------------------------S-SO4 (1) Mg Cl N(2) P2O5(3) - - - 0 350 50 167 - - - 80 350 50 200 334 - - - 160 350 50 T4 400 668 - - - 320 350 50 T5 0 - 0 0 0 - 350 50 T6 100 - 450 100 50 - 350 50 T7 200 - 900 200 100 - 350 50 T8 400 - 1800 400 200 - 350 50 K2O KCl T1 0 0 T2 100 T3 K-Mag Todos as parcelas receberão doses equivalentes à 2000 kg ha N: a fonte utilizada será nitrato de amônio P: a fonte usada será MAP ou superfosfato triplo -1 A adubação nos experimentos foi realizada a cada ano desde a safra 05/06, sendo parcelada em três vezes. Os demais nutrientes foram aplicados em doses equilibradas conforme a necessidade requerida pela cultura, com exceção do Mg, para que fosse possível avaliar o efeito indireto do fornecimento do Mg solúvel pelo fertilizante K-Mag. Foram realizadas anualmente as seguintes avaliações: análise de terra, diagnose foliar, teor de nutrientes nos grãos, produtividade, rendimento e qualidade da bebida. Os resultados obtidos ainda estão sendo analisados estatisticamente. Portanto, ainda não se tem uma conclusão final sobre o trabalho. Porém, as informações observadas até então permitem algumas considerações interessantes a respeito do uso de KMAG em café. O uso de KMAG nos solos proporcionou incremento nos teores de S e Mg, além de diminuir o Cl disponível nesses. Essa queda nos teores de Cl no solo refletiu na quantidade absorvida do elemento pelas plantas. As folhas de café analisadas anualmente apresentaram considerável redução nos teores do elemento. Os grãos de café das parcelas tratadas com KMAG também apresentaram redução nos teores de Cl quando comparados aos coletados nas parcelas tratadas com KCl. Embora tenha ocorrido redução no teor de Cl nas plantas e nos grãos de café, em ambos os locais, não foi observado diferenças significativas na qualidade do café. Em relação a rentabilidade observa-se uma tendência de aumento de produção com a aplicação de KMAG nas lavouras estudadas. Porém, ainda é necessário se fazer uma avaliação estatística e econômica a respeito. A parte experimental no campo já foi encerrada e o projeto encontra-se em fase de análise final dos resultados obtidos. INTRODUÇÃO O café tem importante papel na economia mundial, movimentando mais de 90 bilhões de dólares e beneficiando mais de meio bilhão de pessoas, perdendo apenas para o petróleo. O Brasil é o maior produtor e exportador mundial, desde o século XIX, há pelo menos 150 anos. No País, aproximadamente dez milhões de pessoas se envolvem direta ou indiretamente com o café, em todos os segmentos do setor, desde a produção até a sua 2 IPNI BRAZIL-48 comercialização e industrialização. Atualmente 2,7 milhões de hectares agricultáveis do país estão sendo cultivados com café, sendo os Estados de Minas Gerais, São Paulo, Espírito Santo, Paraná e Bahia, os principais produtores. A produção nacional é de 35 milhões de sacas, sendo que a produtividade média das lavouras cafeeiras é de 15 sacas por hectare, que pode ser considerada baixa tendo em vista o potencial produtivo da cultura. O mercado de grãos de café, notadamente o externo, tornou-se bastante exigente nos últimos anos, no que se refere à qualidade do produto. Grãos que proporciona bebida de má qualidade têm mercado restrito, enquanto os de boa bebida têm grande mercado. O sabor característico do café se deve à presença de vários constituintes químicos voláteis e não-voláteis, proteínas, aminoácidos, ácidos graxos, compostos fenólicos e também da ação de enzimas sobre alguns destes constituintes, o que gera, como produtos de reações, compostos que interferirão no sabor e odor do café (Souza, 1996). A influência de fatores como a composição química de grãos, determinada por fatores genéticos, ambientais e culturais, os métodos de colheita, processamento e armazenamento, são importantes por afetarem diretamente a qualidade da bebida do café. Dentre esses fatores a adubação potássica do cafeeiro, destaca-se como um dos mais importantes fatores que influenciam o estado nutricional do cafeeiro e a composição química dos grãos de café. O potássio (K) é considerado o “elemento da qualidade” em nutrição de plantas, sendo essencial na síntese e na manutenção da estabilidade de proteínas, na permeabilidade das membranas e em processos osmóticos (Malavolta et al., 1997). As quantidades de K nas partes vegetativas são suficientes para mostrar que este nutriente desempenha um papel importante na nutrição do cafeeiro. Em geral, altos teores de K estão associados com colheitas elevadas (Malavolta, 1993). As respostas ao K, com efeitos positivos estão em torno de 150 a 400 kg ha-1 de K (Guimarães, 1986). As fontes e doses de potássio afetam diretamente a qualidade do café, exercendo papel fundamental na atividade da enzima polifenoloxidase (Silva et al., 1999). A atividade desta enzima está correlacionada positivamente com a qualidade de bebida do café arábica (Amorim & Silva,1968; Rotemberg & Iachan,1972; Carvalho et al. 1994). Segundo Silva et al. (1999), o uso de sulfato de potássio na adubação do cafeeiro, proporciona uma maior atividade da polifenoloxidase, maior índice de coloração e açúcares totais, e baixa acidez titulável, enquanto que em cafezais que recebem o potássio via cloreto, os autores observaram uma redução do teor de açúcar não redutor com o aumento das doses de KCl. Gouny (1973) verificou que plantas que recebem elevadas quantidades de cloro aumentam o conteúdo de água em seus frutos, e isto seria um efeito da adubação potássica na forma de KCl. O aumento do teor de umidade nos frutos favorece a proliferação de microrganismos, o que pode proporcionar o aumento da atuação da polifenoloxidase sobre os compostos fenólicos, diminuindo sua ação antioxidante sobre os aldeídos, facilitando consequentemente a oxidação dos mesmos (Silva et al., 1999). Apesar de alguns autores terem encontrado correlação positiva entre a atividade da polifenoloxidase com a qualidade da bebida, Jacintho et al. (2003) e Mazzafera et al. (2002) verificaram que existem problemas nos métodos de extração e dosagem da atividade da polifenoloxidase. Segundo os mesmos autores, uso dessa determinação não é suficiente para substituir a análise sensorial na determinação da qualidade da bebida. Embora existam resultados positivos quanto ao uso de sulfato de potássio, na produção e qualidade do café, este fertilizante ainda tem um valor comercial muito elevado, o que restringe o seu uso pelos produtores. Sendo assim, é preciso buscar novas fontes de potássio, que possam proporcionar melhora na produção e na qualidade com o menor custo possível. Dessa forma, considerando as hipóteses de que: 3 IPNI BRAZIL-48 a) o rendimento e o tamanho dos grãos aumentam proporcionalmente ao aumento do fornecimento de potássio e de Mg de forma solúvel em água às plantas de café; b) as plantas adubadas com K-MAG apresentam melhor qualidade de bebida em relação às adubadas com KCl. O objetivo deste trabalho foi avaliar a eficiência agronômica (kg de fruta por kg de fertilizante) e impactos econômicos de fontes de potássio no rendimento e qualidade de grãos de café em duas importantes regiões produtoras. OBJETIVOS ESPECÍFICOS: a) isolar os efeitos do cloro e do Mg em forma solúvel sobre o rendimento e os fatores de qualidade da bebida; b) verificar a importância do equilíbrio da relação cátion-ânion no programa nutricional do café e seus efeitos em rendimento e qualidade de frutos, focalizando a contribuição de Mg solúvel proveniente do fertilizante K-MAG para o equilíbrio deste cátion em árvores de café. MATERIAL & MÉTODOS: Locais: No ano agrícola 05/06, foram instalados dois experimentos com duas variedades de café, em duas importantes regiões produtoras de café no Brasil, Alta Mogiana, no Estado de São Paulo e Patrocínio no cerrado Mineiro. O experimento da Alta Mogiana foi instalado nas dependências da Apta Nordeste Paulista situada no município de Mococa (SP), cuja altitude é de aproximadamente 640m e a temperatura média anual de 22oC. A lavoura em que o experimento foi instalado apresentava-se em ótimo estado nutricional e o solo com boas condições de fertilidade. O experimento da região do Cerrado Mineiro foi instalado na Fazenda Daterra situada no município de Patrocínio-MG, cuja altitude é de aproximadamente 1500m e a temperatura média anual de 22oC, esta região é tradicionalmente conhecida por produzir cafés especiais. A lavoura no qual foi instalado o experimento, apresenta em seu histórico, altas produtividades, mas vinha apresentando qualidade de bebida inferior a desejada. As características das lavouras em que foram instalados os experimentos são as seguintes: Local Cultivar Espaçamento Idade* Catuaí Amarelo IAC 62 3,5 x 0,80 m 3 Mococa-SP 3,8 x 0,70 m 12 Patrocínio-MG Catuaí Vermelho 144 * idade das plantas no início da instalação dos experimentos. Os experimentos foram conduzidos até janeiro de 2010, sendo avaliada a produtividade e a qualidade da bebida em função das fontes e doses de K. 4 IPNI Lavoura de Mococa-SP BRAZIL-48 Lavoura de Patrocínio-MG Delineamento Experimental: O delineamento experimental utilizado foi em blocos casualizados, em esquema fatorial 2 x 4 (duas fontes de K e quatro doses) com 4 repetições. Cada unidade experimental foi constituída por três linhas de 12 árvores, totalizando 36 plantas por parcela, entre as quais as 10 plantas centrais serão utilizadas nas avaliações dos tratamentos. Tratamentos: As fontes de potássio, KCl e K-MAG foram comparadas, em quatro doses, que forneceram o equivalente a 0, 100, 200 e 400 kg ha -1 de K2O, conforme a tabela 1. Tabela 1. Caracterização dos tratamentos e respectivas doses de nutrientes aplicados. Tratamentos Doses de fertilizantes ou elementos ----------------------------------------------- kg ha-1-------------------------------------------K2O KCl K-Mag S-SO4 (1) Mg Cl N(2) P2O5(3) 0 0 0 350 50 T1 100 167 80 350 50 T2 200 334 160 350 50 T3 400 668 320 350 50 T4 0 0 0 0 350 50 T5 100 450 100 50 350 50 T6 200 900 200 100 350 50 T7 400 1800 400 200 350 50 T8 (4) Todos as parcelas receberão doses equivalentes à 2000 kg ha-1 (5) N: a fonte utilizada será nitrato de amônio (6) P: a fonte usada será MAP ou superfosfato triplo A adubação nos experimentos foi realizada a cada ano desde a safra 05/06. A adubação foi parcelada em três vezes, na primeira adubação foram fornecidas as quantidades de fósforo previstas, e 40 % das doses recomendadas dos tratamentos de potássio, e do nitrato de amônio. O 5 IPNI BRAZIL-48 restante das aplicações foram parceladas em duas aplicações, onde a cada 30 dias aplicou-se o equivalente a 30% das doses recomendadas nos tratamentos. Os demais nutrientes foram sendo aplicados em doses equilibradas conforme a necessidade requerida pela cultura mediante aos resultados obtidos em análises de terra, com exceção do Mg, para que fosse possível avaliar o efeito indireto do fornecimento do Mg solúvel pelo fertilizante K-Mag. Avaliações: Foram realizadas anualmente as seguintes avaliações nos experimentos: análise de terra, diagnose foliar, teor de nutrientes nos grãos, produtividade, rendimento e qualidade da bebida. Análise de terra Para a realização das análises de terra, foram coletadas 15 amostras simples de solo nas profundidades de 0-20, 20-40 cm, em cada uma das parcelas. Posteriormente estas foram homogeneizadas obtendo-se uma amostra composta representativa de cada uma das parcelas para todas as profundidades amostradas. As amostras foram coletadas anualmente com auxilio de trado holandês na projeção da saia do cafeeiro, no mês de setembro nos anos de 2005 à 2008. Os atributos químicos do solo foram determinados de acordo com metodologia proposta por RAIJ et al. (2001) e utilizada no Laboratório de Química do Solo do Instituto Agronômico: pH em CaCl2 0,01 mol L-1; M.O. por oxidação úmida e leitura colorimétrica; P, K, Ca e Mg extraídos por resina trocadora de íons; H+Al por leitura do pH SMP; Al+3 extraído com KCl 1 mol L-1 e S-SO4-2 extraído com Ca (H2PO4) 0,01 mol L-1. Os teores disponíveis de micronutrientes foram extraídos do solo usando solução extratora DTPA-TEA em pH 7,3 e a determinação por espectrometria de absorção atômica, e o Cl foi extraído em água e a leitura feita em eletrodo seletivo de íons. Diagnose foliar Para avaliar a nutrição das plantas foram coletadas anualmente em meados de fevereiro 30 folhas +3 (terceira par de folha contada da ponta do ramo para a base) das plantas dentro da área útil de cada parcela. As análises de folhas foram realizadas seguindo-se os procedimentos descritos por Bataglia et al.(1983). Produtividade A avaliação da produção de grãos foi realizada nas 10 plantas centrais de cada parcela, colhida por derriça no pano, quando se estima aproximadamente, a presença de 5% de frutos verdes. Depois de colhidas, as amostras foram pesadas, lavadas, despolpadas e em seguida secas em terreiro até 12% de umidade, sendo novamente pesadas e beneficiadas. Qualidade da bebida A qualidade da bebida foi determinada através da análise sensorial realizada pela equipe da Da Terra Coffee em Patrocínio-MG. Para isso foram utilizadas 500 gramas das amostras beneficiadas referentes a cada parcela. Também foram realizadas as análises químicas dos grãos beneficiados para determinação do teor de Cl segundo método descrito por Bataglia et al. (1983). 6 IPNI BRAZIL-48 Colheita e Preparo dos Grãos para Avaliação da qualidade Colheita Determinação da % de grãos maduros Lavagem Peneiragem Separação de grãos para qualidade Despolpa Secagem Secagem por parcela 2. Dificuldades encontradas Os experimentos foram conduzidos sem problemas, porém os dados apresentam algumas variações que resultaram em elevados coeficientes de variações. Isso se deve a variabilidade 7 IPNI BRAZIL-48 encontrada no campo, pois apesar das lavouras onde foram conduzidos os experimentos fossem uniformes, essas vinham sendo conduzidas já há alguns anos. Para evitar que essas variações pudessem comprometer a análise dos resultados obtidos, algumas análises químicas foram repetidas e os novos resultados estão sendo aguardados. Além disso, será efetuada uma análise mais criteriosa dos dados, a fim de se descartar resultados discrepantes que possam estar comprometendo a análise estatística dos experimentos. Sendo assim, os resultados apresentados nesse relatório estão sujeitos a alterações.Em breve será enviado o relatório final completo, com uma discussão dos dados mais apropriada. 3-RESULTADOS & DISCUSSÃO: Fertilidade do Solo Safra 05/06 Antes do início dos experimentos foram efetuadas as amostragens de solo e a caracterização da fertilidade do mesmo nas áreas experimentais (Tabela 2). A partir desses resultados foi realizada a correção do solo através da calagem e a adubação necessária para que as condições de fertilidade do solo ficassem satisfatórias. 8 IPNI BRAZIL-48 Tabela 2- Caracterização química inicial dos solos. Profundidade MO pH P K Ca Mg H+Al V S-SO4 B Cu Fe Mn Zn % ------------------------- mg dm-3 ------------------------- Local mg dm-3 Mococa Patrocínio mg dm-3 ---------- mmolc dm-3 ---------- 0-20 cm 27 5,3 55 7,7 26 12 31 60 15 0,53 3.6 34 2,8 3,5 20-40 cm 23 4,6 15 5,0 11 5 52 21 156 0,37 1,7 24 1,0 5,5 0-20 cm 20-40 cm 36 35 5,0 4,9 7 7 2,2 1,7 19 15 7 6 38 42 28,2 22,7 66 65 0,43 0,35 0,62 0,7 1,4 1,6 47 48 1,8 2,4 9 IPNI BRAZIL-48 Devido as lavouras terem sido adubadas com KCl por vários anos, o biênio 05/06 foi utilizado como uma ”prova em branco”, para que se conhecesse a variabilidade da área experimental e a capacidade produtiva de cada local. Dessa forma, no primeiro ano de condução dos experimentos avaliou-se apenas o efeito dos tratamentos na produtividade do cafeeiro. Safra 06/07 Após a primeira colheita foram realizadas as amostragens de solo para avaliar o efeito da primeira adubação na fertilidade do solo em cada uma das parcelas. A partir de então, passou-se a determinar os teores de cloro no solo, nas folhas e nos grãos. O objetivo dessas avaliações foi correlacionar o teor de cloro com a qualidade da bebida. Nas amostras de terra coletadas em superfície (0-20 cm), com exceção do enxofre, não houve efeito significativo em nenhum dos parâmetros químicos avaliados (Tabelas 3 e 5). De maneira geral, tanto no experimento de Mococa-SP, quanto no de Patrocínio-MG, os solos apresentaram teores elevados de macro e micronutrientes. Em ambos os locais houve efeito de dose nos teores disponíveis de potássio no solo (Figura 1 e 2). Nas amostras de Mococa ocorreu diferença entre as fontes, sendo que as parcelas tratadas com KCl apresentaram teores médios de K mais elevados em relação as tratadas com K-MAG. Porém, a diferença entre ambos os tratamentos na disponibilização do potássio foi muito pequena e pode ser desconsiderada (Tabela 3). Em relação ao teor de S nos solos, embora nos dois locais estudados tenha-se observado teores elevados desse nutriente em todas as parcelas, a utilização do K-MAG proporcionou aumentos consideráveis nos teores desse nutriente. No experimento conduzido em Mococa-SP os teores médios de S no solo passaram de 19,2 mg dm-3 com o uso de KCl para 22,9 mg dm-3 com a aplicação de K-MAG. No experimento conduzido Patrocínio-MG, o incremento observado com a aplicação de K-MAG foi ainda maior, passando de 29,7 mg dm-3 de S no solo tratado com KCl para 111,2 mg dm-3 no solo tratado com K-MAG. Foi observado nesse local interação significativa entre fonte e doses de K. Verifica-se na figura 3 que os teores de S aumentaram linearmente nas amostras tratadas com K-MAG. Segundo Nogueira et al. (2001), na utilização de fertilizantes portadores de S na forma de S-SO42- em solos pobres em S, grande parte desse nutriente é adsorvido pelos colóides do solo, porém, em solos com teores elevados, a adsorção de S-SO42- é menor, permanecendo a maior parte do S adicionado disponível para as plantas, porém passível de perda por lixiviação. Quanto aos teores de nutrientes em subsuperfície (Tabelas 4 e 6), estes não apresentaram diferenças estatísticas para nenhum parâmetro em nenhum dos locais, exceto para o S no experimento de Patrocínio-MG. Neste local também ocorreu interação significativa entre doses e fontes de K para esse elemento (figura 4). Os teores de K no solo aumentaram linearmente conforme o aumento das doses de K-MAG nas amostras de solo coletadas na profundidade de 20-40 cm, evidenciando a lixiviação do S no perfil. O Mg também apresentou um aumento significativo nos teores médios no solo no experimento em Patrocínio-MG (Tabela 5). Os teores médios passaram de 10,2 nas parcelas adubadas com KCl para 14,2 nas adubadas com K-MAG. Nas parcelas adubadas com KMAG observou-se efeito quadrático na interação doses x fontes de K para os teores de Mg devido a utilização desse adubo (Figura 5). 10 IPNI KCL y = 0,0068x + 2,48 2 R = 0,88 10 Teor de K no solo mg dm -3 BRAZIL-48 KMAG y = 0,0046x + 2,44 R2 = 0,99 5 KCl K-MAG 0 0 100 200 300 400 Doses de K2O Figura 1- Teor de K no solo coletado em superfície no experimento de Mococa-SP em 2006. KCl y = 0,0039x + 2,36 R2 = 0,92 Teor de K no solo mg dm -3 10 KMAG y = 0,0051x + 1,96 R2 = 0,84 5 KCl K-MAG 0 0 100 200 300 400 Doses de K2O Figura 2- Teor de K no solo coletado em superfície no experimento de Patrocínio -MG em 2006. y = 0,3149x + 56,14 R2 = 0,90 200 Teor de S no solo mg dm -3 180 160 140 120 KCl 100 K-MAG 80 60 40 20 0 0 100 200 Doses de K2O 300 400 Figura 3- Teor de S no solo coletado em superfície no experimento de Patrocínio-MG em 2006. 11 IPNI K-MAG y = 0,1867x + 66,7 R2 = 0,85 200 180 Teor de S no solo mg dm -3 BRAZIL-48 160 140 120 KCl 100 K-MAG 80 60 40 20 0 0 100 200 Doses de K2O 300 400 Figura 4- Teor de S no solo coletado em profundidade no experimento de Patrocínio-MG em 2006. K-MAG 2 y = -0,0001x + 0,0723x + 8,0455 R 2 = 0,942 Teor de Mg no solo mmol c dm -3 20 15 10 KCl 5 K-MAG 0 0 100 200 Doses de K2O 300 400 Figura 5- Teor de Mg no solo coletado em superfície no experimento de Patrocínio-MG em 2006. K-MAG 2 y = -0,0001x + 0,0723x + 8,0455 R 2 = 0,942 Teor de Mg no solo mmol c dm -3 20 15 10 KCl 5 K-MAG 0 0 100 200 Doses de K2O 300 400 Figura 6- Teor de S no solo coletado em superfície no experimento de Mococa-SP em 2006. 12 IPNI BRAZIL-48 K-MAG 2 y = -0,0001x + 0,0723x + 8,0455 R 2 = 0,942 Teor de Mg no solo mmol c dm -3 20 15 10 KCl 5 K-MAG 0 0 100 200 Doses de K2O 300 400 Figura 7- Teor de S no solo coletado em superfície no experimento de Patrocínio-MG em 2006. 13 IPNI BRAZIL-48 Tabela 3- Análise química de terra coletada em superfície (0-20 cm) em Mococa (2006). Fonte Doses de K2O MO g.dm-3 pH P mg.dm-3 K Ca Mg H+Al ----- mmolc.dm-3 ------ S mg.dm-3 Cl S.B. CTC % V% 0 28,7 4,3 80 2,9 21,5 7,7 61,5 20,5 6,7 34,6 96,2 36,2 100 29,2 4,2 65 2,9 15,0 7,0 65,3 22,0 10,3 26,3 91,5 28,7 200 29,2 4,2 76 3,4 13,7 13,0 70,0 18,0 10,2 22,1 92,1 24,0 400 28,5 4,5 79 5,5 19,7 6,0 53,0 16,5 6,3 33,0 86,2 38,0 Efeito de Dose ns ns ns * ns ns ns ns ns ns ns ns Médias Efeito de Fonte 28,9 4,3 75,1 3,7 a 17,6 7,8 62,9 19,2 8,5 28,5 91,4 31,2 0 29,0 4,4 77 2,5 18,0 8,0 62,5 19,5 8,7 29,0 91,5 32,2 100 28,0 4,5 74 2,8 18,7 6,5 55,2 34,5 11,2 31,0 86,4 35,5 200 27,0 4,5 62 3,4 16,5 6,7 56,0 15,5 6,3 29,8 85,9 34,7 400 28,7 4,3 65 4,3 12,7 15,2 67,7 22,0 5,1 28,0 95,7 29,7 Efeito de Dose ns ns ns * ns ns ns Ns Ns Ns Ns Ns Médias Efeito de Fonte 28,2 4,4 69,2 3,2 b 16,5 9,7 60,4 22,9 7,8 29,5 89,9 33,1 Interação Dose x Fonte ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns CV % 5,4 7,9 22,5 14,4 46,9 48,2 20,9 31,3 56,9 42,7 5,8 41,2 KCl K-MAG 14 IPNI BRAZIL-48 Tabela 4- Análise química de terra coletada em subsuperfície (20-40 cm) em Mococa (2006). Fonte Doses de K2O MO g.dm-3 pH P mg.dm-3 K Ca Mg H+Al ----- mmolc.dm-3 ------ S mg.dm-3 Cl S.B. CTC % V% 0 27,0 4,1 25 3,6 11,0 4,5 64,5 83,0 20,9 19,9 84,5 23,7 100 25,2 4,1 35 2,7 8,2 4,0 68,0 80,5 25,1 15,2 83,2 18,2 200 26,4 4,3 42 3,8 15,7 5,7 56,7 60,0 16,8 28,5 85,4 32,5 400 25,5 4,1 37 3,3 9,7 3,2 70,0 65,0 17,3 17,6 87,5 20,0 Efeito de Dose ns ns ns ns ns ns ns ns Ns ns ns ns Médias Efeito de Fonte 26,0 4,2 35,1 3,3 11,1 4,4 64,8 72,0 b 20,1 20,3 85,1 23,6 0 27,0 4,1 32 3,6 9,7 4,7 70,5 97,7 15,1 18,4 88,5 21,0 100 27,2 4,1 28 4,0 8,7 3,2 74,0 77,7 28,2 17,2 90,8 19,2 200 24,7 4,1 32 3,7 8,5 3,7 74,0 94,5 17,5 16,9 90,5 19,0 400 27,2 4,3 46 4,3 13,7 6,5 60,7 80,5 27,3 25,8 86,4 30,2 Efeito de Dose ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns Médias Efeito de Fonte 26,5 4,2 35,2 3,9 10,1 4,5 69,8 87,6 a 22,0 19,6 89,1 22,3 Interação Dose x Fonte ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns CV % 5,5 3,0 25,9 21,4 34,4 27,0 11,4 18,9 37,5 30,6 6,6 28,2 KCl K-MAG ns = efeito da interação fonte x dose não significativo ao nível de 5%; ** = efeito significativo da interação fonte ao nível de 5%. 15 IPNI BRAZIL-48 Tabela 5- Análise química de terra coletada em superfície (0-20 cm) em Patrocínio (2006). Fonte Doses de K2O MO g.dm-3 pH P mg.dm-3 K Ca Mg H+Al -3 ----- mmolc.dm ------ S mg.dm-3 Cl S.B. CTC % V% 0 39 4,7 14 2,2 20,5 9,2 47,5 30,0 13,9 35,9 83,5 42,4 100 38 4,7 15 2,8 18,0 10,0 45,7 22,7 19,6 30,8 76,7 40,7 200 40 4,7 18 3,4 20,2 12,2 46,0 26,0 15,7 35,9 82,0 43,5 400 40 4,7 24 3,8 22,7 9,5 51,7 40,0 21,0 40,5 92,5 44,2 Efeito de Dose ns ns ns * ns ns ns * ns ns ns ns Médias Efeito de Fonte 39,3 4,7 18,2 3,1 20,4 10,2 b 47,7 29,7 b 17,5 35,9 83,7 42,7 0 39 4,7 11 1,7 14,2 7,5 51,0 37,7 18,4 23,4 74,6 31,7 100 39 4,7 10 3,0 20,0 15,5 53,5 112,3 19,7 38,5 92,0 42,0 200 42 4,8 24 2,7 20,2 16,5 52,5 119,0 20,8 39,5 92,1 42,0 400 39 4,8 11 4,0 20,0 17,5 47,0 176,0 19,4 41,5 88,5 45,7 Efeito de Dose ns ns ns * ns ns ns * ns ns ns ns Médias Efeito de Fonte 40,0 4,7 14,1 2,9 18,6 14,2 a 51,0 35,7 86,8 40,4 Interação Dose x Fonte ns ns ns ns ns ns ns * ns ns ns ns CV % 6,5 8,4 45,6 21,5 45,4 42,2 29,4 37,7 48,1 49,9 13,0 37,2 KCl K-MAG 16 111,2 a 19,6 IPNI BRAZIL-48 Tabela 6- Análise química de terra coleta em subsuperfície (20-40 cm) em Patrocínio (2006). Fonte Doses de K2O MO g.dm-3 pH P mg.dm-3 K Ca Mg H+Al -3 ----- mmolc.dm ------ S mg.dm-3 Cl S.B. CTC % V% 0 34,2 4,7 8,5 2,4 13,0 7,5 39,2 36,0 17,1 40,2 79,5 45,0 100 32,2 4,8 4,0 2,2 11,5 5,5 38,7 39,2 29,0 19,2 58,1 33,7 200 34,7 4,9 8,2 3,2 16,7 6,0 43,0 40,7 15,2 29,7 72,9 39,5 400 33,7 4,8 9,0 3,1 16,5 6,5 41,5 40,7 18,1 29,8 71,6 38,0 Efeito de Dose ns ns ns * ns ns ns ** ns ns ns ns Médias Efeito de Fonte 33,7 4,8 7,4 2,7 16,9 6,4 b 40,6 39,2 b 19,9 29,7 70,5 39,0 0 34,7 4,7 4,5 1,8 10,5 6,5 46,5 52,0 16,5 17,8 64,6 27,7 100 34,0 4,8 7,0 3,1 16,0 12,2 41,5 99,0 25,8 31,4 73,1 42,7 200 39,0 4,9 20,0 3,1 17,7 14,0 45,2 113,0 13,8 42,6 88,0 45,2 400 33,2 4,9 4,0 3,4 15,5 10,5 37,0 133,5 18,9 29,4 66,7 44,2 Efeito de Dose ns ns ns * ns ns ns ** ns ns ns ns Médias Efeito de Fonte 35,2 4,8 8,9 2,8 16,2 10,6 a 42,5 99,4 a 18,7 30,3 73,1 40,0 Interação Dose x Fonte ns ns ns ns ns ns ns * ns ns ns ns CV % 9,5 5,5 100,9 20,7 35,0 36,2 21,1 32,3 33,3 65,2 25,7 36,2 KCl K-MAG ns = efeito da interação fonte x dose não significativo ao nível de 5%; ** = efeito significativo da interação fonte ao nível de 5%. 17 IPNI BRAZIL-48 Safra 07/08 Em outubro de 2007, efetuou-se as amostragens de terra nas parcelas dos experimentos para verificar o efeito da reaplicação dos tratamentos na fertilidade do solo (Tabelas 7 a 9). De maneira geral, tanto no experimento de Mococa-SP quanto no de Patrocínio-MG, os solos novamente apresentaram teores elevados de macro e micronutrientes. Não houve efeito de dose nos teores de K em nenhum dos locais estudados. As médias de K diferiram estatisticamente quanto a fonte empregada, sendo que as amostradas coletadas nas parcelas tratadas com KCl apresentaram média superior às amostras coletadas nas parcelas tratadas com K-MAG. Observou-se interação significativa entre doses e fontes de K para o teor de S nas amostras de solo coletadas nas duas profundidades (0-20 e 20-40 cm) apenas no experimento de Patrocínio-MG. Observa-se nas tabela 8 e 10 que as parcelas tratadas com K-MAG apresentaram teores de S superiores aos observados nas parcelas tratadas com doses de KCl, e o aumento observado com a aplicação de doses de K-MAG foi linear em ambos os locais tanto em superfície quanto em profundidade (figuras 6 e 7). No experimento conduzido em Mococa-SP, observou-se efeito de fonte para o teor de S na profundidade de 20-40 cm (Tabela 9). O incremento no teor disponível de S foi de aproximadamente 13%. Em relação aos teores dos demais nutrientes não foi observada influência significativa dos tratamentos empregados. Quanto aos teores de nutrientes em subsuperfície (Tabelas 9 e 10), estes apresentaram diferenças estatísticas para K no experimento de Patrocínio-MG, seguindo a mesma tendência obtida nas amostras coletadas em superfície. 18 IPNI BRAZIL-48 Tabela 7- Análise química de terra coletada em superfície (0-20 cm) em Mococa (2007). Fonte Doses de K2O MO g.dm-3 pH P mg.dm-3 K Ca Mg H+Al ----- mmolc.dm-3 ------ S mg.dm-3 Cl S.B. CTC % V% 0 31,5 5,0 65,0 3,7 37,0 12,7 41,2 4,7 10,6 53,5 95,0 56,5 100 30,2 4,7 69,2 3,2 31,0 12,0 48,5 8,7 13,1 46,2 95,0 48,5 200 28,5 4,6 59,5 3,8 28,2 10,0 50,2 10,6 15,7 42,0 92,3 45,7 400 27,2 4,6 63,2 3,8 24,7 9,5 54,0 11,8 10,0 37,6 91,7 40,5 Efeito de Dose ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns Médias Efeito de Fonte 29,4 4,7 64,2 b 3,5 b 30,2 11,1 48,5 7,5 12,4 44,8 93,5 47,8 0 27,8 4,6 67,5 3,8 26,5 8,2 51,0 9,7 13,7 38,5 89,6 42,7 100 29,5 4,8 77,7 3,7 30,2 12,0 47,5 11,1 18,6 45,9 93,6 49,0 200 28,5 5,0 85,2 4,3 37,5 13,2 41,0 16,8 10,6 55,1 96,0 56,5 400 29,7 5,1 83,0 3,7 38,0 15,2 39,7 16,0 6,9 57,0 96,9 58,2 Efeito de Dose ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns Médias Efeito de Fonte 28,9 4,9 78,3 a 3,9 a 33,1 12,2 44,8 8,7 12,5 49,2 94,0 51,6 Interação Dose x Fonte ns ns ns ns ns * ns ns ns ns ns ns CV % 6,7 7,1 23,5 10,1 29,1 26,8 21,5 60,2 65,1 26,3 5,3 23,4 KCl K-MAG 19 IPNI BRAZIL-48 Tabela 8- Análise química de terra coletada em superfície (0-20 cm) em Patrocínio (2007). Fonte Doses de K2O MO g.dm-3 pH P mg.dm-3 K Ca Mg H+Al ----- mmolc.dm-3 ------ S mg.dm-3 Cl S.B. CTC % V% 0 37,0 4,9 14,0 1,7 9,0 6,2 49,2 1,2 15,9 28,3 77,5 39,2 100 36,3 5,1 13,0 2,6 20,5 8,0 37,7 5,7 25,5 32,3 70,2 45,7 200 37,3 4,8 30,0 2,7 13,7 8,0 48,5 6,2 16,9 27,2 75,8 35,2 400 38,0 5,1 20,5 4,6 21,5 9,7 33,5 1,2 27,5 35,8 69,3 51,2 Efeito de Dose ns ns ns * ns * ns ** ns ns ns ns Médias Efeito de Fonte 37,1 4,9 19,3 2,9a 16,1 8,0 42,2 3,6 b 21,5 30,9 73,2 42,8 0 37,8 4,4 14,2 1,7 11,0 5,7 57,2 10,7 26,9 18,5 75,7 25,0 100 37,8 4,9 12,0 2,1 16,2 8,7 39,2 13,2 32,0 33,2 72,4 44,5 200 38,0 4,9 13,5 2,4 15,5 11,0 42,5 22,0 27,6 27,3 69,8 39,0 400 39,0 4,9 23,2 3,1 16,0 11,0 42,2 32,7 26,8 32,2 74,4 42,5 Efeito de Dose ns ns ns * ns * ns ** ns ns ns ns Médias Efeito de Fonte 38,1 4,7 15,7 2,3b 14,6 9,1 45,3 28,3 27,8 73,1 37,7 Interação Dose x Fonte ns ns ns * ns ns ns * ns ns ns ns CV % 5,7 8,8 71,4 17,7 30,8 32,1 32,1 29,3 63,3 45,2 9,7 42,5 KCl K-MAG 20 19,7 a IPNI BRAZIL-48 Tabela 9- Análise química de terra coletada em subsuperfície (20-40 cm) em Mococa (2007). Fonte Doses de K2O MO g.dm-3 pH P mg.dm-3 K Ca Mg H+Al -3 ----- mmolc.dm ------ S Cl -3 mg.dm S.B. CTC % V% 0 25,8 4,5 35,7 2,8 22,7 8,0 55,0 42,7 28,6 33,6 88,6 37,7 100 26,8 4,5 32,2 3,2 21,7 7,5 56,7 51,0 17,5 32,5 89,3 36,2 200 25,0 4,3 33,0 2,7 19,0 5,7 61,0 62,5 20,1 27,4 88,6 30,7 400 25,8 4,5 40,2 3,6 22,5 8,2 58,0 48,2 15,8 34,4 92,5 37,0 Efeito de Dose ns ns ns * ns ns ns ns ns ns ns ns Médias Efeito de Fonte 25,8 4,4 35,3 3,1 21,5 7,3 57,7 51,1 b 20,5 31,9 89,8 35,4 0 25,0 4,3 26,2 2,3 17,5 6,0 65,0 60,5 12,3 25,8 90,7 29,0 100 26,0 4,6 51,0 2,9 24,7 9,5 49,5 46,0 32,9 37,2 86,9 42,5 200 25,5 4,4 32,2 3,0 20,2 8,0 55,2 66,0 24,8 31,2 86,7 36,0 400 26,0 4,5 31,0 3,2 20,5 9,0 59,0 86,2 44,3 32,7 91,8 35,7 Efeito de Dose ns ns ns * ns ns ns ns ns ns ns ns Médias Efeito de Fonte 25,6 4,4 35,1 2,9 20,7 8,1 57,1 64,6 a 28,6 31,7 89,0 35,8 Interação Dose x Fonte ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns CV % 6,3 5,1 36,5 14,2 23,4 25,8 12,1 26,1 87,7 22,3 4,7 21,2 KCl K-MAG ns = efeito da interação fonte x dose não significativo ao nível de 5%; ** = efeito significativo da interação fonte ao nível de 5%. 21 IPNI BRAZIL-48 Tabela 10- Análise química de terra coletada em subsuperfície (20-40 cm) em Patrocínio (2007). Fonte Doses de K2O MO g.dm-3 pH P mg.dm-3 K Ca Mg H+Al ----- mmolc.dm-3 ------ S mg.dm-3 Cl S.B. CTC % V% 0 35,5 4,8 7,3 1,4 18,8 7,7 43,8 8,7 22,4 29,4 73,2 40,8 100 33,8 4,9 10,3 2,9 21,5 7,2 37,0 10,7 41,6 33,6 70,6 47,3 200 35,8 4,7 21,0 2,8 18,8 5,5 45,3 13,5 18,1 29,8 75,1 38,0 400 34,5 4,9 15,0 4,7 20,3 8,7 38,3 15,5 19,3 33,7 72,1 46,5 Efeito de Dose ns ns ns * ns ns ns ** * ns ns ns Médias Efeito de Fonte 34,8 4,8 13,3 2,9 a 19,8 7,3 41,0 12,3 b 25,4 31,6 72,7 43,1 0 35,3 4,6 10,8 1,3 17,0 6,2 48,3 14,0 20,7 24,6 73,0 33,5 100 34,3 4,9 11,8 1,4 19,8 9,2 39,8 37,2 42,1 30,4 70,2 43,0 200 36,8 4,8 9,0 1,6 18,0 8,7 47,3 54,0 17,9 28,3 75,6 38,0 400 37,0 4,8 16,0 2,3 18,3 12,0 43,0 51,5 26,7 32,6 75,5 43,5 Efeito de Dose ns ns ns * ns ns ns ** * ns ns ns Médias Efeito de Fonte 35,7 4,7 11,8 1,6 b 18,2 9,0 44,5 39,2 a 26,9 28,9 73,5 39,5 Interação Dose x Fonte ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns CV % 6,8 7,4 82,8 21,3 43,0 35,7 25,4 27,9 45,6 41,5 8,9 37,5 KCl K-MAG ns = efeito da interação fonte x dose não significativo ao nível de 5%; ** = efeito significativo da interação fonte ao nível de 5%. 22 IPNI BRAZIL-48 Safra 08/09 Em setembro de 2008, efetuou-se as amostragens de terra nas parcelas dos experimentos para verificar o efeito da reaplicação consecutiva dos tratamentos na fertilidade do solo (Tabelas 11 a 14). Após 4 anos de aplicação dos tratamentos observou-se interação significativa entre fonte e doses apenas para o teor disponível de S no solo coletado na profundidade de 0-20 cm no experimento de Patrocínio-MG. Na profundidade de 20-40 cm observou-se efeito de dose (figura 7 e 8) e de fonte nos dois experimentos. O teor disponível de S no solo aumentou consideravelmente com a aplicação de K-MAG. Em Patrocínio-MG a média do teor de S nas parcelas tratadas com K-MAG foram de 38,4 mg dm-3 enquanto que nas parcelas tratadas com KCl a média do teor de S foi de 11,5 mg dm-3. No experimento de Mococa-SP o teor de S aumentou em média 120% em relação as parcelas tratadas com KCl. Além dos teores de S a aplicação sucessiva de K-MAG também proporcionou aumento nos teores de Mg na camada de 20-40 cm maior que 80 % em relação a média dos teores obtidos nas parcelas tratadas com KCl nos dois experimentos. Além disso, os teores de Cl também diminuíram nas parcelas tratadas com essa fonte. Esses resultados demonstram que esta fonte é capaz de tornar a fertilidade do solo mais equilibrada que o cloreto de potássio. 23 IPNI BRAZIL-48 Tabela 11 - Mococa superfície Fonte Doses de K2O MO g.dm-3 pH P mg.dm-3 K Ca Mg H+Al ----- mmolc.dm-3 ------ S mg.dm-3 Cl S.B. CTC % V% 0 22,8 4,1 60,5 2,6 13,5 4,8 69,0 11,3 2,8 20,8 89,6 23,5 100 21,5 4,1 56,8 2,3 10,8 4,8 67,5 15,8 8,5 17,8 85,3 21,5 200 20,5 4,4 63,3 3,0 15,5 6,8 56,0 27,8 4,6 25,2 81,5 31,0 400 21,8 4,7 72,0 3,6 24,8 11,8 44,0 16,3 2,5 40,1 84,2 46,8 Efeito de Dose ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns Médias Efeito de Fonte 21,6 4,3 63,1 2,7 16,1 7,0 59,1 17,7 4,6 26,0 85,1 30,7 0 23,0 4,3 60,8 2,7 15,8 5,5 59,5 24,5 3,7 24,0 83,7 28,5 100 22,5 4,4 70,8 2,8 18,5 8,3 59,8 26,8 3,7 29,6 89,4 33,8 200 21,8 4,2 51,8 2,8 11,3 5,5 63,5 41,3 1,9 19,5 83,0 25,0 400 21,8 4,3 67,5 2,5 15,3 5,8 55,0 19,3 3,2 23,5 78,8 29,8 Efeito de Dose ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns Médias Efeito de Fonte 22,2 4,3 62,7 2,8 15,2 6,2 59,4 27,9 3,1 24,1 83,7 29,2 Interação Dose x Fonte ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns CV % 8,9 7,2 25,5 24,7 46,6 59,4 24,7 44,3 92,7 85,7 8,4 45,8 KCl K-MAG 24 IPNI BRAZIL-48 Tabela 12- Patrocínio superfície Fonte Doses de K2O MO g.dm-3 pH P mg.dm-3 K Ca Mg H+Al ----- mmolc.dm-3 ------ S mg.dm-3 Cl S.B. CTC % V% 0 37,3 4,7 21,8 1,9 16,8 7,3 25,4 2,0 11,9 25,9 76,6 36,3 100 31,8 4,6 5,8 2,2 10,5 3,3 14,4 3,3 13,7 16,0 60,3 27,5 200 33,3 4,6 11,8 2,7 12,8 3,5 14,1 8,5 14,4 19,0 66,4 29,0 400 36,5 4,8 16,5 3,4 18,8 6,0 20,0 4,5 14,6 28,1 73,3 39,0 Efeito de Dose ns ns ns ns ns ns ns ** ns ns ns ns Médias Efeito de Fonte 34,7 4,6 13,9 2,5 14,7 5,0 46,8 4,6 b 13,6a 22,2 69,1 32,9 0 34,0 4,5 12,3 1,8 9,3 2,5 10,2 18,0 9,9 13,5 61,4 21,8 100 29,5 4,5 16,0 2,2 8,5 5,0 6,8 48,5 7,3 15,7 64,2 23,5 200 36,5 4,7 9,8 2,7 13,5 6,0 17,3 23,3 14,1 22,2 71,6 32,3 400 33,8 4,6 23,3 1,7 10,0 6,3 20,8 59,7 12,1 17,9 68,9 28,0 Efeito de Dose ns ns ns ns ns ns ns ** ns ns ns ns Médias Efeito de Fonte 33,4 4,6 15,3 2,0 10,3 4,9 49,1 10,8 b 17,3 66,5 26,4 Interação Dose x Fonte ns ns ns ns ns ns ns * ns ns ns ns CV % 13,8 9,4 130,4 35,3 57,3 68,1 35,0 61,2 30,9 53,5 18,7 59,9 KCl K-MAG 25 37,3 a IPNI BRAZIL-48 Tabela 13- Mococa profundidade Fonte Doses de K2O MO pH g.dm-3 P mg.dm-3 K Ca Mg H+Al ----- mmolc.dm-3 ------ S Cl S.B. mg.dm-3 CTC V% % 0 34,2 4,7 8,5 2,4 23,0 7,5 39,2 36,0 24,7 40,1 79,5 45,0 100 32,2 4,8 4,0 2,2 11,5 5,5 38,7 39,2 21,3 19,2 58,1 33,7 200 34,7 4,9 8,2 3,2 16,7 6,0 43,0 40,7 18,4 29,7 72,9 39,5 400 33,7 4,8 9,0 3,1 16,5 6,5 41,5 40,7 16,5 29,8 71,6 38,0 Efeito de Dose ns ns ns ns ns ns ns * ns ns ns ns Médias Efeito de Fonte 33,7 4,8 7,5 2,7 16,9 6,4 b 40,6 39,2 b 20,3 29,8 70,5 39,1 0 34,7 4,6 4,5 1,8 10,5 5,5 46,5 52,0 13,7 17,8 64,6 27,7 100 34,0 4,8 7,0 3,1 16,0 12,2 41,5 99,0 30,5 31,4 73,1 42,7 200 39,0 4,9 20,2 3,1 22,7 14,0 45,2 113,0 21,1 42,6 88,0 45,2 400 33,2 4,9 4,0 3,4 15,5 10,5 37,0 133,5 35,8 29,4 66,6 44,2 Efeito de Dose ns ns ns ns ns ns ns * ns ns ns ns Médias Efeito de Fonte 35,2 4,8 8,9 2,9 16,2 10,6A 42,6 99,4 a 25,3 30,3 73,1 40,0 Interação Dose x Fonte ns ns ns ns ns Ns ns * ns ns ns ns CV % 9,5 5,5 100,6 20,7 65,9 36,2 22,1 32,4 62,5 65,2 25,8 36,2 KCl K-MAG 26 IPNI BRAZIL-48 Tabela 14- Patrocínio profundidade Fonte Doses de K2O MO g.dm-3 pH P mg.dm-3 K Ca Mg H+Al ----- mmolc.dm-3 ------ S mg.dm-3 Cl S.B. CTC % V% 0 32,5 4,7 11,7 1,9 17,0 5,7 40,2 8,0 11,9 24,7 64,8 37,2 100 30,5 4,7 5,7 2,4 9,7 3,0 42,7 24,7 16,3 15,1 58,0 27,7 200 30,2 4,6 5,5 1,8 10,0 2,5 43,0 9,0 12,2 14,3 57,5 24,7 400 31,0 4,9 10,7 3,4 12,5 4,5 36,5 4,2 16,9 20,4 57,0 35,7 Efeito de Dose ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns Médias Efeito de Fonte 31,1 4,7 8,4 2,4 12,3 3,9b 40,6 11,5b 14,3a 18,6 59,4 31,4 0 34,0 4,6 9,0 1,4 13,0 3,7 43,5 8,7 12,2 18,1 61,6 28,7 100 33,5 4,5 9,2 2,6 10,2 5,7 47,2 68,5 9,6 18,6 65,9 27,7 200 39,2 4,6 14,5 2,3 19,2 9,2 44,7 20,0 9,6 30,7 75,5 40,2 400 30,7 4,7 10,7 1,8 10,7 7,7 42,2 56,2 11,0 20,3 62,6 32,5 Efeito de Dose ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns Médias Efeito de Fonte 34,4 4,6 10,8 2,0 13,3 6,6a 44,4 10,6b 21,9 66,5 32,3 Interação Dose x Fonte ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns CV % 13,2 7,7 80,1 39,3 54,3 64,9 26,1 110,8 30,9 51,8 12,4 48,3 KCl K-MAG 27 38,4a IPNI BRAZIL-48 Estado Nutricional das Plantas Safra 05/06 Em fevereiro de 2006 coletou-se amostras de folha nos dois experimentos, para se efetuar a diagnose foliar nas parcelas e assim averiguar a situação nutricional das plantas e o acúmulo de Cl em função da aplicação das diferentes doses e fontes de K. As plantas apresentaram para a maioria dos elementos teores foliares adequados de macro e micronutrientes (Tabelas 15 e 16). No experimento em Mococa-SP, os teores de Mg e Fe não se encontravam nas faixas consideradas adequadas (Malavolta, 1996) o mesmo ocorrendo para B e Mn no experimento de Patrocínio-MG. Essas deficiências de micronutrientes foram imediatamente corrigidas através de adubação foliar para evitar qualquer limitação que pudesse influenciar na produtividade dos cafeeiros. Embora as plantas apresentassem teores adequados, observaram-se alguns efeitos dos tratamentos nos teores de nutrientes contidos nas folhas. Nas amostras coletadas no experimento conduzido em Mococa verificou-se interação significativa entre fonte e dose para os teores de Cl nas folhas das plantas tratadas com KCl. Após dois anos de aplicação dos tratamentos, observou-se aumento linear dos teores de Cl em função das doses de KCl empregadas (Figura 9). As parcelas tratadas com KCl apresentaram o dobro da quantidade de Cl em relação a média obtida nas parcelas tratadas com K-MAG (Tabela 15). Além do teor de Cl, observa-se que houve diferenças significativas em função da fonte de K utilizada, também para os teores de K e Mg, porém as diferenças observadas nesses parâmetros foram pequenas. Nas amostras coletadas no experimento de Patrocínio-MG não houve interação entre doses e fontes de K para nenhum dos parâmetros avaliados. Observa-se na Tabela 16 que mesmo após dois anos de instalação do experimento as plantas tratadas com K-MAG continuam apresentando teores elevados de Cl nas folhas, o que demonstra que o efeito da aplicação do K-MAG em substituição ao KCl não é imediato e pode levar alguns anos para aparecer, principalmente em lavouras cultivadas por vários anos. Apesar do Cl ser facilmente lixiviado na maioria dos solos brasileiros, o efeito cumulativo na parte aérea das plantas, causado pela reposição anual de KCl nas lavouras, podem ocasionar algumas injúrias físicas e alterações metabólicas no cafeeiro (Silva et al., 1999). KCl Teor de Cl - mg kg -1 2500 KCl y = 3,7386x + 435 R2 = 0,98 K-MAG 2000 1500 1000 500 0 0 100 200 300 400 doses de K2O - kg ha -1 Figura 9- Teores de Cl nas folhas coletadas em 2006 em função das doses e fontes de K no experimento de Mococa-SP. 28 IPNI BRAZIL-48 Tabela 15- Análise química de folha em Mococa (2006). Fonte Doses de K2O N K P Ca Mg S -1 -----------------g.kg --------------- Cu Fe Mn Zn B Cl -1 -----------------mg.kg --------------- 0 35,9 26,2 1,7 10,4 2,7 2,2 12,0 54,2 213,2 14,2 62,5 475 100 35,3 26,2 1,5 9,3 2,4 2,2 11,4 52,5 237,5 12,5 60,3 710 200 35,6 26,4 1,6 9,0 2,4 2,2 11,2 55,0 239,5 13,7 59,9 1251 400 34,9 26,2 1,5 9,7 2,5 2,3 10,3 54,5 244,0 12,3 61,6 1921 Efeito de Dose ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns * Médias Efeito de Fonte 35,4 26,2 a 1,6 9,6 2,5 b 2,2 11,2 54,0 233,5 13,2 61,0 1089 a 0 35,4 26,2 1,6 9,6 2,5 2,3 11,2 54,0 233,5 13,2 61,0 462 100 36,5 25,7 1,7 10,6 2,9 2,3 11,6 52,7 226,2 13,8 61,1 515 200 35,6 26,1 1,6 9,7 2,6 2,4 11,1 54,0 235,8 13,3 60,9 590 400 35,6 23,9 1,5 8,8 2,9 2,2 12,7 59,7 178,2 14,7 60,5 697 Efeito de Dose ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns * Médias Efeito de Fonte 35,3 25,3 b 1,6 10,0 2,8 a 2,3 12,2 56,3 216,8 13,8 61,1 566 b Efeito de Dose x Fonte ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns * CV % 7,0 3,4 9,5 8,8 8,6 7,5 15,4 15,3 16,6 17,0 4,9 18,1 KCl K-MAG ns = efeito da interação fonte x dose não significativo ao nível de 5%; ** = efeito significativo da interação fonte ao nível de 5%. 29 IPNI BRAZIL-48 Tabela 16- Análise química de folha em Patrocínio (2006). Fonte Doses de K2O N K P Ca Mg S -1 -----------------g.kg --------------- Cu Fe Mn Zn B Cl -1 -----------------mg.kg --------------- 0 30,6 22,1 1,3 14,4 4,4 2,4 40,6 105,7 71,7 21,3 51,9 1255 100 32,5 25,6 1,6 12,8 3,8 2,6 40,4 89,5 72,0 18,3 39,5 1390 200 32,3 24,7 1,4 12,7 3,9 2,5 45,8 109,5 81,0 19,0 48,9 1477 400 31,9 24,4 1,4 12,6 3,4 2,6 41,2 107,0 76,2 17,9 46,2 2082 Efeito de Dose ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns Médias Efeito de Fonte 31,8 24,2 1,4 13,1 3,9 2,5 42,0 102,9 75,2 19,1 46,6 1551 0 31,1 22,1 1,3 13,9 4,3 2,6 34,6 115,5 71,7 18,6 52,6 1102 100 32,7 26,9 1,4 11,0 3,6 7,7 23,2 99,3 59,7 23,8 17,5 1595 200 30,5 24,6 1,5 10,0 4,0 2,6 35,2 82,7 54,0 18,6 36,3 1130 400 29,9 21,8 1,6 11,4 4,5 2,7 52,0 95,5 64,7 18,9 44,9 1310 Efeito de Dose ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns Médias Efeito de Fonte 31,0 23,8 1,5 11,6 4,2 3,9 36,6 98,3 62,6 20,0 37,8 1284 Efeito de Dose x Fonte ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns CV % 8,6 16,8 16,7 31,9 15,5 102,5 102,3 29,1 42,8 67,0 62,1 26,2 KCl K-MAG ns = efeito da interação fonte x dose não significativo ao nível de 5%; ** = efeito significativo da interação fonte ao nível de 5%. 30 IPNI BRAZIL-48 Safra 06/07 Para se avaliar novamente o acúmulo de nutrientes nas plantas coletou-se amostras de folha em fevereiro de 2007. Verificou-se que as plantas apresentavam para a maioria dos elementos teores foliares adequados de macro e micronutrientes (Tabelas 17 e 18). No experimento em Mococa-SP todos os nutrientes se encontravam nas faixas consideradas adequadas (Malavolta, 1996), já no experimento de Patrocínio-MG as plantas apresentaram teores inadequados para Fe e Mn, mas bem próximos aos adequados. Essas deficiências detectadas foram corrigidas através da aplicação de adubos foliares. Embora as plantas apresentassem teores adequados, observaram-se alguns efeitos dos tratamentos nos teores de nutrientes contidos nas folhas. Nas amostras coletadas no experimento conduzido em Mococa verificou-se interação significativa entre fonte e dose para os teores de Cl nas folhas das plantas tratadas com KCl. Após três anos de aplicação dos tratamentos, observou-se aumento linear dos teores de Cl em função das doses de KCl empregadas (Figura 10). Nas parcelas tratadas com a dose de 400 kg ha-1 de K2O, o tratamento com KCl apresentou em média, 4459 mg kg-1 de Cl, quase quatro vezes maior que o observado nas parcelas tratadas com K-MAG na mesma dose (Tabela 17). Apesar disso, não foram observados sintomas de toxicidade de Cl no experimento. Resultado semelhante foi obtido por Catani et al. (1969), em que os autores observaram que em folhas de cafeeiro adubado com quantidades crescentes de KCl, as plantas que receberam 400 g de K2O por cova na forma de KCl apresentaram teores superiores a 5000 mg de Cl kg-1 de matéria seca e também não foram observados quaisquer sintomas visuais de toxicidade. Nem sempre altos teores de cloro nas folhas induzem ao aparecimento de sintomas de toxicidade visíveis nas folhas induzem ao aparecimento de sintomas de toxicidade visíveis na folha e nos frutos do cafeeiro, em cultivares de idades diferentes (Muller. 1966; Araña, 1967; Furlani et al. 1976, citados por Nogueira et al. 2001). KCl teor de Cl mg kg -1 5000 K-MAG KCl y = 9,2574x + 785,2 R2 = 0,99 4000 3000 2000 1000 0 0 100 200 300 -1 Doses de K2O - kg ha 400 Figura 10- Teores de Cl nas folhas coletadas em 2007 em função das doses e fontes de K no experimento de Mococa-SP. Além do teor de Cl, observa-se na Tabela 17 que houve diferenças significativas em função da fonte de K utilizada, também para os teores de Mg e S, porém as diferenças 31 IPNI BRAZIL-48 observadas nesses parâmetros podem ser consideradas pequenas. Embora as diferenças entre os tratamentos tenham sido pequenas, as plantas que receberam K-MAG apresentaram teores maiores de Mg nas folhas, proporcionando um equilíbrio nutricional mais adequado que nas plantas que receberam KCl. Na figura G, pode-se observar que apesar do incremento de Mg ainda ser pequeno em relação ao KCl, este foi linear em função das doses de K-MAG empregadas. Nas amostras coletadas no experimento de Patrocínio-MG não houve interação entre doses e fontes de K para nenhum dos parâmetros avaliados. Observa-se na Tabela 18 que embora os teores de Cl tenham diminuído após três anos de instalação do experimento nas plantas tratadas com K-MAG, ainda não há efeito significativo dessa diferença em relação as amostras coletadas nas parcelas tratadas com KCl. Nos solos do cerrado mineiro predominam cargas positivas o que favorece a retenção de ânions, o que provavelmente explica os altos teores de Cl ainda encontrados nas parcelas tratadas com K-MAG. KCl teor de Mg - mg kg -1 10 K-MAG 9 8 K-MAG y = 0,0031x + 3,2 R2 = 0,69 7 6 5 4 3 2 1 0 0 100 200 300 -1 Doses de K2O - kg ha 400 Figura 11- Teores de Mg nas folhas coletadas em 2007 em função das doses e fontes de K no experimento de Mococa-SP. 32 IPNI BRAZIL-48 Tabela 17- Análise química de folha em Mococa (2007). Fonte Doses de K2O N K P Ca Mg S -1 -----------------g.kg --------------- Cu Fe Mn Zn B Cl -1 -----------------mg.kg --------------- 0 34,5 18,9 1,4 15,7 3,6 2,3 24,7 100,5 348,7 15,9 100,7 741 100 34,3 20,8 1,4 15,2 3,1 2,6 21,7 97,7 439,2 13,9 102,7 1741 200 34,0 20,0 1,4 15,4 2,9 2,4 22,5 103,7 460,5 13,5 104,0 2680 400 34,1 20,4 1,4 15,8 3,2 2,4 25,3 123,7 450,2 14,5 107,2 4459 Efeito de Dose ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns * Médias Efeito de Fonte 34,2 20,0 1,4 15,5 3,2 b 2,4 b 23,5 106,4 424,6 14,4 103,6 2405 a 0 33,7 19,4 1,4 16,6 3,5 2,5 24,6 95,5 365,2 13,6 121,8 819 100 34,0 18,7 1,4 15,7 3,0 2,6 24,3 105,5 362,5 14,0 117,9 905 200 34,1 20,5 1,4 15,2 4,0 2,8 26,0 97,5 379,0 12,9 121,5 1048 400 35,5 18,9 1,4 14,4 4,5 2,9 26,6 110,2 359,0 13,3 125,5 1212 Efeito de Dose ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns * Médias Efeito de Fonte 34,3 19,4 1,4 15,4 3,9 a 2,7 a 25,4 101,1 366,3 13,4 121,6 996 b Efeito de Dose x Fonte ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns CV % 5,3 6,7 3,7 7,7 9,0 4,5 12,3 17,9 14,0 11,7 9,1 15,5 KCl K-MAG ns = efeito da interação fonte x dose não significativo ao nível de 5%; ** = efeito significativo da interação fonte ao nível de 5%. 33 IPNI BRAZIL-48 Tabela 18- Análise química de folha em Patrocínio (2007). Fonte Doses de K2O N K P Ca Mg S -1 -----------------g.kg --------------- Cu Fe Mn Zn B Cl -1 -----------------mg.kg --------------- 0 31,3 19,4 1,6 10,3 4,0 2,3 12,7 69,5 74,3 11,3 85,4 1067 100 31,6 19,7 1,5 10,1 3,8 2,2 13,0 70,1 79,6 11,9 85,0 686 200 30,8 20,8 1,5 9,7 3,6 2,3 14,9 75,3 84,8 13,8 85,1 816 400 31,6 21,8 1,6 9,4 3,2 2,3 14,6 74,0 84,3 12,0 92,8 843 Efeito de Dose ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns Médias Efeito de Fonte 31,6 21,7 1,5 16,0 b 3,5 b 2,2 13,8 72,3 82,3 12,4 86,9 853 0 32,9 21,1 1,7 10,6 4,1 2,4 15,1 77,5 86,0 14,1 87,0 785 100 29,6 20,6 1,7 10,1 4,1 2,3 12,8 83,0 76,5 12,4 91,0 723 200 32,6 21,1 1,8 10,1 4,4 2,4 14,3 69,3 78,3 12,4 96,5 675 400 31,7 19,4 1,6 9,4 4,5 2,3 13,4 75,0 79,3 13,9 72,9 709 Efeito de Dose ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns Médias Efeito de Fonte 30,7 21,4 1,7 15,0 a 4,2 a 2,3 13,9 76,1 80,0 13,2 86,8 723 Efeito de Dose x Fonte ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns CV % 7,8 5,9 6,6 8,3 8,2 141,8 16,4 13,4 17,9 48,6 28,7 28,4 KCl K-MAG ns = efeito da interação fonte x dose não significativo ao nível de 5%; ** = efeito significativo da interação fonte ao nível de 5%. 34 IPNI BRAZIL-48 Safra 07/08 Em fevereiro de 2008 coletou-se amostras de folha nos dois experimentos, para se efetuar a diagnose foliar nas parcelas e assim averiguar a situação nutricional das plantas e o acúmulo de Cl em função da aplicação das diferentes doses e fontes de K ao longo dos anos. Embora as plantas apresentassem teores adequados, observaram-se alguns efeitos dos tratamentos nos teores de nutrientes contidos nas folhas (Tabelas 19 e 20). Nas amostras coletadas no experimento conduzido em Mococa verificou-se interação significativa entre fonte e dose para os teores de Cl nas folhas das plantas tratadas com KCl. Após dois anos de aplicação dos tratamentos, observou-se aumento linear dos teores de Cl em função das doses de KCl empregadas (Figura 12). As parcelas tratadas com KCl apresentaram o dobro da quantidade de Cl em relação a média obtida nas parcelas tratadas com K-MAG (Tabela 19). Além do teor de Cl, observa-se que também houve diferenças significativas em função da fonte de K utilizada para os teores de K, Ca, Mg e B. Para as amostras coletadas no experimento de Patrocínio-MG não foram observadas diferenças estatísticas para nenhum dos parâmetros avaliados. 35 IPNI BRAZIL-48 Tabela 19- Análise química de folha coletadas no experimento realizado em Mococa (2008). Fonte Doses de K2O N K P Ca Mg S -1 -----------------g.kg --------------- Cu Fe Mn Zn B Cl -1 -----------------mg.kg --------------- 0 31,6 30,4 2,3 4,7 2,0 2,0 36,4 21,3 154,3 67,0 16,3 412,7 100 31,8 30,6 2,3 4,6 2,0 2,1 37,4 21,3 152,8 82,5 14,4 754,4 200 33,2 31,1 2,3 4,7 2,0 2,1 38,4 21,1 154,8 92,8 14,7 940,8 400 32,4 32,7 2,5 4,8 2,2 2,3 42,5 22,4 151,3 91,8 15,1 1304,7 Efeito de Dose ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns * Médias Efeito de Fonte 32,2 31,2 2,4b 4,7b 2,1b 2,1b 38,7 21,5 153,3 83,5 15,1b 853,2a 0 30,8 30,3 2,4 5,6 2,2 2,4 43,4 22,0 157,8 91,0 18,2 501,5 100 29,7 32,3 2,8 5,5 2,4 2,5 46,9 24,1 170,3 79,8 19,1 550,3 200 29,9 31,4 2,6 4,8 2,3 2,4 43,1 22,7 159,8 77,3 17,4 741,1 400 31,2 32,6 2,7 5,4 2,4 2,5 44,9 23,3 135,8 77,8 17,7 794,3 ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns * 30,4 31,7 2,6a 5,3a 2,3a 2,4a 44,6 23,0 155,9 81,5 18,1a 646,8b ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns * 4,3 7,2 7,8 5,4 5,7 5,6 6,8 9,8 30,1 13,4 10,2 13,8 KCl K-MAG Efeito de Dose Médias Efeito de Fonte Efeito de Dose x Fonte CV % ns = efeito da interação fonte x dose não significativo ao nível de 5%; ** = efeito significativo da interação fonte ao nível de 5%. 36 IPNI BRAZIL-48 Tabela 20- Análise química de folhas coletadas no experimento realizado em Patrocínio (2008). Fonte Doses de K2O N K P Ca Mg S -1 -----------------g.kg --------------- Cu Fe Mn Zn B Cl -1 -----------------mg.kg --------------- 0 32,2 26,7 1,4 9,9 3,7 2,6 8,6 104,5 53,3 12,3 22,7 1200 100 31,9 26,8 1,3 10,2 3,6 2,6 9,6 113,5 60,3 11,8 25,6 1400 200 33,2 27,1 1,5 9,2 3,6 2,6 9,5 111,5 49,0 11,1 21,7 1300 400 32,5 27,3 1,4 9,0 3,4 2,7 9,8 108,0 47,3 10,1 19,8 1400 Efeito de Dose ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns Médias Efeito de Fonte 32,4 26,9 1,4 9,6 3,6 2,8 9,3 109,4 52,4 11,3 22,4 1325 0 30,8 25,4 1,2 11,5 4,1 2,6 9,5 147,5 64,5 12,2 30,6 1100 100 33,0 29,6 1,5 8,5 3,5 3,0 10,2 105,0 47,3 11,8 19,3 1300 200 33,3 27,1 1,5 8,6 3,6 3,0 9,6 101,8 42,8 11,3 17,2 1100 400 31,7 23,6 1,3 9,3 4,0 2,9 8,6 118,8 44,3 11,7 19,0 1300 Efeito de Dose ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns Médias Efeito de Fonte 32,3 26,4 1,3 9,5 3,8 2,6 9,5 118,2 49,7 11,7 21,5 1200 ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns 4,4 9,0 12,7 17,9 11,8 7,4 10,6 20,5 31,5 19,5 33,9 20,3 KCl K-MAG CV % ns = efeito da interação fonte x dose não significativo ao nível de 5%; ** = efeito significativo da interação fonte ao nível de 5%. 37 IPNI BRAZIL-48 Safra 08/09 Em fevereiro de 2009 coletou-se amostras de folha nos dois experimentos, para se efetuar a diagnose foliar nas parcelas e assim averiguar a situação nutricional das plantas e o acúmulo de Cl em função da aplicação das diferentes doses e fontes de K ao longo das 4 safras de execução do experimento. Não foram observadas diferenças estatísticas em função dos tratamentos empregados em nenhum dos locais (Tabelas 21 e 22). 38 IPNI BRAZIL-48 Tabela 21- Análise química de folha em Mococa (2009). Fonte Doses de K2O N K P Ca Mg S -1 -----------------g.kg --------------- Cu Fe Mn Zn B -1 -----------------mg.kg --------------- Cl 0 35,10 24,40 1,75 12,38 3,30 2,70 69,75 16,88 104,25 344,00 11,15 580 100 35,15 23,70 1,73 11,85 3,13 2,88 67,98 19,13 109,00 348,50 11,93 980 200 33,78 24,63 1,80 10,90 2,58 2,60 65,73 18,80 107,75 353,00 11,48 1130 400 33,83 23,55 1,75 11,60 2,88 2,53 66,85 18,23 104,00 326,50 11,38 900 Efeito de Dose ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns Médias Efeito de Fonte 34,5 24,1a 1,8 11,7 3,0 2,7 67,6 18,3 106,3 343,0 a 11,5 894 0 33,53 22,28 1,63 11,73 3,18 2,68 68,03 16,75 105,75 293,75 11,38 680 100 34,40 22,93 1,65 11,13 2,80 2,55 62,45 17,30 99,25 314,50 11,25 900 200 35,35 22,53 1,73 11,53 3,28 2,75 67,28 17,90 106,75 280,75 11,53 980 400 33,48 23,20 1,70 11,60 2,98 2,68 65,43 18,25 108,75 342,25 11,53 1350 Efeito de Dose ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns Médias Efeito de Fonte 34,2 22,7b 1,7 11,5 3,0 2,7 65,8 17,6 105,1 307,8 b 11,4 975 Efeito de Dose x Fonte ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns CV % 2,8 4,0 5,7 7,6 12,2 8,4 6,3 11,5 10,5 13,7 10,4 45,9 KCl K-MAG ns = efeito da interação fonte x dose não significativo ao nível de 5%; ** = efeito significativo da interação fonte ao nível de 5%. 39 IPNI BRAZIL-48 Tabela 22- Análise química de folha em Patrocínio (2009). Fonte Doses de K2O N K P Ca Mg -1 -----------------g.kg --------------- S Cu Fe Mn Zn B -1 -----------------mg.kg --------------- Cl 0 31,30 19,43 1,60 10,33 3,98 2,3 12,73 69,50 74,25 11,30 85,43 970 100 32,03 20,15 1,45 9,80 3,53 2,3 13,40 70,75 86,25 12,75 84,55 690 200 30,78 20,78 1,53 9,65 3,58 2,2 14,85 75,25 84,75 13,75 85,13 820 400 31,60 21,75 1,58 9,38 3,20 2,3 14,60 74,00 84,25 12,03 92,83 840 Efeito de Dose ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns Médias Efeito de Fonte 31,4 20,5 1,5 9,8 3,6 b 2,3 13,9 72,4 82,4 12,5 87,0 830 0 32,90 21,13 1,73 10,55 4,08 2,3 15,05 77,50 86,00 14,08 86,98 790 100 29,63 20,63 1,65 10,13 4,05 2,3 12,80 83,00 76,50 12,40 91,00 720 200 32,60 21,08 1,78 10,08 4,35 2,4 14,33 69,25 78,25 12,38 96,48 540 400 31,65 19,40 1,63 9,35 4,48 2,2 13,43 75,00 79,25 13,90 72,85 710 Efeito de Dose ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns Médias Efeito de Fonte 31,7 20,6 1,7 10,0 4,2 a 2,3 13,9 76,2 80,0 13,2 86,8 Efeito de Dose x Fonte ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns CV % 9,6 6,4 8,6 6,7 7,5 7,6 14,1 12,2 12,7 17,2 15,4 45,4 KCl K-MAG 690 ns = efeito da interação fonte x dose não significativo ao nível de 5%; ** = efeito significativo da interação fonte ao nível de 5%. 40 IPNI BRAZIL-48 Produção e Qualidade Os resultados referentes a produtividade do café em função das doses e fontes de K encontram-se na tabela 23. Na primeira colheita, realizada em junho de 2006, não foram observados efeitos da utilização de K-MAG em substituição ao KCl na produtividade do cafeeiro. As médias de produtividade observadas nos dois experimentos, Mococa-SP e Patrocínio-MG, foram de 30 e 19 sacas/ha respectivamente, independente da fonte e da dose de K empregada. Embora teores de nutrientes tenham aumentado no solo com as doses de K aplicadas, especialmente o teor de S nas parcelas tratadas com K-MAG, este incremento na fertilidade do solo não exerceu influência na produtividade do cafeeiro. Isto se deve ao efeito residual das adubações anteriores a instalação dos experimentos, fato este que já era esperado devido às lavouras receberem adubação com KCl por vários anos. Em relação à segunda colheita (junho de 2007), mesmo depois de dois anos de aplicação das fontes de K em doses crescentes, não houve efeito significativo dos tratamentos na produtividade do cafeeiro. No experimento conduzido em Mococa –SP, a média de produção foi baixa, menor que 10 sacas ha-1. Em Patrocínio a produtividade média foi de 48 sacas ha-1, cerca de 50% superior a safra passada. Essas diferenças de produtividade se devem a bi-anualidade característica da cultura. Em junho de 2008 efetuou-se a terceira colheita dos experimentos. No experimento conduzido em Mococa –SP, a média de produção foi de 77 sacas ha-1. Observando a média geral, verifica-se que o tratamento com KMAG produziu cerca de 10 sacas de café a mais que o tratamento com KCl. Em Patrocínio a produtividade média foi de 5 sacas ha-1, não havendo diferenças entre os tratamentos. Na safra de 2009 a situação se inverteu, em Patrocínio-MG a produção foi alta, sendo que o tratamento com KMAG apresentou um acréscimo de 6 sacas ha-1 em relação ao tratamento com KCl e em Mococa-SP, a produtividade foi baixa e sem diferença. Somando-se as médias gerais dos tratamentos, independente das doses aplicadas, obtidas em todos os anos em que o experimento foi conduzido, observa-se que as parcelas tratadas com KMAG produziram maior quantidade de café que as parcelas tratadas com KCl, porém essa diferença não foi significativa estatisticamente (Tukey 5%). Embora estatisticamente tenha se observado efeito de dose de K na produção do cafeeiro, essa interação não apresentou ajuste estatístico em nenhum dos anos avaliados. Em relação a qualidade na Tabela 24 encontram-se as notas de bebida obtidas através da análise sensorial (prova da xícara) em cada safra. As amostras de café analisadas sensorialmente não apresentaram diferenciação considerável em função das doses e fontes empregadas nos tratamentos. De maneira geral o café colhido apresentou bebida de boa qualidade para todos os tratamentos estudados em ambos os locais. As amostras tratadas com as doses intermediárias (100 e 200 kg ha -1 de K2O) apresentaram ligeira vantagem em relação às demais as notas obtidas. Porém, a melhoria na qualidade das amostras tratadas com K-MAG, ainda são pequenas e não proporciona a possibilidade de maior lucratividade ao produtor. Também foram determinadas as quantidades de cloro nos grãos de café conforme as doses de K aplicadas (Tabela 25). As amostras não apresentaram diferenças significativas de teores de Cl conforme as fontes utilizadas, o que corrobora com os resultados obtidos na análise sensorial. Embora ainda não se tenha observado diferenças significativas na quantidade de Cl acumulado nos frutos devido ao uso do KMAG em substituição ao KCl, conforme Gouny 41 IPNI BRAZIL-48 (1973), em plantas que recebem Cl aumenta-se o conteúdo de água, o que pode favorecer a proliferação de microrganismos, que, segundo Leite (1991), pode provocar a diminuição da atividade da enzima polifenoloxidase, diminuindo sua ação antioxidante sobre os aldeídos, facilitando, conseqüentemente, a oxidação dos mesmos. Esta diminuição pode vir a favorecer a fermentação dos grãos e conseqüentemente depreciar a qualidade da bebida. 42 IPNI BRAZIL-48 Tabela 24- Avaliação sensorial da qualidade da bebida do café em função da aplicação de doses e fontes de K (KCl vs KMAG). Produção Fonte Patrocínio-MG Doses Ano 1 Ano 2 Ano 3 Mococa-SP Ano 4 Total K2O sacas ha Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Total -1 0 19,3 48,7 4,7 82,7 155,4 29,9 6,1 63,1 12,2 111,3 100 23,4 57,3 6,5 83,6 170,8 29,7 8,5 78,6 10,0 126,8 200 16,0 40,8 4,2 75,5 136,4 28,7 6,7 73,1 14,0 122,4 400 KCl 21,6 38,2 4,5 85,0 149,3 30,7 6,8 73,3 14,9 125,8 Médias Efeito de Fonte 19,3 47,6 4,8 80,9 152,5 29,4 7,4 72,6 14,0 121,6 Efeito de Dose * * ns ns * ns ns * * * 0 23,0 43,0 5,2 82,3 153,4 32,0 8,4 63,1 8,4 111,8 100 22,5 65,4 4,4 83,6 175,9 31,2 6,8 84,7 12,6 135,3 200 11,3 42,7 3,4 93,0 150,4 30,5 7,3 70,6 18,9 127,2 400 23,3 41,6 4,7 81,8 151,5 29,9 9,6 74,1 16,9 130,5 Médias Efeito de Fonte 19,5 47,9 4,7 87,1 159,1 30,6 8,5 82,4 13,8 126,2 Efeito de Dose * * ns ns * ns ns * * * CV% 21,53 19,01 24,60 11,51 9,70 9,18 20,51 7,67 20,55 5,25 Dose x Fonte ns ns ns ns ns ns * ns ns ns KMAG 43 IPNI BRAZIL-48 Tabela 25- Produtividade do cafeeiro em função da aplicação de doses e fontes de K (KCl vs KMAG). Qualidade Fonte KCl Doses K2O 0 100 200 400 Médias Efeito de Fonte Efeito de Dose KMAG Médias Efeito de Fonte Efeito de Dose CV % Dose x Fonte 0 100 200 400 Ano 1 Mococa Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 1 Patrocínio Ano 2 Ano 3 Ano 4 Notas 82 80 81 80 82 81 81 81 82 82 79 81 79 80 80 79 79 79 80 78 80 80 82 81 82 80 81 80 82 81 81 81 80,8 81,3 81,0 79,3 79,0 80,8 80,8 81,3 ns 81 80 80 81 ns 82 82 81 81 ns 82 82 80 82 ns 79 80 79 79 ns 79 79 77 78 ns 80 80 79 79 ns 81 80 80 81 ns 82 82 81 81 80,5 81,5 81,5 79,2 78,3 79,5 80,5 81,5 ns 0,85 ns ns 1,29 ns ns 1,76 ns ns 0,88 ns ns 1,36 ns ns 1,21 ns ns 2,48 ns ns 0,98 ns 44 IPNI BRAZIL-48 Tabela 26- Concentração de cloro nos grãos do cafeeiro em função da aplicação de doses e fontes de K (KCl vs KMAG). Cloro Fonte KCl Doses K2O 0 100 200 400 Médias Efeito de Fonte Efeito de Dose KMAG Médias Efeito de Fonte Efeito de Dose CV % Dose x Fonte 0 100 200 400 Ano 1 Mococa Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 1 Patrocínio Ano 2 Ano 3 Ano 4 - 255 346 304 357 373 373 432 425 207 164 200 199 - 422 345 284 430 533 728 617 621 290 373 395 386 - 313 a 398 188 - 382 624 a 365 - ns 259 219 213 237 ns 404 408 373 429 ns 195 184 230 257 - ns 355 325 411 408 * 505 485 568 533 ns 278 385 324 320 - 232 b 401 220 - 373 525 b 326 - ns 26,4 ns ns 9,6 ns ns 18,2 ns - ns 11,9 ns * 10,7 * ns 14,8 ns 45 IPNI BRAZIL-48 Situação Atual O projeto foi finalizado e os dados obtidos estão sendo preparados na forma de artigo científico para submissão a publicação em revista especializada. 07. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AMORIM, H.V.; SILVA, D.M. Relationship between the polyphenol oxidase activity of coffee beans and quality of the beverage. Nature, New York, v.219, n.27, p.381-382, July 1968. 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