N° 01 - Cardiovascular Sciences Forum

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N° 01 - Cardiovascular Sciences Forum
Volume 10 - Número 1 - Janeiro / Março 2015
CARDIOVASCULAR
SCIENCES FORUM
CARDIOVASC SCI FORUM - Vol 10 / Number 1 - January/March - 2015
EDITORIAL COORDINATION
Henrique Cesar de Almeida Maia, Alexandre Ciappina Hueb,
João Batista V. Carvalho, Melchior Luiz Lima, Osvaldo Sampaio Netto
ASSOCIATED EDITORS
Alfredo I. Fiorelli, Carlos Henrique Marques Santos, Marco Antônio Rodrigues Torres,
Elias Kallás, José Carlos Dorsa V. Pontes, Sérgio Nunes Pereira
EDITORIAL SECRETARY:
Otoni Moreira Gomes
Sponsored by:
FUNDAÇÃO CARDIOVASCULAR SÃO FRANCISCO DE ASSIS VERDADE É JESUS
SÃO FRANCISCO DE ASSIS TRUTH IS JESUS CARDIOVASCULAR FOUNDATION
FUNDACIÓN CARDIOVASCULAR SAN FRANCISCO DE ASSIS JESUS ES LA VERDAD
Coordination: Elaine Maria Gomes Freitas (OAB)
Events Administration: Elton Silva Gomes
Scientific Coordination: Otoni M. Gomes
Clinic Director: Eros Silva Gomes
International Scientific Board
Alberto J. Crottogini (Argentina)
Celina Morales (Argentina)
Daniel Bia (Uruguay)
Calogerino Diego B. Cuzumano (Venezuela)
Diego A. Borzelino (Venezuela)
Domingos S. R. Souza (Sweden)
Eduardo Armentano (Uruguay)
Eduardo R. Migliaro (Uruguay)
Pierluca Lombardi (EE.UU)
Michael Dashwood (England)
Pascal Dohmen (Germany)
Patrícia M. Laguens (Argentina)
Pawan K. Singal (Canadá)
Ricardo Gelpi (Argentina)
Ruben P. Laguens (Argentina)
Sylvain Chauvaud (França)
Tofy Mussivand (Canadá)
Tomas A. Salerno (EE.UU)
Scientific Co-sponsorship by: International College of Cardiovascular Sciences, South American Section of
the International Academy of Cardiovascular Sciences (IACS - SAS), Department of Experimental Research
of the Brazilian Society of Cardiovascular Surgery (DEPEX - SBCCV), SBCCV Department of Extracorporeal
Circulation and Mechanical Assisted Circulation (DECAM - SBCCV), SBCCV Department of Clinical Cardiology,
Brazilian Association of Intensive Cardiology, Brazilian Academy of Cardiology for the Family, SBCEC Brazilian Society of Extracorporeal Circulation
CARDIOVASCULAR
SCIENCES FORUM
CARDIOVASC SCI FORUM - Volume 10 / Number 1 - January/March - 2015
International College of Cardiovascular Sciences
SCIENTIFIC BOARD - BRAZIL
Aguinaldo Coelho Silva (MG)
Alcino Lázaro da Silva (MG)
Alexandre Ciappina Hueb (SP)
Alexandre Kallás (MG)
Antônio Alves Coelho (DF)
Antônio A. Ramalho Motta (MG)
Antônio de Pádua Jazbik (RJ)
Antônio S. Martins (SP)
Bruno Botelho Pinheiro (GO)
Carlos Henrique M. Santos (MS)
Carlos Henrique V. Andrade (MG)
Cláudio Pitanga M. Silva (RJ)
Cristina Kallás Hueb (MG)
Domingos J. Moraes (RJ)
Edmo Atique Gabriel (SP)
Eduardo Augusto Victor Rocha (MG)
Eduardo Keller Saadi (RS)
Elmiro Santos Resende (MG)
Eduardo Sérgio Bastos (RJ)
Eros Silva Gomes (MG)
Evandro César V. Osterne (DF)
Fábio B. Jatene (SP)
Francisco Diniz Affonso Costa (PR)
Francisco Gregori Jr. (PR)
Geraldo Martins Ramalho (RJ)
Geraldo Paulino S. Filho (GO)
Gilberto V. Barbosa (RS)
Jandir Ferreira Gomes Junior (MS)
João Bosco Dupin (MG)
João Carlos Ferreira Leal (SP)
João Jackson Duarte (MS)
Jorge Ilha Guimarães (RS)
José Dondici Filho (MG)
José Ernesto Succi (SP)
José Francisco Biscegli (SP)
José Teles de Mendonça (SE)
Juan Alberto C. Mejia (CE)
Leonardo Andrade Mulinari (PR)
Liberato S. Siqueira Souza (MG)
Luiz Antonio Brasil (GO)
Luiz Boro Puig (SP)
Luis Carlos Vieira Matos (DF)
Luiz Fernando Kubrusly (PR)
Luiz Paulo Rangel Gomes Silva (PA)
Mário Ricardo Amar (RJ)
Marcelo Sávio Martins (RJ)
Marcio Vinicius L. Barros (MG)
Marcílio Faraj (MG)
Mario Oswaldo V. Peredo (MG)
Maria José Campagnole (MG)
Mario Coli J. de Moraes (RJ)
Melchior Luiz Lima (ES)
Miguel Angel Maluf (SP)
Neimar Gardenal (MS)
Noedir A. G. Stolf (SP)
Paulo de Lara Lavítola (SP)
Paulo Rodrigues da Silva (RJ)
Pedro Rocha Paniagua (DF)
Osvaldo Sampaio Netto (DF)
Pablo Maria A. Pomerantzeff (SP)
Paulo Antônio M. Motta (DF)
Rafael Haddad (GO)
Rodrigo Mussi Milani (PR)
Ronald Sousa Peixoto (RJ)
Rika Kakuda Costa (SE)
Roberto Hugo Costa Lins (RJ)
Ronaldo D. Fontes (SP)
Ronaldo M. Bueno (SP)
Rubio Bombonato (SC)
Rui Manuel S. A. Almeida (PR)
Sérgio Luis da Silva (RJ)
Sérgio Nunes Pereira (RS)
Sinara Silva Cotrim (MG)
Tânia Maria A. Rodrigues (SE)
Victor Murad (ES)
Walter José Gomes (SP)
Walter Labanca Arantes (RJ)
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of God”
the Word
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SCIENCES FORUM
ISSN 1809-3744 (Publicação Online)
ISSN 1809-3736 (Publicação Impressa)
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Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(1):
CARDIOVASC SCI FORUM - January/March - 2015; 10(1):
CONTENTS
EDITORIAL
Memorial - XXIV Forum Científico - Congresso Internacional de Ciências Cardiovasculares
Scientific Forum XXIV - International Congress of Cardiovascular Sciences
Elaine Maria Gomes Freitas, Otoni Moreira Gomes,
Victor Hugo de Souza Araújo,Ruana Freitas Marques Teixeira
08
FREE PAPERS REPORT
TEMAS LIVRES
Temas Livres no XXIV Forum Científico
Free Papers Reports Scientific Forum XXIV
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UPCOMING EVENTS
92
INSTRUCTIONS
TO AUTHORS
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EDITORIAL
XXIV FORUM CIENTÍFICO
CONGRESSO INTERNACIONAL DE CIÊNCIAS CARDIOVASCULARES
O
Elaine Maria Gomes Freitas, Otoni Moreira Gomes,
Victor Hugo de Souza Araujo, Ruana Freitas Marques Teixeira
XXIV Fórum Científico – Congresso Internacional de Ciências Cardiovasculares foi realizado no
período de 13 a 15 de novembro de 2014 no Radisson Hotel Maceió de Maceió –AL, Brasil. O
congresso reuniu conceituados convidados nacionais e internacionais que enriqueceram o
evento com o ensino e resultados importantes de suas pesquisas e experiências profissionais para as
ciências cardiovasculares, culminando na melhoria dos cuidados com nossos pacientes, bem como
novas propostas de pesquisa emergindo de suas apresentações. Marcado pelo brilhantismo e dedicação
da comissão organizadora, o sucesso do evento foi possível pelo destacado apoio do Ministério da
Saúde, CAPES, Prefeitura da Cidade de Recife, FAPEAL, Secretaria de Saúde do Estado de Alagoas.
A Sessão de Abertura, organizada pela Dra. Elaine Maria Gomes de Freitas foi presidida pelo
Prof. Dr. Elias Kallás com Prof. Dr. José Wanderley Neto e Prof. Dr. Otoni Moreira Gomes.
Após execução do Hino Nacional Brasileiro o Prof. Dr. Naranja S. Dhalla, proferiu conferência
sobre “Marcos Mundias da Academia Internacional de Ciências Cardiovasculares”, em seguida o
Prof. Dr. Naranjan S. Dhalla, fundador e Diretor Executivo da Academia Internacional de Ciências
Cardiovasculares, presidiu a Cerimônia de Entrega dos Prêmios da IACS Gomes e Gelpi por excelência
em Ciências Cardiovasculares aos Professores Martins Donato e Tânia Maria de Andrade Rodrigues.
O Prof. Dr. Domingo Marcolino Braile, proferiu a conferência “A Ciência Cardiovascular no Brasil: Evolução
e Desafios”, em seguida o Prof. Dr. Elias Kallás e Prof. Dr. Otoni Moreira Gomes, encerraram solenemente
a reunião com a entrega ao Prof. Dr. Ricardo J. Gelpi pelo Prof. Dr. Naranja S. Dhalla da Placa do Prêmio
Internacional “Lifetime Awards Achievements” da Academia Internacional de Ciências Cardiovasculares.
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D
urante os três dias do Fórum participaram também ativamente estudantes e recém-formados nas diversas
áreas do conhecimento; valorizando sobremaneira e estimulando a iniciação científica na formação acadêmica para a pesquisa, com palestras e trabalhos de contribuições em áreas clínicas e experimental, merecendo
destaque o intercâmbio de informações nas distintas áreas e discussões com profissionais renomados em suas
especialidades.
O Simpósio da ABRECCV – Associação Brasileira dos Residentes de Cirurgia Cardiovascular- confirmou o sucesso
do ano anterior. Sob coordenação do Dr. Francisco Siosney - Presidente, com Dr. Kleberth Tenório – Vice-presidente
e Dr. Eduardo Valentim –Secretário, com cirurgiões de competência consagrada discutiram temas importantes da
cirurgia cardiovascular, valorização do trabalho do médico e a formação do cirurgião cardíaco atual frente às novas
tecnologias e necessidades nacionais de ampliação do atendimento da população.
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O Congresso da SBCEC – Sociedade Brasileira de Circulação Extracorpórea, coordenado por sua Diretoria com os
renomados Perfusionistas Sintya Tertuliano Chalegre-PE (Presidente), Edvaldo do Nascimento-PR (Vice-Presidente),
Márcio Roberto do Carmo-SP (1°tesoureiro), Yohana Catharine Albrecht-SP (2° Tesoureiro), Robersi Andréia Rodrigues-SP (1°Secretária), Élio Barreto de Carvalho Filho-PI (2º Secretário), confirmou o tradicional sucesso, quando Perfusionistas de competência consagrada discutiram temas importantes da Circulação Extracorpórea como os avanços
e exigências da ECMO e Circulação Assistida circula cirurgia cardiovascular, valorização do trabalho do médico e a
formação do cirurgião cardíaco atual frente às novas tecnologias e necessidades nacionais de ampliação do atendimento da população.
C
onfirmaram o sucesso e prestígio do Forum Científico os Eventos tradicionais com o Forum da Seção Sul Americana da Academia Internacional de Ciências Cardiovasculares, XXX Encontro dos Discípulos do Professor E.J.
Zerbini, o XVIII Simpósio Prof.Dr. Tomas A. Salerno, XVI Forum Ecumênico coordenado pelo Revdo. Padre Prof.
Dr. Geraldo Guilherme da Silva. XIII Simpósio Prof.Dr. Domingos Junqueira de Morais, XII Simpósio Prof.Dr. Pawan K.
Singal, X Simpósio Brasileiro de Angiologia, X Encontro Científico do Amigos do Prof.Dr. Domingos Marcolino Braile,
X Simpósio Prof.Dr. Tofy Mussivand, IV Forum de Biomedicina Cardiovascular, IX Simpósio Prof.Dr. Domingos Sávio
Souza, VII Simpósio Prof.Dr. Ricardo J. Gelpi, IV Simpósio da ABRECCV e o XII Congresso Brasileiro de Ligas Acadêmicas
de Ciências Cardiovasculares.
O
XXIV Fórum Científico 2014 desenvolveu-se de fato com grande êxito prestigiado pela audiência internacional renomada, enriquecendo o Congresso com relevantes contribuições internacionais com as presenças
notáveis de Prof. Dr. Andras Varró – Hungria, Prof. Dr. Enrique Castañeda Saldaña – Peru, Prof. Dr. Federico
Benetti - Argentina, Prof. Dr. Michael Dashwood - United Kingdon, Prof. Dr. Martin Donato - Argentina, Prof. Dr. Naranjan S. Dhalla – Canadá, Prof. Dr. Péter P. Nánási – Hungría, Prof. Dr. Ricardo J. Gelpi – Argentina, Prof. Dr. Silvia F.
Gelpi – Argentina, Prof. Dra. Veronica D’Annunzio - Argentina.
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O
Fórum Científico já marca tradicionalmente o calendário científico mundial. Prova disto é que trinta e
quatro países já estiveram representados neste que é hoje um dos maiores eventos internacionais em
educação continuada na área das ciências cardiovasculares. O Fórum Científico carrega em seu currículo a parceria na organização do Congresso Mundial da International Academy of Cardiovascular Sciences
(IACS) do Canadá desde o ano de 2003. Os resultados destes eventos podem ser comprovados através de várias revistas e livros científicos publicados, dentre eles trabalhos inéditos, com teses de mestrado, doutorado
e pós-doutorado reconhecidas internacionalmente também através deste evento. Renomados profissionais,
amigos e empresas do setor são fundamentais e indispensáveis por tantos anos de atividade e possível contribuição no desenvolvimento científico, deste seleto e vital mundo das ciências cardiovasculares. Aos laboratórios, acadêmicos de medicina, perfusionistas, cirurgiões e profissionais da área de saúde, deixamos o nosso
testemunho de gratidão, reconhecimento e importante contribuição que já estão caminhando na terceira
década de trabalho.
O Forum Científico que não seria possível sem o apoio incondicional e motivação competente e carinhosa de
nossa equipe e família.
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FREE PAPERS REPORT
TEMAS LIVRES
24º FORUM CIENTÍFICO
SCIENTIFIC FORUM 24th
FREE PAPERS REPORT
TEMAS LIVRES
PESQUISA ORIGINAL DE REVISÃO
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM À CRIANÇA NO PERÍODO PÓS-OPERATÓRIO DE CIRURGIA DA ECTOPIA CORDIS
Ac. Andressa Lima Cavalcante, Ac. Laíse Gabrielly Matias de Lima Santos
Ac. Nivea Maria Ribeiro de Oliveira, Ac. Isabella Fernanda Rocha de Oliveira
Enf. Julia Pereira do Nascimento Neta, Prof. Ana Paula Rebelo Aquino Rodrigues (Orientadora)
Faculdade de Integrada Tiradentes
Resumo:
Introdução: ectopia cordis é uma anormalidade cardíaca congênita rara e apresenta alta mortalidade por infecção, insuficiência cardíaca ou hipoxemia. O diagnóstico é realizado durante o pré-natal, geralmente através da ecocardiografia fetal. Conforme a localização
do coração, a ectopia cordis é classificada em cervical, torácica, toracoabdominal e abdominal. O tratamento se baseia em intervenção
cirúrgica para recobrimento do coração no período neonatal. A atuação da enfermagem à criança no período pós-operatório é essencial para que a recuperação da criança ocorra sem complicações e obtenha êxito. Objetivo: expor a atuação do enfermeiro na prestação de cuidados à criança no pós-operatório de cirurgia da ectopia cordis. Metodologia: trata-se de uma pesquisa original de revisão
de literatura envolvendo a análise de artigos científicos e livros acerca da assistência de enfermagem à criança no período pós-operatório de cirurgia da ectopia cordis, possui natureza qualitativa, descritiva, exploratória e bibliográfica, foi realizado durante o período
de julho a setembro de 2014, pautado na base de dados Google Acadêmico e em três livros do acervo da biblioteca na Faculdade Integrada Tiradentes. Durante a busca de artigos foram utilizadas as palavras-chave “enfermagem e ectopia cordis”, “ectopia cordis”, sendo incluídos aqueles que demonstraram aproximação com o tema, no total foram selecionados três estudos. Resultados: observou-se
a escassez de estudos acerca do tema abordado, não foi encontrada pesquisa que aborde de forma direta a assistência de enfermagem
à criança no período pós-operatório de cirurgia da ectopia cordis, mostrando que o tema deve ser mais pesquisado visando colaborar
com a atuação profissional qualificada do enfermeiro, desta maneira, a investigação acerca dos cuidados de enfermagem nesta anormalidade foi feita através da associação entre dados de livros de enfermagem e dos estudos selecionados. Conclusões: a atuação do
enfermeiro à criança no período pós-operatório de cirurgia da ectopia cordis consiste em sistematizar a assistência através da identificação de necessidades do paciente para realizar intervenções necessárias de acordo com o risco-benefício dos procedimentos. É necessário avaliar os desempenhos cardiovascular, respiratório, renal, neurológico e hematológico, além do balanço hídrico e cuidados relacionados à presença sondas e cateteres. Assim, a assistência de enfermagem contribui para que os riscos de complicações relacionadas
ao pós-operatório de cirurgia da ectopia cordis sejam reduzidos, proporcionalmente, minimizando a mortalidade desta anormalidade.
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PESQUISA ORIGINAL DE REVISÃO
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE COM ANGIOSSARCOMA CARDÍACO
Ac. Andressa Lima Cavalcante, Ac. Laíse Gabrielly Matias de Lima Santos
Ac. Durval Lins de Oliveira Neto, Ac. Janaína Aparecida Almeida de Carvalho
Enf. Julia Pereira do Nascimento Neta, Prof. Luciana de Melo Mota
Faculdade Integrada Tiradentes
Resumo:
Introdução: o angiossarcoma cardíaco é uma neoplasia maligna rara que possui, em geral, um desenvolvimento curto e letal. O diagnóstico
é realizado através das manifestações clínicas, exames de imagem como ecocardiograma, tomografia computadorizada e ressonância magnética do tórax cuja associação destes possui maior eficácia, e métodos invasivos como cateterismo cardíaco, estudo angiográfico cardiovascular e biópsia endovascular. Na maioria dos casos, o diagnóstico é tardio devido os sinais e sintomas serem inespecíficos, sendo necessário
realizar diagnóstico diferencial desta afecção e outras doenças que afetam o sistema cardiovascular através de exames complementares e
invasivos. O tratamento abrange cirurgia, quimioterapia e radioterapia, sejam isolados ou combinados, preferencialmente é realizada intervenção cirúrgica, porém as condições locais do coração e outras áreas afetadas devem ser levadas em consideração, avaliando-se o risco e
o benefício para o paciente. A atuação do enfermeiro é primordial para o método terapêutico, por meio da execução da anamnese e exame
físico para elaboração do plano de cuidados, fornecendo ao paciente uma assistência qualificada e individualizada conforme suas necessidades, oferecendo-lhe uma melhor qualidade de vida. Objetivo: esta pesquisa objetiva analisar a atuação do enfermeiro na prestação de cuidados aos pacientes com angiossarcoma cardíaco, para contribuir com a assistência de enfermagem adequada ao indivíduo acometido, proporcionando-o uma melhor qualidade de vida. Metodologia: este estudo trata-se de uma pesquisa original de revisão envolvendo a análise
de artigos científicos e livros acerca da assistência de enfermagem ao paciente com angiossarcoma, possui natureza qualitativa, descritiva,
exploratória e bibliográfica, foi realizado durante o período de maio a agosto de 2014, pautado na base de dados Scielo e em livros do acervo
da biblioteca na Faculdade Integrada Tiradentes, campus Maria Amélia Uchôa. Durante a busca de artigos foram utilizadas as palavras-chave
“tumor cardíaco”, “neoplasia cardíaca” e “angiossarcoma cardíaco”, sendo incluídos aqueles que demonstraram aproximação com o tema,
no total foram selecionados 3 artigos. Resultados: percebeu-se a escassez de estudos acerca do tema abordado, não foi encontrado artigo
que relate diretamente a assistência de enfermagem ao paciente com angiossarcoma cardíaco, demonstrando-se, desta forma, que devem
ser realizadas mais pesquisas para contribuir com a atuação profissional adequada e qualificada do enfermeiro em relação ao paciente que
possui este tumor, assim, a análise dos cuidados de enfermagem nesta doença foi realizada através da associação entre livros de enfermagem e conteúdo de artigos científicos. Conclusões: o diagnóstico do angiossarcoma cardíaco em si acarreta diversos problemas, sejam biológicos, psicológicos ou sociais, e assistência de enfermagem deve abordar tanto o paciente quanto a família deste fornecendo, além dos cuidados pós-operatórios em caso de cirurgia, apoio psicológico e educação em saúde minimizando problemas decorrentes do tumor cardíaco
e evitando complicações. Caso o indivíduo seja um paciente fora das possibilidades terapêuticas, o enfermeiro deve reduzir desconfortos e
possibilitar o controle da dor, fornecer líquidos e nutrição adequada, sobretudo, auxiliar o paciente a manter a dignidade e o autocuidado.
Referências:
IGLÉZIAS, J. C. R.; VELLOSO, L. G. C.; DALLAN, L. A.; BENVENUTI, L. A.; VERGINELLI, G.; STOLF, N. A. G. Angiossarcoma de átrio direito. Revista
Brasileira de Cirurgia Cardiovascular, v.15, n.2, 2000.
FILHO, J. D. F.; LUCCHESE, F. A.; LEÃS, P.; VALENTE, L. A.;VIEIRA, M. S.; BLACHER C. Angiossarcoma cardíaco primário. Um dilema terapêutico.
Arquivo Brasileiro de Cardiologia, v.78, n.6, 2002.
LIMA, P. R. L.; CROTTI, P. R. L. Tumores cardíacos malignos. Revista Brasileira de Cirurgia Cardiovascular, v.19, n.1, 2004.
TIMBY, B. K; SMITH, N. E. Enfermagem Médico-Cirúrgica. 8º Ed. São Paulo:
PESQUISA ORIGINAL DE REVISÃO
EXECUÇÃO DE RCP: UMA PREOCUPAÇÃO DA ENFERMAGEM.
Ac. Anderson Melo dos Santos, Ac. José Ailton do Nascimento Filho, Ac. Louise Karoline Bispo Bezerra dos Santos, Ac. Orcélia Gomes Ferreira, Profª. Maria Regineide de Araújo (Orientadora).
Faculdade CESMAC do Sertão.
Introdução: O primeiro registro bíblico referente à reanimação foi a criação de Adão, havendo Deus “soprado em sua boca dando-lhe a
vida”. Por muitos historiadores, considera como o primeiro relato de manobras de RCP. Em 1960, um novo conceito importante foi incluído
na reanimação de emergência, pela observação de Kouwenhoven, Jude e Knickerbocker, sobre a compressão no terço inferior do esterno,
promovia uma circulação artificial adequada, mantendo a vida dos indivíduos com parada cardíaca1. Sendo um procedimento complexo, importante salientar a competência da equipe multidisciplinar, fazendo-se necessária para uma efetiva Reanimação Cardiopulmonar
(RCP)2. Aos pacientes críticos, os cuidados são redobrados, principalmente, os com deficiência na comunicação, a presença da família é
fundamental, para ajudar na tarefa de re-equilibrar e re-harmonizar o doente3. Através de estratégias de promoção à saúde esses fatores
podem ser modificados com a ajuda do profissional de enfermagem4. Objetivo: Descrever a importância do reconhecimento da Parada
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Cardiorrespiratória (PCR) e a atitude imediata para execução da RCP. Metodologia: Na identificação das fontes bibliográficas foram utilizadas
quatro bases de dados: LILACS, BIREME, SCIELO e Google Acadêmico. Para compor esta Pesquisa Original de Revisão foram selecionados 10
artigos, com os descritores: Parada cardiorrespiratória. Cuidado de enfermagem. Equipe de enfermagem. Resultados: Observou-se que, todos os dias, diversas pessoas são acometidas por parada cardiorrespiratória, pelo encadeamento de situações clínicas e cirúrgicas, podendo
associá-las à parada cardiopulmonar em cardiopatas com histórico familiar ou não5. O sedentarismo e a obesidade têm sido agravantes nesta
patologia, tendo como consequência a formação de placas de ateroma, arritmias, infarto agudo do miocárdio e AVE. Em geral, as manifestações clínicas das Doenças Cardiovasculares têm início a partir da meia-idade6,7, sendo que a mudança do estilo de vida pode resolver as
possíveis complicações precoces. Contudo, a enfermagem possui habilidade na identificação precoce de doenças cardiovasculares e através
das estratégias sensibilizadoras da educação continuada, efetua o reconhecimento dos riscos da vida sedentária e maus hábitos alimentares
8. Conclusão: A imprevisibilidade da parada cardíaca desperta nos profissionais de saúde, principalmente na enfermagem, a busca da obtenção de conhecimento para boa conduta no cuidado com eficiência e eficácia na assistência prestada. É necessário no atendimento de RCP:
prontidão, raciocínio rápido, tomada de decisão assertiva e bom condicionamento físico da equipe de atendimento, apesar desses profissionais confrontarem-se com limites, sofrimento e morte9. Ao passo que a detecção do diagnóstico da PCR é fundamental para a compreensão
e avaliação de três parâmetros: responsividade, respiração e pulso e esta atenção estabelece imediata terapêutica destinada a manter os
órgãos vitais em funcionamento10.
Descritores: Parada cardiorrespiratória. Cuidado de enfermagem. Equipe de enfermagem.
PESQUISA ORIGINAL DE REVISÃO
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE COM CORAÇÃO UNIVENTRICULAR
Ac. Andressa Lima Cavalcante, Ac. Laíse Gabrielly Matias de Lima Santos
Ac. Deyse dos Santos Oliveira, Ac. Isabella Fernanda Rocha de Oliveira
Enf. Julia Pereira do Nascimento Neta, Prof. Ana Paula Rebelo Aquino Rodrigues (Orientadora)
Faculdade Integrada Tiradentes
Resumo:
Introdução: coração univentricular é uma anomalia congênita rara caracterizada por ausência de ventrículo direito ou esquerdo. Podem ocorrer duas circunstâncias hemodinâmicas significativas, as quais são sem restrição anatômica ao fluxo pulmonar e obstrução pulmonar. O diagnóstico é embasado em manifestações clínicas e exames complementares tais como o ecocardiograma transtorácico (ETT) ou transesofágico
(ETE), a ressonância magnética cardiovascular (RMC), a tomografia axial computadorizada (TAC). Os sinais e sintomas variam de acordo com
as anomalias cardíacas associadas. Conforme a localização cardíaca acometida, existem restrições quanto ao estilo de vida e possibilidade de
gravidez. O tratamento pode ser cirúrgico ou conservador, sendo selecionado de acordo com avaliação específica. A assistência de enfermagem é muito relevante para o acompanhamento do paciente e prestação de cuidados para que haja melhora do quadro clínico do paciente, e,
consequentemente, aumento da qualidade de vida e da sobrevida deste. Objetivo: expor a atuação do enfermeiro na prestação de cuidados
aos pacientes com coração univentricular. Metodologia: trata-se de uma pesquisa original de revisão de literatura envolvendo a análise de
artigos científicos e livros acerca da assistência de enfermagem ao paciente com coração univentricular, possui natureza qualitativa, descritiva, exploratória e bibliográfica, foi realizado durante o período de junho a setembro de 2014, pautado na base de dados Google Acadêmico
e em três livros do acervo da biblioteca na Faculdade Integrada Tiradentes. Na busca de artigos foram utilizadas as palavras-chave “coração
univentricular e enfermagem”, “coração com apenas um ventrículo” e “coração univentricular”, sendo incluídos aqueles que demonstraram
aproximação com o tema, no total foi selecionado um estudo. Resultados: percebeu-se que há poucos de estudos acerca do tema abordado,
não foi encontrada pesquisa que relate de maneira direta a assistência de enfermagem ao paciente com coração univentricular, expondo-se
que o tema deve ser mais explorado para contribuir com a atuação profissional especializada e qualificada do enfermeiro, assim, a investigação acerca dos cuidados de enfermagem nesta anormalidade foi feita através da junção entre informações de livros de enfermagem e o estudo selecionado. Conclusões: a enfermagem tem papel primordial nos cuidados ao paciente com coração univentricular, desde o diagnóstico,
através da observação de manifestações clínicas e interpretação de exames complementares, de acordo com a qualificação profissional, para
identificar as necessidades do paciente e elaborar um plano de cuidados adequado que aborde tanto o indivíduo como sua família, tratando
-os de forma integral, fornecendo orientações e aplicando intervenções quando é necessário.
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PESQUISA ORIGINAL DE REVISÃO
ASSISTÊNCIA MULTIDISCIPLINAR DOS PACIENTES COM CARDIOMIOPATIAS NA DISTROFIA MUSCULAR DE DUCHENNE
Mayanna Machado Freitas, Ac. Lorenna Emília Sena Lopes, Ac. Gabrielle Dantas Menezes, Maria Eliane de Andrade, Ac. Felipe
Torres de Oliveira, Prof. Daniela da Costa Maia (Orientadora).
Universidade Tiradentes, Universidade Federal de Sergipe.
Resumo:
A Distrofia Muscular de Duchenne é a mais comum e mais grave das distrofias musculares. Seus sinais e sintomas são severos com
evolução rápida, podendo o óbito ocorrer por volta da segunda ou terceira década de vidadevido aos comprometimentos cardiovasculares.A assistência multidisciplinar deve estar voltada para as complicações cardíacas, que apesar de assintomáticas na maioria das
vezes, são negligenciadas, sendo a principal causa de óbito nesses pacientes. Objetivou-se apresentar a importância da assistência
multidisciplinar nas cardiomiopatias dos pacientes com Distrofia Muscular de Duchenne.Este trabalho consistiu em uma revisão de
literatura, cuja estratégia de busca incluiu consulta à base de dados eletrônicas SciELO, PubMed, Science Direct e Bireme.Dados epidemiológicos apontam que 50% a 85% dos casos de Distrofia Muscular de Duchenne apresentam comprometimento cardíaco, tais
como contratilidade ventricular, fibrose miocárdica focal localizada principalmente na parede ventricular esquerda e, eventualmente, taquicardia associada. Estudos relacionados a este tema demonstram a escassez de dados científicos que apresentem a prática
da assistência multidisciplinar no tratamento dessa patologia. Esse determinante tem levado a não tomada de atitudes coerentes
por parte dos poderes públicos e privados, bem como da equipe multidisciplinar. Dessa forma faz-se necessário a criação de uma
linha de tratamento que amenize as consequências tardias, aumentando assim a sobrevida e qualidade de vida desses pacientes.
Palavras-chave: Distrofia Muscular de Duchenne. Doenças cardiovasculares. Cuidados para prolongar a vida.
PESQUISA ORIGINAL DE REVISÃO
FATORES PREDISPONENTES A INFECÇÃO DE FERIDA OPERATÓRIA EM CIRURGIA CARDÍACA: UMA REVISÃO DE LITERATURA
Ac. Imirá Machado Magalhães, Ac. Anderson Mascarenhas Nicácio, Ac. Juliana Andrade de Araújo, Dr. Arnaldo Mendes, Dr. José da
Silva Leitão Neto, Prof. Dr.José Wanderley Neto (Orientador)
1.
2.
3.
4.
Faculdade de Medicina – Universidade Federal de Alagoas
Faculdade de Medicina – Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas
Residente de Cirurgia Cardiovascular – Santa Casa de Misericórdia de Maceió
Chefe do serviço de Cirurgia Cardiovascular – Instituto de Doenças do Coração de Alagoas
Introdução:Infecção de ferida operatória é o processo de entrada, multiplicação e atividade metabólica de micro-organismos no sítio
cirúrgico com consequentes alterações funcionais do tecido acometido. A cirurgia cardíaca, apesar de ser considerada uma cirurgia
limpa, exige profilaxia antimicrobiana devido ao caráter da cirurgia, que envolve tempo prolongado e complexidade do processo
cirúrgico; uso de materiais protéticos; uso de circulação extracorpórea, que altera a fisiologia imunológica humoral; hipotermia sistêmica do paciente; e a degradação dos fatores de coagulação durante a cirurgia, favorecendo sangramentos e consequentemente
a infecção. Além desses, fatores individuais do paciente podem aumentar a chance de infecção, principalmente se na presença de
comorbidades e na debilidade do paciente cardiopata.Objetivos:Avaliar os fatores que podem predispor a infecção de sítio cirúrgico
em cirurgia cardíaca. Método: Revisão bibliográfica sistemática de 15 artigos científicos que atendiam ao tema, publicados nas bases de dados do Scielo ePubMed, de 2006 a 2014, utilizando como descritores: antibioticoprofilaxia, cirurgia torácica, Infecção da
Ferida Operatória, mediastinite e revascularização miocárdica.Resultado: A infecção pode acometer sítio de safenectomia e ferida
esternal, e os principais agentes são Staphylococcus aureus eestafilococos coagulase negativa.Em safenectomia pode acorrer celulite, deiscência de sutura, até fasceíte necrotizante (complicação rara, potencialmente letal, onde há necrose rápida e progressiva de
gordura subcutânea e fáscia superficial); já em ferida esternal, pode ser superficial ou profunda, de início precoce ou tardio, e envolve
abscesso subcutâneo, osteomielite, mediastinite(acometimento do tecido conjuntivo do mediastino e osteomielite do esterno). Os
fatores predisponentesenvolvem os relacionados ao procedimento, como técnica, cirurgia de emergência, uso de balão intra-aórtico,
politransfusões, aproximação inadequada das bordas da ferida, isquemia, uso de CEC, deixada de tecido necrótico e corpo estranho,
assepsia e tempo de cirurgia; e fatores relacionados ao paciente, como colonização da pele, tempo de internamento pré e pós-operatório, obesidade, tabagismo, diabetes, principalmente insulino-dependente, infecções pré-existentes, doença renal e AVC prévio.
Relacionados àsafenectomia, idade acima de 75 anos, sexo feminino, hiperlipidemia, doença aterosclerótica e vascular periférica
são fatores de risco; em relação à infecção esternal, idade maior que 70 anos, sexo masculino, problemas ventilatórios, uso de duas
artérias torácicas internas, sangramento pós-operatório, baixo débito cardíaco, reoperação e uso excessivo de cera de osso podem
predispor a infecções. Conclusão: O processo infeccioso aumenta o tempo de internação do paciente e complicações clínicas futuras.
Logo, o reconhecimento dos fatores predisponentes a infecção em cirurgia cardíaca se mostra importante para intervenção prévia.
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PESQUISA ORIGINAL – RELATO DE CASO
SÍNDROME DO DEDO AZUL ASSOCIADA À ANEURISMA DE AORTA TÓRACO-ABDOMINAL
Geyse Maria Lima da Piedade, Maria Claudia Freire Bezerra, Lívia Lays Januário Nascimento, Narelle Maria Cavalcanti Couto , Rafaella
Alves Barbosa , Gulherme Benjamin Brandão Pitta.
A síndrome do dedo azul é uma das manifestações mais comuns de isquemia tecidual. A Cianose dos pododáctilos, decorrente da oclusão
das artérias digitais, pode ter várias etiologias que variam de um trauma a doenças de tecido conjuntivo. Entretanto, a causa mais frequente
de síndrome do dedo azul é a doença ateroembólica, seguida em menor freqüência pelos aneurismas. Dentre os aneurismas arteriais, destacam-se os aneurismas de artéria aorta, com uma incidência estimada em 5,9 casos por 100.000 pessoas/ano. Desses, apenas 10% dos casos
descritos correspondem a aneurismas de aorta tóraco-abdominal. Sendo pouco freqüente essa localização aneurismática e rara a sua associação com a Síndrome do dedo azul. Justifica-se desse modo, a importância do presente relato de caso. Paciente do sexo masculino, 78 anos,
renal crônico em hemodiálise, hipertenso, diabético e cardiopata, apresentou a queixa de dor latejante, progressiva e que se intensificava
com o deambular no segundo pododáctilo esquerdo. Ao exame físico da admissão, apresentou mucosas conjuntivas hipocoradas (++/++++),
e presença de massa pulsátil em região epigástrica à palpação abdominal, bem como cianose, edema e alteração de temperatura no segundo
pododáctilo esquerdo. Nos membros superiores, todos os pulsos eram palpáveis, mas nos inferiores apresentavam-se filiformes com diminuição da perfusão capilar em extremidades. Os exames laboratoriais revelaram hemoglobina de 10,9 g/dl e hematócrito de 36%. As provas
bioquímicas demonstraram um HDL de 36 mg/dl e triglicerídeo de 159 mg/dl. Durante a pesquisa de sua fonte embólica, foram realizados
USG abdominal total, um USG com Doppler colorido dos membros inferiores e uma Angiotomografia computadorizada, que detectaram um
aneurisma de aorta tóraco-abdominal, com diâmetro de 5 cm (Classificação III de Crawford), além de um aneurisma menor em artéria ilíaca
esquerda, espessamento ateromatoso difuso nas artérias de MMII e estenose moderada e leve em artéria femoral comum e direita respectivamente. Foi instituído inicialmente o tratamento conservador e sintomático com o uso de medicamentos atiagregantes plaquetários, anticoagulantes e anti-hipertensivo, sendo posteriormente indicado a cirurgia endovascular, com a utilização de endoprótese para esse paciente.
Acadêmico(a) de Medicina da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas-UNCISAL.
Doutor em cirurgia vascular pela Unifesp e Professor Ajunto da Disciplina de Cirurgia Vascular da Universidade Estadual de Ciências da
Saúde de Alagoas-UNCISAL
PESQUISA ORIGINAL
RELATO DE EXPERIÊNCIA DO DIA NACIONAL DE PREVENÇÃO E COMBATE Á HIPERTENSÃO ARTERIAL, UMA PARCERIA ENTRE A SOCIEDADE
BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA E A LIGA ACADÊMICA DE CIRURGIA CARDIOVASCULAR, MACEIÓ, ALAGOAS: PREVENÇÃO E PROMOÇÃO EM
SAÚDE. ABRIL DE 2014
Ac. Irwins Emanuel Feitoza de Sousa;Ac. Matheus Nascimento do Espírito Santo; Ac.Amanda Ferino Teixeira;Arnaldo Mendes; Mayra
Holanda Veríssimo;José Wanderley Neto (Orientador)
1.Faculdade de Medicina – Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas
2. Faculdade de Medicina – Universidade Federal de Alagoas
3. Chefe do Serviço de Cirurgia Cardiovascular do Instituto de Doenças do Coração - Alagoas
Introdução: O Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial é comemorado no dia 26 de abril. A hipertensão arterial sistêmica
é um mal silencioso e por ser, na maioria das vezes,oligossintomática dificulta o diagnóstico em fase inicial. Segundo a Organização Mundial
da Saúde (OMS) a Hipertensão afeta aproximadamente 1 bilhão de pessoas em todo o mundo e contribui com 9,4 milhões de mortes por
doenças cardiovasculares a cada ano. Aumenta o risco de doenças como insuficiência renal, cegueira e é uma das causas mais constantes de
doenças cardíacas e acidentes vasculares encefálicos, todas essas patologias juntas formam a principal causa mundial de morte e invalidez.
Cerca de 25% da população brasileira, chegando a mais de 50% da terceira idade e a 5% das crianças e adolescentes sofrem com a doença.
Tomando esses dados como de extrema importância para a população, a Sociedade Brasileira de Cardiologia – Alagoas (SBC/AL), organizou
um evento de promoção em saúde na orla de Maceió em parceria com a Liga Acadêmica de Cirurgia Cardiovascular (LACV), com o intuito de
ressaltar medidas simples para reduzir o risco de hipertensão. Objetivo.Descrever a experiência como membro da LACV e estudante do curso
de Medicina em um evento organizado pela SBC/AL. Metodologia. A estrutura física montada foi constituída por tendas, faixas de identificação e foi colocada próximo ao circuito da 30ª Corrida Tiradentes para atrair a população na orla de Maceió – Alagoas. O tema do evento Dia
Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial. Era, então, realizado breve inquérito sobre os antecedentes patológicos e hábitos
de vida. Fez-se medição de glicemia, circunferência abdominal, peso e altura (calculando também o IMC). Após a coleta desses dados a pressão arterial era aferida, os resultados eram expostos aos indivíduos e estes foram orientados quanto aos cuidados que deveriam ser tomados.
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As orientações tinham a intenção de motivar mudanças benéficas nos hábitos de vida, principalmente alimentação e sedentarismo.
Também foi aberto um espaço para as dúvidas dos participantes, sendo estas respondidas sob a orientação de médicos e colaboradores da SBC e da LACV.Discussão.Este evento foi de grande importância para a população, pois possibilitou um acesso à informação
embasada cientificamente e a esclarecimentos de dúvidas sobre o assunto. Já os membros da LACV se beneficiaram do contato e da
relação médico-paciente, se distanciando um pouco do ambiente da sala de aula, utilizando os conceitos adquiridos nesta para beneficiar a população. Conclusão. Foi perceptível que apesar do fácil acesso a informações que hoje é possibilitado pela globalização,
grande parte da população atendida ainda apresenta conceitos deturpados e dúvidas simples sobre a saúde. A partir disso, se faz
necessário campanhas como essa, porém de repercussão nacional e relacionando patologias variadas, para que assim a educação em
saúde seja fortalecida cada vez mais.
PESQUISA ORIGINAL
A INTEGRAÇÃO ENTRE SERVIÇO-ENSINO-COMUNIDADE VIVENCIADA NO PET-SAÚDE DA FAMÍLIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Ac Anna Paula Ferreira Ferro,Ac Clarissa Maria Leite Assis
Ac Geyssyka Morganna Soares Guilermino,Ac Wanubia Santos Nascimento
Prof. Maria Lucélia da Hora Sales( Orientadora).
1 Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas
2 Docente estruturante do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas.
INTRODUÇÃO: O Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde - PET-Saúde regulamentado pela Portaria Interministerial nº 421,
de 03 de março de 2010, visa fomentar grupos de aprendizagem tutorial na Estratégia Saúde da Família, orientados pelo princípio
da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, preconizado pelo Ministério da Educação¹. Uma vez que, as modalidades de
ensino-pesquisa-extensão tornaram-se uma grande representação da formação acadêmica, sendo consideradas de extrema importância para o aprendizado dos estudantes por serem capazes de abranger uma questão mais ampla do que a sala de aula²,³. Com a
proposta de contribuir para a formação de profissionais de saúde com perfil adequado às necessidades e às políticas de saúde do país
permite facilitar durante a graduação o processo de integração entre serviço-ensino-comunidade na área da Atenção Básica¹. Onde
essa integração apresenta-se como uma efetiva estratégia para interação teoria e prática e proporciona identificar as diferentes necessidades de saúde da população ao ampliar o foco da formação profissional para um paradigma de ensino-aprendizagem crítico e
reflexivo, que possibilita ao monitor compreender a realidade do sistema de saúde onde está inserida sua futura prática profissional,
explorar as diversas formas do cuidar, correlacionar os determinantes e os condicionantes do processo saúde-doença da comunidade
para elaborar críticas e buscar soluções adequadas para os problemas de saúde encontrados4. Construindo assim, um conhecimento
que articula teorias vistas em sala de aula com as experiências obtidas na comunidade e com os profissionais de saúde. Objetivou-se
retratar a experiência vivenciada pelas estudantes no campo de atuação da Atenção Básica, com ênfase na integração entre o ensino-serviço-comunidade. Onde a relevância deste relato está no conhecimento e experiências adquiridas pelas integrantes do grupo,
na área da Saúde da Família, da pesquisa, e das interações profissionais. Tais experiências foram alcançadas devido à inserção das
monitoras no projeto Pet-Saúde da Família que possibilita a realização de atividades assistenciais, de ensino e de pesquisa na Unidade
de Saúde e na comunidade, dentre elas, consultas de enfermagem, educação em saúde, visitas domiciliares, educação continuada,
elaboração de projetos de pesquisa e intervenção, e vários outros mecanismos de atuação no processo saúde-doença que tem por
finalidade alcançar a promoção da saúde, prevenção de doenças, reabilitação e atendimento integral, humanizado e acolhedor a
população adscrita a Unidade Básica de Saúde- UBS5. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência de caráter descritivo.
O período do estudo foi de maio de 2011 a março de 2012 na Unidade Básica de Saúde João Moreira da Silva localizada no Bairro
do Jacintinho – Maceió/AL, sabendo que a prática proporcionada pelo PET-Saúde continua em andamento. As visitas à unidade de
saúde acontecem uma vez por semana com carga horária de quatro horas. A equipe que relata a experiência foi composta por quatro
estudantes do 3° ano do curso de graduação em Enfermagem da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas, localizada
em Maceió/AL. Onde as mesmas são monitoras do PET-Saúde da Família, tendo como orientadora a coordenadora da área de enfermagem do projeto. RESULTADOS E DISCUSSÃO: As atividades do Pet-Saúde da Família são divididas em assistenciais e de pesquisa, a
primeira é realizada semanalmente na Unidade Básica de Saúde sob a supervisão da preceptora, enfermeira da UBS; e as atividades
de pesquisa são supervisionadas pela tutora do projeto, professora da Universidade, e realizadas tanto na UBS quanto por meio de
reuniões em grupo. Acompanhadas pelas enfermeiras e agentes comunitários de saúde, o primeiro contato entre as monitoras e a
comunidade se deu pelas visitas ao território, o que possibilitou uma visão das monitoras a respeito da situação ambiental, econômica, social e de infraestrutura da comunidade; que em consonância aos dados do Sistema de Informação de Atenção Básica (SIAB)
permitiu a elaboração de um diagnóstico situacional, onde o mesmo reflete a realidade da comunidade, servindo assim de subsídio
para a elaboração do projeto de pesquisa e de intervenção realizados pelas acadêmicas com o objetivo de trazer benefícios científicos voltados para realidade da comunidade estudada. Posteriormente, foram iniciadas as atividades assistenciais dentro da UBS,
dentre elas, ações de educação em saúde; atendimentos ginecológicos; visitas domiciliares; assistência à saúde do recém-nascido,
da gestante, da criança; e entre outras atividades que serviram para aproximação dos acadêmicos com a realidade dos serviços de
saúde e da própria comunidade. Essas práticas foram facilitadas pelo companheirismo adquirido entre as monitoras e as preceptoras,
onde as mesmas foram prestativas e conscientes quanto aos limites das acadêmicas; formando assim uma parceria que promoveu o
intercâmbio de experiências, como também, auxiliou no exercício do trabalho em equipe. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A complexidade
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relacionada à integração entre ensino-serviço-comunidade foi melhor apreendida com a participação no Pet-Saúde da Família pela inserção
de instituições de ensino nas Unidades de Saúde. Proporcionando assim, várias oportunidades de interação entre estudantes, profissionais
de ensino, profissionais da saúde e população. Sendo importante enfatizar a colaboração para uma formação profissional de maior qualidade
na linha da integralidade da atenção e do cuidado, como também, no reconhecimento da autonomia dos usuários e na busca de soluções
para os problemas identificados. As experiências de educação foram fortalecidas pela articulação objetiva e construtiva entre a universidade
e a unidade saúde, atentando assim, sobre a necessidade de aproveitar as oportunidades vivenciadas e observadas nos serviços para refletir
sobre a prática do cuidado vinculado a realidade assistencial do Sistema Único de Saúde.
REFERÊNCIAS: 1. Brasil. Secretaria de Políticas de Previdência Social. Portaria Interministerial nº 1.802, de 26 de agosto de 2008. Institui o
Programa de Educação pelo Trabalhador para a Saúde – PET-Saúde. Diário Oficial da União. Brasília, 27 de ago. 2008; Seção 1, p. 27. 2. Nascimento MS, Santos FPA, Rodrigues VP, Nery VAS. Oficinas pedagógicas: construindo estratégias para a ação docente- relato de experiência.
Rev Saúde.Com. 2007; 3(1): 85-95. 3. Martins LM. Ensino-pesquisa-extensão como fundamento metodológico da construção do conhecimento na universidade. Acesso em 06 de mar de 2012. Disponível em: http://www.franca.unesp.br/oep/Eixo%202%20-%20Tema%203.pdf. 4.
Garcia MAA. Saber, agir e educar: o ensino-aprendizagem em serviços de saúde. Interface Comun Saúde Educ. 2001; 5(8): 89-100. 5. CHIESA
AM, Ferraro AA, Oliver FC, Oliveira MAC, Araujo ME, Vieira SE, et al. Acesso em 11 de mar de 2012.Disponível em: <http://www.fnepas.org.
br/artigos_caderno/programa_educacao_pelo_trabalho_para_saude.pdf. DESCRITORES: Pet-Saúde; Integração serviço-ensino-comunidade;
Atenção básica.
PESQUISA ORIGINAL
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM À PACIENTE PORTADOR DE COREIA DE HUNTIGTON: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Ac. HavanyThayany Pereira Ramalho,Ac. Leiliandy de Araújo Melo, Ac. Leylane de Araújo Melo, Ac. Marinho da Silva Correia, Ac. Morgana Valesca de Melo Bezerra, Prof. Fabiana Ferreira Cunha (Orientadora).
Instituições: 1- Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas, 2- Curso Técnico de Enfermagem Nova Dimensão.
Resumo:
Introdução: Este trabalho discorrerá sobre a fisiopatologia das alterações encontradas num determinado paciente durante uma consulta
de rotina.A doença de Huntington (DH) é uma patologia neurodegenerativa, autossômica dominante. Foi descrita inicialmente no século 19
por George Huntington, que identificou as características clínicas da doença e o padrão de transmissão familiar, identificando uma expansão
instável do tripleto CAG (citosina-adenina-guanina), na região codificante (exão1) do gene HD, que codifica a proteína huntingtina. A doença
progride ao longo do tempo e torna-se fatal 15 a 20 anos após o aparecimento dos primeiros sintomas. A média de idade no início da doença é de 40 anos.1 Os dois sexos são afetados em igual proporção.O diagnóstico pode ser realizado baseado na presença das manifestações
clínicas de disfunção motora progressiva, envolvendo movimentos voluntários e involuntários, acompanhados de distúrbios mentais como
déficit cognitivo, distúrbios afetivos e alterações de personalidade em pacientes que apresentam uma história familiar positiva. A confirmação do diagnóstico é feito utilizando a técnica de Reação em cadeia da Polimerase (PCR), que permite a contagem do número de expansões
CAG presentes na porção 5’do gene IT15 no braço curto do cromossomo 4.2Objetivos:Realizar um relato de experiência sobre a situação
patológica do paciente.Metodologia: Estudo descritivo-exploratório, realizado no Hospital Geral do Estado- HGE, Maceió- AL, em 2014. As
fontes de pesquisa utilizada foram livros, prontuário e dados coletados com o acompanhante. Resultados: A terapia farmacológica, com drogas bloqueadoras dos receptores dopaminérgicos, como as fenotiazinas ou o haloperidol, pode controlar a discinesia e alguns dos distúrbios
comportamentais.2 A magnitude do quadro clínico determina notável redução da qualidade de vida dos doentes podendo também, abalar a
estrutura familiar do paciente. A complexidade dos distúrbios apresentados na DH exige o emprego de abordagens terapêuticas abrangentes,
sendo recomendado, além dos cuidados médicos, a utilização de terapias incluindo integração sensorial, ocupacional e física para o paciente
e seus familiares.1Conclusão: O presente estudo ratificou a importância da assistência prestada para identificação de alguns riscos para o
paciente. Possibilitou o conhecimento de patologias pouco comuns, como Coreia de Huntington. Permitiu, com isso, formular intervenções
que pudessem ajuda-lo, ratificando o papel do enfermeiro enquanto gerenciador do cuidado. Referências: 1- REGO, Ana Cristina. Doença de
Huntington: Uma Revisão dos Aspectos Fisiopatológicos. 2010. Revisão - Centro de Neurociências e Biologia Celular, Universidade de Coimbra,
Portugal, 2011. 2- ANTONELLO, Jerônimo. Doença de Huntington. 2000. Artigo - Departamento de ciências Morfológicas, Fundação Faculdade
Federal de Ciências Médicas de Porto Alegre, Porto Alegre, 2000.
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PESQUISA ORIGINAL
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM ÀMULHER PORTADORA DE HIPERÊMESE GRAVÍDICA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Ac. HavanyThayany Pereira Ramalho,Ac. Leiliandy de Araújo Melo, Ac. Leylane de Araújo Melo, Ac. Marinho da Silva Correia, Ac.
Morgana Valesca de Melo Bezerra, Prof. Fabiana Ferreira Cunha (Orientadora).
Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas, 2- Curso Técnico de Enfermagem Nova Dimensão.
Relato de Experiência
Resumo:
Introdução: Trata-se de um trabalho realizado através de uma consulta a gestante numa maternidade de alto risco, devido a uma
intercorrência.A paciente apresenta um quadro de Hiperêmese gravídica, que é uma complicação da gravidez onde as náuseas e
vômitos ultrapassam o primeiro trimestre, tornando-se constantes e intensos, ocasionando desidratação, desnutrição e até mesmo distúrbios neurológicos quando agravada.1Objetivos:Realizar um relato de experiência sobre a situação patológica da paciente.
Metodologia: Estudo descritivo-exploratório, do tipo relato de experiência, realizado na Maternidade Escola Santa Mônica- MESM,
Maceió-AL, em 2014.As fontes de pesquisa utilizadasforam livros, artigos, prontuário da paciente e dados coletados com seu acompanhante. Resultados:No primeiro trimestre da gravidez 50% das mulheres apresentam náuseas e vômitos, que desaparecem no fim
deste. Em poucos casos há complicações como “vômitos intratáveis e distúrbio nutricional” evoluindo para: “alterações no balanço
hídrico, perda de peso de 5% ou mais, cetose e cetonuria, distúrbios neurológicos (encefalopatia de Wernicke), lesão hepática, lesão
renal, hemorragia retiniana”, que é denominada hiperêmese gravídica. A mulher acometida deve ser hospitalizada para reestabelecer
seu estado nutricional e o equilíbrio hidroeletrolítico.2 É importante fornecer um tratamento multidisciplinar e humanizado, proporcionando apoio psicológico, aconchegando-a em um ambiente tranquilo, onde possa se sentir amparada e segura. A hidratação
deve ser reestabelecida imediatamente, pois há uma perda grande de líquido nos episódios de vômitos. Esta é realizada através de
soro glicofisiológico, que hidrata e repõe calorias, podendo ser adicionada vitaminas do complexo B, a fim de suprir a deficiência estabelecida pelo quadro clinico.2 Para a estabilização do controle hidroeletrolítico, é necessário que se faça uma reposição de sódio e
de potássio, até que o mesmo se normalize.Administrar medicamentos como sedativos, antieméticos e antihistamínicos, conforme
manda prescrição médica é de suma importância para estabilização do quadro da paciente.1Conclusão: O presente estudo ratificou
a importância da assistência prestada durante uma intercorrência no pré-natal para identificação precoce de alterações. Possibilitou
o conhecimento de alterações pouco comuns na gestação, como Hiperêmese Gravídica e permitiu, com isso, formular intervenções
que pudessem ajuda-la, ratificando o papel do enfermeiro enquanto gerenciador do cuidado.Referências: 1- Ministério da Saúde [homepage de internet]. Caderno da Atenção Básica- Pré-Natal de baixo risco. [Acesso em 17 de julho de 2013]. Disponível em: http://
portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/arquivos/caderno_atencao_pre_natal_baixo_risco.pdf. 2- REZENDE, J. Obstetrícia. 9ª ed. Rio
de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002.
PESQUISA ORIGINAL
ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DOS TRANSTORNOS HIPERTENSIVOS NA GESTAÇÃO: INDICADOR DA ASSISTÊNCIA À SAÚDE
Ac. Edlla Cabral da Silva, Ac. João Victor Farias da Silva, Ac. Layne Farias da Silva Cavalcante, Prof.ª Ironaide Ribas Pessoa
(Orientador).
INSTIUIÇÃO: 1- Faculdade Integrada Tiradentes, 2 – Centro de Estudos Superiores de Maceió.
Introdução: A mortalidade materna é considerada um indicador do desenvolvimento e da qualidade assistencial à saúde de uma nação, principalmente por se envolver óbitos que podem em sua maioria ser evitados. Mundialmente, são mais de meio milhão de mortes maternas associadas às complicações no parto, puerpério e no aborto. No Brasil, a patologia que mais acomete é a hipertensão
arterial gestacional. Esta surge a partir da 20ª semana gestacional, no entanto, o desenvolvimento patológico ainda não é conhecido,
mas podem ser observados edema e elevação da pressão arterial, por exemplo. Objetivos: Analisar os dados epidemiológicos das internações hospitalares no período da gravidez, parto e puerpério na cidade de Maceió – AL durante o período de 2010 a 2013 relacionando com a necessidade de intervenção na prevenção das complicações hipertensivas durante o período gestacional. Metodologia:
Pesquisa original de revisão epidemiológica, descritiva e quantitativa, com utilização de dados do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS) e de publicações no Scielo, na BVS e do Ministério da Saúde. Resultados: No ano de 2010, foram registradas no
SIH/SUS 993 internações hospitalares devido a Edema, proteinúria e transtorno hipertensivo na gravidez, parto e puerpério na cidade
de Maceió - AL. Já nos anos de 2011,2012 e 2013, foram registrados respectivamente: 1.121, 1.174, e 1.953 internações. Sabe-se que
investigar a participação das complicações hipertensivas no período gestacional, por se tratar da principal causa de morte neste período, permite que seja analisada a situação assistencial nas diversas regiões do país. Em diversos estudos, evidencia-se que a adequada
atuação e cobertura assistencial são capazes de reduzir consideravelmente o número de internações e de óbitos por transtornos hipertensivos na gestação. Conclusão: Mesmo não possuindo quadro etiológico conhecido, sabe-se da existência de diversos fatores de
risco no desenvolvimento das patologias hipertensivas gestacionais. Por isso, associando a capacidade de ser prevenida e de possuir
recursos humano e físico para a cobertura adequada às gestantes de baixo e alto risco, faz-se necessário investigar como as diversas
patologias participam das maternidades e do cenário atual da saúde pública, influenciando negativamente nos indicadores de saúde.
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PESQUISA ORIGINAL DE REVISÃO
REVASCULARIZAÇÃO DO MIOCÁRDIO SEM A UTILIZAÇÃO DA CIRCULAÇÃO EXTRACORPÓREA
Ac. Igor Guthyerri Vieira Valencio, Ac. José Correia de Lima Neto, Ac. Wilson Rolim Neto, Ac. Samuel Lucas Brasil da Silva, Ac. Ítalo Barbosa Alves da Silva, Prof. Pedro Pereira Tenório (Orientador).
Associação Caruaruense de Ensino Superior e Técnico.
Introdução: Nas últimas décadas observam-se a grande propagação de trabalhos que objetivam demonstrar os benefícios para utilização da
revascularização do miocárdio (RM) sem acirculação extracorpórea (CEC). Tendo em vista resultados similares no que diz respeito à qualidade
de vida pós-operatório,estes trabalhos vêm aperfeiçoando e apresentando técnicas que melhorem a qualidade de vida e diminuam a taxa de
óbito a partir dos fatores pré-operatórios, intra-operatórios e pós-operatórios. Estas notáveis contribuições levaram a RM sem CEC, a qual o
Brasil foi pioneiro na utilização. Onde a cada dia surgem novos procedimentos e tecnologias inovadoras para otimização da RM, ao mesmo
passo que há intensa modernização em grandes centros de referência de tratamento cardíacos.Objetivo: Analisar a utilização da RM sem a
CEC através da literatura pesquisada, visando à criação de hipótese que argumente a substituição da RM com CEC pela sem CEC. Metodologia:O métodoutilizado é o qualitativo-dedutivo, com formulação de hipóteses e discussão dasmesmas. O estudo basear-se-á em análises de
artigos durante o período de 2010 a 2014 em bases de dados: PubMed, ScienceDirect, Scielo, AcademicOneFile.Discussão: A partir da análise
dos dados encontrados na literatura é demonstrado que a RM sem CEC em comparação com a RM com CEC é minimamente agressiva, invasiva, apresenta diminuição no tempo de internação, é economicamente vantajosa, diminuisignificativamenteaa mortalidade intra-hospitalar,
bons resultados em pacientes idosos, diminuição no sangramento pós-operatório, consequentemente diminuição na necessidade de transfusão de concentrados de hemácias, diminuição da microembolia e do infarto perioperatório, reduz a mortalidade principalmente em pacientes
de alto risco, reduz a fibrilação arterial e o choque hemorrágico, diminui as taxas de complicações, apresenta maior preservação da função
pulmonar. Porém, é indicadoque seja feita uma análise de cada caso, para a escolha correta do procedimento a ser usado.Conclusão: Com
base nos resultados obtidos conclui-se que a revascularização do miocárdio sem a circulação extracorpórea é uma técnica que trás a ótimos
resultados e baixa mortalidade, diminuindo quantidades significantes de processos agressivos e complicações intra-operatória e pós-operatória, tudo isto com qualidade de vida e longevidade após o procedimento cirúrgico, sendo essa, um método eficaz suficientemente para
substituir o método convencional na maioria dos casos.
PESQUISA ORIGINAL DE REVISÃO
CIRURGIA CARDÍACA COM CIRCULAÇÃO EXTRACORPÓREA EM MULHERES GRÁVIDAS – REVISÃO DE LITERATURA
Ac. Anderson Mascarenhas Nicácio, Ac. Imirá Machado Magalhães, Ac. João Victor Macedo Silva,Dr. José Kleberth Tenório Filho, Dr. Alfredo Aurélio Marinho Rosa, Prof. José Wanderley Neto(Orientador).
1.
2.
3.
4.
Acadêmico da Faculdade de Medicina – Universidade Federal de Alagoas
Residente de Cirurgia Cardiovascular – Santa Casa de Misericórdia de Maceió
Cirurgião Cardiovascular – Instituto de Doenças do Coração de Alagoas
Chefe do serviço de Cirurgia Cardiovascular – Instituto de Doenças do Coração de Alagoas
Introdução: Na década de 50 surgiram os primeiros relatos de cirurgias cardíacas realizada em gestantes, neste período as cirurgias cardíacas
ainda eram realizadas sem circulação extracorpórea (CEC). Com a utilização da CEC nas cirurgias cardíacas, observou-se quea mortalidade
fetal nas cirurgias cardíacas em gestantes ocorria devido ao óbito fetal intraoperatório (hipóxia) e pela ocorrência do trabalho de parto prematuro. Quando a gestante não responde de forma satisfatória ao tratamento clínico/medicamentoso,a cirurgia cardíaca favorece o prognóstico materno, entretanto a sua realização oferece risco de malformação neurológica em decorrência da hipóxia intra uterina ou até mesmo
o óbito fetal.Objetivo: Avaliar o resultado de cirurgia cardíaca com circulação extracorpórea durante a gestação tendo por base evidências
científicas recentes.Metodologia: Estudo de revisão de 15 artigos obtidos nas bases de dados online, MEDLINE, SCIELO e LILACS, publicados
entre os anos de 2007 a 2014, que atendiam ao tema. Resultados: A cardiopatia mais comum em gestantes é doença reumática mitral. As
indicações da cirurgia cardíaca durante a gestação não diferem daquelas de pacientes não gestantes. Em gestantes que apresentam trombose
da prótese valvar cardíaca, grande tumor cardíaco, endocardite infecciosa aguda com valvulopatia, progressão da insuficiência cardíaca, entre
outros, o tratamento cirúrgico é o único método eficaz para salvar a vida da mãe e do feto. A cirurgia cardíaca em gestante permitiu sobrevida
materna na absoluta maioria dos casos e também nascimento de crianças saudáveis das pacientes que apresentaram complicações cardíacas
refratárias à terapêutica clínica. O pior prognóstico materno teve correlação com a cirurgia em caráter de emergência. A cirurgia cardíaca
valvar em mulheres grávidas pode ter bons resultados, desde que o cuidado na circulação extracorpórea e de monitorização do feto sejam
realizadas, pois se conhece as repercussões fetais da utilização da CEC.Embora a mortalidade materna seja baixa, além da CEC existem outros
fatores de risco para mortalidade fetal como: anestesia geral e toracotomia.Conclusão:O inicio da cirurgia cardíaca em gestantes aumentou
a sobrevida das mesmas assim como diminuiu o sofrimento fetal provocado pelas cardiopatias que não tinham melhora com o tratamento
clínico otimizado. Pela sua importância, ainda se faz necessário maior número de diagnóstico e maior acesso dessa população aos centros de
referência cirúrgicos.
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PESQUISA ORIGINAL DE REVISÃO
ALTERAÇÕES DESENCADEADAS NO LEITO DO ENXERTO VENOSO UTILIZADO COMO PONTE NA CIRURGIA DE REVASCULARIZAÇÃO
MIOCÁRDICA–DE QUE FORMA OMODO DE PREPARO INTERFERE NO SUCESSO CIRÚRGICO?
Ac. Bruna Gomes de Castro, Dr. Domingos Souza, Dr. Francisco Siosney, Ac. Patrícia Carvalho Medrado, Ac. Amanda Ferino Teixeira4, Dr. José Wanderley Neto(Orientador)
1.
2.
3.
4.
5.
Acadêmica da Faculdade de Medicina – Universidade Federal de Alagoas
Cirurgião Cardiovascular no ÖrebroUniversity Hospital - Suécia
Cirurgião Cardiovascular no Instituto de Doenças do Coração - Alagoas
Acadêmica de Medicina da UNCISAL
Chefe do serviço de Cirurgia Cardiovascular do Instituto de Doenças do Coração – Alagoas
Introdução:A veia safena (VS), enxerto venoso mais utilizado na cirurgia de revascularização miocárdica (CRM), foi introduzida nesse
meio ao fim da década de 60, por Favaloro. Em 1968 publicações como as da Cleveland Clinic mostraram superioridade da Artéria Torácica Interna Esquerda (ATIE) como enxerto na CRM, quando comparada à VS. Entretanto, a veia segue sendo amplamente utilizada,
e estudos recentes têm demonstrado que a técnica utilizada e o cuidado dedicado ao preparo da veia interferem diretamente nas alterações ocorridas em seu leito, e consequentemente, no sucesso cirúrgico.Objetivo: Revisar literatura de produção científica à cerca
das alteraçõesdesencadeadas no leito do enxerto venoso utilizado como ponte na CRM, buscando analisar de que maneira o modo de
preparo da veia pode interferir no sucesso cirúrgico.Métodos: Realizar levantamento e revisão da literatura dos últimos 10 anos (2003
- 2013) de produção científica na biblioteca eletrônica Scielo, nas bases de dados Medline e Lilacs, e em revistas científicas especializadas a respeito das técnicas utilizadas no preparo do enxerto venoso utilizado como ponte na CRM, e das alteraçõesdesencadeadas
em seu leito. Descritores utilizados: veia safena, CRM, endotélio vascular, vasa vasorum e hiperplasia intimal. Foram selecionadas 37
publicações. Resultados: A literatura revisada evidencia que determinados cuidados no preparo da veia, como a mínima manipulação,
a manutenção de um pedículo adiposo ao redor da veia e a sua não dilatação ou distensão longitudinal, propiciam diversos benefícios
funcionais ao enxerto, como redução na degradação da matriz extracelular e das células da íntima, redução na proliferação da adventícia, aumentoda perviabilidade em curto e longo prazo; a manutenção de fatores hormonais, como eNOS, o qual é útil à patência
do enxerto, devido ao seu poder vasodilatador e de bloqueador da agregação plaquetária, possibilitando proteção contra espasmo
e contra formação de trombos.Além disso, há também demonstração de benefícios advindos da manutenção do tecido adiposo perivascular, através de sua função hormonal, com a liberação de substâncias vasodilatadoras, que agem em ação sinérgica ao óxido
nítrico; e da manutenção do vasavasorum, o qual auxiliará na prevenção à hiperplasia intimal desse enxerto, pela nãomigração de
células mioendoteliais à íntima, e na prevenção de neovascularização.Conclusão: O aprimoramento no preparo dos enxertos venosos
para CRM possibilita maior qualidade do leito desse enxerto, através de uma maior integridade estrutural e funcional do mesmo, com
menos dano endotelial, aumento da disponibilidade de óxido nítrico e de outros fatores hormonais, além de maior manutenção de
vasa vasorum; fatores que, somados,contribuem para o sucesso cirúrgico.
PESQUISA ORIGINAL DE REVISÃO
PRASUGREL VERSUS TICAGRELOR: AÇÃO E EFEITOS
Ac. Paulo Victor Vicentin Mata, Ac. Anderson Mascarenhas Nicácio, Ac. Rodrigo Barcellos de Almeida Igansi, Osmar Kleddson
Pinheiro Canuto Rocha, Ac. Monique de França Dantas, Prof. João Klínio Cavalcante (Orientador).
1-Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Alagoas
Introdução: Nos últimos anos têm surgido novos testes com agentes antiplaquetários, avaliando as ações e efeitos nas diferentes
etapas de formação do trombo – inibição da adesão e agregação, liberação de substâncias vasoativas – objetivando a escolha de um
fármaco adequado para tratar os eventos trombóticos. Dois deles estão sendo utilizados mais recentemente e ainda estão em fase
de comparação: Prasugrel e Ticagrelor. Ambos são inibidores do receptor P2Y12 da superfície das plaquetas. Objetivo:Comparar a
ação e efeitos do Prasugrel versus Ticagrelor. Metodologia: Foi realizada uma metanálise a partir de 49 artigos publicados nos últimos
5 anos e pesquisados em bases bibliográficas: MEDLINE, LILACS, NCBI, ELSEVIER, SCIELO, KARGER, CENTRAL, DARE, JOUNAL OF THE
AMERICAN COLLEGE OF CARDIOLOGY, AMERICAN HEART ASSOCIATION, AMERICAN DIABETES ASSOCIATION e BRITISH JOURNAL OF
PHARMACOLOGY. Resultados: Os aspectos analisados na comparação entre os dois fármacos foram: 1- Prevenção de trombose do
Stent implantado: o Prasugrel apresentou enorme superioridade ao Ticagrelor. Na mesma linha de raciocínio, Prasugrel diminuiu o
risco de trombose mais do que o Ticagrelor 2- Quanto à prevenção de eventos isquêmicos: o Prasugrel causa menos eventos isquêmicos recorrentes 3- Análise de eficácia na velocidade de ação: o Prasugrel tem ação mais rápida e maior meia-vida 4- Avaliação da
eficácia na redução da reação plaquetária: a maioria relata que o Ticagrelor apresenta maior inibição plaquetária 5- Efeito das drogas
em pacientes diabéticos: primeira linha de escolha é o uso do Prasugrel, visto que os pacientes apresentavam menos efeitos isquêmicos 6- Redução da morbimortalidade: a maioria refere que Prasugrel e Ticagrelor possuem o mesmo efeito redutor na morbimor-
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talidade; porém alguns informaram que o Ticagrelor possui maior redução na morbimortalidade, por prevenir mais a ocorrência de infartos
agudo do miocárdio e também ter menor sangramento nas revascularizações de miocárdio. Conclusões:Drogas antiagregantes são testadas
todos os dias. Prasugrel e Ticagrelor são um dos mais recentes atualmente utilizados nos serviços de hemodinâmica. Vista com uma perspectiva comparativa e esclarecedora, essa revisão permitiu mostrar os efeitos de cada um em determinadas situações e qual droga escolher.
Identificou-se que o Prasugrel é a terapia de escolha para prevenir trombose de Stent implantado e riscos de outras tromboses; tem menor
risco de eventos isquêmicos recorrentes e possui ação e meia-vida maior que o Ticagrelor. Para a redução da reação plaquetária, o Ticagrelor
foi superior que o Prasugrel na maioria dos estudos. Em pacientes diabéticos a melhor escolha é o Prasugrel. Referente à redução da morbimortalidade, conclui-se que as drogas são equivalentes, mas para algumas referências o Ticagrelor é superior ao Prasugrel. O desafio agora é
realizar novas pesquisas que comprovem essas informações e que novos dados sejam publicados.
PESQUISA ORIGINAL DE REVISÃO
O USO DE MECANISMOS EPIDEMIOLÓGICOS NA REDUÇÃO DO NÚMERO DE CASOS DEHIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA E DE INFARTO
AGUDO DO MIOCÁRDIO
Ac. Edlla Cabral da Silva, Ac. Andressa Lima Cavalcante, Ac. Laíse Gabrielly Matias de Lima Santos, Ac. João Victor Farias da Silva, Ac.
Layne Farias da Silva Cavalcante, Prof.ª Ana Paula Rebelo de Aquino Rodrigues (Orientador)
INSTIUIÇÃO: Faculdade Integrada Tiradentes, 2 –Centro de Estudos Superiores de Maceió
Introdução: As Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) são estudadas desde 1923 na América do Norte e, há muito tempo, tem destaque no cenário mundial. A população brasileira está envelhecendo mais e, por isso, os números de portadores de DCNT tendem a subir caso
não sofram intervenção. A HAS faz parte deste grupo de doenças com alta prevalência e baixas taxas de controle, representando um desafio
de saúde pública, principalmente quando surgem problemas secundários, como o IAM. Nos hipertensos, o Infarto Agudo do Miocárdio é uma
grave complicação que pode ser prevenida. Este é causado pela falta de oxigenação prolongada nas células cardíacas devido a uma trombose
e/ou vasoespasmo sobre a formação de ateroma. Uma pesquisa revela que aproximadamente 25% dos infartos em hipertensos poderiam
ser evitados com uma adequada terapêutica. Objetivos: Investigar a epidemiologia de DCNT na cidade de Maceió/AL entre 2010 a 2013
correlacionando com medidas de prevenção primária e secundária no contexto, principalmente, das DCNT. Metodologia: Pesquisa original
de revisão epidemiológico, descritivo e quantitativo, com utilização de dados do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS) e
de publicações no Scielo, na BVS e do Ministério da Saúde. Resultados: De acordo com dados do SIH/SUS referentes à morbidade, nos anos
de 2010, 2011, 2012 e 2013 foram registrados os respectivos valores referentes à quantidade de internações por IAM em Alagoas: 351, 438,
577, e 658. Destes, a maior parte corresponde à cidade de Maceió: 60,4% em 2010, 65,75% em 2011, 69,30% em 2012, e 69,45% em 2013.
Sobre a faixa etária, a maior parte corresponde àqueles de 60 a 69 anos nos anos de 2010 e 2013, enquanto que nos anos de 2011 e 2012 foi
na faixa etária de 50 a 59 anos. É importante relatar que houve aumento nos casos entre aqueles de 30 a 39 anos e de 40 a 49 anos. Outro
fator relevante é que os gastos para estas ocorrências são elevados e só aumentam devido ao aumento no número de casos.Correspondendo
a um total de 385 óbitos em apenas 04 anos por IAM que conseguiram receber tratamento hospitalar em Alagoas. Conclusões: É necessário
investigar a participação do IAM no cenário da saúde pública, principalmente por poder ser prevenida. Os dados mostram o aumento do
numero dos idosos, juntamente com o crescimento das DCNT e consequentemente os IAM. É importante a investigação das diversas doenças
presentes nessa população para que sejam planejadas medidas de redução, principalmente, no que concernem as patologias que podem
sofrer prevenção primária, no que diz respeito a mudanças nos hábitos de vida (tabagismo, estresse, etilismo, uso de drogas ilícitas) evitando
o período patogênese e que evolua para incapacidades com sequelas, ou óbitos.
PESQUISA ORIGINAL DE REVISÃO
Título: ASPECTOS GERAIS DA CARDIOPATIA CONGÊNITA DAS PONTES MIOCÁRDICAS.
Autores: Ac. Victor Fellipe Bispo Macêdo, Dr. Carlos Adriano Silva dos Santos (Orientador), Ac. Milena Ramos do Espírito Santo, Ac. Aline
Monte Sá, Ac. Dandara Lins Barros, Ac. Leonardo Coelho de Mendonça Silva
Instituições: Universidade de Ciências da Saúde de Alagoas (UNCISAL)
Introdução: Inicialmente descrita em 1737 por Reyman, a ponte miocárdica (PM) é um anomalia congênita presente em uma parcela significativa da população, sendo caracterizada pelo percurso intramural do segmento de algum ramo do plexo coronário. Objetivos e Métodos:
Trata-se de uma revisão bibliográfica para o melhor entendimento acerca da PM, reunindo informações de sua epidemiologia, causas, mecanismos de ação, características, consequências, diagnóstico e tratamento, a partir da coleta informações relevantes sobre o dado tema
em publicações científicas e literaturas sobre o assunto nas plataformas Scielo, Pubmed, Bireme entre os meses de Julho e Agosto de 2014.
Resultados: Apesar de ser um defeito anatômico presente desde o nascimento, os problemas decorrentes dele geralmente surgem a partir
da terceira década de vida. Os indivíduos que têm essa variação podem apresentar doenças coronarianas, angina, isquemia do músculo cardíaco, infarto do miocárdio e morte súbita, de forma que a ocorrência desses sintomas e a intensidade deles dependem exclusivamente da
anatomia cardíaca do indivíduo. Apesar disso, estudos mostram que o corpo tende a compensar a isquemia do miocárdio a partir da angiogênese em trechos proximais à PM, formando uma importante via de circulação colateral para a parte isquêmica, o que explicaria a falta de
sintomas em alguns indivíduos com essa patologia. Características dos trechos tunelizados, como o baixo estresse de pressão, alta tensão de
cisalhamento e diminuição do movimento do vaso, criam um ambiente favorável às funções normais das células endoteliais, tornando esses
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trechos protegidos de placas de ateroma. Por outro lado, os trechos proximais a ponte parecem ter uma tendência maior à formação
delas, por conta do alto índice de lesões ateroscleróticas decorrentes da ação da ponte. Os métodos por imagem só passaram a ser
utilizados para o diagnóstico da PM em 1960, a partir do uso de radiografia por Portmann e Iwig. Desde então, houve um avanço
significativo em termos de preservação física dos indivíduos e na qualidade das imagens, com o advento de angiografias e as tomografias computadorizadas, o que melhorou o prognóstico desses pacientes. A terapêutica das PM é preferencialmente medicamentosa,
com a utilização de beta bloqueadores e antagonistas dos canais de cálcio.Mas, em último caso, também pode ser por procedimentos cirúrgicos, como a colocação de stents, a miotomia do músculo da ponte e a revascularização do miocárdio. Conclusão: A partir
das análises dos dados, percebeu-se que as PM são um problema comum na sociedade, mas ainda subdiagnosticada e com muitas
incertezas. Assim, é preciso a realização de estudos mais aprofundados sobre essa patologia, trazendo um melhor prognóstico aos
indivíduos acometidos por ela.
PESQUISA ORIGINAL DE REVISÃO
ASSOCIAÇÃO DA SÍNDROME CORONARIANA AGUDA AO INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO. COM DESTAQUE PARA O USO DA TROPONINA COMO MARCADOR BIOQUÍMICO ESPECÍFICO
Ac. OLIVEIRA, Sammara Kriscia Sousa; Ac. OLIVEIRA, Stéphanny Sallomé Sousa; Ac. DIAS, Moane da Trindade; Ac. CASTRO, Cinthia Maelly lima; ARAUJO, Tiago Ferreira da Silva (orientador)
1Acadêmico do curso de Biomedicina da Faculdade Maurício de Nassau – Campina Grande – PB.
2Professor da Faculdade Maurício de Nassau – Campina Grande – PB.
A síndrome coronariana aguda é uma isquemia que envolve o músculo cardíaco (miocárdio) e tem como principal característica a
dor torácica extrema. Pode ser causada por microembolismoplaquetário, espasmos coronarianos, obstrução mecânica progressiva,
inflamação e/ou infecção secundária e, como causa principal, um trombo não oclusivo em uma placa aterosclerótica pré-existente.
Logo, a SCA tende a evoluir em curto prazo, para um infarto agudo do miocárdio, sendo necessário associar o eletrocardiograma a
marcadores bioquímicos de necrose para um maior espectro do quadro clínico. Esse trabalho tem como objetivo mostrar a eficiência
da troponina, na elucidação do diagnóstico da na síndrome coronariana aguda (SCA). Tratou-se de uma pesquisa original de revisão, a
partir de periódicos encontrados nos bancos de dados Lilacs, Scielo e Google Acadêmico no período de 2006 a 2014. Com o desenvolvimento dos recentes métodos ultra-sensíveis para mensuração das troponinas cardíacas, tem sido possível detectar a lesão cardíaca
no prazo de duas a três horas após a dor precordial, com pico de elevação entre 36 – 72 horas e são normalizadas na corrente sanguínea entre 5 e 14 dias após a lesão. As troponinas ultra-sensíveis são capazes de detectar quantidades de 10 a 100 vezes menores no
sangue, reduzindo a necessidade de seriar outros marcadores bioquímicos. Tendo como base que a troponina é considerada padrão
ouro no diagnóstico de infarto agudo do miocárdio, pacientes com níveis indetectáveis e eletrocardiograma sem sinais de isquemia
podem ser liberados, tendo em vista que o risco de infarto em 30 dias é mínimo. Porém, apesar de todos os seus benefícios, não é
recomendando o uso das troponinas caso haja a possibilidade de (re) infarto, já que seus níveis demoram a normalizar. Nesses casos,
preconiza-se, que o marcador bioquímico de escolha seja o CK-MB MASSA, pois o mesmo tende a normalizar-se entre 48 e 72 horas
após a lesão. Conclui-se, portanto, que a troponina cardíaca deve ser o biomarcador de escolha para o diagnóstico bioquímico de necrose, uma vez que é o mais sensível e específico de lesão miocárdica disponível. Portanto, conclui-se que a determinação laboratorial
da troponina é de grande importância para o diagnóstico da síndrome coronariana aguda (SCA) já que eleva-se cerca de 2 horas após
a dor precordial e detecta níveis míninos de necrose, sem a necessidade de seriar marcadores.
Palavras chave: Síndrome Coronariana Aguda (SCA). Infarto agudo do miocárdio. Troponina.
PESQUISA ORIGINAL DE REVISÃO
UM ESTUDO SOBRE A CITILOGRAFIA DE PERFUSÃO DO MIOCÁRDIO EM DOENÇAS CORONARIANAS
Autores: Antônio Victor Oliveira; AdriellySoyonara de Oliveira Silva; Debora Sobral Ponzi Costa; George Marinho Brasileiro Filho
Prof. Pedro Tenório(Orientador).
Instituição: 1- Associação Caruaruense de Ensino Superior e Técnico
Introdução: Uma das maiores causas de mortalidade no mundo tem sido a doença arterial coronária, mais conhecida por (DAC). O
diagnóstico desta patologia é muito complexo devido à quantidade de exames a serem realizados, ressaltando também a grande
dificuldade de integrar todos os resultados destes exames com as outras evidencias possíveis a (DAC). Na tentativa de diminuir e possibilitar resolução destas barreiras de diagnóstico relacionado a esta patologia as sociedades de cardiologia e diversos outros grupos
de pesquisa tem estudado formalizar guias que viabilizem a interpretação destes exames e a integração dos resultados obtidos. As
propostas são diversas disponibilizadas por estes gruposde estudo, dentre elas esta a cintilografia de perfusão do miocárdio, um método não invasivo bastante utilizado para detecção de coronariopatia obstrutiva, fator este muito frequente nos casos de DAC.A cintilografia de perfusão do miocárdio avalia se omiocárdio está recebendo sangue o suficiente, quando o paciente se submete a estresse,
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Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(1):
por exemplo;verificando também se há risco de infarto, para que seja realizado algum tratamento que impeça sua ocorrência. Esse tratamento proporciona melhor qualidade de vida (QV) aos pacientes quando comparado com aqueles submetidos a outras formas de tratamento.
Objetivo: Reunir dados sobre o uso da cintilografiade perfusão do miocárdio em doenças coronarianas, avaliando como ferramenta no prognóstico do individuo, como tambémassociar quando deve-serealizar exames de cintilografia de perfusão do miocárdio (CPM), baseando-se
eminformações objetivas obtidas do teste ergométrico e da análise dos fatores clínico-epidemiológicos para doença arterialcoronária (DAC).
Metodologia:Foi realizado um levantamento na literatura em busca de artigos nos bancos de dados: pubmed, Sciencdirect, scielo, no período
de 2009 a 2014 utilizando os seguintes termos: cintilografia de perfusão, miocárdio e doenças coronarianas. Resultados: Diante dos relatos
colhidos e encontrados na literatura observou-se que,indivíduos submetidos à cintilografia do miocárdio apresentaram menor ocorrência
de complicações clínicas, como também menor permanência na sala de terapia intensiva eno tempo de internação, gerando expetativas de
melhor qualidade de vida. Outros pacientes apresentaram retorno precoce ao trabalho, semelhanças quanto à análise dos oito domíniostambém foram vistas, dentre elas: avaliação da dor, do estado geral de saúde, da vitalidade, do aspecto social, do aspecto emocional e da saúde
mental.Conclusão:Conclui-se que a DAC se destaca como uma das principais Causas mortis,a utilização da cintilografia do miocárdio minimiza
intercorrências para o paciente, desta formalevando a um prognóstico mais favorável no decorrer clínico desta doença. Atualmente outras
modalidades de imagem utilizam a perfusão, mas ainda com um pequeno número de pacientes.Espera-se que a cintilografia de perfusão do
miocárdio possa acrescentar valor diagnóstico e prognóstico, além dos já estabelecidos e estar disponível e utilizada em curto prazo, com
custos baixospara o paciente.
PESQUISA ORIGINAL DE REVISÃO
ATUAÇÃODA ENFERMAGEMNA PREVENÇÃODA ENDOCARDITE BACTERIANA OCASIONADAPELA FALTA DE HIGIENIZAÇÃO BUCAL
Ac. EDLLA CABRAL DA SILVA, Ac. ELLEN GOES DA SILVA, Ac. IASMIN DE ALMEIDA CALADO, Ac. JOÃO VICTOR FARIAS DA SILVA, Ac. MYLENA MARIA GITAI SOARES e Profª. ANA PAULA REBELO DE AQUINO RODRIGUES (ORIENTADOR)
INSTITUIÇÃO: Acadêmicas de Enfermagem da Faculdade Integrada Tiradentes - Maceió/AL
Enfermeira Docente – Faculdade Integrada Tiradentes – Maceió/AL
Introdução: A Endocardite Infecciosa Bacteriana (EIB) caracteriza-se por ser uma patologia cardíaca grave que oferece elevado risco de vida e
que tem seu processo fisiopatológico associado com a presença de bactérias no sangue. De forma geral, seus principais sintomas são: artrite,
anemia, calafrios noturnos, confusão mental, febre alta, perda de apetite, perda de peso, insuficiência cardíaca e sopro cardíaco. Entende-se
que essa bacteremia é extremamente perigosa e fatal para quem já possua problemacardíaco, pois se relaciona com uma patologia infecciosa
no endocárdio, principalmente nas valvas cardíacas. Os principais fatores de risco da endocardite bacteriana são as lesões do endocárdio.
OBJETIVOS: Este trabalho tem como objetivo definir a EIB assim como suas principais características e alterações, dando ênfase a intervenção
da enfermagem dada a estes pacientes. Metodologia: Trata-se uma pesquisa quantitativa de natureza descritiva analítica, em um estudo de
revisão bibliográfica. Utilizou-se do banco de dados da biblioteca virtual scielo, lilacs e Biblioteca Virtual de saúde (BVS), referente aos anos
de 2008 à 2012. Foram encontrados 233 artigos relacionados ao tema e selecionados 17 artigos, que melhor contribuíram. Resultados: A
EIB é uma doença comum, que causa alto índice de mortalidade. Trata-se de uma infecção da parede interna do coração ou das válvulas do
coração devido a uma complicação grave da periodontite. As bactérias instaladas nas bolsas periodontais podem disseminar-se na corrente
sanguínea, alojando-se nas válvulas cardíacas e comprometendo a circulação do sangue e o funcionamento do coração, uma de suas causas é
a má conservação dos dentes. Raramente, também pode ocorrer em pessoas com coração normal. Entretanto, pessoas que tem algum fator
predisponente, há um maior risco de desenvolverem a EIB. Outro fator que aumenta as chances de desenvolver a doença é a presença de
cáries. Conclusão: A EIB é responsável por grande índice de morbimortalidade apesar dos avanços a seu respeito. Os pacientes com doenças
cardiovasculares devem ser rigorosamente observados, pois são a grande maior parte dos casos relacionados à EIB, causadas na grande maioria das vezes por bactérias. É de grande importância que todo profissional de saúde que atua diretamente ou indiretamente com procedimentos invasivos, desenvolva a educação em saúde, sendo, portanto, um trabalho multidisciplinar educativo, com o objetivo único de promover
o bem estar do cliente. Uma anamnese criteriosa é uma das formas primarias na prevenção. Nós casos onde a EIB já exista, um diagnostico
precoce é fundamental, contribuindo dessa maneira com a promoção, recuperação e reabilitação da saúde do indivíduo.
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PESQUISA ORIGINAL DE REVISÃO
FÍSTULA AORTO-ATRIAL DIREITA: DEFINIÇÃO, QUADRO CLÍNICO, DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO – UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.
Ac. Matheus Nascimento do Espírito Santo, Ac. Irwins Emanuel Feitoza de Sousa, Ac. Arisson Euclides da Silva, Dr. Laís Alves da Silva, Dr.
Francisco Siosney, Dr. José Wanderley Neto (Orientador)
1. Acadêmico de Medicina da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas – UNCISAL
2. Acadêmica de Medicina da Universidade Federal de Alagoas
3. Cirurgião cardiovascular do Instituto de Doenças do Coração - Alagoas
4. Chefe do serviço de Cardiologia do Instituto de Doenças do Coração – Alagoas
Introdução: As fístulas aorto-atriais direitas são afecções raras. Etiologicamente, podem ser congênitas ou adquiridas. A elevada pressão
intra-aórtica associada a uma deficiência de lâminas elásticas na túnica média forma uma dilatação tortuosa, de percurso extracardíaco, que
aumenta gradualmente até a ruptura no interior do átrio direito, pela proximidade anatômica e reduzida pressão intracavitária, atuando como
um shunt esquerdo-direito. O primeiro caso foi descrito em 1980 por Otero Coto e colaboradores em um homem de 25 anos. A maioria dos
pacientes é assintomática, entretanto, sintomas como dispneia, palpitações e infecções recorrentes do trato respiratório podem estar presentes. Regurgitação aórtica, insuficiência cardíaca congestiva e endocardite bacteriana são alguns dos ricos associados à permanência em longo
prazo dessa comunicação. No exame físico, é auscultado um sopro contínuo na borda esternal direita, no terceiro, quarto e quinto espaços
intercostais. Dois exames complementares eficientes para o diagnóstico são a ecocardiografia bidimensional com Doppler e cateterismo cardíaco. As opções de tratamento variam de acordo com o tipo de fístula, calibre, tortuosidade e a relação dos seios coronários com a origem
aórtica da fístula, e vão desde a embolização até o fechamento cirúrgico. Objetivo: Evidenciar a fístula aórtico-atrial direita, sua repercussão
clínica, métodos diagnósticos e opções de tratamento.Métodos:Levantamento bibliográfico de 10 artigos publicados em periódicos das áreas
de cardiologia, cirurgia cardiovascular, ecocardiografia e imagens cardiovasculares. Resultados: Essa conexão entre a aorta e o átrio direito
pode surgir de qualquer um dos seios de Valsalva, com uma tendência de que as fístulas oriundas do seio direito sigam anteriormente, e as
originadas do seio esquerdo sigam posteriormente em relação à aorta. Um achado clínico importante é o sopro contínuo na borda esternal
direita, capaz de diferenciar essa fístula de outras anormalidades, como ruptura de aneurisma do seio de Valsalva. A ecocardiografia bidimensional com Doppler é capaz de identificar a fístula, e a aortografia retrógrada associada à angiografia podem demonstrar o curso da fístula e
dos óstios coronários. Os tratamentos variam desde uma embolização ao ligamento da fístula. O ligamento da fístula deve ser realizado sob
hipotensão controlada, após avaliação da sintopia do orifício da fístula comos óstios coronários. Pode-se também fechar o orifício atrial com
a utilização de bypass cardiopulmonar. Conclusão: Pela sua baixa incidência e pelos riscos associados à permanência dessa comunicação em
logo prazo, como insuficiência cardíaca e formação de aneurisma de Vasalva, é relevante o conhecimento da fístula aorto-atrial direita, sua
repercussão clínica, diagnóstico e opções de tratamento.
PESQUISA ORIGINAL DE REVISÃO
INCIDÊNCIA DO INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO NAS RESIDÊNCIAS BRASILEIRAS DOS ANOS DE 2010 A 2012
Autores: Ac. Lorenna Emília Sena Lopes, Mayanna Machado Freitas, Ac. Gabrielle Dantas Menezes, Maria Eliane de Andrade, Ac. Felipe
Torres de Oliveira, Prof. Daniela da Costa Maia (Orientadora).
Instituições: 1 – Universidade Tiradentes, 2 – Universidade Federal de Sergipe.
Introdução: As doenças do aparelho circulatório são consideradas a terceira causa de internação hospitalar, com 210.046 internações por
doença isquêmica do coração e no Brasil, foram responsáveis por 29% das mortes, de um total de 1.133.761. O Infarto Agudo do Miocárdio
(IAM) é a causa isolada de morte mais comum em homens e mulheres, além disso, percebe-se o aumento da prevalência de alguns fatores de
risco, como obesidade e diabete mellito. No ano de 2012, segundo dados do Ministério da Saúde, foram registrados 333.295 casos de óbitos
por doenças do aparelho circulatório. As estratégias de tratamento da fase aguda do infarto do miocárdio, com ênfase na precocidade dos
tratamentos, são fundamentais para a redução da morbimortalidade associada à doença isquêmica do miocárdio.
Objetivo: Determinar a incidência do Infarto Agudo do Miocárdio nas residências brasileiras, durante os anos de 2010 a 2012.
Metodologia: Foi realizado um estudo retrospectivo, quantitativo e exploratório, com embasamento nos dados disponíveis no departamento
de Informação de saúde do SUS (DATASUS), especificamente no Sistema de Informações de mortalidade (SIM), de modo a determinar a incidência de mortalidade materna. Foram consideradas as notificações de óbitos maternas declaradas do estado de Sergipe nos períodos de 2010
a agosto de 2014. Para fundamentação teórica foram utilizados artigos científicos indexados na Literatura Latino- Americana em Ciências da
Saúde (LILACS). Resultados: Segundo os dados do Sistema de Informação de Mortalidade, coletados na página eletrônica do DATASUS, do ano
de 2010 a 2012 ocorreram 246.560 óbitos por Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) no Brasil, destes 82.987 (33,6%) aconteceram nas residências.
A região predominante é o Sudeste, que totaliza 33.574 óbitos, em seguida vem o Nordeste com 25.927.
Conclusão: A epidemiologia mostra que a mortalidade por infarto agudo do miocárdio, mais especificamente nas residências, vem aumentando ao longo dos anos no Brasil. Considerando isto, é de fundamental importância que a população saiba reconhecer os sinais e sintomas desta
patologia, a fim de prestar um atendimento precoce e assim contribuir para redução da morbimortalidade.
PALAVRAS-CHAVE:Infarto do miocárdio; Mortalidade; Epidemiologia.
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PESQUISA ORIGINAL DE REVISÃO
CIRURGIA CARDIOVASCULAR COM A PRÁTICA DA CIRCULAÇÃO EXTRACORPÓREA: A IMPORTÂNCIA DA BIOCOMPATIBILIDADE DOS MATERIAIS UTILIZADOS NOS PROCEDIMENTOS
Ac. Wilson Rolim dos Santos Neto, Ac. José Correia de Lima Neto,Ac. Igor Guthyerri Vieira Valencio, Ac. Wellington Ricardo Amaral Barros,
Ac. Ademar Francisco de Oliveira Filho,
Prof. Pedro Pereira Tenório, (Orientador).
Associação Caruaruense de Ensino Superior e Técnico
Introdução: As doenças cardiovasculares são as que mais causam mortes no mundo, com isso a cirurgia cardíaca vem se inovando, trazendo novas técnicas para auxilio de determinados procedimentos cirúrgicos. Os processos cirúrgicos mais invasivos, provavelmente irão ser
necessários usar a técnica da circulação extracorpórea (CEC) para restaurar seu funcionamento normal criando possibilidades de cura para
as doenças cardíacas. A CEC que é utilizada faz a função do coração e pulmão, desviando o sangue para um circuito externo mantendo o
paciente em condições vitais. Durante a CEC o sangue entra em contanto com superfícies artificiais que fazem parte desse sistema, os materiais usados como filtros, oxigenadores e outros componentes, que são compostos por substâncias químicas na tentativa de melhorar a sua
biocompatibilidade. Apesar de todo aparato tecnológico atual essa melhora ainda há insuficiências nas biocompatibilidades dos materiais.
Objetivos: Identificar os mecanismos da CEC com um enfoque na insuficiência da biocompatibilidade nos materiais usado para esse processo.
Metodologia: Revisão da literatura de artigos durante o período de 2009 a 2014 em bases de dados: PubMed, ScienceDirect, Scielo. Resultados: A biocompatibilidade é definida pela afinidade de um determinado material com o tecido vivo, em especial o corpo humano que irá ter
um contato íntimo e prolongado.Nos materiais para o desenvolvimento de construção dos aparelhos tem-se observados vários problemas na
compatibilidade, seguindo criteriosamente um processo de escolha e de vários testes para que não possam ocorrer incidências no momento
da utilização, como fraturas e reação química entre os componentes séricos.Os componentes do circuito extracorpóreo não tem nenhuma
semelhança diante do ambiente da circulação cardiovascular,por tantoo contato não-endotelial irádesencadear uma serie de alterações,resultando por exemplo a coagulação. A falha de afinidade desses materiaiscom o contato sanguíneo está entre os principais fatores de reações
inflamatórias e da ativação das células do sangue, provocando a liberação do fator de tecidual (FT).O contado do sangue com o pericárdio ou
com os tecidos lesados com riquezas em FT seria um dos maiores estimuladores para a via extrínseca. Portanto é recomendado que o sangue
que se acumula no pericárdio não seja misturado com a perfusão circulante. Osangue deve ser lavado e concentrado, fazendo com que somente as hemácias sigam a circulação. Conclusões:Conclui-se que ainda há limites na biocompatibilidade, causando certas morbidades em
indivíduos pós-cirúrgico devido ao uso da CEC. Não deixando de lado sua imensa importância para a medicina.
PESQUISA ORIGINAL DE REVISÃO
Cuidados de Enfermagem aos Pacientes com Alterações Hemodinâmicas.
Ac. Louise Karoline Bispo Bezerra dos Santos, Ac. Anderson Melo dos Santos, Ac. José Ailton do Nascimento Filho, Ac. Lívia Juliana Barros
da Silva, Ac. Orcélia Ferreira Gomes, Profª. Maria Regineide de Araújo (Orientadora)
Instituição: 1- Faculdade CESMAC do Sertão
Introdução: Hemodinâmica é o estudo dos movimentos do sangue e das forças que o impulsionam.1 O paciente com alterações hemodinâmicas tem comprometimento de seu sistema fisiológico, com perda de sua autorregulação, necessitando correção artificial dessas funções e
assistência atuante da equipe de enfermagem.2 A importância de se reconhecer as limitações dos sinais e sintomas de insuficiência cardíaca
(IC) servem como guia no tratamento, realizando a avaliação hemodinâmica desses pacientes.3 A sistematização das orientações de enfermagem contribuem para a qualificação das ações de assistência à saúde, gerando conhecimento ao cliente sobre sua doença e terapias necessárias, ajudando no trabalho da equipe multidisciplinar.4 Contudo é importante a participação da família à situação vivenciada pelo paciente,
cumprindo o seu papel de dar suporte a ele, recebendo orientações de enfermagem integrando-a na terapêutica.5 Objetivos: Identificar as
necessidades da atuação de enfermagem no setor de hemodinâmica e Integrar familiares e equipe de enfermagem no tratamento. Metodologia: Na identificação das fontes bibliográficas foram utilizadas quatro bases de dados: LILACS, BIREME, SCIELO e Google Acadêmico. Para
compor esta Pesquisa Original de Revisão foram selecionados 12 artigos, com os descritores: “Alterações hemodinâmicas”, “Comunicação
de Enfermagem X Família”, “Atuação de Enfermagem”. Resultados: O enfermeiro, em sua rotina de atuação, conhece a história pregressa e
evolução nos pré e trans operatórios de seu cliente, promovendo cuidados sempre que necessários no pós-operatório.6 Para isso, é vital sua
qualificação na assistência a pacientes cardíacos, pois estes requerem cuidados específico, sistêmico e assistência humanizada.7 No cuidado
multiprofissional, a enfermagem destaca-se em seu papel na recuperação da saúde e bem-estar desses pacientes, qualificando a equipe
de enfermagem às demandas de cuidado.8 Faz-se necessário uma sistematização das informações imprescindíveis durante a comunicação
entre enfermagem e família, reduzindo a ansiedade e estabelecendo a integração entre a equipe de enfermagem e o grupo familiar do paciente.9 Conclusão: É imprescindível à equipe de saúde ter domínio do conhecimento técnico-científico e intercorrências que possam surgir
dos procedimentos hemodinâmicos.10 A intensidade crescente de complexidade do cuidado é avaliado pelo Sistema de Classificação de
Pacientes que são: Estado Mental e Nível de Consciência, Oxigenação, Sinais Vitais, Nutrição e Hidratação, Motilidade, Locomoção, Cuidado
Corporal, Eliminações, Terapêutica, Educação em saúde, Comportamento, Comunicação e Integridade Cutâneo-Mucosa.11 Sendo a monitoração hemodinâmica muito útil para essa avaliação cardíaca, determinando eficácia da terapia, estabelecendo um diagnóstico.12 Uma boa
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comunicação entre a equipe de enfermagem e a família de pacientes críticos confere um melhor cuidado ao atendimento, contribuindo para
a excelência da prática da Enfermagem.5
Descritores: Hemodinâmica; Comunicação em Saúde; Relações Profissional-Família e Cuidados de Enfermagem.
PESQUISA ORIGINAL DE REVISÃO
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA SAÚDE DO IDOSO CARDIOPATA
Ac. Laíse Gabrielly Matias de Lima Santos, Ac. Andressa Lima Cavalcante
Ac. Isabella Fernanda Rocha de Oliveira, Ac. Aldione da Silva Santos
Enf. Julia Pereira do Nascimento Neta, Prof. Tânia Maria Alves Bento(Orientadora)
Faculdade Integrada Tiradentes
Resumo:
Introdução: de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) são considerados idosos, nos países desenvolvidos, os indivíduos com
idade igual ou superior a 65 anos, e nos países em desenvolvimento, considera-sefaixa etária acima de 60 anos. Essa modificação no perfil
demográfico vem crescendo com o passar dos anos por meio de mudanças sociais e na saúde o que proporcionou o aumento da expectativa
de vida. As funções orgânicas declinam com o decorrer do tempo, produzindo inúmeras alterações cardíacas funcionais e estruturais, sendo o
envelhecimento o principal fator de risco para patologias cardiovasculares, mortalidade e morbimortalidade, determinado por modificações
individualizadas anátomo-funcionais.A atenção à saúde do idoso cardiopata é de fundamental importância do profissional de enfermagem
colocando em prática medidas educativas, que proporcionem melhores condições de vida. Objetivo: expor o papel principal da enfermagem
neste processo de envelhecimento e o seu comportamento em diversas alterações cardiológicas no idoso. Metodologia: trata-se de uma
pesquisa original de revisão de literatura sobre a atenção da saúde da pessoa idosa com cardiopatias. Foi realizada no período de março a
abril de 2014, pautada na base de dados online da Sociedade Brasileira de Gerontologia e Geriatria e Google Acadêmico em fontes publicadas
2003-2013, as palavras-chave utilizados foram “envelhecimento”, “cardiologia” e “saúde do idoso”.Resultados: a enfermagem atua na promoção, proteção e recuperação prevenindo o desenvolvimento e aparecimento de diversos problemas, o sistema cardiovascular com o decorrer
dos anos, sofre várias alterações, as quais são: arteriosclerose, comprometimento da condução cardíaca, diminuição da distensibilidade e
na função barroceptora e os fatores de risco que contribuem para o aparecimento são: hipertensão, diabetes mellitus, fumo, dislipidemias,
sedentarismo e obesidade, sendo necessárias mudanças de hábitos, havendo a pratica regular de exercícios físicos, dieta balanceada e regularidade de exames clínicos e laboratoriais.Conclusões:o processo de envelhecimento saudável e sem complicações é um direito do ser humano e deve ter atenção do profissional de saúde. A atuação eficaz e detalhada do profissional de enfermagem com a associação de diversos
profissionais proporciona bem-estar social e físico tornando o envelhecimento revigorante por meio de medidas educativas e informativas.
PESQUISA ORIGINAL DE REVISÃO
ENVELHECIMENTO E INCLUSÃO DIGITAL
Ac. Laíse Gabrielly Matias de Lima Santos, Ac. Andressa Lima Cavalcante
Ac. Isabella Fernanda Rocha de Oliveira,Ac. João Victor Farias
Enf. Julia Pereira do Nascimento Neta,Prof. Tânia Maria Alves Bento(Orientadora)
Faculdade Integrada Tiradentes
Resumo:
Introdução: o processo tecnológico vem crescendo ao longo dos anos, havendo uma ampliação da acessibilidade favorável a esses recursos,
essa facilidade impulsionou a diversas iniciativas de inclusão digital, que favoreceu a introdução de uma nova faixa etária, a população idosa,
as quais associam a utilização de novas tecnologias como opção para redução da sensação de isolamento e a utilização dessa tecnologia para
uso profissional. Porém apesar de estarmos ao redor de diversos avanços tecnológicos a população idosa é muitas vezes excluída tanto do
acesso quanto da adequação. Objetivo: expor a funcionalidade do idoso frente à tecnologia, a qualidade de vida e os benefícios proporcionados pelos avanços tecnológicos para esta população. Metodologia: trata-se de uma pesquisa original de revisão de literatura sobre envelhecimento e inclusão digital. Foi realizada uma procura por estudos que viabilizou indícios científicos por meio das bases de dados Google
Acadêmico e Scielo, as palavras-chaves utilizadas foram “envelhecimento”, “assistência a idosos” e “capacitação de usuário de computador”,
foi realizado no período de fevereiro a março de 2014, sendo incluídos os estudos que se aproximaram com o tema abordado, sendo selecionadas fontes publicadas entre 2006-2010. Posteriormente, foi feito um resumo englobando as informações disponibilizadas, possibilitando a
conclusão do estudo com a explicitação da funcionalidade do idoso frente à tecnologia, a qualidade de vida e os benefícios proporcionados
pelos avanços tecnológicos para esta população. Resultados: o avanço tecnológico traz benefícios que facilitam a comunicação e a informação, mas em sua maioria estas tecnologias não se apresentam como área de interação favorável ao cotidiano do idoso, essa evolução está
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Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(1):
marcando constantemente a vida, pois é através da mesma que a busca pelo conhecimento e a capacitação profissional se tornam eficientes,
dessa forma a criação de planos que englobem a participação da população idosa no âmbito tecnológico proporciona a possibilidade de
novos conhecimentos, tornando esse idoso como um indivíduo ativo e participativo da sociedade. Conclusões: o envelhecimento não deve
ser apenas associado ao processo de aposentadoria e nem ao declínio de suas potencialidades, mas a inclusão do mesmo no processo de inclusão digital fazendo de seu envelhecimento uma trajetória de vida. A informática no processo de aprendizado da população idosa é a busca
pelo conhecimento, domínio e autonomia, fazendo com que esse idoso não fique isolado e deprimido, mediando à evolução dele juntamente
com as futuras gerações, promovendo empregabilidade e proporcionando benefícios psicológicos, fisiológicos e socioeconômicos.
PESQUISA ORIGINAL DE REVISÃO
CARDIOTOXICIDADE E QUIMIOTERÁPICOS: UMA ABORDAGEM PELA ENFERMAGEM
Ac. Laíse Gabrielly Matias de Lima Santos, Ac. Andressa Lima Cavalcante
Ac. Isabella Fernanda Rocha de Oliveira, Ac. Nívea Maria Ribeiro de Oliveira
Enf. Julia Pereira do Nascimento Neta, Prof. Aline Soraya de Carvalho(Orientadora)
Faculdade Integrada Tiradentes
Resumo
Introdução: com o decorrer do tempo a utilização de terapêuticas oncológicas vêm crescendo significativamente, visto que, houve o surgimento de diversos esquemas terapêuticos para os variados tipos de cânceres, o que fez com que aumentasse a probabilidade de cura e
redução das sequelas provenientes, proporcionado qualidade de vida e o bem-estar dessa população. Apesar dos benefícios propostos e o
prognóstico efetivo a cardiotoxicidade é uma das consequências adversas mais relevantes do tratamento oncológico e pode apresentar-se
como aguda, subaguda ou crônica, com altos riscos de morbimortalidade. A enfermagem atua avaliando e acompanhado esse indivíduo, com
a finalidade na prevenção e diagnóstico precoce de efeitos adversos e no fornecimento de cuidados para uma melhora na situação clínica do
paciente de modo consequente a qualidade de vida. Objetivo: expor os efeitos adversos de diversos fármacos quimioterápicos cardiotóxicos
e o papel da enfermagem frente a essa situação. Metodologia:trata-se de uma pesquisa original de revisão sobre cardiotoxicidade e quimioterápicos. Foi realizada uma procura por estudos que viabilizou indícios científicos por meio das bases de dados Google Acadêmico e Scielo
em fontes publicadas entre 2007-2013. As palavras-chaves utilizadas foram “preparações farmacêuticas”, “cardiologia” e “oncologia”, no
período de julho a agosto de 2014, sendo incluídos os estudos que se aproximaram com o tema abordado. Resultados: pacientes oncológicos
necessitam da realização de análises iniciais através de achados clínicos, laboratoriais e radiológicos de IC (insuficiência cardíaca congestiva),
anteriormente ao tratamento, às manifestações clínicas de insuficiência cardíaca são de grande relevância para o diagnóstico. Em indivíduos
com fatores de risco para cardiotoxicidade ocorre a realização de frequentes eletrocardiogramas, sendo utilizados também, exames de biomarcadores, métodos de imagem e biópsia endomiocárdica. Conclusões: é preciso que haja uma assistência de enfermagem adequada para
auxiliar o indivíduo a se adaptar as mudanças nesta fase da vida, proporcionando uma assistência competente e especializada, sendo de grande relevância na prevenção e no diagnóstico precoce de complicações e na preservação do conforto do paciente analisando rigorosamente
e minuciosamente este indivíduo. É necessário um trabalho multiprofissional havendo interação entre médicos cardiologistas, oncologista e
demais profissionais da saúde para que se tenha melhores resultados e o aumento da qualidade de vida.
PESQUISA ORIGINAL DE REVISÃO
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA DIMINUIÇÃO DOS DETERMINANTES DE RISCO PARA DOENÇAS CARDIOVASCULARES NA INFÂNCIA E
ADOLESCÊNCIA.
Autores: Ac. José Ailton do Nascimento Filho, Ac. Orcélia Gomes Ferreira, Ac. Anderson Melo dos Santos, Ac. Louise Karoline Bispo Bezerra dos Santos, Profª. Maria Regineide de Araújo (Orientadora).
Instituições: 1- Faculdade CESMAC do Sertão, 2- Faculdade CESMAC do Sertão.
Introdução: As doenças cardiovasculares (DCV) são tidas como as principais causas de mortes em países desenvolvidos e subdesenvolvidos¹.
Para reduzir esses índices é necessário o combate à gênese da doença, tendo em vista que o processo aterosclerótico inicia-se na infância,
pelos hábitos alimentares inadequados, sedentarismo, obesidade, tabagismo e etilismo precoce, dentre outros fatores, ocasionando um
aumento lipoprotéico de baixa de densidade, resultando na diminuição dos níveis lipoproteína de alta densidade e elevação dos níveis de
colesterol total. Podendo esses fatores ser modificados com a ajuda do profissional de enfermagem através de estratégias de promoção à
saúde. Objetivos: Descrever os principais fatores que contribuem para o aparecimento de doenças cardiovasculares na adolescência e discutir o papel do enfermeiro na diminuição dos riscos para doenças cardiovasculares na adolescência. Metodologia: Trata-se de um estudo
original de revisão bibliográfica, utilizando-se 11 artigos, publicados entre os anos de 2001 a 2013, retirados de sites de pesquisas em ciências
da saúde (SCIELO, BIREME, LILACS) e Google acadêmico. Resultados: Observou-se que os principais fatores de risco para doenças cardiovasculares são a hipertensão arterial e o excesso de peso. Causados pelas mudanças nos hábitos dos adolescentes, os quais ficam restritos ao
ambiente domiciliar, sendo sua principal diversão os meios eletrônicos, juntamente com alimentação rica em gorduras. Com isso, vem-se
desde cedo o sedentarismo e o excesso de consumo calórico habituando à vida adulta. Além disso, o tabagismo e o etilismo precoce têm sido
um agravante, tendo como consequência a formação de placas de ateroma, infarto agudo do miocárdio e AVE. Em geral, as manifestações
clínicas das DCV têm início a partir da meia-idade. Frente a isso, entra o papel da enfermagem, com o objetivo de diminuir os casos de doenças
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cardiovasculares precoces através de estratégias de sensibilização da comunidade jovem, utilizando-se da educação continuada, levando aos
jovens conhecimentos sobre os riscos que uma vida sedentária e maus hábitos alimentares podem trazer em consequência para o futuro.
Conclusão: A investigação dos fatores de risco para as doenças cardiovasculares tem demonstrado que sua origem na infância e adolescência
gera a necessidade do planejamento de intervenções cada vez mais precoces e efetivas sobre esses fatores, reduzindo no futuro a morbidade
e mortalidade. Uma das estratégias para alcançar esse público é através do Programa Saúde na Escola – PSE, que é uma articulação entre Escola e Rede Básica de Saúde, sendo uma alternativa em que a enfermagem contribui no planejamento de um programa individual e coletivo,
promovendo a redução de fatores modificáveis, estimulando a reeducação dos hábitos e estilo de vida.
Referências: 1-Lísia Marcílio Rabelo. Fatores de risco para doença aterosclerótica na adolescência, Jornal de Pediatria, 2001.
PESQUISA ORIGINAL DE REVISÃO
ASSISTÊNCIA MULTIDISCIPLINAR DURANTE A GESTAÇÃO DE CARDIOPATAS
Ac. Alessandra Cristina Tenório Silva, Ac. José Ailton do Nascimento Filho, Ac. Lívia Juliana Barros da Silva, Ac. Rhayllanne de Holanda
Feitosa, Ac. Marcelo Anthony Oliveira Domingos, Profª. Ana Paula Ramos da Silva Duarte (Orientadora).
Instituições: 1- Faculdade CESMAC do Sertão, 2- Faculdade CESMAC do Sertão.
Introdução: As cardiopatias são tidas como a principal causa de morte no ciclo gravídico-puerperal, pois durante a gestação as alterações hemodinâmicas que ocorrem no corpo da mulher, como aumento da volemia, aumento da frequência cardíaca e consequentemente aumento
do débito cardíaco, pode trazer complicações tanto ao organismo materno quanto ao concepto. Dentre as principais causas de cardiopatias
em gestantes destaca-se a febre reumática, seguida por doença chagásica e doenças congênitas¹. Partindo desse principio é essencial o
atendimento da gestante por uma equipe multidisciplinar, formada por diferentes especialidades médicas como obstetrícia, cardiologista,
neonatologista, anestesista e a equipe de enfermagem. Objetivo: Descrever a participação da equipe multidisciplinar, enfatizando o papel de
cada profissional na assistência prestada à gestante cardiopata. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa original de revisão bibliográfica, na
qual foram usados 12 artigos, retirados de sites de pesquisa da saúde, como SCIELO e LILACS, além do Google Acadêmico. Todos os artigos
utilizados são advindos de revistas e periódicos reconhecidos nacionalmente. Resultados: A prioridade no atendimento multiprofissional é
prevenir o surgimento de complicações graves². O papel do obstetra vai desde o acompanhamento pré-natal até o parto, onde o mesmo vai
decidir o melhor tipo de parto, que vai depender da patologia que a gestante apresenta. O anestesista atua no controle da dor da gestante,
mas para isso, é necessário que o mesmo venha acompanhando a evolução da doença durante a gravidez, além de atuar no monitoramento
das funções vitais. Já o cardiologista deve fazer o acompanhamento da gestante durante seu pré-natal, juntamente com o obstetra, durante
o parto e no período do puerpério deve monitorar rigorosamente a gestante devido às mudanças hemodinâmicas que acontecem no corpo
durante o parto. A equipe de enfermagem atua sistematizando a assistência, que vai desde a anamnese até a implementação dos cuidados.
Já a neonatologia inclui cuidados que vão desde o nascimento do neonato até os 28 dias de idade, visando proporcionar qualidade de vida
tanto para mãe quanto para o filho. Conclusão: A integração da equipe multidisciplinar desenvolve um papel muito importante no acompanhamento da gestante. Tendo em vista que, essa equipe trabalhe de forma sintonizada para que assim a assistência a essa gestante seja de
uma forma holística, pois envolvem ações que vão desde o planejamento familiar até a realização do pré-natal podendo assim ter um melhor
prognóstico e a realização uma assistência humanizada.
Referência: 1- Ernesto Antonio Figueiró Filho, Gabriel Cunha Bezerra, Luís Augusto Avansini Carnelos, Marcelo Santana Silveira, Milene da
Silva Dantas, Rosemary de Araujo Martos. Cardiopatias e gravidez, 2007. 2- Eliane Cristina de Souza Soares, Carlos Othon Bastos, Maria
Cecília Lessa Beloni. Anestesia na gestante cardiopata, 2009.
PESQUISA ORIGINAL DE REVISÃO
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A CRIANÇAS PORTADORAS DE CARDIOPATIAS CONGÊNITAS
Ac. José Ailton do Nascimento Filho, Ac. Orcélia Gomes Ferreira, Ac. Anderson Melo dos Santos, Ac. Louise Karoline Bispo Bezerra dos
Santos, Profª. Ana Paula Ramos da Silva Duarte (Orientadora).
Instituições: 1- Faculdade Cesmac do Sertão, 2- Faculdade Cesmac do Sertão.
Introdução: Entende-se que cardiopatias congênitas são anormalidades observadas já ao nascimento, tanto na estrutura como na função
cardiocirculatória infantis¹, em sua maioria, são originadas durante o desenvolvimento fetal. As principais causas de cardiopatias congênitas
são: rubéola materna, desnutrição, diabetes maternas, dentre outros. Ressalta-se então a importância da enfermagem nos cuidados a pacientes cardiopatas, principalmente na atenção pré e pós-operatório. Objetivos: Descrever a importância do profissional de enfermagem nos
cuidados oferecidos a pacientes pediátricos portadores de cardiopatias congênitas, sendo esses cuidados, em sua maioria em processos pré e
pós-operatórios e discutir a melhor maneira para melhorar assistência prestada ao cliente. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa original de
revisão bibliográfica e para tal realizou-se mapeamento sistemático de artigos de revistas e periódicos científicos publicados entre os anos de
2006 e 2013, nas seguintes bases de dados: SCIELO, LILACS e Google Acadêmico. Foram identificados 14 estudos, sendo treze nacionais e um
internacional. Resultados: Devido a grande demanda de atividades exercidas pelo enfermeiro há a necessidade de sistematizar a assistência,
possibilitando assim um melhor aproveitamento do tempo, melhora nos cuidados oferecidos ao paciente, podendo assim trata-lo de forma
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holística e não somente o problema principal dele. No pré-operatório encontraram-se as seguintes funções do profissional de enfermagem:
verificação de sinais vitais, limpeza e preparo do leito, realização de punção venosa para infusão de líquidos e medicamentos e orientação tanto o paciente quanto a família, juntamente com a equipe interdisciplinar, sobre os procedimentos que serão realizados. Já no pós-operatório
a assistência de enfermagem é voltada para a recuperação, através de prescrições e orientações de enfermagem, verificação da evolução da
cicatriz cirúrgica e promoção da recuperação pós-operatória, diminuindo a permanência do cliente no ambiente hospitalar, incorporando-o
novamente ao convívio familiar e social¹. Conclusões: O enfermeiro possui um papel essencial na recuperação de pacientes com cardiopatia
congênita, pois, além de coordenar a atuação dos membros da equipe de enfermagem, presta assistência direta ao paciente. Observando as
características da atuação da enfermagem no pré, trans e pós-operatório, é visto a integração entre as equipes de cada setor. Junto a esta integração, a sistematização da assistência de enfermagem orienta a equipe à prevenção e diagnóstico precoce das complicações, favorecendo
uma recuperação rápida da criança, diminuindo o tempo de permanência no âmbito hospitalar.
Referência: 1- Dalvina Jansen; Karla Valéria P. T. Da Silva; Rosanna Novello; Tereza Cristina F. Guimarães; Valéria Gonçalves Da Silva. Assistência de enfermagem à criança portadora de cardiopatia. 2006.
PESQUISA ORIGINAL DE REVISÃO
ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA ASSISTÊNCIA AO PACIENTE PORTADOR DE ESTENOSE DA ARTÉRIA RENAL POR ATEROSCLEROSE.
Ac. Isabella Fernanda Rocha de Oliveira, Ac. Andressa Lima Cavalcante
Ac. Laíse Gabrielly Matias de Lima Santos, Ac. Nayara da Silva Barbosa
Ac. Jackeline Cristhine Lima Santos, Prof. Luciana de Melo Mota (orientador)
Centro Universitário Tiradentes-UNIT
Resumo:
Introdução: A estenose da artéria renal (EAR) é um estreitamento que acomete geralmente a região proximal da artéria renal, consideradasignificativa quando oclui pelo menos 70% do lúmen do vaso. Estima-se que em até cinco anos de 12% a 40% das lesões com oclusão
superior a 75% evoluem para obstrução total. A causa mais frequente de EAR é a aterosclerose (de 60% a 90%).A hipertensão arterial não
está diretamente relacionada já que observam-se pacientes sem hipertensão. A estenose aterosclerótica é geralmente progressiva e acomete
mais os idosos. O diagnóstico é dado através dos sinais e sintomas do paciente, exames laboratoriais como a obtenção de amostras de renina
dos vasos renais, exames de imagem a exemplo da ultrassonografia, cintilografia renal e angiografia digital, e a arteriografia renal, método
invasivo dito como padrão-ouro para detecção da EAR. O tratamento depende da etiologia e da extensão. Quando há hipertensão, usam-se
os inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECAs) e betabloqueadores. Realiza-se ainda a revascularização com colocação de stente
o Bypass. A atuação do enfermeiro é de suma importância no tratamento, ao realizar o exame físico e a anamnese é possível implementar a
sistematização da assistência de enfermagem (SAE) e elaborar um plano de cuidados adequado às necessidades do paciente, proporcionando-lhe qualidade de vida e sucesso na terapia aplicada. Objetivo: esteestudo busca analisar os aspectos característicos da estenose da artéria
renal, com enfoque na etiologia aterosclerótica, destacando a atuação do enfermeiro e sua importância no tratamento do paciente, a fim
de proporcioná-lo vida com qualidade. Metodologia: a presente pesquisa trata-se de uma revisão original sobre a atuação do enfermeirona
assistência ao paciente com estenose da artéria renal. Possui natureza descritiva, exploratória e bibliográfica. Realizada no período de agosto
a setembro de 2014, pautada no acervo da biblioteca do Centro Universitário Tiradentes-UNIT, campus Maria Amélia Uchôa ena base de
dados SciELO, os anos de publicação dos artigos foram de 2006 a 2013. Na busca de artigos foram usados os descritores: “aterosclerose da
artéria renal”, “artéria renal” e “aterosclerose”, sendo incluídos os de maior associação ao foco da pesquisa, sendo selecionados 8 artigos e 1
livro. Resultados: a relaçãoda enfermagem com o paciente portador da EAR ainda é pouco relatada, ressaltando a importância da realização
de novas pesquisas para melhor qualidade nos tratamentos e estudos futuros, sendo assim, os cuidados de enfermagem foram resultados
deuma correlação entre os livros e os artigos analisados. Conclusão:modificações no estilo de vida, tratamento das condições associadas e o
estabelecimento de metas de controle de pressão arterial são medidas adequadas para os pacientes com EAR. O enfermeiro está diretamente
ligado a todas as fases supracitadas, sua atuação é indispensável na promoção de qualidade de vida do paciente.
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PESQUISA ORIGINAL DE REVISÃO
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM À MULHERES PORTADORAS DE HIPERTENSÃO ARTERIAL NA GRAVIDEZ.
Ac. Isabella Fernanda Rocha de Oliveira, Ac. Andressa Lima Cavalcante
Ac. Laíse Gabrielly Matias de Lima Santos, Ac. Nayara da Silva Barbosa
Prof. AnaPaula Rebelo Aquino Rodrigues (orientador), Prof. Alba Maria Bomfim de França (orientador)
Centro Universitário Tiradentes-UNIT.
Resumo:
Introdução: Na maioria da vezes a gestação progride de forma sadia, porém, em algumas podem ter agravos como a hipertensão arterial,
pondo em risco a vida da mãe e do bebê. A hipertensão é uma das principais complicações na gravidez. Possui quatro classificações: 1.Hipertensão crônica: quando o aumento da pressão arterial (PA) já era presente antes da gestação.2. Hipertensão gestacional: quando a pressão
arterial fica superior a 140x90 mmHg, diferencia-se da pré-eclâmpsia pela ausência da proteinúria. A pressão geralmente volta ao normal no
pós-parto 3.Pré-eclâmpsia: observada após a 20ª semana de gestação com pressão sistólica e diastólica, respectivamente, superiores a 140
x 90 mmHg, além de edema e proteinúria. Afeta principalmente o sistema cardiovascular: o volume intravascular baixo reduz o rendimento
cardíaco que tenta compensar com o aumento do volume sistólico e da frequência cardíaca. 4. Eclampsia: quando ocorrem as convulsões na
mulher já portadora da pré-eclâmpsia. O diagnóstico é feito durante a consulta de enfermagem no pré-natal, através do exame físico. Nas
duas primeiras classificações, hipertensão crônica e gestacional, o repouso é indicado, aliado à dieta hipossódica, controle da proteinúria e
da PA e monitoramento fetal.Para as duas últimas, pré-eclâmpsia e eclampsia, o tratamento é também através do repouso, geralmente com
internação hospitalar, administração do sulfato de magnésio para evitar ataques epiléticos, e interrupção da gravidez nos casos graves. Na
farmacoterapia usa-se na grande maioria dos casos a Metildopa. A assistência de enfermagem é indispensável para que tenha-seo diagnóstico precoce e se possa realizar intervenções, proporcionando uma gestação com menos riscos. Objetivo: o presente estudo busca destacar
a atuação do enfermeiro na prevenção, diagnóstico e tratamento das gestanteshipertensas. Metodologia: este estudo trata-se de uma pesquisa original de revisão sobre a assistência de enfermagem às mulheres portadoras de hipertensão arterial no período gestacional. Possui
natureza descritiva, exploratória e bibliográfica. Realizada no período de setembro de 2014, com consulta ao acervo bibliotecário do Centro
Universitário Tiradentes-UNIT, campus Amélia Maria Uchôa e na base de dados SciELO, os anos de publicação dos artigos foram entre 2001
e 2011. Na busca foram usados osdescritores: “hipertensão arterial” “gravidez” “assistência de enfermagem”, sendo incluídos10 artigos e 1
livro. Resultados: percebeu-se a forte relação entre a assistência de enfermagem e a hipertensão arterial na gestação. A maioria dos estudos
encontrados enfatizou o papel importante do enfermeiro na prevenção, diagnóstico e tratamento da hipertensão em gestantes, sendo os
resultados satisfatórios. Conclusão: a atuação do enfermeiro nos programas de pré-natal implica preparo e habilidades para detectar precocemente a hipertensão arterial no puerpério, a fim de prevenir danos e promover qualidade de vida às pacientes.
PESQUISA ORIGINAL DE REVISÃO
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM HUMANIZADA A FAMILIA E AO PACIENTE INTERNADO NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA CARDÍACA
Ac. Nayara da Silva barbosa, Ac. Isabella Fernanda Rocha de Oliveira
Ac. Jackeline Cristhine Lima Santos, Prof. Luciana de Melo Mota (orientador)
Prof. Alba Maria Bomfim de França, 1Centro Universitário Tiradentes – UNIT
Resumo:
Introdução: Há tempo a Humanização na enfermagem e tema no meio acadêmico, entretanto, na prática, ela não tem se concretizado. A
humanização tem como objetivo produzir e/ou melhorar a satisfação dos trabalhadores com enfoque aos clientes. Na atenção à saúde do
paciente cardiopata, estas ações estão voltadas ao âmbito ambiental, tecnológico, nas inter-relações, nas atividades terapêuticas em si e em
outros. No caso de pacientes em internação na Unidade de Terapia Intensiva a situação vivida estendeo sofrimento à família, tanto pelos
possíveis riscos presentes, como pelo distanciamento do seu familiar. Na admissão de um paciente na UTI cardíaca, comumente requer uma
rápida intervenção e muitas vezes, torna-se difícil um contato inicial com os familiares, o que contribui para o entendimento da UTI como
um local em que predomina a frieza e a atuação desumana e distante. Por isso, é necessário que aequipe fique atenta aos acontecimentos à
sua volta,ao que está ocorrendo com os familiares dos pacientes internados e suas diferentes manifestações, proporcionando-lhes atenção,
oportunidade de dialogar e de esclarecer dúvidas. As orientações realizadas à família de pacientes internados na UTI, preferentemente já
na internação, significam não apenas um elemento importante para o cuidado prestado, como também, um avanço no estabelecimento da
relação interpessoal entre a equipe de enfermagem e o grupo familiar.Objetivo: compartilhar conhecimentos construídos na relação com
pacientes, familiares e equipe de enfermagem, de modo a demonstrar a relevância da humanização do cuidado na Unidade de Terapia Intensiva a partir de publicações sobre o tema. Metodologia: este estudo trata-se de uma pesquisa original de revisão sobre a assistência de
enfermagem humanizada a família e ao paciente internado na unidade de terapia intensiva cardíaca. Possui natureza descritiva, exploratória
e bibliográfica. Realizada no período de setembro de 2014, com consulta ao acervo bibliotecário do Centro Universitário Tiradentes-UNIT,
campus Amélia Maria Uchôa e na base de dados LILACS e SCIELO entre os anos de 2003 a 2010. Na busca de artigos foram usados os descritores: “Humanização.” “assistência de enfermagem” “paciente cardiopata” “Unidade de Terapia Intensiva”, no total de 7 artigos e 1 livro.
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Resultados: percebeu-se com o desenvolvimento deste estudo que, quando a interação e a comunicação estabelecidas são consideradas
como necessidade da equipe cuidadora, possibilitam a aproximação entre os envolvidos na relação, a qual é manifestada através do afeto
e de palavras que se constituem em estímulos verbais. Conclusão: A família contribui muito para a recuperação do paciente, mas para que
isso aconteça, ela precisa ser orientada sobre as rotinas da UTI e o que está acontecendo com o seu familiar, necessitando sentir-se acolhida,
respeitada e, cuidada. Sua presença é importante para assegurar-lhe de que estamos ali para lhe ajudar a enfrentar esse momento difícil.
PESQUISA ORIGINAL DE REVISÃO
O PROCESSO DE ORIENTAÇÃO DE ENFERMAGEM AO PACIENTE EM PRÉ-OPERATÓRIO DE CIRURGIA CARDÍACA.
Ac. Nayara da Silva barbosa
Ac. Isabella Fernanda Rocha de Oliveira
Ac. Jackeline Cristhine Lima Santos
Prof.Luciana de Melo Mota (orientador)
Centro Universitário Tiradentes - UNIT
Resumo:
Introdução: Ao submeter-se a um evento cirúrgico de nível cardíaco, o paciente tem suas necessidades psicológicas e fisiológicas básicas alteradas, o que afeta o seu equilíbrio físico-emocional. Muitos pacientes expressam medo e apreensão frente à necessidade da cirurgia, frequentes entre aqueles indivíduos que seriam submetidos, pela primeira vez, a uma cirurgia cardíaca, por ser em um órgão que possui um significado cultural responsável por controlar a vida e a possível ameaça ao futuro e à reestruturação do cotidiano. Por isso a equipe de enfermagem
é primordial no preparo do mesmo e da família no pré-operatório visando transmitir segurança, tranquilidade, empatia, esclarecimento de
suas dúvidas, fornecendo as informações necessárias e explicando possíveis situações que venham a acontecer. Nessa perspectiva, planejar
a assistência de enfermagem para pacientes que serão submetidos a cirurgia cardíaca requer da enfermeira habilidade e conhecimento a
respeitodas possíveis alterações e reações emocionais que o pacientepode apresentar frente a esta situação. Para obter um melhor resultado
na orientação pré-operatória, cada paciente deve ter suas necessidades individualmente avaliadas, sendo orientado acerca do que deseja conhecer em relação aos procedimentos e eventos relacionados ao processo cirúrgico cardíaco, oferecendo-lhe informações a serem desenvolvidas pela enfermagem e demais membros da equipe de maneira clara, objetiva e em vocabulário simples de acordo com sua capacidade de
assimilar a informação. Objetivo: o presente estudo identifica a percepção do paciente cirúrgico cardíaco acerca das orientações pré-operatórias fornecidas pela enfermagem. Metodologia: este estudo trata-se de uma pesquisa original de revisão sobre o processo de orientação de
enfermagem ao paciente em pré-operatório de cirurgia cardíaca. Possui natureza descritiva, exploratória e bibliográfica. Realizada no período
de setembro de 2014, com consulta ao acervo bibliotecário do Centro Universitário Tiradentes-UNIT, campus Amélia Maria Uchôa e na base
de dados LILACS entre os anos de 2001 a 2006. Na busca de artigos foram usados os descritores: “Cuidados pré-operatórios.” “assistência de
enfermagem” “pré-operatório cardíaco”, sendo incluídos os de maior relação ao foco da pesquisa, no total de6 artigos e 1 livro. Resultados:
percebeu-se com o desenvolvimento deste estudo que a orientação adequada sobre uma situação desconhecida que está por concretizar-se
(neste caso, a cirurgia) torna o paciente mais tranquilo e encoraja-o a aceitar os fatos. Conclusão: às necessidades do paciente no período
pré-operatório, sejam essas psicológicas ou científicas, devem ser supridas pois irá contribuir para uma melhor e mais rápida recuperação
pós-operatória. A orientação permite o esclarecimento e a clarificação do evento aos indivíduos nele envolvidos diretamente.
PESQUISA ORIGINAL DE REVISÃO
COR TRIATRIATUM – UMA REVISÃO DA LITERATURA.
Ac. Cleide de Sousa Araújo, Ac. Bruna Gomes de Castro, Ac. Paulo Victor Vicentin Mata, Profa. Daniela Martins Lessa Barreto(Orientadora).
Instituição: 1- Universidade Federal de Alagoas/Faculdade de Medicina.
Introdução: Cor Triatriatum (CT) é uma malformação congênita rara, correspondendo a 0,1 – 0,4% das cardiopatias congênitas e decorre de
falha na reabsorção da veia pulmonar comum resultando na permanência de uma membrana fibromuscular perfurada que bifurca o átrio
esquerdo dividindo-o em uma câmara proximal ou acessória que recebe as veias pulmonares, e uma distal, onde se encontra o orifício do
apêndice atrial e a valva mitral. Objetivo: Descrever e analisar as publicações existentes sobre CT. Metodologia: Revisão de literatura a partir
da biblioteca eletrônica Scielo e das bases de dados Medline e Lilacs utilizando o descritor Cor Triatriatum. Foram incluídos os artigos com
texto completo disponível, em todos os idiomas, resultando em 119 artigos publicados entre 1990 e 2014. Resultados: Dentre os artigos, 115
(96,7%) tratavam de relatos de caso. A análise possibilitou conhecer a fisiopatologia, diagnóstico, terapêutica e prognóstico do CT. Acometendo a câmara atrial (CA) esquerda, denomina-se Cor Triatriatum Sinistro; a CA direita, Cor Triatriatum Dexter, mais raro que o primeiro, relatado
em 17 (14,8%) dos estudos analisados. Não raro, CT associa-se a outras malformações; sendo mais prevalente a Transposição das Grandes Artérias (4). A gravidade e idade de manifestação sintomática relacionam-se ao número e tamanho de fenestrações da membrana; sendo mais
comum o diagnóstico na infância. O sintoma mais comum em crianças é a cianose; em sintomáticas não tratadas, a mortalidade é de 75%. Em
adultos ocorre dispneia aos esforços, semelhante a quadros de estenose mitral. 27 (23,5%) dos casos foram relatados em adultos, variando
entre a 2ª e a 8ª década de vida; estes eram assintomáticos e o diagnóstico foi incidental. Observou-se que alterações hemodinâmicas durante a gravidez podem resultar em descompensação cardiovascular em mulheres com CT. Dentre os casos, sete envolveram gestantes, das
quais uma evoluiu com parada cardiorrespiratória e foi submetida à cesariana precoce; as demais foram acompanhadas seguindo terapêuCARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM
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tica pós-parto sem complicações. A ecocardiografia transesofágica (ETE) foi o exame mais citado, sendo o de maior precisão anatômica para
correção cirúrgica e/ou análise de outras lesões associadas. Quatro artigos tratavam de estudos retrospectivos acerca de pacientes tratados
cirurgicamente através de ressecção da membrana fibromuscular por meio de esternotomia mediana. A correção do defeito levou à remissão
de sintomas e aumento da sobrevida com baixo risco de intervenções adicionais. Um estudo relatou uso de técnica percutânea com balão
para dilatação do orifício da membrana de comunicação com resultado satisfatório. Conclusões: Apesar de raro e potencialmente fatal, CT
tem bom prognóstico quando há diagnóstico precoce e intervenção cirúrgica bem sucedida. Ressalta-se a necessidade de estudos de revisão
a fim de integrar as informações dos diversos estudos de caso que são maioria preponderante entre as publicações sobre o tema.
PESQUISA ORIGINAL
Programação fetal induzida pela exposição materna à Dieta Básica Reginal (DBR) associado ao exercício físico na prole adulta: efeitos
sobre os níveis pressóricos.
Autores: Ac. Francine Iane Gomes de Sá, Taciana Maria Pereira de Lima, Jonaina Fiorim, PhD Dalton Valentim Vassallo (Orientador), PhD
Carlos Peres da Costa (Orientador ).
Instituições: Laboratório de Fisiologia Cardiopulmonar, Departamento de Fisiologia e Farmacologia, Universidade Federal de Pernambuco, Recife – PE¹. Laboratório de Eletromecânica Cardíaca, Departamento de Fisiologia, Universidade Federal do Espírito Santo,
Vitória – ES.
Introdução: A desnutrição, durante o período perinatal, é uma das principais causas de várias alterações sistêmicas, caracterizando-se como
um dos maiores problemas de saúde pública nos países subdesenvolvidos. Por outro lado, é bem estabelecido quão benéfico é a prática de
atividade física para o sistema cardiovascular, uma vez que, atua principalmente, sobre a freqüência cardíaca, contratilidade do miocárdio e
pressão arterial. Entretanto, não está bem elucidado de que maneira o exercício físico atua no sistema cardiovascular, principalmente em parâmetros como a Pressão Arterial, de animais que foram expostos à desnutrição durante a gestação. Utilizando um modelo experimental, que
reproduz em ratos um tipo de má nutrição humana encontrada no Nordeste do Brasil, utilizamos uma dieta multideficiente hipoproteica e
hipercalórica, a Dieta Básica Regional (DBR). Objetivo: avaliar a influência do treinamento físico sobre os níveis de pressão arterial de animais
submetidos à desnutrição multicarenciada durante o período perinatal e o ganho ponderal, em ratos Wistar na fase adulta. Métodos: A má
nutrição materna foi induzida durante o acasalamento, gestação e lactação através de uma dieta multicarenciada, denominada Dieta Básica
Regional (DBR). Os animais foram gerados e amamentados por matrizes alimentadas com a dieta normoproteica ou multicarenciada (DBR).
Inicialmente, foram formados dois grupos, o desnutrido (D), alimentado com a dieta multicarenciada e o controle (C), alimentado com a dieta
normoproteica. Na sétima semana, de acordo com a realização ou não de atividade física, cada grupo foi subdividido em dois subgrupos,
Controle Sedentário (CS), Controle Treinado (CT), Desnutrido Sedentário (DS) e Desnutrido Treinado (DT). O treinamento foi realizado com
exercício aeróbico moderado em esteira elétrica durante 8 semanas, 5 dias/semana, com a velocidade e o tempo aumentando progressivamente. A pressão arterial sistólica foi analisada, de forma indireta, pelo método de pletismografia de cauda. A análise estatística foi realizada
através de ANOVA, duas vias, pós-teste Bonferroni, e teste t de Student não pareado (p < 0,05). Resultados: A PAS do grupo DS (152.49 ± 2.49,
n = 10) mostrou-se elevada em relação à CT (133.42 ± 1.92, n = 12), CS (134.50 ± 1.96, n = 8) e DT (139.54 ± 2.28, n = 11) (p<0.001). Entretanto, nenhuma diferença foi encontrada entre os grupos controle (CS e CT). Em relação ao ganho ponderal, a desnutrição materna acarretou
baixo peso ao nascimento (14.12 ± 0.39 vs. 8.34 ± 0.19, p <0.001), o que perdurou durante a lactação (43.78 ± 0.48 vs 15.69 ± 0.57, p <0.001).
Os animais desnutridos, treinados ou sedentários, apresentaram, peso corporal menor que os sedentários controle no início do protocolo
de treinamento (163.00 ± 5.75 vs 114.27 ± 3.29, p <0.001). Ao final do treinamento, os resultados demonstraram que os animais treinados
apresentaram menor peso corporal em relação aos animais do grupo sedentário (244.91 ± 7.92 vs 282, 38 ± 10.38, p <0.01). Conclusão: O
treinamento foi capaz de reduzir a pressão arterial dos animais desnutridos, provavelmente pelo envolvimento do sistema vascular através
do aumento da liberação/biodisponibilidade do NO.
Palavras-chave: desnutrição, exercício, PAS.
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PESQUISA ORIGINAL
EFEITOS DA IMUNODEPRESSÃO INDUZIDA COM UNCARIA TOMENTOSA E FK506 (TACROLIMUS)
EM TRANSPLANTE DE PELE HETERÓLOGO EM COELHOS
Autores:Ac. Karoline Pereira Reis Vieira de Carvalho; Ac.Camila Vieira de Carvalho Pereira Reis; Ac. KeyfaneDelmondes Oliveira; Ac.NilianeMyrinkiStoppa Sotero; Ac. Diego Furtado da Cunha;Prof. João Batista Vieira de Carvalho ( orientador).
Acadêmicos do Curso de Medicina da Universidade José do Rosário Vellano, UNIFENAS, Alfenas, MG.Membros da ANGIOLIGA.Liga de
Angiologia e Cirurgia Vascular, UNIFENAS, Alfenas, MG.
Professor e Coordenador do Grupo de Pesquisa em Transplante e Reperfusão de Órgãos, UNIFENAS, Alfenas,
MG.TCBC MG. Cirurgia Cardíaca.
Instituição:Grupo de Transplante e Reperfusão de Órgãos; Angioliga; Departamento de Cirurgia Cardiovascular e Angiologia e Cirurgia
Vascular, Faculdade de Ciências Médicas da UNIFENAS, Alfenas, MG.
Introdução: Os extratos de Uncaria tomentosa (planta amazônica) são referenciados como possuidores de atividade imunodepressora. O
exato mecanismo ainda não é conhecido. Outra droga imunossupressora de amplo uso clínico é o FK506. Os efeitos imunodepressores do
FK506 e bem estabelecido clinicamente em transplantes hepático, renal e de pâncreas. Objetivo: O objetivo deste trabalho é avaliar a ação
da Uncaria tomentosa como imunodepressor em transplante de órgãos, de forma isolada ou em combinação com o FK506 na prevenção da
rejeição ao transplante de pele heterólogo em coelho. Metodologia: Utilizou-se 40 coelhos da raça Nova Zelândia sendo 20 doadores e 20
receptores submetidos a anestesia geral. Os animais receptores foram divididos em quatro grupos ( n = 5 ) :
Grupo I ( controle ) - animais não-imunodeprimidos;
Grupo II ( imunodeprimidos com extrato de Uncaria Tomentosa na dose de 5,0 mg/kg/dia );
Grupo III ( imunodepressão com FK506 na dose de 5,0 mg/kg/dia);
Grupo IV ( imunodeprimidos com extrato de Uncaria tomentosa na dose de 5,0 mg/kg/dia associado ao FK506 na dose de 5,0 mg/kg/dia ).
Foram realizados transplantes de pele heterólogo de 5,0 X 5,0 cm no dorso dos animais. Os medicamentos foram administrados através de
cateter orogástrico, a partir do dia anterior ao transplante.Resultados: Observou-se uma maior sobrevida do enxerto cutâneo nos grupos
II,III e IV sem diferença estatística significativa. Conclusão: Os resultados sugerem que o extrato de Uncaria tomentosa apresenta atividade
imunodepressora de forma isolada ou associada ao FK506.
PESQUISA ORIGINAL
ESTUDO DA INCOMPETÊNCIA VALVULAR DAS VEIAS PERFURANTES DE COCKETT E SUA RELAÇÃO COM A OCORRÊNCIA DE INSUFICIÊNCIA
VENOSA CRÔNICAAVANÇADA
Autores: Ac.Niliane Mayrinki Stopa Sotero; Ac. Leandro Nogueira Giffoni do Amaral ; Ac. Jéssica Toledo Bonifácio Guimarães; Ac. Marcus
Vinícius Caixeta Ferreira;Ac. João Ricardo Soares Moreira; Prof. João Batista Vieira de Carvalho( orientador).
Acadêmicos do Curso de Medicina da Universidade José do Rosário Vellano, UNIFENAS, Alfenas, MG.Membros da ANGIOLIGA. Liga de
Angiologia e Cirurgia Vascular, UNIFENAS, Alfenas, MG.
Professor e Coordenador do Grupo de Pesquisa em Transplante e Reperfusão de Órgãos, UNIFENAS, Alfenas, MG.TCBC MG. Cirurgia
Cardíaca.
Instituição:Grupo de Transplante e Reperfusão de Órgãos; Angioliga; Departamento de Cirurgia Cardiovascular e Angiologia e Cirurgia
Vascular, Faculdade de Ciências Médicas da UNIFENAS, Alfenas, MG.
Introdução: É relatado na literatura a relação da insuficiência das veias perfurantes com a ocorrência de quadros avançados de insuficiência
venosa crônica e de varizes de membros inferiores. As valvas venosas das veias perfurantes quando insuficientes associam-se com quadro de
refluxo, edema e alterações tróficas ( eczema, dermatite ocre e lipodermatoesclerose ). Objetivo: O objetivo deste trabalho foi estudar a anatomia das valvas venosas das veias perfurantes de Cockett 1, 2 e 3 e a associação da presença de refluxo com alterações tróficas em pacientes
com insuficiência venosa crônica. Métodologia: Estudou-se através de ecodoppler venoso vinte pacientes divididos em dois grupos. Grupo I (
n= 10 ) pacientes sem evidências de doença venosa ao exame clínico e Grupo II ( n=10) pacientes com insuficiência venosa crônica associada
a varizes e alterações tróficas em membros inferiores e/ou edema.Estudou-se a ocorrência de refluxo nas veias perfurantes de Cockett 1, 2 e
3 e a associação com a ocorrência de alterações tróficas e ou edema de membros inferiores. Os resultados foram analisados pelos métodos
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estatísticos t de student e Kruskall-Wallis com grau de significância de 0,05. Resultados: Observou-se associação de refluxo em veias de Cockett 1, 2 e 3 com a ocorrência de insuficiência venosa crônica, edema e alterações tróficas ( dermatite ocre, lipodermatoesclerose e eczema).
Conclusão: Os resultados evidenciaram que a insuficiência das veias perfurantes de Cockett 1, 2 e 3 associam-se com graus mais avançados
de insuficiência venosa crônica . O emprego de medidas terapêuticas para tratamento do refluxo têm-se mostrado efetivas no tratamento da
incompetência valvar das veias perfurantes distais.
PESQUISA ORIGINAL
ESTUDO EXPERIMENTAL DO COMPORTAMENTO DO ENXERTO VENOSO HETERÓLOGO EM DERIVAÇÃO DA VIA BILIAR
Autores: Ac. Isadora Ribeiro Viana; Ac.Lucas Silva Barros; Ac. João Raphael Cabral; Ana Paula Ghisi ; Camila Vieira de Carvalho Pereira
Reis; Prof. João Batista Vieira de Carvalho ( orientador).
Acadêmicos do Curso de Medicina da Universidade José do Rosário Vellano, UNIFENAS, Alfenas, MG.Membros da ANGIOLIGA.Liga de
Angiologia e Cirurgia Vascular, UNIFENAS, Alfenas, MG.
Professor e Coordenador do Grupo de Pesquisa em Transplante e Reperfusão de Órgãos, UNIFENAS, Alfenas,
MG.TCBC MG. Cirurgia Cardíaca.
Instituição:Grupo de Transplante e Reperfusão de Órgãos; Angioliga; Departamento de Cirurgia Cardiovascular e Angiologia e Cirurgia
Vascular, Faculdade de Ciências Médicas da UNIFENAS, Alfenas, MG.
Introdução: Os procedimentos de reconstrução das vias biliares com a utilização de próteses ouplastias com tecido da própria via biliar associam-se com complicações graves. A veia safena autógena tem sido utilizada como enxerto venoso para a substituição de segmentos arteriais
de forma reversa no tratamento da insuficiência coronariana) e no trauma. Objetivo: O objetivo deste estudo foi a verificação da viabilidade
da utilização de segmento venoso heterólogo para a derivação da via biliar estenosada e dilatada. Material e Método: Utilizamos vinte coelhos ( dez doadores do enxerto venoso-v. cava caudal – Grupo I ) e dez coelhos receptores ( Grupo II .) Os coelhos do Grupo I foram submetidos a cirurgias de ligadura do colédoco distal para determinar dilatação das vias biliares proximais. Após sete dias foram relaparotomizados
e submetidos à derivação da via biliar dilatada com interposição de segmento venoso da veia cava caudal reverso entre a vesícula biliar e
a 1ª porção do duodeno com anastomose T-L com prolene 70. Após quinze dias os coelhos receptores foram mortos e o segmento de veia
autógena retirado em continuidade com a via biliar derivada para estudo histológico em HE. Resultados: Observou-se boa perviedade da via
biliar principal após a reconstrução com segmento venoso e da icterícia. A microscopia revelou processo inflamatório e fibrose sem oclusão.
Ocorreram fístulas em 30% dos animais que receberam o enxerto sem evidências de ruptura macroscópica. Conclusões: Este estudo sugere
que a utilização de segmento venoso autógeno devalvulado pode ser um substituto da via biliar .
PESQUISA ORIGINAL
RESULTADOS EXPERIMENTAIS DA SUBSTITUIÇÃO VASCULAR COM SEGMENTOS PERITONEAIS DE COELHOS
Autores: Ac. KeyfaneDelmondes Oliveira; Ac. NilianeMayrinkiStopaSotero, Ac. Diego Furtado da Cunha; Ac. Lucas Silva Barros; Ac. João
Rapahel Cabral; Prof. João Batista Vieira de Carvalho ( Orientador) .
Acadêmicos do Curso de Medicina da Universidade José do Rosário Vellano, UNIFENAS, Alfenas, MG.Membros da ANGIOLIGA.Liga de
Angiologia e Cirurgia Vascular, UNIFENAS, Alfenas, MG.
Professor e Coordenador do Grupo de Pesquisa em Transplante e Reperfusão de Órgãos, UNIFENAS, Alfenas, MG.TCBC MG. Cirurgia
Cardíaca.
Instituição:Grupo de Transplante e Reperfusão de Órgãos; Angioliga; Departamento de Cirurgia Cardiovascular e Angiologia e Cirurgia
Vascular, Faculdade de Ciências Médicas da UNIFENAS, Alfenas, MG.
Introdução: A utilização de segmentos peritoneiais de coelhos para substituição de segmentos arterectomizados ou em derivações fêmorofemorais curtas têm sido estudada com relação a deiscência, formação de pseudoaneurismas e rupturas secundárias assim como a endotelização do segmento implantado. Objetivo: Estudar o comportamento de enxertos peritoneais de coelhos na substituição de segmentos arteriais
arterectomizados. Método: Utilizou-se 20-vinte coelhos sendo 10 do sexo feminino e 10 do sexo masculino.Os coelhos foram submetidos a
anestesia geral.Através delaparotomia mediana no doadorretirou-se segmentos de peritônio de 10x10 cm quadrangulares que foram lavados
com sorofisiológico e a seguir moldados para constitui neovaso.No receptor realizou-se inguinotomia esquerda vertical, dissecção da artéria
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femoral,heparinização,arterectomia de 5,0 cm e reconstrução utilizando o neovaso com anastomose T-T deprolene 70 contínuo.Após 30 dias
da cirurgia foi retirado o enxerto e submetido a exame macroscópico eanátomo-patológico com HE. Resultados: Observou-se trombose em
60 % dos enxertos.Em 40 % dos enxertos observou-se a patência.Em 30% dos enxertos trombosados ocorreu ruptura com formação de pseudoaneurismas. Conclusão:Apesar da alta prevalência de trombose, observou-se que em 40 % dos enxertos ainda encontravam-se patentes.
Os segmentos peritoneais podem representar uma alternativa diante de situações complexas na ausência de outras opções para substituição
arterial.
PESQUISA ORIGINAL
RESULTADOS EXPERIMENTAIS EM IMUNODEPRESSÃO COM EXTRATOS DE PLANTAS AMAZÔNICAS NO TRANSPLANTE CARDÍACO HETEROTOPICO EXPERIMENTAL DE COELHOS.
Autores:Ac.Lucas Silva Barros; Ac. Fernanda de Oliveira Becci; Ac. Laryssa Gonçalves Vieira; Ac. André Cesário Dalsóquio; Ac. Vinícius
Miranda Borges; Prof. João Batista Vieira de Carvalho ( orientador).
Acadêmicos do Curso de Medicina da Universidade José do Rosário Vellano, UNIFENAS, Alfenas, MG.Membros da ANGIOLIGA.Liga de
Angiologia e Cirurgia Vascular, UNIFENAS, Alfenas, MG.
Professor e Coordenador do Grupo de Pesquisa em Transplante e Reperfusão de Órgãos, UNIFENAS, Alfenas, MG.TCBC MG. Cirurgia
Cardíaca.
Instituição:Grupo de Transplante e Reperfusão de Órgãos; Angioliga; Departamento de Cirurgia Cardiovascular e Angiologia e Cirurgia
Vascular, Faculdade de Ciências Médicas da UNIFENAS, Alfenas, MG.
Autores: João Batista Vieira de Carvalho; Fernanda Moura; Karoline Pereira Reis Vieira de Carvalho; Camila Vieira de Carvalho Pereira
Reis; Thais Cristina Carvalho; Sarah Tucci de Biaso; Jessica Toledo Bonifácio
Professor e Coordenador do Grupo de Pesquisa em Transplante e Reperfusão de Órgãos, UNIFENAS, Alfenas, MG.TCBC MG.Cirurgia Cardíaca.
Acadêmicos do Curso de Medicina da Universidade José do Rosário Vellano, UNIFENAS, Alfenas, MG.Membros da ANGIOLIGA.Liga de
Angiologia e Cirurgia Vascular, UNIFENAS, Alfenas, MG.
Instituição:Grupo de Transplante e Reperfusão de Órgãos; Angioliga; Departamento de Cirurgia Cardiovascular e Angiologia e Cirurgia
Vascular, Faculdade de Ciências Médicas da UNIFENAS, Alfenas, MG.
Introdução: A busca de imunossupressores com menores efeitos colaterais constitui linha de pesquisa em vários centros. Plantas amazônicas
e seus extratos têm sido apontadas como portadoras de atividades imunodepressoras com possível ação em imunomodulação em transplantação. Objetivo: Estudar possíveis efeitos imunossupressores dos extratos das espécies Pteridonpubescens e Uncaria tomentosa (plantas
amazônicas). Método: Utilizou-se o extrato das espécies Pteridonpubescens e Uncaria tomentosa que foram administrados via oral por gavage 10ml MID desde o pré-operatório e mantidos até a cessação dos batimentos cardíacos ou óbito dos animais.Utilizou-se anestesia geral
e transplante cardíaco heterotópico no abdome dos animais conforme técnica descrita por PRIESTLEY et all(19933).Utilizou-se três grupos de
10 animais.GrupoI-controle; Grupo II-extrato de Pteridonpubescens e Grupo III-extrato de Uncaria tomentosa.Os animais foram observados
no pós-operatório, pesados, verificado a presença de batimentos cardíacos e o estado clínico. Os corações explantados foram fixados em formol 10%, coloração com hematoxilina-eosina e estudo microspcópico. Resultados: Observou-se rejeição em todos os espécimes dos grupos
tratados com extratos de Pteridonpubescens. O nível de rejeição prevalente foi o 2R conforme a classificação da rejeição da ISHLT.O animais
tratados com o extrato de Uncaria tomentosa (Grupo II) apresentaram 60% de rejeição( graus 2R e 3).Em quatro animais não se observou
sinais de rejeição(40%). Conclusão: Há evidências iniciais que o extrato de Uncaria tomentosa apresenta atividade imunodepressora .Estudos
verificando o nível de pureza dos extratos e a dose terapêutica são necessários para verificar a real presença de atividade imunodepressora
no extrato de Uncaria tomentosa.
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PESQUISA ORIGINAL
Presença do Alelo e4 de Apolipoproteína E Está Relacionado à Elevação dos Níveis de Triglicerídios, Diminuição de HDL-Colesterol e Diminuição da Sensibilidade à Insulina – Todos Considerados Fatores de Risco Cardiovascular Aterosclerótico
Ac. LayseCiane Silveira Cirino de Britto Galvão, Ac. Kaique Leal Campos, Ac. Rayanne Mayara Silva de Oliveira Valgueiro de Andrade, Ac.
Kelly Rayane Paiva Carvalho, Ac. Gessylene Suellen Ferreira de Souza Oliveira, Profa. Dra. Bianka Santana dos Santos (Orientadora).
1-Curso de Medicina, Centro Acadêmico do Agreste – CAA, Universidade Federal de Pernambuco – UFPE.
Introdução: Apolipoproteína E (ApoE) é uma glicoproteína que pode influenciar no metabolismo dos lipídios, que se reflete em variações de
seus níveis plasmáticos. ApoE provém comumente de três alelos (e2, e3, e4), que resultam em seis genótipos (E2/2,E2/3, E2/4, E3/3, E3/4,
E4/4), sendo E3/3 considerado o tipo selvagem. Porém as variações lipídicas e lipoprotéicas podem apresentar-se divergentes dependendo
da população estudada. Além disto, é possível que genótipos de ApoE estejam ligados à resposta do organismo ao hormônio insulina. Entretanto, muito pouco se tem estudado sobre esta possível relação. Objetivos: Investigar o efeito de genótipos de ApoE sobre lipídios e sobre o
Índice de Checagem Quantitativo de Sensibilidade à Insulina (QUICKI).Metodologia:1.188 indivíduos, de ambos os sexos (média de idade 45 ±
desvio padrão de 16 anos), provenientes do Estado de Pernambuco, foram selecionados de forma aleatória, após cálculo amostral realizado
com o auxílio do programa estatístico EpiInfo e aprovação por Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos. Amostras sanguíneas foram
obtidas para a realização da genotipagem e para as determinações bioquímicas, após jejum de 12 horas. Genótipos foram identificados através de PCR-RFLP (Reação em Cadeia da Polimerase-Polimorfismo por Tamanho do Fragmento de Restrição). QUICKI foi encontrado através
da equação {1/[log insulina + log glicose]}, após determinação enzimática da glicemia e da insulinemia, através do ensaio imunoenzimático
por micropartículas. Colesterol Total (CT), HDL-colesterol e Triglicerídios (TG) foram determinados através de métodos enzimáticos, enquanto
que LDL-colesterol e VLDL-colesterol foram acessados através da equação de Friedewald. Significâncias estatísticas (p<0,05) foram analisadas
através de Análise de Variância e os resultados foram expressos em média±erro padrão da média.Resultados:Os genótipos encontrados foram: E2/3 (frequência=8,3%), E3/3 (69,5%) e E3/4 (22,2%). Indivíduos portadores do genótipo E3/3 apresentaram significativamente maiores
níveis plasmáticos de CT (199,8±2,6mg/dL) e de LDL-colesterol (130,0±2,5mg/dL) quando comparados aos encontrados em portadores de
E2/3 (CT=170,7±3,2mg/dL; LDLcolesterol=105,7±2,8mg/dL) e de E3/4 (CT=188,3±6,0mg/dL; LDL-colesterol=121,3±5,7mg/dL). Por sua vez,
indivíduos com E3/4 apresentaram maiores níveis plasmáticos de VLDL-colesterol e de TG, quando comparados com os outros genótipos de
ApoE. Indivíduos com E3/4 também tiveram os menores níveis de HDL-colesterol e os menores valores de QUICKI. Conclusão: Este estudo
indica que o genótipo E3/4 de ApoE está relacionado a um perfil lipídico ligado a uma menor sensibilidade à insulina (elevação de TG e diminuição de HDL-colesterol), estando, desse modo, aumentada a probabilidade de eventos cardiovasculares, haja vista estas alterações serem
consideradas importantes fatores de risco cardiovascular aterosclerótico.
Apoio Financeiro: CAPES, FACEPE E CNPq.
Pesquisa Original
EFEITO VASORRELAXANTE DE AAL 195, UM INIBIDOR DE FOSFODIESTERASE 4, EM ARTÉRIA MESENTÉRICA SUPERIOR DE RATOS
Autores: Ac. Edla de Azevedo Herculano, Ac. Jessyka Carolina Galvão da Silva, Ac. Cintia Danieli Ferreira Costa, Prof. Dr. João Xavier de
Araújo Júnior, Profª. Drª. Êurica Adélia Nogueira Ribeiro (Orientadora)
Instituições: 1- Laboratório de Farmacologia Cardiovascular, ESENFAR-UFAL, 2- Instituto de Química e Biotecnologia, IQB-UFAL
Introdução: As fosfodiesterases são enzimas que desempenham um importante papel na sinalização intracelular por promover a hidrólise
do AMPc/GMPc e estão localizadas em diversos tecidos, dentre eles, o cardiovascular (LUGNIER, 2006). Inibidores dessas enzimas têm sido
utilizados na prática clínica para o tratamento de doenças como a asma, a depressão, a disfunção erétil e a hipertensão arterial pulmonar.
AAL 195 é um inibidor de fosfodiesterase 4, cujo substrato específico é o AMPc (KRIER et al, 2005). vObjetivo: Avaliar o efeito vasorrelaxante
induzido por AAL 195 em anéis de artéria mesentérica superior de ratos. Metodologia: Ratos machos Wistar (250–300g) foram eutanaziados por ensanguinação sob anestesia e a artéria mesentérica superior foi removida e seccionada em anéis (1–2 mm), o qual foi montada em
um banho para órgãos, contendo 5 mL de solução Tyrode à 37 °C e gaseificada com 95% O2 – 5% CO2. Para o registro da tensão isométrica,
cada anel foi fixado num transdutor de força conectado a um sistema de aquisição de dados. O efeito vasorrelaxante foi avaliado após adição
cumulativa das concentrações de AAL 195 em anéis pré-contraídos com fenilefrina (FEN) ou KCl 80 mM. Para avaliar se AAL 195 é capaz de
inibir a mobilização de cálcio dos estoques intracelulares, anéis mesentéricos sem endotélio foram expostos à solução tyrode sem Ca2+ e 10
µM de FEN ou 20 mM de cafeína foram adicionados (HPÓLITO et al, 2011). Este procedimento foi repetido para obtenção de duas contrações
transientes similares ao agonista e uma terceira contração foi obtida 30 min após a incubação de AAL 195 (10-9; 3x10-7; 10-6; 3x10-6 ou 10-5
M). Os valores obtidos foram expressos como média±e.p.m. Os dados foram analisados com o teste t de Student ou ANOVA “One-way” e
foram considerados significantes quando p<0,05. Resultados: AAL 195 (10-9–10-5 M) promoveu vasorrelaxamento em anéis mesentéricos
de ratos, pré contraídos com FEN, de maneira dependente de concentração (pD2=-6,43±0,04 M e Emáx=100,00±1,64 %). Após a retirada do
endotélio esse efeito não foi alterado (pD2=-6,39±0,03 M e Emáx=97,70±2,87 %). Em anéis mesentéricos sem endotélio, pré-contraídos com
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KCl 80 mM, AAL 195 (3x10-8–10-2 M) promoveu vasorrelaxamento dependente de concentração (pD2=-4,44±0,05 M e Emáx=100,62±1,19
%). No entanto, AAL 195 mostrou-se mais potente após pré-contração por FEN, sem alterar o efeito máximo. Em meio livre de Ca2+, a pré-incubação com AAL 195 atenuou significativamente as contrações transientes induzidas por FEN. Nas mesmas condições experimentais, apenas
a concentração de 10-5 M de AAL 195 foi capaz de atenuar significativamente as contrações induzidas por 20 mM de CAF. Conclusão: AAL 195
é capaz de promover efeito vasorrelaxante, independente do endotélio, em anéis mesentéricos, e possui ação inespecífica. Ademais, AAL 195
parece inibir a mobilização de Ca2+ dos estoques intracelulares. Entretanto, são necessários mais estudos para melhor elucidar o mecanismo
que envolve esse efeito.
Forma de Apresentação: Mural
Referências:
- HIPÓLITO, U. V. et al. The semi-synthetic kaurane ent-16α-methoxykauran-19-oic acid induces vascular relaxation and hypotension in rats.
Eur. J. Pharmacol. v. 660, p. 402–410, 2011.
- KRIER, M. et al. Design of small-sized libraries by combinatorial assembly of linkers and functional groups to a given scaffold: application
to the structure-based optimization of a phosphodiesterase 4 inhibitor. J. Med. Chem. v. 48, p. 3816-3822, 2005.
- LUGNIER, C. Cyclic nucleotide phosphosdiesterase (PDE) superfamily: a new target for the development of specific therapeutic agents.
Pharmacology & Therapeutics. v. 109, p. 366-398, 2006.
PESQUISA ORIGINAL
EFEITOS DA ASSOCIAÇÃO DO HORMÔNIO TIREOIDIANO E EXERCÍCIO FÌSICO NA RESPOSTA HIPERTRÓFICA DO CORAÇÃO DE RATOS
Fernanda Rodrigues de Souza, Rafaella Chagas Nobre Rodrigues, Leandro Teixeira Paranhos Lopes,
Marcelo Emílio Beletti, Elmiro Santos Resende
Laboratório de medicina experimental do serviço de cardiologia do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia
Fundamento: A hipertrofia cardíaca constitui um dos componentes do remodelamento cardíaco e ocorre em resposta ao aumento da atividade ou da sobrecarga funcional imposta ao coração. Objetivo: Comparar os efeitos da associação do hormônio tireoidiano edo exercício
físicona resposta hipertrófica do coração de ratos. Método: Foram utilizados 37 ratos da linhagem Wistar, machos, adultos (>250g), distribuídos aleatoriamente em quatro grupos: controle, hormônio, exercício, hormônio e exercício (H+E). O grupo controle não sofreu intervenção;
o grupo hormônio recebeu diariamente levotiroxina sódica por gavagem, na dose de 20 μg de HT/100g de peso corporal; o grupo exercício
realizou natação cinco vezes por semana, com peso adicional correspondente a 20% do peso corporal, durante seis semanas;no grupo H+E
foram aplicados simultaneamente os tratamentos dos grupos hormônio e exercício. Para analisar a correlação entre o peso total do coração
(PCor), peso do ventrículo esquerdo (PVE), diâmetro transversal dos cardiomiócitos (DTC) e porcentagem de colágeno foi utilizado o teste de
correlação de Pearson, sendo significantes valores dep< 0,05. Resultados:Houve correlação positiva entre o PVE e PCor (r= 0,74; p<0,05)no
grupo controle.As demais comparações neste grupo não mostraram significância.Aplicadas as mesmas análises ao grupo hormônio, encontrou-se correlação positiva apenas entre o DTC e PCor(r= 0,70; p<0,05). No grupo exercício houve correlação positiva entre o PVE e PCor (r=
0,67; p<0,05), e entre a percentagem de colágeno e PVE (r= 0,79; p<0,05) e correlação negativa entre DTC e PVE (r= 0,62; p<0,05) e entre a
percentagem de colágeno e DTC (r= 0,67; p<0,05).No grupo H+E foi encontrada correlação positiva entre PVE e PCor (r=0,80; p<0,05) e entre
o DTC e PVE (r= 0,71; p<0,05).
(r=0,80; p<0,05) (r= 0,71; p<0,05)
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Conclusão: No grupo H+E, o aumento do PCor foi acompanhado pelo aumento do peso do VE, reproduzindo o padrão do controle. No mesmo grupo, o aumento do PVE foi diretamente proporcional ao aumento do DTC.A ausência de correlação entre o PVE e a percentagem de
colágeno demonstra que o padrão hipertrófico não foi diretamente correlacionado ao grau de fibrose, embora o aumento de colágeno tenha
sido observado no grupo H+E.
PESQUISA ORIGINAL
Os níveis séricos de paratormônio não se correlacionam com o índice de massa do ventrículo esquerdo
em pacientes com doença renal crônica em hemodiálise.
Ac. Patrícia Carvalho Medrado, Prof. Francisco de Assis Costa (orientador), Dra. Margareth de Souza Lira Handro,
Dra. Ana Cely Santana Setton, Ac. Sarah de Souza Lira Gameleira, Ac. Matheus Lira Handro.
1. Acadêmico de medicina da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas
2. Cardiologista no Hospital do Açúcar, Maceió-AL
3.Cardiologia no Harmony Cor, Maceió- AL
Introdução: Há relatos de associação entre níveis séricos de paratormônio (PTH) e o índice de massa do ventrículo esquerdo (IMVE), obtido
pelo ecocardiograma (ECO). Este hormônio é importante na fisiopatologia de algumas das alterações cardiovasculares que ocorrem na doença renal crônica (DRC). Objetivo: Correlacionar os níveis séricos de PTH com o IMVE obtido pelo ECO. Métodos: Estudados 100 pacientes
(p) com DRC em estágio 5 de todas as etiologias em hemodiálise (HD) há pelo menos seis meses. O PTH foi analisado segundo as normas do
Ministério da Saúde para pacientes com DRC estágio 5. Considerou-se a média dos últimos seis meses. Foram considerados intervalo de confiança = 95% e p < 0,05 para se estabelecer significância estatística. Resultados: A amostra foi composta por 58 homens e 42 mulheres, com
idade média de 46,2 ± 14 anos. Ao ECO, HVE foi detectada em 83 pacientes. A média do IMVE foi de 154,9 ± 57,3 g/m2. A média dos níveis
séricos do PTH na amostra estudada foi de 481,7 ± 615,0 pg/ml. A correlação linear de Pearson entre IMVE e o PTH foi de r = 0,158 e teste
t de Student revelou p = 0,236. Conclusão: Ao contrário de alguns relatos da literatura não houve associação significante entre os níveis de
PTH e o IMVE na população estudada.
PESQUISA ORIGINAL
O ELETROCARDIOGRAMA NO DIAGNÓSTICO DE PADRÕES GEOMÉTRICOS DE HIPERTROFIA VENTRICULAR ESQUERDA
EM PACIENTES COM HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA
Prof. Francisco de Assis Costa (orientador), Ac. Luana Freire Goes, Dra. Margareth de Souza Lira Handro, Dra. Maria Alayde Mendonça da
Silva, Dr. Rodrigo Montenegro do Amaral Costa, Ac. Matheus Lira Handro
Instituições: 1 – Hospital do Açúcar, Maceió-AL, 2 - Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Alagoas,3- Harmony Cor, Maceió-AL, 4 – Hospital Universitário Professor Alberto Antunes, Maceió-AL, 5 – Santa Casa de Misericórdia, Maceió-AL, 6 – Faculdade de
Medicina da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas
Introdução: A hipertrofia ventricular esquerda (HVE) é um forte e independente fator de risco cardiovascular quando diagnosticada seja por
qual for o método propedêutico. Objetivo: Avaliar o poder de diagnóstico do eletrocardiograma (ECG) para identificar os dois padrões estabelecidos de HVE – concêntrico e excêntrico – por intermédio de diferentes critérios eletrocardiográficos de análise de sobrecarga ventricular
esquerda. Metodologia: Foram analisados os traçados de ECG de 763 pacientes hipertensos com diagnóstico de HVE firmado pelo ecocardiograma transtorácico, segundo o índice de massa do ventrículo esquerdo (IMVE). Oito critérios eletrocardiográficos foram utilizados no diagnóstico dos dois tipos de HVE. Resultados: Dos 763 pacientes, 326 (42,7%) apresentavam HVE concêntrica e 437 (57,3%) HVE excêntrica. A
média de idade da população geral era de 59,5 ± 11,1 anos. De acordo com a sensibilidade dos critérios eletrocardiográficos estudados foram
os seguintes os valores de p na identificação dos padrões concêntrico e excêntrico de HVE: [(S + R) X QRS]< 0,0001; Sokolow-Lyon = 0,0433;
Cornell voltagem = 0,0172; Cornell duração = 0,1812; Romhilt-Estes = 0,0356; RaVL = 0,1203; Perúgia = 0,0020; strain = 0,0181.
Conclusões: Com base nestes dados conclui-se que o ECG é uma ferramenta útil e com maior poder de diagnóstico quando a HVE é do padrão
geométrico concêntrico.
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PESQUISA ORIGINAL
Estudo Ecológico dos Óbitos por Cardiopatia Isquêmica na Cidade de Maceió - AL entre 2001 e 2011
Autores: Ac. José Sharllon de Souza Silva; Ac. Shirlley de Sousa Silva; Ac. Stefany Karoline Teodoro Correia; Ac. João Victor Campos da
Silva; Ac. Jocyellen Christyne da Silva Casado; Prof. Divanise Suruagy Correia (Orientadora)
Instituições: 1- Faculdade de Medicina da Universidade da Universidade Federal de Alagoas,
2- Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas
Resumo
Introdução: As doenças cardiovasculares representam a causa mais frequente de morte ao redor do mundo, ultrapassando patologias como
o câncer ou até mesmo eventos como os acidentes de trânsito. As cardiopatias isquêmicas (principalmente angina de peito e infarto do miocárdio) representam grande parcelas desses óbitos. Na fisiopatologia da cardiopatia isquêmica estão envolvidos dois fatores: a oferta e a demanda de oxigênio pelo miocárdio. A isquemia miocárdica ocorre quando há desequilíbrio na oferta e na demanda de oxigênio. Os fatores de
risco para essa doença incluem tabagismo, hipertensão arterial sistêmica, hiperlipidemia, diabetes melito e intolerância à glicose, resistência
à insulina, obesidade, vida sedentária e estado hormonal (deficiência de estrógeno). Objetivos: Caracterizar da mortalidade por cardiopatia
isquêmica na cidade de Maceió-AL durante o período de 2001 à 2011.Metodologia: Trata-se de um estudo ecológico, observacional, descritivo, transversal realizado a partir de dados secundários de óbitos por doenças isquêmicas cardíacas, ocorridos na cidade de Maceió - AL no
período de 2001 a 2011.Os dados foram obtidos através do sistema TabNET do DataSUS. As variáveis estudadas foram: sexo, faixa etária, óbitos por ano de ocorrência. Resultados e Discussão: Durante o período do estudado a média da taxa de mortalidade em Maceió por doenças
foi de 37,25 óbitos por 100.000 habitantes, sendo a taxa média superior nos homem (45,17 óbitos por 100.000 habitantes). Enquanto nas
mulheres a taxa de mortalidade por cardiopatia isquêmica foi de 30,21 óbitos por 100.000 habitantes. A maior incidência de óbitos ocorreu na
faixa etária dos 70 a 79 anos em todos os anos estudados. De 2001 a 2011 houve um aumento de 37,7% no número de óbitos por ano. Esse
aumento da mortalidade foi acompanho pelo aumento nas prevalência de fatores de risco tabagismo, hipertensão arterial sistêmica, diabetes
melito, obesidade e alcoolismos. Dados semelhantes a esse foram encontrados em outros estudos. Conclusão: Este estudo parece reforçar
a importância da associação entre o aumento da prevalência dos fatores de risco e aumento da taxa de mortalidade por cardiopatias isquêmicas. O perfil de mortalidade por doenças cardíacas isquêmicas na cidade de Maceió é semelhante ao encontrado em outras localidades.
PESQUISA ORIGINAL
O ELETROCARDIOGRAMA NO DIAGNÓSTICO DOS PADRÕES ECOCARDIOGRÁFICOS DE HIPERTROFIA VENTRICULAR ESQUERDA EM PACIENTES COM DOENÇA RENAL CRÔNICA EM ESTÁGIO 5 – Pesquisa Original
Ac. Luana Freire Goes, Prof. Francisco de Assis, Dra. Margareth de Souza Lira Handro, Dr. Ivan Romero Rivera Costa (orientador), Ac. Matheus Lira Handro, Ac. Sarah de Souza Lira Gameleira
Instituições: 1 – Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Alagoas, 2 – Hospital do Açúcar, Maceió-AL, 3- Harmony Cor, Maceió
-AL, 4 – Faculdade de Medicina da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas
Introdução: A hipertrofia ventricular esquerda (HVE) é um forte preditor de mortalidade em pacientes (p) com doença renal crônica (DRC).
Objetivo: Correlacionar seis distintos critérios eletrocardiográficos de HVE com os dois padrões geométricos conhecidos de HVE pelo ecocardiograma (ECO): concêntrico e excêntrico. Metodologia: Estudo transversal com 83 p, todos com HVE, segundo o índice de massa do
ventrículo esquerdo (IMVE) obtido pelo ECO, e DRC de quaisquer etiologias, há pelo menos seis meses em hemodiálise (HD). O eletrocardiograma (ECG) e o ECO foram realizados até uma hora após as sessões de HD. Foram considerados intervalos de confiança de 95% e p < 0,05.
Resultados: Entre os 56 p com HVE concêntrica o IMVE foi de 178,2 ± 54,8 g/m2. Já entre os 27 com HVE excêntrica o IMVE foi de 152 ± 38,2
g/m2 (p = 0,028). Dos 83 p, 48 eram homens e 35 mulheres. Ver tabela 1 abaixo. Tabela 1 – Sensibilidade, especificidade e valores de p dos
critérios eletrocardiográficos estudados, de acordo com os padrões de HVE.
*p = não significante; HVE – hipertrofia ventricular esquerda; IC – intervalo de confiança.
Conclusão: Nenhum dos métodos eletrocardiográficos estudados foi capaz de discriminar HVE, segundo seus padrões geométricos.
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PESQUISA ORIGINAL
ANEURISMA CHAGÁSICO DE VENTRÍCULO ESQUERDO: AVALIAÇÃO DO PERFIL DE PORTADORES SUBMETIDOS À CORREÇÃO EM UM CENTRO DE REFERÊNCIA EM MACEIÓ – AL.
Ac. Amanda Ferino Teixeira, Ac. Bruna Gomes de Castro, Ac. Ruldney Ray dos Santos Oliveira, Dra. Rafaela da Hora Sales, Dr. Francisco
Siosney, Dr. José Wanderley Neto (Orientador)
1.
2.
3.
4.
5.
Faculdade de Medicina – Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas
Faculdade de Medicina – Universidade Federal de Alagoas
Residente de Cirurgia Cardiovascular – Santa Casa de Misericórdia de Maceió
Cirurgião Cardiovascular – Santa Casa de Misericórdia de Maceió
Chefe do serviço de Cirurgia Cardiovascular – Santa Casa de Misericórdia de Maceió
Introdução:O aneurisma chagásico de ventrículo esquerdo (ACVE) foi descrito em 1916 por Carlos Chagas como um dos aspectos mais
característicos da Doença de Chagas. A lesão consiste em um adelgaçamento da musculatura, comumente na ponta do VE, levando ao enfraquecimento da parede e na formação de um abaulamento sistólico (aneurisma) trazendo consequências para a contração. Sua presença
é frequentemente relacionada à morte súbita, arritmias e tromboembolismo. Na correção cirúrgica,utiliza-se a circulação extracorpórea, é
feita a ressecção do aneurisma e colocação de pericárdio bovino (quando necessário).Objetivo:Avaliar aspectos clínicos, epidemiológicos e
cirúrgicos dos pacientes submetidos à correção do aneurisma de VE com etiologia chagásica. Metodologia:Estudo descritivo, transversal e
observacional, que teve como fonte o sistema de prontuários informatizados da Santa Casa de Misericórdia de Maceió. Foram avaliadas as
variáveis: sexo, idade, EUROSCORE, queixas clínicas, doenças crônicas(hipertensão arterial e diabetes), presença de marca-passo, procedimentos cirúrgicos, achados cirúrgicos, intercorrências e desfecho hospitalar. Foram excluídos os pacientes que não apresentavam dados para
análise das variáveis. Resultados: Entre Janeiro de 2009 e Fevereiro de 2014, 12 pacientes foram submetidos à cirurgia de correção, sendo
sete do sexo masculino (58,3%). A idade média foi de 54,6 anos (41-81anos), a média do EUROSCORE foi 2% (0,87-7,26%). Os achados clínicos
mais comuns foram precardialgia (25%), dispneia em repouso (25%), ritmo cardíaco irregular (RCI) (16,7%), palpitações (16,7%) e sopro sistólico em foco mitral (8,33%). Quatro pacientes referiram HAS (33,3%) e dois diabetes (16,7%), dois deles apresentando ambas as patologias.
Uma paciente apresentava marca-passo DDD. O acesso para correção foi a esternotomia em 83,3% dos pacientes, nos restantes foi feita mini
toracotomia pelo 4oEIC. A correções feitas foram: endoaneurismorrafia (33,3%), aneurismectomia de VE (33,3%) e aneurismorrafia com patch (33,3%).Em 10 pacienteso ACVE foi o único achado a ser corrigido cirurgicamente.Em um paciente foi feita revascularização do miocárdio
(RM), um paciente foi submetida também à plastia de mitral. Foi feita a cauterização do colo do aneurisma em um paciente com relato de
taquicardia ventricular no teste de esforço. Foram encontrados trombos em um paciente (8,33%). O pós-operatório imediato transcorreu sem
intercorrências em 92% dos pacientes. Apenas a paciente submetida à RM evoluiu com hipotensão, dispneia aos mínimos esforços e RCI e
posteriormente óbito. Houve um óbito, sete meses após o pós-operatório, por choque cardiogênico. Conclusão:O sexo masculino predominou, a idade média foi 54,6 anos. A correção cirúrgica éuma alternativa viável e de baixa mortalidade para diminuição da sintomatologia da
cardiopatia chagásica, diminuindo também o risco de tromboembolismo e morte súbita.
PESQUISA ORIGINAL
CIRURGIA CARDÍACA EM TESTEMUNHA DE JEOVÁ: MANEJO PRÉ, TRANS E PÓS OPERATÓRIO
PESQUISA ORIGINAL – SÉRIE DE CASOS
Dr. José Kleberth Tenório Filho, Dra. Maria Mônica Farias, Dr Francisco Siosney, Dra. Rafaela da Hora Sales, Ac. Laís Alves da Silva, Dr. José
Wanderley Neto(Orientador)
1.
2.
3.
4.
Residente em Cirurgia Cardiovascular da Santa Casa de Misericórdia de Maceió - Alagoas
Cirurgia Cardiovascular do Instituto de Doenças do Coração - Alagoas
Acadêmica da Faculdade de Medicina – Universidade Federal de Alagoas
Chefe do serviço de Cirurgia Cardiovascular do Instituto de Doenças do Coração – Alagoas
Introdução: Alguns pacientes por convicção religiosa recusam-se a receber sangue heterólogo ou autólogo estocado. Quando precisam de
CEC podem apresentar um problema sério de hemodiluição com risco de vida inerente a cirurgia. Este protocolo se destina aos pacientes que
por convicção religiosa ou filosófica não desejam usar sangue ou hemocomponentes. Destina-se também aos portadores de anemia pré-operatória que não precisem de cirurgia de emergência.Objetivo: Mostrar a nossa experiência e o nosso protocolo clinico-cirúrgico pré, trans e
pós-operatório.Metodologia: Protocolo desenvolvido no serviço de cirurgia cardíaca da Santa Casa de Maceió. Com os seguintes orientações:
1) Pré-operatória: Avaliação multidisciplinar de 4-6 semanas antes do procedimento; avaliar aceitação de hemocomponentes através de TCLE;
suspender anticoagulantes; avaliar presença de anemia e coagulopatias; solicitar exames pré-operatórios; administrar eritropoietina 3 vezes
por semana por 3 semanas com o objetivo de elevar o hematócrito em 10 pontos até o limite de 50%; administrar ainda ácido fólico, sulfato
ferroso, vitamina B12, vitamina K e desmopressina em alguns casos. 2) Trans-operatória: Restringir infusão de cristaloides; hemodiluiçãonormovolemica aguda; iniciar com nível baixo no oxigenador da CEC; evitar hipotermia; antifibrinolíticos; controle rigoroso da PA; complexo
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protrombínico; fator recombinante VIIa; sistema de coleta com autotransfusão intraoperatória. 3) Pós-operatória: controle rigoroso da PA;
identificar e tratar precocemente sangramentos; reduzir o consumo e aumentar a oferta de O2; minimizar coleta de sangue para exames;
manter normotermia; alta precoce da UTI.Resultados:Foram operados 4 pacientes testemunhas de Jeová no ano de 2012. Não tivemos
mortalidade operatória neste período. Todos os pacientes saíram da CEC com Ht>30% e Hb>10. Tivemos apenas 1 paciente com trombose
no pós-operatório dos enxertos coronarianos que segue em tratamento clinico para posterior reintervenção. Conclusão: A metodologia empregada permitiu a realização de cirurgia segura sem sangue, sem hemodiluição ou outros fatores que comprometessem o resultado seguro
dos procedimentos cirúrgicos.
PESQUISA ORIGINAL
ASPECTOS CLÍNICO–CIRÚRGICO-EPIDEMIOLÓGICOS DE PACIENTES SUBMETIDOS À CIRURGIA DE REVASCULARIZAÇÃO MIOCÁRDICA NO
INSTITUTO DE DOENÇAS DO CORAÇÃO DE ALAGOAS NO PERÍODO DE 2010 A 2014
Pesquisa Original
Ac. Bruna Gomes de Castro, Dr. José Kleberth Tenório Filho, Dr. Francisco Siosney, Ac. Amanda Ferino Teixeira,
Ac. Patrícia Carvalho Medrado, Dr. José Wanderley Neto (Orientador)
1.
2.
3.
4.
5.
Acadêmica da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Alagoas
Residente em Cirurgia Cardiovascular da Santa Casa de Misericórdia de Maceió - Alagoas
Cirurgião Cardiovascular do Instituto de Doenças do Coração - Alagoas
Acadêmica de Medicina da UNCISAL
Chefe do serviço de Cirurgia Cardiovascular do Instituto de Doenças do Coração – Alagoas
Introdução: A cirurgia de revascularização miocárdica (CRM) é uma das mais frequentes cirurgias realizadas no mundo. Baseia-se na premissa
de que a morbimortalidade da aterosclerose coronariana relaciona-se às estenoses coronarianas, de modo que ao reconstruir o fluxo por
intermédio de uma ponte, sendo a veia safena e a artéria torácica interna esquerda (ATIE) os vasos mais utilizados para esse fim, o suprimento
miocárdico de sangue pode aliviar os sintomas e prolongar a expectativa de vida. Objetivo: Apresentar aspectos clínico-cirúrgico-epidemiológicos de pacientes submetidos à CRM no Instituto de Doenças do Coração-Alagoas (IDC-AL).Método: Estudo descritivo e transversal com
pacientes submetidos à CRM no IDC-ALentre abril de 2010 e março de 2014, a partir da análise de 564prontuários. Variáveis analisadas:
idade, sexo, intervençõescardíacas associadas, presença de stent nas coronárias, lesão de tronco esquerdo (LTE), cirurgia cardíaca prévia
(CCP), EUROSCORE, número de enxertos por paciente, tipo de enxerto utilizado na DAe desfecho hospitalar(alta/óbito). Foram excluídosos
pacientes com IRC prévia e os de cirurgia não-eletiva. Resultados: A idade média encontrada foi de 59,8 anos (31 - 86 anos). O sexo masculino
teve frequência de 62,23% (n=351). Intervençõescardíacas associadas foram para corrigirCIA 0,18% (n=1), dupla lesão aórtica 0,18% (n=1),
insuficiência mitral (IM) 5,85% (n=33), insuficiência aórtica (IAo) 1,95% (n=11), estenose aórtica (EAo) 1,06% (n=6), aneurisma de ventrículo
esquerdo (AVEsq)8,69% (n=49), estenose pulmonar 0,35% (n=2), associação de IM e IAo 0,71% (n=4), de IM com AVEsq0,35% (n=2),e de EAo
com estenose mitral 0,18% (n=1), totalizando 110 (19,5%) pacientes com intervenções para correção de outras patologias cardíacas associadas.Houve CCPem 12 (2,13%). Implante prévio de stentem 37 (6,56%). LTEem 37 (6,56%), sendo1(0,18%) associado à presença de stente 1
(0,18%) com CCP. O risco calculado pelo EUROSCORE teve média de 2,48%(0,21% - 16%). A média de enxertos por paciente foi de 2,65 (1-5).
Anastomose em DA foi realizada em 386 (68,44%) pacientes, 342 com ATIE e 44 com enxerto de safena no-touch (SNT). Quanto à mortalidade intra-hospitalar, houve 33 óbitos (5,85%), sendo4pacientes comstent em coronária, 3 com LTE, 2 com CCP, 7 comIM (1 associado a IAo e
1com CCP) e 2 comEAo (1 associado a EMi). A média de EUROSCORE desses pacientes foi 3,41% (0,21 – 11,2), a idade média foi de 66,7 anos
(45 – 86 anos); havia 20 homens. Nos pacientes exclusivamente coronarianos e sem CCV prévia, a mortalidade cai para 4,98%. Conclusão:O
sexo masculino foi maioria, e a idade média foi59,8 anos. Houve aumento da mortalidadena associação àoutra intervenção cardíaca, implante
prévio de stent, CCP,LTE, e idade e EUROSCORE elevados.Em pacientes exclusivamente coronarianos e sem CCV prévia, a mortalidade é de
4,98%. O número médio de enxertos por paciente foi de 2,65. ATIE foi maioria nas anastomoses para a DA.
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PESQUISA ORIGINAL
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES HIPERTENSOS ACOMPANHADOS PELO SISTEMA HIPERDIA NA REGIÃO METROPOLITANA DE MACEIÓ - ALAGOAS, NO PERÍODO DE JANEIRO DE 2012 A ABRIL DE 2013
Ac. Imirá Machado Magalhães, Ac. Anderson Mascarenhas Nicácio, Ac. João Victor Macedo Silva, Dr. José da Silva Leitão Neto, Dr. Alfredo
Aurélio Marinho Rosa, Prof. Dr.José Wanderley Neto(Orientador)
1.
2.
3.
4.
Faculdade de Medicina – Universidade Federal de Alagoas
Residente de Cirurgia Cardiovascular – Santa Casa de Misericórdia de Maceió
Cirurgião Cardiovascular do Instituto de Doenças do Coração de Alagoas
Chefe do serviço de Cirurgia Cardiovascular do Instituto de Doenças do Coração de Alagoas
Introdução:Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é uma condição clínica multifatorial muitas vezes associada a alterações metabólicas e
funcionais de órgãos-alvo e envolvida na causa de outras doenças crônicas não transmissíveis.Aumento dos níveis pressóricos aliado a outras condições como Diabetes Mellitus (DM)favorece a complicações por doenças cardiovasculares e mortalidade. A Organização Mundial
da Saúde estima que 1 a cada 3 adultos no mundo possui HAS, aumentando proporcionalmente com a idade. Porém, o risco de HAS e suas
complicações pode serevitadopela conscientização de suas causas e intervenção sobre os fatores preveníveis.Objetivo: Traçar um perfil dos
hipertensos acompanhados pelo Sistema de Cadastramento e Acompanhamento de Hipertensos e Diabéticos (Hiperdia-SUS), de Janeiro de
2012 a Abril de 2013, na região Metropolitana de Maceió, descrevendo as complicações mais frequentes e o risco estratificado e quantificação prognóstica. Método: Estudo descritivo, quantitativo,transversal através de dados do Hiperdia, Ministério da Saúde. Os dados coletados
foram divididos em dois grupos: grupo 1 referente a apenas HAS e grupo 2, referente a HAS associada a DM. As variáveis observadas foram:
idade, sexo, sedentarismo, sobrepeso, tabagismo, IAM, outras coronariopatias, AVC, doença renal e o risco estratificado.Resultado: O total de
pacientes cadastrados foi de 1077, sendo que o grupo 1 correspondia a 731 (67,87%) dos pacientes, e ogrupo 2 correspondia 25,44%. Quanto
a faixa etária, no grupo 1 a proporção cresce com a idade, com pico em 50-55anos (13,27%), decrescendo lentamente após esta; no grupo 2
foram observados casos apartir de 25-30 anos, com pico em 60-65anos (17,15%). Em relação ao sexo, a proporção foi maior no sexo feminino
(66,76% no grupo 1 e 70,10% no grupo 2). A presença das demais variáveis foi maior no grupo que associava HAS e DM. Tabagismo esteve
presente em 16,96% do grupo 1 e 23,36% do grupo 2; sedentarismo em metade dos pacientes; o sobrepeso esteve presente em 32,8% no
grupo 1 e 42,7% no grupo 2. Em relação às complicações decorrentes das doenças, IAM foi presente 1,50% do grupo 1 e 1,82% do grupo 2;
outras coronariopatias correspondiam a 1,77% do grupo 1 e 3,28% do grupo 2; o AVC em 6,83% grupo 1 e 11,67% grupo 2; e a doença renal
em 1,5% grupo 1 e 3,64%, grupo 2. Quanto ao risco estratificado, no grupo 1 a maior porcentagem é de risco médio (38,3%), seguido do risco
não calculado (33,24% ) e risco baixo (11,63%); já no grupo 2, 50% estavam no grupo de alto risco, 36,5% não tiveram o risco calculado e
13,5% de risco muito alto.Conclusão: A HAS e DM são importantes fatores de risco cardiovascular que associados a outros fatores aumentam
a chance de complicações clínicas. Estas, por sua vez, também interferem piorando o risco estratificadoe qualidade prognóstica. Ao conhecer
o perfil epidemiológico desses pacientes, é possível orientar a adoção de estratégias de intervenção para melhor qualidade de vida.
PESQUISA ORIGINAL
MORBIDADE E MORTALIDADE HOSPITALAR NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE POR DOENÇAS HIPERTENSIVAS
EM ALAGOAS NO PERÍODO DE 2008 A 2012
Ac. Imirá Machado Magalhães, Ac. Anderson Mascarenhas Nicácio, Ac. João Victor Macedo Silva, Dra. Rafaela da Hora Sales, Dra. Maria
Mônica de Farias Costa Tenório,Prof. Dr.José Wanderley Neto (Orientador).
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Faculdade de Medicina – Universidade Federal de Alagoas
Residente de Cirurgia Cardiovascular – Santa Casa de Misericórdia de Maceió
Cirurgiã Cardiovascular do Instituto de Doenças do Coração de Alagoas
Chefe do serviço de Cirurgia Cardiovascular do Instituto de Doenças do Coração de Alagoas
Introdução: As Doenças Hipertensivas (DH) constituem hoje uma das principais causas de morbidade e mortalidade da população brasileira,com destaque no grupo de doenças cardiovasculares.Sua presença às vezes pode ser subestimada por estar associada à outra afecção
que, por apresentar maior gravidade, ganha prioridade como causa básica. O estudo de sua frequência e mortalidade, seja isolada ou causa
associada,direciona a mecanismosque possam traçar um perfil dos acometidos e criar medidas antecipatórias para diminuir o número de
internações e consequências da doença. Objetivo:Descrever o perfil das internações por DH em unidades hospitalares conveniadas ao SUS
em Alagoas, no período de 2008 a 2012, bem como a taxa de mortalidadeocorrida no período. Método: Estudo quantitativo, descritivo, de
corte transversal a partir de dados obtidos pelo Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS), do Ministério da Saúde.Foram considerados dados referentes a internações que tinham como causa básica a Hipertensão Primária (HP) e Outras doenças hipertensivas, segundo
a lista de morbidade da CID-10. As variáveis estudadas foram: sexo, cor/raça, faixa etária, regime de internação (público e privado), caráter
do atendimento (eletivo ou urgência), média de permanência e a taxa de mortalidade. Resultados:O total de internações do SUS, de 2008 a
2012, em Alagoas, por DH foram de 9531, sendo 61,46% por hipertensão primária(hp) e 38,54% por outras doenças hipertensivas. A relação
dessas entre as instituições conveniadas ao SUS foi equivalente, sendo ligeiramente maior no regime privado (50,2%). Quanto ao caráter
do atendimento, a maioria foi urgência, representando 95% do total dos atendimentos. Em relação ao sexo, a maior prevalência foi do sexo
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feminino, com 61,28%. Em relação a cor/raça, não continha esta informação em 48,32%, seguido pela cor parda(46,49%), e branca (3,31%).
Já na variávelda faixa etária, a proporção de internações cresce a partir de maiores de 01 ano, atingindo pico entre 60-69 anos, com 24,92%,
decrescendo lentamente após esta. A média de permanência das internações no período foi de 4,3 dias para HP e 4 dias para Outras Doenças
Hipertensivas. Em relação à taxa de mortalidade, esta foi de 2,15% para HP e 3,16% para Outras doenças hipertensivas, sendo maior entre o
sexo masculino nas duas categorias. Os dados foram equivalentes entre as duas categorias de morbidade e entre os anos.Conclusão: Os dados
doSIH, são um valioso instrumento para avaliação do perfil de morbimortalidade hospitalar, elaborando informações destinadas ao planejamento de políticas de saúde, aqui particularmente nas DH, importante causa de morte da população brasileira. Ressalta-se a importância de
novos estudos que avaliem a DH associada a outras afecções com fator de morbimortalidade hospitalar.
PESQUISA ORIGINAL
CORRELAÇÃO ENTRE TAMANHO E VOLUME DO ÁTRIO ESQUERDO COM MASSA VENTRICULAR
ESQUERDA EM PACIENTES COM DOENÇA RENAL CRÔNICA EM ESTÁGIO 5
Prof. Dr. Francisco de Assis Costa (Orientador), Ac. Matheus Lira Handro, Dra. Margareth de Souza Lira Handro, Dr. Carlos Romero Costa
Filho, Ac. Clarita Machado de Melo Santos, Ac. Sarah de Souza Lira Gameleira.
1- Hospital do Açúcar, Maceió-AL; - Acadêmico de Medicina da Universidade Estadual de
Ciências da Saúde de Alagoas; - Harmony Cor, Maceió-AL.
Fundamento: O tamanho e o volume atriais esquerdos, obtidos pelo ecocardiograma transtorácico, são importantes variáveis utilizadas no
estudo da disfunção diastólica do ventrículo esquerdo presente em pacientes com doença renal crônica (DRC). Objetivo: Correlacionar estas
duas variáveis ecocardiográficas com o índice de massa do ventrículo esquerdo (IMVE) obtido pelo ecocardiograma. Métodos: Estudados
100 pacientes com DRC em estágio 5 de todas as etiologias em hemodiálise há pelo menos seis meses, conforme tabela 1. Ecocardiograma
realizado até uma hora após o término das sessões de HD. Para significância estatística foram considerados intervalo de confiança = 95% e
p < 0,05.Resultados: A amostra foi composta por 58 homens e 42 mulheres, com idade média de 46,2 ± 14,0 anos. Ao ecocardiograma, HVE
foi detectada em 83 pacientes. A média do IMVE foi de 154,9 ± 57,3 g/m2. O tamanho médio do átrio esquerdo (AE) foi de 39,9 ± 5,9 mm,
enquanto que o volume do AE foi de 55,2 ± 28,2 ml e o índice de volume do AE (volume corrigido pela superfície corpórea) foi de 33,3 ± 16,5
ml/m2. A correlação linear de Pearson entre IMVE e o tamanho do AE foi de r = 0,672 e o teste t de Student revelou p < 0,0001. Para a variável
índice de volume do AE a correlação de Pearson entre esta e o IMVE foi também de r = 0,672, com p < 0,0001. Conclusão: Tamanho do AE e
índice de volume do AE guardam estreita correlação com HVE em pacientes com DRC em hemodiálise.
PESQUISA ORIGINAL
PERCEPÇÃO DOS PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA CARDÍACA ATENDIDOS NO
AMBULATÓRIO DO NHU/UFMS EM CAMPO GRANDE/MS EM RELAÇÃO À DOENÇA
Autores: Ac. Paulo Guilherme Cábia, Ac. Fernanda Persi Milanin, Ac. Karolina Gonçalves Vieira, Ac. Letícia Regina dos Santos, Profa. Dra.
AndrelisaVendrami Parra (Orientadora).
Instituição: 1- Universidade Federal do Mato Grosso do Sul.
Pesquisa Original – Forma de Apresentação Mural
Introdução: Segundo Hess et al (2010), Insuficiência Cardíaca Crônica é uma lesão do músculo cardíaco, que causa perda da força muscular,
impedindo a função contrátil normal do coração, levando ao comprometimento do enchimento ou ejeção do sangue do ventrículo esquerdo.
Sabe-se que a morbidade está ligada principalmente aos indivíduos com as questões socioeconômicas afetadas, levando ao desconhecimento da doença e suas complicações, tornando-se mais vulneráveis. Objetivo: Caracterizar os pacientes com insuficiência cardíaca crônica
atendidos no ambulatório do NHU/UFMS e avaliar a percepção dos mesmos sobre a doença. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa original
descritiva exploratória, aprovada pelo comitê de ética em pesquisa da UFMS, número 675.180 do dia 04/06/2014. Adotou-se como critério
de inclusão pacientes que realizam acompanhamento no ambulatório de Cardiologia do NHU/UFMS em Campo Grande/MS, com diagnóstico
de insuficiência cardíaca crônica, ambos os sexos e maiores de 18 anos, como critério de exclusão ser índigena, quilombola, não aceitar participar da pesquisa e ser menor de 18 anos. Foi utilizado variáveis epidemiológicas e um questionário com perguntas abertas que abordam
questões sobre o conhecimento dos pacientes em relação a doença. Resultados: No total foram entrevistados 22 pacientes, sendo (50%) do
sexo feminino e 50% masculino. 77,27% tinham o ensino fundamental incompleto, 4,54% com ensino fundamental completo, 13,63% eram
analfabetos e 4,54% tinham ensino superior completo. Além da variável socioeconômica afetada os pacientes tinham comorbidades associadas, sendo que 95,4% eram tabagista e etilista, 36,36% eram hipertensos, 13,63% eram diabéticos e hipertensos, 9,54% tinham doença
arterial coronariana, 4,54% eram diabéticos, hipertenso e tinham doença arterial coronariana, 4,54% eram diabéticos e 31,81% não tinham
conhecimento a respeito. Em relação ao conhecimento sobre a doença, 4,5% dos pacientes tem conhecimento do seu diagnóstico e da doença, 40,9% não têm conhecimento do diagnóstico, mas tem percepção sobre a doença e 54,54% têm conhecimento do seu diagnóstico,
porém não têm conhecimento sobre a doença. É fato que esses fatores estão diretamente envolvidos no processo saúde doença do cliente e
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sabe-se que o reconhecimento dos sinais, sintomas e complicações da doença, hábitos saudáveis como atividade física, alimentação
adequada e acompanhamento com a equipe médica, podem atenuar as complicações da doença. Com isso, infere-se a necessidade
de educação permanente com os indivíduos sintomáticos e assintomáticos para a prevenção efetiva das complicações decorrentes
da doença. Conclusão: Neste sentido, os profissionais de saúde devem esclarecer aos clientes e familiares sobre a doença e a importância da mudança do estilo vida, levando-as ter consciência crítica aos cuidados inerentes ao seu bem estar, controle da doença,
promovendo melhor qualidade de vida.
PESQUISA ORIGINAL
ISOLAMENTO DE SUBSTÂNCIAS BIOATIVAS DO COGUMELO AGARICUS BLAZEI PARA O TRATAMENTO DA HIPERTENSÃO ARTERIAL.
Pesquisa Original – Experimental / Forma de apresentação: Mural
Giovanni Naves Canta1, Elandia Aparecida Santos2, Wiliam Cesar Bento Regis2, Roberto Queiroga Lautner3 (Orientador)
1- Departamento de Medicina Veterinária – ICBS/PUC Minas;
2- Departamentos de Bioquímica e Imunologia – ICB/UFMG; 3- Departamento Ciências Biológicas e da Saúde – ICBS/PUC
Introdução:O Agaricus blazei é um cogumelo comestível de amplo uso popular no Japão. O fungo, de origem brasileira, é rico em alfa
e beta glucanas. Vários trabalhos têm evidenciado o Agaricus blazei como antitumoral, antioxidante e imuno-potenciador. Estudo
recente demonstrou efeito anti-hipertensivo. Os possíveis mecanismos anti-hipertensivos do Agaricus blazei e frações, todavia, permanecem desconhecidos. Objetivos: Avaliar os efeitos do cogumelo Agaricus blazei, extrato bruto e frações, na reatividade vascular
em aortas isoladas de ratos - como possível alvo de ação para atividade anti-hipertensiva. Métodos: Avaliamos os efeitos do Agaricus
blazei em aortas isoladas. Ratos Wistar machos foram sacrificados; sendo retirados segmentos da artéria aortapara o protocolo de
reatividade vascular in vitro: pré-contração com fenilefrina (0,1 µM), adição acumulativa de três derivados do cogumelo Agaricus
blazei (10-7 – 10-3 µg/L) em 3 grupos: a) vasos com endotélio; b) vasos sem endotélio; c) vasos com inibição da enzima Óxido Nítrico
Sintase (NOS).Resultados: O extrato bruto do cogumelo (CaB-01)Agaricus blazei(CaB-01) apresentou atividade bifásica na reatividade
vascular. Nas concentrações iniciais, mais baixas, os vasos apresentaram uma tendência vasodilatadora (Emax.: 19±3,5%) e nas últimas concentrações o comportamento foi nitidamente contrário (Emax.: -4±7,2%), sugerindo a presença de substâncias bioativas com
ações opostas e com suas expressões moduladas pela concentração. Por outro lado, o extrato aquoso (CaB-03), com massa molecular
≤ 3000kD, apresentou pronunciado efeito vasodilatador (Emax: 52±5,2%).Observou-se, ainda, que os vasos sem endotelio não apresentaram efeito vasodilatador, caracterizando a importância das células endoteliais para o efeito do cogumelo. De de modo similar, o
bloqueio da enzima óxido nítrico síntese atenuou significativamente o efeito vasodilatador, o que sugere a formação do óxido nítrico
(NO) como possível via de ação do CaB-03 – já que a ação NOS é indispensável para a síntese de NO. Conclusão: Os dados encontrados
demonstraram que o cogumelo Agaricus blazei, em pelo menos um dos seus extratos, CaB-03, apresentou importante efeito vasodilatador dependente do endotélio e da via do oxido nítrico, sugerindo, desta forma, um possível mecanismo de ação que justifique o uso
do Agaricus como antihipertensivo. Por outro lado, a caracterização desta hipótese, depende da administração do extrato em ensaios
in vivo – que será o escopo para etapas futuras.
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PESQUISA ORIGINAL – RELATO DE CASO
RABDOMIOMA MÚLTIPLO EM RECÉM NASCIDO. PESQUISA ORIGINAL – RELATO DE CASO.
Autores: Ac. Luciano Menezes dos Santos, Ac. Márcio Ighor Azevedo Silva de Mendonça Melânia, Ac. Evelyn Borges Tenório Galdino,
Prof. Drª Maria Alayde Mendonça da Silva (Orientadora), Prof. Dr. José Maria Gonçalves Fernandes,
Prof. Dr. Ivan Romero Rivera.
Instituições: 1 – Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Alagoas,
2 – MedRadius – Clínica de Medicina Nuclear e Radiologia de Maceió.
Introdução: Dentre os tumores primários benignos do coração, o rabdomioma é o mais comum no recém nascido. Quando múltiplo, está
associado a Esclerose Tuberosa em aproximadamente 50 a 80% dos casos. A detecção de múltiplos tumores num recém-nascido sem história
familiar pode ser suficiente para fazer o diagnóstico desta doença autossômica dominante. Relato de caso – Recém nascido do sexo masculino, 15 dias de vida, assintomático, foi encaminhado para realização de estudo ecocardiográfico por ausculta cardíaca de sopro sistólico
suave no mesocárdio. O estudo mostrou situs solitus, concordância atrioventricular e ventrículo-arterial, septos interatrial e interventricular
íntegros, câmaras cardíacas com dimensões e dinâmica normal e valvas atrioventriculares e semilunares normais. Múltilas massas tumorais
foram observadas no interior dos ventrículos e do átrio direito, de aspecto nodular e ecogenicidade sugestiva de rabdomioma. Não havia
na família nenhum sinal sugestivo de Esclerose Tuberosa, mas com o resultado do estudo, a doença foi suspeitada e aguarda realização de
estudo genético dos pais para confirmação. Foi decidido tratamento clínico e acompanhamento ecocardiográfico. No momento, encontra-se
assintomático, sem medicação.
Conclusão:O rabdomioma é o tumor benigno mais comum do neonato e sua associação com Esclerose Tuberosa deve ser sempre lembrada
quando a sua apresentação é múltipla. O acompanhamento clínico é indicado, pois em muitos casos existe regressão do número de tumores
e/ou desaparecimento dos mesmos.
PESQUISA ORIGINAL – RELATO DE CASO
ENDOCARMIOFIBROSE
Ac. Patrícia Carvalho Medrado, Ac. Anderson Mascarenhas Nicácio, Ac. Imirá Machado Magalhães, Dra. Maria Mônica de Farias Costa
Tenório, Dr. Alfredo Aurélio Marinho Rosa, Dr. José Wanderley Neto (Orientador)
1. Acadêmica da Faculdade de Medicina – UNCISAL
2. Acadêmica da Faculdade de Medicina - Universidade Federal de Alagoas
3.Cirurgia cardiovascular – Instituto de Doenças do Coração - Alagoas
4. Chefe do serviço de Cardiologia do Instituto de Doenças do Coração - Alagoas
Introdução: A endomiocardiofibrose (EMF) é uma doença progressiva de origem idiopática, caracterizada por fibrose do endocárdio apical
ventricular, tendo uma maior incidência no ventrículo direito. As manifestações clínicas são, em grande parte relacionada com as consequências de enchimento ventricular restritiva, incluindo insuficiência cardíaca do lado esquerdo e direito.A proposta cirúrgica é a melhor forma de
tratar os pacientes sintomáticos e esta indicação deve ser a mais precoce possível, pois a IC restritivade longa evolução leva a deterioração da
função hepática e renal de seus portadores, piorando muito o prognóstico, tanto o clínico como o cirúrgico.Objetivo: Relatar um caso clínico
sobre EMF em um paciente com hipertensão arterial sistêmica.Métodos: Estudo descritivo, observacional e transversal de relato de caso de
paciente com EMF. As informações foram obtidas por meio de revisão do prontuário, registro dos métodos diagnósticos aos quais o paciente
foi submetido e revisão da literatura. Resultados:Paciente MSS, sexo feminino, 57 anos, hipertensa, passado de AVC há 6 meses com hemiparesia superior direita, classe funcional (NYHA) III, risco cirúrgico elevado (EuroSCORE de 3,5%), portadora de EMFbiventricular. Procurou o
setor médico da Santa Casa de Misericórdia de Maceió com quadro de endocardiomiopatia dilatada. A paciente foi submetida a cinecoronariografia e ventriculografia esquerda apresentando uma imagem com aspecto de ocupação dos ápices ventriculares, mais acentuada a direita, sugestiva de EMF.Paciente não apresenta visceromegalias, edema de extremidades nem alterações no aparelho respiratório. Uma semana
após internamento, foi submetida á endocardiectomia extensa de ambos os ventrículo, implante de prótese valvar mitrale anuloplastiatricúspide( a “De Vega”). No 1º dia de pós-operatório (PO) foi iniciado dopamina (20mL/h), por apresentar hipotensão, recebendo alta hospitalar
no 12º dia de PO. A paciente evoluiu bem durante todo o PO havendo melhora considerável do quadro de ICC apresentando um NYHA II no
momento da alta. Conclusão:A intervenção cirúrgica em pacientes sintomáticos com endocardiomiofibrose além de impedir o agravamento
do quadro clínico intervindo na história natural da doença, promove melhora na qualidade de vida significante nesses pacientes.
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PESQUISA ORIGINAL – RELATO DE CASO
TRANSPLANTE CARDÍACO COM INCOMPATIBILIDADE DO SISTEMA ABO
Ac. Patrícia Carvalho Medrado, Ac. Bruna Gomes de Castro, Dr. José Leitão da Silva, Dra. Maria Mônica de Farias Costa Tenório, Dr.
Francisco Siosney, Dr. José Wanderley Neto (Orientador)
1. Acadêmica da Faculdade de Medicina – UNCISAL
2. Acadêmico da Faculdade de Medicina - Universidade Federal de Alagoas
3. Residente em cirurgia cardiovascular do Hospital Santa Casa de Misericórdia de Maceió-AL
4. Cirurgia Cardiovascular Instituto de Doenças do Coração -AL
5. Chefe do serviço de Cardiologia do Instituto de Doenças do Coração – Alagoas
Introdução: A compatibilidade do sistema ABO entre doador e receptor sempre foi um tabu no que diz respeito ao transplante de
órgãos, por reduzir o risco de reação hiperaguda. Recentemente observou-se que incompatibilidades ABOmenores não afetam os
resultados após um ano de transplante cardíaco. Isso pode facilitar a alocação de orgãos, diminuindo o tempo de espera. Objetivo:
Relatar um caso clínico sobre transplante cardíaco com incompatibilidade ABO doador/receptor em um paciente com miocardiopatia
chagásica dilatada. Métodos: Estudo descritivo, observacional e transversal de relato de caso de paciente com miocardiopatia dilatada
submetido a transplante cardíaco com incompatibilidade do sistema ABO. As informações foram obtidas por meio de revisão do prontuário, registro dos métodos diagnósticos aos quais o paciente foi submetido e revisão da literatura. Resultados: Paciente F.S.O, sexo
masculino, 29 anos, A+, portador de miocardiopatia chagásica em uso de marcapassotranscutâneo, procurou o setor médico da Santa
Casa de Misericórdia de Maceió com quadro de ICC descompensada. Sete meses depois, o paciente foi readmitido para realização
de transplante cardíaco. No momento da admissão, ao exame físico, apresentava crepitações em bases pulmonares, ascite, hepatomegalia palpável há cinco 5,0 cm do rebordo costal direito e leve edema em membros inferiores (MMII). Sem nenhuma complicação
perioperatória, foi realizado o transplante cardíaco ortotópicobicaval com coração do tipo sanguíneo O+. No 2° dia de pós-operatório
(DPO) evoluiu com IRA não oligúrica que foi tratado conservadoramente e com redução gradual do diurético até suspensão. Foi submetido a biópsia epimiocárdicano 21° DPO que evidenciou apenas hipertrofia, sem sinais sugestivos de rejeição. Além disso, realizouse um ecocardiograma no 23° DPO, que mostrou importante aumento do AE, insuficiência mitral leve, leve aumento da raiz da aorta,
hipertensão arterial pulmonar de grau moderado, derrame pericárdico posterior de grau leve, SIV com 10 mm e FE de 76%. No 36°
PO, o paciente apresenta nódulos em face anterior de tíbia esquerda, sendo realizada biopsia com achados sugestivos de esclerodermia. Paciente recebeu alta no 63º dia e prescrito com ciclosporina 150 mg 12/12h, azatioprina 100 mg/d, predinisona 20 mg/dia,
furosemida 40 mg/d e enalapril 100mg/d. Conclusão: A incompatibilidade do sistema ABO em transplante cardíaco recentemente foi
superada não sendo mais contraindicação absoluta já que demonstrou não aumentar a mortalidade dos pacientes no seguimento de
um ano. Dessa forma haverá diminuição no tempo de espera para transplantes cardíacos.
PESQUISA ORIGINAL - RELATO DE CASO
INTERVENÇÃO CORONÁRIA PERCUTÂNEA EM LESÃO DE BIFURCAÇÃO ENVOLVENDO TERÇO PROXIMAL DE ARTÉRIA DESCENDENTE
ANTERIOR E RAMO DIAGONAL IMPORTANTE, COM IMPLANTE DE STENT ÚNICO POR ESTRATÉGIA PROVISIONAL
Ac. Bruna Gomes de Castro¹, Dr. José Wanderley Neto², Dr. Amilson Pacheco³, Ac. Patrícia Carvalho Medrado4,
Ac. Amanda Ferino Teixeira4, Dr. Antônio Leilton Luna³ (Orientador)
1.
2.
3.
4.
Acadêmica da Faculdade de Medicina – Universidade Federal de Alagoas
Chefe do serviço de Cardiologia do Instituto de Doenças do Coração – Alagoas
Cardiologista Intervencionista no Instituto de Doenças do Coração – Alagoas
Acadêmica de Medicina - UNCISAL
Introdução: A lesão em bifurcação caracteriza-se pelo acometimento aterosclerótico das coronárias no sítio de divisão do vaso proximal e de seus ramos distais. A taxa de sucesso da Intervenção Coronária Percutânea (ICP) nesses casos é relativamente baixa (<90%),
principalmente por complicações imediatas e recorrência de lesão no ramo lateral da bifurcação. A técnica específica de implante de
stent único por estratégia provisional consiste em implantá-lo no vaso principal com recruzamento de corda-guia para ramo lateral,
possibilitando dilatação do mesmo. A técnica ainda permite cruzamento para stent duplo, se necessário. Objetivo: Relatar caso de paciente submetido à ICP em lesão de bifurcação envolvendo terço proximal de artéria descendente anterior (DA) e ramo diagonal (Dg)
importante, com implante de stent único por estratégia provisional.Métodos: Estudo descritivo, observacional, de relato de caso de
paciente com estenose grave proximal de DA envolvendo bifurcação com ramo Dg importante com fluxo distal diminuído, submetido
a implante de stent único por estratégia provisional.Resultados:Paciente WAR, sexo masculino, 42 anos de idade, atleta, professor de
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MuayThai. Possui história familiar importante de morte súbita de genitor e de irmão, antes dos 50 anos de idade. Nega alergias, hipertensão
arterial sistêmica, diabetes mellitus, dislipidemia e cirurgias prévias. Relata ser tabagista e etilista social. Assintomático até o episódio de
precordialgia com irradiação para região mandibular, após prática de atividade física,com piora progressiva, que o fez buscar atendimento
em serviço de Emergência. Cateterismo demonstrou estenose grave em bifurcação envolvendo DA proximal e ramo Dg importante. Lesão
classificada como 1,1,1pela Classificação de Medina modificada.ECG no momento da dor revelou infra de ST importante em parede ântero
-lateral. Ecocardiograma mostrou função contrátil global e segmentar do VE preservada, com uma fração de ejeção de 79%. TimiRiskScore
calculado em 5%. GRACE SCORE calculado em 68 (0,3% mortalidade intra-hospitalar).Paciente foi submetido à angioplastia de DA e Dg com
implante de stent único (3,0 mm de diâmetro x 18 mm de comprimento), farmacológico, por técnica em “Y” stenting provisionalpara ramo
Dg; através da qual o stent é implantado no vaso principal e faz-se um recruzamento de corda-guia no ramo lateral, seguido de pós-dilatação
com kissing-balão. O procedimento resultou em melhora do fluxo TIMI de ambos os vasos de 2 para 3.Optou-se por essa técnica devido ao
baixo risco de comprometimento do segmento proximal do ramo Dg, após avaliação das características da lesão alvo em questão. Procedimento realizado com sucesso. Alta hospitalar no 6º dia após o procedimento.Conclusão: A técnica de implante de stent único por estratégia
provisional possibilitou melhora no fluxo TIMI tanto do vaso principal, como do ramo lateral. Além de possibilitar o implante de stent em
ramo lateral, caso necessário.
PESQUISA ORIGINAL – RELATO DE CASO
REVASCULARIZAÇÃO DO EIXO AORTOILÍACO FEMORAL COM EMPREGO DE PROTESE DE DACRON
Valter Suman Junior ¹; Lais Terem de Almeida¹; Prof. Dr. João Batista Vieira de Carvalho (Orientador)²
Médicos Residentes em Cirúrgia Geral Hospital Universitário Alzira Vellano ¹
Professor em Cirurgia Cardiovascular UNIFENAS Alfenas MG.
Instituição: UNIVERSIDADE JOSÉ DO ROSARIO VELANO – UNIFENAS
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ALZIRA VELANO – ALFENAS MG
Introdução: As doenças arteriais oclusivas possuem grande prevalência na sociedade ocidental. Suas principais complicações descritas são
os eventos isquêmicos relacionados a obstrução parcial ou total de artérias que nutrem órgãos críticos como o cérebro, coração, rins, extremidades e vísceras abdominais. A doença ateroscletóricaé a principal etiologia. O tratamento endovascular é uma opção atraente e com
bons resultados porém o tratamento cirúrgico com cirurgia convencional através de by-pass ou derivações com desvio de fluxo e emprego
de próteses sintéticas mostra-se uma opção viável com resultados satisfatórios . Objetivo: Relato de caso de paciente portador de doença
arterial obstrutiva em região aórtica infra-renal sintomática,tratado por ponte aortofemoral sintética. Medotologia: Paciente I.R. S., do sexo
masculino, 44 anos, tabagista ( um maço de cigarro ao dia ) durante 20 anos, portador de lesão arterial obstrutiva a nível de aorta infra-renal
e segmento ilíacofemoral esquerdo com repercussão clínica com claudicação limitante emmembro inferior esquerdo (Fontaine IIB) documentado por angiotomografia. Indicada Revascularização do segmento aortoilíacofemoral esquerdo. Procedimento realizado sob anestesia geral
+ peridural, com incisão mediana xifopúbica abdominal, através de acesso retroperitoneal com dissecção e exposição de aorta infra-renal.
Inguinotomia esquerda com dissecção de artéria femoral esquerda. Realizado by-pass aorto-femoral esquerda por meio de prótese Dacron
com tunelização de prótese para região inguinal retro-peritonial com constatação de fluxo satisfatório no intraoperatório. Resultados: Pós
-operatório imediato feito em unidade de terapia intensiva e posteriormente em enfermaria com boa evolução e acompanhamento com
importante melhora clínica. Conclusão: O tratamento de oclusão arterial crônica de aorta infra-renal por meio de by-pass aortofemoral com
emprego de prótese de Dacron ainda persiste com uma boa opção para revascularização de território aortoilíacofemoral crônica ou aguda.
PESQUISA ORIGINAL – RELATO DE CASO
Forma de apresentação desejada: Mural
Ac. Clarita Machado de Melo Santos¹, Ac. Sarah de Souza Lira Gameleira¹, Ac. Luciano Menezes dos Santos², Profa.Maria Alayde Mendonça da Silva³ (orientadora), Prof.Ivan Romero Rivera4 (orientador), Dr. Edvaldo Xavier Filho5.
Ablação por cateter de Flutter Atrial no pós-operatório tardio de troca cirúrgica de prótese em posição tricúspide.
Instituições: 1 - Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas; 2 - Universidade Federal de Alagoas; 3 – Professora de Cardiologia da Universidade Federal de Alagoas; 4 – Professor de Cardiologia da Universidade Federal de Alagoas e na Universidade de Ciências
da Saúde de Alagoas; 5 - Médico da Santa Casa de Misericórdia de Maceió.
RESUMO
Introdução: A Estenose Tricúspide (ET) é uma valvopatia rara (9% das valvopatias), tendo como principal etiologia a doença reumática e é considerada importante quando a área valvar é menor que 1,0cm2 e o gradiente pressórico médio é maior que 5mmHg. O tratamento cirúrgico
convencional é uma alternativa para pacientes com anatomia valvar desfavorável à intervenção percutânea e espera-se uma durabilidade
média da prótese de 10 anos.A forma mais comum de flutter atrial ocorre no átrio direito, depende da condução em torno do anel da valva
tricúspide e está relacionada ao aumento do tamanho do átrio direito. A ablação realizada entre o anel da tricúspide e a veia cava inferior
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(istmo cavotricuspídeo) apresenta sucesso de 95%, com recorrência de 5%. Objetivo: Apresentar o resultado da ablaçãopor cateterde
flutteratrialna manutenção do ritmo sinusal em paciente submetida à troca de prótese tricúspide. Metodologia: Paciente com 42
anos, sexo feminino, portadora de prótese biológica tricúspide há 5 anos (por estenose tricúspide), evoluiu com estenose grave da
prótese (área de 0,9 cm2 e gradiente de 15 mmHg), insuficiência tricúspide moderada e quadro de insuficiência cardíaca direita de fácil descompensação apesar da medicação (diuréticos, betabloqueador). Foi indicada nova cirurgia de troca valvar tricúspide, da qual a
paciente saiu em flutter atrial, recorrente, apesar das várias tentativas de manutenção do ritmo sinusal. Foi, então, indicada a ablação
por cateter com energia de radiofrequência doFlutter Atrial, a qual foi realizada com sucesso na supressão do foco.
Resultado:Após um ano do procedimento, a paciente mantém-se em ritmo sinusal, sem recorrências, em uso de betabloqueador,
sem sintomas cardiovasculares. Conclusão:A ablação por cateter com sucesso do flutteratrial, em paciente com átrio direito de tamanho aumentado e após a segunda cirurgia de troca valvar tricúspide, e a manutenção da mesma em ritmo sinusal, tem permitido sua
melhor evolução clínica, sem a necessidade da anticoagulação exigida pela presença da arritmia.
PESQUISA ORIGINAL – RELATO DE CASO
Título: ANOMALIA DE CORONÁRIA: RELATO DE CASO
Ac. Rodrigo Cavalcanti Duarte Galvão¹; Ac. Carolina Chianca Dourado Lemos¹; Ac. Rafael Cavalcanti Duarte Galvão²; Dr. Ricardo
Jorge de Queiroz e Silva¹ (Orientador)
Instituição: 1 - Universidade Potiguar e 2 - Centro de Estudos Superiores de Maceió (CESMAC)
Introdução: as anomalias de coronária são uma forma rara de mal formação congênita que afeta em torno de 1% da população,
podendo estar ou não associadas a outras má formações cardíacas estruturais com maior ou menor grau de repercussão hemodinâmico. O portador de tal patologia pode se manter assintomático por muito tempo e abrir o quadro da doença com eventos súbito
como infarto agudo do miocárdio e morte súbita, sendo considerada a segunda maior causa de morte súbita em jovens atletas que se
submetem a estresse físico vigoroso. As anomalias podem ser classificadas em “minor” e maiores. Dentre as formas “minor”, a mais
comum é a circunflexa se originando do seio coronário aórtico direito e a maior é a origem anômala da coronária esquerda da artéria
pulmonar. Como padrão ouro para o diagnóstico, temos o cateterismo cardíaco que deve ser realizado em qualquer paciente com
dor torácica e síncope. Objetivo: relatar um caso de anomalia congênita da coronária direita, que sofreu compressão pela pulmonar
e discutir a necessidade de uma abordagem cirúrgica para esse caso. Método: trata- se um estudo de caso de uma paciente em segmento ambulatorial, através da coleta de dados do prontuário, que foi diagnosticada com anomalia anatômica da coronária direita
auxiliado por exames de imagem para fechar o diagnóstico e acompanhamento do Pré, intra e pós-operatório. Resultados: durante a
abordagem cirúrgica foi feita a revascularização do miocárdio, a qual consistiu de artéria mamária esquerda para a artéria coronária
direita. A cirurgia, bem como o pós-operatório transcorreram sem anormalidades ou intercorrência. Conclusão: as anomalias congênitas de coronárias são a segunda maior causa de morte súbita. A abordagem cirúrgica mostrou-se satisfatória para o paciente, com
boa evolução no pós-operatório e reperfusão do miocárdio, garantindo a chegada de nutrientes e oxigênio.
Fontes:
FAUCI, Anthony S.. HARRISON MEDICINA INTERNA. 17. ed. Rio de Janeiro: Amgh Editora Ltda, 2008. 2 v.
MARTINS, Herlon Saraiva et al. Emergências Clínicas: Abordagem Prática. 2013. Disponível em: <http://www.medicinadeemergencia.com.br/2013/>. Acesso em: 21 set. 2014
PFEIFFER, Dra. Maria Eulália Thebit. Anomalia Congênita de Coronária: Relevância Clínica, exercício e morte súbita. Rev. Derc, Rio
de Janeiro, v. 4, n. 19, p.114-118, jun. 2013.
Observação: apresentado no formato de mural.
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PESQUISA ORIGINAL – RELATO DE CASO
TAMPONAMENTO CARDÍACO TARDIO ASSOCIADO A FERIMENTO POR ARMA BRANCA
Guilherme Viotto Rodrigues da Silva, Marcello Laneza Felicio, Antônio Sérgio Martins, Rubens Ramos de Andrade, Nelson Leonardo Kerdahi Leite de Campos, Marcos Augusto de Moraes Silva
Disciplina de Cirurgia Cardiovascular da Faculdade de Medicina de Botucatu – FMB/UNESP
Introdução: Tamponamento cardíaco é o acúmulo de líquido no espaço pericárdico em quantidade suficiente para gerar uma restrição ao
enchimento diastólico, principalmente de câmaras direitas. Tem várias etiologias: traumática, neoplásica, autoimune, infecciosa, entre outras. No entanto, tamponamento cardíaco tardio de etiologia traumática é condição rara, que na maioria das vezes aparece dias ou semanas
após o evento traumático. Relata-se a seguir o caso de um paciente que apresentou tamponamento cardíaco 90 dias após evento traumático.
Relato de Caso: Paciente de 18 anos de idade, sexo masculino, encaminhado com história de dispneia aos grandes esforços há seis dias. Sem
comorbidades, negava doenças prévias. Histórico pessoal com ferimento por arma branca há cerca de três meses em hipocôndrio esquerdo
que ia em direção à região precordial, porém sem perfuração de cavidades, sendo instituído tratamento conservador. Ao exame físico apresentava-se taquicárdico, taquipneico com esforço respitarório leve, PA: 120/70 mmHg; turgência jugular grau III, hipofonese de bulhas cardíacas e ausculta pulmonar abolida em bases bilateralmente. À radiografia de tórax apresentava aumento da área cardíaca e derrame pleural
bilateral. Realizado drenagem torácica bilateral no serviço de origem, com drenagem de 300 ml líquido seroso à direita e 200 ml à esquerda
Ao ecocardiograma apresentava tamponamento cardíaco, com restrição de enchimento de átrio e ventrículo direitos, estimando-se a presença de 500 ml de líquido em saco pericárdico. Transferido para o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu no dia seguinte
para drenagem pericárdica, paciente ainda apresentava-se com quadro clínico semelhante e pulso paradoxal presente. Encaminhado para
cirurgia de urgência, optou-se por esternotomia mediana e após pericardiotomia, houve a drenagem de 1400 ml de líquido sanguinolento,
o qual foi enviado para análise laboratorial e o pericárdio apresenta-se espessado, sendo ressecada amostra para biópsia. Após inspeção
exaustiva do coração, vasos da base e pericárdio, não se observaram lesões prévias, nem sangramento ativo. Realizada drenagem mediastinal
e fechamento por planos. Paciente evoluiu satisfatoriamente no período pós-operatório, sendo extubado na UTI de Pós-Operatório de Cirurgia Cardíaca 6 horas após admissão na mesma. Os drenos pleurais foram retirados no segundo dia de pós-operatório e o dreno mediastinal
no quinto dia. A análise laboratorial do líquido pericárdico descartou etiologia neoplásica, infecciosa. Biópsia pericárdica com diagnóstico
anatomopatológico de pericardite fibrino-leucocitária em fase de organização. Paciente obteve alta no sexto dia de pós-operatório em boas
condições clínicas para seguimento ambulatorial. Conclusão: Tamponamento cardíaco tardio de etiologia traumática é condição rara, que se
tratado adequadamente e em tempo hábil possui desfecho favorável na grande maioria dos casos.
PESQUISA ORIGINAL – RELATO DE CASO
ORIGEM ABERRANTE DE RAMO SUPRA-AÓRTICO ASSOCIADA À DISSECÇÃO AGUDA DE AORTA TIPO A
Guilherme Viotto Rodrigues da Silva, Marcello Laneza Felicio, Antônio Sérgio Martins, Rubens Ramos de Andrade, Nelson Leonardo
Kerdahi Leite de Campos, Marcos Augusto de Moraes Silva
Disciplina de Cirurgia Cardiovascular da Faculdade de Medicina de Botucatu – FMB/UNESP
Apresentação: Mural
Introdução: Aneurismas e dissecções da aorta são doenças que necessitam de tratamento cirúrgico complexo, por vezes com troca do arco
aórtico e reimplante de seus ramos. A identificação anatômica dos ramos supra-aórticos é de extrema importância, pois em alguns pacientes podemos encontrar origem aberrante destes. Relata-se a seguir o caso de uma paciente com origem aberrante de artéria carótida
comum esquerda com dissecção aguda de aorta tipo A. Relato de Caso: Paciente de 63 anos de idade, sexo feminino, negra, com queixa de
dor torácica há 3 dias, tipo lancinante, de forte intensidade, com irradiação para dorso e membros superiores. História de hipertensão em
tratamento clínico regular. Ao exame físico de positivo apresentava pressão arterial de 160x100 mmHg e sopro diastólico ++/6+ em foco aórtico. Radiografia de tórax com alargamento de mediastino. Angiotomografia de tórax evidenciou aorta ascendente de calibre aumentado e
hematoma intramural aórtico agudo desde segmento ascendente até porção descendente distal, porém sem imagem de flap médio-intimal.
Além destes achados, observou-se também que a artéria carótida comum esquerda originava-se do tronco braquiocefálico. Ecocardiograma
transesofágico evidenciou dilatação importante da aorta ascendente com flaap de dissecção e falsa luz; arco aórtico e aorta descendente dilatados com trombo intramural. Indicado tratamento cirúrgic, paciente foi submetida à esternotomia mediana, onde se observou hematoma
em aorta ascendente em grande extensão; realizada dissecção de ramos supra-aórticos, confirmando achado de apenas dois ramos, tronco
braquicefálico (TBC) – o qual originava a ACCE – e artéria subclávia esquerda. Realizada canulação em TBC (devido possibilidade de reimplante
de ramos supra-árticos e perfusão seletiva, sendo que neste caso ocorreria perfusão de ambas as carótidas somente com a canulação em
TBC) e em átrio direito, entrada em circulação extracorpórea com hipotermia a 30°C. Aortotomia longitudinal com visualização de lesão na
camada íntima à nível de junção sinotubular acima do folheto não coronariano e desabamento das cúspides da valvares. Realizado implante
de tubo valvado em aorta ascendente e optado por preservação de arco e ramos supra-aórticos. Paciente foi encaminhada para a Unidade
de Pós-Operatório de Cirurgia Cardíaca, onde obteve alta para enfermaria no 3° dia de pós-operatório (PO). A alta hospitalar ocorreu no 11°
PO, após completar antibióticoterapia para pneumonia hospitalar e paciente encaminhada para acompanhamento ambulatorial. Conclusão:
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A identificação de variações anatômicas nos ramos do arco aórtico é importante, principalmente quando relacionada à cirurgia de
aorta, já que alguns pacientes podem apresentar este tipo de variações, o que pode mudar a estratégia cirúrgica, no que tange a sítio
de canulação, perfusão seletiva e reimplante de ramos.
PESQUISA ORIGINAL – RELATO DE CASO
TRAUMA INTESTINAL POR CINTO DE SEGUNRANÇA
Autores: Prof. Dr João Bosco Dupin, Dr. Jaílson Tótola, Ac. Gustavo Henrique de Oliveira Teixeira, Ac. Breno Vianey Pinto Godinho,
Ac. Pedro Henrique Cunha Andrade, Ac. Welington Rangel de Castro Faria, Ac. Thiago Miranda Moreira.
Instituição: IMES/UNIVAÇO- Ipatinga MG
Introdução: O uso do cinto de segurança diminuiu consideravelmente o número de acidentes fatais durante acidentes automobilísticos. Entretanto, publicações especializadas, chamam a atenção para as lesões graves que o cinto de segurança pode causar no
abdômen. O trauma fechado ou interno provocado por esse dispositivo de segurança pode provocar lesões de vísceras maciças ou
ocas que podem passar despercebidas e provocar sintomatologia tardia. Os autores relatam um caso de trauma de intestino delgado
(íleo terminal) por cinto de segurança com manifestações clínicas tardias, simulando outras doenças do intestino delgado. Discutem
aspectos relacionados à cinemática do trauma, manifestações clínicas tardias, diagnóstico e tratamento, enfatizando a resolução
cirúrgica do caso.Objetivo: Relatar o caso de uma paciente vítima de trauma intestinal por cinto de segurança com manifestações
clínicas tardias. Analisar a evolução clínica, diagnóstico e tratamento, ressaltando a importância da avaliação criteriosa as vítimas de
acidentes automobilísticos. Método: A tomografia computadorizada do abdome e o transito intestinal de delgado (exames contrastados) mostraram estenose parcial do íleo terminal há mais ou menos 20 cm da válvula ileocecal com dilatação intestinal a montante
sugerindo quadro de semi-oclusão intestinal, confirmado a seguir pela laparotomia exploradora. O tratamento cirúrgico constituiuse de ressecção de 40 cm do íleo terminal (enterectomia segmentar) e reconstrução do trânsito com anastomose término-terminal
com grampeador linear. Resultado: A paciente evoluiu bem após o procedimento cirúrgico, com desaparecimento completo da dor,
abolição definitiva dos vômitos e da distensão abdominal e recuperação de 8 kg do peso perdido no primeiro mês após a cirurgia. Não
houve complicações relacionadas ao procedimento cirúrgico.Conclusão: Os autores relatam um caso de lesão intestinal por cinto de
segurança com manifestações clínicas tardias. Chamam a atenção para as lesões silenciosas do intestino delgado e enfatizam aspectos
da condução clínica, diagnóstico e tratamento.
PESQUISA ORIGINAL- RELATO DE CASO
RABDOMIOMA INTRACARDÍACO
Ac. Rísia Edwiges de Oliveira Guimarães, Ac. Vanessa Aline Miranda Vieira, Ac. Marina Soares Vilela, Dra Flávia Santos Guimarães
Machado , Dra Sheila Pedroso Parreira.
1-Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais, 2- Hospital Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte
Introdução: O Rabdomioma é a causa mais comum de tumor cardíaco em crianças, particularmente naquelas com esclerose tuberosa, e pode ser diagnosticado antes do nascimento através da ecocardiografia fetal. Os rabdomiomas são frequentemente múltiplos e
em grande parte dos casos há regressão espontânea do tumor após o nascimento. Diante de comprometimento da função cardíaca,
terapia com digitálicos ou outros antiarrítmicos, por via oral materna ou por via intravenosa fetal (cordocentese), e o parto pré-termo
terapêutico devem ser considerados. O seguimento clínico pós-natal é obrigatório devido à frequente associação à esclerose tuberosa. Objetivo Discutir a importância do rastreamento ultrassonográfico morfológico fetal e do ecocardiograma para diagnóstico e
acompanhamento de tumores cardíacos. Relato de caso Recém-nascido (RN) de S.L.A., sexo feminino. RN nascido a termo, sem intercorrências. Tipo de parto: cesariana. O RN foi transferido estável para a UTI neonatal, onde permaneceu por 4 dias, apresentando
apenas um sopro sistólico grau II à ausculta cardíaca. Avaliação neurológica sem alterações. Foi transferido para a enfermaria, onde
permaneceu estável. Foi solicitado um ecocardiograma que evidenciou comunicação interatrial pequena; múltiplas massas no VD e
VE; massa na posição basal do septo interventricular (SIV) projetando na via de saída do VE, causando obstrução importante; grande
massa na porção tubular do SIV (1,7 x 0,98 cm); grande massa na parede livre do VD (1,9 e 1,98 cm) projetando na cavidade do VD;
massa nas cordoalhas da valva mitral e muscular papilar, que confirmou a presença de tumores intracardíacos sugestivos de Rabdomioma. Discutido caso e optado por tratamento clínico. O RN teve alta da cardiologia e foi definido manter controle ambulatorial na
cardiologia pediátrica. Discussão A avaliação funcional do coração fetal é importante para acompanhar evolutivamente o crescimento
ou a regressão dos tumores, o grau de repercussão hemodinâmica e detectar as possíveis complicações decorrentes destas alterações.
Uma vez que a maioria dos rabdomiomas cardíacos mostram regressão espontânea antes dos 6 anos de idade, o acompanhamento
clínico conservador é o tratamento padrão em quase 80% dos casos. Conclusão Ressalta-se a importância da indicação do estudo
ecocardiográfico em neonatos com achado clínico de sopros que simulam cardiopatias de discreta repercussão, diagnosticando, de
modo não invasivo, os tumores intracardíacos no período neonatal. O reconhecimento precoce desta afecção possibilita seguimento
pré-natal especializado e, quando indicada, terapêutica apropriada, contribuindo para a redução da morbimortalidade perinatal. Pode-se afirmar que o rastreamento ultrassonográfico morfológico fetal é a principal forma de detecção dos tumores cardíacos.
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PESQUISA ORIGINAL- RELATO DE CASO
PERFURAÇÃO DO FOLHETO ANTERIOR DA VALVA MITRAL POR ENDOCARDITE INFECCIOSA DA VALVA AÓRTICA
Ac. Rísia Edwiges de Oliveira Guimarães, Ac. Vanessa Aline Miranda Vieira, Ac. Alice Andrade Gonçalves, Dra Flávia Santos Guimarães
Machado, Dra Sheila Pedroso Parreira.
1-Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais, 2- Hospital Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte
Introdução: A endocardite infecciosa (EI) é uma infecção do endocárdio ou de material protético do coração. As valvas cardíacas são as estruturas mais afetadas, e frequentemente ocorre em pacientes com anormalidades cardíacas pré-existentes. É, em sua maioria, resultado de
uma infecção bacteriana. De 55% a 75% dos doentes com EI de valva nativa têm fatores predisponentes como doença reumática, cardiopatia
congênita, prolapso da valva mitral e doença cardíaca degenerativa. Outras condições associadas com maior incidência de EI incluem má
higiene dentária, hemodiálise e diabete melito. O sucesso terapêutico depende do diagnóstico precoce e preciso. O tratamento cirúrgico, em
portadores de complicações de alto risco, proporciona uma sobrevida maior que o tratamento clínico isolado. Objetivo Discutir a importância
da identificação, diagnóstico e tratamento adequado e precoce da EI.
Relato de caso Paciente D.A.D.S., 27 anos, sexo masculino. Foi admitido com relato de há 1 mês ter iniciado quadro de dispnéia aos esforços
com tosse oligoprodutiva com secreção “marrom” associada a febre e calafrios vespertinos. Procurou atendimento médico com diagnostico
de Pneumonia e fez uso de Azitromicina por 5 dias sem melhora. Evoluiu com piora dos sintomas e foi encaminhado a UPA. Iniciado tratamento com Levofloxacin, porém evoluiu com piora respiratória e sinais de ICC (relato de EAP). Foi feito medidas anticongestivas e Ampicilina
+ Gentamicina por suspeita de Endocardite e transferido para SCBH. Na historia pregressa havia relato de tratamento dentário recente e sem
diagnóstico de cardiopatia prévia. Foi realizado Ecocardiograma que mostrou imagem de vegetação na valva aórtica, com destruição de seus
folhetos e insuficiência aórtica severa. Na valva mitral foi observado um ponto de ruptura do seu folheto anterior, com fluxo regurgitante de
grau moderado para o átrio esquerdo através desta ruptura. Observou-se fluxo regurgitante de grau discreto para o átrio esquerdo através do
ponto de coaptação dos folhetos da valva mitral. Feito diagnostico de Endocardite Bacteriana. Paciente foi submetido à troca de valva mitro aórtica e mantido antibioticoterapia por 6 semanas após cirurgia. Realizado orientações quanto a cuidados com higiene oral e anticoagulação
tendo alta para controle ambulatorial. Discussão Por ser uma doença pouco frequente e com sintomas iniciais inespecíficos, o diagnóstico
da EI pode ser postergado. Esse atraso no diagnóstico aumenta a morbi-mortalidade dessa doença e, por isso, o diagnóstico adequado deve
ser enfatizado. Conclusão Apesar de ser uma doença relativamente rara, a EI é uma doença grave com alta morbidade e mortalidade, a qual
deve ser sempre lembrada nos diagnósticos diferenciais de febre no pronto atendimento. Para seu diagnóstico é necessário anamnese e
exame físico criterioso. Além disso, os exames laboratoriais e de imagem podem ser determinantes no seu diagnóstico e tratamento precoce,
reduzindo as sequelas e mortalidade da EI.
PESQUISA ORIGINAL – RELATO DE CASO
CORREÇÃO CIRÚRGICA DE ESTENOSE AÓRTICA SUPRAVALVAR EM ADULTO NÃO RELACIONADA À SÍNDROME DE WILLIAMS.
Ac. Amanda Ferino Teixeira, Ac. Bruna Gomes de Castro, Ac. Irwins Emanuel Feitoza Sousa, Rafaela da Hora Sales,Maria Mônica de Farias
Costa Tenório, José Wanderley Neto (Orientador)
1.
2.
3.
4.
5.
Faculdade de Medicina – Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas
Faculdade de Medicina – Universidade Federal de Alagoas
Residente de Cirurgia Cardiovascular – Santa Casa de Misericórdia de Maceió
Cirurgiã Cardiovascular – Santa Casa de Misericórdia de Maceió
Cirurgião Cardiovascular – Santa Casa de Misericórdia de Maceió
Introdução: A estenose aórtica supravalvar (EAS) é a forma mais rara de obstrução da saída do ventrículo esquerdo. Corresponde a obstrução
da aorta ascendente, especialmente na junção sinotubular. Devido às repercussões clínicas, essa malformação é diagnosticada comumente
na infância por ser o principal defeito cardíaco da Síndrome de William, por isso, são raros os adultos portadores da EAS. A correção cirúrgica
da EAS se dá com o alargamento daraiz aórtica na região correspondente ao seio não coronariano, com material protético. Objetivo:Relatar
caso de paciente adulto submetido à cirurgia de correção de EAS através de uma incisão longitudinal única na aorta ascendente comimpantação de patch, sendo portanto uma variação da técnica de Doty, na qual a incisão é em Y . Métodos:Estudo descritivo, observacional, de
relato de caso de paciente com Estenose aórtica supravalvar importante, diagnosticada na fase adulta, submetido à correção cirúrgica através
da uma variação da técnica de Doty. Resultados: Homem, 25 anos, hipertenso, em uso domiciliar de Atenolol e clortalidona, referia dispneia
aos esforços. À ausculta, sopro pansistólico predominante no foco aórtico. Radiografia torácica apresentou parênquima pulmonar, área
cardíaca e mediastino normais. Ecodopplercardiogramaevidenciou importante hipertrofia concêntrica no ventrículo esquerdo, valvas mitral
e aórtica normais sem refluxo, presença de EAS na junção sinotubular, insuficiência tricúspide leve e dilatação aneurismática do tronco da
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artéria coronária esquerda e óstio da artéria coronária direita. Eletrocardiograma normal. Euroscore de 1%. Realizou-se abordagem
supravalvar por esternotomia mediana e pericardiotomia. Utilizou-se circulação extracorpórea (CEC), canulação da aorta e do átrio
direito, cardioplegia sanguínea e clampeamento da aorta. Foi realizada aortotomia longitudinal em direção ao seio de Valsalva não
coronariano, verificando-se obstrução concêntrica com tecido fibroso após junção sinotubular. Ressecou-se parte da fibrose, houve
ampliação da aorta com pericárdio bovino, calculada pelo orifício aórtico em 21 mm. Iniciou-se, então, aquecimento do paciente, as
cânulas e a CEC foram retiradas. A aorta não apresentava mais o frêmito presente antes do procedimento.Conclusão:O diagnóstico
tardio da EAS acarreta sintomatologia progressiva; neste paciente foi possível observar alterações nas coronárias, descritas por Peterson et al. como resultado da elevada pressão de pulso. Observou-se ainda que a incisão longitudinal simples foi uma intervenção
satisfatória para o caso.
PESQUISA ORIGINAL - RELATO DE CASO
ANEURISMA DO SEIO DE VALSALVA COM FÍSTULA AORTA-ÁTRIO DIREITOCOM IMPORTANTE REPERCUSSÃO HEMODINÂMICA
Ac. Arisson Euclides da Silva, Ac.Ruldney Ray dos Santos Oliveira, Ac. Matheus Nascimento do Espírito Santo, Dr. José Kleberth
Tenório Filho, Dr. Francisco Siosney Almeida Pinto, Dr. José Wanderley Neto (Orientador)
1. Acadêmico de Medicina da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas – UNCISAL
2.Residente de Cirurgia Cardiovascular da Santa Casa de Misericórdia de Maceió
3. Cirurgião Cardiovascular do Instituto de Doenças do Coração – Alagoas
4. Chefe do serviço de Cirurgia Cardiovascular do Instituto de Doenças do Coração - Alagoas
Introdução: O aneurisma do seio de Valsalva (ASV) é uma doença rara, freqüentemente de natureza congênita ou consequência de
endocardite ou trauma. Acomete com maior frequência o seio coronariano direito, seguido do seio não coronariano e, mais raramente, o seio coronariano esquerdo. Durante a evolução da doença, o ASV pode se fistular ou romper-se para parede ou cavidades
cardíacas. Dentre suas complicações estão a fístula com o pericárdio, resultando em tamponamento cardíaco e a associação com
defeito do septo interventricular ou prolapso da valva aórtica.Objetivo: Relatar caso de paciente diagnosticado com aneurisma do
seio de Valsalva comfístula aorta-átrio direito, submetido a cirurgia cardíaca para oclusão da fístula. Métodos: Estudo descritivo, observacional, de relato de caso de paciente com aneurisma do seio de Valsalva com fístula aorta-átrio direito. Foi feito o acompanhamento pré, trans e pós-operatório do paciente em questão.Resultados:Paciente RGS, sexo masculino, 20 anos de idade, com queixa
de dispneia aos moderados esforços e palpitações pou¬co frequentes. Apresentava Classe Funcional NYHA II. Foi encaminhada ao
nosso serviço com diagnóstico de aneurisma de seio de Valsalva com fistulização e drenagem para o interior do átrio direito, com
dilatação moderada de átrio direito e relevante do ventrículo esquerdo; resultando em importante repercussão hemodinâmica ao
ecocardiogramatranstorácico (ETT). O paciente, en¬tão, foi encaminhada para realizar o cateterismo cardí¬aco para avaliação précirúrgica. Durante o cateterismo cardíaco, observou-se um fluxo contínuo pelo seio de Valsalva não-coronariano para o átrio direito,
confirmando o diag¬nóstico de fístula aortocameral, optan¬do-se pelo tratamento cirúrgico. Este tratamento foi realizado através
da esternotomia mediana, seguido de pericardiotomia. Após a visualização da fístula aorta-átrio direito e do aneurisma do seio não
coronariano, foi realizado o fechamento da fístula com fio Prolene 4-0 e pericárdio bovino.Conclusão: O fechamento cirúrgico da
fístula aorta-átrio direi¬to é a melhor opção de tratamento para a maioria dos casos. O procedimento é seguro e eficaz, deven¬do
ser realizado por equipe experiente, bem estabelecido na literatura. Nos diagnósticos ecocardiográficos difíceis e du-vidosos, a associação com estudo hemodinâmico pode contribuir para a elucidação do diagnóstico, além de detectar outras alterações anatô¬micas
congênitas menos frequentes.
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PESQUISA ORIGINAL – RELATO DE CASO
CIRURGIA DE BENTALL – DE BONO ASSOCIADA À REVASCULARIZAÇÃO DO MIOCARDIO EM PACIENTE PREVIAMENTE SUBMETIDO À CIRURGIA CARDÍACA
Ac. Ruldney Ray dos Santos Oliveira, Ac. Bruna Gomes de Castro, Ac. Arisson Euclides da Silva, Drª. Rafaela da Hora Sales, Dr. Francisco
Siosney Almeida Pinto, Dr. José Wanderley Neto (Orientador)
1. Acadêmico de Medicina da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas
2. Acadêmica da Faculdade de Medicina – Universidade Federal de Alagoas
3. Residente de Cirurgia Cardiovascular na Santa Casa de Misericórdia de Maceió 4. Cirurgião Cardiovascular do Instituto de Doenças do Coração - Alagoas
5. Chefe do serviço de Cirurgia Cardiovascular do Instituto de Doenças do Coração - Alagoas
Introdução: A técnica descrita por Hugh Bentall e Antony De Bono, utilizando um tubo valvado no qual eram reimplantados os óstios das artérias coronárias, foi aprimorada com o passar do tempo e tornou-se o procedimento de escolha para o tratamento de doenças da valva aórtica
associada ao acometimento da aorta ascendente.A técnica permite associação à revascularização miocárdica quando necessário, como no
caso a ser relatado. Objetivo: Relatar caso de paciente submetido à cirurgia de Bentall – De Bonoassociada à cirurgia de revascularização
miocárdica (CRM). Métodos: Estudo observacional, descritivo, de relato de caso de paciente com aneurisma de aorta ascendente associada
à estenose de bioprótese aórtica e à doença coronariana obstrutiva, submetido à cirurgia de Bentall – De Bono associada àCRM. Resultados:
Paciente PND, sexo masculino, 64 anos de idade, com história de dispnéia a esforços moderados e dor retroesternal em queimação com início
há um ano.Passado cirúrgico para implante de valva aórtica e CRM com anastomose de artéria torácica interna esquerda (ATIE) para artéria
descendente anterior (DA), há três anos. Paciente hipertenso. Nega diabetes mellitus, alergias medicamentosas edislipidemia.Nega história
familiar de afecções cardíacas. NYHA III e risco calculado pelo EuroSCORE de 20,71%.EcoDopplerCardiograma mostrou estenose em bioprótese aórtica, importante aumento da raiz da aorta e aorta ascendente, aumento leve/moderado das câmeras esquerdas, hipocinesia septal
e hipertensão arterial pulmonarmoderada. Cateterismo mostrou aorta com calibre aneurismático (>50mm), estenose grave em bioprótese
aórtica, estenose grave de DA ao nível da anastomose em ponte de ATIE e seguimento distal de coronária direita (CD).A correção cirúrgica
foiiniciada pelaaortotomia transversal e retirada da prótese aórtica disfuncional, seguida de isolamento dos óstios coronarianos e dissecção
da aorta ascendente. Fez-se, então, o implante valvar aórtico com anastomose de tubo de Dacronproximal; seguido daanastomose de óstioesquerdo e direito coronarianos no Dacron,e anastomose do tubo com a aorta distal. A seguir, realizou-se a RM, com enxerto de safena
“no-touch” (SNT) dotubo de Dacronpara a DA,comsequencial em “Y” de SNT para a CD.O procedimento foi realizado com sucesso. Conclusão:
Acirurgia de Bentall – de Bono é uma técnica consagrada para correção de aneurisma de aorta ascendente e pode ser associada à RM em
pacientes portadores de DAC com bons resultados.
PESQUISA ORIGINAL - RELATO DE CASO
CIRURGIA DE BENTALL – DE BONO EM PACIENTE COM ANEURISMA DE AORTA ASCENDENTE ASSOCIADO À INSUFICIÊNCIA AÓRTICA
Ac. Ruldney Ray dos Santos Oliveira, Ac. Arisson Euclides da Silva, Ac. Irwins Emanuel Feitoza de Sousa, Dr. Francisco Siosney2, Dr. José
da Silva Leitão Neto, Dr. José Wanderley Neto (Orientador)
1. Acadêmico de Medicina da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas
2. Cirurgião Cardiovascular do Instituto de Doenças do Coração - Alagoas
3. Residente de Cirurgia Cardiovascular na Santa Casa de Misericórdia de Maceió
4. Chefe do serviço de Cardiologia do Instituto de Doenças do Coração - Alagoas
Introdução: Há quase 40 anos, Hugh Bentall e Antony De Bono descreveram uma técnica para o tratamento combinado das doenças da valva
aórtica e do segmento da aorta ascendente, utilizando um tubo valvulado no qual eram reimplantados os óstios das artérias coronárias. A
técnica transformou-se no procedimento de escolha para o tratamento de doenças da valva aórtica associada ao acometimento da aorta
ascendente. Resultados de estudos com seguimento a longo prazo de pacientes submetidos a esse procedimento evidenciam os bons resultados com a utilização da técnica. Por sua vez, aectasia ânulo-aórtica foi descrita como sendo uma dilatação idiopática da aorta ascendente e
do anel aórtico com conseqüente disfunção valvar aórtica.Objetivo: Relatar caso de paciente submetido à cirurgia cardíaca com a técnica de
Bentall – De Bono para correção de aneurisma de aorta ascendente associada à insuficiência aórtica (ectasia ânulo-aórtica). Métodos: Estudo
descritivo, observacional e transversal de relato de caso de paciente com aneurisma de aorta ascendente associada à insuficiência aórtica,
submetido à cirurgia cardíaca na qual se utilizou a técnica de Bentall – De Bono.Resultados:Paciente JAS, sexo masculino, 25 anos de idade que
há alguns meses passou a apresentar dor precordial típica, cansaço e falta de ar progressivo que o fez procurar o serviço de emergência.Nega
hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus, alergias medicamentosas, dislipidemia e cirurgias prévias.Nega história familiar importante
de afecções cardíacas. Relata ser tabagista e etilista social. NYHA II e EuroScore de 2%. Ecocardiograma mostrou importante aneurisma de
aorta ascendente, insuficiência aórtica importante e aumento leve/ moderado das câmeras esquerdas. Cateterismo mostrou aorta dilatada
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na porção ascendente com mais de 70mm no diâmetro horizontal e mais de 90mm na longitudinal.Paciente foi submetido a procedimento cirúrgico iniciado com esternotomia mediana transesternal com serra e bisturi elétricos, seguido de pericardiotomia. Presença
de grande aneurisma que tomava grande parte do mediastino. Foi feito a incisão do aneurisma e isolamento dos ósteos coronarianos
seguido de retirada da valva aórtica. Foi feito implante de tubo valvado de Dacron e prótese mecânica seguido de anastomoses dos
ósteos coronarianos na aorta e anastomose do tubo com a aorta distal. O procedimento foi realizado com sucesso. Paciente teve alta
hospitalar sete dias após o procedimento.Conclusão: A técnica cirúrgica de Bentall – De Bono com o tubo valvado de Dracon, associada ao implante de prótese mecânica aórtica, permitiu a resolução do quadro de ectasia ânulo-aórtica apresentada pelo paciente,
caracterizada pelo aneurisma aórtico gigante e insuficiência aórtica severa.
PESQUISA ORIGINAL – RELATO DE CASO
GESTAÇÃO EM PACIENTE COM ESTENOSE MITRAL CRÍTICA (ÁREA VALVAR 0,5 cm²): EVOLUÇÃO CLÍNICA PRÉ E PÓS – VALVULOPLASTIA COM BALÃO. PESQUISA ORIGINAL – RELATO DE CASO.
Ac. Luciano Menezes dos Santos, Ac. Tâmarly Caroline Cavalcante Gonçalves,Ac. Prof. DrªMaria Alayde Mendonça da Silva, Prof.
Dr. Ivan Romero Rivera (Orientador), Dr. Edson de Oliveira Peixoto Filho, Dr. Amilson Martins Pacheco Filho.
Instituições: 1 – Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Alagoas, – Santa Casa de Misericórdia de Maceió.
Introdução:A estenose valvar mitral (EM) é a causa mais frequente de morbi-mortalidade associada à doença cardíaca reumática
na gravidez. O risco de descompensação materna em insuficiência cardíaca (IC) está associado ao grau de estenose, ocorrendo com
maior frequência quando a área valvar encontra-se abaixo de 1,5 cm2, particularmente no 2o ou 3o trimestres, mesmo que a paciente
fosse anteriormente assintomática. O risco para o feto (prematuridade, retardo no crescimento, morte fetal) eleva-se quando a mãe
se encontra em classe funcional III/IV de IC. Relato de caso: 26 anos, natural e procedente de Maceió, do lar, GIIPI(prematuro)A0.
Gestante com 28 semanas refere dispneia progressiva aos esforços iniciada no 1º trimestre, apresentando-se agora com dispneia aos
mínimos esforços. REG, hipocorada, taquidispneica. PA=100 X 70 mmHg. FC=112 bpm. Ritmo cardíaco regular em 2(dois) tempos.
Primeira bulha hiperfonética e Sopro diastólico, ambos em foco mitral. Estertores crepitantes em terço inferior de ambos os pulmões.
Edema de membros inferiores ++/4+, até terço superior de ambas as pernas. ECG: ritmo sinusal; FC=104 bpm; eixo do QRS= +120o;
sobrecarga atrial esquerda; sobrecarga ventricular direita. Ecocardiograma: Aorta/átrio esquerdo-23/53mm; DD/DS VE-41/29 mm;
SIV/PP-7/7mm; Fração de ejeção do VE-55%. Grande aumento do átrio e do ventrículo direito. Estenose mitral grave (área 0,51 cm2,
gradiente médio 25 mmHg, Escore de Wilkins 9). Medicação inicial: Furosemida 20 mg EV; Cedilanide 0,4 mg EV. Intervenção: Valvuloplastia mitral com balão, com sucesso. Ecocardiograma após: área valvar mitral 1,5 cm2. Paciente assintomática, sem medicação.
Conclusão: Dada a grave restrição da área valvar mitral e da evolução precoce da mãe em Classe Funcional IV de Insuficiência Cardíaca, provavelmente sem a valvuloplastia haveria poucas chances de evolução materna e fetal isenta de complicações.
PESQUISA ORIGINAL – RELATO DE CASO
GESTAÇÃO EM PACIENTE COM ESTENOSE IMPORTANTE DE VALVA PULMONAR. PESQUISA ORIGINAL: RELATO DE CASO.
Autores: Ac. Elvis Coutinho de Paffer, Ac. Bruno Paulo Teles Chaves, Ac. Luciano Menezes dos Santos, Prof. Maria Alayde Mendonça da Silva (Orientadora), Prof. Ivan Romero Rivera, Prof. José Maria Gonçalves Fernandes.
Instituições: 1- Faculdade de Medicina da Universidade federal de Alagoas (UFAL), 2- Universidade federal de Alagoas.
Introdução: A estenose pulmonar congênita apresenta prevalência de aproximadamente 10% dentre as cardiopatias congênitas.
Geralmente assintomática até a idade adulta, pode apresentar insuficiência cardíaca direita ou síncope quando importante, situação na qual deve ser sempre corrigida.
Objetivo: Relatar um caso clínico de estenose importante de valva pulmonar em gestante, bem como mostrar sua evolução e os sintomas apresentados, tendo em vista a variação fisiológica de uma gestante. Metodologia: As informações obtidas nesse trabalho foram
obtidas por meio de revisão de prontuário, entrevista com a paciente, registros fotográficos de métodos diagnósticos aos quais o paciente foi submetido no atendimento do ambulatório de cardiologia do Hospital universitário professor Alberto Antunes (HUPAA), no
mês de março de 2014, bem como revisão de literatura. Relato de caso: Paciente de sexo feminino, 23 anos de idade, refere dispneia
aos grandes esforços, que progrediu para médios esforços com a gestação. No oitavo mês passou a apresentar edema de membros inferiores e cefaleia frequente, sendo orientada a fazer uso de Metildopa 250 mg, três vezes ao dia, com melhora do quadro clínico. Solicitada avaliação após o parto, foi auscultado ritmo cardíaco regular, em dois tempos, com sopro sistólico em foco pulmonar ++++/4.
Discreto edema de membros inferiores e cianose perioral. Refere antecedente de sopro auscultado quando criança. Nega cianose. PA
= 130 X 100 mm Hg; FC = 80 bpm. Ausculta pulmonar normal. O ECG mostrou SVD, com ÂQRS a 120o, a radiografia de tórax dilatação
importante do tronco arterial pulmonar e o ecocardiograma, hipertrofia importante do ventrículo direito e valva pulmonar displásica,
com gradiente sistólico de 170 mm Hg e shunt interatrial do átrio direito para o átrio esquerdo através de pequeno forame oval patente. Resultados: No pós-parto, paciente continuou apresentando sintomas, porém apresentou parto normal, sem intercorrências.
Conclusões: Este é um caso atípico de evolução da estenose pulmonar congênita. Embora a paciente apresentasse estenose importante com hipertrofia do ventrículo direito e shunt interatrial, a gestação foi à termo, sem intercorrências.
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PESQUISA ORIGINAL – RELATO DE CASO
A VISÃO DE ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM SOBRE O PROTOCOLO DE MANCHESTER: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Autores: Ac. Rafael Giulliano Sousa, Ac. Wanúbia Santos do Nascimento, Ac. Leylane de Araújo Melo,Ac. Gabriela Maria Tenório Lira de
França, EnfªJaneuza Vaz de Medeiros, Enfª ProfªAlenilza Bezerra Costa (Orientador)
Instituições: 1- Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas, 2- Centro Universitário Cesmac,
3- Hospital Unimed Maceió.
A superlotação nas urgências e emergências no Brasil é uma realidade na maioria das instituições de saúde, isso se agrava quando a organização se dá pela ordem de chegada. Ciente desse problema existente na atenção às urgências, em 2004, o Ministério da Saúde lançou a
cartilha da Política Nacional de Humanização-PNH, na qual aponta o acolhimento com avaliação e classificação de risco, como dispositivo de
mudança no trabalho da atenção e produção de saúde, em especial nos serviços de urgência e emergência. A classificação de risco é processo
dinâmico de identificação de pacientes que necessitam de tratamento imediato, de acordo com o seu potencial de risco, os agravos à saúde
ou o grau de sofrimento, devendo o atendimento ser priorizado de acordo com a gravidade clínica do paciente, e não pela ordem de chegada
ao serviço de saúde (1). Para realizar a função de triagem, o enfermeiro tem sido o profissional indicado para avaliar e classificar o risco dos
pacientes que procuram os serviços de urgência, devendo ser orientado por um protocolo direcionador (2). Alguns modelos de triagem são
consolidados, como o sistema de triagem de Manchester (1997), a escala de triagem canadense (1999), escala australiana de triagem (2000),
escala Americana – EmergencySeverity Index (2000).OBJETIVOS: Em face do exposto o estudo objetivou retratar a experiência vivenciada
por estudantes de enfermagem em um estágio extra-curricular, com ênfase na utilização do protocolo de Manchester em uma emergência,
através das atividades realizadas nas práticas do estágio, nos treinamentos ofertados, entre outras ações desenvolvidas, visando, com isso relatar a percepção dos acadêmicos sobre a funcionalidade desse protocolo, e a importância dele para uma assistência qualificada.DESCRIÇAÕ
METODOLOGICA: O presente estudo consiste em um relato de experiência de caráter descritivo, onde o período das vivências foi de junhode
2014 a setembro de 2014. Utilizou-se da seguinte etapa para a realização do relato: Levantamento da literatura sobre a classificação de risco
e o protocolo de Manchester, e relato de experiência dos estagiários por meio das práticascomo enfermeirandos de uma emergência de alto
fluxo, através do comprimento das escalas mensais.RESULTADOS:Espera-se, propagar a visão de acadêmicos de enfermagem sobre a triagem
de um hospital de referência na cidade de Maceió, utilizando a Classificação de Risco de Manchester no serviço e suas vivências durante os
estágios extracurriculares. CONCLUSÃO:Pode-se concluir quecom o estágio extracurricular utilizando a Classificação de Risco de Manchesteré
de grande relevância, uma vez que amplia os horizontes dos acadêmicos participantes como também os deixam preparados para trabalhar
com um instrumento de tamanha importância no âmbito da saúde e de serviços de urgência e emergência.
Referencias:
1. Ministério da Saúde (BR). Política Nacional de Atenção das Urgências. Brasilia (DF): Ministério da Saúde; 2006
2. Ministério da Saúde (BR). HumanizaSUS - acolhimento com avaliação e classificação de risco: um paradigma ético-estético no fazer em
saúde. Brasília (DF): Ministério da Saúde; 2004.
PESQUISA ORIGINAL – RELATO DE CASO
EPISÓDIOS DE EDEMA PULMONAR POR ISQUEMIA MIOCÁRDICA EM PACIENTE COM FUNÇÃO VENTRICULAR ESQUERDA NORMAL: RELATO DE CASO
Ac. Sarah de Souza Lira Gameleira, Prof. Dr. Francisco de Assis Costa (orientador), Dr. Edécio Galindo de Albuquerque, Dr. José Carlos de
Melo Xavier, Dra. Karina Magaly Fraga Silva Palmeira, Ac. Patrícia Carvalho Medrado.
1- Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas, 2- Hospital do Açúcar, Maceió – AL, 3- Harmony Cor, Maceió- AL
Introdução: Sabe-se que a isquemia miocárdica pode causar falência aguda do ventrículo esquerdo (VE). A redução da contratilidade do eixo
longitudinal do VE é um achado comum em casos de edema pulmonar (EP) com fração de ejeção (FE) do VE normal. Objetivo: Relatar caso de
paciente que apresentou três episódios de EP por isquemia miocárdica, causada por obstrução severa do enxerto de mamária interna esquerda para a artéria descendente anterior esquerda (MIE-DA). Metodologia: MPS, 64 anos, mulher, hipertensa e diabética do tipo 2. Há 4 anos
apresentou angina instável, tendo sido, na ocasião, submetida a angioplastia + implante de stent convencional no terço proximal de DA. Um
ano após manifestou angina por reestenose proliferativa do stent, sendo indicada cirurgia cardíaca para implante de enxerto MIE-DA, realizada com sucesso e sem complicações. Dois anos após, a paciente evoluiu com insuficiência ventricular esquerda, apresentando três episódios
de EP num intervalo de 60 dias. Nova cinecoronariografia revelou lesão suboclusiva (95%) do enxerto MIE-DA, pós-anastomose. Indicada,
então, angioplastia + implante de stent farmacológico, tamanho 2,25 X 12 mm, feita com sucesso e sem intercorrências. Ecocardiograma na
ocasião: VE = 42/27; AE = 34; Ao = 30; septo = 8; parede posterior = 8 mm; FE = 66%; sem outras alterações dignas de nota. Resultados: Já se
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passam 24 meses após a última intervenção e a paciente encontra-se assintomática e apenas em uso regular de aspirina, bloqueador
de receptor de angiotensina, diurético tiazídico e metformina. Conclusão: O implante de stents em enxertos de MIE-DA é um método
seguro, eficaz e bem indicado em situações de disfunção do VE causada por isquemia miocárdica.
PESQUISA ORIGINAL – RELATO DE CASO
VOLVO DE INTESTINO MÉDIO EM PACIENTE DE 15 ANOS: COMPLICAÇÃO TARDIA DE MÁ ROTAÇÃO INTESTINAL
Laís Terem de Almeida, Rodrigo Campos Ocáriz, Natanael Clarimundo Ramos, Vanessa Souza Brito, Lucas Fileni Baptistella, João
Batista Vieira de Carvalho (orientador).
1 - Universidade José do Rosário Velano
Introdução: A má rotação intestinal é uma condição na qual há rotação incompleta ou anormal do trato gastrointestinal e seu
mesentério em torno da artéria mesentérica superior. Uma das formas de apresentação clínica desta anomalia congênita é o volvo
de intestino médio, que ocorre em 30% dos casos na primeira semana de vida, 75% dos casos no primeiro mês e 90% dos casos no
primeiro ano de vida, sendo raro em pacientes com mais de um ano de vida. O volvo pode apresentar-se de forma crônica, resultando
em obstrução linfática e venosa e podendo associar-se a dores abdominais intermitentes. Objetivo: Relatar um caso de volvo de intestino médio como complicação tardia de uma má rotação intestinal em um paciente de 15 anos de idade. Métodos: Trata-se do caso de
um paciente de 15 anos, do sexo masculino, que deu entrada no pronto socorro de clínica médica com queixa de dor abdominal difusa
tipo cólica, de início súbito, intensidade 10/10, sem irradiação, com piora ao decúbito e alívio com a flexão anterior do tronco. Ao exame físico, estava consciente, desidratado, pálido, com náuseas, vômitos e sem distensão abdominal. Apresentava discreta leucocitose
e a ultrassonografia de abdome não mostrou alterações. Durante a anamnese de admissão, o paciente referiu dor abdminal crônica
e intermitente, semelhante à que estava sentindo no momento, no entanto, de menor intensidade. Na manhã seguinte, apresentava
abdome em tábua, sendo então solicitada a avaliação da Cirurgia Geral, que indicou laparotomia. Resultados: No procedimento cirúrgico, foram vizualizadasalças de delgado enegrecidas e paréticas, associadas à importante dilatação venosa mesentérica. Foi identificado volvo do mesoà nível de artéria mesentérica superior. Realizada a ressecção de jejuno proximal até aproximadamente 10 cm da
válvula íleocecal e anastomose jejunoileal. Atualmente o paciente encontra-se em nutrição parenteral total e foi encaminhado a um
serviço ambulatorial especializado em Síndrome do Intestino Curto. Conclusão: Complicações relacionadas à má rotação intestinal na
idade do paciente são extremamente raras e dificilmente estão entre os diagnósticos diferenciais na investigação clínica. É de suma
importância a detecção precoce desta anomalia congênita para evitar potenciais complicações, como a do caso descrito. Recomendase, portanto, a investigação para má rotação intestinal em casos de crianças com dor abdominal crônica e intermitente.
PESQUISA ORIGINAL – RELATO DE CASO
BY-PASS AORTO BIFEMORAL PARA O TRATAMENTO DA SÍNDROME DE LERICHE
Autores: João Batista Vieira de Carvalho (orientador), Laís Terem de Almeida, Valter Suman Junior, Rodrigo Campos Ocáriz, Vanessa Souza Brito, Lucas Fileni Baptistella.
1 - Universidade José do Rosário Velano
Introdução:A síndrome de Leriche, descrita em 1948 por Lericheet al., é uma condição rara caracterizada por uma série de sinais e sintomas causados pela oclusão crônica da bifurcação da aorta. O achado mais frequente associado à síndrome é a claudicação, embora
outros sinais e sintomas possam ser observados, como a impotência sexual, diminuição dos pulsos femorais eatrofia da musculatura
dos membros inferiores. Geralmente,acomente homens idosos em decorrência da aterosclerose. O tratamento da oclusão aórtica é a
revascularização do seguimento acometido, seja por via endovascular ou por cirurgia aberta. Objetivo: Relatar o caso de um paciente
diagnosticado com Síndrome de Leriche, o qual foi submetido à by-pass aortobifemoral. Métodos: Trata-se do caso de um paciente
de 65 anos diagnosticado ambulatorialmente com Síndrome de Lerich, com confirmação arteriográfica de uma obstrução obliterante
aortoilíaca bilateral. Paciente referia claudicação em menos de 40 metros percorridos, associada a dor (negava dor em repouso). Era
tabagista em abstinência há 2 anos, tendo feito uso de cerca de 40 cigarros de papel por dia durante 40 anos. Negava hipertensão
arterial sistêmica, diabetes mellitus e fazia uso de Sinvastatina, Ácido Acetilsalicílico e Cilostazol. Foi admitido ao serviço para realização de by-pass aortobifemoral eletivo para o tratamento da Síndrome de Lerich com classificação de Fontaine III - IV. No exame
físico de entrada, apresentava ausência de pulsos femorais distais. Resultados: No dia seguinte à admissão, paciente foi submetido
ao procedimento cirúrgicosob anestesia geral. Foi realizada Confecção de by-pass aortobifemoral com prótese de Dacron 14x7 mm
bifurcada término lateral com suturas contínuas, feitas com fio prolene 3.0 cardiovacular em aorta infrarrenal e com fio prolene 4.0
cardiovascular em femorais. A aorta foi clampada por 10 minutos e a cirurgia foi realizada sem intercorrências. Após o procedimento,
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o paciente foi conduzido ao CTI, onde ficou sob monitorização por 24 horas, recebendo alta, posteriormente, para a enfermaria. Durante os
dias de internação na enfermaria, o paciente apresentou um íleo pós-operatório, sem complicações associadas, recebendo alta 4 dias depois
(5º dia de pós operatório) com ácido acetilsalicílico, clopidogrel e omeprazol contínuos,cefadroxila 500 mg de 12 em 12 horas por 10 dias e
analgesia com dipirona caso fosse necessário. Conclusão: Com o advento de opções terapêuticas menos invasivas, o by-pass aortobifemoral
vem sendo indicado em casos mais complexos e a terapia endovascular utilizada mais frequentemente em casos mais simples, uma vez que
a cirurgia aberta está relacionada com uma maior morbidade perioperatória e maior tempo de hospitalização. O alto nível de satisfação por
parte dos pacientes e os ótimos resultados em longo prazo, no entanto, continuam sendo as principais vantagens da cirurgia aberta.
PESQUISA ORIGINAL – RELATO DE CASO
Linfoma não-Hodking com acometimento intracardíaco apresentando sucesso terapêutico: relato de caso
Acad. Robert Lincoln Barros Melo ,Dr. Diogo Oliveira Barreto, Dr. Irving Gabriel Araújo Bispo ,
Dra. Ana Rita Burgos, Dr.Renato Baub, Dr. Enilton Sergio Tabosa do Egito ,Afiliações:
1.Acadêmico de Enfermagem da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (UNCISAL) - Maceió, Alagoas. Brasil
2. Residente de Cardiologia do Hospital do Coração - São Paulo, SP. Brasil
3. Oncologista do Hospital do Coração –São Paulo, SP Brasil.
4. Cardiologista do Hospital do Coração – São Paulo SP. Brasil
Introdução: Os tumores cardíacos são entidades raras na prática médica. A literatura relata uma incidência de 0,05%. . Cerca de 75% são
benignos, no entanto pode ter um comportamento desfavorável.. As neoplasias malignas representam 25% restantes; destes o linfoma é
reconhecido como uma entidade raríssima que representa cerca de 0,25%. Apresentamos um caso de Linfoma não-Hodking, que apresentou
diagnóstico precoce e tratamento adequado. Relato de Caso: Paciente AMG, 41 anos, refere ter iniciado quadro de epigastralgia e náuseas
após alimentaçãohá cerca de 2 meses.Também relatou nessa época que apresentava dispneia ao deitar e notouperda de peso. Procurou o
pronto atendimento por 3 ocasiões, sendo realizado exames de laboratório e radiografia de tórax, porém sendo liberado sem diagnóstico
Devido aos sintomas gastrointestinais procurou um gastroenterologista, que durante sua consulta evidenciou um sopro em região cardíaca.
sendo solicitado um ecocardiograma; ao realiza-lo foi evidenciado uma massa comprimindo o coração. Optado então por internação hospitalar para seguimento da investigação da massa. Realizado ressonância magnética de tórax com o seguinte achado: extensa massa em
mediastino anterior com dimensões aproximadas de 16 x 14 x 9cm, estendendo-se desde a região paratraqueal esquerda superiormente
até o ápice anterior do coração inferiormente, e envolvendo circunferencialmente a veia braquiocefálica esquerda, a porção proximal dos
ramos do arco aórtico, o arco aórtico e a aorta ascendente.Paciente foi avaliado pela equipe de Oncologia, sendo indicado biópsia da massa.
Laudo anatomopatológico mostrou Linfoma difuso de grandes células B (LDGC), com marcador imunohistoquímico CD 30 positivo. Então o
mesmo foi submetido a esquema quimioterápico, com regressão da massa em 02 semanas. Discussão: As massas cardíacas são potencialmente letais, independentemente de serem benignas ou malignas. A metastatização é a forma maligna maisfrequente (10-12%) associada a
mau prognóstico.O linfoma é a terceira causa de metastatização cardíaca, em termos absolutos, depois do câncer do pulmão e da mama; em
termos relativos, ocupa o segundo lugar, depois do melanoma. O linfoma difuso de grandes células B (LDGC) é o mais comum dos linfomas
não Hodgkin (31%), sendo rapidamente fatal quando não tratado.Tal caso mostra que a suspeita clínica associado a exames de imagem sofisticados podem alterar o prognóstico de patologias letais em curto prazo de tempo.
PESQUISA ORIGINAL – RELATO DE CASO
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE COM BLOQUEIO ATRIOVENTRICULAR TOTAL (BAVT): RELATO DE CASO
Enfa. Christefany Régia Braz Costa, Enfa. Tallita Veríssimo Leal, Enfa. Maria Mariana Barros Melo da Silveira, Enfa. Lucicleide Barbosa da
Silva, Enfa. Thaisa Remigio Fiqueiredo, Profa. Dra. Simone Maria Muniz da Silva Bezerra.
Instituição: 1- Pronto-Socorro Cardiológico Universitário de Pernambuco Prof. Luiz Tavares- Universidade de Pernambuco (PROCAPE-UPE)
Introdução: Os bloqueios de condução caracterizam-se por qualquer obstrução ou retardo do fluxo de eletricidade ao longo das vias de condução elétrica. Nesse contexto a estimulação cardíaca artificial, pelo uso dos marcapassos (MP), vem como uma alternativa na melhora do
débito cardíaco e prevenção das mortes súbitas. Objetivo: Relatar caso de paciente com BAVT, bem como os diagnósticos e intervenções de
enfermagem. Metodologia: Trata-se de um relato de caso de um paciente admitido em julho de 2014 na emergência de um hospital de referência em cardiologia de Pernambuco. Os dados foram coletados dados através de anamnese, exame físico e prontuário. Para a elaboração
dos diagnósticos de enfermagem e planos de cuidados de enfermagem utilizou-se a taxonomia North American Nursing Diagnosis Association
(NANDA) e a Nursing Interventions Classification (NIC), respectivamente. Resultados: C. F. L., 52 anos, sexo masculino, procedente de Barreiros- PE, admitido com queixa de dor epigástrica, vômitos e síncope. Relatou fadiga constante, lipotimia e história de tabagismo e etilismo.
Paciente portador de Miocardiopatia chagásica. Chegou com FC: 33 bpm e PA: 90x50mmHg. Foi realizado ECG com evidencia de BAVT. Ao
exame: AP: MVU(+) s.r.a. em AHT; AC: RCR em 2T com bulhas hipofonéticas, sem sopros. MMSS e MMII sem edemas. Paciente encaminhado
ao serviço de hemodinâmica para implante de MP provisório. Constatou-se ainda que paciente já havia sido avaliado para implante de MP definitivo porém não compareceu por medo do procedimento. Os diagnósticos e planos de cuidados relatados no trabalho foram direcionados
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ao uso do MP provisório. Dentre os diagnósticos de enfermagem estão: Risco de débito diminuído, Risco de perfusão tissular ineficaz, Integridade da pele prejudicada e Risco de infecção. Entre os cuidados: ajustar parâmetros e manter o sistema de alarmes ativados no gerador do
MP externo; monitorar FC, ritmo e a amplitude da curva de ECG continuamente, e comunicar as alterações detectadas; observar e comunicar
presença de sinais e sintomas de débito cardíaco diminuído e perfusão tissular alterada; trocar curativo diariamente; comunicar presença de
sinais flogísticos ou sangramento, manter repouso relativo com cabeceira elevada a 30º, se não houver instabilidade hemodinâmica; orientar
o paciente e à família os objetivos terapêuticos do MP, as restrições de atividade, entre outros. O paciente respondeu bem a terapêutica proposta, realizou posteriormente o implante de MP definitivo e continuou com acompanhamento ambulatorial. Conclusões: O relato permitiu
aprofundar os conhecimentos sobre a patologia, bem como elaborar diagnósticos de enfermagem e planos de cuidados de enfermagem, reafirmando a importância do Processo de Enfermagem em todas as etapas do processo hospitalar, contribuindo para a recuperação do paciente
numa perspectiva de assistência individualizada, com práticas assistenciais cada vez mais fundamentadas cientificamente.
PESQUISA ORIGINAL – RELATO DE CASO
Derrame Pericárdico Severo decorrente de Lúpus Eritematoso Sistêmico: Relato de Caso de Clínico
Autores: Ac. José Sharllon de Souza Silva; Ac. Anna Karoline Rocha de Sousa; Dr. Antônio Everaldo Vitoriano de Araújo Filho; Dra. Larissa
Azevedo Lins; Prof. Manoel Correia de Araújo Sobrinho (Orientador)
Instituições: 1- Faculdade de Medicina da Universidade da Universidade Federal de Alagoas, - Hospital do Açúcar
Introdução: O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença inflamatória crônica, multissistêmica, de etiologia desconhecida e de natureza
autoimune. A manifestação cardíaca mais comum do LES é a pericardite. Geralmente o derrame pericárdico é pequeno e detectável apenas
por ecocardiografia, raramente evoluindo para tamponamento cardíaco. Objetivo: Descrever um caso de derrame pericárdico severo em
decorrência de Lúpus Eritematoso Sistêmico. Metodologia: Trata-se de um relato de caso clínico realizado por meio da análise do prontuário
e de exames complementares da paciente referente ao período em que a mesma esteve internada. Relato do Caso: DSS, sexo feminino, 26
anos, com diagnóstico de lúpus eritematoso sistêmico, admitida na UTI Coronária do Hospital do Açúcar em Maceió - Alagoas, com quadro de
dispneia associada à edema de membros inferiores. Ao exame físico, apresentava-se em regular estado geral, com bulhas cardíacas hipofonéticas e sem presença de sopro audíveis, murmúrio vesicular reduzido em base esquerda, sem ruídos adventícios. Apresentando edema em
membros superiores e inferiores. O ecocardiograma da paciente revelou derrame pericárdico severo, sem repercussão hemodinâmica. Realizou-se uma pericardiocentese subxifoidiana retirando 600 mL de líquido seroso. A paciente foi também submetida à pulsoterapia com metilprenisolona 100mg/dia por 3 dias consecutivos. Evoluiu com melhora dos sintomas, recebendo alta hospitalar 13 dias após sua internação.
Discussão: O LES é uma doença que acomete o tecido conectivo, simultânea ou sucessivamente, e que pode afetar, estruturalmente, o tecido
pericárdico, favorecendo assim as alterações cardíacas e sistêmicas. A pericardite por LES se exterioriza sob a forma de derrame pericárdico,
na maioria das vezes de grau leve. A pulsoterapia com metilprednisolona é indicada para casos graves, em que se necessita de uma resposta
mais rápida. O derrame pericárdico pode levar ao acúmulo de líquido no espaço pericárdico, em quantidade suficiente para causar obstrução
grave à entrada de sangue nos ventrículos, o que pode ser fatal se não for diagnosticada e tratada imediatamente. A pericardiocentese é
necessária para aliviar o grave comprometimento hemodinâmico e obter uma amostra de líquido pericárdico, a fim de tentar chegar a um
diagnóstico. Conclusão: Os pacientes portadores de LES devem ser orientados quanto às repercussões do abandono parcial ou total de seus
tratamentos e também a procurar serviços médicos de urgência e emergência quando apresentarem dispneia ou quaisquer outros sintomas
que possam sinalizar risco de vida imediato.
Palavras-chave: Tamponamento cardíaco, Derrame pericárdico, Lúpus eritematoso sistêmico, Doença autoimune.
PESQUISA ORIGINAL – RELATO DE CASO
CONDULTAS DE ENFERMAGEM AO PACIENTE PORTADOR DE HIV E DOENÇAS OPORTUNISTAS: RELATO DE CASO.
Autores: Ac. Anna Paula Ferreira Ferro, Ac. Andreza Maria Gomes, Ac. Geyssyka Morganna S. Guilhermino, Ac. Roberta Chrystynne Oliveira Lucio, Ac. Lizânia da Silva Melo, Prof. Antonio Carlos Ferreira Lima (Orientador).
Instituições: 1-Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas, 2- Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alago Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas as, 3- Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas, 4- Universidade Estadual
de Ciências da Saúde de Alagoas, 5- Universidade Estadual de Ciências da Saúde Alagoas, 6-Universidade
Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas.
Introdução: HIV é a sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana. Causador da aids, ataca o sistema imunológico, responsável por
defender o organismo de doenças. As células mais atingidas são os linfócitos T CD4+. As principais formas de transmissão do HIV são: sexual,
sangüínea e vertical. A infecção pelo HIV pode ser dividida em quatro fases clínicas: infecção aguda, fase assintomática, também conhecida
como latência clínica, fase sintomática inicial ou precoce e Aids. Uma vez instalada a aids, as pessoas portadoras do HIV apresentam sinais
e sintomas de processos oportunistas, tumores, alterações neurológicas induzidas pelo HIV. Objetivo: Elaborar um plano de cuidados com
a sistematização da assistência de enfermagem delineado através da CIPE. Metodologia: Relato de caso, realizado na unidade semi-intenCARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM
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Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(1):
siva de hospital de urgência e emergência na cidade de Maceió-AL. Foram utilizados dados colhidos durante o exame físico, cuidados de
enfermagem e prontuário do paciente com diagnóstico médico de HIV positivo, pneumonia e infecção por pseudomonas aeruginosas em
urina+úlceras. O paciente foi acompanhado do dia de 10 a 20 de julho de 2012, durante a realização das práticas curriculares da disciplina de
Processo de Enfermagem III. Resultados: Após o exame físico e cuidados de enfermagem foi feito o sumário de situação e baseado nele os
seguintes diagnósticos de enfermagem de acordo com a CIPE 2.0: Risco a úlcera por pressão e úlcera por pressão atual; Risco a infecção cruzada presente; Padrão respiratório comprometido; Pele seca atual; Abuso de álcool e tabaco presente. Intervenções: Promover a mobilidade
no leito; Realizar limpeza de úlcera; ou eliminem os riscos de uma reinfecção e/ou transmissão para outras pessoas e minimize o sofrimento
das doenças oportunistas. Conclusão: O HIV e doenças oportunistas estão com um aumento significativo dentre as causas de óbitos da população mundial. A realização deste trabalho permitiu reafirmar a importância da Sistematização da Assistência de Enfermagem realizada de
forma individual e pautada em conhecimento científico, a fim de contribuir efetivamente no processo de promoção, prevenção, recuperação
e reabilitação do paciente.
Referências: 1. POTTES, F.A. et.al. Aids e envelhecimento: características dos casos com idade igual ou maior que 50 anos em Pernambuco, de 1990 a 2000. Rev. bras. epidemiol. [online] 2007;10(3):338-351. 2. RIBEIRO, L.C.C, JESUS, M.C.N. Avaliando a incidência dos casos
notificados de AIDS em idosos no estado de Minas Gerais no período de 1999 a 2004. Cogitare Enferm maio/ago 2006; 11(2): 113-116. 3.
SEPKOWITZ, K.A. AIDS – The first 20 years. New England Journal of Medicine 2001; 23:1764-1772.. 4. SILVA, S.R.F. et al. Aids no Brasil: uma
epidemia em transformação. Rev. bras. anal. Clin 2010; 42(3): 209-212. 5.VIEIRA, E.B. Manual de Gerontologia – um manual teórico-prático
para profissionais, cuidadores e familiares. Rio de Janeiro, 2004. Editora Revinter.
PESQUISA ORIGINAL – RELATO DE CASO
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA GRAVE E INDICAÇÃO DE TRANSPLANTE EM OBESO COM INDICAÇÃO DE GASTROPLASTIA.
Bruno Paulo Teles Chaves, Elvis Coutinho de Paffer, Antonio Cavalcante Ramos Sobrinho, Maria Alayde Mendonça da Silva
(orientadora),Ivan Romero Rivera, José Maria Gonçalves Fernandes.
Instituição: 1- Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Alagoas. 2- Universidade Federal de Alagoas
Introdução: A obesidade é considerada um fator de risco independente para a insuficiência cardíaca, entretanto, na avaliação sistemática de
obesos com indicação de gastroplastia o diagnóstico de insuficiência cardíaca grave (Classe Funcional IV) não é usual e quando ocorre a doença arterial coronária e não a obesidade é a etiologia mais frequente. Objetivo: Observar a relação entre obesidade mórbida e insuficiência
cardíaca grave com indicação de transplante em paciente com estes diagnósticos, atentando para a limitação decorrente da concomitância
das patologias. Metodologia: Informações obtidas a partir da utilização de prontuário de paciente em acompanhamento no ambulatório de
cardiologia do Hospital Universitário da Universidade Federal de Alagoas. Feita revisão da história clínica e organização de dados em ordem
cronológica. Relato do caso: Paciente do sexo masculino, 28 anos, com IMC 40 Kg/m2, com história prévia de HAS, DM e dislipidemia, em
tratamento com IECA, digitálico, betabloqueador, diuréticos, hipoglicemiante e hipolipemiante, foi encaminhado para avaliação cardiologica
pré-operatória de gastroplastia. A história clínica e o exame físico evidenciaram insuficiência cardíaca congestiva em Classe Funcional IV, descompensada, com indicação de internação para controle do quadro. O ECG evidenciou sobrecarga ventricular esquerda, a radiografia de tórax
evidenciou cardiomegalia global e congestão pulmonar, o ecocardiograma demonstrou dilatação importante das quatro câmaras com Fração
de Ejeção de 22% e hipocontratilidade global de grau importante. Após compensação clínica o paciente foi submetido a cineangiocornariografia que mostrou coronárias sem obstrução. Resultados:Nos seis meses após a compensação clínica, o paciente foi reinternado várias vezes
e foi enviado para a lista de transplantes. Sobreviveu 14 meses. Conclusão: Apesar de pouco frequente, a insuficiência cardíaca congestiva
grave com indicação de transplante pode ocorrer em obesos mórbidos com indicação de gastroplastia, podendo inclusive impedir o paciente
de beneficiar-se do procedimento.
PESQUISA ORIGINAL – RELATO DE CASO
SÍNDROME CORONARIANA AGUDA COM SUPRA DE ST EM PACIENTE JOVEM: RELATO DE CASO
Autores: Ac. Rodrigo Cavalcanti Duarte Galvão; Ac. Carolina Chianca Dourado Lemos; Ac. Rafael Cavalcanti Duarte Galvão; Dr. Ricardo
Jorge de Queiroz e Silva (Orientador)
Instituição: 1 - Universidade Potiguar e 2 - Centro de Estudos Superiores de Maceió (CESMAC)
Introdução: Síndrome coronariana aguda com supra de st é o quadro clínico composto por precordialgia de forte intensidade, em aperto,
desencadeada pelo exercício ou estresse, que pode irradiar para membro superior esquerdo, mandíbula ou epigastro, aliviada com repouso
ou nitrato, compatível com isquemia aguda do miocárdio. Além disso, deve haver elevação do segmento st em duas ou mais derivações contíguas acima de 1,0mV no eletrocardiograma. Tem como principal causa a doença aterosclerótica e o principal foco terapêutico é a Reperfusão
das coronárias, além do uso convencional de AAS, nitrato, morfina, betabloqueador, clopidogrel, IECA, Heparina e estáticas. Apesar de ainda
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Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(1):
apresentar uma alta morbimortalidade, esses números vêm diminuindo com a melhoria das novas drogas e novos estudos. Objetivo: Relatar um caso de síndrome coronariana aguda com supra de st em um paciente jovem para discussão de terapias alternativas e uma melhor
abordagem biopsicossocial no que tange ao consumo de drogas. Metodologia: Trata-se de um estudo de caso realizado através da coleta
dados do prontuário de um paciente internado na enfermaria do Hospital Central Coronel Pedro Germano e sua evolução no decorrer da
terapia empregada. Resultado: Após o diagnóstico de síndrome coronariana com supra de st, apresentando elevação do segmento st em DI,
DII, V3, V4, V5 e V6. Após a administração da terapia com enoxaparina, sinvastatina, AAS, clopidogrel, isordil e atenolol, evoluiu com melhora
do estado geral e resolução do quadro álgico. Após a alta, foi encaminhado ao Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) para que possa tratar
a dependência química. Conclusão: Conclui-se que quando o caso de síndrome coronariana aguda com supra st é bem conduzido, podemos
ter sucesso no tratamento empregado. Entretanto, o caso extrapola os limites da cardiologia e envolve fatores biopsicossociais que merecem
a devida atenção.
Fontes: MARTINS, Herlon Saraiva et al. Emergências Clínicas: Abordagem Prática. 2013. Disponível em: <http://www.medicinadeemergencia.com.br/2013/>. Acesso em: 21 set. 2014.
FAUCI, Anthony S.. HARRISON MEDICINA INTERNA. 17. ed. Rio de Janeiro: Amgh Editora Ltda, 2008. 2 v
GOLDMAN, L; AUSIELLO D. Cecil: Tratado de Medicina Interna. 23ªEd. Rio de Janeiro:ELSEVIER, 2011
PESQUISA ORIGINAL – RELATO DE CASO
Carcinoma pulmonar de pequenas células com metástase cardíaca em mulher jovem não fumante: Relato de caso.
Ac. Anna Karoline Rocha de Sousa; Ac. Guilherme Monteiro Constant; Ac. José Sharllon de Souza Silva; Prof. Manoel Correia de Araújo
Sobrinho (Orientador).
Instituições: 1- Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Alagoas, 2- Hospital do Açúcar.
Resumo
Introdução:As neoplasias pulmonares são classificadas em cânceres pulmonares de células não pequenas e cânceres pulmonares de pequenas células (CPPC). Este último corresponde a cerca de 20% dos casos, sendo mais comum em homens, com predomínio entre a 6ª ou 7ª
décadas de vida, e com forte associação com o tabagismo. É marcado pelo comportamento altamente invasivo, comumente apresentando
doença extensa já no momento do diagnóstico. A metástase cardíaca se dá em 15% dos casos de câncer de pulmão, enquanto que o acometimento pericárdico chega a 30% dos casos. Objetivo: Descrever um caso de metástase cardíaca por carcinoma pulmonar de pequenas
células numa paciente fora do perfil epidemiológico tradicional. Metodologia: Análise de prontuário e exames complementares da paciente
referente ao período de sua internação hospitalar. Relato de caso: JAS, sexo feminino, 47 anos. Deu entrada no serviço de emergência em
maio de 2014 com quadro de dispneia aos mínimos esforços, edema em membros inferiores associados a tosse improdutiva persistente e dor
infra-mamária. Referia evolução progressiva do quadro há 5 meses, com perda de peso. Negou tabagismo, hipertensão arterial sistêmica e
diabetes mellitus. À radiografia de tórax foram evidenciados derrame pleural bilateral e massa em hemitórax direito, gerando duas hipóteses
etiológicas: pneumonia ou insuficiência cardíaca congestiva (ICC). A paciente foi encaminhada para ser acompanhada, em regime de internação, pela equipe de cardiologia. O ecocardiograma evidenciou massa tumoral no interior do átrio direito com sinais de obstrução diastólica do
anel valvar tricúspide. Suspeitou-se então de mixoma. À tomografia, foi evidenciada massa tumoral no hemitórax direito fazendo corpo com
átrio direito. No interior deste visualizou-se massa tumoral, sendo levantadas as hipóteses de mixoma e rabdomiosarcoma. Biópsia revelou:
quadro histológico consistente com neoplasia de células pequenas, provável carcinoma de vias aéreas, com disseminação para mediastino e
átrio direito. Paciente foi encaminhada para radio e quimioterapia. Conclusão: O carcinoma pulmonar de pequenas células é diretamente ligado ao tabagismo, sendo especialmente prevalente em homens idosos. A ausência dessas características epidemiológicas e a sintomatologia
ligada, sobretudo, ao acometimento cardíaco dificultam o diagnóstico clínico, retardando o curso de tratamento.
PESQUISA ORIGINAL
Mortalidade por Doença Isquêmica do Coração em Idosos
Ac. Anderson Mascarenhas Nicácio, Ac. Imirá Machado Magalhãe, Ac. Paulo Victor Vicentin Mata1, Ac. Ana Lívia Santos Barros, Ac. Patrícia Carvalho Medrado, Prof. João Klínio Cavalcante(Orientador).
1-
2-
Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Alagoas
Faculdade de Medicina da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas
Introdução:Nos últimos anos ocorreram diversas alterações no processo saúde-doença no Brasil, com mudanças na morbimortalidade e
aumento da expectativa de vida, através de políticas públicas voltadas ao saneamento básico e controle de doenças infectocontagiosas e
crônico-degenerativas. No Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde (MS), a esperança de vida ao nascer era de aproximadamente 43 anos
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em 1950 e chegou a 73,3 anos em 2010. Segundo o Censo Demográfico de 2010, a proporção de habitantes acima de 60 anos era de 10,8%.
As doenças crônicas degenerativas passaram a ser as principais causas de adoecimento e morte da população, especialmente entre idosos.
Dentre estas, as doenças do aparelho circulatório (DAC) assumem papel de destaque, sendo responsáveis por 28,22% dos óbitos no Brasil, em
2012, destacando-se as doenças isquêmicas do coração (DIC), totalizando mais de 30% dos óbitos por DAC. Objetivo:Descrever a distribuição
dos óbitos por DIC ocorrida em idosos, residentes no Estado de Alagoas, no ano 2012. Metodologia: Estudo descritivo-documental, segundo
dados disponíveis no Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) com causa básica de DIC em idosos no Estado de Alagoas, ocorridos
em 2012. Considerou idoso aquele com idade maior ou igual a 60 anos, segundo Estatuto do Idoso. Dos dados constantes na declaração de
óbito foram avaliadas as seguintes variáveis: idade, sexo, cor/raça, estado civil, escolaridade, local de ocorrência do óbito. A variável idade foi
categorizada em faixas etárias de 60-69 anos, 70-79 anos e acima de 80 anos. Resultados: O total de óbitos por DIC em idosos foi de 1013, representando 73,5% em 2012. A população masculina representou 52,7% dos óbitos. A faixa etária com maior número de óbitos foi 80 anos ou
mais, com 34,5%. A cor parda representou 61,2% dos óbitos. Quanto ao estado civil, predominou casados com 36,8%, seguindo-se os viúvos
com 26,1%. Quanto à escolaridade, predominou a categoria de nenhum ano de estudos com 38%, seguindo-se do percentual ignorado 28%.
O hospital foi o principal local de ocorrência com 55,3%. A cor parda predominou em ambos os sexos. O maior percentual de óbitos femininos
ocorreu no estado civil viúvo, com 37%, e com menor escolaridade; enquanto no sexo masculino ocorreu dentre os casados, com 49%, e com
maior escolaridade. Os óbitos femininos aumentaram com a faixa etária, enquanto os masculinos diminuíram. O principal local de ocorrência dos óbitos foi o hospital para as faixas etárias de 60-69 anos e 70-79 anos, para a faixa etária de 80 anos ou mais ocorreram mais óbitos
domiciliares. Conclusão: Os dados mostram que há um aumento na proporção dos óbitos femininos por DIC em idosos concomitante com o
aumento da faixa etária, o que não ocorre com os óbitos masculinos. O estudo aponta para desigualdade s social, como a menor escolaridade
entre os óbitos femininos, bem como a predominância da cor branca entre os óbitos nas faixas etárias mais elevadas.
PESQUISA ORIGINAL
As endotelinas como marcador do envelhecimento tissular de valvas cardíacas.
Autores: Ac. Carlos Aurélio Santos Aragão; Ac. Manuela Sena de Freitas; Ac.João Paulo de Andrade Fonseca; Ac. Mateus Santana de Andrade; Ac. Williasmin Batista de Sousa; Profª. Tania Maria de Andrade Rodrigues(Orientadora).
Grupo de Anatomia Molecular, Departamento de Morfologia da Universidade Federal de Sergipe.
Introdução: As endotelinas(ETs) são uma família formada por três isopeptídeos endógenos (ET-1, ET-2, ET-3) e dois receptores, ETrA e ETrB,
os quais possuem ações opostas: enquanto ETrA leva à vasoconstricção e aumento do inotropismo, o ETrB leva à vasodilatação através da
liberação de Óxido nítrico e prostaciclinas. A ET é dependente de cálcio extracelular, e está associada à resposta inflamatória encontrada no
envelhecimento, quando ocorre substituição fibrosa e calcificação nas valvas mitral e aórtica. Objetivo: Avaliar o papel das Endotelinas como
marcadores do envelhecimento de valvas cardíacas. Metodologia: Trata-se de um estudo experimental e randomizado. Foram coletadas dez
valvas mitrais de indivíduos do Instituto Médico Legal (IML) de Aracaju-SE que foram a óbito por morte violenta;aamostra foi composta de
oito valvas de indivíduos idosos e duas valvas de jovens, sendo todos do sexo masculino. Inicialmente, foram feitas análise em cortes histológicos corados em Hematoxilina e Eosina (HE) e em seguida, análise Imunohistoquímica(IHQ). As valvas foram submetidas a cortes histológicos
corados em HE e depois, à fixação em solução de formalina neutra a 10%, submetidas à descalcificação, embebidas em parafina e cortadas em
micrótomo, com espessura de 4μm. A coloração da IHQ foi obtida através da utilização de anticorpos policlonais para ETrA e ETrB com diluição
1:100. Posteriormente, foi feito cruzamento entre a evidência de Ca2+ nos cortes histológicos corados em HE e a análise quantitativa da área
expressa pela IHQ de cada receptor em relação à área total de cada lâmina através da utilização do softwereImage J®. A análise estatística foi
feita através de Medidas de tendência central e desvio-padrão; e significância inferido através de p=0,05.Resultados: A análise dos cortes histológicos exibiu calcificação nas oito valvas idosas; não sendo exibida calcificação nas valvas jovens. Na análise quantitativa, das dez amostras,
observou-se que a expressão IHQ positiva para ET-1 e receptores foi de 18,21 ± 14,96%. Para ETrA e ETrB, as áreas médias expressas foram
respectivamente de 15,06 ± 13,13% e 9,20± 11,09%. A correlação entre os níveis de ET e a calcificação histológica foi fortemente positiva(R:
0,74; p:0,02). Conclusão: Os dados sugerem correlação positiva entre a calcificação valvar e os níveis altos de ET. Portanto, necessita-se de
novos estudos para corroborar evidência de ET sérica como biomarcador da evolução do processo de envelhecimento.
PESQUISA ORIGINAL
Título: Estudo populacional da ocorrência de dislipidemia em crianças e adolescentes
Autores:Ac. Mateus Santana de Andrade;Ac. Carlos Aurélio Santos Aragão; Ac. Manuela Sena de Freitas; Ac. Joventino Teodoro Moreira
do Prado; Ac. Nilles Benjamin da Silva Dias; Prof. ª Tania Maria de Andrade Rodrigues (Orientadora).
Universidade Federal de Sergipe, Aracaju, SE, BRASIL¹
Introdução: Dislipidemia é um distúrbio metabólico caracterizado por concentrações anormais de lipídios séricos, sendo determinada por
fatores genéticos e ambientais, e sua principal implicação patológica é a doença arterial coronariana (DAC). A prevalência de dislipidemia em
crianças e adolescentes varia no mundo entre 2,9 e 33%. No Brasil, essa prevalência se situa entre 28 e 40%. A classificação bioquímica considera os valores do colesterol total (CT), LDL ligado ao colesterol (LDL-C), triglicérides (TG) e HDL ligado ao colesterol (HDL-C) e compreende
quatro tipos principais: hipercolesterolemia isolada (HCI), hipertrigliceridemia isolada (HTI), hiperlipidemia mista (HLM) e HDL-C baixo.ObjeCARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM
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Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(1):
tivos: Analisar a ocorrência de dislipidemia em crianças e adolescentes Métodos: Este trabalho é um estudo analítico de 10731 lipidogramas,
sendo 1316 de crianças e adolescentes, que foram divididos em dois grupos: 0 a 12 anos e 13 a 20 anos. Os lipidogramas foram coletados
em laboratórios de análises clínicas da rede privada de saúde da cidade de Aracaju, Sergipe, no período de janeiro de 2012 a junho de 2013.
O teste de regressão logística foi realizado através da ferramenta estatística GraphPadPrism versão 5.00, considerando significativo o valor
de p<0.05. Resultados: Dos 1316 lipidogramas analisados, 39,6% foram do grupo de 0 a 12 anos (n=521) e 60,4%, do grupo de 13 a 20 anos
(n=795). Na amostra total de crianças e adolescentes, 55,4% apresentaram dislipidemias, e as médias de concentração dos lípides foram:
CT (167,6±36,2), HDL (47,5±10,5), LDL (101,6±30,5), VLDL (18,5±10,4), TG (92,4±51,9), LT (500,1±75,9). No grupo das crianças, a média de
idade foi de 7,3±3,7 anos, a incidência relativa das dislipidemias foi: HDL-C baixo (41,84%), HCI (2,11%), HTI (8,06%), HLM (0,38%). No grupo
dos adolescentes, a média de idade foi de 16,3±1,9 anos, a incidência relativa das dislipidemias foi: HDL-C baixo (42,52%), HCI (3,65%) e HTI
(10,31%).Conclusão: As dislipidemias estão cada vez mais frequentes na infância e adolescência e a modificação do estilo de vida da população brasileira está-se refletindo nas condições de saúde infantil. Torna-se importante a melhoria em políticas públicas para que se possa evitar
e combater cada vez mais cedo as doenças cardiovasculares, que, segundo a OMS, são a principal causa de morte no mundo.
PESQUISA ORIGINAL
Estudo quantitativo da expressão gênica da endotelina-1 na fisiologia do envelhecimento valvar.
Autores: Ac. Manuela Sena de Freitas; Ac. Carlos Aurélio Santos Aragão; Ac. Silvio Henrique Vieira de Freitas; Ac. Manoela Pellegrini; Ac.
Rafael Rocha de Araújo; Prof.ª Tania Maria de Andrade Rodrigues ; (Orientadora).
¹ Grupo de Anatomia Molecular, ²Departamento de Morfologia da Universidade Federal de Sergipe.
Introdução:O processo de envelhecimento vem sendo correlacionado com a ação do subtipo 1 de endotelina (ET-1) e de seus receptores (ETrA
e ETrB). A ET é dependente de cálcio extracelular, e está associada à resposta inflamatória encontrada no envelhecimento, quando ocorre
substituição fibrosa e calcificação nas valvas mitral e aórtica. Objetivo: Avaliar o papel das Endotelinas como marcadores do envelhecimento
de valvas cardíacas. Métodos: Trata-se de um estudo experimental e randomizado que pretende analisar, através do PCRreal time(reação de
cadeia de polimerase em tempo real), a expressão gênica da ET-1em valvas mitrais de pacientes idosos (Acima de 60 anos) de ambos os sexos
submetidos à troca valvar .Foram coletadas sete valvas mitrais em dois hospitais de Aracaju/SE. Cada valva sofreu fragmentação, originando
três segmentos que foram submetidos à extração de RNA total. Em seguida, cada amostra de RNA total foi quantificada pela espectrofotometria. Através da reação de Transcriptase Reversa, foi obtido o cDNA total de cada amostra e a partir dele, realizou-se a técnica de amplificação
do fragmento alvo por PCR em tempo real, com a quantificação de cada amostra.Análiseestatística:Os dados foram tabulados e analisados
pelo programa do aparelho CFX96 Real Time System (BIORAD®), e os cálculos da expressão relativa foram realizados pelo método do Delta Ct.
Resultados: As concentrações médias de ácido nucléico (RNA total) e de cDNAf oram respectivamente de 27,21±30,26 ng/ul e de
609,4±80,60ng/ul. Os valores médios de absorbância em 260 e 280nm foram respectivamente de 0,67±0,74 UA (A260) e de 0,33±0,36 UA
(A280). Já a proporção A260/A280 foi de 1,91±0,20.Das sete amostras coletadas, observou-se a expressão de ET-1 em todas elas, sendo que
quantitativamente, a expressão gênica média relativa para ET-1 foi de62,85±25,63%.Conclusões: A ET-1 está relacionada com a vasoconstricção e com processos inflamatórios presentes no envelhecimento valvar, portanto, sua expressão já era esperada, confirmando assim, o seu
envolvimento na homeostase cardiovascular.
PESQUISA ORIGINAL
Programação fetal induzida pela exposição materna à Dieta Básica Reginal (DBR) associado ao exercício
físico na prole adulta: efeitos sobre os níveis pressóricos.
Autores:. Ac. Francine Iane Gomes de Sá, Taciana Maria Pereira de Lima, Jonaina Fiorim,
PhD Dalton Valentim Vassallo (Orientador, PhD Carlos Peres da Costa (Orientador ).
Instituições: Laboratório de Fisiologia Cardiopulmonar, Departamento de Fisiologia e Farmacologia, Universidade Federal de Pernambuco, Recife – PE¹. Laboratório de Eletromecânica Cardíaca, Departamento de Fisiologia,
Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória – ES.
Pesquisa Original
Introdução: A desnutrição, durante o período perinatal, é uma das principais causas de várias alterações sistêmicas, caracterizando-se como
um dos maiores problemas de saúde pública nos países subdesenvolvidos. Por outro lado, é bem estabelecido quão benéfico é a prática de
atividade física para o sistema cardiovascular, uma vez que, atua principalmente, sobre a freqüência cardíaca, contratilidade do miocárdio e
pressão arterial. Entretanto, não está bem elucidado de que maneira o exercício físico atua no sistema cardiovascular, principalmente em parâmetros como a Pressão Arterial, de animais que foram expostos à desnutrição durante a gestação. Utilizando um modelo experimental, que
reproduz em ratos um tipo de má nutrição humana encontrada no Nordeste do Brasil, utilizamos uma dieta multideficiente hipoproteica e
hipercalórica, a Dieta Básica Regional (DBR). Objetivo: avaliar a influência do treinamento físico sobre os níveis de pressão arterial de animais
submetidos à desnutrição multicarenciada durante o período perinatal e o ganho ponderal, em ratos Wistar na fase adulta. Métodos: A má
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Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(1):
nutrição materna foi induzida durante o acasalamento, gestação e lactação através de uma dieta multicarenciada, denominada Dieta Básica
Regional (DBR). Os animais foram gerados e amamentados por matrizes alimentadas com a dieta normoproteica ou multicarenciada (DBR).
Inicialmente, foram formados dois grupos, o desnutrido (D), alimentado com a dieta multicarenciada e o controle (C), alimentado com a dieta
normoproteica. Na sétima semana, de acordo com a realização ou não de atividade física, cada grupo foi subdividido em dois subgrupos,
Controle Sedentário (CS), Controle Treinado (CT), Desnutrido Sedentário (DS) e Desnutrido Treinado (DT). O treinamento foi realizado com
exercício aeróbico moderado em esteira elétrica durante 8 semanas, 5 dias/semana, com a velocidade e o tempo aumentando progressivamente. A pressão arterial sistólica foi analisada, de forma indireta, pelo método de pletismografia de cauda. A análise estatística foi realizada
através de ANOVA, duas vias, pós-teste Bonferroni, e teste t de Student não pareado (p < 0,05). Resultados: A PAS do grupo DS (152.49 ± 2.49,
n = 10) mostrou-se elevada em relação à CT (133.42 ± 1.92, n = 12), CS (134.50 ± 1.96, n = 8) e DT (139.54 ± 2.28, n = 11) (p<0.001). Entretanto, nenhuma diferença foi encontrada entre os grupos controle (CS e CT). Em relação ao ganho ponderal, a desnutrição materna acarretou
baixo peso ao nascimento (14.12 ± 0.39 vs. 8.34 ± 0.19, p <0.001), o que perdurou durante a lactação (43.78 ± 0.48 vs 15.69 ± 0.57, p <0.001).
Os animais desnutridos, treinados ou sedentários, apresentaram, peso corporal menor que os sedentários controle no início do protocolo
de treinamento (163.00 ± 5.75 vs 114.27 ± 3.29, p <0.001). Ao final do treinamento, os resultados demonstraram que os animais treinados
apresentaram menor peso corporal em relação aos animais do grupo sedentário (244.91 ± 7.92 vs 282, 38 ± 10.38, p <0.01). Conclusão: O
treinamento foi capaz de reduzir a pressão arterial dos animais desnutridos, provavelmente pelo envolvimento do sistema vascular através
do aumento da liberação/biodisponibilidade do NO.
Palavras-chave: desnutrição, exercício, PAS.
Pesquisa Original
Perfil clínico em pacientes com Insuficência Cardíaca: resultados intra-hospitalares
Autores:Acad. Robert Lincoln Barros Melo, Dr. Irving Gabriel Araújo BispoDra. Luiza Helena Miranda,
Dr. Felix José Alvarez Ramires , Afiliações:
1.Acadêmico de Enfermagem da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (UNCISAL) - Maceió, Alagoas. Brasil
2. Residente de Cardiologia do Hospital do Coração - São Paulo, SP. Brasil
3. Cardiologista do Hospital do Coração – São Paulo SP. Brasil
Introdução: A Insuficiência Cardíaca (IC) é uma síndrome prevalente, com potencial de progressão, com seus portadores na fase avançada
apresentando alta morbimortalidade. Representa um importante e crescente problema de saúde pública na sociedade atual, afetando 2%-3%
da população adulta dos países desenvolvidos. São poucas as análises sobre a qualidade do tratamento da IC no Brasil.
Objetivo:Nosso objetivo foi avaliar a qualidade assistencial e o perfil clínico dos pacientes admitidos com IC no Hospital do Coração de São
Paulo entre outubro de 2012 a janeiro de 2013. Métodologia: Dados coletados do programa de Insuficiência Cardíaca do Hospital do Coração
no período de outubro de 2012 a janeiro de 2013 foram analisados de forma retrospectiva avaliando as variáveis clínicas, mortalidade e de
reinternação. Foram incluídos no estudo 93 pacientes, das quais 54 pacientes eram reinternações e 39 considerados pacientes novos.
Resultados: Com relação às etiologias da IC podemos observar que a causa isquêmica é a mais prevalente correspondendo a 70% dos pacientes que internaram neste período. Em segundo lugar a Miocardiopatia Dilatada idiopática representou 18% dos pacientes admitidos no
mesmo período. O tempo médio de internação até a sua compensação e alta hospitalar variou de oito a vinte e quadro dias.Com relação
ao tempo de reinternação observamos uma variação de cento e trinta dias até 48 dias, podemos notar na tabela acima que o tempo de
reinternação possui uma associação direta com o tempo em que o paciente permaneceu internado. Observamos também queexiste uma
subutilização de medicamentos para IC durante a admissão hospitalar. A porcentagem de pacientes admitidos com insuficiência cardíaca
descompensada que faziam uso domiciliar de IECA e BRA variou de 28 a 45%, uso prévio de betabloqueadores variou de 50 a 80%e o uso de
inibidores da aldosterona variou de50 a 56% .Conclusões: Analisando os resultados dos últimos quatro meses dos pacientes que internaram
com insuficiência cardíaca em nosso hospital observamos através de uma análise retrospectiva que apesar da baixa mortalidade dos pacientes com insuficiência cardíaca existe uma alta taxa de reinternação. A etiologia mais prevalente em nossa analise foi a causa isquêmica.
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PESQUISA ORIGINAL
ESTUDO ANATÔMICO DAS VÁLVAS VENOSAS DO SEGMENTO
FÊMORO ILÍACO HUMANO
Autores:Ac.Camila Vieira de Carvalho Pereira Reis; Ac. Leandro Nogueira Giffoni do Amaral ; Ac. Jéssica Toledo Bonifácio Guimarães; Ac.
Marcus Vinícius Caixeta Ferreira;Ac. João Ricardo Soares Moreira ; Prof. João Batista Vieira de Carvalho( orientador).
Acadêmicos do Curso de Medicina da Universidade José do Rosário Vellano, UNIFENAS, Alfenas, MG.Membros da ANGIOLIGA.Liga de
Angiologia e Cirurgia Vascular, UNIFENAS, Alfenas, MG.
Professor e Coordenador do Grupo de Pesquisa em Transplante e Reperfusão de Órgãos, UNIFENAS, Alfenas, MG.TCBC MG. Cirurgia Cardíaca.
Instituição:Grupo de Transplante e Reperfusão de Órgãos; Angioliga; Departamento de Cirurgia Cardiovascular e Angiologia e Cirurgia
Vascular, Faculdade de Ciências Médicas da UNIFENAS, Alfenas, MG.
Introdução: É relatado na literatura a relação da insuficiência das valvas venosas do segmento fêmoro-ilíaco na gênese da insuficiência venosa crônica e de varizes de membros inferiores. As valvas venosas do segmento venoso fêmoro-ilíaco são descritas como semilunares porém
sua caracterização anatômica e seu estudo ainda permanece como campo de pesquisa de interesse devido a possível relação com a doença
venosa. Objetivo: O objetivo deste trabalho foi estudar a anatomia das valvas venosas do segmento venoso fêmoro-ilíaco em humanos.Métodologia Estudou-se no Serviço de Verificação de Óbito e Medicina Legal-Alfenas, MG a anatomia macro e microscópica das valvas do segmento venoso fêmoro-ilíaco em cinco cadáveres humanos necropsiados causa mortis natural com membros inferiores sem sinais patológicos
sugestivos de insuficiência venosa crônica ( Grupo I-controle; n= 5) e em cinco humanos com sinais macroscópicos de insuficiência venosa
crônica nos membros inferiores como dermatite ocre, varizes, eczema, dermatofibrose e úlcera de estase ( Grupo II; n=5). Após dissecção
anatômica da região inguinocrural e laparotomiamediana foram retirados os segmentos venosos fêmoro-ilíacos. Observou-se o diâmetro
da segmento venoso macroscopicamente com paquímetro 3 cm a jusante, no nível da valva e segmento inferior a montante das valvas. O
número de valvas venosas e seu aspecto morfológico macroscópico no segmento venoso fêmoro-iliaco também foi avaliado.Analisou-se a
microscopia óptica após através de fixação em formol 10%, inclusão em parafina e coloração com hematoxilina eosina as possíveis alterações
microscópicas das valvas venosas nos pacientes de ambos os grupos. Os resultados foram analisados pelos métodos estatísticos t de student e
Kruskall-Waliis com grau de significância de 0,05. Resultados Observou-se dilatação dos segmentos venoso nos segmentos venosos do Grupo
II. O número médio de valvas venosas fêmoro-ilíacas foi de 2,6 no GrupoI e 2,4 no Grupo II.Á microscopia óptica observou-se nos segmentos
venosos do Grupo II dissociação e ruptura das fibras musculares e colágenas da parede venosa associada a dilatação do segmento com afastamento das cúspides.As características macroscópicas das valvas do segmento venoso fêmoro-ilíaco foi de aparência semilunar das válvulas
constituintes com presença de 2 cúspides em todos os segmentos. Conclusão Os resultados evidenciaram que a insuficiência das valvas do
segmento venoso fêmoro-ilíaco associam-se com os quadros de insuficiência venosa crônica.e possivelmente associam-se com a etiologia
desta patologia.
PESQUISA ORIGINAL
ESTUDO COMPARATIVO DA ESPESSURA DA CAMADA MÉDIA EM SEGMENTOS DE AORTATORÁCICA ASCENDENTE, ARCO AÓRTICO, TORÁCICA DESCENDENTE E AORTAABDOMINAL INFRARRENAL EM PACIENTES COM ANEURISMA DE AORTA ROTOS
Autores:Ac.Cristina Bastos Vieira ; Ac. Leandro Nogueira Giffoni do Amaral ; Ac. Jéssica Toledo Bonifácio Guimarães; Ac. Marcus Vinícius
Caixeta Ferreira;Ac. João Ricardo Soares Moreira; Prof. João Batista Vieira de Carvalho( orientador).
Acadêmicos do Curso de Medicina da Universidade José do Rosário Vellano, UNIFENAS, Alfenas, MG.Membros da ANGIOLIGA.Liga de
Angiologia e Cirurgia Vascular, UNIFENAS, Alfenas, MG.
Professor e Coordenador do Grupo de Pesquisa em Transplante e Reperfusão de Órgãos, UNIFENAS, Alfenas, MG.TCBC MG.
Cirurgia Cardíaca.
Instituição:Grupo de Transplante e Reperfusão de Órgãos; Angioliga; Departamento de Cirurgia Cardiovascular e Angiologia e Cirurgia
Vascular, Faculdade de Ciências Médicas da UNIFENAS, Alfenas, MG.
Introdução: É relatado na literatura a relação da diminuição da espessura da parede aórtica na etiologia de diversas patologias aórticas particularmente com aneurismas aórticos. A diminuição da espessura da cavidade média da aorta e sua associação com ocorrência de aneurismas
aórticos é relatada na literatura. Objetivo: O objetivo deste trabalho foi avaliar a espessura da camada média da aorta em diversos segmentos
da aorta de humano que faleceram de aneurisma aórticos abdominais infrarrenaisrotos.. Métodologia: Utilizou-se amostras de segmentos de
aorta ascendente, croça aórtica, torácica descendente e aorta abdominal infrarrenal em cinco humanos submetidos a necropsia com diagnóstico de aneurisma aórtico abdominal roto que evoluíram para o óbito após tratamento cirúrgico.Foram estudadas as espessuras das camadas
médias dos segmentos de aorta ascendente, croça aórtica, torácica descendente, abdominal infrarrenal através de fixação em formol 10%,
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inclusão em parafina e coloração com hematoxilina eosina. A espessura da camada média dos segmentos foi comparada após análise morfométrica de sua espessura em micrometros à microscopia óptica.Os resultados foram analisados pelos métodos estatísticos t de student e
Kruskall-Waliis com grau de significância de 0,05. Resultados:Observou-se uma menor espessura da camada média no segmento aórtico abdominal infrarrenalcom diferença estatística significativa em relação aos demais segmentos aórticos. Conclusão: Os resultados evidenciaram
uma menor espessura do segmento aórtico infrarrenal nos pacientes que evoluíram para o óbito decorrente de rupturas de aneurismas aórticos infrarrenais o que sugere uma possível relação com a ocorrência de ruptura em doença aneurismática na aorta abdominal infrarrenal.
PESQUISA ORIGINAL
RESULTADOS EXPERIMENTAIS DA SUBSTITUIÇÃO VASCULAR COM NEOVASOS OBTIDOS DE SEGMENTOS DE DURA-MATER DE PORCOS
Autores:Ac. Diego Furtado da Cunha ¹; Ac. Sarah Tucci de Biaso ¹; Ac. Ana Paula Ghisi ¹; Ac. Cristina Ribeiro Viana ¹; Ac. João Raphael
Cabrla¹; Prof. João Batista Vieira de Carvalho¹ ( orientador) ².
Acadêmicos do Curso de Medicina da Universidade José do Rosário Vellano, UNIFENAS, Alfenas, MG.Membros da ANGIOLIGA.Liga de
Angiologia e Cirurgia Vascular, UNIFENAS, Alfenas, MG.
Professor e Coordenador do Grupo de Pesquisa em Transplante e Reperfusão de Órgãos, UNIFENAS, Alfenas, MG.TCBC MG.
Cirurgia Cardíaca.
Instituição:Grupo de Transplante e Reperfusão de Órgãos; Angioliga; Departamento de Cirurgia Cardiovascular e Angiologia e Cirurgia
Vascular, Faculdade de Ciências Médicas da UNIFENAS, Alfenas, MG.
Introdução:Os vasos autólogos nem sempre estão disponíveis para o emprego em reconstrução arterial. A busca de substituto vascular
adequado com complicações mínimas persiste como linha de pesquisa mundial. Objetivo:Estudar o comportamento de neovaso obtido da
dura-máter de porcos na substituição de segmentos vasculares. Métodologia:Utilizou-se 20-vinte porcos machos sendo 10 doadores e 10
receptores com peso médio de 35 kg que foram submetidos a anestesia geral. Nos porco doadores realizou-se craniotomia e retirada desegmentos de dura-máter de 10 x 10 cm quadrangulares moldados para constituir neovaso..Nos porcos receptores (n=10) através de inguinotomia esquerda vertical dissecou-se a artéria femoral superficial.Realizou-se heparinização com 1 ml de heparina solução Roche.Procedeu-se à
arterectomia de 7,0 cm desta artéria após clampeamento vascular e a seguir implante do neovaso de dura-máter com anastomose T-T com
prolene 50 contínuo.} e inguinorrafia.Após 30 dias de Pós-operatório foram retirados os enxertos e submetidos a exame macro e microscópico com HE.Resultados:Observou-se trombose em 30 % dos enxertos. Em 70 % dos enxertos observou-se a patência. Conclusões:Apesar
da alta prevalência de trombose, observou-se que 70 % dos enxertos encontravam-se patentes. Os segmentos de dura-máter constituindo
neovasos podem representar uma opção para substituição arterial.
PESQUISA ORIGINAL
RESULTADOS EXPERIMENTAIS DA SUBSTITUIÇÃO VASCULAR EM VASOS PERIFÉRICOS COM NEOVASOS OBTIDOS
DE SEGMENTOS DE PERICÁRDIO BOVINO
Autores:Ac. Ana Paula Ghisi ; Nathalia Costa Silva ; Ac. Camila Vilas Boas Anchieta ; Luiz Flávio Cozza Diniz ;
Ac. Rafael Kimio S. Haraki ; Prof. João Batista Vieira de Carvalho ( orientador) .
Acadêmicos do Curso de Medicina da Universidade José do Rosário Vellano, UNIFENAS, Alfenas, MG.Membros da ANGIOLIGA.Liga de
Angiologia e Cirurgia Vascular, UNIFENAS, Alfenas, MG.
Professor e Coordenador do Grupo de Pesquisa em Transplante e Reperfusão de Órgãos, UNIFENAS, Alfenas, MG.TCBC MG. Cirurgia Cardíaca.
Instituição:Grupo de Transplante e Reperfusão de Órgãos; Angioliga; Departamento de Cirurgia Cardiovascular e Angiologia e Cirurgia
Vascular, Faculdade de Ciências Médicas da UNIFENAS, Alfenas, MG.
Introdução: A substituição vascular permanece uma questão de extrema importância nos pacientes com graves alterações patológicas vasculares associadas a oclusões arteriais e fenômenos isquêmicos agudos e crônicos. A morbimortalidade é alta. As próteses são extremamente
suscetíveis de infecção.Os vasos autólogos nem sempre estão disponíveis para o emprego em procedimentos cirúrgicos. A busca de substituto vascular adequado sem complicações persiste como linha de pesquisa mundial.Objetivo: Estudar o comportamento de neovaso obtido de
segmentos de pericárdio na substituição de segmentos vasculares periféricos. Método: Utilizou-se segmentos de pericárdio bovino de 10 x
10 cm quadrangulares como neovaso. Os coelhos receptores (n=10) foram operados através de inguinotomia esquerda com incisão vertical
e dissecção da artéria femoral superficial. Realizou-se heparinização, arterectomia de 7,0 cm desta artéria e implante do neovaso de pericárdio bovino T-T com prolene 50.Após 30 dias da cirurgia retirou-se os enxertos que foram submetidos a exame anátomo-patológico com HE.
Resultados:Observou-se trombose com semioclusão em 40 % dos enxertos. Em 60 % dos enxertos observou-se a patência.Não se observou
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a formação de pseudoaneurismas.
Conclusão: Apesar da alta prevalência de trombose, observou-se que 60 % dos enxertos encontravam-se patentes. Os segmentos de
pericárdio bovino constituindo neovasos podem representar uma opção para a substituição arterial em vasos periféricos.
PESQUISA ORIGINAL
AVALIAÇÃO DOS EFEITOS DO TRATAMENTO DE UM NOVO DERIVADO TIAZOLÍDÍNICO SOBRE OS PARÂMETROS
BIOQUÍMICOS DE RATOS DIABÉTICOS INDUZIDO POR ESTREPTOZOTOCINA
Ac. Francine Iane Gomes de Sá, Maria Juliana Dantas de Paula Marques;Ivan da Rocha Pitta, Glória IsolinaBoente Pinto Duarte1(orientador).
1Laboratório de Fisiologia Cardiovascular, Departamento de Fisiologia e Farmacologia, Universidade Federal de Pernambuco, Recife – PE, 2Laboratório dePlanejamento e Síntese de Fármacos-Departamento de Antibióticos-UFPE.
Pesquisa Original
Introdução: Diabetes mellitus (DM) é uma doença sistêmica caracterizada pela regulação metabólica anormal de glicose e lipídeos,
resultando em hiperglicemia causada pelo declínio acelerado na função de células beta e hiperlipidemia. Quando esta patologia cursa
com a hipertensão, aumenta a severidade do quadro e eleva o risco de mortalidade. Avanços importantes ocorreram no estabelecimento de estratégias para o tratamento do DM tipo 2, entre eles o uso de tiazolidinadionas (TZDs). Entretanto, efeitos colaterais como
retenção hídrica, ganho de peso, perda de massa óssea e doenças cardiovasculares têm sido notificados. Os mecanismos que levam
ao infarto agudo do miocárdio, um dos eventos cardiovasculares associados aTZDs ainda não está esclarecido.Objetivo: Investigar a
influência do tratamento com TZDs sobre as complicações decorrentes do DM, tais como, disfunção glicolipoprotéica. Métodos: O
LPSF/GQ-11 foi obtido a partir a partir de uma reação de N-alquilação da TZD com haletos de alquila, seguida de Adição de Michael
com intermediário de Cope. Para a avaliação bilógica foram utilizados Ratos Wistarcom dois meses de idade, pesando entre 200-250g.
Os animais foram divididos em dois grupos: i) controle (n= 6) – normoglicêmico(tratado apenas com tampão citrato);ii)diabético (n
= 36) - recebendo uma dose única de 42 mg/Kg de STZ (i.p). Após sete dias da indução do DM,este grupo foi subdividido em: grupo
STZ+R (tratado com a droga padrãorosiglitazona (10mg/Kg/dia v.o)); grupo SZT+GQ(LPSF/GQ-11 (10mg/Kg/dia v.o)); grupo STZ (STZ+veículo). Durante o período experimental foram monitorados os consumos de água e ração, e ao final do experimento foram realizadas dosagens bioquímicas.Resultados:Houve um aumento no consumo de ração e água nos grupos diabéticos quando comparados
com o grupo controle,confirmando assim o quadro de polifagia, porém após o tratamento com o LPSF/GQ-11 o consumo de ração
retornou aos valores normais. Observamos ainda uma diminuição no consumo hídrico, porém esses níveis ainda permaneceram significativamente (p < 0,001) elevados quando comparados ao controle. Os níveis de glicose plasmática observados nos animais tratados
com STZ (42 mg/Kg, i.p.) foram significativamente elevados (p < 0,001) quando comparado aos animais controle (387,9 ± 12,3vs 95,3
± 1,8 mg/dL, respectivamente), configurando um quadro de hiperglicemia.O tratamento com o LPSF/GQ-11levou a uma melhora no
quadro de hiperglicemia, normalizando assim os níveis de glicose plasmática. Conclusões: O tratamento com o LPSF/GQ-11 reduziu
o quadro de polifagia, eos níveis de glicose e triglicerídeos plasmáticos, o que pode ser sugestivo de uma possível melhoria no risco
vascular. Assim, mais estudos com outros modelos experimentais, como os de resistência à insulina, podem ser importantes para se
definir o papel deste candidato à fármaco na terapia do diabetes.
PESQUISA ORIGINAL
CORRELAÇÃO ENTRE HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA E NÍVEIS DE INSULINA PLASMÁTICA
Ac. Beth Águida Silva Pires, Ac. Jéssica Jakeline Batista Tavares da Silva, Ac. Tatiane de Souza Santos, Ac. Tiago Moura de Freitas,
Ac. Victor Pereira de Oliveira Rocha, Profa. Dra. Bianka Santana dos Santos (Orientadora).
1 – Curso de Medicina, Centro Acadêmico do Agreste – CAA, Universidade Federal de Pernambuco – UFPE.
Forma de Apresentação: Oral
Pesquisa Original
Introdução: Por vezes a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) essencial tem sido considerada uma doença cardiovascular idiopática,
mas que pode estar associada com o aumento da atividade simpática devido a doenças metabólicas, como Hiperinsulinemia/Resistência à Insulina (HI/RI). Há relatos de que HI induz uma maior ativação do sistema nervoso simpático, causando uma elevação nos
níveis plasmáticos de norepinefrina, levando à vasoconstricção e antagonizando com o efeito vasodilatador da insulina, que já ocorre
de forma prejudicada devido à RI. A presença de HI/RI também pode evocar uma hiperatividade simpática no músculo cardíaco e
aumentar débito e frequência cardíaca, promovendo hipertrofia ventricular esquerda. Insulina e norepinefrina também apresentam
um reconhecido papel na remodelação vascular, por estimular a proliferação muscular lisa, incluindo a dos vasos renais, ativando o
sistema renina-angiotensina-aldosterona. Esta ativação acelera e mantém o desenvolvimento da HAS, promovendo retenção de água
e sódio. Contudo, mais estudos são necessários, desde que ainda não está totalmente claro se estas desordens metabólicas estão
correlacionadas e de que forma se correlacionam nas diferentes populações. Objetivos: Analisar a presença de HAS em uma popu-
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lação urbana de Pernambuco e identificar os níveis de insulina em normotensos e hipertensos, para investigar possíveis diferenças entre os
grupos e correlação entre HAS e níveis de insulina plasmática. Metodologia: Foram selecionados 183 indivíduos de ambos os sexos, com idade
entre 18 e 81 anos (média de 46 ± erro padrão da média de 1,1), após assinatura de termo de consentimento livre e esclarecido e aprovação
em Comitê de Ética em Pesquisa, selecionados aleatoriamente em comunidades urbanas do Estado. Todos os indivíduos tiveram seus níveis
de pressão arterial sistêmica aferidos conforme o VIII Comitê Nacional sobre Hipertensão. Amostras foram coletadas após jejum de 12h e
processadas para determinação dos níveis plasmáticos de insulina, através de MEIA – Imunoensaio Enzimático por Micropartículas. Teste T desemparelhado e Correlação de Pearson foram acessados (p<0,05). Resultados: HAS esteve presente em 31% dos voluntários e mostraram os
maiores níveis de insulina (14,1 ± 1,4 versus 9,9 ± 0,8; p=0,0097), quando comparados aos indivíduos normotensos. Também foi encontrado
que os valores de Pressão Arterial Sistólica e de Pressão Arterial Diastólica correlacionaram-se de forma positiva e significativa com os valores
de insulina plasmática. Conclusão: Este estudo sugere que a HAS pode ser muito mais do que uma doença cardiovascular idiopática e que HI/
RI pode apresentar um importante papel na sua fisiopatogênese. Assim a detecção clínico-laboratorial de HI/RI na HAS pode vir a contribuir
para um melhor prognóstico do indivíduo.
Apoio Financeiro:CAPES, CNPq, FACEPE.
PESQUISA ORIGINAL
EFEITO CONTRATIL E ANTIOXIDANTE DA DIOSMINA NA INJÚRIA DE ISQUEMIA/REPERFUSÃO CARDÍACA
Autores: José Marden Mendes Neto, Grace Kelly Melo de Almeida, Itamar Couto Guedes de Jesus, Péligris Henrique dos Santos, Carla
Maria Lins de Vasconcelos, Sandra Lauton Santos (Orientador).
Instituições: ¹Universidade Federal de Sergipe, Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, Departamento de Fisiologia, Laboratório de Biofísica do Coração.
Introdução: A reperfusão é uma intervenção utilizada em pacientes que sofrem infarto agudo do miocárdio, porém exacerba a lesãoisquêmica
cardíaca que apresenta as seguintes características: a depressão da contratilidade cardíaca, o surgimento de arritmias graves, tais como: taquicardia e fibrilação ventricular e a formação de radicais livres, evidenciando o estresse oxidativo, esse processo é responsável pela degradação
das membranas celulares, ou seja, lipoperoxidação.Objetivo Verificar o efeito da diosmina nos aspectos contráteis e redox no coração de ratos
submetidos à isquemia/reperfusão.Metodologia Foram utilizados ratos Wistar (250-300g) divididos em quatro grupos: (1) Sham; (2) Isquemia+Reperfusão com veículo (IR + Veículo); (3) Isquemia + Reperfusão com diosmina (IR + Diosmina); (4) Isquemia + Reperfusão com NAC (IR
+NAC). Os corações isolados foram montados em Langendorff. Foi feito isquemia global do miocárdio por 30 minutos e após este período, o
fluxo foi restabelecido e mantido por um período de 60 minutos. Investigou-se a pressão ventricular esquerda (PVE), o índice de severidade
da arritmia, a concentração de hidoperóxidos totais e a área de lesão. A estatística empregada foi análise de variância (ANOVA) de uma via e
o pós-teste de Bonferroni- valor de p < 0,05.Resultados Os corações que sofreram isquemia e foram reperfundidos com diosmina evidenciaram aumento da PVE (1,10±0,08 cmHg,n= 4,p<0,05) similar ao controle positivo, grupo NAC (1,0±0,09cmHg, n=5), porém no grupo veículo
(0,3±0,1cmHg,n=6,p<0,05), ocorreuredução da função contrátil em comparação ao grupo diosmina. No índice de severidade da arritmia (ASI),
corações do grupo veículo evidenciaram maior número de arritmias (9,6± 0,9n= 6) em comparação com o grupo diosmina (3,3± 0,9n= 6, p<
0,05) que não mostrou diferença estatística com o grupo NAC(3,7 ± 0,6, n=7, p< 0,05). Na peroxidação lipídica, investigou-se a formação de
hidroperóxidos totais, a diosmina reduz a formação dessas substâncias (3,4x10-6±0,69x10-6mol/L, n= 11, p< 0,05) e esse efeito se assemelha
ao desencadeado pelo NAC (1,90 x 10-6 ± 0,38x10-6 mol/ L, n= 8, p< 0,05); já no grupo veículo, a formação de hidroperóxidos totais foi maior
(9,5x10-6± 2,5x10-7mol/L,n = 7; p< 0,05) em comparação ao grupo sham (4,90 x 10-6 ±0, 93 x 10-6 mol/L (n= 13). Na demarcação da área
de lesão,o grupo sham não apresentou área isquêmica (0,0±0,0; n= 4) quando se comparou essa resposta a demonstrada no grupo veículo
(21,5±3,6n= 4p<0,05), identificou-se que houve aumento da lesão; já nos grupos diosmina e NAC, ocorreu redução da área de infarto (6,9±0,8
%e6,3±1,1% respectivamente, n= 4; n= 5, p< 0,05).Conclusão A Diosmina contribui para a recuperação cardíaca elevandoa PVE, reduzindo o
número de arritmias e a degradação das membranas pelas espécies reativas de oxigênio, culminando na redução da área de lesão.
Apresentação em mural – pesquisa original.
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Pesquisa Original
RELAÇÃO ENTRE TEMPO DE CIRCULAÇÃO EXTRACORCÓPREA E VOLUME DE SANGRAMEMENTO PÓS-OPERATÓRIO EM PACIENTES IDOSOS
SUBMETIDOS À CIRURGIA DE REVASCULARIZAÇÃO MIOCÁRDICA. EXPERIÊNCIA DO HOSPITAL
DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU
Guilherme Viotto Rodrigues da Silva, Marcello Laneza Felicio, Andréia Cristina Passaroni, Aline Andréa Teodoro dos Santos, Rubens Ramos de Andrade, Nelson Leonardo Kerdahi Leite de Campos
Disciplina de Cirurgia Cardiovascular da Faculdade de Medicina de Botucatu – FMB/UNESP
Introdução: Devido ao envelhecimento populacional, aumento da expectativa de vida e a melhora da qualidade de vida da população mundial, cada vez maior é o número de pacientes idosos submetidos à cirurgia cardíaca. Durante a circulação extracorpórea (CEC), vários são os
fatores que contribuem para sangramento pós-operatório, como trauma e contato dos elementos figurados do sangue com os circuitos não
endotelizados, hipotermia, hemodiluição, resposta inflamatória sistêmica, entre outros. Objetivo: Avaliar a relação entre tempo de CEC e
volume de sangramento pós-operatório em pacientes idosos submetidos à cirurgia de revascularização do miocárdio. Metodologia: Estudo
retrospectivo, realizado na disciplina de Cirurgia Cardiovascular da Faculdade de Medicina de Botucatu, onde foram incluídos pacientes com
idade igual ou maior que 70 anos submetidos à cirurgia de revascularização miocárdica isolada com uso de circulação extracorpórea, durante
o período de 2005 à 2013. Os critérios de exclusão foram: cirurgia de emergência, reoperações, pacientes com doença hepática, digestiva ou
hematológica, insuficiência renal e paciente em vigência de choque cardiogênico, sendo que 84 pacientes foram incluídos neste estudo por
obedecerem a tais critérios. As cirurgias foram realizadas por esternotomia mediana, hipotermia leve (32°C) e CEC com bomba de roletes. Em
todos os pacientes foram administrados 4 gramas de ácido épsilon aminocapróico durante a CEC. Os grupos foram semelhantes em relação
a fatores que pudessem influenciar no sangramento pós-operatório: peso, altura, provas de coagulação sanguínea e contagem de plaquetas.
Foram avaliados o tempo de CEC e o volume de sangramento nas primeiras 48h de pós-operatório. Para análise estatística foi utilizado o teste
de regressão linear simples. Resultados: A média de idade dos pacientes foi de 73,4 anos (±3,07 anos), sendo que 62% dos pacientes eram do
sexo masculino. O tempo de CEC médio foi de 83,8 minutos (±24,2 min) e o volume de sangramento médio foi de 597,62 mililitros (±350,93
ml). Comparando-se tempo de CEC com volume de sangramento através de regressão linear simples (p=0,01, R2 ajustado: 11,16%) apenas
11,16% da variável dependente volume de sangramento é explicada pela variável independente tempo de CEC. Isso significa que outras variáveis estão envolvidas no aumento de sangramento no pós-operatório. Conclusão: O aumento no tempo de circulação extracorpórea não está
relacionado ao aumento do volume de sangramento nas primeiras 48 horas de pós-operatório em pacientes idosos submetidos à cirurgia de
revascularização do miocárdio no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu.
Pesquisa Original
COMPARAÇÃO ENTRE VOLUME DE SANGRAMEMENTO PÓS-OPERATÓRIO EM PACIENTES ADULTOS JOVENS X IDOSOS SUBMETIDOS À
CIRURGIA DE REVASCULARIZAÇÃO MIOCÁRDICA COM CIRCULAÇÃO EXTRACORPÓREA
Aline Andréa Teodoro dos Santos, Guilherme Viotto Rodrigues da Silva, Marcello Laneza Felicio,
Andréia Cristina Passaroni, Rubens Ramos de Andrade, Nelson Leonardo Kerdahi Leite de Campos
Disciplina de Cirurgia Cardiovascular da Faculdade de Medicina de Botucatu – FMB/UNESP
Introdução: A realização de cirurgia de revascularização do miocárdio em pacientes idosos vem se tornando cada vez mais frequente. Devido
ao fato desta população apresentar maior fragilidade capilar, diminuição de reserva funcional de vários órgãos e sistemas, acometimento
coronariano mais extenso (artérias rígidas, calcificadas), o risco de desenvolver complicações pós-operatórias é maior do que quando comparado a pacientes de menor idade. O sangramento excessivo no pós-operatório pode causar aumento da morbimortalidade cirúrgica, além do
impacto negativa nos custos das internações, devido maior número de hemotransfusões, reoperações e na maioria das vezes, maior tempo
de internação. Objetivo: Comparar o volume de sangramento nas primeiras 48 horas de pós-operatório em pacientes adultos jovens X idosos
submetidos à cirurgia de revascularização do miocárdio. Metodologia: Estudo retrospectivo, realizado na disciplina de Cirurgia Cardiovascular
da Faculdade de Medicina de Botucatu, onde foram incluídos pacientes submetidos à cirurgia de revascularização miocárdica isolada com uso
de circulação extracorpórea, durante o período de 2005 à 2013. Os pacientes foram divididos em dois grupos: G1 – Idade > 70 anos – com 84
pacientes e Grupo 2 – Idade < 70 anos – com 178 pacientes. Os critérios de exclusão foram: cirurgia de emergência, reoperações, pacientes
com doença hepática, digestiva ou hematológica, insuficiência renal e paciente em vigência de choque cardiogênico. As cirurgias foram realizadas por esternotomia mediana, hipotermia leve (32°C) e CEC com bomba de roletes. Em todos os pacientes foram administrados 4 gramas
de ácido épsilon aminocapróico durante a CEC. Os grupos foram semelhantes em relação a fatores que pudessem influenciar no sangramento
pós-operatório: peso, altura, provas de coagulação sanguínea e contagem de plaquetas. Foram avaliados o tempo de CEC e o volume de sangramento nas primeiras 48h de pós-operatório. Para análise estatística foi utilizado teste t de Student com p<0,05. Resultados: A média de
idade dos pacientes do G1 foi de 73,4 anos (±3,07 anos) e do G2 57,4 anos (±7,47 anos). O tempo de CEC médio no G1 foi de 83,8 minutos
(±24,2 min) e no G2 85,9 minutos (±33,8 min), p=0,705. O volume de sangramento médio no G1 foi de 597,62 mililitros (±350,93 ml) e no G2
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553,13 mililitros (±274,83 ml), p=0,373, não havendo diferença estatisticamente significativa entre os grupos. Conclusão: Não há diferença
estatisticamente significativa em relação a volume de sangramento nas primeiras 48 horas de pós-operatório quando comparados pacientes
idosos X adultos jovens submetidos à cirurgia de revascularização miocárdica com uso de circulação extracorpórea.
PESQUISA ORIGINAL
Abordagem do átrio esquerdo por incisão transeptal oblíqua – Técnica de Dubost
Especificação: Pesquisa Original – Experiência Inicial
Forma de Apresentação: Mural
Autores:Ac. Ellton Kim Cavalcanti dos Santos, Dr. Elióbas de Oliveira Nunes Filho3, Dr. Pablo César Lustosa Barros Bezerra3, Prof. Frederico Pires Vasconcelos, Prof. Ricardo de Carvalho Lima,Prof. Pedro Rafael Salerno,
Instituições: 1- Universidade de Pernambuco (UPE), 2- Faculdade de Ciências Médicas de Pernambuco (FCM/UPE), 3- Pronto Socorro
Cardiológico de Pernambuco (PROCAPE)
Introdução: A necessidade de dupla abordagem das câmaras atriais em procedimentos valvares conjuntos ou no tratamento da fibrilação
atrial crônica traz a tona o uso da técnica de Dubost proposta em 1966 em que há exposição biatrial e óstios atriais das veias pulmonares por
incisão oblíqua única. O crescente número de reoperações para substituição de próteses valvares mitrais, sobretudo em idosos, está exigindo
cada vez mais da capacidade técnica dos cirurgiões nos procedimentos de retirada de próteses antigas e implante de novas sob condições,
muitas vezes, inadequadas. Essa técnica é factível e revela um campo de visão favorável na exposição do átrio esquerdo, sobretudo nos casos
em que essa câmara encontra-se reduzida ou com tecidos friáveis na parede anterior, resultado de múltiplas abordagens, o que frequentemente provoca rupturas e lacerações em suturas. Objetivo:Mostrar as vantagens da abordagem conjunta ou isolada das câmaras atriais por
incisão única oblíqua, proposta por Dubost, realizada acinco milímetros acima do sulco atrioventricular direito e estendida 15 mm no contorno anterior da veia pulmonar superior direita, com secção do septo interatrial, até 10 mm acima do anel da valva tricúspide. Essa técnica pode
ser utilizada nos casos de reoperação da valva mitral em átrio esquerdo pequeno e nas insuficiências mitrais agudas; ressecção de mixomas
aderidos ou não à face septal do átrio esquerdo e no tratamento conjunto da fibrilação atrial crônica associada à insuficiência mitral com
indicação de troca ou plastia valvar. Metodologia: Levantamento de sete pacientes operados pela técnica de Dubost no Serviço de Cirurgia
Cardiovascular do Pronto Socorro Cardiológico de Pernambuco (PROCAPE) – Universidade de Pernambuco (UPE). Dentre esses, dois pacientes
(28,57%) apresentavam tumoração mixomatosa aderida à face septal do átrio esquerdo e cinco pacientes (71,43%) apresentavam patologias
cardiovasculares associadas à comorbidadesvalvaresdentre essas, disfunção de biopróteses mitral e/ou tricúspide, refluxos peri-protéticos,
insuficiência mitral, insuficiência aórtica. Também foram abordados dois casos não valvares, sendo um deles para o tratamento de fibrilação
atrial crônica e outro para correção de fístula atrioventricular. Resultados: Seis pacientes (85,7%) eram do sexo feminino e um (14,3%) do
sexo masculino; a idade variou entre 29 e 76 anos (média de 48,1 anos); o tempo de circulação extracorpórea variou de 55 a 210 min (média
de 127,5 min); o tempo de anóxia variou de 30 a 162 min (média de 91,7 min); a temperatura esofágica durante a circulação extracorpórea variou entre 28 e 32°C (média de 29,1°C).Os resultados cirúrgicos imediatos dos pacientes submetidos à técnica de Dubost foram satisfatórios,
a visualização da câmara atrial mostrou-se eficaz para troca, plastia e manipulação do aparelho valvar, nos casos de ressecção de tumoração
mixomatosa não houve dificuldade de exposição da massa tumoral. Não ocorreram eventos de tromboembolismo no pós-operatório imediato e nenhum dos pacientes foi a óbito. Conclusões: A abordagem transeptal se mostrou como uma alternativa para exposição da câmara
atrial esquerda e do aparelho valvar mitral. Tal técnica serve como alternativa valiosa para abordagens em situações de reoperação, em que
aderências epicárdicas e pericárdicas dificultam o acesso convencional. Além disso, tal procedimento é vantajoso nos casos em que se faz
necessário abordar o átrio esquerdo com tamanho reduzido, nos casos de insuficiência mitral aguda ou casos de endocardite. As vantagens
também são evidentes em procedimentos conjuntos em que há necessidade de abordagem valvar tricúspide, nesses casos a valva tricúspide
será abordada em um primeiro momento para posterior abordagem da valva mitral. Por fim, tal técnica nos permite inferir que sua utilização
acarreta em um aperfeiçoamento cirúrgico nos casos em que é necessária a manipulação do septo atrial.
PESQUISA ORIGINAL
PERFIL DE PACIENTES SUBMETIDOS A IMPLANTE DE VALVA AÓRTICA EM SERVIÇO DE REFERÊNCIA EM CIRURGIA CARDIOVASCULAR EM
MACEIÓ-AL
Ac. Ruldney Ray dos Santos Oliveira, Ac. Bruna Gomes de Castro, Ac. Arisson Euclides da Silva, Drª. Maria Mônica de Farias Costa,
Dr. José Kleberth Tenório Filho, Dr. José Wanderley Neto (Orientador)
1. Acadêmico de Medicina da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas
2. Acadêmica da Faculdade de Medicina – Universidade Federal de Alagoas
3. Cirurgiã Cardiovascular do Instituto de Doenças do Coração - Alagoas
4. Residente de Cirurgia Cardiovascular na Santa Casa de Misericórdia de Maceió
5. Chefe do serviço de Cardiologia do Instituto de Doenças do Coração - Alagoas
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Introdução:A valva aórtica (VAo) pode ser acometida por estenose, por insuficiência e por dupla lesão. A estenose aórtica (EAo) é a mais
frequente, e leva ao estreitamento da via de saída do ventrículo esquerdo (VE), podendo evoluir para disfunção ventricular. Já a insuficiência
aórtica (IAo) trata-se de uma lesão valvar regurgitante que geralmente evolui de forma lenta e insidiosa, mas que pode progredir para uma
disfunção sistólica do VE e eventualmente insuficiência cardíaca. Diversas causas levam ao acometimento da VAo, como alterações congênitas, febre reumática, calcificação natural decorrente da idade, calcificação precoce decorrente de alterações congênitas, entre outras. Essas
diferentes causas trazem um perfil epidemiológico variável dos pacientes submetidos à cirurgia valvar aórtica, visto que a idade de acometimento varia de acordo com as diversas etiologias; o que faz variar também o risco ao qual cada paciente está sujeito na cirurgia. Objetivo:
Descrever o perfil epidemiológico dos pacientes submetidos a implante de VAo no Instituto de Doenças do Coração - Alagoas, de setembro de
2011 a setembro de 2014. Métodos: Estudo descritivo, observacional e transversal, o qual teve como fonte o livro de registros das cirurgias
do Centro Cirúrgico Cardíaco da presente instituição. Foram analisadas as variáveis: sexo, idade, EuroSCORE e afecção diagnóstica da valva
aórtica. Foram excluídos os pacientes de re-operação e os que apresentavam alguma outra afecção cardíaca associada. Resultados: Entre setembro de 2011 e setembro de 2014, 92 pacientes foram submetidos à primeira cirurgia cardiovascular para exclusivo implante de VAo, sendo
65 do sexo masculino e 27 do sexo feminino. A média geral de idades foi de 51,92 anos, variando de 12 a 86 anos. Os pacientes foram divididos
pela idade em três grupos: grupo A (de 12 a 39 anos) com 23 pacientes; grupo B (de 40 a 59 anos) com 28 pacientes; grupo C (a partir de 60
anos) com 41 pacientes. Quanto ao EuroSCORE, os pacientes também foram divididos em três grupos: grupo E1 (< 2%) com 77 pacientes;
grupo E2 (2% - 5%) com 12 pacientes; grupo E3 (> 5%) com 3 pacientes. Quanto à afecção valvar aórtica, 43 pacientes foram diagnosticados
com EAo, 30 com IAo e 19 com dupla lesão. A EAo foi a afecção mais prevalente em ambos os sexos: presente em 43,07% (n=28) dos casos no
sexo masculino e em 55,55% (n=15) dos casos no sexo feminino. No grupo A, a afecção mais prevalente foi a IAo, presente em 73, 91% (n=17)
dos casos; no grupo B, foi a EAo, presente em 46,42% (n=13) dos casos; no grupo C, foi estenose, presente em 65,85% (n=27) dos casos. Em
todos os casos, o procedimento de escolha foi o implante de bioprótese aórtica. Conclusão: Percebe-se a predominância de afecções valvares
aórticas em pacientes do sexo masculino, com idade superior aos 60 anos. Sendo a afecção mais prevalente no geral e em indivíduos de idade
mais elevada, a EAo, conforme descrito na literatura.
PESQUISA ORIGINAL
Título: EFEITO ANTIOXIDANTE E PROTETOR DA DIOSMINA NO MÚSCULO CARDÍACO PÓS LESÃO DE REPERFUSÃO
Autores: Jucilene Freitas dos Santos, Grace Kelly de Melo, Rodrigo Miguel dos Santos, Itamar Couto Guedes de Jesus, Thássio Ricardo
Ribeiro Mesquita, Sandra Lauton Santos(Orientador).
Instituição: Universidade Federal de Sergipe, Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, Departamento de
Fisiologia, Laboratório de Biofísica do Coração.
Introdução. O número de pessoas que vão a óbito devido ao infarto agudo do miocárdio (IAM), o que provoca isquemia, vem crescendo nos
últimos anos no mundo. Entretanto a reperfusão exacerba a lesão tecidual. Em busca de intervenções complementares que minimizem os danos no músculo cardíaco, substâncias que sejam capazes de limitar os fatores que promovem a lesão como as espécies causadoras de danos
oxidativos e a sobrecarga de cálcio são desejáveis. Objetivo. Avaliar os efeitos antioxidantes e protetor da diosmina na prevenção das lesões
de reperfusão cardíaca. Metodologia. Este estudo foi aprovado pelo CEPA (#04/2013). Utilizou-se ratos Wistar machos(250 e 300 g), foram divididos em quatro grupos (n=7): (1) Sham; (2) Isquemia + Reperfusão com veículo (IR + Veículo); (3) Isquemia + Reperfusão com diosmina (IR +
Diosmina); (4) Isquemia + Reperfusão com NAC (IR +NAC). Após a eutanásia, os corações foram montados em sistema Langendorff de pressão
constante de perfusão. A indução da isquemia global foi realizada por 30 minutos pela interrupção da solução nutritiva e da oxigenação. Após
este período, o fluxo foi restabelecido por 60 minutos. Quantificou-se a creatina quinase (CK), peroxidação lipídica (TBARS), atividade das
enzimas superóxido dismutase (SOD), catalase (CAT) e glutationa peroxidase (GPx) e expressão de caspase-3. Análise de variância (ANOVA)
e pós-teste Bonferroni foram utilizados. Resultados. A atividade da CK no grupo IR+Veículo foi 141,5±10,1 U/L, p<0,05, já, nos corações do
grupo IR+Diosmina (77,9±5,2 U/L,p< 0,05) houve diminuição quando comparada ao grupo IR+Veículo. No grupo IR+Diosmina (5,4±0,5 nmol
de MDA/mg de tecido, p<0,05) verificamos uma redução na concentração de MDA em relação ao grupo IR+Veículo. A atividade da SOD no
grupo IR+Veículo foi 2,0±0,2 U/mg de proteína, p< 0,05 e foi reduzida de maneira significativa (0,2±0,1 U/ mg de proteína, , p<0,05) quando
reperfundida com diosmina. A atividade da CAT no grupo IR+veículo foi 0,20±0,01 ΔE/min/mg de proteína, entretanto, o grupo IR+ Diosmina
apresentou redução significativa (0,020 ± 0,004 ΔE/min/mg de proteína, p< 0,05) em relação ao grupo IR + Veículo. A atividade da GPx no
grupo IR + Veículo foi 0,20 ± 0,02 nmol de NADPH/min/mg de proteína, Já no grupo IR + Diosmina foi evidenciada uma redução significativa
(0,020 ± 0,009 nmol de NADPH/ min/mg de proteína, p< 0,05). A expressão de caspase-3 nos corações reperfundidos com veículo foi 3,5 ±
0,6, n= 4. Porém, essa expressão foi reduzida significativamente (p< 0,05) nos corações reperfundidos com diosmina (1,7 ± 0,2, n= 4). Em
todos os ensaios foi observado que os corações reperfundidos com o controle-positivo (NAC) apresentou respostas semelhantes aos corações
reperfundidos com diosmina.Conclusão. A reperfusão com a diosmina promove em coração isolado de rato pós-isquêmicos: Diminuição na
formação de MDA; da atividade das enzimas antioxidantes SOD, Cat e GPx; do marcador de lesão celular CK e da expressão caspase -3.
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PESQUISA ORIGINAL
A CONSULTA DE ENFERMAGEM EM PUERICULTURA ATRELADA AOS PRINCÍPIOS DA ESTRATÉGIA DA ATENÇÃO INTEGRADA ÀS DOENÇAS
PREVALENTES NA INFÂNCIA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Autores: Ac. Havany Thayany Pereira Ramalho, Ac. Leiliandry de Araújo Melo, Ac. Leylane de Araújo Melo, Ac. Luciana da Conceição
Silva, Ac. Morgana Valesca de Melo Bezerra, Profª. Fabiana Ferreira Cunha (Orientadora).
Instituições: 1 – Faculdade de Enfermagem da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas,
2 – Curso Técnico de Enfermagem Nova Dimensão.
Forma de apresentação: Oral
Relato de experiência
Resumo:
Introdução: O termo puericultura, etimologicamente, quer dizer: Puer=criança e cultur/cultura = criação, cuidados dispensados a alguém.
Este termo surgiu quando o médico Francês Caron percebeu que a internação de grande parte das crianças poderiam ser evitada se as mães
recebessem informações sobre como cuidar e alimentar seus filhos1. A consulta de puericultura tem como objetivo principal promover o
desenvolvimento da criança através do acompanhamento do seu desenvolvimento, vacinação e orientações às mães2. Além desses objetivos,
a puericultura também se preocupa com a identificação de doenças e/ou sinais de alerta para tratamento, a fim de que a criança receba uma
atenção apropriada. A puericultura é tida como umas das atribuições da equipe de enfermagem na atenção básica e uma das ferramentas
utilizadas pela equipe para orientar suas ações é o Manual de Atenção Integrada as Doenças Prevalentes na Infância (AIDPI). Este manual
propõe uma abordagem à saúde da criança na atenção primária, sistematizando o atendimento clinico e integrando ações curativas com medidas preventivas e de promoção de saúde1,2. Objetivo: Relacionar a consulta de enfermagem em puericultura aos princípios da estratégia da
Atenção Integrada às Doenças Prevalentes na Infância. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência de acadêmicos de Enfermagem da
Universidade de Ciências da Saúde de Alagoas – UNCISAL durante a Atividade Prática Supervisionada (APS) em uma Unidade Básica de Saúde.
Durante o estágio os acadêmicos realizaram anamnese, exame físico nas crianças e preencheram o formulário do AIDIPI. Além disso, orientaram os pais da criança sobre os cuidados que devem ter em relação à higiene, alimentação, sono, dentre outros. Resultados: Os acadêmicos
perceberam que o AIDIPI é fundamental na consulta de puericultura, pois permitiu otimizar o tempo de consulta e garantir autonomia, já
que há medicações protocoladas que o enfermeiro pode receitar. Foi observado também que os pais sentem mais segurança no trabalho do
profissional quando recebem orientação completa, tratamento necessário para seu filho e até a consulta de retorno agendada. Conclusão:
Torna-se essencial a abordagem do AIDPI como ferramenta norteadora para as ações da equipe de enfermagem nas consultas de puericultura, já que a mesma oferece subsídio para uma assistência de qualidade. A puericultura não deve ser entendida apenas como controle de
criança saúde e higienista, e sim como momento de discussão dos fatores e determinantes do adoecer, da necessidade de se autocuidar e da
participação da população no controle social da saúde pública.
Referências: 1) UNA-SUS. Puericultura. São Paulo, SP. 2010. 2) Silva FSB. Implantar a consulta de puericultura para crianças de 0 a 2 anos
na área do Pratius II - Pindoretama-CE. Fortaleza. Projeto de Interveção [Especialização em Práticas Clínicas em Saúde da Família] – Escola
de Saúde Pública do Ceará, 2009.
PESQUISA ORIGINAL
DESCRIÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS INDIVIDUAIS E TERRITORIAIS:
ÓBITOS POR DOENÇAS CARDIOVASCULARES EM ALAGOAS ENTRE 2003 E 2012.
Ac. Cleide de Sousa Araújo, Ac. Bruna Gomes de Castro, Prof. Jairo Calado Cavalcante, Profa. Josineide Francisco Sampaio(Orientadora).
Instituição: 1- Universidade Federal de Alagoas/Faculdade de Medicina.
Introdução: As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo e representaram 28,6% dos óbitos no Brasil entre 2003 e
2012. Tais patologias são mais prevalentes em adultos e idosos e entre as doenças do aparelho circulatório, as maiores causadoras de óbitos
são: insuficiência cardíaca, acidente vascular encefálico e infarto agudo do miocárdio. Objetivo: Delinear o perfil epidemiológico dos óbitos
por doenças cardiovasculares no Estado de Alagoas. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal, com uso de dados secundários do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM/SUS). Foram coletados dados referentes aos óbitos por doenças cardiovasculares em Alagoas
entre 2003 e 2012, segundo as variáveis: sexo, idade, escolaridade, raça e estado civil. Os dados foram exportados para o Microsoft Excel para
análise. Resultados: Entre 2003 e 2012 foram registrados no SIM 3.065.435 óbitos por doenças cardiovasculares na população com idade
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superior a 20 anos no Brasil; destes, 748.561 (24,4%) no Nordeste, que conforme Censo de 2010 detém 53.081.950 (27,8%) da população do
país. No último Censo Alagoas tinha 3.120.494 habitantes, 5,87% da população regional e 1,63% do total nacional, registrando no período
44.139 óbitos por doenças cardiovasculares, equivalente a 5,9% do total de óbitos do Nordeste e 1,4% do Brasil. A análise dos óbitos por
doenças cardiovasculares em Alagoas segundo a variável raça, revela que 20.199 (45,7%) eram de raça parda e outros 12.706 (28,8%) tiveram
a raça ignorada. Quanto à escolaridade, 11.394 (25,8%) não tinham nenhuma escolaridade e em 21.254 (48,1%) a informação foi ignorada.
Na associação das variáveis, percebe-se que o maior número de óbitos foi registrado entre as pessoas pardas, com nenhuma escolaridade
ou com escolaridade ignorada. O Censo de 2010 indica que 26,3% da população de raça parda em Alagoas com 15 anos ou mais de idade é
analfabeta e entre aqueles com idade superior a 60 anos, esse percentual é de 59,6%. Quanto ao sexo, 22.791 (51,6%) eram homens e 21.347
(48,4%) mulheres. Entre os homens, o estado civil prevalente foi casado com 10.186 (44,7%), 5.239 (23%) ignorado, seguido por 4.152 (18,2%)
solteiros; entre as mulheres, 5.935 (27,8%) eram viúvas, 5.352 (25%) casadas, 5.164 (24,2%) estado civil ignorado e solteiras 4.483 (21%) do
total. A maioria dos óbitos, 32.397 (74,6%) concentrou-se na população com idade superior a 60 anos e o menor número registrado foi na
de 20 a 29 anos com 602 (1,3%) do total. Conclusões: Delinear um perfil epidemiológico oferece subsídios para o planejamento e tomada de
decisões visando a melhoria do serviço prestado à população, considerando que muitas doenças são evitáveis e podem estar relacionadas à
variáveis sociodemográficas. Assim, faz-se necessário o preenchimento completo e adequado das fichas, superando a fragilidade identificada
nessa análise.
PESQUISA ORIGINAL
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS INTERNAÇÕES POR INSUFICIÊNCIA CARDÍACA NA CIDADE DE ARAPIRACA NO ANO DE 2012 COMPARADO
AO NORDESTE E BRASIL
Ac. João Victor Macedo Silva1, Ac. Mayra Holanda Veríssimo1, Ac. Imirá Machado Magalhães1, Ac. Matheus Nascimento do Espírito
Santo², Dr. Francisco Siosney Almeida Pinto³, Dr. José Wanderley Neto4 (Orientador).
1.
2.
3.
4.
Faculdade de Medicina – Universidade Federal de Alagoas
Faculdade de Medicina - UNCISAL
Cirurgião Cardiovascular do Instituto de Doenças do Coração de Alagoas
Chefe do serviço de Cirurgia Cardiovascular do Instituto de Doenças do Coração de Alagoas
Introdução:A insuficiência cardíaca (IC) é uma patologia decorrente da falência da bomba cardíaca. Seja a causa herdada ou adquirida, na
estrutura ou na função, ela leva a hospitalizações frequentes e diminuição da qualidade e expectativa de vida.O aumento de sua prevalência
nos últimos anos se deve a melhoria no tratamento de eventos agudos, como o infarto agudo do miocárdio (IAM). Além de ser a via final de
algumas doenças crônicas como a hipertensão arterial sistêmica (HAS).Objetivo:Descrever o perfildas internações por IC no Sistema Único de
Saúde (SUS) no município de Arapiracano ano de 2012, comparando-as com a região nordeste eBrasil no mesmo ano.Método: Estudo quantitativo, descritivo, de corte transversal das internações por IC e doenças circulatórias, a partir do Capítulo e da Lista de Morbidade do CID-10,
no município de Arapiraca, região nordeste e Brasil. Os dados foram obtidos a partir do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/
SUS), do Ministério da saúde,do ano de 2012. As variáveis estudadas foram: sexo, faixa etária, média de permanência e taxa de mortalidade.
Resultados: Em 2012 houve, no Brasil, 1.060.493 internações por doenças do aparelho circulatório. Sendo que 244.413 foi o número de internações por IC. 51,2% foram do sexo masculino, 34,8% da cor/raça branca e a faixa etária que mais internou e com maior taxa de mortalidade
(14,32%) foi a de 80 anos e mais. A média de permanência no hospital foi de 6,7 dias e a taxa de mortalidade por IC de 9,46%. Os homens
possuíram a maior média de permanência no hospital, com 6,8 dias, e as mulheres a maior taxa de mortalidade (9,69%). No Nordesteos homens também foram os que mais se internaram e tiveram maior média de permanência, com 6,4 dias. No entanto, as mulheres, mais uma
vez, foram o sexo com maior taxa de mortalidade (9,10%). Quanto à cor/raça, 47,9% não informaram, seguido da parda com 42,33%. A faixa
etária que mais internou foi a de 80 anos em diante. Quem teve a maior média de permanência foi a faixa de 5 a 9 anos, com 10,6 dias. A
taxa de mortalidade do nordeste é de 8,75%. A maior taxa foi da faixa etária menor de 1 ano com 13,12%. Em Arapiraca, mais uma vez o sexo
masculino foi o maior número, porém a maior média de permanência no hospital foi do sexo feminino, com 5,7 dias. Seguindo a tendência
nacional e regional a maior taxa de mortalidade, de 24,43%, foi das mulheres. A faixa etária mais acometida foi a de 80 anos e mais. A cor/raça
que mais se internou por IC foi a parda com 88,8%. A amarela teve a maior média de permanência, 7 dias, e a maior mortalidade, com taxa
de 50%.Conclusão: O estudo mostra que a IC é uma patologia que apresenta um perfil de internação semelhante dentro da mesma região e
no território nacional. Além disso, estudando os dados disponíveis no SIH/SUS é possível perceber os grupos mais acometidos e tentar alinhar
esse achado com as possíveis causas fisiopatológicas ou de exposição.
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PESQUISA ORIGINAL
Título: VALIDADE DO APARELHO WITHINGS BLOOD PRESSURE MONITOR, UM APLICATIVO DO IPHONE, PARA MENSURAÇÃO DA PRESSÃO
ARTERIAL EM COMPARAÇÃO COM UM ESGIMOMANÔMETRO DE MERCÚRIO.
Autores: Ac. Ana Cristina Koneski Guimarães, Ac. Ana Carolina Sena Paiva, Ac. Carolina Mendonça de Goffredo Costa dos Santos, Prof.
Leandro Duarte de Carvalho (Orientador).
Instituições: 1- Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais
Introdução: Uma avaliação precisa da pressão arterial é de extrema importância. O método auscultatório com o esfigmomanômetro é considerado como padrão-ouro na medição da pressão arterial, porém, a técnica tem importantes limitações no contexto de estudos epidemiológicos e clínicos. Diferentes métodos de medida da pressão digitais surgiram recentemente, dentre eles o Withings BloodPressure Monitor, um
aplicativo do iPhone. Esses novos métodos independem da presença do profissional de saúde e por isso são de grande relevância para o auto
monitoramento da pressão arterial. A mensuração digital visa maior controle das doenças que envolvem alterações da pressão arterial, com
uma diminuição do risco de morbimortalidade devido à doença cardiovascular. Tais dispositivos permitiriam a redução de diagnósticos falso
-positivos, uma vez que a elevação da pressão arterial pela reação de alarme seria atenuada pela medida fora do ambiente hospitalar. Apesar
da grande facilidade de uso dos monitores digitais em comparação com o método tradicional, é essencial estabelecer sua confiabilidade e
validade.Objetivo: Avaliar a precisão do Withings BloodPressure Monitor, um dispositivo automático para medida da pressão arterial, quando
comparado com o método padrão auscultatório com esfigmomanômetro de mercúrio, em um estudo transversal. Metodologia: Uma amostra de 96 pessoas, com idades entre 15 e 69 anos, foi dividida em cinco grupos de acordo com faixas etárias, já que a idade é uma importante
variável na variabilidade da pressão.Todos foram pacientes do Ambulatório Silviano Brandão na cidade de Belo Horizonte, e tiveram a pressão
arterial (PA) medida através de dois métodos diferentes. Cada paciente teve sua PA medida duas vezes, com cinco minutos de diferença entre
cada medida, evitando a conestão. Resultados:Não houve diferença significativa nos valores medianos da pressão sistólica ao se comparar os
dois métodos. Logo, não houve a presença de vício no aparelho digital nas medidas de pressão sistólica. Porém, houve diferença significativa
nos valores medianos da pressão diastólica na comparação, com presença de vício no dispositivo, sendo que o aparelho tende a apresentar
um menor resultado ao se comparar com o método padrão auscultatório. Conclusões: Em ambas as pressões houve uma tendência linear
significativa entre os métodos, indicando consistência entre as duas diferentes formas de medir a pressão. Com 95% de confiança pode-se
cometer um erro de ± 7,14×1,96 quando se mede a pressão sistólica utilizando o aparelho, e um erro de ± 9,65×1,96 para a diastólica. Assim,
o dispositivo tem sua validade comprovada em relação aos valores da pressão sistólica, mas apresenta vício para aferição da pressão diastólica, revelando números inferiores ao do método padrão. Uma informação questionável já que os pesquisadores podem, ter superestimado a
pressão diastólica, devido à dificuldade de auscultar o último batimento regular audível, que corresponde ao valor desta.
PESQUISA ORIGINAL
ANÁLISE DE FATORES DE RISCO CARDIOVASCULAR EM PACIENTES INFARTADOS ADMITIDOS EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA EM MACEIÓ, AL
Ac. José Ayrton Macedo Guimarães de Oliveira1, Ac. Thalyta de Souza Rodrigues1, Profª. Daniela Marlins Lessa Barreto2 ,
Dr.Ricardo César Cavalcanti3 , Waleska Duarte Melo Albuquerque4.
1-Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas, 2-Hospital do Coração de Alagoas.
Introdução. As doenças cardiovasculares (DCV) são as principais causas de morte e também, de morbidade e incapacitação em todo o mundo. Há mais de três décadas foram estabelecidos os chamados fatores de risco (FR) associados ao desenvolvimento dessa doença, os quais
deveriam conferir-lhe a possibilidade de uma prevenção efetiva. Objetivo. Analisar a prevalência dos FR para DCV em pacientes admitidos
com episódio de infarto agudo do miocárdio (IAM) em um hospital de referência em Maceió-Al. Métodos. Estudo observacional, descritivo e
transversal, através da análise de prontuários de 76 pacientes com o diagnóstico de IAM, admitidos numa unidade coronariana de referência,
no período de 10 meses do ano de 2013. Sendo avaliados os FR modificáveis (dislipidemias, hipertensão arterial sistêmica (HAS), etilismo,
tabagismo, diabetes mellitus (DM) e obesidade) e não modificáveis (sexo, idade, história de infarto agudo prévio e antecedentes familiares).
Os dados foram armazenados e analisados nos programas Microsoft Excel e Bioestat 5.0. Resultados. Dentre os indivíduos estudados, 53
(69,73%) eram do sexo masculino e 23 (30,26%) do sexo feminino, a faixa etária variou de 17 a 91 anos, sendo a mediana 66,6 anos. As prevalências dos FR foram: 81,57% de HAS; 39,47% de DM e dislipidemia; 26,31% de antecedentes familiares; 17,1% de tabagismo; 14,47% de
etilismo; 10,5% de obesidade e IAM prévio. O etilismo mostrou-se mais prevalente entre os homens (p=0,0133). Conclusão. A elevada prevalência dos FR para DCV é um dado preocupante. Faz-se necessário a adoção de políticas públicas no âmbito da atenção primária, visando
intensificar as estratégias de promoção e prevenção da saúde, na tentativa de reduzir os fatores de risco modificáveis.
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PESQUISA ORIGINAL
EDUCAÇÃO EM SAÚDE COMO ESTRATÉGIA PARA O EMPODERAMENTO DE PACIENTES SOB TERAPIA DE ANTICOAGULAÇÃO ORAL CRÔNICA
AUTORES: Enf. Christefany Régia Braz Costa, Enf. Maria Mariana Barros Melo da Silveira, Enf. Pollyana Patricia Rodrigues Silva, Enf. Thaisa
Remigio Figueirêdo, Ma. Maria das Neves Dantas da Silveira Barros, Profa. Dra. Simone Maria Muniz da Silva Bezerra.
INSTITUIÇÃO: 1- Pronto-Socorro Cardiológico Universitário de Pernambuco
Prof. Luiz Tavares- Universidade de Pernambuco (PROCAPE-UPE)
PESQUISA ORIGINAL – RELATO DE CASO
Introdução: O uso de anticoagulantes orais tem aumentado significativamente devido a sua eficácia na prevenção de fenômenos tromboembólicos. A manutenção de uma Razão Nomartizada Internacional (RNI) aos pacientes que fazem uso de Anticoagulantes Orais (ACO) depende
de diversos fatores. Nesse contexto os ambulatórios de ACO ganham destaque no acompanhamento e orientação sobre os cuidados voltados ao uso dessas medicações, mediante a realização de ações educativas, através da atuação do profissional enfermeiro, que permitem a
construção e veiculação de conhecimentos e práticas essenciais para o empoderamento e estímulo ao desenvolvimento de habilidades de
autocuidado. Objetivo: Relatar a experiência do uso da Educação em saúde como estratégia para o empoderamento de pacientes em uso de
ACO, acompanhados ambulatorialmente em um hospital de referência em Pernambuco. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência
baseado na participação de atividades educativas desenvolvidas em um ambulatório de ACO. Este ambulatório é realizado semanalmente,
às terças e quintas, na unidade hospitalar de referência, sendo responsável pelo atendimento de uma média de 100 pacientes por semana.
Fazem parte do ambulatório profissionais Médicos e Enfermeiros, que contam, também, com a colaboração de acadêmicos e residentes de
ambas as profissões. O enfermeiro realiza o acolhimento do pacientes em espaço coletivo e desenvolve atividade de educação em saúde em
grupo. Os pacientes recebem orientações quanto a finalidade do uso da medicação, como encontrar na farmácia, como se tomar, os motivos
que levam ao uso, tempo de uso, dose, faixa terapêutica ideal da RNI, principais complicações, periodicidade das consultas, alimentação,
medicações que podem potencializar ou diminuir o efeito do fármaco, riscos ocupacionais, uso do álcool, realização de viagens, entre outros
temas como gestação, cirurgias e procedimentos odontológicos. Após as orientações iniciam-se os atendimentos, que são organizados entre
pacientes que estão na faixa terapêutica, pelos enfermeiros, e os que não estão, pelos médicos. Resultados: A atividade de educação em
saúde tem respondido às expectativas, à medida observa-se uma diminuição do número de pacientes fora da faixa terapêutica da RNI, maior
adesão ao uso das medicações, assiduidade dos pacientes e diminuição de complicações. Conclusões: Conclui-se que as atividades de educação em saúde representam uma valiosa ferramenta de empoderamento nos ambulatórios de ACO, uma vez que promove o acolhimento dos
pacientes, informa e contribui para a sensibilização e mudança de comportamento, diminuindo riscos e agravos, estimulando a participação
ativa dos pacientes. Além de funcionar como espaço onde têm-se desenvolvido pesquisas que dão visibilidade ao trabalho realizado, fortalecendo a parceria entre o serviço, os profissionais e os pacientes, tornando a experiência produtiva e enriquecedora para todos que fazem
parte do processo.
PESQUISA ORIGINAL
ATIVIDADE EDUCATIVA SOBRE HÁBITOS DE HIGIENE EM UMA ESCOLA PÚBLICA DO MUNICÍPIO DE MACEIÓ: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Autores: Ac. Ana Carolina Costa Moreira Nicolau1, Ac. Leiliandry de Araújo Melo ², Ac. Leylane de Araújo Melo², Ac. Mayara de Melo
Bezerra³, Ac. Morgana Valesca de Melo Bezerra², Prof. Fabiana Ferreira Cunha (Orientadora)4.
Instituições: 1- Faculdade de Odontologia do Centro Universitário CESMAC, 2- Faculdade de Enfermagem da Universidade Estadual de
Ciências da Saúde de Alagoas, 3- Faculdade de Biomedicina do Centro Universitário CESMAC,
4- Curso Técnico de Enfermagem Nova Dimensão.
Forma de apresentação: Oral
Relato de experiência
Resumo:
Introdução:AeducaçãoéumprocessoqueatualmentevemganhandoespaçonaáreadaSaúde.Aeducaçãoéuminstrumentodetransformaçãosocial,dereformulaçãodehábitos,aceitaçãodenovosvaloresequeestimulaacriatividade. Aeducação é definidacomoumprocessoricoeenriquecedor,poiscontém o germedacrítica,reflexão e consciência.A higiene corporalétratadacomocondiçãopara avidasaudável.Aaquisiçãodehábitosde
higienecorporalteminícionainfância,destacando-seaimportânciadesuapráticasistemática.Asexperiênciasdefazerjuntocomacriançaosprocedimentospassíveisdeexecuçãonoambienteescolar,comolavagemdasmãosouescovaçãodosdentes,porexemplo,podemtersignificadoimportantenaaprendizagem.FoiapartirdessaperspectivaqueoprojetodeextensãoSaúdeeEducaçãoJuntosnaEscola(SEJE)realizouatividadesqueestimularamosalunosdaescolaaaderiraoshábitosdehigiene,paraqueassimelespossamterumavidamaissaudável. Objetivo:Relatar a experiência
de acadêmicos durante a atividade educativa. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência de acadêmicos durante uma atividade
educativa no projeto de extensão Saúde e Educação juntos na Escola (SEJE).A atividade foi desenvolvidaemumaescolapública,localizadaemumbairroqueresidepopulaçãodebaixarenda,comalunosdo5ºanodeumaescolapública.Asatividadesforamrealizadasnomêsdeabrilde2012.
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Ascriançasforamreunidasnassalasdeaulasefoirealizadaumapeçaquefalavadaimportânciadahigienecorporalparaasaúdedoindivíduoeparaarelaçãodelecomoutraspessoas.Resultados:A atividade contou em média com 20 participantes. Sobre o conhecimento a cerca do tema, observa-se que existem muitas duvidas dos participantes em relação aos hábitos de higiene, o que mostra que há uma carência em relação ao
tema.. Conclusão: Apartirdessasaçõesconcluiu-seoquãoaenfermagemcomociência,deveservalorizadaeestimuladanoprocessodepromoçãoàsaúdenosdiversosespaços,sejamelesnoâmbitoescolarouhospitalar.Equeessestrabalhosrealizadosnacomunidadeescolarterãoumdestinomultiplicador,poisquandoseaplicaconhecimento,cadaestudanteiráinfluenciaroconjuntoqueestáinserido,nasmaisdiversasformas de atuação.
Referências: 1- Oliveira HM, Gonçalves MJF. Educação em saúde: uma experiência transformadora. Revista Brasileira de Enfermagem. 2004;
57(6). p.761-763. 2-Acioli SA. prática educativa como expressão do cuidado em SaúdePública. Revista Brasileira de Enfermagem. 2008; 61 (1).
PESQUISA ORIGINAL
CLAMPEAMENTO IMEDIATO DO CORDÃO UMBILICAL EM PARTOS CESÁREOS EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO: RELATO DE CASO.
AUTORES: Andreza Maria Gomes de Araujo; Anna Paula Ferreira Ferro; Lizânia da Silva Melo; Maria das Graças Lopes Lima; Maria Mayara Sthephanny Medeiros Freitas; Carla Cardoso de Oliveira Barbosa (Orientadora)
Instituição: Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (UNCISAL)1; Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas
(UNCISAL)2; Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (UNCISAL)3; Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas
(UNCISAL)4; Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (UNCISAL)5; Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas
(UNCISAL)6.
Resumo
Introdução: A deficiência de ferro e a anemia constituem a carência nutricional mais severa e frequente no mundo. Além de afetar um número elevado de crianças e mulheres em países em desenvolvimento, é a única carência que também atinge estes grupos populacionais em
países desenvolvidos. Depois das gestantes, as crianças menores de dois anos são as mais atingidas. Em crianças a anemia pode provocar
diminuição da capacidade cognitiva, distúrbios comportamentais, falta de memória, baixa concentração mental, déficit de crescimento, diminuição da força muscular e da atividade física, além de maior suscetibilidade a doenças infecciosas. Sabe-se também que os níveis de ferro na
criança são fortemente influenciados pelo volume corpóreo total de ferro ao nascimento. As práticas obstétricas, particularmente o momento
do clampeamento do cordão umbilical, podem afetar o volume de sangue transferido da placenta para o recém-nascido e consequentemente
o volume total de ferro (VENANCIO et al,2008). Os fatores que determinam a deficiência de ferro na infância estão relacionados principalmente à velocidade de crescimento pós-natal e às reservas do mineral ao nascer. Esta, adquirida no último trimestre gestacional, é crucial
para a manutenção do adequado estado nutricional de ferro nos seis primeiros meses de vida. O clampeamento tardio do cordão umbilical
é recomendado como estratégia fácil e de baixo custo para melhorar os níveis de ferritina ao nascimento e prevenir a anemia na infância . O
Ministério da Saúde (MS) em 2011 e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) recomendou que o recém-nascido a termo, saudável e com boa
vitalidade seja posicionado sobre o abdome da mãe ou ao nível da placenta por um a três minutos antes de clampear o cordão umbilical (OLIVEIRA et al, 2014). Objetivo: Diante do exposto, o objetivo do estudo é avaliar a conduta da equipe médica frente ao clampeamento imediato
do cordão umbilical nos partos cesáreos em um campo de atividade prática supervionada. Metodologia: Trata-se de um relato experiência
das discentes do curso de Enfermagem da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (UNCISAL), do 8º período, durante algumas atividades práticas supervisionadas no Centro Obstétrico de uma Maternidade de referência para gestante de alto risco inserida em um
Hospital Universitário, localizada no município de Maceió, Alagoas. Resultados: Durante as atividades práticas supersivionadas realizadas no
centro obstétrico, foi possível observar que imediatamente após o parto, em menos de um minuto o cordão umbilical era clampeado. Houveram alguns momentos em que os obstetras que estavam realizando a cirurgia perguntavam no momento do nascimento do recém nascido ao
pediatra se deixava por alguns minutos o cordão sem clampear, o pediatra respondia que não concordava e que clampeassem imediatamente
o cordão. Apesar de ainda existirem controvérsias em relação ao clampeamento imediato e tardio do cordão entre os profissionais, alguns
estudos mostram que há sim resultados positivos para o recém nascido, como a diminuição das chances dessa criança vir a desenvolver nos
seus primeiros meses de vida deficiência de ferro. O não clampeamento imediato do cordão umbilical, faz com que o binômio mãe e filho
permaneçam mais tempos juntos no período do nascimento, aumentando assim o vinculo mãe-bebe, que infelizmente é quebrado na maioria das vezes nos partos cesáreos. Conclusão: As autoras concluem que apesar de ainda haver controvérsias em relação ao clampeamento
imediato e ou tardio do cordão, alguns estudos mostram que existe benefícios para a criança, como a prevenção da diminuição de ferro nos
primeiros meses de vida, onde essa diminuição de ferro pode levar a uma possível anemia, onde a mesma pode trazer inúmeros malefícios
para a criança como diminuição da capacidade cognitiva, distúrbios comportamentais, falta de memória, baixa concentração mental, déficit
de crescimento, dentre outras malefícios.
Referências: VENANCIO, S.I. et al. Efeitos do clampeamento tardio do cordão umbilical sobre os níveis de hemoglobina e ferritina em lactentes aos três meses de vida. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v.24, p. 323-331, 2008.
OLIVEIRA, F.C.C. et al. Tempo de clampeamento e fatores associados à reserva de ferro de neonatos a termo. Rev Saúde Pública, v. 48, n.
1, p. 10-18, 2014.
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PESQUISA ORIGINAL
A UTILIZAÇÃO DE METODOLOGIA ATIVA EM UMA ATIVIDADE DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE COM GESTANTES: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Autores: Ac. Ana Carolina Costa Moreira Nicolau, Ac. Havany Thayany Pereira Ramalho, Ac. Leiliandry de Araújo Melo, Ac. Mayara de
Melo Bezerra, Ac. Morgana Valesca de Melo Bezerra, Prof. Fabiana Ferreira Cunha(Orientadora).
Instituições: 1- Faculdade de Odontologia do Centro Universitário CESMAC, 2- Faculdade de Enfermagem da Universidade Estadual de
Ciências da Saúde de Alagoas, 3- Faculdade de Biomedicina do Centro Universitário CESMAC,
4- Curso Técnico de Enfermagem Nova Dimensão.
Forma de apresentação: Oral
Relato de experiência
Resumo:
Introdução:As ações de educação em saúde na Atenção Básica são fundamentais para que o conhecimento seja difundido de forma integral,
sendo assim, esse tipo de atividade constitui-se como uma das melhores ferramentas para se promover a qualidade de vida da população. Um
dos papéis mais relevantes na Educação em Saúde e, por vezes, mais difícil, é a questão de transmissão de conhecimento. Esta transmissão
na maioria das vezes choca-se com valores e crenças das pessoas, que acabam impedindo que as mudanças necessárias aconteçam¹. Na perspectiva da Educação e Saúde, asmetodologias ativas são processos interativos de conhecimento, análise de decisões individuais ou coletivas,
com a finalidade de encontrar solução para um determinado problema¹,². Um dos métodos mais utilizados na metodologia ativa é o da problematização, método este que se constitui como estratégia de ensino aprendizagem,que temo objetivode alcançaremotivaroeducando,pois
diantedo problema,elesedetém,examina, reflete,relacionaasuahistóriaepassaa ressignificarsuasdescobertas¹.Objetivo: Relatar a experiência
vivenciada pelas acadêmicas em um encontro educativo, através de metodologia ativa. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência
de acadêmicos durante umaatividade educativa no grupo Gesta Família, um grupo de gestante da Unidade de Saúde da Família Guaxuma. O
tema discutido nessa atividade foi a preparação da mulher/família para o parto. Como metodologia ativa foi utilizada a dinâmica do curtir e
não curtir, onde as acadêmicas realizavam alguns questionamentos a cerca do parto. A partir disso, o mediador questionava as gestantes e
as mesmas emitiam sua opinião através de placas com o ícone de curtir ou não curtir. Ao decorrer das perguntas o mediador ia esclarecendo
as duvidas e as relacionando com os achados. Resultados:A atividade contou em média com 20 participantes entre gestantes, sogras e pais.
Sobre o conhecimento a cerca do tema, observa-se que existem muitas duvidas dos participantes em relação ao parto, principalmente em relação aos seus direitos. Conclusão: Aofinal daatividadefoipossívelperceberaimportânciadautilizaçãoda metodologia problematizadora,jáque
amesma oportunizaaosujeitorefletirsobreo seu papel no processo ensino-aprendizagem. Esse tipo de metodologia,desperta osensocritico
para a busca demudanças na relaçãocomocontextomais amplo, levando as gestantes arefletir sobreseupapelnessescontextos e,consequentemente,a transformar asuarealidade¹.
Referências: 1- Brasil GB, Santos DKA. Metodologia ativa: uma ferramenta para a promoção do aleitamento materno exclusivo. In: Anais
da VI Jornada de Pós Graduação da Faculdade Integrada Brasil Amazônia; 2013; Belém, BR. p. 77-85. 2. Mitre SM et al. Metodologiasativasdeensino-aprendizagemnaformação profissionalemsaúde:debatesatuais.Ciênc.saúdecoletiva. 2008; 13(2): 2133-2144.
PESQUISA ORIGINAL
QUALIDADE DE VIDA DOS PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA CARDÍACA ATENDIDOS
NO AMBULATÓRIO DO NHU/UFMS EM CAMPO GRANDE/MS
Autores:Ac. Karolina Gonçalves Vieira,Ac. Letícia Regina dos Santos,Ac. Paulo Guilherme Cábia, Ac. Fernanda Persi Milanin, Prof. Dr.ª
AndrelisaVendrami Parra¹ (Orientadora).
Instituição: 1 – Universidade Federal do Mato Grosso do Sul.
Introdução:A Insuficiência Cardíaca (IC) está ligada a baixa qualidade de vida, piora da capacidade funcional e aumento da morbimortalidade.
A New York Heart Association (NYHA) propôs uma classificação funcional para a IC, baseada na incapacitação desencadeada pela progressão
dos sintomas, sendo estas: Classe I – ausência de sintomas; classe II – sintomas desencadeados por atividades diárias; classe III – sintomas
desencadeados aos mínimos esforços e; classe IV – sintomas aparecem em repouso.Objetivo:Caracterizar everificar a qualidade de vida dos
pacientes com insuficiência cardíaca atendidos no ambulatório do NHU/UFMS de Campo Grande/MS.Metodologia:Trata-se de uma pesquisa
descritiva exploratória, autorizada pelo Comitê de Ética em Pesquisa sob o parecer nº 675.180, realizada com 22 pacientes portadores de
insuficiência cardíaca, acompanhados no ambulatório de Cardiologia do NHU/UFMS em Campo Grande/MS, no período de junho a setembro
de 2014. Foi aplicado um instrumento de coleta de dados semiestruturado, e, também, o questionário Minnesota Livingwith Heart FailureQuestionnaire (MLHFQ),“Vivendo com Insuficiência Cardíaca”, que demonstra que quanto maior o escore pontuado pior a qualidade de vida
dos pacientes nas dimensões físicas e emocionais.Resultados:A amostra foi composta por 22 pacientes com idade média de 68±9 anos, sendo
50% do sexo feminino e 50% do sexo masculino. , 40% casados, 18% divorciados, 27% viúvos, 9% solteiros e 4%união estável. A maioria dos
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pacientes (19) morava, em média, com 2±2 pessoas.81% possuíam ensino fundamental incompleto,13% eram analfabetose 4% possuíam
ensino superior completo. Nenhum paciente era tabagista, e, somente 1 era etilista. Aproximadamente, 72% possuíam atividades de lazer, e
68% possuíam outras doenças correlacionadas.Quanto à classificação da NYHA, 9 pacientes encontravam-se em Classe I, , 7 em classe II, 5 em
classe III e 1 em classeIV. No que se refere ao questionário “Vivendo com Insuficiência Cardíaca” os pacientes apresentaram os seguintes escores globais, de acordo com a NYHA: NYHA I,entre 0 e 9; NYHA II, entre 5 e 19; NYHA III,entre 25 e 47; NYHA IV, escore 44.Conclusão:Observou-se que a maior parte da amostra era composta por idosos casados, com ensino fundamental incompleto, praticavam atividades de lazer
e apresentavam outras doenças, como hipertensão arterial sistêmica e diabetes mellitus. Os pacientes com maior classe NYHA apresentaram
significativa piora da qualidade de vida em relação aos pacientes com menor classe.Pode-se concluir então que, quanto maior a progressão
da doença, mais afetada é a qualidade de vida do paciente.
PESQUISA ORIGINAL
PRÓ/PET-Saúde no Combate as Doenças Cardiovasculares
Ac. Anderson Mascarenhas Nicácio, Ac. Ana Lívia Santos Barros, Ac. Gustavo Ramos Teixeira, Ac. Ana Carolina Claudino Moura, Ac. Paulo
Victor Vicentin Mata, Prof.ª Maria Edna Bezerra da Silva(Orientadora).
1-
Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Alagoas
Introdução As doenças cardiovasculares são decorrentes de fatores potencialmente modificáveis - tabagismo, hipertensão, diabetes - e cabe
a nós futuros profissionais da saúde evitar umas das principais causas de óbito na sociedade moderna.
Objetivo Descrever as atividades de educação em saúde realizadas pelo PRÓ-PET SAÚDE da Universidade Federal de Alagoas junto ao Núcleo
de saúde da família-NASF. Metodologia Relatar a experiência de acadêmicos da área da saúde sobre as atividades executadas pelo NASF e o
PRÓ/PET-SAÚDE, um programa do governo federal que visa à integração ensino-serviço-comunidade. As ações ocorreram durante o segundo
semestre de 2013 e o primeiro de 2014 na Unidade Básica de Saúde da Família Village Campestre I, Maceió-AL. Resultados Junto aos grupos
de Educação Física e gestantes da UBS, ocorriam debates de temas pertinentes de forma educativa e didática, como o semáforo alimentar
para ensinar sobre prevenção da hipertensão, tabagismo na gestação e rodas de conversa sobre diabetes. Além disso, sempre se fazia a aferição de pressão arterial dos interessados; no HIPERDIA ocorria uma caminhada seguida de um saudável café da manhã. Toda atividade executada se utilizava da educomunicação, trabalhando-se uma linguagem fácil, respeitando-se o conhecimento popular e fazendo do aprendizado
para o usuário algo prazeroso. Conclusão:Ao integrar estudantes de diversos cursos da área da saúde da Universidade Federal de Alagoas,
promovia-se o bem estar físico, social e mental dos usuários da Unidade de saúde da família do Village Campestre I.
PESQUISA ORIGINAL
IMPORTÂNCIA DO ESTÁGIO EXTRACURRICULAR EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA DO SETOR
CORONARIANO PARA A FORMAÇÃO MÉDICA
Ac. Paulo Victor Vicentin Mata, Ac. Anderson Mascarenhas Nicácio, Ac. Cleide de Souza Araújo,
Ac. Monique de França Dantas, Dr. Antônio Everaldo Vitoriano de Araújo Filho (Orientador).
1- Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Alagoas, 2-Fundação Hospital da Agro-Indústria do Açúcar e do Álcool
Introdução A formação médica é constituída pelos pilares de Conhecimento Básico, Atenção Primária à Saúde, Ambulatórios de Práticas e
Aptidões Médicas e cirurgia. A medicina intensiva em alguns locais não está incluída na grade curricular das faculdades de medicina. Tal formação, merece atenção especial por contribuir na coesão do aprendizado nas ciências médicas, tornando o Acadêmico capaz de entender
o doente crítico como uma realidade, o que muitas vezes se dá através dos estágios extracurriculares em hospitais públicos ou privados
oferecem. Objetivo Relatar a experiência vivida de acadêmicos estagiários de uma UTI do setor coronariano, mostrando a evolução do
aprendizado dos mesmos na área médica intensivista e também de doenças cardiovasculares, aprimorando a relação médico-paciente dos
mesmos, e principalmente divulgando a importância desses estágios extracurriculares para a formação médica generalista. Metodologia Foi
realizada uma prova de seleção para o estágio de uma UTI do setor coronariano de um Hospital Privado de Maceió. Os selecionados são
acompanhados pelos médicos intensivistas para a realização da evolução clínica dos pacientes internados, auxiliam procedimentos e discussão de casos clínicos com os preceptores plantonistas. Resultados É cada vez maior a procura pelos estágios extracurriculares ofertados por
Hospitais do Município de Maceió. Isso denota como é importante desenvolver práticas e habilidades médicas dentro do campo de estágio
em UTI. Durante o desenvolvimento de suas atividades, o acadêmico de medicina aprende a reconhecer o doente crítico, suas principais
complicações, manobras de ressuscitações, pensamento coerente frente causas e conseqüências de suas condutas, principais causas de
patologias corriqueiras no âmbito do doente grave da UTI Cardíaca, postura frente ao paciente e a familiares durante boletim médico acompanhando o preceptor, dentre outras situações que o farão participar ativamente da Medicina Intensiva. Conclusões O estágio na UTI do
setor coronariano proporcionou aos estudantes a capacidade de coesão dos conhecimentos Teóricos. O que desta forma, cria alicerces para
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o bom desenvolvimento de sua prática médica.
PESQUISA ORIGINAL
SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL DE PACIENTES ATENDIDOS NUMA CLÍNICA ESCOLA DE NUTRIÇÃO MACEIÓ-AL
Autores: Ac. Edilene Maria de Oliveira, Ac. Dayanne Honorio Diniz, Prof. Annelise Machado Gomes de Paiva ( Orientadora) Prof. Juliana
Vasconcelos Lyra da Silva ( Co- Orientadora), Prof. Eliane Costa Souza.
Instituições: 1 Centro Universitário Cesmac - CESMAC -2 Universidade Federal de Pernambuco UFPE-3 Universidade Federal de AlagoasUFAL ,E-mail: [email protected]
Introdução: A Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) é definida como a realização do direito de todos ao acesso regular e permanente a
alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais, tendo como base práticas
alimentares promotoras de saúde, que respeitem a diversidade cultural e que sejam social, econômica e ambientalmente sustentáveis. Nesse contexto, deve ser avaliado desde o direito de acesso ao alimento até as condições concreta desse acesso, onde este deve ter adequação,
disponibilidade, estabilidade, acessibilidade alimentar e econômica. Lembrando que quando isso não acontece à população se encontra em
insegurança alimentar, trazendo grandes prejuízos à saúde como a desnutrição do tipo energética proteica, que é um tipo de desnutrição
causada pela deficiência de calorias e ingestão de proteínas, que contribui para diminuição da absorção de micronutrientes, como ferro iodo,
vitamina A, o que caracteriza a “fome oculta”. Além disso, a insegurança alimentar passou a ser associada ao desenvolvimento de outras doenças como a obesidade que afeta a vida de milhões de pessoas que consiste em um desequilíbrio entre o consumo de alimentos altamente
calóricos e gasto energético dos indivíduos acarretando em várias outras doenças como hipertensão, dislipidemia, resistência a insulina,
diabetes, síndrome metabólica. Segundo a organização mundial da saúde (OMS) a obesidade e hipertensão arterial correspondem aos dois
principais fatores de risco responsáveis pela maioria de mortes causadas por doenças.Objetivo Geral: avaliar a segurança e insegurança alimentar dos pacientes atendidos em uma clínica escola de Maceió-AL. Metodologia: Foi realizou um estudo observacional com deliamento
transversal com 53 indivíduos de ambos os gêneros todos maiores de 18 anos. Posteriormente foram coletados dados sociedemograficos,
socioeconômicos, antropométricos. Para avaliação da situação de (in) segurança alimentar foi utilizado a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA) que consiste em um questionário com 15 questões relativas à segurança alimentar familiar no qual as somatórias de respostas positivas configuram um escore de segurança/insegurança para cada individuo após isso, todos os dados obtidos foram transcritos para
planilha do Microsoft Office Excel® e convertidos em tabela para análise e tabulação. Resultados: A amostra foi composta por 53 indivíduos
dos quais 17% (n=7) gênero masculino, 83% (n=46) do gênero feminino, com faixa etária média de 31,42 ± 14,03anos. Quanto a analise das
profissões 34% (n=18) foram de estudantes, 19% ( n=10) donas de casa,13%(n=7) autônomo 9,43(n=5), professor, 24,57(n=13)outros. Em
relação aos índices antropométricos dos pacientes atendidos 41,5% (n=22) apresentam obesidade, 34% (n=18) estão com sobrepeso, 20,75%
(n=11) com eutrofia e 3,75% (n=2) possuem magreza. Na avaliação da segurança e insegurança alimentar e nutricional foram encontrado os
seguintes resultados 49% (n=26) se encontra em segurança alimentar, 47,2% (n=25) em insegurança alimentar leve e 1,9% (n=1) em insegurança moderada e insegurança grave 1,9%, (n=1). Conclusão: A segurança alimentar e nutricional é uma das maiores preocupação que se
tem atualmente em relação alimentação pois através da oferta adequada de nutrientes várias doenças podem ser evitadas como obesidade,
desnutrição, diabetes, hipertensão com a presente pesquisa conclui-se que a maioria da população estudada se encontra em segurança
alimentar.
PALAVRAS-CHAVE: Segurança Alimentar. Insegurança Alimentar. EBIA
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COMIDA DE RUA: DIAGNÓSTICO SOCIAL, ECONÔMICO E ESTRATÉGIAS DE INTERVENÇÃO SANITÁRIA
Autores: Ac. Edilene Maria de Oliveira, Ac. Karwhory Wallas Lins da Silva, Ac. Isaura Cariolando Santos da Silva, Ac. Mirley Claisa da Silva
Freire, Prof. Eliane Costa Souza, (Orientadora) Prof. Thiago José Matos Rocha (Co-orientador).
Instituições:1 - Centro Universitário Cesmac – CESMAC 2 - Universidade Federal de Alagoas – UFAL
3- Universidade Federal de Pernambuco – UFPE.
E-mail: [email protected]
Introdução: Ao longo dos anos o comércio de alimentos por ambulantes se constitui uma alternativa para os consumidores, este comércio
constitui relevante fonte de renda, sendo favorecido pelos elevados índices de desemprego, baixo poder aquisitivo da população, acesso
limitado à educação e ao mercado de trabalho formal, além das migrações da zona rural para a urbana, em virtude da degradação das condições de vida no campo. No entanto, os alimentos comercializados pelos ambulantes são produtos de preparo rápido e vendidos nas ruas.
É visível que somente o fato de manipular tais alimentos nesses locais já traz importantes riscos à saúde dos consumidores. Isso se justifica
uma vez que o processamento destes alimentos é realizado de forma artesanal, ou seja, não existem controles específicos, não dispõem de
uma infraestrutura apropriada e, na grande maioria das vezes as pessoas que comercializam não tem conhecimentos específicos no tocante
à manipulação segura dos alimentos. Objetivo geral: Contribuir para a melhoria da qualidade do segmento de comida de rua, a partir de um
diagnóstico social, econômico e estratégias de intervenção sanitária. Metodologia: Foi aplicado um questionário que identificou o perfil dos
indivíduos que trabalham no comercio informal de comida de rua e nível de conhecimento quanto ao seu papel na veiculação de doenças
de origem alimentar. Posteriormente se realizou um levantamento das condições higiênicossanitárias onde se observou aspectos higiênicos
dos manipuladores, bem como as condições sanitárias dos equipamentos (higiene ambiental: arredores; e condições de armazenamento e
exposição dos ambulantes). Esse levantamento de dados se deu através de visitas informais onde foi aplicada uma lista para a verificação das
boas praticas de manipulação para ambulantes baseado na Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 216/2004. Os dados obtidos foram
transcritos para planilha do Microsoft Office Excel® e convertidos em tabela para análise e tabulação. resultados: A amostra foi composta
por 28 indivíduos dos quais 60,70% do gênero feminino e 39,30% do gênero masculino. Em relação à escolaridade 30,5% possuem o ensino
fundamental incompleto; 17,3% ensino fundamental completo; 30,5% ensino médio incompleto; e 21,7% ensino médio completo. Quanto
às condições higiênicas dos equipamentos foi constatado que 52,4% eram de fácil limpeza e que 47,6% de difícil limpeza. 90,48% dos locais
observados não possui reservatório para tratamento de água. Também foi evidenciado que apenas 16,7% possuem boas higienização das
mãos, enquanto que 83,3% da população possuíam com higiene inadequada. Em relação ao conhecimento dos ambulantes sobre Doenças
Transmitidas por Alimentos (DTA) 93,46% dos indivíduos responderam que os alimentos quando não manipulados adequadamente trazem
riscos para a saúde. Conclusão: Conclui-se que o nível de escolaridade é um fator que estar associado com a escolha da profissão, e que as
condições de trabalho são inadequadas para a manipulação dos alimentos, sendo necessária uma intervenção social que possa contribuir
para a melhoria das condições higiênicas sanitárias dos alimentos vendidos.
PALAVRAS-CHAVE: Ambulantes. Contaminação. Boas Práticas.
PESQUISA ORIGINAL
CONSUMO ALIMENTAR DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM SOBREPESO E OBESIDADE ATENDIDOS NA
CLÍNICA ESCOLA DE UMA INSTITUIÇÃO PRIVADA DE MACEIÓ
Autores: Ac. Edilene Maria de Oliveira, Ac. Cristiany Cláudia Ventura da Fonseca , Prof. Mariellena de Andrade Cardoso Fragoso, (Orientadora) Prof. Waléria Dantas Pereira(Co- Orientadora), Prof. Eliane Costa Souza.
Instituições: 1- Centro Universitário Cesmac - CESMAC 2- Universidade Federal de Alagoas - UFAL
E-mail: [email protected]
Introdução: O sobrepeso e obesidade vêm crescendo assustadoramente a cada dia que passa afetando inúmeras faixas etárias e grupos sociais estão intimamente relacionada as mudanças nos hábitos alimentares, comportamentais e o estilo de vida. O Sobrepeso ele é um estado
que antecede a obesidade é por isso deve ser tratado o mais sedo possível para que não ocorram danos severos a saúde do individuo que se
encontra nesse estado; no caso o surgimento da obesidade que é uma doença crônica não transmissível caracterizada pelo excesso de tecido
adiposo que vem atingindo com maior prevalência crianças e adolescentes no mundo inteiro tornando-se atualmente uma epidemia global.
São vários os fatores contribuem para o surgimento dessa enfermidade com menor em pacto os genéticos, que representam apenas 7 a 9%
dos casos, seguidos pelos de origem endógenas ou seja, quando a uma falha no comando dos feedbacks positivos e negativos , com maior
proporção os exógenos que estar relacionados com aumento do consumo de alimentos altamente calóricos de baixo valor nutritivo, associados com menor baixo gasto energético fazendo com esse excesso de energia seja armazenada na forma de gordura ocasionando a obesidade.
E consequentemente outras patologias que podem ser desenvolvidas em associação com obesidade como resistência a insulina, diabetes,
hipertensão, dislipidemia, síndrome metabólica, apneia, Osteoartrite, depressão, ansiedade. Objetivo geral: Avaliar o consumo alimentar
de crianças e adolescentes atendidos na clinica escola de uma instituição privada de Maceió Alagoas. Metodologia: A pesquisa foi realizada
através de um estudo analítico transversal e observacional na clinica escola de uma instituição de ensino superior privada de Maceió Alagoas
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com crianças e adolescentes de 5 a 19 que estavam com sobrepeso e obesidade onde se coletou dados antropométricos, antecedentes
familiares, patológicos, foi aplicado um questionário de frequência alimentar de crianças adolescentes com 58 perguntas sobre a frequência de alimentos consumidos por essa população. Além disso, foi avaliada a ingestão dietética dos mesmos através da aplicação e analise do
recordatório 24 horas onde se observou a ingestão calórica, dos macronutrientes carboidrato, proteína, lipídios, micronutrientes entre eles
cálcio, zinco, ferro, vitaminas A, C, fibras os dados obtidos foram transcritos para planilha do Microsoft Excel e convertidos em tabela para análise e tabulação. Resultados: A amostra foi composta por 15 crianças e adolescentes de ambos os gêneros das quais 67% (n=10) corresponde a
população masculina enquanto que 33% (n=5) representa a população feminina com faixa etária media de 11,08 ± 3,76. Desses 67% (n=10)
se encontravam obesas enquanto que 33%(n=5) estavam com sobrepeso em relação a circunferência da cintura (CC) 60% (n=9) possuem (CC)
<p90 por outro lado 40%(n=6) >p90 ou seja, possuem correlação para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Quanto ao consumo
alimentar foi detectada ingestão inadequada de cálcio, zinco, vitaminas A e C, ferro, fibras, frutas, legumes e verduras. Conclusão: Conclui-se
que os indivíduos estudados possuem uma alimentação deficiente em micronutrientes, verduras, frutas legumes, que fazem consumo abusivo de alimentos altamente calóricos, que hábito alimentares adequados exerce grande influencia na prevenção e tratamento da obesidade
sendo de suma importância inserir tais hábitos alimentares nos primeiros meses de vida das crianças e adolescentes que consequentemente
se tornarão adultos que possuirão uma melhor qualidade de vida.
PALAVRAS-CHAVE: Sobrepeso e Obesidade. Consumo alimentar. Crianças e adolescentes.
Pesquisa Original
PERFIL DA TERAPIA MEDICAMENTOSA EM IDOSOS COM HIPERTENSÃO ARTERIAL EM UMA
UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DO ESTADO DE ALAGOAS.
Autores: Ac. Bruna Maria Pedrosa da Silva Jambo, Ac. Osmar Kleddson Pinheiro Canuto Rocha, Ac. Amanda Priscila de Melo Souza, Ac.
Célia Régis Ferreira da Silva, Prof. Hermann Nogueira Hastenreiter Júnior (Orientador).
Instituições: 1- Centro Universitário Cesmac, 2- Universidade Federal de Alagoas.
Introdução: O processo de envelhecimento faz parte da vida de qualquer ser humano, sendo natural e inevitável. Houve um grande aumento
da expectativa de vida da população, devido às ações de saúde pública e os avanços médico-tecnológicos, assim como, o consumo aumentado de medicamentos prescritos e não-prescritos, o que é necessário uma observação aprofundada da utilização destes medicamentos.
Objetivo: O tratamento medicamentoso tem como objetivo a redução da incidência de infarto do miocárdio, trombose coronariana, acidente
vascular encefálico, entre outras, devido a hipertensões moderadas e severas é necessário à utilização de terapia medicamentosa, com isso
avaliar os medicamentos mais utilizados e identificar as condições de saúde dos idosos que frequentam a unidade básica de saúde é fundamental. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, por amostragem, utilizando dados de clientes que frequentam a Unidade básica de
saúde. Resultados: A amostra do estudo foi composta por 30 homens e mulheres, com prevalência de homens com média de idade entre 40
a 60 anos, onde 90% estavam na faixa entre 55 – 65 anos, moravam com a cônjuge, aposentados e viviam com renda familiar de 1 a 2 salários
mínimos. Referiram de uma a duas morbidades, sendo a hipertensão arterial a mais frequente. Conclusão: O presente estudo da população
hipertensa de uma unidade de saúde de Alagoas, teve como finalidade fazer um levantamento dos medicamentos mais utilizados pela população com ênfase em interações medicamentosas, no qual foi observado que os medicamentos utilizados seguem o preconizado pelas Diretrizes Brasileira de Hipertensão Arterial, onde para a escolha do medicamento deverá ser observado as doenças associadas, as características
de cada indivíduo e as condições sócio-econômicas.
Palavras-chave: Saúde do Idoso. Hipertensão Arterial. Medicamentos.
PESQUISA ORIGINAL
Qual o papel da Obesidade Abdominal sobre Fatores de Risco para Doenças Cardiovasculares
Relacionados á Síndrome Metabólica X em Pernambuco, Brasil?
Ac. Abdias Pereira Diniz Neto, Ac. Caroline Bezerra Trajano dos Santos, Ac.Rosana Silva Batista, Ac. Rayassa Batista da Silva,
Ac. Ruana Manso Porfírio dos Santos,Profa. Dra. Bianka Santana dos Santos (Orientador).
1 – Curso de Medicina, Centro Acadêmico do Agreste – CAA, Universidade Federal de Pernambuco – UFPE.
Introdução: Os distúrbios associados à Síndrome Metabólica X (SMX) são importantes causas de mortalidade mundial, pois são graves fatores
de risco para Doenças Cardiovasculares (DCV). Dentre esses distúrbios, um que tem se tornado um grave problema de saúde pública, para a
atualidade e para os anos futuros, é a obesidade abdominal, e por vezes tem sido colocada no cerne da fisiopatologia da SMX e considerada
um dos principais riscos para DCV.Objetivos: Investigar o papel da obesidade abdominal sobre os fatores de risco para DCV relacionados à
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SMX, como hiperglicemia, hipertrigliceridemia, níveis diminuídos de HDL-colesterol, hipertensão, além de hiperinsulinemia, bem como investigar a prevalência de obesidade abdominal e da síndrome como um todo nessa população. Metodologia: Os fatores de risco para DCV
relacionados à SMX foram investigados de acordo com a I Diretriz Brasileira Sobre SMX, com exceção de hipersinsulinemia, que foi avaliada
conformeo Grupo Europeu de Resistência à Insulina. Índice de Cintura/Quadril (ICQ) foi utilizado para acessar obesidade abdominal, conforme
a Organização Mundial de Saúde. Amostras sanguíneas foram coletadas, parâmetros antropométricos e níveis pressóricos foram aferidos de
203 voluntários do Estado de Pernambuco, após assinatura de termo de consentimento livre e esclarecido e aprovação em Comitê de Ética em
Pesquisa. Os indivíduos eram de ambos os sexos e tinham idade superior a 18 anos. Testes enzimáticos foram utilizados para a determinação
bioquímica de glicose plasmática e níveis séricos de colesterol total, triglicerídios e HDL-colesterol. Imunoensaio Enzimático por Micropartículas foi realizado para acessar níveis plasmáticos de insulina. Testes estatísticos de χ2, razão de prevalência, teste t desemparelhado e Correlação de Pearson foram acessados para análise estatística dos dados (p<0,05). Resultados: A prevalência de obesidade abdominal foi de 67,5%.
SMX foi encontrada em 25,6%, representando um número de 52 indivíduos, dos quais 49 tiveram obesidade abdominal. A razão da taxa de
prevalência (obesos abdominais/não obesos) foi igual a 4,3. Dos 151 indivíduos restantes, apenas 35 não apresentaram nenhum dos fatores
de risco cardiovascular relacionados à SMX. 116 apresentaram uma ou duas anormalidades, das quais obesidade abdominal esteve presente em 85. O grupo com obesidade abdominal teve significativamente maiores valores de pressão arterial, triglicerídios, insulina e glicose; e
todas essas variáveis se correlacionaram positivamente com os valores de ICQ. Obesos abdominais também apresentaram menores níveis
de HDL-colesterol, com correlação negativa com ICQ.Conclusão:Obesidade abdominal é a principal anormalidade metabólica envolvida na
fisiopatogênese de fatores de risco para DCV relacionados à SMX, na população do estudo, com uma chance de mais de 4 vezes de se esperar
algum comprometimento cardiovascular nos indivíduos com obesidade abdominal.
Apoio Financeiro: CAPES, CNPq, FACEPE.
PESQUISA ORIGINAL
SINAIS E SINTOMAS PREVALENTES NA VELHICE COMO FATOR QUE DIFICULTA O DIAGNÓTICO DE
AIDS NA POPULAÇÃO IDOSA: PESQUISA ORIGINAL
AUTORES: Ac. Anna Paula Ferreira Ferro, Ac. Andreza Maria Gomes, Ac. Geyssyka Morganna S. Guilhermino,
Ac. Roberta Chrystynne Oliveira Lucio, Ac. Maria Mayara Sthephanne de Medeiros Freitas,
Prof. Antonio Carlos Ferreira Lima (Orientador).
Instituições: 1-Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas, 2- Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alago Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas as, 3- Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas, 4- Universidade Estadual
de Ciências da Saúde de Alagoas, 5- Universidade Estadual de Ciências da Saúde Alagoas,
6-Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas.
Introdução: A síndrome da imunodeficiência adquirida (SIDA) é uma doença infecciosa que vem se disseminando pelo mundo desde a década
de 80, e constitui um comportamento pandêmico e de alta gravidade que vem sofrendo mudanças significativas em seu perfil, dentre elas,
o aumento do número de casos dessa infecção em pessoas com 60 anos ou mais de idade (SILVA et.al, 2010). O avanço da AIDS nos idosos
é rodeado de visões estigmatizadas e equivocadas, que representam tabus não só para a população, como também para profissionais de
saúde, que nem sempre leva em consideração em seus atendimentos a vida sexual dos pacientes de faixas etárias mais elevadas, deixam de
abordar questões sobre medidas preventivas a respeito não só da AIDS como também de outras doenças sexualmente transmissíveis, muitos
não solicitam o teste HIV nos exames de rotina, ocasionando muitas vezes em um diagnóstico tardio da doença, aumentando ainda mais a
vulnerabilidade desse grupo frente a contaminações (SEPKOWITZ, 2001) Esse aumento surge como um desafio para o nosso país, fazendo-se
necessário o estabelecimento de políticas publicas e estratégias que possam garantir qualidade de vida a essas pessoas. Essas questões atentam para necessidade de um maior aprofundamento das campanhas educativas sobre prevenção da AIDS voltadas para esse grupo, que tanto
quanto os outros apresentam comportamentos de risco e desejos sexuais ativos (POTTES et.al, 2007) uma vez que o fim da idade não significa
o fim do desejo sexual. A mudança do perfil epidemiológico da AIDS e a observação do aumento do número de casos acima dos 60 anos de
idade nos fazem repensar sobre a maneira com que é tratada a doença nessa faixa etária, questão essa que ainda é pouco abordada diante
de tamanha necessidade, uma vez que a realidade nos mostra que esse grupo vem apresentando comportamentos de risco para adquiri-la,
porém as campanhas preventivas e o incentivo ao uso do preservativo não acompanharam essas mudanças (RIBEIRO,JESUS, 2006).
Objetivo: Esse estudo tem como objetivo alertar os profissionais de saúde para os sinais presentes na velhice que podem estar relacionados à
AIDS, facilitando assim, um diagnóstico precoce. Metodologia: Trata-se de um estudo observacional do tipo descritivo, quantitativo retrospectivo, conduzido no Hospital Escola Dr. Helvio Auto. A amostra censitária que inclui todos os casos de AIDS em idosos, notificados na instituição,
entre 1º de janeiro de 2001 até 31 de dezembro de 2011, totalizando 47 sujeitos da pesquisa. Os dados foram coletados por meio de analise
das Fichas de Notificação de AIDS dos idosos, sendo consultados aqueles que se enquadraram nos critérios de inclusão, ou seja, os casos de
AIDS em pessoas com 60 anos ou mais de idade, notificados na instituição entre 1º de janeiro de 2001 e 31 de dezembro de 2011. Sendo
considerados também, aqueles casos que evoluíram para óbitos por AIDS, por outras causas, como também os casos cujo causa de óbito foi
ignorado. A tabulação dos dados será realizada por meio do programa Microsoft Office Excel 2007. Tendo aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa da UNCISAL com o protocolo N° 1804. Resultados: No período de 1° de janeiro de 2001 a 31 de dezembro de 2011, foram registrados 49
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casos de HIV/AIDS em idosos notificados no Hospital Escola Dr. Helvio Auto. Onde a análise da tabela revelou que a faixa etária mais acometida
é aquela que abrange os indivíduos com 63 anos, totalizando 8 casos (16,3%). No período considerado, foram notificados 49 indivíduos com
mais de 60 anos com diagnóstico confirmado para HIV/AIDS. Contudo, é importante esclarecer que essa amostra é relacionada ao hospital em
estudo, e não expressa o número real de infectados do estado de Alagoas. Estudos observam que a maioria dos casos de AIDS nos pacientes
desta faixa etária pode ser atribuída ao contato sexual ou ao uso de drogas, porém ao chegar ao serviço de saúde, a maioria dos profissionais,
abordam esses pacientes como se não estivessem dentro dessa prática de vida, que esses comportamentos só estão relacionados à população jovem (VIEIRA, 2004). Quanto aos critérios de definição dos casos de AIDS (sinais, sintomas e doenças), os que estavam mais presentes
entre os notificados foram Astenia maior ou igual há um mês, Diarreia igual ou maior a 10%, Anemia e/ou linfopenia e/ou trombocitopenia,
Caquexia ou perda de peso maior que 10% , Candidose oral ou leucoplasia, Tosse persistente ou qualquer pneumonia, Febre maior ou igual a
38ºC em 17(34,7%). Conclusão: As evidências científicas confirmam hipótese da pesquisa acreditando nas mudanças do perfil epidemiológico
da AIDS, que vem crescendo ao longo dos anos nos indivíduos da terceira idade. Dados mostram que as doenças que são comuns na velhice
são as mais prevalentes nos critérios de definição dos casos de AIDS. Justificando assim, a necessidade de intensificar as ações de educação
em saúde para prevenção da AIDS e outras doenças sexualmente transmissíveis nesta faixa etária e a orientação dos profissionais da saúde
para levar em conta a vida sexual ativa desses pacientes com mais de 60 anos, incluindo a solicitação de teste anti-HIV nos exames de rotina,
a fim de diagnosticar precocemente essa doença na população idosa.
Referencia: 1. POTTES, F.A. et.al. Aids e envelhecimento: características dos casos com idade igual ou maior que 50 anos em Pernambuco, de 1990 a 2000. Rev. bras. epidemiol. [online] 2007;10(3):338-351. 2. RIBEIRO, L.C.C, JESUS, M.C.N. Avaliando a incidência dos casos
notificados de AIDS em idosos no estado de Minas Gerais no período de 1999 a 2004. Cogitare Enferm maio/ago 2006; 11(2): 113-116. 3.
SEPKOWITZ, K.A. AIDS – The first 20 years. New England Journal of Medicine 2001; 23:1764-1772.. 4. SILVA, S.R.F. et al. Aids no Brasil: uma
epidemia em transformação. Rev. bras. anal. Clin 2010; 42(3): 209-212. 5.VIEIRA, E.B. Manual de Gerontologia – um manual teórico-prático
para profissionais, cuidadores e familiares. Rio de Janeiro, 2004. Editora Revinter.
PESQUISA ORIGINAL
Título:Troca Valvar Aórtica por Mini-esternotomia – Experiência Inicial
Autores:Ac. Ellton Kim Cavalcanti dos Santos,Dr. Rodrigo Renda de Escobar, Dr. Alexandre Magno Macário Nunes Soares, Dr. Elióbas de
Oliveira Nunes Filho, Dr. Mozart Augusto Soares deEscobar, Prof. Ricardo de Carvalho Lima.(Orientador)
Instituições: 1- Universidade de Pernambuco (UPE), 2- Faculdade de Ciências Médicas de Pernambuco (FCM/UPE),
3- Pronto Socorro Cardiológico de Pernambuco (PROCAPE),
4- Unidade de Cirurgia Cardiotorácica do Real Hospital Português de Beneficência em Pernambuco (UNITÓRAX/RHP).
Introdução: O padrão ouro de abordagem cirúrgica para plastia e troca valvar cardíaca é a esternotomia mediana. Ao longo dos últimos anos
as técnicas minimamente invasivas estão em franca ascensão no âmbito da cirurgia cardiovascular e inúmeros trabalhos mostram maneiras
de intervenção com técnicas particulares de exposição e acesso. A abordagem minimamente invasiva está relacionada a menores incisões,
menor risco de morbidade cirúrgica, menor incidência de dor no pós-operatório, menor trauma cirúrgico, menores eventos de sangramento,
retomada precoce das atividades pelo paciente, além de menor permanência hospitalar e redução dos custos aos serviços de saúde. Por todos
esses fatores positivos, as técnicas minimamente invasivas vêm tomando espaço e reconhecimento na prática médica, sobretudo nos procedimentos cardiovasculares. Objetivo:Mostrar a técnica cirúrgica por mini-esternotomia no procedimento de troca valvar aórtica, bem como sua
segurança e eficácia na exposição minimamente invasiva da raiz da aorta. Demonstrar os benefícios dessa técnica na abordagem da aorta ascendente com uma exposição mínima, gerando menores incisões, menores cicatrizes, preservação dos mecanismos anatômicos e fisiológicos
da caixa torácica, bem como menor dano mecânico ao esterno,se comparada com a cirurgia de troca valvar aórtica por acesso convencional,
esternotomia mediana.Metodologia:Levantamento dos dados obtidos no intra e pós-operatóriosde cinco pacientes submetidos à troca valvar
aórtica por técnica minimamente invasiva a fim de comprovar os benefícios oriundos desse procedimento. Foram levados em consideração os
parâmetros da circulação extracorpórea (CEC), a técnica de cardioplegia e proteção miocárdica, o tempo de permanência hospitalar e as informações técnicas do procedimento cirúrgico, como localização e tamanho da incisão, posicionamento do afastador na cavidade torácica e do
clamp aórtico. Resultados:Três pacientes (60%) eram do sexo masculino; a idade variou entre 45 e 78 anos (média de 62,6 anos); a superfície
corporal dos pacientes variou entre 1,58 e 1,82 m2 (média de 1,704 m²); o tempo de circulação extracorpórea variou de 75 a 115 min (média
de 126,2 min); o tempo de anóxia variou de 60 a 130 min (média de 95,6 min); a temperatura esofágica durante a circulação extracorpórea foi
mantida em 32°C em todos os procedimentos. Os diagnósticos mais frequentes foram estenose aórtica severa e insuficiência aórtica, sendo
submetidos a troca valvar aórtica, com biopróteses de n° 21(40%) e de n° 23 (60%) , através de mini-esternotomia. Foram dissecadas artéria
e veia femural direita para instalação do sistema de perfusão em Mini-CEC da Maquet®, o Custodiol® foi utilizado como solução cardioplégica
fria com infusão contínua nos óstios coronarianos. Em todos os casos a saída de CEC se estabeleceucom ritmo cardíaco sinusal, sem uso de
drogas vasoativas. O tempo de internação variou entre dois e nove dias (média de quatro dias).
Conclusões:A abordagem da raiz da aorta e exposição do aparelho valvar por mini-esternotomia é um procedimento seguro e eficaz, além de
proporciar uma visualização adequada e diminuir os danos a estrutura óssea do esterno. Os procedimentos minimamente invasivos vem com
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uma proposta de melhorar os aspectos estéticos da cicatriz cirúrgica, minimizar manipulação da cavidade mediastinal, diminuir a resposta
inflamatória, reduzir o tempo de internação hospitalar e proporcionar ao paciente uma recuperação mais rápida e consequente retorno precoce as suas atividades.
PESQUISA ORIGINAL
Obesidade Abdominal e Sua Associação com Alterações no Perfil Lipídico/Lipoprotéico e Índices Lipídicos de RiscoCardiovascular Aterosclerótico em Indivíduos Hipertensos do Estado de Pernambuco
Ac. Antônio Henrique Amorim Soares, Ac. Eliezio de Oliveira Maia Júnior, Ac. Juliana Guedes Silva, Ac. Matheus Carneiro da Cunha Costa1, Ac. Matheus Soares de Araújo, Profa. Dra. Bianka Santana dos Santos (Orientadora).
1 – Curso de Medicina, Centro Acadêmico do Agreste – CAA, Universidade Federal de Pernambuco – UFPE.
Introdução:O tecido adiposo participa de diversas funções no organismo, desde controle ponderal até a homeostase córtico-suprarrenal.
Porém, seu excesso, principalmente na região abdominal, pode provocar uma série de anormalidades no metabolismo dos lipídios e lipoproteínas, contribuindo para elevação de suas concentrações circulantes e consequentemente gerando um maior risco de desenvolvimento
de doença cardiovascular aterosclerótica, hipertensão arterial e dislipidemias.Objetivos:Investigar a associação entre obesidade abdominal
e dislipidemias em indivíduos hipertensos no Estado de Pernambuco.Metodologia: Foi realizado um estudo de corte transversal, no qual
foram selecionados aleatoriamente 486 indivíduos hipertensos provenientes do Estado de Pernambuco, com idade superior a 18 anos e de
ambos os sexos, após assinatura de termo de consentimento livre e esclarecido e aprovação em Comitê de Ética em Pesquisa. Hipertensão
foi avaliada segundo o VIII Comitê Nacional sobre Hipertensão eobesidade abdominal foi investigada por meio do Índice de Cintura/Quadril
(ICQ), conforme a Organização Mundial de Saúde, surgindo dois grupos – um de hipertensos com e outro sem obesidade abdominal. Amostras sanguíneas em jejum foram obtidase houve a quantificação bioquímica dos níveis séricos de Colesterol Total (CT), HDL-colesterol e de
Trgilicerídios, por métodos enzimáticos, e de VLDL-colesterol e LDL-colesterol, através da equação de Friedewald.Foram construídos índices lipídicos de risco cardiovascular aterosclerótico (RCVA), CT/HDL-colesterol e LDL-colesterol/HDL-colesterol. Teste t desemparelhado de Student
(p<0,05) foi utilizado para análise dos dados. Resultados:Obesidade abdominal esteve presente em 79,6% dos hipertensos, os quais apresentaram siginificativamente maiores valores de CT, LDL-colesterol, VLDL-colesterol, Triglicerídios, bem como dos índices lipídicos de RCVA,
quando comparados a hipertensos sem obesidade. Os valores de pressão arterial sistólica (PAS) bem como da diastólica (PAD) também foram
significativamente maiores nos hipertensos com obesidade abdominal quando comparados com os valores dos hipertensos não obesos (PAS
= 151,2 ± 1,1mmHg versus 140,5 ± 2mmHg; e PAD = 98,2 ± 0,6 versus 94,2 ± 1mmHg). Não foi encontrada diferença significativa entre os níveis
de HDL-colesterol dos grupos.Conclusão:A obesidade abdominal é uma epidemia em curso em hipertensos do Estado de Pernambuco, haja
vista cerca de 80% desses indivíduos a terem apresentado. O excesso de tecido adiposo abdominal influenciou significativamente alterações
no perfil lipídico/lipoprotéico dos hipertensos, incluindo altos Índices lipídicos de RCVA, o que representa um maior risco de desenvolvimento
de outras doenças cardiovasculares nessa população, demonstrando a necessidade de se desenvolver medidas preventivas de saúde pública
destinadas à prevenção e controle de todas as alterações oriundas da obesidade abdominal.
Apoio Financeiro:CAPES, CNPq, FACEPE.
PESQUISA ORIGINAL
A IMPÔRTANCIA DO BRINCAR PARA CRIANÇAS HOSPITALIZADAS: RELATO DE CASO.
AUTORES: Andreza Maria Gomes de Araujo; Anna Paula Ferreira Ferro; Lizânia da Silva Melo; Maria das Graças Lopes Lima; Maria Mayara Stephanne de Medeiros Freitas; Carla Cardoso de Oliveira Barbosa (Orientadora).
Instituição: Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (UNCISAL)1; Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas
(UNCISAL)2; Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (UNCISAL)3; Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas
(UNCISAL)4; Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (UNCISAL)5; Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas
(UNCISAL)6.
Introdução: A hospitalização traz transtornos em todas as fases da vida, que, particularmente na infância, são evidentes, com manifestações
de insatisfação momentânea ou prejuízos que permanecem mesmo após a alta hospitalar. Na fase pré-escolar esses efeitos são mais intensos, independente da presença ou não da mãe, em virtude da etapa do desenvolvimento, onde a fantasia está presente em tudo. A rotina
hospitalar contribui em muito para as dificuldades encontradas pelas crianças em vivenciar os dias de internação já que, muitas vezes, estão
privadas da companhia materna, e as mudanças de funcionários a cada turno, que nem sempre estão fixos para o cuidado das mesmas
crianças, dificultam ainda mais a formação de vínculo entre ambos. Em virtude do seu pensamento fantasioso e egocêntrico, as crianças têm
dificuldades na compreensão dos fatos e situações vivenciadas, podendo achar que a doença e/ou hospitalização é uma punição por mau
comportamento ou algum erro. Um fator essencial para o desenvolvimento da criança é, sem dúvida, o brincar. Ele está presente em todas as
fases da vida e favorece, além da diversão, a expressão de sentimentos e emoções pelos quais o indivíduo passa. No ambiente hospitalar, o
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brincar tende a transformar o ambiente das enfermarias em um local prazeroso e que permita uma adaptação melhor às novas condições que
as crianças encontram e têm de enfrentar (LEITE; SHIMO, 2007). O brinquedo terapêutico proporciona à criança hospitalizada a oportunidade
de reorganizar a sua vida, seus sentimentos e diminuir a ansiedade, podendo também ser utilizado para ajudá-la a reconhecer seus sentimentos, assimilar novas situações, compreender o que se passa no hospital e esclarecer conceitos errôneos (RODRIGUEZ, 2010). O Projeto
Acolher é um projeto filantrópico de extensão universitária e de iniciação científica fundado em 2010, que atua nas unidades pediátricas do
Hospital Geral do Estado Professor Osvaldo Brandão Vilela (HGE). Os objetivos deste projeto são: trabalhar com atividades teatrais, dinâmicas,
brincadeiras diversas, apresentações artísticas, educação em saúde, contar histórias e realização de oficinas de recreação para as crianças;
desenvolver atividades diretamente relacionadas à grade curricular dos membros do projeto, visando seu crescimento acadêmico no âmbito
hospitalar; fornecer apoio aos acompanhantes sobre o quadro clínico da criança, procurando assim diminuir a tensão imposta pelo ambiente
hospitalar. Objetivo: Este trabalho tem por objetivo relatar as experiências vividas pelas acadêmicas de enfermagem dentro do Projeto Acolher. Metodologia: Trata-se de um de relato de experiência das discentes do curso de Enfermagem da Universidade Estadual de Ciências da
Saúde de Alagoas (UNCISAL), do 8º período, durante as visitas realizadas quinzenalmente pelo Projeto Acolher a pediatria do Hospital Geral
do Estado (HGE). Resultados: Ao decorrer das visitas realizadas na pediatria do HGE, juntamente com os demais participantes, conseguimos
colocar em prática os objetivos do projeto e observar o seu proposito para as crianças, pais, acompanhantes, integrantes da equipe de saúde
e membros do acolher. Em todas as visitas são realizadas previamente apresentações teatrais, brincadeiras, escolha de histórias infantis e
é disponibilizado material para pintura. Esses recursos conseguem envolver e fazer uma ótima interação entre a criança e os que assistem
esta, isso é de extrema importância pois a mesma que esta hospitalizada encontra-se em um ambiente totalmente diferente e desconhecido.
O uso de brincadeiras no ambiente hospitalar prepara-os para lidar com esse tipo de experiência, minimizando os danos que esse processo
pode gerar, e preservar a sua saúde emocional. O apoio aos acompanhantes que geralmente são os pais também é de extrema importância
para o processo de recuperação, pois os pais precisam esta bem tanto psicologicamente como fisicamente para poder ajudar e dar apoio as
crianças que ali se encontram. A ludoterapia é uma forma de diminuir o estresse da criança e consequentemente melhora no quadro clinico.
Conclusão: Acreditando na influência da ludoterapia no tratamento de crianças hospitalizadas, conclui-se a importância das brincadeiras e
brinquedos no aspecto fundamental de suas vidas. O brincar favorece, além da diversão, a expressão dos sentimentos e emoções pelo quais
o indivíduo passa. E é brincando que a criança desenvolve o equilíbrio e a reciclagem das emoções vividas, da necessidade de conhecer e
reinventar a realidade, desenvolvendo ao mesmo tempo a atenção, concentração e outras habilidades.
Referências:
LEITE, T.M.C; SHIMO, A.K.K. O brinquedo no hospital: uma análise da produção acadêmica dos enfermeiros brasileiros. Anna Nery Rev.
Enfermagem. v. 11, n. 2, p. 318-324, 2007.
RODRIGUES, A.R. et al. Benefícios do Brinquedo Terapêutico no Cuidado de Enfermagem à Criança Hospitalizada. Netsaber artigos. 2010.
PESQUISA ORIGINAL
ESTRATÉGIAS EDUCATIVAS EM SALA DE ESPERA SOBRE INSUFICIENCIA CARDÍACA (IC) E CUIDADOS COM O MARCAPASSO DEFINITIVO
(MPD) EM AMBULATÓRIO ESPECIALIZADO
AUTORES: Enfa. Christefany Régia Braz Costa, Enfa. Maria Mariana Barros Melo da Silveira, Enfa. Tallita Veríssimo Leal, Enfa. Izabel Cristina Accioly Teles Campello, Enfa. Thaisa Remigio Figueirêdo,
Profa. Dra. Simone Maria Muniz da Silva Bezerra
INSTITUIÇÃO:
1- Pronto-Socorro Cardiológico Universitário de Pernambuco Prof. Luiz Tavares- Universidade de Pernambuco (PROCAPE-UPE)
PESQUISA ORIGINAL – RELATO DE CASO
Introdução: A IC tornou-se um problema de saúde pública com incidência e prevalência elevadas na última década. Esta entidade patológica,
em muitas circunstâncias leva a necessidade de utilização do recurso para estimulação cardíaca artificial, sendo indicado o uso de MPD. A
enfermagem, tendo em vista seu papel educativo e presença significativa nos estabelecimentos de saúde, possui grandes ferramentas na
assistência e orientação a essa demanda de pacientes. Neste contexto, as salas de espera dos serviços públicos têm sido utilizadas como espaços educativos dinâmicos para profissionais de saúde desenvolver as mais diversas atividades, apresentando-se como uma forma produtiva
de ocupar um tempo ocioso, que muitas vezes geram sentimentos negativos em torno do atendimento, além de estimular a participação dos
pacientes nas consultas e atividades propostas. Objetivo: Relatar a experiência de atividades educativas em sala de espera sobre IC e cuidados com o MPD em ambulatório especializado em cardiologia de Pernambuco. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência baseado
na participação em atividade educativas desenvolvidas em um ambulatório especializado que atende pacientes com Insuficiência Cardíaca
(IC), Doenças de Chagas e em uso de MPD. As atividades foram desenvolvidas em sala de espera, com organização do grupo em círculo, facilitada por enfermeiro, e dividida em três momentos principais: 1º) Apresentação do grupo e o tema proposto na atividade e identificação
dos pacientes com crachá em forma de coração; 2º) Desenvolvimento da atividade com estratégia proposta de orientação aos pacientes; e
3º) Fechamento das atividades com avaliação do pacientes e sugestões para os próximos encontros, com distribuição de cartilha informativa.
Entre os temas propostos estavam “Insuficiência cardíaca’’ e “Uso do MPD”. As estratégias utilizadas foram “Jogo de perguntas e repostas
com uso do álbum seriado sobre IC”, “Jogo de perguntas e respostas em pequeno baú com uso de placas vermelhas e verdes” e o “Varal do
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coração”. Foram abordados temas como: funcionamento do coração normal, com IC e os que precisam de MPD; sinais, sintomas, causas e
tratamento de IC; orientações sobre ingesta hídrica e alimentar; funcionamento do MPD; cuidados pré e pós operatórios; medicações, fumo,
álcool, atividade física, vida sexual; e cuidados com o MPD no ambiente social e doméstico. resultados: As metodologias ativas e participativas
possibilitaram o levantamento de questionamentos e problematizações da vivência do pacientes com total participação, trazendo experiências da sua própria saúde, desmistificando situações e dúvidas. Conclusões: As intervenções desenvolvidas pelo enfermeiro na sala de espera, orientando-se por uma postura dialógica e participativa, e ainda, levando em conta o aprendizado a partir da realidade, constituem uma
valiosa ferramenta na promoção da saúde através de ações de educação em saúde permitindo o estímulo à tomada de decisão e autocuidado.
PESQUISA ORIGINAL
Título: CONSTRUÇÃO DE MAPAS CONCEITUAIS COMO RECURSO PARA APRENDIZAGEM: UM RELATO DE CASO
Autores: Ac. Havany Thayany Pereira Ramalho, Ac. Leiliandry de Araújo Melo, Ac. Leylane de Araújo Melo, Ac. Marinho da Silva Correia,
Ac. Morgana Valesca de Melo Bezerra, Profª. Fabiana Ferreira Cunha (Orientadora).
Instituições: 1 – Faculdade de Enfermagem da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas,
2 – Curso Técnico de Enfermagem Nova Dimensão.
Introdução: Os mapas conceituais são diagramas usados para representar conceitos e suas relações entre si. Traduzem o significado e as
relações significativas, sem contudo determinar uma sequência ou hierarquização, sendo isso o que os diferencia de diagramas de fluxos e
orgonogramas1. A teoria cognitiva da aprendizagem de David Ausubel é que fundamenta teoricamente os mapas conceituais. Para a aprendizagem usando esse recurso ser significativa, precisa que os novos conceitos sejam ancorados nos significados preexistentes do indivíduo1,2.
Essas novas informações vão interagindo e se diferenciando progressivamente. Atualmente, os mapas conceituais estão sendo utilizados
como recurso para aprendizagem por esses motivos: permitem que o estudante represente o que aprendeu, não importando se está certo
ou errado, mas se existe evidências de que o aluno aprendeu significativamente o conteúdo2. Desta forma, o professor deve procurar interpretar a informação dada pelo aluno naquele mapa conceitual, procurando encontrar se há relação entre os conceitos expostos 1. A matriz
curricular dos novos cursos, inclusive os da área da saúde, tem incorporado a teoria cognitiva de aprendizagem como recurso para avaliar o
conhecimento do aluno. Objetivo: Caracterizar a construção de mapas conceituais como recurso para aprendizagem. Metodologia: Trata-se
de um relato de experiência de acadêmicos de Enfermagem da Universidade de Ciências da Saúde de Alagoas – UNCISAL durante atividade
realizada em uma disciplina da matriz curricular. O professor da disciplina deixou que cada grupo escolhesse um tema sobre o qual os alunos
iriam formar novos significados e montar o mapa conceitual. O tema escolhido foi o uso indevido do jaleco. Assim, artigos científicos foram
selecionados para embasar teoricamente a formação desses conceitos. Para indicação das relações existentes, foram utilizadas setas. Resultados: O grupo encontrou um pouco de dificuldade para retirar dos artigos os conceitos necessários, pois era a primeira vez que os alunos
se depararam com tal atividade. Porém, a construção do mapa conceitual trouxe nova oportunidade de aprendizado para os alunos que
puderam conhecer a relação do uso indevido do jaleco com o processo saúde-doença, a origem da biossegurança, a relação dos EPIs com o
risco biológico, e claro, as medidas de segurança para o trabalhador usuário deste jaleco. Conclusões: A construção dos mapas conceituais
permite aos indivíduos conhecer todos os conceitos que se relacionam com o assunto estudado, podendo explorar os aspectos desde a sua
origem, sendo esta uma forma de ampliar a aprendizagem. Referências: 1)Moreira MA. Mapas conceituais e aprendizagem significativa. Revista Chilena de Educação Científica. 2005; 4(2): 38-44. 2) Tavares R. Construindo mapas conceituais. Ciências & Cognição. 2007; 12: 72-85.
PESQUISA ORIGINAL
ESTRATÉGIAS DE ENSINO-APRENDIZAGEM COMO RECURSO DIDÁTICO: USO DA METODOLOGIA DA PROBLEMATIZAÇÃO:
UM RELATO DE CASO
Autores: Ac. Havany Thayany Pereira Ramalho, Ac. Leiliandry de Araújo Melo, Ac. Leylane de Araújo Melo, Ac. Morgana Valesca de Melo
Bezerra, Ac. Thalita Marques de Mesquita, Profª. Fabiana Ferreira Cunha (Orientadora).
Instituições: 1 – Faculdade de Enfermagem da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas,
2 – Curso Técnico de Enfermagem Nova Dimensão.
Forma de apresentação: Oral
Relato de experiência
Resumo:
Introdução: A problematização tem sua origem nos trabalhos de Paulo Freire que enfatizou a necessidade dos estudos serem baseados nos
problemas reais. Esses problemas trazem variadas contradições e com isso exigem do indivíduo uma investigação e análise crítica da situação1. Dentro desse modelo construtivista da educação, a Metodologia da Problematização (MP) utiliza o método do arco para destrinchar um
problema. Este método é composto de cinco etapas: observação da realidade, caracterização dos pontos chaves, teorização, hipótese de soCARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM
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lução e aplicação na prática. Esta técnica permite ao indivíduo identificar um problema a partir da observação da realidade e propor soluções
para ele, diferente de outros métodos que elencam para a pessoa qual o problema, esperando do aluno o planejamento2. Atualmente, na
busca para formar profissionais cada vez mais críticos, algumas disciplinas na graduação já adotam a MP. Elas buscam desenvolver o potencial
humano aproveitando o conhecimento prévio que ele possui. Deseja ainda, definir como os estudantes devem aprender e que habilidade
cognitivas e afetivas precisam ser adquiridas1,2. Objetivo: Caracterizar o uso da metodologia da problematização como recurso didático
de ensino-aprendizagem.. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência de acadêmicos de Enfermagem da Universidade de Ciências da
Saúde de Alagoas – UNCISAL durante atividade realizada em uma disciplina da matriz curricular. O professor da disciplina deixou que cada
grupo escolhesse um tema sobre o qual os alunos iriam problematizar. Foi sugerida a utilização do método do arco para nortear a construção
do problema. Resultados: A MP exigiu que o aluno buscasse a essência do problema, procurando nas suas raízes respostas, instigando-o a
exercer sua reflexão crítica e transformadora da realidade. Para construção do trabalho, o grupo precisou discutir as opiniões divergentes e
chegar a um consenso. Isso, além de contribuir para formação crítica do indivíduo, ajudou no processo de análise de pontos de vistas diferentes. O que é fundamental para formação de opiniões. Conclusões: A Metodologia da Problematização garante um meio para que o indivíduo
desenvolva sua reflexão crítica e capacite seu potencial humano.
Referências: 1) Cyrino EG, Pereira MLT. Trabalhando com estratégias de ensino-aprendizado por descoberta na área da saúde: a problematização e a aprendizagem baseada em problemas. Cad. Saúde Pública. 2004; 20(3):780-788. 2) Silva WB, Delizoicov D. Problemas e problematizações: implicações para o ensino dos profissionais da saúde. Ensino, Saúde e Ambiente. 2008; 1(2): 4-28.
PESQUISA ORIGINAL DE REVISÃO
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A CRIANÇAS COM CARDIOPATIAS CONGÊNITAS: REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA
Luana Tainá Melo Santos, Enf. Lidiane Ferreira Santos Figueredo, Ana Caroline Lopes Macedo Veríssimo, Thaiany Fernandes da Silva, Prof.
José Gilmar Costa de Souza Júnior (Orientador)
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Enfermeiros. Pós-graduandos em Cardiologia e Hemodinâmica do IDE Cursos/Faculdade Redentor
Enfermeira. Pós-graduanda em Saúde da Mulher do IDE Cursos/Faculdade Redentor
Enfermeiro. Especialista em Saúde da Mulher. Mestrando em Saúde Pública do CPqAM/FIOCRUZ.
Introdução:A maioria das Malformações Cardíacas Congênitas surge devido aembriogênese defeituosa durante o período gestacional da
terceira semana até a oitava semana, fase em que estão desenvolvendo as estruturas cardiovasculares. As Malformações mais graves podem
ser incompatíveis com a sobrevida intra-uterina e outras detectadas após o nascimento. Constituem exemplos deste grupo de cardiopatias a
comunicação interventricular (CIV), o defeito septal atrioventricular, a comunicação interatrial (CIA) e a persistência do canal arterial. Podem
ser consideradas de apresentação “tardia”, como a tetralogia de Fallot e as estenoses aórtica ou pulmonar não críticas (Zielinsky, 1997). Objetivo:Apresentar uma revisão integrativa da literatura relacionada a assistência de enfermagem (SAE), direcionada a pacientes acometidos
por cardiopatias congênitas, nos últimos 10 anos.Métodologia:Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, onde se realizou uma busca
na BDENF. Após a seleção dos artigos, foi iniciada uma segunda fase, onde houve leitura direta de todos os produtos científicos, em busca
da temática de interesse. Foram considerados artigos relacionados, todos que relacionassem a assistência de enfermagem no tratamento
de pacientes com cardiopatias congênitas. A análise e síntese dos dados extraídos dos artigos foram realizadas de forma descritiva.Resultados:Considerando os critérios de inclusão, foram selecionados para a leitura, 10 artigos na BDENF, onde se seguiu a leitura dos mesmos.
Com produto das leituras, pudemos identificar que 60% dos artigos estavam relacionados à assistência direta de enfermagem, enquanto
40% estava relacionado ao papel do enfermeiro na condução da assistência às crianças portadoras de cardiopatias congênitas pelos pais e/
ou responsáveis. Também pudemos identificar os principais diagnósticos de enfermagem encontrados nos artigos, como se segue: Déficit no
autocuidado, déficit do conhecimento sobre a doença, rompimento no vínculo familiar, risco para alteração da temperatura, FC, PA e ritmo
cardíaco, risco para alteração no padrão respiratório, risco para aspiração, risco para infecção, risco para diminuição do débito cardíaco, risco
para alteração do padrão urinário, risco para alteração do padrão intestinal, risco para alteração da integridade da pele e risco para alteração
no metabolismo da glicose.Conclusões:A assistência de enfermagem à criança cardiopata deve ser planejada e implementada da forma mais
precoce possível, já que possui elevado risco de complicações que possam resultar em óbito. Esta assistência deve contemplar as crianças
cardiopatas do ambiente hospitalar ao ambiente familiar. Desta maneira é essencial que o enfermeiro possua ferramentas com base nas mais
recentes evidências científicas, como facilitadoras de seu trabalho para que possa contribuir qualitativamente na condição de saúde e quantitativamente na diminuição da mortalidade neonatal e infantil.
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PESQUISA ORIGINAL DE REVISÃO
ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM NO CHOQUE HIPOVOLÊMICO
Ana Caroline Lopes Macedo Veríssimo, Luana Tainá Melo Santos, Enf. Ícaro Rafael Sampaio Omena Costa, Enf. Lidiane Ferreira Santos
Figueredo, Prof. José Gilmar Costa de Souza Júnior (Orientador)
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Enfermeiros. Pós-graduandos em Cardiologia e Hemodinâmica do IDE Cursos/Faculdade Redentor
Enfermeiro. Especialista em Saúde da Mulher. Mestrando em Saúde Pública do CPqAM/FIOCRUZ.
Introdução: Segundo Martins et al. (2012), choque é uma síndrome caracterizada pela incapacidade do sistema circulatório de fornecer oxigênio aos tecidos, levando à disfunção orgânica. A redução na oferta de oxigênio pode ser relativa ou absoluta, desencadeando metabolismo
anaeróbio. Sendo assim, choque não deve ser entendido apenas por hipotensão arterial, e sim por uma inadequada perfusão tecidual (SILVA,
GARRIDO E ASSUNÇÃO, 2001). Marsonet al. (1998), diz que ocorre ativação do sistema nervoso simpático, com aumento da frequência e
contratilidade cardíaca, liberação de catecolaminas, vasopressinas e angiotensina; direcionando o fluxo sanguíneo para o cérebro e coração.
Marsonet al. (1998), descreve choque hipovolêmico como o tipo mais comum em pacientes vítimas de traumas. Podendo estar associado à
história de hematêmese, melena, diarréia e vômitos (FELICE et al., 2011). O diagnóstico precoce do choque e a instituição de terapêutica interferem na morbi-mortalidade dos pacientes (MARSON et al. 1998). Objetivo:Categorizar a produção científica da enfermagem relacionada
ao choque hipovolêmico em artigos publicados no Brasil em periódicos entre os anos de 2000 a 2014.Métodologia:Trata-se de uma revisão
integrativa da literatura, onderealizou-se uma busca nas seguintes bases de dados: LILACS, Medlinee BDENF. Foram utilizados, para busca
dos artigos, os seguintes descritores: “Choque”, “Hipovolêmico” e “Enfermagem”. A análise e síntese dos dados extraídos dos artigos foram
realizadas de forma descritiva.Resultados:Considerando os critérios da primeira fase, foram selecionados para a leitura, 171 resumos no MEDLINE, 08 na LILACS, 05 no BDENF.Destacamos que após a aplicação dos critérios de exclusão, mesmo com a definição de um marco de tempo
de 14 anos, restaram apenas 02 artigos com condutas atualizadas, onde realizamos leitura extremamente criteriosa para obter o objetivo
traçado. Foram condutas consideradas importantes no trabalho do enfermeiro diante de um paciente em choque hipovolêmico: Avaliação de
temperatura e cor da pele, avaliação de frequência cardíaca e ritmo cardíaco, avaliação de pressão arterial e pulso, observação de tempo de
enchimento capilar, monitorização da perfusão de órgãos alvo, estímulo a conduta laboratorial e monitorização hemodinâmica. Conclusões:
Destacamos a importância do profissional enfermeiro na atuação diante do choque hipovolêmico, em função de sua habilidade observacional
e capacidade de sistematizar o cuidado ao paciente, inclusive em situações de urgência e emergência. Nosso estudo contribuiu, sobretudo,
como um alerta a comunidade científica na enfermagem, que não está produzindo cientificamente uma atuação baseada em evidências científicas recentes, restringindo suas condutas a conhecimentos antigos e/ou embasados em protocolos realizados por outros profissionais da
saúde. Limitando a possibilidade de novas descobertas na assistência de enfermagem, com suas características e ciência própria.
PESQUISA ORIGINAL DE REVISÃO
CARDIOMIOPATIA PERIPARTO: UMA REVISÃO INTEGRATIVA.
Enf. ThacyanaMichely Gomes da Silva, Enf. Rafaella Souza de Lima Teófilo, Enf. Synesio Brandão de Miranda Junior, Enf. Thaiany Fernandes da Silva, Enf. Marcela Vieira Merencio Ramos, Prof. José Gilmar Costa de Souza Júnior (Orientador)
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Enfermeiros. Pós-graduandos em Cardiologia e Hemodinâmica do IDE Cursos/Faculdade Redentor
Enfermeiro do Hospital da Visão de Pernambuco. Discente do MBA em serviços de saúde e Gestão
Hospitalar da Universidade de Pernambuco.
Enfermeira. Pós-graduanda em Saúde da Mulher do IDE Cursos/Faculdade Redentor
Enfermeira. Pós-graduanda em UTI Geral com Ênfase em UTI do IDE Cursos/Faculdade Redentor
Enfermeiro. Especialista em Saúde da Mulher. Mestrando em Saúde Pública do CPqAM/FIOCRUZ.
Introdução:A cardiomiopatia periparto é um tipo de doença cardíaca idiopática que leva à insuficiência cardíaca durante o período periparto,
geralmente em mulheres jovens, previamente saudáveis, caracterizada por dilatação e distúrbio da contratilidade ventricular. Trata-se de condição rara, por ocorrer no intervalo de 1:3.000 a 1:15.000 gestações (Santos, 2004).Objetivo:Apresentar uma revisão integrativa da literatura
que aponte as mais novas evidências científicas sobre a cardiomiopatia periparto, nos últimos 10 anos.Métodologia:Trata-se de uma revisão
integrativa da literatura. A pesquisa bibliográfica é uma das melhores formas de iniciar um estudo científico, com o propósito geral reunir
conhecimentos sobre um tópico, ajudando nas fundações de um estudo significativo para as áreas da saúde, tarefa crucial para os pesquisadores (Carvalho, Silva e Souza, 2010). Para o levantamento dos artigos na literatura, realizou-se uma busca nas seguintes bases de dados:
Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Medical LiteratureAnalysisandRetrievalSistem on-line (Medline).Na
primeira fase da metodologia, foram utilizados, para busca dos artigos, os seguintes descritores: “Cardiomiopatia”, “Periparto”. E suas combinações em inglês, espanhol e português, entre 2004 e 2014. Resultados: No cruzamento dos descritores, encontramos 27 artigos no LILACS e
37 artigos no Medline. Na aplicação dos critérios de inclusão, chegamos a 19 artigos no todo, onde procedemos com a fase da leitura dos mesCARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM
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mos: 03 na língua portuguesa, 02 na língua espanhola e 14 na língua inglesa. Destacamos que dos artigos selecionados, 47,36% eram estudos
de caso. Categorizamos os achados em: Novos Diagnósticos Utilizados e Novos Tratamentos Utilizados. No quesito diagnóstico: Atualmente
são utilizadas como ferramentas diagnósticas: Ressonância nuclear magnética cardíaca, tomografia computadorizada, monitorização cardíaca
não invasiva, biópsia (para diagnóstico post-mortem) e ecocardiografia, sendo este último, o mais importante, sendo reportado em 52,63%
dos artigos. No quesito tratamento: Há sucessos comprovados com bloqueio neuro-hormonal, redução da pré e pós carga cardíaca, suporte
inotrópico, inserção de desfibrilador cardioversor implantável, transplante cardíaco e mais frequentemente citado a terapêutica trombolítica. Conclusões:Consideramos a grade relevância deste estudo para a prática multiprofissional dos profissionais de emergência, cardiologia
e obstetrícia, por oferecer subsídios atualizados para o diagnóstico e tratamento de pacientes portadoras de cardiomiopatia periparto. Em
virtude de ser uma patologia rara, com informação restrita em nossa literatura. Destacamos a necessidade do estudo aprofundado destes
casos no Brasil, principalmente no tocante ao diagnóstico precoce, causas e manifestações clínicas características e seus fatores associados,
ainda pouco descritos na literatura estudada.
PESQUISA ORIGINAL DE REVISÃO
DESENVOLVIMENTO DO AUTOCUIDADO EM PORTADORES DE INSUFICIÊNCIA CARDÍACA: UMA REVISÃO INTEGRATIVA (2004-2014).
Enf. Rafaella Souza de Lima Teófilo, Enf. Ícaro Rafael Sampaio Omena Costa, Ana Caroline Lopes Macedo Veríssimo, ThacyanaMichely
Gomes da Silva, Enf. Marcela Vieira Merencio Ramos, Prof. José Gilmar Costa de Souza Júnior (Orientador)
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Enfermeiros. Pós-graduandos em Cardiologia e Hemodinâmica do IDE Cursos/Faculdade Redentor
Enfermeira. Pós-graduanda em UTI Geral com Ênfase em UTI do IDE Cursos/Faculdade Redentor
Enfermeiro. Especialista em Saúde da Mulher. Mestrando em Saúde Pública do CPqAM/FIOCRUZ.
Introdução: A Insuficiência Cardíaca (IC) é um dos principais problemas de saúde pública em todo o mundo, apesar de todo o avanço clínico e
tecnológico alcançado nas últimas décadas, advindos de um melhor conhecimento fisiopatológico (Nascimento et. al., 2013). Verifica-se que
os números de internações continuam a crescer, aumentando assim os custos hospitalares com as pessoas acometidas por esta enfermidade
(ALITI et. al. 2006). Objetivo:Apresentar uma revisão integrativa da literatura relacionada a práxis do desenvolvimento de uma assistência
focada no autocuidado direcionada a pacientes portadores de insuficiência cardíaca congestiva, nos últimos 10 anos. Métodologia:Trata-se
de uma revisão integrativa da literatura, onde realizou-se uma busca nas seguintes bases de dados: Literatura Latino-Americana e do Caribe
em Ciências da Saúde (LILACS) e Bases de Dados de Enfermagem (BDENF), nos últimos 10 anos.Após a seleção dos artigos, foi iniciada uma
segunda fase, onde houve leitura direta de todos os produtos científicos, em busca da temática de interesse. Foram considerados como
objeto de estudo, todos os artigos que relacionassem o tratamento ao paciente portador de insuficiência cardíaca com a atuação direta dos
profissionais de saúde na prática do autocuidado. A análise e síntese dos dados extraídos dos artigos foram realizadas de forma descritiva.
Resultados: Considerando os critérios de inclusão, foram selecionados para a leitura, 16 artigos na LILACS, e 01 no BDENF, totalizando: 17
artigos. O produto das leituras foi categorizado por categorias profissionais, onde em 100% dos artigos apontavam a atuação do enfermeiro
nas técnicas de estímulo ao autocuidado, inclusive com escalas de mensuração. Somente 20% dos artigos relacionaram a prática do médico. E
os demais profissionais de saúde, definidos na metodologia, não foram citados como profissionais que desenvolvem técnicas que norteiam o
autocuidado de pacientes com insuficiência cardíaca. Conclusões: Considerando que a insuficiência cardíaca é uma síndrome clínica, caracterizada por alta mortalidade, frequente hospitalização, déficit de qualidade de vida e exige de seus portadores um rigoroso regime terapêutico.
Identificamos nesta revisão, que estas problemáticas provocam nos portadores da patologia uma gradual perda da capacidade de se cuidar.
E que principalmente os enfermeiros, vem desenvolvendo com evidências científicas as melhores estratégias de estímulo as práticas do autocuidado, destacando-se na comunidade científica, como categoria que mais produz cientificamente sobre o assunto e garantindo uma melhor
qualidade de vida a estes pacientes. Contribuímos com esta pesquisa com uma sinalização de que estudos que envolvam esta temática, sejam
ainda mais aprofundados por enfermeiros, e ainda mais por outras categorias da saúde, que apareceram pouco ou foram inexistentes, em em
todo nosso processo metodológico.
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PESQUISA ORIGINAL DE REVISÃO
MIOCARDITE EM PACIENTES COM HIV/AIDS
Thaiany Fernandes da Silva, Luana Tainá Melo Santos, Enf. Lidiane Ferreira Santos Figueredo, Enf. Rafaella Souza de Lima Teófilo, Enf.
Marcela Vieira Merencio Ramos, Prof. José Gilmar Costa de Souza Júnior (Orientador)
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Enfermeira. Pós-graduanda em Saúde da Mulher do IDE Cursos/Faculdade Redentor
Enfermeiras. Pós-graduandas em Cardiologia e Hemodinâmica do IDE Cursos/Faculdade Redentor
Enfermeira. Pós-graduanda em UTI Geral com Ênfase em Gestão de UTIdo IDE Cursos/Faculdade Redentor
Enfermeiro. Especialista em Saúde da Mulher. Mestrando em Saúde Pública do CPqAM/FIOCRUZ.
Introdução: As miocardites são importantes causas de morte súbita e inesperada em adultos com menos de 40 anos de idade. Têm etiologia diversa e sua fisiopatologia envolve a ativação prolongada das imunidades celular e humoral. Seu curso geralmente é assintomático ou
insidioso, havendo considerável dificuldade no estabelecimento do diagnóstico, devido à inespecificidade de seu quadro clínico e à baixa
sensibilidade dos exames complementares. O tratamento é basicamente suportivo e direcionado às possíveis complicações ou às causas de
base. Possuem prognóstico variável, dependendo da causa-base, sendo pior nas doenças sistêmicas e na infecção pelo HIV (Figueiredo et.
al. 2005).Objetivo:Apresentar uma revisão integrativa da literatura relacionada aprevalência de casos de miocardites em pacientes com HIV/
AIDS, nos últimos 10 anos.Métodologia:Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, onde realizou-se uma busca nas seguintes bases de
dados: LILACS e Medline.Na primeira fase da metodologia, foram utilizados, para busca dos artigos, os seguintes descritores: “Miocardite”,
“HIV” e “Prevalência”. E suas combinações em inglês, espanhol e português, entre 2004 e 2014. A análise e síntese dos dados extraídos dos artigos foram realizadas de forma descritiva.Resultados: No cruzamento dos descritores, apenas 01 artigo estava em português, os demais em
inglês. Identificamos as correlações do evento de interesse em artigos publicados na Inglaterra, Polônia, África do Sul, Índia, Itália e Estados
Unidos. Em estudo realizado na Itália, a miocardite foi identificada em 40-52% pacientes autopsiados que morreram de AIDS, sem tratamento
prévio com TARV. Dos pacientes que apresentavam alguma miocardiopatia, 83% tiveram a miocardite identificada em estudos histológicos.
Na coorte da África do Sul, foi identificado que a miocardite aguda estava presente em 21% dos casos de cardiomiopatia associada ao HIV. O
estudo polonês associa a miocardite a diversos agentes oportunistas no HIV: fungos, bactérias e toxoplasma. Além disso, relacionam a hipovitaminose como causadora da endocardite trombótica. Na Índia, A introdução de regimes de TARV, ao impedir infecções oportunistas, reduziu
incidência de miocardite associada ao HIV em cerca de 30%. Nos Estados Unidos, a zidovudina está associada com a inibição da replicação do
DNA mitocondrial que pode contribuir para a disfunção das células do miocárdio. Estudos no Brasil e na Inglaterra, chamam a atenção para
a incidência de miocardites na associação de pacientes com HIV/Aidsco-infectados com Doença de Chagas. Conclusões:Em todo o mundo, os
estudos das manifestações cardíacas em pacientes com HIV/Aids, ganham destaque na comunidade científica, por elevar a mortalidade desse
grupo de pacientes. Além de apontarem os principais agentes etiológicos responsáveis pelas infecções oportunistas de tecido cardíaco e dos
efeitos colaterais no sistema cardiovascular causados pelo uso da TARV (terapia antirretroviral).
PESQUISA ORIGINAL DE REVISÃO
SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A PACIENTES ACOMETIDOS POR ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO (AVE)
Enf. Marcela Vieira Merencio Ramos,Enf. Lidiane Ferreira Santos Figueredo, Enf. Ícaro Rafael Sampaio Omena Costa, Enf.ThacyanaMichely Gomes da Silva, Enf. Synesio Brandão de Miranda Junior, Prof. José Gilmar Costa de Souza Júnior (Orientador)
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Enfermeira. Pós-graduanda em UTI Geral com Ênfase em UTI do IDE Cursos/Faculdade Redentor
Enfermeiros. Pós-graduandos em Cardiologia e Hemodinâmica do IDE Cursos/Faculdade Redentor
Enfermeiro do Hospital da Visão de Pernambuco. Discente do MBA em serviços de saúde e
Gestão Hospitalar da Universidade de Pernambuco.
Enfermeiro. Especialista em Saúde da Mulher. Mestrando em Saúde Pública do CPqAM/FIOCRUZ.
Introdução:O acidente vascular encefálico (AVE) é uma das doenças mais comuns nos serviços de emergência, corresponde a uma das três
principais causas de mortalidade no mundo. Somente nos EUA e é responsável por um custo médio de 19 bilhões de dólares/ano no que diz
respeito a perda de produtividade e despesas médicas secundárias a sua morbidade (Braga, Alvarenga e Neto, 2013). Objetivo:Apresentar
uma revisão integrativa da literatura relacionada a práxis do desenvolvimento dasistematização da assistência de enfermagem (SAE), direcionada a pacientes acometidos por acidente vascular encefálico, nos últimos 10 anos. Metodologia:Trata-se de uma revisão integrativa da
literatura, onde realizou-se uma busca nas seguintes bases de dados: Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS)
e Bases de Dados de Enfermagem (BDENF).Na primeira fase da metodologia, foram utilizados, para busca dos artigos, os seguintes descritores na língua portuguesa: “cuidados de Enfermagem” e “Acidente Vascular Cerebral”.Ou “cuidados de enfermagem” e “AVC”. Nos últimos
10 anos.Após a seleção dos artigos, realizamos a leitura direta de todos os produtos científicos, no intuito de categorizar os resultados. A
análise e síntese dos dados extraídos dos artigos foram realizadas de forma descritiva.resultados:Considerando os critérios de inclusão, foram
selecionados, 13 artigos na LILACS, e 16 no BDENF, totalizando: 19 artigos.Realizamos a leitura de todos os artigose o produto das leituras foi
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Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(1):
categorizado por tipo de cuidado realizado por enfermeiro frente ao AVE: 63,15% estava relacionado ao cuidado domiciliar, 10,52% a cuidados preventivos, 10,52% a Sistematização da Assistência de Enfermagem e 15,78% identificação de sintomatologia apresentada por pacientes
com AVE.Conclusões:Considerando que a reabilitação é uma das mais importantes funções dos profissionais de enfermagem, identificamos
que a maior parte dos estudos relacionados ao acidente vascular cerebral direciona para o cuidado do paciente sequelado do acidente vascular encefálico. Entretanto, ao realizarmos esta pesquisa integrativa, destacamos a necessidade de mais estudos da práxis do enfermeiro de
forma sistematizada para o tratamento hospitalar dos pacientes com AVCI, AVCH e dos portadores de patologias que possam desencadear
este fenômeno.
PESQUISA ORIGINAL DE REVISÃO
SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A PACIENTES SUBMETIDOS À CIRURGIA CARDÍACA: CONTRIBUIÇÕES DA CIÊNCIA
PARA O DIRECIONAMENTO DO CUIDADO.
Enf. Ícaro Rafael Sampaio Omena Costa, Enf. Rafaella Souza de Lima Teófilo,ThacyanaMichely Gomes da Silva, Enf. Synesio Brandão de
Miranda Junior,Prof. José Gilmar Costa de Souza Júnior (Orientador)
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Enfermeiros. Pós-graduandos em Cardiologia e Hemodinâmica do IDE Cursos/Faculdade Redentor
Enfermeiro do Hospital da Visão de Pernambuco. Pós-graduando do MBA em serviços de saúde e
Gestão Hospitalar da Universidade de Pernambuco.
Enfermeiro. Especialista em Saúde da Mulher. Mestrando em Saúde Pública do CPqAM/FIOCRUZ.
Introdução: O avanço na cirurgia cardíaca ampliou o desenvolvimento dos cuidados de enfermagem para os pacientes com doenças cardiovasculares, uma vez que a assistência de enfermagem possui papel fundamental na recuperação desses pacientes, em todos os períodos,
com destaque para o pós-operatório, quando intervém objetivando prevenir ou tratar complicações para o paciente, fundamentando-se num
processo sistematicamente planejado do cuidar (Galdeano e Rossi, 2002; Rocha, Maia e Silva LF, 2006).Por tais motivos, resta demonstrar o
quão imprescindível é a implantação da Assistência de Enfermagem (SAE), regulamentada na Resolução COFEN nº 358/2009, nas instituições
de saúde, já que colabora para a organização do cuidado, tornando possível a operacionalização do processo de enfermagem, e dessa forma,
um cuidado mais seguro ao paciente (Malucelli, 2010; Fonseca e Penich, 2009).Objetivo: Apresentar uma revisão integrativa da literatura relacionada a práxis do desenvolvimento dasistematização da assistência de enfermagem (SAE), direcionada a pacientes submetidos a cirurgia
cardíaca, nos últimos 10 anos. Métodologia: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, ondese realizou uma busca nas seguintes bases
de dados: LILACS e BDENF. Os descritores usados foram:“Cirurgia Cardíaca” e “Enfermagem”, para artigos publicados e indexados nos nos
últimos 10 anos.Após a seleção dos artigos, devido aos descritores terem tornado a pesquisa muito genérica, foi necessário incrementá-la
com mais um descritor: “sistematização”. A análise dos estudos selecionados, em relação ao delineamento de pesquisa, pautou-se em Polit,
onde a análise e síntese dos dados extraídos dos artigos foram realizadas de forma descritiva.Resultados: Foram selecionados185 artigos.
Nesta fase, para especificar ainda mais a pesquisa, acrescemos o descritor “sistematização”, os quais foram selecionados para leitura, com o
máximo rigor de direcionamento. O produto das leituras foi categorizado por estratégias de sucesso na criação e aplicação da Sistematização
da Assistência de Enfermagem. Todos os artigos (de 2001 à 2008), foram de natureza descritiva e exploratória e apontaram, entre os mais importantes pontos de uma sistematização da assistência de enfermagem direcionada especificamente aos pacientes submetidos a cirurgia cardíaca a comunicação entre o enfermeiro e o paciente no período perioperatório.Conclusões: Considerando que pacientes que se submetem
a cirurgia cardíaca necessitam de cuidados cada vez mais específicos em virtude da complexidade do procedimento ao qual se submeteram,
identificamos que a produção científica a cerca do assunto, não deve limitar-se a identificar pontos de fácil compreensão na prática profissional e sim encontrar meios para aprofundar o conhecimento das reais necessidades dos pacientes nestas condições para que a segurança
durante os períodos de pré, trans e pós operatórios seja garantida com uma prática baseada em evidências científicas.
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Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(1):
MANIFESTAÇÕES VISUAIS NAS SÍNDROMES HIPERTENSIVAS NA GESTAÇÃO (SHG): UMA REVISÃO INTEGRATIVA (2000 à 2014)
Enf. Synesio Brandão de Miranda Junior, Enf. Thaiany Fernandes da Silva, Enf. Luana Tainá Melo Santos, Ana Caroline Lopes Macedo Veríssimo, Prof. José
Gilmar Costa de Souza Júnior (Orientador)
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Enfermeiro do Hospital da Visão de Pernambuco. Discente do MBA em serviços de saúde e Gestão Hospitalar da Universidade de Pernambuco.
Enfermeira. Pós-graduanda em Saúde da Mulher do IDE Cursos/Faculdade Redentor
Enfermeiras. Pós-graduandas em Cardiologia e Hemodinâmica do IDE Cursos/Faculdade Redentor
Enfermeiro. Especialista em Saúde da Mulher. Mestrando em Saúde Pública do CPqAM/FIOCRUZ.
INTRODUÇÃO: No acompanhamento da mulher no ciclo gravídico-puerperal no Brasil, devem-se direcionar as atenções em especial às síndromes hipertensivas relacionadas à gestação, por ser um indicador determinante para a qualidade da assistência a saúde da mulher e por possuir forte relação com
a incidência em morte materna, que varia de acordo com a região do país (Assis, Viana e Rassi, 2008).É mister identificar determinadas manifestações
que estão relacionadas a doenças pré-existentes, pois estas podem vir a serem acentuadas nestas condições. As manifestações visuais são indicativas de
complicações relacionadas às síndromes hipertensivas na gestação, em especial a pré-eclâmpsia, tornando-se de grande relevância para o diagnóstico
precoce e diminuição da mortalidade materna por hipertensão (NHBPE, 2000).OBJETIVO: Apresentar a relevância que as manifestações visuais desempenham em artigos publicados no Brasil em periódicos entre os anos de 2000 a 2014, que abordam as síndromes hipertensivas na gestação. MÉTODOLOGIA:
Trata-se de uma revisão integrativa da literatura. Para o levantamento dos artigos na literatura, realizou-se uma busca nas seguintes bases de dados:
LILACS, MEDLINE e BDENF.Foram utilizados, para busca dos artigos, os seguintes descritorese suas combinações nas línguas portuguesa: “Síndromes”,
“Hipertensivas”, “Gestação”. Em seguida aplicamos critérios de inclusão e exclusão. Após a seleção dos artigos, foi iniciada uma segunda fase, onde houve leitura direta de todos os produtos científicos. A análise e síntese dos dados extraídos dos artigos foram realizadas de forma descritiva.RESULTADOS:
Considerando os critérios de inclusão, foram selecionados para a leitura, 48 artigos na LILACS, 06 da MEDLINE e 06 no BDENF, totalizando: 60 artigos. Em
seguida, considerando os critérios de inclusão e exclusão, restaram 39. O produto das leituras foi categorizado de acordo com a citação das manifestações,
que estavam relacionadas à complicações da pré-eclâmpsia e iminência de eclâmpsia: 02 artigos relacionaram escótomas, 01 relacionou fósfenas, 01
artigo a visão embassada, 01 artigo relacionou amaurose e 03 artigos relacionaram a manifestações visuais em geral. CONCLUSÕES: Em todos os artigos
selecionados, as manifestações visuais se mostraram presentes em complicações das síndromes hipertensivas da gestação. Em especial à pre-eclâmpsia
e iminência de eclampsia, devendo ser uma manifestação utilizada como critério diagnóstico para estes quadros patológicos. Esta pesquisa integrativa,
que se configura como o método mais fidedigno de revisão bibliográfica, embasa em evidências científicas a prática assistencial, contribuindo nos campos
da cardiologia, oftalmologia, enfermagem e obstetrícia. Destacamos por fim, a necessidade da ampliação dos estudos que relacionem as manifestações
visuais com as SHG, em especial os ensaios clínicos randomizados, para uma prática assistencial cada vez mais segura aos pacientes.
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11 -
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