jornada uva

Transcrição

jornada uva
A importância da doença periodontal na
Inflamação subclínica
Fumo
Osteoporose
Fatores
genéticos
AIDS
Fatores de risco
Diabetes
Síndrome de Down
Doença Periodontal
Prematuros de baixo peso
DII
Homeostasia sistêmica
Doenças coronarianas
Artrite reumatóide
Inflamação subclínica

Pode ser mensurada pela presença de
biomarcadores que incluem as citocinas,
adipocinas, chemocinas, marcadores de
inflamação derivados de hepatócitos,
marcadores de conseqüência da inflamação
e enzimas.
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Inflamação subclínica

Tais biomarcadores podem influenciar
inflamações co-existentes, podendo ser o
elo entre as doenças periodontais e as
alterações sistêmicas.
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5
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6
Doença periodontal
Sobre qual doença periodontal
estamos falando??????
Gengivite
Periodontite
agressiva
crônica
CONSULTA INICIAL
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EXAME RADIOGRÁFICO
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13
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14
14
Periodontite faz mal para a saúde?
A infecção ou a reação inflamatória?
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Uma doença do hospedeiro?
Definições:
 Em ecologia, chama-se hospedeiro a um
organismo que se encontra ou que pode ser
infectado por um parasita.
 Doença é a perda da homeostasia corporal,
total ou parcial, estado este que pode cursar
devido a infecções, inflamações, etc.
16
Definições


Infecção é todo processo inflamatório no qual
exista um agente infeccioso. Os agentes
infecciosos, na maioria das vezes, são seres
microscópicos tais como vírus, bactérias, fungos,
parasitas(muitos macroscópicos), virions e prions.
Desta definição conclui-se que toda infecção
possui uma inflamação, mas nem toda
inflamação contém uma infecção.
17
Definições

Sendo assim, microbiologia e imunologia se
completam na tentativa de explicar a patogenia da
periodontite na sua forma severa.
18
Microbiologia
COMPLEXOS MICROBIANOS
(agressão bacteriana)
A. naeslundii 2
(Socransky et al., 1998)
V.parvula
A.odontolyticus
C. gracilis
S.mitis
S.sanguis
S.oralis
S. gordonii
S.intermedius
Streptococcus sp.
P. gingivalis
T. denticola
B.forsythus
P. intermedia
P. nigrescens
P. micros
S. constellatus F. nuc vincentii
E.nodatum
F. nuc nucleatum
F. nuc polymorphum
F. periodonticum
A.actino a
E.corrodens
C.concisus
Capnocytophaga sp
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C. rectus
C. showae
A. actino b
S. noxia
20
21
Perfis Microbianos Médios (níveis x 105) das 40 Espécies Testadas nas 2
Categorias de Sítios do Grupo Saudável e nas 3 Categorias de Sítios do Grupo
Periodontite
Saudáveis
Níveis x 105
A, gerencseriae
A, israelii
A, naeslundii 1
A, naeslundii 2
A, odontolyticus
V, parvula
S, gordonii
S, intermedius
S, mitis
S, oralis
S, sanguis
A, actinomycetemcomitans
C, gingivalis
C, ochracea
C, sputigena
E, corrodens
C, gracilis
C, rectus
C, showae
E, nodatum
F, nucleatum ss nucleatum
F, nucleatum ss polymorphum
F, nucleatum ss vincentii
F, periodonticum
P, micros
P, intermedia
P, nigrescens
S, constellatus
T, forsythensis
P, gingivalis
T, denticola
E, saburreum
G, morbillorum
L, buccalis
N, mucosa
P, acnes
P, melaninogenica
S, anginosus
S, noxia
T, socranskii
0
4
8
Periodontite
12
16 0
4
8
12
16
Actinos
Roxo
*
Amarelo
*
Verde
***
*
***
***
Laranja
***
***
Vermelho
Outros
** ***
***
*
***
***
***
Saudável
Gengivite
Periodontite
***
***
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26
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Penetrabilidade/Invasão
Invasão tecidual
 Bacteremia
 Endocardite
Infecciosa
Bacteremia
A bacteriemia (a presença de bactérias na
corrente sanguínea) é uma situação
freqüente e normalmente não provoca
sintomas.
 As bactérias que entram na corrente
sanguínea são, em geral, rapidamente
eliminadas pelos glóbulos brancos.

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Bacteremia
Raspagem ultrasônica:
Cultura: 13%
PCR: 23%
 Sondagem periodontal:
Cultura: 20%
PCR: 16%
 Escovação dentária:
Cultura: 3%
PCR: 13%

Kinane et al. 2005
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Loos 2006

“Existe a hipótese de que episódios diários
de bacteremia originários de uma lesão
periodontal são a causa das alterações dos
marcadores sistêmicos da periodontite. “
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Endocardite infecciosa
Endocardite infecciosa
É o acometimento infeccioso do endocárdio,
causado por bactérias (>95% da vezes) ou fungos.
 Principais causadores:
Staphylococcus aureus, streptococci viridans,
Streptococcus bovis e enterococos.
 Bactérias gram negativas periodontais raramente
causam endocardite.

Lokchart 2000
Tabela 1 - Prevalência aproximada dos vários microorganismos causadores de endocardite em valvas nativas, próteses valvares e viciados em
drogas
MICROORGANISMOS
EVN
EPV precoce
EPV tardia
EVD
Estreptococos
55
5
35
7
Viridans, alfa hemolítico
35
<5
25
5
S.bovis
15
<5
<5
<5
Outros estreptococos
<5
<5
<5
<5
Estafilococos
25
50
30
50
Coagulase-positivo
23
20
10
50
Coagulase-negativo
<5
30
20
<5
Enterococos
10
<5
<5
8
Bacilos aeróbicos Gram negativos
<5
20
10
5
Fungos
<5
10
5
5
Outros microrganismos
<1
<5
<10
<20
Infecção polimicrobiana
<1
5
5
5
Endocardite com cultura negativa
5
<5
<5
<5
*EVN - Endocardite em valva nativa; EPV - Endocardite em prótese valvar, precoce ou tardia - até 2 meses ou após 2 meses da troca da valva respectivamente; EVD - Viciado em drogas intravenosas.
Modificado de David T. Durack:Infective and Noninfective Endocarditis. In:R.C. Schlant & R.W.Alexander(eds): Hurt's The Heart, 8*edition, New York, Mac-Graw Hill, 1994:1684.
O papel da cavidade oral
A incidência de casos associados a
procedimentos orais é extremamente baixo.
 Mais de 40% dos casos ocorrem em
pacientes sem nenhum fator de risco prévio.
 A incidência de endocardite infecciosa não
diminuiu desde o início da era dos
antibióticos.

Lokchart 2000
Staphylococcus aureus

Uma pesquisa realizada pela Dial-a-Phone,
loja especializada em celulares, revelou que
foi encontrada a bactéria staphylococcus
aureus, que normalmente vive na pele, em
celulares, teclados, trincos de portas e
assentos sanitários.
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Conclusão
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Reação a infecção Periodontal:
Efeito apenas local ou sistêmico?
Efeito local
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Loos 2006

O tamanho médio de uma lesão periodontal
severa em pacientes não tratados é de
1500-2000 mm2.
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Periodontite
Abundância de espécies Gram negativas.
 Um pesado infiltrado inume e inflamatório.
 Níveis elevados de citoquinas próinflamatórias.
 Extensão e cronicidade da doença.

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Quais substâncias poderiam causar “efeitos
maléficos” durante uma resposta inflamatória?
50
Citoquinas
Pró-inflamatórias
Anti-inflamatórias
IL1β, IL-18, TNF-α
IL-4, IL-10, IL-13, IL-1RA
51
Como ocorre o processo de destruição
tecidual na periodontite?
Patógenos periodontais
Invasão bacteriana
Proteases bacterianas
Neutrófilos
Monócitos
Linfócitos
RLO Proteases MMP
Epitélio
Endotélio
Fibroblastos
Sinais próinflamatórios IL-1 TNF
Ativação
de osteoclastos
Destruição tecidual
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Efeito Sistêmico
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Análise sanguínea de um
paciente com periodontite
Hemograma
Resposta
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de fase aguda
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Hemograma
Hemograma
É um exame realizado que avalia as células
sanguíneas de um paciente, ou seja, as da
série branca e vermelha, contagem de
plaquetas, reticulócitos e índices
hematológicos.
 A expressão "Hemograma Completo" é
redundante, já que todo hemograma, exceto
por erro do laboratório, é completo

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Citoquinas: do tecido ao sangue
Efeito supressor
de citoquinas
pró-inflamatórias
Diminuição da
Eritropoietina
Medula óssea
Anemia
Sistema Hematopoiético
Efeito ativador
de citoquinas
pró-inflamatórias
CFU - Meg
Trombocitose
Efeito ativador
de citoquinas
pró-inflamatórias
 CFU - GM
Neutrofilia
Resposta de fase aguda
Modulação hepática pela doença
periodontal
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Modulação hepática
IL-6 IFN-
IL-11
TGF- 
Proteínas
da fase aguda
Resposta de fase aguda

Após o estimulo inflamatório local, esta
resposta é caracterizada por febre, produção
de diversos hormônios, leucocitose e
produção de proteínas de fase aguda pelo
fígado.
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Resposta da fase aguda
Pode ocorrer frente aos seguintes estímulos
inflamatórios:
 Trauma
 Tumores
 Auto-imunidade
 Infecções
 Doenças crônicas

Proteínas da fase aguda
 Proteína
Principal: Proteína C-reativa
 Complemento: C2, C3, C5, fator B,
C4-binding protein
 Coagulação: Fibrinogênio
 Inibidores de protease: A1AT, A2MG,
A1-antiquimotripsia, Inibidor I do
ativador plasminogênico
Proteína C-reativa

Entre as proteínas de fase aguda, destaca-se
a proteína C-reativa (PCR), uma vez que
seu nível sérico é aumentado
aproximadamente 1.000 vezes durante a
inflamação aguda.
Proteína C-reativa




Apresenta ligeira
especificidade
Opsoniza células cobertas
por C- polissacarídeos
Considerado uma forma
primitiva de anticorpo
Pode ativar o complemento
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PROTEÍNA C REATIVA - Ultra-sensível
Inferior a 0,80 mg/dL: quando > 0,80 são
interpretados como proteína de fase aguda
(avaliação de processos inflamatórios e ou
infecciosos)
Inferior a 0,21 mg/dL: quando > 0,21 são
interpretados como indicador de risco de
doença vascular.
Limite de detecção da técnica : 0,01 mg/dL
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Tabela 1 - Valores de referência de PCR na avaliação de risco de doença cardiovascular
e do processo inflamatório ou infeccioso
Quadro clínico
Valores de PCR (mg/dL)
Risco de doença vascular
0,3
Processo inflamatório ou infeccioso
0,5
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72
Proteína C-reativa e a Periodontite
Wu et al. (2000)


Os resultados mostram uma significante relação
entre indicadores de um pobre estado periodontal
e os níveis séricos de PCR e fibrinogênio.
Os autores sugerem que a periodontite altera
fatores como a PCR, o fibrinogênio e o colesterol,
podendo ser a ponte entre a associação da DP com
as doenças cardiovasculares.
Proteína C-reativa e a Periodontite
Christodoulides et al. 2007:
 Os autores demonstram um aumento
significante nos níveis da CRP em pacientes
com periodontite quando comparados a
indivíduos sadios.
Exemplos da aplicação clínica
das proteínas de fase aguda
Aplicação clínica
Paciente do sexo M - 52 anos
 Controle razoável de placa
 2 molares com exo indicada por lesão
periodontal
 Exudato abundante
 Relato de febre e mal-estar
 Diagnóstico: Periodontite crônica
generalizada

Proteína C- reativa
Exame inicial: 96 mg/dl
 Exame intermediário: 12 mg/dl
 Exame final: reação negativa

Parâmetros laboratoriais
VHS: 24 mm
 C-reativa: 4.5 mg/dl

Após tratamento:
 VHS: > 9 mm
 C-reativa: reação negativa

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