periodontia medica para clinico
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periodontia medica para clinico
Periodontia Médica Fumo Osteoporose Fatores genéticos AIDS Fatores de risco Diabetes Síndrome de Down Doença Periodontal Prematuros de baixo peso DII Homeostasia sistêmica Doenças coronarianas Artrite reumatóide Doença periodontal Sobre qual doença periodontal estamos falando?????? Gengivite Periodontite agressiva crônica CONSULTA INICIAL 28/04/2012 6 6 28/04/2012 7 7 28/04/2012 8 8 Periodontite faz mal para a saúde? A infecção ou a reação inflamatória? 28/04/2012 9 Citoquinas e prostaglandinas PMN Complemento Antígeno LPS outros Resposta do hospedeiro Anticorpos MMP Proteases Destruição das fibras de colágeno, matriz extracelular e osso RLO Fatores de risco genéticos Alterações clínicas Fatores de risco ambientais e adquiridos Microbiologia Microbiologia: Biofilme Localização Composição Virulência Penetrabilidade/ Invasão COMPLEXOS MICROBIANOS (agressão bacteriana) A. naeslundii 2 (Socransky et al., 1998) V.parvula A.odontolyticus C. gracilis S.mitis S.sanguis S.oralis S. gordonii S.intermedius Streptococcus sp. P. gingivalis T. denticola B.forsythus P. intermedia P. nigrescens P. micros S. constellatus F. nuc vincentii E.nodatum F. nuc nucleatum F. nuc polymorphum F. periodonticum A.actino a E.corrodens C.concisus Capnocytophaga sp 28/04/2012 C. rectus C. showae A. actino b S. noxia 14 28/04/2012 15 28/04/2012 16 28/04/2012 17 28/04/2012 18 28/04/2012 19 Papapanou et al. 1997 Prevalência (%) de espécies por sítio e indivíduo 6 Indivíduo sítio Indivíduo 10 P. gingivalis 100 87.1 92.0 51.8 P. intermedia 100 89.0 98.7 52.0 P. nigrescens 100 86.2 92.8 37.0 B. forsythus 98.6 72.9 71.0 23.1 A.a 83.1 37.7 1.3 0.4 F. nucleatum 100 90.4 78.4 26.1 T.denticola 97.9 73.7 86.8 40.9 E. corrodens 95.9 57.7 30.0 5.7 Espécie Sítio 10 6 28/04/2012 21 Perfis Microbianos Médios (níveis x 105) das 40 Espécies Testadas nas 2 Categorias de Sítios do Grupo Saudável e nas 3 Categorias de Sítios do Grupo Periodontite Saudáveis Níveis x 105 A, gerencseriae A, israelii A, naeslundii 1 A, naeslundii 2 A, odontolyticus V, parvula S, gordonii S, intermedius S, mitis S, oralis S, sanguis A, actinomycetemcomitans C, gingivalis C, ochracea C, sputigena E, corrodens C, gracilis C, rectus C, showae E, nodatum F, nucleatum ss nucleatum F, nucleatum ss polymorphum F, nucleatum ss vincentii F, periodonticum P, micros P, intermedia P, nigrescens S, constellatus T, forsythensis P, gingivalis T, denticola E, saburreum G, morbillorum L, buccalis N, mucosa P, acnes P, melaninogenica S, anginosus S, noxia T, socranskii 0 4 8 Periodontite 12 16 0 4 8 12 16 Actinos Roxo * Amarelo * Verde *** * *** *** Laranja *** *** Vermelho Outros ** *** *** * *** *** *** Saudável Gengivite Periodontite *** *** Leucotoxidade Penetrabilidade/Invasão Invasão tecidual Bacteremia Septicemia Endocardite Infecciosa Bacteremia A bacteriemia (a presença de bactérias na corrente sanguínea) é uma situação freqüente e normalmente não provoca sintomas. As bactérias que entram na corrente sanguínea são, em geral, rapidamente eliminadas pelos glóbulos brancos. 28/04/2012 27 Bacteremia Raspagem ultrasônica: Cultura: 13% PCR: 23% Sondagem periodontal: Cultura: 20% PCR: 16% Escovação dentária: Cultura: 3% PCR: 13% Kinane et al. 2005 28/04/2012 31 Loos 2006 “Existe a hipótese de que episódios diários de bacteremia originários de uma lesão periodontal são a causa das alterações dos marcadores sistêmicos da periodontite. “ 28/04/2012 32 Endocardite infecciosa Endocardite infecciosa É o acometimento infeccioso do endocárdio, causado por bactérias (>95% da vezes) ou fungos. Principais causadores: Staphylococcus aureus, streptococci viridans, Streptococcus bovis e enterococos. Bactérias gram negativas periodontais raramente causam endocardite. Lokchart 2000 Tabela 1 - Prevalência aproximada dos vários microorganismos causadores de endocardite em valvas nativas, próteses valvares e viciados em drogas MICROORGANISMOS EVN EPV precoce EPV tardia EVD Estreptococos 55 5 35 7 Viridans, alfa hemolítico 35 <5 25 5 S.bovis 15 <5 <5 <5 Outros estreptococos <5 <5 <5 <5 Estafilococos 25 50 30 50 Coagulase-positivo 23 20 10 50 Coagulase-negativo <5 30 20 <5 Enterococos 10 <5 <5 8 Bacilos aeróbicos Gram negativos <5 20 10 5 Fungos <5 10 5 5 Outros microrganismos <1 <5 <10 <20 Infecção polimicrobiana <1 5 5 5 Endocardite com cultura negativa 5 <5 <5 <5 *EVN - Endocardite em valva nativa; EPV - Endocardite em prótese valvar, precoce ou tardia - até 2 meses ou após 2 meses da troca da valva respectivamente; EVD - Viciado em drogas intravenosas. Modificado de David T. Durack:Infective and Noninfective Endocarditis. In:R.C. Schlant & R.W.Alexander(eds): Hurt's The Heart, 8*edition, New York, Mac-Graw Hill, 1994:1684. O papel da cavidade oral A incidência de casos associados a procedimentos orais é extremamente baixo. Mais de 40% dos casos ocorrem em pacientes sem nenhum fator de risco prévio. A incidência de endocardite infecciosa não diminuiu desde o início da era dos antibióticos. Lokchart 2000 Staphylococcus aureus Uma pesquisa realizada pela Dial-a-Phone, loja especializada em celulares, revelou que foi encontrada a bactéria staphylococcus aureus, que normalmente vive na pele, em celulares, teclados, trincos de portas e assentos sanitários. 28/04/2012 38 Conclusão 28/04/2012 39 Conclusão A visão atual do papel dos microorganismos como principal fator etiológico pode ser resumido como ”necessário, mas não suficiente para causar a doença” ou que ”a doença periodontal é uma mistura específica de bactérias que causam destruição periodontal num indivíduo suscetível” (Offenbacher 1996). 28/04/2012 41 Reação a infecção Periodontal: Efeito apenas local ou sistêmico? Lesão inicial (1-4 dias) colonização bacteriana formação do sulco gengival Neutrófilos Monócitos/macrófagos Proteínas plasmáticas Vasculite Perda de colágeno Lesão precoce (4-7 dias) Colonização bacteriana Neutrófilos Monócitos/macrófagos Linfócitos (células B e T) Aumento da vasculite Proliferação de vasos Aumento da perda de colágeno Lesão estabelecida (7-14 dias) Neutrófilos Monócitos/macrófagos Linfócitos (células B e T) Aumento da vasculite Proliferação de vasos Aumento da perda de colágeno Lesão avançada Migração do epitélio juncional Neutrófilos Neutrófilos Monócitos/macrófagos Linfócitos (células B e T) Aumento da vasculite Proliferação de vasos Aumento da perda de colágeno Prod. IgG Atividade osteoclástica Periodontite Patógenos periodontais Invasão bacteriana Epitélio Endotélio Fibroblastos Neutrófilos Monócitos Linfócitos Sinais pró-inflamatórios Proteases bacterianas RLO Proteases MMP IL-1 TNF Ativação de osteoclastos Destruição tecidual 28/04/2012 50 Métodos de diagnóstico no fluido gengival secagem do sítio centrífuga 28/04/2012 bomba p/lavagem supernadante lavagem do sulco amostras obtidas amostras congeladas 51 28/04/2012 52 28/04/2012 53 28/04/2012 54 28/04/2012 55 Loos 2006 O tamanho médio de uma lesão periodontal severa em um pacientes não tratado é de 1500-2000 mm2. 28/04/2012 56 Periodontite Abundância de espécies Gram negativas. Um pesado infiltrado inume e inflamatório. Níveis elevados de citoquinas próinflamatórias. Extensão e cronicidade da doença. 28/04/2012 57 Análise sanguínea de um paciente com periodontite Hemograma Resposta 28/04/2012 de fase aguda 58 Efeito supressor de citoquinas pró-inflamatórias Diminuição da Eritropoietina Medula óssea Anemia Sistema Hematopoiético Efeito ativador de citoquinas pró-inflamatórias CFU - Meg Trombocitose Efeito ativador de citoquinas pró-inflamatórias CFU - GM Neutrofilia Resposta de fase aguda Modulação hepática pela doença periodontal 28/04/2012 63 Modulação hepática IL-6 IFN- IL-11 TGF- Proteínas da fase aguda Resposta de fase aguda Após o estimulo inflamatório local, esta resposta é caracterizada por febre, produção de diversos hormônios, leucocitose e produção de proteínas de fase aguda pelo fígado. 28/04/2012 65 Resposta da fase aguda Pode ocorrer frente aos seguintes estímulos inflamatórios: Trauma Tumores Auto-imunidade Infecções Doenças crônicas Proteínas da fase aguda Proteína Principal: Proteína C-reativa Complemento: C2, C3, C5, fator B, C4-binding protein Coagulação: Fibrinogênio Inibidores de protease: A1AT, A2MG, A1-antiquimotripsia, Inibidor I do ativador plasminogênico Proteína C-reativa Apresenta ligeira especificidade Opsoniza células cobertas por C- polissacarídeos Considerado uma forma primitiva de anticorpo Pode ativar o complemento Proteína C-reativa Entre as proteínas de fase aguda, destaca-se a proteína C-reativa (PCR), uma vez que seu nível sérico é aumentado aproximadamente 1.000 vezes durante a inflamação aguda. Proteína C-reativa Esta proteína se liga a uma variedade de patógenos, ativa as proteínas do sistema complemento que resulta na deposição de C3b na superfície do microrganismo. Este processo termina por facilitar a fagocitose dos patógenos mediada por fagócitos PROTEÍNA C REATIVA - Ultra-sensível Inferior a 0,80 mg/dL: quando > 0,80 são interpretados como proteína de fase aguda (avaliação de processos inflamatórios e ou infecciosos) Inferior a 0,21 mg/dL: quando > 0,21 são interpretados como indicador de risco de doença vascular. Limite de detecção da técnica : 0,01 mg/dL 28/04/2012 71 Proteína C-reativa Jaye et al. (1997) A proteína C-reativa pode ser útil para monitorar pacientes após diagnóstico de infecções, doenças inflamatórias, cirurgias, e queimaduras. A proteína C-reativa não deve ser usada isoladamente, sem um bom exame clínico. Fredriksson et al. (1999) A periodontite resulta em maiores níveis sistêmicos de Prote[ina C-reativa e leucócitos. 28/04/2012 73 Proteína C-reativa e a Periodontite Wu et al. (2000) Os resultados mostram uma significante relação entre indicadores de um pobre estado periodontal e os níveis séricos de PCR e fibrinogênio. Os autores sugerem que a periodontite altera fatores como a PCR, o fibrinogênio e o colesterol, podendo ser a ponte entre a associação da DP com as doenças cardiovasculares. Proteína C-reativa e a Periodontite Christodoulides et al. 2007: Os autores demonstram um aumento significante nos níveis da CRP em pacientes com periodontite quando comparados a indivíduos sadios. Mecanismos específicos da periodontite Periodontite Abundância de espécies Gram negativas. Um pesado infiltrado inume e inflamatório. Níveis elevados de citoquinas próinflamatórias. Extensão e cronicidade da doença. 28/04/2012 77 Periodontite Os 2 mecanismos mais importantes parecem ser: Ação do LPS Hiperatividade de neutrófilos. 28/04/2012 78 LPS LPS se une a LPS- proteínas de adesão. Uma vez formado o complexo, ocorre a adesão aos receptores CD14 solúveis ou aderidos ao endotélio/monócitos, resultando na ativação celular. 28/04/2012 79 28/04/2012 80 Aterosclerose Enzimas Degradação de fibrina PDGF Proliferação do endotélio 28/04/2012 86 Exemplos da aplicação clínica das proteínas de fase aguda Aplicação clínica Paciente do sexo M - 52 anos Controle razoável de placa 2 molares com exo indicada por lesão periodontal Exudato abundante Relato de febre e mal-estar Diagnóstico: Periodontite crônica generalizada Proteína C- reativa Exame inicial: 96 mg/dl Exame intermediário: 12 mg/dl Exame final: reação negativa Parâmetros laboratoriais VHS: 24 mm C-reativa: 4.5 mg/dl Após tratamento: VHS: > 9 mm C-reativa: reação negativa Conclusões A periodontite parece ser uma doença crônico-inflamatória ativada localmente por bactérias gram negativas. Dependendo da carga local de citoquinas, pode haver a ativação sistêmica e, consequente, quebra de homeostasia. 28/04/2012 94 Conclusão Até a Próxima!! Não leve a vida tão a sério!!!!! 28/04/2012 95
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