Festival com filmes de Fellini chega a Curitiba

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Festival com filmes de Fellini chega a Curitiba
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Festival com filmes de Fellini chega a Curitiba
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Postado em:28/10/2013
Festival começa na próxima quinta-feira e inclui mostras de filmes, debates e exposições Paulo
Camargo para o G1 Nos derradeiros anos da década de 1980, o hoje produtor cultural Antonio
Cava tinha 20 e poucos anos quando, em uma sessão do Cineclube Cândido Mendes, instalado no
coração do bairro de Ipanema, no Rio de janeiro, teve uma epifania. Ao assistir ao filme Noite de
Cabíria (1957), que lhe apresentou ao universo criativo do mestre italiano Federico Fellini
(1920-1993), o carioca percebeu que algo havia acontecido em sua percepção do que acreditava
ser cinema – e arte. Embora já tivesse visto, de relance, alguns dos longas-metragens do italiano na
televisão, a experiência de entrar, por meio da tela grande, na extensa, complexa e hipnótica obra
do cineasta foi uma experiência definitiva. Estava a ela atado para sempre. Hoje, aos 48 anos, e
agora morador de Curitiba, Cava é o homem por trás de um dos segmentos mais interessantes da
Corrente Cultural de Curitiba: o Festival Fellini, uma extensa homenagem ao diretor 20 anos após a
sua morte (o cineasta faleceu no dia 31 de outubro de 1993, em Roma). A programação terá inicio
no próximo sábado, 2 de novembro (data em que, há duas décadas, Fellini foi sepultado), às 19
horas, em um evento que inclui desde a exibição de um curta-metragem de 30 minutos, espécie de
colagem de imagens significativas na trajetória do diretor, até exposições (leia texto nesta página).
Na cerimônia, haverá bate-papo com convidados e público sobre a filmografia do cineasta e show
com a banda Wandula, que tocará arranjos inéditos em homenagem às trilhas sonoras escritas pelo
compositor Nino Rota (1911-1979). Filmes Se o Festival Fellini foi organizado em torno uma
efeméride inescapável, os 20 anos da morte do cineasta, outra tem papel central no vasto cardápio
do evento, que inclui duas mostras de cinema. A principal delas, que acontece na Cinemateca, terá
seis de seus principais filmes (ver quadro nesta página) e culminará na sexta-feira, 8 de novembro,
com a exibição daquele que é considerado por muitos a obra máxima do diretor: 81/2 (1963). A
projeção será seguida de debate. Fime-chave na obra fel---liniana, por mergulhar em seu imaginário
criativo – o filme gira em torno de um cineasta em crise –, Oito e 1/2 foi revisitado por vários
diretores importantes, como Bob Fosse, em All That Jazz – O Show Deve Continuar, vencedor da
Palma de Ouro, em 1980; e Woody Allen, em Memórias (1980) e Celebridades (1998). A outra
mostra, que terá exibições no Museu Guido Viaro, inclui documentários, entre eles o revelador Eu
Sou um Grande Mentiroso (2002), de Damian Pettigrew, sobre aspectos da personalidade e da obra
do diretor. Mostras trazem raridades sobre cineasta Isadora Rupp O produtor Antonio Cava não
sabe muito bem como, e por qual motivo, começou a colecionar materiais sobre Federico Fellini. O
fato é que, ao longo dos anos, ele reuniu mais de 500 itens, incluindo fotografias, livros e cartazes
de filmes, hoje guardados em um quarto no apartamento de sua mãe. Parte desse acervo será
exibido em exposições que inauguram nos dias 2 e 3 de novembro, durante o Festival Fellini. No dia
da abertura, no Palácio Garibaldi, estarão expostas 40 fotografias das agências ADN Kronos e
Agenzia Giornalistica Itália, além de livros sobre o cineasta. No domingo, 3, o festival inaugura três
mostras: 70 Desenhos de Federico Fellini, no Museu Guido Viaro, Otto e Mezzo, no Memorial de
Curitiba, e 23 Cartazes de Filmes, na Cinemateca de Curitiba. A primeira traz reproduções de
desenhos do cineasta, que costumava esboçar em guardanapos e papeis coordenadas para seus
http://www.arte.seed.pr.gov.br
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colaboradores. Personagens dos filmes retratados pelo cineasta também estão no acervo, material
vindo da Fundação Fellini. Cava selecionou ainda 30 imagens da série “divagações eróticas”, que
estará na exposição. Os cartazes da Cinemateca são do arquivo pessoal do produtor. As fotografias
que homenageiam o filme Oito e 1/2 são do acervo do italiano Tazio Secchiaroli, considerado um
dos maiores fotógrafos do século 20. Todos os registros são de bastidores das filmagens. Segundo
Cava, esse foi o primeiro trabalho do fotógrafo na Cineccittà (complexo de teatros e estúdios na
periferia de Roma). “E é um dos melhores trabalhos dele. Junto com Fellini, ele agregou uma aura
artística à rapidez, uma das características fortes do seu trabalho.” Doação Cava pretende destinar
o rico material que colecionou ao longo desses anos para a cidade de Curitiba. No momento, o
produtor já negocia com a Fundação Cultural de Curitiba (FCC) uma doação para a cidade. Fonte:
www.gazetadopovo.com.br. Acessado em 28 de outubro de 2013. Todas as informações nela
contida são de responsabilidade do autor.
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