Apresentação do Relatório n.º 2/2012
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Apresentação do Relatório n.º 2/2012
Relatório n.º 2/2012 do CFP Princípios para a Revisão das Leis de Finanças Públicas Subnacionais Conferência de imprensa Lisboa, 18 de Setembro de 2012 Introdução Porquê este Relatório? Porquê neste momento? 18-09-2012 Rui Nuno Baleiras 2 Estrutura Esquema do relatório 1. 2. Introdução O Problema da Atribuição no Desenho das Finanças Públicas Locais 3. Atribuição de Receitas 4. Enquadramento Institucional e Económico das Áreas Jurisdicionais Portuguesas 5. Estado das Finanças Públicas nos Governos Subnacionais Portugueses 6. Observações Conclusivas Anexo Estatístico 18-09-2012 Rui Nuno Baleiras 3 Acervo estatístico Ver Anexo • Pouco conhecido mas essencial para uma intervenção legislativa qualificada • Poderá inspirar peças jornalísticas 18-09-2012 Rui Nuno Baleiras 4 Acervo estatístico Heterogeneidade económica das circunscrições regionais e locais Quadro 3 — Características geográficas das administrações subnacionais N.º de Nível de adm. Pública / jurisd. / No. Government layer of jurisd. Regional 2 308 Municipal 18-09-2012 População / Population (2009) Superfície / Surface (km2) Máx / Max Mín / Min Máx / Max Mín / Min Densidade popul. / Pop. density Máx / Max Mín / Min 247.399 245.374 2.322,0 801,1 308,8 105,7 Madeira Açores Açores Madeira Madeira Açores 479.884 500 1.720,6 7,9 7.183,3 5,3 São João da Odemira Madeira Amadora Alcoutim Lisboa Corvo Rui Nuno Baleiras 5 Acervo estatístico Heterogeneidade económica das circunscrições regionais e locais Figura 2 — Índice de poder de compra por habitante em Portugal, por concelhos, 2007 Legend Figura 3 — Índice global de desenvolvimento regional (Portugal = 100), NUTS 3, 2008 Grande Lisboa Pinhal Litoral Minho-Lima Baixo Vouga Beira Interior Sul Cávado Grande Porto Ave Entre Douro e Vouga Serra da Estrela Alto Alentejo Alentejo Central Baixo Mondego Península de Setúbal Alentejo Litoral Cova da Beira Algarve Baixo Alentejo Oeste Dão-Lafões Médio Tejo Beira Interior Norte Lezíria do Tejo R. A. Madeira Pinhal Interior Norte Douro Alto Trás-os-Montes Pinhal Interior Sul Tâmega R. A. Açores Frequências 3 7 Rui Nuno Baleiras 7 8 8 Frequencies 100,7 Frequências PT=100 97,4 >= Median < Median >= Median < Median 2 10 10 5 1 14 13 5 Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4 80 18-09-2012 3 12 12 Frequências 90 Grupo 5100 Grupo 6 PT 0 110 50 K m 120 6 Acervo estatístico Heterogeneidade na dimensão dos municípios Gráfico 2 — 10-Maiores e 10-Menores da despesa efectiva municipal, 2009 1-Lisboa 2-Porto 3-Cascais 4-Sintra 5-Vila Nova de Gaia 6-Loures 7-Oeiras 8-Loulé 9-Almada 10-Matosinhos 299-Penedono 300-Mesão Frio 301-Fronteira 302-Porto Moniz 303-Alvito 304-Santa Cruz da Graciosa 305-Lajes do Pico 306-Castanheira de Pêra 307-Santa Cruz das Flores 308-Corvo 626.078.508,70 194.005.184,24 170.111.344,27 139.254.203,58 128.304.565,44 127.545.756,64 127.130.189,39 122.551.771,53 101.643.044,16 96.363.265,74 5.114.351,78 5.064.228,78 5.046.738,63 4.925.443,26 4.788.933,74 4.460.043,40 4.458.051,97 4.377.264,16 2.691.975,44 1.498.394,40 0 200.000.000 400.000.000 600.000.000 800.000.000 Total effective expenditure (abs. amounts, in euros) 18-09-2012 Rui Nuno Baleiras 7 Acervo estatístico Dependência orçamental face ao Estado (e à UE) Quadro 9 — Receitas próprias e transferências em % da receita efectiva total: parâmetros da distribuição municipal, 2009 Máximo/ Maximum Mínimo/ Minimum Médio/ Mean Mediano/ Median Coef. de variação/ Variation coef. 86,8% 3,8% 35,3% 29,4% 54,3% Li s boa Corvo 96,2% 13,2% 64,7% 70,6% 29,6% Corvo Li s boa 95,2% 9,6% 49,0% 49,8% 36,4% Corvo Al bufei ra 78,1% 2,9% 31,2% 27,0% 54,0% Li s boa Nordes te 97,1% 21,9% 68,8% 73,0% 24,5% Nordes te Li s boa Classificação oficial/ Official classification Receitas próprias/Own revenue Transferências/Transfers das quais: Fundos municipais/ of which: Municipal funds Classificação alternativa/Alternative classification Receitas próprias/Own revenue Transferências/Transfers 18-09-2012 8 Acervo estatístico Subsectores local e regional no conjunto das AP Quadro 4 — Conta consolidada do Sector Público Administrativo (base de caixa), 2011 Uni t: 106 € Aggregado / Aggregate Sector Púb. Admin. / General Government (1) Receita efectiva / Effective Revenue Despesa efectiva / Effective Expenditure Saldo global / Overall balance Saldo primário / Primary balance 18-09-2012 Administração Regional / Regional Governments Adm. Local / Local Governmen ts Açores Madeira Total (2) (3) (4)=(2)+(3) 1 Adm. Subnacional / Subnational Governments 2 Em % SPA / As % of GGov (5) (6) (7)=[(6)/(1)]*100 71.878,50 1.033,28 1.079,68 2.112,96 7.152,40 9.581,55 13,3% 77.476,70 1.056,44 1.075,62 2.132,06 6.950,72 9.398,98 12,1% -5.598,20 -23,16 4,06 -19,10 201,69 182,57 -3,3% 667,00 -9,58 47,21 37,63 339,83 378,06 56,7% Rui Nuno Baleiras 9 Acervo estatístico Saldo e dívida em contas nacionais Quadro 5 — Saldo e dívida subnacionais em contabilidade nacional, 2008 a 2011 6 Unidade / unit: 10 € Variáveis / Variables 2008 2009 2010 2011 C apac idade (+) ou nec es s idade (-) líquida de financ iamento Net lending (+) or net borrowing (-) Adm. R egional / R egional Admin. Açores Madeira S oma / S um Adm. L ocal / L ocal Adm. Adminis trações S ubnacionais / S ubnational Adminis trations -41,5 -216,6 -258,1 -593,6 -851,7 -82,1 -338,2 -420,3 -921,5 -1.341,8 -53,6 -1.191,5 -1.245,1 -196,1 -1.441,2 -36,4 -1.125,1 -1.161,5 419,6 -741,9 -6.235,6 -17.103,3 -16.950,1 -7.262,5 536,7 1.847,9 2.384,6 5.303,1 7.687,7 600,5 2.066,1 2.666,6 5.866,3 8.532,9 652,5 3.051,4 3.703,9 5.897,5 9.601,4 690,9 3.735,0 4.425,9 5.709,3 10.135,2 p.m.:C onjunto das Adm. P úblicas / G eneral G overnment Dívida bruta / G ros s debt Adm. R egional / R egional Admin. Açores Madeira T otal Adm. L ocal / L ocal Adm. Adminis trações S ubnacionais / S ubnational Adminis trations 18-09-2012 Rui Nuno Baleiras 10 Conclusões Função afectação • Indispensável forte ligação entre a qualidade e a quantidade de bens e serviços recebidos e os recursos que pagam • Fácil percepção para eleitores e contribuintes • Transparência da informação é essencial 18-09-2012 Rui Nuno Baleiras 11 Conclusões Transferências para governos subnacionais • Indispensáveis para assegurar o equilíbrio vertical dentro do sector público • Não podem eliminar o ónus político dos governos subnacionais na obtenção de recursos financeiros • Regras têm que ser estáveis e fiáveis para haver planeamento racional 18-09-2012 Rui Nuno Baleiras 12 Conclusões Médio prazo • Regras orçamentais de médio prazo ajudam a evitar apuros financeiros e dívida excessiva 18-09-2012 Rui Nuno Baleiras 13 Conclusões Três áreas críticas para reforma 1. 2. 3. Debilidades e inconsistências nas actividades de registo contabilístico, reporte e monitorização Fraca apropriação política pelos governos subnacionais no controlo das suas receitas Quase inexistência de programação orçamental a médio prazo nas administrações locais e regionais 18-09-2012 Rui Nuno Baleiras 14 Conclusões Sugestões para resolver problema 1 • Harmonização de critérios • Consolidação de contas entre entidades de um mesmo governo • Partilha de informação • Unificação da gestão de tesouraria 18-09-2012 Rui Nuno Baleiras 15 Conclusões Sugestões para resolver o problema 2 (sem agravar a carga fiscal sobre os Portugueses) • Para os municípios • Trocar parcialmente transferências do Estado por mais participação variável no IRS • Em alternativa àquela participação, introduzir derrama sobre IRS em troca de redução nas transferências do Estado • Elevar a percepção dos contribuintes acerca dos impostos locais • Dar alguma autonomia às assembleias municipais para alterar parâmetros de pseudo-transferências • Reavaliar a base do IMI sobre prédios rústicos • Considerar a eliminação do IMT 18-09-2012 Rui Nuno Baleiras 16 Conclusões Sugestões para resolver o problema 2 (sem agravar a carga fiscal sobre os Portugueses) • Para os governos regionais • alargar a margem de escolha regional sobre parâmetros fiscais • substituir parcialmente transferências do governo central por impostos próprios • aumentar a visibilidade das receitas próprias ante os constituintes regionais • tomar em consideração ilações da aplicação do programa de ajustamento económico e financeiro da Madeira 18-09-2012 Rui Nuno Baleiras 17 Conclusões Soluções para resolver o problema 3 • Criação de um enquadramento orçamental de médio prazo • Inclusão de regras para alguns indicadores orçamentais • Sobre dívida, para assegurar a sustentabilidade financeira • Sobre a despesa (primária), para ajudar na aplicação de disciplina orçamental e fornecer referências para debates públicos sobre a dimensão de cada governo subnacional • Sanções credíveis em caso de incumprimento • Mecanismos eficazes de ajustamento que recoloquem comportamentos desviantes numa rota de sustentabilidade 18-09-2012 Rui Nuno Baleiras 18 Conclusões A palavra agora aos cidadãos e aos actores políticos Papel essencial da comunicação social 18-09-2012 Rui Nuno Baleiras 19 Obrigado pela vossa atenção 18-09-2012 Rui Nuno Baleiras 20