Untitled - Orquestra do Norte

Transcrição

Untitled - Orquestra do Norte
Porto
Amarante
Sabrosa
Foz Côa
Alijó
NOITES DE ÓPERA NO DOURO 2015
A quarta edição das Noites de Ópera no Douro
marca a passagem da Orquestra do Norte por dois
novos espaços: o Centro Hospitalar Conde Ferreira
e o Espaço Miguel Torga.
Do vetusto Porto ao coração do Reino Maravilhoso,
rio acima em contra corrente, “contamos” as nossas
histórias de música com a colaboração de prestigiados
solistas provenientes de diferentes latitudes.
Queremos fazer desta confluência entre a música e
a natureza, um encontro entre as nossas gentes e
os nossos - cada vez mais – numerosos visitantes.
No presente ciclo da Ópera, a realização, em versão
de concerto, de Il Mondo de La Luna de António
Avondano, traduz o nosso empenho na divulgação
da música portuguesa no contexto desse encontro.
Esperamos que seja do seu agrado!
José Ferreira Lobo
Director Artístico das Noites de Ópera no Douro
ORQUESTRA DO NORTE
José Ferreira Lobo
Maestro Titular
Porto
03 Julho
Porto
Centro Hospital Conde de Ferreira, 21h30
George Gershwin - Porgy and Bess (Árias e Duetos)
George Gershwin - Summertime
George Gershwin / Irina Gershwin - A Woman Is a
Sometime Thing
George Gershwin / Irina Gershwin - My Man’s Gone Now
George Gershwin / Irina Gershwin - Leavin’ for the
Promise’ Lan’
George Gershwin / Irina Gershwin / Gert Wilden - I Got
Plenty O’ Nuttin’
George Gershwin / Irina Gershwin / Gert Wilden - Bess,
You Is My Woman Now
George Gershwin / Irina Gershwin - It Ain’t Necessarily So
George Gershwin / Irina Gershwin - Oh Lawd, I’m On My
Way
George Gershwin / Irina Gershwin - There’s a Boat Dat’s
Leaving
Laquita Mitchell, soprano
Michael Preacely, barítono
José Ferreira Lobo, direcção
Concerto integrado no lançamento da Estação
das Orquestras
Porgy and Bess (árias e duetos)
George Gershwin (1898-1937) escreveu Porgy and
Bess, ópera que se tornou um êxito nas salas de
música de todo o mundo, usando o apelo do ragtime,
do jazz e do folk como ingrediente para composições
onde as influências mais eruditas, de autores
franceses como Ravel, entre outros, se faziam notar.
A originalidade do autor nova-iorquino, que
contagiava públicos diversos, de um lado e do
outro do Atlântico, tornaram-no um dos mais
presentes nomes da musica norte-americana. A
essa popularidade não estaria alheia a escolha dos
temas das letras, geralmente do irmão, Ira, com
quem estabeleceu uma longa e profícua parceria.
A ligação teve em “Porgy and Bess” (estreada em
1935) um dos seus momentos de glória e maior
reconhecimento. Isto apesar de todos os receios
iniciais do compositor, diante do desafio de uma
obra de tamanha dimensão e complexidade. Esta
obra ficcional, em três actos, com libreto de DuBose
Heyward (autor do romance original, Porgy), põenos em contacto com a vida de uma comunidade
negra, dos seus amores e desentendimentos.
A ópera, até pela escolha de um elenco de
cantores afro-americanos, com formação
clássica, não poderia ter sido mais polémica na
altura das apresentações iniciais, objecto de
maior discussão do que aclamadas. Mas depois
conquistou seguramente o seu lugar no reportório
internacional, sendo cantada pelas maiores
intérpretes do mundo.
Summertime, por exemplo, já tem lugar próprio e
autónomo na história da música, glosada por tantas
grandes vozes e em tantos estilos que ganhou vida
para além da obra para a qual foi escrita.
A canção, logo na abertura do primeiro acto, serve de
ponto de partida para o conjunto de árias e duetos
a que Laquita Michtell e Michael Praceley dão voz
neste concerto da Orquestra do Norte, a iniciar o ciclo
de Noites de Ópera no Douro. Temas escolhidos para
reviver o quotidiano de Catfish Row, um subúrbio
supostamente perto da cidade de Charleston, na
Carolina do Sul, que um dia vê chegar um estranho
trio, composto por dois homens e uma mulher.
Numa luta a seguir a um jogo de cartas, Crown, o
amante da bela Bess, mata um dos elementos da
mesa. Foge, mas pronto para voltar. É Porgy, apesar
de maltratado pela vida, que conquista a jovem,
começando uma história de amor que parecia
desde logo marcada pela nostalgia da canção de
embalar, com que Clara, outra das habitantes
locais, tenta adormecer o seu filho, diante do ruido
da rua e dos jogadores nesse dia de Verão.
Amarante
01 Agosto
Amarante
Claustro da Câmara Municipal, 22h00
Pedro António Avondano – Il Mondo de La Luna, Ópera
Portuguesa dos Séc. XVIII, em versão de concerto
Filipa Passos, Clarice
Patrycia Gabrel, Flaminia
Marco Alves dos Santos, Ecclittico
Leandro César, Cecco
Pedro Telles, Buona Fede
Ariana Russo, Lisetta
Pedro Cachado, Ernesto
Jorge Matta, Direcção e Dramaturgia
Il Mondo de La Luna, Ópera Portuguesa dos Séc. XVIII
Pedro António Avondano nasceu em 1714, filho de um
genovês que veio para Lisboa como violinista da Real
Câmara, no tempo de D. João V. Foi, tal como o seu
pai, violinista da orquestra real, e um dos principais
compositores da época em Portugal, de música
dramática, sacra e instrumental.
as honras, Buona Fede acaba por aceitar as ordens do
imperador lunar (Cecco, um criado disfarçado) e casar
as duas filhas com os dois amigos, que na lua são ricos
e importantes personagens. Descobre a armadilha
tarde demais: as filhas estão casadas, e também a sua
criada Lisetta, que ele sempre cortejou, se casa com o
imperador lunar.
O libreto da ópera cómica Il mondo della luna é de Goldoni,
um dos mais importantes autores dramáticos italianos
do século XVIII, e este libreto, de tão extraordinário, foi
musicado em alturas diferentes por nove compositores,
entre os quais Joseph Haydn.
De uma enorme fluência e humor, mas ao mesmo
tempo crítica das convenções e do pretensiosismo,
esta ópera deixa-nos vários conselhos morais, entre
as quais que "cada um deve procurar em si próprio e
no seu mundo a solução para os seus problemas, e não
andar a enganar-se criando e perseguindo ilusões”.
Ecclittico e o seu amigo Ernesto estão apaixonados por
Clarice e Flaminia, as duas filhas do aristocrático Buona
Fede, mas este não as quer dar em casamento aos dois
amigos, reservando-as para pretendentes de maior
estatuto social.
Para contornar essa grande contrariedade, Ecclittico,
falso astrónomo, monta um telescópio em sua casa
e está com os discípulos a observar os astros. Mercê
de sofisticados estratagemas, leva o velho Buona
Fede a observar a lua, convencendo-o de que aquele
é um mundo maravilhoso e ideal, e acabando por
transportá-lo ilusoriamente para esse encantado
mundo lunar. Lá, deslumbrado e tratado com todas
Sabrosa
12 Agosto
Sabrosa
Espaço Miguel Torga, 21h30
Da Ópera a Zarzuela
Gaetano Donizetti - D.Pasquale, Abertura
Gaetano Donizetti - D.Pasquale , Quel Guardo il
Cavaliere
Gioachino Rossini - O Barbeiro de Sevilha, La Calunia
Manuel de Falla - A Vida Breve, Dança
Giuseppe Verdi – Rigoletto, Caro Nome
Giuseppe Verdi - D.Carlo, Ella Giamai M’Ammo
Amadeo Vives – Dona Francisquita, Fandango
Vincenzo Bellinni – Puritani, Qui La Voce
Piotr llitchTchaikovsky – Onegin, Aria de Gremin
Gerónimo Gimenez - O Baile de Luís Alonso,
Intermédio
Franz Lehar - Viúva Alegre, Mein Lippen
Cole Porter - Night and Day
Gerónimo Gimenez -A Boda de Luís Alonso,
Intermédio
Carla Caramujo, soprano
Rui Silva, baixo
Margarita Guerra, castanholas
José Ferreira Lobo, direcção
Da Ópera à Zarzuela
É por Itália, berço da ópera, que começa esta viagem por
várias paragens do universo do canto e por obras que
marcaram a história da música, partindo de escritos
(romances, peças de teatro, poemas) que foram
adaptados. Ilustrando expressões usadas em diferentes
momentos e por diferentes autores, num contágio
de influências que atravessa os continentes, desde a
Rússia aos EUA, e se propaga no tempo. São diferentes
maneiras de ligar música e texto, tanto dos compositores
italianos que enchem este programa, como das formas
da zarzuela espanhola, que conjuga canto e dança com
partes de texto ditas (e não cantadas).
D. Pasquale foi um sucesso imediato, passando
rapidamente a ser cantada por toda a Europa,
desde a sua estreia em Milão, no ano de 1843. Este
dramma buffo, em que Gaetano Donizetti (1797-1848),
usa na composição musical todos os seus recursos
dramáticos para caracterizar com minúcia as
personagens e situações cómicas que as envolvem,
é considerado uma súmula das suas qualidades
distintivas e da experiência que acumulara. Logo na
abertura, duas melodias se cruzam, uma delas depois
retomada na ária de Norina, a viúva que Don Pasquale
está prestes a conhecer… Já "Il Barbieri di Siviglia, opera
também cómica que Gioachino Rossini (1792 - 1868)
escreveu, em poucas semanas, a partir da peça de
Baumarchais, não foi um sucesso imediato.
Foram vários os que pegaram no texto e na personagem
inspiradora do barbeiro de Sevilha para o musicar, mas
o título acabou por se colar ao nome de Rossini, sendo
esta talvez a sua obra mais conhecida e interpretada. A
trama dá corpo a uma verdadeira sucessão de enganos,
disfarces e embustes - tudo vale para conquistar o
amor. E em que Don Basliio, professor de música, não
hesita em aconselhar a calúnia como forma de derrotar
o jovem conde Almaviva, que pretende conquistar a bela
Rosina, a contragosto do seu tutor, Dr Bartolo. O período
romântico italiano está indelevelmente ligado a Verdi
(1813-1901), outro dos compositores visitados neste
percurso musical. A sua capacidade para criar melodias
e o uso de recursos dramáticos de forma inovadora
deram-lhe um destaque que ainda hoje se mantém nas
temporadas das grandes salas de ópera. Tendo criado
personagens como Gilda (de Rigoletto), suspirando pelo
seu novo amor em Caro Nome, ou o lamento de um
homem já maduro que descobre que, apesar de todo o
seu poder, não consegue o amor da esposa, na ária de
D. Carlos que é um dos melhores momentos musicais já
escritos para a voz de baixo. Outro deles será a ária de
Grenim, na ópera Eugene Onegin, de Piotr Tchaikovsky
(1840 - 1946), baseada na texto em verso de Alexander
Pushkin. O último dos italianos citados neste programa,
é Vincenzo Bellini (1801-1835), que usa os recursos do
bel canto para maravilhar as plateias, mesmo num
melodrama sério como é o caso da sua última ópera Il
Puritani. A zarzuela é uma forma tipicamente espanhola
de drama musical, com raízes profundas desde a época
barroca, misturando cenas faladas com outras cantadas,
e também quadros de dança. Amadeo Vives (1871-1932)
e Gerónimo Gimenez (1854-1932) foram dois dos mais
reconhecidos autores deste género no final do século
XIX (tendo até trabalhado juntos em diversas obras),
com melodias que prendiam atenção dos ouvintes e o
uso elegante dos ritmos mais tradicionais. Inspiraram
vários compositores que os seguiram, como Manuel de
Falla (1876 -1946), um nome fundamental na definição
da identidade da música espanhola, que ajudaria a
moldar de forma irreversível. A vida breve é uma das
suas primeiras obras, a que lhe traz reconhecimento e o
prémio da Real Academia de Belas Artes de Madrid.
As influências do folclore e das músicas tradicionais de
Espanha, nomeadamente da sua Andaluzia natal estão
bem presentes na estrutura da obra, ainda que de
forma depurada e trabalhada até ao essencial.
Foz Côa
22 Agosto
Vila Nova de Foz Côa
Museu do Côa , 21h30
Encantamentos
Giacomo Puccini - Manon Lescaut, Intermédio
Giacomo Puccini – Gianni Schicchi, O Mio Babbino Caro
Leonard Bernstein - West Side Story, Mambo
Leonard Bernstein - West Side Story, Tonight
Leonard Bernstein - West Side Story, Feel Pretty
Andrew Webber –The Phantom of the Opera, Abertura
Andrew Webber –The Phantom, Think of Me
Andrew Webber – Cats, Memory
George Gershwin - Summertime
Federico Chueca - El Bateo, Preludio
Miguel Nieto/Gerónimo Gimenez – El Barbero de Sevilla,
Me LIaman la Primorosa
Francesco Sartori/Lucio Quarantotto - Time to Say
Goodbye
Miriam Sharoni, soprano
José Ferreira Lobo, direcção
Encantamentos
O compositor italiano Giacomo Puccini (1858-1924)
foi um dos maiores expoentes da ópera verista, com
histórias que retratavam personagens e situações
do quotidiano ou ligadas a episódios históricos. Estes
enredos eram cheios de música muitas vezes a atingir
a tensão emocional mais profunda, imediatamente
reconhecível. Como no Intermezzo de Manon Lescaut,
ou na célebre ária da ópera Gianni Schichi, O Mio Babbino
Caro, em que Lauretta tenta aplacar o pai, determinado
em impedir o amor que a jovem sente por Rinuccio. Esta
é a primeira personagem feminina que Miriami Sharoni
incarna neste recital com a Orquestra do Norte. Conjunto
de temas que ganharam identidade própria e destacada
das obras que integram - histórias de amor cantadas.
Em West Side Story, Maria apaixona-se pelo rapaz errado,
ou melhor, do gang errado. Esta adaptação livre do Romeu
e Julieta, que Leonard Bernstein (1918-1990) musicou para
um famoso filme, passa-se em Manhattan, na década
de 50, entre grupos rivais que chegam ao grande sonho
americano trazendo ainda culturas bem diferentes,
bem como os seus ritmos de origem. Mas enquanto se
acendem as rixas, o amor surge entre os dois jovens.
Maria explica às colegas como se sente envolvida e
canta a magia do presente.
O mesmo inebriamento poderá ter sentido Christine,
quando é chamada ao palco pela primeira vez como
figura principal. Mas o seu canto traz a atenção do
misterioso Fantasma da Ópera, que se esconde nas
profundezas do edifício. Esta uma das obras mais
aclamadas de Andrew Loyd Webber (1948 - ), compositor
inglês que teve no tema Memory o momento mais
conhecido de outra das suas grandes produções, Cats.
Summertime foi escrita pelo compositor norte-americano
George Gershwin (1898-1937) para Porgy and Bess, que
o próprio apelidou de ópera-folk. Usando o apelo do jazz
e sonoridades populares tradicionais como ingrediente
inovador para composições onde se denotam
influências mais eruditas. Porgy and Bess foi estreada
em 1935, depois de um grande periodo de maturação.
No seu centro estão diversas personagens que se
cruzam numa comunidade afro-americana. A escolha
do tema provocou polémica, mas a obra depressa
conquistou o seu lugar no reportório internacional,
sendo Summertime cantada pelas maiores intérpretes.
Também Federico Chueca (1846-1908), criou melodias
que se tornaram grandes êxitos, usando o tango e
outras formas de expressão popular em EL Bateo,
uma das últimas zarzuelas espanholas do género
chico. Alternando cenas cantadas com outras faladas,
coreografias e momentos cómicos, estas obras terão
começado a ser apresentadas no Palácio da Zarzuela,
em Madrid, ganhando assim o nome que as iria
propagar pelo tempo. Uma das mais famosas será El
Barbero de Sevilla, personagem inspiradora de várias
obras, esta com música de Jeronimo Gimenez e Miguel
Nieto, estreada em 1901 (depois de conhecida já a célebre
ópera de Rossini). Trama bem construída e satírica, em
que Elena, jovem aspirante a cantora tem de enfrentar
a oposição do pai, que prefere vê-la tomar outros
caminhos. No final, há celebração e contentamento
para todos, mas até lá a cantora tem de explicar, com
toda a expressividade de que é capaz, como a música
lhe é tão importante.
Alijó
03 Outubro
Alijó
Quinta da Levandeira do Roncão, 18h00
Outro grande compositor romântico francês, Jules
Massenet (1842-1912), ficou exactamente conhecido
pelas suas óperas, sendo um dos autores que mais
marcaram o reportório francês nesta área musical,
juntamente com Bizet. A partir de um texto do poeta
“Viagem pela Ópera Francesa”
alemão Goethe - uma história de amor malogrado -,
Camille Saint- Saëns - La Princesse Jaune, Abertura
Werther não foi um sucesso imediato, mas desde então
Jules Massenet - Werther, Va! Laissez Couler mes
tem sido cantado em todos os palcos internacionais.
Larmes
Foi na Ópera de Paris, um dos grandes pólos operáticos
Jules Massenet - Werther, Pourquoi me Reveiller
do momento, que o compositor germânico, de origem
Jules Massenet - Werther, Ces Lettres
judaica, Giacomo Meyerbeer (nascido Jacob Liebmann,
Giacomo Meyerbeer - L’Africaine, Oh Paradis!
1791-1864), desenvolveu grande parte do seu trabalho
Camille Saint- Saëns - Samson et Dalila, Mon Coeur
e viu estreadas algumas das suas produções mais
S’Ouvre a ta Voix
aplaudidas. Nestas obras mostrava bem a intimidade
Camille Saint- Saëns - Samson et Dalila, Bacchanale
que tinha com a tradição de canto italiana e as formas de
Georges Bizet-Carmen, Habanera
composição orquestral alemã, numa síntese própria, que
Georges Bizet-Carmen, La Fleur que Tu M’Avais
lhe garantiu grande sucesso em várias partes da Europa.
Jetée
Georges Bizet-Carmen, Dance Boheme
A primeira noite em que a ópera Carmen foi apresentada
Georges Bizet-Carmen, C’est Toi...C’est Moi...
terá corrido a dois tempos, segundo rezam várias
Emmanuel Chabrier-Espanha
crónicas de testemunhas dessa longa sessão de estreia.
Desde logo, a produção fora afetada pelas dificuldades
Cristina Faus, meio-soprano
que orquestra e coro tinham sentido na interpretação,
Albert Montserrat, tenor
com as diferenças rítmicas e dinâmicas da partitura, e
José Ferreira Lobo, direcção
pela movimentação cénica arrojada. Na distinta plateia
que ouvia esta première, entre as quais estavam vários
outros colegas de profissão de Bizet (1838-1875), o inicial
entusiasmo diante da obra deu lugar a uma frieza que
no final passou a reacção negativa e mesmo indignação.
O carácter da personagem principal, cigana espanhola
Viagem pela Ópera Francesa
La princesse Jaune (a princesa amarela) foi a segunda sensual e liberta de convenções, bem expresso nas suas
incursão de Camille Saint-Saëns (1835-1921) pelo árias provocadoras, como em L'amour est un oiseau
universo da ópera. Menino prodigioso, bem jovem já rebelle, ofendia a moralidade vigente e Bizet morreria
mostrava as suas qualidades de intérprete - Liszt sem saber que esta sua obra se transformaria num
terá dito que era o maior organista do mundo - e a marco para música francesa, sendo as suas árias das
facilidade com que compunha em diferentes géneros. mais famosas de todo o reportório operático.
Gostava de música, que conhecia profundamente, era
um viajante sempre à procura de novos destinos - A atracção pelo diferente, pelo exótico, bem como pelas
nesta obra mostra o seu fascínio pelo oriente e muito suas formas populares mais intrínsecas, tiveram eco
especificamente pelo Japão. Deixou uma produção também na rapsódia para orquestra de Emmanuel
imensa, entre as quais estão peças precursoras como o Chabrier (1841-1894). A obra foi composta após uma
Carnaval dos Animais ou o a ópera Sansão e Dalila, com viagem do compositor por este país, numa descoberta
a pungente e profundamente romântica ária Mon coeur pelos ritmos, sonoridades e formas de dança regionais,
s'ouvre a ta voix, um desafio para as maiores vozes do mistura de vivacidade e sensualidade que despertaram
mundo, em que a tentadora amante seduz o namorado, o seu interesse, sendo o primeiro dos autores franceses
deixando-o vulnerável, apesar da sua mítica força física. a dedicar uma obra a Espanha.
LAQUITA MITCHELL
Tem recebido convites constantes das mais importantes
salas de ópera de toda a América do Norte e Europa: Los
Angeles Opera, San Francisco Opera, Houston Grand
Opera, Lyric Opera de Chicago, New York City Opera,
Washington National Opera, Opera Comique em Paris,
entre muitas outras.
Na sua estreia em Porgy and Bess, em São Francisco,
a imprensa escreveu: “A soprano Laquita Mitchell (...)
deslumbrou com a sua pureza de timbre e presença
teatral vívida”. Desde então já interpretou o papel de
Bess em variadíssimas produções.
O New York Times, pela sua interpretação de Violetta (em
“La Traviata”, de Verdi) na abertura da temporada 2012 da
New York City Opera elogiou a beleza da voz de Mitchell, ao
mesmo tempo «cintilante e rica, suave e expressiva”.
Outras notáveis apresentações incluem Micaela, (Carmen),
na Ópera de Nova Iorque; Leonora (Il trovatore), na
Carolina do Sul e Nashville Opera; o papel de Sharon
(Master Class, de Terrance McNally), no Kennedy Center;
Musetta (La bohème), na Ópera de Los Angeles; Mimi
(La bohème), Donna Anna (Don Giovanni) e Donna Elvira
(Don Giovanni).
Apresentou-se com a Orquestra de Louisville, Orquestra
Sinfónica de Dallas, Orquestra de Filadélfia, New Jersey
Symphony, Princeton Symphony Orchestra, entre outras
formações, tendo cantado em concertos com Branford
Marsalis e “Salute to Arlen”, no Carnegie Hall. Muito
aplaudida foi também a sua presença no Concerto de Gala
da Cincinnati Opera realizada no Washington Park.
No verão de 2014, foi convidada para um recital pela
Associação de Críticos de Televisão em Los Angeles.
Recentemente, estreou-se com o Philadelphia
Orchestra, sob a direcção de Yannick Nézet-Seguin.
O percurso de Laquita Mitchell começou desde cedo a
ser premiado: foi a vencedora em 2003 da competição
McCollum Houston Grand Opera Eleanor. Em 2010,
recebeu o prémio Distinguished Alumni para jovens
músicos, atribuído pela escola de música de Manhattan,
e em Maio deste ano recebeu igual distinção pela sua
graduação no Choir College de Westminster.
MICHAEL PREACELY
Figura em ascensão na cena operística, o barítono
norte-americano Michael Preacely é conhecido pela
versatilidade em vários géneros de repertório. Foi
aclamado pelo desempenho de papéis como Fantasma
(O Fantasma da Ópera), Scarpia (Tosca), Ford (Falstaff),
Marcello (La Bohème), Sumo Sacerdote (Sansão e
Dalila), e Porgy (Porgy and Bess). Actuou nas principais
salas de ópera e com as mais importantes orquestras
americanas, começando paralelamente uma carreira
internacional de relevo. Recentemente, completou
uma digressão europeia de Porgy and Bess, recebendo
óptimas críticas.
A sua estreia, com a Orquestra Sinfónica da Universidade
Butler, foi um presságio de tudo isto, tendo cantado ao
lado da mundialmente famosa soprano Angela Brown,
exactamente em Porgy and Bess. Início de uma série de
convites para produções operáticas por todos os EUA. O
seu sucesso como solista em concerto floresceu com
algumas das principais formações do país, incluindo
a Oakland East Bay Symphony, Memphis Symphony,
Hamilton-Fairfield Symphony, Orquestra de Cleveland
e Trenton Choral Society, entre outras.
Foi vencedor do First Place Graduate no Concurso de
Bolsas Alltech Vocal da Universidade de Kentucky e de
outros prémios em várias competições, como a National
Opera Vocal Artist e Metropolitan Opera Auditions.
Actualmente, está a trabalhar no lançamento de seu
primeiro álbum, Spirituals e Hymns, tendo agendados
concertos e recitais por todos os Estados Unidos.
CARLA CARAMUJO
Diplomada pela Guildhall School of Music and Drama e
pelo Royal Conservatoire of Scotland, Carla Caramujo foi
vencedora dos Concurso Nacional de Canto Luísa Todi,
Musikförderpreis der Hans-Sachs-Loge (Alemanha),
Dewar Award, Chevron Excellence e Ye Cronies Awards
(Inglaterra).
O seu repertório abarca uma grande diversidade
de papéis desde a ópera barroca à produção
contemporânea, destacando-se as suas interpretações
de : La Contessa di Folleville em Il viaggio a Reims de
Rossini, Gilda em Rigoletto, D. Anna em Don Giovanni,
Adele em Die Fledermaus, Lisette em La Rondine de
Puccini (Teatro Nacional de S. Carlos); Violetta em La
traviata (Festival de Sintra); Adina em L’elisir d’Amore
(Teatro da Trindade), Nena em Lo frate ‘nnamorato
de Pergolesi, La Jeunesse em Le Carnaval et la Folie
de Destouches (CCB / Músicos do Tejo), Vespina em
La Spinalba de Francisco A. Almeida (Festival de
Vigo/Músicos do Tejo), Valetto em L’Incoronazione
di Poppea (Traverse Theatre, Edimburgo), Armida
em Rinaldo de Händel (Festival Theater, Edimburgo);
Rainha da Noite em Die Zauberflöte (Trinity Theatre,
Kent); Fiordiligi em Così fan tutte (Rivoli), Herz em Die
Schauspieldirektor de W. A. Mozart (Faro), Frasquita em
Carmen (Teatro Comunale de Bolonha), Fada Azul em La
bella dormente de Respighi e Controller em Flight de J.
Dove (New Atheneum Theatre, Glasgow) e Salomé na
estreia mundial de O sonho de Pedro Amaral (London
Sinfonietta, Londres e Gulbenkian), entre outros.
Em concerto foi solista em Messias (Händel), Requiem
(Brahms), Missa em Dó Menor, Missa da coroação e
Requiem (W. A. Mozart), Sinfonia nº9 (Beethoven), Gloria
(Poulenc), Paixão segundo S. João (J. S. Bach), Elijah
(Mendelssohn), Carmina Burana (C.Orff), Stabat Mater
(Haydn e Pergolesi), Cap al meu silenci (Salvador Pueyo)
e Requiem Inês de Castro de Pedro Camacho. Estreou a
versão sinfónica de Lua, canção de uma morte de Nuno
Côrte-Real, tendo-se apresentado em salas tais como
Heidelberg Hall, Smetana Hall (Praga), The New Sage
Gateshead Music Centre (Newcastle), Fairfield Hall, St.
James Piccadilly, Barbican Hall (Londres), Teatro Péon
Contreras (Mérida, México), Gulbenkian e CCB, SODRE
(Montevideu), Usina del Arte (Buenos Aires), Teatro
San Martin (Córdova, Argentina), para além de vários
festivais nacionais e internacionais.
Integrou o elenco de Un moto di gioia, Mozart Concert
Arias com a CNB e a orquestra barroca Divino Sospiro
numa criação de Anne Teresa De Keersmaeker.
Recentemente apresentou-se nas melhores salas
Argentinas com o Ensamble de los Buenos Aires e a
Orquesta de cuerdas Municipal de Córdoba. Foi solista
na Grande Missa em Dó Menor e nas Vesperae solennes
de confessore de Mozart com a Orquestra Metropolitana
de Lisboa e interpretou o papel de Clorinda em La
Cenerentola de Rossini no Teatro Nacional de S. Carlos.
MIRIAM SHARONI
Miriam Sharoni nasceu em Malmö, na Suécia e cresceu
em Israel. Foi aluna de canto de Ingeborg Reichelt na
Escola Superior Robert-Schumann em Düsseldorf,
na Alemanha. Continuou os seus estudos com Judith
Beckmann na Escola Superior de Música e de Teatro em
Hamburgo, no mesmo país. Graduou-se com distinção
e prosseguiu a sua formação com masterclasses de
Elisabeth Schwarzkopf, Agnes Giebel, Christa Ludwig, e
Mitsuko Shirai/Hartmut Höll.
Em 1996 Miriam Sharoni foi galardoada com o Prémio
DAAD. No mesmo ano recebeu uma bolsa de estudo do
Instituto Vocal de Israel, o que lhe permitiu a sua entrada
como estudante na Metropolitan Opera de Nova Iorque.
Em 1997 foi vencedora na Competição Internacional de
Opereta “Robert Stolz” e no concurso “Elise Meyer” em
Hamburgo.
Seguiram-se vários recitais na Alemanha, Suiça e Israel.
Cantou em várias produções de ópera e oratórias. Foi
também convidada das mais importantes rádios e
televisões alemãs.
Em 1996 realizou a sua primeira performance operática
no Teatro Nacional de Schwerin. No ano seguinte foi
convidada a cantar no Teatro Municipal de Bremerhaven,
também na Alemanha. Entre 1997 e 2001 foi elemento
permanente do Ensemble de ópera do Teatro Municipal
de Braunschweig. No Verão de 2001 obteve um grande
sucesso como Pamina na “Flauta Mágica” de Mozart nas
jornadas de Verão Eutiner.
Apresentou-se em diversas produções como Maria de
“West Side Story” de Bernstein na Ópera Popular de
Viena e no Teatro Vorpommersche de Stralsund. E como
Princesa Laya em “The Flor de Havaí” e Sylva Varescu
em “The Gypsy Princess”.
ARIANA RUSSO
Em 2000 iniciou os seus estudos musicais no Instituto
Gregoriano de Lisboa, completou os Cursos de Canto no
Conservatório Nacional e da Escola Superior de Música
de Lisboa.
É membro do Coro Gulbenkian desde 2008.
Como solista, cantou na Missa Brevis de Haydn (2009),
o Requiem de Mozart (2012), o Sacred Concert de Duke
Ellington (2012), a Missa em sol de Carlos Seixas (S. Carlos,
2012), Oratória de Natal de C. Saint-Säens, Stabat Mater de
Pergolesi, Cantata BV 61 de J. S. Bach, O Achamento do Brasil
e O Conquistador de Jorge Salgueiro, Missa Pueri Cantorum
de Tiago Oliveira e Cantata de Natal de Rui Soares.
Estreou-se no papel de “2nd Woman” na Ópera Dido
e Eneias de Purcell, levada à cena no Salão Nobre do
Teatro de S.Carlos (Junho 2009). Interpretou “O Fogo” na
ópera L’enfant et les Sortiléges de Ravel (2011) e ainda
o “Prince” na ópera Cendrillon de Massenet, “Semele”
na ópera L’Egisto de Cavalli (2011), e “Fillide” na ópera Il
sogno dello Zingano de A. Miro (S. Carlos, 2012).
Em 2011 integrou o elenco de solistas que fez a estreia
mundial da ópera de Edward Ayres de Abreu “Ainda não
vi-te as mãos”.
Frequentou a Escola Superior de Musica de Karlsruhe,
onde estudou com Donald Litaker.
Em 2011 obteve o 1ºprémio e o Prémio de música
Portuguesa no Concurso Nacional de Canto dos
Conservatórios.
Em 2013 obteve o 3º prémio no Curso Internacional de
Canto do Fundão.
FILIPA PASSOS
Iniciou os seus estudos musicais aos seis anos de idade.
Ao mesmo tempo que frequentou a sua licenciatura
em medicina, concluída em 2004, estudou também no
Instituto Gregoriano de Lisboa (IGL), onde terminou o
Curso Complementar de Teclado. Iniciou os estudos de
canto em 1999 com a Professora Elsa Cortez, com quem
concluiu o Curso Geral de Canto na Escola Luís António
Maldonado Rodrigues. Frequentou, como participante,
cursos de interpretação ministrados por Helmut Lips
(2000 e 2001), Gundula Janowitz (2001), Teresa Berganza
(2002), Hilde Zadek (2003) e Laura Sarti (2003). Desde
1998 que se apresenta em diversos recitais e em 2001, em
colaboração com o Coro de Câmara do IGL, representou
os papéis de First Witch e Second Woman na ópera
Dido and Aeneas, de Henry Purcell, em Guimarães, sob
a direcção de Armando Possante. Em 2004 representou
o papel de Jovem Índia na ópera infantil O Achamento
do Brasil, de Jorge Salgueiro, em colaboração com a
Foco Musical. Apresentou-se também como solista
com o Grupo Vocal Olisipo em diversas actuações. É
membro do Coro Gulbenkian desde Outubro de 2003.
Actualmente, aperfeiçoa o canto com a Professora Elsa
Saque e é especialista em Ginecologia-Obstetrícia no
Hospital Garcia de Orta. Apresenta-se regularmente em
recital acompanhada pelo pianista Francisco Sasseti.
PEDRO CACHADO
Pedro Cachado, natural da Golegã, é diplomado em
canto pela Escola de Música do Conservatório Nacional
de Lisboa, com classificação máxima, na classe de Ana
Paula Russo. Participou em masterclasses de Canto e
Interpretação com Izabella KŁosinska, Eytan Pessen,
Lucia Mazzaria, Susan Waters, Maestro João Paulo
Santos e Tom Krause.
É membro do Coro Gulbenkian desde 2010.
Como solista cantou St. Nicholas de B. Britten, Missa
de Stravinsky, sob direcção de Paul McCreesh, os Te
Deum de David Perez e António Leal Moreira (1ª audição
moderna) com a orquestra Divino Sospiro na Fundação
Calouste Gulbenkian (FCG), Te Deum de António Leal
Moreira (2012), António Teixeira (2013) e Jerónimo
Francisco de Lima (2014) nos concertos de Ano Novo
da FCG transmitido pela RTP, In Festo assumptiones
B.M.V. de Carlos Seixas, Paixão segundo São Marcos e
Magnificat de J.S.Bach, Saul de G.F.Handel (Jonathan),
Missa da Coroação (Missa em Dó, KV 317) e Grande
Missa em Dó menor (K. 427) de W.A.Mozart, Oratória
de Natal de C. Saint-Saëns, Missa em Sol Maior de
Carlos Seixas no salão nobre do Teatro Nacional de São
Carlos, Weinachthistorie (Evangelista) de H. Schütz na
abertura do Festival de Música Sacra de São Roque e
interpretou os papéis de Monostatos (Die Zauberflute
de W.A.Mozart) e Le Petit Veillard (L’Enfant et les
Sortiléges de M. Ravel), Spirto I (Orfeo) de C. Monteverdi
com a orquestra Divino Sospiro na FCG e Aman (Ester by
A. Leal Moreira).
PEDRO TELLES
Natural do Porto, iniciou os seus estudos de canto com
a Professora Fernanda Correia. Na classe da mesma
Professora, terminou os seus estudos superiores em
Canto Teatral, na Fundação Conservatório Regional de
Gaia.
No domínio da Oratória, foi solista em várias Oratórias
destacando-se o Magnificat, a Cantata Ich habe genug,
Cantata 147, as quatro Missas Brevis e a Paixão segundo
S. João de Bach. A Missa Solene de S.Cecília de Gounod.
A Via Crucis de Liszt. Missa Dolorosa de Caldara. Missa
em Ré Maior de Otto Nicolai. Missa da Coroação e no
Requiem de Mozart. Passio de Arvo Part. A Fantasia
de Natal de Vaughan Williams. A Oratória de Natal de
Saint Säens. Missa Solene e Stabat Mater de Rossini.
Missa das crianças de John Rutter. Requiem de Fauré.
Requiem de Donizzetti. The armed Man de Karl Jenkins.
Realizou em 1ª audição a personagem de Jesus na obra
Paixão segundo S. João de P. Ferreira dos Santos.
No campo da Ópera, interpretou os papéis de Papageno
na Flauta Mágica de Mozart, Giorgio Germont em La
Traviata de Verdi, Don Colagianni no Il Maestro di Musica
de Pergolesi, Doutor Malatesta no Don Pasquale de
Donizetti, Eneas em Dido e Eneas de Purcell, Figaro nas
Bodas de Figaro de Mozart, Marcello em La Bohéme
de Puccini, Rigoletto no Rigoletto de Verdi, Sábio em
A Floresta de Eurico Carrapatoso e Dottor Bartolo no
Barbeiro de Sevilha de Rossini. Realizou em estreia
absoluta com Orquestra do Norte sob direcção de
Ferreira Lobo a ópera “O Crepúsculo do Crítico” de
Manuel Faria.
No decorrer do seu percurso, cantou sob a direcção
dos maestros Manuel Ivo Cruz, Mário Mateus, Gunther
Arglebe, Ferreira dos Santos, Ferreira Lobo, Eugénio
Amorim, Cesário Costa, Evgueni Zouldikine, Gaetano
Soliman, Belarmino Soares, Marc Tardue, Julian
Reynolds, Fernando Lapa, António Baptista, António
Lourenço, Jairo Grossi, Armando Vidal, Sérgio Ferreira,
Filipe Veríssimo e Lawrence Golan.
Tem realizado concertos em Portugal, Espanha, Suiça,
França, Brasil e Polónia.
Frequentou cursos ministrados por Paul von
Schillawsky, Ileana Cotrubas, Charles Hamilton, Amin
Feres, Charles Spencer, Rudolph Piernay, António
Salgado, Rio Novello, Neyde Thomas e Luciana Serra.
Estuda desde sempre com a Professora Fernanda
Correia e regularmente com Hilde Zadek.
É um dos maestros do Coro de S.Tarcísio do Porto e
docente no Instituto Piaget de Viseu e na Escola de
Música de Costa Cabral.
MÁRIO JOÃO ALVES
Nascido em Perafita, estudou com Fernanda Correia
e prosseguiu os seus estudos em Turim e Génova.
Trabalha repertório com João Paulo Santos.
Convidado regular do Teatro Nacional São Carlos (Cosi
fan Tutte, O Barbeiro De Sevilha, O Elixir do Amor, A
Flauta Mágica, Gianni Schicchi, La Rondine, O Rapto no
Serralho, O Morcego, Jeanne d’Arc au Boucher, O Nariz,
Four Saints in Three Acts, The English Cat, Il Cappello di
Paglia di Firenze,…), tem também colaborado nas mais
recentes temporadas dos teatros: La Fenice de Veneza,
La Monnaie de Bruxelas, Regio de Turim, BAM de New
York, Maestranza de Sevilla, Comunale di Bologna, Cairo
Opera House, Seoul Arts Center, Muscat Royal Opera
House, Tokyo, Lausanne, Maputo, Paris, Palermo,
Macau, Bari, Como, Pavia, entre outros.
Colabora com a generalidade das orquestras e
instituições nacionais em concerto, ópera e recital.
Com a Orquestra do Norte participou em produções de
O Barbeiro de Sevilha (Conde de Almaviva), O Elixir do
Amor (Nemorino), Madama Butterfly (Pinkerton) e La
Traviata (Alfreedo Germont). Gravou para as etiquetas
Naxos, RCA Victor, Farol, Emi, Portugaller, Numerica e BMG.
Autor, publicou A Valsa dos Sem-Isqueiro, Afonso
Cabrita, meu tio, ensaísta, toureiro e melancólico,
(Prémio Bocage de Conto 2010), Amilcar, consertador
de Búzios Calados (Prémio Matilde Rosa Araújo 2010 de
Conto Infantil), e José, será Mago?.
Foi co-fundador do quinteto vocal Vozes da Rádio e,
mais recentemente da companhia Opera Isto. Dirige
o Estúdio de Opera do Conservatório de Música de
Coimbra.
RUI SILVA
Natural da Póvoa de Varzim, concluiu a Licenciatura
do Curso Superior de Canto Teatral, com elevada
classificação, no Conservatório Superior de Música de
Gaia, na classe da Prof. Fernanda Correia. Atualmente,
frequenta o Mestrado em Ensino da Música, variante de
Canto, no mesmo estabelecimento de ensino.
Profissionalmente, é docente da classe de Canto, na
Escola de Música da Póvoa de Varzim.
Trabalhou aperfeiçoamento vocal e repertório com o
Maestro Marc Tardue.
Apresentou-se, como solista, em variadíssimas
Óperas, tais como: Fauteuil, “L’Enfant et les Sortilèges”,
Ravel; Uberto, “La Serva Padrona”, Pergolesi; Rei, “El
Gato con Botas”, Montsalvatche; Colas, “Bastien und
Bastienne”, Mozart; Sarastro, “A Flauta Mágica Mozart;
Leporello, “Don Giovanni, Mozart; Morales and Escamillo,
“Carmen”, Bizet; Father, “Sete Pecados Mortais”,
Kurt Weill; Ferrando, “O Trovador”, Verdi; Balthazar,
“Amahl e os Visitantes da Noite”, Menotti; Fiorello and
Ufficiale, “O Barbeiro de Sevilha”, Rossini; Taddeu de
Albuquerque, “Amor de Perdição”, J. Arroyo; Il Gran
Ministro, L’orafo and Il Genio della Lampada, “Aladino e a
Lâmpada Mágica”, Nino Rota; Simone, “Gianni Schicchi”,
Puccini; Pessimista, “A Coragem e o Pessimismo”,
Jorge Salgueiro; “Irene”, A. Keil; “As Bodas de Fígaro”,
Mozart; “Dido e Aeneas”, Purcell… Paralelamente, tem
participado em diversas Galas de Ópera. No campo
da Oratória, foi solista em imensas obras, das quais
se destacam: “Missa da Coroação”, Mozart; “Missa
Brevis in G”, Mozart; “Requiem”, Mozart; “Requiem”,
D. Bomtempo; “Requiem”, Donizetti; “Magnificat”,
Pergolesi; “Magnificat”, Bach; “Stabat Mater”, Dvorák;
“Missa op. 147”, Schumann; “Te Deum”, Bruckner; “Via
Crucis”, Liszt… Do repertório apresentado em concerto
fazem parte obras de Ariel Ramirez, Bruckner, Barber,
Bards, Dureflé, Kodaly, Czerny, Otto Nicolai, Saint-
Saens, Debussy, Poulenc, Ravel, Fauré, Haendel, Mozart,
Bach, Beethoven, Fernando Lapa, Lopes-Graça, Manuel
Faria, Schumann, Schubert, Brahms, Rossini, Puccini,
Verdi, entre outros. Cantou sob a direção de prestigiados
Maestros, tais como: Mário Mateus, Lawrence Golan,
Artur Pinho, Vassalo Lourenço, Jiri Málat, Ferreira dos
Santos, António Saiote, Miramontes Zapata, Nicola
Giusti, Ferreira Lobo, Rui Massena, Marc Tardue, entre
outros. Apresentou-se, como solista, em inúmeras
salas de espetáculos e teatros de relevância. Participou
em diversos Masterclasses, com grandes nomes do
panorama lírico nacional e internacional. Foi galardoado
com Menção Honrosa no Concurso Nacional de Canto
Luísa Todi, e foi semifinalista do Concurso Internacional
de Canto Montserrat Caballé, Saragoça, Espanha. Em
2011, foi convidado a integrar o Estúdio de Ópera do
Teatro de Nuremberga, Alemanha.
Frequentou o curso de Teologia, Universidade Católica
Portuguesa - Braga, e o curso de Direito, Universidade
Lusíada - Porto.
iniciou os seus estudos na escola em que actualmente
lecciona, o Conservatório de Música do Porto; concluiu a
licenciatura bietápica em Música, variante instrumento
e ramo cravo na Escola Superior de Música de Lisboa em
2006 e o Mestrado em Ensino da Música na Escola das
Artes da Universidade Católica, polo da Foz no Porto em
2011. Aperfeiçoou conhecimentos com intérpretes de
cravo de renome em cursos / masterclasses em vários
países europeus como: Carole Cerasi, Terence Charlston,
Ilton Wjuniski, Ketil Haugsand, Rinaldo Alessandrini,
Giorgio Cerasoli, Laurence Cummings, Sieber Henstra,
entre outros. Recebeu em 2005 um prémio de mérito
atribuído pelo Instituto Politécnico de Lisboa. Os seus
projectos num futuro próximo incluem o ciclo de
concertos denominados Tertúlias Musicais em parceria
com o tenor Márcio da Rosa no Município da Trofa e
vários concertos programados para 2015 e 2016 com a
Orquestra do Norte em que se apresentará ao cravo a
realizar o baixo contínuo de variadas obras e também
como solista (Concerto para cravo e orquestra de V.
Manfredini). Em 2016 está também agendado na cidade
de Nagoya, Japão, uma masterclass de cravo e música
ISABEL CALADO
de câmara assim como concerto para dois cravos em
Intérprete de cravo. Apresenta-se regularmente parceria com o músico japonês Michio O’Hara.
em concertos em vários países europeus e no Japão
como solista e integrada em vários grupos de música
de câmara e orquestras. Das orquestras com as MARGARITA GUERRA PEINADO
quais trabalhou destacam-se a Orquestra do Norte, a Iniciou os estudos musicais aos seis anos. No
Orquestra do Algarve, a Orquestra Com.Cordas (Braga) Conservatório Superior de Música de Madrid foi aluna
e a Orquestra Barroca de Nagoya (Japão). Dos grupos de de Julia Parodi, Federico Sopeña, G. Gambau, Moreno
música de câmara com os quais trabalhou destacam- Bascuñana, etc.
se o Musica et Tempora, o Ensamble dos Biscaínhos e Desde muito nova alternou os estudou musicais com os
a parceria desde 2009 com o tenor, residente no Reino de dança, disciplina que lecionou durante quinze anos
Unido, Márcio da Rosa. A sua discografia inclui dois CD’s: em diferentes instituições.
Seis Sonatas Prussianas de C. P. E. Bach e Pièces de Dedica-se, desde 1962, à pedagogia musical na cidade
Clavecin: Huitiéme et Douziéme Ordres de F. Couperin, de Pontevedra. Concomitantemente criou vários coros
ambos gravados pelos Estúdios Rangel, Porto. Também infantis e juvenis com os quais participou em concursos
gravou sonatas de D. Scarlatti no único cravo português de polifonia. Foi profesora de Música de Ensino
original de 1758 da autoria de J. Antunes que sobreviveu Secundário na mesma cidade e leccionou inúmeros
até hoje e que se encontra no Museu da Música em Lisboa. cursos de Pedagogia Musical e Técnica Vocal Coral.
As Sonatas de Scarlatti foram gravadas no âmbito do Em 1977 fundou em Pontevedra o Coro de Câmara
projecto internacional designado Maratona Scarlatti. "Ars Musicae". Desde 1986 dirige o Coro do LiceoParalelamente à actividade performativa lecciona cravo Casino de Vilagarcía de Arousa. Dirigiu também o Coro
e baixo contínuo no Conservatório de Música do Porto. Universitário de Santiago de Compostela.
Desde 2011 vários dos seus alunos têm sido premiados Com vista a especializar-se na direcção de coros
em concursos de cravo a nível nacional. Em Março de frequentou, tanto em Espanha como no estrangeiro,
2015 leccionou uma masterclass de cravo e música de cursos de interpretação, técnica vocal, direcção coral e
câmara em Nagoya, Japão. Relativamente à formação: análise musicológica. Nas várias formações foi aluna de
Alberto Blancaflor, Martín Porras, Philippe Herreweghe,
Níger Roger, Montserrat Figueras, Jordi Savall, Samuel
Rubio, Mark Browm, Oriol Martorell, Esperanza Abad,
Marius van Altena e Helena Lazarska.
Actuou como solista em Castanholas com a Orquestra
do Norte, sob a direcção de José Ferreira Lobo, em
Portugal, França e Polónia, e com a Orquestra Sinfónica
de Melide com Fernando Vázquez Arias, em diferentes
cidades de Espanha.
Em 2006, inserido nas comemorações do vigésimo
quinto aniversário de Coro Liceo-Casino de Vilagarcía
de Arousa, dirigiu e produziu a zarzuela "La Gran Vía".
Produziu em 2009 a zarzuela Agua, azucarillos y
aguardiente, com a participação do Coro Liceo de
Vilagarcía e da Banda de Música Municipal de Vilagarcía,
dirigida por Jesús Nogueira.
JORGE MATTA
Maestro-adjunto do Coro Gulbenkian, é doutorado
em Musicologia Histórica pela Universidade Nova de
Lisboa, onde ensina no Departamento de Ciências
Musicais. Investigador, editor e intérprete, tem-se
destacado pela recuperação e divulgação do património
musical português, realizando a primeira audição
moderna de mais de 300 obras vocais e instrumentais
de compositores portugueses, e estreias absolutas
de obras de Constança Capdeville, Jorge Peixinho,
Fernando Lopes-Graça, Filipe Pires, Miguel Azguime e
Eurico Carrapatoso.
A sua já longa discografia, a maior parte com o Coro
Gulbenkian, é dedicada também à música portuguesa,
desde a polifonia seiscentista até aos compositores dos
nossos dias. A uma das gravações foi atribuído o Prémio
Discobole da Academia Francesa do Disco.
Como autor e intérprete gravou para a televisão as séries
de programas “Música de Corte no Palácio da Ajuda”
(1986), “Tempos da Música” (1988) e “Percursos da Música
Portuguesa” (2008). Participou em importantes festivais
de música portugueses e estrangeiros (Espanha,
França, Inglaterra, Alemanha, Israel, China e Estados
Unidos), e dirigiu as mais importantes orquestras em
Portugal, para além de outros agrupamentos na Bélgica,
Alemanha e Estados Unidos.
Foi Director do Teatro Nacional de S. Carlos e Presidente
da Comissão de Acompanhamento das Orquestras
Regionais.
HENRIQUE SILVEIRA OLIVEIRA
Nasceu em Lisboa em 1965, onde vive.
É professor de matemática no Instituto Superior Técnico
de Lisboa, sendo especialista em sistemas dinâmicos e
teoria do caos. Orienta actualmente diversos projectos
que ligam a matemática e a música. Tem feito palestras
no meio universitário sobre matemática e a música. É
também um estudioso dos temperamentos ao longo da
história.
Desde 2002 que tem realizado programas de rádio
sobre música e actualidade musical, incluindo crítica,
primeiro na rádio LUNA e, posteriormente, na Antena 2.
É autor do blogue de crítica musical “Crítico Musical”,
onde, como se fosse um diário, discorre livremente
sobre música e muitos outros assuntos.
Escreveu ainda nas revistas Focus, onde fazia crítica
musical e para a qual cobriu festivais como o de
Bayreuth e o de Innsbruck, tem escrito nos jornais “O
Público” e “Diário de Notícias”.
Na Antena 2 foi autor e realizador dos programas
“Seara de Sons” e “Ninfas dos Bosques” sobre a música
do Renascimento e co-autor dos programas “Preto no
Branco”, com Ana Rocha e João Almeida e co-autor e
realizador da série “Música para um Pintor” com Dalila
Rodrigues.
Como compositor escreveu a música da ópera
“Crepúsculo do Crítico” com libreto de Cristina
Fernandes, que subiu à cena em Novembro de 2012 no
Coliseu do Porto, em versão com orquestra sinfónica,
com a orquestra do Norte e direcção de José Ferreira
Lobo. A estreia da versão de Câmara da mesma ópera
ocorreu a 26 de Abril de 2013, também com a direcção
de Ferreira Lobo, no Festival Primavera de Viseu.
JOSÉ MARIA MORENO
Nascido em Palma de Maiorca, depois de frequentar
cursos de direcção em Espanha, segue a sua
formação no Conservatório Rimsky-Korsakov de São
Petersburgo com o professor Mijail Kukushkin, obtendo
a classificação máxima.
Estudou no Conservatório Superior de Música Joaquín
Rodrigo de Valencia com Manuel Galduf, aqui obtendo o
título de Professor Superior de Direcção de Orquestra; no
Conservatório Superior de Música do Liceu de Barcelona,
com Francisco Lázaro, obtendo o título de Professor
Superior de Canto, e no Conservatório Superior de
Música das Baleares, onde se diploma como Professor
Superior de Solfejo, Piano, Harmonia, Contraponto e
Composição, com Josep Prohens. É também licenciado
em Direito. Sob a orientação do professor Pedro Valencia,
tornou-se pioneiro na introdução das técnicas de
Hun Yuan Taichi Chuan, Chi Kung e Meditação taoista e
budista, aplicadas à direção de orquestra.
Trabalhou com solistas e encenadores prestigiados,
nomeadamente com Plácido Domingo, José Bros,
Roberto Alagna, Alfredo Kraus, Joan Pons, Carlos
Álvarez, Aprile Millo, Ilona Tokodi, Andrea Gruber,
Milagros Poblador, María José Moreno, Dolora Zajick,
Elena Obratzova, Sylvia Corbacho, Graciela Alperyn,
Eugene Kohn, Josep Pons, Nello Santi, Romano Gandolfi,
Giuliano Carella, Renato Palumbo, entre outros.
Dirigiu inúmeros concertos sinfónicos, polifónicos,
corais-sinfónicos, óperas, zarzuelas e oratórios. É
regularmente convidado a dirigir diversos coros e
orquestra, entra os quais destacamos a Orquestra
Filarmónica de Karelia (Rússia), Sinfónica de Berlim,
Sinfónica de Brandeburgo, Filarmónica de Augsburg
(Alemanha), Sinfónica da Comunidade de Madrid,
Orquestra Oviedo Filarmonia, Sinfónica das Baleares,
Clássica de Maiorca, Orquestra do Conservatório Superior
das Baleares, Camerata Sa Nostra, Orquestra Jovem
Balear, Orquestra do Festival de Música de Maiorca e a
Banda de Música de Palma.
Apresentou-se em Espanha, na Alemanha, no Canadá,
na Rússia, Finlândia, em França e Itália e colabora
assiduamente com o Festival de Música de Maiorca.
Destaca-se o sucesso da sua recente actuação na
Filarmonia de Berlim com o Requiem de Verdi, da sua
digressão de concertos pela Finlândia e Rússia, do seu
concerto com José Bros no Teatro da Zarzuela e da gala
com Plácido Domingo.
Apresentou-se por diversas vezes perante os Reis de
Espanha e o Papa João Paulo II.
É, desde Março do corrente, Director Artístico e Musical
do Teatro Principal de Palma de Maiorca.
É director da Capella Mallorquina, formação coral de
prestígio com a qual desenvolve uma actividade intensa,
com cerca de 40 concertos anuais.
Foi professor de Improvisação, Técnica de Direcção, Coro e
Análise no Conservatório Superior de Música das Baleares.
Juntamente com o contratenor Don Krim e a pianista
Susan Bradbury levou a cabo a gravação de um CD com
obras de Mahler e Lieberson.
Nos seus projectos futuros incluem-se concertos
com a Sinfónica de Berlim, Filarmónica de Karelia,
Filarmónica de Augsburg, Sinfónica de Brandeburgo,
Bayerische Kammerphilharmonie, Sinfónica de Düsseldorf,
Orquestra Sinfónica de Bahía Blanca (Argentina), Orquestra
da Comunidade de Madrid com a Companhia Nacional
de Bailado de Espanha, Orquestra Filarmonia de Oviedo,
Orquestra Sinfónica das Baleares e a Sinfónica Nacional
de Santo Domingo, na Alemanha, Áustria, Finlândia,
Rússia, Suíça e Espanha.
JOSÉ FERREIRA LOBO
José Ferreira Lobo iniciou a sua actividade profissional
em 1979 como Maestro Director da Camerata do Porto,
orquestra de câmara que fundou com Madalena Sá e Costa.
Com a colaboração de solistas prestigiados
internacionalmente, apresentou-se em inúmeros
concertos, no país e no estrangeiro. Em 1992, funda
a Associação Norte Cultural, sendo o seu projecto
o vencedor do primeiro Concurso para criação de
Orquestras Regionais, instituído pelo estado português.
Neste contexto, cria a Orquestra do Norte, de que é o
seu Maestro Titular e Director Artístico. Colaborou com
artistas consagrados internacionalmente como Krisztof
Penderecki, José Carreras, Júlia Hamari, Regis Pasquier,
Katia Ricciarelli, Patrícia Kopatchinskaya, Michel Lethiec,
Eteri Lamoris, António Rosado, Dame Moura Linpany,
Svetla Vassileva, José de Oliveira Lopes, Vincenso Bello
e Fiorenza Cossotto.
Da sua carreira internacional destaca-se a direcção de
ópera e concerto na África do Sul, no Brasil, na Alemanha,
China, Coreia do Sul, no Chipre, em Espanha, nos Estados
Unidos da América, no Egipto, em França, na Holanda,
Inglaterra, República Checa, Eslováquia, Lituânia, Itália,
Letónia, no México, na Polónia, Roménia, Rússia, Suíça,
Turquia, Colômbia e na Venezuela, colaborando com
orquestras de renome como Manchester Camerata,
Orquestra Sinfónica Nacional da Lituânia, Orquestra
de Cannes, Orquestra Sinfónica da Galiza, Orquestra
Sinfónica de Izmir, Orquestra Filarmónica Checa,
Orquestra Sinfónica de Istambul, Orquestra CRR de
Istambul, Orquestra da Rádio Televisão de Pequim,
Orquestra Sinfónica do Teatro Nacional Cláudio
Santoro, Orquestra da Rádio Nacional de Holanda,
Orquestra Sinfónica do Estado do México, Orquestra
Sinfónica da Universidade de Nuevo Leon, Filarmónica
Artur Rubinstein - Lodz, Orquestra Hermitage de St.
Petersburg, Orquestra Sinfónica de Zurique – Tonalle,
Sinfonieta Eslovaca, Sinfonia Varsóvia, Orquestra
Filarmónica de Montevideo, Orquestra Nacional de
Atenas e com os Seoul Classical Players.
José Ferreira Lobo apresentou-se em algumas das
mais importantes salas de espectáculo do mundo,
nomeadamente na Filarmonia de Munique, Tonhale de
Zurique, Ópera Nacional do Cairo, no Centro Cultural de
Hong Kong, Centro Cultural de Pequim, Teatro Solis de
Montevideo, Teatro Cláudio Santoro de Brasília, Teatro
Teresa Carreño de Caracas, na Filarmonia de Vilnius,
na sala Smétana de Praga e no Hermitage de São
Petersburgo. Interpretou ainda música sacra nas igrejas
da Madelaine, em Paris, Catedral de Catânia (Festival
Bellini) e Orsanmichele, em Florença.
É regularmente convidado a integrar mesas de júri de
prestigiados Concursos Internacionais. Dirigiu estreias
mundiais de compositores franceses, portugueses,
suíços e turcos.
Possui um amplo repertório que abrange o clássico e o
romântico, passando por trabalhos contemporâneos e
trinta títulos de ópera.
Gravou para a Rádio Televisão e Rádio Difusão
Portuguesas e Rádio Suisse – Romande. Com a
Orquestra do Norte gravou nove CD’s.
PATRYCIA GABREL
Patrycja Gabrel iniciou a sua educação musical aos
sete anos de idade, tendo integrado aos onze na Schola
Cantorum Bialostociensis, um dos melhores coros
femininos da Polónia.
Diplomou-se em Canto pelo Conservatório de Música
Fryderyk Chopin em Varsóvia, e prosseguiu a sua
formação na Escuela Superior Reina Sofia em Madrid,
sob orientação do professor Tom Krause, tendo ainda
oportunidade de participar em masterclass com Riri
Griest, Tereza Berganza, Charles Kellis e Anita Garanca.
Bolseira do Ministério da Cultura Polaco e da Escuela
Superior Reina Sofia. Bolseira da Fundaçao Gulbenkian
para projectos ENOA. Foi vencedora do prémio “Melhor
Jovem Músico da Catedra de Canto Alfredo Krause” e
do prémio da Rádio Polónia Antena Dois da competição
“Arte da Canção Contemporânea”.
Actuou nos principais palcos da Polónia, como o Teatro
de Ópera de Varsóvia e a Filarmonia de Varsóvia, e
noutros palcos de países europeus. Participou em vários
Festivais como- Festival d’Aix-en-Provence, Flagey
Brahms Festival em Bruxelas, Witold Lutoslawski
Festival.
Em Portugal, estreou-se em Março de 2011 no
Grande Auditório da Fundação Calouste Gulbenkian,
representando o papel de Solveig na Suite Peer Gynt de
Edward Grieg, com a Orquestra Gulbenkian.
LEANDRO CESAR
Baixo-barítono brasileiro nascido em Uberlândia (Minas
Gerais), iniciou os seus estudos de canto com Sidney
Alferes em 2006 e, posteriormente, com a professora
Poliana Alves. Neste mesmo ano ingressou no Curso
de Canto da Universidade Federal de Uberlândia (UFU),
tendo aulas de canto com o Professor Doutor Flávio
Carvalho, e de Treinamento Auditivo com a Professora
Maria Célia. Terminou a Licenciatura na Universidade de
Évora sob a orientação de Liliana Bizineche.
Dirigido pela maestrina Edmar Ferretti, interpretou Don
Antonio de Mariz em “Il Guarany” (Outubro/2007, Brasil
e Setembro/2009, Paraguai). No âmbito universitário,
foi Il Marito em “Amelia al Ballo”, de Menotti e Seneca
em “L’incoronazione de Poppea”, de Monteverdi.
Em Portugal, foi Escritor em “Biblioteca”, de Zoltan
Paulinyi, na sua estreia mundial em Évora, e um dos
Frati em “Don Carlo”, de Verdi (TNSC, 2011). Foi ainda
solista em “Lady Sarashina”, de Peter Eötvös, na sua
estreia nacional em Évora (Julho 2013). Recentemente,
foi Don Alfonso em “Così fan tutte”, de Mozart, no
âmbito do Atelier de Ópera da Metropolitana, com
direcção musical de Pedro Amaral e direcção vocal e
cénica de Jorge Vaz de Carvalho.
Em oratória, foi solista em “Requiem” de Mozart e de
Fauré, “Magnificat”, de Bach e “Passio”, de Arvo Pärt.
Vive definitivamente em Portugal desde Setembro de
2010. Foi reforço do Coro do Teatro Nacional de São
Carlos entre Julho de 2011 e Dezembro de 2012. Colabora
com o Coro Gulbenkian desde Maio de 2011.
MARIO ALVES DOS SANTOS
Licenciado em canto pela Guildhall School of Music &
Drama como bolseiro da Gulbenkian, inicia a sua carreira
como solista em 2003 nos “Jeunes Voix du Rhin” (Opéra
National du Rhin-França)
O seu repertório operático inclui Ernesto em “Don
Pasquale” (Orq. do Norte), Anthony em “Sweeney
Todd”, Duca di Mantova em “Rigoletto”, Die Hexe-A
Bruxa em “Hansel & Gretel” de Humperdinck. Ferrando
em “Cosí fan Tutte”, Monostatos em “Zauberflöte”(2011)
e El Remendado em “Carmen”(2012) ambos no
Seefestspiele em Berlim (GER), Prunier em “La Rondine”
(Puccini) no TNSC, Kornélis em “La Princesse Jaune” de
C. Saint-Saëns, Pierre em “The Wandering Scholar”
de G. Holst e The Governor / Vanderdendur / Ragotski
em “Candide” de L. Bernstein (TNSC). Apresentou-se
em 2014 nas Galas Verdi do TNSC e da Orq. Sinfónica
Juvenil bem como em “Les Beatitudes” (Cesar Franck)
com a OSP no CCB, reencarnou Ferrando com a Orq.
Metropolitana e foi Nearco em “Poliuto” tendo ainda
participado na Homenagem a Eliabete Matos como
Spoletta em “Tosca” e Altoum em “Turandot” no TNSC.
Compromissos em 2015 incluem a ópera “Armida”
de Myslivecek (Orq. Metropolitana) e Malcolm em
“Macbeth” (TNSC).
Do repertório sinfónico destacam-se concertos com a
Orq. Gulbenkian, Remix Ensemble, Orq. Metropolitana
de Lisboa, O.S.P., Orq. do Algarve, Orq. Fil. das Beiras,
Orq. Clássica de Espinho, Orq. do Norte, Orq. Sinfónica
Juvenil e Divino Sospiro, tendo actuado na Fundação
Gulbenkian, CCB, Casa da Música, Coliseu do Porto entre
outros tendo ainda participado em concertos e recitais
em Portugal, França, Itália e Reino Unido.
ALBERT MONTSERRAT
Nasceu em Barcelona, c​ompletando a sua formação
no Conservatório de Música do Liceu, com Carmen
Bustamante. Ganhou o primeiro prémio no concurso
Lyric Jerezano e Concurso de Canto Internacional de
Logroño.
A extensão de voz leva-o a começar carreira como
barítono, tendo em outubro de 2002 estreado como
tenor em Madama Butterfly (no papel de Pinkerton).
A partir desse momento começa uma nova jornada,
que o irá levar a especializar-se em reportório do
romantismo tardio e em autores italianos como
Leoncavallo, Mascagni, Puccini, Giordano, Cilea e Verdi,
entre outros.
Tem interpretado inúmeros papéis principais de obras
como Cavalleria rusticana, Pagliacci, Le Villi, Manon
Lescaut, Tosca, La Bohème, Adriana Lecouvreur, Luisa
Miller, Il Corsaro, Otello. Apresentou-se já também
com grande sucesso em produções de Norma, de
Bellini, em Fidelio, de Beethoven, Fausto, de Gounod,
e Carmen, de Bizet.
No campo da oratória e reportório sinfónico canta o
Requiem de Verdi, Stabat Mater de Dvorak, a Nona
Sinfonia de Beethoven, para além de fazer inúmeros
recitais de obras espanholas (Granados, Falla, Albeniz,
Montsalvatge) e participar frequentemente na temporada
do Teatro de La Zarzuela, em Madrid.
Tem trabalhado sob a direcção dos seguintes maestros:
Angelo Cavallaro, Gómez Martínez, Patrón de Rueda,
Miguel Roa, Tamas Pall, Josep Pons, Marbà Ros Garcia
Asensio Josep Caballé, David Gimenez, Ybes Abel, Miquel
Ortega, Luis Remartinez, Peter Falck, Lui Jia, José María
Collado, Christopher Soler, Cyril Diderich, David Levi, Jordi
Bernacer, Yaron Traub e Rafael Frühbeck de Burgos,
entre outros.
CRISTINA FAUS MEIO-SOPRANO
iniciou os estudos musicais na sua cidade natal,
Valência. Depois de se formar em Ensino Musical pela
Universidade de Ciências de Educação de Valência,
decide prosseguir os estudos de canto, graduando-se
com distinção no Conservatório Joaquín Rodrigo.
Venceu o concurso de canto “Toti Dal Monte”, em
Itália, com a interpretação de Cenerentola na ópera
“La Cenerentola”, de G.Rossini. É escolhida então pelo
maestro Alberto Zedda para interpretar o papel de
Melibea na ópera “Il Viaggio a Reims” de Rossini.
A partir desse momento passa a concentrar-se em
papéis de G. Rossini e no grande repertório de bel canto
italiano, que tem apresentado tanto em produções
de ópera como em recitais. Do seu reportório fazem
também parte personagens clássicas, bem como do
romantismo francês, sendo a sua presença cada vez
mais disputado nos palcos internacionais.
ORQUESTRA DO NORTE
A Orquestra do Norte concretiza, desde 1992, o projecto
de descentralização da cultura musical, apresentado
pela Associação Norte Cultural, vencedora do primeiro
concurso nacional para a criação de orquestras
regionais, instituído pelo Estado Português nesse
mesmo ano.
Com a titularidade de José Ferreira Lobo, a ON foi
iniciadora de um trabalho verdadeiramente pioneiro
e inédito, tendo-se afirmado no panorama da música
erudita, sendo hoje uma instituição reconhecida
nacional e internacionalmente.
Os objectivos básicos pelos quais sempre se pautou a
actividade da Orquestra do Norte passam pela criação
de novos públicos, pelo apoio à música e aos músicos
portugueses e pela constante renovação do repertório.
Vinte e dois anos depois, estes critérios continuam a ser
fundamentais para a instituição.
Agente de transformações na gestão cultural do
nosso País e criadora de um novo paradigma musical,
desenvolve uma intensa actividade com temporadas
regulares de norte a sul do país. Realizou mais de 3.000
espectáculos em mais de uma centena de diferentes
lugares. A ON apresentou-se ainda em Espanha, França
e Alemanha.
Consciente da importância que representam o
aumento e a diversificação da oferta artística
qualificada no desenvolvimento cultural da população,
no alargamento de públicos e na formação do gosto,
a Orquestra do Norte apresentou as obras mais
representativas dos grandes compositores da história
da música. Servindo o grande repertório orquestral,
desde o barroco até ao presente, dá especial atenção
à difusão da música portuguesa. João de SousaCarvalho, Luís de Freitas Branco, Francisco Lacerda,
Corrêa de Oliveira e Joly Braga Santos foram alguns dos
compositores portugueses abordados.
Os espectáculos da ON incluem concertos sinfónicos,
didáctico-pedagógicos, ópera, música de bailado e de
câmara. Para além da música erudita, tem abarcado
outros géneros musicais, como é o caso do Jazz e
música ligeira.
A programação da Orquestra do Norte abriu-se
a um repertório mais amplo e variado no qual,
juntamente com as partituras básicas do repertório
sinfónico ocidental, abundam primeiras audições,
tanto de música de recente criação, como partituras
recuperadas do passado histórico-musical. Com isto,
a ON prossegue e intensifica a sua vontade de atender
à música dos nossos dias, apresentando obras de
compositores como Krzysztof Penderecki, Kristoff
Maratka, Karl Fiorini, Alexandre Delgado, Filipe Pires,
Nuno Côrte-real, Miguel Faria, José Firmino de Morais
Soares, Joaquim dos Santos, Marc-André Rappaz, Emile
Ceunink e François-Xavier Delacoste.
Sedeada na cidade de Amarante, a Orquestra do
Norte integra profissionais de reconhecido mérito e
tem, habitualmente, a colaboração de prestigiados
maestros, solistas e coros nacionais e estrangeiros.
Dos conceituados directores de orquestra que subiram
ao pódio da ON referimos Juozas Domarkas, Krzysztof
Penderecki, Federico Garcia Vigil, Álvaro Cassuto e
Rengim Gokmen. A ON contou ainda, durante cerca de
17 anos, com a distinta colaboração do maestro Gunther
Arglebe enquanto maestro adjunto.
Alguns dos mais destacados solistas vocais e
instrumentais portugueses e estrangeiros actuaram
nos concertos da ON: entre muitos nomes destacamos
António Rosado, Eva Maria Zuk, Avri Levitan, Patricia
Kopatchinskaja, Kirill Troussov, Michel Lethiec, Robert
Kabara, Placido Domingo, José Carreras, Ileana Cotrubas,
Julia Hamari, Fiorenza Cossoto e Svetla Vassileva.
Para além da participação regular do seu próprio coro,
a Orquestra do Norte colabora ainda com prestigiados
coros nacionais e estrangeiros.
A assistência da ON ronda os cinquenta mil espectadores
/ ano, o que revela a sua capacidade de resposta
aos diferentes tipos de público e o especial cuidado
com a formação dos jovens, através dos concertos
pedagógicos que são orientados e executados numa
perspectiva didáctica.
A orquestra dedica ainda parte do seu tempo a
gravações, tendo co-produzido até ao momento 13
edições discográficas.
A Orquestra do Norte conta com o apoio da
Secretaria de Estado da Cultura e tem colaborado
com setenta e uma autarquias, fundações,
empresas patrocinadoras e instituições culturais.
ELENCO ON
Maestro Titular - José Ferreira Lobo
I Violinos
Sandor Farkas
Rómulo Assis
Mario Braña
Miksa Iranyossy-Knoblauch
Mark Herendi
José Ferrer
Natália Konik
Jorge Diaz
II Violinos
Clara Badia Campos
António Navarro
Pilar Serrano
Cristian Alvarez
Malgorzata Szymanska
Fábio Salgado
Violas
Claudia Cantero
Helena Leão
Maryia Sotirova
Paula Varela
Almudena Arribas
Violoncelos
Gustavo Lapresta
Elsa Pidre
Isabel Lopez
Rosaliya Rashkova
Adriana Ceia
Contrabaixos
Nelson Fernandes
Bruno Carneiro
Harpa
Emanuela Nicoli
Flautas
Kayoko Minamino
Catarina Ferreira
Oboés
Russell Tyler
Pablo Robles
Clarinetes
Nuno Madureira
Cátia Rocha
Fagotes
Joaquim Teixeira
Adam Odoj
Trompas
Mário Reis
Roberto Sousa
Rebecca Holsinger
Nelson Silva
Trompetes
Carlos Ribeiro
Flávio Silva
Trombones
Marco Rascão
José Pereira
Jorge Freitas
Tímpanos e Percussão
Kazuko Osada
Bruno Guia
FICHA TÉCNICA - LIVRO NOD
Produção
Associação de Amigos da Orquestra do Norte
Ilustrações
Gracinda Marques
Encosta 1999 - Óleo s/ tela, Coleção Museu do
Douro (MD 394)
Douro XX 2000 - Tinta da china s/ papel, Coleção
Museu do Douro (MD 687)
Douro XII 2000 - Tinta da china s/ papel, Coleção
Museu do Douro (MD 688)
Design
Rute Martins, UNDO
Produção
Promotores
Apoio Institucional
Parceria
Orquestra do Norte - 2015

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