Edição 26 - Entre Irmãos

Transcrição

Edição 26 - Entre Irmãos
“Sejas, pois, o motivo das tuas ações e dos teus
pensamentos, sempre, o cumprimento do dever, e fazes as
tuas obras sem procurares recompensa, sem te preocupares
com teu sucesso ou insucesso, com o teu ganho ou o teu
prejuízo pessoal. Não caias, porém em ociosidade e inação,
como acontece, facilmente, aos que perderam a ilusão de
esperar uma recompensa de suas ações.”
Professor Henrique José de Souza
O
mês de abril chega repleto de comemorações e
feriados. A “Semana Santa” e “Tiradentes” são
motivos de sobra para alegria de muitos, ainda,
inconscientes da realidade. Na edição anterior, em nosso
Editorial, expressamos nossa sincera posição com relação
a esse festival de feriados.
Comemoramos o Dia do Jornalista (07), no qual,
embora tenhamos, contudo, muito que aprender, nos
incluímos. No dia 13 de abril, há 178 anos, se executava,
pela primeira vez, o Hino Nacional Brasileiro. Já não mais
tão inocentes assim, os Índios têm seu dia neste mês
(19), enquanto a misteriosa Brasília
completa 49 anos, seu sétimo setenário
de vida.
Dentre tantas datas, permita-nos,
querido leitor, saudarmos o dia 10 de
abril, pois, há 117 anos, nascia no bairro
de Messejana, em Fortaleza-CE, o ilustre
Maçom Benjamim de Almeida Sodré. Após
tomarmos conhecimento de sua vida,
riquíssima em ações de altruísmo, de virtudes
e de tão belos exemplos, de fato, ficamos
encantados e, atualmente, temos o grande
orgulho e privilégio de tê-lo como patrono na
Cadeira nº 11, da qual somos Titular, na Academia
Maçônica de Letras, Ciências e Artes do Estado do Rio de
Janeiro.
Ao findar o mês de abril, 1/3 do ano terá passado.
Muito nos assusta a voragem do tempo, o que não nos
permite perceber o quanto já se passou, e tão rápido! Para
nós, Maçons, há muito, passou da hora de partimos para
ações concretas, ao invés de nos debruçarmos nos feitos
do passado e permitirmos que despreparados e/ou malintencionados ditem nossos destinos. Conclamamos os
Irmãos a uma profunda reflexão, a fim de que, dentro de
sua área de atuação, posicionem-se, pautando-se pelos
valores de nossa doutrina, de forma a honrarem o avental
que os reveste, assim como o fizeram tantos valorosos
Obreiros do passado.
No mês em que se comemora o Descobrimento do
Brasil, apresentamos uma interessantíssima matéria, “A Parte
Oculta da História do Brasil”, que levará alguns de nossos
leitores a navegarem por mares nunca de antes navegados.
Na coluna Destaques, temos a matéria do valoroso Irmão
Anatoli Oliynik, “Buscando Novos Paradigmas”. A coluna
Ritos Maçônicos, mais uma vez, traz um tema, ainda,
desconhecido para muitos: “A Origem da Franco-Maçonaria
Florestal”, de autoria de Spartacus Freemann.
A coluna Reflexões apresenta a matéria de
autoria do escritor Sul Mineiro Rubem Alves,
“Escutatória”, para a qual peço uma leitura
meditativa devido à profundidade de seus
ensinamentos.
É
sempre
muito
gratificante
podermos publicar mais uma edição. Não
fosse a prestimosa participação de nossos
leitores, enviando-nos suas críticas, sugestões e
considerações, não teríamos como nos
orientar e buscar, incessantemente, a
excelência deste trabalho. Se não
houvesse
matérias,
criteriosamente
selecionadas, de valorosos autores que nos enriquecem
culturalmente, nosso sucesso, talvez, estaria por vir.
Vale ressaltar a importância do patrocínio de parte de
nossos Irmãos anunciantes e de nossos Irmãos colaboradores
que se predispõem a participar dessa empreitada, por verem
a seriedade, dedicação e respeito com que vimos tratando a
cultura maçônica, sem o que não poderíamos chegar ao
altaneiro patamar de qualidade, onde, hoje, encontra-se a
Revista Arte Real.
Somos a todos eternamente gratos e estamos
conscientes de que a participação dos Irmãos é a principal
responsável por essa vitoriosa caminhada.
Continuem participando da Revista Arte Real. A
cultura maçônica agradece! ?
a b
Capa – A Parte Oculta da História do Brasil..............Capa
Os Grandes Iniciados – Platão.....................................................8
Editorial....................................................................................2
Ritos Maçônicos – A Origem da Franco-Maçonaria Florestal..9
Matéria da Capa – A Parte Oculta da História do Brasil.3
Trabalhos – Coluna da Harmonia..................................................10
Destaques - Buscando Novos Paradigmas..............................5
- História da Loja Estrela do Oriente.........................11
Informe Cultural – A Casa do Maçom....................................7
- XIV Encontro da Cultura Maçônica..7
Reflexões – Escutatória................................................................12
Lançamentos – Livros....................................................................13
A Parte Oculta da História do Brasil
E
ste ano, no dia 22 de abril, comemoraremos 509
anos do descobrimento de nosso Brasil. Uma
jovem nação em relação aos países do velho mundo.
Promissora e reconhecida por todos como o país do
futuro, celeiro do mundo. Apesar da história de
descasos, subtrações e falta de consciência de seu povo,
o Brasil, por força da LEI divina, tem uma missão muito
importante no contexto mundial e no processo
evolucional da humanidade.
Denominado pelos europeus como o Eldorado, e
seu povo como a raça dourada, vemos, época após
época, a confirmação de tal afirmativa. O povo brasileiro
é um caldeamento cultural e racial que não
se encontra em qualquer outra parte do
mundo. É a raça dourada portadora dos
valores da Era de Aquarius. Haja vista as
intuídas palavras do etnólogo mexicano José de
Vasconcelos:" é dentre as bacias do Amazonas e
do Prata que sairá a raça cósmica,
realizando a concórdia universal, porque
será filha das dores e das esperanças de
toda a humanidade".
A Divindade, quando se propõe a
um trabalho, o faz dentro de um
planejamento. Pelas informações, que
temos através da história, notamos que há um
caminhar da evolução da humanidade no sentido Leste
para Oeste. Por volta do ano 850 a.C., o mundo
conhecido era só aquela região situada nas margens do
Mediterrâneo e adjacências, não passando, nenhum
navegador das chamadas Colunas de Hércules, que
conhecemos, hoje, como o Estreito de Gibraltar.
Entretanto, havia um povo, os Fenícios, que, por terem
técnicas avançadas de navegação para a época, se
dedicaram a comercializar produtos encontrados em
terras de além-mar, conhecendo, dessa maneira e muito
bem, as Américas, onde tentavam fundar uma colônia.
A capital da Fenícia, Tiro, naquela época, era
governada pelo Rei Badezir. Conta a história oculta que
o rei tinha oito filhos, cujo primogênito se chamava
Yetbaal (o Deus branco). Seus irmãos, devido ao rei
Francisco Feitosa
dedicar especial atenção a ele, pelos seus dotes espirituais e
por sua alta inteligência, por inveja, tramaram contra o Rei e
conseguiram destroná-lo, expulsando-o junto com dois de seus
irmãos diletos, Yetbaal e Yetbaal-bey.
Com essa revolta, insuflada por elementos das castas
militar e religiosa, o país passou de Império a República. A
flotilha, armada para trazer o rei, os príncipes, escravos,
sacerdotes e alguns elementos do povo, fiéis à realeza, era
composta por seis navios: no primeiro, vinham Badezir, os 2
filhos, 8 sacerdotes, sendo o primeiro o sumo sacerdote, com o
nome de Baal-Zim (o Deus da Luz ou do Fogo), os escravos
núbios e a marinhagem, acompanhada de soldados, que
deveriam voltar depois ao Império Fenício; nos outros, além de
gente do povo, vinham 49 militares, também,
expulsos do país, por terem ficado ao lado de
Badezir e seus dois filhos mais velhos, e mais
222 seres, a bem dizer, a elite do povo fenício.
Todos tinham como destino o Brasil e, aqui,
plantaram as sementes transformadoras do
Brasil Fenício em Brasil Ibero-Ameríndio, um
cadinho, originando o maior caldeamento de
raças de que se tem notícia em toda a história
universal.
Assim,
as
duas
cortes
ficaram
constituídas: a temporal, pelo rei Badezir, pelos
sacerdotes da sua antiga corte, alguns militares, etc., ocupando
toda a região, que vem do Amazonas até Salvador, na Bahia.
Daí até onde é, hoje, o Rio Grande do Sul, ficava a corte
espiritual, dirigida por Yetbaal, na sua forma dual,
acompanhada pelos escravos núbios, pelos 222 elementos da
elite fenícia e algumas outras pessoas, que não vem ao caso
apontar.
O governo espiritual se estabeleceu na região que os
índios chamavam Nish-Tao-Ram (Nictheroy), ou Caminho
Iluminado pelo Sol, hoje, Rio de Janeiro, e a Pedra da Gávea foi
transformada em templo. Quis a má sorte que seus filhos
(parelha manúsica) soçobrassem em uma barquinha, quando
atravessavam a Baía da Guanabara com um dos escravos
núbios. Badezir ordenou a mumificação dos corpos, inclusive
do escravo, e mandou que fossem colocados na Pedra da
Gávea, que se transformou em templo-túmulo, encerrando, de
maneira trágica, mais uma página da história de um Avatara.
Badezir, não resistindo ao sofrimento, veio a
falecer pouco tempo depois, e pedindo que fosse
colocado ao lado dos filhos. Ali permaneceu sete anos,
findo os quais, foi transferido para um santuário na
região amazônica, até hoje, não encontrado. Mas o
trabalho não foi infrutífero, pois conseguiram plantar a
semente de algo para o futuro. Até o nome da região foi
tirado do monarca, pois Badezir se compõe de Bad+Zir,
sendo o prefixo Bad uma variação de Baal, que quer
dizer o Deus Principal, e Zir significa Senhor. Então,
Badezir significa o Deus Maior; trocando-se Bad por
Baal, temos Baalzir, que passou a Baalzil e, finalmente,
Brasil.
A prova de que houve uma civilização fenícia em
terras brasileiras está na inscrição da Pedra da Gávea,
que o nosso Champolion, Bernardo da Silva Ramos,
decifrou como sendo "Tiro Fenícia Badezir Yet-Baal", e o
insigne Mestre, o Prof. Henrique José de Souza,
fundador da Sociedade Brasileira de Eubiose,
completou-a, pois estava estragada pelo tempo, como
"TIRO FENÍCIA YET-BAAL PRIMOGÊNITO DE
BADEZIR". Além dessa, há uma infinidade de inscrições
fenícias em pedras e cavernas do Nordeste, das quais os
historiadores não querem dar conta, pois teriam que
modificar muito os seus conceitos.
O tempo foi passando e as civilizações
se sucedendo em terras do Norte, seguindo o
traçado da Lei, até que, por volta dos séculos
XV e XVI, começou a grande arrancada para o
ocidente, enfrentando-se os “mares nunca de
antes navegados”.
Em Portugal, havia um rei, D. João I, o
Mestre de Avis, cujos filhos, por obras valorosas
sublimaram a Dinastia Avis. O mais novo, com o
nome de Henrique, na onda de acontecimentos novos,
que se estavam desenrolando na época, fundou, num
promontório ao sul de seu país, um centro náutico
conhecido como Escola de Sagres; por isso ele passou
para a história com o nome de Infante Henrique de
Sagres (J.H.S). Nessa Escola, que era, ocultamente, um
colégio iniciático, se desenvolviam as mais altas técnicas
de navegação, cujo assunto não vamos detalhar por ser
sobejamente conhecido e ensinado desde a escola
primária. Por isso, passemos a estudar sua parte oculta.
Quando o Infante Henrique de Sagres
atravessou as fronteiras de Oráculos (Gibraltar), teve um
grande sobressalto, ao descobrir, ao longe, a estátua de
um Cavalheiro, apontando para o "OCIDENTE". Nós,
hoje, podemos dizer a razão de semelhante
"sobressalto": aquela estátua não era mais do que um
MARCO definidor do papel, que ia ter, em breve, o
Ocidente, em substituição ao Oriente, na evolução
humana. Assim o “EX ORIENTE LUX”, de Emmanuel
Swedenborg, foi trocado pelo “EX OCCIDENTE LUX”,
de Henrique José de Souza.
Entretanto, Henrique de Sagres não chegou a ver
o ciclo das grandes navegações, mas a semente plantada
deu frutos e uma boa colheita. De todos os envolvidos
nas grandes descobertas do mundo ocidental, aqueles
que mais se ligam ao caminhar da
mônada em direção ao Sul são
Colombo e Cabral. O primeiro
descobriu a América como um todo, e
o segundo particularizou a região do
Brasil, como a dizer que, aqui, seria
uma terra especial, o berço da futura
civilização.
O verdadeiro nome de
Colombo era Salvador Gonçalves Zarco; era genovês. Adotou o
nome de Cristóvão Colombo (AVIS RARIS IN TERRIS), ou,
antes, Cristopherens Columbus, "Aquele que carrega o Cristo e
é, ao mesmo tempo, a Ave, a Pomba do Espírito Santo
(Columba)”, que ele mesmo saudava na sua sigla. Colombo
procurou diversos governos para realizar sua empreitada, e
conta a história que foram os reis de Espanha, com Isabel, a
católica, que lhe deram tal auxílio. Existe, entretanto, uma frase
dita por alguém, quando a rainha se dispôs ao evento:
"Majestade, a essa altura, Colombo já está em alto mar".
Cabral, que quer dizer cabra, possuía por emblema uma
árvore, com três cabritos: um, em cima, e dois laterais, embaixo.
A árvore representa a genealogia dos Kumaras, termo, que vem
de: KUMA (sânscrito), cume elevado; MARA (sânscrito),
energia, a que vem de cima.
Conta-nos a história profana que Cabral tinha
por missão descobrir um caminho para a Índia, fora
das calmarias, que se encontravam com frequência nas
costas africanas. Em verdade, ele fazia parte de um
movimento ligado à Grande Fraternidade Branca e
saiu de Portugal com a missão de encontrar terras a
oeste, seguindo o caminho mostrado pelo
gigante de pedra, que se encontra em uma das
Ilhas Canárias.
Portanto, Colombo e Cabral formavam uma
polaridade: Aquele, com a finalidade de tocar em terras do
Norte da América, haste lunar, berço da sexta Sub-Raça; Este,
com a finalidade de tocar em terras do Sul da América, como a
mostrar a manifestação da sétima Sub-Raça, completando a
haste solar. A Lei chamaria de Missão “Y” a tais manifestações.
Longe da “estória” oficial, que nos contam nos bancos
escolares, a verdadeira História do Brasil é parte de um
movimento oculto, como preparação para o surgimento da
raça dourada e para o Advento do Cristo Universal, o Avatara
Maitreia da Era de Aquarius.
Nas palavras do Excelso Mestre JHS, o Brasil é o
“Santuário da iniciação do gênero humano a caminho da
sociedade futura”.
O Império americano, como todo Império, já mostra
sinais de falência. Os tempos são chegados, e,
lamentavelmente, muitos, ainda, cobertos pelas vendas do
materialismo, não percebem e nem perceberão tais mudanças.
Mais tarde, com outro estado de consciência, no silêncio de
meditações, ecoará em suas mentes, a frase tantas vezes
repetida pelos Mestres de Sabedoria:
“Estive entre vós e vós não Me reconhecestes!”
Salve o Brasil, pátria do Avatara da Era de Aquarius!
*Compilação baseada nos ensinamentos do Professor
Henrique José de Souza, através das apostilas dos cursos ministrados
na Sociedade Brasileira de Eubiose. www.eubiose.com.br
a b
?
Buscando Novos Paradigmas
C
om a chegada do terceiro milênio, as instituições,
em todo mundo, encontram-se em transição e
experimentam o amargo estertor de uma fase, que está
chegando ao fim. Estamos vivendo o momento da grande
ruptura histórica, que se avizinha.
É como se estivéssemos na Idade Média, numa
fase de repensar, de análise, de estudos, de observação. O
estado de letargia, próprio da Idade Média, pelo menos
em sua primeira época, não pode ser repetido ou
vivenciado dentro de nossos templos maçônicos. Vale
dizer que a Maçonaria não pode ficar imune, ou deixar de
sentir os reflexos da realidade, que aí está. O problema é
muito mais sério do que se possa imaginar. Se
permitirmos que a letargia se instaure nos templos
maçônicos, os reflexos negativos serão de tal amplitude,
que os seus membros acabarão dormindo sobre os louros
de um passado, que foi brilhante, glorioso, próspero e
significativo, e, com isso, comprometer o futuro histórico
da própria Instituição.
A Maçonaria de hoje não tem influência sobre
decisões governamentais ou de vulto como tinha no
passado. Os Maçons, que estão na Câmara dos Deputados
ou no Senado, não a estão representando condignamente.
Talvez, porque não tiveram escola nos templos maçônicos
e, com isso, ficaram defasados no tempo e no espaço, nos
bancos da aprendizagem, do companheirismo e do
mestrado. Tudo que ouviram foi o ressoar compassado
dos malhetes e nada aprenderam. Não foram preparados
para os problemas que afligem a Pátria e o mundo, porque
estes assuntos estão proscritos ou são simplesmente
ignorados. Prevalece o comportamento leviano da cultura
da razão cínica.
De nada adianta coletar os melhores elementos da
sociedade se estes não forem preparados para defender os
programas da Maçonaria. Quantas vezes são escolhidos os
insontes, os amorfos, os conformados, porque são
cidadãos pacatos, bons chefes de família e de bom
comportamento, que, muitas vezes, só fazem dormir ou
ocupar lugares nos templos maçônicos.
É possível sair desse estado de letargia e passar
para um estado de ação dinâmica, próspera e brilhante.
Basta recordar que, após a Idade Média, o mundo
experimentou o alvorecer primoroso da Renascença, que
Anatoli Oliynik*
trouxe luzes e novos horizontes para o orbe, então,
aparentemente hermético, apático, circunscrito e inoperante.
Basta recordar, ainda, que, com o Renascimento, o mundo
das artes, das idéias, da literatura e das ciências
experimentou o seu maior esplendor, constituindo-se no
ponto de partida para a evolução social, política e econômica
que lhe sobreveio.
Nas sessões maçônicas, o que se vê, na prática, é
perder tempo inócuo na leitura de quilométricas atas e de
correspondências estéreis. A ata deveria ser tão concisa e
concentrada quanto possível, desprezando-se muita
discussão, palavrório vazio e opiniões, que não levam a
nada. Seria melhor um extrato, um resumo rápido e sucinto.
Muitos dos expedientes lidos poderiam ser dispensados,
mediante estudo prévio do Mestre da Loja (Venerável) e de
Secretário, e arquivados sumariamente, para não tomar o
tempo das sessões.
Para as Lojas, deveriam ser levados assuntos
previamente inscritos, estudados e com real importância, a
fim de não se perder tempo em discussões estéreis, que
quase nunca decidem ou não conduzem a nada útil e
palpável.
Todo maçom vive numa sociedade e sente problemas
afligentes da sua profissão e da coletividade. Poderia ser
usado um bom tempo dos trabalhos na exposição e
discussão desses problemas. As Lojas têm, ao menos a
maioria, um membro médico. Ele poderia expor os
problemas do aborto sob seu aspecto legal, clínico,
psicológico, religioso e social e as consequências que ele
motiva, ou falar do controle da natalidade e da planificação
familiar. Poderia, ainda, falar sobre os problemas da saúde e
dos hospitais tão freqüentes e relegados nos dias de hoje.
Existem, ainda, centenas de outros assuntos, que poderiam
ser abordados com muita propriedade. As Lojas do Rito de
York, por exemplo, em sua estrutura ritualística, dispõem de
uma facilidade extraordinária, para colocar a Loja em
descanso e introduzir, no Templo, as nossas cunhadas,
sobrinhos e convidados para debaterem conosco as questões
pelas quais se interessem. Tudo isso pode ser realizado com
extrema facilidade, pois a abertura e o encerramento das
sessões, no referido Rito, são de uma objetividade
extraordinária, de forma que os convidados, não teriam que
esperar por muito tempo na antessala.
Um psicólogo, um filósofo ou um pedagogo da
rede escolar poderia falar sobre os problemas da infância
desnutrida, marginalizada, e discutir suas consequências,
num fórum de debate. Um advogado poderia falar sobre
os problemas e consequências da marginalidade infantil,
da juventude delinquente, do menor abandonado e,
também, dos adultos encarcerados que não se recuperam,
mas se corrompem nas prisões. Poderia falar, ainda, dos
problemas políticos atuais, marcantes e insolúveis, e suas
consequências nefastas, tráfico e do consumo de drogas,
notadamente em nossa população juvenil, e assim por
diante. Nesse ponto, o Grande Oriente do Brasil está
realizando um trabalho extraordinário, a partir de um
estudo iniciado, desenvolvido e experienciado pelo
Grande Oriente do Estado de Goiás, sob a coordenação do
Eminente Grão-Mestre Estadual, José Ricardo Roquete.
Cada membro da Loja tem os seus problemas do
dia-a-dia, no confronto com o mundo profano. Talvez, ele
gostaria de expor, discutir e compartilhar com os irmãos os
problemas que o afligem, obter alguma luz que o ajude a
resolvê-los ou, quando muito, encontrar um pouco de
solidariedade na sua convivência com os mesmos.
A Maçonaria deve ser a caixa de ressonância dos
problemas humanos e sociais. Assim, cada irmão estaria
inteirado da problemática existente. Dessa forma, estaria
preparando homens atualizados, que ajudariam, com seu
discernimento, inteligência e estudo, os agravantes
problemas sociais, políticos e econômicos, com os quais a
nossa coletividade e a sociedade se defrontam. Assim,
formado o Maçom, com pouco tempo de Loja, estaria apto
a desempenhar, na sociedade, o papel que lhe compete,
seja à frente de empresas públicas ou particulares, seja na
representação de nossas Câmaras políticas ou nas
representações de classes e órgãos de assistência social.
Toda escola, que se dedica a ensinar os problemas
teóricos ou os de simples formação humana, tende a
sucumbir, porque os problemas, enfeantados por seus
alunos lá fora são diferentes e mais complexos que
aqueles, ministrados nas aulas, sistematicamente, teóricas.
A Maçonaria deve ser educativa, progressista e evolutiva;
como tal, deve ensinar toda a complexa gama de
ensinamentos, e não só a moral dos nossos rituais,
excelentes e magníficos. Uma coisa é certa: um possível
acomodamento da Ordem poderá levá-la ao contraste entre
o que prega e o que faz. Com isso, estará cada vez mais
defasada e superada, quando muito, não passará de um
clube de serviço, favorecendo grupos de profissões ou
consagrando representantes das mais variadas profissões.
Continuará à margem da solução dos problemas nacionais,
simplesmente, porque não se interessa por eles. Seguirá, a
exemplo dos irracionais, discutindo questiúnculas, ou
disputando com egoísmo e personalismo, cargos e posições
na Loja.
A Maçonaria deve ser uma escola viva, com a
ousadia e coragem de erguer seus púlpitos de fé na defesa da
cidadania, da dignidade do ser humano, amontoado em
barracos de papelão, pendurado em morros, dormindo sob
viadutos, pontes, marquises, compondo imensas populações
marginalizadas e oprimidas, vivendo em favelas infestas das
nossas cidades, entre tantas outras mazelas, para as quais
preferimos fechar os nossos olhos para não enxergar, talvez
por receio de sermos acusados pela própria consciência.
Os Maçons devem fazer tudo isso e muito mais,
nunca no sentido de contestar ou subverter as formas de
governo, mas com o objetivo de formar líderes da
Maçonaria, que, amanhã, representa-la-ão e ajudarão os
governantes de todas as esferas a resolver os intrincados e
desafiadores problemas hodiernos.
Cada um que adentra a Maçonaria espera muito
dela. É preciso, portanto, ter razões suficientes para que
aqueles que deserdarem ou deixarem a Ordem o façam por
razões pessoais, por acomodamento, por inércia ou por
medo de lutar, mas nunca por falta de meios de participação
ou oportunidade, para alcançar seus objetivos.
Os Maçons de hoje precisam reconhecer que, mais do
que em qualquer outra época, é preciso participar, debater,
discutir, propor e compreender que podemos fazê-lo,
reformulando nossos paradigmas relativos à Instituição, a
fim de que atinja os albores nesse terceiro milênio, digna,
como sempre foi, e à altura de suas tradições.
Artigo escrito em 30/09/1996. Publicado na revista
"Minerva Maçônica" nº 6, pp. 41-44.
* Anatoli Oliynik é o Grande Secretário-Geral Adjunto para o
Rito de York do Grande Oriente do Brasil e membro da
Academia Paranaense de Letras Maçônicas e Academia de
Cultura de Curitiba. ?
a b
Após longo tempo baseando-se em tratamentos a base de drogas, que, em certos
casos, quando corrigem uma disfunção, geralmente, causam graves danos ao organismo
por seus efeitos colaterais, a ciência começa a volver especial atenção aos excelentes
resultados alcançados pela medicina alternativa. E, um belo exemplo disso são os
tratamentos auxiliares, a base de cristais.
Existem vários estudos científicos atestando, por exemplo, a eficácia da Pedra
Turmalina. Através desses estudos foi constatado que a Turmalina é a única pedra
existente na face da Terra que recebe os elétrons da atmosfera e gera, continuamente,
eletricidade, sendo, então, denominada a “Pedra Elétrica”.
Essa energia elétrica transforma-se em Íons Negativos que fortalecem a energia
vital da pessoa e gera Fótons de Luz, além do Infravermelho, que ativam a circulação
sanguínea, combatendo inflamações, impedindo o acúmulo de toxinas e auxiliando na
renovação da derme. A Turmalina, também, combate a alcalinização do sangue, melhorando o fluxo das artérias e evitando o seu enrijecimento e
obstrução, além de aliviar dores, combater a insônia, regular o apetite, equilibrar a pressão arterial, purificar o sangue, reduzir a tensão muscular,
acelerar a recuperação da fadiga e aumentar a defesa imunológica. Visite o site www.qualizan.com.br e saiba mais!
A Casa do Maçom
João Lúcio de Carvalho
Casa do Maçom "João Baroni" já começou a receber pacientes de várias cidades do país. O espaço oferece
hospedagem a Maçons e familiares de todo o Brasil, que passam por tratamento no Hospital de Câncer da
Fundação Pio XII de Barretos. Está localizada na Rua Paraguai, nº 1.800, Barretos, SP, cerca de 800 metros do Hospital.
Na cerimônia de inauguração, encontravam-se representantes da Maçonaria de vários estados, entre eles, os GrãoMestres José Maria Dias Neto, do Grande Oriente Paulista, Benedito Marques Ballouk Filho, do Grande Oriente de São
Paulo, Luiz Flávio Borges D'Urso, Presidente da OAB-SP e representante do Grão-Mestre da Grande Loja, Rogério Ferreira
da Silva, Venerável Mestre da Loja Maçônica Fraternidade Paulista, além de autoridades locais, como o Prefeito Emanoel
Carvalho e Secretários, bem como membros das várias Lojas Maçônicas de Barretos.
Esse projeto contou com o apoio das Lojas Maçônicas de todo o país.
A Casa do Maçom é formada por onze apartamentos totalmente mobiliados, apropriados para receber pacientes
com acompanhantes. Cinco deles são adaptados para cadeirantes. O espaço conta, ainda, com recepção, lavanderia, área de
convivência, sala de TV, cozinha e refeitório, num terreno de 1.100 m2, com total de 460 m2 de área construída.
Com base nos símbolos, usados na Maçonaria (esquadro, compasso e régua), foi projetada pelo o engenheiro André
Ponciano, colaborador do projeto. A construção foi realizada no período de dois anos, e sua Pedra Fundamental foi lançada
A
no dia 23 de abril de 2006. Contatos com João Lúcio - (31) 3763-6031 / 8869 8621 - E-mail: [email protected]
?
XIV Encontro Nacional de Cultura Maçônica
Francisco Feitosa
isando estimular a todas as manifestações direcionadas à cultura maçônica, através desta coluna, abrimos um
espaço a fim de divulgar os eventos, que têm por objetivo o crescimento cultural do Maçom, incentivando a
prática do estudo e da pesquisa no seio de nossas Lojas.
Dentro desse escopo, estamos divulgando o XIV Encontro Nacional da Cultura Maçônica, que se realizará nos dias
17 e 18 de abril, no Hotel Fazenda Mato Grosso (www.hotelmt.com.br), na cidade de Cuiabá, Mato Grosso, organizado
pela Maçonaria Unida Matogrossense, composta pelo Grande Oriente do Estado de Mato Grosso, Grande Loja Maçônica
do Mato Grosso, Grande Oriente do Brasil de Mato Grosso.
O evento tem o apoio da Editora A Trolha e está sendo promovido pelas ABIM – Associação Brasileira de Imprensa
Maçônica, UBRAEM – União Brasileira de Escritores Maçônicos, AABML – Associação das Academias Brasileira Maçônicas
de Letras e INBRAPEM – Instituto Brasileiro de Pesquisas e Estudos Maçônicos.
A Comissão organizadora prevê atividades, também, para as Cunhadas que desejarem acompanhar os Irmãos no
tão esperado evento, com city tour na Chapada dos Guimarães, almoço na Pousada Penhasco, etc.
A programação apresentará palestras do mais alto nível, a começar pela abertura com o Governador do Estado de
Mato Grosso, o Exmo. Sr. Blário Maggi. Os Grão-Mestres das três Potências organizadoras do evento e diversos valorosos
Irmãos ligados à cultura maçônica, também, estão agendados.
As inscrições poderão ser feitas com a Sra. Tânia Mânica, pelo telefone (65) 3648-7777. Maiores informações com os Irmãos:
V
Moacir Pinto ([email protected]); Claudiomar Furriel ([email protected]); Jorge Araújo ([email protected]). ?
O Berço da Maçonaria Brasileira Está Muito Bem Representado!
Francisco Feitosa
V
erdade se diga: existem Grão-Mestres e grãomestres! Minha afirmação, nesse sentido, pautase na observância do trabalho altruístico de alguns valorosos
Irmãos, que, renunciando suas atividades pessoais e
profissionais, dispensam especial atenção ao desempenho do
cargo, que, por vontade do povo maçônico, aceitou exercer.
Destaco aqui dois ícones maçônicos no Nordeste
brasileiro, com cujo convívio não tive o privilégio de gozar,
contudo, tenho acompanhado seus trabalhos com admiração.
Gostaria de prestar uma singela e merecida
homenagem ao nosso querido Antônio do Carmo, Grão-
Mestre do GOIPE e presidente da ABIM, que vem, há algum
tempo, contribuindo intensa e positivamente com a cultura
maçônica, através de Academias, Encontros Culturais,
Palestras, etc., e ao querido Irmão Itamar Assis, Grão-Mestre da
Grande Loja Maçônica da Bahia, pelo seu brilhantismo,
conclamando o povo brasileiro, através do “Manifesto da
Maçonaria Bahiana” e, agora, com a criação do Núcleo de
Estudos Avançados sobre Liturgia e Espiritualidade Maçônica.
O berço da Maçonaria brasileira está muito bem
representado e a Revista Arte Real não poderia se furtar em
exaltar trabalhos altruísticos em prol da cultura maçônica,
afinal, esse foi o principal objetivo de sua criação! ?
a b
Platão
P
latão nasceu em Atenas, no ano 427 a.C., ano em
que Péricles morreu, e a Grécia entrou em
dissolução. Nasceu de uma família nobre (descendente, pela
linha materna, de Sólon, célebre legislador, considerado um
dos Sete Sábios da Grécia). Dizem que Orfeu é o iniciador da
Aurora, Pitágoras, do meio-dia e Platão, do entardecer da
hélade.
Seu nome de nascimento era Aritocles, e o apelido de
Platão lhe veio pelo fato de ser homem corpulento e de
ombros largos, mas nem por isso disforme. Sua alma,
entretanto, era delicada e meiga, o que o fez pender para as
artes, especialmente a poesia.
Aos 20 anos de idade, apresentou um ensaio para ser
exposto em um concurso, onde conheceu Sócrates, um
Avatara da linha Crística, 40 anos mais velho do que ele, de
quem absorveu, todo o conhecimento. Como Sócrates nada
deixou escrito, tudo o que sabemos dele é, através de Platão,
inclusive seu trágico fim, quando foi condenado ao autoenvenenamento por sicuta, acusado de perverter os jovens e
negar os deuses.
Desde que Platão entrou em contato com tão
admirável Ser, sua vida se transformou. Sua casa era ponto
de reunião da mocidade da época, seu novo modo de viver
nada tinha a ver com tal procedimento. Para encerrar,
definitivamente, seu procedimento anterior, dá uma grande
festa, mesmo antes de ser julgado seu ensaio, e, nela, anuncia
que vai alterar seu comportamento, queimar seus escritos e
seus amigos serão só aqueles que forem amigos de Sócrates.
Nessa sua nova fase, passou a perceber a
superioridade do Bem sobre o Belo, que não realiza a
verdade senão na miragem da arte, enquanto o Bem a realiza
no fundo das almas. Rara e poderosa fascinação, para a qual
os sentidos não concorrem, mas sim a intuição.
Quando da morte de Sócrates, o que mais lhe
impressionou foi a serenidade do mestre, dando
conhecimento, falando sobre a eternidade, até o último
momento.
Oito anos ficaram juntos e, após a morte de Sócrates,
deu início as suas viagens, um vasto giro pelo mundo, para
se instruir (390-388), tendo contato com toda a Tradição
Oculta, existente naquela época. Por esse motivo, é possível
identificar, em sua obra, duas filosofias: uma, esotérica,
dirigida a seus discípulos, para quem eram reveladas as
chaves interpretativas do conhecimento; outra, exotérica,
dirigida ao público em geral.
Visitou o Egito, cuja veneranda antiguidade e
estabilidade política admirou; a Itália meridional, onde teve
ocasião de travar relações com os pitagóricos (tal contato será
fecundo para o desenvolvimento do seu pensamento); a
Sicília, onde conheceu Dionísio, o Antigo, tirano de Siracusa,
e travou amizade profunda com Díon, cunhado daquele.
Caído, porém, em desgraça, por sua franqueza, foi vendido
Francisco Feitosa
como escravo. Libertado, graças a um amigo, voltou a Atenas.
Não chegou até o final na Escola Pitagórica, chegando ao
terceiro grau, que conferia a perfeita lucidez intelectual. Na
Itália, comprou, a peso de ouro, um manuscrito de Pitágoras
para beber-lhe seu conhecimento, diretamente, da fonte.
Voltando à Grécia, em Atenas, pelo ano de 387, com a
idade de 50 anos, fundou a sua célebre Escola, que, dos jardins
de Academo, onde surgiu, tomou o nome famoso de Academia,
para continuar os ensinamentos de Sócrates, em torno da qual
reunia aqueles interessados no conhecimento filosófico.
Adquiriu, perto de Colona, povoado da Ática, uma herdade,
onde levantou um templo às Musas, que se tornou propriedade
coletiva da escola e foi por ela conservada durante quase um
milênio, até o tempo do Imperador Justiniano (529 d.C.).
A filosofia de Platão contém dois elementos principais,
o moral e o metafísico. Aos pontos de vista de Sócrates, ele
acrescentou certas concepções metafísicas sobre a natureza de
Deus com o mundo. Em sua teoria, a idéia ou a forma de uma
coisa aproxima-se da natureza de nossa concepção abstrata
dessa coisa, mas tendo uma existência real fora do mundo
sensível (material manifestado); é a realidade imutável por trás
da aparência cambiante.
Segundo Platão, pode-se chegar ao conhecimento
dessas idéias somente por meio da razão pura, não afetado pela
sensação, e usando-se como método a dialética. Assim, a
filosofia de Platão é identificada como idealista, porque para
seu modelo filosófico, o que se tem aqui, no mundo, é mero
reflexo de outro mundo real, que se encontra no mundo das
idéias.
Platão pregou seguindo o Bem, quer dizer, o justo; a
alma purifica-se, prepara-se para o conhecimento da verdade,
primeira e indispensável condição de seu progresso. Seguindo e
ampliando a idéia do Belo, atinge o Belo Intelectual, essa luz
imperceptível, mãe das coisas, animadora das formas,
substância e órgão de Deus. Mergulhando na alma humana,
sente dilatar-se as asas. Seguindo a idéia do verdadeiro, atinge a
pura essência, os princípios contidos no espírito puro.
No célebre mito da caverna, relatado por ele no Livro
VII da República, o mundo das idéias é apresentado como um
mundo do bem, do belo e do verdadeiro, do real e perfeito; o
mundo sensível (aparente) é uma cópia imperfeita do mundo
das idéias, muito semelhante à maya dos hindus.
Vemos, portanto, que ele pregava já a teoria do Bem,
Bom e Belo para se atingir o princípio da Intuição. Dessa maneira
criou uma forma de iniciação, possibilitando o caminho da
salvação a milhares de almas, que não podem atingir, nessa vida,
a iniciação direta, mas que aspiram à Verdade.
Platão viveu 80 anos e morreu no vigor da juventude. É
o primeiro filósofo antigo cujos a obras completas possuímos.
Dos 35 diálogos, porém, que correm sob o seu nome, muitos
são apócrifos, outros de autenticidade duvidosa. ?
a b
A Origem da Franco-Maçonaria Florestal
A
s origens da Maçonaria Florestal permanecem
misteriosas até hoje. Desde a origem das civilizações,
foi preciso abater, rachar a lenha e queimá-la para fabricar o
carvão. Quem faz tais trabalhos são os lenhadores e carvoeiros.
Estes trabalhadores da floresta tiveram uma prática iniciática na
transmissão do seu saber-fazer e, naturalmente, adotaram
rituais, cerimônias e símbolos. As diferentes corporações de
ofícios dos habitantes da floresta apresentam uma evolução
histórica comparável à da tradicional Maçonaria da Pedra, pela
passagem do operativo ao especulativo. Entretanto, nada
sabemos dos primeiros rituais de ofício praticados no âmbito de
uma Maçonaria da Madeira, pois se trata de uma tradição do
gesto e da palavra que não deixou quaisquer vestígios escritos.
As primeiras práticas de um rito maçônico florestal
especulativo teriam aparecido, subitamente, em França: estamos
em 1747. Charles François Radet de Beauchesne foi o seu
promotor. Pretendia que os seus poderes lhe vinham de M. de
Courval, Grão-Mestre das Águas e Florestas do Condado de Eu,
Senhor de Courval. Segundo Jean-Marie Ragon de Bettignies
(1781 - 1866), a primeira assembleia teve lugar em 17 de Agosto
de 1747. Esse "Canteiro do Globo e da Glória" estava instalado
num parque do Bairro de La Nouvelle France (atualmente,
Bairro suburbano Poissonière). O ritual provinha das florestas
do Bourbonnais, onde nobres proscritos tinham encontrado
refúgio e, depois, tinham sido iniciados por lenhadores, durante
as agitações que marcaram os reinados de Carlos VI e Carlos
VII. As vendas praticaram-se nos meios aristocráticos e na corte
do rei. A nobreza apreciou grandemente essa Maçonaria, em
que o disfarce permitia às pessoas entregarem-se aos prazeres
da boa carne e aos risos de uma elevada alegria. Esse rito
florestal não tem caráter judaico-cristão.
A partir de 1747, talvez, alguns anos antes, a França
assiste ao nascimento de outros ritos florestais, mas dessa vez
cristianizados.
Que saibamos, esses ritos já não se praticam. As
condições históricas (criação do Grande Oriente de França,
Revolução Francesa) não permitiram que os ritos florestais se
desenvolvessem. A Franco-Maçonaria da Madeira implantou-se
nos Altos Graus desde 1762 (Cavaleiro do Real Machado ou
Príncipe do Líbano, 23º Grau, do Rito de Memphis e 22º Grau do
Rito Escocês Antigo e Aceito e do Rito de Perfeição).
Rejeitada pela Franco-Maçonaria Andersoniana, a
Maçonaria Florestal julgou encontrar a sua expressão no
aventureirismo político do século XIX (Carbonária Italiana e
Charbonnerie Francesa) cujas as sequelas foram encontradas em
Portugal, em 1911.
Spartacus Freemann
É certo que houve louváveis tentativas de união entre a
Franco-Maçonaria da Madeira e a da Pedra (Dever dos
Lenhadores, Corpus de Tours) ou autonomia regular (Grande
Canteiro General de França, regularmente constituído no centro
das Florestas, sob os auspícios da Natureza, em 1809), e mesmo
reformismo iniciático (as Vendas de Roland, em 1833). É certo que
os Bons Primos Carvoeiros procuraram manter as suas tradições
até 1835, na França, e até 1879, sob forma especulativa, na
Inglaterra, com os "Brothersrachadores"; é preciso, no entanto,
verificar que a Franco-Maçonaria da Madeira desapareceu
totalmente.
Pouco depois da Segunda Guerra Mundial, empreendeuse um esforço para restaurar a iniciação florestal, a partir de uma
tradição maçônica. Os símbolos eram a árvore, a machadinha, a
cunha, o machado. Esse "Canteiro da Grande Floresta dos
Gauleses" devia ficar reservado para os Maçons dos Graus da
Sagrada Real Arca de Jerusalém (Holy Real Arch of Jerusalém). O
iniciador desse renascimento florestal era, nem mais nem menos,
aquele que iria criar, em 1976, a Grande Loja Independente e
Soberana dos Ritos Unidos (Humanitas).
Em Novembro de 1993, o druida da Gorsedd da Bretanha,
Gwenc'hlan Le Scouëzec, reuniu, em sua volta, um grupo de
Maçons franceses. Constituíram uma Loja Maçônica da Pedra,
para em seguida, nela, instaurarem o rito maçônico florestal,
praticado hoje. O rito maçônico florestal, praticado hoje, é fruto de
um longo trabalho de investigação. Inspira-se, diretamente, nos
ritos de Beauchesne, de 1747 (Há duas traduções desse ritual).
Em 1999, A.R. Königstein prega o retorno de um
Carbonarismo iniciático e insurrecional. Propõe, numa das suas
obras, um rito da Carbonária, operador de uma transferência para
um paganismo, desvinculando-se de uma estrutura maçônica
clássica, e recusando o 5º recurso à violência e ao terrorismo. Não
sabemos se há vendas a praticarem esse rito na atualidade.
É necessário relativizar a importância de Charles de
Beauchesne na instauração dos primeiros ritos maçônicos
florestais. Foi reputado como traficante de Graus, tanto durante a
Guerra dos Sete Anos, como num café da Rua Saint Victor, em
Paris. Criou o Capítulo dos Cavaleiros Protetores da Inocência, que
praticava Graus da Rosa-Cruz e Templários. As suas criações
ficaram à margem do Grande Oriente de França e desapareceram
a partir de 1774.
Nada permite afirmar, hoje, que a instituição em França,
em 1747, de uma Franco-Maçonaria Florestal, sem referências
judaico-cristãs, seja consequência da criação da Ancient Druid
Order, em Londres, em 22 de Setembro de 1717, por John Toland,
ou da difusão da sua obra "Pantheisticon" (1720). ?
a b
Coluna da Harmonia
E
ssa é a única Coluna de uma Loja Maçônica
constituída por um só Irmão, o Mestre de
Harmonia. No passado, a Coluna da Harmonia era
composta pelo conjunto dos Irmãos músicos, que
contribuíam para o brilhantismo dos rituais e dos festejos
maçônicos. Com o avanço tecnológico, foram substituídos
pelos aparelhos eletrônicos, operados pelo Mestre de
Harmonia. Em seu sentido mais amplo, a Harmonia é a
ciência da combinação dos sons, formando os acordes
musicais. A palavra grega MOUSIKE significa não apenas
música, mas também todas as formas de expressão que
tenham por finalidade a criação da Beleza.
Pitágoras usava a música para fortalecer a união
entre os seus discípulos, por entender que instruía e
purificava a sua mente. Em sua Escola, era entendida
como disciplina moral, por atuar como freio
aos ímpetos agressivos dos seres humanos.
O aprendizado empírico, revelado através
dos sentidos, pode ser conseguido não só pela
contemplação das belas formas e da beleza das
figuras, que nos rodeiam, mas também pela audição
de ritmos e de melodias que acalmam os ímpetos e as
paixões. Desse modo, angústia, anseios frustrados,
agressões verbais, stress mental podem ser eliminados
pela audição de músicas suaves e agradáveis.
Em uma reunião maçônica, deve-se tocar a música
que melhor traduza os sentimentos dos Irmãos em cada
momento do ritual. Muitos compositores, nossos Irmãos,
produziram belas músicas, que merecem - e devem - ser
ouvidas em nossos Templos. Entre essa plêiade, podemos
citar: Mozart, Beethoven, Haendel, Sibelius, Franz Lizt,
John Philipp Souza (de ascendência portuguesa), Luigi
Cherubini, Antonio Salieri, Carlos Gomes (brasileiro), etc.
As primeiras composições maçônicas datam de
1723 e foram publicadas junto com a Primeira Constituição
da Grande Loja de Londres:
A Canção dos Aprendizes - Matthew Birkhead; A
Canção dos Companheiros - Charles Delafaye; A Canção
do Vigilante – James Anderson; A Canção do Mestre –
Antônio Rocha Fadista
James Anderson (esta última, publicada em 1738, juntamente
com a Segunda Edição das Constituições de Anderson).
No Brasil, foram compostas as seguintes obras:
Hymno do REAA - M.A . Silveira Neto e Jerônimo
Pires Missel; Hino Maçons Avante – Jorge Buarque Lira e
Mário Vicente Lima; Hino Maçônico - D. Pedro I (D. Pedro
IV de Portugal); Canto Ritualístico Maçônico - Francisco
Sabetta e José Bento Abatayguara; Hino Maçônico para
Abertura e Fechamento dos Trabalhos - Otaviano Bastos; A
Acácia Amarela - Luiz Gonzaga (o Rei do Baião).
Além dessas, existem, também, composições
maçônicas para os Rituais de Iniciação, de Elevação e de
Exaltação, de Reconhecimento Conjugal e de Pompas
Fúnebres.
Tendo em vista o caráter universalista da nossa
Ordem, o Mestre de Harmonia não deve programar a
execução de música religiosa de nenhum tipo.
Desse modo, será evitado o constrangimento,
que um Irmão não católico poderá sentir ao
ouvir, por exemplo, a Ave Maria de Gounod.
Solos de música cantada, também, devem ser
evitados.
A música coral, o Hino Maçônico, de D. Pedro I, ou
a Ode à Alegria, de Beethoven, poderá ser programada sem
problemas, mas, na maioria das vezes, a mais indicada é
sempre a instrumental.
O Mestre de Harmonia, previamente, preparará o
programa a ser executado, de acordo com o tipo de reunião e
de acordo com o Ritual. Em uma Iniciação, no Rito Escocês
Antigo e Aceito, podem ser destacados os seguintes
momentos especiais, para os quais será programada uma
música específica, que listamos a título de exemplo:
Ent∴ dos Cand∴- “A Criação”, de Haydn - trechos que
descrevem a passagem do Mundo do Caos para a Ordem e
das Trevas para a Luz (Ordo ab Chao); Oração ao GADU “Cravo Bem Temperado”, de Bach – um convite à
concentração e à meditação; T∴S∴- “A Criação” - trechos da
Abertura do Oratório, simbolizando a purificação e a ilusão
profana; Pur∴pelo F∴- “As Walquírias”, de Wagner - cena
do Fogo Mágico, reforçando o sentido dramático do ritual;
Tr∴de Ben∴- “Pannis Angelicus”, de Cesar Frank - marca
o profundo significado da solidariedade; Jur∴- “Prelúdio
nº 1, em dó maior, do “Cravo Bem Temperado”, de Bach adequada para a meditação e para marcar a solenidade do
ritual; Fiat Lux - “Assim Falou Zaratustra”, de Strauss Parte inicial do Poema Sinfônico, descrevendo o nascer do
sol e o sentimento do poder de Deus sobre o
homem e aumentando o deslumbramento
do momento culminante da Iniciação;
Abr∴do Ven∴- “Marcha Festiva”, de
Grieg ( Suíte Sigurd Jorsalfar, Opus 56 );
Ent∴dos Neóf∴- “Glória aos Iniciados”
(Coro Final da Ópera, “A Flauta Mágica”,
de Mozart: Coro de Graças a Ísis e Osíris e de
congratulações aos Iniciados, que, pela sua
coragem, conquistaram o direito à Beleza e à Sabedoria);
Procl∴- “Ode à Alegria”, de Beethoven, Excerto
Orquestral da Nona Sinfonia - deve ser tocada após cada
uma das Proclamações; é um hino que traduz a alegria dos
Irmãos ao receber os recém-Iniciados.
Uma Sessão Econômica, por exemplo, não pode
prescindir de dois ou três bons programas para a
Harmonia, previamente organizados. Isso permitirá variar as
músicas executadas, evitando a monotonia da repetição.
A escolha de uma música para uma reunião
maçônica exige do Mestre de Harmonia um mínimo de
cultura musical, além da necessária sensibilidade, para
interpretar o significado de cada passagem do Ritual.
Repetimos, a música deve estar em perfeita sintonia
com cada momento da ritualística, induzindo,
nos Irmãos presentes, a purificação de suas
mentes,
deixando-os
tranquilos
e
predispostos à emissão de sentimentos de
amor e de fraternidade.
A música promove a exaltação das
faculdades intelectuais e espirituais do ser
humano. Atinge e aperfeiçoa a sensibilidade dos
Irmãos, permitindo que vibrem em sintonia com os acordes
da Harmonia Universal, cujas leis tudo governam, e, por
meio delas, a Maçonaria busca o aprimoramento moral e
espiritual da Humanidade.
Compilação
da
Matéria
publicada
no
site
http://www.maconaria.net/portal/index.php?
option=com_content&view=article&id=28 ?
História da Loja Estrela do Oriente
O
nome da Loja Estrela do Oriente teve origem no
Império Otomano. Os Otomanos, originários do
Noroeste de Anatólia, estenderam seu poder até a Europa,
dos Balcãs à Síria, Egito e Iraque. O Império Otomano
durou seis séculos e representou o estado muçulmano
mais importante da Era Moderna. No final do século 18, o
Império Otomano tinha como sultão Abdul Hamid II.
Durante o seu governo, já estava em decadência.
Os Otomanos viram, na aliança com a Alemanha,
uma possibilidade de reorganizar o seu exército, bem
como as suas finanças. Várias revoltas se sucederam e
culminaram com o massacre dos Armênios, em 1895. Na
Alemanha (Prússia), naquele período, já ocorriam
perseguições a Maçons e, também, Judeus. É possível que
o governo alemão daquela época tenha influenciado nas
perseguições, que nossos IIr∴ passaram a sofrer no
Império Otomano.
Maçons de origem otomana (vulgarmente,
denominados turcos) foram obrigados a deixar o País.
Contudo, essa repressão, aparentemente, não se estendeu
às Lojas ou membros estrangeiros das Lojas, mantidas por
outros países, principalmente, europeus. Naquele período,
muitos IIr∴ foram presos; alguns deles, trancafiados em
uma fortaleza, foram condenados à morte. Por
José Miguéis
determinação do Sultão Abdul Hamid II, esses IIr∴ ficaram
sob vigilância de um oficial. Não se sabe se, propositalmente
ou casualmente, o oficial encarregado de vigiar os nossos
IIr∴era, também, Maçom. Por isso mesmo, solicitou ajuda ao
Príncipe de Gales, na Inglaterra, para dar fuga aos IIr∴
encarcerados. O Príncipe, futuro sucessor da Rainha Vitória,
era Maçom de grande projeção internacional e, como
veremos a seguir, ajudou-os a fugir.
Eduardo VII (9 de Novembro, 1841 – 6 de Maio,
1910) era o filho mais velho da Rainha Vitória e do Príncipe
Albert. O Príncipe atendeu à solicitação do Ir∴Oficial
Otomano e enviou um navio, para resgatar nossos
IIr∴presos na masmorra. Dentre esses, encontrava-se
Gazuza Khouri, que veio ao encontro de seu irmão, residente
em Corumbá, MS. Naquela ocasião, vários Maçons estavam
organizando a fundação de uma Loja. O Ir∴ Gazuza Khouri
trabalhou ativamente na fundação da mesma. Em
retribuição, os IIr∴ de Corumbá lhe disseram que fizesse um
pedido, que pudesse ser atendido. Então, pediu que fosse
dado o nome de Estrela do Oriente à Loja. Posteriormente, à
fundação da Loja, o rei Eduardo VII enviou à Estrela do
Oriente uma foto sua em trajes Maçônicos. Ainda hoje, essa
encontra-se em um lugar de honra na Sala dos P∴ P∴ da
Loja Estrela do Oriente. ?
a b
Escutatória
S
empre vejo anunciados cursos de oratória. Nunca
vi anunciado curso de escutatória. Todo mundo
quer aprender a falar... Ninguém quer aprender a ouvir.
Pensei em oferecer um curso de escutatória, mas acho que
ninguém vai se matricular. Escutar é complicado e sutil.
Diz Alberto Caeiro que... Não é bastante não ser
cego para ver as árvores e as flores. É preciso, também,
não ter filosofia nenhuma. Filosofia é um monte de idéias,
dentro da cabeça, sobre como são as coisas. Para se ver, é
preciso que a cabeça esteja vazia. Parafraseio o Alberto
Caeiro: não é bastante ter ouvidos
para ouvir o que é dito. É preciso
também que haja silêncio dentro da
alma.
Daí a dificuldade: a gente
não aguenta ouvir o que o outro
diz sem logo dar um palpite
melhor... Sem misturar o que ele
diz com aquilo que a gente tem a
dizer. Como se aquilo que ele diz
não fosse digno de descansada
consideração... E precisasse ser
complementado por aquilo que a
gente tem a dizer, que é muito
melhor. Nossa incapacidade de ouvir é a manifestação
mais constante e sutil de nossa arrogância e vaidade.
No fundo, somos os mais bonitos... Tenho um
velho amigo, Jovelino, que se mudou para os Estados
Unidos estimulado pela revolução de 64. Contou-me de
sua experiência com os índios: Reunidos os participantes,
ninguém fala. Há um longo, longo silêncio.
Vejam a semelhança... Os pianistas, por exemplo,
antes de iniciar o concerto, diante do piano, ficam
assentados em silêncio... Abrindo vazios de silêncio...
Expulsando todas as idéias estranhas. Todos em silêncio, à
espera do pensamento essencial. Aí, de repente, alguém
Rubem Alves
fala. Curto. Todos ouvem. Terminada a fala, novo silêncio.
Falar, logo em seguida, seria um grande desrespeito,
pois o outro falou os seus pensamentos...
Pensamentos que ele julgava essenciais. São-me
estranhos. É preciso tempo para entender o que o outro
falou. Se eu falar logo a seguir... São duas as possibilidades.
Primeira: fiquei em silêncio só por delicadeza. Na
verdade, não ouvi o que você falou. Enquanto você falava, eu
pensava nas coisas que iria falar quando você terminasse sua
(tola) fala. Falo como se você não tivesse falado.
Segunda: ouvi o que você falou. Mas, isso que você
falou como novidade eu já pensei há
muito tempo. É coisa velha para
mim. Tanto que nem preciso pensar
sobre o que você falou. Em ambos os
casos, estou chamando o outro de
tolo. O que é pior que uma bofetada.
O longo silêncio quer dizer: estou
ponderando cuidadosamente tudo
aquilo que você falou. E, assim vai a
reunião.
Não basta o silêncio de fora..
É preciso silêncio dentro. Ausência
de pensamentos. E aí, quando se faz
o silêncio dentro, a gente começa a
ouvir coisas que não ouvia. Eu comecei a ouvir.
Fernando Pessoa conhecia a experiência... E, se
referia a algo que se ouve nos interstícios das palavras... No
lugar onde não há palavras. A música acontece no silêncio. A
alma é uma catedral submersa. No fundo do mar - quem faz
mergulho sabe - a boca fica fechada.. Somos todos olhos e
ouvidos. Aí, livres dos ruídos do falatório e dos saberes da
filosofia, ouvimos a melodia que não havia... Que de tão
linda nos faz chorar. Para mim, Deus é isto: a beleza que se
ouve no silêncio. Daí a importância de saber ouvir os outros:
A beleza mora lá também. Comunhão é quando a beleza do
outro e a beleza da gente se juntam num contraponto. ?
a b
O
autor, nosso Irmão Celso Grinaldi Filho, é atualmente Gerente Nacional de Vendas de
uma grande organização do segmento editorial. Possui mais de 30 anos de
experiência em gerenciamento de grandes equipes de vendas, tendo como área de
especialização as atividades de treinamento, planejamento e avaliação de desempenho dessas
equipes.
Este livro, O VENDEDOR TALENTOSO, discorre sobre a necessidade de pensar
como um vendedor, as suas opções de vendas, os passos iniciais e finais de uma venda,
sobre o atendimento, sobre os tipos de compradores, sobre a arte de vender, as virtudes de
um vendedor, os defeitos a serem evitados, os objetivos da venda, o merchandising, a
construção do futuro do vendedor e enfatiza o Decálogo do Vendedor. Além de se estudar,
em profundidade, as Técnicas de Venda, propriamente dita, o vendedor como imagem da
empresa, como superar as objeções de uma venda, como evitar que surjam obstáculos para a venda, o planejamento do trabalho de
venda, a busca da persistência e da criatividade, a promoção no ponto de venda e a relação Empresa/Vendedor Talentoso.
S
Agrega um Glossário de Termos Usuais em Vendas que o leitor não encontrará compilado em nenhuma obra similar.?
ua Obra é um ensaio sobre o comportamento humano, seus egoísmos,
paixões, ganâncias e irresponsabilidades. Um livro para ser adotado
como livro de cabeceira.
O autor, nosso Irmão Ruben Quaresma, convida a todos para sua
palestra-debate, sobre o tema de seu livro, ÉTICA – DIREITO – CIDADANIA,
que será realizada às 14h30, no próximo dia 13 de abril, na AELB – Associação
Evangélica de Letras do Brasil, situada na esquina das ruas Uruguaiana/Buenos
Aires, (prédio da Casa da Bíblia) no centro da cidade do Rio de Janeiro. Maiores
informações pelo e-mail [email protected]
A
rte Real é uma Revista maçônica virtual, de publicação mensal, fundada em 24 de fevereiro de 2007,
com registro na ABIM – Associação Brasileira de Imprensa Maçônica – 005-JV, que se apresenta
como mais um canal de informação, integração e incentivo à cultura maçônica, sendo distribuída, diretamente,
via Internet, para mais de 12.500 e-mails de Irmãos de todo o Brasil e, também, do exterior, além de uma vasta
redistribuição em listas de discussões, sites maçônicos e listas particulares de nossos leitores.
Ao completar dois anos de idade, no último 24 de fevereiro, sua Revista Arte Real, de cara nova, sente-se
muito honrada em poder contribuir, de forma muito positiva, com a cultura maçônica, incentivando o
estudo e a pesquisa no seio das Lojas e fazendo muitos Irmãos repensarem quanto à importância do
momento a que chamamos de “¼ de Hora de Estudos”. Obrigado por prestigiar esse altruístico trabalho.
Editor Responsável, Diagramação, Editoração Gráfica e Distribuição: Francisco Feitosa da Fonseca - M∴I∴ - 33º
Revisor: João Geraldo de Freitas Camanho - M∴I∴ − 33º
Colaboradores nesta edição: Anatoli Oliynik, Antônio Fadista, João de Carvalho, José Miguéis, Rubem Alves, Spartacus Freemann
Empresas Patrocinadoras: Alexandre Dentista - Arte Real Software – CH Dedetizadora – CONCIV - CFC Objetiva Auto Escola – Dirija
Rent a Car - Livro (Ruben Quaresma) - Livro (Celso Grinaldi) - López y López Advogados – Olheiros.com - Santana Pneus – Sul Minas
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?
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Obrigado por prestigiar nosso trabalho. Temos um encontro marcado na próxima edição!!!

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