Seminário para Pais/EE “Lá em Casa Mandamos Nós?” Resumo

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Seminário para Pais/EE “Lá em Casa Mandamos Nós?” Resumo
Seminário para Pais/EE “Lá em Casa Mandamos Nós?”
Resumo
Um marco importante da adolescência é o alcance da autonomia e independência. O
adolescente torna-se progressivamente mais capaz de assumir responsabilidades, mas
este é um percurso que não acontece de um dia para o outro… Os pais têm de continuar a
guiar e orientar o adolescente para que aprenda a ser autónomo e responsável. Esta
orientação faz-se utilizando a disciplina (ensinar).
Quando pensamos em disciplina lembramo-nos mais depressa de comportamentos
desadequados. Contudo, o segredo da disciplina está em encontrar um equilíbrio na forma
de orientar o adolescente. Esse equilíbrio implica considerar formas de encorajar
comportamentos desejáveis e de desencorajar comportamentos indesejáveis.
Encorajar comportamentos desejáveis
RELAÇÃO: manter a proximidade com o adolescente

Estar disponível

Aproveitar as oportunidades

Dar atenção total

Escuta ativa: Olhar
Ouvir com atenção
Mostrar interesse, ajudando a expressar-se e a elaborar mais
Não julgar nem corrigir

Planear tempo para se divertirem juntos
ROTINAS: dar estabilidade ao adolescente

Tornam o dia-a-dia previsível

Ajudam a família a organizar-se: o que há para fazer, quando, por quem

Ajudam os pais a monitorizar o jovem: onde está, com quem está, o que está a
fazer, quando regressa
1

Criam oportunidades para a relação

Rotinas diferentes funcionam bem para famílias diferentes!!

As rotinas podem precisar de ser ajustadas quando há mudanças na vida das
famílias
RECOMPENSAS: valorizar o adolescente / aumentar comportamentos desejáveis

Dar atenção aos comportamentos desejáveis (fazer os trabalhos de casa, ser
simpático para o irmão, chegar a casa à hora combinada)

Elogiar, dar um presente, dar um privilégio

Elogios específicos, realistas, positivos e acompanhados de afeto

Consequências positivas valorizadas pelo jovem

Os comportamentos que valorizamos tendem a manter-se e a aumentar
REGRAS: distinguir desejável de indesejável

As regras ajudam o jovem a perceber quais são os limites e o que os pais esperam
dele

As regras ajudam os pais a serem consistentes

Estabelecer regras razoáveis, claras, concretas e positivas.

Estabelecer um número razoável de regras.

Definir a regra a cumprir e consequências pelo seu incumprimento (exemplo, perda
de privilégios).

Não estabelecer regras que não se consegue fazer cumprir.

Exigir o cumprimento sistemático das regras estabelecidas.
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Desencorajar comportamentos indesejáveis
IGNORAR: retirar a atenção do indesejável

Quando o comportamento indesejável acontece, não olhar nem falar com o jovem

Afastar-se fisicamente do jovem

Evitar o contacto visual (faça alguma coisa para se distrair)

Aplicar com um tom emocional neutro e não acompanhar de verbalizações
negativas

Dar novamente atenção assim que o comportamento
interrompido

O comportamento pode piorar antes de melhorar

Avaliar se vai conseguir ignorar de forma consistente
desadequado seja
CONSEQUÊNCIAS NATURAIS: viver as consequências do comportamento

Alguns comportamentos têm consequências naturais que são suficientes para
ensinar o jovem: se não vem comer à hora da refeição, então terá fome; se não faz
o trabalho de casa, tem de se justificar aos professores.

Quando o comportamento tem uma consequência natural que será difícil para o
jovem mas não perigosa, os pais podem deixar simplesmente a consequência
acontecer
CONSEQUÊNCIAS RELACIONADAS: corrigir o comportamento

São consequências com uma relação lógica com o comportamento: se não arruma
os jogos, não poderá usá-los nos próximos dias; se parte um objecto, terá de pagar
com a semanada; se risca uma mesa, terá de limpar
3
PERDA DE PRIVILÉGIOS: sinalizar o valor negativo

Perante um comportamento indesejável ou não cumprimento de uma regra, o jovem
perde o acesso a bens (telemóvel, computador), actividades (ver televisão, sair com
amigos, jogar playstation) ou regalias (usar o carro do pai)

Estabelecer de forma clara as condições em que se perdem e recuperam os
privilégios

Dar um aviso antes de aplicar

A perda de privilégios deve ser aplicada com calma – retirar todos os privilégios e
durante muito tempo é pouco eficaz porque o jovem deixa de ter o incentivo para
tentar fazer melhor

Aplicar de forma consistente
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