Biografias Detalhadas
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Biografias Detalhadas
www.bialabate.net Biografias Detalhadas: Aristóteles Barcelos Neto nasceu no sertão mineiro, em 1973, e foi criado em Salvador, onde se graduou em Museologia pela UFBA. Pela UFSC e pela USP obteve, respectivamente, os títulos de mestre e de doutor em antropologia. Atualmente desenvolve pesquisa de pós-doutorado no Laboratório de Imagem e Som em Antropologia da USP. É pesquisador-membro do Núcleo de Estudos Arte, Música e Sociedade na América Latina e Caribe (UFSC) e colaborador do Museu du quai Branly (Paris). É membro da Associação Nacional de Ação Indigenista (Salvador) e pesquisador-afiliado à Pontifícia Universidad Catolica del Perú (Lima). Foi curador das exposições A carta de Caminha e as artes indígenas (Museu de Arte da Bahia, 2001), e Com os índios Wauja: objectos e personagens de uma colecção amazónica (Museu Nacional de Etnologia de Portugal, 2004). Formou coleções etnográficas para o Museu de Arqueologia e Etnologia da UFBA (1998), para o Jardim Zoo-botânico Wilhelma de Stuttgart (1999), e para o Museu Nacional de Etnologia de Portugal (2000). Publicou os livros A arte dos sonhos: uma iconografia ameríndia (Lisboa: Assírio & Alvim, 2002) e Visiting the Wauja Indians: Masks and other Living Objects from an Amazonian Collection (Lisboa: Museu Nacional de Etnologia, 2004), e artigos em periódicos especializados (Ciência Hoje, Rio de Janeiro; Journal de La Société des Américanistes, Paris; Estudios Latinoamericanos, Varsóvia). [email protected] www.socioambiental.org/epi/waura Bia Labate (Beatriz Caiuby Labate) nasceu em São Paulo em 1971. Formou-se em Ciências Sociais pela Unicamp em 1996. Em 2000, obteve o título de Mestre em Antropologia Social pela mesma universidade. Sua dissertação recebeu o Prêmio de Melhor Tese de Mestrado em Ciências Sociais do Brasil em 2000, da ANPOCS (Associação Nacional de Pós-Graduação em Ciências Sociais). É Doutoranda em Ciências Sociais pela Unicamp. É co-organizadora dos livros O uso ritual da ayahuasca (Mercado de Letras 2002) e O uso ritual das plantas de poder (Mercado de Letras, no prelo) e autora do livro A reinvenção do uso da ayahuasca nos centros urbanos (Mercado de Letras, 2004). É membro do Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre Psicoativos (NEIP). Em fevereiro de 2005, fundou o Alto das Estrelas, um instituto privado localizado na Pedra Branca, Caldas (MG), que promove pesquisa antropológica, intercâmbio entre pesquisadores, palestras, congressos e eventos, além de pesquisar o cultivo e o preparo de espécies vegetais. O instituto opõe-se à política proibicionista contra as drogas. Em ocasiões especiais, o Alto das Estrelas organiza sessões de vertentes diversas que utilizam plantas sagradas, conduzidas por líderes experientes, procurando estimular um diálogo entre ciência e espiritualidade. [email protected] www.bialabate.net www.neip.info Clarice Novaes da Mota nasceu em Recife, Pernambuco, a 8 de março de 1943. Ingressou na ex-Universidade do Brasil em 1963, curso de Ciências Sociais da Faculdade Nacional de Filosofia, no Rio de Janeiro. Participou do Programa Nacional de Alfabetização do Ministério da Educação, tendo sido treinada pelo Prof. Paulo Freire. Viveu no México em 1964. Nos Estados Unidos em 1965, ingressou na Temple University, formando-se em Psicologia em 1969. Fez Mestrado em Antropologia Social na New School for Social Research, obtendo o grau de Mestre em 1977. Foi professora de antropologia no Instituto de Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro, de 1979 a 2000. Obteve o grau de doutor em Antropologia Social pela University of Texas at Austin, em 1987, com bolsa de doutorado pelo CNPq. Publicou os livros: Jurema´s Children in the Forest of Spirits: ritual and healing among two Brazilian indigenous groups (Londres: Intermediate Technologies Publications, 1997) e As muitas faces da Jurema: de espécie botânica à divindade afro-indígena, com Ulysses Paulino de Albuquerque (Recife: Bagaço, 2002). Tem vários artigos publicados em livros e periódicos. É também ex-presidente da Associação Nação de Jurema. [email protected] Débora de Carvalho Pereira Gabrich nasceu em Belo Horizonte em 1976. É dirigente feminina do Centro de Iluminação Cristão Luz Universal de Minas Gerais - Ciclumig. Formou-se em Comunicação Social pela PUC Minas em 2001. Em 2003 obteve o título de Especialista em Comunicação Contemporânea e Informação Visual pela mesma universidade. É professora do curso de Comunicação Social da Universidade Federal de Viçosa – UFV e mestranda em Extensão Rural na mesma instituição. É membro-fundadora do Núcleo de Estudos Pró Amazônia da UFV e responsável pela arquitetura da informação e design do site www.nepam.org . Desde 1996 realiza pesquisa no Acre sobre a tradição cultural e religiosa do Santo Daime, especificamente nos centros da linhagem denominada Alto Santo, cujo ritual é adotado no Ciclumig. Realizou viagem à Itália e outros países da Europa para acompanhar o sr. Luiz Mendes do Nascimento, dirigente do Alto Santo, em trabalhos espirituais. É co-responsável, junto ao presidente do Ciclumig, Eduardo Gabrich, pela publicação dos sites www.mestreirineu.org e www.luizmendes.org. dé[email protected] ou [email protected] Elza Carolina Piacentini nasceu em setembro de 1946 em São Paulo. Como formação acadêmica, formou-se Música e Letras e estudou Sociologia, Antropologia, História e Política na USP. Começou a beber a hoasca em 1973, no primeiro núcleo da UDV em São Paulo. Em 1977 foi pela primeira vez para a Índia, onde aprendeu várias técnicas de autoconhecimento no Ashram do Osho, tendo sido sua tradutora oficial por vários anos. Estudou Psicologia principalmente a transpessoal e liderou o departamento de terapias na Comunidade do Osho no Brasil. Hoje, dirige o Espaço Sollua, um espaço de terapias transpessoais e meditações do Osho, onde trabalha como terapeuta. É Mestre Dirigente do Centro de Desenvolvimento Integrado "Luz do Vegetal", um grupo hoasqueiro localizado em Araçariguama (S.P.). [email protected] www.bialabate.net www.espacosollua.com.br Fabiano Maia Sales Yawabané Huni Kuin Nasceu em 1986. Filho do líder Kaxinawá e atual vice-prefeito do Município de Jordão Siã Huni-kuin Aos 5 anos teve iniciação em Ayahuaska com SHANNÊIBU Sueiro Huni-Kuin. Aos 15 anos passou pelo rito de passagem para se tornar liderança juvenil. Atualmente reside em Rio Branco onde há três anos representa o povo Kaxinawá e organiza sessões de Nishi-pay (ayahuasca). [email protected] José Guilherme Cantor Magnani, Doutor em Ciências Humanas pela USP, é professor do Departamento de Antropologia dessa Universidade e sua área de atuação como pesquisador e orientador na pós-graduação é Antropologia Urbana, destacando-se as linhas sobre lazer, sociabilidade e práticas de religiosidade no contexto urbano contemporâneo. Publicou, entre outros, os livros: Festa no Pedaço: Cultura Popular e Lazer na Cidade (Hucitec, 1998, seg. ed.); Mystica Urbe: Um estudo antropológico sobre o circuito neo-esotérico na metrópole (Studio Nobel, 1999); Na Metrópole: Textos de Antropologia Urbana, (co-org, Edusp; 2000, seg. ed.,) Umbanda (Editora Ática, 1991); O Brasil da Nova Era (Jorge Zahar Editor, 2000). Escreveu os artigos: “Leisure in Popular Districts in São Paulo” (in: Societé et Loisir, Presses de l’Université de Quebéc,1994); “O xamanismo urbano e a religiosidade contemporânea” (in: Religião e Sociedade, 2000)”; “De perto e de dentro: notas para uma etnografia urbana” (in: Revista Brasileira de Ciências Sociais, 2002). É coordenador do Núcleo de Antropologia Urbana (NAU), cujo site é: http://www.n-a-u.org/. Leila Amaral é doutora em Antropologia. Fez mestrado em Sociologia na Universidade Federal de Minas Gerais, em Belo Horizonte, e doutorado em Antropologia Social, no Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro, quando se beneficiou com Bolsa Sanduíche pela CAPES para realizar parte de sua pesquisa junto ao Department of Religious Studies da Universidade de Lancaster, na Inglaterra. Foi professora de Antropologia Cultural no Departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal de Juiz de Fora e atualmente é professora convidada do Programa de Pós-Graduação em Ciência das Religiões nessa mesma instituição. É autora de vários artigos e ensaios publicados em revistas nacionais e estrangeiras na área de ciências sociais e de teologia. Vem colaborando em diversos livros, o mais recente “Circuitos Infinitos: comparações e religiões no Brasil, Argentina, Portugal, França e GrãBretanha”, organizado por Otávio Velho e publicado pela Attar Editorial. Está participando atualmente do projeto de pesquisa “Movimentos Religiosos no Mundo Contemporâneo”, patrocinado pelo Pronex/CNPq, no qual vem pesquisando sobre o “sagrado na arte contemporânea”, cujo primeiro artigo foi publicado na revista ILHA, vol. 5, n. 2, 2003, sob o título “In Arena: o sagrado ‘demasiadamente humano’ na arte contemporânea”. Como autora do livro “Carnaval da Alma: comunidade, essência e sincretismo na Nova Era”, publicado pelas Vozes, ganhou o prêmio Jabuti de Literatura, em 2001. Recentemente publicou o livro “O Momento da Emergência de uma Antropologia Interpretativa: sobre a possibilidade do Diálogo no Encontro Etnográfico” pela Editora Notas e Letras. www.bialabate.net [email protected] Leopardo Sales Yawabané Huni Kuin Nascido em 1982, na Aldeia Belo Monte – Reserva Kaxinawá do Rio Jordão Filho de Jose Osair Sales Siã Hunikuin e Maria Nazeli Maspã Seguindo à tradição Kaxinawá, recebeu os primeiros ensinamentos de Ayahuaska aos 8 anos, junto com o pajé Arismaya Mutum (Rio Jordão). Depois tomou com o pajé Virgulino (Rio Tarauacá) e o seu pai José Osair Sales Siã Hunikuin (atual vice-prefeito do Município do Jordão (AC). Aos 12 anos passou a pescar, caçar onça e diversos animais da floresta, e receber a formação para se tornar liderança, guerreiro e pajé. Aos 15 anos de idade completou a sua formação de Huni kuin (Homem com a verdade) na tribo, submetendo-se a várias provas para a emancipação. Desde então passou a atuar como liderança juvenil da sua tribo, organizando trabalhos coletivos de caça, agricultura e educação. Tomou ayahuaska com os principais pajés e lideranças da região: Agostinho Munduca Mateus (Aldeia São Joaquim), Isaias Sales Ibã Kaxinawa (Aldeia Chico Curumim), Denke (Ashaninka), Sabá Manshineri , pajé Augusto Feitosa Isaka (Alto Purus), Ubiraci (Yawanawá). É diretor da ASKARJ (Associação dos Seringueiros Kaxinawás do Rio Jordão) e representante oficial do seu povo em São Paulo, e sócio-diretor da IDETI (Instituto de Desenvolvimento das Tradições Indígenas). Veio estudar a língua portuguesa e o ensino fundamental brasileiro em São Paulo, a partir de 2003. Vem realizando mensalmente em São Paulo, Encontro com Nishi Pay, que são os cerimoniais tradicionais de consumo da Ayahuaska acompanhado de cantos (ícaros) nativos, com a finalidade de promover nos participantes a integração com o universo da ayahuaska (ampliação do universo das suas proto-imagens inconscientes), promover a cura espiritual e física e auxiliar na solução dos conflitos internos e na tomada de decisões. Promove ainda os tratamento tradicionais com o Kampú, batata-da-purga e diversos fitoterápicos tradicionais do seu povo. Realiza palestras em escolas e entidades culturais, divulgando a tradição cultural do seu povo e a história dos índios no Brasil. [email protected] Lúcia Regina Brocanelo Gentil cursou Ciências Sociais na Unicamp entre 1978 e 1983 e Geografia na PUCCAMP entre 1986 e 1990. Leciona geografia e geopolítica em escolas de ensino médio e pré-vestibulares e é autora de livros didáticos de geografia. Trabalha com formação de professores de geografia e história. É conselheira pela UDV no núcleo Lupunamanta e representa a instituição em congressos. Coautora do artigo o “Uso ritual da ayahuasca num contexto religioso: o caso da União do Vegetal” publicado no livro O Uso ritual da ayahuasca, organizado por Beatriz C. Labate e Wladimir S. Araújo pela Editora Mercado das Letras (2002). www.udv.org.br Renato Sztutman, nascido em 08 de agosto de 1974, em São Paulo (SP), é co-editor da revista Sexta Feira e Doutorando em Antropologia Social pela USP na área de etnologia comparada de www.bialabate.net povos indígenas da Amazônia, sob a orientação de Dominique Gallois. Sua dissertação de mestrado, Caxiri, a celebração da alteridade: ritual e comunicação na Amazônia indígena, tratou do problema do contato interétnico e da vida ritual entre os índios Wajãpi da Guiana Francesa. Sobre esse tema publicou o estudo "De festas, viagens e xamãs " (Revista Cadernos de Campo 8, 1999). Escreveu artigos sobre teoria e história da antropologia, como "As metamorfoses do corpo" (Revista Sexta Feira 4, 1999) e "Lévi-Strauss e o desafio americanista" (Novos Estudos Cebrap 61, 2001), e sobre antropologia e cinema, como "O mestre do cinema verdade" (Folha de S.Paulo, 13/04/2000). Dirigiu (com Edgar Cunha e Paula Morgado) o vídeo Jean Rouch subvertendo fronteiras (2000), resultado de dois anos de uma pesquisa pessoal. Entre 1999 e 2001, foi pesquisador-bolsista do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (CEBRAP), sob coordenação de José Arthur Giannotti. Durante os anos de 2000 e 2001, foi pesquisador da OnG Instituto Socioambiental (ISA). Desde 1995, é pesquisador do Núcleo de História Indígena e do Indigenismo, coordenado por Dominique Gallois, e do Grupo de Antropologia Visual, coordenado por Sylvia Caiuby Novaes, ambos da USP. Suas áreas de interesse são etnologia indígena, teoria antropológica e história da antropologia. [email protected] Tatiana Menkaiká Pós-Graduada em Produção Cinematográfica, graduada em Comunicação Social e estudante de História pela PUC-RS. Representante no Brasil da Ong Comunidad Tawantinsuyu que busca a revalorização da medicina tradicional dos povos andinos. Fundadora e editora do portal Terra Mística - Xamanismo e Cultura Nativa. Pesquisadora do xamanismo, das culturas précolombianas e dos sistemas de medicina tradicional das Américas. Palestrante e focalizadora de cursos e oficinas vivenciais. [email protected] www.terramistica.com.br www.xamanismo.org www.comunidadtawantinsuyu.org Timóteo Verá Popygua é cacique da aldeia Guarani Tenonde Porã, em Barragem, Parrelheiros (S.P.). É coordenador pedagógico do Centro de Educação e Cultura Indígena – CECI e coordenador do grupo de canto e dança da aldeia Tenonde Porã. É representante da aldeia Tenonde Porã no Conselho Estadual dos Povos Indígenas e Diretor do Instituto Teko Arandu, organização indígena que reúne vinte aldeias Guarani dos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro. [email protected] Walter Dias Jr. nasceu em São Paulo, em 1954. Formou-se em Ciências Sociais pela PUC-SP, em 1984. Iniciou o curso de pós-graduação e suas atividades de docência em 1986, na mesma universidade, obtendo o título de Mestre em Antropologia Social no ano de 1992. Participou de mesas em diversos congressos, simpósios e seminários promovidos por instituições, tais como: a Associação Brasileira de Antropologia (ABA), a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), o Instituto de Medicina Social e Criminologia (IMESC) e o Núcleo de Estudos e Pesquisas em Atenção ao Uso de Drogas do Rio de Janeiro (NEPAD/UERJ). Foi assessor técnico da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (SEADE) e assistente de uma www.bialabate.net pesquisa realizada em Rio de Contas (Bahia) sobre categorias de Cor/Raça e Preconceito/Discriminação Racial no Brasil, trabalho desenvolvido sob a orientação do Dr. Marvin Harris, do Department of Anthropology - University of Florida (Gainesville). Também foi membro da Diretoria do Centro de Estudos da Religião (CER) - Duglas Teixeira Monteiro, associação sediada na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (USP), no período de 1992/93. Possui artigos publicados sobre os Apurinã de Boca do Acre (“A Questão da Terra”, in: Cadernos da Comissão Pró-Indio/SP n.º 2, ed. Global, S. Paulo, 1981) e sobre o culto ao Santo Daime (A Igreja Católica diante do pluralismo religioso no Brasil - III, Col. Estudos da CNBB - vol. 71, ed. Paulus, 1994; O Uso Ritual da Ayahuasca, Campinas, Mercado das Letras, 2002). Continua exercendo atividades de docência em antropologia social em diversos cursos de várias universidades do Vale do Paraíba, realizando constantes viagens de estudo e pesquisas sobre o uso ritual e medicinal de plantas de poder. Atualmente, é dirigente do Centro Eclético de Fluente Luz Universal Pastor do Oriente – CEFLUPO, igreja do Santo Daime/CEFLURIS, localizada em Pindamonhangaba (S.P.). [email protected] http://www.ceudovale.hpg.ig.com.br Wesley Aragão de Moraes, nascido em Juiz de Fora, MG, em 1957. Graduado em medicina, UFJF, em 1982, e há 23 anos dedica-se à prática clínica e docência de cursos de formação em medicina e terapias alternativas (antroposofia, fitoterapia), através de várias capitais brasileiras. Mestre em Ciência da Religião, pela UFJF, 1987, cuja pesquisa foi "o diálogo intereligioso entre cristianismo e islamismo a partir de seus aspectos esotéricos". Doutor em antropologia pelo Museu Nacional, UFRJ, em 2004, quando defendeu a tese "Xamãs na metrópole: o pajé e a Nova Era", cujo enfoque é o encontro entre o xamanismo tradicional e o neo-xamanismo urbano. No Rio de Janeiro, desde 1995, diretor cultural da ONG "GAIA" que se dedica à educação ambiental, projetos sociais e atividades culturais e espirituais. Atualmente vive em um sítio, na zona rural de Juiz de Fora, pesquisando botânica medicinal e leciona antropologia aplicada à saúde na faculdade da fisioterapia da Universidade Salgado de Oliveira. [email protected] www.gaia-antroposofia.org.br Wyannã Homem de Cura e Mestre de Canto, da tribo dos Kariri-Xocó, traz a cura através de seus cantos nativos, de seu conhecimento de ervas e danças sagradas. Tel: (11) 5005 4208/ 5102-4506/93342106 Yoshiro Odo Acupuntor da escola japonesa, e representante da Associação dos Seringueiros Kaxinawás do Rio Jordão (ASKARJ) em São Paulo. [email protected] www.bialabate.net Resumos detalhados: Aristóteles Barcelos Neto A palestra versará sobre a cultura visual dos Wauja. Apoiada sobre uma extensa e criteriosa seleção de desenhos, a palestra oferece uma versão essencialmente plástica da mito-cosmologia desse povo de língua arawak da Amazônia. Os mentores dessa versão são os xamãs visionários, indivíduos de grandes capacidades artísticas que exercitam no mais alto grau de refinamento o gosto estético wauja. O sonho, viagem da alma, desvela mundos de criatividades constantes que permeiam a vida wauja. Carminha Levy De acordo com Mircea Eliade, em "Xamanismo - Técnicas Arcaicas do Extâse", o xamã é um Ser que faz a ligação entre os dois mundo - o real e o espiritual (re-ligare). Assim sendo, toda e qualquer forma de Xamanismo que parta por esta definição, é legítimo, seja urbano, neoxamânico, nativo, etc..., como também o grande re-ligare que pioneiramente realizei no Brasil xamanismo e psicologia, a árvore plantada há 24 anos e que deu origem aos frutos que colhemos neste encontro. Clarice Novaes da Mota Em termos dos grupos nativos brasileiros, especialmente no nordeste, a planta conhecida como jurema ocupa um lugar especial. Nesta apresentação, procurarei explicar a importância da Jurema para algumas comunidades indígenas, enquanto divindade criadora e como símbolo focal da identidade indígena Débora de Carvalho Pereira Gabrich O trabalho oculto e exotérico de Raimundo Irineu Serra; O ritual do Alto Santo (exibição de material audiovisual); A experiência de adequação do ritual do Alto Santo no Ciclumig – Minas Gerais. Elza Carolina Piacentini O início da União do Vegetal (UDV) em São Paulo; O aparecimento do Osho e suas influências; A importância do Mestre encarnado; Gurdjieff e o "trabalho" no Ashram do Osho; O Centro de Desenvolvimento Integrado Luz do Vegetal - integração das áreas - corporal, artística, terapêutica, espiritual. José Guilherme Magnani www.bialabate.net O neo-xamanismo ou, numa outra denominação, o xamanismo urbano, apresenta-se no atual cenário da religiosidade contemporânea como um conjunto de práticas de cura, autoconhecimento e contato com planos não ordinários de consciência, resultado de uma articulação entre rituais e cosmologias de povos e culturas tradicionais, principalmente indígenas e camponesas, e técnicas e saberes desenvolvidos em algumas áreas do conhecimento do mundo ocidental. Esta relação entre o que se considera uma sabedoria ancestral, acumulada ao longo de gerações em contato com a natureza e determinados elementos da ciência de ponta, faz desse fenômeno um experimento que vai ao encontro de novas necessidades e demandas de espiritualidade nos grandes centros urbanos mas, ao mesmo tempo, abre um campo para especulações, modismos e manipulações; daí a necessidade de se refletir sobre suas alternativas e impasses. Lúcia Regina Brocanelo Gentil A comunicação objetiva relatar a fundação e a expansão do Centro Espírita Beneficente União do Vegetal (UDV). A UDV foi “recriada” num seringal da Amazônia pelo baiano José Gabriel da Costa em 1961. Possui uma doutrina cuja base é o cristianismo, mas trabalha também com elementos das culturas africanas e indígenas e aproxima-se de outras seitas espíritas por ter a reencarnação como um dos seus pilares. Há uma hierarquia religiosa interna de quatro segmentos. A expansão da UDV ao meio urbano iniciou-se na década de 60 e acentuou-se na década de 80. Atualmente, a Sede Geral localiza-se em Brasília e a instituição conta com cerca de 110 unidades administrativas no Brasil, Espanha, Inglaterra e Estados Unidos – onde obteve recentemente uma importante vitória judicial. A UDV admite o uso do chá apenas para fins religiosos e tem um cuidado especial com saúde mental e consumo da hoasca por menores de idade. Renato Stuztman Como a ciência moderna, o xamanismo indígena apresenta-se como uma reflexão sobre as causas dos fenômenos, como mudanças ambientais, doenças, mortes etc. À diferença da ciência moderna, no entanto, o xamanismo indígena está ancorado no pressuposto de que por trás dessas causas residem sempre sujeitos intencionais, muitas vezes designados como humanos. Nesse sentido, o acaso não constitui uma explicação suficiente nessas sociedades. Nesse mundo onde tudo é animado, um outro tipo de política desponta, pois xamãs são aqueles que podem não apenas explicar a realidade, mas agir sobre ela, eles podem estar na origem de um acontecimento inexplicado. Por intermédio de espíritos auxiliares, eles podem provocar mudanças ambientais, doenças, mortes etc. Muitas vezes, suas ações ocorrem como retaliação à ação de outros xamãs, o que revela uma espécie de guerra invisível. Em suma, o xamanismo é um modo tanto de conhecer o mundo, como de agir sobre ele, e essa ação é sempre política – ou cosmopolítica – porque envolve a constante negociação entre xamãs e seres sobrenaturais, bem como dos xamãs entre si. Sthan Xannia Nativo ou nathus? O saber Nativo www.bialabate.net O ser humano em sua eterna fase de transformação e sede de se entender melhor, tem buscado mais e mais um entendimento de quem ele é, e qual seu propósito de vida. Os povos Nativos em sua forma de viver e conviver com a vida e seus fluxo emanados pela eterna emanação de saber do planeta onde vivemos conjugados com a energia do universo, muito tem nos ensinados. Quando falo dos povos nativos não só me refiro aos povos vermelhos (índios) mais também aos povos da raça Negra ,Amarela e Branca, todos que vivem de forma harmônica com todas as manifestações de saber que nos circundam constantemente. Estes povos continuam a nos ensinar. Tatiana Menkaiká Xamanismo e Espiritualidade Nativa O termo "xamã" começou a ser utilizado por viajantes do século XVI que estiveram em contato com os tungu da Sibéria. Posteriormente, derivado de "xamã" (saman), veio "xamanismo" utilizado no meio acadêmico para designar o conjunto de práticas de expansão de consciência, do transe e das experiências extáticas encontradas em comum em vários povos, embora sua cosmologia e estética cultural apresentem-se de forma diferente. Estas práticas têm várias funções como buscar conhecimento, cura, contatar espíritos e forças. Associamos as culturas nativas ao Xamanismo, porque nelas estão presentes, até hoje, algumas práticas de alteração da consciência, porém a espiritualidade indígena não é xamanismo. Esta associação entre xamanismo e espiritualidade indígena se deu por vários fatores a partir dos anos 50, quando movimentos sociais e culturais começaram a agregar outros significados e funções ao Xamanismo, impregnando-o de novos valores éticos, ecológicos, visões de mundo, alegorias e simbolismos. Atualmente, no meio urbano, muitas destas práticas foram inspiradas nessas culturas e incorporadas a tratamentos e caminhos de auto-conhecimento e cura. O Xamanismo, seja o clássico ou o urbano, inspira, sim, a religiosidade pelo seu contato com o interior, com o mundo do invisível e energias da Natureza, porém não é religião e não pode ser confundido com uma representação fiel da espiritualidade de um determinado povo. Timóteo Verá Popygua O conhecimento tradicional, a sabedoria e a religião Guarani; A resistência Guarani; O uso do tabaco pelos pajés; O conhecimento “artificial”; Apresentação de slides e de CD de música Guarani. Walter Dias Jr. A comunicação procura caracterizar os valores, a visão de mundo e a concepção de saúdedoença presentes de maneira subjacente nos projetos de desenvolvimento e nos planos adotados pela comunidade religiosa do Céu do Mapiá (Amazonas), no contexto de expansão internacional da doutrina do Santo Daime. www.bialabate.net Wesley Aragão de Moraes No xamanismo urbano, ou neo-xamanismo, ocorre a construção de um conjunto de práticas ritualizadas e de uma cosmologia que transporta categorias de sociedades tradicionais para um contexto moderno-contemporâneo associando-as, através de uma bricolage, a algumas categorias da psicologia ocidental, da física, da biologia, da arqueologia. Apresenta-se, neste contexto assim produzido, representações peculiares à modernidade ocidental, tais como o feminismo, o ecologismo (que pressupõe uma noção de natureza objetivada, evolucionista e,a o mesmo tempo, animada) e o individualismo moderno-ocidental - o culto ao Self. Este conjunto todo difere acentuadamente das práticas xamânicas tradicionais, onde não existe a noção de natureza objetivada (mas sim o animismo tradicional), onde não existe a ideologia do individualismo (o Self interior, mas sim uma noção relacional de sujeitos), onde não existe o ecologismo (mas sim a predação). Por outro lado, este conjunto de práticas urbanas constrói também uma imagem do bom selvagem e reveste de um certo prestígio a figura idealizada de povos antes dominados e constrangidos pelo sociedade ocidental, além de produzir uma revisão dos valores do ocidente moderno e demonstrar a viabilidade e o vigor do pensamento selvagem dentro do contexto da vida urbana moderna.