Junho - Adventist World
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Órgão Internacional dos Adventistas do Sétimo Dia Junho 2010 Convencido por um Pedaço de Papel ARTIGO ESPECIAL Vamos Trabalhar Veja página 22 Junho 2010 IGREJA EM AÇÃO Editorial............................. 3 Notícias do Mundo 3 Notícias & Imagens Visão Mundial 8 Em Nome de Jesus Janela 10 Bermudas por Dentro SAÚDE A R T I G O D E C A P A Convencido por um Pedaço de Papel Por Kimberly Luste Maran .......................................................... 14 Cinco anos depois do lançamento da Adventist World, os editores compartilham histórias de pessoas tocadas pelo ministério da revista. Envenenamento por Acidente ................... 11 Por Allan R. Handysides e Peter N. Landless PERGUNTAS DEVOCIONAL À Imagem de Deus por Richard Spillman .......................... 12 É isso que vemos uns nos outros? É isso que vemos em nós mesmos? CRENÇAS FUNDAMENTAIS O Remanescente por Kim Papaioannou.............................. 18 O desafio de viver de acordo com nossa reputação. SERVIÇO ADVENTISTA BÍBLICAS Meditação de Manhã .............................. 26 Por Angel Manuel Rodríguez ESTUDO BÍBLICO Partindo o Coração de Deus ........... 27 Por Mark A. Finley Nenhum Desafio é Grande Demais por Laurie Falvo .......................................................................... 20 Os adventistas da Divisão Euro-Africana fazem do evangelho algo pessoal. A R T I G O E S P E C I A L Vamos Trabalhar por Ella S. Simmons ................................ 22 Como explorar o grande potencial da Educação Adventista. ESPÍRITO DE INTERCÂMBIO MUNDIAL 29 Cartas 30 O Lugar de Oração 31 Intercâmbio de Ideias O Lugar das Pessoas ............................. 32 PROFECIA As Pequenas Coisas … por Ellen G. White ........................ 25 Todas as coisas começam pequenas. Adventist World (ISSN 1557-5519) é editada 12 vezes por ano, na primeira quinta-feira do mês, pela Review and Herald Publishing Association. Copyright (c) 2005. Vol. 6, nº 6, junho de 2010. 2 Adventist World | Junho 2010 Tradução: Sonete Magalhães Costa www.portuguese.adventistworld.org A Igreja em Ação EDITORIAL A Igreja Invisível Para Sara, no Zimbábue, que pede ao Senhor um esposo para amar e cuidar… Para Ivan, em Belarus, que terá um exame de engenharia no sábado... Para Migdalia, nas Filipinas, que está lutando contra o câncer... O s pedidos de oração, alguns escritos a mão, outros enviados por e-mail; alguns recém-traduzidos do espanhol, francês, português ou alemão, passam pela equipe da Adventist World, todas as quartas-feiras, às 8h15 da manhã. Quando reunidos, esses pedidos ilustram as orações que os adventistas do mundo elevam ao Céu, todas as manhãs. Pequenas folhas de papel dobrado, envelopes com selos exóticos, mensagens digitais transmitidas à velocidade da luz, todas comunicam o pulso vital do coração dos crentes que estão comprometidos com a missão de orar uns pelos outros. Fazemos uma pausa em cada um deles, materializando nossa ligação com essas pessoas tão distantes de nós, porém que compartilham a mesma fé. “Alegramo-nos com os que se alegram; e choramos com os que choram” (Rm 12:15). Entristecemo-nos com o pecado e a doença, com a dor da perda daqueles que nos escrevem. Nosso coração bate mais forte quando recebemos notícias de esperança, quando o mal é vencido, quando foi oferecido ao Ivan outra data para o exame, quando Sara encontrou um bom esposo. Cada semana, o número e a variedade de pedidos parecem crescer. Os adventistas ao redor do mundo continuam enviando seus pedidos de oração para pessoas que provavelmente só se encontrarão diante do mar de vidro. A fé imagina o que os olhos mortais nunca poderão ver: milhares de irmãos ajoelhando-se em seus lares, escritórios, e até à beira da estrada para orar. Em um mundo agitado por doenças e pela dor, o ato de orar pelos crentes do outro lado do mundo é um sinal da certeza de que estamos unidos a algo muito maior do que nossa congregação local. Pela graça de Deus, pertencemos a uma comunidade mundial, cuja maior fidelidade é ao “Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo”, o Senhor que está acima de todo governo, toda tribo, todo sistema econômico. Todas as semanas, em Seu nome e ao Seu trono, elevamos nossas orações e nossa gratidão em busca da unidade pela qual Ele orou. Ao você ler o artigo especial deste mês, sobre o ministério singular da Adventist World, una-se a esse círculo mundial de fé e oração. – Bill Knott NOTÍCIAS DO MUNDO Filme Criativo Desperta Interesse na Criação H E N R Y ■ No início de 2010, no coração da Europa, foi à tela um filme admirado por milhares de espectadores curiosos, resultando em muitos comentários favoráveis. Embora não seja comum, o assunto do filme havia ficado por longo tempo fora dos temas exibidos pelo cinema atual: a celebração do relato bíblico da Criação. Trata-se de S T O B E R Trabalho de artista adventista ganha ampla exposição e é muito bem aceito PÚBLICO DA CRIAÇÃO: Um dos grandes grupos de pessoas que assistiram ao filme e à apresentação fotográfica sobre a Criação, feitos por Henry Stober, que é adventista do sétimo dia. Junho 2010 | Adventist World 3 A Igreja em Ação 4 Adventist World | Junho 2010 projeto nesse site. Um escreveu: “Muito obrigado pelo filme. Minha esposa, filha e vários colegas, assim como suas esposas, assistiram ao filme ontem. Agora tenho uma boa oportunidade de falar com eles sobre minha fé. Ficamos todos impressionados com o filme (o Senhor está trabalhando; afinal, Ele é o Criador).” Outro escreveu: “Assisti ao filme em Stamberg e quero agradecer pelo fato de que você permitiu ser usado pelo Espírito Santo para produzir tal obra de arte.” – Reportagem de Sigrun Schumacher, editor de notícias da ASI Europa ; traduzido e editado por Chantal J. Klingbeil e equipe da AW. Igreja Adventista Planeja Ampliar Parceria com a Organização Mundial de Saúde ■ Os líderes da Igreja Adventista do Sétimo Dia votaram, no último dia 6 de abril, aceitar a proposta da Organização Mundial de Saúde (OMS) que busca a parceria da denominação com a agência das Nações Unidas, em um programa para reduzir a mortalidade materno-infantil. A aprovação prepara o caminho para a expansão da incipiente aliança com a OMS, que visa a desenvolver iniciativas de saúde pública. Os administradores da igreja e líderes de saúde exploraram, em primeiro lugar, a colaboração com a OMS no ano passado, durante o congresso de saúde, realizado em Genebra. Em outubro, foi publicada uma declaração incentivando a denominação a incrementar a saúde global por meio de parcerias com outras organizações, como a OMS. A proposta da OMS, que foi debatida durante o Concílio da Primavera na sede da igreja mundial, solicita que algumas escolas de enfermagem pertencentes à igreja formem parteiras ou enfermeiras obstétricas e sirvam R A J M U N D uma produção de Henry Stober, cineasta adventista do sétimo dia. “Ser adventista do sétimo dia é um privilégio e a mensagem do sábado realmente é o [glacê] do bolo”, disse Stober. “Presenciar a reação das pessoas, falar com elas e ver com meus próprios olhos a mudança, é simplesmente indescritível… Desde as primeiras mostras recebemos muitos pedidos para projetar o filme em outros países. Cheguei à conclusão de que, tecnicamente falando, para que o filme fosse apresentado praticamente em todo o mundo, a adaptação para outros idiomas seria simples.” Pelo período de duas semanas em janeiro, várias cidades da Áustria e Alemanha exibiram o filme. Centenas de pessoas foram dispensadas, pois as sessões estavam superlotadas. Para muitos, restou apenas a opção de assistir em pé à exibição de 75 minutos, em alta definição, intitulado “Criação: a Terra é Testemunha”, projetado em tela panorâmica com aproximadamente 12 x 6 metros. A história do filme começou em 2006, quando Stober, fotógrafo adventista alemão, sentiu o chamado para produzir o projeto de multimídia, destacando a beleza da Criação, com uma apresentação tão atraente que fizesse as audiências pensarem sobre a questão da criação/evolução. O filme é extremamente bem feito, altamente atrativo, mesclando evidências científicas da criação, cenas da natureza de tirar o fôlego e uma trilha musical maravilhosa, composta pelo compositor adventista Dominic Buchner. Várias centenas de pessoas pediram estudos bíblicos. Os que quiserem ver uma mostra das belas cenas do filme, selecionadas dentre mais de cem horas de material filmado em HD e milhares de fotografias em alta definição, podem visitar o site www.dieSchoepfung.eu. Várias pessoas, embora anônimas, postaram comentários sobre o D A B R O W S K I / A N N NOTÍCIAS DO MUNDO PARCERIA EM SAÚDE: Allan Handysides, diretor do departamento do Ministério da Saúde da Igreja, apresenta a proposta da Organização Mundial de Saúde (OMS) solicitando os esforços da Igreja Adventista para reduzir a mortalidade materno-infantil ao redor do mundo. como “laboratórios de mudança”. A OMS, o Ministério da Saúde e a Escola de Enfermagem da Universidade Loma Linda, na Califórnia, EUA, concentrarão ali seus recursos na formação de enfermeiras obstétricas altamente qualificadas, disse Allan Handysides, diretor do Departamento de Saúde para a igreja mundial. Espera-se um aumento no número de parteiras para diminuir o número de mortes maternas por nascimentos em muitos países africanos e asiáticos, o qual permanece na taxa de 600 mortes para cada 100 mil nascimentos, comparados às 16 por 100 mil nos países ocidentais, diz Handysides. A porcentagem representa a estimativa de que, todos os anos, três milhões de mortes maternas poderiam ser evitadas. “Quero enfatizar que, através dessa parceria, a imagem da Igreja Adventista pode permanecer alta aos olhos da OMS”, disse Handysides aos delegados. Ele incentivou não apenas a aprovação da proposta, mas também o compromisso de “cem por cento de participação” e “forte supervisão” em todos os níveis da administração da igreja na viabilização do projeto, especialmente nas regiões da igreja onde os esforços estarão concentrados. Patricia Jones, diretora-associada de enfermagem do ministério da saúde, reiterou o apelo de Handysides para total comprometimento. Jones, que também é professora de enfermagem na Universidade de Loma Linda, disse que se surgirem problemas na execução do projeto, o objetivo da parceria, que é a diminuição de mortes materno-infantis, será o maior prejudicado. Os delegados se mostraram a favor da parceria, chamado por alguém de “voto de confiança” no trabalho do Ministério da Saúde da igreja. Solicitaram, entretanto, que as desvantagens da parceria fossem amplamente analisadas antes da igreja seguir em frente. “Estou relutante em entrar nessa parceria, mesmo que os benefícios sejam tremendos, sem que haja um bom plano para evitar qualquer risco que possa surgir”, disse Paul Ratsara, presidente da Divisão África do SulOceano Índico. Embora os riscos potenciais não possam ser eliminados, “um bom plano já foi e será feito” para “minimizá-los”, disse Peter Landless, diretor-associado do Ministério da Saúde. Landless apelou para um “ritmo comedido e cuidadoso” ao a igreja lidar com a parceria, que, segundo ele, “pode servir como uma bem necessária injeção de vida nova em algumas de nossas instituições.” Espera-se que a parceria eleve a qualidade da educação e aumente o número de instrutores nas escolas de enfermagem selecionadas. É esperado, também, um aumento no número de matrícula por causa dos alunos que serão patrocinados pelos governos, para retornarem às suas comunidades rurais, onde a mortalidade materno-infantil é maior, diz Handysides. Estima-se que o custo para a criação de tão extensa rede de “laboratórios de mudança” chegue a cinco milhões de dólares, disse ele. “A princípio, estávamos apreensivos com o orçamento, pois o custo de um projeto assim, certamente, estaria além de nossas possibilidades”, disse Handysides. Entretanto, a OMS, desde o início, tem afirmado estar “muito interessada” em alocar recursos para a iniciativa, disse ele. A Igreja Adventista “deve abraçar essa oportunidade de expressar publicamente nossos valores de serviço e de cura como organização mundial”, disse Lowell Cooper, vice-presidente mundial da igreja e presidente da comissão administrativa da Universidade de Loma Linda. Jamaica Torna-se União Associação Na América Latina, outra reestrutura de gestão acomoda crescimento da igreja ■ Quatro reestruturações administrativas realizadas pela Igreja Adventista do Sétimo Dia, na América Central, destacam crescimento do número de membros na região, com cerca de 3,3 milhões. O ato, aprovado no dia 7 de abril de 2010 pelo Conselho Executivo da igreja mundial, cria novas regiões administrativas no Caribe, Colômbia, El Salvador, Honduras e Venezuela. Os líderes da igreja disseram que o ajuste reflete o crescimento e maturidade da igreja naqueles países. A Igreja Adventista na nação insular da Jamaica será chamada União Jamaicana, dividindo assim a atual União das Índias Ocidentais. Na Jamaica, há cerca de 250 mil membros, sendo uma das maiores porcentagens entre membros adventistas por habitante. Uma em cada onze pessoas na Jamaica é membro da Igreja Adventista, a maior denominação da ilha. A área remanescente da antiga União das Índias Ocidentais, que são as Ilhas Cayman e a Turks & Caicos, passará a fazer parte da recém-formada União/Missão Atlântica Caribenha, com cerca de 25 mil membros. Uma união é formada por vários campos administrativos locais. A união “associação” é financeiramente autosuficiente, enquanto a união “missão” é dependente da estrutura administrativa paterna, da “divisão”, para apoio e supervisão. FAZENDO MUDANÇAS: Agustín Galicia, secretário associado da Associação Geral, propõe mudanças administrativas no Caribe e América Central. A Divisão Interamericana necessita da aprovação final do Comitê Executivo da igreja mundial, antes de reestruturar a administração de quatro de suas uniões locais. Junho 2010 | Adventist World 5 A Igreja em Ação NOTÍCIAS DO MUNDO O voto da comissão também dobrou a estrutura administrativa da igreja na Colômbia. As igrejas nesse país são atualmente geridas por uma União Associação para 265 mil membros. As recém-criadas Associação Norte Colombiana e União Missão Sul Colombiana, em breve partilharão essas funções. A também recém-formada União Missão Venezuelana Leste substituirá a parte leste da União Missão VenezuelaAntilhas, que hoje serve 210 mil membros. Além disso, Honduras e El Salvador, hoje administrados pela União Missão Central Americana, terão sua própria união/missão. Atualmente, Honduras tem 230 mil membros, e El Salvador 195 mil. As decisões envolvendo Honduras e El Salvador entrarão em vigor no dia 1º de janeiro de 2012. As demais mudanças serão executadas no segundo semestre, logo após a 59ª sessão da Associação Geral, em Altlanta, Georgia, EUA. “Fizemos essas mudanças em reconhecimento ao desenvolvimento da misão da igreja nesses territórios”, disse Agustin Galicia, secretário associado da igreja adventista mundial. “A Venezuela, por exemplo, tinha cinco campos quando reorganizaram seu território em 1989”, disse Galicia. “Hoje são onze.” Quando todas as mudanças forem executadas, a igreja na Divisão Interamericana será composta por vinte e uma uniões, mais do que qualquer outra divisão do mundo. – Reportagem por Ansel Oliver, Rede Adventista de Notícias ALBÂNIA: Pastores Adventistas Levam Saúde e Esperança ■ Um pastor adventista do sétimo dia está levando saúde e esperança ao povo do país, que já foi considerado o mais pobre da Europa: a Albânia. O ministro jubilado, John Arthur da Inglaterra, fez 6 Adventist World | Junho 2010 recentemente sua 51ª visita a Tirana, capital do país, e às áreas rurais. “Tirana é como uma mini Dubai, com grande concentração de altos prédios”, relata Arthur. “Nas vilas rurais, entretanto, a situação ainda é a mesma. É como voltar à era Vitoriana.” Arthur continua: “É ali que a ADRA está deixando sua marca. Foram construídos quarenta prédios escolares e clínicas nos últimos dez anos, a maior parte sob a liderança de Lamar Phillips, atual diretor nacional da Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA). Voluntários de vários países também tiveram parte importante nesse programa de modernização.” Foi aberto um centro de saúde na sede da ADRA, em Kombinat, uma das áreas mais carentes de Tirana, por Liri Berisha, diretora da Fundação Albanesa para Crianças e esposa do primeiroministro. Esse evento foi noticiado pelos principais jornais do TOP Channel, estação de TV mais popular da Albânia. Estima-se que cento e vinte membros da igreja adventista do sétimo dia e amigos de todas as partes do país se reuniram para um programa patrocinado pela ADRA na igreja central, no dia 13 de março. Bill Hamilton, jornalista aposentado da TV BBC, deu uma inspiradora palestra, intitulada “O Amor de Deus”, baseada em Romanos 8:28. Arthur também apresentou palestras intituladas “Comemorando o Progresso da Albânia” e “Um Dia Muito Melhor Está Chegando”. O motivo da visita foi resolver alguns problemas relativos a um terreno da ADRA, em Tirana, o qual foi disponibilizado para a agência por um leasing de 99 anos, em 1993. Foram contatadas várias pessoas-chave, inclusive o primeiro-ministro Sali Berisha. A decisão será tomada pelo Concílio de Ministros em data futura. – Reportagem da equipe da AW em parceria com John Arthur íderes LÍDER DE EVANGELISMO: Mark Finley, evangelista adventista durante as reuniões dos líderes da igreja, em abril de 2010, em Silver Spring, Maryland, Estados Unidos. Finley falou sobre o tema durante os dois dias do Concílio de Evangelismo e Testemunho. O evangelismo é um processo, não um evento, disseram os líderes da Igreja Adventista do Sétimo Dia, em recente avaliação dos esforços evangelísticos no mundo. Enquanto o evangelismo tradicional da igreja geralmente envolvia eventos de semanas de pregação com pouco acompanhamento posterior, a eficácia do evangelismo público hoje depende do compromisso e envolvimento dos membros da igreja local para desenvolver a amizade e instruir os novos crentes, disseram os delegados do último Concílio de Evangelismo e Testemunho (CET), antes da assembleia da Associação Geral. Pastores de igreja, evangelistas e outros líderes devem promover uma “cultura de envolvimento” entre os membros, disse Michael L. Ryan, um dos vice-presidentes da igreja mundial, aos delegados reunidos na sede mundial da igreja, no encontro de um dia, realizado no dia 1º de abril de 2010, antes do Concílio da Primavera da igreja. Enfatizam Evangelismo Público O evangelismo é um “processo, não um evento”, dizem eles Por Elizabeth Lechleitner, Rede Adventista de Notícias “É fácil fazer a apropriação do orçamento, contratar um evangelista e organizar a reunião, mas o que faríamos se não tivéssemos um centavo para gastar com o evangelismo?” foi o que o evangelista Bob Folkenberg Jr. e também presidente da Associação Columbia perguntou aos delegados, acrescentando que os leigos, “membros ativos, que têm o evangelismo como estilo de vida”, são a resposta, “não importa se estão em Manila ou em Manhattan.” O evangelista Bruce Bauer encareceu a necessidade de os delegados manterem em mente o estilo de evangelismo de Jesus, no Novo Testamento, suprindo necessidades e desenvolvendo confiança, antes de compartilhar as crenças. Bauer descartou o conceito de “tamanho único” na abordagem evangelística. “Nunca um único tipo de evangelismo vai atingir a todos”, disse ele, acrescentando que o evangelismo nunca deve ser feito por acaso, mas com uma pesquisa demográfica em mente. Mais tarde, Ryan reforçou esse ponto, chamando a atenção para o “evangelismo contextualizado”. Como estudo de caso de tal evangelismo, Mark Finley, vice-presidente da igreja mundial e atual presidente do CET, e Johnson Swamidass, evangelista na Índia, delinearam o evangelismo da Igreja Adventista em Chennai, Índia. O número de membros ali cresceu de sete igrejas em 1994 para 154 hoje, graças principalmente ao “evangelismo intencional”, tal como encontro de grupos da igreja em grandes estações de metrô da cidade, disse Finley. Durante um período de perguntas e respostas, Jairyong Lee, presidente da Divisão Ásia-Pacífico Norte, aplaudiu a ênfase no evangelismo leigo, mas compartilhou ideias práticas em como melhor motivar a congregação onde for necessário. “Geralmente, apenas dizemos aos nossos membros: ‘Saiam e se envolvam’, mas raramente reconhecemos seu trabalho. Acho que, se reconhecêssemos, iríamos estimulá-los a continuar evangelizando”, disse Lee. Outra coisa também necessária é uma mudança na “cultura da igreja”, disse Bertil Wiklander, presidente da Divisão Transeuropeia. “Há algo muito errado nas igrejas em que apenas membros comparecem aos cultos, ouvem os sermões e devolvem seus dízimos e ofertas”, disse ele, acrescentando que algumas igrejas colocam o intelectualismo sobre a espiritualidade, doutrinas sobre relacionamentos e se tornaram “muito santas”, enfatizando “exclusividade e sacrificando a compaixão”. Enquanto alguns líderes de igreja ponderaram que certas regiões como a da Transeuropeia não são receptivas ao evangelismo tradicional, os líderes da Divisão do Sul do Pacífico, Barry Oliver e Gary Webster, disseram que mesmo as tão chamadas culturas “pós-modernas” podem ser alcançadas por meio do evangelismo público. Ali a igreja mantém um Instituto para Evangelismo Público, que treina e aconselha jovens evangelistas e os coloca em áreas em que a liderança é fraca. Como resultado, em algumas regiões o número de membros triplicou, como demonstra o relatório do instituto. Erton Köhler, presidente da Divisão Sul-Americana, afirmou que a ênfase de sua região é em projetos de evangelismo em larga escala, destinados a unir os membros e motivá-los ao evangelismo contínuo. Köhler disse que os projetos mais bem-sucedidos da divisão são “simples e relevantes”, tal como o atual esforço em promover a guarda do sábado, enfatizando que o ser humano foi criado para ter um descanso semanal do estresse do dia a dia. Mais tarde, os delegados ouviram o relatório da Bulgária, onde um projeto fundado pela CET está chamando a atenção contra o casamento entre crianças na maior comunidade muçulmana do país, onde regularmente crianças entre 10 e 12 anos são forçadas a concretizar casamentos arranjados, disse Bruno Vertallier, presidente da igreja Euro-Africana. Junho 2010 | Adventist World 7 A Igreja em Ação VISÃO MUNDIAL Em esus J Refletindo o ministério dinâmico de uma vida gasta no ensino e na cura Por Lowell C. Cooper H E I N V O N H Ö R S T E N de ome N “Que todos os detalhes de sua vida – palavras, atos, etc. – sejam feitos em nome do Mestre, Jesus, agradecendo a Deus, o Pai, em cada etapa do caminho.”1 Onde o ministério da cura se encaixa na missão da igreja? A eficácia da ajuda humanitária e do desenvolvimento de comunidades deve ser medida por poços abertos, alimentos doados ou número de batismos? À luz da comissão do evangelho, tudo o que fazemos deve ser avaliado em termos do crescimento contabilizável da igreja? Perguntas como essas são levantadas frequentemente no contexto de definição das prioridades da missão da igreja e em como obter o máximo resultado com limitação de recursos. A Igreja Adventista do Sétimo Dia administra 171 hospitais e sanatórios e 429 clínicas e ambulatórios sociais. A Agência Adventista de De- 8 Adventist World | Junho 2010 senvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA) desenvolve projetos humanitários em mais de cem países. Os adventistas do sétimo dia estão familiarizados com as expressões “alavanca” e “braço direito” da mensagem. Esses termos são usados frequentemente para descrever a função e o relacionamento que o ministério da mão (ajuda, cura e formação) tem com o ministério da Palavra (pregação, ensino, batismo e discipulado). Assim, o cuidado da saúde e outros programas baseados no serviço são considerados como secundários ou como instrumentos do trabalho principal da igreja, que é proclamar o evangelho e preparar pessoas para o breve retorno de Cristo. Esses termos podem criar uma caricatura que rouba o testemunho cristão sobre a integridade, especialmente se resultam da classificação de valores e da priorização das diferentes formas de ministério. A linguagem da prioridade implica o fato de que todo o resto é secundário. Temos um cenário totalmente diferente quando, tanto o ministério da mão como o ministério da Palavra nascem como um ministério do coração. Foi assim na vida de Jesus. Foi assim nos temas proféticos do Antigo Testamento. O profeta Jeremias compara o ímpio e perverso rei Jeoacaz com seu ilustre pai, Josias. De Josias, ele escreve: “O seu pai não teve comida e bebida? Ele fez o que era justo e certo, e tudo ia bem com ele. Ele defendeu a causa do pobre e do necessitado, e, assim, tudo corria bem. Não é isso que significa conhecer-Me?”, declara o Senhor.”2 O conhecimento do Senhor aqui é inseparável do atendimento às necessidades das pessoas. O quadro predominante que emerge dos Evangelhos no Novo Testamento é que Jesus estava profundamente interessado em cada aspecto da vida humana. Seu ministério abrangeu e abordou a totalidade da experiência do ser humano: pensamentos, relacionamentos, doenças, pobreza, rejeição, abuso recebido e praticado, motivos, adoração, causas legais, propriedade, esperanças, medos e falhas. Qualquer outra coisa pode ser dita sobre o Seu papel na história e na salvação, mas Ele valorizava os desprezados, os perdidos e os inferiores. O contraste entre Jesus e a multidão, entre Jesus e Seus discípulos, é realçado na história sobre a cura do cego Bartimeu. Esse foi o penúltimo milagre de cura registrado nos Evangelhos. Ele aconteceu quando Jesus e Seus discípulos estavam a caminho de Jerusalém. O clímax de Seu ministério estava próximo. Todas as vertentes de Seus ensinos, o grande apogeu da profecia estavam para ser revelados. Grandes coisas estavam em jogo. No entanto, o Mestre parou para realizar o ministério à beira da estrada, que não faria a mínima diferença no grande fim que Ele tinha em mente. A multidão que seguia Jesus, mesmo Seus discípulos, tinha construído um muro entre a religião e a ajuda. Muitas das questões importantes do dia eram teológicas: Quem é o Cristo? Você guardou o sábado? Como você calculou seu dízimo? E a gritante necessidade da humanidade foi relegada à periferia da vida. Jesus mostra que a teologia e o serviço são inseparáveis. Qualquer tentativa de segregá-los diminui tanto um quanto o outro. A resposta de Jesus ao clamor de Bartimeu mostra que pobreza, sofrimento, desemprego, doença e fome também são questões religiosas, pois Ele Se importa com todas as necessidades humanas e todos são criados à Sua imagem. A comissão do evangelho registrada em Mateus 28 é amplamente considerada como a base de nossa missão neste mundo. O que Jesus ensinou sobre o serviço (ver Mateus 25:31-46) amplia o quadro a partir do qual os cristãos devem avaliar seu serviço para Deus. Jesus deixa claro que o serviço para os necessitados é um serviço para Ele. Há abundante orientação de Ellen White sobre a visão de envolvimento da Igreja Adventista do Sétimo Dia com a educação em saúde, cura e serviço prático. Ela apontou Jesus como o modelo a ser seguido. “Cristo estende-Se diante de nós como o Homem modelo, o grande Médico Missionário, um exemplo para todos os que vierem depois. Seu amor, puro e santo, abençoou todos os que estiveram na esfera de Sua influência.… Qual, então, é o exemplo que devemos deixar para o mundo? Devemos fazer o mesmo trabalho que o grande Médico Missionário fez em nosso favor.”3 Os adventistas do sétimo dia estão engajados na educação e cuidando da saúde, na ajuda em desastres e no desenvolvimento, porque essas atividades refletem o ministério de Jesus. Seu desejo era que as pessoas experimentassem a plenitude do amor de Deus por eles. Ele ministrava às suas necessidades mais prementes. Seu interesse abrangia suas necessidades físicas e espirituais, mas não usava a cura como pretexto para fazer discípulos. Ministrar a outros, qualquer que seja o ministério, pode ser usado por Deus para despertar novas fomes na alma. A mensagem do evangelho deve ser vista integralmente. Ela abrange todos os aspectos da vida. Todo ministério que adiciona qualidade e profundidade à vida encontra seu lugar na vontade e nos propósitos de Deus. Nenhum ministério deve ser considerado inferior ou incompleto simplesmente porque não produz compromisso visível com Deus e Sua obra no mundo. Excessiva atenção aos parâmetros de sucesso (isto é, batismos) pode levar a uma preocupação com resultados em curto prazo e ao “sucesso” de programas, em lugar da qualidade de serviço em nome de Jesus. Serviço “desinteressado” é o ministério que busca atender as pessoas em suas necessidades atuais sem exigir que o serviço seja um disfarce para outros objetivos. Servir ao mundo em nome de Jesus envolve um batalhão de ministérios multifacetários. Um tipo de ministério pode tocar certa faceta da vida, enquanto outra forma de ministério atinge outro aspecto totalmente diferente. Cada ministério tem sua parte. Cada um deveria ser avaliado pelo grau com que verdadeiramente reflete o coração de Jesus. O evangelismo por si só não nos isenta da obediência aos ensinos bíblicos sobre nossa responsabilidade social no mundo. O serviço social por si só não carrega o peso de nossa obrigação de evangelizar. O evangelho é como um todo para a pessoa. Afinal, é preciso toda a igreja para levar todo o evangelho para todo o mundo. Ministério Prático Aqueles que desenvolvem o ministério da cura e os que trabalham no desenvolvimento da comunidade têm enormes oportunidades de servir em nome de Jesus e assim encaminhar pessoas para uma vida melhor, inclusive ao discipulado. O próprio ministério é uma parte necessária do serviço cristão neste mundo. A medida de sua efetividade deve ser considerada por várias perspectivas. 1 Col. 3:17. The Message. Copyright © 1993, 1994, 1995, 1996, 2000, 2001, 2002. Usado com permissão da NavPress Publishing Group. 2 Jeremias 22:15, 16. Nova Versão Internacional. 3 Ellen G. White, Loma Linda Messages (1981), p. 61. Lowell C. Cooper é vice-presidente geral da Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia. Entre outras responsabilidades, é presidente do conselho administrativo do Centro Médico da Universidade Loma Linda e da Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA). Junho 2010 | Adventist World 9 A Igreja em Ação JANELA Bermudas por Dentro de um setor empresarial internacional já robusto. Como acontece com muitos outros territórios britânicos de além mar, a independência do Reino Unido é um assunto permanentemente em discussão. Embora o plebiscito pela independência de 1995 tenha sido rejeitado por 75 por cento dos bermudenhos, o governo atual reiniciou o debate. Bermudas Oceano Atlântico Por Hans Olson B ermudas é uma nação insular, distando 1.050 quilômetros da costa atlântica dos Estados Unidos. É a colônia britânica mais antiga e mais populosa. O capitão espanhol, Juan de Bermúdez, descobriu o arquipélago de sete ilhas e mais de 170 ilhotas, que se tornou Bermudas, durante o século XVI. Foi, porém, quase cem anos depois que surgiu o primeiro assentamento permanente formado por um grupo de colonos que naufragou indo do Reino Unido para os Estados Unidos, em 1609. A primeira capital das Bermudas, St. Georges, foi fundada em 1612 e é a cidade inglesa mais antiga a permanecer continuamente habitada nas Américas. Em meados da década de 1800, os norte-americanos, tentando evitar os duros invernos do norte, popularizaram a indústria do turismo nas Bermudas. Essa indústria continua sendo parte importante da economia da ilha. Todos os anos, cerca de meio milhão de turistas, oitenta por cento vindos dos Estados Unidos, visitam as Bermudas e desfrutam das praias, campos de golfe, prédios coloniais e clima subtropical. A dependência do turismo torna o país suscetível aos altos e baixos dessa indústria. A recessão mundial dos últimos anos causou um efeito negativo sobre a economia das Bermudas. Mesmo assim, a nação possui a terceira renda per capita do mundo, em parte graças a outra fonte de renda primária: serviços financeiros internacionais. Várias companhias de seguro se mudaram dos Estados Unidos para a ilha, após os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 e, novamente, após o furacão Katrina, em agosto de 2005, contribuindo para a expansão BERMUDAS Capital: Principais Idiomas: Religião: População: Membros adventistas: Adventistas per capita: Hamilton Inglês (oficial), Português Anglicana, 23%; Católica, 15%; Metodista Episcopal Africana, 11%; outros Protestantes, 18%; outros, 33%. 64.000* 3.707* 1:17* *Arquivos Estatísticos da Associação Geral, 146º Relatório Estatístico Anual – 2008 10 Adventist World | Junho 2010 Os Adventistas nas Bermudas A igreja adventista nas Bermudas tem suas raízes na educação. No início da década de 1890, dois professores adventistas, Marshall Enoch e sua esposa, foram para as Bermudas, procedentes da Nova Scotia, Canadá e fundaram uma escola. Em 1898, o Instituto Bermudas, escola de ensino fundamental e médio, abriu suas portas e continua funcionando até hoje. Pouco depois da chegada da família Enoch, dois irmãos de Minnesota, norte dos Estados Unidos, Frank e Marquis Poque, começaram a trabalhar como colportores evangelistas no país. Três anos mais tarde, a primeira congregação adventista foi oficialmente organizada. Na assembléia da Associação Geral de 1950, a igreja mundial desafiou seus membros a dobrar o número de membros da denominação nos quatro anos seguintes. Inspirados por tal desafio, os membros da igreja nas Bermudas realizaram séries evangelísticas, que duplicou o número de membros do país em dois anos apenas. A Igreja Adventista tem, hoje, dez igrejas na ilha. Bermudas é um dos três países, juntamente com o Canadá e os Estados Unidos, que compõem a Divisão Norte-Americana. Essa divisão está recebendo o “Siga a Bíblia” este mês, uma iniciativa patrocinada pela Igreja Adventista do Sétimo Dia mundial, com o objetivo de promover um interesse mais profundo na leitura da Bíblia. A jornada começou em outubro de 2008 e terminará na assembléia da Associação Geral, este mês, em Atlanta. Para saber mais sobre a missão e obra da Igreja Adventista do Sétimo Dia ao redor do mundo, visite www.AdventistMission.org. S A Ú D E N O M U N D O Envenenamento porAcidente Por Allan R. Handysides e Peter N. Landless Meu neto de dois anos de idade quase morreu quando engoliu alguns comprimidos de aspirina. Por isso, gostaria que falasse sobre o assunto, uma vez que muita gente cuida de crianças pequenas. M uitos medicamentos adquiridos sem receita médica podem ser letais, se consumidos além da dose ideal, por crianças pequenas. O sabor e a cor de alguns medicamentos líquidos podem torná-los atrativos, principalmente se forem semelhantes a doces. A aspirina pode ser letal para crianças pequenas por provocar acidose severa e distúrbios metabólicos. Comprimidos de ferro e, claro, as pílulas para dormir ou medicamentos prescritos para pressão alta ou diabetes, podem também ser tremendamente venenosos para crianças. As crianças provam e engolem substâncias estranhas. Nunca vou me esquecer de um menininho, de dois anos de idade, que morreu envenenado por arsênico, no momento em que entrou no hospital. Seu pai estava assentando lajotas no quintal e regando o solo preparado, cada vez que colocava uma lajota, com um líquido contendo arsênico. O garotinho caminhou por trás do pai e, antes que este percebesse o que estava acontecendo, ele tomou um gole da solução. O pai ligou para o médico, que erroneamente aconselhou a apenas “observar” a criança. Foi o que fizeram, mas só para vê-lo ficar cada vez pior. Assim, numa corrida desenfreada, levaram-no ao hospital, mas já era muito tarde para salvá-lo. Sabe-se de crianças que beberam querosene ou gasolina e, às vezes, só o fato de inalar o líquido pode fazê-las sucumbir pela chamada “pneumonia líquida”. Substâncias altamente corrosivas, usadas para desentupir canos, podem causar severos danos ao esôfago e estômago e podem prejudicar severamente a criança, se não a matar. O álcool, especialmente o metilado, pode causar cegueira; o tetraclorídio de carbono causa necrose aguda do fígado. Se uma pessoa ingere algum veneno, é vital telefonar ou levá-la imediatamente a um centro de controle de envenenamento, ou para a emergêcia do hospital local, médico, ou bombeiros. É imprescindível que informe a idade da pessoa, o nome da substância ingerida, a quantidade que foi tomada, quando foi engolida, se a pessoa vomitou e quanto tempo levará para chegar ao socorro médico mais próximo. Deixe sempre à mão os números de telefone de hospitais e médicos a ser usados em caso de emergência. Só se deve provocar o vômito sob orientação médica, porque algumas substâncias, como a gasolina ou o querosene, podem ser perigosos quando vomitados. Nunca provoque o vômito em pessoas inconscientes. Se ela parar de respirar, mantenha uma via aérea aberta e respire por ela com a respiração artificial. Leve para o hospital o recipiente do veneno e o vômito, se houver. Quando estiver levando a pessoa envenenada ao hospital, mantenha-a com a cabeça baixa, deitada sobre o lado esquerdo, para evitar que aspire qualquer vômito. Prevenção Toda casa onde mora criança pequena, ou mesmo que vá de visita, deve ser a prova de envenenamento. Os armários devem ter trancas à prova de crianças. Isso significa uma séria reavaliação de substâncias mantidas sob a pia, tais como cloro, detergentes, removedor de ferrugem, ácidos fortes e alcalinos. O armário com remédios deve estar no alto e trancado. A garagem é outra área perigosa para armazenar substâncias como gasolina, solvente para tinta (tíner) e fluido de isqueiro. Nunca coloque venenos em garrafas de suco de frutas e refrigerantes, pois as crianças podem facilmente ser confundidas. A chave da prevenção é ter extremo cuidado com tudo que possa causar dano às crianças. Allan R. Handysides, M.B., Ch.B., FRCPC, FRCSC, FACOG, é diretor do Departamento de Saúde da Associação Geral. Peter N. Landless, M.B., B.Ch., M.Med., F.C.P.(SA), F.A.C.C., é diretor-executivo da ICPA e diretor-associado do Departamento de Saúde da Associação Geral. Junho 2010 | Adventist World 11 D E V O C I O N A L N etc. Essas, porém, são habilidades fixas, limitadas, que permitem que sobrevivam. Em qualquer padrão, os seres humanos são as únicas criaturas na Terra que são realmente criativas. Nós não apenas podemos ser criativos, temos o instinto para criar. Cada um de nós tem a centelha criativa de algum tipo. Pode ser trabalhando com as mãos, com música ou atletismo. Desde as crianças que desenham figuras de sua família com giz de cera, a arquitetos que, pela primeira vez, entram em prédios que antes existiam apenas em sua imaginação, todos sentimos orgulho, alegria e realização em nossos esforços criativos. Não importam quais sejam nossas habilidades, sentimos imensa alegria ao usá-las. Embora uma o princípio do livro de Gênesis, Deus revela o que só poderia ser a declaração mais importante sobre quem nós somos. A declaração define nossa força, revela nosso propósito e realça nosso relacionamento com Deus. Ela é encontrada em Gênesis 1:26: “Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança.” Por muitos anos, como a maioria dos crentes, eu não tinha ideia do que significava ter sido criado à imagem de Deus. É triste que, em cada um de nós, a centelha que demonstra que somos semelhantes a Deus passe despercebida. Como alegamos conhecer a Deus se nem conseguimos vê-Lo À Por Richard Spillman magem I Reconhecer nosso potencial faz uma grande diferença de em nós mesmos? Um dia, quando me preparava para dar uma aula sobre o Gênesis, de repente, conclui que não apenas desconhecia o que isso significava, mas que toda a minha vida profissional fora baseada nesse grande dom de Deus. De Repente, Compreendi Enquanto fazia minhas anotações para a aula, raciocinava que “imagem de Deus” deve implicar os aspectos da natureza humana que não são compartilhados com qualquer outra forma de vida na Terra. Seu significado deve ser encontrado na maneira em que Deus Se revelou no primeiro capítulo do Gênesis. A imagem mais dominante de Deus nesses primeiros versos é do Seu poder criativo em ação. De repente, compreendi: Ser criado à imagem de Deus significa que fomos dotados com a habilidade e com o instinto para criar. Entre todas as coisas vivas, somente o ser humano tem essa habilidade. É certo que alguns animais e insetos “fazem” coisas – os castores fazem barragens, as formigas fazem grandes ninhos, 12 Adventist World | Junho 2010 deus vida totalmente desocupada, sem nada para fazer, possa soar atrativa, a verdade é que temos de fazer algo para nos sentir satisfeitos com a vida. Se não tivermos um propósito, estaremos perdidos. Temos de ser criativos de algum modo. Sou engenheiro elétrico por formação. Dei aulas de ciência da computação e engenharia por mais de vinte anos. Em toda a minha vida profissional tenho usado minhas habilidades para transformar minha imaginação em realidade. Criei hardwares e softwares inovadores. Por todo esse tempo, nunca compreendi que estava usando a centelha de criatividade que me fez ser “semelhante” a Deus. A alegria e realização que sentia com um trabalho bem feito era o reflexo da alegria que Deus experimentou quando Ele olhou para Sua criação e declarou que era “bom”. História Reveladora Recentemente, assisti ao documentário ganhador do Oscar, Born Into Brothels (Nascido no Prostíbulo), que conta a história dos filhos das prostitutas de Calcutá. É uma história Se devo honrar a Deus e agradecerLhe pelas habilidades que me concedeu, tenho que direcionar toda a minha habilidade criativa para aquilo que Lhe agrada. de cortar o coração, sobre essas crianças perdidas e a luta de uma mulher para mudar a vida delas. Embora não seja uma narrativa cristã, ela ilustra nossa necessidade de ser criativos. A diretora do documentário, Zana Briski, tenta ajudar um pequeno grupo de crianças, dando-lhes câmaras e ensinandolhes a arte da fotografia. Como resultado, ela abre um mundo totalmente novo para essas crianças. Pela primeira vez, elas realmente puderam ser criativas e, como resultado, floresceram. Seu programa é um sucesso exatamente porque ele libera o dom de Deus: a necessidade que essas crianças tinham de ser criativas. Pela primeira vez, elas tiveram a oportunidade de exercitar o dom que lhes deu o sentido e o propósito para a vida. Propiciou-lhes alegria. Os seres humanos, no entanto, não podem criar no mesmo sentido em que Deus cria. Só Deus pode criar do nada. Nós precisamos de matéria prima. Há, porém, uma parte de nossa habilidade criativa que não necessita de matéria prima. Podemos criar em nossa mente. Nossa imaginação não é J O E Z L O M E K / M O D I F I C A D A D I G I TA L M E N T E restrita às limitações da necessidade de materiais. Podemos imaginar qualquer coisa, inclusive as que jamais poderiam ser construídas. Talvez, nesse sentido, é que nos aproximamos mais da imagem de Deus. Além do Intelectual Compreender o que partilhamos com Deus e como Ele nos criou à Sua imagem é mais do que apenas um exercício intelectual interessante. Para mim, uma vez que reconheci que meu instinto criativo foi modelado à semelhança de Deus, finalmente compreendi por que é tão importante “levar cativo todo pensamento à obediência de Cristo” (2Co 10:5). Minha imaginação é um dom de Deus. No entanto, em um mundo caído, posso usar esse dom para criar beleza ou lixo. Infelizmente, a humanidade realiza um excelente trabalho em ambas as áreas. Se devo honrar a Deus e agradecer-Lhe pelas habilidades que me concedeu, tenho que direcionar toda a minha habilidade criativa para aquilo que Lhe agrada. Mais importante, talvez, é que, agora, compreendo o que foi uma transição muito difícil para mim. Certa vez, Jesus disse que, se olharmos para uma mulher com cobiça, já cometemos adultério em nossa mente (veja Mt 5:28). Sempre me perguntei por que imaginar um pecado é tão ruim quanto realizá-lo? Isso nunca me pareceu justo. Mas se minha imaginação criativa não é simplesmente um dom de Deus, mas a própria essência da Sua imagem e semelhança, então usá-la para contemplar o pecado é levá-la para um lugar aonde Deus nunca iria. Ele distorce e difama a natureza de Deus em nós. Embora já possa ter tolerado e até mesmo me entretido com pensamentos pecaminosos, crendo serem permitidos, uma vez que nunca iria realizá-los, agora vejo o quanto realmente são funestos e horrendos por dentro e por fora. Hoje, quando escrevo um trabalho, desenho um circuito ou levo uma ideia à sua conclusão natural, experimento mais do que simplesmente a satisfação de completar uma tarefa. Dirijo-me a Deus e digo: “Pai, veja o que acabei de fazer, o que o Senhor acha disso?” Posso imaginá-Lo sorrindo pela minha realização, como um pai orgulhoso que prende o último desenho de seu filho na geladeira. É muito triste quando os próprios crentes não reconhecem em si a imagem de Deus. É, porém, uma alegria reconhecer o grande dom que Deus deu a nós todos. É hora de todos os crentes expressarem sua semelhança com Deus. É hora de usar nosso dom da criatividade para servir a Deus e uns aos outros. Richard Spillman é autor e palestrante universitário. Ele escreve de Takoma, Washington, EUA. Junho 2010 | Adventist World 13 A R T I G O D E C A PA J O E L D . S P R I N G E R U ma folha de papel rasgado e amassado ondulava com o sopro do vento, como que se oferecendo para ser recolhida da rua empoeirada. Foi exatamente o que Charles Pengani e seus amigos fizeram, e a vida deles mudou para sempre. Pengani e um pequeno grupo de cristãos do Maláui estavam trabalhando incansavelmente para espalhar a mensagem do evangelho em seu país e em Moçambique. Apaixonados pela pregação, não tinham certeza de como realizar o desafio de pregar a mensagem. Em setembro de 2008, eles oraram a Deus e, de todo o coração, pediram que os guiasse. Eles não oraram apenas uma vez. Oraram muitas vezes. Por três dias, o grupo implorou sinceramente ao Senhor. No quarto dia, receberam a resposta bem concreta. O grupo estava caminhando na rua, quando perceberam um pedaço de papel. Ao pegá-lo, viram o nome e a data: Adventist World, junho de 2006. por um onvencido C Apenas duas páginas, 29 e 30, foram encontradas no chão, mas os crentes pegaram as folhas, agradecidos por esse pedaço de papel e convictos de que Deus havia deixado aquilo para eles. Aparentemente, aquelas pessoas ficaram convencidas de que a mensagem da Igreja Adventista deveria ser proclamada e planejaram ir em frente, aprendendo e testemunhando. Água Para a Alma Sedenta A Adventist World, a princípio, foi criada para unir, informar e inspirar os membros, e é impossível ignorar o fato de que, para alguns, é a única ferramenta de evangelismo. Para os que leem as páginas da Adventist World, ela pode (e tem) se tornado uma fonte de água, matando a sede da pessoa que busca a Deus. 14 Adventist World | Junho 2010 Pedaço de Pap Como a Adventist World tem mudado vidas de maneiras surpreendentes Esquerda: DEDICAÇÃO: No dia 2 de julho de 2005, Pr. Jan Paulsen, presidente da Igreja Adventista do Sétimo Dia, faz a oração de dedicação após o editor William G. Johnsson apresentar a capa da primeira edição da Adventist World para os presentes na Assembleia da Associação Geral. Abaixo: REUNIÃO DE TRABALHO: O editor Bill Knott (esquerda) reúne-se com (da esquerda para direita) Chun, Pyung Duk, adminstradores de publicação internacionais e os editores da Coreia, Chung, Jung Kwon e Jan, Suk Hee. pel Por Kimberly Luste Maran “É verdade que a revista Adventist World tem nos ajudado tremendamente em nossos esforços evangelísticos”, diz Abraham Bakari, diretor de comunicação, relações públicas e liberdade religiosa para a União Africana Central, em Camarões. Bakari foi a Kelo, República do Chad, para dirigir uma campanha evangelística em abril de 2009. Ele levou centenas de cópias da revista para distribuir entre “os participantes mais assíduos, os que estiveram presentes todos os dias durante a primeira e última semanas”, explica ele. O local é conhecido por ser hostil à mensagem adventista pelo fato de ser uma forte e bem estabelecida comunidade protestante. Porém, quando os participantes receberam exemplares da Adventist World, ficaram impressionados. “A qualidade da revista atraiu a atenção deles”, diz Bakari, “e desapareceu a imagem negativa de uma Igreja Adventista pobre”. Os leitores descobriram uma igreja totalmente diferente. Ficaram impressionados, especialmente quando leram o artigo de capa “O Bounty e a Bíblia”, por Herbert Ford e Wilona Karimabadi (janeiro 2009). No fim da série evangelística, dezoito pessoas foram batizadas e outros vinte se matricularam para um estudo mais profundo da Bíblia. Mas, espere! Ainda tem mais. Em agosto de 2009, uma estação de rádio FM (Radio “II Est Écrit”) transmitida de Yaounde, Camarões, organizou uma visita à Prisão Central de Kondengui, uma das maiores do país. Bakari e o grupo de adventistas trouxeram mil cópias da Adventist World e distribuíram entre os prisioneiros, junto com alimentos e roupas. Alguns deles escreveram mais tarde para agradecer aos adventistas e para pedir que organizassem um grupo de oração dentro da prisão. Bakari diz que, “mesmo antes de responderem, eles começaram!” O grupo de oração continuou a se reunir. “Em alguns lugares nos faltam materiais evangelísticos e a Adventist World se tornou nosso principal recurso tanto para alcançar os de fora como para alimentar os de dentro”, acrescenta Bakari. “A princípio, não sabíamos o que fazer com as revistas que ficavam amontoadas sem uso, em algum lugar. Mas, depois que nossos membros descobriram todo seu potencial, dificilmente elas ficam mais de uma semana no escritório da União. As pessoas vão buscá-las assim que elas chegam.” Os membros estão tomando a iniciativa de distribuir a Adventist World. Ada Frech escreve da Nicarágua: “Gostei muito de ler essa revista, especialmente o artigo de capa ‘Um Movimento Profético Singular’, por James R. Nix (junho 2009). Sou uma leitora apaixonada pela revista e faço meu trabalho missionário distribuindo-a para as pessoas nos ônibus, shoppings, bancos, etc.” Lançando Sementes, Criando Raízes Quando a revista Adventist World foi concebida no início de 2004, não se sabia do seu potencial evangelístico. Ela surgiu a partir da ideia do editorassociado da Adventist Review (Revista Adventista em inglês), Roy Adams e outros, e Jan Paulsen, presidente da Associação Geral, solicitou ao então editor-chefe da Adventist Revew, William G. Johnsson, que considerasse a possibilidade de a revista chegar a grupos de pessoas e lugares não servidos pela edição mundial da Review, com uma edição impressa na segunda semana de cada mês, como parte das quatro edições semanais da revista. Algumas semanas depois, uma proposta inicial estava sobre a mesa do presidente, sugerindo a impressão de cerca de um milhão de cópias da revista, por mês, principalmente em inglês, com um pequeno número em coreano. Enquanto o plano evoluía durante 2004, surgiram parcerias para a impressão. Recursos foram levantados e formou-se uma equipe que planejou um conteúdo que suprisse as necessidades da grande e diversa família adventista mundial. Já no início de 2005, surgiu Kimberly Luste Maran é editora assistente da revista Adventist World. Junho 2010 | Adventist World 15 A R T I G O D E C A PA uma revista totalmente nova, agora denominada de Adventist World, e, em junho, na Assembleia da Associação Geral em St. Louis, Johnsson apresentou a Adventist World ao pastor Paulsen, na presença de milhares de pessoas que estavam reunidas no Edward Jones Dome. Os planos de diagramação e distribuição seguiram um ritmo acelerado para cumprir a data de 1º de setembro de 2005, estipulada para o lançamento da Adventist World. A primeira edição falou sobre a “Igreja do Subsolo” – sobre nossos irmãos adventistas, ao redor do mundo, que se reúnem sob circunstâncias muito difíceis, geralmente em segredo. Sob a liderança editorial de Bill Knott, a Adventist World em 2007 começou a ser editada em espanhol, português e francês, e distribuída em muitas outras regiões do mundo. A edição em bahasa (indonésia) foi a seguinte, seguida pela edição em russo, em 2008, e a edição em alemão, em janeiro de 2010. A Adventist World é agora a revista mais vastamente distribuída nos 147 anos de história da igreja, e um dos maiores periódicos cristãos do mundo. Abraçando o Mundo Uma das palavras mais populares em nossos tempos é “global”. Se você quer saber o que “global” significa, considere o alcance desta revista. Embora a Adventist World seja registrada e financiada pela Igreja Adventista da Coreia, suas equipes administrativa e editorial estão tanto na Associação Em Contato com a Geral, em Maryland, como na Coreia. Essas equipes trabalham para que, todo mês, um milhão e meio de cópias sejam impressas em sete idiomas, em oito países simultaneamente para serem distribuídas em 120 países, do Gâmbia (África Ocidental) à Mongólia (Ásia), e de Aruba (Caribe) ao Zimbábue (Sul da África). Essa é uma enorme quantidade de papel viajando ao redor do mundo, em caminhões, aviões e ônibus; em motocicletas e bicicletas. Na verdade, só a impressão realizada em nossas gráficas em Hagerstown, Maryland, representa cem toneladas de papel. Ou seja, o equivalente ao carregamento de quatro caminhões, todo mês! Isso, porém, não é tudo. A presença da revista na Internet é uma realidade. A Adventist World está em doze idiomas na Web, incluindo chinês, coreano, árabe, russo, urdu, vietnamita e outros. Para que isso seja possível, a Adventist World trabalha com doze tradutores e o mesmo número de revisores espalhados pelo mundo – de Graz, na Áustria, a Lahore, Paquistão; de Tatuí, Brasil, a Beirute, Líbano. Seu trabalho, entretanto, não faria um impacto significativo no mundo se não fosse por cinco Webmasters nas Filipinas2 e Estados Unidos, que baixam o material em dois servidores, localizados em Utah e Michigan, Estados Unidos. Esse é o significado de “global”. É claro que a Adventist World não é o único ministério da igreja de âmbito mundial. A Rádio Mundial Geralmente, a circulação de uma revista não é computada apenas pelo número de cópias impressas, mas pelo número de “toques”. Em outras palavras, a revista que é comprada por alguém, em seguida é compartilhada com a mãe, filhos, vizinhos, etc., de modo que, geralmente, a mesma revista é lida por quatro ou mais pessoas. Se calculados os “toques”, a circulação de dez mil revistas pode facilmente saltar para quarenta mil. A Adventist World não é diferente. Soubemos que, especialmente na África, cada revista recebe, no mínimo, entre cinco a dez “toques”. Isso significa que as cópias impressas da Adventist World podem atingir até quinze milhões de pessoas no mundo! O sucesso da revista é tal que ela pode ser encontrada tanto em lares adventistas como em não adventistas, em hotéis, consultórios médicos, comércio e muito mais. Adventist World 16 Adventist World | Junho 2010 Adventista(AWR) e o Hope Channel (Canal de TV da igreja) são ministérios mundiais e ambos estão expandindo sua presença ao redor do planeta. A revista trabalha lado a lado com esses parceiros de ministério, em íntima sintonia, e nunca ao contrário. Trabalha com a AWR promovendo nossa página da Web no Vietnã, pelas ondas do rádio. A Adventist World promove sua página da Web no Hope Channel para despertar nos telespectadores o interesse em ler a revista em sua própria língua. Pela primeira vez na história, esta revista possui os recursos e ferramentas para um alcance global. Ela pode ser vista e lida potencialmente por cerca de quatro bilhões de pessoas. A Adventist World tem o compromisso de maximizar seus recursos de modo a causar um impacto global, levando a mensagem do evangelho a todo o mundo. Orações e Cartas Caem como Folhas Vislumbramos os frutos desse empreendimento global pelo número de cartas e pedidos de oração que chovem como folhas, todos os meses. Os leitores escrevem dizendo que estão orando por tal pessoa, ou que foram particularmente tocados por esse ou aquele artigo. Como no caso de Hulda Mamani, do Brasil, que escreveu: “Sempre espero ansiosamente pelo próximo exemplar da Adventist World, e a primeira coisa que procuro são as histórias missionárias. Fico muito emocionada quando leio tais histórias e não consigo evitar as lágrimas quando vejo o poder de Deus operando na vida das pessoas.” Ela relata como o artigo de Loren Seibold, “Elas não têm Culpa” (outubro 2008) a levou a pensar em como poderia ajudar o tipo de pessoas mencionadas no artigo. Segundo Mamani, ela está “esperando o chamado de Deus para realizar um trabalho similar, e histórias como essa e outras enchem minha alma de entusiasmo para trabalhar por outras pessoas.” As opiniões têm aumentado ao longo do tempo. Greta Ansombe, de Watford, Inglaterra, escreve: “Há muito tempo, tenho a intenção de agradecer Qual é Seu Conteúdo? ao pastor Mark Finley pelos estudos bíblicos que ele prepara para a Adventist World. Eles foram imensamente úteis para mim e um grande benefício para meu pai, que faleceu recentemente, aos 98 anos de idade. “Nos últimos anos, ele estava começando a lutar contra a diminuição da lucidez. Ele também estava obcecado com sentimento de culpa por coisas que havia feito durante a vida, temendo que elas o separassem de Deus. ... Pude ler para ele, várias vezes, os estudos bíblicos do pastor Finley. Ele foi capaz de compreedê-los, tal sua simplicidade de estrutura, e foi confortado pela Palavra de Deus. Ao mesmo tempo, recebi conforto e ânimo ao ver meu pai animado.” Os pedidos e comentários são frequentes, mas, às vezes, os leitores escrevem oferecendo ajuda. Calvin Achieng foi muito tocado pelas experiências de membros publicadas na revista. Queniano de nacionalidade, ele está estudando na Universidade Médica Dalian, na China. Em seu primeiro ano ali, Acheing escreveu para a Adventist World (dezembro 2009), pedindo que a revista lhe enviasse palavras de encorajamento e outros materiais espirituais, pois ele estava encontrando dificuldade para localizar uma igreja adventista. A Adventist World enviou-lhe uma resposta e publicou sua Seu primeiro exemplar (setembro de 2005) lançou um padrão que tem sido seguido ao longo dos primeiros cinco anos: um artigo de capa especial, geralmente sobre a expansão da missão da igreja e do testemunho; uma seção substancial de notícias, reportando eventos que afetam os dezessete milhões de membros da igreja; um artigo devocional inspirador; um estudo bíblico produzido pelo evangelista Mark Finley; uma coluna de Perguntas Bíblicas escrita pelo diretor do Instituto de Pesquisas Bíblicas, Angel Rodríguez, e uma coluna mensal do presidente da Associação Geral. Outros artigos populares incluem republicações de artigos de Ellen G. White, a mensageira do Senhor, cujo discernimento e orientações foram fundamentais para a denominação, assim como um artigo mensal sobre as vinte e oito Crenças Fundamentais da igreja. Artigos sobre a herança adventista, oportunidades de serviço e a vida adventista aparecem regularmente. As cartas e os pedidos de oração dos leitores de dezenas de nações do mundo são publicados a cada mês no Lugar das Pessoas da Adventist World. carta na edição de março de 2010. Poucas semanas mais tarde, Marlene King-Adams, da Austrália, escreveu dizendo que já havia lecionado inglês em Dalian e conhecia uma pessoa que poderia ajudar Achieng a encontrar uma igreja naquela cidade. Anchieng já se comunicou com “Ester”, que concordou em levá-lo a uma igreja. Muito animado, Anchieng respondeu: “Muito obrigado, Amém, obrigado!” A Adventist World não apenas sacia a sede da alma, ela planta a semente! Sem dúvida, grande parte desses pedidos de oração vem de leitores adventistas de muitos países.3 Uma porcentagem surpreendente, porém, é escrita por não-adventistas que tiveram acesso a uma cópia da revista, às vezes no saguão de um hotel, no mercado, ou como brinde de um amigo. Tanto Bayissa Gamachu como Daniel Mamo, da Etiópia, receberam a Adventist World e expressaram grande interesse em aprender mais sobre nossa igreja e seu ministério. Enquanto Gamachu recebeu um exemplar de seu amigo, Mamo pegou sua revista numa clínica de olhos em Addis-Abeba. Mamo diz: “Pertenço a uma família judia e em nossa religião só leio o Torá (Antigo Testamento). Gostaria que vocês me ensinassem sobre o Novo Testamento.” A resposta que a Adventist World recebe dos leitores representa não apenas o que é impresso. Foi desenvolvido um intercâmbio, um relacionamento, com o qual a Adventist World foi capaz de plantar, nutrir e colher pessoas para Cristo. Pela Graça de Deus Essas histórias e fatos servem como testemunho das grandes obras do Senhor, ao buscar e ir ao encontro da humanidade, com o intuito de trazê-la de volta para Si, para que tenham acesso à Árvore da Vida. A equipe da Adventist World agradece humildemente por ser parte dos planos divinos. E, incrível como possa ser, Deus está usando até uma página rasgada dessa revista para fazer a diferença no mundo. 1 Idiomas: inglês, coreano, bahasa, francês, espanhol, português e alemão. É impressa nos Estados Unidos, Brasil, Argentina, Austrália, Coreia, Indonésia, Alemanha e Áustria. 2 Em março de 2010, dois Webmasters da Adventist World nas Filipinas, decidiram investir parte de seus rendimentos em um projeto missionário da Indonésia. Viajaram para lá, financiaram e construíram uma igreja, realizaram seminários sobre a Bíblia frequentado por 300 pessoas. Segundo o Webmaster Raimond Luntungan “a Adventist World tem causado um grande impacto nas igrejas onde ajudamos e nas pessoas que encontramos ali.” 3 De junho de 2008 a março de 2009, apenas, recebemos pedidos de oração dos seguintes 48 países e territórios: África do Sul, Alemanha, Argentina, Áustria, Bangladesh, Belize, Bermudas, Brasil, Camarões, Canadá, Chile, Estados Unidos, Etiópia, Filipinas, França, Granada, Gana, Guadalupe, Haiti, Holanda, Índia, Índias Ocidentais, Inglaterra, Libéria, Madagáscar, Maláui, Malásia, Martinica, Maurício, México, Moçambique, Nicarágua, Noruega, Paquistão, Paraguai, Polônia, Quênia, República Checa, República Democrática do Congo, República de Burundi, Seicheles, Sudão, Suíça, Tanzânia, Uganda, Venezuela, Zâmbia e Zimbábue. Junho 2010 | Adventist World 17 C R E N Ç A S F U N D A M E N T A I S NÚMERO 13 O Remanescente Missão impossível em tempos Por Kim Papaioannou ✗ O termo remanescente aparece, frequentemente, na literatura adventista e está intimamente ligado à nossa missão e à compreensão de quem somos nessa fase final do grande conflito. Este artigo explora o remanescente pela perspectiva bíblica, concentrando-se, principalmente, no texto crucial de Apocalipse 12:17. O Remanescente Bíblico A Bíblia, em várias ocasiões, fala de um remanescente. Quando Deus olhou para a terra, antes de Dilúvio, só a família de Noé era fiel (Gn 6:1-5). Quando os israelitas fizeram o bezerro de outro, uns poucos, apenas, se recusaram a adorá-lo (Êx 32:25, 26). Quando Acabe induziu Israel à apostasia, somente Elias e outros sete mil não dobraram os joelhos a Baal (1Rs 19:10-18). Quando Judá pôde retornar do exílio em Babilônia, só alguns atenderam ao chamado de Deus (Es 2:1-70). E quando Jesus veio à Terra, apenas o remanescente O aceitou (Jo 1:10-13). Um remanescente, portanto, é um grupo de pessoas que permanece fiel a Deus quando a maioria ao seu redor acomoda sua fé. Talvez a referência mais conhecida a esse remanescente encontra-se em Apocalipse 12:17, onde são descritas as características desse grupo, no contexto dos últimos dias da história da Terra. Ele tem seis características importantes. Característica 1: Tempo do Seu Surgimento Apocalipse 12 resume o grande conflito entre o bem e o mal, entre Jesus Cristo e Seus anjos (Ap 12:7) e o dragão, Satanás e seus anjos (12:3, 7-9). São descritos quatro encontros. Kim Papaioannou, Ph.D., nasceu na Grécia e trabalha como professor assistente de Novo Testamento no seminário teológico do Instituto Internacional de Estudos Avançados, Filipinas. 18 Adventist World | Junho 2010 Primeiro, há uma batalha no Céu (12:7-9). Segundo, na encarnação de Jesus, o dragão tenta destruí-Lo, mas é derrotado (12:1, 10). Terceiro, o dragão ataca a igreja, simbolizada por uma mulher pura, e persegue-a por 1.260 dias proféticos ou anos (12:13-16). Os adventistas creem que esse período terminou em 1798 d.C. Foi depois dessa data que o remanescente surgiu e enfrentou o dragão no quarto e último encontro. Mas o remanescente de Apocalipse 12:17 emerge e prospera nos últimos dias, em nosso tempo. Característica 2: Identidade Distinta O remanescente é descrito como “os restantes de sua (da igreja) descendência”. Por definição, “remanescente” significa uma pequena parte de algo muito maior. A descendência da mulher é numerosa, mas o remanescente constitui apenas uma pequena parte desse todo. Hoje, há dois bilhões de professos seguidores de Jesus. Embora o dragão odeie todos os que têm até mesmo uma aparência de fé, sua indignação é dirigida especificamente contra esse pequeno grupo, o remanescente, pois, por sua fidelidade a Deus, se distingue do resto. Característica 3: O Testemunho de Jesus Apocalipse 12:17 declara que o remanescente tem o “testemunho de Jesus Cristo”. “Testemunho” ou “testemunha” é usado na Bíblia como a confirmação ou prova de alguma coisa.1 Essa palavra é usada frequentemente em relação à salvação pela fé.2 A verdade de que a salvação é um dom de Deus foi um alerta de Jesus e dos apóstolos contra o legalismo dos rabinos e do paganismo dos pagãos. Foi, também, o ponto convergente da Reforma contra a religião medieval baseada em obras. Nos últimos dias, o remanescente defende essa importante verdade e anuncia o dom gratuito de Deus à humanidade sofredora. É a graça de Deus que dá identidade ao remanescente e o capacita a permanecer firme. Característica 4: Os Mandamentos de Deus Apocalipse 12:17 ainda ressalta a obediência do remanescente aos mandamentos como uma de suas principais características: “Irou-se o dragão … e foi pelejar com os restantes da sua descendência, os que guardam os mandamentos de Deus”. Historicamente, os protestantes guardavam em alta estima a lei bíblica em geral, e, em especial, os Dez Mandamentos. Entretanto, a improvável coalizão do dispensacionalismo e o pós-modernismo combinaram-se para mudar isso. O primeiro alega que os Dez Mandamentos estão no Antigo Testamento e os declara não mais válidos. O último rejeita a crença na verdade objetiva e é a favor da verdade relativa e subjetiva. Contra esse cenário, Apocalipse 12:17 descreve o remanescente como obediente aos mandamentos de Deus. A obediência não nega a eficácia da graça de Deus. Ao contrário, define a vontade de Deus para nossa vida. Deus escreve Sua lei de amor em nosso coração para que a obediência se torne um estilo de vida (Jr 31:33). Fundamental à fidelidade do remanescente é o mandamento do sábado, que relembra à humanidade a nossa lealdade original. João toca nesse assunto outra vez em Apocalipse 14:7, uma clara alusão ao quarto mandamento. O sábado, como sinal entre Deus e Seu povo (Êx 31:13; Ez 20:12, 20), torna-se o sinal que identifica o povo de Deus no tempo do fim. difíceis Característica 5: Papel Profético Uma comparação entre Apocalipse 12:17, 14:8 e 19:10 mostra que o remanescente tem o Espírito de Profecia. Isso significa duas coisas. Primeiro, o Espírito Santo foi concedido ao remanescente para compreender as profecias bíblicas. A Igreja Adventista nasceu quando pessoas estudavam a profecia e ainda continua encontrando importante parte de sua identidade nas profecias bíblicas. É a compreensão singular dos acontecimentos do tempo do fim e seu papel na tarefa para a qual são chamados a desempenhar e que estimula a missão adventista que hoje abrange todo o mundo, bem como o compromisso de uma vida santa. Segundo, significa que o remanescente deve ser guiado pelo dom de profecia (1Co12:7-11; 2Pe 1:21; Ap 19:10). O papel dos profetas bíblicos era prover orientação inspirada para o povo de Deus durante conjunturas importantes na história da salvação. Encontramos tal orientação em Ellen White, cujo ministério ajudou a dirigir a Igreja Adventista, com êxito, através de multidões de armadilhas teológicas e organizacionais. Característica 6: Missão Todo remanescente bíblico teve uma missão crucial no plano da salvação. O remanescente de Apocalipse 12:17 não é uma exceção. Ao enfrentar os ataques do dragão, deve atentar para o conselho de Tiago: “Resisti ao diabo, e ele fugirá de vós” (Tg 4:7). Resistência não é uma atividade passiva. Apocalipse 14:1-3 descreve o povo de Deus tomando a iniciativa de batalhar contra o inimigo ao proclamar o evangelho eterno por todo o mundo habitado. As boas-novas da salvação pela graça devem ser completamente proclamadas a este mundo que sofre. As repetidas tentativas do dragão de macular o caráter de Deus devem ser expostas, e a beleza do que significa viver em Cristo e para Ele deve ser não apenas pregada, mas demonstrada. O sucesso nessa missão glorifica o nome de Deus. Conclusão Enquanto a igreja universal é composta por todos os que realmente creem em Jesus Cristo, Deus chamou um remanescente para proclamar uma mensagem especial nestes últimos dias de confusão generalizada. Ele vive para proclamar o evangelho de salvação em Jesus; obedece aos Dez Mandamentos, inclusive o sábado do sétimo dia; mantém uma identidade forte e distinta; compreende seu papel profético e tem a missão de resistir ao dragão e espalhar o evangelho no mundo inteiro. A Igreja Adventista do Sétimo Dia encaixa-se bem nessa descrição. Esse fato, porém, não é motivo para nos sentirmos triunfantes ou orgulhosos. Pelo contrário, ele nos lembra as nossas imperfeições e rugas e leva o remanescente de Deus do tempo do fim aos pés de Jesus. Que enorme tarefa! Quão poderoso é nosso Deus! 1 2 Por exemplo, Mt 8:4; Mc 1:44; 6:11; 13:9; Jo 19:35; 21:24; 1Co 5:7; 2:1; 2Tm 1:8. Compare com Jo 5:34; At 22:18; 1Co 1:6; 2:1; 2Tm 1:8; 1Jo 5:10; Ap 1:9. O Remanescente e SuaMissão A igreja universal se compõe de todos os que verdadeiramente creem em Cristo; mas, nos últimos dias, um tempo de ampla apostasia, um remanescente tem sido chamado para fora, a fim de guardar os mandamentos de Deus e a fé de Jesus. Esse remanescente anuncia a chegada da hora do juízo, proclama a salvação por meio de Cristo e prediz a aproximação de Seu segundo advento. Essa proclamação é simbolizada pelos três anjos de Apocalipse 14; coincide com a obra de julgamento no Céu e resulta numa obra de arrependimento e reforma na Terra. Todo crente é convidado a ter uma parte pessoal neste testemunho mundial. (Ap 12:17; 14:6-12; 18:1-4; 2Co 5:10; Jd 3, 14; 1Pe 1:16-19; 2Pe 3:10-14; Ap 21:1-14.) Junho 2010 | Adventist World 19 S E R V I Ç O I magine-se navegando pelo Mar Mediterrâneo. Não importa em que direção você olhe, estará cercado por países que formam a Divisão Euro-Africana. A costa sul alcança o extremo norte da África, ao norte e oeste está o coração da Europa, a leste estendem-se a Turquia, Afeganistão e o Irã. Como os nobres Alpes esculpidos em toda sua paisagem, a Divisão EuroAfricana é enorme. Abrange 27 países, cada um com sua própria mistura de idiomas, religiões e culturas. O desafio da missão também é imenso. Mais de 590 milhões de pessoas vivem nessa região do mundo. Milhões, entretanto, nunca tiveram a oportunidade de conhecer Jesus. Princípio Humilde A obra Adventista do Sétimo dia começou oficialmente na Europa, em 1874, quando os crentes na Suíça pediram à igreja da América do Norte que enviasse um missionário. John Nevins Andrews foi a escolha lógica. Ele não era apenas um ministro e evangelista, mas um dos principais estudiosos adventistas de seus dias. O ex-presidente da Associação Geral de 45 anos de idade possuía um trabalho ético aparentemente incansável. “Conheço apenas uma maneira”, escreveu Andrews. “Encontrar um campo de trabalho, pedir a ajuda de Deus, tirar o casaco e mergulhar no trabalho.” O filho e filha de Andrews, Charles e Mary, trabalhavam ao lado do pai, traduzindo, editando e compondo os tipos para a versão em francês da revista Sinais dos Tempos. Os efeitos do seu trabalho foram refletidos ao redor do mundo. A revista deu à luz novas congregações adventistas em três continentes. Milhares de missionários, inspirados por seu trabalho, seguiram seus passos. Hoje, há cerca de 176 mil membros na Divisão Euro-Africana, numa proporção de um adventista para cada 3.400 pessoas. O crescimento da igreja é constante, mas lento. Ainda há muitos 20 Adventist World | Junho 2010 Nenhum Desafio é Demais Os adventistas usam a criatividade para compartilhar o evangelho desafios para cumprir a missão nesse território tão diverso. O bloco de países pós-comunistas que um dia abraçou o evangelho está, rapidamente, se tornando secular. Em alguns países não cristãos, é difícil falar do evangelho e pode ser até perigoso. Nos países ricos, geralmente as pessoas acham que não precisam de Deus. “Temos uma sociedade muito secularizada, e isso afeta a sociedade da igreja também”, diz Mário Brito, diretor de Missão Global para a Divisão Euro-Africana. “Não é fácil evangelizar as pessoas que pensam que não precisam de Deus, que não precisam de religião. Devemos encontrar estratégias para contornar todos os preconceitos das pessoas.” Laços Familiares Localizada entre a França, Alemanha e Holanda, a Bélgica é uma das nações mais industrializadas da Terra. Entretanto, a Associação Belgo-Luxemburgo possui menos de dois mil membros, com a proporção de apenas um adventista para cada 5.700 pessoas, tornando-o um campo de missão difícil. Aparentemente, poucas pessoas estão interessadas em religião. Há, porém, um grupo no qual a igreja tem crescido rapidamente: milhares de imigrantes mudaram-se para Bruxelas em busca de uma vida melhor. A Igreja Adventista tem plantado congregações entre vários grupos de diferentes idiomas. Uma pessoa cuja vida foi tocada por esses plantadores de igreja é Gilmara Aragoa. Um amigo convidou o esposo de Gilmara para uma igreja de fala portuguesa. Ele se tornou membro e pediu a Gilmara que o acompanhasse. Ela disse que apoiava a sua decisão, mas não prometeria nada. Gilmara nunca havia ouvido falar dos Adventistas do Sétimo Dia, mas quando visitou a igreja, ficou impressionada com seu compromisso com as Escrituras e seu amor incondicional. A seu tempo, Gilmara entregou o coração a Jesus. “Foi uma transformação maravilhosa, especialmente em minha família”, diz Gilmara. “Antes, éramos uma família, mas não éramos completos. Agora somos uma família de verdade, como deveríamos ser. Amamo-nos uns aos outros. Isso fez uma incrível diferença em nossa vida.” As igrejas multilíngues estão crescendo rapidamente. Muitos grupos, porém, não têm condições financeiras para comprar ou alugar sua própria igreja. Eles se reúnem com outras congregações, compartilhando um espaço limitado. Parte das ofertas do décimo terceiro sábado deste trimestre ajudará Por Laurie Falvo CONTE MAIS: A maioria dos alunos da Escola Fundamental Adventista da Madeira vem de lares não adventistas. Por isso, frequentemente, eles contam para a família o que aprenderam sobre Jesus na escola. a prover igrejas para, pelo menos, duas dessas congregações de idioma estrangeiro, em Bruxelas. Derrubando Barreiras A Bulgária é uma pequena república no sudeste da Europa, localizada entre a Grécia, Romênia e o Mar Negro. A mensagem adventista foi introduzida na Bulgária nos anos 1890, por adventistas alemães. A igreja permaneceu forte através dos anos de domínio comunista e, em 1990, foi oficialmente reconhecida pelo governo. Hoje, a igreja cresce mais rápido na Bulgária do que em muitos outros países da Europa. Com 7.600 membros, uma pessoa de cada mil é adventista do sétimo dia. Um grupo no qual a igreja tem crescido rapidamente é o povo romeno. Russin Russinov é um pastor adventista do sétimo dia que trabalha entre os romenos de Kyustendil. Sendo ele mesmo romeno, Russinov visita as pessoas em seus lares para participar de uma refeição, orar ou estudar a Bíblia com eles. Algumas das pessoas para as quais ministra são de clãs rivais. Recentemente, a família de um clã convidou-o para visitá-los em sua casa. “Eles disseram: ‘Temos brigado uns com os outros há muitos anos’, lembra Russinov. ‘Mas gostaríamos que nossos S E D E D A M I S S Ã O A D V E N T I S TA filhos vivessem em paz. Não conseguimos isso por nós mesmos. Você acha que Deus pode intervir?’” Russinov orou com a família e pediu que o Espírito Santo mudasse o coração deles. Ele também orou com os membros do outro clã. Pela primeira vez, em anos, essas pessoas experimentaram a paz de Deus. Muitos já entregaram seu coração a Jesus. A congregação romena está se espalhando por toda Bulgária. Muitos, entretanto, não têm um lugar próprio para realizar seus cultos. Parte das ofertas do décimo terceiro sábado deste trimestre ajudará a construir uma igreja para os crentes romenos, que estão se reunindo em um estabelecimento comercial. Eles esperam, em breve, ter um prédio simples, para onde possam convidar seus amigos e vizinhos a fim de adorar a Deus. Para as Crianças A oeste da Espanha, está o ensolarado país de Portugal, lar de mais de dez milhões de pessoas. Embora haja cidades modernas no país, a maior parte da população vive em pequenas cidades e vilas. A obra adventista começou em Portugal em 1904, e hoje há ali mais de 9.300 membros, na proporção de cerca de um adventista para cada 1.100 pessoas. Madeira é a maior de um pequeno grupo de ilhas situado a cerca de mil quilômetros a sudoeste de Lisboa. Apenas trezentos membros ativos vivem nessa ilha, embora a igreja esteja causando um impacto positivo por sua escola de ensino fundamental. Noventa por cento das crianças que frequentam a Escola Fundamental Adventista da Madeira conhece muito pouco de Deus, fazendo com que a escola seja verdadeiramente missionária. Natérica Ferreira é uma professora que tem visto, em primeira mão, o papel desempenhado pela escola na tarefa de compartilhar o evangelho em sua comunidade. “Quando lemos a Bíblia, quando oramos, quando contamos às crianças o que Jesus fez quando estava aqui, eles vão para casa e contam às famílias o que aprenderam”, diz Ferreira. “Então as famílias vêm e fazem perguntas sobre o que estamos ensinando a eles.” A Escola Fundamental Adventista da Madeira é conhecida por seu forte programa acadêmico e mantém uma longa lista de alunos esperando por uma vaga. Mas, para acomodar essas crianças, a escola precisa reformar suas instalações para cumprir as exigências do governo. Parte das ofertas do décimo terceiro sábado deste trimestre ajudará a reformar essa escola para que continue a brilhar para Deus. A Divisão Euro-Africana enfrenta enormes desafios para cumprir sua missão. Deus, porém, é maior do que qualquer obstáculo. Suas orações e apoio generoso com as ofertas no décimo terceiro sábado podem fazer uma diferença eterna. Por favor, doe generosamente. Para saber mais sobre os desafios e oportunidades da missão adventista, visite www.AdventistMission.org. Laurie Falvo é gerente de projetos de comunicação para a Missão Adventista na sede mundial da Igreja Adventista do Sétimo Dia, em Maryland, EUA. Junho 2010 | Adventist World 21 N I G E L C O K E A RT I G O E S P E C I A L Pensando estrategicamente sobre a educação adventista J Esquerda: Muita energia na Escola Preparatória Adventista das Índias Ocidentais, em Mandeville, Jamaica Abaixo: TRABALHO DURO: Subcomissões reúnem-se para definir a nova iniciativa de educação da Divisão Interamericana. Destaque: Sorrisos na Universidade de Montemorelos, México. Vamos Trabalhar Por Ella S. Simmons ohn M. Fowler, diretor-associado do Departamento de Educação na sede da Associação Geral, irá jubilar-se este ano, após 51 anos de serviço. Ele conta como a educação adventista mudou sua vida dando-lhe rumo. 22 Adventist World J O S E Recentemente, viajando para a cidade de sua infância, John entrou num ônibus superlotado. Enquanto tentava se equilibrar, o ônibus fez uma curva fechada, fazendo com que os passageiros se chocassem uns nos outros. John acabou ficando próximo a um passageiro com um rosto familiar. Era o rosto de um dos seus amigos de infância. Muito tempo havia se passado desde que se viram pela última vez, e ambos haviam mudado muito. Mesmo assim, ele tinha certeza de que aquele era mesmo o seu amigo. Era alguém que havia vivido com ele todas as privações e alegrias de sua pequena cidade. Ele nunca o esquecera. O grupo de amigos de infância de John era responsável e decente, e tinha sido muito próximo durante toda a juventude. O pequeno grupo fazia quase tudo em conjunto. No entanto, depois do ensino médio, afastaram-se uns dos outros e optaram por diferentes caminhos e valores na vida. Embora não pensasse muito sobre essas mudanças, nesse dia John Ficou cara a cara com essa diferença de perspectiva. John tinha certeza de que esse era seu amigo de infância. O homem, porém, não lhe respondia com nenhum sinal de R O M E R O Educação Adventista em Ação que o reconhecia. De repente, o amigo deu sinal para descer na próxima parada. Entretanto, quando estava descendo do ônibus, ele se virou rapidamente para trás, colocou algo na mão de John, desceu sem falar uma palavra e desapareceu no meio da multidão. Sumiu de sua vista, mas não do pensamento. Quando John desistiu de procurá-lo entre as pessoas, olhou para o objeto que o amigo colocara na mão. Para seu espanto, era sua própria carteira. O velho amigo o havia roubado quando se esbarraram um no outro. Talvez esse tenha sido o motivo de ele ter se recusado a reconhecê-lo. Seu bom amigo, com quem ele havia crescido, havia roubado sua carteira. John não podia aceitar o fato de que seu amigo era um batedor de carteiras. Ele imaginava o que teria levado seu amigo a esse nível, tão diferente do seu. John havia se tornado um pastor e educador, enquanto seu amigo se tornara um ladrão. O que fez a diferença? John crê que a diferença foi a educação adventista. Após o ensino médio, ele aceitou Cristo e se tornou adventista do sétimo dia. Recusou várias bolsas de estudo para universidades famosas, a fim de frequentar o Spicer College, uma escola adventista. Seu amigo rejeitou a Cristo e seguiu o caminho típico em direção a uma carreira profissional, buscando fama e fortuna. Isso era o que comumente se esperava. John, entretanto, diz que, na Escola Adventista, aprendeu uma nova visão do mundo. É certo que não há garantias, mas a história de John Fowler é uma das muitas histórias de sucesso da educação adventista. Ela ensina valores. Comprometendo-se com a Educação Adventista Em um mundo de tantas promessas e expectativas, temos que nos comprometer com a educação adventista. A Divisão Interamericana (IAD) mostra um exemplo desse comprometimento. Os líderes da IAD querem aumentar o número de histórias de sucesso da educação adventista em seu território. A Divisão quer aumentar nas comunidades sua rede de profissionais bem treinados, capacitados, e de discípulos dispostos a dedicar seus talentos ao Senhor, assim como John Fowler fez, 51 anos atrás. Assim, no dia 4 de novembro de 2009, a liderança da IAD deu passos ousados, sem precedentes, em direção a uma reforma profunda em seu sistema educacional, desde o ensino fundamental ao universitário. Após alcançar seu alvo estratégico de crescimento em número de membros e financeiro pelos últimos dez anos, ela agora volta sua atenção e recursos para a educação, no início de um novo plano estratégico para os próximos cinco anos. Outros planos estratégicos no passado resultaram em tremendo crescimento, de 1,5 milhões de membros em 2000, para cerca de 3,2 milhões hoje. Israel Leito, presidente da IAD, relata que “as finanças da divisão sofreram crescimento astronômico” na última década. Os dízimos cresceram mais do que o dobro, passando de US$92.643.763 para US$195.346.307 dólares, um crescimento de 211 por cento. As ofertas aumentaram de US$5.586.594 para US$12.909.956 dólares, ou 231 por cento. M O N T E M O R E LO S U N I V E R S I T Y Reorientação do Pensamento Estratégico Seguindo um estudo cuidadoso, os líderes da IAD perceberam um desequilíbrio entre o crescimento no número de membros e as matrículas de jovens e crianças adventistas nas suas escolas e universidades. Na realidade, descobriram que estava havendo perda de matrículas no ensino fundamental, pequeno aumento no ensino médio e nenhuma mudança no nível universitário. Descobriram, também, que as matrículas de alunos não adventistas aumentaram. Perceberam que as matrículas de alunos adventistas na IAD estavam atrás da média da igreja mundial. Isso exigiu coragem e criatividade para planejar para o futuro. Os líderes da divisão enfrentaram vários desafios na educação e estabeleceram alvos para a igreja, pais, escolas e líderes, a fim de vencer esses desafios. Todas as partes envolvidas têm que trabalhar juntas para que uma dramática mudança seja possível. A liderança regional da igreja está sendo desafiada a (1) solicitar às autoridades da igreja mundial que estudem a possibilidade de incorporar a Educação Adventista às crenças fundamentais; (2) estabelecer um novo modelo educacional desde a pré-escola até o terceiro grau, considerando os elementos físicos, acadêmicos, estudantis e financeiros, incluindo o salário dos professores; (3) adotar eventos para reflexão e instrução sobre a filosofia da Educação Adventista; (4) fortalecer os alunos universitários, tanto internos como externos, usando o modelo integral de formação; e (5) promover experiências curriculares e extra-curriculares por meio de um plano mestre espiritual para fortalecer a vida espiritual de cada instituição. Espera-se que os pais disseminem a filosofia da Educação Adventista entre os membros da igreja para promover a compreensão e confiança no trabalho das instituições de ensino. As escolas devem desenvolver a descrição nas ações formativas em relação ao perfil de seus ex-alunos, o qual inclui o ensino de princípios morais profundos e espírito empreendedor. Os líderes (1) devem enfatizar a integração da fé de modo que seja efetivamente percebida pelos alunos, com base no trabalho entusiástico dos professores, (2) atualizar o perfil denominacional para os professores e (3) transmitir a visão da Educação Adventista caracterizada pela mensagem de Deus como Criador e mantenedor de nosso meio ambiente. A IAD destinou, aproximadamente, oito milhões de dólares para alvos estratégicos para os próximos cinco anos e determinou que oitenta por cento dessa soma seja destinada à educação. Além de infraestrutura, professores, currículo e instrução, os recursos serão usados para empréstimos estudantis e subvenções, coordenação de programas educacionais e reciclagem para os professores. Ella S. Simmons é vice-presidente da Igreja Adventista do Sétimo Dia, com sede em Silver Spring, Maryland, E.U.A. Como educadora de longa data, é apaixonada pelo grande potencial da Educação Adventista. Junho 2010 | Adventist World 23 A RT I G O E S P E C I A L Estratégias para Elevar o Nível da Educação Os compromissos da divisão para elevar a educação enfatizam o melhoramento do ambiente de aprendizado, equipe, currículo e salário dos professores. Isso requer um novo plano para a educação informal e uma biblioteca virtual para enriquecer os cursos de mestrado e doutorado e para a criação de pelo menos uma “super-sala de aula” com a tecnologia mais avançada. Todas as universidades da IAD estão sendo desafiadas a ampliar sua oferta de cursos. Todas devem oferecer cursos de mestrado em todas as áreas e departamentos. Todas estão sendo desafiadas a oferecer no mínimo um programa doutoral, além da área teológica. A IAD oferecerá um credenciamento em teologia, em parceria com a Universidade Griggs, em nível de graduação, para os alunos cujos trabalhos e responsabilidades os impedem de completar sua formação em um campus. Myrna Costa, presidente da Universidade Adventista das Antilhas e presidente do Centro de Educação da IAD, observa: “Quando a educação a distância é devidamente estruturada e aplicada da maneira correta, a assimilação de conteúdo e experiência de aprendizado ocorre do mesmo modo que em sala de aula regular, inclusive a integração com a aprendizado da fé.” Mais adiante, Costa afirma que a educação a distância é uma avenida para impactar positivamente o sistema educacional para compartilhar o evangelho nos três principais idiomas do território: espanhol, inglês e francês. As universidades devem padronizar o currículo e tornar possível aos estudantes de teologia uma mudança suave de uma universidade para outra, para aprender diferentes idiomas e as diferentes culturas da IAD, sem perda de tempo. Iniciativas Estratégicas para o Ensino Fundamental e Médio A IAD requererá que as universidades prestem mais atenção ao ensino fundamental e médio. A segmentação da educação por níveis não está produzindo os resultados desejados. Para resolver esse problema e para um envolvimento mais direto da divisão, a IAD colocou no orçamento a contratação de um diretor-associado para seu Departamento de Educação, que é especialista em ensino fundamental e médio. A IAD também adaptará seu regulamentos para prover maior apoio financeiro para os cursos fundamental e médio, estrutura física, materiais e para a preparação e treinamento de professores, incluindo aumento de salário. Uma característica singular do plano provê um salário/bônus para o “melhor professor do ensino fundamental” e um bônus pelo recrutamento de aluno. Escrevendo Outra História de Sucesso Os líderes da IAD esperam que o mesmo sucesso que alcançaram no aumento do número de membros, finanças e organizações, seja repetido na educação. Moisés Velazquez, diretor de educação da IAD, sente que “se melhorarmos a qualidade de nossas escolas e a estrutura de seus campi, provendo as ferramentas necessárias para nossos professores, aumentando seus conhecimentos …, as igrejas apoiarão mais nossas escolas e enviarão os filhos para estudar nelas”. Afinal de contas, a educação está intimamente ligada com a salvação. A vida de John Fowler comprova isso. Ele dá o crédito à educação adventista, que tem o desafio de fazer algo mais do que simplesmente escalar uma carreira profissional e apenas viver uma vida decente. Ele diz que aprendeu, na educação adventista, as três lições mais importantes da vida, inclusive o fato de que não somos um acidente da evolução, mas intencionalmente planejados por um amorável Deus Criador. Ele também tem certeza de que a vida tem um significado e um destino e que não estamos sós – Deus está conosco e trabalha em nós. Se essa verdade for lembrada, certamente outra história de sucesso será escrita no território da IAD e ao redor do mundo. Planejando Estrategicamente ao Redor do Mundo A seguir, sete passos úteis para que líderes e membros de igreja pensem estrategicamente sobre educação e apliquem seus planos em seu contexto específico. 1. Adminsitradores e membros das comissões devem se engajar em planejamento estratégico: criando uma visão e definição de contexto, objetivos gerais e as prioridades para o planejamento estratégico e tomada de decisão – 24 Adventist World | Junho 2010 pensamento e visão de conjunto. 2. Os administradores devem garantir e alocar recursos para apoiar as prioridades estratégicas – buscar recursos. 3. Educadores, tanto administradores como professores, devem desenvolver planos de ação dos objetivos e tarefas – torná-los reais. 4. Tanto o pensamento como o planejamento estratégico devem ser transparentes, abertos para todos verem – que todos participem. 5. A missão da igreja deve guiar a missão e planos da Educação Adventista – vamos todos ler o mesmo livro. 6. Os administradores e educadores devem igualmente ser avaliados por meio de apreciação e avaliação para atingir os resultados previstos – ser responsáveis. 7. O pensamento e planejamento estratégicos devem centrar-se nos resultados para atingir a missão da Educação Adventista – vamos fazê-lo! E S P Í R I T O N ossos ministros devem ir avante e proclamar a mensagem da verdade presente para os que não a ouviram ainda. Nossas igrejas não deveriam sentir ciúmes ou sentirse negligenciadas se não receberem assistência ministerial. Deveriam, elas mesmas, assumir a tarefa e trabalhar diligentemente pelas pessoas. Os crentes As Pequenas Coısas... Por Ellen G. White …podem levar a grandes resultados devem ter raízes firmemente arraigadas em Cristo, para que possam dar muitos frutos para Sua glória. Como um único homem, devem lutar para alcançar um objetivo, a salvação das almas. Os membros da igreja não devem esperar por uma ordem verbal para assumir o trabalho de Deus. Eles sabem qual é seu dever. Deixe que façam a obra com humildade e tranquilidade. Há centenas que deveriam estar trabalhando, mas precisam ser encorajados a começar. Deixe que os membros da igreja comecem a trabalhar onde estão. Em todos os lugares há pessoas que não conhecem a verdade. São necessários homens humildes, que desejem fazer sacrifícios para trabalhar como Cristo trabalhou. O Senhor chama trabalhadores dispostos ao auto-sacrifício, que trabalhem discretamente e em silêncio, que permaneçam tão perto do Senhor de modo que recebam graça e possam transmiti-la. Ao assumirem seu trabalho com seriedade e sinceridade, pedindo ao Senhor tato e habilidade, corações serão alcançados por seus esforços. Não é o propósito de Deus que seja deixada para os ministros a maior parte do trabalho de semear a semente da verdade. Os homens que não foram chamados para o ministério do evangelho, devem ser encorajados a trabalhar A N T O N I O J I M É N E Z A L O N S O para o Mestre segundo suas muitas habilidades. Centenas de homens e mulheres que estão desocupados poderiam fazer um bom trabalho. Poderiam fazer grande trabalho para o Mestre, levando a verdade para os lares de seus amigos e vizinhos. Deus não faz acepção de pessoas. Ele usará cristãos devotos e humildes que têm em seu coração o amor pela verdade. Deixe que tais pessoas se engajem no serviço para Ele, fazendo o trabalho de casa em casa. Sentado ao lado da lareira, tal homem, se humilde, discreto e piedoso, pode fazer mais para satisfazer as reais necessidades das famílias do que um ministro. O Senhor tem um trabalho, tanto para mulheres como para homens. Eles devem tomar seus lugares no Seu trabalho nessa crise, e Ele trabalhará por eles. Se estiverem imbuídos com o senso do dever e trabalharem sob a influência do Espírito Santo, terão o autocontrole necessário para esse momento. O Salvador refletirá a luz do Seu rosto sobre as mulheres que se sacrificarem, e lhes dará poder superior ao dos homens. Elas podem realizar um trabalho com as famílias que os homens não podem, um trabalho que atinja o interior das pessoas. Podem se aproximar do coração daqueles a quem os homens não podem alcançar. O trabalho delas é muito necessário. D E P R O F E C Í A Não é bom, minhas irmãs, que esperemos por mais oportunidades ou uma disposição mais santa. Seremos indesculpáveis se permitirmos que os talentos dados por Deus se enferrujem pela inércia. Cristo pergunta: “Por que você está inativo o dia todo?” Consagremos tudo o que temos e somos a Ele, crendo em Seu poder para salvar e tendo confiança de que Ele nos usará como instrumentos para fazer Sua vontade e para glorificar Seu nome. Meus irmãos e irmãs, não ignorem as pequenas coisas, procurando por obras maiores. Vocês podem realizar com sucesso o pequeno trabalho e talvez falhar completamente num trabalho maior, ficando desanimados. Assuma qualquer trabalho que estiver por fazer. Dando o melhor de si no que suas mãos encontrarem para fazer, seus talentos e aptidões serão desenvolvidos para uma obra maior. É desprezando as oportunidades diárias e negligenciando as pequenas coisas, que muitos se tornam infrutíferos e sem vida. Há muitas maneiras de realizar um serviço pessoal para Deus. Alguns podem escrever uma carta para um amigo distante ou enviar uma revista para quem está interessado na verdade. Outros podem dar conselhos para os que estão em dificuldades. Os que sabem como tratar os doentes podem ajudar dessa maneira. Outros que têm a qualificação necessária podem fazer leituras da Bíblia ou dirigir cursos bíblicos. O trabalho mais simples e modesto deve ser detectado e realizado entre as igrejas. Se os membros unidos aceitarem esses planos, e realizá-los perseverantemente, colherão rica recompensa, pois sua vida brilhará ainda mais, suas habilidades serão aprimoradas e, por seus esforços, almas serão salvas. Esse artigo foi publicado pela primeira vez na The Advent Review and Sabbath Herald, de 26 de agosto de 1902. Os Adventistas do Sétimo Dia creem que Ellen G. White (1827-1915) exerceu o dom de profecia bíblico durante mais de setenta anos de ministério público. Junho 2010 | Adventist World 25 P E R G U N TA S B Í B L I C A S P E R G U N T A : Por que as Escrituras, especialmente os salmos, mencionam a palavra “manhã” com tanta frequência? O Antigo Testamento emprega dois termos importantes do hebraico para “manhã”: boqer, referindo-se e shachar, designando os primeiros raios de luz da aurora. Um rápido estudo de cada termo é muito enriquecedor, tanto espiritual quanto teologicamente. 1. Associado com a Dinâmica da Vida: A aurora é a transição do descanso para a ação. É como se, ao alvorecer, houvesse uma explosão de vida no planeta. A natureza é renovada (Sl 90:6; Is 17:11); os seres humanos trabalham nos campos (Ec 11:6), constroem (Nm 4:21), viajam (Gn 24:54), vão para a guerra (Js 8:10) e se submetem à vontade de Deus para com eles (Gn 22:3). A vida humana é energizada pela manhã, é reativada; é um novo começo. Isso, porém, só é possível porque Deus também está totalmente ativo pela manhã. Seu amor e compaixão “renovam-se cada manhã” (Lm 3:23).* O Novo Testamento relata que algo glorioso e singular aconteceu pela manhã: Jesus saiu vivo da tumba (Mt 28:1; Lc 24:1-3)! Por causa dEle, a manhã é sempre associada com vida e luz. 2. Tempo para Adoração: Uma vez que a manhã está associada à vida, é considerada como o tempo em que o povo de Deus deve adorá-Lo. Por isso, lemos: “De manhã ouves, Senhor, o meu clamor; de manhã Te apresento a minha oração e aguardo com esperança” (Sl 5:3; cf. 88:13). O salmista louvava a Deus e proclamava Seu amor “pela manhã” (92:1,2), quando os sacerdotes, no Templo, ofereciam o sacrifício da manhã e a nação, coletivamente, adorava ao Senhor (Lv 6:12). Mas a manhã também era o tempo para a adoração nos lares (Jó 1:5). Novos começos eram momentos de fazer nova dedicação da família ao Senhor 3. Associado com Deus como Juiz: É pela manhã que Deus revela Sua justiça. Ele ordenou ao rei: “Administrem justiça cada manhã” (Jr 21:12). O oprimido sofria durante a noite, mas aguardava com esperança pela manhã, quando o rei viria julgá-lo e absolvê-lo. Essa imagem é ampliada para Deus como juiz universal, que “é justo e jamais comete injustiça. A cada manhã, Ele ministra Sua justiça, e a cada novo dia, Ele não falha” (Sf 3:5). Assim, é pela manhã que Deus nos examina e nos julga a fim de nos absolver e livrar, e para conceder aos pecadores o que legalmente merecem (Nm 16:5; Js 7:14, 16). 4. Fim das Trevas e da Noite: O mal pode se pronunciar durante a noite, mas ele termina quando a manhã chega. Nas trevas, os comportamentos imorais são praticados (Pv 7:18; Jz 19:25) e o inimigo de Deus conspira contra Seu povo (Is 17:14). Mas é também durante a noite que Deus os derrota; por isso, a manhã é identificada como o momento em que Seu poder salvador é revelado (2Rs 19:35; Gn 19:27,28). Por Certamente os escritores Angel Manuel bíblicos sabiam que “o choro Rodríguez pode persistir uma noite”, mas também compreendiam que “de manhã irrompe a alegria” (Sl 30:5). Eles conheciam a complexidade da existência humana, e mesmo assim diziam: “Mas eu cantarei louvores à Tua força; de manhã louvarei a Tua fidelidade, pois Tu és o meu alto refúgio, abrigo seguro nos tempos difíceis” (Sl 59:16). A frase “de manhã” aponta em direção a um tempo em que haverá um novo começo, só possível por meio da ressurreição de Jesus, quando a vida florescerá em toda a sua beleza e glória; quando os seres humanos poderão cantar louvores ao Senhor e adorá-Lo como a própria fonte da vida. Ela também indica para um tempo em que a noite do pecado e da morte findará e a aurora da consumação de nossa salvação se tornará realidade. Será pela manhã que a obra de julgamento de Deus vindicará Seu povo e renovará Sua criação. Isso acontecerá quando Jesus, “a resplandecente Estrela da Manhã”, aparecer (Ap 22:16). Meditação de Manhã 26 Adventist World | Junho 2010 *As citações bíblicas deste artigo são da Nova Versão Internacional (NVI) Angel Manuel Rodríguez é diretor do Instituto de Pesquisas Bíblicas da Associação Geral. E S T U D O B Í B L I C O Partindo o Por Mark A. Finley Coração de deus Alguma vez você já se perguntou se Deus chora? Será que Ele Se comove com a dor e a pobreza do mundo, o sofrimento e tristeza, as desilusões e terror, as calamidades e conflitos? A Bíblia ensina que Deus Se comove profundamente quando Seus filhos enfrentam tragédias. O profeta Isaías afirma: “Em toda a angústia deles, foi Ele angustiado” (Is 63:9). Deus chorou no dia em que o pecado entrou no mundo; Seu coração foi partido e nunca será totalmente recuperado até o dia em que o pecado for eliminado para sempre. Nesta lição, estudaremos os efeitos do pecado sobre Deus, sobre o nosso planeta e toda a humanidade. Descobriremos que o coração de Deus transborda com um amor incompreensível. 1. Assim que terminou a semana da criação, que declaração fez Deus? Leia o texto a seguir e circule duas palavras que descrevem a incrível alegria de Deus ao olhar o planeta que tão maravilhosamente fizera. “Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom” (Gn 1:31). Quando Deus criou este mundo e declarou ser “muito bom”, todos os seres celestes “alegremente cantavam, e rejubilavam todos os filhos de Deus” (Jó 38:7). O coração de Deus se encheu de alegria ao olhar o maravilhoso mundo que criara. Era o propósito dEle que todas as Suas criaturas experimentassem essa mesma alegria para sempre. A doença, o sofrimento e a morte nunca fizeram parte do plano de Deus. 2. Após ler o texto a seguir, descreva, com suas próprias palavras, por que o fato de comerem o fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal era tão importante e acarretava tão sérias consequências. “E ordenou o Senhor Deus ao homem, dizendo: De toda a árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás” (Gn 2:16, 17). Deus criou Adão e Eva com poder de escolha. Ao obedecer aos mandamentos de Deus, revelavam sua lealdade a Ele. Pela desobediência, demonstraram sua dúvida e deslealdade. 3. Que mentira Lúcifer, disfarçado de serpente, disse a Eva, que contradisse as advertências de Deus sobre comer do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal? “Então a serpente disse à mulher: Certamente não morrereis” (Gn 3:4). Certamente você vai . Eva cedeu à tentação do inimigo. Primeiro, duvidou; depois, desobedeceu à ordem divina. Adão, logo em seguida, se uniu a ela na desobediência (Gn 3:6, 7). 4. Após pecar, o que Adão e Eva responderam a Deus? “E ouviram a voz do SENHOR Deus, que passeava no jardim pela viração do dia; e esconderam-se Adão e sua mulher da presença do SENHOR Deus, entre as árvores do jardim” (Gn 3:8). Junho 2010 | Adventist World 27 Quando nossos primeiros pais ouviram Deus se aproximando, . O pecado nos separa de Deus (Is 59:1,2). Separados de Deus, nosso coração se enche de medo, culpa, vergonha e condenação. Separados de Deus, sofremos as consequências devastadoras do pecado. Quando Adão e Eva pecaram, sua natureza foi mudada. O coração, que antes era puro, tornou-se corrupto. A natureza, que antes era santa, tornou-se pervertida. A vida, que antes era saudável, tornou-se sujeita às doenças, à dor e à morte. Todo o nosso planeta sofreu a maldição do pecado. Toda a natureza foi afetada pela queda. 5. Quando Adão e Eva pecaram, Deus veio procurá-los imediatamente. Leia o texto a seguir e escreva nas linhas abaixo a pergunta de um Deus entristecido. “E chamou o Senhor Deus a Adão, e disse-lhe: Onde estás?” (Gn 3:9). Deus perguntou: Deus não chamou Adão e Eva porque ignorasse o lugar em que eles estavam. Ele chamou por amor, para que soubessem que Ele os amava. Ele queria que soubessem que Ele estava procurando por eles. Que desejava restaurar o relacionamento quebrado pelo pecado. Alguma vez você já desejou restaurar um relacionamento? Há alguém se escondendo de você por tê-lo magoado profundamente? Deus tomou a iniciativa. Com lágrimas nos olhos e tristeza na voz, Ele chamou por Adão e Eva. Deus tinha um desejo: restaurar o relacionamento rompido pelo pecado. 6. Que julgamento foi pronunciado por Deus contra Satanás (a serpente) como consequência da queda de Adão e Eva no jardim? Leia a passagem abaixo e responda à pergunta em seguida. “E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar” (Gn 3:15). O que significa a palavra inimizade? Sugestão: Leia Rm 8:7; Ef 2:15; Tg 4:4. Quem é a “semente” da mulher que feriria a cabeça de Satanás? O ferimento na cabeça seria pequeno ou mortal? Por meio de Jesus, todos os terríveis resultados do pecado serão erradicados. Como resultado de Sua vida, morte e ressurreição, Ele deu um golpe mortal em Satanás. Logo acabará a dor no coração de Deus. Logo Ele voltará para reivindicar como Seus aqueles a quem Jesus redimiu com Seu precioso sangue. Que, hoje, ao você servir a Deus, seu coração esteja cheio de louvor por Aquele que deseja muito tê-lo perto de Si por toda a eternidade. O estudo do próximo mês, “Esperança no Jardim”, mostrará o remédio de Deus para o pecado. 28 Adventist World | Junho 2010 Intercâmbio Mundial C A R TA S Não Há Melhor Maneira de Dizer Isso? Escrevo sobre o artigo “Cresce Evangelismo Adventista em São Paulo” (abril 2010): Não sei se estou sozinho, mas me entristeço todas as vezes que leio: “Grupo de imigrantes italianos, portugueses, ameríndios, africanos, alemães, espanhóis, coreanos, chineses e japoneses”. Parece que os escritores e oradores fazem um esforço consciente e deliberado para distinguir judeus dos árabes, chineses dos japoneses, italianos de espanhóis, ingleses de franceses. No entanto, nenhum considera que a África não é um país e muito menos um grupo com o mesmo idioma. Mesmo a frase “cultura africana” é muito generalizada. Um continente com mais de 50 nações, mais diverso em culturas e idiomas que talvez qualquer outro continente, é reduzido a um bloco estereotipado. Será que isso significa que todas as pessoas daquele continente falam o mesmo idioma e trazem a mesma identidade, mesma cultura, mesmas características e mesmo comportamento? Esse artigo é um exemplo de que países isolados ou grupos com o mesmo idioma são comparados com um continente inteiro. Não há uma maneira de distinguir as pessoas, nações e grupos com o mesmo idioma que habitam naquele continente? Chinyere Nwankwo Amuha, Nigéria Bem observado; prestaremos atenção em nossas referências regionais nas edições futuras. – Os Editores Artigos como “Ajudando os Necessitados” e “Aulas, Cultura e Cristo”, da mesma autora (setembro 2009), ajudam-nos a manter em mente que a obra é do Senhor e que devemos seguir em frente pela fé. – Elizabeth G. Schimpf de Gómez, Entre Rios, Argentina. Três Partes da Vida Cristã Fiquei muito grata pelo apoio dado ao projeto “Conectando com Jesus” (fevereiro 2010). A vida cristã pode ser comparada a um tripé: oração, estudo da Bíblia e do Espírito de Profecia e trabalho missionário. Será que a vida cristã permaneceria em pé se faltasse um deles? Ela perderia sua função. Nenhum desses elementos vitais da vida cristã pode faltar ao adventista do sétimo dia. Os dez livros do Espírito de Profecia estudados nos pequenos grupos e nos cultos darão aos membros melhor compreensão da Bíblia e transformarão vidas à semelhança do caráter de Jesus. Louvado seja Deus por um projeto tão maravilhoso! Será uma grande bênção para o povo adventista. Como posso contribuir? Lilian Lannenn Toledo, PR, Brazil Você pode contribuir para o projeto no site http://cwj.egwwritings.org. Clique no quadro “Donations”, no lado superior direito da página. Encontrando Terreno Comum Escrevo em relação ao artigo especial intitulado: “Adventistas e Muçulmanos: Cinco Convicções”, por William G. Johnsson (fevereiro 2010). Em nosso trabalho, Deus nos pôs em contato com muitas famílias muçulmanas por cerca de dois ou três anos. A amizade, porém, foi aprofundada quando encontramos semelhanças nas vestimentas, alimentos e respeito por Deus. Agora vejo como o Senhor está preparando o coração delas e gostaríamos de ter o grande privilégio de trazê-las aos pés de Jesus. Quando isso acontecer, as barreiras desaparecerão. Nosso sonho é vê-los aceitando a Cristo como Salvador. A Ele seja a glória. Família Motta Buenos Aires, Argentina Não o Nosso Trabalho, mas dEle O artigo “Ajudando os Necessitados”, por Sandra Blackmer (dezembro 2009), aqueceu minha alma. É emocionante ver os estudantes querendo ajudar. Durante 2009, abrimos, na minha cidade, um jardim da infância com onze alunos. As autoridades o fecharam porque não tivemos o número de matrículas esperado para 2010. Atualmente estamos num processo de autorização de um terreno e trabalhando para reabri-lo no próximo ano. Junho 2010 | Adventist World 29 Intercâmbio Mundial C A R TA S Artigos como esse e “Aulas, Cultura e Cristo” da mesma autora (setembro 2009), ajudam-nos a manter em mente que a obra é do Senhor e que devemos seguir em frente pela fé. Que a mensagem de Cristo seja nossa prioridade nesses projetos. Elizabeth G. Schimpf de Gómez Entre Rios, Argentina Ainda Falando aos Leitores Sou grata por ter lido “Uma Criança os Guiará”, por Wilona Karimabadi (janeiro 2008). O artigo mostrou como a Palavra de Deus foi pregada de maneira inusitada, e a página seguinte trouxe sugestões de como reconhecer o dom. A experiência de ler esse artigo me ajudou a desenvolver minha fé. Que Deus abençoe essa equipe, ao prosseguir com o trabalho às vésperas do segundo advento de Jesus Cristo. Kuuliza Ramandizi Bukavu, República Democrática do Congo mais literatura, especialmente a Bíblia. Ela me ajudará a realizar meu trabalho para Deus. Quero saber mais sobre o ministério de vocês. Bayissa Gamachu Asebe Teferi, Etiópia Leitura Útil Li a Adventist World. Para mim foi maravilhoso. O conteúdo foi significativo e certamente pode ajudar a pessoa que a lê em sua vida diária. As pessoas serão inspiradas a ter mais fé em Deus. Jade Alfie Sale Bukionon, Filipinas Li toda a revista Adventist World. Uma revista educativa e de alta qualidade. Por favor, acrescente meu nome em sua lista de endereços. Jekennu Semasa Badagry, Lagos State, Nigéria Saudações em nome de Jesus nosso Senhor e Salvador. Recebi a revista de um amigo e estou interessado em Parabéns à equipe da Adventist World. Por favor, continuem a educar as pessoas com as mais diferentes origens. Onas Montrévil Haiti Sou presidente do grupo de estudantes adventistas do campus da Universidade de Calabar. Nós realmente amamos essa revista. Ekanem Vavrinek Calabar, Nigéria Cartas para o Editor – Envie para: [email protected] As cartas devem ser escritas com clareza e ao ponto, com 250 palavras no máximo. Lembre-se de incluir o nome do artigo, data da publicação e número da página em seu comentário. Inclua, também, seu nome, cidade, estado e país de onde você está escrevendo. Por questão de espaço, as cartas serão resumidas. Cartas mais recentes têm maior chance de ser publicadas. Nem todas, porém, serão divulgadas. O LUGAR DE ORAÇÃO Muito obrigado por se unirem a nós para pedir a ajuda de Deus sobre nosso evangelismo. Mais de duzentas pessoas aceitaram a mensagem. Que Deus nos abençoe ao continuarmos a trabalhar para o Mestre enquanto O esperamos. Wellington, Barbados Meu esposo precisa de oração por sua saúde física e espiritual. Por favor, peçam ao Senhor que continue a providenciar o de que necessitamos para ajudar nossa família em Porto Príncipe. Nelsie, Haiti Por favor, orem por mim como na vez anterior. Estou em período de experiência em meu novo emprego. Meus chefes 30 Adventist World | Junho 2010 são um tanto severos comigo. Que Jesus me dê inteligência e força para fazer um bom trabalho e para que essas pessoas mudem seu comportamento em relação a mim. Diani, Madagáscar Li a revista do mês de setembro de 2009 e desde essa época minha vida nunca mais foi a mesma. Compreendo o significado do que Cristo disse sobre ter a fé do tamanho de um grão de mostarda. Preciso de suas orações por minha vida acadêmica. Emmanuel, Nigéria Todos os anos, no verão, vamos a diferentes partes de Visayas e Mindanao como evangelistas da página impressa. Ouvimos o chamado de Deus para espalharmos livros como folhas de outono e para irmos a lugares isolados aonde os satélites não chegam. Necessitamos muito de suas orações por sucesso e proteção ao sairmos neste verão. Harlen, Filipinas Pedidos de oração e agradecimentos (gratidão por resposta à oração). Sua participação deve ser concisa e de, no máximo, 75 palavras. As mensagens enviadas para esta seção serão editadas por uma questão de espaço. Embora oremos por todos os pedidos nos cultos com nossa equipe durante a semana, nem todos serão publicados. Por favor, inclua no seu pedido, seu nome e o país onde vive. Outras maneiras de enviar o seu material: envie fax para 00XX1(301) 680-6638, ou carta para: Intercâmbio Mundial, Adventist World, 12501 Old Columbia Pike, Silver Spring, Maryland 20904-6600 EUA. “Eis que cedo venho…” INTERCÂMBIO DE IDEIAS Mais Uma Hıstorıa A Nossa missão é exaltar Jesus Cristo, unindo os adventistas do sétimo dia de todo o mundo numa só crença, missão, estilo de vida e esperança. Como a Adventist World causou impacto surpreendente no Quênia conteceu no mês de janeiro de 2008, durante o período de tremenda violência étnica, após a grande disputa pelas eleições gerais de dezembro de 2007, que lançou o Quênia em séria crise política. Eu estava conduzindo uma campanha evangelística na cidade de Marimanti, no distrito de Tharaka, província do leste do Quênia. Essa cidade é a nova sede do recém-criado distrito político nessa região do país. Apoiado por cerca de cem evangelistas leigos voluntários, a campanha começou em alto estilo. Centenas de pessoas se reuniam no pequeno terreno da Igreja Adventista do Sétimo Dia de Marimanti para ouvir a mensagem pregada por mim e por dois pastores associados locais, Joshua Njuguna e Bonfice Kimuyu, ambos da Associação Central do Quênia. Todos esses ouvintes estavam felizes de comparecer às nossas reuniões vespertinas, que, às vezes, se prolongavam até as onze horas da noite, e eles reclamavam que haviam terminado muito cedo! Com uma semana de campanha, formamos classes batismais nas quais podíamos passar todas as doutrinas bíblicas básicas com os candidatos. Fornecíamos alguma literatura gratuitamente, como O Grande Conflito, Desejado de Todas as Nações, Caminho a Cristo, etc. Foi durante os testemunhos dados pelos candidatos ao batismo que descobri que quatro de nossos candidatos eram oficiais de polícia, responsáveis pela segurança em nossas reuniões. Comumente os policiais não são conhecidos por sua afinidade com alguma fé religiosa. Ninguém espera que se interessem nas coisas de Deus. Eu lhes perguntei por que decidiram frequentar as reuniões. Eles disseram que no ano anterior eu havia deixado uma caixa inteira de revistas Adventist World na delegacia de polícia. Eles começaram a lê-las. Por meio da leitura daquelas revistas, começaram a sentir que “a igreja que essa revista representa deve ser uma igreja muito especial para frequentar”. Eles me disseram que quando seu chefe de polícia lhes pediu que fizessem a segurança de nossas reuniões evangelísticas, receberam isso como resposta às suas orações. Foram às nossas reuniões sem os uniformes e só depois de uma semana descobrimos quem eram eles! Dei revistas novas e uma Bíblia para cada um. No último sábado de nossa campanha, batizamos 323 pessoas e os quatro policiais estavam entre elas. Um servidor administrativo civil do governo de outro lugar, a cerca de 20 quilômetros de distância, ligou para meu telefone celular e perguntou se era verdade que esses policiais haviam sido batizados. Confirmei que os quatro estavam batizados. O servidor civil implorou para também ser batizado! Essa história é interessante, mas para outra ocasião. Deus abençoe o ministério desta revista! – Pastor Blasious M. Ruguri, secretário da Divisão África-Centro Este Editor Adventist World é uma publicação internacional da Igreja Adventista do Sétimo Dia, editada pela Associação Geral e pela Divisão Ásia-Pacífico Norte. Editor Administrativo Bill Knott Editor Associado Claude Richli Gerente Internacional de Publicação Chun, Pyung Duk Comissão Editorial Jan Paulsen, presidente; Ted N. C. Wilson, vice-presidente; Bill Knott, secretário; Armando Miranda; Pardon K. Mwansa; Juan Prestol; Charles C. Sandefur; Don C. Schneider; Heather-Dawn Small; Robert S. Smith; Karnik Doukmetzian, assessor jurídico Comissão Coordenadora da Adventist World Lee, Jairyong, presidente; Akeri Suzuki; Clyde Iverson; Guimo Sung; Glenn Mitchell; Chun, Pyung Duk Editor-Chefe Bill Knott Editores em Silver Spring, Maryland Roy Adams, Gerald A. Klingbeil (editores associados), Sandra Blackmer, Stephen Chavez, Mark A. Kellner, Kimberly Luste Maran Editores em Seul, Coréia Chun, Jung Kwon; Choe, Jeong-Kwan Editor Online Carlos Medley Coordenadora Técnica Merle Poirier Assistente Executiva de Redação Rachel J. Child Assistentes Administrativos Marvene Thorpe-Baptiste Alfredo Garcia-Marenko Atendimento ao Leitor Merle Poirier Diretor de Arte e Diagramação Jeff Dever, Fatima Ameen Consultores Jan Paulsen, Matthew Bediako, Robert E. Lemon, Lowell C. Cooper, Mark A. Finley, Eugene King Yi Hsu, Gerry D. Karst, Armando Miranda, Pardon K. Mwansa, Michael L. Ryan, Ella S. Simmons, Ted N. C. Wilson, Luka T. Daniel, Alberto C. Gulfan, Jr., Erton Köhler, Jairyong Lee, Israel Leito, Geoffrey G. Mbwana, John Rathinaraj, Paul S. Ratsara, Barry Oliver, Don C. Schneider, Artur A. Stele, Bruno Vertallier, Gilbert Wari, Bertil A. Wiklander. Aos colaboradores: São bem-vindos artigos enviados voluntariamente. Toda correspondência editorial deve ser enviada para: 12501 Old Columbia Pike, Silver Spring MD 20904-6600, EUA. Escritórios da Redação: (301) 680-6638 E-mail: [email protected] Website: www.adventistworld.org A menos que indicado de outra forma, todas as referências bíblicas são extraídas da Versão João Ferreira de Almeida, Revista e Atualizada no Brasil pela Sociedade Bíblica do Brasil, 1993. Adventist World é uma revista mensal editada simultaneamente na Coreia, Brasil, Argentina, Indonésia, Austrália, Alemanha, Áustria e nos Estados Unidos. Vol. 6, No. 6 Junho 2010 | Adventist World 31 O Lugar Das PESS Q U E L U G A R É AS E S S E ? FRASE DO MÊS M A N O E L C H AV E S “Deus não salva a igreja do mundo, mas para o mundo.” E N V I A D O P O R – Pastor Jack Calkins, durante sermão na Igreja Adventista do Sétimo Dia em Richmond, Virgínia, Estados Unidos, no início de 2010. CONHEÇA SEU VIZINHO Isaac Bediako é um membro da Igreja Adventista do Sétimo Dia em Sessiman, subúrbio do Distrito Norte de Nkoranza, em Gana. Ele é um fazendeiro de 54 anos de idade e leigo analfabeto. Bediako assumiu o trabalho de evangelismo pessoal do distrito. Após receber treinamento sobre contato pessoal do programa “É Agradável Ser Agradável”, Bediako entrou em ação. Distribuiu 420 caixas da Adventist World, num total de 63 mil revistas, em dez meses. Como resultado, cento e dez pessoas se matricularam no curso bíblico e, até agora, pela graça de Deus, 40 pessoas foram batizadas. Bediako testemunha nos lares, ônibus, em todos os lugares em que encontra pessoas. Também já matriculou 85 pessoas no curso da Voz da Profecia, e alguns desses alunos começaram a frequentar os cultos na igreja Sessiman. Bediako prometeu trabalhar para o Senhor pelo resto de sua vida, embora sofra dores nas pernas e nas articulações. VIDA ADVENTISTA Enquanto os membros de minha família almoçavam e conversavam, percebi que minha filha Carla, de quatro anos de idade, tinha uma expressão vazia em sua face. Estava mergulhada em seus pensamentos. De repente, ela nos interrompeu e disse enfaticamente: “Mamãe! Eu já sei! Quando Jesus está andando no chão, nós O chamamos de Jesus, e quando Ele está no Céu, nós O chamamos de Deus.” Aparentemente, ela já vinha pensando por algum tempo nesse aparente quebra-cabeça. Como mãe, só fico imaginando qual será sua ideia sobre o Espírito Santo quando descobrir que na realidade Eles são um trio! – Gisela Ramos, Denver, Colorado, Estados Unidos RESPOSTA: Na Igreja Adventista do Sétimo Dia Internacional, em Maputo, Moçambique, os membros se reúnem para o culto de sábado. O pastor Manoel Chaves, diretor de Escola Sabatina e Ministério Pessoal da Associação Bahia, nordeste do Brasil, estava envolvido em um trabalho missionário em Moçambique, em 2008, quando essa foto foi tirada.
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