Junho - Adventist World

Transcrição

Junho - Adventist World
Órgão Internacional dos Adventistas do Sétimo Dia
Junho 2010
Convencido
por um
Pedaço
de
Papel
ARTIGO ESPECIAL
Vamos Trabalhar
Veja página 22
Junho 2010
IGREJA
EM
AÇÃO
Editorial............................. 3
Notícias do Mundo
3 Notícias & Imagens
Visão Mundial
8 Em Nome de Jesus
Janela
10 Bermudas por Dentro
SAÚDE
A R T I G O
D E
C A P A
Convencido por um Pedaço de Papel
Por Kimberly Luste Maran .......................................................... 14
Cinco anos depois do lançamento da Adventist World,
os editores compartilham histórias de pessoas tocadas pelo
ministério da revista.
Envenenamento
por Acidente ................... 11
Por Allan R. Handysides e
Peter N. Landless
PERGUNTAS
DEVOCIONAL
À Imagem de Deus por Richard Spillman .......................... 12
É isso que vemos uns nos outros? É isso que
vemos em nós mesmos?
CRENÇAS
FUNDAMENTAIS
O Remanescente por Kim Papaioannou.............................. 18
O desafio de viver de acordo com nossa reputação.
SERVIÇO
ADVENTISTA
BÍBLICAS
Meditação de
Manhã .............................. 26
Por Angel Manuel Rodríguez
ESTUDO
BÍBLICO
Partindo o
Coração de Deus ........... 27
Por Mark A. Finley
Nenhum Desafio é Grande Demais
por Laurie Falvo .......................................................................... 20
Os adventistas da Divisão Euro-Africana fazem do
evangelho algo pessoal.
A R T I G O
E S P E C I A L
Vamos Trabalhar por Ella S. Simmons ................................ 22
Como explorar o grande potencial da Educação Adventista.
ESPÍRITO
DE
INTERCÂMBIO
MUNDIAL
29 Cartas
30 O Lugar de Oração
31 Intercâmbio de Ideias
O Lugar das
Pessoas ............................. 32
PROFECIA
As Pequenas Coisas … por Ellen G. White ........................ 25
Todas as coisas começam pequenas.
Adventist World (ISSN 1557-5519) é editada 12 vezes por ano, na primeira quinta-feira do mês, pela Review and Herald
Publishing Association. Copyright (c) 2005. Vol. 6, nº 6, junho de 2010.
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Adventist World | Junho 2010
Tradução: Sonete Magalhães Costa
www.portuguese.adventistworld.org
A Igreja em Ação
EDITORIAL
A Igreja Invisível
Para Sara, no Zimbábue, que pede ao
Senhor um esposo para amar e cuidar…
Para Ivan, em Belarus, que terá um exame de engenharia
no sábado...
Para Migdalia, nas Filipinas, que está lutando contra o câncer...
O
s pedidos de oração, alguns escritos a mão, outros
enviados por e-mail; alguns recém-traduzidos do espanhol, francês, português ou alemão, passam pela equipe da
Adventist World, todas as quartas-feiras, às 8h15 da manhã.
Quando reunidos, esses pedidos ilustram as orações que
os adventistas do mundo elevam ao Céu, todas as manhãs.
Pequenas folhas de papel dobrado, envelopes com selos
exóticos, mensagens digitais transmitidas à velocidade da luz,
todas comunicam o pulso vital do coração dos crentes que
estão comprometidos com a missão de orar uns pelos outros.
Fazemos uma pausa em cada um deles, materializando
nossa ligação com essas pessoas tão distantes de nós, porém
que compartilham a mesma fé.
“Alegramo-nos com os que se alegram; e choramos com
os que choram” (Rm 12:15).
Entristecemo-nos com o pecado e a doença, com a dor da
perda daqueles que nos escrevem. Nosso coração bate mais
forte quando recebemos notícias de esperança, quando o mal
é vencido, quando foi oferecido ao Ivan outra data para o
exame, quando Sara encontrou um bom esposo.
Cada semana, o número e a variedade de pedidos parecem crescer. Os adventistas ao redor do mundo continuam
enviando seus pedidos de oração para pessoas que provavelmente só se encontrarão diante do mar de vidro. A fé imagina
o que os olhos mortais nunca poderão ver: milhares de
irmãos ajoelhando-se em seus lares, escritórios, e até à beira
da estrada para orar.
Em um mundo agitado por doenças e pela dor, o ato de
orar pelos crentes do outro lado do mundo é um sinal da
certeza de que estamos unidos a algo muito maior do que
nossa congregação local. Pela graça de Deus, pertencemos a
uma comunidade mundial, cuja maior fidelidade é ao “Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo”, o Senhor
que está acima de todo governo, toda tribo, todo sistema
econômico. Todas as semanas, em Seu nome e ao Seu trono,
elevamos nossas orações e nossa gratidão em busca da unidade pela qual Ele orou.
Ao você ler o artigo especial deste mês, sobre o ministério
singular da Adventist World, una-se a esse círculo mundial de
fé e oração.
– Bill Knott
NOTÍCIAS DO MUNDO
Filme Criativo Desperta
Interesse na Criação
H E N R Y
■ No início de 2010, no coração da
Europa, foi à tela um filme admirado
por milhares de espectadores curiosos,
resultando em muitos comentários
favoráveis. Embora não seja comum,
o assunto do filme havia ficado por
longo tempo fora dos temas exibidos
pelo cinema atual: a celebração do
relato bíblico da Criação. Trata-se de
S T O B E R
Trabalho de artista adventista
ganha ampla exposição e é muito
bem aceito
PÚBLICO DA CRIAÇÃO: Um dos grandes grupos de pessoas que
assistiram ao filme e à apresentação fotográfica sobre a Criação, feitos por
Henry Stober, que é adventista do sétimo dia.
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A Igreja em Ação
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Adventist World | Junho 2010
projeto nesse site. Um escreveu: “Muito
obrigado pelo filme. Minha esposa,
filha e vários colegas, assim como suas
esposas, assistiram ao filme ontem.
Agora tenho uma boa oportunidade de
falar com eles sobre minha fé. Ficamos
todos impressionados com o filme
(o Senhor está trabalhando; afinal, Ele
é o Criador).”
Outro escreveu: “Assisti ao filme em
Stamberg e quero agradecer pelo fato
de que você permitiu ser usado pelo
Espírito Santo para produzir tal obra
de arte.”
– Reportagem de Sigrun Schumacher,
editor de notícias da ASI Europa ; traduzido e editado por Chantal J. Klingbeil e
equipe da AW.
Igreja Adventista Planeja Ampliar
Parceria com a Organização
Mundial de Saúde
■ Os líderes da Igreja Adventista do
Sétimo Dia votaram, no último dia 6
de abril, aceitar a proposta da Organização Mundial de Saúde (OMS) que
busca a parceria da denominação com
a agência das Nações Unidas, em um
programa para reduzir a mortalidade
materno-infantil.
A aprovação prepara o caminho
para a expansão da incipiente aliança
com a OMS, que visa a desenvolver
iniciativas de saúde pública.
Os administradores da igreja e líderes de saúde exploraram, em primeiro
lugar, a colaboração com a OMS no ano
passado, durante o congresso de saúde,
realizado em Genebra. Em outubro, foi
publicada uma declaração incentivando
a denominação a incrementar a saúde
global por meio de parcerias com outras
organizações, como a OMS.
A proposta da OMS, que foi debatida durante o Concílio da Primavera
na sede da igreja mundial, solicita
que algumas escolas de enfermagem
pertencentes à igreja formem parteiras
ou enfermeiras obstétricas e sirvam
R A J M U N D
uma produção de Henry Stober, cineasta
adventista do sétimo dia.
“Ser adventista do sétimo dia é um
privilégio e a mensagem do sábado
realmente é o [glacê] do bolo”, disse
Stober. “Presenciar a reação das pessoas,
falar com elas e ver com meus próprios
olhos a mudança, é simplesmente indescritível… Desde as primeiras mostras
recebemos muitos pedidos para projetar
o filme em outros países. Cheguei à
conclusão de que, tecnicamente falando,
para que o filme fosse apresentado praticamente em todo o mundo, a adaptação
para outros idiomas seria simples.”
Pelo período de duas semanas em
janeiro, várias cidades da Áustria e
Alemanha exibiram o filme. Centenas de
pessoas foram dispensadas, pois as sessões
estavam superlotadas. Para muitos,
restou apenas a opção de assistir em pé à
exibição de 75 minutos, em alta definição,
intitulado “Criação: a Terra é Testemunha”,
projetado em tela panorâmica com
aproximadamente 12 x 6 metros.
A história do filme começou
em 2006, quando Stober, fotógrafo
adventista alemão, sentiu o chamado
para produzir o projeto de multimídia,
destacando a beleza da Criação, com
uma apresentação tão atraente que
fizesse as audiências pensarem sobre a
questão da criação/evolução.
O filme é extremamente bem feito,
altamente atrativo, mesclando evidências científicas da criação, cenas da
natureza de tirar o fôlego e uma trilha
musical maravilhosa, composta pelo
compositor adventista Dominic
Buchner. Várias centenas de pessoas
pediram estudos bíblicos.
Os que quiserem ver uma mostra
das belas cenas do filme, selecionadas
dentre mais de cem horas de material
filmado em HD e milhares de fotografias em alta definição, podem visitar o
site www.dieSchoepfung.eu.
Várias pessoas, embora anônimas,
postaram comentários sobre o
D A B R O W S K I / A N N
NOTÍCIAS DO MUNDO
PARCERIA EM SAÚDE: Allan
Handysides, diretor do departamento
do Ministério da Saúde da Igreja,
apresenta a proposta da Organização
Mundial de Saúde (OMS) solicitando
os esforços da Igreja Adventista para
reduzir a mortalidade materno-infantil
ao redor do mundo.
como “laboratórios de mudança”. A
OMS, o Ministério da Saúde e a Escola
de Enfermagem da Universidade Loma
Linda, na Califórnia, EUA, concentrarão ali seus recursos na formação
de enfermeiras obstétricas altamente
qualificadas, disse Allan Handysides,
diretor do Departamento de Saúde para
a igreja mundial.
Espera-se um aumento no número
de parteiras para diminuir o número
de mortes maternas por nascimentos
em muitos países africanos e asiáticos, o
qual permanece na taxa de 600 mortes
para cada 100 mil nascimentos, comparados às 16 por 100 mil nos países ocidentais, diz Handysides. A porcentagem
representa a estimativa de que, todos os
anos, três milhões de mortes maternas
poderiam ser evitadas.
“Quero enfatizar que, através
dessa parceria, a imagem da Igreja
Adventista pode permanecer alta aos
olhos da OMS”, disse Handysides aos
delegados. Ele incentivou não apenas a
aprovação da proposta, mas também o
compromisso de “cem por cento de participação” e “forte supervisão” em todos
os níveis da administração da igreja na
viabilização do projeto, especialmente
nas regiões da igreja onde os esforços
estarão concentrados.
Patricia Jones, diretora-associada
de enfermagem do ministério da saúde,
reiterou o apelo de Handysides para
total comprometimento. Jones, que
também é professora de enfermagem na
Universidade de Loma Linda, disse que
se surgirem problemas na execução do
projeto, o objetivo da parceria, que é a
diminuição de mortes materno-infantis,
será o maior prejudicado.
Os delegados se mostraram a favor
da parceria, chamado por alguém de
“voto de confiança” no trabalho do
Ministério da Saúde da igreja. Solicitaram, entretanto, que as desvantagens da
parceria fossem amplamente analisadas
antes da igreja seguir em frente.
“Estou relutante em entrar nessa
parceria, mesmo que os benefícios
sejam tremendos, sem que haja um
bom plano para evitar qualquer risco
que possa surgir”, disse Paul Ratsara,
presidente da Divisão África do SulOceano Índico.
Embora os riscos potenciais não
possam ser eliminados, “um bom plano
já foi e será feito” para “minimizá-los”,
disse Peter Landless, diretor-associado
do Ministério da Saúde.
Landless apelou para um “ritmo
comedido e cuidadoso” ao a igreja lidar
com a parceria, que, segundo ele, “pode
servir como uma bem necessária injeção de vida nova em algumas de nossas
instituições.”
Espera-se que a parceria eleve a
qualidade da educação e aumente o
número de instrutores nas escolas de
enfermagem selecionadas. É esperado,
também, um aumento no número de
matrícula por causa dos alunos que
serão patrocinados pelos governos, para
retornarem às suas comunidades rurais,
onde a mortalidade materno-infantil é
maior, diz Handysides.
Estima-se que o custo para a criação
de tão extensa rede de “laboratórios de
mudança” chegue a cinco milhões de
dólares, disse ele.
“A princípio, estávamos apreensivos
com o orçamento, pois o custo de um
projeto assim, certamente, estaria além
de nossas possibilidades”, disse Handysides. Entretanto, a OMS, desde o início,
tem afirmado estar “muito interessada”
em alocar recursos para a iniciativa,
disse ele.
A Igreja Adventista “deve abraçar
essa oportunidade de expressar publicamente nossos valores de serviço e de
cura como organização mundial”, disse
Lowell Cooper, vice-presidente mundial da igreja e presidente da comissão
administrativa da Universidade de
Loma Linda.
Jamaica Torna-se União Associação
Na América Latina, outra
reestrutura de gestão acomoda
crescimento da igreja
■ Quatro reestruturações administrativas realizadas pela Igreja Adventista do
Sétimo Dia, na América Central, destacam crescimento do número de membros na região, com cerca de 3,3 milhões.
O ato, aprovado no dia 7 de abril de
2010 pelo Conselho Executivo da igreja
mundial, cria novas regiões administrativas no Caribe, Colômbia, El Salvador,
Honduras e Venezuela. Os líderes da
igreja disseram que o ajuste reflete o
crescimento e maturidade da igreja
naqueles países.
A Igreja Adventista na nação insular
da Jamaica será chamada União Jamaicana, dividindo assim a atual União das
Índias Ocidentais. Na Jamaica, há cerca
de 250 mil membros, sendo uma das
maiores porcentagens entre membros
adventistas por habitante. Uma em cada
onze pessoas na Jamaica é membro da
Igreja Adventista, a maior denominação
da ilha.
A área remanescente da antiga
União das Índias Ocidentais, que são
as Ilhas Cayman e a Turks & Caicos,
passará a fazer parte da recém-formada
União/Missão Atlântica Caribenha, com
cerca de 25 mil membros.
Uma união é formada por vários
campos administrativos locais. A união
“associação” é financeiramente autosuficiente, enquanto a união “missão” é
dependente da estrutura administrativa
paterna, da “divisão”, para apoio e
supervisão.
FAZENDO MUDANÇAS: Agustín Galicia, secretário associado da Associação
Geral, propõe mudanças administrativas no Caribe e América Central. A Divisão
Interamericana necessita da aprovação final do Comitê Executivo da igreja
mundial, antes de reestruturar a administração de quatro de suas uniões locais.
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A Igreja em Ação
NOTÍCIAS DO MUNDO
O voto da comissão também dobrou
a estrutura administrativa da igreja
na Colômbia. As igrejas nesse país são
atualmente geridas por uma União
Associação para 265 mil membros.
As recém-criadas Associação Norte
Colombiana e União Missão Sul
Colombiana, em breve partilharão essas
funções.
A também recém-formada União
Missão Venezuelana Leste substituirá a
parte leste da União Missão VenezuelaAntilhas, que hoje serve 210 mil
membros.
Além disso, Honduras e El Salvador,
hoje administrados pela União Missão
Central Americana, terão sua própria
união/missão. Atualmente, Honduras
tem 230 mil membros, e El Salvador
195 mil.
As decisões envolvendo Honduras e
El Salvador entrarão em vigor no dia 1º
de janeiro de 2012. As demais mudanças
serão executadas no segundo semestre,
logo após a 59ª sessão da Associação
Geral, em Altlanta, Georgia, EUA.
“Fizemos essas mudanças em reconhecimento ao desenvolvimento da
misão da igreja nesses territórios”, disse
Agustin Galicia, secretário associado da
igreja adventista mundial.
“A Venezuela, por exemplo, tinha
cinco campos quando reorganizaram
seu território em 1989”, disse Galicia.
“Hoje são onze.”
Quando todas as mudanças forem
executadas, a igreja na Divisão Interamericana será composta por vinte
e uma uniões, mais do que qualquer
outra divisão do mundo.
– Reportagem por Ansel Oliver, Rede
Adventista de Notícias
ALBÂNIA: Pastores Adventistas
Levam Saúde e Esperança
■ Um pastor adventista do sétimo dia
está levando saúde e esperança ao povo
do país, que já foi considerado o mais
pobre da Europa: a Albânia. O ministro
jubilado, John Arthur da Inglaterra, fez
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Adventist World | Junho 2010
recentemente sua 51ª visita a Tirana,
capital do país, e às áreas rurais.
“Tirana é como uma mini Dubai,
com grande concentração de altos
prédios”, relata Arthur. “Nas vilas rurais,
entretanto, a situação ainda é a mesma.
É como voltar à era Vitoriana.”
Arthur continua: “É ali que a ADRA
está deixando sua marca. Foram construídos quarenta prédios escolares e
clínicas nos últimos dez anos, a maior
parte sob a liderança de Lamar Phillips,
atual diretor nacional da Agência
Adventista de Desenvolvimento e
Recursos Assistenciais (ADRA). Voluntários de vários países também tiveram
parte importante nesse programa de
modernização.”
Foi aberto um centro de saúde na
sede da ADRA, em Kombinat, uma das
áreas mais carentes de Tirana, por Liri
Berisha, diretora da Fundação Albanesa
para Crianças e esposa do primeiroministro. Esse evento foi noticiado
pelos principais jornais do TOP Channel,
estação de TV mais popular da Albânia.
Estima-se que cento e vinte membros da igreja adventista do sétimo dia
e amigos de todas as partes do país se
reuniram para um programa patrocinado pela ADRA na igreja central, no dia
13 de março. Bill Hamilton, jornalista
aposentado da TV BBC, deu uma inspiradora palestra, intitulada “O Amor
de Deus”, baseada em Romanos 8:28.
Arthur também apresentou palestras
intituladas “Comemorando o Progresso
da Albânia” e “Um Dia Muito Melhor
Está Chegando”.
O motivo da visita foi resolver
alguns problemas relativos a um terreno
da ADRA, em Tirana, o qual foi disponibilizado para a agência por um leasing
de 99 anos, em 1993. Foram contatadas
várias pessoas-chave, inclusive o primeiro-ministro Sali Berisha. A decisão
será tomada pelo Concílio de Ministros
em data futura.
– Reportagem da equipe da AW em
parceria com John Arthur
íderes
LÍDER DE EVANGELISMO: Mark Finley,
evangelista adventista durante as
reuniões dos líderes da igreja, em abril
de 2010, em Silver Spring, Maryland,
Estados Unidos. Finley falou sobre o
tema durante os dois dias do Concílio
de Evangelismo e Testemunho.
O
evangelismo é um processo, não um evento, disseram os líderes da Igreja
Adventista do Sétimo Dia,
em recente avaliação dos
esforços evangelísticos no mundo.
Enquanto o evangelismo tradicional
da igreja geralmente envolvia eventos
de semanas de pregação com pouco
acompanhamento posterior, a eficácia
do evangelismo público hoje depende
do compromisso e envolvimento dos
membros da igreja local para desenvolver a amizade e instruir os novos crentes, disseram os delegados do último
Concílio de Evangelismo e Testemunho
(CET), antes da assembleia da Associação Geral.
Pastores de igreja, evangelistas e
outros líderes devem promover uma
“cultura de envolvimento” entre os
membros, disse Michael L. Ryan, um dos
vice-presidentes da igreja mundial, aos
delegados reunidos na sede mundial da
igreja, no encontro de um dia, realizado
no dia 1º de abril de 2010, antes do
Concílio da Primavera da igreja.
Enfatizam
Evangelismo
Público
O evangelismo é um “processo,
não um evento”, dizem eles
Por Elizabeth Lechleitner,
Rede Adventista de Notícias
“É fácil fazer a apropriação do orçamento, contratar um evangelista e organizar a reunião, mas o que faríamos se
não tivéssemos um centavo para gastar
com o evangelismo?” foi o que o evangelista Bob Folkenberg Jr. e também
presidente da Associação Columbia
perguntou aos delegados, acrescentando
que os leigos, “membros ativos, que têm
o evangelismo como estilo de vida”, são
a resposta, “não importa se estão em
Manila ou em Manhattan.”
O evangelista Bruce Bauer encareceu
a necessidade de os delegados manterem em mente o estilo de evangelismo
de Jesus, no Novo Testamento, suprindo
necessidades e desenvolvendo confiança, antes de compartilhar as crenças.
Bauer descartou o conceito de “tamanho único” na abordagem evangelística.
“Nunca um único tipo de evangelismo
vai atingir a todos”, disse ele, acrescentando que o evangelismo nunca deve ser
feito por acaso, mas com uma pesquisa
demográfica em mente. Mais tarde, Ryan
reforçou esse ponto, chamando a atenção
para o “evangelismo contextualizado”.
Como estudo de caso de tal evangelismo, Mark Finley, vice-presidente
da igreja mundial e atual presidente do
CET, e Johnson Swamidass, evangelista
na Índia, delinearam o evangelismo da
Igreja Adventista em Chennai, Índia. O
número de membros ali cresceu de sete
igrejas em 1994 para 154 hoje, graças
principalmente ao “evangelismo intencional”, tal como encontro de grupos da
igreja em grandes estações de metrô da
cidade, disse Finley.
Durante um período de perguntas
e respostas, Jairyong Lee, presidente da
Divisão Ásia-Pacífico Norte, aplaudiu
a ênfase no evangelismo leigo, mas
compartilhou ideias práticas em como
melhor motivar a congregação onde for
necessário.
“Geralmente, apenas dizemos aos
nossos membros: ‘Saiam e se envolvam’,
mas raramente reconhecemos seu
trabalho. Acho que, se reconhecêssemos,
iríamos estimulá-los a continuar evangelizando”, disse Lee.
Outra coisa também necessária é
uma mudança na “cultura da igreja”,
disse Bertil Wiklander, presidente da
Divisão Transeuropeia.
“Há algo muito errado nas igrejas em
que apenas membros comparecem aos
cultos, ouvem os sermões e devolvem seus
dízimos e ofertas”, disse ele, acrescentando
que algumas igrejas colocam o intelectualismo sobre a espiritualidade, doutrinas
sobre relacionamentos e se tornaram
“muito santas”, enfatizando “exclusividade
e sacrificando a compaixão”.
Enquanto alguns líderes de igreja
ponderaram que certas regiões como a
da Transeuropeia não são receptivas ao
evangelismo tradicional, os líderes da
Divisão do Sul do Pacífico, Barry Oliver
e Gary Webster, disseram que mesmo as
tão chamadas culturas “pós-modernas”
podem ser alcançadas por meio do
evangelismo público.
Ali a igreja mantém um Instituto
para Evangelismo Público, que treina e
aconselha jovens evangelistas e os coloca
em áreas em que a liderança é fraca.
Como resultado, em algumas regiões o
número de membros triplicou, como
demonstra o relatório do instituto.
Erton Köhler, presidente da Divisão
Sul-Americana, afirmou que a ênfase de
sua região é em projetos de evangelismo
em larga escala, destinados a unir os
membros e motivá-los ao evangelismo
contínuo.
Köhler disse que os projetos mais
bem-sucedidos da divisão são “simples e
relevantes”, tal como o atual esforço em
promover a guarda do sábado, enfatizando que o ser humano foi criado para
ter um descanso semanal do estresse do
dia a dia.
Mais tarde, os delegados ouviram o
relatório da Bulgária, onde um projeto
fundado pela CET está chamando a
atenção contra o casamento entre crianças na maior comunidade muçulmana
do país, onde regularmente crianças
entre 10 e 12 anos são forçadas a concretizar casamentos arranjados, disse
Bruno Vertallier, presidente da igreja
Euro-Africana.
Junho 2010 | Adventist World
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A Igreja em Ação
VISÃO MUNDIAL
Em
esus
J
Refletindo o ministério
dinâmico de uma vida
gasta no ensino e na cura
Por
Lowell C.
Cooper
H E I N
V O N
H Ö R S T E N
de
ome
N
“Que todos os detalhes de sua vida
– palavras, atos, etc. – sejam feitos em
nome do Mestre, Jesus, agradecendo a
Deus, o Pai, em cada etapa do caminho.”1
Onde o ministério da cura se
encaixa na missão da igreja? A eficácia
da ajuda humanitária e do desenvolvimento de comunidades deve ser medida
por poços abertos, alimentos doados ou
número de batismos? À luz da comissão
do evangelho, tudo o que fazemos deve
ser avaliado em termos do crescimento
contabilizável da igreja?
Perguntas como essas são levantadas
frequentemente no contexto de definição
das prioridades da missão da igreja e em
como obter o máximo resultado com
limitação de recursos. A Igreja Adventista
do Sétimo Dia administra 171 hospitais e
sanatórios e 429 clínicas e ambulatórios
sociais. A Agência Adventista de De-
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Adventist World | Junho 2010
senvolvimento e Recursos Assistenciais
(ADRA) desenvolve projetos humanitários em mais de cem países.
Os adventistas do sétimo dia estão
familiarizados com as expressões “alavanca” e “braço direito” da mensagem.
Esses termos são usados frequentemente para descrever a função e o relacionamento que o ministério da mão (ajuda,
cura e formação) tem com o ministério
da Palavra (pregação, ensino, batismo e
discipulado). Assim, o cuidado da saúde
e outros programas baseados no serviço
são considerados como secundários
ou como instrumentos do trabalho
principal da igreja, que é proclamar o
evangelho e preparar pessoas para o
breve retorno de Cristo.
Esses termos podem criar uma caricatura que rouba o testemunho cristão
sobre a integridade, especialmente se
resultam da classificação de valores e
da priorização das diferentes formas de
ministério. A linguagem da prioridade
implica o fato de que todo o resto é secundário. Temos um cenário totalmente
diferente quando, tanto o ministério
da mão como o ministério da Palavra
nascem como um ministério do coração.
Foi assim na vida de Jesus. Foi assim nos
temas proféticos do Antigo Testamento.
O profeta Jeremias compara o ímpio
e perverso rei Jeoacaz com seu ilustre
pai, Josias. De Josias, ele escreve: “O seu
pai não teve comida e bebida? Ele fez o
que era justo e certo, e tudo ia bem com
ele. Ele defendeu a causa do pobre e do
necessitado, e, assim, tudo corria bem.
Não é isso que significa conhecer-Me?”,
declara o Senhor.”2 O conhecimento do
Senhor aqui é inseparável do atendimento às necessidades das pessoas.
O quadro predominante que emerge
dos Evangelhos no Novo Testamento é
que Jesus estava profundamente interessado em cada aspecto da vida humana.
Seu ministério abrangeu e abordou a
totalidade da experiência do ser humano:
pensamentos, relacionamentos, doenças,
pobreza, rejeição, abuso recebido e praticado, motivos, adoração, causas legais,
propriedade, esperanças, medos e falhas.
Qualquer outra coisa pode ser dita
sobre o Seu papel na história e na salvação, mas Ele valorizava os desprezados,
os perdidos e os inferiores.
O contraste entre Jesus e a multidão,
entre Jesus e Seus discípulos, é realçado
na história sobre a cura do cego Bartimeu. Esse foi o penúltimo milagre
de cura registrado nos Evangelhos. Ele
aconteceu quando Jesus e Seus discípulos
estavam a caminho de Jerusalém. O
clímax de Seu ministério estava próximo.
Todas as vertentes de Seus ensinos, o
grande apogeu da profecia estavam para
ser revelados. Grandes coisas estavam em
jogo. No entanto, o Mestre parou para
realizar o ministério à beira da estrada,
que não faria a mínima diferença no
grande fim que Ele tinha em mente.
A multidão que seguia Jesus, mesmo
Seus discípulos, tinha construído um
muro entre a religião e a ajuda. Muitas das
questões importantes do dia eram teológicas: Quem é o Cristo? Você guardou o
sábado? Como você calculou seu dízimo?
E a gritante necessidade da humanidade
foi relegada à periferia da vida.
Jesus mostra que a teologia e o
serviço são inseparáveis. Qualquer
tentativa de segregá-los diminui tanto
um quanto o outro. A resposta de Jesus
ao clamor de Bartimeu mostra que pobreza, sofrimento, desemprego, doença
e fome também são questões religiosas,
pois Ele Se importa com todas as necessidades humanas e todos são criados à
Sua imagem.
A comissão do evangelho registrada
em Mateus 28 é amplamente considerada como a base de nossa missão neste
mundo. O que Jesus ensinou sobre o
serviço (ver Mateus 25:31-46) amplia
o quadro a partir do qual os cristãos
devem avaliar seu serviço para Deus.
Jesus deixa claro que o serviço para os
necessitados é um serviço para Ele.
Há abundante orientação de Ellen
White sobre a visão de envolvimento da
Igreja Adventista do Sétimo Dia com
a educação em saúde, cura e serviço
prático. Ela apontou Jesus como o modelo a ser seguido. “Cristo estende-Se
diante de nós como o Homem modelo,
o grande Médico Missionário, um
exemplo para todos os que vierem depois. Seu amor, puro e santo, abençoou
todos os que estiveram na esfera de Sua
influência.… Qual, então, é o exemplo
que devemos deixar para o mundo?
Devemos fazer o mesmo trabalho que
o grande Médico Missionário fez em
nosso favor.”3
Os adventistas do sétimo dia estão
engajados na educação e cuidando da
saúde, na ajuda em desastres e no desenvolvimento, porque essas atividades
refletem o ministério de Jesus. Seu desejo era que as pessoas experimentassem
a plenitude do amor de Deus por eles.
Ele ministrava às suas necessidades mais
prementes. Seu interesse abrangia suas
necessidades físicas e espirituais, mas
não usava a cura como pretexto para
fazer discípulos.
Ministrar a outros, qualquer que
seja o ministério, pode ser usado por
Deus para despertar novas fomes na
alma. A mensagem do evangelho deve
ser vista integralmente. Ela abrange todos os aspectos da vida. Todo ministério
que adiciona qualidade e profundidade
à vida encontra seu lugar na vontade
e nos propósitos de Deus. Nenhum
ministério deve ser considerado inferior
ou incompleto simplesmente porque
não produz compromisso visível com
Deus e Sua obra no mundo. Excessiva
atenção aos parâmetros de sucesso (isto
é, batismos) pode levar a uma preocupação com resultados em curto prazo e
ao “sucesso” de programas, em lugar da
qualidade de serviço em nome de Jesus.
Serviço “desinteressado” é o ministério que busca atender as pessoas em
suas necessidades atuais sem exigir que
o serviço seja um disfarce para outros
objetivos. Servir ao mundo em nome de
Jesus envolve um batalhão de ministérios
multifacetários. Um tipo de ministério
pode tocar certa faceta da vida, enquanto
outra forma de ministério atinge outro
aspecto totalmente diferente.
Cada ministério tem sua parte. Cada
um deveria ser avaliado pelo grau com
que verdadeiramente reflete o coração
de Jesus. O evangelismo por si só não
nos isenta da obediência aos ensinos
bíblicos sobre nossa responsabilidade
social no mundo. O serviço social
por si só não carrega o peso de nossa
obrigação de evangelizar. O evangelho
é como um todo para a pessoa. Afinal,
é preciso toda a igreja para levar todo o
evangelho para todo o mundo.
Ministério Prático
Aqueles que desenvolvem o ministério da cura e os que trabalham no
desenvolvimento da comunidade têm
enormes oportunidades de servir em
nome de Jesus e assim encaminhar
pessoas para uma vida melhor, inclusive
ao discipulado. O próprio ministério é
uma parte necessária do serviço cristão
neste mundo. A medida de sua efetividade deve ser considerada por várias
perspectivas.
1
Col. 3:17. The Message. Copyright © 1993, 1994, 1995, 1996,
2000, 2001, 2002. Usado com permissão da NavPress Publishing
Group.
2
Jeremias 22:15, 16. Nova Versão Internacional.
3
Ellen G. White, Loma Linda Messages (1981), p. 61.
Lowell C. Cooper é
vice-presidente geral da
Associação Geral dos
Adventistas do Sétimo
Dia. Entre outras responsabilidades, é
presidente do conselho administrativo do
Centro Médico da Universidade Loma Linda
e da Agência Adventista de Desenvolvimento
e Recursos Assistenciais (ADRA).
Junho 2010 | Adventist World
9
A Igreja em Ação
JANELA
Bermudas
por Dentro
de um setor empresarial internacional
já robusto.
Como acontece com muitos outros
territórios britânicos de além mar, a
independência do Reino Unido é um
assunto permanentemente em discussão.
Embora o plebiscito pela independência
de 1995 tenha sido rejeitado por 75 por
cento dos bermudenhos, o governo atual
reiniciou o debate.
Bermudas
Oceano Atlântico
Por
Hans Olson
B
ermudas é uma nação insular,
distando 1.050 quilômetros da
costa atlântica dos Estados
Unidos. É a colônia britânica mais
antiga e mais populosa.
O capitão espanhol, Juan de
Bermúdez, descobriu o arquipélago
de sete ilhas e mais de 170 ilhotas, que
se tornou Bermudas, durante o século
XVI. Foi, porém, quase cem anos depois
que surgiu o primeiro assentamento
permanente formado por um grupo de
colonos que naufragou indo do Reino
Unido para os Estados Unidos, em
1609. A primeira capital das Bermudas,
St. Georges, foi fundada em 1612 e é a
cidade inglesa mais antiga a permanecer
continuamente habitada nas Américas.
Em meados da década de 1800, os
norte-americanos, tentando evitar os
duros invernos do norte, popularizaram
a indústria do turismo nas Bermudas.
Essa indústria continua sendo parte
importante da economia da ilha. Todos
os anos, cerca de meio milhão de
turistas, oitenta por cento vindos dos
Estados Unidos, visitam as Bermudas e
desfrutam das praias, campos de golfe,
prédios coloniais e clima subtropical.
A dependência do turismo torna o
país suscetível aos altos e baixos dessa
indústria. A recessão mundial dos
últimos anos causou um efeito negativo sobre a economia das Bermudas.
Mesmo assim, a nação possui a terceira
renda per capita do mundo, em parte
graças a outra fonte de renda primária:
serviços financeiros internacionais.
Várias companhias de seguro se mudaram dos Estados Unidos para a ilha,
após os ataques terroristas de 11 de
setembro de 2001 e, novamente, após
o furacão Katrina, em agosto de
2005, contribuindo para a expansão
BERMUDAS
Capital:
Principais Idiomas:
Religião:
População:
Membros adventistas:
Adventistas per capita:
Hamilton
Inglês (oficial), Português
Anglicana, 23%; Católica, 15%; Metodista Episcopal
Africana, 11%; outros Protestantes, 18%; outros, 33%.
64.000*
3.707*
1:17*
*Arquivos Estatísticos da Associação Geral, 146º Relatório Estatístico Anual – 2008
10
Adventist World | Junho 2010
Os Adventistas nas Bermudas
A igreja adventista nas Bermudas tem
suas raízes na educação. No início da década de 1890, dois professores adventistas, Marshall Enoch e sua esposa, foram
para as Bermudas, procedentes da Nova
Scotia, Canadá e fundaram uma escola.
Em 1898, o Instituto Bermudas, escola de
ensino fundamental e médio, abriu suas
portas e continua funcionando até hoje.
Pouco depois da chegada da família
Enoch, dois irmãos de Minnesota, norte
dos Estados Unidos, Frank e Marquis
Poque, começaram a trabalhar como
colportores evangelistas no país. Três
anos mais tarde, a primeira congregação
adventista foi oficialmente organizada.
Na assembléia da Associação Geral
de 1950, a igreja mundial desafiou seus
membros a dobrar o número de membros da denominação nos quatro anos
seguintes. Inspirados por tal desafio, os
membros da igreja nas Bermudas realizaram séries evangelísticas, que duplicou
o número de membros do país em dois
anos apenas. A Igreja Adventista tem,
hoje, dez igrejas na ilha.
Bermudas é um dos três países, juntamente com o Canadá e os Estados Unidos,
que compõem a Divisão Norte-Americana.
Essa divisão está recebendo o “Siga a Bíblia” este mês, uma iniciativa patrocinada
pela Igreja Adventista do Sétimo Dia
mundial, com o objetivo de promover
um interesse mais profundo na leitura da
Bíblia. A jornada começou em outubro
de 2008 e terminará na assembléia da
Associação Geral, este mês, em Atlanta.
Para saber mais sobre a missão e obra da
Igreja Adventista do Sétimo Dia ao redor do
mundo, visite www.AdventistMission.org.
S A Ú D E
N O
M U N D O
Envenenamento
porAcidente
Por Allan R. Handysides e Peter N. Landless
Meu neto de dois anos de idade quase morreu quando engoliu alguns
comprimidos de aspirina. Por isso, gostaria que falasse sobre o assunto, uma
vez que muita gente cuida de crianças pequenas.
M
uitos medicamentos adquiridos
sem receita médica podem ser
letais, se consumidos além da dose
ideal, por crianças pequenas. O sabor e
a cor de alguns medicamentos líquidos
podem torná-los atrativos, principalmente se forem semelhantes a doces.
A aspirina pode ser letal para
crianças pequenas por provocar acidose
severa e distúrbios metabólicos. Comprimidos de ferro e, claro, as pílulas
para dormir ou medicamentos prescritos para pressão alta ou diabetes, podem
também ser tremendamente venenosos
para crianças.
As crianças provam e engolem
substâncias estranhas. Nunca vou me
esquecer de um menininho, de dois
anos de idade, que morreu envenenado
por arsênico, no momento em que
entrou no hospital. Seu pai estava
assentando lajotas no quintal e regando
o solo preparado, cada vez que colocava
uma lajota, com um líquido contendo
arsênico. O garotinho caminhou por
trás do pai e, antes que este percebesse
o que estava acontecendo, ele tomou
um gole da solução. O pai ligou para o
médico, que erroneamente aconselhou
a apenas “observar” a criança. Foi o que
fizeram, mas só para vê-lo ficar cada vez
pior. Assim, numa corrida desenfreada,
levaram-no ao hospital, mas já era
muito tarde para salvá-lo.
Sabe-se de crianças que beberam
querosene ou gasolina e, às vezes, só o
fato de inalar o líquido pode fazê-las
sucumbir pela chamada “pneumonia
líquida”. Substâncias altamente corrosivas, usadas para desentupir canos,
podem causar severos danos ao esôfago
e estômago e podem prejudicar severamente a criança, se não a matar. O
álcool, especialmente o metilado, pode
causar cegueira; o tetraclorídio de carbono causa necrose aguda do fígado.
Se uma pessoa ingere algum veneno,
é vital telefonar ou levá-la imediatamente a um centro de controle de
envenenamento, ou para a emergêcia do
hospital local, médico, ou bombeiros. É
imprescindível que informe a idade da
pessoa, o nome da substância ingerida,
a quantidade que foi tomada, quando
foi engolida, se a pessoa vomitou e
quanto tempo levará para chegar ao
socorro médico mais próximo.
Deixe sempre à mão os números de
telefone de hospitais e médicos a ser
usados em caso de emergência.
Só se deve provocar o vômito
sob orientação médica, porque algumas
substâncias, como a gasolina ou o
querosene, podem ser perigosos
quando vomitados. Nunca provoque
o vômito em pessoas inconscientes. Se
ela parar de respirar, mantenha uma
via aérea aberta e respire por ela com
a respiração artificial. Leve para o
hospital o recipiente do veneno e o
vômito, se houver.
Quando estiver levando a pessoa
envenenada ao hospital, mantenha-a
com a cabeça baixa, deitada sobre o
lado esquerdo, para evitar que aspire
qualquer vômito.
Prevenção
Toda casa onde mora criança pequena, ou mesmo que vá de visita, deve ser
a prova de envenenamento. Os armários
devem ter trancas à prova de crianças. Isso
significa uma séria reavaliação de substâncias mantidas sob a pia, tais como cloro,
detergentes, removedor de ferrugem,
ácidos fortes e alcalinos. O armário com
remédios deve estar no alto e trancado.
A garagem é outra área perigosa
para armazenar substâncias como gasolina, solvente para tinta (tíner) e fluido
de isqueiro. Nunca coloque venenos em
garrafas de suco de frutas e refrigerantes, pois as crianças podem facilmente
ser confundidas.
A chave da prevenção é ter extremo
cuidado com tudo que possa causar
dano às crianças.
Allan R. Handysides, M.B.,
Ch.B., FRCPC, FRCSC, FACOG,
é diretor do Departamento de
Saúde da Associação Geral.
Peter N. Landless, M.B., B.Ch.,
M.Med., F.C.P.(SA), F.A.C.C.,
é diretor-executivo da ICPA
e diretor-associado do
Departamento de Saúde da
Associação Geral.
Junho 2010 | Adventist World
11
D E V O C I O N A L
N
etc. Essas, porém, são habilidades fixas, limitadas, que permitem
que sobrevivam. Em qualquer padrão, os seres humanos são as
únicas criaturas na Terra que são realmente criativas.
Nós não apenas podemos ser criativos, temos o instinto
para criar. Cada um de nós tem a centelha criativa de algum
tipo. Pode ser trabalhando com as mãos, com música ou atletismo. Desde as crianças que desenham figuras de sua família
com giz de cera, a arquitetos que, pela primeira vez, entram
em prédios que antes existiam apenas em sua imaginação,
todos sentimos orgulho, alegria e realização em nossos
esforços criativos. Não importam quais sejam nossas habilidades, sentimos imensa alegria ao usá-las. Embora uma
o princípio do livro de Gênesis, Deus revela o
que só poderia ser a declaração mais importante
sobre quem nós somos. A declaração define
nossa força, revela nosso propósito e realça nosso
relacionamento com Deus. Ela é encontrada em Gênesis 1:26:
“Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem,
conforme a nossa semelhança.”
Por muitos anos, como a maioria dos crentes, eu não
tinha ideia do que significava ter sido criado à imagem de
Deus. É triste que, em cada um de nós, a centelha que demonstra que somos semelhantes a Deus passe despercebida.
Como alegamos conhecer a Deus se nem conseguimos vê-Lo
À
Por
Richard Spillman
magem
I
Reconhecer nosso potencial faz
uma grande diferença
de
em nós mesmos? Um dia, quando me preparava para dar
uma aula sobre o Gênesis, de repente, conclui que não apenas
desconhecia o que isso significava, mas que toda a minha vida
profissional fora baseada nesse grande dom de Deus.
De Repente, Compreendi
Enquanto fazia minhas anotações para a aula, raciocinava
que “imagem de Deus” deve implicar os aspectos da natureza
humana que não são compartilhados com qualquer outra
forma de vida na Terra. Seu significado deve ser encontrado
na maneira em que Deus Se revelou no primeiro capítulo do
Gênesis. A imagem mais dominante de Deus nesses primeiros
versos é do Seu poder criativo em ação.
De repente, compreendi: Ser criado à imagem de Deus significa que fomos dotados com a habilidade e com o instinto para
criar. Entre todas as coisas vivas, somente o ser humano tem essa
habilidade. É certo que alguns animais e insetos “fazem” coisas –
os castores fazem barragens, as formigas fazem grandes ninhos,
12
Adventist World | Junho 2010
deus
vida totalmente desocupada, sem nada para fazer, possa soar
atrativa, a verdade é que temos de fazer algo para nos sentir
satisfeitos com a vida. Se não tivermos um propósito,
estaremos perdidos. Temos de ser criativos de algum modo.
Sou engenheiro elétrico por formação. Dei aulas de ciência
da computação e engenharia por mais de vinte anos. Em toda a
minha vida profissional tenho usado minhas habilidades para
transformar minha imaginação em realidade. Criei hardwares e
softwares inovadores. Por todo esse tempo, nunca compreendi
que estava usando a centelha de criatividade que me fez ser “semelhante” a Deus. A alegria e realização que sentia com um trabalho bem feito era o reflexo da alegria que Deus experimentou
quando Ele olhou para Sua criação e declarou que era “bom”.
História Reveladora
Recentemente, assisti ao documentário ganhador do
Oscar, Born Into Brothels (Nascido no Prostíbulo), que conta a
história dos filhos das prostitutas de Calcutá. É uma história
Se devo honrar a Deus e agradecerLhe pelas habilidades que me
concedeu, tenho que direcionar
toda a minha habilidade criativa
para aquilo que Lhe agrada.
de cortar o coração, sobre essas crianças perdidas e a luta de
uma mulher para mudar a vida delas. Embora não seja uma
narrativa cristã, ela ilustra nossa necessidade de ser criativos.
A diretora do documentário, Zana Briski, tenta ajudar um
pequeno grupo de crianças, dando-lhes câmaras e ensinandolhes a arte da fotografia. Como resultado, ela abre um mundo
totalmente novo para essas crianças. Pela primeira vez, elas
realmente puderam ser criativas e, como resultado, floresceram. Seu programa é um sucesso exatamente porque ele libera o dom de Deus: a necessidade que essas crianças tinham de
ser criativas. Pela primeira vez, elas tiveram a oportunidade
de exercitar o dom que lhes deu o sentido e o propósito para
a vida. Propiciou-lhes alegria.
Os seres humanos, no entanto, não podem criar no
mesmo sentido em que Deus cria. Só Deus pode criar do nada.
Nós precisamos de matéria prima. Há, porém, uma parte de
nossa habilidade criativa que não necessita de matéria prima.
Podemos criar em nossa mente. Nossa imaginação não é
J O E
Z L O M E K / M O D I F I C A D A
D I G I TA L M E N T E
restrita às limitações da necessidade de materiais. Podemos
imaginar qualquer coisa, inclusive as que jamais poderiam
ser construídas. Talvez, nesse sentido, é que nos aproximamos
mais da imagem de Deus.
Além do Intelectual
Compreender o que partilhamos com Deus e como Ele
nos criou à Sua imagem é mais do que apenas um exercício
intelectual interessante. Para mim, uma vez que reconheci
que meu instinto criativo foi modelado à semelhança de
Deus, finalmente compreendi por que é tão importante “levar
cativo todo pensamento à obediência de Cristo” (2Co 10:5).
Minha imaginação é um dom de Deus. No entanto, em um
mundo caído, posso usar esse dom para criar beleza ou lixo.
Infelizmente, a humanidade realiza um excelente trabalho em
ambas as áreas. Se devo honrar a Deus e agradecer-Lhe pelas
habilidades que me concedeu, tenho que direcionar toda a
minha habilidade criativa para aquilo que Lhe agrada.
Mais importante, talvez, é que, agora, compreendo o que
foi uma transição muito difícil para mim. Certa vez, Jesus
disse que, se olharmos para uma mulher com cobiça, já
cometemos adultério em nossa mente (veja Mt 5:28). Sempre
me perguntei por que imaginar um pecado é tão ruim quanto
realizá-lo? Isso nunca me pareceu justo. Mas se minha imaginação criativa não é simplesmente um dom de Deus, mas
a própria essência da Sua imagem e semelhança, então usá-la
para contemplar o pecado é levá-la para um lugar aonde
Deus nunca iria. Ele distorce e difama a natureza de Deus em
nós. Embora já possa ter tolerado e até mesmo me entretido
com pensamentos pecaminosos, crendo serem permitidos,
uma vez que nunca iria realizá-los, agora vejo o quanto
realmente são funestos e horrendos por dentro e por fora.
Hoje, quando escrevo um trabalho, desenho um circuito
ou levo uma ideia à sua conclusão natural, experimento mais
do que simplesmente a satisfação de completar uma tarefa.
Dirijo-me a Deus e digo: “Pai, veja o que acabei de fazer, o
que o Senhor acha disso?” Posso imaginá-Lo sorrindo pela
minha realização, como um pai orgulhoso que prende o
último desenho de seu filho na geladeira.
É muito triste quando os próprios crentes não reconhecem
em si a imagem de Deus. É, porém, uma alegria reconhecer
o grande dom que Deus deu a nós todos. É hora de todos os
crentes expressarem sua semelhança com Deus. É hora de
usar nosso dom da criatividade para servir a Deus e uns aos
outros.
Richard Spillman é autor e palestrante
universitário. Ele escreve de Takoma,
Washington, EUA.
Junho 2010 | Adventist World
13
A R T I G O D E C A PA
J O E L
D .
S P R I N G E R
U
ma folha de papel rasgado e
amassado ondulava com o
sopro do vento, como que se
oferecendo para ser recolhida da rua
empoeirada. Foi exatamente o que
Charles Pengani e seus amigos fizeram,
e a vida deles mudou para sempre.
Pengani e um pequeno grupo de
cristãos do Maláui estavam trabalhando incansavelmente para espalhar a
mensagem do evangelho em seu país
e em Moçambique. Apaixonados pela
pregação, não tinham certeza de como
realizar o desafio de pregar a mensagem. Em setembro de 2008, eles oraram
a Deus e, de todo o coração, pediram
que os guiasse.
Eles não oraram apenas uma vez.
Oraram muitas vezes. Por três dias,
o grupo implorou sinceramente ao
Senhor. No quarto dia, receberam a
resposta bem concreta.
O grupo estava caminhando na
rua, quando perceberam um pedaço
de papel. Ao pegá-lo, viram o nome e
a data: Adventist World, junho de 2006.
por
um
onvencido
C
Apenas duas páginas, 29 e 30, foram
encontradas no chão, mas os crentes
pegaram as folhas, agradecidos por esse
pedaço de papel e convictos de que
Deus havia deixado aquilo para eles.
Aparentemente, aquelas pessoas ficaram
convencidas de que a mensagem da
Igreja Adventista deveria ser proclamada
e planejaram ir em frente, aprendendo e
testemunhando.
Água Para a Alma Sedenta
A Adventist World, a princípio, foi
criada para unir, informar e inspirar
os membros, e é impossível ignorar o
fato de que, para alguns, é a única
ferramenta de evangelismo. Para
os que leem as páginas da Adventist
World, ela pode (e tem) se tornado
uma fonte de água, matando a sede da
pessoa que busca a Deus.
14
Adventist World | Junho 2010
Pedaço
de
Pap
Como a Adventist
World tem mudado
vidas de maneiras
surpreendentes
Esquerda: DEDICAÇÃO: No
dia 2 de julho de 2005, Pr. Jan
Paulsen, presidente da Igreja
Adventista do Sétimo Dia,
faz a oração de dedicação
após o editor William G.
Johnsson apresentar a
capa da primeira edição
da Adventist World para os
presentes na Assembleia
da Associação Geral.
Abaixo: REUNIÃO DE
TRABALHO: O editor Bill
Knott (esquerda) reúne-se
com (da esquerda para
direita) Chun, Pyung Duk,
adminstradores de
publicação internacionais e
os editores da Coreia, Chung,
Jung Kwon e Jan, Suk Hee.
pel
Por
Kimberly
Luste Maran
“É verdade que a revista Adventist
World tem nos ajudado tremendamente
em nossos esforços evangelísticos”, diz
Abraham Bakari, diretor de comunicação, relações públicas e liberdade religiosa para a União Africana Central, em
Camarões. Bakari foi a Kelo, República
do Chad, para dirigir uma campanha
evangelística em abril de 2009. Ele
levou centenas de cópias da revista para
distribuir entre “os participantes mais
assíduos, os que estiveram presentes todos os dias durante a primeira e última
semanas”, explica ele. O local é conhecido por ser hostil à mensagem adventista
pelo fato de ser uma forte e bem estabelecida comunidade protestante. Porém,
quando os participantes receberam
exemplares da Adventist World, ficaram
impressionados. “A qualidade da revista
atraiu a atenção deles”, diz Bakari, “e
desapareceu a imagem negativa de uma
Igreja Adventista pobre”.
Os leitores descobriram uma igreja
totalmente diferente. Ficaram impressionados, especialmente quando leram
o artigo de capa “O Bounty e a Bíblia”,
por Herbert Ford e Wilona Karimabadi
(janeiro 2009). No fim da série evangelística, dezoito pessoas foram batizadas
e outros vinte se matricularam para um
estudo mais profundo da Bíblia.
Mas, espere! Ainda tem mais. Em
agosto de 2009, uma estação de rádio
FM (Radio “II Est Écrit”) transmitida
de Yaounde, Camarões, organizou uma
visita à Prisão Central de Kondengui,
uma das maiores do país. Bakari e o
grupo de adventistas trouxeram mil
cópias da Adventist World e distribuíram entre os prisioneiros, junto
com alimentos e roupas. Alguns deles
escreveram mais tarde para agradecer
aos adventistas e para pedir que organizassem um grupo de oração dentro
da prisão. Bakari diz que, “mesmo antes
de responderem, eles começaram!” O
grupo de oração continuou a se reunir.
“Em alguns lugares nos faltam materiais evangelísticos e a Adventist World
se tornou nosso principal recurso
tanto para alcançar os de fora como
para alimentar os de dentro”, acrescenta
Bakari. “A princípio, não sabíamos o
que fazer com as revistas que ficavam
amontoadas sem uso, em algum lugar.
Mas, depois que nossos membros
descobriram todo seu potencial, dificilmente elas ficam mais de uma semana
no escritório da União. As pessoas vão
buscá-las assim que elas chegam.”
Os membros estão tomando a iniciativa de distribuir a Adventist World.
Ada Frech escreve da Nicarágua: “Gostei
muito de ler essa revista, especialmente
o artigo de capa ‘Um Movimento Profético Singular’, por James R. Nix (junho
2009). Sou uma leitora apaixonada pela
revista e faço meu trabalho missionário
distribuindo-a para as pessoas nos
ônibus, shoppings, bancos, etc.”
Lançando Sementes,
Criando Raízes
Quando a revista Adventist World
foi concebida no início de 2004, não
se sabia do seu potencial evangelístico.
Ela surgiu a partir da ideia do editorassociado da Adventist Review (Revista
Adventista em inglês), Roy Adams e
outros, e Jan Paulsen, presidente da
Associação Geral, solicitou ao então
editor-chefe da Adventist Revew,
William G. Johnsson, que considerasse
a possibilidade de a revista chegar a
grupos de pessoas e lugares não servidos
pela edição mundial da Review, com
uma edição impressa na segunda semana de cada mês, como parte das quatro
edições semanais da revista. Algumas
semanas depois, uma proposta inicial
estava sobre a mesa do presidente,
sugerindo a impressão de cerca de um
milhão de cópias da revista, por mês,
principalmente em inglês, com um
pequeno número em coreano.
Enquanto o plano evoluía durante
2004, surgiram parcerias para a impressão. Recursos foram levantados e formou-se uma equipe que planejou um
conteúdo que suprisse as necessidades
da grande e diversa família adventista
mundial. Já no início de 2005, surgiu
Kimberly Luste Maran
é editora assistente da
revista Adventist World.
Junho 2010 | Adventist World
15
A R T I G O D E C A PA
uma revista totalmente nova, agora
denominada de Adventist World, e, em
junho, na Assembleia da Associação
Geral em St. Louis, Johnsson apresentou
a Adventist World ao pastor Paulsen, na
presença de milhares de pessoas que estavam reunidas no Edward Jones Dome.
Os planos de diagramação e distribuição
seguiram um ritmo acelerado para cumprir a data de 1º de setembro de 2005, estipulada para o lançamento da Adventist
World. A primeira edição falou sobre
a “Igreja do Subsolo” – sobre nossos
irmãos adventistas, ao redor do mundo,
que se reúnem sob circunstâncias muito
difíceis, geralmente em segredo.
Sob a liderança editorial de Bill
Knott, a Adventist World em 2007 começou a ser editada em espanhol, português e francês, e distribuída em muitas
outras regiões do mundo. A edição em
bahasa (indonésia) foi a seguinte, seguida pela edição em russo, em 2008, e a
edição em alemão, em janeiro de 2010.
A Adventist World é agora a revista mais
vastamente distribuída nos 147 anos
de história da igreja, e um dos maiores
periódicos cristãos do mundo.
Abraçando o Mundo
Uma das palavras mais populares
em nossos tempos é “global”. Se você
quer saber o que “global” significa, considere o alcance desta revista.
Embora a Adventist World seja registrada e financiada pela Igreja Adventista
da Coreia, suas equipes administrativa
e editorial estão tanto na Associação
Em Contato com a
Geral, em Maryland, como na Coreia.
Essas equipes trabalham para que, todo
mês, um milhão e meio de cópias sejam
impressas em sete idiomas, em oito
países simultaneamente para serem
distribuídas em 120 países, do Gâmbia
(África Ocidental) à Mongólia (Ásia), e
de Aruba (Caribe) ao Zimbábue (Sul da
África). Essa é uma enorme quantidade
de papel viajando ao redor do mundo,
em caminhões, aviões e ônibus; em
motocicletas e bicicletas. Na verdade, só
a impressão realizada em nossas gráficas
em Hagerstown, Maryland, representa
cem toneladas de papel. Ou seja, o
equivalente ao carregamento de quatro
caminhões, todo mês!
Isso, porém, não é tudo. A presença
da revista na Internet é uma realidade.
A Adventist World está em doze idiomas
na Web, incluindo chinês, coreano,
árabe, russo, urdu, vietnamita e outros.
Para que isso seja possível, a Adventist
World trabalha com doze tradutores e o
mesmo número de revisores espalhados
pelo mundo – de Graz, na Áustria, a
Lahore, Paquistão; de Tatuí, Brasil, a
Beirute, Líbano.
Seu trabalho, entretanto, não faria
um impacto significativo no mundo se
não fosse por cinco Webmasters nas Filipinas2 e Estados Unidos, que baixam o
material em dois servidores, localizados
em Utah e Michigan, Estados Unidos.
Esse é o significado de “global”.
É claro que a Adventist World
não é o único ministério da igreja de
âmbito mundial. A Rádio Mundial
Geralmente, a circulação de
uma revista não é computada
apenas pelo número de cópias
impressas, mas pelo número de “toques”. Em outras palavras, a revista que é comprada
por alguém, em seguida é compartilhada com a mãe, filhos, vizinhos, etc., de modo
que, geralmente, a mesma revista é lida por quatro ou mais pessoas. Se calculados os
“toques”, a circulação de dez mil revistas pode facilmente saltar para quarenta mil. A
Adventist World não é diferente. Soubemos que, especialmente na África, cada revista
recebe, no mínimo, entre cinco a dez “toques”. Isso significa que as cópias impressas
da Adventist World podem atingir até quinze milhões de pessoas no mundo! O sucesso
da revista é tal que ela pode ser encontrada tanto em lares adventistas como em não
adventistas, em hotéis, consultórios médicos, comércio e muito mais.
Adventist World
16
Adventist World | Junho 2010
Adventista(AWR) e o Hope Channel
(Canal de TV da igreja) são ministérios
mundiais e ambos estão expandindo
sua presença ao redor do planeta. A
revista trabalha lado a lado com esses
parceiros de ministério, em íntima
sintonia, e nunca ao contrário. Trabalha
com a AWR promovendo nossa página
da Web no Vietnã, pelas ondas do rádio.
A Adventist World promove sua página
da Web no Hope Channel para despertar nos telespectadores o interesse em
ler a revista em sua própria língua.
Pela primeira vez na história, esta
revista possui os recursos e ferramentas
para um alcance global. Ela pode ser
vista e lida potencialmente por cerca de
quatro bilhões de pessoas. A Adventist
World tem o compromisso de maximizar seus recursos de modo a causar um
impacto global, levando a mensagem do
evangelho a todo o mundo.
Orações e Cartas Caem
como Folhas
Vislumbramos os frutos desse empreendimento global pelo número de
cartas e pedidos de oração que chovem
como folhas, todos os meses. Os leitores
escrevem dizendo que estão orando por
tal pessoa, ou que foram particularmente tocados por esse ou aquele artigo.
Como no caso de Hulda Mamani,
do Brasil, que escreveu: “Sempre espero ansiosamente pelo próximo exemplar da Adventist World, e a primeira
coisa que procuro são as histórias
missionárias. Fico muito emocionada
quando leio tais histórias e não consigo evitar as lágrimas quando vejo o
poder de Deus operando na vida das
pessoas.” Ela relata como o artigo de
Loren Seibold, “Elas não têm Culpa”
(outubro 2008) a levou a pensar em
como poderia ajudar o tipo de pessoas
mencionadas no artigo. Segundo
Mamani, ela está “esperando o chamado de Deus para realizar um trabalho
similar, e histórias como essa e outras
enchem minha alma de entusiasmo
para trabalhar por outras pessoas.”
As opiniões têm aumentado ao
longo do tempo. Greta Ansombe, de
Watford, Inglaterra, escreve: “Há muito
tempo, tenho a intenção de agradecer
Qual é Seu
Conteúdo?
ao pastor Mark Finley pelos estudos
bíblicos que ele prepara para a Adventist
World. Eles foram imensamente úteis
para mim e um grande benefício para
meu pai, que faleceu recentemente, aos
98 anos de idade.
“Nos últimos anos, ele estava começando a lutar contra a diminuição da
lucidez. Ele também estava obcecado
com sentimento de culpa por coisas que
havia feito durante a vida, temendo que
elas o separassem de Deus. ... Pude ler
para ele, várias vezes, os estudos bíblicos do pastor Finley. Ele foi capaz de
compreedê-los, tal sua simplicidade de
estrutura, e foi confortado pela Palavra
de Deus. Ao mesmo tempo, recebi conforto e ânimo ao ver meu pai animado.”
Os pedidos e comentários são frequentes, mas, às vezes, os leitores escrevem oferecendo ajuda. Calvin Achieng
foi muito tocado pelas experiências de
membros publicadas na revista. Queniano de nacionalidade, ele está estudando
na Universidade Médica Dalian, na
China. Em seu primeiro ano ali, Acheing
escreveu para a Adventist World (dezembro 2009), pedindo que a revista lhe
enviasse palavras de encorajamento e outros materiais espirituais, pois ele estava
encontrando dificuldade para localizar
uma igreja adventista. A Adventist World
enviou-lhe uma resposta e publicou sua
Seu primeiro exemplar (setembro de 2005) lançou um padrão que tem
sido seguido ao longo dos primeiros cinco anos: um artigo de capa especial,
geralmente sobre a expansão da missão da igreja e do testemunho; uma
seção substancial de notícias, reportando eventos que afetam os dezessete
milhões de membros da igreja; um artigo devocional inspirador; um estudo
bíblico produzido pelo evangelista Mark Finley; uma coluna de Perguntas
Bíblicas escrita pelo diretor do Instituto de Pesquisas Bíblicas, Angel
Rodríguez, e uma coluna mensal do presidente da Associação Geral. Outros
artigos populares incluem republicações de artigos de Ellen G. White, a
mensageira do Senhor, cujo discernimento e orientações foram fundamentais
para a denominação, assim como um artigo mensal sobre as vinte e oito
Crenças Fundamentais da igreja. Artigos sobre a herança adventista,
oportunidades de serviço e a vida adventista aparecem regularmente.
As cartas e os pedidos de oração dos leitores de dezenas de nações
do mundo são publicados a cada mês no Lugar
das Pessoas da Adventist World.
carta na edição de março de 2010.
Poucas semanas mais tarde, Marlene
King-Adams, da Austrália, escreveu
dizendo que já havia lecionado inglês
em Dalian e conhecia uma pessoa que
poderia ajudar Achieng a encontrar
uma igreja naquela cidade. Anchieng
já se comunicou com “Ester”, que concordou em levá-lo a uma igreja. Muito
animado, Anchieng respondeu: “Muito
obrigado, Amém, obrigado!”
A Adventist World não apenas sacia a
sede da alma, ela planta a semente! Sem
dúvida, grande parte desses pedidos
de oração vem de leitores adventistas
de muitos países.3 Uma porcentagem
surpreendente, porém, é escrita por
não-adventistas que tiveram acesso a
uma cópia da revista, às vezes no saguão
de um hotel, no mercado, ou como
brinde de um amigo. Tanto Bayissa
Gamachu como Daniel Mamo, da
Etiópia, receberam a Adventist World
e expressaram grande interesse em
aprender mais sobre nossa igreja e seu
ministério. Enquanto Gamachu recebeu
um exemplar de seu amigo, Mamo
pegou sua revista numa clínica de olhos
em Addis-Abeba. Mamo diz: “Pertenço
a uma família judia e em nossa religião
só leio o Torá (Antigo Testamento).
Gostaria que vocês me ensinassem
sobre o Novo Testamento.”
A resposta que a Adventist World
recebe dos leitores representa não apenas
o que é impresso. Foi desenvolvido um
intercâmbio, um relacionamento, com o
qual a Adventist World foi capaz de plantar, nutrir e colher pessoas para Cristo.
Pela Graça de Deus
Essas histórias e fatos servem como
testemunho das grandes obras do
Senhor, ao buscar e ir ao encontro da
humanidade, com o intuito de trazê-la
de volta para Si, para que tenham acesso
à Árvore da Vida. A equipe da Adventist
World agradece humildemente por ser
parte dos planos divinos. E, incrível
como possa ser, Deus está usando até
uma página rasgada dessa revista para
fazer a diferença no mundo.
1
Idiomas: inglês, coreano, bahasa, francês, espanhol, português
e alemão. É impressa nos Estados Unidos, Brasil, Argentina,
Austrália, Coreia, Indonésia, Alemanha e Áustria.
2
Em março de 2010, dois Webmasters da Adventist World nas
Filipinas, decidiram investir parte de seus rendimentos em um
projeto missionário da Indonésia. Viajaram para lá, financiaram
e construíram uma igreja, realizaram seminários sobre a Bíblia
frequentado por 300 pessoas. Segundo o Webmaster Raimond
Luntungan “a Adventist World tem causado um grande impacto
nas igrejas onde ajudamos e nas pessoas que encontramos ali.”
3
De junho de 2008 a março de 2009, apenas, recebemos pedidos
de oração dos seguintes 48 países e territórios: África do Sul,
Alemanha, Argentina, Áustria, Bangladesh, Belize, Bermudas,
Brasil, Camarões, Canadá, Chile, Estados Unidos, Etiópia,
Filipinas, França, Granada, Gana, Guadalupe, Haiti, Holanda,
Índia, Índias Ocidentais, Inglaterra, Libéria, Madagáscar,
Maláui, Malásia, Martinica, Maurício, México, Moçambique,
Nicarágua, Noruega, Paquistão, Paraguai, Polônia, Quênia,
República Checa, República Democrática do Congo, República
de Burundi, Seicheles, Sudão, Suíça, Tanzânia, Uganda,
Venezuela, Zâmbia e Zimbábue.
Junho 2010 | Adventist World
17
C R E N Ç A S
F U N D A M E N T A I S
NÚMERO 13
O
Remanescente
Missão impossível em tempos
Por Kim Papaioannou
✗
O
termo remanescente aparece, frequentemente, na
literatura adventista e está intimamente ligado à
nossa missão e à compreensão de quem somos
nessa fase final do grande conflito. Este artigo
explora o remanescente pela perspectiva bíblica, concentrando-se, principalmente, no texto crucial de Apocalipse 12:17.
O Remanescente Bíblico
A Bíblia, em várias ocasiões, fala de um remanescente.
Quando Deus olhou para a terra, antes de Dilúvio, só a
família de Noé era fiel (Gn 6:1-5). Quando os israelitas
fizeram o bezerro de outro, uns poucos, apenas, se recusaram
a adorá-lo (Êx 32:25, 26). Quando Acabe induziu Israel à
apostasia, somente Elias e outros sete mil não dobraram os
joelhos a Baal (1Rs 19:10-18). Quando Judá pôde retornar
do exílio em Babilônia, só alguns atenderam ao chamado de
Deus (Es 2:1-70). E quando Jesus veio à Terra, apenas o
remanescente O aceitou (Jo 1:10-13). Um remanescente,
portanto, é um grupo de pessoas que permanece fiel a Deus
quando a maioria ao seu redor acomoda sua fé.
Talvez a referência mais conhecida a esse remanescente
encontra-se em Apocalipse 12:17, onde são descritas as
características desse grupo, no contexto dos últimos dias da
história da Terra. Ele tem seis características importantes.
Característica 1: Tempo do Seu Surgimento
Apocalipse 12 resume o grande conflito entre o bem e o
mal, entre Jesus Cristo e Seus anjos (Ap 12:7) e o dragão,
Satanás e seus anjos (12:3, 7-9). São descritos quatro encontros.
Kim Papaioannou, Ph.D., nasceu na Grécia
e trabalha como professor assistente de
Novo Testamento no seminário teológico do
Instituto Internacional de Estudos Avançados,
Filipinas.
18
Adventist World | Junho 2010
Primeiro, há uma batalha no Céu (12:7-9). Segundo,
na encarnação de Jesus, o dragão tenta destruí-Lo, mas é
derrotado (12:1, 10). Terceiro, o dragão ataca a igreja,
simbolizada por uma mulher pura, e persegue-a por 1.260
dias proféticos ou anos (12:13-16). Os adventistas creem
que esse período terminou em 1798 d.C. Foi depois dessa
data que o remanescente surgiu e enfrentou o dragão no
quarto e último encontro.
Mas o remanescente de Apocalipse 12:17 emerge e
prospera nos últimos dias, em nosso tempo.
Característica 2: Identidade Distinta
O remanescente é descrito como “os restantes de sua
(da igreja) descendência”. Por definição, “remanescente”
significa uma pequena parte de algo muito maior. A descendência da mulher é numerosa, mas o remanescente constitui
apenas uma pequena parte desse todo. Hoje, há dois bilhões
de professos seguidores de Jesus. Embora o dragão odeie
todos os que têm até mesmo uma aparência de fé, sua
indignação é dirigida especificamente contra esse pequeno
grupo, o remanescente, pois, por sua fidelidade a Deus, se
distingue do resto.
Característica 3: O Testemunho de Jesus
Apocalipse 12:17 declara que o remanescente tem o
“testemunho de Jesus Cristo”. “Testemunho” ou “testemunha”
é usado na Bíblia como a confirmação ou prova de alguma
coisa.1 Essa palavra é usada frequentemente em relação à
salvação pela fé.2 A verdade de que a salvação é um dom de
Deus foi um alerta de Jesus e dos apóstolos contra o
legalismo dos rabinos e do paganismo dos pagãos. Foi,
também, o ponto convergente da Reforma contra a religião
medieval baseada em obras. Nos últimos dias, o remanescente defende essa importante verdade e anuncia o dom
gratuito de Deus à humanidade sofredora. É a graça
de Deus que dá identidade ao remanescente e o capacita a
permanecer firme.
Característica 4: Os Mandamentos de Deus
Apocalipse 12:17 ainda ressalta a obediência do remanescente aos mandamentos como uma de suas principais características: “Irou-se o dragão … e foi pelejar com os restantes da
sua descendência, os que guardam os mandamentos de Deus”.
Historicamente, os protestantes guardavam em alta estima
a lei bíblica em geral, e, em especial, os Dez Mandamentos.
Entretanto, a improvável coalizão do dispensacionalismo e o
pós-modernismo combinaram-se para
mudar isso.
O primeiro alega que os Dez Mandamentos estão no Antigo Testamento
e os declara não mais válidos. O último
rejeita a crença na verdade objetiva e é a favor da verdade
relativa e subjetiva. Contra esse cenário, Apocalipse 12:17
descreve o remanescente como obediente aos mandamentos
de Deus.
A obediência não nega a eficácia da graça de Deus. Ao
contrário, define a vontade de Deus para nossa vida. Deus
escreve Sua lei de amor em nosso coração para que a obediência se torne um estilo de vida (Jr 31:33).
Fundamental à fidelidade do remanescente é o mandamento do sábado, que relembra à humanidade a nossa lealdade
original. João toca nesse assunto outra vez em Apocalipse 14:7,
uma clara alusão ao quarto mandamento. O sábado, como
sinal entre Deus e Seu povo (Êx 31:13; Ez 20:12, 20), torna-se o
sinal que identifica o povo de Deus no tempo do fim.
difíceis
Característica 5: Papel Profético
Uma comparação entre Apocalipse 12:17, 14:8 e 19:10
mostra que o remanescente tem o Espírito de Profecia. Isso
significa duas coisas. Primeiro, o Espírito Santo foi concedido
ao remanescente para compreender as profecias bíblicas. A
Igreja Adventista nasceu quando pessoas estudavam a profecia e ainda continua encontrando importante parte de sua
identidade nas profecias bíblicas. É a compreensão singular
dos acontecimentos do tempo do fim e seu papel na tarefa
para a qual são chamados a desempenhar e que estimula
a missão adventista que hoje abrange todo o mundo, bem
como o compromisso de uma vida santa.
Segundo, significa que o remanescente deve ser guiado pelo
dom de profecia (1Co12:7-11; 2Pe 1:21; Ap 19:10). O papel
dos profetas bíblicos era prover orientação inspirada para o
povo de Deus durante conjunturas importantes na história da
salvação. Encontramos tal orientação em Ellen White, cujo ministério ajudou a dirigir a Igreja Adventista, com êxito, através
de multidões de armadilhas teológicas e organizacionais.
Característica 6: Missão
Todo remanescente bíblico teve uma missão crucial no plano da salvação. O remanescente de Apocalipse 12:17 não é uma
exceção. Ao enfrentar os ataques do dragão, deve atentar para o
conselho de Tiago: “Resisti ao diabo, e ele fugirá de vós”
(Tg 4:7). Resistência não é uma atividade passiva. Apocalipse
14:1-3 descreve o povo de Deus tomando a iniciativa de batalhar
contra o inimigo ao proclamar o evangelho eterno por todo o
mundo habitado. As boas-novas da salvação pela graça devem
ser completamente proclamadas a este mundo que sofre.
As repetidas tentativas do dragão de macular o caráter de
Deus devem ser expostas, e a beleza do que significa viver em
Cristo e para Ele deve ser não apenas pregada, mas demonstrada. O sucesso nessa missão glorifica o nome de Deus.
Conclusão
Enquanto a igreja universal é composta por todos os que
realmente creem em Jesus Cristo, Deus chamou um remanescente para proclamar uma mensagem especial nestes últimos
dias de confusão generalizada. Ele vive para proclamar o
evangelho de salvação em Jesus; obedece aos Dez Mandamentos,
inclusive o sábado do sétimo dia; mantém uma identidade
forte e distinta; compreende seu papel profético e tem a missão
de resistir ao dragão e espalhar o evangelho no mundo inteiro.
A Igreja Adventista do Sétimo Dia encaixa-se bem nessa
descrição. Esse fato, porém, não é motivo para nos sentirmos
triunfantes ou orgulhosos. Pelo contrário, ele nos lembra as
nossas imperfeições e rugas e leva o remanescente de Deus
do tempo do fim aos pés de Jesus. Que enorme tarefa! Quão
poderoso é nosso Deus!
1
2
Por exemplo, Mt 8:4; Mc 1:44; 6:11; 13:9; Jo 19:35; 21:24; 1Co 5:7; 2:1; 2Tm 1:8.
Compare com Jo 5:34; At 22:18; 1Co 1:6; 2:1; 2Tm 1:8; 1Jo 5:10; Ap 1:9.
O
Remanescente
e SuaMissão
A igreja universal se compõe de todos os que verdadeiramente
creem em Cristo; mas, nos últimos dias, um tempo de ampla
apostasia, um remanescente tem sido chamado para fora, a
fim de guardar os mandamentos de Deus e a fé de Jesus. Esse
remanescente anuncia a chegada da hora do juízo, proclama a
salvação por meio de Cristo e prediz a aproximação de Seu segundo advento. Essa proclamação é simbolizada pelos três anjos
de Apocalipse 14; coincide com a obra de julgamento no Céu e
resulta numa obra de arrependimento e reforma na Terra. Todo
crente é convidado a ter uma parte pessoal neste testemunho
mundial. (Ap 12:17; 14:6-12; 18:1-4; 2Co 5:10; Jd 3, 14; 1Pe 1:16-19;
2Pe 3:10-14; Ap 21:1-14.)
Junho 2010 | Adventist World
19
S E R V I Ç O
I
magine-se navegando pelo Mar
Mediterrâneo. Não importa em
que direção você olhe, estará
cercado por países que formam
a Divisão Euro-Africana. A costa sul
alcança o extremo norte da África, ao
norte e oeste está o coração da Europa,
a leste estendem-se a Turquia,
Afeganistão e o Irã.
Como os nobres Alpes esculpidos
em toda sua paisagem, a Divisão EuroAfricana é enorme. Abrange 27 países,
cada um com sua própria mistura de
idiomas, religiões e culturas. O desafio
da missão também é imenso. Mais de
590 milhões de pessoas vivem nessa
região do mundo. Milhões, entretanto,
nunca tiveram a oportunidade de
conhecer Jesus.
Princípio Humilde
A obra Adventista do Sétimo dia
começou oficialmente na Europa, em
1874, quando os crentes na Suíça pediram à igreja da América do Norte que
enviasse um missionário. John Nevins
Andrews foi a escolha lógica. Ele não
era apenas um ministro e evangelista,
mas um dos principais estudiosos adventistas de seus dias.
O ex-presidente da Associação Geral
de 45 anos de idade possuía um trabalho ético aparentemente incansável.
“Conheço apenas uma maneira”, escreveu Andrews. “Encontrar um campo de
trabalho, pedir a ajuda de Deus, tirar
o casaco e mergulhar no trabalho.” O
filho e filha de Andrews, Charles e Mary,
trabalhavam ao lado do pai, traduzindo,
editando e compondo os tipos para
a versão em francês da revista Sinais
dos Tempos. Os efeitos do seu trabalho
foram refletidos ao redor do mundo.
A revista deu à luz novas congregações
adventistas em três continentes. Milhares de missionários, inspirados por seu
trabalho, seguiram seus passos.
Hoje, há cerca de 176 mil membros
na Divisão Euro-Africana, numa
proporção de um adventista para cada
3.400 pessoas. O crescimento da igreja
é constante, mas lento. Ainda há muitos
20
Adventist World | Junho 2010
Nenhum
Desafio é
Demais
Os adventistas usam a criatividade para
compartilhar o evangelho
desafios para cumprir a missão nesse
território tão diverso. O bloco de países
pós-comunistas que um dia abraçou
o evangelho está, rapidamente, se
tornando secular. Em alguns países não
cristãos, é difícil falar do evangelho e
pode ser até perigoso. Nos países ricos,
geralmente as pessoas acham que não
precisam de Deus.
“Temos uma sociedade muito secularizada, e isso afeta a sociedade da igreja
também”, diz Mário Brito, diretor de Missão Global para a Divisão Euro-Africana.
“Não é fácil evangelizar as pessoas que
pensam que não precisam de Deus, que
não precisam de religião. Devemos encontrar estratégias para contornar todos
os preconceitos das pessoas.”
Laços Familiares
Localizada entre a França, Alemanha
e Holanda, a Bélgica é uma das nações
mais industrializadas da Terra. Entretanto, a Associação Belgo-Luxemburgo
possui menos de dois mil membros,
com a proporção de apenas um
adventista para cada 5.700 pessoas, tornando-o um campo de missão difícil.
Aparentemente, poucas pessoas estão interessadas em religião. Há, porém,
um grupo no qual a igreja tem crescido
rapidamente: milhares de imigrantes
mudaram-se para Bruxelas em busca de
uma vida melhor. A Igreja Adventista
tem plantado congregações entre vários
grupos de diferentes idiomas.
Uma pessoa cuja vida foi tocada por
esses plantadores de igreja é Gilmara
Aragoa. Um amigo convidou o esposo
de Gilmara para uma igreja de fala portuguesa. Ele se tornou membro e pediu
a Gilmara que o acompanhasse. Ela disse que apoiava a sua decisão, mas não
prometeria nada. Gilmara nunca havia
ouvido falar dos Adventistas do Sétimo
Dia, mas quando visitou a igreja, ficou
impressionada com seu compromisso
com as Escrituras e seu amor incondicional. A seu tempo, Gilmara entregou
o coração a Jesus.
“Foi uma transformação maravilhosa, especialmente em minha família”, diz
Gilmara. “Antes, éramos uma família,
mas não éramos completos. Agora
somos uma família de verdade, como
deveríamos ser. Amamo-nos uns aos
outros. Isso fez uma incrível diferença
em nossa vida.”
As igrejas multilíngues estão crescendo rapidamente. Muitos grupos,
porém, não têm condições financeiras
para comprar ou alugar sua própria
igreja. Eles se reúnem com outras congregações, compartilhando um espaço
limitado. Parte das ofertas do décimo
terceiro sábado deste trimestre ajudará
Por
Laurie Falvo
CONTE MAIS: A maioria dos alunos da Escola Fundamental
Adventista da Madeira vem de lares não adventistas.
Por isso, frequentemente, eles contam para a família o que
aprenderam sobre Jesus na escola.
a prover igrejas para, pelo menos, duas
dessas congregações de idioma estrangeiro, em Bruxelas.
Derrubando Barreiras
A Bulgária é uma pequena república
no sudeste da Europa, localizada entre a
Grécia, Romênia e o Mar Negro.
A mensagem adventista foi introduzida na Bulgária nos anos 1890, por
adventistas alemães. A igreja permaneceu forte através dos anos de domínio
comunista e, em 1990, foi oficialmente
reconhecida pelo governo. Hoje, a igreja
cresce mais rápido na Bulgária do que
em muitos outros países da Europa.
Com 7.600 membros, uma pessoa de
cada mil é adventista do sétimo dia.
Um grupo no qual a igreja tem
crescido rapidamente é o povo romeno.
Russin Russinov é um pastor adventista
do sétimo dia que trabalha entre os
romenos de Kyustendil. Sendo ele mesmo romeno, Russinov visita as pessoas
em seus lares para participar de uma
refeição, orar ou estudar a Bíblia com
eles. Algumas das pessoas para as quais
ministra são de clãs rivais. Recentemente, a família de um clã convidou-o para
visitá-los em sua casa.
“Eles disseram: ‘Temos brigado uns
com os outros há muitos anos’, lembra
Russinov. ‘Mas gostaríamos que nossos
S E D E
D A
M I S S Ã O
A D V E N T I S TA
filhos vivessem em paz. Não conseguimos isso por nós mesmos. Você acha
que Deus pode intervir?’”
Russinov orou com a família e pediu
que o Espírito Santo mudasse o coração
deles. Ele também orou com os membros do outro clã. Pela primeira vez, em
anos, essas pessoas experimentaram a
paz de Deus. Muitos já entregaram seu
coração a Jesus.
A congregação romena está se espalhando por toda Bulgária. Muitos, entretanto, não têm um lugar próprio para
realizar seus cultos. Parte das ofertas do
décimo terceiro sábado deste trimestre
ajudará a construir uma igreja para os
crentes romenos, que estão se reunindo
em um estabelecimento comercial.
Eles esperam, em breve, ter um prédio
simples, para onde possam convidar seus
amigos e vizinhos a fim de adorar a Deus.
Para as Crianças
A oeste da Espanha, está o ensolarado
país de Portugal, lar de mais de dez
milhões de pessoas. Embora haja
cidades modernas no país, a maior
parte da população vive em pequenas
cidades e vilas.
A obra adventista começou em
Portugal em 1904, e hoje há ali mais de
9.300 membros, na proporção de cerca de
um adventista para cada 1.100 pessoas.
Madeira é a maior de um pequeno
grupo de ilhas situado a cerca de mil
quilômetros a sudoeste de Lisboa. Apenas
trezentos membros ativos vivem nessa
ilha, embora a igreja esteja causando um
impacto positivo por sua escola de ensino
fundamental. Noventa por cento das
crianças que frequentam a Escola Fundamental Adventista da Madeira conhece
muito pouco de Deus, fazendo com que a
escola seja verdadeiramente missionária.
Natérica Ferreira é uma professora
que tem visto, em primeira mão, o papel
desempenhado pela escola na tarefa de
compartilhar o evangelho em sua comunidade. “Quando lemos a Bíblia, quando
oramos, quando contamos às crianças
o que Jesus fez quando estava aqui, eles
vão para casa e contam às famílias o
que aprenderam”, diz Ferreira. “Então as
famílias vêm e fazem perguntas sobre o
que estamos ensinando a eles.”
A Escola Fundamental Adventista
da Madeira é conhecida por seu forte
programa acadêmico e mantém uma
longa lista de alunos esperando por
uma vaga. Mas, para acomodar essas
crianças, a escola precisa reformar suas
instalações para cumprir as exigências
do governo. Parte das ofertas do décimo
terceiro sábado deste trimestre ajudará a
reformar essa escola para que continue a
brilhar para Deus.
A Divisão Euro-Africana enfrenta
enormes desafios para cumprir sua
missão. Deus, porém, é maior do que
qualquer obstáculo. Suas orações e apoio
generoso com as ofertas no décimo terceiro sábado podem fazer uma diferença
eterna. Por favor, doe generosamente.
Para saber mais sobre os desafios e
oportunidades da missão adventista,
visite www.AdventistMission.org.
Laurie Falvo é gerente
de projetos de
comunicação para a
Missão Adventista na
sede mundial da Igreja Adventista do
Sétimo Dia, em Maryland, EUA.
Junho 2010 | Adventist World
21
N I G E L
C O K E
A RT I G O E S P E C I A L
Pensando
estrategicamente
sobre a educação
adventista
J
Esquerda: Muita energia na
Escola Preparatória Adventista
das Índias Ocidentais, em
Mandeville, Jamaica
Abaixo: TRABALHO DURO:
Subcomissões reúnem-se
para definir a nova iniciativa
de educação da Divisão
Interamericana. Destaque:
Sorrisos na Universidade de
Montemorelos, México.
Vamos
Trabalhar
Por Ella S. Simmons
ohn M. Fowler, diretor-associado do Departamento de
Educação na sede da Associação Geral, irá jubilar-se este
ano, após 51 anos de serviço. Ele conta como a educação
adventista mudou sua vida dando-lhe rumo.
22
Adventist World
J O S E
Recentemente, viajando para a cidade de sua infância,
John entrou num ônibus superlotado. Enquanto tentava se
equilibrar, o ônibus fez uma curva fechada, fazendo com que
os passageiros se chocassem uns nos outros. John acabou
ficando próximo a um passageiro com um rosto familiar.
Era o rosto de um dos seus amigos de infância. Muito tempo
havia se passado desde que se viram pela última vez, e ambos haviam mudado muito.
Mesmo assim, ele tinha certeza de que aquele era
mesmo o seu amigo. Era alguém que havia vivido com ele
todas as privações e alegrias de sua pequena cidade.
Ele nunca o esquecera. O grupo de amigos de
infância de John era responsável e decente,
e tinha sido muito próximo durante toda a
juventude. O pequeno grupo fazia quase
tudo em conjunto. No entanto, depois do
ensino médio, afastaram-se uns dos outros e optaram por diferentes caminhos
e valores na vida. Embora não pensasse
muito sobre essas mudanças, nesse
dia John Ficou cara a cara com
essa diferença de perspectiva.
John tinha certeza de que
esse era seu amigo de infância. O
homem, porém, não lhe respondia com nenhum sinal de
R O M E R O
Educação Adventista em Ação
que o reconhecia. De repente, o amigo deu sinal para descer na
próxima parada. Entretanto, quando estava descendo do ônibus,
ele se virou rapidamente para trás, colocou algo na mão de
John, desceu sem falar uma palavra e desapareceu no meio da
multidão. Sumiu de sua vista, mas não do pensamento.
Quando John desistiu de procurá-lo entre as pessoas, olhou
para o objeto que o amigo colocara na mão. Para seu espanto,
era sua própria carteira. O velho amigo o havia roubado quando se esbarraram um no outro. Talvez esse tenha sido o motivo
de ele ter se recusado a reconhecê-lo. Seu bom amigo, com
quem ele havia crescido, havia roubado sua carteira.
John não podia aceitar o fato de que seu amigo era um
batedor de carteiras. Ele imaginava o que teria levado seu
amigo a esse nível, tão diferente do seu. John havia se tornado
um pastor e educador, enquanto seu amigo se tornara um
ladrão. O que fez a diferença?
John crê que a diferença foi a educação adventista. Após o
ensino médio, ele aceitou Cristo e se tornou adventista do sétimo
dia. Recusou várias bolsas de estudo para universidades famosas,
a fim de frequentar o Spicer College, uma escola adventista. Seu
amigo rejeitou a Cristo e seguiu o caminho típico em direção a
uma carreira profissional, buscando fama e fortuna. Isso era o
que comumente se esperava. John, entretanto, diz que, na Escola
Adventista, aprendeu uma nova visão do mundo.
É certo que não há garantias, mas a história de John
Fowler é uma das muitas histórias de sucesso da educação
adventista. Ela ensina valores.
Comprometendo-se com a Educação Adventista
Em um mundo de tantas promessas e expectativas, temos
que nos comprometer com a educação adventista. A Divisão
Interamericana (IAD) mostra um exemplo desse comprometimento. Os líderes da IAD querem aumentar o número de
histórias de sucesso da educação adventista em seu território.
A Divisão quer aumentar nas comunidades sua rede de
profissionais bem treinados, capacitados, e de discípulos
dispostos a dedicar seus talentos ao Senhor, assim como John
Fowler fez, 51 anos atrás.
Assim, no dia 4 de novembro de 2009, a liderança da
IAD deu passos ousados, sem precedentes, em direção a uma
reforma profunda em seu sistema educacional, desde o ensino
fundamental ao universitário. Após alcançar seu alvo estratégico de crescimento em número de membros e financeiro
pelos últimos dez anos, ela agora volta sua atenção e recursos
para a educação, no início de um novo plano estratégico para
os próximos cinco anos.
Outros planos estratégicos no passado resultaram em
tremendo crescimento, de 1,5 milhões de membros em 2000,
para cerca de 3,2 milhões hoje. Israel Leito, presidente da
IAD, relata que “as finanças da divisão sofreram crescimento
astronômico” na última década. Os dízimos cresceram
mais do que o dobro, passando de US$92.643.763 para
US$195.346.307 dólares, um crescimento de 211 por cento.
As ofertas aumentaram de US$5.586.594 para US$12.909.956
dólares, ou 231 por cento.
M O N T E M O R E LO S
U N I V E R S I T Y
Reorientação do Pensamento Estratégico
Seguindo um estudo cuidadoso, os líderes da IAD perceberam um desequilíbrio entre o crescimento no número de
membros e as matrículas de jovens e crianças adventistas nas
suas escolas e universidades. Na realidade, descobriram que
estava havendo perda de matrículas no ensino fundamental,
pequeno aumento no ensino médio e nenhuma mudança no
nível universitário. Descobriram, também, que as matrículas
de alunos não adventistas aumentaram. Perceberam que as
matrículas de alunos adventistas na IAD estavam atrás da
média da igreja mundial. Isso exigiu coragem e criatividade
para planejar para o futuro.
Os líderes da divisão enfrentaram vários desafios na educação
e estabeleceram alvos para a igreja, pais, escolas e líderes, a fim de
vencer esses desafios. Todas as partes envolvidas têm que trabalhar juntas para que uma dramática mudança seja possível.
A liderança regional da igreja está sendo desafiada a
(1) solicitar às autoridades da igreja mundial que estudem a
possibilidade de incorporar a Educação Adventista às crenças
fundamentais; (2) estabelecer um novo modelo educacional
desde a pré-escola até o terceiro grau, considerando os elementos físicos, acadêmicos, estudantis e financeiros, incluindo
o salário dos professores; (3) adotar eventos para reflexão e
instrução sobre a filosofia da Educação Adventista; (4) fortalecer
os alunos universitários, tanto internos como externos, usando
o modelo integral de formação; e (5) promover experiências
curriculares e extra-curriculares por meio de um plano mestre
espiritual para fortalecer a vida espiritual de cada instituição.
Espera-se que os pais disseminem a filosofia da Educação
Adventista entre os membros da igreja para promover a compreensão e confiança no trabalho das instituições de ensino.
As escolas devem desenvolver a descrição nas ações formativas em relação ao perfil de seus ex-alunos, o qual inclui o ensino
de princípios morais profundos e espírito empreendedor.
Os líderes (1) devem enfatizar a integração da fé de modo
que seja efetivamente percebida pelos alunos, com base no
trabalho entusiástico dos professores, (2) atualizar o perfil
denominacional para os professores e (3) transmitir a visão
da Educação Adventista caracterizada pela mensagem de Deus
como Criador e mantenedor de nosso meio ambiente.
A IAD destinou, aproximadamente, oito milhões de
dólares para alvos estratégicos para os próximos cinco anos e
determinou que oitenta por cento dessa soma seja destinada
à educação. Além de infraestrutura, professores, currículo e
instrução, os recursos serão usados para empréstimos estudantis e subvenções, coordenação de programas educacionais
e reciclagem para os professores.
Ella S. Simmons é vice-presidente da Igreja
Adventista do Sétimo Dia, com sede em
Silver Spring, Maryland, E.U.A. Como
educadora de longa data, é apaixonada pelo
grande potencial da Educação Adventista.
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A RT I G O E S P E C I A L
Estratégias para Elevar o Nível da Educação
Os compromissos da divisão para elevar a educação enfatizam o melhoramento do ambiente de aprendizado, equipe, currículo e salário dos professores. Isso requer um novo plano para
a educação informal e uma biblioteca virtual para enriquecer os
cursos de mestrado e doutorado e para a criação de pelo menos
uma “super-sala de aula” com a tecnologia mais avançada.
Todas as universidades da IAD estão sendo desafiadas a
ampliar sua oferta de cursos. Todas devem oferecer cursos
de mestrado em todas as áreas e departamentos. Todas estão
sendo desafiadas a oferecer no mínimo um programa doutoral,
além da área teológica. A IAD oferecerá um credenciamento
em teologia, em parceria com a Universidade Griggs, em nível
de graduação, para os alunos cujos trabalhos e responsabilidades os impedem de completar sua formação em um campus.
Myrna Costa, presidente da Universidade Adventista das
Antilhas e presidente do Centro de Educação da IAD, observa: “Quando a educação a distância é devidamente estruturada e aplicada da maneira correta, a assimilação de conteúdo e
experiência de aprendizado ocorre do mesmo modo que em
sala de aula regular, inclusive a integração com a aprendizado
da fé.” Mais adiante, Costa afirma que a educação a distância
é uma avenida para impactar positivamente o sistema educacional para compartilhar o evangelho nos três principais
idiomas do território: espanhol, inglês e francês.
As universidades devem padronizar o currículo e tornar
possível aos estudantes de teologia uma mudança suave de
uma universidade para outra, para aprender diferentes idiomas e as diferentes culturas da IAD, sem perda de tempo.
Iniciativas Estratégicas para o Ensino
Fundamental e Médio
A IAD requererá que as universidades prestem mais atenção ao ensino fundamental e médio. A segmentação da educação por níveis não está produzindo os resultados desejados.
Para resolver esse problema e para um envolvimento mais
direto da divisão, a IAD colocou no orçamento a contratação
de um diretor-associado para seu Departamento de Educação, que é especialista em ensino fundamental e médio.
A IAD também adaptará seu regulamentos para prover
maior apoio financeiro para os cursos fundamental e médio,
estrutura física, materiais e para a preparação e treinamento
de professores, incluindo aumento de salário. Uma característica singular do plano provê um salário/bônus para o
“melhor professor do ensino fundamental” e um bônus pelo
recrutamento de aluno.
Escrevendo Outra História de Sucesso
Os líderes da IAD esperam que o mesmo sucesso que
alcançaram no aumento do número de membros, finanças e
organizações, seja repetido na educação. Moisés Velazquez,
diretor de educação da IAD, sente que “se melhorarmos
a qualidade de nossas escolas e a estrutura de seus campi,
provendo as ferramentas necessárias para nossos professores,
aumentando seus conhecimentos …, as igrejas apoiarão mais
nossas escolas e enviarão os filhos para estudar nelas”. Afinal
de contas, a educação está intimamente ligada com a salvação.
A vida de John Fowler comprova isso. Ele dá o crédito à
educação adventista, que tem o desafio de fazer algo mais do
que simplesmente escalar uma carreira profissional e apenas
viver uma vida decente. Ele diz que aprendeu, na educação
adventista, as três lições mais importantes da vida, inclusive o
fato de que não somos um acidente da evolução, mas intencionalmente planejados por um amorável Deus Criador. Ele
também tem certeza de que a vida tem um significado e um
destino e que não estamos sós – Deus está conosco e trabalha
em nós.
Se essa verdade for lembrada, certamente outra história
de sucesso será escrita no território da IAD e ao redor do
mundo.
Planejando
Estrategicamente ao Redor do Mundo
A seguir, sete passos úteis para que
líderes e membros de igreja pensem estrategicamente sobre educação e apliquem
seus planos em seu contexto específico.
1. Adminsitradores e membros das
comissões devem se engajar em planejamento estratégico: criando uma visão e
definição de contexto, objetivos gerais
e as prioridades para o planejamento
estratégico e tomada de decisão –
24
Adventist World | Junho 2010
pensamento e visão de conjunto.
2. Os administradores devem garantir e
alocar recursos para apoiar as prioridades
estratégicas – buscar recursos.
3. Educadores, tanto administradores
como professores, devem desenvolver
planos de ação dos objetivos e tarefas –
torná-los reais.
4. Tanto o pensamento como o
planejamento estratégico devem ser
transparentes, abertos para todos
verem – que todos participem.
5. A missão da igreja deve guiar a
missão e planos da Educação Adventista –
vamos todos ler o mesmo livro.
6. Os administradores e educadores
devem igualmente ser avaliados por
meio de apreciação e avaliação
para atingir os resultados previstos –
ser responsáveis.
7. O pensamento e planejamento
estratégicos devem centrar-se nos
resultados para atingir a missão da
Educação Adventista – vamos fazê-lo!
E S P Í R I T O
N
ossos ministros devem ir avante e proclamar a mensagem da
verdade presente para os que
não a ouviram ainda. Nossas igrejas
não deveriam sentir ciúmes ou sentirse negligenciadas se não receberem
assistência ministerial. Deveriam, elas
mesmas, assumir a tarefa e trabalhar
diligentemente pelas pessoas. Os crentes
As Pequenas
Coısas...
Por Ellen G. White
…podem levar a grandes resultados
devem ter raízes firmemente arraigadas
em Cristo, para que possam dar muitos
frutos para Sua glória. Como um único
homem, devem lutar para alcançar um
objetivo, a salvação das almas.
Os membros da igreja não devem
esperar por uma ordem verbal para assumir o trabalho de Deus. Eles sabem qual
é seu dever. Deixe que façam a obra com
humildade e tranquilidade. Há centenas
que deveriam estar trabalhando, mas
precisam ser encorajados a começar.
Deixe que os membros da igreja
comecem a trabalhar onde estão. Em
todos os lugares há pessoas que não
conhecem a verdade. São necessários
homens humildes, que desejem fazer
sacrifícios para trabalhar como Cristo
trabalhou. O Senhor chama trabalhadores dispostos ao auto-sacrifício, que
trabalhem discretamente e em silêncio,
que permaneçam tão perto do Senhor
de modo que recebam graça e possam
transmiti-la. Ao assumirem seu trabalho
com seriedade e sinceridade, pedindo
ao Senhor tato e habilidade, corações
serão alcançados por seus esforços.
Não é o propósito de Deus que
seja deixada para os ministros a maior
parte do trabalho de semear a semente
da verdade. Os homens que não foram
chamados para o ministério do evangelho, devem ser encorajados a trabalhar
A N T O N I O
J I M É N E Z
A L O N S O
para o Mestre segundo suas muitas
habilidades. Centenas de homens e mulheres que estão desocupados poderiam
fazer um bom trabalho. Poderiam fazer
grande trabalho para o Mestre, levando
a verdade para os lares de seus amigos
e vizinhos. Deus não faz acepção de
pessoas. Ele usará cristãos devotos e humildes que têm em seu coração o amor
pela verdade. Deixe que tais pessoas se
engajem no serviço para Ele, fazendo
o trabalho de casa em casa. Sentado ao
lado da lareira, tal homem, se humilde,
discreto e piedoso, pode fazer mais
para satisfazer as reais necessidades das
famílias do que um ministro.
O Senhor tem um trabalho, tanto
para mulheres como para homens.
Eles devem tomar seus lugares no Seu
trabalho nessa crise, e Ele trabalhará por
eles. Se estiverem imbuídos com o senso
do dever e trabalharem sob a influência
do Espírito Santo, terão o autocontrole
necessário para esse momento. O Salvador refletirá a luz do Seu rosto sobre
as mulheres que se sacrificarem, e lhes
dará poder superior ao dos homens.
Elas podem realizar um trabalho com as
famílias que os homens não podem, um
trabalho que atinja o interior das pessoas.
Podem se aproximar do coração daqueles
a quem os homens não podem alcançar.
O trabalho delas é muito necessário.
D E
P R O F E C Í A
Não é bom, minhas irmãs, que
esperemos por mais oportunidades ou
uma disposição mais santa. Seremos
indesculpáveis se permitirmos que os
talentos dados por Deus se enferrujem
pela inércia. Cristo pergunta: “Por que
você está inativo o dia todo?” Consagremos tudo o que temos e somos a Ele,
crendo em Seu poder para salvar e tendo confiança de que Ele nos usará como
instrumentos para fazer Sua vontade e
para glorificar Seu nome.
Meus irmãos e irmãs, não ignorem
as pequenas coisas, procurando por
obras maiores. Vocês podem realizar com
sucesso o pequeno trabalho e talvez falhar
completamente num trabalho maior,
ficando desanimados. Assuma qualquer
trabalho que estiver por fazer. Dando o
melhor de si no que suas mãos encontrarem para fazer, seus talentos e aptidões
serão desenvolvidos para uma obra maior.
É desprezando as oportunidades diárias
e negligenciando as pequenas coisas, que
muitos se tornam infrutíferos e sem vida.
Há muitas maneiras de realizar um
serviço pessoal para Deus. Alguns podem escrever uma carta para um amigo
distante ou enviar uma revista para
quem está interessado na verdade. Outros podem dar conselhos para os que
estão em dificuldades. Os que sabem
como tratar os doentes podem ajudar
dessa maneira. Outros que têm a qualificação necessária podem fazer leituras
da Bíblia ou dirigir cursos bíblicos.
O trabalho mais simples e modesto
deve ser detectado e realizado entre as
igrejas. Se os membros unidos aceitarem esses planos, e realizá-los perseverantemente, colherão rica recompensa,
pois sua vida brilhará ainda mais, suas
habilidades serão aprimoradas e, por
seus esforços, almas serão salvas.
Esse artigo foi publicado pela primeira
vez na The Advent Review and Sabbath
Herald, de 26 de agosto de 1902. Os
Adventistas do Sétimo Dia creem que
Ellen G. White (1827-1915) exerceu o
dom de profecia bíblico durante mais de
setenta anos de ministério público.
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P E R G U N TA S B Í B L I C A S
P E R G U N T A : Por
que as Escrituras,
especialmente os salmos, mencionam a palavra
“manhã” com tanta frequência?
O
Antigo Testamento emprega dois termos importantes
do hebraico para “manhã”: boqer, referindo-se e
shachar, designando os primeiros raios de luz da
aurora. Um rápido estudo de cada termo é muito enriquecedor, tanto espiritual quanto
teologicamente.
1. Associado com a Dinâmica da Vida: A aurora é a
transição do descanso para a
ação. É como se, ao alvorecer,
houvesse uma explosão de
vida no planeta. A natureza
é renovada (Sl 90:6; Is 17:11);
os seres humanos trabalham
nos campos (Ec 11:6), constroem (Nm 4:21), viajam
(Gn 24:54), vão para a guerra
(Js 8:10) e se submetem à
vontade de Deus para com
eles (Gn 22:3). A vida humana
é energizada pela manhã, é
reativada; é um novo começo.
Isso, porém, só é possível
porque Deus também está totalmente ativo pela manhã. Seu
amor e compaixão “renovam-se cada manhã” (Lm 3:23).*
O Novo Testamento relata que algo glorioso e singular
aconteceu pela manhã: Jesus saiu vivo da tumba (Mt 28:1;
Lc 24:1-3)! Por causa dEle, a manhã é sempre associada com
vida e luz.
2. Tempo para Adoração: Uma vez que a manhã está associada à vida, é considerada como o tempo em que o povo de
Deus deve adorá-Lo. Por isso, lemos: “De manhã ouves, Senhor, o meu clamor; de manhã Te apresento a minha oração e
aguardo com esperança” (Sl 5:3; cf. 88:13). O salmista louvava
a Deus e proclamava Seu amor “pela manhã” (92:1,2), quando os sacerdotes, no Templo, ofereciam o sacrifício da manhã
e a nação, coletivamente, adorava ao Senhor (Lv 6:12).
Mas a manhã também era o tempo para a adoração nos lares
(Jó 1:5). Novos começos eram momentos de fazer nova
dedicação da família ao Senhor
3. Associado com Deus como Juiz: É pela manhã que
Deus revela Sua justiça. Ele ordenou ao rei: “Administrem
justiça cada manhã” (Jr 21:12). O oprimido sofria durante
a noite, mas aguardava com esperança pela manhã, quando
o rei viria julgá-lo e absolvê-lo. Essa imagem é ampliada
para Deus como juiz universal, que “é justo e jamais comete
injustiça. A cada manhã, Ele ministra Sua justiça, e a cada
novo dia, Ele não falha” (Sf 3:5). Assim, é pela manhã que
Deus nos examina e nos julga a fim de nos absolver e livrar,
e para conceder aos pecadores o que legalmente merecem
(Nm 16:5; Js 7:14, 16).
4. Fim das Trevas e da Noite: O mal pode se pronunciar
durante a noite, mas ele termina quando a manhã chega. Nas
trevas, os comportamentos
imorais são praticados
(Pv 7:18; Jz 19:25) e o
inimigo de Deus conspira
contra Seu povo (Is 17:14).
Mas é também durante a
noite que Deus os derrota;
por isso, a manhã é identificada como o momento
em que Seu poder salvador
é revelado (2Rs 19:35;
Gn 19:27,28).
Por
Certamente os escritores
Angel Manuel
bíblicos sabiam que “o choro
Rodríguez
pode persistir uma noite”,
mas também compreendiam
que “de manhã irrompe
a alegria” (Sl 30:5). Eles
conheciam a complexidade
da existência humana, e mesmo assim diziam: “Mas eu
cantarei louvores à Tua força; de manhã louvarei a Tua
fidelidade, pois Tu és o meu alto refúgio, abrigo seguro nos
tempos difíceis” (Sl 59:16). A frase “de manhã” aponta em
direção a um tempo em que haverá um novo começo, só
possível por meio da ressurreição de Jesus, quando a vida
florescerá em toda a sua beleza e glória; quando os seres
humanos poderão cantar louvores ao Senhor e adorá-Lo
como a própria fonte da vida. Ela também indica para um
tempo em que a noite do pecado e da morte findará e a
aurora da consumação de nossa salvação se tornará realidade. Será pela manhã que a obra de julgamento de Deus
vindicará Seu povo e renovará Sua criação. Isso acontecerá
quando Jesus, “a resplandecente Estrela da Manhã”,
aparecer (Ap 22:16).
Meditação
de
Manhã
26
Adventist World | Junho 2010
*As citações bíblicas deste artigo são da Nova Versão Internacional (NVI)
Angel Manuel Rodríguez é diretor do Instituto de Pesquisas
Bíblicas da Associação Geral.
E S T U D O
B Í B L I C O
Partindo o
Por Mark A.
Finley
Coração
de
deus
Alguma vez você já se perguntou se Deus chora? Será que Ele Se comove com a dor e a pobreza
do mundo, o sofrimento e tristeza, as desilusões e terror, as calamidades e conflitos?
A Bíblia ensina que Deus Se comove profundamente quando Seus filhos enfrentam
tragédias. O profeta Isaías afirma: “Em toda a angústia deles, foi Ele angustiado” (Is 63:9).
Deus chorou no dia em que o pecado entrou no mundo; Seu coração foi partido e nunca
será totalmente recuperado até o dia em que o pecado for eliminado para sempre.
Nesta lição, estudaremos os efeitos do pecado sobre Deus, sobre o nosso planeta e toda a
humanidade. Descobriremos que o coração de Deus transborda com um amor incompreensível.
1.
Assim que terminou a semana da criação, que declaração fez Deus? Leia o texto a
seguir e circule duas palavras que descrevem a incrível alegria de Deus ao olhar o
planeta que tão maravilhosamente fizera.
“Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom” (Gn 1:31).
Quando Deus criou este mundo e declarou ser “muito bom”, todos os seres celestes
“alegremente cantavam, e rejubilavam todos os filhos de Deus” (Jó 38:7). O coração de
Deus se encheu de alegria ao olhar o maravilhoso mundo que criara. Era o propósito dEle
que todas as Suas criaturas experimentassem essa mesma alegria para sempre. A
doença, o sofrimento e a morte nunca fizeram parte do plano de Deus.
2.
Após ler o texto a seguir, descreva, com suas próprias palavras, por que o fato de
comerem o fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal era tão importante e
acarretava tão sérias consequências.
“E ordenou o Senhor Deus ao homem, dizendo: De toda a árvore do jardim comerás livremente, mas da
árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente
morrerás” (Gn 2:16, 17).
Deus criou Adão e Eva com poder de escolha. Ao obedecer aos mandamentos de Deus,
revelavam sua lealdade a Ele. Pela desobediência, demonstraram sua dúvida e deslealdade.
3.
Que mentira Lúcifer, disfarçado de serpente, disse a Eva, que contradisse as
advertências de Deus sobre comer do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal?
“Então a serpente disse à mulher: Certamente não morrereis” (Gn 3:4).
Certamente você
vai
.
Eva cedeu à tentação do inimigo. Primeiro, duvidou; depois, desobedeceu à ordem divina.
Adão, logo em seguida, se uniu a ela na desobediência (Gn 3:6, 7).
4.
Após pecar, o que Adão e Eva responderam a Deus?
“E ouviram a voz do SENHOR Deus, que passeava no jardim pela viração do dia; e esconderam-se Adão e sua
mulher da presença do SENHOR Deus, entre as árvores do jardim” (Gn 3:8).
Junho 2010 | Adventist World
27
Quando nossos primeiros pais ouviram Deus se aproximando,
.
O pecado nos separa de Deus (Is 59:1,2). Separados de Deus, nosso coração se enche de
medo, culpa, vergonha e condenação. Separados de Deus, sofremos as consequências
devastadoras do pecado. Quando Adão e Eva pecaram, sua natureza foi mudada. O coração,
que antes era puro, tornou-se corrupto. A natureza, que antes era santa, tornou-se
pervertida. A vida, que antes era saudável, tornou-se sujeita às doenças, à dor e à morte.
Todo o nosso planeta sofreu a maldição do pecado. Toda a natureza foi afetada pela queda.
5.
Quando Adão e Eva pecaram, Deus veio procurá-los imediatamente. Leia o texto a
seguir e escreva nas linhas abaixo a pergunta de um Deus entristecido.
“E chamou o Senhor Deus a Adão, e disse-lhe: Onde estás?” (Gn 3:9).
Deus perguntou:
Deus não chamou Adão e Eva porque ignorasse o lugar em que eles estavam. Ele chamou
por amor, para que soubessem que Ele os amava. Ele queria que soubessem que Ele estava
procurando por eles. Que desejava restaurar o relacionamento quebrado pelo pecado.
Alguma vez você já desejou restaurar um relacionamento? Há alguém se escondendo
de você por tê-lo magoado profundamente? Deus tomou a iniciativa. Com lágrimas nos
olhos e tristeza na voz, Ele chamou por Adão e Eva. Deus tinha um desejo: restaurar o
relacionamento rompido pelo pecado.
6.
Que julgamento foi pronunciado por Deus contra Satanás (a serpente) como
consequência da queda de Adão e Eva no jardim? Leia a passagem abaixo e responda à
pergunta em seguida.
“E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe
ferirás o calcanhar” (Gn 3:15).
O que significa a palavra inimizade?
Sugestão: Leia Rm 8:7; Ef 2:15; Tg 4:4.
Quem é a “semente” da mulher que feriria a cabeça de Satanás?
O ferimento na cabeça seria pequeno ou mortal?
Por meio de Jesus, todos os terríveis resultados do pecado serão erradicados. Como
resultado de Sua vida, morte e ressurreição, Ele deu um golpe mortal em Satanás. Logo
acabará a dor no coração de Deus. Logo Ele voltará para reivindicar como Seus aqueles a
quem Jesus redimiu com Seu precioso sangue.
Que, hoje, ao você servir a Deus, seu coração esteja cheio de louvor por Aquele que
deseja muito tê-lo perto de Si por toda a eternidade.
O estudo do próximo mês,
“Esperança
no Jardim”,
mostrará o remédio de Deus
para o pecado.
28
Adventist World | Junho 2010
Intercâmbio Mundial
C A R TA S
Não Há Melhor
Maneira de
Dizer Isso?
Escrevo sobre o
artigo “Cresce
Evangelismo
Adventista em São
Paulo” (abril 2010):
Não sei se estou
sozinho, mas me
entristeço todas as vezes que leio: “Grupo
de imigrantes italianos, portugueses,
ameríndios, africanos, alemães, espanhóis, coreanos, chineses e japoneses”.
Parece que os escritores e oradores
fazem um esforço consciente e deliberado para distinguir judeus dos árabes,
chineses dos japoneses, italianos de
espanhóis, ingleses de franceses. No
entanto, nenhum considera que a África
não é um país e muito menos um grupo
com o mesmo idioma. Mesmo a frase
“cultura africana” é muito generalizada.
Um continente com mais de 50 nações,
mais diverso em culturas e idiomas
que talvez qualquer outro continente, é
reduzido a um bloco estereotipado.
Será que isso significa que todas
as pessoas daquele continente falam o
mesmo idioma e trazem a mesma identidade, mesma cultura, mesmas características e mesmo comportamento? Esse
artigo é um exemplo de que países isolados ou grupos com o mesmo idioma são
comparados com um continente inteiro.
Não há uma maneira de distinguir as
pessoas, nações e grupos com o mesmo
idioma que habitam naquele continente?
Chinyere Nwankwo
Amuha, Nigéria
Bem observado; prestaremos atenção em
nossas referências regionais nas edições
futuras. – Os Editores
Artigos como “Ajudando os Necessitados”
e “Aulas, Cultura e Cristo”, da mesma
autora (setembro 2009), ajudam-nos a
manter em mente que a obra é do Senhor e
que devemos seguir em frente pela fé.
– Elizabeth G. Schimpf de Gómez,
Entre Rios, Argentina.
Três Partes da Vida Cristã
Fiquei muito grata pelo apoio dado ao
projeto “Conectando com Jesus”
(fevereiro 2010).
A vida cristã pode ser comparada
a um tripé: oração, estudo da Bíblia
e do Espírito de Profecia e trabalho
missionário. Será que a vida cristã permaneceria em pé se faltasse um deles?
Ela perderia sua função. Nenhum desses
elementos vitais da vida cristã pode
faltar ao adventista do sétimo dia.
Os dez livros do Espírito de Profecia
estudados nos pequenos grupos e nos
cultos darão aos membros melhor compreensão da Bíblia e transformarão vidas
à semelhança do caráter de Jesus. Louvado
seja Deus por um projeto tão maravilhoso! Será uma grande bênção para o povo
adventista. Como posso contribuir?
Lilian Lannenn
Toledo, PR, Brazil
Você pode contribuir para o projeto no
site http://cwj.egwwritings.org. Clique
no quadro “Donations”, no lado superior
direito da página.
Encontrando Terreno Comum
Escrevo em relação ao artigo especial
intitulado: “Adventistas e Muçulmanos:
Cinco Convicções”, por William G.
Johnsson (fevereiro 2010). Em nosso
trabalho, Deus nos pôs em contato com
muitas famílias muçulmanas por cerca
de dois ou três anos. A amizade, porém,
foi aprofundada quando encontramos
semelhanças nas vestimentas, alimentos
e respeito por Deus.
Agora vejo como o Senhor está preparando o coração delas e gostaríamos
de ter o grande privilégio de trazê-las aos
pés de Jesus. Quando isso acontecer, as
barreiras desaparecerão. Nosso sonho é
vê-los aceitando a Cristo como Salvador.
A Ele seja a glória.
Família Motta
Buenos Aires, Argentina
Não o Nosso Trabalho,
mas dEle
O artigo “Ajudando
os Necessitados”, por
Sandra Blackmer
(dezembro 2009),
aqueceu minha alma.
É emocionante ver os
estudantes querendo
ajudar.
Durante 2009, abrimos, na minha
cidade, um jardim da infância com
onze alunos. As autoridades o fecharam porque não tivemos o número
de matrículas esperado para 2010.
Atualmente estamos num processo de
autorização de um terreno e trabalhando para reabri-lo no próximo ano.
Junho 2010 | Adventist World
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Intercâmbio Mundial
C A R TA S
Artigos como esse e “Aulas, Cultura
e Cristo” da mesma autora (setembro
2009), ajudam-nos a manter em
mente que a obra é do Senhor e que
devemos seguir em frente pela fé.
Que a mensagem de Cristo seja nossa
prioridade nesses projetos.
Elizabeth G. Schimpf de Gómez
Entre Rios, Argentina
Ainda Falando
aos Leitores
Sou grata por ter
lido “Uma Criança
os Guiará”, por
Wilona Karimabadi
(janeiro 2008). O
artigo mostrou
como a Palavra de
Deus foi pregada
de maneira inusitada, e a página seguinte
trouxe sugestões de como reconhecer o
dom. A experiência de ler esse artigo me
ajudou a desenvolver minha fé.
Que Deus abençoe essa equipe, ao
prosseguir com o trabalho às vésperas
do segundo advento de Jesus Cristo.
Kuuliza Ramandizi
Bukavu, República Democrática
do Congo
mais literatura, especialmente a Bíblia.
Ela me ajudará a realizar meu trabalho
para Deus. Quero saber mais sobre o
ministério de vocês.
Bayissa Gamachu
Asebe Teferi, Etiópia
Leitura Útil
Li a Adventist World. Para mim foi maravilhoso. O conteúdo foi significativo
e certamente pode ajudar a pessoa
que a lê em sua vida diária. As pessoas
serão inspiradas a ter mais fé em Deus.
Jade Alfie Sale
Bukionon, Filipinas
Li toda a revista Adventist World. Uma
revista educativa e de alta qualidade.
Por favor, acrescente meu nome em sua
lista de endereços.
Jekennu Semasa
Badagry, Lagos State, Nigéria
Saudações em nome de Jesus nosso
Senhor e Salvador. Recebi a revista de
um amigo e estou interessado em
Parabéns à equipe da Adventist
World. Por favor, continuem a educar as
pessoas com as mais diferentes origens.
Onas Montrévil
Haiti
Sou presidente do grupo de estudantes
adventistas do campus da Universidade
de Calabar. Nós realmente amamos
essa revista.
Ekanem Vavrinek
Calabar, Nigéria
Cartas para o Editor – Envie para: [email protected]
As cartas devem ser escritas com clareza e ao ponto, com
250 palavras no máximo. Lembre-se de incluir o nome do artigo,
data da publicação e número da página em seu comentário.
Inclua, também, seu nome, cidade, estado e país de onde você
está escrevendo. Por questão de espaço, as cartas serão
resumidas. Cartas mais recentes têm maior chance de ser
publicadas. Nem todas, porém, serão divulgadas.
O LUGAR DE ORAÇÃO
Muito obrigado por se unirem a nós
para pedir a ajuda de Deus sobre nosso
evangelismo. Mais de duzentas pessoas
aceitaram a mensagem. Que Deus nos
abençoe ao continuarmos a trabalhar
para o Mestre enquanto O esperamos.
Wellington, Barbados
Meu esposo precisa de oração por
sua saúde física e espiritual. Por favor,
peçam ao Senhor que continue a
providenciar o de que necessitamos para
ajudar nossa família em Porto Príncipe.
Nelsie, Haiti
Por favor, orem por mim como na vez
anterior. Estou em período de experiência em meu novo emprego. Meus chefes
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Adventist World | Junho 2010
são um tanto severos comigo. Que
Jesus me dê inteligência e força para
fazer um bom trabalho e para que essas
pessoas mudem seu comportamento
em relação a mim.
Diani, Madagáscar
Li a revista do mês de setembro de 2009
e desde essa época minha vida nunca
mais foi a mesma. Compreendo o
significado do que Cristo disse sobre
ter a fé do tamanho de um grão de
mostarda. Preciso de suas orações por
minha vida acadêmica.
Emmanuel, Nigéria
Todos os anos, no verão, vamos a
diferentes partes de Visayas e Mindanao
como evangelistas da página impressa.
Ouvimos o chamado de Deus para
espalharmos livros como folhas de
outono e para irmos a lugares isolados
aonde os satélites não chegam.
Necessitamos muito de suas orações
por sucesso e proteção ao sairmos
neste verão.
Harlen, Filipinas
Pedidos de oração e agradecimentos (gratidão por resposta à
oração). Sua participação deve ser concisa e de, no máximo,
75 palavras. As mensagens enviadas para esta seção serão
editadas por uma questão de espaço. Embora oremos por todos
os pedidos nos cultos com nossa equipe durante a semana, nem
todos serão publicados. Por favor, inclua no seu pedido, seu nome
e o país onde vive. Outras maneiras de enviar o seu material:
envie fax para 00XX1(301) 680-6638, ou carta para: Intercâmbio
Mundial, Adventist World, 12501 Old Columbia Pike, Silver Spring,
Maryland 20904-6600 EUA.
“Eis que cedo venho…”
INTERCÂMBIO DE IDEIAS
Mais Uma
Hıstorıa
A
Nossa missão é exaltar Jesus Cristo, unindo os
adventistas do sétimo dia de todo o mundo numa só
crença, missão, estilo de vida e esperança.
Como a Adventist World
causou impacto
surpreendente no Quênia
conteceu no mês de janeiro de 2008, durante o período de tremenda violência
étnica, após a grande disputa pelas eleições gerais de dezembro de 2007, que
lançou o Quênia em séria crise política.
Eu estava conduzindo uma campanha evangelística na cidade de Marimanti,
no distrito de Tharaka, província do leste do Quênia. Essa cidade é a nova sede do
recém-criado distrito político nessa região do país.
Apoiado por cerca de cem evangelistas leigos voluntários, a campanha começou em alto estilo. Centenas de pessoas se reuniam no pequeno terreno da Igreja
Adventista do Sétimo Dia de Marimanti para ouvir a mensagem pregada por mim
e por dois pastores associados locais, Joshua Njuguna e Bonfice Kimuyu, ambos da
Associação Central do Quênia.
Todos esses ouvintes estavam felizes de comparecer às nossas reuniões vespertinas, que, às vezes, se prolongavam até as onze horas da noite, e eles reclamavam que
haviam terminado muito cedo!
Com uma semana de campanha, formamos classes batismais nas quais podíamos passar todas as doutrinas bíblicas básicas com os candidatos. Fornecíamos
alguma literatura gratuitamente, como O Grande Conflito, Desejado de Todas as
Nações, Caminho a Cristo, etc. Foi durante os testemunhos dados pelos candidatos
ao batismo que descobri que quatro de nossos candidatos eram oficiais de polícia,
responsáveis pela segurança em nossas reuniões.
Comumente os policiais não são conhecidos por sua afinidade com alguma fé
religiosa. Ninguém espera que se interessem nas coisas de Deus. Eu lhes perguntei
por que decidiram frequentar as reuniões. Eles disseram que no ano anterior eu
havia deixado uma caixa inteira de revistas Adventist World na delegacia de polícia.
Eles começaram a lê-las. Por meio da leitura daquelas revistas, começaram a sentir
que “a igreja que essa revista representa deve ser uma igreja muito especial para
frequentar”. Eles me disseram que quando seu chefe de polícia lhes pediu que
fizessem a segurança de nossas reuniões evangelísticas, receberam isso como
resposta às suas orações. Foram às nossas reuniões sem os uniformes e só depois
de uma semana descobrimos quem eram eles!
Dei revistas novas e uma Bíblia para cada um. No último sábado de nossa
campanha, batizamos 323 pessoas e os quatro policiais estavam entre elas. Um
servidor administrativo civil do governo de outro lugar, a cerca de 20 quilômetros
de distância, ligou para meu telefone celular e perguntou se era verdade que esses
policiais haviam sido batizados. Confirmei que os quatro estavam batizados. O
servidor civil implorou para também ser batizado! Essa história é interessante,
mas para outra ocasião. Deus abençoe o ministério desta revista!
– Pastor Blasious M. Ruguri, secretário da Divisão África-Centro Este
Editor
Adventist World é uma publicação internacional da
Igreja Adventista do Sétimo Dia, editada pela
Associação Geral e pela Divisão Ásia-Pacífico Norte.
Editor Administrativo
Bill Knott
Editor Associado
Claude Richli
Gerente Internacional de Publicação
Chun, Pyung Duk
Comissão Editorial
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Bill Knott, secretário; Armando Miranda; Pardon K.
Mwansa; Juan Prestol; Charles C. Sandefur; Don C.
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Lee, Jairyong, presidente; Akeri Suzuki; Clyde Iverson;
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Editor-Chefe
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T. Daniel, Alberto C. Gulfan, Jr., Erton Köhler, Jairyong
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Paul S. Ratsara, Barry Oliver, Don C. Schneider, Artur A.
Stele, Bruno Vertallier, Gilbert Wari, Bertil A. Wiklander.
Aos colaboradores: São bem-vindos artigos enviados
voluntariamente. Toda correspondência editorial deve ser
enviada para: 12501 Old Columbia Pike, Silver Spring MD
20904-6600, EUA. Escritórios da Redação: (301) 680-6638
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Website: www.adventistworld.org
A menos que indicado de outra forma, todas as referências
bíblicas são extraídas da Versão João Ferreira de Almeida,
Revista e Atualizada no Brasil pela Sociedade Bíblica do
Brasil, 1993.
Adventist World é uma revista mensal editada
simultaneamente na Coreia, Brasil, Argentina, Indonésia,
Austrália, Alemanha, Áustria e nos Estados Unidos.
Vol. 6, No. 6
Junho 2010 | Adventist World
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O Lugar Das
PESS
Q U E
L U G A R
É
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FRASE
DO
MÊS
M A N O E L
C H AV E S
“Deus não salva a
igreja do mundo, mas
para o mundo.”
E N V I A D O
P O R
– Pastor Jack Calkins, durante sermão na Igreja
Adventista do Sétimo Dia em Richmond, Virgínia,
Estados Unidos, no início de 2010.
CONHEÇA SEU
VIZINHO
Isaac Bediako é um membro
da Igreja Adventista do Sétimo
Dia em Sessiman, subúrbio do
Distrito Norte de Nkoranza, em
Gana. Ele é um fazendeiro de 54
anos de idade e leigo analfabeto.
Bediako assumiu o trabalho de
evangelismo pessoal do distrito.
Após receber treinamento sobre
contato pessoal do programa
“É Agradável Ser Agradável”,
Bediako entrou em ação.
Distribuiu 420 caixas da
Adventist World, num total de
63 mil revistas, em dez meses.
Como resultado, cento e dez
pessoas se matricularam no
curso bíblico e, até agora,
pela graça de Deus, 40 pessoas
foram batizadas.
Bediako testemunha nos lares, ônibus, em todos os lugares
em que encontra pessoas. Também já matriculou 85 pessoas
no curso da Voz da Profecia, e
alguns desses alunos começaram
a frequentar os cultos na igreja
Sessiman.
Bediako prometeu trabalhar
para o Senhor pelo resto de
sua vida, embora sofra dores nas
pernas e nas articulações.
VIDA ADVENTISTA
Enquanto os membros de minha família almoçavam e conversavam, percebi que minha filha Carla, de
quatro anos de idade, tinha uma expressão vazia em sua face. Estava mergulhada em seus pensamentos.
De repente, ela nos interrompeu e disse enfaticamente: “Mamãe! Eu já sei! Quando Jesus está andando no
chão, nós O chamamos de Jesus, e quando Ele está no Céu, nós O chamamos de Deus.”
Aparentemente, ela já vinha pensando por algum tempo nesse aparente quebra-cabeça. Como mãe,
só fico imaginando qual será sua ideia sobre o Espírito Santo quando descobrir que na realidade Eles
são um trio!
– Gisela Ramos, Denver, Colorado, Estados Unidos
RESPOSTA: Na Igreja Adventista do Sétimo Dia Internacional, em Maputo, Moçambique, os membros se reúnem para o
culto de sábado. O pastor Manoel Chaves, diretor de Escola Sabatina e Ministério Pessoal da Associação Bahia, nordeste
do Brasil, estava envolvido em um trabalho missionário em Moçambique, em 2008, quando essa foto foi tirada.

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