Setembro - Adventist World
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Órgão Internacional dos Adventistas do Sétimo Dia S e te m b ro 2 01 0 A U S T I N R . H O Assembleia da Associação Geral 9 Avante, Sem Retroceder! 14 Liberto do Paganismo 24 Impacto Atlanta Se te mbro 2010 AÇÃO EM IGREJA Editorial............................. 3 Notícias do Mundo 3 Notícias & Imagens Visão Mundial 9 Avante, Sem Retroceder! A R T I G O E S P E C I A L Destaques da Associação Geral ..................... 14 Liberto do Paganismo Por Sandra Blackmer Viagem pela Rota da Seda Por Sandra Blackmer Ministérios na Vitrine Por Evan Knott DEVOCIONAL Proclamando, com Amor, a Graça de Deus Por Joy Gashaija .......................................................................... 12 PERGUNTAS BÍBLICAS E Se...? .............................. 26 Por Ángel Manuel Rodríguez BÍBLICO ESTUDO O Último Apelo de Amor ........................... 27 Por Mark Finley Existe outra maneira de proclamá-la? CRENÇAS FUNDAMENTAIS Família Por Carol and David Tasker ........................................................ 20 A vida familiar pode ser um prenúncio da vida no Céu. ESPÍRITO DE PROFECIA Confiança em Deus Por Ellen G. White ...................................................................... 22 MUNDIAL INTERCÂMBIO 29 Cartas 30 Lugar de Oração 31 Intercâmbio de Ideias O Lugar das Pessoas ............................. 32 Para segui-Lo, devemos confiar em Sua direção. SERVIÇO ADVENTISTA Impacto Atlanta Por Kimberly Luste Maran .......................................................... 24 O que seria uma Assembleia da Associação Geral sem o serviço à comunidade? Capa: A C I M A : J O E L F O T O S M E I O : F O T O S R . A U S T I N P O R J . A L D E N H O E S P R I N G E R D . A B A I X O : P O R J . A L D E N H O E H O . F O T O S P O R J O E L D . S P R I N G E R . Esta Página: F O T O S J O E L P O R D . A L D E N J . H O E S P R I N G E R . Tradução: Sonete Magalhães Costa Adventist World (ISSN 1557-5519) é editada 12 vezes por ano, na primeira quinta-feira do mês, pela Review and Herald Publishing Association. Copyright (c) 2005. Vol. 6, nº 9, setembro de 2010. 2 Adventist World | Setembro 2010 www.portuguese.adventistworld.org A Igreja em Ação 59a Assembleia da Associação Geral EDITORIAL Onde a Fé Vive Jerusalém! Jerusalém! Cantai, ó santa grei! Enxuguei as lágrimas dos meus olhos enquanto o coral da Universidade Oakwood participava triunfantemente do programa de encerramento da 59ª Assembleia da Associação Geral. Em meio à penumbra do Georgia Dome (o local onde ocorreram as reuniões), milhares de pessoas ao meu redor pronunciavam as palavras que esperamos cantar juntos, um dia, na cidade de luz: Hosana nas alturas, hosana, ao nosso Rei! No dia seguinte, faríamos as malas, embarcaríamos em ônibus, trens e aviões e retornaríamos ao nosso lar. Alguns, afortunados como eu, em poucas horas chegariam a seu destino. Outros levariam dias, talvez semanas, para completar o trajeto que os trouxe, desde o outro lado do mundo, até Atlanta. Naquela noite, porém, no último e prolongado momento, imaginávamos aquele “mar de vidro”, e pensávamos na distância entre Atlanta e a Nova Jerusalém. Com a curta cronologia da esperança, pensávamos em metros e jardas, não em quilômetros e anos-luz. É assim que funciona a fé: instruídos e assegurados pelas promessas de Jesus, seguimos em frente, alegres, em direção a uma realidade que ainda não vemos completamente, porém, já começamos a desfrutar. O mundo fora do Georgia Dome estava escuro como sempre: os jornais da manhã ensolarada de domingo contariam as costumeiras histórias sobre guerra e ganância, terremotos e furacões, corações partidos em milhões de lares. A fé, porém, sempre fixa os olhos onde Jesus está e sabe que Ele tem controle sobre todas as coisas – incluindo os grandes desafios à frente do povo remanescente – e dirige tudo para um glorioso fim. A igreja de Deus precisa de momentos como esse, quando nossa sagrada imaginação transpõe a barreira do tempo, nos conduz até a volta de Jesus e celebra o final “está consumado” de nossa salvação. Nas páginas desta edição da Adventist World, levamos até você algumas das experiências e imagens que fortaleceram nossa fé durante a recente Assembleia da Associação Geral, em Atlanta, EUA. Ao virar as páginas, conduza seu pensamento para a realidade daquele grande encontro, onde o coral não será formado por algumas dúzias de pessoas, mas por milhões de vozes, e onde a alegria nunca mais terá fim. – Bill Knott NOTÍCIAS DO MUNDO Eleitos para Servir Novo grupo de líderes na sede mundial da Igreja Adventista ANSEL OLIVER E MARK A. KELLNER, com contribuição de CHANTAL J. KLINGBEIL ■ O pastor Ted N. C. Wilson, um dos vice-presidentes mundiais da Igreja Adventista do Sétimo Dia, foi eleito, no dia 25 de junho, presidente dos 16,3 milhões de membros dessa denominação protestante mundial. Ted Wilson, 60 anos, foi escolhido pelos 246 membros da Comissão de Nomeações e confirmado pelos delegados da Assembleia da Associação Geral, um corpo internacional de 2.410 membros selecionados, órgão administrativo máximo da Igreja. Ele substitui o pastor Jan Paulsen, que havia atuado como presidente desde 1999. A decisão aconteceu na 59ª Assembleia da Associação Geral, realizada entre os dias 23 de A L D O N J . H O Setembro 2010 | Adventist World 3 A Igreja em Ação 5 9 a Assembleia da Associação NOTÍCIAS DO MUNDO junho e 3 de julho de 2010, no Georgia Dome, adjacente ao World Congress Center (centro de convenções), em Atlanta, Geórgia, EUA. “Essa nova responsabilidade me leva a dobrar os joelhos diante de Deus”, disse Ted Wilson. “Não sei tudo, mas buscarei conselhos sábios na Bíblia, no Espírito de Profecia e com os conselheiros da Igreja.” Ele acrescenta: “O Espírito de Profecia é uma das grandes dádivas concedidas por Deus à Igreja Adventista do Sétimo Dia. Aplica-se ao passado e ao futuro. Logo iremos para o lar. Como Igreja, devemos nos prostrar de joelhos e pedir a direção de Deus. Precisamos orar para que o Espírito Santo nos traga reavivamento e reforma espirituais.” A reação no Georgia Dome foi imediata e positiva. Ele e sua esposa, Nancy Louise Vollmer Wilson, foram aprovados e ovacionados de pé enquanto deixavam a plataforma. Ted Wilson havia sido eleito como um dos vice-presidentes mundiais da Igreja Adventista em 2000, durante a Assembleia da Associação Geral em Toronto. Seus 36 anos de serviço denominacional incluem experiência administrativa e executiva na região do Meio-Atlântico dos Estados Unidos, bem como na África e Rússia. Ted Wilson iniciou sua carreira na Igreja como pastor, em 1974, numa igreja em Nova York. Nessa região, ele serviu como diretor assistente e, mais tarde, diretor dos Ministérios Metropolitanos entre 1976 e 1981. Em seguida, serviu à Igreja na (então) Divisão África-Oceano Índico, com sede em Abibjan, Costa do Marfim, até 1990. Lá, atuou como diretor de departamento e, mais tarde, secretárioexecutivo da divisão. Após servir na África Ocidental, Ted Wilson atuou na sede mundial 4 Adventist World | Setembro 2010 da igreja, em Silver Spring, Maryland, EUA, como secretário associado por dois anos, antes de aceitar o cargo de presidente da Igreja na Divisão EuroAsiática, sediada em Moscou, Rússia, entre 1992 e 1996. Ele voltou, então, para os Estados Unidos para atuar como presidente da Review and Herald Publishing Association (uma das editoras adventistas nos EUA) em Hagerstown, Maryland, até ser eleito vice-presidente da Associação Geral, em 2000. Pastor ordenado, Ted Wilson tem diploma de doutorado em Educação Religiosa pela Universidade de Nova York, um mestrado em Divindade pela Universidade Andrews e um mestrado em saúde pública pela Universidade de Loma Linda. Ele é filho do ex-presidente da Associação Geral, pastor Neal C. Wilson, que atuou na função de 1979 a 1990. O pastor adventista G. T. Ng, natural de Singapura e que atuou como secretário associado da Igreja Adventista do Sétimo Dia por três anos, foi eleito secretário executivo da Associação Geral. A paixão de Ng pela missão foi despertada quando começou seu ministério no Camboja na década de 1970. Com a esposa, deixou o país pouco antes de a capital, Phnom Penh, cair pelas forças de Khmer Rouge. Ele trabalhou também na Tailândia, Malásia e Singapura, onde atuou como pastor, capelão, educador de saúde e diretor de departamento da União. Sua segunda peregrinação missionária começou quando serviu por nove anos como professor e diretor do Seminário Teológico no Adventist International Institute of Advanced Studies (Instituto Internacional Adventista de Estudos Avançados), nas Filipinas, de 1991 a 2000. Depois, atuou como secretário executivo da Divisão do Pacífico Sul-Asiático, entre 2000 e 2006. Ng possui diploma de bacharelado pelo Southeast Asia Union College, em Singapura, um mestrado pelo Seminá- rio Teológico Adventista, nas Filipinas, e um doutorado pelo Seminário Teológico da Universidade Andrews. É casado com Ivy. Até a data de sua eleição, Ng atuava como secretário da Associação Geral para três sedes administrativas regionais do mundo: Divisão do Pacífico Norte- Asiático, Divisão Sul-Asiática e Divisão Transeuropeia. Robert E. Lemon, tesoureiro para a Igreja mundial desde 2002, foi reeleito para outro período de cinco anos no cargo. Por cerca de quarenta anos, ele tem exercido funções relacionadas a finanças na Igreja. De 1995 a 1998, atuou como tesoureiro associado da Igreja mundial e, de 1998 a 2002, foi vice-tesoureiro. Lemon atuou por mais de dez anos na África, primeiro no Zaire e mais tarde na Costa do Marfim. Eleitos vice-presidentes, secretários e tesoureiros da Associação Geral POR EDWIN MANUEL GARCIA, Agência Adventista de Notícias ■ A 59ª Assembleia da Associação Geral elegeu, no dia 27 de junho, nove vicepresidentes e 12 líderes para a secretaria e tesouraria da sede mundial da Igreja. Quatro vice-presidentes são novos na posição: Delbert Baker, presidente da Universidade Oakwood; Geoffrey G. Mbwana, presidente da Divisão CentroLeste Africana; Benjamin D. Schoun, secretário geral de campo; e Artur A. Stele, presidente da Divisão Euro-Asiática. Baker dirige a Universidade Oakwood, em Huntsville, Alabama, EUA, desde 1996. Mbwana foi administrador da Igreja e diretor de universidade antes de se tornar presidente da Divisão Centro-Leste Africana, em 2002. Schoun serve como presidente da Rádio Mundial Geral Eleitos Novos Presidentes para as Divisões NorteAmericana, Centro-Leste Africana e Euro-Asiática POR: MARK A. KELLNER, EDITOR NOTÍCIAS J O E L Adventista desde 2001. Estela é presidente da Euro-Asiática desde 2000. Os novos membros substituem três vice-presidentes que se aposentam: Mark Finley, Eugene Hsu e Gerry D. Karst. A quarta posição está vaga, devido à eleição de Ted Wilson como presidente da Associação Geral. Outros cinco vice-presidentes foram reeleitos para mandatos de cinco anos: Lowell C. Cooper, Armando Miranda, K. Pardon Mwansa, Michael L. Ryan e Ella S. Simmons. O secretário associado Homer J O E L D . D . S P R I N G E R W. Trecartin foi nomeado subsecretário. Dois outros secretários associados, T. Rosa Banks e Agustin Galicia, foram reeleitos. Juan R. Prestol foi reeleito subsecretário, e os três tesoureiros associados permanecerão em seus cargos: George O. Egwakhe, Daisy Orion e Roy E. Ryan. Raymond J. Wahlen II, anteriormente diretor do Sunplus Accounting Software, pertencente à Igreja, também foi eleito tesoureiro associado. – Com reportagem de Tim Lale DE ■ Os delegados da quinquagésima nona assembleia da Associação Geral elegeram novos líderes para três novas divisões da Igreja Adventista mundial. Dan Jackson, é o novo presidente da Divisão Norte Americana , substituindo Don Schneider, que ocupou o cargo desde o ano 2000. Balsious Ruguri foi eleito presidente da Divisão África Centro-Oriental (ECD), região composta por dez países e 2,5 milhões de membros, que se estende desde a Eritreia à Tanzânia. Ele era o secretário dessa mesma divisão e substitui Geoffrey Mbwana, eleito uma das vice-presidências da igreja mundial. O novo líder da Divisão Euroasiática é Guillermo Biaggi, cujo território estende-se sobre os doze países que compunham a ex-União Soviética e S P R I N G E R Setembro 2010 | Adventist World 5 A Igreja em Ação 5 9 a Assembleia da Associação NOTÍCIAS DO MUNDO assiste mais 135 mil membros. Biaggi, ex-tesoureiro da ESD, preencherá o lugar de Artur A. Stele, também eleito vice-presidente da igreja mundial. Foram reeleitos os presidentes das outras dez divisões, como segue: Bruno R. Vertallier na Divisão Euro-Africana; Israel Leito, Divisão Interamericana; Jairyong Lee, Divisão Asiática do Norte do Pacífico; Erton C. Köhler, Divisão Sul Americana; Barry D. Oliver, Divisão do Sul do Pacífico; Paul S. Ratsara, Divisão Sul Africana e do Oceano Índico; John Rathinaraj, Divisão Sul Asiática; Alberto C. Gulfan, Divisão Asiática do Sul do Pacífico; Bertil Wiklander, Divisão Transeuropeia e Gilbert Wari, Divisão África Centro-Ocidental. O novo presidente da Divisão Norte Americana é natural do Canadá e, com exceção dos cinco anos que serviu à Divisão Sul-Asiática, viveu e trabalhou em seu país natal. Ao ser eleito, declarou: “Deus nunca nos chama para fazer o que somos capazes, e essa função é muito maior do que eu. Mas Ele está chamando, e eu aceito, humildemente.” Foram nomeado, também, diretores de departamentos. Lisa M. Beardsley, tornou-se a primeira mulher a servir a Igreja Adventista mundial como diretora de Educação, departamento onde atuava como diretora assistente. Willie e Elaine Oliver assumem o Departamento de Lar e Família. Willie ocupava a mesma função na Divisão Norte Americana e Elaine servia a Universidade Adventista de Washington; juntos, realizam conferências sobre casamento, retiros espirituais e seminários sobre relacionamentos. Foram eleitos, ainda, novos diretores para outros quatro departamentos: 6 Adventist World | Setembro 2010 Jerry Page, eleito Secretário da Associação Ministerial, era presidente da Associação Central da Califórnia ; Williams Costa Jr., diretor do Departamento de Comunicação, onde ocupava a função de diretor associado; Gilbert Cangy, diretor do Departamento de Jovens, ocupava a mesma função na Divisão do Sul do Pacífico e Thomas Kapusta, diretor do Departamentos de Testamentos e Legados, vem do Hospital Adventista da Flórida, onde também ocupava a mesma função. Além desses, foram confirmados em seus cargos os seguintes diretores de departamentos: Jonathan Kuntaraf, Escola Sabatina e Ministério Pessoal; Erika F. Puni, Mordomia; HeatherDawn Small, Ministério da Mulher; Linda Koh, Ministério Infantil; Allan R. Handysides, Ministério da Saúde; Howard F. Faigao, Publicações; John Graz, Relações Públicas e Liberdade Religiosa; Paul H. Douglas, Auditoria. – Com reportagem adicional de George Johnson, Jr. Recusada Proposta de Mudança na Eleição de Diretores Associados de Departamentos Delegados mencionam assuntos práticos e representativos ELIZABETH LECHLEITNER, Rede Adventista de Notícias, com contribuição de CHANTAL J. KLINGBEIL ■ Os delegados da Igreja Adventista do Sétimo Dia, em 27 de junho, votaram a rejeição da proposta que alteraria o período de escolha dos diretores associados dos departamentos da sede mundial da Igreja. A proposta transferia algumas decisões a serem tomadas na Assembleia da Associação Geral para o primeiro Concílio Anual (ou reunião administrativa), geralmente realizado em outubro. Os líderes da Igreja introduziram o item para proporcionar ao diretor eleito de um departamento mais tempo para organizar o respectivo departamento, escolhendo seu associado. No passado, alguns delegados alegaram que, devido à grande quantidade de itens votados na Assembleia, o processo de escolha dos associados é conduzido de maneira insuficiente, sem a discussão e a consideração adequadas. Após longa e acalorada discussão, não foram alcançados os dois terços necessários para a proposta ser aceita. Alguns se opuseram porque pensam que isso constituiria uma ameaça à autoridade da Comissão de Nomeação para escolher os associados, enquanto outros questionavam a praticidade do item. Muitos delegados questionaram se realmente faria muita diferença em termos de representação a decisão ser adiada para o Comitê Executivo da Igreja mundial, que se reúne em outubro. Kevin Jackson, da região do sul do Pacífico, disse que a “principal diferença” é a inclusão dos presidentes de cada uma das treze divisões da Igreja mundial no Comitê Executivo. “Em minha opinião, essa inclusão realmente adiciona rigor ao processo, acrescentando qualidade às decisões”, disse Jackson. Os líderes da Igreja moderaram a discussão, confirmando que o Comitê Executivo, com 305 membros, é um corpo maior do que a Comissão de Nomeações da Assembleia, que possui pouco mais de 200 membros. Os delegados, no entanto, afirmaram que a aprovação da proposta bloquearia os votos de uma delegação de aproximadamente 2.400 membros. Os delegados da Assembleia podem votar aceitar ou rejeitar qualquer recomendação da Comissão de Nomeação, ampliando a participação, enquanto que no Concílio Anual não há nenhum organismo de controle ou de avaliação das decisões tomadas pelo Comitê Executivo. Geral M I C K E Y F O T O S Adventistas Reafirmam Fé no Criador Proposta confirma posição adventista sobre a Criação e esclarece crença fundamental POR MARK A. KELLNER, editor de notícias ■ A compreensão adventista sobre a “criação literal, recente, em seis dias” tem sido desafiada pela sociedade e por grande parte da comunidade acadêmica. Diante disso, os delegados da 59ª Assembleia da Associação Geral votaram, no dia 30 de junho, reafirmar essa D E R O B E R T N I C K L E S S E A S T / A N N doutrina e possivelmente tornar mais clara a linguagem da Crença Fundamental nº 6, que trata do tema. “Creio que a Bíblia é a Palavra de Deus e que ela possui autoridade”, disse o pastor Ted Wilson, presidente da Associação Geral. “Ela é a Palavra de Deus para nós e é crucial que seja aceita como está escrita.” Ele disse ainda que os primeiros onze capítulos de Gênesis “não são uma alegoria”, e sim “uma descrição autêntica, verdadeira e literal” da Criação e dos eventos que aconteceram depois dela, inclusive o dilúvio mundial. “Estamos enfrentando um período crítico”, acrescentou Ted Wilson, “em que o inimigo está tentando debilitar essa crença.” Ele esclareceu também que, embora a doutrina adventista esteja centralizada em Cristo e Sua graça, o sábado – que teve sua origem na Criação – é um sinal do poder transformador da graça divina. Em 2004, o Concílio Anual da Associação Geral aprovou um documento que reafirma a crença da Igreja sobre a criação literal. No ano seguinte, a Assembleia da Associação Geral votou uma resposta a esse documento, confirmando a posição adventista. Ted Wilson declarou que a proposta de apoio a esses documentos e a revisão da Crença Fundamental nº 6 têm seu completo apoio. “Devemos exaltar a Palavra de Deus e ao Criador”, acrescentou. Logo após esses comentários, a proposta foi lida pelo vice-presidente Gerry D. Karst: “Parte A – Proponho que a [59ª] Assembleia da Associação Geral endosse a declaração do Concílio Anual de 2004, reafirmando a Criação. Parte B – Proponho que a administração da Associação Geral seja requisitada a iniciar um processo de integração entre a Crença Fundamental nº 6 e [os documentos aprovados em 2004 e 2005], que altera o protocolo de emenda para Crença Fundamental.” Opondo-se a considerar em conjunto as duas partes da proposta, Gordon Bietz, presidente da Southern Adventist University, propôs dividir a resolução. A proposta foi aprovada, separando a declaração de 2004 da reabertura da Crença Fundamental nº 6. Ambas as partes da medida, agora bifurcada, foram aprovadas com expressivo número de votos. Outra delegada da Divisão NorteAmericana, Donna Richards, apoiou a posição histórica da Igreja sobre a Criação, ao declarar que “é incorreto ensinar qualquer outra coisa”. Alberto R. Timm reitor do Seminário Adventista Setembro 2010 | Adventist World 7 A Igreja em Ação 5 9 a Assembleia da Associação 8 Adventist World | Setembro 2010 Adventist World reúne-se com sua equipe sul-coreana J . Conferência Editorial Internacional Realizada em Atlanta A L D E N Latino-Americano de Teologia, adicionou seu apoio ao observar que “as doutrinas não funcionam de forma isolada” e que “a Criação é importante para todo o nosso sistema doutrinário.” Dan Jackson, presidente da Divisão Norte-Americana, também foi ao plenário confirmar a importância da Crença Fundamental nº 6. Ele disse: “Meu Criador é meu Redentor, os dois estão ligados.” Ella Smith Simmons, vice-presidente geral, disse que, embora flexibilidade acadêmica seja importante, “deve acontecer sem trair a Palavra de Deus. Ela é absoluta”. Disse ainda que, embora as “escolas, faculdades e universidades adventistas sejam responsáveis” pelo que ensinam, devem saber claramente qual é a posição da Igreja. Keith Mattingly, reitor da faculdade de artes e ciências da Universidade Andrews, afirmou que o problema é “o modo como promovemos a doutrina”. Ele relatou que alguns de seus alunos haviam questionado sua própria fé devido à forma como o assunto havia sido tratado. Bill Knott, editor-chefe das revistas Adventist Review e Adventist World, estimulou os delegados a aprovar as duas partes da proposta: “Quem apoia a parte A, deve também apoiar a parte B. Quem acha que a crença fundamental necessita de esclarecimento, siga até o fim. O resultado será o que sempre cremos sobre o assunto.” As duas medidas foram aprovadas com grande margem de votos. O exame e possível revisão da Crença Fundamental nº 6 serão realizados durante o novo quinquênio e os resultados apresentados na próxima Assembleia da Associação Geral, que ocorrerá em 2015. H O NOTÍCIAS DO MUNDO POR EVAN KNOTT ■ A Adventist World realizou no dia 23 de junho sua Conferência Editorial Internacional, que é formada pelas equipes norte-americana e sul-coreana. Essa reunião, que é realizada semestralmente, dessa vez ocorreu Atlanta, Geórgia, EUA, devido à assembleia mundial da Igreja. Desde o seu lançamento, em setembro de 2005, a Adventist World desfruta de um relacionamento especial com a Igreja na Coreia do Sul, pois a maior fonte de recursos para a distribuição internacional da revista vem desse país. Os editores coreanos são: P. D. Chun, ex-presidente da Divisão do Pacífico Norte-Asiático e atual gerente de distribuição internacional da Adventist World; J. K. Choe, editor da revista Compass, periódico mensal da Igreja Adventista na Coreia do Sul. “Como a revista é oficialmente registrada na Coreia, é muito importante que nos reunamos pelo menos uma vez ao ano naquele país, para documentar nossas atividades”, diz Claude Richli, editor associado da Adventist World. A última reunião foi realizada no dia 28 de outubro de 2009, em Seul, Coreia do Sul, quando foi comemorado o centenário da Casa Publicadora Coreana. Os editores da Adventist World de Silver Spring (EUA) esperam realizar uma reunião em Seul em novembro deste ano. “Ao convidar nossa equipe sulcoreana para nos visitar nos Estados Unidos, queremos fortalecer os laços entre eles e nossa equipe de editores norte-americanos, destacando a importância do papel que desempenham em nossa equipe”, disse Richli. A reunião é uma oportunidade para a Adventist World informar aos líderes sul-coreanos sobre as realizações mais importantes da revista nos últimos seis meses, e engajá-los no planejamento editorial para os principais artigos dos meses seguintes. No encontro de 23 de junho, os dois grupos de editores discutiram sobre a expansão nas traduções da Adventist World para doze edições on-line e sete edições impressas. O grupo também discutiu a possibilidade de que a revista seja publicada em mais idiomas, em futuro próximo. Além disso, os participantes da reunião discutiram os planos para lançamento de vários livros que serão promovidos pela Adventist World. O livro 28 Ways to Spell Your Faith (28 maneiras de apresentar sua fé) trará artigos sobre as crenças fundamentais publicadas na Adventist World. Ask the Doctors (Pergunte aos médicos) apresentará uma coleção da popular coluna sobre saúde. As casas publicadoras adventistas de todo mundo já expressaram forte interesse em publicar os dois volumes em suas respectivas regiões. Geral VISÃO MUNDIAL Avante, Sem Retroceder! Presidente da Igreja reafirma crenças fundamentais Em sermão pregado na 59ª Assembleia da Associação Geral, o novo presidente mundial da Igreja, pastor Ted Wilson, tratou de questões como autoridade da Palavra de Deus, confiança nos escritos de Ellen White, Criação, e unidade na diversidade. Esta é uma versão resumida da mensagem. Para ler o sermão completo em português, veja http://www.amissao.com/2010/07/ marche-sermao-do-pr-ted-wilson.html – Os editores A Igreja Adventista do Sétimo Dia se encontra em uma jornada rumo ao Céu. Estamos quase no lar! Creio, de todo o coração, que Jesus voltará em breve. Particularmente, admiro o maravilhoso vigor e entusiasmo de nossa família mundial. Embora todos nos orgulhemos de nossas respectivas nações e culturas, louvo ao Senhor por haver uma “cultura” de Jesus Cristo que nos mantém unidos e ultrapassa todas as barreiras. Palavra sólida em um mundo caótico A L D E N J . H O Os sinais da segunda vinda de Cristo aumentam em frequência e intensidade. Catástrofes na natureza, grande confusão do mundo político, desenvolvimento do ecumenismo, dramático crescimento e influência do espiritualismo, deterioração das economias mundiais, desestruturação dos valores familiares e sociais, rejeição da autoridade absoluta da Palavra de Deus e dos Dez Mandamentos, crime desenfreado e declínio moral, aumento de guerras e rumores de guerras – tudo isso indica o clímax da história da Terra e o breve retorno do Senhor. Que grande privilégio é saber que, em meio à incerteza do mundo, podemos descansar com absoluta confiança na imutável Palavra de Deus! Ao longo da história humana e contra constantes ataques satânicos, Deus tem preservado Sua Palavra. Cremos que a Bíblia contém um relato preciso de nossas origens, um registro confiável de nossa salvação e um glorioso vislumbre de nosso breve livramento. Como adventistas do sétimo dia, aceitamos a Bíblia como o fundamento de todas as nossas crenças e nela encontramos nossa identidade profética singular. Com o poder de Sua verdade, Deus esculpiu a Igreja Adventista do Sétimo Dia neste mundo caótico. Devemos ser um povo peculiar, o povo remanescente de Deus, chamados para exaltar Cristo, Sua justiça, Suas três mensagens angélicas (Ap 14:6-12) e Seu breve retorno. Como povo remanescente de Deus, aqueles que “guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus” (Ap 12:17), temos uma singular mensagem de esperança e um mandato para proclamar a graça de Cristo ao mundo. Uma das características do povo de Deus dos últimos dias é aceitar e guardar todos os dez mandamentos, inclusive o quarto. A observância do sábado não é apenas um sinal da obra criadora de Deus, mas será o sinal de Seu povo nos últimos dias. Maravilhosa graça Dependemos totalmente de Jesus e de nosso relacionamento com Ele quanto à salvação. Não obtemos a salvação por nossas obras, mas pela graça de Cristo. Graça é a certeza do Setembro 2010 | Adventist World 9 A Igreja em Ação 5 9 a Assembleia da Associação VISÃO MUNDIAL passado nem irrelevante. Deus usou Ellen White como uma humilde serva para conceder orientações inspiradas sobre a Bíblia, profecia, saúde, educação, relacionamentos, missão, família e muitos outros assuntos. Como remanescente fiel de Deus, jamais devemos rejeitar a preciosa luz que recebemos por meio dos escritos de Sua mensageira. Nossa necessidade de Jesus R O B E R T E A S T / A N N perdão divino (justificação) e o recebimento do poder divino (santificação). Não podemos separar o que Cristo faz por nós (justificando-nos diariamente como se nunca tivéssemos pecado) daquilo que Ele faz em nós (santificando-nos diariamente, à medida que nos submetemos a Ele e permitimos que o poder do Espírito Santo transforme nossa vida, tornando-a mais semelhante à de Jesus). Esse é o “evangelho eterno” apresentado na mensagem do primeiro anjo (Ap 14:6). Isso é justificação e santificação pela fé. É por essa razão que os adventistas devem ser os mais ativos em proclamar a graça de Deus. O sangue expiatório de Jesus Cristo vertido na cruz e Seu ministério expiatório no santuário celestial têm apenas um propósito: salvar cada pecador arrependido (Hb 4:16). É essa maravilhosa, poderosa e redentora graça que somos chamados a proclamar a um mundo enfermo pelo pecado. “Não temos nenhum motivo para exaltação própria. Nossa única razão para esperança está na justiça de Cristo que nos é imputada [justificação] e na justiça que é produzida por Seu Espírito, que atua em nós e por nosso intermédio [santificação]” (Caminho a Cristo, p. 63). Espírito de Profecia Apocalipse 12:17 afirma que o povo remanescente de Deus teria “o testemunho de Jesus”. Apocalipse 19:10 explica que “o testemunho de Jesus é o espírito de profecia” (NVI). O mesmo Espírito que guiou os santos homens da antiguidade levantou, nesses últimos dias, uma mensageira para a igreja de Cristo. Nos escritos de Ellen White, Deus nos concedeu um dos maiores dons que seria possível. Assim como a Bíblia, o Espírito de Profecia não é ultra- 10 Adventist World | Setembro 2010 Quando utilizamos a expressão “igreja remanescente”, jamais devemos entendê-la de forma egocêntrica e exclusivista. Devemos ser as pessoas mais humildes do mundo, reconhecendo nossa completa necessidade do Salvador e louvando-O por nos convidar a fazer parte desse movimento profético. A mensagem de Cristo precisa ser proclamada por um povo que é semelhante a Ele em amor. Quando somos transformados por Sua graça, levamos a mensagem bíblica de forma humilde e amável. Quando estivermos completamente subjugados aos braços do Senhor, Ele agirá por nosso intermédio de forma poderosa para dar a derradeira mensagem de misericórdia a um mundo agonizante. Nosso sucesso para cumprir a missão divina depende de sermos submissos à Palavra de Deus e dependentes do Espírito Santo. Ellen White afirma que “um reavivamento da verdadeira piedade entre nós, eis a maior e a mais urgente de todas as nossas necessidades. Buscá-lo, deve ser nossa primeira ocupação” (Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 121). À medida que estivermos diariamente ligados a Cristo e permitirmos que Ele atue por nosso intermédio, seremos usados pelo Espírito Santo para proclamar a graça divina e abreviar a volta de Cristo. Quando os egípcios estavam perseguindo os filhos de Israel, após o êxodo, os israelitas se viram presos pelo deserto à direita, as montanhas à frente, o mar Vermelho à esquerda e, atrás, o exército do faraó se aproximava (Êx 14:5-12). Mas eles deixaram de confiar no poder de Deus. Tudo que podiam ver eram os obstáculos. Que obstáculos enfrentamos hoje? Montanhas de dúvidas e ceticismo sobre a Bíblia? Exércitos de confusão espiritual? Um mar de conflitos familiares e pessoais? Montanhas de dificuldades financeiras? Apesar de todas as circunstâncias, Deus abrirá um caminho à nossa frente. Ellen White escreve: “Frequentemente a vida cristã é assediada de perigos, e o dever parece difícil de cumprir-se. A imaginação desenha uma ruína iminente perante nós, e, atrás, o cativeiro ou a morte. Contudo, a voz de Deus fala claramente: ‘Avante!’ Devemos obedecer a esta ordem mesmo que nossos olhares não possam penetrar nas trevas, e sintamos as frias vagas em redor de nossos pés. Os obstáculos que embaraçam nosso progresso nunca desaparecerão diante de um espírito que se detém ou duvida” (Patriarcas e Profetas, p. 290). Portanto, olhe para o Deus todo-poderoso que o conduzirá em meio a qualquer dificuldade que você enfrentar. Jamais perca sua plena confiança nEle. Sempre obedeça a Seu comando: “Avante!” Geral Avante, sem retroceder Avante, sem retroceder. Não caia no erro de aceitar formas de adoração ou métodos evangelísticos apenas porque são novos e populares. Devemos pôr à prova todas as coisas pelo padrão da suprema autoridade da Palavra de Deus e das instruções contidas nos escritos de Ellen White. Não ceda a movimentos que prometem sucesso espiritual com base em uma teologia defeituosa, mas procure métodos e programas evangelísticos fundamentados em sólidos princípios bíblicos e no tema do grande conflito. Avante, sem retroceder. Devemos utilizar estilos de adoração e de música que sejam centralizados em Cristo e firmados na Bíblia. Reconhecemos que as formas de adoração e as culturas variam ao redor do mundo, mas não retroceda rumo a configurações confusas em que música e adoração enfatizam tanto as emoções e experiências que é perdido o foco central na Palavra de Deus. Toda adoração, seja simples ou complexa, deve exaltar a Jesus Cristo, e não a nós mesmos. Avante, sem retroceder. Não se entregue à falsa teologia, que desvia dos pilares da verdade bíblica e das crenças fundamentais da Igreja Adventista. Nossas crenças, que são bíblicas, permanecerão firmes até a volta de Cristo. Ellen White escreve: “Que influência essa, que desejaria levar os homens, neste período de nossa história, a trabalhar de modo enganador e poderoso, para solapar os alicerces de nossa fé – alicerces lançados no princípio de nossa obra mediante devoto estudo da Palavra e pela revelação? Mensagens de toda espécie e feitio têm feito pressão sobre os adventistas do sétimo dia, pretendendo substituir a verdade que, ponto por ponto, tem sido buscada com estudo e oração, e atestada pelo poder milagroso do Senhor. Mas os marcos que nos tornaram o que somos devem ser preservados, e assim será, conforme Deus mostrou mediante Sua Palavra e o testemunho de Seu Espírito. Ele nos conclama a nos apegarmos firmemente, com a mão da fé, aos princípios fundamentais que têm base em autoridade inquestionável” (Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 207, 208). Avante, sem retroceder. Permaneça firme na Palavra de Deus, como ela é lida e compreendida literalmente, de acordo com o sentido natural do texto. Devemos sempre reconhecer que somos criaturas finitas e caídas observando as obras de um Criador infinito e onipotente, e que existem coisas na natureza e na Bíblia que não compreendemos plenamente. Mas aquilo que o Senhor, em Sua misericórdia, nos deu em linguagem clara para ser aceito como fato não deve ser colocado em dúvida. Não distorça o relato de Gênesis capítulos 1 a 11, interpretando-o como alegórico ou meramente simbólico. A Igreja Adventista do Sétimo Dia crê no relato bíblico da Criação, a qual ocorreu há poucos milhares de anos, em seis dias literais, consecutivos e contíguos de 24 horas. Se Deus não houvesse criado a Terra em seis dias literais e então santificado o sábado, por que iríamos adorá-Lo no sétimo dia, como adventistas? Entender a criação de forma equivocada significa negar a Palavra de Deus e o próprio objetivo do movimento adventista em proclamar as três mensagens angélicas. Não retroceda ao evolucionismo ateísta ou mesmo teísta. Devemos ir avante ao entendimento profético de que a lealdade a Deus, nosso Criador e Redentor, será vista na observância do sábado como característica distintiva do povo de Deus no tempo do fim. Somos instruídos: “Não forceis o sentido de sentenças bíblicas no esforço de produzir qualquer coisa de singular a fim de comprazer a fantasia. Tomai as Escrituras como rezam” (Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 170). Avante, sem retroceder. Permita que a Bíblia seja sua própria intérprete. Nossa Igreja tem utilizado o método históricogramatical para entender as Escrituras, permitindo que a Bíblia interprete a si mesma. O método histórico-crítico, no entanto, põe o leitor acima do sentido natural das Escrituras e fornece uma licença inapropriada para que ele decida o que é verdade, com base nas teorias humanas em que foi instruído. Esse tipo de abordagem leva as pessoas a descrer de Deus e de Sua Palavra. Para aprender a interpretar corretamente a Bíblia, você pode utilizar os vários recursos produzidos por estudiosos adventistas, tais como Compreendendo as Escrituras: Uma Abordagem Adventista,1 Interpreting Scripture: Bible Questions and Answers [Interpretando as Escrituras: perguntas e respostas]2 e Andrews Study Bible [Bíblia de estudo Andrews].3 Avante, sem retroceder. Aceite o Espírito de Profecia como um dos maiores dons concedidos à Igreja Adventista, relevante não apenas para o passado, mas ainda mais para o futuro. Embora a Bíblia seja a autoridade suprema e o árbitro final da verdade, os escritos de Ellen White fornecem um guia claro e inspirado para auxiliar em nossa compreensão da verdade bíblica. Eles são uma bênção maravilhosa para dirigir a igreja de Deus nos últimos dias da história da Terra. O breve retorno de Jesus Jesus virá em breve! Logo, veremos no Céu uma pequena nuvem negra, aproximadamente da metade do tamanho da mão humana. Então, ela se tornará mais e mais brilhante e gloriosa. E lá, assentado em meio a milhões de anjos, estará Aquele a quem tanto esperamos. Não o Cordeiro ferido, não o Sumo Sacerdote, mas o Rei dos reis e Senhor dos senhores – Jesus, nosso Redentor! Olharemos para cima e exclamaremos: “Eis que este é o nosso Deus, em quem esperávamos” (Is 25:9). Cristo olhará para baixo e dirá: “Muito bem, servo bom e fiel. Entra no gozo do teu Senhor” (ver Mt 25:21, 23). Então, subiremos para encontrar o Senhor nos ares, iremos para o lar eterno e viveremos eternamente com Cristo. Que esplendoroso destino para nossa jornada! Aceite a maravilhosa graça de Cristo em sua vida. Vá avante ao renovar seu compromisso com Ele e ao proclamar a graça de Deus e as três mensagens angélicas. ¹ Editado por George W. Reid (Engenheiro Coelho, SP: Imprensa Universitária Adventista, 2007). ² Editado por Gerhard Pfandl (Silver Spring, MD: Biblical Research Institute, 2010). ³ Editado por Jon L. Dybdahl (Berrien Spirngs, MI: Andrews University Press, 2010). Setembro 2010 | Adventist World 11 D E V O C I O N A L O seguinte devocional foi apresentado durante as reuniões do Ministério da Mulher na Assembleia da Associação Geral, em Atlanta, Geórgia, EUA, em 30 de junho de 2010. –Os Editores. E xistem dois tipos de pessoas na sociedade: as que desesperadamente necessitam de um Salvador e as que estão capacitadas a proclamar a mensagem sobre o Salvador. O problema é que muitos que pertencem à segunda categoria encontram todo tipo de desculpas para não compartilhar o que têm. Os supostos obstáculos para o testemunho incluem cansaço, egoísmo, sobrecarga de trabalho, baixa autoestima, falta de preparo ou de dons. E a lista continua. Precisamos nos lembrar de que Jesus sacrificou Sua própria vida para obtermos a vida eterna. Ele suportou tentações, rejeição, humilhação, insultos, traição, falsas acusações e, finalmente, a cruz. Ao longo de tudo isso, entretanto, Ele permaneceu concentrado em Sua missão; essa também deve ser nossa atitude. A salvação não é barata; alguém tem que pagar o preço. E Jesus pagou com a vida. Cristo não pede que paguemos a salvação com nossa vida, porém solicita que entreguemos nossos talentos, nosso tempo, nosso tesouro (tudo gratuitamente dado por Ele), para que Sua missão continue no mundo. Cada indivíduo deve doar de acordo com o que Deus lhe concedeu. Se você teve um encontro pessoal com Deus, se recebeu Sua graça, se reconheceu Seu cuidado e amor, será capaz de enxergar o que outros talvez não consigam: o sofrimento das pessoas, que são a “menina dos olhos” de Deus. O evangelho não é apenas uma história; é uma experiência que, depois de vivida, nos obriga a dividi-la com outros. Nas palavras de Paulo, “o amor de Cristo nos constrange” (2Co 5:14).* 12 Adventist World | Setembro 2010 Proclamando, Amor , graca deus com a Por Joy Gashaija de Como utilizar os dons que recebemos Herança ou Compromisso Pessoal? Certo dia, uma senhora católica me perguntou: – Joy, por que você é protestante? – Porque meu pai é protestante – respondi honestamente. Era uma questão de herança, de cultura, que não tinha que ver com convicção pessoal. A pergunta, porém, me incitou a buscar a graça de Deus para revelar a mim a verdade do evangelho. E o conhecimento dessa verdade mudou completamente minha vida. Esse não era mais um assunto de meu pai, de minha herança ou cultura, mas uma questão de Cristo, de escolha, de compromisso. Hoje, eu lhe faço a mesma pergunta: Por que você é adventista do sétimo dia? Por causa de tradição familiar? Por casamento? Para manter seu emprego? Ou por que você acredita nas palavras de João 3:16: “Porque Deus tanto amou o mundo que deu o Seu Filho Unigênito, para que todo o que nEle crer não pereça, mas tenha a vida eterna”? Será que realmente cremos? Nossa fé é forte o suficiente para nos levar a proclamar, com amor, a graça de Deus? Estamos levando os fardos daqueles que sofrem e perecem sem conhecer a Cristo? Consideramos ser nossa responsabilidade proclamar a graça de Deus à nossa sociedade, usando os dons espirituais que Deus nos concedeu? Se você e eu aceitamos a Cristo como nosso Salvador pessoal, então temos a urgente responsabilidade de obedecer à “Grande Comissão” de L E N N O X A . C O H A L L Assembleia da Associação Geral Esquerda: REUNIDAS PARA RENOVAR: Os departamentos do Ministério da Mulher e Afam realizaram uma série de reuniões (de 28 de junho a 1 de julho) para mulheres não delegadas durante a Assembleia da Associação Geral, em Atlanta, EUA. Mateus 28:19 por meio do uso individual de nossos dons espirituais. Durante Seu ministério, Jesus priorizava as pessoas em todas as ocasiões. Ele, porém, dava atenção especial aos pobres, feridos e injustiçados. Vemos isso em Sua parábola do julgamento final em Mateus 25:31-46. Deus abençoou a maioria de nós, mulheres, com o dom de ajudar os feridos onde vivemos; as viúvas, doentes terminais, os solitários, aqueles que sofreram abuso, os abandonados, prostitutas, prisioneiros, analfabetos, marginalizados e todos os que perderam a esperança. Outros, em nossa sociedade, podem ter tudo que o mundo oferece e, mesmo assim, se sentirem vazios. Embora desejem uma realização, não têm ideia de onde encontrá-la. Eles procuram alegria nas drogas, álcool, fumo, sexo e outras coisas que só proporcionam alívio temporário. Onde vivemos, há outros, ainda, que procuram diariamente a verdade. O que todas essas pessoas necessitam é do evangelho de amor e compaixão. Descobrindo Nossos Dons Espirituais Alguém disse que “o verdadeiro dom espiritual abre portas, transforma vidas e constrói o corpo de Cristo”. O primeiro passo para identificar nosso dom é aceitar a Cristo de todo o coração. Só assim Ele transformará nossos talentos naturais em dons espirituais. O motivo pelo qual nos apegamos tão fortemente aos nossos talentos é que ainda não aceitamos plenamente a maravilhosa graça de Deus ou não somos gratos o suficiente por ela. Quando falamos em proclamar o evangelho, nossa tendência é pensar que isso é um trabalho para pastores e professores, que se aperfeiçoaram na arte de falar em público e têm na ponta da língua todas as fórmulas doutrinárias e crenças fundamentais. Isso pode ser verdade, se estivermos falando sobre aqueles poucos que receberam o dom de trabalhar no evangelismo público. Entretanto, o que dizer de nós? Onde nos encaixamos? Será que a missão dada em Mateus 28:19 se aplica apenas aos que falam de maneira eloquente? Ou também se aplica aos que não têm autorização ministerial para batizar? Estou convicta de que se aplica também a nós. A Bíblia menciona uma grande diversidade de dons que Deus deseja usar: exortação, generosidade, discernimento, conhecimento, liderança, profecia, ensino, sabedoria, serviço, misericórdia, cura, fé (veja 1Co 12:8-12). Essa diversidade, criada pelo próprio Deus, capacita os cristãos a servirem como poderosas ferramentas para a proclamação do evangelho. Qual é o seu dom? Muitos pensam que não possuem nenhum. Uma senhora idosa ouviu um tocante sermão de seu pastor sobre os dons espirituais. Mesmo sendo cristã por muitos anos, percebeu que não sabia qual dom Deus havia lhe concedido, nem mesmo da lista de 27 que o pastor mencionou no sermão. Depois de falar sobre esse problema ao pastor, ele garantiu que Deus havia dado a ela pelo menos um dom, e tudo que ela precisava era começar o processo de descobri-lo. “Pense nas coisas que a senhora faz bem”, disse o pastor, “e ore para que Deus lhe mostre qual delas pode ser usada para Sua glória.” Enquanto orava, ela se lembrou de que amava fazer pão, e fazia isso muito bem. Será que esse seria o seu dom, mesmo não sendo mencionado na lista de dons? Ela teve uma ideia. Um jovem casal havia se mudado recentemente para perto de sua casa. Ela poderia fazer um pão e dar-lhes como presente de boas-vindas. Foi o que ela fez. “Eu moro aqui do lado”, disse ela quando a nova vizinha abriu a porta. “Aqui está um presentinho de boas-vindas para vocês.” Depois disso, virou-se e foi embora. A vizinha ficou parada no lugar, falando para si mesma: Esse pessoal que mora por aqui é engraçado! Mas fico feliz porque fomos bem recebidos. Enquanto ela abria os guardanapos, o cheiro gostoso de pão fresco enchia o ar. No jantar, ela contou ao esposo o que havia acontecido e colocou o pão na mesa, e o pão estava tão gostoso quanto o cheiro. Aquela irmã fez um pão para seus vizinhos todos os dias daquela semana; no sábado, porém, ela não fez. Os vizinhos esperaram, mas o pão não veio naquele dia. Eles ficaram decepcionados, pois já haviam se acostumado com aquele pão especial. No domingo pela manhã, quando aquela irmã levou outro pão para os vizinhos, muito felizes ao vê-la, perguntaram o que tinha acontecido no dia anterior. Ela, então, teve a chance de falar sobre sua fé e sobre o sábado. Eles quiseram saber mais sobre os adventistas e, assim, nossa irmã convidou o pastor para fazer-lhes uma visita. Eles também convidaram seu padre para o encontro. Para encurtar a longa história, o casal e o padre aceitaram a mensagem adventista. Tudo porque nossa irmã usou seu dom: o dom de fazer pão. O que estamos fazendo com o que temos? *Todos os textos bíblicos foram extraídos da Nova Versão Internacional. Joy Gashaija é diretora do Ministério da Mulher para a Divisão Centro-Leste Africana, com sede em Nairóbi, Quênia. Setembro 2010 | Adventist World 13 ARTIGO ESPECIAL Assembleia da A s s o c i a ç ã o G e ra l Liberto do R . A U S T I N Benjamin Hacheked, presidente da Associação do Norte de Camarões, relata sua história. H O Paganısmo PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO NORTE DE CAMARÕES: Benjamin Hacheked Por Sandra Blackmer B enjamin suspirou aliviado quando surgiu um clarão azul-dourado no horizonte africano. Logo estará claro o suficiente para descer a montanha, pensou ele. Nunca a manhã havia demorado tanto a chegar para Benjamin. Seu tio, que ajudou a criá-lo após a morte de seu pai, não compreendia sua nova fé. Benjamin sabia que seu tio estava preocupado, pois os vizinhos perderiam o respeito por ele se soubessem que seu sobrinho se tornara um cristão adventista. Temendo que dessa vez seu tio não permitisse que ele fosse à igreja, Benjamin decidiu que dormiria na encosta da montanha naquela sexta-feira à noite e, de lá, andaria vários quilômetros até a igreja, para assistir à Escola Sabatina. Benjamin amava seu tio, mas sua nova fé e o amor por Jesus levaram-no a perder o medo de desagradá-lo. Agora ele era um seguidor de Jesus e, mesmo jovem, com 15 anos de idade, seu compromisso com Deus o conduziu a uma nova direção. Sandra Blackmer é editor assistente da Adventist World. 14 Adventist World | Setembro 2010 Hoje, anos mais tarde, Benjamin Hacheked serve à Igreja Adventista como presidente da Associação do Norte de Camarões, com sede numa cidade do oeste africano, chamada Maroua. Quase 46 mil adventistas frequentam cerca de 400 igrejas naquela região árida e acidentada, e escolheram Benjamin para ser seu líder espiritual. Ele também é responsável pelas três escolas fundamentais e três escolas de ensino médio. O tio de Benjamin, embora ainda não seja cristão, às vezes vai à igreja com o sobrinho, que diz estar fazendo o possível para levá-lo a Cristo. “Conheci o Senhor e me uni à Igreja Adventista por meio de um jovem chamado Mallam, que era filho do nosso vizinho e um pouco mais velho do que eu”, explica Benjamin. “Ele me incentivou.” Benjamin relata que a educação adventista também foi muito importante para ele. Seus primeiros anos de estudo foram numa sala de aula com apenas um professor, na escola adventista de Koza, onde há também um hospital adventista. Ele passou o restante do período escolar em escolas públicas, porém fez o curso superior no Seminário Adventista da África Ocidental (hoje Universidade Babcock), na Nigéria. Logo após concluir o curso, Benjamin se tornou pastor e, em seguida, diretor do ministério de publicações para a região Acima: ESCOLA EM CAMARÕES: O diretor da escola adventista em Dogba, norte de Camarões, prepara-se para a aula. Não há disponibilidade de livros ou qualquer outro material didático para ser usado por professores ou alunos. Esquerda: CONFRATERNIZAÇÃO: Mulheres adventistas se reúnem na sexta-feira à tarde. norte de Camarões. Em 2007, ele foi eleito líder da Igreja para a mesma região. Vida no Norte de Camarões “Sinto-me privilegiado em servir a Deus em Camarões”, diz Benjamin. “O povo é missionário e muito comprometido com o Senhor. São pessoas felizes, fiéis e muito trabalhadoras. Nada neste mundo é perfeito, mas eles fazem o seu melhor.” Os adventistas do país compartilham sua fé através do evangelismo público. “A maioria das pessoas nas vilas não teve acesso à escola, por isso muitos não sabem ler. Quando, porém, os que sabem ler organizam os eventos de evangelismo público, todos participam”, acrescenta Benjamin. Ele acrescenta que o norte de Camarões é uma região de maioria muçulmana e que muitas vilas nunca viram uma Bíblia. “Os muçulmanos respeitam os adventistas. Eles gostam de nossa mensagem e dizem que os adventistas têm a verdade. Mas sentem medo, porque, quando alguém se torna cristão, é rejeitado pela família e pela sociedade. Não é fácil. Oro para que um dia seja permitido ao nosso povo escolher a religião que desejar seguir. Será uma grande bênção”, declara Benjamin. F O T O S : L A R R Y D . B L A C K M E R Larry Blackmer, vice-presidente e diretor de educação da Igreja para a América do Norte, visitou o norte de Camarões em fevereiro, para falar em um congresso na Universidade Adventista Cosendai. Quando esteve em Camarões, Benjamin o levou para visitar uma escola adventista localizada na remota Dogba. “Vimos cenas de partir o coração, a mais profunda miséria e desnutrição”, diz Larry, “e a escola funciona sem ter acesso a livros e outros materiais. Entretanto, as pessoas, especialmente as crianças, são maravilhosas; são amigáveis e sorridentes. Foi muito bom encontrar-me com elas. Descobri, também, que Camarões é um belo país, com paisagens de tirar o fôlego e uma fantástica vida silvestre.” Larry afirma que já conhece Benjamin muito bem, pois passaram muitas horas juntos, viajando por estradas de terra cheias de buracos. “Ele me recebeu muito gentilmente e é um cristão sincero”, diz ele. “Obviamente ele é muito amado pelas pessoas.” Na Assembleia Mundial da Igreja Para Benjamin, que nunca havia saído do oeste africano, aterrissar no aeroporto de Atlanta, Geórgia (EUA), como delegado na 59ª Assembleia da Associação Geral, quebrou Setembro 2010 | Adventist World 15 A RT I G O E S P E C I A L Vıagem Por Sandra Blackmer seus preconceitos sobre a vida nos Estados Unidos. “O mundo ocidental”, diz ele, “está além de minhas expectativas e é bastante diferente da vida em meu país.” “Há mais de duzentas tribos em Camarões”, explica Benjamin. “Cada tribo ou grupo de tribos tem suas próprias tradições e cultura. Na igreja do norte de Camarões, por exemplo, as mulheres sentam-se de um lado da igreja e os homens, do outro. As mulheres usam véu na cabeça para orar. Devido à cultura do país, elas não usam calças compridas.” Os habitantes das aldeias vivem em cabanas de palha sem “luxos” como eletricidade e água encanada. Eles compram seus alimentos diariamente, pois não têm refrigerador para conservá-los. Assim, para Benjamin, Atlanta representou uma grande mudança de paradigmas. “Eu não sei exatamente que palavras usar para descrever o que vi em Atlanta”, diz ele. “Se eu não conhecesse a Bíblia, seria tentado a dizer que aqui é o Céu do qual as pessoas falam. Tudo é bonito e bem arrumado, os trens e as estradas. Todos os veículos parecem novos e da melhor qualidade. O Georgia Dome (onde ocorreram as reuniões da Igreja] é outro milagre. Não entendo como as pessoas podem construir algo assim.” Benjamin teve boas impressões sobre as pessoas que conheceu em Atlanta. “Todas as pessoas que você encontra, homem ou mulher, são muito atenciosas e gentis. Se algo cai no chão, eles pegam para você”, diz ele. Quando questionado sobre o custo financeiro envolvido em uma reunião mundial da Igreja, Benjamin respondeu: “O dinheiro foi feito para ser gasto. Deus pode prover recursos se o resultado for positivo. É verdade que custa bastante dinheiro, mas as reuniões da Associação Geral fortalecem a fé, atraem convidados especiais e levanta opiniões na Igreja Adventista. Essas coisas são muito boas.” Histórias para Contar Quando Benjamin voltar para casa e encontrar a esposa, Tchived Rachel, o filho de três anos de idade, Nanela Hacheked Samuel e o segundo filho, que está a caminho (conforme Benjamin, já deverá ter nascido quando chegar), ele vai ter muita história para contar. Benjamin descreve seus planos: “Vou dizer aos meus amigos e colegas de trabalho que Deus realmente está dirigindo Sua igreja e que Ele está no controle dos negócios dela. Aprendi que a Igreja é realmente democrática e tem visão de futuro. Ela é bem organizada e segue os princípios bíblicos.” “Estou feliz de pertencer à Igreja Adventista do Sétimo Dia”, acrescenta. “Eu vim do paganismo e sou muito grato ao Senhor porque agora conheço a verdade sobre Deus e sobre o sábado. Realmente somos o povo de Deus.” 16 Adventist World | Setembro 2010 Oferta para manter ministérios da saúde, educação e evangelismo na Janela 10/40 E le ficou paralisado ao observar uma garotinha de uns 10 anos de idade, que saía de uma grande caixa de papelão. Dois meninos menores, aparentemente seus irmãos mais novos, saíram em seguida. O corpo dos garotos estava coberto de feridas. Estavam pálidos e lânguidos. Ele viu o garotinho menor encostar a cabeça no peito da irmã e começar a chorar baixo. Ele podia ouvir a compaixão na voz da menina enquanto falava com doçura e carinhosamente afagava a cabecinha dele. Em seguida, ela voltou para a caixa – o “lar” deles – e pegou três tigelas pequenas. “Quando lembro-me daquele cena, ela ainda me parte o coração”, disse Michael L. Ryan, um dos vice-presidentes da Igreja Adventista mundial, durante o apelo para a oferta do primeiro sábado do congresso. “Como eu gostaria de ter feito mais para mudar a vida daquelas crianças, além dos poucos dólares que dei a elas!” O alvo das ofertas da assembleia mundial da Igreja, de acordo com Ryan, é ajudar a iluminar um caminho de esperança para milhões de pessoas ao redor do mundo, que vivem como aquela família. “Essa Igreja foi organizada para cumprir uma missão global”, disse Ryan. “Essa missão, porém, não será levada avante pelo nosso poder, mas pelo poder do Espírito Santo. Nós somos uma família com uma missão.” As ofertas arrecadadas durante a assembleia foram destinadas a subsidiar o evangelismo numa região Sandra Blackmer é editora assistente da Adventist World. m pela Assembleia da Associação Geral Rota da seda anteriormente conhecida como Rota da Seda, um caminho que passa pela China, Índia, Paquistão, Afeganistão, Ásia Central, Turquia e Oriente Médio – região hoje conhecida como Janela 10/40. A Janela 10/40 é um retângulo imaginário a 10º ao norte da linha do Equador, na parte inferior e 40º ao norte, na parte superior, e que se estende desde o noroeste da África até o Oriente Médio, avançando pela Ásia. Gary Krause, diretor da Missão Adventista, afirma: “Esse é um modo simbólico de chamar a atenção para aquela área e dizer que é lá, naquela janela, que vive a maior parte da população do mundo. É também a região onde há maior pobreza, onde há o menor número de cristãos e para onde, ao longo da história, o cristianismo enviou menos recursos.” F O T O S : C O R T E S I A D A M I S S Ã O A D V E N T I S TA Gary Krause disse ainda à Adventist World que o dinheiro será destinado às respectivas regiões administrativas da Igreja, que selecionarão projetos específicos. Eles serão, entretanto, encorajados “a utilizar uma abordagem evangelística e holística para tentar ‘construir pontes’ nessas sociedades, nas áreas de saúde, educação e pioneirismos da Missão Global”, disse ele. “Cada centavo dessa oferta irá para a linha de frente e será contextualizado para alcançar as pessoas onde elas estiverem.” “A Igreja escolheu a Rota da Seda porque estávamos procurando as regiões mais necessitadas do mundo, lugares onde o cristianismo é mais fraco”, disse Krause. “Queremos alcançar os que aguardam a esperança que o evangelho traz.” Setembro 2010 | Adventist World 17 A RT I G O E S P E C I A L Ministérios na Vıtrıne Por Evan Knott Destaques do Salão de Exposições M ais de duzentos expositores ocuparam aproximadamente 60 metros quadrados que deslumbraram milhares de adventistas presentes na assembleia mundial da Igreja, ocorrida em julho deste ano, na cidade de Atlanta, Geórgia, EUA. Dean Rogers, gerente de exposições da assembleia, relata que o número de expositores foi semelhante ao de reuniões mundiais anteriores. “Acho que a grande diferença desta assembleia é a qualidade das exposições”, afirma. “Temos vários estandes muito atrativos para os visitantes.” Entre os estandes ali presentes, estava o do Union College, cuja atração era uma parede para escalada, com mais de 7 metros de altura. A parede atraiu especialmente crianças e jovens, mas não foi apenas esse público que participou da atividade. “Tivemos uma senhora de 69 anos de idade”, diz Karla Navarrete, aluna e expositora do Union College, sorrindo. “Enquanto subia, o público torcia por ela.” Karla disse que a torcida e o incentivo às pessoas enquanto escalavam é um exemplo da atmosfera que existe no Union College. “Nós apoiamos nossos jovens. Estamos sempre juntos.” Outro estande foi apresentado por La Voz da La Esperanza (A Voz da Profecia, em espanhol), ministério de mídia cujo alvo é levar a mensagem do evangelho aos hispanos de todo o mundo. O administrador e tesoureiro Charles Garcia diz que o objetivo do estande é promover a rede de televisão e as mais Evan Knott é estudante de Teologia e Comunicação Social na Universidade Andrews, em Berrien Springs, EUA. 18 Adventist World | Setembro 2010 de 1.300 estações de rádio que participam do ministério. “Tentamos mostrar nosso ministério ao mundo e permitir que as pessoas saibam quem somos. Assim, serão levados a procurar ajuda, não só financeira, mas poderão conhecer a Palavra de Deus por meio de nossos programas em espanhol, disponíveis em quase todos os lugares do mundo”, acrescenta Garcia. O estande da Divisão Transeuropeia exibiu um novo ministério na internet chamado “Life Connect” (Vida Conectada), uma rede social evangelística que funciona, essencialmente, como o Facebook e o Orkut. Além do formato HTML, será lançado em setembro um espaço virtual em 3-D chamado “Life Connect World” (Mundo da Vida Conectada). As pessoas poderão explorar um mundo virtual através desse programa e interagir de várias maneiras Assembleia da Associação Geral A U S T I N com outros usuários. Os usuários poderão, por exemplo, trocar receitas em restaurantes virtuais, participar de pré-lançamentos da mídia cristã ou receber estudos bíblicos. “Estamos incentivando as pessoas a serem missionários digitais”, diz Jemina da Silva Macedo, do tedMEDIA Productions. “Não forçamos ninguém a aceitar o cristianismo ou o adventismo. Estabelecer contato com as pessoas, procurando interesses comuns e, então, apresentamos conceitos espirituais.” Há vários anos, o salão de exposições é parte das assembleia mundiais da Igreja Adventista. Ele fornece oportunidade de apresentar diversos projetos aos adventistas e de conseguir apoio para cumprir a missão de propagar as três mensagens angélicas. F O T O S : A L D E N J . H O R . H O Página ao lado: CONSTRUÇÃO MILAGROSA: Imagine quantas crianças terão a vida transformada pela bênção do projeto Escola de Um Dia, da Maranatha Volunteers International. De cima para baixo: TRÊS, DOIS, UM – AÇÃO: Todos os dias o imenso salão de exposição era visitado por milhares de pessoas. Era difícil resistir ao entusiasmo de Lídia Abigais Monroy, da Guatemala, dando informações sobre a Divisão Interamericana. MISSÃO VIRTUAL: Jemima da Silva Macedo, da Divisão Transeuropeia, demonstra a Tihomir Lazic o software tedMedia de realidade virtual. Setembro 2010 | Adventist World 19 C R E N Ç A S F U N D A M E N T A I S C asamento não é fácil! De pé e em frente à porta aberta do trem, na Estação Central de Sidney, eu olhava para a pilha de malas e, em seguida, para meu relógio. Por que minha esposa estava demorando tanto para comprar uma garrafa de água? Fazia “séculos” que ela havia saído, e eu estava ficando ansioso à medida que se aproximava o horário da partida. Será que eu teria que desembarcar a bagagem e esperar pelo próximo trem? Será que ela havia tropeçado e caído? Precisava ela de minha ajuda? Ah... lá vem ela. Um tanto aliviado, encontramos nossos lugares, arrumei a bagagem ao nosso redor, desejamos feliz aniversário de casamento um ao outro (34 anos) e desfrutamos da viagem. Durante o período de namoro, como estudantes universitários sem dinheiro que éramos, Carol lecionou em Samoa, como estudante missionária, por doze meses (no tempo do “correio lesma”). Casamo-nos no ano seguinte com apenas 50 dólares no bolso e passamos a lua de mel numa barraca, no parque nacional. Estávamos apaixonados e, quando David disse a um dos seus professores em nosso casamento: “Parece um sonho”, o professor respondeu ironicamente: “Um dia você vai acordar.” Talvez esse comentário reflita as dificuldades vividas por muitas famílias Família NÚMERO 23 Jovens desenvolvem relacionamentos e ajudam à comunidade Por Carol e David Tasker de hoje. E por que ainda nos surpreendemos? Se a intenção de Satanás sempre foi difamar o caráter de Deus, e se a família é uma ideia divina, é compreensível que ele ataque ferozmente a única instituição que possibilita “felicidade da sociedade, o êxito da igreja, [e] a prosperidade da nação”.1 Casamento, Gênesis e Queda Tendo começado num cenário ideal, com duas pessoas perfeitas, o casamento devia ser uma relação de companheirismo mútuo, alegria e crescimento contínuo, tendo o próprio Criador como seu orientador e conselheiro. Porém Satanás também viu o tremendo potencial da família. A cada geração, ele tentou incessantemente destrui-la. Matrimônio e Família O casamento foi divinamente estabelecido no Éden e confirmado por Jesus como união vitalícia entre um homem e uma mulher, em amoroso companheirismo. Para o cristão, o compromisso matrimonial é com Deus bem como com o cônjuge, e só deve ser assumido entre parceiros que partilham da mesma fé. Mútuo amor, honra, respeito e responsabilidade constituem a estrutura dessa relação, a qual deve refletir o amor, a santidade, a intimidade e 20 Adventist World | Setembro 2010 a constância da relação entre Cristo e Sua igreja. No tocante ao divórcio, Jesus ensinou que a pessoa que se divorcia do outro, comete adultério. Conquanto algumas relações de família fiquem aquém do ideal, os consortes que se dedicam inteiramente um ao outro, em Cristo, podem alcançar amorosa unidade por meio da orientação do Espírito e a instrução da igreja. Deus abençoa a família e deseja que seus membros ajudem um ao outro a alcançar completa Com o fim da perfeita paz e harmonia, as famílias têm vivido em clima de conflitos. O grande conflito cósmico entre Cristo e Satanás, entre o bem e o mal, se torna mais intenso à medida que se aproxima de seu final. E isso é verdade não apenas em relação à história deste mundo, mas também em relação ao que acontece por trás das portas dos lares atuais. Josh e Sally são parte dessa batalha. Seu casamento de 18 anos está desgastado e por um fio. As palavras “na alegria e na tristeza” se reduziram a “na tristeza”. Pequenas desavenças se tornaram grandes batalhas. Josh está cada vez mais desiludido com seu trabalho. Ele nunca é promovido e sente-se como se estivesse sendo sugado por um túnel escuro sem ter como escapar. maturidade. Os pais devem educar os seus filhos a amar o Senhor e a obedecer-Lhe. Por seu exemplo e suas palavras, devem ensinar-lhes que Cristo é um disciplinador amoroso, sempre terno e solícito, desejando que eles se tornem membros do Seu corpo, a família de Deus. Crescente intimidade familiar é uma das características da mensagem final do evangelho. (Gn 2:18-25; Mt 19:3-9; Jo 2:1-11; 2 Co 6:14; Ef 5:21-33; Mt 5:31, 32; Mc 10:11, 12; Lc 16:18; 1 Co 7:10, 11; Êx 20:12; Ef 6:1-4; Dt 6:5-9; Pv 22:6; Ml 4:5, 6.) – Crenças Fundamentais dos Adventistas do Sétimo Dia, nº 23 5 Sally também está procurando mudar seu ritmo. A vida está lhe cobrando, agora na meia-idade, os anos que tentou equilibrar seus deveres como esposa, mãe, dona de casa e executiva. Ao mesmo tempo, os adolescentes Andy e Brett enfrentam problemas com seus amigos, frustrações na escola, desinteresse e incerteza sobre o futuro, o vício da pornografia e o desinteresse pela igreja. Sentem-se perdidos e distantes dos pais. O Compromisso do Casamento Esse não é um quadro animador. No entanto, podemos ver na Bíblia que Deus age de forma extraordinária nas famílias problemáticas. Mesmo em meio às disputas familiares, desespero, decepção, estupro e assassinato, podemos ver possibilidade de restauração, graça e redenção. Certamente a intenção de Deus era que todas as famílias do mundo fossem abençoadas por meio da família de Abraão (Gn 12:3). A aliança entre Deus e Seu povo se tornou a fonte da esperança nos períodos de maior desespero. A aliança não é baseada nos esforços (ou nos erros) humanos, mas na fidelidade de Deus. Sua fidelidade se estende até as famílias de hoje. Jesus, na última ceia, apresentou a relação entre a nova aliança e o perdão. O cálice simboliza Seu sangue vertido para conceder perdão e reconciliação. Para as famílias esfaceladas por diferenças aparentemente irreconciliáveis, a graça e o perdão se tornam indispensáveis. Não somente o perdão de Deus, mas de uns para com os outros. Os pais, frequentemente, perguntam como os filhos de uma mesma família podem ser tão diferentes. Viva a diferença! “Está no propósito de Deus que pessoas de diferentes temperamentos se associem.”2 Aprender a apreciar as diferenças dentro da família nos prepara para conviver com todos os tipos de pessoas da sociedade. Porque somos singulares em nossas diferenças, Deus nos mostra Seu amor de maneiras variadas. Ele tem prazer em passar tempo conosco e nos dedica Sua Linguagens do Perdão total atenção (Mt 6:26; Ap 3:20), Ele nos concede dons (Mt 7:11; Rm 6:23; Tg 1:17) e, entre Seus atos benéficos, estão a humildade e o supremo sacrifício de Sua vida (Fl 2:3-11). É-nos dito que Ele Se compadece das nossas fraquezas e dificuldades (Is 53; Hb 4:15) e que Suas palavras de afirmação nos inspiram (1Pe 2:9). ■ Expressar ARREPENDIMENTO: “Desculpe-me” ■ Assumir RESPONSABILIDADE: “Eu estava errado” ■ CORRIGIR o erro: “O que posso fazer para acertar?” ■ ARREPENDIMENTO genuíno: Falando a Linguagem Correta As “cinco linguagens do amor”,3 formuladas por Gary Chapman, ajudaram muitos a descobrir as melhores maneiras de dar e receber amor. Mais recentemente, ele e Jennifer Thomas identificaram as “cinco linguagens do perdão”4, que estão relacionadas a padrões de comunicação nas famílias, comunidades, escolas, locais de trabalho e política internacional. Quando alguém é ofendido por outra pessoa, é necessário reconhecer o erro para que se inicie o processo de restabelecimento e restauração. Uma pesquisa que durou dois anos concluiu que pessoas diferentes necessitam de diferentes tipos de desculpas. Simplesmente dizer “desculpe” pode soar insincero para algumas pessoas e insuficiente para reparar feridas. Alguns precisam ouvir a pessoa assumir a responsabilidade pelos seus atos; outros precisam ouvir que o problema não será repetido. Na Bíblia, temos um clássico exemplo dessas diferentes linguagens de perdão sendo usadas para se obter perdão e reconciliação. Os árduos esforços de Abigail para pedir desculpas a Davi, em diferentes linguagens, certamente resultaram em uma série de benefícios inesperados e de grande alcance (veja 1Sm 25). Desfrutando da Viagem – Juntos Casamento não é fácil. Mas pode ser profundamente satisfatório. E se eu tivesse atendido a meu impulso imaturo de acabar meu casamento, quando minhas inclinações egoístas foram desafiadas, nos primeiros anos de meu casamento? Que indescritível perda teria sido! Dois filhos, “Vou tentar não fazer isso de novo” ■ Pedindo “PERDÃO”: “Perdoe-me, por favor?” as famílias deles, o trabalho nas missões e muitas memórias insubstituíveis que nos lembram de uma jornada profundamente satisfatória com Deus, que é fiel, mesmo quando nós não somos. Nossa jornada não foi estática ou previsível. Tudo foi mudando ao longo da viagem: a estrada, o veículo, a paisagem, o clima, os companheiros de viagem e até a determinação (e os níveis de energia) para seguir em frente. Em meio a circunstâncias variáveis do ambiente e dos vizinhos, o povo de Deus sempre encontrou sua fonte de força e segurança na fidelidade de Deus. O Deus sempre presente e que nunca muda – o mesmo ontem, hoje e sempre – está sempre à nossa disposição. Ellen G. White, O Lar Adventista, p. 15. Ibid., p. 427. Gary Chapman, As Cinco Linguagens do Amor (São Paulo: Mundo Cristão, 1997). 4 Gary Chapman e Jennifer Thomas, As Cinco Linguagens do Perdão (São Paulo: Mundo Cristão, 2007). 1 2 3 Carol e David Tasker celebram seu casamento intercultural (Carol é da Austrália e David da Nova Zelândia) e servem como professores no Adventist International Institute of Advanced Studies, nas Filipinas. Setembro 2010 | Adventist World 21 E S P Í R I T O D E P R O F E C I A Por Ellen G. White A mensagem seguinte foi apresentada por Ellen White na Assembleia da Associação Geral de 1893, ocorrida em Battle Creek, Michigan, EUA. Essa mensagem é relevante não apenas para aquela geração de líderes da Igreja, mas também hoje, para cada filho de Deus, individualmente. Q ue sagrada responsabilidade Deus nos concedeu, fazendo-nos Seus servos na tarefa de salvar pessoas! Ele nos confiou grandes verdades, a mais solene e desafiadora mensagem que deve ser dada ao mundo. Nosso dever não é apenas pregar, mas ser uma bênção para as pessoas e nos aproximar de seu coração. Devemos usar com habilidade e sabedoria os talentos que recebemos, para apresentarmos a preciosa luz da verdade da maneira mais agradável e apropriada para levar a salvação. Confiança eus D É um grande privilégio estar ligado a Jesus. consolados por Sua presença. Podemos O apóstolo Paulo, falando do ministério da nova aliança, diz: “Dela me tornei ministro de acordo com a responsabilidade, por Deus a mim atribuída, de apresentar-lhes plenamente a palavra de Deus, o mistério que esteve oculto durante épocas e gerações, mas que agora foi manifestado a Seus santos. A ele quis Deus dar a conhecer entre os gentios a gloriosa riqueza deste mistério, que é Cristo em vocês, a esperança da glória. Nós O proclamamos, advertindo e ensinando a cada um com toda a sabedoria, para que apresentemos todo homem perfeito em Cristo. Para isso eu me esforço, lutando conforme a sua força, que atua poderosamente em mim” (Cl 1:25-29).* Que responsabilidade! Aqui é apresentada uma obra que exige mais do que meramente pregar a Palavra. É necessário representar a Cristo em nosso caráter, ser cartas vivas, conhecidas e lidas por todas as pessoas. 22 Adventist World | Setembro 2010 J O S E F “O amor de Cristo nos constrange” (2Co 5:14). Devemos nutrir amor por todos e, se aqueles para quem trabalhamos não apreciam nossos esforços, não devemos permitir que o descontentamento ou os maus sentimentos reinem em nosso coração. Murmuração, inveja e suspeitas tornam amarga e frustram a vida dos obreiros, quando deveríamos manter os olhos somente na glória de Deus. Não podemos confiar K I S S I N G E R / A N N O Que Nos Impulsiona? FAZENDO A DIFERENÇA: O Impacto Atlanta envolveu centenas de jovens e adultos, que usaram maneiras alternativas para ajudar o povo de Atlanta. A foto retrata o Desfile Jovem, realizado no sábado à tarde, dia 3 de julho. Assembleia da Associação Geral em nossos próprios esforços, como se fôssemos capazes de realizar a obra de conversão das pessoas. Apenas Deus pode convencer e converter. Jesus convida os pecadores para irem a Ele com todos seus fardos e Ele lhes dará paz. Nunca devemos nos esquecer de que Jesus nos ama. Ele morreu por nós e está vivo para fazer intercessão em nosso favor. O Pai também nos ama e deseja nossa felicidade. “Aquele que não poupou Seu próprio Filho, mas O entregou por todos nós, como não nos dará juntamente com Ele, e de graça, todas as coisas?” (Rm 8:32). Pastores e líderes, vocês devem ser, para a igreja, exemplos de fé, confiança e amor. O Senhor os encarregou de cuidar de Sua igreja. Será seu trabalho feito com fidelidade no temor do Senhor? Estão convictos de que devem aproveitar toda oportunidade para receber graça e poder do alto, para realizar para Deus o melhor serviço possível? surgirá oportunidade para que todos os poderes da mente sejam utilizados no serviço de Deus. Devemos conhecer Sua vontade e obedecê-la. Irmãos na fé, não demonstrem incertezas e dúvidas. Sigam nosso Guia de perto. Vocês não se perderão no caminho, a menos que desprezem o Guia; pois o Senhor protege vocês de todos os lados. Nos momentos mais escuros, Jesus será nossa luz. “A vereda do justo é como a luz da alvorada, que brilha cada vez mais até a plena claridade do dia” (Pv 4:18). É um grande privilégio estar ligado a Jesus. Mesmo em meio às provações, podemos ser consolados por Sua presença. Podemos desfrutar, hoje mesmo, da atmosfera do Céu. Podemos ser colocados na prisão pelos nossos inimigos, mas as paredes do cárcere não podem impedir a comunicação de nossa alma com Cristo. Mesmo em meio às provações, podemos ser desfrutar, hoje mesmo, da atmosfera do Céu. Se, como obreiros da igreja de Deus, vocês sentem que têm preocupações e provas muito maiores do que as enfrentadas pelos outros, lembrem-se de que podem desfrutar de uma paz desconhecida por aqueles que não levam esse encargo. No entando, não coloque sobre outros os fardos que pertencem a vocês; não aumentem a carga que eles já têm. Há conforto e alegria em servir a Cristo. O cristão dedica ao Senhor sua total afeição, mas recebe na medida em que doa; e sua linguagem não é de constante murmúrio ou de revolta. Ele não se esforça para parecer justo, mas sua vida mostra que é guiado pelo Espírito Santo. Ele pode falar com segurança de sua esperança em Cristo, porque recebeu grandes promessas de Deus. Se o obreiro cumprir as condições das promessas, a Palavra de Deus promete que o Senhor fará por ele mais do que pede. Fale de Fé, Não de Dúvida Quanto mais confiamos em Deus, mais O honramos. Demonstrar ansiedade e preocupação ao realizar Seu serviço, e falar de temores e dúvidas sobre nossa salvação – essas são atitudes que demonstram egoísmo e incredulidade. A verdadeira fé procura saber o que pode ser feito hoje. Ao assumirmos, uma a uma, as nossas responsabilidades, executando fervorosamente nossas tarefas, mesmo que pequenas, Aquele que vê todas as nossas fraquezas, que conhece todas as provações, está acima de qualquer poder da Terra; e os anjos podem vir até nós, nas celas solitárias, trazendo luz e paz celestial. Para aqueles que confiam em Deus, a prisão será como um palácio; as paredes sombrias serão iluminadas com a luz que vem do Céu, da mesma forma que brilhou quando Paulo e Silas oravam e cantavam louvores à meia-noite na masmorra de Filipos. John Bunyan [autor do livro O Peregrino] estava confinado em uma prisão de Bedford [Inglaterra] e lá teve compreensão sobre a luz que ilumina o caminho do cristão rumo à cidade celestial. Deus é a “Rocha de nossa salvação”, socorro presente na tribulação. Assim, não podemos ser imaturos bebês em Cristo, mas ousados e firmes soldados da cruz, alegrando-nos em fazer a vontade de Deus, mesmo em meio a sofrimentos. *Todos os textos bíblicos foram extraídos da Nova Versão Internacional. Este artigo foi extraído do livro Gospel Workers, p. 422-425 (edição de 1892). Os adventistas do sétimo dia creem que Ellen G. White (1827-1915) exerceu o dom de profecia bíblico durante mais de 70 anos de ministério público. Setembro 2010 | Adventist World 23 S E R V I Ç O Impacto Por Kimberly Luste Maran Atl anta Jovens desenvolvem A U S T I N R . H O H K I M B E R LY L U S T E M A R A N elena Deazle, de Wkingham, Berkshire, Inglaterra, não sabia o que aconteceria quando decidiu participar do Impacto Atlanta (iATL), um evento que desenvolveu a liderança jovem e o discipulado, e que aconteceu simultaneamente à assembleia mundial da Igreja, nos dias 23 de junho a 3 de julho de 2010. Um amigo lhe falou a Helena sobre o Impacto St. Louis, que aconteceu durante a assembleia mundial da Igreja de 2005. Assim, quando as inscrições foram abertas para o evento de 2010, Helena prontamente se inscreveu. “Meu amigo me contou que gostou muito e que foi fantástico”, diz Helena. “É realmente muito bom ajudar a comunidade ou simplesmente ter mais consciência da necessidade das pessoas. É muito bom sair, ajudar a igreja e trabalhar para a comunidade.” Helena estava entre os mais de cem jovens que atuam como líderes da Igreja e que vieram de todas as partes do mundo para Atlanta, Geórgia, EUA. De acordo com o coordenador do programa, A. Allan Martin, o objetivo dos jovens era “engajar-se ativamente na Grande Comissão de 24 Adventist World | Setembro 2010 A U S T I N R . H O Mateus 28:18-20 e no grande mandamento do amor,1 por meio de treinamento, ajuda ao próximo e adoração a Deus”.2 Martin espera que os delegados, que se encontraram com as agências comunitárias de Atlanta e residentes da comunidade envolvidos nos projetos, tenham recebido “o presente humanitário da graça em suas comunidades”. Martin diz que esses delegados não devem esperar cinco anos para se envolver novamente. “Nosso objetivo era impactar a cidade de Atlanta. Além disso, porém, tínhamos o desejo de dizer: ‘Deus estava lá quando estávamos lá, e nossa vida foi transformada.’” Processo de Transformação Vários eventos de ajuda à comunidade e treinamento para o discipulado causaram grande impacto sobre LaToya Wolfe. Natural de Chigado, Illinois, EUA, LaToya participou das quatro principais atividades de ajuda comunitária e do Impacto Atlanta.3 Muito feliz de estar ali com pessoas que investiram em jovens, LaToya diz: “Eu queria muito trocar ideias com líderes Assembleia da Associação Geral do ministério jovem de outras partes do mundo. Estudando na Universidade Andrews,4 acabamos nos envolvendo com o aspecto acadêmico do ministério e, às vezes, deixamos de crescer diariamente. Estudamos o conteúdo, mas podemos perder o processo prático. Somente o fato de observar as coisas que aconteceram em Atlanta, coisas que não estavam planejadas, foi incrível.” Mesmo tendo de cozinhar, servir as refeições, empacotar roupas para desabrigados, carregar terra e adubo para o jardim comunitário, e fazer todo tipo de tarefa para ajudar as pessoas em vários bairros de Atlanta, os delegados também aprenderam como se aproximar das pessoas e trabalhar em conjunto. LaToya declara: “Precisamos estar sempre em contato com as pessoas que ainda não tomaram a decisão de ajudar aos outros. Inclusive, do outro lado da nossa rua, há pessoas que não sabem que existimos, não sabem que Jesus existe. Como adventistas, vivemos confortavelmente em nosso ‘casulo’. Aqui, somos forçados a Da esquerda para a direita: LIMPEZA: Camille R. Merced, de Porto Rico, e Sahana Richard Injety, da Índia, passaram a tarde organizando o quarto do filho de 9 anos de idade, da “Dona Edite”. Ela é vizinha de Rustin e Stacy Sweeney, casal que se mudou para um complexo de apartamentos para pessoas com baixa renda, a fim de viver o evangelho e ali construir uma comunidade. CULTO: LaToya Wolfe (centro) de Chicago, Illinois, e outros amigos delegados, cantam durante culto no Impacto Atlanta. UMA MULHER NO PARQUE: Milton Coronado, pastor de jovens e delegado do Impacto Atlanta, completa um mural no Centenial Olympic Park, pintando uma mulher e as palavras “End It Now” (Pare com isso agora). sair de nossa zona de conforto e ver pessoas semelhantes àquelas com quem Jesus Se encontrava, falava e abraçava. Precisamos seguir a Jesus e nos lembrar do que Ele quer que façamos.” Fidi Mwero, de Redland, Califórnia, EUA, apreciou muito o treinamento sobre discipulado que ocorria durante a manhã, visitar a comunidade durante a tarde e desenvolver os relacionamentos nos cultos, à noite. Fidi, novo pastor associado para os jovens e mídia da igreja da cidade de Calimesa, Califórnia, explicou: “À tarde, você já pode usar o treinamento que recebeu pela manhã. E, ao conhecer os lugares, concluímos que missão não é ir até eles e imediatamente tentar fazer com que sejam como eu sou, fazer deles adventistas, tentar consertá-los ou consertar o que está errado. É simplesmente ir e desenvolver a amizade, ‘construir pontes’ e mostrar a eles o amor de Deus. Em alguns casos, talvez procuramos atender só o grupo de nossa idade; mas aprendemos, nos unimos, juntos tivemos a vida transformada. Esperamos que, ao voltarmos de onde viemos, sejamos luzes em nossa comunidade.” Juntos na Missão Desde reunir lápis de cera até lavar louça; de cuidar de crianças a arrancar ervas daninhas; de ouvir os testemunhos de recuperação de viciados em drogas a incentivar as pessoas a assinar um abaixo-assinado contra a violência à mulher,5 o Impacto Atlanta deu aos delegados os instrumentos para descobrir oportunidades para uma liderança servidora em sua própria comunidade. Janelle Cuthbert, de Melbourne, Austrália, participou do Impacto St. Louis em 2005 e crê que aprendeu algo muito importante nos dois eventos: “Não é difícil se envolver; você só tem que procurar as pessoas e ajudá-las. Todos necessitamos de ajuda em diferentes ocasiões. Precisamos entender que nem sempre as pessoas expressam gratidão pelo que fazemos. Nós separamos alguns lápis de cera e ajudamos a dobrar camisetas. Quando vamos e ajudamos, conhecemos as pessoas.” Os delegados passaram dez dias conhecendo a Deus, sua comunidade e uns aos outros. Embora o serviço fosse o principal componente dessa atividade, não era o único objetivo. Segundo Martin, no mesmo grau de importância estavam a adoração a Deus e os relacionamentos. “Tentamos mostrar aos delegados que é fundamental ter relacionamentos semelhantes aos que Jesus mantinha. O toque gentil é mais importante que ser bem ‘treinado’. Deus nos dará o que necessitamos; só precisamos atender o Seu chamado.” “O Impacto Atlanta foi um catalisador na minha vida, para que eu entendesse melhor quem é Deus, quão importante é chegar até as pessoas da comunidade e como compartilhar a minha fé”, diz Cuthbert. “Agora, tenho muito mais coragem para fazer esse tipo de trabalho e vou ajudar nas atividades de minha igreja. Você precisa se tornar amigo das pessoas para levá-las a Jesus.” Mateus 28:19, 20 e Lucas 10:27. Eventos como “Aventura do Discipulado”, confraternizações em restaurantes e os cultos “Encontros com Deus”. 3 Projetos “Casa de Minha Irmã”, “Serviço Abrigo Vermelho” (metrô de Atlanta), “Oseias Alimenta o Faminto” e o lar comunitário da família Sweeney. 4 A Universidade Andrews está localizada em Berrien Springs, Michigan, Estados Unidos. 5 enditnow (pare com isso agora) é uma campanha mundial, lançada em outubro de 2009, numa parceria entre a Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (Adra) e o Departamento do Ministério da Mulher da Associação Geral. A campanha tem como objetivo reunir milhares de pessoas que apóiem e trabalhem juntos para ajudar a erradicar a violência contra mulheres e meninas no mundo. A campanha se associou ao Impacto Atlanta numa petição assinada no centro da cidade de Atlanta, Geórgia, EUA. O abaixo-assinado fará parte de muitos outros que serão apresentados às Nações Unidas para estimular a criação de novas leis e diretrizes de proteção e capacitação de mulheres e meninas. 1 2 Kimberly Luste Maran é editora assistente da Adventist World. Setembro 2010 | Adventist World 25 P E R G U N TA S B Í B L I C A S E todos pecadores. A impecabilidade de Jesus cria problemas ssa pergunta, formulada de diferentes maneiras, é muito frequente. Sempre reluto em respondê-la, pois teológicos para os que querem considerá-Lo muito existe o risco de especular sobre fatos que desconhesemelhante a nós. É nesse ponto que Sua singularidade é manifestada com grande poder. Quer creiamos ou não – e cemos. É surpreendente que alguns levam suas especulações eu, pessoalmente, creio –, Ele é diferente de todos nós! Ele tão a sério que se tornam dogmáticos sobre elas. A humildade deveria ser a característica fundamental de qualquer nunca cometeu nenhuma forma de pecado, seja em atos pessoa que estuda a Bíblia. ou pensamentos. Ele é o único e exclusivo ser humano que viveu sem pecado. É essa singularidade que leva as pessoas Sobre essa pergunta, em particular, minha relutância se a perguntarem: E se Ele tivesse pecado? Parece que Sua deve ao fato de que sabemos o que realmente aconteceu. Sabemos que Jesus não pecou (2Co 5:21; Hb 4:15; 7:26). Isso impecabilidade provoca em nós algum desconforto. Mas não deveria ser assim, pois já deveria ser o suficiente. a vida sem pecado de Jesus Mas os que estão interessados na questão insistem no é o pré-requisito para a assunto: Ele poderia ter peexpiação. cado? Se tivesse pecado, quais 3. O futuro de Jesus. seriam as consequências do Podemos também afirmar Seu pecado? Para não termos que o futuro de Jesus e o que tratar desse assunto ounosso futuro são o mesmo, tra vez, deixe-me fazer alguns porque Ele venceu o mal e comentários que podem – ou nos reconciliou com Seu P E R G U N TA : não – ser úteis para você. Pai. Mas podemos afirmar que havia um futuro 1. Jesus e o pecado. Jesus Se Jesus houvesse poderia ter pecado? Minha alternativo para Jesus, caso resposta bastante direta é: Ele houvesse pecado? pecado, o que teria Sim! Existe base bíblica para É aqui que começam as acontecido com Ele? isso. Jesus era verdadeiramenespeculações. Permita-me te humano e estava sujeito às dizer isto da maneira mais mesmas tentações que enfrenfranca possível: se Jesus Por tamos, como também a outras houvesse falhado, o Deus Ángel Manuel que jamais teremos que enque conhecemos não seria Rodríguez frentar (Hb 4:15). Jesus lutava nosso Deus. Em outras diariamente contra o pecado palavras, do nosso ponto e era vitorioso sobre ele. Esse era um conflito real, não porque de vista, Ele deixaria de existir. A falha de Jesus significaria Jesus tivesse a natureza corrompida pelo pecado (Ele não a que Deus é incapaz de vencer as forças do mal e que Satanás tem poder suficiente para vencê-Lo e arruinar Seu tinha), mas porque, como cada um de nós, Ele possuía livrearbítrio. É isso que torna possível escolhermos estar do lado plano de salvação. Consequentemente, Deus seria forçado de Deus no conflito cósmico. Rebelar-se contra Deus significa a nos abandonar. Como você pode ver, o risco de cair em especulações é rejeitar essa liberdade ou, mais especificamente, desprezá-la, muito alto. A derrota de nosso Deus no momento de Sua escolhendo a morte. maior manifestação de poder na cruz de Cristo é algo O exemplo típico da possibilidade de Jesus pecar é Sua que dificilmente podemos sequer imaginar, quanto mais experiência no jardim do Getsêmani. Nessa ocasião, Sua levar a sério. vontade o incitava a preservar Sua vida, ao mesmo tempo Uma vez que o Deus bíblico é, por definição, invencível, em que Seu compromisso com o Pai para a salvação da humanidade impulsionava Jesus para o autossacrifício e nossa pergunta permanece praticamente sem resposta. morte (Mt 26:39). O poder e a realidade dessa tentação é Se a natureza humana do Filho de Deus houvesse falhado, o que ela implicava a possibilidade de Ele escolher não fazer a próprio Deus teria falhado. Mas Ele não falhou. vontade de Deus. Não fosse assim, toda essa luta teria sido Amém! uma encenação teatral, um exercício de autoengano ou uma ilusão. 2. A singularidade de Jesus. O fato de Jesus ter vencido Ángel Manuel Rodríguez é diretor do Instituto de Pesquisa todas as tentações é incompreensível para nós porque somos Bíblica da Associação Geral. E Se.... 26 Adventist World | Setembro 2010 E S T U D O B Í B L I C O O Último Apelode Amor Por Mark Finley Nos estudos anteriores, aprendemos muito sobre o caráter de Deus. Vimos que um Deus amoroso criou nossos primeiros pais, Adão e Eva, para que desfrutassem de todo o potencial que a vida oferece. Era desejo de Deus que experimentassem alegria, felicidade e paz para sempre. Quando nossos primeiros pais se rebelaram contra Deus, Ele tomou providências para que recebessem a salvação eterna por meio de Jesus Cristo. Ao longo de todo o Antigo Testamento, Deus constantemente revelou Seu infinito amor. O livro de Êxodo apresenta a Deus como cheio de “bondade” e “compaixão” (Êx 33:19). Jeremias fala sobre Seu “amor eterno” e Seu “amor leal” (Jr 31:3). Miqueias afirma que Deus perdoa “o pecado”, esquece “a transgressão” e demonstra “amor” e “compaixão” (Mq 7:18, 19). Mesmo os juízos de Deus revelam Sua misericórdia. A história do dilúvio revela Seu eterno amor pelos seres humanos. 1. Como Deus procurou salvar a raça humana, apesar de sua rebelião contra Ele? “Então, disse o Senhor: O Meu Espírito não agirá para sempre no homem, pois este é carnal; os seus dias serão cento e vinte anos” (Gn 6:3, Almeida Revista e Atualizada).* Durante 120 anos, Deus enviou convites aos seres humanos. Em meio à rebelião contra Ele, Deus apelou de forma poderosa por meio de Seu Espírito de amor. 2. O que levou Deus a destruir a Terra com o dilúvio? “O Senhor viu que a perversidade do homem tinha aumentado na Terra e que toda a inclinação dos pensamentos do seu coração era sempre e somente para o mal” (Gn 6:5). “A Terra estava corrompida aos olhos de Deus e cheia de violência. [...] Toda a humanidade havia corrompido a sua conduta” (versos 11, 12). A do homem tinha aumentado. Os pensamentos do seu coração eram sempre e somente para o . A Terra estava . e cheia de Toda a humanidade havia 3. a sua conduta. Como Noé é descrito na Bíblia? “Noé, porém, achou graça aos olhos do Senhor. [...] Noé era homem justo e perfeito em suas gerações; Noé andava com Deus” (Gn 6:8, 9, Almeida Corrigida e Revisada). Faça uma lista das características de Noé: Noé achou aos olhos do Senhor. Noé era um homem e Noé com Deus. em seu tempo. Setembro 2010 | Adventist World 27 Graça é o amor de Deus por aqueles que não merecem nada. Apesar de Noé ser um pecador, ele entregou sua vida totalmente a Deus. Dedicou sua vida a fazer o que Deus ordenara, mesmo que, às vezes, não entendesse. Na Bíblia, a palavra perfeito significa “maduro espiritualmente” ou “completamente confiante”, e não alguém que não peca. Noé conhecia a voz de Deus e obedecia à Sua vontade. 4. O que a arca revelava sobre Deus? “Você, porém, fará uma arca de madeira de cipreste; divida-a em compartimentos e revista-a de piche por dentro e por fora. [...] Mas com você estabelecerei a Minha aliança, e você entrará na arca com seus filhos, sua mulher e as mulheres de seus filhos” (Gn 6:14, 18). Com você estabelecerei a Minha . A aliança revela a maravilhosa graça de Deus. Assim como era impossível a Noé salvar a si mesmo do dilúvio que viria ao mundo, é impossível sermos salvos do pecado por nossas próprias forças. Somos salvos quando entramos na arca da salvação, que é a graça de Jesus Cristo. 5. Que outro símbolo da graça encontramos na história do dilúvio? “E Deus prosseguiu: ‘Este é o sinal da aliança que estou fazendo entre Mim e vocês e com todos os seres vivos que estão com vocês, para todas as gerações futuras: o Meu arco que coloquei nas nuvens. Será o sinal da Minha aliança com a Terra’” (Gn 9:12, 13). O é um sinal da aliança de Deus. O último livro da Bíblia, o Apocalipse, apresenta um arco-íris em volta do trono de Deus (Ap 4:3). Assim como o arco-íris é uma combinação de cores, Deus combina Sua justiça com Sua misericórdia. Ele é o Deus da graça e da lei. 6. Como Jesus descreveu os últimos dias? “Como foi nos dias de Noé, assim também será na vinda do Filho do homem” (Mt 24:37). Os últimos dias da história da Terra serão como os dias de 7. . Que enfático apelo Jesus faz a cada um de nós? “Assim, vocês também precisam estar preparados, porque o Filho do homem virá numa hora em que vocês menos esperam” (Mt 24:44). Jesus apela para que estejamos . No tempo de Noé, o dilúvio veio como uma surpresa. Multidões de pessoas, que poderiam ter sido salvas se houvessem ouvido a advertência de Deus, foram levadas pelas águas do dilúvio. O apelo de Jesus para nós é semelhante ao apelo de Noé. O amoroso Senhor insiste conosco para revermos nossas prioridades, buscá-Lo em oração, entregar a Ele nossa vida e nos preparar para o Seu breve retorno. Você não gostaria hoje de abrir seu coração a Jesus e entregar-Lhe o total controle da sua vida? *Salvo outra indicação, os textos bíblicos foram extraídos da Nova Versão Internacional. O estudo bíblico do próximo mês será “Preservando 28 Adventist World | Setembro 2010 a Fé” Intercâmbio Mundial 59a Assembleia da Associação Geral C A R TA S História de Roma Li, com entusiasmo, o artigo “Evangelismo Adventista Surpreende a Cidade de Roma” (julho de 2010). Esse é um verdadeiro milagre moderno, realizado por Deus. Louvado seja o Seu nome! Estarei orando para que as pessoas que estão ansiosas para conhecer a verdade em Roma sejam confirmadas no evangelho de Jesus e possam, em breve, se unir à Sua igreja pelo batismo. Oro, também, para que o ministério do programa Está Escrito continue a ser abençoado pelo Céu. Fernando Salazar Medelin, Colômbia Viajante Silenciosa Tive a alegria de tocar e ler a linda Bíblia itinerante, descrita no artigo “Siga a Bíblia” (julho de 2010). Diana Machado Setúbal, Portugal Um Motivo para Ler Muito obrigado por enviar a Adventist World para nossa região. Todos os meses recebemos duzentas cópias. Todos os leitores estão muito felizes e inspirados por essa revista, especialmente quando leem histórias sobre o trabalho missionário ao redor do mundo. As histórias e Estamos muito felizes e inspirados por essa revista, especialmente quando lemos histórias sobre o trabalho missionário ao redor do mundo. As histórias e mensagens desses artigos também têm me inspirado. Elas estimulam os membros a participar nos trabalhos da Igreja e nas atividades missionárias. – Maung Maung Htay, Yangon, Mianmar. mensagens desses artigos também têm me inspirado. Elas estimulam os membros a participar nos trabalhos da Igreja e nas atividades missionárias. Alguns não conseguem ler em inglês, mas são beneficiados quando falo sobre as mensagens das revistas. Sou muito grato a Deus. Seria maravilhoso se a Adventist World fosse traduzida para o idioma de Mianmar, de modo que os membros pudessem ler, por eles mesmos, as interessantes histórias e artigos. Maung Maung Htay Yangon, Mianmar Lugar Comum Escrevo sobre o artigo especial de William G. Johnsson, “Adventistas e Muçulmanos: Cinco Convicções” (fevereiro de 2010). Por muito tempo, tento encontrar o que temos em comum, porém nunca havia conseguido enxergar claramente. Até que tive a oportunidade de ler esse artigo na Adventist World. Estou disposto a aprender mais e mais, até ser capaz de evangelizar meus amigos. Continuem realizando a obra de Deus. Dolph Nairobi, Quênia Sou adventista de origem judaica. Acabei de ler “Adventistas e Muçulmanos: Cinco Convicções”, de William G. Johnsson (fevereiro de 2010). Sou muito grato a Deus por estar trabalhando para derrubar preconceitos que não são bíblicos. Espero algum artigo sobre judeus adventistas. Que Deus os abençoe muito enquanto realizam essa obra guiada pelo Espírito de Deus. Leandro de Araújo Rio de Janeiro, Brasil Setembro 2010 | Adventist World 29 Intercâmbio Mundial 5 9 a Assembleia da Associação C A R TA S Enviamos um exemplar da Adventist World de fevereiro para nosso filho, que divide apartamento com um amigo muçulmano. Esse rapaz achou muito interessante o artigo”Adventistas e Muçulmanos: Cinco Convicções” e tirou uma cópia. Desde então temos nos correspondido e ele vai mostrar o artigo aos seus amigos. Essa é mais uma forma de fazer amizade com pessoas de outras religiões. Depois disso, demos a revista para outrosdois muçulmanos, que também a acharam muito interessante. Essas três pessoas têm melhor conhecimento da Bíblia do que muitos cristãos. Estamos ansiosos para manter contato com todos eles. Observando o Crescimento da Igreja Mundial comunitário em uma antiga fábrica usada por artistas como estúdio, pois o espaço estava disponível. Queremos estar informados sobre o grande trabalho que o Senhor tem realizado no mundo todo, por meio de Seu povo. Thomas F. Hinrichs Lancaster, Pensilvânia, Estado Unidos Recebemos a Adventist World em nossa igreja. Nesse mundo turbulento, considero essa revista essencial para o meu crescimento em Jesus. Há seis anos estou aposentado e impressionado com o crescimento da Igreja mundial. A Associação da Pensilvânia está iniciando um trabalho Cartas para o Editor – Envie para: [email protected] As cartas devem ser escritas com clareza e ao ponto, com 250 palavras no máximo. Lembre-se de incluir o nome do artigo, data da publicação e número da página em seu comentário. Inclua, também, seu nome, cidade, estado e país de onde você está escrevendo. Por questão de espaço, as cartas serão resumidas. Cartas mais recentes têm maior chance de ser publicadas. Nem todas, porém, serão divulgadas. Ter um bom relacionamento e ser amigo dos muçulmanos é tido por eles como uma honra. Temos que plantar essas “sementes”. John e Nelly Schweinsberg Moonta, Sul da Austrália LUGAR DE ORAÇÃO Sou pai de quatro filhos que precisam ir para a escola. Orem para que eu consiga os recursos. Obrigado, Senhor! Robert, Tanzânia Orem para que meu esposo aceite a Cristo e se una à Igreja Adventista. Peço também para que eu seja curada da depressão. Pat, Estados Unidos Por favor, orem por uma organização, no Congo, que está lutando para conseguir recursos para um grande número de órfãos. Jean Marie, República Democrática do Congo 30 Adventist World | Setembro 2010 Peço orações por minha saúde e por minha família. Miguel, Colômbia Agradeço a Deus por responder a nossas orações. Deus me concedeu um emprego de tempo integral numa empresa. Obrigado pelas orações de vocês. Que Deus os abençoe generosamente, assim como vocês oram por nós. Jinks, Zâmbia Tenho passado por grandes dificuldades ultimamente. O prédio onde eu morava caiu no terremoto de janeiro. Perdi tudo o que tinha; e minha filha, que era minha única companhia, morreu naquele dia. Estou sozinha, mas confio na promessa de vida eterna que Jesus nos concede. Por favor, orem por mim. Dorcas, Haiti Tenho um sério problema de dor de cabeça que começou no ano passado. Isso atrapalha meus estudos e meu trabalho. Os médicos prescreveram uma série de medicamentos, porém eles não estão me ajudando. Creio que Deus é o único que pode me curar. Obrigado. Leonard, Zimbábue Pedidos de oração e agradecimentos (gratidão por resposta à oração). Sua participação deve ser concisa e de, no máximo, 75 palavras. As mensagens enviadas para esta seção serão editadas por uma questão de espaço. Embora oremos por todos os pedidos nos cultos com nossa equipe durante a semana, nem todos serão publicados. Por favor, inclua no seu pedido, seu nome e o país onde vive. Outras maneiras de enviar o seu material: envie fax para 00XX1(301) 680-6638, ou carta para: Intercâmbio Mundial, Adventist World, 12501 Old Columbia Pike, Silver Spring, Maryland 20904-6600 EUA. Geral INTERCÂMBIO DE IDEIAS Conheça seu Vızınho Esses jovens representam os adventistas de nove países. Com idade variando entre 23 e 34 anos, também representam alguns dos delegados da Assembleia da Associação Geral ocorrida em Atlanta, Geórgia, EUA. Eles foram escolhidos por sua forte liderança, capacidade de comunicação, dedicação à igreja e pela paixão pelo evangelismo. A seguir, conheça seus nomes (da direita para a esquerda): Thuy Tien le Tran, Vietnam; Sray Neang Vanthorn, Camboja; Blessings Gonbwe, Maláui; Justin McNeilus, Estados Unidos; Alice Danla, Índia; Emilia Rouhe, Finlândia; Samia Henriette, Seicheles; Deepak Boro, Índia; Rochael Shemali Perera, Singapura e Tshwanelo Bryan Sekwababe, Botsuana. Em Família A seguir, a impressão de três jovens delegados na Assembleia da Associação Geral. Percebo que aprendi muitas coisas na Assembleia da Associação Geral, mas é muito triste me separar de meus novos amigos. Conclui que relacionamentos, amizade e comunicação são muito importantes quando o objetivo é que sejamos unidos em missão e crença. Jovem ou idoso, somos todos parte de uma grande família. – Srey Neang, Camboja As reuniões plenárias, as longas filas, a comida misteriosa… tudo valeu a pena! O companheirismo e os cultos (e, sim, muito trabalho) são, literalmente um prenúncio do Céu, num mundo como nosso. Mal posso esperar! Não foi apenas uma reunião de trabalho; foi um testemunho do poder do evangelho. Como pessoas separadas pela geografia, idioma e cultura podem se unir como uma família? Somente pelo sangue de Jesus! – Tuesda Roberts, Estados Unidos Sinto-me imensamente privilegiado pela oportunidade de estar entre a família da igreja e participar das decisões. Pude sentir que sou parte de algo; percebi que minhas ideias e opiniões são importantes para a minha igreja. Enquanto os assuntos eram discutidos, era impossível ignorar o fato de que pertencemos a uma família, e, como qualquer família, houve um pouco de decepção e frustração, mas no final, ainda havia amor, amor por Deus e uns pelos outros. – Tshwanelo Bryan Sekwababe, Botsuana “Eis que cedo venho…” Nossa missão é exaltar a Jesus Cristo, unindo os adventistas do sétimo dia de todo o mundo numa só crença, missão, estilo de vida e esperança. Editor Adventist World é uma publicação internacional da Igreja Adventista do Sétimo Dia, editada pela Associação Geral e pela Divisão do Pacífico Norte-Asiático. Editor Administrativo Bill Knott Editor Associado Claude Richli Gerente Internacional de Publicação Chun, Pyung Duk Comissão Editorial Ted N. C. Wilson, presidente; Bill Knott, secretário; Daniel R. Jackson; Armando Miranda; Pardon K. Mwansa; Juan Prestol; Charles C. Sandefur; HeatherDawn Small; Karnik Doukmetzian, assessor jurídico Comissão Coordenadora da Adventist World Lee, Jairyong, presidente; Akeri Suzuki; Kenneth Osborn; Guimo Sung; Chun, Pyung Duk Editor-Chefe Bill Knott Editores em Silver Spring, Maryland Roy Adams, Gerald A. Klingbeil (editores associados), Sandra Blackmer, Stephen Chavez, Mark A. Kellner, Kimberly Luste Maran Editores em Seul, Coreia do Sul Chun, Jung Kwon; Choe, Jeong-Kwan Editor On-line Carlos Medley Coordenadora Técnica Merle Poirier Assistente Executiva de Redação Rachel J. Child Assistentes Administrativos Marvene Thorpe-Baptiste Alfredo Garcia-Marenko Atendimento ao Leitor Merle Poirier Diretor de Arte e Diagramação Jeff Dever, Fatima Ameen Consultores Ted N. C. Wilson, Robert E. Lemon, Guillermo E. Biaggi, Lowell C. Cooper, Eugene King Yi Hsu, Daniel R. Jackson, Armando Miranda, Pardon K. Mwansa, Michael L. Ryan, Blasious M. Ruguri, Ella S. Simmons, Alberto C. Gulfan, Jr., Erton Köhler, Jairyong Lee, Israel Leito, John Rathinaraj,Paul S. Ratsara, Barry Oliver, Bruno Vertallier, Gilbert Wari, Bertil A. Wiklander. Aos colaboradores: São bem-vindos artigos enviados voluntariamente. Toda correspondência editorial deve ser enviada para: 12501 Old Columbia Pike, Silver Spring MD 20904-6600, EUA. Escritórios da Redação: (301) 680-6638 E-mail: [email protected] Website: www.adventistworld.org Adventist World é uma revista mensal editada simultaneamente na Coreia do Sul, Brasil, Argentina, Indonésia, Austrália, Alemanha, Áustria e nos Estados Unidos. Vol. 6, No. 9 F O T O S : A U S T I N R . H O E K I M B E R LY L U S T E M A R A N Setembro 2010 | Adventist World 31 O Lugar Das PESS Q U E L U G A R É AS FRASE E S S E ? DO MÊS “Satanás não pode invadir uma família que tem fortes laços familiares.” H O NA COMUNIDADE HORTA: Rebecca Turk trabalha e conversa com um garotinho na horta comunitária plantada por Rustin and Stacy Sweeney. – Jim Hoffer, Smithsburg, Maryland, EUA R . R . A U S T I N A U S T I N VIDA ADVENTISTA— MEMÓRIAS DA ASSEMBLEIA DA ASSOCIAÇÃO GERAL A reunião da noite havia terminado (em St. Louis, Missouri, EUA, 2005), e milhares de adventistas estavam saindo do estádio e descendo as escadas para tomar o trem. Ao chegarmos ao fim das escadas, unimo-nos à massa humana que preenchia toda a plataforma, de parede a parede, até a borda, não ficando nenhuma barreira entre as pessoas e os trilhos, a alguns centímetros abaixo. Apenas um guarda estava de plantão, para manter a ordem entre a multidão compacta. Ele olhava, ansiosamente, para uma direção e para outra, preocupado com o que poderia acontecer. Um empurrão ou passo displicente e seríamos testemunhas de um terrível desastre. Era visível a tensão em seu rosto, embora tentasse manter a compostura profissional. Foi então que minha esposa e eu decidimos começar a cantar “Oh! Que Esperança!” (Hinário Adventista, nº 469). Rapidamente fomos acompanhados pelas pessoas ao nosso redor e, em seguida, por toda a multidão naquele ambiente cavernoso e dos dois lados do trilho. Aquele foi um momento muito especial! E seguimos cantando “Graça Excelsa” (Hinário Adventista, nº 208) e outros hinos até que o trem apareceu. O efeito em todos os presentes, inclusive no guarda, era palpável. Ainda hoje me pergunto qual deve ter sido a impressão que ele levou para casa naquela noite. Talvez tenha pensado: “Quem são estes e de onde vieram?” (ver Ap 7:13). H O – Sang Lae Kim, pastor e professor de Teologia da Universidade Sahmyook, Coreia do Sul, no devocional vespertino do dia 28 de junho de 2010, durante a Assembleia da Associação Geral. RESPOSTA: Em Atlanta, Geórgia, EUA, um garoto de 9 anos de idade mostra a borboleta que lhe pousou na mão enquanto trabalhava no jardim comunitário plantado na vizinhança pelos moradores Rustin e Stacy Sweeney. A foto foi tirada durante o projeto de serviço comunitário promovido pelo Impacto Atlanta, evento de dez dias para jovens, que aconteceu simultaneamente à Assembleia da Associação Geral.
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