Norovírus

Transcrição

Norovírus
3/7/2014
Taxonomia
Norovírus
Fábio Gregori
Ocorrência
Sinônimos
Norwalk-like virus
Stomach flu
Winter vomiting bug
Small round virus
21 milhões de casos anuais (apenas EUA)
Ocorre com tendência sazonal nos meses de inverno
Morfologia
Ocorrência
• Dissemina-se rapidamente
em locais fechados:
• berçários
• creches
• escolas
• hospitais
• navios de cruzeiros
 Nucleocapsídeo é arredondado com 27-40nm
• água de bebida e
recreacionais
 Não possuem depressões peculiares na forma de cálice no capsídeo.
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3/7/2014
Ocorrência
Sintomas
• Diarreia aquosa (não sanguinolenta)
vários episódios
• Vômitos (muitas vezes involuntário)
• Náusea
• Dor estomacal, cólicas abdominais
• 30% infecções assintomáticas
• outros:
•
•
•
•
Tratamento
• Evolução aguda, mas auto-limitada (2-3 dias):
• Suporte
• Hidratação
febre
dor de cabeça
dores pelo corpo
desidratação
período de incubação: 12-48 horas
Transmissão
• Altamente contagioso
• Possibilidade de reinfecções ao longo da vida
 diferentes tipos de norovírus sem proteção cruzada.
• Eliminação do vírus nas fezes antes dos sintomas e em
até duas semanas (ou mais) após a remissão.
• 8-1000 partículas virais são suficientes para causar a
infecção.
• ~107-8 partículas virais/grama fezes
Características do vírus
• Resistem até 60ºC e processos de cozimento rápido
(geralmente usados no processamento de alguns
frutos do mar)
• RNA pode ser detectado em superfícies por semanas
ou em água por meses
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Virologia
Organização genômica
• Não-envelopado
• RNA fita simples positivo
• Pouca proteção cruzada entre os diferentes genotipos.
• Não cultivável*
ORF2: VP1 – porção N‐terminal, Shell (S) e Protusão (P), subdividido em 2 subdomínios P1 e P2
*Até o momento apenas o calicivírus felino, um norovirus murino e um
sapovírus suíno foram cultivados.
Caracterização genética
ORF3: VP2
Via de transmissão
• Em 2005  sistema de classificação  ORF2
• Entrar em contato com fezes (eventualmente vômito) de doentes
• Os NoV podem ser subdivididos em cinco genogrupos:
• Porta de entrada: oral
•
•
•
•
•
GI
GII
GIII
GIV
GV





8 genótipos  humanos
17 genótipos  humanos*
2 genótipos  animais (bovinos e camundongos)
1 genótipo
 humanos**
1 genótipo
 animais (camundongos)
• 75% dos surtos humanos  GII.4
• * há apenas uma amostra suína (NV S11)
• ** descrita também uma amostra canina
• novas variantes tem sido descritas a cada 3-5 anos
• Exemplos:
• ingestão de líquidos contaminados
• tocar superfícies contaminadas e colocar os dedos na boca
• contato próximo com doentes – por exemplo compartilhando
alimentos.
• 50% de todos os surtos sejam relacionados com alimentos e na maior
parte, manipuladores estavam envolvidos com a disseminação viral.
• Alimentos frequentemente envolvidos: verduras, frutas frescas, ostras.
Diagnóstico
Prevenção
• Lavagem das mãos:
• Após o uso de banheiros e troca de fraldas.
• Real-time PCR:
materiais clínicos: fezes (preferencialmente),vômito e amostras ambientais.
*amostras de swabs (maçanetas, corrimões, superfícies tem resultados muito variáveis).
• Antes de se alimentar, preparar ou manusear alimentos.
Momento colheta: <48/72h após o aparecimento de sintomas.
• Lavagem de roupas e superfícies.
• ELISA:
• Desinfetantes (Etanol, Ácido Cítrico, Peróxido
Hidrogênio, Hipoclorito de sódio, e outros)
 baixa sensibilidade diagnóstica
• Desinfetantes a base de álcool complementam a
lavagem das mãos, mas não a substitui.
 útil para o rastreamento de surtos.
• Genotipagem:
http://www.lifetechnologies.com/br/en/home/industrial/food-safety.html
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Vacina
Norovírus em animais
• 1976 – Bovinos – diarreia - Newbury agent
• 1980 - Bovinos – diarreia - Jena virus
• 2000- Suínos – Holanda e Japão (sem sintomas)
• 2003- Infecção de camundongos imunocomprometidos
(MNV-1) – encefalite, vasculite, meningite, hepatite e
pneumonia.
• Não há vacinas comercialmente disponíveis
• 2006 – Outros 3 norovírus murinos foram descritos causando
infecção persistente e eliminação fecal.
• Estudos prévios demonstraram redução significativa de
gastroenterite (placebo 69% e imunizados 37%) porém
utilizando vacina e desafio com vírus homólogos.
• 2010 – Paraná - GII-11 e GII-19 em suínos.
Taxonomia
Sapovírus
Mordologia
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Sapovírus
Sapovírus
• antigamente classificados com Calicivirus humanos
clássicos (HUCVs) possuem as típicas depressões em
forma de cálice na superfície.
• “Segunda suspeita” se não for detectado norovírus.
• Em muitos casos, sem sintomas.
• Diarreia, vômito, febre, sem padrão sazonal tão
definido.
• Eliminação viral por até 2 semanas.
Sapovírus em suínos no Brasil
Caracterização Genética
• 5 genogrupos: I, II, III, IV e V.
Lee LE, Cebelinski EA, Fuller C, Keene WE, Smith K, Vinjé J, et al. Sapovirus outbreaks in long-term care facilities,
Oregon and Minnesota, USA, 2002–2009. Emerg Infect Dis [serial on the Internet]. 2012 May [date
cited].http://dx.doi.org/10.3201/eid1805.111843
(humanos)
• Suínos: III.
• Várias amostras não se enquadram neste genogrupo e
propõe-se novos como VI e VII.
• Outro exemplo é o sapovírus de mink (vison)
Noro- and sapovirus são zoonóticos?
5/312 morcegos foram Sapovírus +
• É possível, mas se for, raro.
• Infecção experimental de norovirus humano (GII –
amostra HS66) causou diarreia moderada em bezerros
gnotobióticos.
5/312 morcegos foram Sapovírus +
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Ocorrência
Caracterização genética
• Em 2005  sistema de classificação  ORF2
• Os NoV podem ser subdivididos em cinco genogrupos:
•
•
•
•
•
GI
GII
GIII
GIV
GV





8 genótipos  humanos
17 genótipos  humanos*
2 genótipos  animais (bovinos e camundongos)
1 genótipo
 humanos**
1 genótipo
 animais (camundongos)
• 75% dos surtos humanos  GII.4
• * há apenas uma amostra suína (NV S11)
• ** descrita também uma amostra canina
• novas variantes tem sido descritas a cada 3-5 anos
Aragão et al. 2010
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