Igreja de Santa Ifigênia ganha sessão solene da

Transcrição

Igreja de Santa Ifigênia ganha sessão solene da
O jornal da região do Centro da Cidade
Publicação Mensal
Ano V - Nº 66
SP - 30 Jun a 30 de Jul /2009
AMEO esclarece dúvidas sobre doação
de medula e fala sobre a simplicidade do
procedimento. Pág 5
Sucesso na internet, o programa
Freestyle, de um jovem jornalista, forma
legião de espectadores e fãs. Pág 10
Foto: Joca Duarte
Foto: Arquivo AMEO
Cidadã central comprova capacidade
de aprendizado na terceira idade,
graduando-se naturóloga. Pág 2
Os cidadãos do Centro devem procurar
mais informação sobre os serviços
de saúde pública disponíveis na região,
para melhor usá-los e exigi-los. Pág. 6
Divulgação
Padre Anízio e os fiéis da paróquia, que este
ano comemora 200 anos,
receberam autoridades municipais para missa
e sessão comemorativa do jubileu. Pág. 3
Foto: Chico Alves
Foto: Chico Alves
Foto: Luiz Guadagnoli/CCOM
Igreja de Santa
Saúde Pública:
Ifigênia ganha sessão é preciso conhecer os
solene da Câmara
serviços disponíveis.
Arte e Resistência na Rua, é o título da
revista lançada pelo Movimento de Teatro
de Rua (MTR/SP). Pág 11
visite o site www.jornalcentroemfoco.com.br e anuncie
São Paulo/SP - 30 de Jun. a 30 de Jul. 2009
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O jornal da região do Centro da Cidade
Cidadão Central
Clorinda Rudzit:
a terceira idade na Naturologia.
Assim como foi em tantos
outros momentos e em diferentes áreas da vida, somando
hoje 64 anos, ela estava altiva,
serena e segura, diante de uma
banca examinadora composta
por mestres e doutores, que ao
final da apresentação, avaliariam
o seu Trabalho de Conclusão de
Curso (TCC), com o título “O
uso de plantas medicinais por
comunidades tradicionais da
praia do Cambury - Ubatuba”.
O cenário, uma sala de aula do
campus central da Anhembi
Morumbi (no Brás), a data, 10
de Junho e a protagonista, a
única aluna da terceira idade
concluinte do Curso de Graduação em Naturologia: Clorinda
Rudzit, ou Clô, é moraora da
av. São Luís, no Centro, e pela
segunda vez, merecidamente, é
motivo desta coluna do Centro
em Foco.
De acordo com os que
privam do seu convívio diário,
a Clô como mãe é super, como
profissional - em diferentes
áreas - sempre foi competente,
como cidadã, vizinha, amiga é
mil. E em todos esses status,
“determinada, persistente e
incansável”. De maneira nada
convencional, foi mãe adotiva de
diversos filhos, abrigando-os em
Fotos: Chico Alves
2
Clorinda Rudzit e a platéia de colegas; abaixo, Clorinda ladeada
pelas professoras Maria T. Santos Araújo e Adriana Elias M.
Silva, e com o prof. André Luís Ribeiro.
casa, mesmo em meio a grandes
adversidades; sobreviveu a um
grave AVC, ficou viúva duas
vezes, e conclui sua graduação,
após transpor quatro anos de
muitas dificuldades: de acordo
com o professor André Luiz
Ribeiro, coordenador do curso
de Naturologia, diversas vezes
ela retomou às aulas, depois de
grandes picos de pressão alta.
Feita a apresentação, os
examinadores lhe deram conceito A (média 9) pelo trabalho
e foram unânimes em dizer que
Clô foi um exemplo de esforço e
aplicação para os demais alunos,
servindo-lhes como verdadeira
lição de vida, pois, a despeito da
idade e das inúmeras barreiras
vividas, enfrentou firme o exigente currículo do curso. Uma
das examinadoras quis saber
dela o que, objetivamente, o
curso agregou à sua vida, ao
que respondeu “orientou o
meu conhecimento empírico” e
brincou: “agora quando oferecer
um dos meus chás de erva, não
precisarei mais benzer antes da
pessoa tomar; tenho certeza
da indicação e sei as medidas
certas”.
A mestra Adriana Elias,
orientadora do TCC, chamou-a
de guerreira e afirmou: “você é
um exemplo de vida para toda a
Naturologia”. Para outro orientador, prof. André Hinsberger,
Clô foi humilde, “soube abaixar
a cabeça quando necessário”,
submetendo-se a ouvir lições,
que, devido a sua idade e vivência, já conhecia na prática. Ele
assegurou que, depois de muitos
anos fora dos bancos escolares,
sua aluna seguiu em busca de um
sonho, e a elogiou por materializar o sonho, dizendo-lhe: “mais
importante que sonhar é realizar
o sonho, e você fez isso”. Já o
prof. André Luiz falou do seu
orgulho em ter Clorinda Rudzit
como concluinte de um curso
que coordena e finalizou: “você
é uma semente que germinou,
cresceu e deu um bom fruto”.
De acordo com o professor
André Luiz, o curso de Naturologia da Anhembi Morumbi
tem 300 alunos, como a área
está em pleno desenvolvimento,
os 22 concluintes da turma da
Clorinda, inicialmente composta
por 35 estudantes, tem boas
perspectivas no mercado de trabalho e ela, com sua vivência e
o nível de conhecimento obtido,
se desejar, poderá facilmente
exercer a profissão no segmento
de terapias alternativas, por
exemplo.
Sta Cecília
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O jornal da região do Centro da Cidade
São Paulo/SP - 30 de Jun. a 30 de Jul. 2009
3
Comunidade
Fotos: Chico Alves
Sessão da Câmara celebra 200 anos da Igreja de Santa Ifigênia
Mesa-diretora da Sessão Solene, durante a fala de D. Tarcísio Scaramussa; Alda Marco Antonio, vice-prefeita e secretária municipal
de Assistência Social e Gabriel Chalita, o vereador proponente da sessão, entregam ao padre Anízio Pereira dos Santos placa comemorativa;
e apresentação do Grupo Vocal Musivida, que tem a regência do padre Antonio Fusari e este ano completa 50 anos de existência.
No dia 22 de Junho, como
par te da comemoração do
Jubileu de 200 anos da Igreja
de Nossa Senhora da Conceição de Santa Ifigênia, foi
realizada em seu templo, após
missa de Ação de Graças, uma
S e s s ão Sole ne d a C â m a r a
Municipal de São Paulo, por
iniciativa do vereador Gabriel
Chalita.
A missa foi bastante musical, contando com a participação do Grupo Vocal Musivida,
dirigido pelo veterano padremaestro Antonio Fusari, que
interpretou: à entrada - Pomp
e Circunstanc; no ato penitencial - Missa do Papa; hino
de louvor - Glória Irmã Miriã;
Sl. Responsorial - Recitado;
Aclam. do Evangelho - Amém,
aleluia!; Ofertório - O Pietos a; Aclam. Euc arístic a Santo Faraônico; Abraço da
Paz - Cordeiro Irmã Miriã; e
Comunhão - Jesus Alegria dos
Homens.
Para realização da Sessão
Solene, que entra nos anais
do Legislativo Municipal como
of ic i a l, foi comp o s t a um a
m e s a - d i re to r a d o s t r a b a lhos, presidida pelo vereador
Gabriel Chalita e tendo como
d e m a i s m e m b ro s , a v i c e prefeita e secretária Municipal de Assistência Social,
Alda Marco Antonio; o padre
Anízio Pereira dos Santos,
pároco da Igreja; D. Tarcísio
Scaramussa, no ato representanto o cardeal Arcebispo D.
Odílio Pedro Scherer; o padre
Eugênio Barbosa Martins, da
Diocese de Belo Horizonte; e
o empresário Robinson Ares,
presidente da Câmara dos
dirigentes lojistas da Rua Santa
Ifigênia.
Todos integrantes da mesa
fizeram uso da palavra, lembrando a importância eucarística e social da igreja aniversariante e do exemplo de fé
que foi sua santa inspiradora:
Nossa Senhora da Conceição
de Santa Ifigênia. Alda Marco
Antonio arrancou calorosos
aplausos dos presentes ao
declarar seu amor à paróquia
e prometer empenho pessoal
no processo de restauração
do seu templo; padre Anízio
apresentou um vídeo institucional da paróquia e o vereador
Chalita, proponente da Sessão
Solene, fez o encerramento
com um discurso fervoroso e
emocional.
O Grupo Vocal Musivida,
que este ano completa 50 anos
de existência, e que abriu a
sessão com o canto do Hino
Nacional Bra sileiro, interpretou outras cinco músicas:
Domina Nostra SSS., Love me
tender, Va Pensiero, Amigos
para Sempre e Glória e Louvor,
com a qual finalizou de maneira
apoteótica.
A atuação pastoral da
Paróquia de Santa If igênia
é to d a volt a d a ao p ovo e
realizada através dos “Movimentos Sociais Paroquiais”:
B a z a r b e n e f ice n te (d e s d e
2003); Mulheres marginaliza-
das (desde 1991); MSTC Movimento Sem Teto do Centro
(desde 1999); A.A - Alcoólatras anônimos (desde 1971);
N.A - Neuróticos anônimos
(desde 1972); D.A - Devedores anônimos (desde 1999);
J . A - J og a d ore s a nônim o s
(desde 2002); Alfabetização
de jovens e adultos - com SESI
(desde 1970); Curso de inglês com VIVA O CENTRO (desde
2006); Cursos de espanhol e
francês para 3ª Idade (desde
2005); Curso de espanhol todas as idades (desde Julho
20 06); Curso de bordados
(desde Agosto 2003); Curso
de corte e costura e Modelagem industrial (desde Julho
2003) e Grupo de 3ª. Idade
Mariana (iniciado em 2008).
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São Paulo/SP - 30 de Jun. a 30 de Jul. 2009
O jornal da região do Centro da Cidade
Linhas Centrais
A reabilitação do centro
não pode deixar de levar em
conta o uso habitacional, com
inclusão social. Esta é uma premissa básica do Plano Diretor
Estratégico de São Paulo e se
insere na estratégia mais geral
que objetiva reduzir as desigualdades na cidade, promovendo
habitação onde existe emprego
e estimulando a geração de trabalho nas áreas que concentram
a moradia popular, em particular
no extremo da zona leste, noroeste e sul. Para aprofundar esta
proposta é necessário um breve
histórico.
A partir dos anos 80, aprofundou-se a deterioração da
área central, gerando um grande
número de prédios vazios e
subutilizados. O centro não
perdeu vida, continuando a ser o
principal pólo gerador de empregos na cidade, mas uma grande
quantidade de edificações ficou
ociosa, requerendo reformas ou
reciclagem. As atividades tradicionais deixaram de ter interesse
econômico para realizar este
investimento, pois os novos pólos
de centralidades são mais atraentes para as empresas. Entre
1980 e 2000, a região perdeu
cerca de 250 mil moradores, que
foram morar distantes dos seus
empregos.
Neste contexto, a partir de
1995, o movimento de moradia
se mobilizou por habitação digna
na região, com um intenso processo de ocupação de prédios
vazios, que se transformou num
instrumento de pressão por um
programa de habitação social no
centro, dando visibilidade ao problema dos cortiços e à existência
de dezenas de prédios ociosos. O
objetivo dessas ocupações não
era servir de moradia permanente, mas denunciar a situação
e pressionar por soluções definitivas: moradia digna nas áreas
centrais e entorno.
Arquivo Pessoal
Plano diretor e habitação social no Centro
O Plano Diretor, aprovado
em 2002, tem, entre os seus
objetivos, romper ciclo de exclusão social no centro. Baseado
neste instrumento fundamental
para o ordenamento urbano,
inúmeras ações no âmbito do
Executivo e do Legislativo foram
tomadas entre 2001 e 2004, período em que fui vereador, para
reverter o histórico processo
de segregação urbana presente
em São Paulo: criação de ZEIS,
isenção de impostos municipais
para habitação social no centro,
dação em pagamento (que permite a prefeitura desapropriar
imóveis e pagar com dividas dos
seus IPTU) e bolsa-aluguel.
Os resultados destas ações,
entretanto, ainda são incertos,
pois apenas a médio prazo será
possível avaliar se as medidas
que foram tomadas surtirão o
efeito desejado. Como a atual
administração não implementou
estes instrumentos, dificilmente
ocorrerá uma produção significativa de habitação nas áreas
centrais, pois a governo municipal já expressou sua oposição
a produção de HIS na região,
apesar do governo federal ter
ampliado significativamente os
subsídios habitacionais. A prefeitura paralisou o Programa Morar
no Centro, abandonou o projeto
de reabilitação do edifício São
Vito e desocupou o Edifício Mer-
cúrio, que era habitado em boas
condições, objetivando implodir
os dois prédios.
É fundamental que a sociedade se mobilize para garantir
a implementação de programas
habitacionais nas áreas centrais
e entorno. A economia no transportes e infra-estrutura, assim
como a reversão do processo de
expansão periférica, sobretudo
em mananciais, justifica plenamente o custo mais caro da terra.
Os cidadãos de São Paulo e o
meio ambiente serão os grandes
beneficiados.
Nabil Bonduki
Arquiteto, urbanista e
professor de planejamento
urbano na FAU-USP.
Foi vereador e relator do Plano
Diretor Estratégico na Câmara
Municipal (2001/2004).
Foi o coordenador técnico
da consultoria do Plano
Nacional de Habitação.
Festa da Achiropita no calendário oficial da cidade
Depois de 83 edições, a Festa
de Nossa Senhora Achiropita,
que acontece anualmente no
tradicional bairro do Bixiga, nos
finais de semana de Agosto, e
cuja receita é revertida em favor
das Obras Sociais Dom Orione,
finalmente entrou no calendário
oficial de eventos do município
de São Paulo. A medida é resultado do cumprimento de uma
promessa do vereador Floriano
Pesaro, um dos mais votados na
região central, aos moradores
do Bixiga.
Floriano Pesaro, que é vereador de primeiro mandato, vem
buscando aproximar seu gabinete
dos cidadãos habitantes do Centro
e seus bairros. Daí ter defendido
um projeto de lei, que acaba
de ser aprovado pela Câmara
Municipal, incluindo no calendário
oficial, o mês de comemoração ao
Dia de Nossa Senhora Achiropita,
quando acontece a festa - uma
das mais tradicionais da cidade. A
lei vai agora à sanção do prefeito
Gilberto Kassab.
“Incluir a Festa da Achiropita no calendário oficial da
cidade obriga o poder público a
ser co-responsável pela festa, o
que pode significar melhor infraestrutura e mais patrocínios”,
assim Floriano justifica a apre-
sentação e defesa do projeto
de lei. “Vale ressaltar o importante papel da Paróquia Nossa
Senhora Achiropita no trabalho
social realizado junto à comunidade”, completa o vereador. O
Bixiga concentra a maior colônia
de imigrantes e descendentes de
italianos no Brasil.
Recado do Movimento Popular de Saúde do Centro
Em 20 de Junho, o Movimento Popular de Saúde do Centro (MPSC) promoveu um debate entre usuários de saúde em relação às políticas publicas em DST-AIDS na
região central da cidade. O resultado desse encontro foi muito positivo, pois participaram do evento representantes de GAPA, GLBTS, entidades da Terceira Idade, de
Pessoas em Situação de Rua, Pessoas com Deficiência e Mulheres. As conclusões desse debate subsidiarão um documento do Centro, que será impresso e distribuído no
processo da 3ª Conferência Municipal de DST-Aids, que tem como tema: DST/HIV/AIDS na Metrópole - O Desafio das Interfaces no SUS.
VENHA COLABORAR NESSA CONSTRUÇÃO
Data: 13 de Julho de 2009 | Horário: 18h30 | Local: Auditório da APEOESP Praça da República, 282 | Infor.: (11) 3289-7484 - Carmem e (11) 9783-7519 - Everson
Saúde no Centro
Caderno do Jornal Centro em Foco - edição n° 66
A AMEO procura
doadores de medula óssea
Há riscos ao doador no
processo de doação? Praticamente inexistem. Até hoje não
há relato de nenhum acidente
grave devido ao procedimento.
O que acontece se não
existe doador compatível
entre os familiares do paciente?
Procura-se um doador compatível
em um banco de medula óssea.
Daí a necessidade dos bancos
reunirem um número elevado
de voluntários - isso aumenta a
possibilidade de encontrar um
doador compatível.
O que acontece com o
doador antes da doação? Ele
passa por um exame clínico para
certificar seu bom estado de
saúde. Não há nenhuma exigência
quanto a mudanças de hábitos de
vida, de trabalho ou alimentação.
Foto: Arquivo AMEO
Milhares de portadores de
leucemias e outras doenças do
sangue aguardam anos por uma
doação de medula, que pode
por fim ao mal de que padecem.
E embora a doação seja um procedimento muito simples, ainda
é incomum entre os brasileiros,
talvez por falta de informação da
maioria. Em São Paulo, a Associação da Medula Óssea (AMEO)
e o Hemocentro da Santa Casa
de Misericórdia mantém campanha permanente de coleta de
medula. Para tirar as dúvidas do
leitor, a AMEO responde abaixo
às perguntas mais frequentes
sobre o assunto.
Qual a quantidade de
medula óssea é extraída?
Menos de 10%. Dentro de
poucas semanas o doador terá
sua medula recomposta.
Se um doador compatível
é encontrado, qual é o procedimento? O próximo passo
é ter certeza de que ele quer
fazer a doação.
Como o paciente recebe
a medula óssea? Depois de
um tratamento que destrói
a própria medula, o paciente
recebe uma nova por meio de
transfusão. Em duas semanas, a
medula transplantada já estará
produzindo células novas.
Para ser doador basta ter
entre 18 e 55 anos e estar em
bom estado de saúde. Então,
a pessoa vai colher um simples
exame de sangue para tipagem;
seu sangue será tipado, a partir
de um teste de laboratório; sua
tipagem HLA será cadastrada no
Registro Nacional de Doadores
Voluntários de Medula Óssea;
e quando aparecer um paciente
com uma medula compatível
com a sua, ela será chamada;
novos testes sanguíneos serão
necessários para a confirmação
da compatibilidade; confirmada
a compatibilidade, a pessoa será
contatada para decidir a doação.
Os interessados em doar
medula óssea podem fazê-lo no
Hemocentro da Santa Casa
de Misericórdia de São Paulo
- rua Marquês de Itú, 579 - fones:
(11) 3226-7258 ou 3224-0122
ramal 5989. Se desejar obter
mais informações antes, é só ligar
para a AMEO - 3333-4424.
Vegetarianismo
e colesterol
A cada semana, cerca de
duas pessoas se
tornam vegetarianas em todo
o mundo. Este
fato decorre de
fatores como:
respeito aos animais; mudança
de hábitos alimentares, visando
melhor qualidade de vida; e conscientização de que a produção
animal consome grandes volumes
de combustível fóssil (produto
não renovável). Neste artigo apresentamos a relação entre a dieta
vegetariana e as dislipidemias, ou
seja, a disfunção do metabolismo
de gorduras no organismo.
Atualmente, as doenças crônico-degenerativas mantem taxas
de mortalidade altíssimas nos
países ocidentais; as dislipidemias,
que englobam colesterol alto (LDL
alto e HDL baixo) e triglicérides
alto, são a maior causa de infarto
do miocárdio, pois com o tempo
obstruem as artérias, dificultando
a circulação sanguinea. A dieta
ocidental atual, rica em gorduras
trans e saturadas, contribui com o
aparecimento da doença, e apenas
a mudança de antigos hábitos alimentares, associada à prática de
atividade física diária pode trazer
de volta a saúde e
o bem-estar.
No vegetarianismo, com a
retirada da carne
e o aumento na
ingestão das fibras
alimentares, contidas nos vegetais, cereais e leguminosas, ocorre consequentemente
uma significativa diminuição das
concentrações de LDL colesterol
e triglicérides no sangue, bem
como o aumento da fração HDL
(conhecido como “bom” colesterol). Quando se reduz também a
ingestão de ovos estas mudanças
são ainda mais relevantes.
E quanto às proteínas da carne?
Podemos manter uma adequada
ingestão diária de proteínas dos
vegetais, dos laticínios e suplementos alimentares hiperprotéicos.
Assim, pode-se retirar a carne
da alimentação e ainda melhorar
a dieta, pois a escolha do vegetarianismo inclui uma nova visão
dos alimentos, levando a pessoa
a se importar com a escolha do
alimento, sua procedência e o local
onde se alimenta.
Cláudia P. Barbosa Araújo
CRN 21238
Tel.: (11) 3826-7845
6
São Paulo/SP - 30 de Jun. a 30 de Jul. 2009
O jornal da região do Centro da Cidade
Serviços de Saúde Pública no Centro
Observo constantemente que
muitas pessoas tem dificuldade
em acessar os serviços de saúde,
por desconhecimento do que é
oferecido e onde se encontram.
Perambulam por prontos- socorros e hospitais que atendem de
forma deficiente, sendo que seu
problema poderia ser tratado na
Unidade Básica de Saúde (UBS) de
seu bairro. Acredito que a melhor
forma de exercer nosso direito
à saúde é através da informação,
pois sabendo onde nos dirigir
podemos além de utilizar os serviços, avaliá-los.
Unidades Básicas de
Saúde da Região Sé:
UBS Boracéia
Av. Norma Pierucci Gianotti, 77
- Barra Funda - tel: 3392-1854.
Tipo de atendimento: Estratégia
Saúde da Família.
Serviços: Médico Generalista e
Odontologia básica.
UBS Cambuci
Av. Lacerda Franco, 791 - Cambuci
- tel: 3209-3304. Tipo de atendimento: atenção básica tradicional e
na Estratégia Saúde da Família. Serviços: Clínica Médica, Ginecologia,
Obstetrícia, Pediatria, Odontologia
básica, Psicologia, Terapia Ocupacional, Fonoaudióloga, Assist. Social,
Educação em Saúde.
UBS Dr. Armando D’ Arienzo N.
Sª. do Brasil
Rua Almirante Marques Leão, 684
- Bela Vista - tel: 3284-4601. Tipo
de atendimento: Atenção básica
tradicional e na Estratégia Saúde da
Família. Serviços: Clínica Médica,
Ginecologia, Obstetrícia, Pediatria,
Psicologia, Terapia Ocupacional,
Fonoaudióloga, Assist. Social, Nutricionista e Psiquiatria.
UBS Dr. Humberto Pascalli
Rua Vitorino Carmilo, 599 - Santa
Cecília - tel: 3826-7970. Tipo de
Atendimento: atenção básica tradicional. Serviços: Clínica Médica,
Ginecologia, Obstetrícia, Pediatria,
Odontologia básica, Psicologia,
Terapia Ocupacional, Fonoaudióloga, Assist. Social, Psiquiatria,
Oftalmologia, Otorrinolaringologia
e Hebiatria.
3241-1632. Tipo de atendimento:
atenção básica tradicional e na
Estratégia de Saúde da Família.
Serviços: Clínica Médica, Ginecologia, Obstetrícia, Pediatria,
Psicologia, Assist. Social, Nutricionista e Psiquiatria.
UBS República
Pça da Bandeira, 15 - Centro - tel:
3101-0812. Tipo de atendimento:
Estratégia Saúde da Família. Serviços: Médico generalista.
UBS Dr. Octávio A. Rodovalho
Rua Tenente Pena, 08 - Bom Retiro tel: 3222-0619. Tipo de atendimento:
Estratégia Saúde da Família.
Serviços: Médico Generalista, Ginecologia, Obstetrícia.
UBS Sé
Rua Frederico Alvarenga, 259 Pq D. Pedro II - tel: 3101-3013
Tipo de atendimento: Estratégia Saúde da Família. Serviços:
Médico generalista e Odontologia básica.
UBS Humaitá
Rua Humaitá, 520 - Bela Vista - tel:
Em caso de atendimento
insatisfatório procure o gerente
da Unidade e faça sua reclamação. Encaminhe-a também ao
Conselho Gestor da Unidade,
que se reúne uma vez por mês.
Procure saber as datas das reuniões e participe. Caso não seja
atendido procure a Ouvidoria,
que tem por missão aprimorar a
qualidade dos serviços de saúde
e promover interlocução entre o
cidadão e as instituições públicas,
além de orientar o usuário sobre
seus direitos - Rua Santa Isabel,
181, 1º andar - Vila Buarque
tel: 3333- 2142 e 3361-4445.
email:ouvidoriasaude@prefeitura.
sp.gov.br
Carmen Mascarenhas
Conselheira Municipal de Saúde
Representante do Movimento
Popular de Saúde do Centro
Tel.: 3289-7484
e-mail: [email protected]
O jornal da região do Centro da Cidade
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7
Ter uma pele livre de manchas e marcas é o desejo de
qualquer pessoa. Mas, se não
forem tomados os devidos
cuidados, as manchas na pele
aparecem denunciando a idade
e afetando a auto-estima. Por
mais que se saiba que o filtro
solar é indispensável, seja na
praia ou na cidade, pouca gente
tem o cuidado de repassar o
produto várias vezes ao dia,
como recomendam os médicos
dermatologistas. Resultado: no
final do verão, a pele exposta ao
sol sem proteção está marcada
e cheia de manchas.
Tratamentos Estéticos
Mancha s causada s pela
idade, por lesões, gravidez,
sardas ou marcas de espinhas
podem ser prevenidas ou amenizadas com alguns tratamentos.
A prevenção pode ser realizada,
diariamente, com a utilização
de hidratantes e protetor solar.
Já os tratamentos garantem
maior sucesso quando feitos na
fase inicial de descoberta das
manchas. Conheça alguns tipos
de tratamentos para manchas
na pele.
O lançamento deste inverno
é o peeling Vulcanice, que apresenta uma proposta interessante
de tratamento e recuperação
da pele. Feito em uma única
Fotos: Divulgação
Rosto: cartão de visita pessoal
aplicação, ele despigmenta e
rejuvenesce a pele diminuindo
qualquer tipo de manchas, como
melasma e cloasma, sardas e
hipercromia pós inflamatória.
O tratamento causa uma ação
despigmentante e esfoliante,
graças a ação dos ácidos vulcânicos presentes na sua composição. O tratamento Vulcanice
dura apenas algumas horas, a
sua aplicação e é realizada em
3 etapas e você poderá dar
continuidade em casa, com a
linha home-care. Os resultados
poderão ser esperados com um
clareamento total.
Outra opção de tratamento
de inverno utiliza cristais de
hidróxido de alumínio para
fazer uma microdermoabrasão da pele. Esse é um dos
procedimentos estéticos mais
realizados nos Estados Unidos
e, pela sua simplicidade e rápida
recuperação, é chamado de
lunch peel (peeling na hora do
almoço). Ou seja, a paciente
pode retornar imediatamente
às suas atividades.
A esfoliação progressiva da
superfície cutânea feita pelos
microcristais remove as células
mortas e estimula a produção
de colágeno e elastina, deixando
a pele mais fina e macia. Esse
procedimento é realizado com
o auxílio de um aparelho com
sistema a vácuo, que promove a
pulverização de cristais de óxido
de alumínio sobre a área a ser
tratada. Esta reação abrasiva
destrói a barreira externa da
cútis, aumentando a penetração e potencializando a ação
das medicações tópicas - tanto
aquelas utilizadas pela paciente
em casa, quanto àquelas aplicadas pelo dermatologista durante
o próprio procedimento. Após
a avaliação da paciente, determina-se o número de sessões
necessárias, que pode variar de
3 a 10, e o intervalo entre elas.
Para quem não gosta de
descamação ou vermelhidão a
pedida se faz com o tratamento
de clareamento e rejuvenescimento com o Laser Quasar,
um conjunto de fototerapias
voltado aos efeitos do estímulo
fisiológico das principais funções
do tecido facial. Dentre estas
funções estão a hidratação e
o combate aos radicais livres,
responsáveis pelo envelhecimento cutâneo. Sua aplicação
é realizada com a higienização,
utilizando loção de limpeza e
tônico. São aplicados pontos
de luz azul (Blue Led) seguidos
de vermelho (Red Laser) para
estimular a reparação tecidual
e posteriormente aplicação de
Âmbar Led, que melhora flacidez e textura.
A luz azul é responsável pelo
efeito bactericida e também
pelo estimulo da água, que se
encontra na camada basal da
pele, fazendo com que a pele
receba uma hiper-hidratação,
aumentando a iluminação da
face e a tensão superficial, diminuindo as marcas de expressão
e oferecendo um clareamento
sobre as manchas e olheiras.
A luz vermelha aumenta a oxigenação dos tecidos, melhora
à drenagem linfática da face e
tem efeito anti-inflamatório,
combatendo os efeitos dos radicais livres proporcionando um
rejuvenescimento imediato.
Daniela Moleiro Kita
Fisioterapeuta
dermato-funcional
[email protected]
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São Paulo/SP - 30 de Jun. a 30 de Jul. 2009
O jornal da região do Centro da Cidade
Seus pés no inverno
Estamos acostumados a cuidar
mais dos pés no verão: praias, piscinas, sandálias, chinelos... Que tal
fazer o mesmo no inverno?
Na pressa de se enxugar, após o banho, deixamos
nossos pés úmidos, propiciando
micoses,”frieiras”, “pés de
atleta”,cortes entre os dedos,
etc. Usamos meias mais grossas
que comprimem nossos pés nos
calçados causando bolhas e dores.
Botas, sapatos, tênis o dia todo,
ocasionam: dores, desconforto,
maus odores, calos, compressão
das unhas, deixando-as doloridas
e até encravando-as. Nossos pés
são nosso alicerce, nossa base. Dê
mais atenção a seus! Um podólogo pode tratá-los como eles
merecem: com conhecimento,
técnica (eliminando calos, calosidades, unha encravada, verruga
plantar; auxiliando no tratamento
de micoses...) e com carinho
com bolhas que provocam coceira
e vermelhidão, resultando em
descamação e ressecamento da
pele. Placa marginada: tipo mais
raro de micose, que provoca lesões
avermelhadas e elevadas com
bordas nítidas.
(massageando-os, hidratando-os
e aplicando a reflexologia).
Doenças
Micose. É o nome genérico
dado a doenças causadas por
fungos. Existem mais de 230 mil
espécies de fungos, mas apenas
100 causam doenças; os fungos
estão em toda parte, de modo que
as pessoas estão sempre expostas
a eles, que proliferam ao encontrar
as condições favoráveis para isso:
locais escuros, úmidos e quente. A
micose pode ser superficial: localizada na camada externa da pele,
ao redor dos pelos ou nas unhas,
alimentando-se de uma proteína
chamada queratina. Cerca de 30%
da população mundial tem problemas causados por micoses superficiais. E existe a profunda: nela,
os fungos se disseminam através
da circulação sanguínea e linfática;
podem infectar a pele e órgãos
internos como pulmões, intestinos,
ossos e até o sistema nervoso.
Tipos de micoses. Interdigital: pé de atleta ou frieira: atinge
a pele dos dedos, provocando
coceira, descamação, fissuras,
placas esbranquiçadas e, às vezes,
mal odor; pode vir acompanhada
de uma infecção bacteriana. Escamosa: atinge a região da planta do
pé e parte lateral do pé, causando
descamação e mau odor. Vesiculosa ou desidrosiforme: começa
Cuidados
Lave e seque bem os pés
(evite usar a mesma toalha para
o resto do corpo), seque com
papel higiênico ou gaze entre os
dedos. Se preferir, use secador de
cabelos para deixar o local o mais
seco possível, lembrando que o
fungo adora lugar úmido; prefira
meias de algodão, trocando-as
diariamente; use sapatos ventilados alternando-os todos os dias,
deixe-os ao sol para secar, passe
um anti-septico em pó dentro do
calçado; evite andar em lugares
públicos descalço; não use toalhas, meias, ou calçados de outras
pessoas; passe um antimicótico.
Onicomicose: micose nas unha
Os fungos comem a queratina
das unhas, principalmente no halox
(dedão). É menos frequente nas
unhas das mãos. Quase sempre se
iniciam na borda livre ou nas laterais
da unha, inicialmente com perda de
brilho, depois passa a ficar com
maceração, disforme e quebradiça.
Para melhor diagnóstico deve se
fazer um exame micológico: uma
cultura, pedida e orientada por
um médico; é um tratamento
demorado, pois depende do crescimento da unha, e a unha cresce
em média de 1mm a 1mm e meio
por mês. Cuide bem dos seus pés,
eles merecem!
Marlei Perrotti
Podóloga e reflexoterapeuta
email: [email protected]
site: www.delpe.com.br
O jornal da região do Centro da Cidade
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Fotos: Arquivo El Coyote
El Coyote: comida mexicana no Copan.
O êxito de Eduardo Grechi e
Luis Carlos com a criação de seu
diferenciado “espaço culinário”
na galeria do Copan, é constatado
pelos moradores e visitantes do
famoso condomínio. Com pouco
mais de três meses, o fast-food
de comida Tex-Mex, teve o nome
mudado de Ay Caramba para
El Coyote e para seus clientes,
também passou à condição de
restaurante mexicano, consagrando-se em um dos mais procurados
no endereço, durante o horário
comercial de almoço.
Os sócios atribuem esse sucesso
rápido e crescente à conjugação de
dois fatores “muito simples”, para
eles: o mix, na medida, de ingredientes e temperos tipicamente
mexicano, texano e brasileiro;
e a agilidade de fast-food, com
flexibilidade na montagem dos
pratos que servem - é possível ao
cliente “montar” de acordo com
sua vontade. É isso mesmo, no El
Coyote os burritos, nachos e tacos,
temperados com páprica picante e
pimentas, e acrescidos de cheddar,
barbecue, bacon e sour cream da
cozinha texana, receberam a adição
de elementos brasileiros, como
soja, agrião, alfaçe, rúcula e outros.
Nesse mix, o burrito vegeta-
riano é dos mais procurados, inclusive superando o que leva carne.
Eduardo explica: “Nossa soja tem
sabor, é temperada com pimentão,
cebola, azeitona verde e infusão
de salsão, cenoura e alho-poró.
Não usamos nada químico ou que
contenha agrotóxico”. Há outras
opções vegetarianas, “light”, com
molho especial - à moda da casa,
que levam vários tipos de pimentas
mexicanas.
No cardápio do “chef” Eduardo Grechi sempre há novidades.
No último mês e meio foram
introduzidos: guaca mole (à base
de avocado - o abacate mexicano),
quesadilla, enchillada e chilli com
carne, para comer com os nachos
(porção maior, com chilli beans,
carne, queijo e leva ao forno). E é,
claro, os pratos que inauguraram
a casa são mantidos: no El Coyote,
o apreciador da cozinha Tex-Mex,
pode saborear pratos como arroz,
salada e um grelhado de carne ou
frango; uma massa; um picadinho
que leva pimentão, cebola, carne
ou frango em tiras.
Além da entrega de pratos em
domicílio, cujos pedidos são atendidos pelos telefones 5531-4420
e 3256-7213, das 11h30 às 23h00,
de segunda a sábado, o El Coyote
agora também oferece serviço
domiciliar de Buffet Mexicano,
que ainda pode ser montado no
próprio salão do restaurante, sob
reserva prévia. Aliás, Luis Carlos
e Eduardo informam que tanto o
salão térreo quanto o do mezanino
(com 28 lugares) estão à dsiposição
para happy hours, reuniões de confraternização e eventos em geral.
Para estas situações a casa dispõe
de diferentes drinks mexicanos.
Serviço:
El Coyote
Av. Ipiranga, 200 - Fone: 5531-4420
Edifício Copan, loja 25
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São Paulo/SP - 30 de Jun. a 30 de Jul. 2009
O jornal da região do Centro da Cidade
Artes e Cultura
Marcílio Gabriel Ramos, 23, é
o criador do programa Freestyle.
Ao ouvirmos o programa percebemos a urgência da descoberta
de muitos grupos de rap que não
são divulgados na grande mídia.
Marcílio é formado em Rádio e TV,
é produtor da rádio Metropolitana
FM de São Paulo e também produtor musical. Na entrevista abaixo
ele responde de maneira honesta
e contundente, algumas questões
que envolvem o rap nacional.
influenciado pela
Black Music por
conta do meu pai,
que era discotecário e tocava em
festas entre o final
dos anos 70 e 80, e
quando ouvi “Fim de
Semana no Parque”
gostei bastante e
comecei a conhecer
mais músicas e artistas do Rap
nacional.
Marcílio, em primeiro lugar
por que o nome Freestyle?
Conte um pouco sobre o início
do programa, e a paixão pelo
rap como surgiu? A palavra “Freestyle” é muito forte e muito usada
dentro da cultura Hip Hop, tanto
pelo seu significado, “estilo livre”,
e por nomear uma das técnicas de
rimar do Mc, o improviso, conhecido também como Freestyle. Na
verdade o nome não fui eu quem
sugeriu, foi um colega de trabalho,
entre os que tinham em meu
“brainstorm” esse foi o que mais
gostei e por ser um nome presente
no Hip Hop achei que tinha a ver
com a idéia do programa.
O programa surgiu no final
de 2006, mas até então era
um simples programa de podcasting hospedado em um site
gratuito especifico para áudio e
videocasts. Produzi os primeiros
programas, joguei na internet e
divulguei para os contatos que
tinha em meu e-mail. Na primeira
semana que o programa estava
rolando já tinham por volta de 100
acessos, me surpreendi, e assim
foi rolando com as outras edições
até que percebi que poderia virar
alguma coisa mais importante e
até mesmo um canal colaborador
para o Hip Hop. Comecei levar
a sério, criei o site em Abril de
2007 e o programa foi tomando
esse formato de entrevistas e com
uma programação musical bem
voltada para a música nacional.
A paixão pelo rap, acho que
como com muita gente da minha
idade, surgiu ali no começo dos
anos 90 com o surgimento dos
Racionais. Em casa eu já era
A equipe do programa é
composta por quantas pessoas?
Onde são feitas as gravações?
O programa é mensal? Hoje,
o Programa Freestyle tem uma
equipe com três pessoas. Eu, que
faço a produção e apresentação,
e tem ainda o Fábio e o Dennian
que cuidam da parte de imagem e
fotografia do programa.
Eu continuo trabalhando em
rádio, o Dennian também trabalha
em rádio, por isso a gente tem essa
facilidade de usar uma estrutura
boa para fazer as gravações com os
artistas. Se o artista possui estúdio
próprio e não tem disponibilidade
de ir até o nosso local de gravação, nós vamos até ele, e vamos
mesmo! Já fomos até pra Curitiba
só pra gravar um programa. Mas
já estamos projetando um estúdio
próprio do Freestyle.
O programa é quinzenal.
Ele começou indo ao ar toda
semana, mas como o formato é
muito trabalhoso, eu não estava
conseguindo colocá-lo no ar
toda semana, por isso comecei
a disponibilizá-lo a cada 15 dias,
assim fica mais fácil trabalhar com
qualidade nas edições.
Diversos artistas consagrados e inéditos para o público
participaram do Freestyle,
fale de alguns grupos entrevistados? A idéia de entrevistar
artistas com um nome forte na
cena e outro ainda em seu início de
carreira é justamente pra mostrar
quem está trabalhando sério e com
vontade. O programa já entrevistou o Max B.O. que já tem uma
caminhada sólida no Rap nacional
Divulgação
O Estilo livre do Hip Hop
e o grupo Relatos da Invasão que
está em seu primeiro disco e é
um dos grupos mais promissores
da vertente. Independente se o
grupo ou artista é do underground
ou é mais contundente, a gente
quer entrevistar quem está com
trabalhos significativos para a cena
e seus adeptos.
Não podemos deixar de
citar a entrevista com os
Racionais Mc’s... como foi pra
você entrevistá-los? E vocês
que estão por dentro do Rap
nacional acham que o grupo
paulista lança esse ano um
novo álbum ou é mais fácil
sair um cd do Rap’N Sintonia
(grupo do Marcílio)? A entrevista com os integrantes dos Racionais foi um marco pro Programa
e para mim como comunicador
e fã de Rap. Foi emocionante. Eu
parecia uma criança conversando
com eles (risos). Por alguns instantes eu esqueci que estava ali
pra entrevistá-los e não pra pedir
autógrafo (risos). Foram daqueles
caras, que eu estava entrevistando
no momento, que ouvi o primeiro
som, eles eram os responsáveis
pelo o que eu estava fazendo. A
entrevista era pra ser só com o
DJ KL Jay, mas ele me surpreendeu levando o Edi Rock e essa
entrevista foi uma das melhores
que já fiz. (risos) Eu acho que os
Racionais lançam primeiro. O
Rap’N Sintonia na verdade pra
mim já acabou, entrei em contato
com os caras que faziam parte do
grupo pra retomar as atividades,
mas não obtive resposta. Se algum
dia alguém quiser voltar com o
grupo vai ter que me convencer de
porquê voltar, eu não corro mais
atrás disso. Mas foi bom fazer esse
projeto, a gente
tocou bastante,
fizemos vários
shows e conhecemos muita gente
com o grupo.
Se possível,
indique alguns
grupos da nova
geração do rap
brasileiro que merecem um
pouco mais de atenção. Indico
sim (he he!). Eu gostaria de indicar
e destacar um grupo de Curitiba,
chamado “Savave” que já esta
fazendo barulho na cena alternativa do rap nacional, que com
certeza vai arrebentar e se tornar
uma referência musical no país. O
grupo é formado pelos Mcs Thiago
Pródigo e Nave, que já lançaram
uma promotape com oito músicas
e estão produzindo o seu primeiro
álbum. Pra galera se situar um
pouco, a música “Desabafo” do
Marcelo D2 foi produzida pelo
integrante do “Savave”, o Nave,
que já produziu outras coisas
do trabalho do D2 em outros
álbuns. Outro nome que indico
é o Mc “Emicida”, mestre na arte
do improviso e um dos melhores
letristas da atualidade, mesmo
com pouca idade é a minha aposta
pro futuro do rap nacional.
Como você vê o futuro do
Rap? Será mesmo pela internet, com mais programas
como o Freestyle? Vocês tem
ouvintes em todos os cantos
do mundo, provando a força
da internet... O futuro do Rap
está nas pessoas que trabalham
profissionalmente com o Rap.
Falo de coletivos, assessores de
imprensa, produtores de eventos, técnicos de som, comunicadores, todos em prol do
Rap. O Futuro do Rap está no
profissionalismo.
Agora o futuro do Rap na
Comunicação está em boa parte
na grande mídia, TV, Rádio e
até mesmo mídia impressa.
A internet hoje é a principal
aliada do Hip Hop aqui no país,
mas ainda é pouco. Ela tem
vantagens e desvantagens, seus
pontos fortes e fracos: o forte
está nas maneiras que as notícias
e informações chegam até você,
de forma bem rápida e objetiva;
o ponto fraco é que não dá pra
confiar totalmente na internet,
porque qualquer pessoa pode
criar um blog, um myspace,
um fotolog e começar a querer
trabalhar como um emissor de
informações e nós não sabemos
se essa pessoa tem algum tipo
de formação pra prestar serviço. A internet possibilitou ao
fã ultrapassar a barreira entre
ele e o artista, os outros meios
não dão essa liberdade. Não
falo que pra ser comunicador
do Hip Hop você precisa estudar na Cásper Líibero ou FAAP
e se tornar um puta jornalista
conceituado, cheio de prêmios e
com uns cinco livros publicados,
é só estar por dentro do que
está acontecendo, procurar a
melhor forma de passar aquela
informação e ter coerência,
bom senso... A internet não te
dá essa segurança muitas vezes,
ela está tanto pros sãos como
pros loucos. Por isso, é necessário saber a origem das informações que circulam na rede.
Mas temos ótimas referências
de profissionalismo na internet,
o site Bocada Forte e a rádio
Boomshot são exemplos.
Novidades para os próximos programas? Festas como
aquela em comemoração a um
ano do programa vão ocorrer?
Já começamos também a formatar
a festa de dois anos do Programa e
ainda queremos fechar uma parceria com uma marca de roupas
para fazer a parte de “vestuário”
do programa (he he!). Também
tem os eventos que fazem parte
do calendário de atividades do
Hip Hop em São Paulo e nós
vamos cobrir, e ainda a possível
entrada de mais um integrante
na equipe. Os trabalhos daqui pra
frente são esses.
por Pedro Pellegrino
MTb 56620
O jornal da região do Centro da Cidade
São Paulo/SP - 30 de Jun. a 30 de Jul. 2009
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Artes e Cultura
Arte e Resistência na Rua é o título da revista lançada pelo MTR
Fotos: Joca Duarte
O M ov i m e n to d e
Teatro de Rua de São
Paulo (MTR/SP) reuniu
cerca de duzentas pessoas, entre diretores,
atores, representantes de
diversas entidades ligadas
às artes e da imprensa,
para o lançamento da
revista Arte e Resistência na Rua. O evento foi
realizado no Espaço de
dança da Galeria Olido,
dia 15 de Junho.
Editada pelo jornalista e
ator Augusto Paiva, a revista
foi publicada com tiragem de
mil exemplares, produzida no
formato 31,5 x 21,5 cm, em
papel acetinado e ilustrada
com fotografias de cobertura
de diferentes espetáculos. Em
suas 76 páginas a publicação traz
artigos de diferentes militantes
do teatro de rua, um histórico
da organização do Movimento
e as críticas dos espetáculos da
3ª Mostra de Teatro de Rua Lino
Rojas, realizada em Novembro
do ano passado. Também faz
o registro do 4º Encontro da
Rede Brasileira de Teatro de Rua
(RBTR), uma vez que ainda são
poucos e pequenos os registros
desta modalidade teatral.
De acordo com os organizadores da publicação, as críticas
dos textos da 3ª Mostra foram
coordenadas pelo professordoutor Alexandre Mate, do
Instituto de Artes da Universidade do estado de São Paulo
(UNESP), que também respon-
deu pela curadoria da mesma,
ao lado do mestre Romualdo
Bacco, muito respeitado pelos
“fazedores de teatro de rua”,
bem como de autores e diretores do teatro convencional.
Durante o evento, foi apresentado um vídeo-documentário, com duração de 50 minutos,
produzido a partir de filmagens
de diversos espetáculos
de rua, entrevistas com
grupos, autores e diretores, e dos “bate-papos”
acontecidos durante a 3ª
Mostra. O filme homenageia o grupo Teatro
Popular União e Olho
Vivo (criado em 1966),
focando diferentes e
importantes momentos
de sua história. O fundador do grupo, dramaturgo César Vieira (codinome
do advogado Idibal Pivetta), que
continua na ativa e militando pela
causa do MTR, foi quem iniciou a
organização do teatro de rua nos
anos 1970, usando esse nome
para burlar a censura, pois era
um dos poucos advogados que
fazia a defesa de presos políticos
durante a ditadura militar.

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