Info.Bruxelas - Janeiro 2015
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Info.Bruxelas - Janeiro 2015
www.magellan-association.org/ Este suplemento faz parte integrante da Vida Económica nº 1573, de 23 de janeiro 2015, e não pode ser vendido separadamente Bioeconomia, segurança alimentar e crescimento sustentável na UE: que oportunidades? Opinião: t"HSPDMVTUFSTFNFBOEPBDPNQFUJUJWJEBEF Destaques: t/PWBTSFHSBTFVSPQFJBTEFSPUVMBHFN BMJNFOUBS t'VOEP&VSPQFVQBSB*OWFTUJNFOUPT &TUSBUÏHJDPTBOPWJEBEFOPJOWFTUJNFOUP DPNVOJUÈSJP t.FDBOJTNP*OUFSMJHBSB&VSPQBoFOFSHJB USBOTQPSUFTFUFMFDPNVOJDBÎÜFT Margarida Ambar, Rural Development Officer – EIP-AGRI Service Point, afirma “A inovação é um dos elementos-chave na preparação da UE para os desafios que a esperam” 2 sexta-feira, 23 de janeiro 2015 Bioeconomia, segurança alimentar e crescimento sustentável na UE: que oportunidades? O que é a bioeconomia? A bioeconomia refere-se à produção sustentável e à conversão de biomassa numa gama de produtos industriais no domínio da alimentação, saúde e fibras, bem como energia. A biomassa renovável abrange qualquer material biológico como um produto em si ou utilizável como matéria-prima. Os biorresíduos, por exemplo, têm um potencial considerável enquanto alternativa aos fertilizantes químicos ou para conversão em bioenergia, podendo atingir 2% da meta de energias renováveis da UE. A bioeconomia da UE já tem um volume de negócios de cerca de dois triliões de euros e emprega mais de 22 milhões de pessoas, 9% do emprego total na UE, incluindo os setores da agricultura, silvicultura, pescas, alimentação e produção de pasta de papel e de papel, bem como setores das indústrias química, biotecnológica e energética. Uma estratégia europeia para a bioeconomia O caráter transversal da bioeconomia pode revelar-se como um instrumento ao serviço da Comissão Europeia (CE) para enfrentar desafios societais, nomeadamente, no que respeita à segurança alimentar, à escassez de recursos naturais, à dependência em relação aos recursos fósseis, a alterações climáticas, e por fim, a atingir um crescimento económico sustentável. Parcerias: o caminho a seguir A nível europeu podemos ainda encontrar outras iniciativas no âmbito da inovação e partilha de conhecimento com larga relevância para o setor agroindustrial, como é o caso da EIP-AGRI. A Parceria Europeia de Inovação para a Agricultura foi criada como uma nova forma de ajudar o setor agrícola e florestal a tornar-se mais produtivo, sustentável, e capaz de enfrentar desafios atuais como a maior concorrência, os preços de mercado mais voláteis, as alterações climáticas e mais rigorosas normas ambientais. Para tal, a EIP-AGRI ajuda a disseminar na UE todo o conhecimento novo e importante existente na inovação e na agricultura, com especial enfoque na sua adoção ao longo de toda a cadeia de valor por meio de conferências, grupos de discussão, oficinas, seminários e publicações. Para mais informação sobre esta iniciativa consulte: http:// ec.europa.eu/eip/agriculture/en Resulta assim claro a forma expressiva como o setor agroalimentar foi contemplado pelas políticas e pelo mais ambicioso programaquadro de inovação de sempret “Estima-se que RÀQDQFLDPHQWR direto da investigação associado à Estratégia Bioeconómica possa gerar cerca de 130 000 postos de trabalho e 45 mil milhões de euros de valor acrescentado em setores da bioeconomia até 2025” A Comunicação da Comissão Inovação para um Crescimento Sustentável: Bioeconomia para a Europa” (disponível para consulta em: http://ec.europa.eu/research/bioeconomy/ pdf/201202_innovating_sustainable_growth_ pt.pdf ) procedeu à identificação dos principais problemas e das estratégias políticas para responder a estes desafios. Em consonância com o exposto na Comunicação e na Estratégia Europa 2020, a estratégia de crescimento da UE para a próxima década (disponível para consulta em: http:// eur-lex.europa.eu/LexUriServ/LexUriServ.do? H2020: OPORTUNIDADES EM DESTAQUE CALL ISIB - INNOVATIVE, SUSTAINABLE AND INCLUSIVE BIOECONOMY Orçamento de 25 milhões de euros: - ISIB-02-2015: Eliminar o fosso entre investigação e inovação: o papel crucial dos serviços de apoio à inovação e troca de conhecimentos - ISIB-12b-2015: Desenvolvimento rural - ISIB-12d-2015: Produção agrícola sustentável - ISIB-12e-2015: Produção pecuária sustentável CALL SFS - SUSTAINABLE FOOD SECURITY 0SÎBNFOUPEFNJMIÜFTEFFVSPT - SFS-02b-2015: Avaliação de sistemas de cultivo de melhoria do solo - SFS-13-2015: Contaminação biológica de culturas e da cadeia alimentar - SFS-01c-2015: Avaliar a sustentabilidade da produção pecuária terrestre - SFS-14b-2015: Autenticação de produtos alimentares VAI ACONTECER ‘SMART, GREEN AND INTEGRATED TRANSPORT INFORMATION DAY’ 2 de fevereiro Local: Bruxelas, Bélgica Mais informações: http:// ec.europa.eu/research/index. DGN QHFWFOUTFWFOUDPEF""% $%#%'%#%%" ‘PAVING THE WAY FOR ADVANCED MANUFACTURING: TECHNOLOGY TRANSFER’ 25 de fevereiro Local: Bruxelas, Bélgica Mais informações: https://ec.europa.eu/ jrc/en/event/workshop/paving-wayadvanced-manufacturing-technologytransfer?search ‘NEW NARRATIVES FOR INNOVATION’ FEFGFWFSFJSP Local: Bruxelas, Bélgica Mais informações: https://ec.europa.eu/ jrc/en/event/workshop/new-narrativesinnovation?search uri=COM:2010:2020:FIN:PT:PDF), são várias as oportunidades que neste âmbito surgem para o setor agroalimentar, com especial enfoque na melhoria da competitividade através da inovação. De acordo com os dados divulgados pela CE, estima-se que o financiamento direto da investigação associado à Estratégia Bioeconómica no âmbito do Programa-Quadro Horizonte 2020 possa gerar cerca de 130 000 postos de trabalho e 45 mil milhões de euros de valor acrescentado em setores da bioeconomia até 2025. É, portanto, de prever que os setores que atuam no âmbito da bioeconomia, entre eles o agroalimentar, contribuam significativamente para a realização dos objetivos da Estratégia Europa 2020. Horizonte 2020 O maior programa de sempre de Investigação e Inovação da UE, com cerca de 80 mil milhões de euros de financiamento disponível ao longo de 7 anos (2014-2020), promete mais avanços, descobertas e estreias mundiais através da transferência de grandes ideias do laboratório para o mercado. Enquanto parte integrante da economia e da sociedade europeia, a bioeconomia e os setores que engloba são especialmente contemplados no Desafio Societal 2, intitulado “Food security, sustainable agriculture and forestry, marine, maritime and inland water research, and the Bioeconomy” (A segurança alimentar, agricultura e silvicultura sustentáveis, investigação marítima e fluvial e a Bioeconomia)t Ficha técnica: Suplemento Info.Bruxelas | Edição: Magellan | Cátia Candeias | Colaboram nesta edição: Ana Paula Mesquita, Ana Silva, Daniela Guimarães, Hugo Sousa, Joana Dias, José Souto, Virgílio Pereira, Margarida Ambar e Carlos Lopes de Sousa | Arranjo Gráfico e Paginação: Célia César e Flávia Leitão | Propriedade, | Edição, Produção e Administração: Magellan, em colaboração com o Jornal Vida Económica | Contactos: Magellan | Rond Point Schuman 6/5, B-1040 Bruxelas, Bélgica Tel.:+32(0)2 234 63 80; [email protected]; www.magellanassociation.org. | Vida Económica | Rua Gonçalo Cristóvão, 1PSUPt5FM'BY XXXWJEBFDPOPNJDBQU]Periodicidade: Mensal sexta-feira, 23 de janeiro 2015 3 0DUJDULGD$PEDU5XUDO'HYHORSPHQW2IÀFHU²(,3$*5,6HUYLFH3RLQWDÀUPD ´$LQRYDomRpXPGRVHOHPHQWRVFKDYH QDSUHSDUDomRGD8(SDUDRVGHVDÀRV TXHDHVSHUDPµ &RPRVXUJLUDPDVLQLFLDWLYDVFRQMXQWDVHXURSHLDVHTXDLVRVREMHWLYRVHVSHFtÀFRVGD(,3$*5," A Comissão Europeia definiu uma estratégia de atuação até 2020, na qual identificou a inovação como um dos elementos-chave na preparação da UE para os desafios que a esperam. Neste contexto surgiram as Parcerias Europeias para a Inovação (ou European Innovation Partnership - EIP), destinadas a orientar e melhorar a coordenação entre iniciativas e instrumentos de política, e que se caracterizam por envolver todos os atores relevantes a nível da UE, nacional, regional e local. As PEI têm por principal missão promover a procura das soluções inovadoras necessárias para resolver os problemas existentes e o melhor aproveitamento das oportunidades que surjam. Dentro deste contexto, a PEI “Produtividade e Sustentabilidade Agrícolas” (EIP-AGRI) surgiu com o objetivo específico de promover uma atividade agrícola e florestal mais competitiva e sustentável, capaz de utilizar os recursos de forma mais eficiente e ecológica, contribuindo assim para o abastecimento seguro e estável de alimentos para consumo humano e para animais, de fibras, de biomassa, bem como de outros biomateriais. &RPRHVWiHVWUXWXUDGDD(,3$*5,H RVHXIXQFLRQDPHQWR" A EIP-AGRI centra-se na formação de parcerias e promoção da cooperação entre os diversos atores interessados, constituindo a Rede EIP-AGRI, que é facilitada pelo EIP-AGRI Service Point (Serviço de Apoio à EIP-AGRI). Assim, diferentes agentes no âmbito da inovação e da agricultura – agricultores, investigadores, agroindústrias, ONG e outros atores – irão trabalhar em conjunto, partilhar as suas ideias e transformar conhecimento em soluções inovadoras que sejam facilmente postas em prática. Um dos principais motores de inovação neste contexto serão os Grupos Operacionais suportados pelos Programas de Desenvolvimento Rural (PDR), isto é, grupos de pessoas (e organizações) que cooperam num projeto de inovação no contexto da abordagem EIP-AGRI. &RPRSRGHPQHODSDUWLFLSDUDVHPSUHVDVSRUWXJXHVDVGRVHWRUDJURLQGXVWULDO" ([LVWHP Mi SDUWLFLSDQWHV SRUWXJXHVHV" Uma das formas diretas de as empresas do setor participarem na EIP-AGRI é através da integração em projetos de inovação desenvolvidos por Grupos Operacionais ou em Redes Temáticas e projetos multiatores apoiados pelo Horizonte 2020 (H2020) - programa europeu para a investigação. Por outro lado, o EIP-AGRI Service Point tem vindo a desenvolver diversas ações e instrumentos no sentido de dinamizar a Rede EIP-AGRI, contando já com a participação de diversos atores portugueses. Entre aqueles, destacam-se o website, publicações e newsletter, seminários e workshops, Grupos Focais (ou Fo- rios temas. Mas também estamos atentos a eventos organizados por outras entidades, desde que relevantes no contexto EIP-AGRI, divulgando-os através do site. Os agentes do setor agroindustrial podem-nos dar conhecimento de eventos que considerem relevantes e assim promover a sua divulgação. Outra das iniciativas da EIP-AGRI é a constituição de Focus Groups: grupos temporários de pessoas com conhecimento diversificado (agricultores, investigadores, representantes do setor agroindustrial, etc.), que se reúnem para discutirem um tema e questão específicos. Os agentes ligados ao setor agroindustrial poderão candidatar-se a integrar um Focus Group. ´'RLVGRV SURJUDPDV TXHVH HQFRQWUDPPDLV GLUHWDPHQWH DVVRFLDGRVj (,3$*5,VmR RV3'5GHFDGD (VWDGR0HPEUR HR+µ cus Groups), para além de um serviço de atendimento ao público. Os atores associados ao setor agroindustrial, uma vez registados no website (aceder aqui), poderão aí obter informação relevante para a sua atividade, encontrar agentes de inovação com os mesmos interesses, bem como carregar a base de dados com informação, divulgar os seus projetos ou procurar parceiros e informação sobre financiamento europeu. A newsletter do EIP-AGRI Service Point também pode ser uma via para os atores associados às empresas do setor agroindustrial obterem informação relevante, bem como de disseminar iniciativas e projetos. O EIP-AGRI Service Point tem ainda organizado workshops e seminários focados em vá- ´3URGXWLYLGDGHH 6XVWHQWDELOLGDGH $JUtFRODVµ (,3$*5,VXUJLXFRP RREMHWLYRHVSHFtÀFR GHSURPRYHUXPD DWLYLGDGHDJUtFROD HÁRUHVWDOPDLV FRPSHWLWLYDH VXVWHQWiYHO 4XDLVRVÀQDQFLDPHQWRVGLVSRQtYHLV SDUD ÀQDQFLDU D SDUWLFLSDomR QRV SURMHWRV GHVHQYROYLGRV QR kPELWR GD (,3$*5," Existem diversas fontes de financiamento possíveis para os projetos desenvolvidos neste âmbito. Dois dos programas que se encontram mais diretamente associados à EIP-AGRI são os PDR de cada Estado-Membro e o H2020. Em particular, os PDR oferecem oportunidades de financiamento de Grupos Operacionais, no contexto dos quais projetos que visem a procura de soluções inovadoras para problemas existentes na prática, podem ser apoiados. 4XDOpQDVXDRSLQLmRDPDLRUPDLVYDOLDSDUDRVHWRULQGXVWULDOHPSDUWLFLSDUHPLQLFLDWLYDVFRPRHVWD" A inovação constitui uma mais-valia em qualquer contexto, especialmente quando esta é dedicada ao aumento da produtividade e da sustentabilidade, claramente relevante para todos os setores de atividade. A participação neste tipo de iniciativas permite acesso fácil a informação e conhecimento que podem potenciar efetivas mudanças e integrar a Rede EIP-AGRI facilita o contato direto com outros atores com os mesmos problemas ou com o conhecimento ou solução procurados. Não menos relevante, os programas referidos fornecem efetivas oportunidades para o desenvolvimento de projetos, iniciativas e redes no contexto da EIP-AGRI. 4XH RXWUDV SROtWLFDV RX LQLFLDWLYDV GHVWDFDULDFRPRGHLQWHUHVVHSDUDRVHWRUDJURLQGXVWULDOSRUWXJXrV" Dentro do contexto da EIP-AGRI, destaco a política europeia de investigação e desenvolvimento tecnológico. Em particular e dentro do H2020, o Desafio Societal 2, incluindo apoio a redes temáticas e projetos multiatores, as oportunidades para projetos desenvolvidos por PME e ainda os apoios a projetos dentro da área tecnológica (no contexto do “Fast track to innovation”). Outras iniciativas interessantes são o Programa EUROSTARS, COSME, o Fundo Europeu de Investimento ou o Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, entre outrost 4 sexta-feira, 23 de janeiro 2015 Novas regras europeias de rotulagem alimentar R umo à transparência dos alimentos consumidos na UE para os consumidores, a mudança introduzida mais tangível diz respeito aos alérgenos, como o leite e as nozes. Estes alimentos têm agora de estar claramente destacados na lista de ingredientes de todos os produtos e também nas cantinas e restaurantes, tornando mais segura a ali- O Fundo Europeu para Investimentos Estratégicos: a novidade no investimento comunitário A Mecanismo Interligar a Europa — energia, transportes e telecomunicações D ividido entre estes três setores, o Mecanismo Interligar a Europa ou CEF (Connecting Europe Facility) financia projetos que preencham as ligações em falta nestes domínios na UE. Em conformidade com a Estratégia Europa 2020, promove também a economia e CARTOON meios de transporte mais ecológicos, conexões de banda larga de alta velocidade e o uso de energias renováveis, além da concretização do mercado interno. Na próxima edição analisaremos as oportunidades de financiamento e opções políticas daqui decorrentest por José Souto Presidente da Direção do Cluster Agroindustrial do Ribatejo (AgroCluster) Agrocluster: semeando a competitividade mentação dos consumidores alérgicos. Em abril, também a carne de borrego, galinha e porco terão que apresentar rótulos com a sua origem, tal como já acontece com a carne de vaca. Dentro de dois anos será introduzida outra mudança importante em relação às informações nutricionais: o sal, as calorias, a gordura e o açúcar terão de constar nos rótulos de todos os produtost crise financeira e económica da União Europeia (UE) gerou uma redução do investimento e para colmatar os seus efeitos a Comissão Europeia, em conjunto com o BEI e os Estados-Membros, adotou um Plano de Investimento de 315 mil milhões de euros para fomentar o crescimento e o emprego. Disponível em meados de 2015, o FEIE financiará projetos estratégicos em toda a UE: infraestruturas de banda larga, energia e transportes; educação, investigação ENG.º CARLOS LOPES DE SOUSA e inovação; energias renováveis e eficiência energética. Os projetos selecionados terão de cumprir três critérios principais: 1) valor acrescentado europeu; 2) viabilidade económica e um elevado retorno socioeconómico; 3) ter início durante 2015-2017. Além disso, deverão ter potencial para mobilizar outras fontes de financiamento, bem como dimensão e escala razoáveis. A sua campanha aberta de promoção deverá passar por Portugal em março de 2015t Agrocluster, reconhecido no âmbito do enquadramento em Estratégia de Eficiência Coletiva (EEC) e cujo âmbito de atuação é o setor agroindustrial, iniciou a sua atividade no ano de 2009. O Agrocluster partiu para o terreno com um objetivo preciso: fomentar e tirar proveito das ações de cooperação entre empresas, centros de conhecimento e entidades públicas no sentido de esses atores obterem vantagens desse relacionamento, com enfoque particular no incremento da competitividade, valorização e crescimento das empresas. O trabalho de um pólo/cluster passa pela articulação e complementaridade dos recursos, a esse nível, hoje ainda, muito dispersos e tirando pouco partido do trabalho em rede. No que diz respeito em concreto ao desenvolvimento de processos de Investigação, Desenvolvimento e Inovação (IDI), é ainda muito longa a distância entre organizações do conhecimento e empresas. É, por isso, indispensável dar a conhecer às empresas as competências e ofertas da rede de conhecimento no desenvolvimento e investigação e, por outro lado, é fundamental ultrapassar o lado redutor em que muitas vezes a inovação é encarada, ou seja, libertá-la da associação sistemática só à novidade ou produto de investigação e projetá-la na oportunidade, na antecipação, no impacto efetivo nos mercados. Assim, uma das orientações mais incisivas do Agrocluster passa pela dinamização do desenvolvimento de tecnologias com forte potencial de crescimento e o lançamento de novos produtos, no quadro de uma estreita colaboração entre empresas e instituições de ensino e de IDI, que facilite a transferência de tecnologia e de conhecimento entre estas entidades. As cada vez maiores expressão e atualidade que as temáticas da IDI têm nas realidades empresariais justificam por si que as empresas empreendam esforços no sentido de aprofundar o seu conhecimento e grau de participação nos programas, nomeadamente comunitários, que apoiem a implementação das suas iniciativas nestas áreas. Neste sentido, o Agrocluster tem desenvolvido também esforços no sentido de apoiar os seus associados no acesso a programas nacionais e comunitários de apoio à IDI, nomeadamente o Horizonte 2020, o novo programa da União Europeia para financiamento de iniciativas de IDI, destinado a reforçar a competitividade da Europa e que constitui o principal instrumento comunitário de apoio às empresas nestas áreas, no período 2014-2020, que não pode deixar de ser aproveitado pelo nosso tecido empresarial. No cumprimento da sua missão, o Agrocluster Ribatejo tem vindo a dar continuidade às suas atividades de promoção da IDI no setor agroindustrial, estando, para o efeito, a desenvolver um projeto que inclui a disseminação junto de empresas e organizações do setor, de informação e de oportunidades associadas ao Programa Horizonte 2020. A contribuição para o aprofundamento do conhecimento relativamente a programas de apoio/financiamento são essenciais, podendo revelar-se a única oportunidade de as empresas prosseguirem com o lançamento e/ou desenvolvimento de novos projetos, na senda do reforço da sua competitividadet