PLANTAS DE RISCO À SAÚDE NA COMUNIDADE LADEIRA DO

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PLANTAS DE RISCO À SAÚDE NA COMUNIDADE LADEIRA DO
PLANTAS DE RISCO À SAÚDE NA COMUNIDADE LADEIRA DO URUGUAI EM
TERESINA – PI
Profª Msc. Jeane Rodrigues de Abreu – NOVAFAPI
Profª Msc. Maria José Soares Monte – NOVAFAPI
Profª Drª Kátia Bonfim Leite de Moura Servulo - NOVAFAPI
Profº Msc. Francílio de C. Oliveira - NOVAFAPI
INTRODUÇÃO: O presente trabalho é parte de um projeto de pesquisa que envolve o
levantamento dos agentes biológicos de risco à saúde, desenvolvido na comunidade Ladeira do
Uruguai, situada na periferia de Teresina, no bairro Uruguai. A população atual é de
aproximadamente 776 habitantes distribuídos em 173 domicílios. Trata-se de uma comunidade
carente, sem saneamento básico satisfatório, localizada nas proximidades da faculdade
NOVAFAPI. Esta instituição de ensino superior direciona suas ações de extensão e pesquisa a esta
vila. OBJETIVOS: O projeto teve como objetivos realizar o levantamento de plantas as quais
possam colocar em risco a saúde dos moradores da comunidade em estudo, verificar os acidentes
ocorridos com tais plantas e identificar as medidas de primeiros socorros adotadas pela
comunidade. METODOLOGIA: Inicialmente, foram realizadas visitas à comunidade para
reconhecimento da área, apresentação do projeto à comunidade e seleção dos informantes. A
pesquisa foi realizada no período de outubro de 2005 a Maio de 2006. A amostra foi constituída
por moradores de 30% das casas, sendo entrevistada uma pessoa por conglomerado. Foram
informantes preferenciais pessoas indicadas pela comunidade como de reconhecido saber e ainda
aquelas que tenham enfrentado situações de risco. As informações foram obtidas por meio de
entrevistas semi-estruturadas com o uso de formulário padrão. RESULTADOS: As principais
plantas tóxicas levantadas na comunidade são comumente encontradas na região, conhecidas
popularmente como: alecrim (Rosmarius officinalis L.), boa noite (Catharanthus roseus (L.) G.
Don.), ciúme (Calotropis procera (Ait.) R. Br.), comigo-ninguém-pode (Dieffenbachia picta
Schott.), espada de são Jorge (Sansevieria zeylanica Willd.), paulista (Luffa operculata (L.) Cogn.),
pião-roxo (Jatropha curcas L.), pinica-pau (Caladium bicolor Vent.), rosa menina (Rosa spp.),
sapatinho de nossa senhora (Pedilanthus thithymaloides (L.) Poit.), taioba (Colocasia antiquorum
Schott.), tipi (Petiveria alliacea L.). Os principais acidentes relatados foram causados pela ingestão
de partes da planta ou manuseio destas. As alterações mais freqüentes foram vômitos, erupções,
coceira, dores, queimaduras. Sendo uma comunidade carente, não possui orientação adequada e
material necessário para os primeiros socorros, adotando medidas caseiras tais como a ingestão de
leite, ingestão de água e açúcar e lavagem local com água com sal ou água com açúcar.
CONCLUSÃO: Os acidentes com plantas tóxicas na comunidade são relativamente freqüentes,
sendo a maioria causada por plantas cultivadas nos próprios quintais. As medidas de primeiros
socorros são de senso comum, necessitando de orientações com base científica. Vale ressaltar,
ainda, que algumas das espécies mencionadas pelos informantes são usadas na comunidade como
plantas medicinais. Os dados levantados demonstram a importância da realização de pesquisas
sobre os constituintes químicos das plantas e as dosagens a serem utilizadas, com o objetivo de
diminuir os efeitos colaterais decorrentes do uso de tais espécies como recurso terapêutico. Os
resultados sugerem ainda o desenvolvimento de cursos de extensão visando orientar a comunidade
sobre as medidas de prevenção de acidentes com tais plantas.
PALAVRAS-CHAVES: Agentes Biológicos de Risco. Educação em Saúde. Prevenção de
acidentes. Plantas Tóxicas. Primeiros Socorros.

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