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D A G L O R IO S IS S I M A V I R G E M
C o m o T itu lo da
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DIVINA
PROVIDENCIA,
Pregado na íua mefma C a fa , eftando expoílo o Santiííimo Sacramento,
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N A F E S T A D A I R M A N D A D E D A S ES>
Gravas da mefmaSenhora, na Dominga fegunda poíl
Epiphaniam 14. dejatieírode 1691 .
d E f t a t n f ^ p o r J o f t f h T e r e i r a V e lo z» ^
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NaOfficinade M I G U E L D E S L A N D E S ,
ImprelFor de Sua Mageftade.
I jc jn ^ a s n e c e ja r w .
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B e a t u s v e n t e r ^ q u i t e 'p o r t m j i t . L u e . I I .
U M A M a y a mais am ante de ieuy F ilh o s ( D i v i ­
n a , H u m an a , £i Sacram entada M a gcíta d c ) H ú a
M á y a mais amanee de fe u s F ilh o s : H ú a Sen h ora a
maiscLiidadofa de feus fervos :H ú a R a íiih a a ma«?
ben efica para to d o s:aM ày d ella n oiìa F am ilia I iiea_____ , tin a , a S en h o ra da C a th o lic a m ilitan te Ig re ja , »
R u i ih a v a i v c r f a ld o C c o ,6 c daterraaV laria S an tiilìm a,com o titu io
d e M .Ì y ,d e S e n h o r a ,d - R.ainha da D iv in a P r o v id c n c ia i b e o ailu m p to deftas feiliva s exprell'oens do n o ilb afiedbo ,d c ila s fiie m n c s
•dem onftrajoens d o n oflb agradccim enco. E q u e p r o p r io s ,& q u e
'fm gularcs m o tivo s para o m ais d e v o to re v e re n te c u ito ! M as para
delTes difcorrer a nofla in cap acid ad e, q u e a rd u o , q u e d iííic u lto ío ,
^que in a cce iiìv cl o b je c lo !
«
H e a P ro vid en cia de M aria p ro porcio n ad o m o tiv o para o c o lto
^rnais r e v e r e n te , p o rq u e a tod o o c u lt o nos perfuadem os refpeitos,
íí^uc n e ilc ieu titu lo a M aria fé Ihe devem ; he p orèm para o d ifcu rib
o o b jc it o m a is in a c c e iiìv e l ; p orqu e, co m o poderà o h um ano c n ten •i^im ento, ainda q u e en tre cham as de feraphicos in cen d io s,elevarle cm
<taóaltos v o o s , q u e ch e g u e a p e n e tra r a B cm a v e n tu ra n ^ a de M a r ia ,
quando M a y ,q u a n d o R a i n h a , q u an d o S en h o ra da D iv in a P r o v i­
dencia ? Im p o fiivel a im agin agao m o perfuade^que he tao ruperior
às luzes da rezao h u m a n a ,o in im a g in a vei defta fua mais q u e todas re* levan te gloria, tan to e x ce d e a m aior p c r fp ic a c ia o q u e fe co m p reh en d e e m ta o fm g u la r p rero g a tiva , q u e p o r mais q u e f c e le v e o pcnfam c n t o , Tempre fé ha de v ir a co n clu ir, q u e M a r ia com o M a y de C h r i-ilo , lo g ra n ella bua B em aven tu ran ga ta o r a r a , q u e co m o impoíTivel
¡penetrarfe Tua grandeza, fó p o d e ri em fu a co n íld e ra g áo n a o ficar ab­
s o r t o , q u em em D eo s ign orar e lle m efm o D iv m o A ttr ib u to .
S e n d o ift o a ilim , com o n a v e rd a d e h e ; q u e l u g a r , C a th o lic o s ,
pòde ficarm e para dilcorrer ? Se à m efm a iàbedoria dos Santos Padres
faltou termos co m q u e exprim ir-o foberano d eite titu lo adm iravel ¿
co m o m e arrojare! eu a penetrar e lle m ar pro fu n d o , fem q u e no pcf rig o do maior n a u fra g io , finta o tem o r de m e h av er de ^'ogobrar no
■
A ij
p ane-
p a n e g irico ? C u id o q u e tcn h o dado no a rb itrio u n ico.
J P crg u n ta ó o sD o u to rcs E fc o la llic o s ,q u e h e o c m q u c fe funda
a B cm a vcn tu ra n ca e x tr in fc c a , ou a g lo ria acciden tal que logra o Aitiííim o ? E depois de dizerem , q u e n a g lo ria q u e Ih ed a ó as crcatiiras,
acreícen tá o com o A p o ílo lo S. P au lo sq u e. tam bem con fifte naPro*
vid e n cia co m q u e o S c n h o rcV s o u a o U íiiv e rl'o ,6 c n a c o m q i i e
alinen te co n ferv a ao m undo rodo: Qttoniam exipfo, íSper
/dRom.n.
f i n t omma ,ípJt¿/oría ¿tificula: S ^ á cd m in á o á:\qui q u e heabíoluta' .
m e n te im p e rc c p tn el ao en tcn d im e n to h um an o o p rofu ndo cftilo,
com q u e D é o s d ifiu n d e n o C e o ,
na terra os in exh au ítos theíburos
de fuá P ro v id e n cia j co n ciu em ,q u e n a o íe pode fo rm a r reprefenca^áo
d e íU grand eza D ivina,6cdeíí:a fuá acciden tal B eraaventuran^ a.íénáo
v e n d o co m o p o r e f p e lh o f iíl o h e p elo o b jc ¿ lo da P ro v id en cia que
ÍÍ;5 as creaturas ) a fuá m elm a D iv in a P ro v id en cia . D e fo r te q u e i o
m Q fm o S ’. 'nhor,que pela incom p reh en fib ilid ad c d e íle D iv in ó A tr i­
b u to ,cm fi nao he p e r c e p tiv e l, pelos eíFeitos q u e por elle p ro d u z , di
a lg u m a m a n e ira fe n o s pode dar a conh ecer. T u d o o efereveoS.P au*
AdRom I
^on\íínos.InviJíhlitipJiusdcuattiramHndi.ferta.^Ha:fa^aJ»ntf}3’
zv.
tel/efla confpiciuntur .feinpiterna ¿^hcí^hs ejm virtus^ & ídivinitas.
E lla P ro v id e n cia p o is, im p e rce p tiv e l p o r fuá n a tu r e z a , perccp«
tiv e l p o r feus effeitos em todas as crcaturas, efía P ro v id e n c ia per cjue
OmneteD c o s lo g ra a m aior g lo ria e x tr in fe c a , a m aior B ein av en tu ran ca acat a n t o ,q u c fó e lla he a q u e l h e d á o n o m e de D e o s J dicc-a
ituciK/fW«/P a c h iu q u e lio n o fe n tir d e S D io n y fio A r c o p a g ita , co m o Angelico
t.Qyninare D o u to r. Hoc tiomen Defís ,e fi nomen operationií ^impcnitur enim ilUhocm*
^abTat^uvt
Hniverfalt rerum Frovidentia ) e lla p ro vid en cia , d ig o , em Marj^rfaiem 1'ia S an tilíim a co m o M á y de D é o s , c o m o M á y , S en h ora ^ ¿cRainha
f'ovidattia d a D iv in a P ro v id e n c ia , q u e g lo ria vo s parece q u e Ihe caufa?Q ual
í X /T d !* vos parece, he por ella a fuá B e m a v e n tu ra n g a , 5 f^í«j v e n tíri Ah}.ú\m
D im fius, co m o D éo s p o r efte A ttr ib u to p er q u e o nom eam os D é o s , Im pm m
ijuadDeltas fjoc nsmen^Dens^ab miv^rfoli rer.fimPrúvidetitidyht na fuá Bemaventuranga (q u a n d o em fiim p e n e tr a v e l) d e a lg u m m o d o pelas fuascrea■
frevdeti^, tu ra s p crc e p tiv e l ^‘I nvifibiUaDeipereacfuafaBajHnt inttüeüa confpicm^
aífirn tam b em M aria , ainda q u e n e ñ a m efm a p rerogativa que
Pachiiiq^de Ihe n acco de fer M á y de D e o s , feja a o n o íT o d ifcu rlb im p erceptivel ,
J:^ea^V)r<T, p o rq u e nella in fin itam en te grand e, de alg u m rnodo nos poderá fer pcn e tra vel a fuá B e m a v e n tu ra n g a , pelos effeitos q u e ñas creaturaspro^
liñ i.
3 fuá P ro vid en cia ,
ür
. E ft e pois hade fer o a(run>pto : & para q u e nao layam os dos Icuy c r c s em q u e prorompe© M a r c e lla , p u b lican d o a g lo ria de Cbrifto
pela
pela B e m a v e n tu r ^ g a da S en h o ra , Beaws vemy^t^m te portavìt ( corno
fe fora o m erm o en gran decer a M á y , que lo u v a r ao F iih o ) raoilrarei
quc a B e m a v e n tu ra n g a , ou q u e a g lo ria de M aria i he taò iden tifica­
da coni a g lo ria acciden tal de D e o s ,q u e d o mefi-no m od o, q u e a D eo s
por D eos o re co n h e ce m o s, p o rq u e d iffu n de n o m un d o os thefouros
de Tua P ro vid e n cia D iv in a ; affim a M a ria por M a y d e D e o s a ve n e ­
r a m o s , porqu e difFunde no* m u n d o os erarios de lüa D iv in a P r o v i^Sdencia: èc para q u e vejam o s co m clareza p o r húa a o u tra B em a v en tu ran^a ; para que tanta lu z nos n ao confun da ; m oftrarem os por partes
^ o s a É to s e m q u e fe e x e r c ita a P r o v id e n c ia D iv in a , para p o r e lle s v e r ­
emos os a fto s em q u e fe e x e rcita a S en h ora da D iv in a P ro v id e n c ia .
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T r e s faó os effeitos q u e p ro d u z , ou os a£tos em t^ue/e e x e r c ita a
im providencia d o S e n h o r.-o p r im e ir o h e p r e v e r a n ofí'afalca: ofegu io■
Mo he p rocu rar o n o ílb rem ed io : o terceiro he diftribu hirnos o p reci­
s o ; aííim dividem o s T h e o lo g o s e íle D iv in o A ttr ib u to em Deos* ividaPSoq.
prevé a noíla fa lta ,
finett/^uead fin em fm itcr: p rocura o no£- res.ie p-tq^
:ifo rem ed io , P r o v í d e n i i a o c c f i r r i t ¿//w: d iftn b u h en o s o preciío,
"^y£(^ttalitercHraeJi lili de omnibus, E x a q u i pois as circu n íh n cias,o u ,p ara Sap 8 i. '
f dizei m e lh o r,a se x ce llc n c ia s,p e rq u e a M a ria ,com o M á y de D e o s a^ap.is.i;.
■publiquamos h o j e B em aven turada; Beatus z/í«/fr,ao m od o q u e a D eo s
B em aven turado o publiqu am os pella fuá P ro v id e n cia '.Iwprmtnr boa
mamen Deui abííniverfaí: rerum Providentiá. E x a q u i p o rq u e M aria por
¡prever com o D e o s a n o íla fa lta , por p ro cu rar co m o D e o s o n o llo rem ed io , p o rd iñ rib u h irn o s o p r e c ifo c o m o D e o S jlo g ra legitim a m en f te cfte foberano , & fobre todos im p en etra vel A ttr ib u to ; iíto he o
g q u e havem os provar.
!
V e rem o s q u e de m odo p revé M aría a noíTa falta ,q u e fem pre com
|o feu cuidado fe Ihe anticipa. E ft a h e a fu a p r im e ir a B em a ven tu ra n ga ,Beatui venter ,e ft e he o p r im e iro d ilc u r fo . V e re m o s q u e d e m o ­
do p r o c u r a M a r ia o n o íl'o r e m e d io ,q u e fe m p re co m o feu fo cco rro
nos acode a tem po. E ft a he a fegu n da Bem aventuran$a,5í<7í«í venter^
p e íle he o fegu ndo d ifcu rfo .V erem o s q u e de m odo nos d iílrib u h e M a ria o p r e c iío , q u e Tempre nos dá o de q u e n eceíiitam os. E ll a he a fuá
terceira B em aven turan ga , Beatus venter, e íle he o terce iro , & u ltim o
f * d ifc u r fo ; nao nos negará lo g o a graga q u e Ihepedirm os.
A v e Maria.
E bem todas a s fe íla s d e M a ria Santifíim a nos ex c ita ó co m u m m ente aos feus lo u vo res »porque em todas a reco n h ecem o s p o i
- W á y de D e o s , nao h a du vid a q u e e íla (a ín d a n ao fendo a mais antiga
ccleb rid ad e, pois n á o h a mais q u e trin ta & c ito aiinos q u e foiera'
nUamos
S
propofigs
p o rq u e já d ic e , que a D c o s , co m o D e o s o re co n h e cia m o s, porque c¿j
a !ua P ro vid e n cia g o v e rn a o u n í verfo: ímponicnr hoc nomen Ds^fsa'j «ni.»
v^rfüi rcYHm VrovUenti^. Só q u izera q u e fe en te n d efle para incelligen.1
cía de tod o o S e r m a ó , q u e nacendo efta B em a v en tu ra n ^ a , cu cfti
g lo r ij da S e n h o r a , de Ih eferem c o m m u n s c o m C h r iílo os poderes
q u e e íle S en h o r lo gra c o m o D cos ja flim co m o e lle logra aacciJen* ^
loan< ■
” ■ B em a ven tu ra n g a pelo im perio das creat uras. ’
,
l o a n . i ” 5*. áh Fitto
porqu e ao F ilh o ls attrib u h em todas as obras ad extra:
\
ma per ipjkmfalla /««íijaíTim à S en h ora p crten ce e íla m efm a Bem;iv¿.^ í
c a r a n g a , & e íle m e fm o Im p e rio , porqu e d ella, c o m o do Senhorjicj
)roprio e íle m efino D iv in o A tc rib u c o : iHíUvifum cum ilio , dice o A b-|
Garric Ab. ^^^e G a r r ic o , capii hahere impcxÍHm, cui feenm i» c.irne una , ^ uno fph
^erm.?.d€ riíu yindiviffímfmtpietatisy^unitatis m^fierium. Itlo aíTim encendido,
Aíiumpc. p e rg u n to : Se pois M aria lo gra o Im perio da P ro vid e n cia , qual heo
p rim eiro a6to cm q u e a S e n h o ra , B em aven tu rad a fe m anifcíla? Eílii*
m o s n o a flu m p to .H e p rever c o m o D e o s a n o lla fa lta , 6c preveía í\í
m nneira, que (em p recom o feu cu id a d o fe lh e antecipa. Venerabiliíílm o e m p e n h o ! fantiíTimaemula^'aó da P ro v id e n c ia do Senhor 1
P o r b oca de Ifaias nos d iz ia o n o ílb D e o s.q u e a ílim tin h a promp*
to o cuidado para as co n ven ien cias do m a n d o , que m u ito antes (juc
Ifii 6- 24a b rid cm a b o c a para p ed ir , fean tecip ^ va a fuá ProviJeii*
cía para os rem ed iar : Erit c^ne antcífmm cUtrent^ eg9 txmdiAm. Ifto di*
zia aqu elle S e n h o r e te rn o , q u ed as cntianh as de M a ria Santiflima íej
d ig n o u de nacer em té p o jfig n ifi .á J o ,q u an to por nos íediívelaaíjUcH
le leu D iv in o A ttr ib u to .E. q u e he o q u e faz M aria tend o com Chrillo
indiVííb o Im perio da P ro vid e n cia ? 0 te x to defta D o m in g a que corren o lo d iz ,fe g u n .io o e x p lic a S an to T h o m a s .
A c h a v a ó fe C h r ifto , & M aria por fíns m yftcrio fo s da D ivina Pro-'
vid en cia ñas vodas de C a n a de G a lile a , e x q iie ad vertin d o a Senboíí
Pathiiiq- de
com e^ ava a faltar o vin h o aos co n vid ad o s ,
dejictre incipit,
B .V n-g.E x-dcfdelogo p ro p o e m a feu D iv in o F ilh o a falta ,p a r a q u e prompW:
ti ^ «ál*v Re- ^
, antes q u e h o u v e íle alguera q a períentiílc;/^íH»ff? non h*‘ gTii 11 j.
p ite s convidados nao tem vin h o . S e n h o ra ! co m o affiia?
■
b . Thom, o vin h o ainda nao he acabado , íéim dsficere incipit, para que defdeiigo'^
loan2
antecipais ao remedio.^ nao ie rá m e lh o r c lp e r a r occafiaónìais
o p p o rtu n a , q u a l,q u a n d o e ü iv e r a falta m a n ife fta ? O h Providencia^
d e M a r ia , u n ico ro trato da D iv in a P ro v id e n c ia ! Antequam
.
1
o S e n i o r ja n te s que OS hom ens com ecem a k-ntir , íe
de antecipar a m in ha P ro vid e n cia para os fo cco rre r:p o is, Amec^nd
llm e n t, m txAfidiam, d iz tam b em M a ría ; antes q u e os hom ens coéicce m a b u lcar na m i n h a P ro vid e n cia o feu rem ed io ,h eid e p rever o
que Ihesfalta , para acudir adarlho:/^«#»wiMB habent. Q u e he aflim
emula d aP rQ vid en cia D iv in a , a P ro vid e n cia da S e n h o ra , q u e quaes
fam as atten^oens com q u e D e o s p re v é o de q u e neceíTitamoSjantetipando o feu cuidado as noflas fuplieas , taes fam da Senhora as P r o ­
videncias, antecipan dofe para o rem ed io as noíTas falta s: Amequiam
,ego exmáiam. Dumdeficere incipit. Kintim non habent. O u v i ao Kovar umBiea N o v a l in o
D ei eeleritatem Virgo efi^ q'-^apro jntfris bra virami,
pbvenit ante eornm clamottm
nonex9ratapro illiifilium exorat, V erda- *it)-4n(595'
dciram ente para e íle paílb nao p o d iafallar mais p roprio/
P o i èm para entenderm os daqui a B em a ven tu ra n g a da Senhora,
c m q u c n o lo diz e íle m efm o t e x to ? E m q u e p crceb em os a M a ria
B em aven tu rad a, po r le antecipar à noíla falta a fua P ro v id e n c ia ?
E m q u e f O b iè r v a io q u e fe nos d iz em hum , & o u tro E v a n g e lh o ,
neile m e fm o E v a n g e lh o d a D o m in g a , & n e ile E v a n g e lh o da noil'a
ftila . A cclam a o E v a n g e lh o da fe lla a M aria B em a ven tu ra d a ,porque
tìrouxe em feu Santiifim o v e n tre húapeíToa D ivin a ,b u a pellba B em avcturada: 5 ^/</»; veter,qui te portavit.Qui te Beainportavit^ d iz ou tra letra. luxralnrcr*
Sois Senh orajB em avcn turada,porq tro u x eiles ao S en h or B e m a v e n turado em voilas entranhas. l i l o d iz o E v a n g e lh o da feila ; & o da
D o m in g a que diz ? D iz q u e foi e íle m ilagre das vodas de C a n á o prinieiro em q u e o S e n h o rm a n ife ílo u a lúa B c m a v e n tu r a n g a ,o u as
íla s g lo r ia s , deixan d o fe con h ecer,p or D e o s , das creatu ras; H ocfecitlQ ^ n .t.n .
inúiumJtgnerttm lefas^ ^ manifefiavitgloriam[hapí. E x a h ilo g o o com o
aparece a Sen h ora, B em a ven tu ra d a ,p ela folicíta atengam da fuá P r o ­
videncia. A te n d e i.
H e ,c o m o já dice,a B cm avcn tu ran ^ a accidental q u e logra D e o s ,
o fer con h ecid od as creaturas ,m an ife ílan d o lh e s a fuá g lo r ia } he tam b em a fuaP rovid en cía,íbb re todos os A ttrib u to s,q u e m mais Icgitim am e n te .o d a a c o n h e c e r ,a c c la m a n d o -o B em a ven tu ra d o . QLiem nam
v é l o g o q u e fendo a S en h ora B em aven turada, p e rq u é em leu v en tre
tr o u x e com o B e m a v e n tu ra d o a c fla P e f i’o a D iv in a : Beatuszenur
u Beat^.mportavit'. a eíla P e ílb a D iv in a , d ig o , a q u e m o A ttr ib u to da
P ro vid en cia,m ais q u e todos,per B e m a ven tu ra d o o acclam a,fie o m a n ife fla ; que he tam b em r e í a a ília P ro v id e n cia , co m o em u la da
P ro v id en cia D iv in a , quem fc b r e todas fuas p erfeicoen s a acclam a
£ c m a y e m u ra d a ? A flim h e :d Í£ a fe p o is , q u e h e ta ó g io r io fo cm M a*
fia
, .................................................................................
I
ria o snrcciparfc ccm o ícu cuidado à nofia anci?,6c'á noíTa fuplica, ^
jg u s lm e n te c o rrc m p a re lh a sjh u m a , & ou tra B em aven tu ran ça.a Bcj
v e n tu r a n ç a d c C h n ir o ,& a íüa B e m a ve n tu ra n ça .p ela própta prcviíjí
d a n o fla fa lta , o b je¿to fcu p ro p rio , & da D iv in a P rovid en cu i :
Uqtfam víament,egv exasidiam'tÆmuUta h/iftc Deicel¿yitat€?n V i r g o B ca.
tus ven'.er^qHi te BeatH7n¡>ortavit\thcfíCÍtmitÍHmfgnorumIcfus^ C tnanift,
fia v it gloriamfnam.
M as ainda nam pára aqu í cfta prim eira B em a v cn tu ra n ça da Sen h o ra j nam fe funda fó a fuá g lo ria na prom pta previlam da noíla fal­
ta , ainda mais íe au g m en ta no cuidado, com q u e a fuá Providencia
í e lh e antecipa. Q iie cuidaveis fiéis ? que tinh a c h e g a d o a o non plús
u ltra cfta g lo r ia , ou efta B e m a v e n tu ra n ça de M a n a , nerta primcira..
c ir c iin íla n c ía d a fu a P ro v id e n cia pelas em u laço en s da P rovidendijl
D ivin a ?.^ o is ainda há outra , ta n to mais re le v a n te , 6c tanto mais lii.
p r e m a , q u e p o r fer nella a S e n h o ra in fin itam en te g ra n d e , pelo que
p o r ella participa da D iv in a B o n d a d es nam fe p o d e , n a m , comer ü
v o z hum ana, fem q u e em acclam açoens p u b liq u e efta fuá grandeza,
efta fuá m aior Bem aventurança.* qual vos parece ferá ? O u v i oque
n o fentido litera l diz de G h rilto o P vop h eta R e y .
Bííitusqiti intelligitßipcr egtnun*^ ^paUperem. H e Bemaventuriio
r- do e íle S en h o r,diz D avid , porqu e e n te n d e lo b r e o p o b r e , & fob
í¿]í/'quüd '■'^‘^cfiitado i p orqu e co n te m p la ( d i z o u tra V e r fa ó ) p orq u e comcni*
íignificat p í a , p o rq u e c o n íid e ra , p o rq u e do p o b re tem P rovid en cia: beni.'iuas,
c&tcmpiai-', ^ de q u e neccffitado ? m as,6c de q u e p o b re ? D a q u elle p o b re quenaó
irov;dJn«ú
S .'P cd ro D am iaó ) d a q u elle p ob re de q u em fenam adverte
wbere
2 neceflidade j daq u elle p o b re cuja fá lta le nam hade m anifeftarj daS Pet.-Da- q u e lle pobre que nunca chegara a pedir ;
tn fupcrßeie , diz o
nui¿"ii.cap.
P ad re , nonpof4mHs miferiampravidere. E ftra n h o te rm o ! & poi* :
C h r iílo ,p o r q u e tem P i'ovid en cia.,n am d ig o ío d a pobreza expoíla,
mas da o c c u lt a , & disfarçada , Quorum in[nperßcie non pejfumHt mijtn'i
fravidere » p o r iilb iin g u la r m e n te le Ihe canta a g lo ria ,& a B e m a v e n -, '
tu ra n ç a ; Beatus quiintelhgit fuper egettum, ^ pauperem ? C o m o aflinil
nam he C h r iílo S an to , 5c B em a ven tu ra d o em todas iuas obras? nani
o re c o n h e ce m nellas c o m o a D e o s as creaturas ? pois porque aq^i
( pela previfam da falta q u e iè ig n o r a , g»(fr»w in (uperficie ) o publiq u aefp ecialm en ce B e m a v e n tu ra d o , o R e y P ro p h eca
quii»',
uiUgit ?
A h q u e d ifcre to ancÌou D a v id ìfo r m o u o Santo R e y fejame li­
c ito d izelo ailìm ) fo rin o u efte difcurfo: C o n h e c e r por neceiììtado ì
^um p o b re q u e p cde , cu ja m çn d igu és p u b lica a l ú a neccllìdade; co..
9
..o ifto o p o d e e n t e n d e r q u a lq n e r P r o v i d e n c i a h u m a n a , p o u c o paecc t e m ahi d e ^ io v ia a P r o v i d e n c i a D i v i n a : m as e n te n d e r io b r e auclles p o b i-e s, dos qu a es n a íuperíñcie fe n a m pcnetr?. a n e ceíiid a d e,
: anteciparíe a P ro v id e n cia D ivin a , para q u e nam ch e gu e a fiiUa a
a d e c e rle , o h iq u e he efte p o n to hum en ten d er tam D i v m o , oh! quq
I c tam b en em erita da mais e x trin le ca g lo ria eíla vigilan te P ro vid en eia i q u e nam can d a rá , d iz D a v id , q u e nam can^'ará ja mais a m inha
'VOZ de acrefcentar e ñ a e x tr in fe c a , efta a ccid en tal B cm a ven tu ra n g a
do Senhor, Beatns ^mintelUgitJuper egmum , ^ p^:/-pcret}t. Qn^rnm m
'.perfide mnpoJJnñ9Hs mtprMmpravtdo'e.
O h M a n a S an u ílim a ! oh S enhora B e m a v e n tu ra d a ! fe em lujijj.s harm ónicos acentos p ub lica D a v id a g lo ria de v o llo F ilh o ,
nollb D e o s ,p o r q u e c u id a d o fa m e n tc p r o v id o a n te c ip a o feu cuidadcj
ao de que n eceílita m o s, qu cm podara co n th er a fuá v o z ñas acclam ac o e n s d o q u e fe vos d e v e , fe n e lla B em a ven tu ra n g a , Si: ex trin feca
gloria Ihc ibis em tu d o femeUiante ! A h 1 B e m a v e n tu ra d a , B:^maveaturada ibis oh S enhora da D iv in a P ro vid e n cia ! S im ; B ein a v en cu ra '
venter: q u e fe c o m o dice S. B o av en tu ra, vos ibis a cu e lla
Senhora, cuja P ro vid en cia ,co m o a d e D e o s , tam bem à n eccíltJ a d s g.^cnaT-m
4o pobre le antecipa: Beata Maria intelligit [nper egennm
pai*psrem , píüc.
iqu ella neceíTidade,digo,que fe nam a d v e r te , aqu ella falta q u e fe naó
h¿o ¡»~
Hiaaifeíla , aq u ella pob reza a que he prohibido o pedir eíiiiola.ju ílo,
he fe fun d e ( co m o a glo.ria acciden tal d e D eos na í’u a P ro vid e n cia : guiar-;!
BeatHsí^Hi iHtelUgit)ví'XvoÍ\‘i'?\-ow'\áQi\d^.toá\^ g lo r ia q u e vos dam as Toe&tmts.
creaturas toda a v o fia B e m a v e n tu ra n 5 a ,B ¿ ’<í/wt'^«/í^'.
E x a q u i fiéis co m o a g loria de M a n a he p re ve r , c o m o D e o s , a
n o fia fa lta ,a n te cip a n d o íe íh e cuidadofa com a fua vigilan cia. E x a ­
qui porque M arcella a brados a publica h o je B em aven tu rad a , avk>llens voccm, c o m o M a y daq uelle D e o s, a q u e deu n o m e a P ro v id e n ­
cia : Imfonitnr hienomen Dem ah univerjali rerfir» Providentià.Q acjii(to
c r a q u e n a M á y d a q u e lle S e n h o r d e q u e m d ic e I fa ia s ,q u e a fu a m aior
.
gloria era a protee^am dos íe u s , Super ornnemghriam protesto fe adm,i^ ^ _
raílem com m un s os poderes q u e a elle Ihe to q u aó , 6c lograíTe ig u a l­
m ente aquella B e m a v e n tu ra n g a , q u e ao S e n h o r Ihe refu lta d e fe r
D e o s D ic e -o o V e ro n e n íe , quando todo ab íb rto na in efab iliJade
deíle \^Wy.ño hxxñhwtO'.DeumfHumAmulatHr Virgo
locofnmr/iAgla~ Kovar.umH
rUh.ibet,proteUionis
Hmbram extendere ^9mnesfavere ^ omnibífs ben fa ^re , & alììm he : & tanto aííim : tam n atu ral he era M aria o antcciparle à nofla falta ,afilm fu n d a n efte cuidado a fua m aior B em aven luran ga ¡ quQ<JifpojKÍQ a P r o v id c jic ia d e D e o s .d e fd e aquelie prin^
............................
U
cipia
lo
cip io ièm prin cipio , o h a v cr de m an ifcila r a Tua g lo ria , creando
tod a e íla u n iv c r ía i machina^ jàd efd een ta'rn M a ria , ou o foberano de
fu a P ro vid en cia , p r e v flla na D ivin a Id e a , G u id a v a c o r n o o melmo
D e o s ) em raan ifcilar tam bem a fua Bemaventuran9a,acomp;mhan«
d o -o n ad ifp o n ^ am u n iverfal dascreacuras todas. Q u e he tal a t*ro.
vid en cia de M aria , que nam fe fatisfazendo co m antecipar o feu cui­
dado à fiilta que fe ha-de v ir a c o n h e c e r, 6c à falta q u e nunca fe ha
de d e fc o b rir, a in d a o a n te c ip a a n te s d e h a v e r q uera haja de nccelTi-te
tar. P are ccvo s m uico ? pois a m cfm a S en h ora por b oca do mais íabioj'j
M o n a rca nos ha-de declarar e fta fü a g lo r ia d n o s ha-de provar clhjfua P ro vid e n cia , nos ha-de m oftrar q u e a e íle g e n e ro de falla taoi. 4
b e m o ícu cuidado fe antecipa.
I
OnandoprAparabat c a l o s a S en h ora n o C a p itu lo O ita v o doS •
Proverb.8^
^^andopraparahat ctílos aderam , ejuanda cùcundabat m.ú
terminumfiium .^(3 legemponebataijuisnetrarjJirentfinesfmí, ejmnds
debat fundamenta terra ^cumeoeramcuntiíicompsnens. Q u a n d o Oeosord e n a v a , diz M aria S a n tiílim a , q u a n d o D eos ord en ava com feus Di­
vin os D e c re to s e íla m achina v iílv e l, quand o D e o s cercava os mares,
6c as aguas, para q u e nam quebraíTem as Icys prefixas , quando Deos
c íla b e le c ia no firm am ento as E ílre lla s , j á delde e n ta ó , com Deos,
tu d o cu e íla v a ordenan do , já defde entam , com D eo s, tu d o eu eftaví
difpondo. V iíle s fiéis te x to mais proprio para e íla prim eira circua*
íla n cia da P ro vid en cia da S e n h o r a , co m o em u la da P rovidencia Di­
v in a ? pois eu ach olh e húa d u v id a , cu ja fo lu ^ a m i cu id o farà fobrefah ir m a is a ília g lo ria. S en h ora q u e d izeis? V o s creada m uitos annos
depois que a terra, podieis afliílir à creagam do V n iv e r íb com a vof*
fa P ro v id e n c ia ? V o s creada cm tem po,podieis co n co rre r com Peos
a b ícte rn o n o s D e c re to s da creagam de tod o o m u n d o ? O r a Fiéis,
•
p odia c o n c o r r e r , lo g o o verem os \ agora íó p ergu n to. E para que,Se*
n h o r a , antecipais o v o ílb c u id a d o , le ainda nam ha creaturas que neceíTitem de v o ílo a u x ilio ? N o t e m , q u e a tu d o refpondo.
Scoí.in;?.
, D o u s D e c re to s en tre outros ( d iz o D o u to r S u til ^fahíram iic
'
D e o s ab astcrno.O prim eiro foi o da creagam de C h r iílo com enchen*
7*^:J a
re sim m e n fa s, 6í infinitas de graga j 6c a q u ilh e e n tre g o u D e o s oim*
PÙ1 zn 8. p e rio d a P ro vid e n cia , o g o v e r n o das creaturas. Fofiula
tibi gentes. Dataeji mihiomnispoieflas incalo^ & interra. O fegundo
* ‘
D e c r e to , d iz o m efm o S c o t o , fo i o de crear a M aria íiia M áy,
q u e íe m M á y , C h r iílo fe nam fu p p o em ,JS cd ecretou creala com cu­
rro cu m u lo im m en fo de gra^a , 6c aquí Ihe e n treg o u tam bem o go­
v e r n o das crea tu ras, o im perio da P ro vid en cia . P om im s creavtt
" ■........ “
(verteiü
i' r*'
i
¿ v c r te n io s S ctc n ti)in ttìu m i/Urum ¡HArum^ predciììi'iàndo a am bos Pror.s
J o r c a b e ç a s d e t o d o o u n iv c r fo , & cauià m eritoria dos effeicos d e iu a
p ro vid en cia ; deferte q u e, pela e x c c llc iid a de C h r i l l o , & leus p revifcsm erecim entes ds candigno , ficp cla c x c e lle n c ia d e M a r ia ,S e leus m '¡r-n-f>
previfosme.recimentosi/^
, c r c o u D e o s ao m u n d o , difpoz ao
u n iverfo, tirando do chaos d o r^ d a ,a s q u e ago ra adm iram os crea:uras. E x a h i pois
Quandopr¿eparAhaí c¿elosadcr(Vtf,iizM Avh, Quando legem ponebat
MViis netranfirefìt fim sfuos, cnm eo eram CutiSU componens. H e verdadc
que eu fui creada em t e m p o , fegu n d o a natureza em q u e naci ao m u n ­
do: mas co m o fu i p red eftin ad a , £c co m o fui ordenada abæterno para
.ta b c c a d e t o d o o c ria d o , tam n aturai m e fo i ácfdc entam q A ltri*
b uto da P r o v id e n c ia , tanto n o feu e x c rc ic io iè fu-iidou defde entara
t o d a a m in ha g lo ria', q u e com o fe e ftiv e r a jà nacida, ja
deide entam
V eftando fó previfta na D iv in a Idea, Sc eftandoainda^io chaos do feu
4 iad a as creaturas ) a m in h a P ro vid en cia feadianÉava arratar dcUas,
'Ìdifpondo com D e o s o m o d o de créalas. Quando praparaUt cælos ade~
'ra m ,(jit(tn d o c ir c ttm d a h t m a ritfrm in tfm
k ¿ e m ponebat a<^uis ne
Itrancrent fines ¡kos,quando appendebatffinda'oenta terræ.cum eo eram curMa
ìtomponens. T a n t o c o m o ilto Fieis h e o ipreço q u e faz a Senhora de
" p r e v e r a fa lta , a n te c ip a n d o íe lh e c u id a (p ía ,& tanto co m o ifto he o
que fe co n fid erà , na fuá v ig ila n te P ro v iie n cia , B em avcnturadaî V a ­
mos ao fegu n do D ifc u rfo . M as antes 4
dar p rin cip io , q u ero refp o n d e r a b u m argu m en to.
;
,
.
D aq u elìes H éro e s B cm a v e n tu ra o s , q u e to m an do a m iierico rdia D iv in a p o r idea das fuas m ife rico iia s, acodem p rom ptos às neceflìdades extrem as j dice hum a v e z Cirifto S e n h o r n o f lb , q u e lo i crariam felices os frutos da fuá piedad, os prem ios da Tua virtu d e.
■ Beati n,ifencordes,qmniamipftmferkordi^€onfeqHentHr. Q u e m iíe rico r, dift he efta? ('perguntam os E x p o fito r J q u e tru to s, q u e p rem ios faó
e f t e s ? R e fp o n d e m todos de co m m u tia co rd o , q u e he o lo g r o das
e t e r n a s felicidades. B e m e fta . M asfeftes gen erofos com p aílivos an im o s , tem por fru to da fuá mifericoiia a e te rn a B e m a v e n tu ra n ça ,
cm que os e x c e d e M aria S a n tiffim a , h e h u m , & o m efm o, o titu ­
lo , com q u e M arcella p u b lica a g lo i da S en h ora ? Beatus vanter ,
Beati mifericordcs. B em a ven tu ra n ça ra os q u e tem m iíerico r lia ,
B em a ven tu ra n ça para a S en h o ra d/ro vid en cia? E m q u e efta l o ­
g o o relevan te d elia fuá g lo r ia , q u e nto aplaude a Santa M a rcella ?
Sabéis em q u e e lìà ? Sabéis em q u e ced e M a ria pela lúa P r o v id e u çia , aos ;^Cïïiflventurados pela
/ericordia ? q u e c l k s tem p or
B ij
’
“
■■
■
íia |
11
firn de Toa miTericortìia os logros da B e m a v e n tu ra n g a ; Se María temi
p o r g lo ria ,& por B em aven turan ga a opportunidade da fua Providen*
eia. Sim . E fta h e a B e m a v e n tu ra n g a d e M aria, em q u e gìorioiàmen*
le d iifc r c d e o u tr a q u a lq u e r F c lic id a d e je ila h c a fua Providencia fc.
H zm ente em ula da P ro vid en cia D ivin a »gíoriorainente em ula da Di*
vin a accidenEal B cm a v c n tu ra n ca ; procurar d e ra a n cira o noile rem ed io , q u e Tempre 0 feu foccorri?n o s v c n h a m u ito a cempo. Eliaci
fnosnoaiTum pco.
Q Licrendo C h riito map^^eilar a ièus D ifc ip u lo s a grandeza del
fila P r o v id e n c ia , 8c deña^üa accidental B cm a ven tu ra n g a , Ihcs-dia
fiillm .D íiíá ejì mihi own/'poiefiasm edo
interra. D iicip u lo s meu5,
¿y
' ■ mt u F te r n o Pi»y me,¿CHI dado n o C e o , Se na terra,am ph iììm o podcE
fobre todas as crear^i'as. R ep a rai ago ra nas p a la v ra sq u e lo g o le fé* ‘
Jitid-ms). g u c m . EHntescrgyì locete omncs gentes,h^'iptiz^'-.ntes C G s. H id e pois a r e - '
m e d iala s, dand /às q u e o nèceilìtarem , o a u x ilio mais im portante, o
ib cco rro mais o p p ortun o . Q j e p roprio O ffic io da-D ivina Providcii“
e ia , m a-nifdlar a fua g lo ria ^Data efitnih¿ofíínispotefiafy^^c\x(i\\: lo*
g o com tem po ao de q u e o ntin do n e c e ffita , Ehhìcs ergo ! A illm he ;
n n h a acabado já a antiga E fijita L e y , & com egava a q u e fe devia
im p rim irn o s c o r a g a e n s , p tía q u e to d o o m un d o con h ecefle aovcr*
dadeiro D e o s : Se fendo,que';ram precifas lo g o as aguas do Baptifmo
para fe q u eb ra r a du-reza de t;:nto peito o b ílin a d o , q u e haviafazeraq u e lle Senhor,que.ttnha: o iaperio ida P ro v id e n cia , fe nam ( figniíi*
can d o quanto.de g lo ria in tc e ílh v a ,
omnispotejias ) acií«
dir com o rem ed io -, quandonais a neccíTidade o pedia Enntes er¿o\
r>am s ffim fo i,p o r q u e a ffim d e v ia ^ r . O h M a ria SantilHma. I Sc quehe o
Serm'^i. tk 9^6 VOS diz a VOS S. P c d ro DmiaÓ , quand o pocm os olhos ñas voffizr. virg. fas p rero gativas,co m o M a y c D e o s ? Fecitin te magna (^uif$tensefi,á\i
O S a n to 'P u d re .F e z S en h ora iA ltiííim o em vo s osm aiores prodigios,
OS m aiores aflbm bros. Q iie aí>m bros, & q u e prodigios
Continúa,
dicrt.
Dnta efl tibi omnis ptefi.is in d o , ^ in terra. D e u v o s o Senhor rodo o
»X
C e o ,S cn a te rra ,re a rtio -G o m v o fco '0 u f o ,o R e y n o ,o I m InlcruiahT^
da P ro v id cn cia . Ü r a ^ e m o s lh e n os a g o ra o ergo, tu'cmoslhe
foíe/íastnea: lìò s ago ra a c o n fe q u e n c ia , Scejam os íe em tu do-^ u al á Providencia
C h r iílo , nos m anifefta N.ria a fua’g lo r ia , acudindonos a tempo
Efde/iÁ-t3 fua P rovid en cia. Q u é i. ! p rocura M aria o n o B b remedío?foc■an.phante, corrcnos M aría cm tem p o c^ortuno ? B cm no lo p rovava o noflb
E v a n g e lh o da D o m in g a ,, neis yodas de Canil- de G ahIéa.M as íéjaó
o u tro s os rextxjs q^ue nos moftm^tjuam pix>mpca he
Senhora. para
js{<npj^'ma fèccorrernos^
íiizc u ^ e
D ixcim é F ié is , quantas obras de P ro v id e n c ia quercts ? Q iia m
^ o m p ta q u ereis a M a ria a c u d in d o v o s a to d o s c o m a fiia P rovidencia?
Qaereis P roviden cias rp iiitu aes, queréis tem poraes P rovid en cias ?
IBois acudi a M aria q u e prom p ts para o rem ed io a acharéis. N a m he
^ l i t o da P ro vid en cia D iv in a , te r 'q u e c o m e r o q u e padecería tom e,
terque b e b e r o q u e m o rre ria à ie d e , ter q u e v e ftir o que tal v e z an­
dana n ú ? Pois quem nam v é a M aria Santiífim a del'em p en h an d oh u
por h u m /todos eíles officios d a fu a P ro v id e n c ia ? N a m he M aria aquella Santa A b ig a il, q u e ven do a O a v id m o rre a d o de f o m s ,. Ihc s . Albert,
trouxe m ancimencos para a fua gente? D i c e - o S an to A lb e rto -M a g n o . Magn. m
Q [ian tosh oie lo g o a c a b a ria m a v id a íe os nam rem ediara a V ir g e m
Senhora noáá. N a m he M aria aquella Santa R e b e c c a , q u e ven d o a 13.
E licfer abrazando á fe d e , Ihe deu tanta a gu a , q u e Ihe fatisfez a v o n de
tade ? D ice-o S. B ern ard o : quantos hoje lo g o eíH riam m ortos , f e a
j
Senhora Ihcs nam acudifle tan to a tem po
N a m he M a ria aq u ella lacob. de
m u ib er forte,em cuja caía todos íe c o b r e m , íem q u e ahi le tem a o ri- Voragine
g o rd a neve ? D ic e -o Ja co b o de V o ra g in e rquantas fiilcas lo g o pade'ccriam os h o m e n s , fe nam i*cmedeára a S en h o ra as fuas neccíridadcs? sem 2 <ab:
WaiS.
.
Í.Quadrag.
N a m he cííeito fa in d a que re m o to J da P ro v id e n c ia D i v i n a ,
ter o ign oran te quem o e n í i a e , t e r o tr iíle quem o c o n ío le , ter o
üue en a quem o em ende ? Pois quem nam v é a M a ria S an tiílim a orat. ad
dtfem penhando h um p o r hum , tod os eftes officios da fua P r o v i- Viign.17.
idcncia ? N am he M aria acfuella fabia R a in h a D e b o ra , q u e eníinava a
feu P o v o as obrigayoen s do proprio e fta d o ? D ic e -o o P ad re Mendo^'a, ipccui. le£l.
■Quantos lo g o h o je viv iriam cegos fe Ihes falcaíTe a S en h ora para en - f
á m a l o s N a m he M aria aqu ella R u t h B e m a v e n tu ra d a , q u e Tempre
rconfolava a N o e m iV iu v a ? D ic e - o o S an to C ard eal S erap h ico.A q uan- fpccul
to s lo g o h o je a c a b a r ia a trifte z a ,fe o s n a m c o n ib la fie a M a y da P r o v i- *3■dencia D iv in a ? N a m he M aria a q u tlla S a n ta S a r a , q u e em en d o u a
•A g a r efcrava fua ? O m efm o Santo C ard eal o dice. Q u e difgragas lo ­
g o padecería o m undo,, fe Ihes nam p u zefle M aria opp ortuno r e m e ­
dio ?
V erd ad e íran íe n te C ath o lico s ,t u d o à P ro v id e n c ia de M a ria o /« Oratieve
^devemos, T u d o »tudo. A m efm a Santa Igreja o diz„, Ferie pofi Deum,
'D^mina^tottfsvivh Orhisterramm. P or vòs V irg e m Santiiiìm a v iv e o
m u n d o j& d e p o i-jd a P ro vid en cia D iv in a , tudo- a vò s devem os Se- obfecro te
nhora d a D iv m a P ro vid e n cia : q u e n a m i è l i m i t a ,n a m , o v o iìb c u i'd a d o , a voifà vigHaneia , a opportunidade da v o ila 'P ro v id en cia a
^ ft^ o u à q u e ll« te in p o ,a e ite ^ o u 'à q u € ll< ; fu jeito , porq^ue a tod o o.
p ii^
"
tcm p g
H
.
.
.
.
,
rcm p o /d c todo o neceflîracîo fois p róvida M á y rara Ihc aciT;ììra tcni
po. AHlm he S e n h o r a , 6c eu m e nam adm iro de q u e rejaalÌìm : qu¡
íe n e ile m in e r a i, Te n cfta vo iìa u n ivcrfal P r o v id e n c ia , tendes fuii
dada toda voiTa B e m a v e n tu ra n ç a , que m uito q u e com m il olhos aiv
dois in veftigan d o Tempre o que a cada h uiii fa lta , para a todos Ihct
acudir a vo ilà vig ila n te P ro vid en cia ?
A qu elles C h é ru b in s da glo ria, q u e d ia n tc da M a g c lla d c Divi,
na v io o E v a n g e lic a P roph eta , eftavam todos cheos de o lh o s ,/’/«<
Apoc.^. 6.
retro, para v e rc m a D iv in a face obje£to da Beraaventu
.
S E i han
M aria SantiiTima ? A e lla Senhora confid erou Santo Epi-ñ
o at c ì e l a u - phanio toda chea de o lh o s , MnltocaU yfi» mnltornm oculornm, para ver 3
d i b u s V i r g . o que a n ò s nos fa lta ,fo cc o rre n d o n o sa todos com a fua Providencie, -i
A lfim a adm irou tam bem G u ilh e r m e A b b a d c.
efl Maria scuHi /
Guilhclm. Prcvidentia, fine intermijfioneprovidsndi hena emnibni hsminibus Nctavd
fem elhan ça Í N o ta v e l difFerença ! T a n t a lem elh an ça nos olhos? tanti
d e C o n c c p . d iffcren ça nos objeétos?M aria para tratar do n o d o r e m e d io , todao*
a n t h o l . l ì . Ihos ? Multornm oculoYum ^ ochUs providsntiaì os C h é ru b in s para verera
§. 2. n 77f.
face,olh os todos ? Fletia ochIìs ante
rttro ? O lh o s os Che*
ru b in sp ara verem aquella face, q u e h e ob jt ¿ lo da Bemaventurança?
G ib o ? , M aria,para acudir aqu ella fa lta , q u e he o b je ilo da Providen­
cia ? Q u a l he acau la de q u e fendo tam g ra n d e a d iiïe ren ça , feja ram
g ra n d e a fem elhança? E m h u a palavra. P o r q u e íe os Chérubins da
g lo ria tem toda lúa B e m a v e n tu r a n ç a , em ve re m c o m m uitos olhos
as perfeiçoens D ivin as ; M aria tem toda fuá B em a ven tu ra n ça enial*
can çar ( para o rem ed io ) com m uitos olh os, co m a fua Providenciaj
todas asm iferias. PlenaocnlisA n t e retro. Muhocula
lorum. Plena efi M arta otulis previdentio- ^fine intermiffiçne frovtdtnài h é i
çmnibHs hominibm.
A in d a d e fc u b r o e lla m efm a d iffcre n ça , ainda ach o e ila rnefini
fem elh an ça en tre ou tros fpiritos B e m a v e n tu ra d o s , en tre os Séra­
phin s , & a S e n h o r a } & daqui co lh o eu ou tra fua m u ito mais rele­
va n te gloria. C o m a z a s v io I là ia s aos S érap h in s; com a z a s conlide*
Ifai (S n î.
a M a r ia o P r o p h e ta R e y . C o m azas Ilàias aos Seraph m s, Sex nU
Novar, ùm- « w »& f i x aU alteri, para q u e fe v ilic.d iz o m eu N o v a rin o , a preçat
biavirg.iib. c o m q u c fe m oviam para v e r a D e o s ^VtoflendAtur qiiam velocijfmt i*
eÎcaSum D.
Môveantur : co m azas D a v id a M aria SantifVim a, Snb umbra aU- ■
.
para q u e fe v ille ( d iz o B e ato A m a d eu J q u e com movi*
p;ai.1(5.8. m e n to apreflado^ ainda mais q u e o dos Séraphins ) fo licita efla nof*
hom"?*de f a M â y , paraos q u e fom os filhos o m a io rb e m . M etn çeltrrimo Stri'^
ia u d ib .Y iifi
p h i m f î ^ ( * d < n $
-
^ u b iq u e fu if
.
m
..................
m a fç r
m r ijiç tn îfjjiw e
m jtr r it,
J à dei a
7,aó que ha para efta diiT ercn ça,em tanta fem elh a n ça : p orq u e ja
^ ce ,q u e M aria io tem por g lo ria ,os deferapcnhos cia ina P ro v id e n ¿ Porèm nácem e d illo hum a gran d e d u vid a . A S enhora com azas?
' Parecíame a m im q u e Ihe b ailavam olhos, OcuUs p ro v id m tU fint inter ^
Ù i j f m e , para a feu tem p o nos co m u n icar q u aiq u er foccorro. M as oh!
naô ; q u e co m o M a ria na fua P ro vid e n cia he em Ludo em ula da P r o ­
videncia D iv in a f ainda q u e n a s aten çoen s de feus olhos fe exp rim a
aopportuniJade^com q u e nos p ro cu ra os rem edios J neceiTanas Ihe
fam as a z a s , p o rqu e nellas m elh or fe e x p r im e m , p o rqu e n e lk s m u i­
to mais avulcam asfuas glorias ,e m q u an to em ulas da P ro v id e n c ia
P iv in a , da D iv in a acciden tal B em aven tu ran ça.
A M a la c h ia s q u íz D e o s m a n ife fta r h um a v e z a fua g lo ria a cci­
dental ; Se o que nella o P roph eta o b fervo u ,fo i,a D e o s com azas, Sani- Malach 4 a.
íoi in pennis ejn4. A zas em D eo s ? Sim di^ S. B afilio, q u e q u iz m ^ r a r
o S en h or ao P roph eta ^q u e a fua m aior gloría,eram as velocidades da s. Badi in
fua ^rovìdtxìcìx. Alar firn appfllationecelerem Divina Providentia fecuritatem exprimí. E íla m o s no ponto. D eo s com azas ? SAnitas in pennis ? C 5
}zas M aría 3
alafftm tftarum ? H e ; p orqu e fe os Séraphins
ufam de azas para lograrem a B e m a ven tu ra n ça , q u e co n fid e em
ver a D ¿o s j M a r ia , co m e m u h ç o e n s de ou tra mais relevan te B em a­
ven turan ça f da B e m a ven tu ra n ça acciden tal de D e o s ) fe r e v e ile de
| z a s ,p a r a vo a n d o n o s ib ccorrer. A za s tem os Séraphins ; mas azas
tìe quem b ufca o intereffe proprio;Azas tem D e o s j mas azas de q u em .
blicîta o alh eo rem ed io : em ulas pois u n icam en te deílas azas devenu
ér as azas da S e n h o r a , pois q u e em u la da P ro v id e n cia D iv in a , fó
e ilim a p o r B e m a v e n tu r a n ç a ,o acu d im o s a tem p o c o m a fua P rovi«
tfcìencia. O Padre N o va rin o . Oh belle ! Alis uiitur Deus: utfuis epituieinr
^Atim aàvoUt'. alasfntnit ^ Fir^o, in noftriauxilium advola'.ura. N a m ha umb Vng.
’ mais dizer ! Sanitas inpennis ejuófubtimbraaJamm tuarum.Alarum appel- lib4 racror.
Ottone çelerem D iv in a Providentiáfecuritatem exprimit. V a m o s à tcrceira
•'^arte.
O
T e r c e iro A £ to,ou o terceìro O fficio ,e m q u e iè ex ercita a P r o ­
viden cia de D e o s , he ter tal atençam às cre a tu ras, q u e com todas diílr ib u e , fegu n d o fu ap reciía n eceffid a d e. D i c e - o P lo tin o . Providentia^^°^^^:^M
*munus efi,¡ingulisfingulatribuere loca. N ifto , F ieis,fu nda tam b em o Sen h or a fua B em aven turan ça a ccid en tal, £c n i í lo , co m o dizia , funda I'r-jvidentia
ta m b em a Senhora a fiiam aior B em avetltu rança, P o r íc r p orèm taô
y o n feq u en te e lle u ltim o aólo da P ro vid en cia D i v i n a , aos dous que
já p r o p u z da fua D iv in a P ro v id e n cia
por fe co n v e n c e r pelas fuas
fm u la jo e n s fe r ( c o m o n o s o u tro s J a S çnboraB em avcn turada> hu m
Î
I
............. .
-
--
-
i6
fó lu e a rd a S c r ip tu r a nos bailará por p rova.
P o e m fe M o y r é s n o D e u th c r o n o m io a p réga r as grandezas Di­
v in a s ,6c diz. P o v o d e Ifr a e l,r e q u e r e is fa b e r q u e m h e o v b í ío Deos ,
fab ci que he hum S en h o rcain fo b e r a n o ,q u e he hum S en h o r tam po-^
d c r o fo ,ta m im m enfo , & t a m in fin ito , q u e iô elle he o v o flb Dcos,
D eano t;. DowimsDei^s vefleripfe efiDeut. M o tiv o s m ed a va m ertes term os pa.
ra b aver de difficu k alo s ; mas ( p o r nam parecer m olefbo) quizcralô
q u e m ediiîefeis fa g ra d o C o ro n ilta .E em q u e nos m o llra o n o flo Deos
q u e he D eos ? D eai veftcripfè efl Deftsi Oow ûnii^ o T e x t o . F iâ t p/di.
( m m p e r e g r i n u m « viClam^atqííe vc¡}itum. E lle Sc'
n h o r da a cada hum o q u e lh e toca , dâ a ca.la quai o d e q u e neceffita.
B em . E pois M o y fé s, nam achais o u tro prin cipio com q u e provar
q u e o n o ífo D e o S jh e D e o s , fe nam efta atenta d iftiib u iça m da Pro­
vid en cia d o S en h o r N a m , diz P h ilo A le x a n d r in o ,q u e com o por
e lle nom e, D eos, Îln g u larm en te fe m o ftra q u e D e o s nu n ca falta em
dar o q u e cada h um hade m ifte r , nam pode M o y fé s en co n trar outro
m e lh o r term o , com q u e e x p rim ir a D iv in a g ra n d e z a , a D iv in a acddental B e m a v e n tu ra n ç a , co m o proferin do aqu elle nom e q u e a Deos
I b e te m dado a fua P ro v id e n cia . Fecit judiciKun pupilU^amat feregrittHm^
dAteiviSlnm a^queveJiiu:m.Dominus Deus vcjiertpfe eji Deust O u v i as
p a k v ra s de P h ilo ,q u e parece foram cortadas para e ite difcurfo.i^i!«datM oijèsD e ivirtHtcs^ideodicitDominfis Densvefier ip[e cft Detti. Are*
Zam. Q uiaorbitm ^ defsUtioniíjtte nunqHomDei providettiiam defort folli'
ceiur. G lo r io fo e m p e n h o 1 D iv in a v irtu d e ! Laud^t M o jfa D ei virtutes !
O h S enhora , oh S enhora da D iv in a P ro v id e n c ia ! S e p or dar a
cada hum o q u e ibe to c a , fe p o r dar a cada qual o de q u e ncceifita ,
acclam a M o y fé s a D iv in a accidental B e m a v e n tu ra n ç a » q u e accia#
inaçoens de B em a ven tu ra d a vos nam devem os tod os ; fc fois, Senho­
r a , d e p o is d e v o flo F ilh o ià n tiiïim o , a q u e c o m a v o fla P r o v id e n c ii
governala o U n iv e r fo ? J à a iììm o e n te n d e o a q u e lle v o flb ferv o odev o to G erm an o quand o vos adm irou p o r con ièq u en eia ih falivei ,
B em aven tu rad a , p o rq u e v io em anteceden te fem d u vid a a vofl'a P r o
Gei m hcm. v id e n c ia ,
poftfilium tu u m , dizia e l le , ita generis humani cur'am gerii
de Zona a- fa u tifi} (exaq u i o an teced en te,q u e a nofla m cfm a exp erien cia concede. ) Q u em S en h o ra corno vòs a flìfle a o m un d o to d o co m o feu fa-iiiis Dei cap. v o r ?
ergo h9» te Beatamprontitiiiahit ? ( e x a q u i a confequencia in3'o.f. 40Î. fal)vel,da fila Providencia-aclm iravel. ) Q u e m lo g o vos nam acclamalj.uhi.
B em aven tu rad a , S en h ora d a D iv in a P ro viu en cia
A ffin i he :
p o rq u e ; nimi ibis v ò s,o h J^ ria,San uiïIm a^ (^ uella S e n h o r a , de q«c“^
UlCy
.
dice 5 . B ern ard o , q u e tu d o q u an to D e o s nos dà, p n ra ciro pafìa f e lla
v o fla m a ó ? S im . P o rq u e p o r v o íía rnaó reparte D co s os thclouros
da g r a c a , por vo lia m aó divide D eo s os bens da natureza ; Quts e r ¿ o T o w n D o mn te Beat^im prsmntUhit ? N a m lois vos aqu ella S en h ora de q u cm di-.
c e S. P e d r o D am iaó , q u e diante
de D c o s, tu d o q uanto la ten ta veis, ì u it p e r M a confcgu ieis? Sira. P o rq u e diante do T r ib u n a l D iv in o , nara Tó in ter- riatn.
p o n d e s 'r o g o s v o flo s , mas tam bem ie adm iram U v o ilb s Im perios
:
QaissYgonènte
N a m Ibis vos aquella S e n h o ia ,e m Nariv.Viig.
q u e m a c h a m o s ju ilo s g r a ç a ,o s .p e c c â d o r e s in d u lg e n cia , 5c tu d o o
i e que neceiritam ,todas as creaturas ? Sim . P o rq u e co m o a n e g o c io
de todos o i reculos vos bu fcan ;i,ôc v o s a c h a m todas : Qutser¿o non p o t e n t i a po-‘
Beatam p/ontm M t ? Q u exn pois,S e n h o r a , deixara de acclam ar aqu el- ^ei-h ohutere
la B em a ve n tu ra n ça que vo s ve m das v ir tu d e s , dos e ffe ito s , da voH a Z ‘"tuacarmT
P ro vid en cia ! ah ! B ciuav'enturáda ) B em a ven tu ra d a ibis y o h S an tiui- j u j c c p i r o r im a V ir g e m : Beatus vtftter
teportavit,
^n^t.^tacceA m d a nam tcn h o acabado o S e r m a ó , p o rq u e ainda m e fakam
n e lle tr e s c ir c u n fta n c ia s e ííe n c ia e s fa lla r do S a cra m e n to : fallar de •e.VT?; huma- ,
^M a r ia S a n tiíT im a c o m o O ra g o d e fta noí^a C a f a , co m o Senhora d cíla y recov.-r-,
. fuá Ig re ja : & fallar das inuítriíTunas M atronas de P o r t u g a l , efcravas
de M aria, C o m hum u n ico lu g a r fatisfarei a tu d o .
n¿iíy¡:, (¿i .
N o C apiculo n o n o d o s P ro v e rb io s nos d iz Salam aó eftas pala,
vras : Sapientia £dificavit fihi DomfiJ» , exs'idit celnmnas fiptem , immolavit
viSiifííasJttas, ntifcuit vitiHW^ ^propojuit menfir/tfifí^nt, mtJÍt ancillíis fuas Ht pcn e •<¡tes.
vocarent ad arcem
fid m¿efíU c$vitatu J i ^mí efiparvulm vemat ad me,
tnfipi€iuibí*s lo^UHta t f t , vcfìite comçStepnnem nteum , 0 hihite Vinum ^ued cí.toref'Vímijiai vQÓtt. T a r n p ago efto u d ap ro p n ed ad e d e f t e T e x t o , q u e íe m e niaminve9 cllá reprofentando q u e nam neceíTita de fer e x p o íto : p o rém co m o os
J q u e fuoim os a e lle lu g a r •, tem os ob rigaçam de fatisfazer ao q u e propom os , vam os por partes advirtin d o a s fu a s d a u fu la s , p orq u e tem os
odiU
m u ito que adm irar em q u a lq u er deltas.
Sapientiimdjficavtt.^ákhcon a SabidoriíL Q u e íabidoria ? M an a pi-yv^Tb c.í>:
t S a n tilíim a , S e n h o r a nofía : B e eaillud d k g m ce exptnkfíTydiz da S e - n.i.2.3.4
I o h o r a P a c h iu q u c lio . Q u e ed iíicou ? Sihidomum, h ü a cafa para íí. Q u e
cala ? H ija lg rcja ,d iz o L ira n o : Idefi Ecdefiat». H u m C la u f t r o , hum 2^7'!'coL^2r'
C o n v e n to R e h g io íb , diz H u g o : D tm m frpientia claufirnm eji. H u m m:hí.
C o n v e n to peq u eñ o q u e rece b e a p oucos , ou p o u co n u m ero íb em
liijeitos; FsrvahAbit'OtiopimcésnlUgenfi ^ ampleBeiu ^àìz o Argirenfe» Argir. \\q
C o n v e n to p o r é m , 6c caía tam R e l i g i o í á , q u e n e n h u m o u tro fund a- Euth.tbenI m ento t e m , mais qu£ a po b reza E v a n g e lic a : Cfíjia fundamemum efi
i p^Hpertoi i d iz H ugQ . N e it a cafa ( c o iu in iia q T e x t o J k v a n to u M a n a Hug.c.ibiá.
C
fete
Hyg.Cibid. iè te c o îa n a s : Exe/dit coluTnêAs fiptef». Q u e coîu n as? Coîumné Jùnt uhfirv,intia regulara , d icc-o a mais douta Purpura. A s coîunas coin que
ie orna efte cdi ficio,fam as de q u e fe fo rm a a regu la r obíervancia,laó
as virtu des R e lig ïo fa s.
E-Æa, pois,pequeña mas R eJ ig io fa C afa,fund ada p o r M aría San«
tiíTima 5 & para íi
Sibi domam, domus fapientia
, p/í»'
eos coüigsKs. Q iie m poderá d u vid ar,fer a lgreja,éc Cafa em q u e eftamos,
fundada por M aría S an tillin ia ,fo b r e aqu ella tam c ftre ita íivangclica
P o b re z a , q u e p rohibindon os o poíTuhir rendas nos p roh íb e tambem,
co m gcral adm iraçani do m u n d o to d o ,o pedir efm olas ? C afá em que.
(poíta em e x c rc ic io a R e g u la r O b fe r v a n c ia jic ra m iém pre co m o í'ece i.
comunas p araa im m ortaU dade/eram fe m p r e c o m o fete padroens para
o m aìsg lo rio lò n o m e , as virtu d es R eligïofas, q u e nella fe obfervam ,
os e x e rcicío se fp iritu a cs q u e nclla-fe praticam ? Excidit C9¡Hmtias.¡eptemyCek'^n£ (fíntobjérvantiie regulares. ^ÍÍÍm he :
íwrMomn,v
A íie n ta d 'o lb g o q u e he c íla C afa c m q u e e íla m o s , a de q u e fallí
o í a g r a d o T e x t o , v a m o sfc g a in d o a a lle g o ria , q u e ainda tem os quí
,/>w v e r , & aínda tem os q u e adm irar. E lla b e le c id a e íla C a fa de Mana
ímmoUvitVítiimas fuas mijD^vni
vinum , ^propofait menpitn fuÁm. .:HC'0 m efm o q u e dízei'é 1 oniQU
Provicundñ O S acram en to'da E íiel^aníliasque h e o Gorpo-j/Sc fan gu e de Chrifto,
pachiuq. de ¿c opos n a q u e lk m e íñ ,n a q u c ile a lta r, naqucH c tro n o ; (ie naó he,que
tro n o a lt a r , & m cfa de íuas' m aos fa g ra d a s, q u e he o q u e, parece,
.íjís w iíw nos q u er dar a en ten d er , ten d o nellas o C a lix , £c a H o ftia . ) C
-JePortufa!, q u c fe fc g u io a i í l o - ? a*fál/as'fiías: M a n d o u as.íuas eícravas. Qijs
efcrav-as ? Se as hauvenm os de figurar pela in u lh e r d o n a ífo Evan»
tjjfj'm.t.
gelh o .d a q -u a lm u ito sD o u to re sd ize ra q u e foi Santa M a r t h a , fe beni
o u tro sd ize m que foi h iia e fc ra v a íüa ; M n litrifia fa it Martha, f¿tali^HÍ
fhfpicaK¿:ir.¡ali^uidic^'‘*f fj^ d fn it Marcella, M artha ancilU. S e as houvcr»
m os,di|;o,de figurar pela m u lh e r do n o ilb E v a n g e lh o , bem . podereD Jn Jry
d jz e r , 'q u e,o ù ia ÿ 'a s .E fc ra v a S jq u e hoje-a fe ile ja m , illu'ftres tanto corno &(Ìartha, Senhora.de C a íle lW í'O U q u e he hua -£fcrava,que
va de Anto- Val por m u ita s, Aii/ït anctlias, a E fc ra v a das^Efcravas, q u al M arcella,
q u e illu ilre ainda mais,q u e no anim o, na fentiJade , era E ic ra v a das
F i c e - R e y ¿ íc r a v a s da S e n h o r a , M a g d a le n a , ô c M artha,
^»s fei dx
A e ila p o is , ou a-eAas, m andou a S e n h o r a , (âsE-f v a 7a!^ef‘
>ou A E fc ra v a d à s E íc rá v a s ) & a q u e a ^ m a n d o u ì f 't vocmns
Ira'-oTs V '
arcem,
mania civitatis. Q u e poilas n o s níüroS inconilrataveîs
idana San- da Ig rcja m ilitan te » clam afiem em v o zc s altas ^ & con vocafiem o P o v o a q u e v ilir a iîe ç à a fu a C a fa ,& c itq fu a ïg r e ja ;;^ i^ ^ ÿ Z w m i< ïi^ 7 «.'»
^Inrÿ
/«« advsemeU fra n i, d iz o A rg ire n fe ; d íz ín d o : Si ^nis 9^ forvulus v t- Argirénfl
mât Ad me. S c ha neíTc m u n d o q u em padeça faltas,buíi^ucm e a m im ,
m fqucm eaqu í. N a m vedes F ic is a M aría S a n tiíS m ad erem p cn h an » ex*verí?<5. §■
3oo prim eiro o ffic io d a fua P ro v id e n cia , aiitecipAndoíé à falca. Si t.
p/<f/?, antes q u e fe co n h e ça antes q u e íe a d v ir ta ? P o i s , ainda m ais
Jeícmpenha a Senhora, e íle feu titu lo ; p o rq u e nam fatisfeica de m a n ­
jar fuasE ícravas a p u b lica r as a tten ço en s da íua P ro v id e n c ia ja m cfma Senhora fc ve m a o fferecer para o o p p o rtu n o rem ed io : E t infípien■ibx)
dizendo. Venitt éomidite pancm vieum , (S inhite vinnm
^uad mifcpii vohis. V in d e rctícbsi o SantiíÍim o C o r p o , & S a n g u e de
ineu F i lh o q u e v o s o f fc r e ç o , porqu e cm d a r v o lo a g o r a , cu m p ro com
D fegu ndo O ffic io da m in ha Pro.videncia; & para que vejáis q u e cm
iodas faas circun ftan cias a q u a lific o ,dandovos e íle D iv in iifim o Sacra­
m ento ^receba das abundancias da g r a ç a , cada hum o q u e l h e to ca ;
cgu nd o a d iip o iiç a m c o m q u e fe c h e g a r a efta m c f a : T c r c e i r o ,í k u l­
timo a¿to da P ro v id e n cia D ivin a .
V ir g e m S an tiiìim a, M a y de D e e s B e m a v e n tu ra d a : à v ifla d e ile
extrem o , à v illa d eñ e p ro d igio com q u e co reáis os ciiip enh os da
,’ oila P r o v id e n c ia , iá m e falta a v o z p a r a p r o iè g u ir , j i n a m ten h o aentopara diicorrer. A iìlm q u e , S en lìo ra ; fc cila s vo ilas E lc ia v a s
acclam aó h o je as volTas g lo r ia s , p erfuadm donos c o m as mudas vozcs
de f c u e x e m p lo , a q u e participem os to d o s , os fru to s d e íie Ibberano
A ltiílim o M y í l e r i o , cedendo m in h a v o z aos feus clam ores j & aos em
q u e ro m p e o M a rc€ lla,lo u va n d o vo s Sob eran a V irg em ^ íó m e íica lugar para p e d ir v o s , lancéis fo b re todos nos, as b en çaô s da voíla P r o v i­
dencia , co m o m clm o S en h o r q u e tendes naquella H o ília Sacroíanta ; que co m o co m u n icativas de g ra ç a ,n o s ferám p en h or da eterna
gloria
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