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MONTAGEM DE PCs Ficou difícil escolher um processador Intel. Existem dezenas de modelos com número de núcleos, soquete e chipset diferentes, com ou sem vídeo integrado entre outros fatores que precisam ser analisados na montagem ou na compra de um micro. Entenda a linha da Intel para 2010 e anos seguintes para não se enganar. Os fabricantes de dispositivos eletrônicos não podem ficar parados. A evolução sempre está acontecendo, por mais que em certas épocas suas ações nos façam pensar exatamente o contrário. Às vezes as mudanças aparentam serem pequenas, ou então um lançamento é feito apenas para marcar território, no melhor estilo “é melhor fazer alguma coisa do que nada”. Mas, quando alcançam um bom equilíbrio entre o momento e o produto, o resultado é um sucesso certeiro. Isto aconteceu em 2005, quando a AMD lançou uma nova geração de processadores que marcou época, representados pelo Athlon 64 e o Opteron. Isto fez com que a Intel precisasse trabalhar duro para tentar recuperar seu posto de supremacia absoluta. E já vinha se levantando, quando recebeu um novo golpe: os Dual Core da AMD começaram a ganhar mercado, em detrimento dos primeiro processadores com 2 núcleos da Intel. O verdadeiro contra-ataque da Intel veio depois de alguns rounds: o núcleo Conroe, digno sucessor do núcleo Netburst que foi utilizado por vários anos e que veio a ser conhecido pelo mundo pelo nome “Core”. Bem, esse é um resumo do que foi dito na matéria “Guia de processadores para 2008” da Revista PnP nº 6. Podemos sintetizar as mudanças da seguinte forma: antes, elas eram pautadas pelo aumento da capacidade de processamento, na base de “performance por clock”, ou seja, quanto mais alto a freqüência de clock, melhor. Com a evolução natural e com outros elementos em jogo, veio a mudança para o modelo “performance por watt”. Hoje é este modelo que vale para praticamente qualquer fabricante de componentes, pois a questão ambiental e a preocupação com o consumo 54 por Anderson Costa de energia tornou-se importante em todas as etapas, desde o projeto até a fabricação e uso. Desde nosso último artigo sobre processadores aqui na Revista PnP já ocorreram mudanças e muitas ainda virão, pois o ciclo evolutivo não para. Essas mudanças tornam os produtos melhores, mas têm uma conseqüência: ficou mais difícil escolher qual é a melhor opção para cada situação. É isto o que pretendemos esclarecer neste artigo, situando o desenvolvimento da Intel no tempo para que você escolha mais facilmente as suas futuras aquisições. O CICLO “TICK-TOCK” DA INTEL A Intel adotou há alguns anos um modelo de trabalho chamado de “Tick Tock”. Esse é o nome que deram ao ciclo de desenvolvimento de seus produtos, que permite estar sempre lançando uma nova arquitetura de seus chips. O “Tick-Tock” ocorre em um ciclo de dois anos. O primeiro ano – chamado “Tick” – é quando as melhorias físicas são aplicadas à microarquitetura existente. Eles Aumentam a densidade dos transistores na pastilha do processador e, conseqüentemente, melhoram o desempenho e a eficiência energética. O segundo ano – o “Tock” – marca o lançamento de uma nova microarquitetura, aproveitando o conhecimento acumulado no “Tick” anterior e aplicando as melhorias tecnológicas disponíveis. Portanto, estamos agora na seguinte situação: • 2010 foi um ano “Tick” e assim, a microarquitetura Core, que começou com 45nm, agora já tem modelos construidos em 32nm fazendo uso da 2ª geração dos transistores do tipo Hi-K + Metal Gate. • 2011 será um ano “Tock”, que marca o lançamento de uma nova arquitetura que, no momento, é conhecida por Sandy Bridge, consolidando a 2º geração. Virão também novas famílias de chipsets, que já receberam o codinome Sugar Bay (para desktops) e Huron River (para notebooks). www.revistaPnP.com.br Revista PnP nº 18