Estágio de Karate da Bushidokan com Sensei Raúl Cerveira

Transcrição

Estágio de Karate da Bushidokan com Sensei Raúl Cerveira
Editor
Luis Filipe Pereira
Editorial
Relações publicas
Joaquim Fernandes
Publicidade
Jorge Ramos
Colaboraram neste número:
Manuela Trindade,
António Regadas, António Moreira,
Hugo Pereira, Ana Pinto, José Durães,
Jorge Braz, Liliana Sousa,
Mário Bernardino, Fernando Casto,
Alberto Ramos.
Fotografia:
Luis Norte, Fernando Castro,
Rogério Braz
KC Faro, CK Maia, Hugo Pereira
Conselheiros técnicos
da redacção:
(por ordem alfabética)
Carlos Pereira 5º Dan
Shito-Ryu
Daniel Coelho 6º Dan
Shito-Ryu
Jaime Pereira 7º Dan
Goju-Ryu
João Dias 5º Dan
Shito-Ryu
Jorge Monteiro 6º Dan
Goju-Ryu
José Lezon 5º Dan Wado-Ryu
José Ramos 6º Dan Shotokan
Marcelo Azevedo 6º Dan
Shukokai
Peté Pacheco 6º Dan Shotokan
Raúl Cerveira 5º Dan
1º Aniversário da K
arate PPortugal
ortugal
Karate
ortugal..
Como retrospectiva, podemos considerar que
atingimos o que pretendíamos. Conseguimos
manter a periodicidade, fizemos a promoção
dos atletas, dos campeonatos, dos estágios,
publicamos entrevistas, artigos técnicos, e
acima de tudo tentamos ir ao encontro de
todos os praticantes Nacionais de Karate. É
lógico que nos foi impossível fazer a cobertura
total do Karate Nacional, mas com a
colaboração de alguns, podemos considerar
que o resultado foi muito positivo. Esperamos
contar com o apoio de muitos mais, para que
consigamos melhorar este nosso projecto.
E para comemorar este nosso 1º aniversário
decidimos organizar um estágio que de uma
certa forma viesse ao encontro do perfil da
nossa revista. Para o efeito convidamos o atleta
Alexandre Biamonti. Porquê a escolha? Porque,
pela opinião de vários atletas, este é sem
dúvidas um dos mais espectaculares
competidores da actualidade.
Boa leitura, e ficamos a aguardar as vossas
sugestões.
Oss.
Shotokai
Vilaça Pinto 6º Dan Shotokan
Colaboradores permanentes:
Alda Albuquerque 4º Dan Shotokan
Abel Figueiredo 4º Dan Goju-Ryu
Fernando David 4º Dan Shito Ryu
Impressão e acabamentos:
Clones Print - Indústria Gráfica
Rua Álvaro de Castelões, 385
4200.046 Porto - Tel. 225500612
Tiragem: 2.000 Exemplares
Depósito legal : 204627/03
A Karate Portugal é uma publicação trimestral,
dedicada a noticiar e reportar actividades de
Karate independentemente de escola ou estilo,
ficando a direcção da revista com a decisão
final sobre a publicação de artigos que não se
enquadrem na filiosofia da mesma. Os artigos
assinados são da inteira responsabilidade dos
autores.
É proibida qualquer reprodução ou cópia por
qualquer meio, sem o prévio consentimento do
editor por escrito.
Luis Filipe Pereira
3
Campeonato do Mundo em Marselha
Por erro de tipografia o relatório deste atleta ficou incomplecto, as
nossas desculpas pelo sucedido.
Relatório do Seleccionador
Nuno Moreira - Venceu a primeira
eliminatória ao Japonês Hirayama
por 7-1.Venceu a segunda
eliminatória ao Escocês Carr, por
2-0 e empata na 3ª eliminatória
contra o Espanhol Rodrigues, que
se sagrou vice campeão do mundo.
No ensho-sem perdeu por Ippon,
gyagu-tzuki chudan contra um
Nhion mawashi-gueri-chudan,
visivelmente marcado primeiro que
o karateca espanhol através da
técnica
de
mawashigeri
chudan!...Uma vez mais foi
prejudicado pela arbitragem!
No 1º combate de repescagem para
a medalha de bronze, perdeu
contra um karateca do Kazakistão
num combate bastante equilibrado
que terminou a 5-5.No ensho-sen
fruto da acumulação de anteriores
erros cometidos por saídas e faltas,
determinaram o resultado final a
favor do karateca do Kazakistão. O
Nuno teve uma excelente prestação
não só pelo 5º lugar alcançado mas
também pela determinação
demonstrada que se traduziu
nalguns casos pela excelente
marcação de pontos. Realizou 4
combates e atingiu os - 4ºs de final
numa poule de 32 com 23 karatecas.
Pedido de desculpas
ao Sensei José Lezon
A revista Karate Portugal quer aqui expressar as mais sinceras desculpas
pelo erro que foi cometido palas nossas colaboradoras, que no anterior
artigo de entrevista a Joaquim Gonçalves, na transcrição da gravação
houve um mal entendimento no nome pronunciado pelo entrevistado, e
na revista saiu como “ Zé Leitão” e depois de revista a gravação na
realidade o pronunciado foi José Lezon, como não é um nome muito
comum, a colaboradora escreveu o nome que lhe pareceu correcto. Não
pretendemos ficar indiferentes a estas situações, prometemos que no futuro
teremos mais cuidado em rever os textos enviados pelos colaboradores
da redacção.
ESTÁGIO FIM DE ÉPOCA
DA UNIÃO DE KARATE DO AVE
A UKA realizou no último sábado de 2003 o seu
estágio fim de época. Este Estágio decorreu no
Pavilhão do Parque de Jogos de Vila do Conde.
Estiveram presentes mais de uma centena de
atletas, representando os seguintes clubes da
UKA: Matriz, Srª do Ó, Varzim, Aguçadourense,
Academia, Caxinas/Poça da Barca e Ginásio
Clube Vilacondense.
O treino foi orientado pelo Mestre José Lopes
4ºdan, o mais graduado da associação. Também
estiveram presentes os seguintes treinadores:
José Evaristo, Augusto Extremina, Fernando
Silva, Vitor Poças, José Oliveira, António Simão,
Vitor Fins e Tozé Lopes.
Por: UKA (União de Karate do Ave)
ACÇÃO DE FORMAÇÃO
UKA – União de Karate do Ave
Clube de Karate Shotokan do Porto
Ginásio de Manutenção do Porto
Rua Faria Guimarães, 753 r/c 4200.191 Porto
Instrutores: Luis Pereira e Rogério Braz
Classes de Karate: Infantis Juvenis e Seniores
4
Realizou-se no passado dia 31 de Janeiro em
Vila do Conde no Pavilhão do Parque de Jogos,
uma acção de formação, que teve como tópicos:
A Origem, a Etiqueta, e a Tradição do Karate.
Esta acção foi ministrada pelo mestre António
Simão. Estiveram presentes cerca de meia
centena de praticantes das várias escolas da
região. Esta acção de Formação foi organizada
pela U.K.A., G.C. Vilacondense e pela Câmara
Municipal da Póvoa do Varzim.
Por: União de Karate do Ave
Sumário
Pág. 6 ........Campeonato Europeu da E.S.K.A.
Sunderland - Inglaterra
Pág. 9 .........Regras de Arbitragem por Fernando David
Pág. 11........Taça Nacional CPK Seniores
Pág. 12 ......Campeonato Nacional
Cadetes e Juniores FNKP - Lourinhã
Pág.6 - Campeonato europeu E.S.K.A.
Sunderland - Inglaterra
Pág. 15 ......Estágio de Karate de Competição
com Joaquim Gonçalves
Pág. 16 ......Torneio da Juventude na Cidade da Maia
Pág. 18 ......Entrevista com: Sensei Jaime Pereira
Pág. 22 ......Isabel Teixeira Campeã Nacional LPKS
Pág. 24.......Resultados dos Regionais Seniores FNKP
Pág. 25 ......Estágio Nacional do C.P.K.
com: Sensei José Melo e Sensei Rui Diz
Pág.12 - Campeonato Nacional
Cadetes e Juniores FNKP - Lourinhã
Pág. 26 ......Campeonato Nacional
Seniores FNKP - Amadora
Pág. 28 ......Estágio de Karate da Bushidokan
com: Sensei Raúl Cerveira
Pág. 29 ......O Treino da Força no Karate (2ª Parte)
Por: Alda Albuquerque
Pág. 31 ......Academia de Arte e Movimento Zen
Pág.26 - Campeonato Nacional
Seniores FNKP - Amadora
Pág. 32 ......Campeonato Internacional
Kumite Equipas de Vila das Aves
Pág. 35 ......Campeonato europeu E.K.F.
Cadetes e Juniores na Croacia
Pág. 38.......Galeria dos Campeões
Estevão Trindade e Nuno Catrau
Pág. 41........4º Torneio Internacional de Valência
Pág. 42........Torneio Cidade de Almada
Estágios regionais da Mabuni Shito-Ryu
32 - Campeonato Internacional
Kumite Equipas de Vila das Aves
5
Campeonato Europeu de Shotokan da E.S.K.A.
Sunderland - Inglaterra
Carla Jerónimo na prova de Kata, sem dúvidas a melhor prestação
feminina da Selecção Portuguesa.
6
Podemos dizer que este
Campeonato Europeu até não
correu muito mal para
Portugal, 3º Lugar em Kumite
Equipas Juniores, duas atleta
nas oito finalistas uma em Kata
e outra em Kumite, se tivermos
em conta que como em todas as
provas deste género existem
sempre algumas tendências na
arbitragem, e que na nossa
opinião o nossa equipa poderia
ter chegado à final, não fosse
uma má decisão da arbitragem,
que estando nós a ganhar
contra a Polónia, uma
penalização de excesso de
contacto sobre o nosso atleta
João Pinto e que a arbitragem
decidiu que deveria favorecer o
infractor, alegando que tinha
havido simulação, o que se veio
a demonstrar que não tinha sido
verdade, porque o atleta teve
que ser assistido pela equipa
médica após o combate, esta
decisão acabou por ser
determinante na atribuição da
vitória, até porque o atleta
polaco estava já com o limite de
faltas, e se lhe fosse imputada a
respectiva penalização teríamos
ganho e estaríamos na final, a
Polónia acabaria por ganhar o
título europeu, com um
redundante 3 a 0 conta a
Áustria, Portugal foi a
única equipa que conseguiu
contrariar essa tendência, com
os seguintes resultados 0-0, 0-0
e 1-2,. Os nossos atletas
acabaram por demonstrar uma
certa inexperiência nestas
andanças, porque a maioria era
a primeira vez que participava
em provas internacionais.
Queremos aqui deixar um
conselho para quem decide
estas coisa do Karate,
deveríamos começar a projectar
os nossos atletas mais cedo em
provas internacionais, e não
deveriam deixar essa tarefa
para os clubes, porque as
verbas que a maioria dos clubes
têm mal dá para as provas do
calendário nacional, chegando
até os atletas a suportar as suas
despesas competitivas, e como
devem saber isso não se passa
nos outros países.
A viagem para Inglaterra foi
agradável estava bom tempo,
talvez um pouco frio, mas
Inglaterra é propícia a isso.
Toda a comitiva demonstrava
uma grande ansiedade, devido
ao que poderiam ser os
resultados obtidos, porque
desta vez a selecção foi feita com
outras perspectivas. apostou-se
nos atletas mais novos em
detrimento dos atletas com mais
experiência, atletas esses que já
A equipa Portuguesa de Juniores obteve um excelente 3º Lugar em Kumite.
(Na Foto) João Pinto Sfra Amadora, Carlos Castro CKS Porto, Sensei
José Ramos (Seleccionador), Jorge Machado KS Vila das Aves e João
Oliveira do Boavista FC.
têm um estatuto e que na nossa
opinião não treinam o suficiente para
chegar a um nível mais elevado,
pensamos que a sua vida particular
não os permita treinar o suficiente.
Mas como tudo na vida, tudo muda e
dar o lugar aos mais novos acaba por
ter de acontecer mais cedo ou mais
tarde, porque já foi assim antes e no
futuro será igual. A todos os que
abandonam a competição não
poderão pensar que o contributo
deles não foi importante, mas pelo
contrário, nós que gostamos de
Karate estamos muito gratos a todos
os competidores que de uma maneira
ou de outra engrandeceram o
nome de Portugal em provas
internacionais.
Nas provas femininas individuais, as
atletas Delilah Gonçalves em Kumite
Juniores e Carla Jerónimo em Kata
Seniores, viriam a ter uma boa
prestação ficando as duas nos 8
finalistas, ambas tiveram uma boa
prestação, mas na nossa opinião
consideramos que a atleta Carla
Jerónimo foi a melhor prestação
feminina da selecção portuguesa
deste Campeonato Europeu. Nas
provas de Kata equipa tanto em
femininos como em masculinos
acabaram por se classificar a
primeira em 8º e a segunda em 7º,
o que ficou um pouco aquém das
expectativas. Todas as outras
participações estiveram um pouco
longe daquilo que se pretendia para
esta prova internacional. Havendo
aqui e ali indicações que poderão ser
melhoradas com vista a que próximas
edições não se cometam os mesmos
erros, não esquecendo que todos os
que estiveram presentes nesta
selecção, estiveram por direito
próprio. Talvez possamos discordar
das regras de selecção impostas pela
Liga Nacional, mas isso é da
competência de quem de direito.
A organização da prova esteve bem,
foram bastante hospitaleiros com a
selecção portuguesa, não obstante a
falha na atribuição dos quartos, mas
tudo acabou por se resolver. As provas
começaram a horas, e até os treinos
das selecções foram cuidadosamente
escalonados.
A única coisa que poderemos apontar,
foi que o pavilhão escolhido não foi
de certeza o melhor para acolher uma
prova deste tipo. Na abertura dos
campeonatos, foi feita uma
homenagem póstuma ao Sensei
Enoeda, por tudo o que contribuiu
para o Karate Shotokan Inglês e
Internacional. Os campeonatos
terminaram com a respectiva festa de
confraternização, aberta a todos os
participantes.
7
Campeonato Europeu de Shotokan da E.S.K.A. - Sunderland - Inglaterra
Queremos aqui referenciar que Joaquim Fernandes
foi submetido a exame de arbitragem para juiz
europeu em kata e kumite, e que concluiu com exito.
Em relação a esta situação queremos aqui fazer um
apelo a todos os que estão ligados a esta modalidade
e que por ventura possam estar interessados em seguir
uma carreira de arbitragem, deveriam faze-lo, pois o
nosso país precisa de representação em arbitragem
nas provas internacionais.
Quanto ao que vimos durante todo o Campeonato
queremos salientar a excepcional equipa da Suécia
que de uma maneira irrepreensível, ganhou a final
de equipas em Kumite seniores. Não deram hipóteses
à outra equipa finalista, a Alemanha. Em individuais
podemos destacar o atleta da Suécia que apresentou
um excelente Karate, mas o excesso de confiança fez
com que acabasse na terceira posição. Do atleta
espanhol que ganhou a final poderemos dizer que
conseguiu uma excelente recuperação frente ao atleta
inglês, que estando a perder, acabou por recuperar
executando nos segundos finais um excelente
mawashi-gery, que lhe garantiu o título europeu em
Kumite Individual Seniores.
8
REGRAS DE COMPETIÇÃO EM KUMITE DA F.M.K. (1ª Parte)
Tradução de: Fernando David (Presidente do Conselho de Arbitragem)
ARTIGO 1: A ÁREA DE COMPETIÇÃO EM KUMITE
1. A área de competição deverá ser plana e sem obstáculos.
2. A área de competição, fonnada com peças de tatami
próprias, deverá ser um quadrado de 8 metros de lado
(medidos a partir do exterior) e deverá ter uma área de
segurança com dois metros adicionais em cada um dos lados.
A área pode ser elevada até um metro de altura a partir do
solo. A plataforma elevada deverá medir no mínimo 12 metros
de lado a fim de incluir a área de competição e a área de
segurança.
3. Dever-se-á marcar uma linha com meio metro de
comprimento, a dois metros de distância, a partir do centro
da área de competição, a fim de situar o árbitro central.
4. Dever-se-ão marcar duas linhas paralelas entre si, cada
uma com um metro de comprimento e perpendiculares à linha
de árbitros, a uma distância de um metro e meio do centro da
área de competição, a fim de situar os competidores.
5. Os Juízes sentar-se-ão na área de segurança, estando um
de frente para o Árbitro Central, e os outros por trás dos
competidores, e a um metro no sentido da linha do tatami por
onde o Árbitro entra. Cada um deverá estar equipado com
uma bandeira vermelha e uma azul
6. O Arbitrador sentar-se-á numa mesa pequena fora da área
de segurança, por detrás e à esquerda do Árbitro Central.
Deverá estar equipado com uma bandeira vermelha ou outro
sinal, e uma buzina.
7. O Supervisor de pontuação deverá estar sentado na mesa
oficial de pontuação, entre o anotador e o cronometrista.
8. A zona com um metro de largura antes da linha limite da
área de competição deverá ser de uma cor diferente do resto
da área de competição.
2. O uniforme oficial será o seguinte:
- Casaco azul marinho com dois botões prateados
(abotoamento simples e não cruzado).
- Camisa branca de mangas curtas.
- Gravata oficial usada sem alfinete de gravata.
- Calças cinzentas claras sem dobras de bainha.
- Peúgas azuis escuras ou pretas, e sapatilhas pretas para uso
dentro da área de competição.
- Os Árbitros ou Juízes do sexo feminino devem usar o cabelo
preso.
COMPETIDORES
1. Os competidores deverão usar um karate gi branco sem
marcas, riscas ou canelados. Poder-se-á usar o emblema ou a
bandeira do país (clube ou associação na FNK-P), que deverá
estar na parte superior esquerda do casaco do karate gi, à
altura do peito, e não pode ser maior do que um quadrado de
dez centímetros de lado (no apêndice 9 refere 12x8 cm). O
karate gi só pode exibir as marcas originais do fabricante.
Poder-se-á também usar um dorsal identificativo fornecido
pela organização. Um competidor deve usar um cinto vermelho
e outro, um cinto azul Estes cintos deverão ter uma largura de
cerca de cinco centímetros e um comprimento suficiente para
permitir duas pontas livres de cerca de quinze centímetros
livres para além do nó.
2. Sem prejuízo do assinalado em 1, o Comité Director da
WKF (Direcção da FNK-P no caso das provas Portuguesas)
poderá permitir marcas ou anúncios especiais de
patrocinadores autorizados.
3. O casaco do karate gi, depois de ajustado com o cinto à
volta da cintura, deverá ter um comprimento mínimo que cubra
as ancas mas não pode exceder o comprimento de três quartos
das coxas. As mulheres deverão usar uma “T -shirt” branca
sem marcas, por debaixo do karate gi.
4. As mangas do casaco do karate gi deverão cobrir, no
núnimo, até à metade superior do antebraço e, no máximo,
até ao pulso. Não poderão estar dobradas.
EXPLICAÇÃO:
I. Não deve haver cartazes publúitários, paredes, Pilares, etc.
dentro do perimetro exterior da área de competição, devendo
estar afastados cerca de um metro para além da área de
segurança.
5. As calças do karate gi deverão ser suficientemente
compridas para cobrir pelo menos dois terços da perna
(canela) e não podem ficar abaixo dos ossos do tornozelo.
Não poderão estar dobradas.
II. O tatami utilizado deve ser antiderrapante na sua parte
inferior e ter pouca rugosidade na parte superior: Não deve
ser tão grosso como os tapetes utilizados no Judo, uma vez
que deve permitir uma maior liberdade de movimentos. O
Arbitro deve assegurar-se que as peças do tatami não se
separem durante a competição, visto que os espaços livres
entre os tapetes são perigosos e podem causar lesões e
acidentes. Devem estar aprovados pela WKF.
6. Os competidores deverão ter o seu cabelo limpo e cortado
de modo a que não prejudique o bom desenrolar do combate.
Não é permitido o hachimaki (fitas para a cabeça). Se o árbitro
considerar que o cabelo de qualquer competidor se encontra
muito comprido e/ou sujo, poderá exclui-lo do combate. Em
kumite não é permitido usar no cabelo puxos laterais nem
ganchos metálicos. Em kata um gancho discreto é permitido.
Fitas e outros adornos são proibidos.
ARTIGO 2: EQUIPAMENTO OFICIAL
1. Os competidores e os seus treinadores deverão vestir o
uniforme oficial tal como está definido no presente
regulamento.
7. Os competidores deverão estar com as unhas curtas e não
usar objectos duros ou metálicos que possam lesionar o
oponente. O uso de aparelhos metálicos correctores de dentes
deve ser aprovado pelo Árbitro e pelo Médico Oficial da Prova.
A responsabilidade de qualquer lesão é exclusivamente do
competidor.
2. O Conselho de Arbitragem poderá eliminar qualquer oficial
ou competidor que não cumpra este requisito.
ÁRBITROS
1. Os Árbitros e Juízes devem usar o uniforme oficial
designado pelo Conselho de Arbitragem. Este uniforme
deverá usar-se em todos as competições e cursos.
8. O uso das luvas aprovadas pela WKF é obrigatório. Um
dos competidores usará um par de luvas vermelhas e, o outro,
azuis.
9. O uso de protector de boca (dentes) é obrigatório.
9
10. O uso de coquilha e de caneleiras moles é permitido. As
caneleiras com protector de peito do pé são proibidas.
11. O uso de óculos é proibido. O uso de lentes de contacto
maleáveis é permitido, desde que o competidor assuma esse
risco.
12. O uso de equipamento não autorizado é proibido. As
mulheres podem usar equipamento de protecção adicional,
tal como protectores de peito.
13. Todo o equipamento de protecção deve estar homologado
pela WKF (FNK-P para os torneios ou campeonatos do
calendário Federativo).
14. A utilização de ligaduras ou protectores de pulso, por
lesão, deverá ser aprovada pelo Arbitro depois de ouvido o
Médico da prova.
TREINADORES
1. Durante todo o torneio, o treinador deverá usar o fato de
treino e ter, de forma visível, a identificação oficial.
EXPLICAÇÃO:
I. Os participantes devem usar um só cinto. Deverá ser vermelho
para AKA e azul para AO. Os cintos de
graduação não podem ser usados durante os combates.
II. Os protectores de boca (dentes) devem estar devidamente
ajustados. As coquilhas com um copo amovível de plástico
não são permitidas, e os pessoas que as usarem podem ser
penalizadas.
III. Por motivos religiosos pode haver quem deseje usar
apetrechos, tais como turbantes, amuletos, etc.. Todos aqueles
que, devido à sua religião, queiram usar algo que não seja o
equipamento autorizado, deverão notificar o Conselho de
Arbitragem antes do Toreio ou Campeonato. O Conselho de
Arbitragem examinará cada requerimento caso a caso. Não
são aceites pedidos de última hora.
IV. Se um mmpetidor se apresentar no tatami vestido
inadequadamente, não será desclassificado imediatamente,’
em vez disso, dar-se-á um minuto para mmgir os dejidéndos.
V. Os Técnicos de Arbitragem poderão exercer as suas funções
sem o casaco, se o Conselho de Arbitragem o autorizar:
ARTIGO 3: ORGANIZAÇÃO DA COMPETIÇÃO EM
KUMITE
1. Um torneio ou campeonato de Karate é composto pela
competição de Kumite e/ou a competição de Kata. A
competição de Kumite poderá dividir-se em Provas de equipas
e Provas individuais. As provas individuais poderão, por sua
vez, dividir-se em categorias de peso e categoria open. As
categorias são depois divididas em Combates ou Encontros.
O termo “combate” descreve igualmente a competição entre
pares de participantes nos Encontros de Kumite equipa. (Na
prova de equipa, o confronto entre equipas deverá ser
designado por encontro, enquanto na de individuais, cada
combate coincide com um encontro - também se pode usar o
termo “eliminatória” para os sistemas de eliminatória e
“volta” para os sistemas de todos contra todos.).
2. Nenhum participante pode ser substituído por outro numa
competição individual
3. Os competidores individuais ou as equipas que não se
apresentem quando chamados serão desclassificados (KIKEN)
10
dessa categoria.
4. As equipas masculinas são constituídas por sete membros,
com cinco competidores em cada encontro. As equipas
femininas são constituídas por quatro membros, com três
competidoras em cada encontro.
5. Os competidores fazem todos parte da equipa. Não há
suplentes fixos.
6. Antes de cada encontro, um representante de cada equipa
deverá entregar à mesa um impresso oficial definindo os nomes
dos competidores e a ordem pela qual combatem os membros
da equipa. Os participantes, escolhidos da equipa de sete ou
de quatro, assim como a ordem pela qual os competidores da
equipa combatem, poderá mudar entre eliminatórias
(encontros), no entanto, uma vez notificada a mesa, já não é
possível qualquer mudança até ao final desse encontro.
7. Uma equipa poderá ser desclassificada se qualquer dos
seus membros ou o Treinador mudar a composição da equipa
ou a ordem de entrada para os combates, sem notificar a mesa
de controlo antes do encontro.
EXPLICAÇÃO:
I. Uma eliminatória é uma etapa dentro da competição para a
eventual identijicação dos finalistas. Numa competição de
kumite por eliminatórias, uma eliminatória elimina 50% dos
competidores, contando os espaços livres na folha de
eliminatórias que não foram preenchidos no sorteio (bye) como
competidores. De acordo com isto, uma eliminatória aplicase tanto nas primeiras etapas de uma prova, como nas
repescagens. Numa competição organizada em forma de
liguilha (todos os competidores combatem contra todos), o
termo eliminatória deve ser substituído pelo termo “volta” e é
quando todos os competidores da liguilha realizaram um
combate, ou todas as equipas um encontro.
II. A utilização dos nomes dos competidores pode acrretar
problemas de dicção, pronúntia e identificação. Devem, por
isso, utilizar-se dorsais identificativos com números.
III. Quando uma equipa alinha antes de um encontro, deve
apresentar só os membros que vão competir: Os suplentes e o
treinador devem estar sentados na zona previamente
designada para eles.
IV. Para competir; as equipas masculinas devem apresentar
pelo menos três competidores e as femininas pelo menos duas
competidoras.
V. A ordem dos combates pode ser apresentada pelo treinador;
ou por um competidor da equipa designado para o efeito. Se
é o treinador que o faz, deve estar claramente identijicado,.
em caso contrário, pode ser rejeitada. A lista deve incluir o
nome do país (associação e clube na FNK-P), cor do cinto
atribuída à equipa para o encontro e a ordem dos combates.
Devem incluir-se tanto os nomes dos competidores como os
números dos seus dorsais e a folha deve ser assinada pelo
treinador ou pelo representante designado.
VI. Se, por erro de listagem, competem outros competidores
no lugar dos que deveriam tê-1o feito, esse combate será
declarado nulo e sem valor para contabilizar o resultado.
Para reduzir estes erros, o vencedor de cada combate deve
confirmar a sua vitória na mesa de controlo antes de
abandonar o tatami.
(Continua no próximo número)
Taça Nacional Seniores C.P.K.
Loures, 13 de Dezembro 2003
Resultados:
Kata Ind. Fem. Sen.
1º Katia Costa - Dojo Shiai
2º Sandra Gonç. - Vila das Aves
3º Gisela Moura - Vilacondense
3º Ilda Cadilhe - Vilacondense
Realizou-se no dia 13 de Dezembro de 2003 em
Loures a Taça Nacional C.P.K. Seniores. Este
campeonato serviu como preparação para o
Campeonato Regional Federativo. Não estiveram
presentes o número de atletas que a organização
desejava, mas acabaram por estar presentes os que
realmente gostam de competir.
Os resultados finais estiveram bem entregues,
tirando uma ou outra situação, mas no geral a
arbitragem esteve bem. A única situação complicada
para a arbitragem, foi na final de Kumite, entre o
Ricardo (Vila das Aves) e o Pedro (Vilacondense),
porque foi uma final muito disputada e com uma
excelente recuperação de pontos por parte do atleta
Ricardo Rodrigues, o qual acabou por vencer.
Kata Ind. Masc. Sen.
1º Tozé Lopes - Vilacondense
2º Ricardo R. - Vila das Aves
3º Carlos Castro - GKS Porto
3º Vitor Fins - Vilacondense
Kumite Ind. Fem. Open
1º Delilah - Vilacondense
2º Ilda Cadilhe - Vilacondense
3º Liliana Sousa - GKS Porto
3º Sandra Gonç. - Vila das Aves
Kumite Ind. Masc. -65Kg
1º Miguel Lopes - Vila das Aves
2º Sérgio - Vilacondense
3º Rui Pinheiro - Srº da Hora
3º Francisco Rocha - Srº da Hora
Kumite Ind. Masc. -75Kg
1º Joaquim Brochado - Negrelense
2º F. Henriques - Bobadelense
3º Ricardo Monteiro - Negrelense
3º Jorge Gomes - Gimnobraga
Kumite Ind. Masc. +75Kg
1º R. Rodrigues - Vila das Aves
2º Pedro Silva - Vilacondense
3º Núno Araújo - Gimnobraga
3º Pedro Pedreira - Srº da Hora
11
Este Campeonato Nacional de
Cadetes e Juniores primou pelo
empenho
que
os
atletas
demonstraram durante as provas.
Nunca tínhamos assistido a nenhum
campeonato com esta qualidade. Os
atletas portugueses já começaram a
perceber que é preciso treinar, para
se conseguir atingir os padrões de
competitividade exigidos, ou então
estamos perante uma muito boa nova
geração de Karatecas.De uma
maneira ou de outra podemos estar
satisfeitos por tudo o que foi
demonstrado.
Campeonato Nacional F.N.K.P.
Cadetes e Juniores - Lourinhã
“ Na nossa opinião, este foi sem dúvidas o melhor campeonato de Cadetes e Juniores
realizado em Portugal, pelo excelente nível competitivo apresentado pelos atletas.”
Carlos Castro na Final de Kata Cadetes a Executar a Kata Unsu, este atleta
abacaria por se sagrar Campeão Nacional, em Kata e Kumite -75Kg.
12
Este Campeonato Nacional, foi
realizado em 29 de Novembro de
2003 na Lourinhã. Da parte da
manhã foram feitas as provas de
Kata, e da parte de tarde o Kumite.
Em relação às provas de Katas
femininas, podemos dizer que as
atletas finalistas estiveram a um nível
bastante bom, em comparação com
anos anteriores em provas do mesmo
escalão. Nos masculinos o nível
subiu, os finalistas apresentaram uma
boa performance técnica e física.
No Kumite os atletas estiveram a um
excelente nível. Assistimos a muitos
bons momentos de Karate. É de
salientar a postura e maturidade que
estes jovens campeões assumiram
neste Campeonato Nacional.
Julgamos que estes atletas têm
qualidades para, no futuro, nos
trazerem muitos bons resultados
internacionais.
Resultados Cadetes
Kata Ind Fem Cadetes
1º M.Silva – Jkfgkp-AkBeja
2º A.Lourença – Ckl-I. Gym
3º D.Saraiva – Uka-KCFaro
3º S.Martins Cpk-CBGym
Kata Ind Masc Cadetes
1º C.Castro – Cpk-CKS Porto
2º J.Castro – Cpk-CKS Porto
3º R.Amaro – Kps-Chut 2
3º J.Caeiros – Cpk-Bobadelense
Kumite Ind Fem Cad -50Kg
1º W.Viegas – Aama-Ldclube
2º M.Azevedo – Apogk-CkMaia
3º P.Sousa – Lnkp
3º J.Rodrigues – Awikp-WGym
Kumite Ind Fem Cad -55Kg
1º A.Lourenço – Ckl-IGym
2º I.Sousa – Aama-Ldclube
3º S.Magalhães – Cpk-Amshol
3º A.Aguiar – Cpk-SKParedes
Kumite Ind Fem Cad +55Kg
1º M.Pinto – Cpk-CKS Porto
2º A.Menesses – Aks-Cpt
3º A.Patrão – Cpk-CccBarcelos
3º A.Paninho – Lnkp
Kumite Ind Masc Cad -55Kg
1º R.Gonçalves – Apogk-CkMaia
2º R.Cerqueira – Uka-1ºMaio
3º H.Carreira – Cpk-CccB
3º P.André – Awikp-WGym
Kumite Ind Masc Cad -60Kg
1º J.Meireles – Cpk-Vila Aves
2º J.Leite – Uksp-Recarei
3º D.Braga – Awikp-FGym
3º J.Caeiros – Cpk_Bobadelense
Kumite Ind Masc Cad -65Kg
1º A.Santos – Adsak-Alpiarça
2º J.Machado – Adsak-Sfc
3º I.Leite – Lpk-Ekfp
3º N.Almeida – Usrp-Imortal
Kumite Ind Masc Cad -70Kg
1º J.Machado – Cpk-Vila Aves
2º J.Castro – Cpk-CKS Porto
3º A.Pinto – Lnkp
3º M.Ferreira – Apogk-G.Body
Kumite Ind Masc Cad -75Kg
1º C.Castro – Cpk-CKS Porto
2º J.Moreira – Apks-Tuna
3º P.Lopes – Apks-Cmc
3º M.Oliveira – Akwp-ECorpo
Kumite Ind Masc Cad -80Kg
1º A.Gonçalves – Lpk-Ahbva
2º N.Soares – Lpk-Canidelo
3º B.Costa – Aka-Cksah
3º P.Antunes – Cpk-Ckbsm
13
Resultados Juniores
Kata Ind Fem Juniores
1º C.Segura – Kps-CKCaneças
2º J.Santos – Udks
3º L.Ferro – Usrp-Irmanadora
3º A.Santos – Cpk-SfraAmadora
Kata Ind Masc Juniores
1º D.Santos – Npk-CkGrPorto
2º J.Oliveira – Cpk-Boavista
3º A.Santos – Jkfgkp
3º R.Reis – Ckl-IGym
Kumite Ind Fem Jun -53Kg
1º A.Gonçalves – Awikp-WGym
2º M.Carmo – Uka-Lisboa RC
3º M.Mota – Cpk-Boavista
3º G.Silva – Uka-1ºMaio
Kumite Ind Fem Jun -60 Kg
1º F.Moreira – Kps-UrmbDojo
2º H.Gutierres – Npkw-Buraca
3º I.Piscalho – Adsak-Alpiarça
3º C.Ferreira – Asgkp-Esv
Kumite Ind Fem Jun +60Kg
1º J.Neves – Ckf-Académico
2º C.Pires – Adsak-Azambuja
3º V.Fernandes – Akram-Askksa
3º A.Rocha – Jkfgkp
Kumite Ind Masc Jun -60Kg
1º A.Santos – Jkfgkp
2º A.Alves – Lnkp
3º A.Figueiredo – Lnkp
3º H.Martins – Akwp-Ajcb
Kumite Ind Masc Jun -65 Kg
1º L.Cordeiro – Aksp-C.Tap
2º R.Reis – Ckl-IGym
3º J.Figueiredo – Adsak-P.Negros
3º R.Rodrigues – Jkfgkp-AKBeja
Kumite Ind Masc Jun -70 Kg
1º S.Caridade – Awikp-WGym
2º D.Guincho – Apks-Cpn
3º C.Romão – Apogk-CkMaia
3º M.Rodrigues – Adsak-CkD’aire
Kumite Ind Masc Jun -75Kg
1º N.Moreira – Apogk-CkMaia
2º H.Pinto – Cpk-SfraAmadora
3º J.Pinto – Cpk-SfraAmadora
3º A.Cunha – Cpk-Akacrl
Kumite Ind Masc Jun -80Kg
1º H.Lourenço – Cpk-SfraAmadora
2º J.Oliveira – Cpk-Boavista
3º R.Fernandes – Cpk-Ekacrl
3º H.Pereira – Cpk-CKS Porto
Kumite Ind Masc Jun +80Kg
1º M.Ferreira – Adsak-Cartaxo
2º J.Garvalho – Cpk-CKS Porto
3º M.Hernandez – Uka-Ukc
3º D.Gabriel – Uka-KCFaro
14
ESTÁGIO DE KARATE COMPETIÇÃO
Orientado por Sensei Joaquim Gonçalves
Realizou-se no passado dia 14 de Dezembro em S.
Mamede na Escola Abel Salazar, um estágio de
competição orientado pelo Sensei Joaquim
Gonçalves. Este estágio foi organizado pela N.P.K.,
e vem no seguimento das várias actividades que esta
associação promove há vários anos em prol do karate
desportivo. Estiveram presentes neste estágio cerca
de meia centena de praticantes de várias escolas de
Karate da zona Norte do país.
Por: NPK
15
divididas por 4 provas de
kata e 4 de Kumite.
Foi sem dúvida um domingo
de festa bem passado por
todos os atletas que
participaram e pelo público,
que acorreu em massa ao
evento. O pavilhão tornouse mesmo pequeno para
tantos
assistentes
interessados
em
ver
participar os seus entes
queridos. Muitos dos
familiares, pais e amigos,
viram-se inclusivamente
obrigados a assistir de pé,
mas tal contrariedade não
motivou o abandono das
instalações desportivas. A
expressão de satisfação dos
educadores e o carinho
Torneio da Juventude na Maia
Organizado pelo Clube de Karate da Maia (CKM).
Como vem sendo hábito, o CKM tem
vindo a desenvolver um excelente
trabalho no que diz respeito ao
desenvolvimento
do
Karate
competitivo, assim como na captação
de novos jovens atletas para os
escalões de formação. O Torneio da
Juventude realizado no dia 11 de
Janeiro de 2004 foi uma evidente
demonstração do valioso empenho que
este clube tem vindo a aplicar na
organização e realização deste género
de acontecimentos. O papel do clube
não se tem restringido apenas à
divulgação da modalidade nas idades
jovens. Mas a componente educativa
16
dos adolescentes, maioritariamente
pertencentes a idades consideradas
complicadas, tem estado presente, de uma
forma talvez subliminar, mas que acaba por
produzir resultados positivos ao nível das
qualidades humanas dos jovens. Exemplo
disso é o incentivo ao espírito de grupo e
de solidariedade entre os jovens,
contrapondo o individualismo das
sociedades modernas.
Participaram no torneio cerca de 180
atletas com idades compreendidas entre
os 6 e os 15 anos. A competição contou
apenas com provas disputadas apenas em
equipa, tendo estado presentes cerca de
60 equipas de mais de 10 escolas diferentes,
por eles transmitido aos seus filhos foi,
aliás, uma constante ao longo de todo
o evento.
A experiência de realização de provas
de Kumite nos escalões 12-13 e 14-15
foi igualmente compensatória já que
todos os jovens demonstraram um forte
sentido competitivo e de fair play, não
tendo sido registadas lesões.
A realização deste Torneio da
Juventude foi aproveitada pela
Direcção do CKM para aperfeiçoar
pormenores organizativos tendo já,
como objectivo, a preparação das
organizações do Campeonato
Nacional de Pré-Infantis a Juvenis, em
Fevereiro e do Torneio 25 de
Abril, ambos realizados na
Maia. Este em especial tem
vindo a crescer de forma
significativa nos últimos anos,
estimando-se para este ano,
uma afluência de cerca de
1000 jovens atletas vindo de
todo o país e Espanha.
Classificações:
Kata -9 Fem
1º CKGP
2º Vila das Aves
3º CKFreamunde
Kata -9 Masc
1º Vila das Aves A
2º AGP
3º Fitness
Kata 10-11 Fem
1º AGP
2º Sta. Joana
3º Fânzeres
Kumite 12-13 Fem
1º AGP
Kumite 12-13 Masc
1º Vila das Aves
2º CKSP
3º CKMaia
Kumite 14-15 Fem
1º Vila das Aves A
2º CKMaia A
3º CKMaia B
Kumite 14-15 Masc
1º Vila das Aves
2º CKMaia A
3º Linha Zero
17
Entrevista ao Sensei Jaime Sequeira Pereira
Jaime Palma de Sequeira e Pereira
7º Dan de E. Miyazato da Associação de Okinawa Goju-Ryu
7º Dan da World Karate Federation
Auditor da European Karate Federation desde 1994
Treinador de Nível II da FNK-P
Karate Portugal - Sensei, poderia fazer-nos
uma apresentação do seu início da prática
do Karate?
Sensei Jaime Pereira – Sou, como sabem,
natural de Angola onde fundei a modalidade
após a prática de outras Artes de Combate,
entre as quais o Judo. Sobre o início da minha
actividade no Karate, ela deveu-se à
sensibilização relativamente às Artes
Marciais, por embarcadiços em Angola, que
criaram em mim uma perspectiva muito
diferente na abordagem a várias modalidades
de combate. A tal se deve o início do Karate
em Angola. Fiz Karate com essas pessoas,
mas não tínhamos uma linha definida. Mais
tarde iniciei o Shotokan por contactos com
amigos e sobretudo através de um japonês
que trabalhava lá numa das empresas e que
deu valor a todo o meu empolgante início. Foi
o Engenheiro Takaaki Ushio (1º Dan em
Shotokan), o meu primeiro Mestre, a primeira
pessoa que me ensinou bastante, porque nós
fazíamos uma Arte Marcial. Um Karate
incipiente desordenado, mais por cópia e gosto
pelos filmes que se viam naquela altura.
Verificava-se também já o lançamento de
grandes figuras a nível internacional, entre
elas o Bruce Lee. Jovem como éramos
ficávamos apaixonados por determinadas
pessoas inspiradoras e que apareciam a fazer
coisas diferentes. Logicamente que no Judo
pratiquei imenso, muita competição, mas vi
18
que precisava de algo diferente na minha vida,
apesar de praticar imenso desporto, e
diferentes Artes Marciais. Em Angola
necessitávamos de uma modalidade nova e
por pressão e incentivo de todos os que me
rodeavam resolvi então fundar o Karate em
Angola. Apareceu então essa pessoa que
começou a ensinar Karate a um grupo, que
depois desapareceu e eu fui o único que
continuei e seguir esses ensinamentos. Os
primeiros passos, porque isto é importante
dizer, devo-os a esse Mestre, que me ensinou
o caminho certo, o que é fundamental tanto
nesta como em qualquer outra modalidade,
tal como na vida ensinar os primeiros passos
a uma criança é muito importante. Esta pessoa
acompanhou-me e doutrinou-me. Devo-lhe a
minha evolução nessa importante fase. Ele era
de Shotokan, embora na altura
verdadeiramente não importasse o estilo.
Desenvolvendo ao máximo a minha
aprendizagem técnica, introduzi formalmente
o Karate em Angola e fundei a Academia de
Artes Marciais em Luanda. Procurei um
enquadramento técnico mais institucional,
encetando contactos com a metrópole, no
sentido de desenvolver um intercâmbio com
instrutores portugueses aqui radicados. Em
Lisboa, foi junto de José Custódio, da ADCPK,
através do meu professor de Judo (F. Torok),
que encontrei os dados necessários e ainda
por sua indicação, Carlos Pereira, Frade e
José Pelicano, deslocar-se-iam a Luanda, para
a realização de Seminários, ajudando-me a
estruturar a modalidade naquele país.
Em sequência do incremento da
modalidade, também José Ramos, então
2ºKyu, se estabeleceria em Luanda a meu
convite. A formalização do reconhecimento
oficial da A.A.M, processou-se através da
Comissão Directiva das Artes Marciais
(CDAM, 1969-86), organismo que ao
mesmo tempo, tutelava tais modalidades de
combate. Carlos Pereira e Frade,
apostaram no desenvolvimento de classes
separadas e o Karate cresceu em Angola.
José Ramos, José Melo, deram o seu
contributo aos meus projectos. Parti depois
para uma segunda etapa da minha vida com
contactos que me deram, que me marcaram
imenso como segundos mestres que foram
Stan Schmidt e Derrick Geyer deslocandome para isso à África do Sul.
Firmei contactos com a África do Sul, onde
o estilo Shotokan tinha uma grande
divulgação. Nos anos de 1974-75, organizei
vários estágios com mestres sul-africanos,
em Luanda. Assumi a instrução de defesa
pessoal na Polícia Judiciária e Polícia de
Segurança Pública. Deslocava-me
periodicamente à cidade de Joanesburgo,
aprofundando os conhecimentos com
aqueles famosos mestres. Trabalhei com a
fina-flor do Karate sul-africano, com nomes
como Malcom Dorffman e outros
principalmente ligados à competição.
Integrei-me na classe especial,
estabelecendo forte amizade com os irmãos
Geyer (Derrick e Keith). Ali recebi a
graduação de 1ºKyu e nesse mesmo ano de
1975, voei para o Japão.
Radiquei-me por alguns meses em Tóquio.
Tornei-me discípulo de grandes instrutores
e mestres japoneses de Shotokan, como
Tanaka e Yahara, e de entre os quais se
salienta Masatoshi Nakayama. Fui depois
treinar no Dojo Ebisu, da Japan Karate
Association, onde eram poucos os
estrangeiros que lá permaneciam. O
elitismo japonês fazia-se sentir e a
implacabilidade dos séniores levava muitos
a desistirem voluntariamente de ali treinar,
optando pelo Dojo privado do Sensei
Nakayama, Hoitsugan onde os treinos eram
mais suaves. Era normal, no fim dos treinos
e após a saída do Sensei, os mais graduados
juntarem-se à porta e convidarem os
novatos para ensino de técnicas, onde a
dureza e mesmo a violência eram
marcantes.
Sempre na busca de mais e completo
conhecimento, sobretudo no Kumite,
descobri em Tóquio um Dojo de Goju-Ryu
(por indicação dos meus amigos sulafricanos). Entusiasmado pelo poder e
variedade técnica dos seus praticantes,
inscrevi-me no Yoyogi Hombu Dojo e inicieime formalmente no estilo Okinawa GojuRyu, pela mão do Sensei Morio Higaonna,
aluno directo de Eichi Miyazato, da escola
JUNDOKAN de Naha, Okinawa. Permaneci
cerca de 8 meses no Japão, optando
decisivamente pelo Goju-Ryu, sendo
igualmente graduado por Higaonna a
1ºDan. O desgaste financeiro fora grande e
entretanto em Portugal, ocorriam grandes
transformações políticas, em virtude da
Revolução de Abril. Voltar a Angola estava
fora de questão e venho para Portugal, não
sem antes passar por algumas escolas de
Goju-Ryu de Macau e Hong Kong.
K P - Porque a mudança do Shotokan para
Goju-Ryu ?
S JP – Porque o Goju-Ryu se adequava mais
ás minhas características físicas e
tecnicamente me seduziu de modo diferente.
KP - Considera-se o primeiro praticante de
Goju-Ryu em Portugal ou já existia alguém?
S JP – Quando cheguei penso que o Goju Ryu
não existia, porque eu ainda lembro-me do
Comandante Fiadeiro numa carta que tenho,
me dizer que o Goju-Ryu não podia ser
praticado porque não era Karate, não sabia
o que era Goju-Ryu. Então
pedimos autorização para introduzirmos o
Goju-Ryu em Portugal. Por isso eu considerome, em termos do Goju Ryu tradicional de
Okinawa, a pessoa que o iniciei, aliás todas
as associações que existem no país, tirando
uma ou duas, derivam de meus alunos ou de
alunos que estiveram a praticar com eles,
realmente fui o responsável pelo estilo cá.
Chegado a Portugal, vivia-se a fase
conturbada dos retornados das ex-colónias e
a minha família, fortemente radicada em
Angola, deparou com novos e difíceis
problemas para se reorganizar na metrópole.
Vindo para Lisboa e para sobreviver
economicamente, comecei a dar aulas de
Karate na Reboleira, onde fixara residência.
Foi por convite de um amigo e antigo aluno
em Luanda, Dr. Fernando Ferreira, exmiliciano que prestara comissão em Angola,
que me desloquei para a cidade invicta.
Assegurei então, um grupo limitado de alunos,
principalmente pessoal da classe médica e abri
um Dojo na Rua Costa Cabral. Na cidade do
Porto, radico a minha família e podemos
considerar o ano de 1976, como o de
introdução oficial do estilo em Portugal.
Os meus treinos foram ficando conhecidos,
aumentando a procura por parte de novos
alunos, obrigando a que por iniciativa de
alguns médicos praticantes, se buscasse um
novo local. Foi de uma enorme garagem para
venda, que surgiria o lendário Dojo da António
Enes. Dei-lhe o mesmo nome de Academia de
Artes Marciais e cedo se tornou famosa, quer
pelo tipo de treinos levados a cabo, quer pela
dimensão de alunos atingida. Na verdade, em
pouco tempo, cerca de trezentos alunos
firmariam a média de praticantes assíduos.
Um espaço de 1000m2, dois andares,
totalmente equipado com material diverso e
espaço de lazer, rapidamente se tornou um
local de encontro e confraternização que
ultrapassava o horário dos treinos. Muitos
que de fora do Porto ali se deslocavam (como,
por exemplo o ex-presidente da FNK-P, Prof.
Humberto Nuno de Oliveira), lá pernoitavam
e alguns, chegaram mesmo a residir por
largos períodos no Dojo (caso José Wilson e
Luís
Nunes). A António Enes, mais do que um Dojo,
significava um local de encontro e
acolhimento, onde se firmaram laços de
amizade e espírito de família, que em muitos
alunos, perduraram até aos dias de hoje e
que outros nunca poderão esquecer.
Em Portugal não existiam escolas ou
associações do estilo Goju-Ryu. Além do
núcleo da Goju-Kai radicado na Figueira da
Foz e da Escola de Budo, em Lisboa, foi a
ACADO que mais responsabilidades
acarretou na divulgação do estilo nos finais
da década de 70. A partir de 1977-78, novos
Dojos surgiram, associados à ACADO.
Porto, Trofa, Póvoa, Santo Tirso, Viseu,
Coimbra, Lisboa, Beja, foram centros de
divulgação do estilo, cujas raízes produziram
frutos até hoje. Para tal, um grupo de
graduados formados por mim, foi motor de
trabalho técnico exaustivo. Formei mesmo a
famosa Classe Especial, berço incomparável
de um estilo de treino, combatividade e dureza,
cujos elementos nunca perderiam.
Ao nível governamental, quem tutelava as
artes marciais e desportos de combate era
ainda a CDAM, dependente do Ministério da
Defesa, logicamente à sua frente,
predominavam os militares. De entre eles e
ainda na actualidade, sobressai o nome do
Comandante José Manuel Monteiro Fiadeiro.
Desde os tempos de Angola, que as clivagens
haviam surgido entre a CDAM e eu, bem
como outros instrutores com uma postura
mais desportiva. Conforme foi referido, em
1973, a AAM de Luanda fora reconhecida
oficialmente como centro de ensino de Karate.
No entanto, a partir do momento em que as
classes foram divididas pelos principais
instrutores, eu por um lado e Carlos Pereira
e Frade do outro, que se deu uma tentativa de
monopolização da AAM por parte daqueles
dois, não sem o apoio do referido
Comandante, impressionado pela dimensão
da modalidade e prestígio atingido por aquela
Academia. Tentou exigir, além dos requisitos
legais, o cumprimento de certas regras de
apadrinhamento técnico correntes na
metrópole por imposição técnica da CDAM.
Não aceitei e em virtude da falta de
sustentação judicial, foi impossível tal
domínio, pelo que uma fraqueza vingativa,
nunca mais largou o espírito insatisfeito de
José Fiadeiro.
Quando no Porto, procurei legalizar a
ACADO junto da CDAM, o processo de
reconhecimento por parte daquela Comissão
era constantemente protelado, alegando-se
que se encontrava em estudo e reiteravam
constantemente a necessidade de submissão
à supervisão técnica de um dos instrutores
indicados em listagem. A incoerência era total.
Somente os interesses de um colégio elitista
impondo uma estrutura feudal, tinha
cabimento para os senhores da CDAM, no
sentido de evitar uma abertura e
desenvolvimento da modalidade que lhes
pusesse em causa o estatuto e poder nacional.
Eu e outros (existiam outras associações nas
mesmas condições), considerávamos tal
sujeição aberrante, dado por um lado não
existirem quaisquer técnicos de Goju-Ryu na
CDAM, ou em Portugal e sendo eu próprio o
introdutor do estilo, era impossível e
despropositado tal afronta. Dessa listagem
constavam os nomes de vários técnicos
nacionais. A ACADO preenchia todos os
requisitos legais exigidos. Desde a sua
origem, foi instrumento pactuante com o
regime
governativo
autoritário,
envolvendo-se os seus técnicos com as
actividades da PIDE/DGS. O Karate foi
gerido numa visão não desportista. Só
podiam aspirar ao reconhecimento como
karatecas, aqueles que aceitassem as regras
do jogo político e de poder da CDAM. Os
alegados valores e princípios inerentes ao
espírito da modalidade, assim como a
legislação existente, eram tidos como tábua
rasa, em razão dos interesses pessoais dos
que a dirigiam. Após a Revolução de Abril,
tentou vestir um estatuto mais consentâneo
com a ética desportiva em manifestação, a
qual se viria a consolidar institucionalmente
na década de 80. Apesar das directivas
governamentais, não deixou de perseguir
quem tivesse opinião diferente.
Face ao desenvolvimento da ACADO
(Portugal Okinawa Goju-Ryu Karate-Do
Association-POGKA, assim conhecida
internacionalmente) e ao apoio recebido de
mestres estrangeiros de elevado prestigio,
a estratégia da CDAM passou a usar
tácticas de coacção física e psicológica para
tentar condicionar-me à submissão.
Família, ginásios e alunos, passaram a ser
alvo dessa perseguição desenfreada.
Quando Morio Higaonna se encontrava no
Dojo da António Enes, surge repentinamente
um cerco policial de cerca de 200 homens
do Corpo de Intervenção da PSP do Porto.
Numa tentativa de provocação para
eliminação, a PSP tentou fechar o Dojo, mas
confrontada com o solicitar de mandato
judicial, com o ajuntamento popular e alunos
mais jovens revoltados, o cerco foi
levantado e fui detido. Levado perante o
Juiz, aquele decretou a detenção como ilegal
e sem motivo, pelo que fui imediatamente
posto em liberdade.
Todavia, as provocações sistemáticas
haveriam de continuar até ao ano de 1981.
Houvera uma relativa estabilização, na
sequência da determinação do então
Ministro da Defesa, Freitas do Amaral, de
suspender as actividades da CDAM.
Considerava que tal organismo deveria
passar para a tutela do Ministério da
Educação, numa coerente visão da
modalidade e do seu enquadramento sócio
desportivo. Nessa fase, crescera a oposição
à CDAM, por parte daqueles que não se
queriam sujeitar ao senhorio de alguns a
quem não reconheciam valia técnica nem
moral para tal.
O ano de 1981 conheceu as primeiras
dissidências no seio da POGKA, fruto
desses jogos. A família do Goju-Ryu
aumentara. A ACADO tinha mais Dojos e
graduados. As actividades sucediam-se e o
prestigio técnico consolidara-se. Da classe
de instrutores sob ensino directo meu,
faziam parte nomes de séniores como; Jorge
Monteiro, 1ºDan, José Wilson, Tony, Luís
Nunes, Cid Fonseca, Jorge Barroso, José
19
Oliveira, Mota, José Carvalho, António Sá,
Custódio Meireles, Manuel Mesquita, Jorjão,
António Jorge e juniores, como Vítor Gomes,
Álvaro Silva, Armando Inocentes, João
Monteiro, Carlos Sarmento, Moreira, Abel
Figueiredo, etc.. A CDAM opta então por tentar
minar e dividir os graduados, aliciando-os.
Jogando com o não reconhecimento oficial
por parte da CDAM do estilo Goju-Ryu,
namora alguns dos meus alunos mais directos
no sentido de criar uma associação própria,
prometendo a compra do apoio técnico a
Mório Higaonna. Foi deste modo, que alguma
destabilização interna surgiu.
De 1985 a 1989, houve um trabalho frutuoso
com a International Karate-Do Organization,
de Gonnohyoe Yamamoto e seu assessor
Kunio Sugata onde fiquei como seu instrutorchefe.
O momento foi coincidente com o
ressurgimento das actividades da CDAM,
agora sob tutela do Ministério da Educação e
Cultura. A minha vida via-se sujeita ao
constrangimento público, procurando
demonstrar a verdade dos factos e manter a
estrutura associativa a funcionar. Radico-me
em Lisboa e mudo o Hombu-Dojo para o
Pavilhão Comunitário de Oeiras (hoje
CEFIDEC), começa uma nova classe de
Goju-Ryu e contará com o apoio e ajuda
incansável do amigo de sempre, Luís Almeida.
No Porto, a maioria dos alunos graduados
continuava vinculada, pelo que encontraram
novo local de treino, na Rua Nossa Senhora
de Fátima, no Dojo conhecido por Parnaso.
Ali se formaria uma segunda leva de
graduados, que orientados pelos mais velhos,
fortaleceria o Goju-Ryu no norte do país. No
Parnaso, uma classe especial de graduados,
constituída por nomes como Alexandre Sá,
José Carvalho, Manuel Mesquita, Custódio
Meireles, Jorge Barroso, Mota, Horácio,
Alberto Santos dinamizariam o estilo e
ajudariam os novos alunos do sul. Foi um
pólo importante no fazer face ao cerco que a
CDAM apertava com novo ímpeto.
K P - Que razões o levaram a voltar para
Lisboa?
S JP - Penso que a verdade tem de ser
revelada e dela todos devem ter conhecimento,
embora me custe, tantos anos passados,
divulgar a verdade do que realmente se passou
da minha deslocação do Porto para Lisboa.
Na minha vida familiar sofri um forte abalo,
com o falecimento de meu pai que vivia em
Lisboa, o que obriga a repensar a minha vida.
Vou para Lisboa e levanta-se o problema da
orientação técnica do Hombu-Dojo da António
Enes, pelo que eu próprio, pretendendo manter
a coesão do grupo, propus que o conjunto
dos alunos mais graduados supervisionasse
os treinos.
Em termos de Karate, vir para Lisboa e aqui
reiniciar a modalidade, era um novo projecto,
mas antes de vir para Lisboa há um segundo
fecho na Rua Nossa Senhora de Fátima nas
instalações do Parnaso em que me encerram
a escola e começa a perseguição novamente.
Logicamente em Lisboa tinha família, tinha
amigos, vim para cá, movi acções sobre toda
20
essa situação da CDAM e que tiveram os seus
frutos. Lembro-me que foi na altura do João
de Deus Pinheiro (Ministro da Educação) que
começou uma efervescência relativamente à
extinção da própria CDAM e a isso dou os
parabéns a todas as pessoas que se
empenharam imenso nesse objectivo. Conheci
o Rómulo Machado uma das pessoas que se
empenharam em grande para que a CDAM
alterasse os seus contornos e surgissem as
Federações Desportivas para os Desportos
de Combate.
KP - O Sensei foi sempre o rosto visível das
Federações que passaram, o que falhou para
que isso se tivesse alterado?
S JP - Eu penso que o que tenha falhado nessa
altura, quando a CDAM foi extinta e depois
deu origem à FPK e a FPKDA até à junção
das duas Federações e quando se começou a
trabalhar em termos de Federação Nacional
de Karate Portugal, foi reviver mazelas do
passado pessoais. A falha gritante desta
Federação e das outras duas que existiram é
que não se tenham conseguido sentar e
valorizar todos os técnicos, consertá-los e
articula-los ao redor uns dos outros para um
processo credível que realmente levasse esta
modalidade a bom termo. Não conseguiram
conversar. Eu por exemplo desconhecia uma
série de coisas e fui apanhado nesse choque
porque havia grandes feridas entre a FPK e
FPKDA. Logicamente que eu assumi posições
e ideias, mas penso que a grande falha foi
essa. E talvez alguns históricos que deviam
ter-se empenhado mais um bocado, pois penso
que o dialogo é importante, e o darmos o valor
a quem existe, independentemente de qualquer
liderança, de qualquer causa ou ambições.
Deveríamos ter olhado mais para a
modalidade, mais para o Karate isso falhou.
Não tivemos capacidade de nos sentar, não
fomos capazes de dizer, “olhe não consigo
estar ao seu lado e beber um café mas
reconheço o seu trabalho, vamos trabalhar
para o Karate”. Penso que a partir daí houve
uma série de situações pouco queridas que
motivaram esta situação. Tem-se passado de
Federação em Federação e agora de Direcção
para Direcção sem reestruturar o Karate
Nacional.
KP - Qual a sua opinião sobre esta estrutura
Federativa, é boa ou poderá, na sua opinião,
ser melhorada?
S JP - Há momentos na vida em que
determinadas instituições que aparecem estão
certas naquela época, só que tudo evolui. O
Karate também evoluiu, não quer dizer que
em termos técnicos nisto ou naquilo, evoluiu
em todos os aspectos, eu acho que não houve
esse acompanhamento, toda esta estrutura
actual terá de ser mexida e teremos de ir ao
encontro das necessidades do próprio país e a
nível internacional. As necessidades do país é
de todos poderem fazer a modalidade,
projectarem-se e poderem obter resultados lá
fora. Portanto temos que permitir que, mal ou
bem, todos possam praticar a nível nacional e
neste momento o mais indicado para mim e
que já tenho projecto disto e já o entreguei,
é a regionalização. Neste momento será a
estrutura com capacidade para poder
progredir. Para esta situação todos os
contornos e todas estas quezílias e estes
problemas desapareçam completamente. A
regionalização é para mim o ponto fulcral
do progresso da própria modalidade daqui
para a frente, é o futuro da modalidade isto
em termos desta abertura desportiva,
formativa e de competição e formação de
árbitros e treinadores. O sistema de votação
nas A. G devia ser revisto, para eliminar
monopólios políticos.
KP - Diga-nos os aspectos positivos ou
negativos que destaca no Karate Nacional?
S JP - Logicamente há aspectos positivos
mal ou bem de um leque de pessoas que
contribuiu para a evolução do Karate quer
a nível nacional como internacional. Em
termos positivos hoje temos uma sede
federativa, conseguida no tempo do
Presidente
Humberto
Oliveira.
Regularmente já estamos a participar nos
eventos mais importantes a nível
internacional, muito embora sem aqueles
resultados que gostaríamos de ter, mas isso
são outras situações de que poderemos falar
mais tarde. Temos a competição organizada
e vamos tendo formação. Aspectos
negativos também existem. Penso que todos
nesta federação têm de ter o seu lugar
próprio. Todos têm de ser aceites de igual
para igual, os atletas têm de ser muito
acarinhados, os treinadores muito apoiados
e as associações em toda a sua estrutura
em toda a sua parte formativa e de
desenvolvimento para que se leve esta
modalidade áquilo que todos pretendem.
Logicamente numa evolução histórica como
houve nesta modalidade. Há sempre
aspectos mais positivos, mas há pontos
negativos que têm de ser muito limados,
porque se não, vamos ter grandes
problemas em termos futuros.
KP - Qual o Mestre que mais o marcou?
S JP - Na minha primeira caminhada aquele
que me marcou imenso foi o Takaaki Ushio
mas quem me marcou realmente foi uma
pessoa que tive a honra e o privilégio de
servir e treinar que era uma pessoa fora de
série em todos os aspectos foi o falecido
Mestre Eiichi Miyazato ao qual eu devo tudo
o que tenho e sei, quer como homem quer
como treinador, quer em termos
organizativos. Era uma pessoa muito
humana e que me mostrou partes da vida
em que realmente muitos de nós não tiveram
oportunidade de ter alguém como ele que
nos acompanhasse. Tenho mágoa que ele
nos tenha deixado mais cedo do que
realmente pensávamos. Foi e será um
grande MESTRE para toda a minha vida.
KP - Foi muitas vezes a Okinawa o que
mais o impressionou?
S JP - Logicamente que Okinawa é o berço
do Karate, foi de lá que partiu quase tudo a
nível dos grandes mestres e depois é que se
transferiram para outras partes do Japão. A
ilha Okinawa é pequena mas quase todos
fazem Artes Marciais. Uma das coisas que
mais me marcou a primeira vez que lá fui, foi
poder ver em cada esquina um Dojo que era
a casa dos próprios mestres, eles viviam em
cima e por baixo tinham o seu Dojo. Portanto
Okinawa marca por esse aspecto. Penso que
a sapiência das Artes Marciais principalmente
do Karate ainda continua com os Mestres que
estão lá radicados. Isso foi o que mais me
marcou, foi o conhecer. Falava-se em livros,
mas eu não conhecia o que era e o que existia
em Okinawa e foi o encontro com esta cultura,
principalmente neste nível em que as pessoas
são muitos hospitaleiras, um pouco fechadas
talvez, mas ajudam imenso e são de um
investimento profundo a nível do Karate.
Quem realmente tiver oportunidade de um dia
poder visitar esta linda ilha, também noutros
aspectos, mas em termos do ensino do Karate,
vale a pena.
KP - A nível Mundial tem alguma
personalidade que destacaria pela sua
contribuição ao Karate?
S JP - Penso que não. Todos no seu tempo,
apareceram tantos e simultaneamente tão
poucos, que realmente marcaram a excepção
do Karate dentro daquilo que se encontra e
onde estamos. Houve muitos instrutores, muita
gente de grande valia, cada um na sua fase,
cada um no seu tempo, que contribuíram
imenso para esta modalidade. Seria injusto
da minha parte citar algum, pois houve
grandes homens que contribuíram para o
Karate chegar ao padrão internacional que
ocupa presentemente.
KP - Como gostaria de ver o Karate Nacional?
S JP - Gostaria de ver o Karate de uma forma
transparente e de igual para igual para todos,
e que todos tivessem o mesmo assento numa
federação com o contributo de todos e todos
serem aceites. Mais carinho para os
praticantes e atletas, pois uma coisa que não
se pode esquecer é que os atletas é que são os
nossos embaixadores que sofrem imenso lá
fora e muitas das vezes sofrem repressões,
deviam ser mais acarinhados e
acompanhados, porque eles é que poderão
trazer os bons, os maus ou os grandes
resultados para Portugal.
KP - Quer dizer algo que não tenha sido
dito?
S JP - É muito importante que a nova geração
agarre o Karate com “unhas e dentes” pois
são eles o futuro da modalidade, mas que
agarrem depressa porque eles é que têm de
ser os pilares daqui para a frente para o
grande desenvolvimento e contributo da
modalidade. Aqueles que realmente tentam
dificultar o desenvolvimento desta modalidade
também lhes dou um conselho: “Todos nós
temos o nosso tempo e não somos eternos”.
Mas é bom que a nova geração com a nossa
ajuda
e
o
nosso
acompanhamento abra um
leque para todos de igual
para igual e que leve esta
modalidade com outro
sentido, com outra
orientação, com outros
objectivos para termos os
tais resultados, para que a
própria tutela e o governo
fiquem satisfeitos e
comecem a apoiar mais a
modalidade, pois se
continuarmos com as
quezílias e individualismos,
não vamos a parte
nenhuma, porque somos
muito
poucos
para
valorizarmos e dar-mos o
nosso contributo a esta
modalidade. Precisamos
uns dos outros, e enquanto
isto não entrar na cabeça
de muita gente vamos ter
grandes problemas e é
importante que a juventude
tome rédeas nisto. Chegou
a altura de entregar a
modalidade às novas
gerações.
A mensagem principal desta
entrevista
é
a
desmistificação
das
propagandas obscuras
e mesquinhas dos lobbyes
sem potencial, que durante
bastante tempo
enevoaram as consciências dos praticantes,
para gestão interceira de feudos bloqueadores
do desenvolvimento do Karate nacional.
A verdade deve vir ao de cima, ou pelo menos
uma versão da verdade, que em exemplo,
possa suscitar uma discussão cavalheira e
mais idónea sobre as verdades da nossa
existência. O modelo do Karateca actual não
se deve permitir à sujeição das autarcias onde
predomina a ignorância atrevida dos
ultrapassados pela lógica de uma sociedade
culta, aberta, comunicativa e extremamente
competitiva. A discussão da verdade gera
conhecimento e o espólio registado dessa
busca, lega documentação que será
imprescindível ao manancial de informação
que no futuro a nossa Federação deverá
proporcionar aos estudiosos do presente e
do passado. A segunda mensagem é
precisamente essa, o suscitar de estudos
escritos e outros, sobre cada um dos estilos e
sobre o Karate em geral em Portugal.
Acredito que actualmente vivemos um
períodojá de consolidação federativa, onde
este tipo de trabalhos deverá ter um lugar
particularmente importante.
Deixarei de lado as discussões empíricas e
as académicas sobre a marcialidade ou o
desportivismo do karate. Não posso, é claro,
deixar de referenciar pontualmente,
considerações pessoais. Para mim, o Karate
tem uma natureza marcial. A origem e
premência conjuntural do seu surgimento,
a estrutura física da sua prática, apontam
no caminho da eficácia do combate. Por
outro lado, o karate tem uma essência
socializante, isto é, a procura da nossa
essência e equilíbrio espiritual através da
prática corporal e concertada com os
nossos semelhantes, e no mundo
contemporâneo, escola de virtudes e
enquadramento na sociedade. O desporto
como importante componente social da
modernidade, deve ocupar também um lugar
na pratica do Karate, dai que a vertente
competitiva, devidamente regulada e
institucionalizada, deve ter o seu espaço
dentro do Do, principalmente na sociedade
democrática ocidental, onde os valores
universais proclamados parecem carenciar
de estruturas compatíveis.
Após as divergências dentro da geração
introdutora do Karate em Portugal, cujos
resíduos vivemos até há bem pouco tempo,
o fim da CDAM e a unificação das
federações foram momentos fulcrais para
o ultrapassar de obstáculos institucionais e
pessoais, que vinham desde há longa data
a ser impostos a milhares de praticantes,
inocentes dessas vivências de querela e de
dimensão ridícula. Estamos todos no mesmo
barco, munidos de instrumentos e
possibilidades iguais. Esta igualdade de
oportunidades faculta-nos a liberdade de
criação e de iniciativa em Mestres e alunos.
É um ciclo intemporal que perdurará no
sempre.
21
ISABEL TEIXEIRA CAMPEÃ NACIONAL DA LIGA DE KARATE SHOTOKAN
Isabel Teixeira
2º Dan Shotokan
Treinadora nível I - FNKP
Associação - UDKS
Treinador - Vitor Diniz
Curriculum Desportivo
(Apenas estão contemplados os principais títulos)
3 x Campeã Nacional da F.N.K.P.
9 x Campeã Regional da F.N.K.P
7 x Campeã Nacional da L.P.K.Shotokan
Vice-Campeã Europeia E.S.K.A.em 199
4º Lugar Campeonato Europeu E.S.K.A.(1999)
4º Lugar Campeonato Europeu E.S.K.A.(1999)
22
KATA SHOTOKAN - NIJUSHIHO
23
Resultados dos Regionais de Seniores F.N.K.P. - 2003/04
Norte e Centro Norte
Kata Ind Fem Sen
1º C. Jerónimo – Udks-Edaddcc
2º J. Santos – Udks-Sra
3º S. Gonçalves – Cpk -V. Aves
3º M. Silva – Msk-Ekta
Kata Ind Masc Sen
1º R. Jerónimo – Udka-Edadcc
2º C. Castro – Cpk-CksPorto
3º J. Castro – Cpk-CksPorto
3º J. Oliveira – Cpk-Boavista
Kumite Ind Fem Sen -53Kg
1º A.Gonçalves – Awikp-W.Gym
2º Liliana Sousa – Cpk-CksPorto
3º C. Carvalho – Apogk- CkMaia
3º R. Seixas – Asgkp-Esv
Kumite Ind Fem Sen -60Kg
1º S. Barata – Apksho-Coimbra
2º C. Ferreira – Asgrkp-Esv
3º C. Jerónimo – Udks-Edadcc
3º S. Gonçalves – Cpk-V.Aves
Kumite Ind Fem Sen +60Kg
1º T. Moreira – Apogk-CkMaia
2º J. Neves – Ckf-Académico
3º M. Oliveira – Akwp-Sande
3º S. Cruz - Apogk-Ardegães
Kumite Ind Masc Sen -60Kg
1º J.Gonçalves – Awikp-W.Gym
2º T. Guincho – Apks-Cpn
3º V. Alves – Cpk-Negrelense
3º R. Fonseca – Awikp-W.Gym
Kumite Ind Masc Sen -65Kg
1º F. Ferreira – Awikp-W.Gym
2º J. Costa – Awikp-W.Gym
3º O. Mendes – Akwp-Sande
3º N. Ferreira – Apogk-Csb
Kumite Ind Masc Sen -70Kg
1º D. Gincho – Apks-Cpn
2º N. Domingues – Cpk-GBraga
3º C. Lima – Apogk-Csb
3º R. Monteiro – Cpk-Negrelense
Kumite Ind Masc Sen -75Kg
1º N. Moreira – Apogk-CkMaia
2º S. Pereira – Cpk-Negrelense
3º J. Ferreira – Akwp-Sande
3º T. Silva – Apogk-Csb
Kumite Ind Masc Sen -80Kg
1º J. Oliveira – Cpk-Boavista
2º A. Malheiro – Cpk-Sra Hora
3º R. Rodrigues – Cpk-V.Aves
3º H. Pereira – Cpk-CksPorto
Kumite Ind Masc Sen +80Kg
1º N. Maurício – Apogk-CkMaia
2º N. Araújo – Cpk-GBraga
3º J. Garvalho – Cpk-CksPorto
3º L. Baião – Apksho-Coimbra
Sul e Centro Sul
Kata Ind Fem Sen
1º D. Saraiva – Uka-KcFaro
2º M. Silva – Ajkfgkp-Beja
3º I. Pinto – Msk-Gmda
3º A.Lourenço –CkLagos-I.Gym
24
Kata Ind Masc Sen
1º J. Peixeiro – Msk-Gmda
2º P.Julião–Cpk-Bobadelense
3º A. Santos – Ajkfgkp-M.Dojo
3º A. Valente – Msk-Cksa
Kumite Ind Fem Sen -53Kg
1º G. Silva – Uka-1ºMt
2º M. Carmo – Uka-LisboaRC
3º R. Nunes – Apks-Tuna
3º M. Pais – Skrp-GEPraia
Kumite Ind Fem Sen -60Kg
1º C. Almeida – Apkw-Abcd
2º F. Moreira – Kps-B.Dojo
3º A. Morais – Lnkp-Cdir
3º ……………
Kumite Ind Fem Sen +60Kg
1º A. Varajão – Anam-Ckso
2º C. Agostinho – Apks-Sagres
3º C. Martins – Apks-Cng
3º I. Lobo – Apks-Cng
Kumite Ind Masc Sen -60Kg
1º J. Cunha - Apk
2º B. Carvalho – Lnkp-Cdir
3º H. Mendeiros – Apks-Cng
3º J. Garcia – Npkw-Pontinha
Kumite Ind Masc Sen -65Kg
1º E. Trindade – Aks-Cpt
2º L.Magalhães – Uka-CkOlhão
3º B. Cabral – Uka-Lrc
3º Bruno Bento – Lpk-Ahbva
Kumite Ind Masc Sen -70Kg
1º M.Rodrigues–Adsak-Alpiarça
2º F. Mendes – Lpk-Ahbva
3º J. Martins – Aama-Almancil
3º F. Lucas – Adsak-Azambuja
Kumite Ind Masc Sen -75Kg
1º G. Esteves – Lnkp-Cdir
2º C. Gomes – Lpk-Ahbva
3º H. Vieira – Apks-Tuna
3º F. Xavier – Ajkfgkp-Dojo
Kumite Ind Masc Sen -80Kg
1º V. Barreto – Uka-1º Mt
2º R. Ramos – Npkw-Abcd
3º José Catrau – Apks-Cng
3º J. Baleia – Uka-1º Mt
Kumite Ind Masc Sen +80Kg
1º N. Dias – Apks-Cng
2º G. Garcia - Apk
3º N. Paiva – Aks-Cpt
3º H. Hernandez–Uka-Cascais
Resultados do
Campeonato
Regional dos Açores
Kata Ind. Fem. Sen.
1º - Ana Reis – Aka-Cksah
2º Anabela Silva – Aka-Ckspv
3º M. Cordeiro – Aakda-Ckb
3º Soraia Meira – Aka-Cksah
Kata Ind. Masc. Sen.
1º Carlos Rosa – Aka-Cksah
2º C. Ferreira – Aka-Cksah
3º N. Felicidades – Aakda-Ckb
3º Flávio Nunes – Aakda-Ekc
Kumite Ind. Fem. Sen. -53Kg
1º Anabela Silva – Aka-Ckspv
Kumite Ind. Fem. Sen. -60Kg
1º Ana Sousa - Aka-Cksah
Estágio Nacional de Inverno do C.P.K.
Montemor-o-Velho, 20 de Dezembro 2003
Kumite Ind. Fem. Sen. +60Kg
1º M. Cordeiro – Aakda-Ckb
Kumite Ind. Masc. Sen. -60Kg
1º R. Cabral – Aakda-Ckrg
2º J. Medeiros – Aka-Dm
Kumite Ind. Masc. Sen. -65Kg
1º N. Felicidades – Aakda-Ckb
2º N. Gonçalves – Aakda-Ksit
3º Filipe Sousa – Aka-Ckl
Kumite Ind. Masc. Sen. -70Kg
1º Marco Afonso – Aka-Ckspv
Kumite Ind. Masc. Sen. -75Kg
1º F. Pacheco – Aka-Dm
2º C. Ferreira – Aka-Cksah
3º B. Medeiros – Aka-Ckl
Kumite Ind. Masc. Sen. -80Kg
1º Marco Camilo – Aakda-Ksit
Kumite Ind. Masc. Sen. +80Kg
1º Nelson Rego – Aka-Dm
2º Flávio Nunes – Aakda-Ekc
3º Miguel Silva – Aakda-Ksit
3º V. Machado – Aakda-Ckb
Resultados do Campeonato
Regional da Madeira
Kata Ind. Masc. Sen.
1º E, Gonçalves – Akram-Gde
2º S. Chicharo – Akram-Askksa
3º J. Gouveia – Akram-Gde
Kumite Ind. Fem. Sen. -60Kg
1º Carla Graça – Akram-Cdsr
2º Maria Ribeiro – Akram-Acm
Kumite Ind. Fem. Sen. +60Kg
1º R. Santos – Akram-Kcm
Kumite Ind. Masc. Sen. -70Kg
1º S. Chicharo – Akram-Askksa
2º C. Camacho – Akram-Kcm
O Centro Português de Karate (C.P.K.)
realizou no passado dia 19,20 e 21 de
Dezembro o seu já habitual Estágio Nacional
de Inverno. Este ano o local escolhido foi
Montemor-o-Velho, e a organização esteve
a cargo da secção de Karate local que é
dirigida pelo Sensei Avaro Fabião, e teve o
apoio da Junta de Freguesia de Montemoro-Velho.
Estiveram presentes cerca de 300 atletas dos
vários clubes que o C.P.K. tem espalhados
pelo país. Este estágio foi ministrado pelos
Senseis, José Melo 5º Dan e Rui Diz 4º Dan.
O estágio teve como tópicos, a execução
técnica e a eficácia. Como já é norma nestes
estágios, os atletas foram separados pelas
várias graduações de maneira a que seja
mais fácil a compreensão dos exercícios
solicitados.
Estiveram presentes neste estágios, quase
todos os instrutores do C.P.K. mas é de
salientar a presença em treino do Sensei José
Ramos, que como todos devem saber, fez uma
intervenção cirúrgica à anca, e por esse
motivo esteve muito tempo impossibilitado
de treinar, a ele os nossos votos de boa
recuperação.
No final do estágio o Presidente da Cãmara
Municipal Dr. Luis Leal, fez questão de
homenagear os responsáveis pelo evento, os
directores do C.P.K., os Sênseis, José Melo ,
José Ramos e Rómulo Machado, assim como
o responsável pelo Karate de Montemor-oVelho, o Sensei Álvaro Fabião.
Kumite Ind. Masc. Sen. -75Kg
1º B. Menezes – Akram-Cnf
2º J. Gouveia – Akram-Gde
3º A. Silva – Akram-Kcm
Kumite Ind. Masc. Sen. -80Kg
1º M. Escorcio – Akram-Kcm
2º R. Pedro – Akram-Askksa
Kumite Ind. Masc. Sen. +80Kg
1º R. Gomes – Akram-Cnf
2º João Vargas – Akram-Cdrp
Classe de graduados Presentes neste estágio Nacional.
25
Campeonato Naci
Amadora 31 de
O Pavilhão da Académica da
Amadora foi palco de mais um
Campeonato Nacional de
Karate sénior da F.N.K.P..
Esteve um dia chuvoso, e isso
dificultou a deslocação das
equipas, havendo atrasos
pontuais, e talvez por esse
motivo a prova demorou um
pouco a iniciar, mas acabou à
hora prevista. Poderia ter
terminado mais cedo, não
fossem as finais terem sido
feitas num único tatami, que na
nossa opinião achamos que
deu mais espectáculo e
importância às finais, ao
retirar o amontoado de
pessoas que geralmente se fica
junto aos tatamis durante as
finais. Conseguiu-se umas
dignas finais de um
campeonato Nacional. Os
nossos
parabéns
à
organização.
O Campeonato começou com
a prova de Kata feminino e
masculino. Nos femininos
ainda estamos um pouco
aquém de pretendido para um
nível internacional.
26
Nos masculinos, podemos
dizer que o único confronto a
um muito bom nível, foi a
final entre o atleta Jorge
Peixeiro e Rui Jerónimo,
acabando por vencer o
primeiro.
No Kumite pudemos assistir a
muitos bons combates, mas a
nossa nota positiva vai para
o atleta Nuno Dias, que neste
campeonato
esteve
imparável, nunca o tínhamos
visto combater com esta
eficácia, a ele damos os nossos
parabéns pelo magnífico
espectáculo apresentado.
Em relação ás finais
elegemos, como o melhor
combate, o disputado entre o
atleta Fernando Ferreira e
Estêvão Trindade. Este
combate foi disputado com
muita intensidade e emoção
até ao final. Os dois atletas
estiveram muito bem, e
acabou por ganhar o
Fernando Ferreira, porque
conseguiu manter uma boa
postura e uma excelente
concentração, e isso acabou
por ser decisivo no desfecho
do combate.
onal de Seniores
Janeiro de 2004
RESULTADOS
Kata Ind. Fem. Sen.
1º D. SARAIVA (Uka-K.C. Faro)
2º MARTA SILVA (Ajkfgkp-Beja)
3º JOANA SANTOS (Udks-Sra)
3º C. JERÓNIMO (Udks-Edadcc)
Kumite Ind. Masc. Sen. -65 kg
1º F. FERREIRA (Awikp-Wado Gym)
2º ESTEVÃO TRINDADE (Aks-Cpt)
3º O. MENDES Akwp-Sande)
3º BRUNO CABRAL (Uka-Lrc)
Kata Ind. Masc. Sen.
1º JORGE PEIXEIRO (Msk – Gmda)
2º RUI JERÓNIMO (Udks-Edadcc)
3º F. XAVIER (Ajkfgkp-M. Dojo)
3º J. OLIVEIRA (Cpk-Boavista F.C.)
Kumite Ind. Masc. Sen. -70 kg
1º DIOGO GUINCHO (Apks-Cpn)
2º M. RODRIGUES (Adsak-Alpiarça)
3º F. LUCAS (Adsak-Azambuja)
3º PEDRO SEGURO (Apks - Penela)
Kumite Ind. Fem. Sen.-53 kg
1º A.GONÇALVES (Awikp -W Gym)
2º C.CARVALHO (Apogk-CKMaia)
3º SILVIA NEVES (Apk)
3º RAQUEL SEIXAS (Asgkp-Esv)
Kumite Ind. Masc. Sen. -75kg
1º GONÇALO ESTEVES (Lnkp)
2º N. MOREIRA (Apogk-C.K. Maia)
3º B. MENEZES (Akram-Cnf)
3º F. XAVIER (Ajkfgkp-M. Dojo)
Kumite Ind. Fem. Sen. -60 kg
1º ANTINIA MORAIS (Lnkp-Cdir)
2º S. FERREIRA (Lnkp-Sfal)
3º C. GRAÇA (Akram-Cdsr)
3º C. ALMEIDA (Npkw)
Kumite Ind. Masc. Sen. -80kg
1º JOSÉ CATRAU (Apks-Cng)
2º VITOR BARRETO (Uka-1º MT)
3º J.OLIVEIRA (Cpk-Boavista F.C.)
3º R. RODRIGUES (Cpk-Vila Aves)
Kumite Ind. Fem. Sen.+60 kg
1º T. MOREIRA (Apogk–CKMaia)
2º J. NEVES (Ckf-Académico)
3º C. MARTINS (Apks-Cng)
3º M.OLIVEIRA (Akwp-Sande)
Kumite Ind. Masc. Sen. +80kg
1º NUNO DIAS (Apks-Cng)
2º N. MAURICIO (Apogk–C.K. Maia)
3º L.BAIÃO (Apk-Sho – Aa Coimbra)
3º M. HERNANDEZ (Uka-Cascais)
Kumite Ind. Masc. Sen. -60 kg
1º J.GONÇALVES (Awikp-Wado Gym)
2º JOSÉ GARCIA (Npkw–Pontinha)
3º A. FIGUEIREDO (Lnkp-Sfal)
3º M. LOPES (Cpk-Vila das Aves)
27
SEMINÁRIO
A PREPARAÇÃO FÍSICA
NO KARATE
Sábado, 4 de Setembro de 2004
9.00h - Recepção dos participantes e entrega de
documentação
9.30h - Parte teórica
A preparação fisica
Os tipos de esforço
O enquadramento no planeamento anual O volume
e intensidade do esforço
As qualidades fisicas mais relevantes a treinar no
karate
Alguns exemplos práticos de programas de treino
fisico
11.00h - Parte prática
A parte prática será separada para treinadores e
adetas
A PREPARAÇÃO TÁCTICA EM KARATE
14.00h - Parte teórica
Os modelos teóricos da preparação táctica para a
competição desportiva Análise da competição
Análise dos diferentes tipos de adetas
O plano de competição e raciocínio táctico Antes da
competição
Situação de competição
Análise da aplicação após a competição Factores de
aplicação da táctica
O aperfeiçoamento da preparação técnico - táctica
Integração / diferenciação
Estabilidade / variedade
Padronização / individualizaçào Erros na elaboração
táctica
Planeamento da preparação táctica
16.00h - Parte prática
A parte prática será separada para treinadores e
atletas
PRELECTORES:
Dr.ª Alda Albuquerque
- Mestranda em Treino Despottivo de Alto Rendimento
na especialidade Karate na FMH
- Lic. em Educação Física e Desporto pelo FCDEF
Porto
- Atleta Internacional e várias vezes Campeã Nacional
em Kata e Kumite
- Seleccionadora Nacional entre 1998 e 2001 da
FNK- P
- Directora técnica do Gimnobraga - 4° Dan Karate
Shotokan
Dr. João Cabaço
- Mestre em Ciências da Educação na especialidade
de Sistemas de Avaliação
- Lic. em Educação Física - Desporto pelo ISEF,
actual FMH
- Atleta Internacional e várias vezes campeão nacional
em kata e kumite
- Seleccionador Nacional em 1992 da FNK - P Director Técnico Nacional 2000 / 2001
- Coordenador do Departamento de Educação
Física, Defesa Pessoal e Desporto do Instituto
Superior de Polícia Judiciária e Ciências Criminais
- Consultor Desportivo Internacional - especialista
em nutrição e suplementação desportiva avançada
pela ISSNHP
ORGANIZAÇÃO: Associação de Karate Pombal
APOIO: Câmara Municipal de Pombal DATA:
Enviar a inscrição para: Urb. D. Inês, Lote G -14
3100-529 Pombal
MATERIAL NECESSÁRIO:
Fato e protecções de Karate, corda de saltar,
plastrons.
Para mais informações: Rui Diz - 916 132 183
28
Estágio de Karate da Bushidokan
com Sensei Raúl Cerveira
A Bushidokan, uma das mais antigas
escolas de karate do país, que tem a sua
sede no Porto (Areosa), organizou nos
passados dias 7 e 8 de Fevereiro, um
estágio ministrado pelo Sensei Raul
Cerveira 5º Dan Shotokai. Este estágio
vem de encontro ao trabalho que a
escola Bushidokan tem vindo a fazer no
sentido de aperfeiçoar a componente
técnica dos seus praticantes. Para além
do treino técnico, foi realizado na parte
da manhã do dia 7, sábado, um treino de
competição orientado pelo mesmo
Mestre. Pois a participação em
competições é uma das próximas
prioridades, visto esta associação nunca
se ter dedicado à via competitiva. Este
estágio teve como participantes cerca de
meia centena de atletas, e no final
podemos dizer que todos ficaram
satisfeitos com o desenrolar dos treinos,
assim como da forma como os treinos
foram ministrados.
Esteve presente nesta actividade o Sensei
Cacho. Para nós foi um prazer conhecelo, pela sua simpatia e também por ser
uma das figuras mais antigas do Karate
Nacional.
O TREINO DA FORÇA NO KARATE (2ª Parte)
Por:Alda Albuquerque
A força assume um papel determinante no treino, não só
pelo contributo que oferece ao desenvolvimento da
velocidade, facilitando a sua expressão, mas também pela
sua função preventiva em relação ás lesões. Grande parte
dos gestos desportivos é realizada com grande tensão
muscular, elevada velocidade e no limite da amplitude
articular o que compromete, quase em permanência, o
equilíbrio da estrutura muscular.
Caracterização da
força e do esforço em
musculação
A força muscular
expressa-se de modos
diferentes, sendo vários
os critérios utilizados
para
a
sua
classificação. De um
modo geral a produção
de força pode variar em
função:
1- Da existência ou não de movimento:
a) Força estática – a resistência pode ser idêntica, superior
ou inferior à força gerada (não há produção de movimento)
b) Força dinâmica – a resistência oferecida é menor do que a
força desenvolvida (há produção de movimento)
2- Em função do tipo de contracção
a) Força estática ou contracção isométrica – não há
aproximação das inserções musculares apesar de haver um
aumento do tónus muscular (a tensão desenvolvida pelo
músculo é igual à resistência que ele tem que vencer)
b) Força dinâmica – há produção de movimento por
aproximação, ou afastamento, das inserções musculares
podendo ser:
- Concêntrica – quando se dá a aproximação das inserções
musculares (a tensão desenvolvida pelo músculo é superior
à resistência oferecida)
- Excêntrica – quando se dá o afastamento das inserções
musculares (a tensão desenvolvida pelo músculo é inferior à
resistência que ele tem que vencer)
c) Força combinada ou pliométrica – combina a contracção
do tipo concêntrica, isométrica e excêntrica
3- Em função da aceleração produzida pelo corpo
a) Força explosiva – quando a resistência é mínima e a
aceleração é máxima
b) Força rápida – quando a resistência é maior e aceleração
é sub-máxima (capacidade para superar uma resistência não
máxima mas, a uma grande velocidade)
c) Força lenta – a aceleração é próxima de zero
d) Força resistente – a aceleração é media e mais ou menos
constante no tempo, a resistência muscular é pouco elevada
ou sub-máxima durante um período de tempo prolongado,
resistindo à fadiga.
Quando se treina força é muito importante treinar por fases,
sendo estas:
1ª fase – iniciação ou aprendizagem
Duração cerca de 2 semanas; Tempo por sessão de 30 a 40
minutos; Objectivos: motivar, ensinar as diferentes técnicas
de execução; As principais recomendações são: avaliação
dos objectivos, avaliação morfológica, ensino da técnica de
execução dos diferentes exercícios, apresentação das
diferentes máquinas, avaliação da carga inicial.
2ª fase – aquisição ou assimilação
Duração cerca de 4 semanas; Tempo por sessão 40 a 50
minutos; Objectivos: motivar, conhecer o nível de aptidão,
melhorar a aptidão física e ou morfológica; As principais
recomendações são: avaliação funcional, fundamentar e
justificar o treino, continuar a corrigir a técnica, aumentar
gradualmente o volume e intensidade do treino, determinar a
carga correcta tanto em termos de volume como de
intensidade.
3ª fase – consolidação ou domínio
Duração de 6 semanas; Tempo por sessão 50 a 60 minutos;
Objectivos: motivar, melhorar a aptidão física e ou
morfológica; As principais recomendações são: ajustar
permanentemente a carga de treino, cumprindo os respectivos
princípios.
4º fase – controlo e avaliação
Duração 1 sessão; Objectivos: conhecer a opinião do atleta
relativamente ao trabalho realizado, fazer um balanço dos
resultados obtidos (verificar se foram cumpridos os
objectivos); As principais recomendações são: seleccionar
testes em função dos objectivos.
5ª fase – manutenção ou desenvolvimento
Duração ilimitada; Tempo de sessão depende dos objectivos;
Objectivos: motivar, melhorar e manter os níveis de aptidão
física e ou morfológica; As principais recomendações são:
redefinir objectivos, elaborar um novo programa, variar
exercícios, avaliar motivações, equacionar alterar
actividades.
A duração de cada uma destas fases pode variar de acordo
com a resposta do atleta, a frequência escolhida, a duração
das sessões, o empenho, etc, qualquer dos valores acima
indicados pode sofrer variações.
AVALIAÇÃO DE UMA REPETIÇÃO MÁXIMA (1 RM)
A avaliação de uma repetição máxima (1 RM) pode realizarse com pesos livres ou máquinas de musculação. Uma repetição
máxima (1 RM) é o máximo de peso que o atleta consegue
levantar e só o consegue fazer uma vez. Existem várias formas
de o fazer, e todos os diferentes métodos apresentamlimitações.
Neste artigo vamos dar só um exemplo prático. Os testes que
visam obter 1 RM requerem, por parte do atleta, uma grande
concentração mental e disponibilidade física, factores que
influenciam igualmente o resultado final.
29
O TREINO DA FORÇA NO KARATE
5 repetições equivale a 1,16 de coeficiente de repetição
40 kg x 1,16 = 48 kg
48 kg é 1 RM deste karateca
48 kg x 60% = 28 kg (arredondados)
48kg x 80% = 38 kg (arredondados)
Sendo assim que se obtêm os valores para cada exercício
PEITORAL
8 x 28 kg
8 x 38 kg
8 x 38 kg
8 x 38 kg
4 séries, com 8
repetições (1ª com
carga de 60% e as
restantes a 80%)
Estimativa de 1 RM
Procurando ultrapassar algumas limitações, é sugerido a
utilização de factores de conversão. Para estimar 1 RM
multiplica-se a carga vencida (em kg) pelo factor
correspondente ao número de repetições realizadas.
REPETIÇÕES
COMPLETAS
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
COEFICIENTE
DE REPETIÇÃO
1.00
1.07
1.10
1.13
1.16
1.20
1.23
1.27
1.32
1.36
O mesmo deve ser feito para os restantes exercícios. Depois
de determinado o peso para cada exercício, é necessário
definir o número de repetições, que devem estar de acordo
com os objectivos a atingir. O número de repetições a serem
feitas, devem respeitar a percentagem da carga, conforme o
seguinte quadro:
% RM
60%
65%
70%
75%
80%
85%
90%
95%
100%
Nº repetições
15-20
14
12
10
8
6
4
2
1
% de 1 RM e correspondente nº de repetições (Fleck e
Kkraemer, 1987)
Os objectivos podem ser de :
Hipertrofia muscular (aumento de volume muscular), carga
de 60% a 80%
Força explosiva (vencer resistências com a mais elevada
velocidade de contracção), carga de 30% a 50%
Força máxima (a maior força que se consegue produzir),
carga de 85% a 100%
Força resistente (resistir à fadiga durante um tempo
prolongado), carga de 40% a 60%
Apresentamos agora um exemplo prático de como se realiza esta acção:
Para se obter estes valores, após um prévio aquecimento,
pediu-se ao Karateca que com uma carga de 40 kg no supino
levanta-se o maior número de vezes possíveis, neste exemplo
levantou 5 vezes:
30
Alda Albuquerque
Treinadora de Karate, 4º Dan Shotokan,
Lic. Desporto e Educação Física, FCDEF, Mestrada em
Treino de Alto Rendimento –Karate, FMH
Inauguração da:
“Academia de Arte e Movimento Zen ”
A Associação de Karate Goju Portugal
(A.K.G.P.) inaugurou no passado dia 5 de
Março o seu “Honbu Dojo” (Dojo
Principal), na rua do Godinho, nº135/139,
Conselho de Matosinhos.
A abertura do Dojo Principal da A.K.G.P.,
que tem como nome “Academia de Arte e
Movimento Zen”, culmina o grande projecto
que tem vindo a ser desenvolvido pelo
director técnico e Presidente, Sensei Alberto
Von Doellinger Ramos, iniciado há cerca de
um ano e meio.
Após lhe ter sido atribuída a representação
oficial e exclusiva para Portugal da
“International
Karate-do
Goju-Kai
Association” (I.K.G.A) do Saiko Shihan
Goshi Yamaguchi, 8º Dan, o Sensei Alberto
Ramos, estabeleceu como prioridade da
A.K.G.P., a abertura de um “Honbu Dojo”,
com a finalidade de promover e desenvolver
com mais empenho o Karate Goju-Ryu em
Portugal.
Contactos da A.K.G.P.:
E-mail: [email protected]
Web site: www.akgp.com
31
10º GRANDE TORNEIO DE K
“ Estiveram presentes 65 Equipas, dos Açores, Madeira, Espanha
“ Do melhor que se realiza em Portugal.
Parabéns à organização.”
Este 10º (2ºInternacional) Campeonato
de Kumite Equipas de Vila das Aves
realizou-se em Sto Tirso no novo
Pavilhão Municipal, no dia 21 de
Fevereiro do corrente ano. Parabéns à
organização. Portugal precisa de
muitos eventos com esta qualidade
para que os nossos atletas possam ter a
rodagem necessária para poder
competir a nível internacional.
“Nos Pré-infantís a Juvenis estiveram
presentes 580 atletas, num total de 56
clubes, de Portugal Continental,
Açores, Madeira, Espanha e
Luxemburgo.”
Este ano, este campeonato teve novo
formato. A inovação, foi incluir
provas para os escalões mais novos e
equipas femininas seniores. As provas
dos mais novos foram realizadas
sábado à tarde, e as dos cadetes e
seniores à noite a partir das 21.00
horas. Nas provas dos pré-infantis aos
juvenis estiveram presentes, 580
atletas num total de 56 clubes, de
Portugal Continental, Açores,
Madeira, Espanha e Luxemburgo.
Os atletas mais novos apresentaram
um razoável karate competitivo, mas
ficando um pouco aquém do
apresentado pelos atletas espanhóis,
acabando estes por dominar quase
na totalidade os lugares de pódio. É
de lembrar que os atletas espanhóis
Atletas do pódio do Kumite Equipas Masculinos Seniores.
32
estavam representados por 3 Selecções
Regionais nos vários escalões. Para os
nossos atletas e treinadores achamos que
foi uma boa actividade, porque nos permitiu
ver a maneira como os atletas espanhóis se
apresentam em prova, mesmo sendo nos
escalões mais baixos pudemos assistir a
muitos bons pormenores técnicos e tácticos.
Em relação aos nossos atletas, ainda são
muito poucos os que conseguem atingir este
patamar, podendo este ser um ponto de
partida e reflexão para os técnicos
nacionais. Nestes escalões o relevo vai para
o Ginásio Vilacondense que está com um
grupo grande de atletas e já se nota o
trabalho que está a ser desenvolvido nas
camadas mais jovens por este clube.
“ … Verdadeiros momentos de espectáculo
e emoção.” …. “Um verdadeiro tributo ao
Karate Nacional.”
Nos Cadetes e Seniores estiveram presentes
65 equipas, das regiões já referidas. A prova
teve início por volta das 22.00 horas, e
terminou por volta da 00.30 horas. O
público aderiu em número considerável, o
pavilhão esteve quase cheio. Pudemos
assistir, a verdadeiros momentos de
espectáculo e emoção. Para nós, este foi um
verdadeiro tributo ao Karate Nacional. A
comunidade do Karate Nacional não ficou
indiferente a este grandioso acontecimento.
Estiveram presentes nesta edição do
Campeonato Internacional de Vila das Aves,
a maioria dos dirigentes responsáveis pelo
KARATE KUMITE EQUIPAS
a, Luxemburgo e as melhores equipas Nacionais.”
Karate Desportivo Nacional, desde os
Seleccionadores Nacionais, Presidente
da Federação, dirigentes associativos,
árbitros e os treinadores da maioria dos
clubes nacionais, enfim uma verdadeira
festa do Karate.
“ Presença de 65 equipas em Cadetes e
Seniores: Uma selecção dos Açores, uma
selecção da Madeira, equipas de
Espanha, do Luxemburgo e as melhores
equipas Nacionais.”
Os atletas portugueses estiveram a muito
bom nível, acabando por conquistar
quase todos os lugares de pódio. Os
espanhóis só se qualificaram nos
Cadetes, pois nos seniores tanto em
Femininos como em masculinos os
lugares cimeiros foram para clubes
portugueses. Em destaque, podemos
considerar que a equipa A Sénior
masculina da Shukokai (APKS) esteve a
muito bom nível, apresentou uma
selecção dos seus melhores atletas, tendo
defrontado na final a equipa B da Liga
Nacional de Karate Portugal (LNKP),
os combates foram muito bem disputados
e com muito bom nível, a equipa da APKS
acabou por vencer, mas com uma forte
pressão da equipa adversária. Mas, o
momento mais alto foi a final dos
femininos seniores, as equipas finalista
foram, o Clube de Karate Shotokan do
Porto e a equipa da Associação
Portuguesa de Karate Shukokai (APKS).
Esta final,na nossa opinião, foi o momen
to alto do torneio, porque esteve muito
equilibrada. As equipas empataram nos
combates regulamentares, e foi preciso
fazer um combate suplementar, e mesmo
aí as coisas ficaram muito equilibradas,
só a 5 segundos do fim é que a atleta do
CKS Porto conseguiu fazer o ponto da
diferença. Esta final foi muito
contestada, mas achamos que o melhor
de tudo foi a emoção, a competitividade,
o espectáculo, que as atletas
demonstraram nesta final. É com
momentos como este que o karate fica a
ganhar. Independentemente das equipas
vencedoras queremos aqui agradecer
publicamente a todos os atletas e
treinadores pelo magnífico espectáculo
que nos proporcionaram neste 10º
Grande Torneio de Vila das Aves.
Resultados Vila das Aves
Cadetes e Seniores
Kumite Equipas Cadetes Masc.
1º Castilla La Mancha B
2º Castilla La Mancha A
3º Clube de Karate da Maia
3º Ginásio Vilacondense
Kumite Equipas Seniores Fem.
1º Clube Karate Shotokan Porto
2º Ass. Portuguesa Karate Shukokai
3º Karate Shotokan Vila das Aves
3º Clube de Karate da Maia
Kumite Equipas Seniores Masc.
1º Ass. Portuguesa Karate Shukokai A
2º Liga Nacional Karate Portugal B
3º Wado-Gym A
3º Ass. Académica de Coimbra
Atletas do pódio do Kumite Equipas Feminino Seniores.
33
Atletas do pódio do Kumite Equipas Masculinos Cadetes.
Resultados Pré Infantis a Juvenis
Kata Pré-lnfantis Feminino
1° Ana Pinto -K.S.Vila das Aves
2° Carmen Tendeiro -Castilla La
mancha
3° Da Costa Oceane-K.C.Differdange
3° Daniela Reis - C.K.S.Angra
Heroísmo
Kata Iniciados Feminino
1° Lara Lierrero-Castilla La Mancha
2° Raquel Sanchez - Castilla La Mancha
3° Marta Moreira - Gimnobraga
3° Catarina Ferreira - Boavista F .C.
Kata Juvenis Feminino
1 ° Imaculada Sobrinho-Castil1a La
Mancha
2° Nazaré Lopes - K.S. Vila das Aves
3° Lara Teixeira-K.S.Vila das Aves
3° Marina Azevedo -Escola K.S.Delães
Kata Infantis Feminino
1° Joana Costa - A.Campense
2° Patricia Ucendo - Castilla La
mancha
3° Catarina Nunes - K.S.Vila das Aves Kata Pré-lnfantis Masculino
3° Vania Ferreira - K.C.Differdange 1° Bruno Viana - C.C.Vilacondense
2° Gutiérrez - Clube K.Bezana
3° Filipe Santos - A.C.M.
3° Héctor Cozo - Clube K.Bezana
Kata Infantis Masculino
1º Dário Carpio-Castilla La Mancha
2° José Diaz - Castilla La Mancha
3° Lucas de Luíz - Clube K.Bezana
3° Antony Gonzalez - Clube K.Bezana
Kata Iniciados Masculino
1° Joel Pinto - G.C.Vilacondense
2° Esteban Marques -Castilla La Mancha
3° Nicolas Munôs - Castilla La Mancha
3° João Ribeiro - Escola K.S.Delães
Kata Juvenis Masculino
1º Carlos Medina -Castilla La Mancha
2° Cristian Galan-Catilla La Mancha
3° Pedro Oliveira-K.S. Vila das Aves
3° Rudi Sousa-Pinhal dos Frades
34
Kumite Juvenis Feminino -55 Kg
1° Sara Sanchez-Castilla La Mancha
2° Marina Azevedo - Escola K.S.Delães
3° Raquel Assunção-Valadares
3° Joana Assis - G.C.Vilacondense
Kumite Juvenis Feminino + 55 Kg
1° Maria leon -Castilla La Mancha
2° Sara Queiróz-U.K.S.Portugal
3° Tania Lata-G.C.Vilacondense
3° Joana Santos
Kumite Iniciados Masculino -55Kg
1 ° Matias Gomez-Castilla La Mancha
2° Manuel Anastásio -Castilla La Mancha
3° Sferdevoric - K.C.Differdange
3° Rudi Sousa - Pinhal dos Frades
Kumite Iniciados Masculino + 55 Kg
1 ° Sérgio Gonzalez-Castilla La Mancha
2° Enrique Laguna-Castilla La Mancha
3° Nuno Lima-K.S.Vila das Aves
3° Rui Cruz - Wado Kai Corpo e Alma
Kumite Iniciados Feminino -50 Kg
1° Catarina Santos -A.e.M.Godinho
2° Joana Mota - A.E.M.Godinho
3° Ana Raínho-P .M.Rio Tinto
3° Soraya Morago-Castilla La Mancha
Kumite Juvenis Masculino -60 Kg
1 ° Xavier Juanicorena-Castilla La Mancha
2° Sérgio Medina-Castiilla La Mancha
3° Cristian Galan - Castilla La Mancha
3° André Serra - KAMAE
Kumite Iniciados Feminino + 50 Kg
1° Luisa Silva-G.C.Vilacondense
2° Cristiana Leão-C.M.G.P.
3° Rócio Guerrero-Castilla La Mancha
3° Ma Jesus Valência-Castilla La Mancha
Kumite Juvenis Masculino + 60 Kg
1 ° Angel Gomez-Castilla La Mancha
2° Cristian Perez-Castilla La Mancha
3° Abrham Vaz-Castilla La Mancha
3° António Oliveira-Escola KS.Delães
Campeonato Europeu E.K.F.
Cadetes e Juniores em Rijeka na Croácia de 13 a 15 de Fevereiro
Relatório Técnico da Participação no
31º Campeonato Europeu de Cadetes
e Juniores em Rijeka na Croácia de
13 a 15 de Fevereiro
Concentração e treino no Hotel Íbis:
Lisboa dia 11 de Fevereiro
Chegada da selecção e técnicos
nacionais: dia 12 de Fevereiro à
Croácia
Registo das delegações : 12 de
Fevereiro
N.º de Países participantes: 40
N.º de Atletas participantes: 533
Melhor Resultado Nacional:
João Meireles – 7º Lugar
Técnicos participantes: João Dias e
Pedro Gonçalves
Técnicos envolvidos na preparação e
selecção da representação nacional:
João Dias; Carlos Saúde e Pedro
Gonçalves
N.º de atletas participantes de
Portugal: 10
N.º de treinos realizados de
preparação: 2
Dia 14 de Dezembro e outro dia 7 de
Fevereiro
Constituição da selecção nacional:
Cadetes
-60kg-João Meireles
-65kg-João Machado
-70kg- Jorge Machado
-75kg-Carlos Castro
13.30 – Início da prova de Kumite Júnior
Masculino por equipas:
Constituição da equipa por ordem de
participação: Miguel Rodrigues; Amílcar
Ferreira; Nuno Moreira ; Ludovic
Cordeiro e Diogo Guincho.
Juniores:
-60kg- André Santos
-65kg- Ludovic Cordeiro
-70kg- Miguel Rodrigues
-Diogo Guincho
-75Kg - Nuno Moreira
+80Kg - Amílcar Ferreira
Portugal teve um bye na primeira
eliminatória tendo competido com a
Ucrânia que venceu a Eslováquia na 1ª
eliminatória. Após a observação do
combate entre estas duas equipas foi
definida a estratégia da participação dos
elementos da selecção nacional tendo em
conta
as características dos
competidores adversários e a preferência
dos nossos atletas face às posições que
habitualmente costumam ocupar nas
equipas.
Contudo na 2ª eliminatória a equipa da
Ucrânia trocou a ordem da constituição
dos seus elementos. Portugal perdeu os
três primeiros combates pelos parciais de
0-3 no 1º combate; 3-6 no 2º combate e 31no 3º combate. A equipa da Ucrânia
perdeu na eliminatória seguinte com a
selecção da Rússia por 2-3 , que acabou
por se sagrar campeã Europeia.
Outros elementos que integraram a
comitiva nacional para este Europeu
Presidente da Federação Raúl
Cerveira e o Secretário Geral da
Federação João Salgado.
Início do Campeonato: dia 13 de
Fevereiro
Pesagens da parte da manhã .
Todos os atletas da selecção nacional
estavam bem em relação ao peso para
os quais foram seleccionados.
35
Individuais Cadetes:
João Meireles: Passou a 1ª
eliminatória por Bye e venceu a 2ª
eliminatória por 3-0 ao atleta da
Hungria. Perdeu na 3ª eliminatória por
2-0 contra o atleta da Rússia que se
sagrou vice campeão europeu. Na
repescagem perdeu por 0-4, com o
atleta turco que se classificou em 3º
lugar. O João obteve a classificação
de 7º lugar neste Europeu
João Machado: Passou a 1ª
eliminatória por bye e perdeu na 2ª
eliminatória por 0-2 contra o atleta
Espanhol ( Rasero Ruiz) que se sagrou
campeão Europeu.
Na repescagem perdeu com o atleta
da BieloRussia por 3-1.
Jorge Machado: Ganhou a 1ª
eliminatória ao atleta da Estónia por
5-2 e perdeu na 2ª com o Ucraniano
por 2-3.
Carlos Castro: Perdeu na 1ª
eliminatória com o atleta da Holanda
por 0-3.
Juniores :
André Santos – Passou a 1ª
eliminatória com bye e perdeu na 2ª
contra o atleta Belga R. Viola , ex
campeão da Europa por 0-5 , que se
sagrou vice campeão da Europa neste
campeonato. Na repescagem perdeu
por 2-4 contra o atleta da Bulgária
Ludovic Cordeiro- Perdeu na 1ª
eliminatória por 2-11 contra o atleta
da Bósnia Hersegovina. Os pontos
obtidos pelo adversário resultaram o
excesso de contacto do Ludovic que
acabou por ser desclassificado.
Miguel Rodrigues- Perdeu na 1ª
eliminatória por 3-6 com o atleta
Romeno, após ter controlado o
combate até aos 30 últimos segundos.
Nuno Moreira – Perdeu na 1ª
eliminatória por 2-1 com o atleta da
Noruega após uma decisão algo
injusta do árbitro central quando o
resultado era de um empate , tendo sido
atribuído Ippon ao seu adversário
quando o Nuno efectuou um excelente
Shiro-gueri, pontuado por um dos
árbitros, apesar do árbitro central ter
dado ponto ao seu adversário que nada
executou!* chamada de atenção ao
resultado oficial que após a atitude de
protesto junto da mesa pelo treinador
da selecção , gerou alguma confusão o
que levou a mesa a enganar-se na
atribuição do resultado final de 0-3
em vez de 1-2.
Amílcar Ferreira: Ganhou a 1ª
eliminatória por 4-1 ao atleta do País de
Gales e perdeu na eliminatória seguinte
por 3-4, contra um atleta da Jugoslávia
num combate muito equilibrado que
terminou empatado ao fim do tempo
regulamentar e só por decisão técnica
após o período de enchosen é que foi
atribuída vitória ao adversário.
A selecção nacional regressou no dia 16
tendo chegado às 00,15 ao aeroporto da
Portela. Os elementos que residiam fora
do distrito de Lisboa ficaram alojados no
hotel Ibis e regressaram a casa na manhã
seguinte.
Por:
João Dias
Coordenador do corpo técnico das
selecções nacionais de karate da Federação
Nacional de karate de Portugal
o
5 Torneio Internacional
Cidade da Amadora
Dia 26 de Junho 2004
Organização:
S.F.R.A.Amadora
Apoios:Cãmara Municipal da Amadora
Centro Português de Karate
Federação Nacional Karate Portugal
36
IV Tor
neio de Na
tal
orneio
Natal
União de K
ar
ate do Ave
Kar
ara
Realizou-se no passado sábado, 3
de Janeiro o IV Torneio de Natal
em karate infantil/juvenil (dos 8 aos
15 anos). Este torneio que decorreu
no Pavilhão dos Desportos de Vila
do Conde já é uma tradição no
quadro competitivo regional. A
organização do IV Torneio de
Natal foi levada a cabo pelas
seguintes instituições: Ginásio
Clube Vilacondense, União de
Karate do Ave e Câmara Municipal
de Vila do Conde. Estiveram presentes
mais de 100 atletas, representando os
seguintes clubes: Ginásio Clube
Vilacondense, União Desportiva de
Beiriz, Academia de Ginástica, G.D.
Aguçadourense, A.C.D.R. da Matriz e
o G.D. Caxinas/Poça da Barca. Apesar
de ser a primeira prova da época para
os escalões mais jovens, onde o
nervosismo e a inexperiência foram
notórios, foi possível assistir a alguns
momentos de bom karate.
Classificações:
8/9 anos misto
1º U D Beiriz
2º GCV
3ºAguçadourense
10/11 anos misto
1º GCV equipa A
2º GCV equipa B
3º A. C. D. R. da Matriz
12/13 anos feminino
1º GCV
2º Academia
12/13 anos masculino
1º GCV equipa A
2º GCV equipa B
3º U D Beiriz
14/15 anos feminino
1º GCV
2º Academia
14/15 anos masculino
1º - GCV equipa A
2º - GCV equipa B
3º - A. C. D. R. Matriz
37
GALERIA DOS CAMPEÕES
Estevão Trindade
Vice-Campeão Juniores Europeu Oviedo 1999
10 Vezes Campeão Nacional F.N.K.P.
10 Vezes Campeão Regional F.N.K.P.
4º Lugar Campeonato Europeu Turquia 2000
2º Lugar Torneio Internacional Amadora 2003
1º Lugar Equipas Torneio Intern. Amadora 2003
1º Lugar Equipas Camp. Intern. Vila das Aves 2002
2 Vezes 1º Lugar Torneio Olímpico
2 Vezes 1º Lugar Equipas Taça de Portugal
38
Bruno Catrau
4 Vezes Campeão Nacional F.N.K.P.
Vice Campeão Nacional F.N.K.P.
8º Lugar Campeonato do Mundo em Madrid
Membro da Selecção Nacional desde 1997
Campeão Europeu Shukokai em 2001
3º Lugar Europeu Shukokai em 2003
Campeão Mundial Shukokai em Equipas
2 Vezes Vice-Campeão Mundial Shukokai Equipas
3 Vezes Campeão Nacional Shukokai
39
II Tor
neio de K
ar
ate da N
.P
.K:
orneio
Kar
ara
N.P
.P.K:
Pré-Inf
antís a J
uv
enis
Pré-Infantís
Juv
uvenis
Resultados do II Torneio N.P.K.
Kata Pré-Infantis Fem
1º - Catarina Morais - ANUC
2º - Teresa Santos - C.K.G.P.
3º - Patrícia Lima - C.K.L.
3º - Sara Fontes - C.K.G.P.
Kata Pré-Infantis Masc.
1º - João Saraiva - A.G.P.
2º - Fábio Pereira - A.G.P.
3º - Miguel Basto - A.G.P.
3º - Rui Silva - C.K.G.P.
Kata Infantis Fem.
1º - Catarina Santos - A.G.P.
2º - Ana Rodrigues - C.K.G.P.
3º - Inês Silva - A.G.P.
3º - Catarina Rita - C.K.G.P.
Kata Infantis Masc.
1º - Carlos Espogeira - A.G.P.
2º - José Leitão - C.K.G.P.
3º - Rui Santos - C.K.G.P.
3º - Tiago Adega – FNAT
Kata Iniciados Feminino
1º - Joana Mota - A.G.P.
2º - Francisca Silva - A.G.P.
3º - Cristiana Leão - C.K.G.P.
3º - Sílvia Machado - ANUC
Na nossa opinião estas foram as duas atletas que mais se salientaram neste torneio.
Os 130 atletas que estiveram neste II
Torneio da N.P.K., mostraram que
estão no bom caminho da modalidade
competitiva, apresentando um
razoável Karate, tendo em conta que
estivemos presente escalões que iam
dos pré-infantis aos juvenis. O
Torneio desenrolou-se durante o
todo o dia 14
de Fevereiro
(sábado), e foi realizado no Pavilhão
Gimnodesportivo do Fluvial, no Porto,
e estiveram representados 7 clubes
desta associação:
Centro de Karate Goju-Ryu do Porto
(C.K.G.P.), Associação de Escolas de
Matosinhos (FNAT), Centro de Karate
de Lousada (C.K.L.), Academia GojuRyu de Portugal (A.G.P.), Centro de
Karate de Massarelos (C.K.M.),
Centro de Karate de Condominhas
(ANUC) e Memorial Center Gym
(M.C.G.).
A organização mostrou-se satisfeita
com o nível apresentado dos atletas,
tendo este torneio como objectivo a
preparação para os campeonatos
regionais, que se realizarão muito em
breve.
40
Kata Iniciados Feminino
1º - Ivan Tavares - C.K.G.P
2º - Pedro Pereira - C.K.G.P
3º - Fernando Valente - A.G.P.
3º - José Vieira - A.G.P.
Kata Juvenis Fem.
1º - Maria Melo - A.G.P.
2º - Isabel Rodrigues - C.K.G.P
3º - Ana Martins - ANUC
3º - Cristina Silva - A.G.P.
Kata Juvenis Masc.
1º - João Santos - C.K.G.P
2º - Tiago Ferreira - C.K.G.P
3º - João Cardoso - C.K.G.P
3º - Márcio Pinheiro - C.K.L.
Kumite Iniciados Fem.
1º - Catarina Santos - A.G.P.
2º - Francisca Silva - A.G.P.
3º - Joana Mota - A.G.P.
3º - .............
Kumite Iniciados Masc.
1º - Ivan Tavares - C.K.G.P
2º - Nuno Oliveira - A.G.P.
3º - Fábio Americano - A.G.P.
3º - João Laje - C.K.G.P
Kumite Juvenis Fem.
1º - Maria Melo - A.G.P.
2º - Cristiana Leão - C.K.G.P
3º - Paula Jacinto - ANUC
Kumite Juvenis Masc.
1º - Tiago Ferreira - C.K.G.P
2º - Márcio Pinheiro - C.K.L.
3º - João Santos - C.K.G.P
3º - Miguel Braz - C.K.G.P
4º Tor
neio Inter
nacional de Valência
orneio
Internacional
No passado dia 15 de Novembro a Mabuni ShitoRyu Karate-Do Portugal (MSK) participou no 4º
Torneio Internacional de Valência / Espanha,
evento que para além da equipa portuguesa
contou ainda com a participação da França,
Itália, Russía, Nepal, Indía e em representação da
Espanha as delegações das Baleares, Catalunha,
Madrid, Andaluzia, Valência, Asturias,
Extremadura, La Rioja, Murcia.
A comitiva foi composta por:
10/11 Anos - Tiago Gaspar (GMDA), 12/13 Anos Diogo Luis (GMDA), 16/17 Anos - Inês Pinto
(GMDA), Diana Pereira (KCSSC), António
Valente (KCSSC), Eduardo Martins (GMDA),
João do Ó (KCSSC), mais de 18 Anos – Ana Lopes
(GMDA), Nuno do Ó (KCSSC), Pedro Peixeiro
(GMDMB), David Gil (GDUC), Jorge Peixeiro
(GMDA) e Carla Graça (CDSR-Madeira),
acompanhados por Flávio Pereira (coach) e pelo
Sensei Carlos Pereira Presidente e Director
Técnico da MSK.
Jorge Peixeiro no Pódio.
Por: MSK
Obteve os seguintes resultados:
Kata Individual
16/17 Anos Fem.
Inês Pinto (GMDA) 1º Lugar
D. Pereira (KCSSC) 2º Lugar
16/17 Anos Masc.
A.Valente (KCSSC) 2º Lugar
E. Martins (GMDA) 3º Lugar
João do Ó (KCSSC) 3º Lugar
+ de 18 Anos Fem.
Ana Lopes (GMDA)
3º Lugar
A equipa portuguesa “MSK A”, a receber o troféu de 1º Lugar.
+ de 18 Anos Masc.
Jorge Peixeiro (GMDA) 1º Lugar
Kata Equipa Masc.
1º Lugar MSK “A”
(Eduardo Martins – GMDA,
Jorge Peixeiro – GMDA e
Pedro Peixeiro – GMDMB)
3º Lugar MSK “ B”
(João do Ó , João do Ó
e António Valente do KCSSC)
Kata Equipa Fem.
3º Lugar MSK
(Ana Lopes – GMDA,
Inês Pinto – GMDA e
Diana Pereira - KCSSC)
A comitiva portuguesa da Mabuni Shito-Ryu Karate-do Portugal.
41
TORNEIO CID
ADE DE ALMAD
A
CIDADE
ALMADA
Por: União Shito Ryu Portugal
Resultados:
A UNIÃO SHITORYU PORTUGAL, pela mão dos seus clubes da Margem Sul, realizou no
passado Domingo, 23 de Novembro, o Torneio Comemorativo do I Aniversário da Escola
de Artes Marciais e Desportos de Combate – Cidade de Almada, que decorreu na Costa
da Caparica.
Este Torneio contou com a participação de vários clubes, nomeadamente o Imortal
Desportivo Clube (Albufeira), a Escola de Artes Marciais, Desportos de Combate e
Cultura Oriental de Loulé, o Yoshukan Portugal, o C.D.R.Quarteirense (Quarteira), o
C.F. “Os Armacenenses” (Armação de Pêra), o Power Gym (São Brás de Alportel), a
Escola de Karate de Salir, o Radical Gym (Costa da Caparica), o Irmanadora, o Centro
Social de Pinhal de Frades, a Escola de Artes Marciais e Desportos de Combate de
Almada, e Casa do Povo de Corroios.
Apesar de este ser um torneio interno da União ShitoRyu Portugal, onde participam os
atletas que nela estão filiados, estes demonstraram uma grande preparação para os
próximos eventos competitivos que se aproximam, e que irão apurar os campeões
regionais e nacionais.
Kata
Escalão Pré Infantil Misto
1º Francisco Costa
2º Adriana Correia
3º Diogo Castro
3º Daniel Guerreiro
Escalão Infantil Misto
1º Miguel Abreu
2º Denise André
3º Diogo Barros
3º J. Fernandes
Escalão Iniciados
1º Rodrigo Mendonça
2º Tomás Coelho
3º Pedro Mateus
3º João Costa
Escalão +14 anos Femininos
1º Linda Ferro
2º Sara Paiva
3º Rita Melo
3º I. Candeias
Escalão + 14 anos Masculinos
1º Daniel Figueiras
2º Ivan Palma
3º Nuno Almeida
3º Pedro Afonso
Kumite
Escalão Infantil Masculino
1º Miguel Abreu
2º Nuno Melo
3º Diogo Barros
3º Guilherme Weishar
Estágios Regionais da Mabuni Shito-Ryu
Karate Do Portugal (MSK)
Realizou-se em Vila do Conde nos dias 6 e
7 de Dezembro de 2003, organizado pela
ACRM – Associação de Cultura e Recreio
de Modivas e pela EKTA – Escola de Karate
Tripeira Antas, com o magnifico apoio da
Câmara Municipal de Vila do Conde e da
Junta de Freguesia de Modivas.
O estágio foi orientado por Sensei Carlos
Pereira, Director Técnico Nacional da MSK,
que contou com a colaboração do seu
pupilo Jorge Peixeiro (bi-campeão
nacional em kata) e de Sensei Sá e Silva.
De referir ainda a presença já habitual do
Sensei José Carvalho da NPK com
alguns dos seus alunos, de Raul Cólica
42
da Parede e de Flávio Pereira de Santo
André.
Organizado pelo Clube Desportivo de
São Roque (Funchal-Madeira)
realizou-se nos dias 1 e 2 de Novembro
de 2003 o 2º Estágio de Karate ShitoRyu sob a orientação técnica de Sensei
Carlos Pereira, Director Técnico
Nacional da Mabuni Shito-Ryu Karate
Do Portugal. No evento para além dos
atletas de Shito-Ryu, participaram
atletas de Shotokan, Goju-Ryu e
Shukokai já que foi aberto a todos os
estilos.
Escalão Iniciados Masculino
1º Tomás Coelho
2º Rodrigo Mendonça
3º André Ricardo
3º João Costa
Escalão Juvenis Masculino
1º Daniel Figueiras
2º André Gonçalves
3º Jonathan Mestre
3º Samuel Bernardes
Escalão + 14 anos Feminino
1º Sara Paiva
2º Rita Melo
Escalão + 16 anos Masculino
1º Nuno Almeida
2º Pedro Afonso