Conib manifesta inquietação com futuro da Hebraica de Niterói

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Conib manifesta inquietação com futuro da Hebraica de Niterói
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Boletim Informativo da Confederação Israelita do Brasil | 12/03/2014 | Fale Conosco: [email protected]
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Confederação Israelita do Brasil manifesta inquietação com futuro da Hebraica de Niterói
Conib e Fisesp visitam general Adhemar da Costa Machado Filho, chefe do Comando Militar do Sudeste
Rabino Schlesinger volta a representar a Conib na Conferência de Diálogo Inter-Religioso de Doha
Miguel Krigsner abre em São Paulo a mostra “Tão somente crianças: infâncias roubadas no Holocausto”
Projeto Alicerces leva jovens à Europa e ao Nordeste brasileiro para estudar história judaica
Revista PEGN: “Em Israel, empreender é um verbo em hyperlink; e audácia tem um nome: chutzpah”
Veterano tenente Israel Rosenthal, 93, é homenageado pelo Exército brasileiro
Cineasta israelense Amos Gitai rodará no Rio Grande do Sul filme sobre o caso AMIA
Hebraica-Rio faz baile aberto de Purim com o Rancho Carnavalesco Praça XI
"Carta aos Judeus", por rabino Nilton Bonder
Indicação de textos
Conib manifesta inquietação com futuro da Hebraica de Niterói
A Confederação Israelita do Brasil vem a público manifestar sua inquietação com o anúncio da intenção de
venda da sede do clube Hebraica, de Niterói (RJ), divulgada recentemente pela diretoria da entidade
fluminense. A decisão embute repercussões e significados que transcendem as fronteiras locais e afetam a
comunidade judaica brasileira como um todo.
Dentro desse espírito comunitário e na condição de representante nacional de nossa comunidade, a Conib
reitera seu respeito à autonomia das instituições e preza por uma vida judaica plural e modernizante,
preparada a responder aos desafios inerentes de um cenário em constantes transformações.
Testemunhamos, recentemente, várias instituições judaicas desfazendo-se de alguns imóveis, pelos mais
diversos motivos. Em geral, a readequação se deve a fatores de mudança geográfica e demográfica em
nossa comunidade.
Outra lógica, no entanto, tem igualmente acompanhado o fenômeno. Uma vez negociado, o patrimônio
comunitário, construído graças aos esforços de imigrantes que enfrentaram inomináveis dificuldades, é
revertido para a comunidade como um todo, na construção de uma nova sede, de uma nova instituição
social, cultural, educacional, esportiva ou religiosa.
Causa espécie que a ação em Niterói ignore uma tradição a nos acompanhar há milênios. O patrimônio
comunitário não pode ser compreendido como um gerador eventual de recursos financeiros a uma parcela de
sócios. Deve gerar, com responsabilidade e comprometimento judaico, renovação e ganhos para todos os
nossos descendentes.
A Conib, em sintonia com uma de suas federadas, a Federação Israelita do Estado do Rio de Janeiro, se
coloca à disposição para colaborar com a construção de um diálogo frutífero e com visão estratégica, que
permita fortalecer o futuro do judaísmo fluminense e brasileiro.
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Vista parcial da Hebraica de Niterói. Foto: Jacob Zajdhaft.
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Conib e Fisesp visitam general Adhemar da Costa Machado Filho
Fernando Lottenberg, secretário-geral da Conib; Octavio Aronis, segundo secretário da entidade, e Ricardo
Berkiensztat, vice presidente executivo da Fisesp, visitaram na última segunda-feira, 10 de março, o general
Adhemar da Costa Machado Filho, chefe do Comando Militar do Sudeste.
As lideranças judaicas agradeceram ao general sua presença na cerimônia do Dia em Memória das Vítimas
do Holocausto e lhe presentearam com uma hamsa, talismã popular no Oriente Médio.
O general afirmou que a homenagem da comunidade judaica aos pracinhas da FEB foi muito bem recebida
pelos militares e prometeu levar a hamsa para seu novo escritório, na capital federal, onde assumirá
importantes funções em breve.
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A partir da esquerda: Fernando Lottenberg, Octavio Aronis, General Adhemar da Costa Machado Filho e Ricardo Berkiensztat. Foto: Fisesp.
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Rabino Schlesinger volta a representar a Conib na Conferência de Doha
Michel Schlesinger, rabino da Congregação Israelita Paulista (CIP) e representante da Conib para assuntos
inter-religiosos, estará em Doha, no Qatar, para a 11ª Conferência de Diálogo Inter-Religioso, de 24 a 26 de
março. O tema deste ano será o papel da juventude no diálogo.
Em 2013, Schlesinger apresentou no evento o Lar das Crianças da CIP, que passou de instituição construída
para atender a comunidade judaica para um projeto social que presta serviço para a sociedade maior,
independentemente da prática religiosa das casas de origem.
Convidado para atuar, desta vez, como um dos palestrantes principais do evento, o rabino discutirá o papel
das mídias sociais na atividade inter-religiosa, usando como modelo as manifestações ocorridas no Brasil em
junho de 2013.
"Os denominadores comuns daquelas demonstrações foram a liderança da juventude e a utilização das
mídias sociais para mobilizar e reportar o desdobramento das passeatas", afirma Schlesinger. "Da mesma
maneira", defende o religioso, "o Facebook pode ter um papel de destaque na mobilização dos jovens para
atividades inter-religiosas, que possuem um caráter universal muito atrativo para esta faixa etária".
O representante da Conib também abordará a Jornada Mundial da Juventude - que aconteceu no mesmo
ano no Rio de Janeiro com a presença do papa Francisco -, como modelo de sucesso de mobilização da
juventude por meio das mídias sociais.
Em um painel sobre saúde e assistência social, o rabino Schlesinger falará ainda sobre o programa do
Hospital Albert Einstein na Comunidade de Paraisópolis, onde esteve esta semana a convite de Telma
Sobolh, coordenadora do voluntariado da instituição.
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Rabino Schlesinger fala na conferência em Doha, em 2013. Foto: Divulgação.
Rabino Schlesinger com jovens da comunidade de Paraisópolis, em São Paulo. Foto: Divulgação.
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Krigsner abre em SP a mostra “Infâncias roubadas no Holocausto”
Com a presença do idealizador do primeiro Museu do Holocausto no Brasil, Miguel Krigsner, e do secretário
de Estado da Educação, Herman Voorwald, foi inaugurada no dia 10 de março em São Paulo a exposição
“Tão somente crianças: infâncias roubadas no Holocausto”, organizada pelo museu em conjunto com a
entidade feminina WIZO.
Idealizador também da mostra, Krigsner afirma: “A violência contra as crianças ao redor do mundo é
inadmissível, e a proposta desta exposição é refletir sobre o que pode ser feito para combatê-la e também
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para evitar que genocídios voltem a acontecer. Destacando as crianças, discutimos qual sociedade estamos
dispostos a proporcionar a elas".
Mais de quatro mil alunos dos 8º e 9º anos do Ensino Fundamental e das 1ª, 2ª e 3ª séries do Ensino Médio
da rede pública têm visitas agendadas, além de 180 professores da rede. Eles receberão material produzido
pelo Museu do Holocausto, para trabalho posterior em sala de aula. A mostra foi destacada no site da
Secretaria de Educação.
No estande da exposição, 26 painéis trazem depoimentos em vídeo e um acervo especial de peças, como
documentos de nacionalidade, cartões postais enviados dos campos de concentração, cartas de familiares,
lenços, livros de rezas, cadernetas de anotações, livro de registro de refugiados, bilhetes, entre outros.
A mostra estará em cartaz até 10 de abril, diariamente (incluindo finais de semana), das 9h30 às 17h, no
Espaço Belvedere do Stand do Jardim das Perdizes, Avenida Marques de São Vicente x Avenida Nicolas
Boer (Esq. Viaduto Pompeia), em São Paulo.
Ações educativas têm horários especiais: visitas monitoradas para as escolas da rede pública serão de 2ª a
6ª feira, nos seguintes horários: das 9 às 10h30 e das 10h30 às 12h00; das 14h00 às 15h30 e das 15h30 às
17h00; das 20h00 às 21h30 (duas noites por semana). Estes horários também valem para visitas livres. Para
agendamento - também de escolas particulares -, contatar (11) 3257-0100, com Helena.
O evento tem o apoio de Conib, Fisesp, Consulado Geral de Israel em São Paulo e Embaixada de Israel.
Miguel Krigsner, idealizador da mostra em São Paulo e do Museu do Holocausto, em Curitiba. Foto: JLGoldfarb.
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O secretário de Estado da Educação, Herman Voorwald. Foto: JLGoldfarb.
Alunos da Escola Estadual Profa. Zuleika de Barros Martins Ferreira visitam a mostra. Foto: Divulgação.
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Alicerces leva jovens à Europa e ao Nordeste para estudar história judaica
O projeto "Alicerces" é destinado a universitários judeus de 17 a 27 anos e propõe, alternadamente, o estudo
da história do povo judeu em alguns dos principais países europeus e nas regiões brasileiras em que ela
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floresceu.
Em sua próxima edição, o Projeto Alicerces Brasil oferece uma semana em Pernambuco e Bahia, em julho,
após a Copa 2014. Serão visitados Recife, Olinda, Salvador, engenhos de açúcar, as rotas dos judeus e
cristãos-novos nos séculos 16 e 17. Inscrições até 25 de março, via [email protected] ou (11) 38111314. Os requisitos para participar do projeto são simples: ser judeu, universitário e ter vontade de estudar.
Número de vagas: 120.
O projeto está lançando o "Alicerces Teens", para jovens de 15 a 17 anos, com viagem para a Itália, Croácia
e Israel, que ocorrerá entre 14 e 30 de janeiro de 2015. Serão visitados um campo de concentração e a parte
bíblica de Israel. Inscrições até 1° de abril, via (11) 3811-1314.
Na Europa, o projeto busca seguir os passos do judaísmo ashkenazita e sefaradita. No roteiro da viagem
mais recente, em julho de 2013, estiveram Áustria, Alemanha, França, Holanda, Inglaterra, República Checa
e Rússia.
A realização é das Instituições Chabad Lubavitch, com apoio do Keren Nehor Menachem. Para saber mais
sobre o Alicerces, acesse www.projetoalicerces.com.br.
Mapa das capitanias de Pernambuco e Itamaracá, 1647. Fonte: Siger.
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Revista PEGN: “Em Israel, empreender é um verbo em hyperlink"
Em reportagem especial de 16 páginas, a edição de março da revista Pequenas Empresas & Grandes
Negócios destaca “Israel, uma nação de empreendedores”. Sandra Boccia, diretora de redação da revista,
esteve no país em janeiro último, em missão organizada pela FGV em parceria com a Universidade Hebraica
de Jerusalém e com o apoio da Conib.
Sandra escreve: “Os israelenses costumam falar com tamanha convicção sobre seus sonhos que fica difícil
duvidar de sua capacidade de realizá-los. Em hebraico, a essa autoconfiança, muitas vezes misturada à
insolência, audácia e rispidez, dá-se o nome de chutzpah. (...) Em Israel, empreender é um verbo em
hyperlink”.
A revista procura mostrar como funciona o “ecossistema de inovação em Israel” e conversa com
empreendedores como Yair Shamir, filho do ex-premiê Yitzhak Shamir, e criadores de fundos de investimento
em startups. Uma matéria é dedicada às pontes entre o mundo acadêmico e o mercado e outra à história do
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aplicativo Waze.
“Aqui, os estudantes jogam o jogo da vida real, e não apenas o acadêmico”, diz Sheizaf Rafaeli, diretor do
Centro de Pesquisas em internet da Escola de Negócios da Universidade de Haifa. “Até mesmo os
professores são avaliados não apenas por seus papers, mas também pelo número de patentes e de startups
criadas pelos alunos”, completa Sandra.
O conteúdo da revista ainda não está disponível na web, mas há matérias adicionais sobre o tema que
podem ser acessadas.
Reprodução/PEGN.
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Veterano tenente Israel Rosenthal, 93, é homenageado pelo Exército brasileiro
Aos 93 anos, o tenente de Infantaria Israel Rosenthal foi o único veterano da Segunda Guerra Mundial
presente à cerimônia realizada no Palácio Duque de Caxias, sede do Comando Militar do Leste, no Rio de
Janeiro, em comemoração aos 69 anos da tomada de Monte Castello.
O General de Exército Francisco Carlos Modesto convidou Rosenthal a ficar ao seu lado durante as honras
militares e o desfile da tropa. Rosenthal é presidente do Conselho Deliberativo da Associação Nacional dos
Veteranos da Força Expedicionária Brasileira.
Foram condecorados na ocasião os seguintes militares brasileiros judeus integrantes da FEB: tenentes
Moyses Chahon, Alberto Chahon, Salomão Malina e Salli Szajnferber; capitães Salomao Naslauski e Samuel
Kicis.
O General Modesto aceitou o convite do diretor de Cidadania da Fierj, professor Israel Blajberg, para presidir
a Homenagem ao Soldado Desconhecido Brasileiro e aos 71 Anos do Levante do Gueto de Varsóvia, em 6
de abril, no Monumento Nacional aos Mortos da Segunda Guerra Mundial, no Rio de Janeiro.
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Em primeiro plano, Israel Rosenthal e o General de Exército Francisco Carlos Modesto. Foto: Divulgação.
Israel Rosenthal e o General Francisco Carlos Modesto. Foto: Divulgação.
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Amos Gitai rodará no Rio Grande do Sul filme sobre o caso AMIA
O próximo filme do cineasta israelense Amos Gitai, intitulado "AMIA", contará a história do promotor federal
argentino Alberto Nisman, que investiga o atentado terrorista ao prédio da Associação Mutual Israelita
Argentina, na cidade de Buenos Aires, em 1994.
A empresa gaúcha Prana Filmes vai coproduzir o longa, que será rodado no Rio Grande do Sul. Foram
convidados para o projeto a atriz francesa Juliette Binoche e o ator argentino Ricardo Darín. A produção está
em fase de captação de recursos.
As informações são do bloger lerina, no Zero Hora.
O ataque à AMIA, o maior atentado terrorista da história argentina, deixou 85 mortos e 300 feridos. Nisman
apontou o envolvimento do governo do Irã; até hoje, ninguém foi punido.
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Amos Gitai (dir.) veio a Porto Alegre em 2013 para a mostra "Cinema e Paz". Ao seu lado, o presidente da Federação Israelita do Rio Grande do
Sul, Mario Cardoni. Foto: Firs.
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Hebraica-Rio faz baile aberto de Purim com o Rancho Carnavalesco Praça XI
O Rancho Carnavalesco Praça XI é um bloco judaico que mistura o carnaval e a música klezmer, da cultura
judaica do leste europeu. Todos os integrantes têm parentes que moraram na Praça Onze, centro do Rio de
Janeiro, no início do século 20, quando negros e judeus habitavam a região, e o samba e a marcha se
fixavam na cidade. Daí, o nome do grupo. O repertório inclui clássicos do carnaval e músicas judaicas em
ritmos brasileiros, tocados com instrumentos de sopro, violinos, cavaquinhos, violões, sanfonas e percussão.
O Praça XI animará em 23 de março, na Hebraica-Rio, um baile aberto de Purim, festa que comemora a
salvação dos judeus do extermínio na Pérsia antiga, por volta de 450 A.E.C. A história de Purim é narrada na
Meguilat Esther (Livro de Esther). O costume mais popular, principalmente entre as crianças, é o uso de
fantasias. Uma das explicações para esse costume é que Deus realizou milagres de maneira disfarçada, por
intermédio de pessoas que atuaram sob Sua inspiração, como Esther e Mordechai.
O baile terá participações especiais de Varda, Daniela Spielmann, Mauro Perelmann, Beto Brown e Morá
Sarinha. Haverá muita música, dança e concurso de Rainha Esther (infantil e juvenil), com prêmios.
Participantes fantasiados serão muito bem-vindos. O evento ocorrerá das 16h30 às 20h30. Ingressos: R$
20,00 - inteira; e R$ 10,00 - meia. Aberto para todas as idades.
A Praça Onze
Nas quatro primeiras décadas do século 20, negros vindos da Bahia e da região cafeeira do Estado do Rio e
judeus do Leste Europeu dividiam ruas, escolas e mesmo casas no bairro Praça Onze.
Eles trabalhavam nas ruas, vendendo mercadorias, produzindo boa música e boa comida, afirma a jornalista
Beatriz Coelho Silva. Ao redor da Praça Onze, os judeus criaram sinagogas e escolas, jornais e clubes. “Os
imigrantes solteiros e os que estavam sem família ficavam na Praça Onze até altas horas. Após o
fechamento do comércio, faziam suas refeições no bairro. Na Praça Onze e nas proximidades, várias
pensões forneciam refeições judaicas”, contou o memorialista Samuel Malamud (1908-2000).
No carnaval, a cada noite, 40 mil pessoas se espremiam na praça. Era lá que desfilavam, até os anos 1930,
as primeiras escolas de samba, entre elas a Mangueira e a Portela.
Em 1942, o bairro foi demolido para construção da Avenida Presidente Vargas, mas entrou para a mitologia
carioca. Muito se fala da Praça Onze em sambas clássicos e textos acadêmicos.
O Rancho Praça XI fez uma versão em samba da canção judaica "Mein Yiddishe Mame" ("Minha mamãe
judia"), para homenagear Hilária Batista de Almeida, a Tia Ciata (1854-1924), considerada uma das figuras
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mais influentes para o surgimento do samba carioca. Ela nasceu na Bahia e levou o samba de roda para o
Rio de Janeiro.
Era dona de uma casa, na Praça Onze, onde sambistas se reuniam e onde foi criado "Pelo Telefone", o
primeiro samba gravado em disco. Frequentavam a casa Donga, autor deste samba, e Pixinguinha.
Integrantes do Rancho Carnavalesco Praça XI. Foto: Divulgação.
À esquerda, “Dance Jew”, de Lili Fijalkowska; à direita, ilustração de Iara Teixeira, coautora com Simone Cit do livro "Histórias da Música Popular
Brasileira para Crianças".
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Bonder afirma que principal pilar do judaísmo é senso de vínculo coletivo
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Em carta aberta aos judeus do Brasil, publicada em 28 de fevereiro de 2014, o rabino Nilton Bonder, da
Congregação Judaica do Brasil, no Rio de Janeiro, apresenta uma visão do judaísmo que considera como
seu principal pilar o senso de vínculo coletivo. A partir dessa noção, ele interpreta trechos fundamentais dos
cinco livros da Torá e também elabora um guia prático de conduta (veja no final deste texto).
Leia abaixo partes da carta (que tem 15 páginas), selecionadas pelo boletim da Conib.
Sobre o senso coletivo:
“Ser de tradição não é genético. Começa genético no âmbito da família, mas tem a intenção de se fazer uma
genética inclusiva de todos que aderem à tradição. Por isso, os judeus falam hoje de algo muito estranho que
é o senso genético aplicado a um grupo. Mas não representam um grupo étnico no sentido genético, são
diversos e percebem uma interseção genética pela qualidade do vínculo que a tradição estabeleceu. Klal
Israel, o senso coletivo, ultrapassou a barreira física do sangue e o fez sangue de alma”.
Bonder prossegue, abordando o Êxodo do Egito:
“O Egito bíblico não é um país e também não é um inimigo natural, mas um lugar ‘estreito’ por onde a
tradição dos pais é substituída por uma ‘escravidão’ a normas de um coletivo que não é verdadeiramente um
coletivo, mas a própria dissolução da identidade. O Egito não ameaça a tradição por uma nova tradição, até
porque muitos dos saberes do Egito foram introduzidos na cultura e costumes de Israel; nem ameaça porque
assalta o indivíduo com as más condições do jugo; o tema do Êxodo é o risco de dissolução do vínculo de
Klal Israel. Não é por acaso que na saída do Egito vários não judeus (erev rav) acompanham os judeus como
parte do coletivo, porque já estava estabelecida a norma de que o vínculo é o objeto determinante da
identidade”.
Esta é sua visão de Moisés:
“A Moisés caberá produzir um novo pilar do judaísmo: a Torá. Diferente de Abrão, o idealizador, Moisés é
aquele que tem que colocar em prática e realizar. Não basta conceber a possibilidade deste vínculo, ele tem
que ser objetivado e concretizado. (...) A Torá estabelece que a identidade não seja composta de direitos,
mas de deveres. Vínculos são feitos de deveres, incondicionais e unilaterais. Para uma mãe ou um pai, só há
deveres. (...) O único direito perante um coletivo é ser parte dele”.
A importância dos rabinos, surgidos no período da diáspora:
Os rabinos surgem num período de dispersão e diáspora em que a tradição perde recursos comunais
essenciais. A perda de soberania, a perda da língua, a perda do espaço público e a perda de autonomia. Aos
rabinos coube um terceiro pilar para salvar ambos: Klal Israel, o senso coletivo e de compartilhamento,
mesmo em exílio; e a Torá, o discernimento do dever, mesmo em meio às tribulações do desterro que
favorecem o 'salve-se quem puder' individual. O terceiro pilar dos rabinos é Israel, o lugar coletivo virtual, a tal
terra que não é constituída de território, mas de vínculo; não de fronteira, mas de identidade. Eles passam a
falar de “gader” um cercado, uma circunscrição ao coletivo que lhe pudesse dar contorno. Eles ampliam o
sentido de “deveres” (mitsvot) para práticas e costumes que permitem aos indivíduos exercitar e
experimentar pertencimento a um povo. (...) Halachá, a flexibilização com estrita seriedade e integridade, em
sua essência é um instrumento de mudança. (...) Não existe outra liderança tão comprometida com o coletivo
horizontal e vertical como os rabinos. Líderes políticos, comunitários ou intelectuais parecem ter interesses
muito efêmeros pelas questões coletivas, normalmente contemplando apenas as questões horizontais dos
vínculos. Os rabinos incorporam o compromisso tradicional de transmiti-los e mantê-los e dão norte e
advogam pelo coletivo e pelos compromissos com o coletivo”.
Sobre as diferentes linhas do judaísmo:
“Cabe à autoridade demonstrar que há mérito para legitimar sua condição de excelência. Aos rabinos, o ônus
da prova é a capacidade de suportar a tensão para romper barreiras e ao mesmo tempo se fazer permeável
à diversidade e à complexidade do coletivo. Por isso, encontramos rabinos nos quatro acampamentos da
identidade (1-comprometidos, 2-envolvidos, 3-distantes e 4-assimilados da tradição) e todos eles são
igualmente autênticos porque, do mais ortodoxo ao mais leniente, incorporam a tensão de uma parcela
específica do coletivo. Cada qual com suas demandas e pleitos, mas sempre pactuadas num vínculo parental
comum que transcende o não parentesco e a diferença. A tal terra de Abraão”.
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Leia o texto completo da "Carta aos Judeus", por Nilton Bonder.
Leia o “Guia prático para manter-se conectado ao espaço coletivo”, por Nilton Bonder.
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Indicação de textos
"Exército de Israel é líder na integração entre homens e mulheres", no Blog da Conib.
“Roda Viva tem Claudio Lottenberg como um dos entrevistadores”, na TV Cultura.
“O premiê israelense entrou no meu ônibus”, por Diogo Bercito, na Folha de S. Paulo.
"Mostra em shopping de Salvador revela história de Anne Frank e da Segunda Guerra", no G1.
“Estreia de Kucinski em romance traz páginas de dor e denúncia”, por Alberto Dines, no Estadão.
"Livro homenageia A Rosa Branca, movimento de resistência pacífica ao nazismo", no Blog da Conib.
Universidade Federal Fluminense (Niterói) recebe a exposição "A Rosa Branca".
“Piedade e redes sociais seguram avanço da pena de morte no Irã”, no NYT/O Globo.
“J'adore: Great-granddaughter reveals the Alfred Dreyfus you never knew”, no Haaretz.
“From the Archive: When Jews ‘colonized' Crimea”, no JTA.
"Companhia israelense é destaque de festival de dança", em O Estado de S. Paulo.
“O segredo nazista brasileiro”, na Galileu.
"Mostra explora complexa relação do pintor Emil Nolde com o nazismo", na Deutsche Welle.
"Rolling Stones in Israel: June concert likely", no YNet.
"Projeto junta voluntariado e turismo em Israel", no Blog da Conib.
“Carnaval, Purim e marranos no Brasil”, por Jane Bichmacher de Glasman.
“Jairo é um judeu apaixonado pelo Carnaval”, no programa de Fátima Bernardes.
“Iranian cleric: Albert Einstein was Shiite Muslim”, no Haaretz.
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A Conib não necessariamente endossa as opiniões externadas nos textos e vídeos indicados.
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