RELATÓRIO DAS OPÇÕES DO PLANO “O Plano Diretor Municipal
Transcrição
RELATÓRIO DAS OPÇÕES DO PLANO “O Plano Diretor Municipal
“O Plano Diretor Municipal estabelece o modelo de estrutura espacial do território municipal, constituindo uma síntese da estratégia de desenvolvimento e ordenamento local prosseguida, integrando as opções de âmbito nacional e regional com incidência na área de intervenção .” MAIO2015 definido no Decreto-Lei n.º 380/99, de 22 de Setembro, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 46/09, de 20 de Fevereiro. RELATÓRIO DAS OPÇÕES DO PLANO C. M.Vila Nova de Famalicão/DOGU/DOTPU GIPP, Lda. Índice 1. Introdução .................................................................................................................... 3 1.1 Principais motivações da revisão do PDM .........................................................5 1.2 Metodologia e organização do trabalho .............................................................6 1.3 Objetivos Setoriais.................................................................................................9 2. Caraterização e Diagnóstico ....................................................................................... 11 2.1 Enquadramento regional ................................................................................... 11 2.2 Síntese Estatística ................................................................................................ 14 2.2.1 População e Reorganização Administrativa do Território das Freguesias 14 2.2.2 Indicadores Gerais ............................................................................................ 17 2.3 Projeções Demográficas para o Concelho de Vila Nova de Famalicão ...... 21 2.3.1 População Residente .................................................................................. 22 2.4 3. Matriz SWOT ........................................................................................................ 24 Estratégia de Desenvolvimento................................................................................... 25 3.1 IGT`s de Ordem Superior .................................................................................. 25 3.2 IGT`s de âmbito local ......................................................................................... 34 3.3 Unidades Territoriais de Referência: As Unidades De Planeamento .......... 36 3.4 Objetivos e Estratégia ........................................................................................ 43 3.5 O Modelo de Organização Territorial .............................................................. 46 4. Opções/ Propostas do Plano ....................................................................................... 47 4.1 Sistemas de Estruturação Territorial ................................................................ 47 4.1.1 Sistema Rural ...................................................................................................... 49 4.1.2 Sistema Urbano .................................................................................................. 53 4.1.3 Equipamentos..................................................................................................... 65 4.1.4 Sistema Ambiental (EEM) ................................................................................. 86 4.1.5 Sistema Patrimonial ........................................................................................... 93 4.1.6 Sistema de Suporte ............................................................................................ 94 4.2 Classificação e Qualificação do Solo .............................................................. 159 4.3 Qualificação Funcional ..................................................................................... 161 4.3.1 Solo Rural .......................................................................................................... 163 4.3.2 Solo Urbano ...................................................................................................... 165 4.3.3 Solo Urbanizável .............................................................................................. 167 4.3.4 Perímetros propostos face aos perímetros em vigor.................................. 167 Relatório das Opções do Plano 1 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão/DOGU/DOTPU 5. GIPP, Lda. A Execução do Plano ................................................................................................ 169 5.1 Programa de Execução e Financiamento ...................................................... 169 5.1.1 Introdução .................................................................................................. 169 5.1.2 Programação do Plano ............................................................................. 170 5.1.3 Plano de Execução e Financiamento ...................................................... 179 5.1.4 Documentos ............................................................................................... 187 5.2 6. O Processo de Monitorização (Indicadores) ................................................. 188 Condicionantes e Salvaguardas ................................................................................ 191 6.1 Património Natural ............................................................................................ 191 6.1.1 Recursos Hídricos ..................................................................................... 191 6.1.2 Recursos Geológicos ................................................................................ 193 6.1.3 Áreas de Reserva, Proteção de Solos e de Espécies Vegetais ........... 195 6.2 Património Edificado e Arqueológico ............................................................ 199 6.2.1 Imóveis Classificados ou em Vias de Classificação ............................. 199 6.2.2 Edifícios Públicos ...................................................................................... 202 6.3 Infraestruturas básicas ..................................................................................... 203 6.4 Infraestruturas de Transportes e Comunicações .......................................... 209 6.5 Atividades .......................................................................................................... 217 6.5.1 Instalações com Produtos Explosivos ........................................................... 217 6.6 Cartografia e Planeamento .............................................................................. 218 Vértices Geodésicos ................................................................................................. 218 Rede de Nivelamento Geométrico ......................................................................... 220 6.7 Ruído................................................................................................................... 220 6.7.1 Contextualização ............................................................................................. 220 6.7.2 Objetivos........................................................................................................... 222 6.7.3 Zonamento Acústico ........................................................................................ 222 6.7.4 Documentação do Processo ........................................................................... 224 6.7.5 Monitorização e Atualização ........................................................................... 228 7. Anexos ..................................................................................................................... 229 Relatório das Opções do Plano 2 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão/DOGU/DOTPU GIPP, Lda. 1. INTRODUÇÃO O Plano Diretor Municipal (PDM), de acordo com o definido no Decreto-Lei n.º 380/99, de 22 de Setembro, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 46/09, de 20 de Fevereiro, “estabelece o modelo de estrutura espacial do território municipal, constituindo uma síntese da estratégia de desenvolvimento e ordenamento local prosseguida, integrando as opções de âmbito nacional e regional com incidência na área de intervenção”. Assim sendo, os estudos desenvolvidos atenderam aos seguintes macros objetivos: Definição de um modelo de desenvolvimento, partindo do sistema territorial existente e das seguintes opções estratégicas: - Proteção e valorização ambiental e paisagística; - Salvaguarda e valorização do património cultural, edificado e arqueológico; - Preservação e valorização dos recursos endógenos; - Reorganização do sistema urbano, através da concentração nas polaridades urbanas existente e na consolidação/reabilitação do espaço urbano por oposição ao uso extensivo do solo; - Pleno aproveitamento dos sistemas de infraestruturas de abastecimento de água, drenagem, recolha e tratamento de efluentes e resíduos; - Ordenamento e reforço das áreas para acolhimento de atividades empresariais, face aos sistemas de acessibilidade e mobilidade, aumentando a competitividade; - Reorganização dos sistemas de mobilidade e transportes em função dos níveis de serviço desejados e do sistema urbano municipal e regional; - Monitorização e Operacionalidade do PDM; as quais foram desenvolvidas na 1ª fase (estudos de caracterização e diagnóstico) e 2ª fase (síntese da estratégia), traduzindo-se à posteriori na classificação e qualificação do solo; Articulação dos recursos naturais existentes com os espaços de índole cultural envolventes, tendo como objetivo a definição da estrutura ecológica; Assumpção das reservas como espaços de “valia-nacional” e, por conseguinte, com características e dimensão que justifiquem a sua manutenção. Relatório das Opções do Plano 3 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão/DOGU/DOTPU GIPP, Lda. No presente relatório apresenta-se uma síntese do percurso desenvolvido ao longo dos anos, decorrente das orientações e pareceres dados pelas entidades participantes no processo e no âmbito da Comissão de Acompanhamento. Deste modo, realça-se a “mapificação”, na fase das opções estratégicas descritas e que foram desenvolvidas no relatório “Síntese do Diagnóstico (Situacional e Prospetivo) e Estratégia”, que se submeteu à apreciação e aprovação do Executivo. Cartograficamente interessava estabelecer a classificação do solo (urbano ou rural), proceder à proposta de reorganização dos grandes corredores de transportes, definir as áreas das reservas nacionais, avaliar os critérios de conceção da estrutura ecológica municipal, qualificar o solo rural e o solo urbano. Pretendeu-se, assim, com a aprovação dessa fase, estabilizar as opções estratégicas e os vetores estruturantes que formataram os estudos sequentes e que, essencialmente, incluíram o desenvolvimento da Planta de Ordenamento, o respetivo Regulamento e o Programa de Execução e Plano de Financiamento. O Plano é, assim, composto pelo presente dossier – Relatório – que, essencialmente, explicita e fundamenta o modelo de ordenamento do território adotado, nomeadamente os critérios de aferição dos perímetros urbanos e empresariais e de redelimitação das reservas Agrícola e Ecológica, bem como, pelos seguintes elementos fundamentais: a) Regulamento; b) Planta de Ordenamento, à escala 1/10 000; c) Planta de Condicionantes, à escala 1/10 000. Acompanham ainda o Plano as demais peças escritas e gráficas. Relatório das Opções do Plano 4 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão/DOGU/DOTPU GIPP, Lda. As análises efetuadas no Estudo Prévio foram vertidas e atualizadas incluindo-se todos os documentos exigidos pelo Decreto-Lei nº 380/90, de 22 de Setembro e Portaria nº 138/2005, de 2 de Fevereiro, e demais peças escritas e gráficas. Estes elementos, que constituem o conteúdo documental do PDM, encerram o conteúdo material estabelecido no mesmo decreto, ou seja: - A caracterização da área de intervenção nos diversos domínios apontados; - A identificação da estrutura ecológica municipal; - A definição do sistema urbano municipal; - A definição das classes e categorias de espaços; - A definição das unidades operativas de planeamento e gestão; - A identificação das condicionantes legais; - Os critérios de perequação compensatória; - A articulação com outros instrumentos de gestão territorial; - A programação da execução das opções estabelecidas; - A especificação de parâmetros urbanísticos de referência a estabelecer em planos de urbanização e planos de pormenor; - A identificação das áreas de localização industrial; - O estabelecimento dos objetivos prosseguidos e das ações propostas; - A definição de estratégias para o espaço rural; - Os critérios para a definição das áreas de cedência; - O prazo de vigência do Plano. 1.1 PRINCIPAIS MOTIVAÇÕES DA REVISÃO DO PDM As circunstâncias em que o PDM aprovado em 1994 (PDM’94) foi elaborado, nomeadamente a urgência em proceder à sua aprovação e a não obrigatoriedade da elaboração do programa de execução e do plano de financiamento da realização das obras da competência da administração pública (Decreto-Lei 69/90), levaram naturalmente à falta de definição das ações prioritárias e do cálculo da estimativa dos investimentos, para o prazo de vigência do plano. Relatório das Opções do Plano 5 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão/DOGU/DOTPU GIPP, Lda. Embora se preveja que os equipamentos coletivos e infraestruturas que faltam executar se mantenham no próximo PDM, com a exceção da rede viária secundária complementar, em virtude da desclassificação de algumas estradas nacionais, entretanto efetuada, será necessário adequar os instrumentos de planeamento ao novo quadro legal (Decreto-Lei 380/90 e Portaria nº 138/2005). O grande crescimento dos centros urbanos, através da execução de diversas operações urbanísticas, originou áreas desarticuladas do tecido urbano, com diferentes graus de consolidação, que carecem de um estudo adequado à nova realidade. Acresce-se ainda, que a nova cartografia digitalizada e os novos instrumentos e ferramentas, como por exemplo os sistemas de informação geográfica das redes de equipamentos, infraestruturas e transportes públicos permitiram uma melhor caracterização do território. Os sistemas de informação geográficos também possibilitaram o conhecimento, em tempo real, das transformações do território, importantes para a dinâmica do planeamento. A necessidade da Câmara Municipal rever o PDM surgiu desses desfasamentos, bem como, na prática, do facto dos Planos terem a obrigatoriedade de serem revistos dez anos após a sua entrada em vigor. De acordo com o referido no Relatório Final do PDM, de 1994, a estrutura urbana do município de Vila Nova de Famalicão caracteriza-se por um povoamento que apresenta as características dominantes do Médio Ave, coexistindo um povoamento difuso e uma rede de aglomerados urbanos, destacando-se como centro urbano de primeiro nível a sede do município e como centros de segundo nível os núcleos de Ribeirão, Joane, Riba D’Ave e Lousado. 1.2 METODOLOGIA E ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO É nosso entendimento que a metodologia a seguir no desenvolvimento de qualquer Plano de Ordenamento do Território deve comportar simultaneamente três frentes de trabalho, interligadas entre si e aferidoras das decisões que o processo vai ditando: Proposta de Ações Estruturantes, Gestão Urbanística e Elaboração do Plano. Este entendimento do planeamento como um processo, que não começa só depois do plano aprovado, permite aferir e testar as diferentes propostas que o desenvolvimento dos trabalhos vai impondo, ganhando assim o plano maior operacionalidade, sendo capaz de enquadrar as dinâmicas e agentes em presença, assegurando os equilíbrios fundamentais do concelho. Relatório das Opções do Plano 6 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão/DOGU/DOTPU GIPP, Lda. Em termos gerais, a metodologia a empregar assenta no encadeamento de ações que se CARACTERIZAÇÃO E DIAGNÓSTICO/ESTRATÉGIA podem sintetizar e traduzir no diagrama seguinte: ENQUADRAMENTO EM RECOLHA E TRATAMENTO DE AUSCULTAÇÃO DE ENTIDADES POLÍTICAS E PROGRAMAS DADOS REGIONAIS E LOCAIS CARATERIZAÇÃO E ANÁLISE SISTEMA BIOFÍSICO E SISTEMA TERRITORIAL E PATRIMONIAL RELACIONAL SISTEMA SOCIOECONÓMICO DIAGNÓSTICO PROSPECTIVO PRINCIPAIS POTENCIALIDADES E PROBLEMAS_ RECURSOS E ATORES MOBILIZÁVEIS ESTABILIZAÇÃO DE OBJETIVOS AVALIAÇÃO/ DECISÃO ESTRATÉGIA QUADRO PRÉVIO DE ORDENAMENTO Relatório das Opções do Plano 7 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão/DOGU/DOTPU GIPP, Lda. ORGANIZAÇÃO ESPACIAL DO TERRITÓRIO Ordenamento / atividades e equipamentos Redes de infraestruturas Estrutura ecológica Servidões Administrativas e Restrições de Utilidade Pública, … PROPOSTA DE PLANO Regime de uso do solo INTERVENÇÕES ESTRATÉGICAS PROGRAMA DE AÇÃO: CALENDARIZAÇÃO/ PRIORIDADES PROJETOS ESTRUTURANTES PROPOSTA TÉCNICA DO PLANO CONCERTAÇÃO FORMALIZAÇÃO DA PROPOSTA DO PLANO VERSÃO FINAL DISCUSSÃO PÚBLICA PONDERAÇÃO DE RESULTADOS VERSÃO FINAL DO PLANO Relatório das Opções do Plano 8 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão/DOGU/DOTPU GIPP, Lda. O entendimento do planeamento como um processo contínuo de avaliação e adaptação dos instrumentos de planeamento urbanístico à realidade do Município em transformação, não permite a organização do trabalho em fases estanques e perfeitamente estabilizadas (onde primeiro se faz o diagnóstico e só depois se definem a estratégia e as propostas), pelo que os documentos elaborados nas diversas fases são encarados como documentos de monitorização. Cumprindo esta metodologia, paralelamente aos estudos desenvolvidos, a revisão do PDM foi acompanhada por 3 processos complementares: - Informação: recolha e sistematização de informação disponível e difusão junto aos agentes da informação entretanto produzida; - Concertação: processo de diálogo com os agentes institucionais ou particulares de forma a obter-se convergência de interesses e soluções; - Participação: processo de envolvimento de todos os interessados na evolução da revisão do Plano, nomeadamente através da realização de procedimentos de auscultação e de discussão sobre os vários temas colocados durante os trabalhos. 1.3 OBJETIVOS SETORIAIS Os objetivos sectoriais, que constituíram as bases onde se alicerçou a estratégia de enquadramento das principais propostas do plano, foram os seguintes: - Reforço do peso da sede do município, como principal núcleo da estrutura urbana, dotando-o de infraestruturas e equipamentos e incrementando o sector terciário, por forma a assegurar a fixação de população e reforçar a sua identidade urbana; - Conferir maior sentido de urbanidade aos centros de segunda ordem, e como tal estes serão objeto de tratamento adequado, através da adoção de políticas de hierarquização de equipamentos e serviços compatíveis com esses objetivos, que deverão merecer especial atenção na elaboração dos Planos de Urbanização propostos para estes núcleos. O melhoramento da rede viária e transportes e a distribuição racional dos equipamentos coletivos é essencial para a prossecução deste objetivo; - Implementação de medidas tendo em as dificuldades do sector industrial tradicional (têxtil e vestuário), dando especial atenção à diversidade produtiva; - Redimensionamento permanente da rede escolar através da implantação de novos equipamentos e da reconversão das estruturas existentes, em colaboração com as Relatório das Opções do Plano 9 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão/DOGU/DOTPU GIPP, Lda. estruturas de Ministério da Educação e de acordo com os principais objetivos consignados na Lei de Bases do Sistema Educativo (Carta Escolar do Município); - Reforço do Ensino Superior em Vila Nova de Famalicão assim como a instalação de residências para estudantes; - Melhoria das acessibilidades locais e regionais, assegurando uma correta articulação entre a rede viária municipal e nacional e os itinerários principais; - Garantir categorias de usos do solo que viabilizem a estratégia de desenvolvimento, em todas as suas vertentes, e assegurar a preservação da qualidade ambiental e paisagística, os espaços verdes, as áreas de equipamentos e a defesa do património; - Aprofundamento dos estudos de ordenamento a uma escala superior (unidades operativas de planeamento e gestão). Relatório das Opções do Plano 10 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão/DOGU/DOTPU GIPP, Lda. 2. CARATERIZAÇÃO E DIAGNÓSTICO 2.1 ENQUADRAMENTO REGIONAL De acordo com a Portaria nº 138/2005, de 2 de Fevereiro, foi elaborada a Planta de Enquadramento Regional, que identifica a localização geográfica do concelho no âmbito regional e os sistemas estruturantes do território nesse mesmo âmbito, evidenciando as relações de troca entre os diferentes territórios administrativos. Foram por isso assinalados os municípios limítrofes e os centros urbanos mais importantes, geralmente constituídos pelas cidades, vilas e grandes aglomerados, que detêm funções polarizadoras e evidenciam níveis de atração suficientes para a sua consideração na rede urbana principal do território em apreço. Consideraram-se também as principais áreas industriais e empresariais existentes e previstas em planos municipais de ordenamento, por gerarem ou poderem vir a gerar movimentos pendulares significativos e possuírem efeito de âncora ao motivarem o aparecimento de outras atividades complementares. Deste enquadramento regional, destaca-se o carácter diverso dos vários territórios municipais, quer sob os aspetos geográficos quer quanto aos perfis funcionais, surgindo um sistema polinucleado, onde a cidade de Braga ocupa um nível hierárquico superior. A uma escala inferior e imediata, encontram-se, juntamente com Vila Nova de Famalicão, as cidades de Barcelos, Póvoa de Varzim, Vila do Conde, Trofa, Santo Tirso e Guimarães, que funcionam em rede, complementando-se nas suas diferentes especificidades. Desta rede de cidades, importa procurar consolidar e promover as especificidades de cada uma, assim como as estruturas de relação que dão coesão a esse sistema, nomeadamente: as redes rodoviária e ferroviária; o sistema de transportes, de serviços e de equipamentos; o perfil económico-empresarial. Apesar de Vila Nova de Famalicão se encontrar inserido no grupo de municípios do Vale do Ave, apresenta alterações ao modelo tradicional de crescimento em que se baseava, em função das novas acessibilidades e atividades económicas emergentes, reflexo de uma economia mais competitiva. A rede viária é caracterizada por possuir grandes eixos rodoviários, de importância regional e nacional, que estabelecem a articulação com outros espaços territoriais nacionais e europeus, para além de conectarem os principais aglomerados existentes que formam a rede urbana que caracteriza esta região. Relatório das Opções do Plano 11 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão/DOGU/DOTPU GIPP, Lda. Se os investimentos realizados no âmbito da rede viária nacional asseguram elevados níveis de acessibilidade a outros territórios e contribuem para o reforço da coesão da rede urbana, à escala regional estão por executar intervenções fundamentais no âmbito da conexão entre a rede viária nacional e a rede local. A criação desta rede viária intermédia é indispensável à rentabilização do nível de serviço prestado pela rede nacional, à melhoria da prestação da rede municipal e à valorização do ambiente urbano. Com efeito, os estrangulamentos que hoje se verificam na rede municipal resultam, em parte significativa, das novas funções que esta desempenha no escoamento do tráfego debitado pela rede de autoestradas, sem possuir as características geométricas e de traçado para o efeito, com a consequente penalização dos aglomerados, que agora são percorridos por ruas que suportam tráfego de passagem. É, assim, imprescindível considerar um nível intermédio que proceda à ligação entre a rede nacional e a rede municipal com carácter distribuidor, devendo ser “desenhado” à escala intermunicipal. Ao nível dos transportes coletivos, realce-se o atravessamento do concelho pelas linhas ferroviárias Porto-Valença (linha do Minho), Nine-Braga (linha de Braga) e Trofa-Guimarães (linha de Guimarães). Entre estas, destaca-se o papel suburbano da linha de Guimarães e a sua articulação com a futura linha do Metro da AMP entre Porto e Trofa (linha verde) e com a central de camionagem a localizar no interface rodoferroviário deste último concelho. As recentes intervenções de modernização efetuadas nesta linha acrescem a sua importância na resposta aos movimentos pendulares casa-trabalho da zona sul do concelho, sendo, contudo, necessário dotar as estações de interfaces potenciadores deste modo de transporte e das conexões viárias indispensáveis à melhoria da sua acessibilidade terminal. Importa analogamente assinalar os principais equipamentos existentes, assim como as áreas comerciais de grandes dimensões, por possuírem uma área de influência extensa e uma considerável importância na prestação de serviços. Encontram-se indicadas na planta de enquadramento regional as médias e grandes superfícies comerciais, que incluem essencialmente “retail park”, hipermercados, mercados e feiras; os principais equipamentos desportivos de dimensão e influência significativas; os equipamentos de cultura e lazer, constituídos por parques de campismo, pavilhões multiusos e de exposições, casas culturais e museus de atração relevante; os equipamentos de saúde inerentes a hospitais, termas e centros de saúde; os equipamentos escolares respeitantes às escolas de 3º ciclo, secundárias e às escolas de ensino superior. Relatório das Opções do Plano 12 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão/DOGU/DOTPU GIPP, Lda. Reconhecem-se ainda outros equipamentos, como os equipamentos de desenvolvimento e investigação, os equipamentos administrativos e de proteção civil (que incluem tribunal, segurança social, câmara municipal, bombeiros, psp, etc.) e ainda equipamentos diversos, como as centrais de camionagem e estações ferroviárias, entre outros. Relativamente às dinâmicas empresariais, tal como já foi referido, emerge atualmente um novo modelo em função das novas acessibilidades, em contraponto com a tradicional dispersão das atividades empresariais/industriais, por vezes aparecem no território estas atividades aglomeradas em pequenos núcleos e que, apesar da sua pequena dimensão, exercem sobre o território uma elevada pressão, sobretudo devido à criação de numerosos postos de trabalho e consequentemente de atividades complementares. A dispersão destas áreas empresariais/industriais dificulta a oferta das acessibilidades terminais nas condições desejadas e constitui um ónus severo ao correto ordenamento do território quando geram condições de incompatibilidade ambiental e funcional com outros usos dominantes. Contudo, em muitos dos casos, esta dispersão poderá, contudo, facilitar a mistura de funções no território, facilitando a criação de atividades complementares e de apoio nos espaços fronteiriços e o aproveitamento de mais-valias disponíveis, como por exemplo, a disponibilidade próxima de mão-de-obra. Neste contexto, destacam-se neste território, pela sua dimensão e proximidade, as áreas empresariais/industriais de Ribeirão (Vila Nova de Famalicão), de S. Martinho de Bougado (Trofa) e de Santo Tirso, que poderão potenciar numa centralidade empresarial de dinâmicas complementares. A Planta de Enquadramento Regional apresenta ainda, tal como exigido na Portaria nº 138/2005, as áreas de intervenção dos demais instrumentos de gestão territorial em vigor para a área do município de Vila Nova de Famalicão, nomeadamente, o Plano de Pormenor da Zona Adjacente à Rua Alberto Sampaio, em Outeiro, na freguesia de Calendário (PPZARAS) aprovado pela Assembleia Municipal de Vila Nova de Famalicão a 14 de Maio de 1999, e com Resolução do Conselho de Ministros nº 164/2000, de 20 de Novembro, que abrange uma área aproximada de 3,2 ha, bem como o Plano de Urbanização da Devesa, na freguesia de Antas, deliberado pela Assembleia Municipal de Vila Nova de Famalicão em reunião de 4 de Maio de 2012 e publicado em Diário da República, 2.a série – nº 200 - 16 de Outubro de 2012 (Aviso nº 13836/2012), que abrange uma área de aproximadamente de 85 ha. Encontra-se também em vigor, o Regulamento Municipal de Salvaguarda e Revitalização da Área Central da Cidade de Vila Nova de Famalicão, através do Decreto Regulamentar nº 7471/98, de 26 de Novembro. Relatório das Opções do Plano 13 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão/DOGU/DOTPU GIPP, Lda. Em síntese, pode-se afirmar que o Município de Vila Nova de Famalicão apresenta uma localização geoestratégica interessante, na charneira da Área Metropolitana do Porto (AMP) com os territórios mais dinâmicos do Vale do Ave e deste com o litoral marítimo. Os elevados níveis de acessibilidade que possui em relação ao território exterior fruto das A3, A7 e, da variante à EN14, são fatores de polarização de funções empresariais e comerciais de influência supramunicipal que importa acolher nas condições desejáveis. Contudo, esta política de acolhimento deve ser promovida em simultâneo com políticas de renovação e modernização do tecido empresarial e comercial numa lógica de espaço alargado supramunicipal, explorando as valências de complementaridade dos perfis funcionais da rede de cidades em que Famalicão se integra. 2.2 SÍNTESE ESTATÍSTICA 2.2.1 População e Reorganização Administrativa do Território das Freguesias A Lei 22/2012, de 30 de maio, aprovou o regime jurídico da reorganização administrativa territorial autárquica. O seu art.º 4º criou a Unidade Técnica para a Reorganização Administrativa do Território (UTRAT), relativamente à qual a Resolução da Assembleia da República 80-A/2012 resolveu, nos termos do n.º 5 do artigo 166.º da Constituição, adotar as respetivas normas de funcionamento, definindo a sua natureza como um órgão de natureza externa a funcionar junto da Assembleia da República. A UTRAT integrou, entre outros, um membro de cada uma das Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (Declaração 7/2012 da Assembleia da República - Diário da República n.º 130, 1.ª série, de 6 de julho de 2012). A 28 de janeiro de 2013 foi publicada a Lei 11-A/2013, dando cumprimento à obrigação da reorganização administrativa do território das freguesias constante da Lei 22/2012, de 30 de maio. Relativamente ao município de Vila Nova de Famalicão, que integrava 49 freguesias no seu território, após a entrada em vigor da Lei 56/2012, de 8 de novembro, pela reorganização administrativa do território este município passou a integrar 34 freguesias no seu novo mapa administrativo. Nos quadros que se seguem, apresenta-se uma síntese das alterações ocorridas com esta reorganização administrativa. Relatório das Opções do Plano 14 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão/DOGU/DOTPU Nº de Freguesias (antigo) 1 2 GIPP, Lda. Freguesia_COD. Freguesia_DSG 031201 031202 Abade de Vermoim Antas Na Reorganização Administrativa 2013 Alterada Alterada 3 031203 Avidos Alterada 4 5 6 031204 031205 031206 Bairro Bente Brufe Mantém Alterada Mantém 7 031207 Cabeçudos Alterada 8 031208 Calendário Alterada 9 031209 Carreira Alterada 10 031210 Castelões Mantém 11 031211 Cavalões Alterada 12 031212 Cruz Mantém 13 031213 Delães Mantém 14 031214 Esmeriz Alterada 15 031215 Fradelos Mantém 16 031216 Gavião Mantém 17 031217 Gondifelos Alterada 18 031218 Jesufrei Alterada 19 031219 Joane Mantém 20 031220 Lagoa Alterada 21 031221 Landim Mantém 22 031222 Lemenhe Alterada 23 031223 Louro Alterada 24 031224 Lousado Alterada 25 031225 Mogege Mantém 26 27 28 031226 031227 031228 Mouquim Nine Novais Alterada Mantém Alterada 29 031229 Outiz Alterada 30 031230 Pedome Mantém 31 031231 Portela Alterada 32 031232 Pousada de Saramagos Mantém 33 031233 Requião Mantém 34 031234 Riba de Ave Mantém 35 031235 Ribeirão Mantém 36 031236 Ruivães Alterada 37 031237 Arnoso (Santa Eulália) Alterada 38 031238 Arnoso (Santa Maria) Alterada 39 031239 Oliveira (Santa Maria) Mantém 40 031240 Vale (São Cosme) Alterada 41 031241 Vale (São Martinho) Mantém 42 031242 Oliveira (São Mateus) Mantém 43 031243 Seide (São Miguel) Alterada 44 031244 Seide (São Paio) Alterada 45 031245 Sezures Alterada 46 031246 Telhado Alterada 47 031247 Vermoim Mantém 48 031248 Vila Nova de Famalicão Alterada 49 031249 Vilarinho das Cambas Mantém Relatório das Opções do Plano 15 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão/DOGU/DOTPU Nº de Freguesias (atual) GIPP, Lda. População Residente 2011 Área 2013 (Km²) Densidade Populacional (Hab/Km²) Bairro 3598 3,35 1073,2 Brufe 2231 2,48 896,3 031210 Castelões 2021 3,52 572,8 4 031212 Cruz 1738 4,13 420,7 5 031213 Delães 3917 2,46 1590,2 6 031215 Fradelos 3914 16,80 232,9 7 031216 Gavião 3747 4,04 927,3 8 031219 Joane 8089 7,31 1105,7 9 031221 Landim 2834 4,51 628,4 10 031223 Louro 2250 4,98 451,8 11 031224 Lousado 4057 5,81 697,4 12 031225 Mogege 1943 2,86 677,5 13 031227 Nine 2974 4,33 685,9 14 031230 Pedome 2120 2,63 805,8 15 031232 Pousada de Saramagos 2234 2,12 1053,6 16 031233 Requião 3376 7,41 455,2 17 031234 Riba de Ave 3425 2,75 1242,2 18 031235 Ribeirão 8828 10,29 857,9 19 031239 Oliveira (Santa Maria) 3420 4,52 756,5 20 031241 Vale (São Martinho) 2081 3,60 577,9 21 031242 Oliveira (São Mateus) 2714 2,17 1250,4 22 031247 Vermoim 2930 4,71 621,5 23 031249 1366 8,41 162,4 24 031250 7362 5,44 2004,7 25 031251 3616 8,80 1144,7 26 031252 Vilarinho das Cambas União das freguesias de Antas e Abade de Vermoim União das freguesias de Arnoso (Santa Maria e Santa Eulália) e Sezures União das freguesias de Avidos e Lagoa 2653 4,67 1108,5 27 031253 2587 3,57 1428 28 031254 3684 7,25 1005,2 29 031255 4890 16,70 864,3 30 031256 3144 9,83 958,7 31 031257 3001 4,54 1380,4 32 031258 1542 2,85 1054,2 33 031259 5401 13,68 1078,5 34 031260 União das freguesias de Carreira e Bente União das freguesias de Esmeriz e Cabeçudos União das freguesias de Gondifelos, Cavalões e Outiz União das freguesias de Lemenhe, Mouquim e Jesufrei União das freguesias de Ruivães e Novais União das freguesias de Seide União das freguesias de Vale (São Cosme), Telhado e Portela União das freguesias de Vila Nova de Famalicão e Calendário TOTAL 20145 8,93 5587,2 133832 201,59 663,9 Freguesia_COD. Freguesia criada/ alterada pela RAFT 1 031204 2 031206 3 Relatório das Opções do Plano 16 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão/DOGU/DOTPU GIPP, Lda. 2.2.2 Indicadores Gerais SÓCIO-DEMOGRAFIA População 1991 2001 2011 Concelho 114.338 127.567 133.832 v.a. 13.229 % 11,60% v.a. 6265 % 4,9% Sede 5.243 8.098 8.480 2.855 54,50% 392 4,84% 31.675 39.543 45.138 7.868 24,80% 5.595 14,14% Famílias Clássicas Estrutura Familiar Densidade Populacional Estrutura Etária 3,6 3,2 pes/fam pes/fam Variação 1991-2001 -0,4 3,0 pes/fam pes/fam 566,8 632,4 663,9 65,6 hab/km² hab/km² hab/Km² hab/km² -10,6% 11,60% Variação 2001-2011 -0,2 pes/fam 31,5 hab/Km² -6,30% 4,98% Jovens 26.641 23,30% 23.971 18,80% 22.300 16,66% -2.670 -10,00% -1.671 -7,49% Adultos 78.481 68,60% 90.061 70,60% 93.088 69,55% 11.580 14,80% 3.027 3,36% Idosos 9.210 8,10% 13.535 10,60% 18.444 13,78% 4.325 47,00% 4.909 36,26% Índice Dependência Total 45,70% 41,90% 42,8% -3,80% -8,30% 0,90% 2,15% Índice Dependência Jovens 34,00% 26,70% 23,1% -7,30% -21,50% -3,60% -13,48% Índice Dependência Idosos 11,70% 15,20% 19,8% 3,50% 29,90% 4,60% 30,26% Índice de Envelhecimento 34,60% 56,80% 85,7% 22,20% 64,20% 28,90% 50,88% Taxa de Analfabetismo 8,20% 6,70% 4,0% -1,50% -18,30% -2,70% -40,29% Relatório das Opções do Plano 17 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão/DOGU/DOTPU GIPP, Lda. 2001 2011 v.a. % 67.577 68.616 1.039 1,5% 64.043 58.368 -5.675 -8,9% ECONOMIA População Ativa População Empregada por Sector de Atividade Total Primário Variação 2001-2011 953 1,5% 654 1,1% -299 -31.4% Secundário 40.545 63,3% 29.062 49,8% -11.483 -28,3% Terciário 22.545 35,2% 28.652 49,1% 39 0,17% População Desempregada 3.534 10.248 6.714 190% Taxa de Desemprego 5,2% 14,9 9.7% 186% Taxa de Atividade 53,0% 51,3 -1.7% -3.2% 4.727 4.332 -395 -8.4% Sociedades por Setor de Atividade Total Primário 48 1,0% 79 1,8% 31 64,5% Secundário 2.801 59,3% 1.610 37,1% -1191 -42,5% Terciário 1.878 39,7% 61,1% 765 40,7% 1999 2009 ATIVIDADE AGRO-FLORESTAL Nº Explorações Variação 1999-2009 v.a. % 1.728 1.120 -608 -35,1% Superfície Agrícola Utilizada - SAU (ha) 6.381 5.327 -1.054 -16,5% SAU média por exploração (ha) 3,69 4.75 1,06 28,7% Relatório das Opções do Plano 18 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão/DOGU/DOTPU GIPP, Lda. PARQUE EDIFICADO 2001 2011 Variação 2001-2011 v.a. % Edifícios 32.281 38.868 6.587 20,4% Alojamentos 45.964 55.252 9.288 20,2% 1,42 0,0 0,0% Alojamentos Familiares por Edifício 1,42 Alojamentos Familiares Clássicos Alojamentos Familiares Não Clássicos 45.750 99,5% 50.152 90,7% 4.402 9,6% 210 0,5% 33 0,06% -177 -84,3% Alojamentos Coletivos - Hotéis e similares 2 15 13 -60,0% Alojamentos Coletivos - Convivência 2 31 29 -95,8% 1,42 1,29 0,13 -9,2% Alojamentos Familiares Clássicos por Edifício Alojamentos Familiares de Residência Habitual 38.487 84,1% 44.914 81,2% 6.427 16,7% Alojamentos Familiares de Uso Sazonal 3.735 8,2% 5.271 10,5% 1.536 41,1% Alojamentos Familiares Vagos 3.528 7,7% 5.100 10,2% 1.572 44,6% 55.252 13.030 30,8% Aloj. Fam. Clássicos de Residência Habitual 42.222 Famílias por Aloj. Fam. Clássico de Resid. Hab. 0,94 1,0 0,06 6,4% Carência Habitacional (alojamentos) 1.056 734 -322,00 -23,4% Alojamentos Familiares de Residência Habitual Relatório das Opções do Plano com água 38.032 98,8% 44.719 99,5% 6.687 17,6% com eletricidade 38.644 100,4% 44.914 100,0% 6.270 16,2% com retrete 36.385 94,5% 44.786 99,7% 8.401 23,1%% com banho 36.668 95,3% 44.146 98,3% 7.478 20,4% com saneamento 38.393 99,8% 44.143 98,3% 5.750 15,0%% 19 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão/DOGU/DOTPU GIPP, Lda. LICENÇAS E OBRAS CONCLUÍDAS De 1994 a 2012 N.º de Licenças emitidas 23.909 N.º de Licenças para Habitação 11.006 N.º de Licenças para Construção Nova 11.226 N.º de Fogos licenciados 19.150 Tipologia dos Fogos Licenciados 1994/2003 T0 a T1 684 4,9 T2 3.468 25,0 T3 8.469 61,2 T4 ou mais 1.272 9,2 EQUIPAMENTOS Ensino / Escolas Desporto e Lazer Saúde 2001 2011 v.a. % Jardim de Infância 52 52 0 0 1.º Ciclo 83 60 -23 -27,7 2.º e 3.º Ciclo e Secundário 31 18 -13 -41,9 Profissional 4 4 0 0 Campos Futebol 63 148 85 134,9 Piscina 4 11 4 100,0 Polidesportivo / Gimnodesportivo 8 13 5 62,5 Centro Saúde 15 17 2 13,3 Hospitais 2 3 1 50 1,20 ‰ 1,70 ‰ 0,50 ‰ 4.16 Médicos por mil habitantes Relatório das Opções do Plano 20 MAIO 2015 Variação 2001-2011 C. M.Vila Nova de Famalicão/DOGU/DOTPU 2.3 GIPP, Lda. PROJEÇÕES DEMOGRÁFICAS PARA O CONCELHO DE VILA NOVA DE FAMALICÃO Após consulta, recolha e tratamento da informação relativa ao XIII e XIV Recenseamento Geral da População (1991 e 2001 respetivamente), efetuaram-se projeções demográficas para o horizonte de vigência do Plano Diretor Municipal, concretamente para 2011, 2016 e 2021. Nesse âmbito, admitiram-se alguns pressupostos de cálculo, bem como algumas hipóteses exploratórias que serão evidenciadas ao longo do presente estudo. Adotou-se como critério de abordagem a projeção por unidades de planeamento, bem como por agrupamentos escolares e para a Cidade (definida neste caso pelo total das freguesias de Antas, Brufe, Calendário, Gavião e V. N. Famalicão) procurando, deste modo, servir de base aos diversos estudos do Plano Diretor Municipal e reduzir a margem de erro associadas a estas projeções. Não obstante a atualidade da fonte estatística de partida, será sempre de admitir alguma falibilidade dos resultados apresentados, tendo em conta o grau de incerteza inerente às migrações e ao próprio modelo de projeção, mesmo considerando a aferição efetuada. Reunidos os requisitos necessários foi efetuada uma projeção faseada do Crescimento Natural, de forma a estimar a população para o horizonte do Plano Diretor Municipal, até um pouco mais alargado, até 2021. Para o efeito foi adotado um processo de análise das componentes demográficas aplicadas aos escalões etários, designado de “Método de Sobrevivência das Coortes”. Desse modo foram calculados separadamente os efetivos masculinos e femininos, (porque possuem taxas de sobrevivência distintas) por cada um dos grupos etários. O processo de cálculo da evolução natural da população a partir dos residentes registados em 1991 e das respetivas probabilidades de sobrevivência ao longo do intervalo temporal em causa, fundamentou-se nas tábuas de cálculo tipo Princeton (“Modelo Sul”), tendo sido considerados os níveis 23 e 24 para os quinquénios 1991/1996 e 1996/2001, respetivamente, e o nível 25 para os quinquénios seguintes, até 2021. Para a aplicação prática do método houve previamente que definir alguns pressupostos de trabalho, tendo em conta a articulação das componentes teóricas com a informação estatística disponível. Estabeleceram-se pois as seguintes hipóteses (tabelas no anexo 1): - Para o cálculo da população dos 0-4 anos, nascimentos, admite-se a hipótese da evolução da Taxa de Fecundidade seguir a tendência crescente da Projeção para o Território Nacional (estudo realizado pelo INE, em anexo); - O número de nascimentos é determinado pela aplicação da taxa de fecundidade ao efetivo médio da população feminina dos 15-49 anos; Relatório da Proposta do PDM de VNF 21 FEV 2014 C. M.Vila Nova de Famalicão/DOGU/DOTPU GIPP, Lda. - A desagregação por sexo do total de nascimentos, foi feita considerando a relação de masculinidade; 0.5122, homens e 0.4878, mulheres; - O efetivo de nascimentos obtém-se pela aplicação das taxas de sobrevivência à nascença por sexo, segundo as tábuas tipo Princeton – “Modelo Sul”; - O saldo migratório manterá a tendência (peso percentual) verificada na década 91/01. Conhecido o total absoluto da População Residente, conforme os Resultados Definitivos do Recenseamento de 2001, retira-se o valor do Saldo Migratório como resultado da subtração entre a População Residente e o Crescimento Natural (“Método de Sobrevivência das Coortes”), nesse mesmo ano. De seguida, e como também era conhecido o saldo Migratório Total da População entre 1991 e 2001, efetuou-se uma correção à projeção do crescimento natural, em função da diferença do saldo migratório (real e resultante da projeção) sobre o total da população projetada, para que o valor total do saldo migratório conhecido fosse coincidente com a diferença da projeção natural para o valor da população residente total do Censo 2001. Por último, considerou-se que o peso resultante do saldo migratório por classe etária (diferença entre a projeção natural corrigida e o valor do Censo 2001) se manteve para os quinquénios seguintes (projeção de 2006 a 2021). Nas tabelas em anexo (anexo 1), encontra-se a descrição completa do modelo de projeção para o total do concelho, tendo-se optado por incluir apenas os resultados finais nas restantes análises. 2.3.1 População Residente Da adição da projeção do crescimento natural com o previsto saldo migratório (cujo peso percentual se prevê manter constante nos próximos quinquénios) para 2006, 2011, 2016 e 2021, resultou o total absoluto da população residente. Para a quantificação dos valores absolutos da população residente por grupo etário, supõe-se que a desagregação dos saldos migratórios seria proporcionalmente idêntica à estimada para a década 1991/2001. O quadro a seguir apresentado compara os valores registados em 1991 e 2001 com os estimados para 2011 e 2021 apresentando a respetiva taxa de crescimento por grupo etário. Antevê-se um duplo envelhecimento, diminuição da população jovem em simultâneo com a acentuação do processo de envelhecimento da sua população (à semelhança da estrutura etária nacional). Relatório das Opções do Plano 22 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão/DOGU/DOTPU POPULAÇÃO RESIDENTE TOTAL GIPP, Lda. PROJEÇÕES – POPULAÇÃO TOTAL (EFETIVA) 1991 2001 2011 2021 TC 91/01 TC 01/11 TC 11/21 7616 7931 7630 7089 4,14 -3,80 -7,09 5;9 8618 8042 7524 7230 -6,68 -6,44 -3,91 10;14 10413 7998 7448 7451 -23,19 -6,88 0,05 15;19 11406 9159 7978 7610 -19,70 -12,90 -4,61 20;24 11294 10701 7743 7361 -5,25 -27,64 -4,94 25;29 10493 11383 8616 7654 8,48 -24,31 -11,17 30;34 8869 11165 10355 7503 25,89 -7,25 -27,54 35;39 8444 11004 11687 8899 30,32 6,21 -23,85 40;44 7312 9413 11574 10696 28,73 22,96 -7,59 45;49 5659 8851 10666 11567 56,41 20,51 8,45 50;54 5407 7386 8821 11193 36,60 19,43 26,88 55;59 5024 5732 8297 10260 14,09 44,76 23,65 60;64 4573 5267 6952 8403 15,18 31,99 20,87 65;69 3419 4859 5241 7720 42,12 7,87 47,29 70;74 2456 3769 4418 5931 53,46 17,22 34,24 75;79 1811 2506 3506 3896 38,38 39,92 11,12 80;84 995 1420 2359 2730 42,71 66,14 15,70 0;4 85 E + 529 981 1438 2096 85,44 46,60 45,71 TOTAL 114338 127567 132255 135288 11,57 3,67 2,29 FONTE DE PARTIDA: INE; RESULTADOS DEFINITIVOS DOS C ENSOS (1991 E 2001) TC - TAXA DE CRESCIMENTO (%) Através das Estimativas da População Residente, publicadas pelo Instituto Nacional de Estatística do ano de 2009, para o Concelho, conseguimos perceber que os valores aqui apresentados superam as expectativas apresentadas anteriormente em termos de crescimento populacional. De facto, comparando os dados obtidos nestas projeções com os dados oficiais dos censos 2011 (INE) que para o Município apresenta uma população total de 133.832 habitantes, verifica-se que as projeções efetuadas têm um nível de rigor muito elevado, verificando-se valores muito próximos da realidade. No que respeita aos grupos etários, esta estimativa vem ao encontro do preconizado anteriormente, com diminuição da população jovem e aumento da população nas faixas etárias mais altas. Vila Nova de Famalicão Vila Nova de Famalicão Variação Nº Variação % Total População 0-14 anos 15-24 anos 25-64 anos 65 e mais anos 2009 135536 21994 16477 79362 17703 2001 127567 23971 31243 70201 13535 7969 -1977 -14766 9161 4168 6,2 -8,2 -47,3 13,0 30,8 01/08 Relatório das Opções do Plano 23 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão/DOGU/DOTPU 2.4 GIPP, Lda. MATRIZ SWOT A análise SWOT visa a deteção dos principais elementos a reter para a definição de uma estratégia territorial para o Município, organizando-se sob a forma de “pontos fortes e pontos fracos” que se associam às “oportunidades e ameaças”. Os pontos fortes dizem respeito aos valores próprios e positivos do território e que contribuem para a sua distinção, devendo assim ser potenciados. Os pontos fracos dizem respeito aos valores próprios e negativos, que contribuem e determinam a degradação do território e que portanto devem ser minimizados. Por outro lado, num contexto territorial externo, as oportunidades correspondem a fatores que apesar de externos, poderão potenciar as caraterísticas próprias do território e que devem ser aproveitadas. As ameaças correspondem a fatores externos que poderão contribuir para a desagregação da integridade e dos valores existentes e que, por esse motivo, deverão ser contrariadas. Esta combinação dos dois fatores (internos e externos) e das suas variáveis (pontos fortes, pontos fracos, oportunidades e ameaças) facilitará a análise para tomada de decisões na definição de estratégias para o município. Assim, a matriz que suporta a síntese de diagnóstico e que se encontra em anexo (anexo 2), compreende as áreas temáticas tratadas na fase de caracterização e que se a seguir se enumeram, bem como as linhas estratégicas/ objetivos específicos e as medidas/ ações a tomar para alcançar esses objetivos. (2.4.1) – Aspetos Biofísicos; (2.4.2) – Sócio demografia; (2.4.3) – Atividades Económicas; (2.4.4) – Parque Edificado; (2.4.5) – Equipamentos; (2.4.6) – Património; (2.4.7) – Acessibilidade e Mobilidade; (2.4.8) – Infraestruturas Básicas; (2.4.9) – Sistema Urbano; (2.4.10) - Avaliação do PDM de 1994. Relatório das Opções do Plano 24 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão/DOGU/DOTPU GIPP, Lda. 3. ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO 3.1 IGT`S DE ORDEM SUPERIOR O procedimento de revisão do PDM visa a concertação de estratégias definidas a nível regional, nacional e internacional ao nível local, articulando-se por isso com os planos de diversas áreas. De seguida apresentam-se as opções de âmbito nacional e regional que incidem sobre o território do concelho de Vila Nova de Famalicão e que são integradas no Plano Diretor Municipal, destacando-se o Programa Nacional de Política de Ordenamento do Território (PNPOT) aprovado em 4 Setembro de 2007 e o Plano Regional de Ordenamento do Território do Norte (PROT-N) (ainda não aprovado e eficaz), portadores de informação e orientações importantes do ponto de vista analítico ou obrigatórias do ponto de vista normativo. A filosofia subjacente a todos estes instrumentos, cujos objetivos principais se apresentam de seguida, assenta no reconhecimento de que os objetivos económicos, sociais e ambientais podem reforçar-se mutuamente, devendo portanto avançar em conjunto. Existe, assim, uma convergência de objetivos destes planos, a seguir listados, e estratégias no sentido do desenvolvimento sustentável: • Programa Nacional de Política de Ordenamento do Território (PNPOT); • Plano Regional de Ordenamento do Território para a Região Norte (PROT-N: em elaboração); • Plano da Bacia Hidrográfica do Rio Ave (PBH-Ave); • Plano Regional de Ordenamento Florestal do Baixo Minho (PROF-BM); • Plano Rodoviário Nacional (PRN); A partir destes objetivos pode compreender-se o cenário de desenvolvimento apontado para o país e em particular para Vila Nova de Famalicão, onde se enquadra o conteúdo programático proposto pelo processo de revisão do PDM. . PNPOT O Programa Nacional da Política de Ordenamento do Território (PNPOT) define as grandes opções para a estratégia nacional e determina, juntamente com o Plano Regional de Ordenamento do Território (PROT) as orientações estratégicas a implementar nos Planos Municipais de Ordenamento do Território (PMOT). No relatório do PNPOT, publicado através da Lei n.º 58/2007, de 4 de Setembro e retificado pela declaração n.º 80-A, de 7 de Setembro de 2007, são enunciados os principais problemas para o Ordenamento do Território em Portugal, agrupados em seis domínios: Relatório das Opções do Plano 25 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão/DOGU/DOTPU GIPP, Lda. • “Insuficiente salvaguarda e valorização dos recursos naturais e ineficiente gestão dos riscos; • Expansão urbana desordenada e correspondentes efeitos na fragmentação e desqualificação do tecido urbano e dos espaços envolventes; • Ineficiência e insustentabilidade ambiental e económica nos domínios dos transportes e da energia; • Insuficiência das infraestruturas e sistemas de apoio à competitividade, conetividade e projeção internacional da economia do país; • Inadequação da distribuição territorial de infraestruturas e de equipamentos coletivos face às dinâmicas de alteração do povoamento e das necessidades sociais; • Ausência de uma cultura cívica de ordenamento do território e ineficiência dos sistemas de informação, planeamento e gestão territorial.” No que concerne à caracterização e orientações estratégicas proferidas no PNPOT para a Região Norte em geral, destacam-se as seguintes pela aplicação direta ao espaço territorial do Concelho de Vila Nova de Famalicão em concreto: Caracterização • Na relação dinâmicas demográficas e dinâmicas económicas, a concorrência internacional, tem vindo a expor esta região a altas taxas de desemprego; • O crescimento económico perspetivado refere-se ao terciário impondo a qualificação deste setor e a dinamização das exportações; • A inserção nos processos de globalização poderá ser problemática, sobretudo para o Noroeste do nosso País, pelo colapso dos modelos patentes; Orientações estratégicas • O reforço e estruturação do policentrismo assumido pela conurbação urbana do litoral, que congrega cerca de 1/3 da população do País e ¼ da economia de Portugal e cujo centro é ocupado pelo Porto e que congrega espaços âncora para o desenvolvimento do terciário avançado, designadamente pela aposta proposta no fortalecimento do triângulo Braga-Guimarães-Vila Nova de Famalicão; • A mais-valia que representa a proximidade com a Galiza, com a qual este território deve criar sinergias de complementaridade e de cooperação transfronteiriça asseverando a constituição de uma euro-região e potenciando projetos de escala europeia; • O desenvolvimento do turismo pelo aproveitamento do potencial cultural e patrimonial patente; • As potencialidades da presença do ensino superior e outras instituições e clusters do conhecimento; Relatório das Opções do Plano 26 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão/DOGU/DOTPU GIPP, Lda. • A necessidade de qualificar, reordenar e estruturar os espaços industriais e as atividades económicas, rompendo com o atual modelo disperso, utilizando a respetiva interação como ferramenta imprescindível para a competitividade económica da região e captação de investimento externo; • Apostar numa rede de áreas de acolhimento de atividades inovadoras e de base tecnológica; • Articular as áreas de localização empresarial com os principais centros de ensino superior, tecnológico e de conhecimento e garantir adequadas condições de acessibilidade aos mesmos; • Reforço da rede ferroviária (sobretudo a alta velocidade) e estruturação da rede viária valorizando os pontos nodais, articulando o território e reduzindo a situação periférica do território; • Salvaguardar a paisagem de forma sustentável aliando-lhe a vertente turística; • Prever políticas urbanas para a adequada integração de imigrantes (vindos de outras regiões ou países); • Valorização da identidade específica das cidades numa lógica de articulação complementar com os territórios de proximidade intentando alcançar a devida atratividade e competitividade externa e global; As principais orientações para a elaboração dos Planos Municipais de Ordenamento do Território e que fazem parte da estratégia concelhia, consubstanciam-se no seguinte: • Definição das estruturas ecológicas de forma coerente e compatível com as estruturas ecológicas definidas nos PROT; • Articulação com os Planos de Gestão Florestal; • Implementação do Plano Nacional de Regadios (articulando as estratégias de gestão da água definidas no Plano Nacional da Água e nos Planos de Gestão de Bacia Hidrográfica); • Relativamente aos recursos geológicos, atualização do cadastro e criação de áreas de reserva e áreas cativas para a respetiva gestão racional, bem como, monitorização e fiscalização da extração; • Implementação de medidas que motivem a mobilidade sustentável, incentivando a utilização do transporte público e de modos suaves; • Definição, classificação e gestão de áreas de paisagem protegida; • Articulação do ordenamento com a Avaliação Estratégica; • Definição para os diferentes tipos de riscos naturais, ambientais e tecnológicos, das áreas de perigosidade, os usos compatíveis, as medidas de prevenção e de mitigação dos riscos em causa; • Integração da rede ferroviária na rede ibérica e europeia de passageiros e mercadorias; Relatório das Opções do Plano 27 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão/DOGU/DOTPU GIPP, Lda. • Articulação da rede viária macro (IP e IC) com a rede viária micro, o que poderá implicar a consolidação de uma rede de itinerários regionais agregados a um conjunto de variantes e circulares aos centros urbanos; • Promoção de planos de mobilidade intermunicipais incentivadores da articulação entre centros urbanos contíguos; • Reforço da componente estratégica dos PDM`s, integrando as opções da forma de desenvolvimento urbano e da respetiva dimensão; • Aplicação de mecanismos de execução e perequação nos IGT, garantindo a devida priorização na programação e autossustentabilidade financeira; • Reordenamento das redes de educação garantindo a adequabilidade às dinâmicas e a respetiva eficiência; • Promoção da diversidade tipológica e funcional, tendo como objetivo o combate à segregação social, designadamente das minorias étnicas e imigrantes; • Reforço da reabilitação por oposição à construção; • Promoção de oferta racional de equipamentos, adequada às necessidades do território; • Integração das orientações do PERSU e de outros programas do mesmo âmbito nos IGT; • Integração de medidas que visem a equidade na acessibilidade e mobilidade, designadamente através da eliminação de barreiras físicas existentes nas infraestruturas de transporte e através da inclusão de medidas de segurança nos planos de infraestruturas viárias; • Promoção da intermodalidade; • Articulação do ordenamento do território com as políticas de mobilidade e com a rede de transportes (relacionando os locais de emprego, equipamentos e serviços com as áreas residenciais, e definindo os circuitos das mercadorias desde os locais de produção aos locais de comercialização); • Avaliação e monitorização das dinâmicas territoriais. . PROT Nos termos do regime jurídico vigente para o sistema de gestão territorial, os PROT´s constituem-se em quadro estratégico e de referência normativa para o planeamento municipal, o qual terá assim de incorporar, a partir da entrada em vigor daqueles, as adaptações que se revelarem necessárias para acolher as orientações e diretrizes de âmbito regional. Desde logo, estabelece a lei que tal adequação deve ocorrer de imediato à entrada em vigor do PROT, ao abrigo do mecanismo de alteração por adaptação (estabelecido no artigo 97º do RJIGT) ou revisão. Relatório das Opções do Plano 28 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão/DOGU/DOTPU GIPP, Lda. Apesar de na presente data o PROT-N não estar aprovado, as propostas desenvolvidas no âmbito do processo de elaboração desse instrumento, foram aqui contempladas, por se considerarem pertinentes e por ser oportuno antecipar o citado artigo 97º do RJIGT. Normas orientadoras O PROT-N definiu normas orientadoras para a programação das respetivas opções, bem como orientações estratégicas e diretrizes para o apoio à decisão na prossecução das respetivas normas. As normas orientadoras dividem-se em normas gerais e normas específicas. Relativamente às normas gerais, estas distribuem-se da seguinte forma: • Governança A. operacionalização do plano B. promoção da cidadania e da participação • Inovação e Competitividade • Articulações Transfronteiriças e Inter-regionais Relativamente às normas específicas, estas dividem-se da seguinte forma: 1. Sistema de Estruturação Funcional 1.1.Sistema Urbano 1.2. Uso do solo 1.3. Mobilidade, transportes e Acessibilidades 1.4 Infraestruturas e redes de TIC 1.5 Sistema Energético 2. Sistema Biofísico e Patrimonial 2.1. Proteção e valorização ambiental 2.2. Património histórico-cultural 2.3. Sustentabilidade hídrica 2.4. Zona Costeira 2.5. Riscos Naturais e Tecnológicos 3. Sistema de Recursos Produtivos 3.1. Recursos geológicos e hidrogeológicos 3.2. Agricultura, floresta e desenvolvimento rural 3.3. Turismo Com base nas normas específicas definidas, o PROT-N, desenvolveu diretrizes para a respetiva concretização. No que concerne aos Planos municipais de ordenamento do território, destacam-se as seguintes diretrizes: Relatório das Opções do Plano 29 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão/DOGU/DOTPU GIPP, Lda. • Orientações genéricas para os Planos Municipais de Ordenamento do Território O PROT-N aconselha, como medida de organização territorial e visando a sustentabilidade e a equidade nas condições de vida das populações, o aumento da coesão territorial. Os PMOT`s devem respeitar, em consonância com o PROT, designadamente as seguintes orientações: • A reclassificação do solo rural em solo urbano, bem como a edificabilidade admissível em solo rural (salvo nas situações de usos complementares dos dominantes) deve assumir caráter excecional; • A contenção da expansão do solo urbano prevendo a economia de recursos (infraestruturas, equipamentos, serviços, etc.); • A edificabilidade em solo urbano deve-se processar nos prédios confinantes com via pública habilitante e infraestruturada, não se admitindo o recurso a soluções técnicas individuais para suprir essa omissão; • A edificação deve concentrar-se em aglomerados urbanos ou rurais, evitando modelos de povoamento disperso ou linear; • Relativamente à edificabilidade em solo rural, este instrumento, determina que os PMOT devem prever a contenção da edificabilidade em solo rural consignando restrições à edificabilidade, fora das áreas de edificação dispersa e aglomerados rurais (de acordo com as definições constantes no Decreto Regulamentar n.º 9/2009, de 29 de Maio) apenas a situações excecionais; • A classificação e qualificação do solo deve-se coadunar com a salvaguarda de áreas de interesse ambiental, cultural, arquitetónico, etc., bem como com as áreas de risco natural e tecnológico; • A previsão da estruturação da relação urbano-rural e consolidação de polaridades; • A colmatação urbana e compactação gradual das áreas de solo urbano já infraestruturadas e dos vazios definidos nas áreas consolidadas; • A adequação quantitativa e qualitativa do solo urbano, face à estratégia de desenvolvimento concelhio para o período de vigência do plano; • A identificação e regulamentação das situações existentes de aglomerados rurais e áreas de edificação dispersa em solo rural; • A definição dos mecanismos de programação da execução do plano, em consonância com as orientações estratégicas e operacionais do plano (as quais determinam como o território deve ser utilizado, ocupado e transformado), com a monitorização gizada e contemplando as prioridades estipuladas para o desenvolvimento do território em questão; Relatório das Opções do Plano 30 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão/DOGU/DOTPU GIPP, Lda. • O destrinçar, no interior do perímetro do solo urbano, do solo urbanizado e do solo urbanizável garantindo que esta última categoria será executada, por regra, com recurso à antecipada programação através de unidades de execução; • O impedimento da edificabilidade em áreas com relevância para a conservação da natureza e nas áreas florestais que apresentem perigo de incêndio alta e muito alta (excecionando-se as construções de apoio florestal e de combate aos incêndios); • O combate à atual tendência de propagação das redes de infraestruturas em solo rural, incentivando como alternativa a utilização de sistemas individualizáveis da responsabilidade dos proprietários e ambientalmente sustentáveis. • A definição de percentagens de afetação a habitações a custos controlados em determinadas operações urbanísticas que apresentam áreas de implantação relevante. No âmbito dos IGT, nomeadamente para os PDM são referenciadas diretrizes, as quais foram tidas como referência, de entre as quais se destacam: Planta da situação existente Na diretriz D12.01, o PROT-N determina que os PMOT`s deverão identificar na planta da situação existente: a) Delimitação das áreas edificadas consolidadas e em consolidação; b) Delimitação das áreas urbanas consolidadas (conforme definição do Dec. Reg. nº 9/2009, de 29 de Maio); c) Fora das áreas urbanas consolidadas: identificação dos troços de arruamentos públicos pavimentados, com capacidade de trânsito automóvel incluindo veículos das forças de segurança e proteção civil, nomeadamente ambulâncias e carros de bombeiros (vias públicas habilitantes); d) Fora das áreas urbanas consolidadas: identificação dos troços de arruamentos dotados de cada uma das seguintes redes de infraestruturas urbanísticas: (i) abastecimento domiciliário de água, (ii) drenagem de esgotos domésticos, e (iii) fornecimento de energia elétrica, bem como dos aglomerados servidos por sistemas de telecomunicações e por sistemas de transportes públicos; e) Identificação e delimitação das áreas de edificação dispersa existente. Relatório das Opções do Plano 31 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão/DOGU/DOTPU GIPP, Lda. Recomendações Específicas para o solo Rural Na diretriz D12.07, o PROT-N define que a qualificação do solo rural deve processar-se através da integração em categorias e subcategorias a definir e regulamentar de acordo com a tipologia legalmente estabelecida e com base nos seguintes critérios: a) Compatibilidade com as opções do PROT-Norte- designadamente as relativas à ERPVA, ao ordenamento agrícola e florestal e ao desenvolvimento de atividades económicas no espaço rural- e com as opções dos planos setoriais com incidência no território municipal; b) Conformidade com os planos especiais de ordenamento do território e com os regimes jurídicos de proteção, conservação e valorização dos recursos naturais; c) Salvaguarda e aproveitamento das áreas afetas a usos agroflorestais ou extrativos; d) Aproveitamento multifuncional dos espaços rurais, com acolhimento de atividades que contribuam para a sua diversificação e dinamização económica e social, salvaguardando a sustentabilidade ambiental e paisagística desses espaços; e) Enquadramento de equipamentos, estruturas, infraestruturas e sistemas que não impliquem a classificação como solo urbano. Solo Urbanizado e de Urbanização Programada Na diretriz D12.10, o PROT-N define que os PMOT, nomeadamente o PDM, devem explicitar, dentro do solo urbano, a delimitação entre o solo urbanizado e o solo urbanizável (solo que fica submetido ao regime de urbanização programada). Condições de Edificabilidade em Solo Urbano Na diretriz D12.16, o PROT-N define que os PMOT devem estabelecer que em solo urbano, só pode ser autorizada, como regra geral, a edificação em parcelas confinantes com vias públicas habilitantes e dotadas de redes públicas das infraestruturas básicas (abastecimento de água, drenagem de esgotos domésticos e fornecimento de energia elétrica), não podendo o recurso a soluções técnicas individuais ser considerado como substitutivo, para tal fim, das redes de infraestruturas eventualmente em falta. Para além disso, os PMOT poderão estabelecer exceções ao cumprimento da condição estabelecida no número anterior nas seguintes situações, com âmbito especial de aplicação traduzido em polígonos de solo explicitamente delimitados na respetiva planta de síntese: a)Polígonos correspondentes à totalidade ou a parte das áreas urbanas consolidadas (conforme definição do Dec. Reg. Nº9/2009, de 29 de Maio); b) Polígonos exteriores ao solo urbanizado (nomeadamente áreas periféricas de aglomerados, com baixa dinâmica edificatória, ou áreas integradas na categoria de espaços urbanos de baixa densidade, se esta estiver contemplada no PMOT),desde que cingidos às faixas de terreno confinantes com via pública habilitante, só sendo permitida edificação, ao Relatório das Opções do Plano 32 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão/DOGU/DOTPU GIPP, Lda. abrigo desta exceção, em prédios na situação de colmatação ou em prédios que possuam extrema comum com prédio onde já exista edificação em situação legal. . Plano de Bacia Hidrográfica do Ave (PBH – Ave): O Decreto Regulamentar nº 19/2002, de 20 de Março do Plano de Bacia Hidrográfica do Rio Ave (PBH – Ave), no Capítulo 1, da parte IV, define as linhas estratégicas fundamentais, sendo estas: • Redução das cargas poluentes emitidas para o meio hídrico, através de uma estratégia específica para as atividades económicas que constituem fontes de poluição hídrica, baseada em planos de ação que visem a eliminação dos incumprimentos legais e que tenham em conta, para cada trecho da rede hidrográfica, a classificação de qualidade da água em função das utilizações; • Superação das carências básicas de infraestruturas, através da construção de novas, reabilitação das existentes e integração do ciclo urbano do abastecimento/rejeição da água; • Melhoria da garantia da disponibilidade de recursos hídricos utilizáveis, de forma a dar satisfação às necessidades das atividades sociais e económicas, através da melhoria da eficiência da utilização da água e da regularização de caudais; • Acréscimo da segurança de pessoas e bens, relacionada com o meio hídrico, através da prevenção e da mitigação de situações de risco do tipo hidrológicas extremas ou acidentais de poluição; • Preservação e valorização ambiental do meio hídrico e da paisagem associada, através do condicionamento da utilização de recursos ou de zonas a preservar e da definição de uma estratégia específica para a recuperação de ecossistemas. Estas linhas fundamentais encontram-se vertidas nos dossiers autónomos designados Caraterização Biofísica e Reserva Ecológica Nacional – constantes dos elementos que acompanham o Plano. . Plano Regional de Ordenamento Florestal do Baixo Minho (PROF-BM) A Lei de Bases da Política Florestal Nacional define os Planos Regionais de Ordenamento Florestal (PROF). Estes são instrumentos sectoriais de gestão do território onde se pretende estabelecer as normas de ocupação e utilização dos espaços florestais à escala Regional. Os Planos Regionais de Ordenamento Florestal constituem elementos de harmonização com outros instrumentos de Ordenamento do Território, nomeadamente pela necessidade da sua articulação com os Planos Regionais e Municipais de Ordenamento do Território (PROT e PDM), além de garantirem a coerência com as restantes peças de âmbito sectorial, Relatório das Opções do Plano 33 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão/DOGU/DOTPU GIPP, Lda. nomeadamente os Planos de Gestão Florestal e os recentemente criados Planos de Defesa da Floresta de âmbito municipal (PGF e PDF). A estrutura hierárquica, subjacente à Política de Ordenamento do Território, é, assim, respeitada e acompanha o processo de Planeamento Florestal (nacional, regional, municipal e local). O concelho de Vila Nova de Famalicão insere-se no PROF-BM, aprovado e publicado no Decreto Regulamentar nº 17/07, de 28/03/2007, no Diário da República nº 62, 1ª série, encontrando-se esta matéria vertida no Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios e no Anexo II do Regulamento. . Plano Rodoviário Nacional (PRN) O Plano Rodoviário Nacional define a rede rodoviária nacional do continente, que desempenha funções de interesse nacional ou internacional. A rede rodoviária nacional é constituída pela rede nacional fundamental e pela rede nacional complementar. A análise deste conteúdo e sua compatibilização encontra-se vertido neste mesmo dossier, na parte correspondente ao sistema viário. 3.2 IGT`S DE ÂMBITO LOCAL . Plano Estratégico de Vila Nova de Famalicão 2014-2020 – Famalicão Visão’25 O plano estratégico concelhio apresentou-se enquanto um processo contínuo de planeamento estratégico, lançando as bases de reconstrução de uma marca territorial coletiva, partilhada e mobilizadora. Este plano assumiu-se como um “road-map” orientativo e ferramenta de alinhamento dos agentes locais e das intervenções no território com a visão integrada de desenvolvimento, potenciando uma maior articulação, inovação, capacitação e apoiando a qualificação de projetos de cofinanciamento. Sinalizando os valores de diferenciação e complementaridade existentes no território, considerando o espaço físico e social, e procurando potenciá-los para a ascensão a um novo degrau na cadeia de valor, foi formulada a Visão “Seremos uma comunidade tecnoindustrial global, num território verde multifuncional”. Assente nesta Visão, o concelho pretende, num intervalo de 10 anos, ser reconhecido como uma sociedade coesa e solidária, com uma elevada performance da sua economia de produção ao nível das exportações e com elevada incorporação tecnológica, integrado em redes globais coletivas, em convivência com uma paisagem “urbano-rural” hipocarbónica, ambientalmente qualificada e única. Em alinhamento com a Visão surgem como desafios centrais; ser um território mais empreendedor, mais Relatório das Opções do Plano biodiverso e bioeconómico, 34 mais laboratorial no teste e MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão/DOGU/DOTPU GIPP, Lda. experimentação de novas medidas de política social e mais participativo a partir de um modelo de governança e governação amigável. O território foi assumido como um espaço coletivo global, como um projeto estratégico de identificação e diferenciação, onde a estratégia é um produto da ação coletiva. A territorialização da Visão estratégica concelhia associa-se, em coerência com agenda para o crescimento sustentável, ao “território verde multifuncional” apresentando como principais desafios: • Ser um território espácio e funcionalmente biodiverso de referência – onde a cidade e o campo se cruzam e tudo está próximo! – no reconhecimento de que um território disperso, é mais do que um território desestruturado ou fragmentado, onde predomina a proximidade, a diversidade, a complementaridade e a conectividade entre espaços e funções com efeitos repercutores sobre comportamentos e atitudes da comunidade, e na promoção da interação e de vivências económicas e sociais internas; • Ser um território com uma economia doméstica sustentável e responsável apoiada na nova agricultura – onde se pauta pelo consumo responsável dos produtos da terra! – na valorização deste território multifuncional e polinucleado, onde espaços de trabalho, de estudo, de lazer, de serviços e de residência são próximos, e onde espaços urbanos se cruzam com os espaços rurais, e no desenvolvimento de uma economia local equilibrada e apoiada nas potencialidades territoriais. . Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios (PMDFCI) O Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios Florestais de Vila Nova de Famalicão 2014-2018, aprovado em Setembro de 2014, tem por objetivo determinar um conjunto de medidas para esse fim, incluindo também a previsão e a programação integrada das intervenções, das diferentes entidades que estão envolvidas no combate aos incêndios florestais. A estratégia concelhia no que toca aos incêndios florestais, integrando os objetivos e metas, é descrita neste dossier próprio denominado - Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios (PMDFCI) - que se encontra nos elementos que acompanham o plano e que tem como principais eixos estratégicos: -Aumento da resiliência do território aos incêndios florestais; - Redução da incidência dos incêndios; - Melhoria da eficácia do ataque e da gestão dos incêndios; - Recuperação e reabilitação dos ecossistemas. Relatório das Opções do Plano 35 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão/DOGU/DOTPU 3.3 GIPP, Lda. UNIDADES TERRITORIAIS DE REFERÊNCIA: AS UNIDADES DE PLANEAMENTO As unidades de planeamento surgiram da necessidade de considerar territórios relativamente homogéneos em termos paisagísticos (bacias hidrográficas e unidades de paisagem), urbanísticos e sociodemográficos, por conseguinte, englobam várias freguesias com graus de inter-relação significativos. Em cada uma destas unidades foram identificados lugares centrais vocacionados para a localização de funções e equipamentos, de acordo com o nível hierárquico da rede urbana. Para estas unidades são definidas estratégias adequadas à realidade específica de cada área e ao reforço das suas redes estruturantes de modo a acentuarem-se as relações de interdependência identificadas. Os limites das Unidades (ver figura que se segue) nem sempre coincidem com os limites administrativos das freguesias que englobam. Normalmente correspondem a limites físicos significativos, asfixiantes do crescimento urbano e das suas relações de interdependência, como por exemplo: maciços montanhosos, rede viária arterial ou rios. Arnoso (Santa Eulália) Arnoso (Santa Maria) Rio Guisando Rio Guisando Es te Sezures Rio Portela Nine Jesufrei Telhado Lemenhe Vale (São Cosme) Rio he Pel Cruz Joane Mouquim Louro Vale (São Martinho) Este Ribeira de Couces Rio Gondifelos Vermoim Mogege Pedome Cavalões Outiz te Es Brufe Vila Nova de Famalicão Cidade Castelões Requião Oliveira (Santa Maria) Rio Pe lhe Rio Pousada de Saramagos Gavião Ruivães Antas Rio Ave Seide Seide (São Miguel) Abade de Vermoim (São Paio) Calendário Vilarinho das Cambas R Fra delo s Lagoa io Novais le Pe Landim Bente Oliveira (São Mateus) Riba d' Ave Delães Rib eiro de Carreira Avidos eir o do Cabeçudos Rib Fradelos Rib Be lec o eira de Ger ém Esmeriz Bairro Ribeira Rio Pe lhe da Ponte das Eiras e Rio Pél Rio ad elo s Fr de iro e Av Rio Ri be Rio Ave Rio Ave Lousado Pel he Ribeirão Rio Ave Relatório das Opções do Plano 36 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão/DOGU/DOTPU GIPP, Lda. UP1 – CIDADE A principal aglomeração urbana desta unidade é a Cidade de Vila Nova de Famalicão. Encontra-se limitada a Sul e Nascente pelas autoestradas A3 e A7; a Poente pelos Montes do Castro, do Facho (268 m) e limites das freguesias de Brufe e Calendário; e finalmente, a Norte, pelo Santo do Monte (178 m) e limites das freguesias de Vila Nova de Famalicão, Gavião e Brufe. Engloba parte da bacia hidrográfica do Pelhe (Rio Pelhe e afluentes) e as freguesias de Vila Nova de Famalicão, Gavião e Brufe, a maior parte das freguesias de Antas e Calendário e uma pequena parte da área das freguesias de Abade de Vermoim, Lagoa, Cabeçudos e Esmeriz. Qualificação do solo PDM 94 PROPOSTA VARIAÇÃO UP1 Área (ha) % do total Área (ha) % do total Área (ha) % do total Urbano1 1214,0 57,3 1.108,6 56,4 -105,4 -0,9 Industrial 47,0 2,2 101,1 5,1 54,1 2,9 Verde Urbano 68,0 3,2 83,1 4,2 15,1 1,0 TOTAL 1329,0 62,7 1.292,8 65,7 -36,2 3,0 1 Em 94: Espaços de Aglomerado, Espaços de Expansão e Equipamentos (soma das três áreas referidas subtraindo 226,6 ha para os espaços canais contidos nos espaços de aglomerado); Em2014: Espaços Urbanizados, Espaços Urbanizáveis, Equipamentos, com exceção do Espaço Verde de Enquadramento E Espaço Verde Público, não incluindo espaços canais. Relatório das Opções do Plano 37 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão/DOGU/DOTPU GIPP, Lda. UP2 – VALE DO ESTE / NINE A principal aglomeração urbana desta unidade é Nine. Encontra-se limitada a Norte pelo Rio Este e limite do Concelho com Braga e Barcelos; a Poente, pelo Rio Este e limite do concelho com Barcelos e Póvoa de Varzim; a Sul, pelos limites das freguesias de Mouquim, Louro, Gondifelos, Cavalões, Outiz e Cruz e pelo maciço montanhoso constituído pelo Monte das Pedras Negras, Monte do Fidalgo e Santo do Monte; e a Nascente, pela A3 e maciço montanhoso do Monte Sisto e Monte S. Vicente (290 m). Engloba parte da bacia hidrográfica do Este (Rio Este e Guizande e Ribeiro de Couces) e as freguesias de Nine, Arnoso de Santa Maria, Arnoso de Santa Eulália, Jesufrei, Lemenhe, Mouquim, Louro, Gondifelos, Cavalões, Outiz, a maior parte da freguesia de Sezures e metade da área da freguesia de Cruz e uma pequena parte da freguesia de Vale de S. Cosme. Qualificação do solo PDM 94 UP2 PROPOSTA VARIAÇÃO Área (ha) % do total Área (ha) % do total Área (ha) % do total Urbano1 1290,0 27,5 1078,7 23,0 -211,3 -4,5 Industrial 55,0 1,2 91,7 2,0 36,7 0,8 Verde Urbano 1,0 0,02 2,8 0,1 1,8 0,0 TOTAL 1346,0 28,7 1173,2 25,0 -172,8 -3,7 1 Em 94: Espaços de Aglomerado, Espaços de Expansão e Equipamentos (soma das três áreas referidas subtraindo 226,6 ha para os espaços canais contidos nos espaços de aglomerado); Em2014: Espaços Urbanizados, Espaços Urbanizáveis, Equipamentos, com exceção do Espaço Verde de Enquadramento E Espaço Verde Público, não incluindo espaços canais. Relatório das Opções do Plano 38 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão/DOGU/DOTPU GIPP, Lda. UP3 – VALE DO AVE (POENTE) / RIBEIRÃO A principal aglomeração urbana desta unidade é a Vila de Ribeirão. Encontra-se limitada a Norte pelo limite do concelho com a Póvoa de Varzim e limites das freguesias de Fradelos, Vilarinho das Cambas e troço A7 entre a N14 e a futura variante poente; a Poente, pelo limite do concelho com Vila do Conde; a Sul, pelo limite do concelho com a Trofa, Santo Tirso e Rio Ave; e a Nascente, pela A3. Engloba parte da bacia hidrográfica do Ave (Rios Ave e Pelhe, Ribeira da Ponte das Eiras e Ribeiros de Fradelos, de Beleco e de Couces) e as freguesias de Ribeirão, Lousado, Vilarinho das Cambas, Fradelos, a maior parte da freguesia de Esmeriz, metade da área de Cabeçudos. Qualificação do solo PDM 94 PROPOSTA VARIAÇÃO UP3 Área (ha) % do total Área (ha) % do total Área (ha) % do total Urbano1 1157,0 23,8 1010,5 21,2 -146,5 -2,6 Industrial 454,0 9,3 613,9 12,9 159,9 3,6 Verde Urbano 5,0 0,1 6,8 0,1 1,8 0,0 TOTAL 1616,0 33,2 1631,2 34,3 15,2 1,1 1 Em 94: Espaços de Aglomerado, Espaços de Expansão e Equipamentos (soma das três áreas referidas subtraindo 226,6 ha para os espaços canais contidos nos espaços de aglomerado); Em2014: Espaços Urbanizados, Espaços Urbanizáveis, Equipamentos, com exceção do Espaço Verde de Enquadramento E Espaço Verde Público, não incluindo espaços canais. Relatório das Opções do Plano 39 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão/DOGU/DOTPU GIPP, Lda. UP4 – VALE DO AVE (NASCENTE) / RIBA DE AVE A principal aglomeração urbana desta unidade é a Vila de Riba d’Ave. Encontra-se limitada a Norte pela A7; a Poente, pela A3; a Sul pelo limite do concelho com Santo Tirso e Rio Ave; finalmente a Nascente, pelo limite do concelho com Guimarães e Rio Ave. Engloba parte da bacia hidrográfica do Ave (Rios Ave e Pele e Ribeira de Pateiras) e as freguesias de Riba d’Ave, Oliveira de S. Mateus, Delães, Bairro, Novais, Carreira, Bente e Avidos, a maior parte das freguesias de Ruivães e Landim, metade da área das freguesias de Seide S. Miguel, Cabeçudos, Lagoa, Oliveira de S. Maria e uma pequena parte da área das freguesias Castelões, Seide S. Paio. Qualificação do solo PDM 94 UP4 PROPOSTA VARIAÇÃO Área (ha) % do total Área (ha) % do total Área (ha) % do total Urbano1 1687,0 53,7 1251,8 40,0 -435,2 -13,7 Industrial 36,0 1,1 162,2 5,2 126,2 4,1 Verde Urbano 1,0 0,03 13,4 0,4 12,4 0,4 TOTAL 1724,0 54,8 1427,4 45,6 -296,6 -9,2 1 Em 94: Espaços de Aglomerado, Espaços de Expansão e Equipamentos (soma das três áreas referidas subtraindo 226,6 ha para os espaços canais contidos nos espaços de aglomerado); Em2014: Espaços Urbanizados, Espaços Urbanizáveis, Equipamentos, com exceção do Espaço Verde de Enquadramento E Espaço Verde Público, não incluindo espaços canais. Relatório das Opções do Plano 40 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão/DOGU/DOTPU GIPP, Lda. UP5 – VALE DO PELE / JOANE A principal aglomeração urbana desta unidade é a Vila de Joane. Encontra-se limitada a Norte pelo limite das freguesias de Joane, Vermoim, Requião e maciço montanhoso do Monte das Eiras (384 m); a Poente pela A3; a Sul pela A7; e a Nascente, pelo limite do concelho com Guimarães. Engloba parte da bacia hidrográfica do Pele (Rio Pele e Ribeiras de Gerem e Pateiras) e as freguesias de Joane, Pousada de Saramagos, Mogege, Pedome, Vermoim, a maior parte das freguesias de Castelões, Abade de Vermoim, Requião, Seide de S. Paio, metade da área das freguesias de Lagoa, Seide de S. Miguel, Oliveira de S. Maria e uma pequena parte da área das freguesias de Ruivães e Landim. Qualificação do solo PDM 94 PROPOSTA VARIAÇÃO UP5 Área (ha) % do total Área (ha) % do total Área (ha) % do total Urbano1 1280,0 36,1 1370,4 38,7 90,4 2,6 Industrial 34 0,95 102,2 2,9 68,2 1,9 Verde Urbano 3 0,08 5,9 0,2 2,9 0,1 TOTAL 1317,0 37,2 1478,5 41,7 161,5 4,5 1Em 94: Espaços de Aglomerado, Espaços de Expansão e Equipamentos (soma das três áreas referidas subtraindo 226,6 ha para os espaços canais contidos nos espaços de aglomerado); Em2014: Espaços Urbanizados, Espaços Urbanizáveis, Equipamentos, com exceção do Espaço Verde de Enquadramento E Espaço Verde Público, não incluindo espaços canais. Relatório das Opções do Plano 41 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão/DOGU/DOTPU GIPP, Lda. UP6 – VALE DO PELHE / S. COSME A principal aglomeração urbana desta unidade é Vale de S. Cosme. Limitada a Norte pelo maciço florestal dos Montes de S. Mamede, S. Vicente (Penedo das Letras – 468 m) e limite do concelho com Braga e Guimarães; a Poente pela A3; a Sul pelos limites das freguesias de Vale de S. Martinho, Telhado, Vale de S. Cosme e pelos Montes do Mainho, Eiras e Santa Maria; e a Nascente pelo limite das freguesias de Portela e Telhado. Engloba parte da bacia hidrográfica do Pelhe (Rio Pelhe e Ribeira de Baixo) e as freguesias de Portela, Telhado, Vale de S. Martinho, a maior parte da freguesia de Vale de S. Cosme e metade da área da freguesia de Cruz. Qualificação do solo PDM 94 PROPOSTA VARIAÇÃO UP6 Área (ha) % do total Área (ha) % do total Área (ha) % do total Urbano1 575,0 30,0 469,3 24,5 -106 -5,5 Industrial 37,0 1,93 6,8 0,4 -30 -1,6 TOTAL 612,0 31,9 476,1 24,9 -136 -7,0 1 Em 94: Espaços de Aglomerado, Espaços de Expansão e Equipamentos (soma das três áreas referidas subtraindo 226,6 ha para os espaços canais contidos nos espaços de aglomerado); Em2014: Espaços Urbanizados, Espaços Urbanizáveis, Equipamentos, com exceção do Espaço Verde de Enquadramento e Espaço Verde Público, não incluindo espaços canais. Relatório das Opções do Plano 42 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão/DOGU/DOTPU 3.4 GIPP, Lda. OBJETIVOS E ESTRATÉGIA Na fase, do processo de elaboração do PDM, de Síntese do Diagnóstico e Estratégia, procurou-se definir uma estratégia para o ordenamento do território, consequente do diagnóstico produzido, tendo-se proposto a sua validação pela Câmara Municipal e consensualização com os técnicos e agentes de desenvolvimento, como responsáveis e indutores da “construção” do concelho. A síntese do diagnóstico (situacional e prospetivo) e as linhas de estratégia / objetivos específicos foram apresentadas com o recurso a uma matriz SWOT, onde foram indicadas também as diversas medidas e ações necessárias ao cumprimento da estratégia preconizada. Essas “medidas e ações” foram depois agrupadas segundo diferentes “domínios estratégicos passíveis de tradução nas políticas que o PDM possa vir a concretizar” as quais se repetem no presente relatório pela sua importância na justificação das propostas agora apresentadas. Estas medidas e ações encontram-se reproduzidas integralmente em anexo (anexo 3), pelo que neste ponto se apresenta apenas uma pequena síntese das mesmas. Uma série de medidas enunciadas prendem-se com a proteção e valorização do ambiente, fruto de novas atitudes perante a importância do tema “ambiente” na qualificação de um território e na garantia de um desenvolvimento sustentável. No concelho de Vila Nova de Famalicão este domínio é especialmente pertinente, quando sabemos das consequências da desregulação dos usos e ocupações do território, patente nos conflitos entre as atividades instaladas e a aptidão do solo afeto, na qualidade dos cursos de água, nos impactes das atividades industriais sobre áreas habitacionais, na ausência de espaço público qualificado, na baixa infraestruturação básica. Associado ao domínio da proteção e valorização do ambiente, a promoção dos recursos endógenos visa, sobretudo, proteger e valorizar o espaço rural (a paisagem e as atividades associadas) e os recursos hídricos enquanto indispensáveis à sobrevivência do espaço rural e estruturantes do território. A expansão urbana difusa tem vindo, gradualmente, a delapidar este importante património natural do concelho, essencial ao equilíbrio do território. Como elemento de salvaguarda e promoção dos recursos endógenos, a valorização do património edificado e paisagístico merece uma atenção cuidada e ativa. Trata-se, também, de assegurar a identidade local e de promover a atratividade do próprio concelho, rico em património edificado e paisagístico, quer quanto à quantidade, quer quanto à diversidade. Relatório das Opções do Plano 43 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão/DOGU/DOTPU GIPP, Lda. Os vários domínios referidos complementam-se com a organização do território, ou seja, no ordenamento do território urbano, no controlo da sua expansão e configuração, nos níveis de infraestruturação e na sua qualidade enquanto espaço coletivo de sociabilização, na relação do solo urbano com o solo rural, na proposição de novos níveis de acessibilidade e mobilidade. As políticas de ordenamento devem, claramente, favorecer a contenção das áreas urbanas e o policentrismo, este tendo em atenção as dimensões e especificidades das unidades de planeamento definidas e a sua inter-relação. Estas especificidades podem constituir promoção da atratividade do concelho, reforçada pela oferta de serviços, equipamentos e acontecimentos qualificados que o município consiga gerar, para reforço da competitividade com outros territórios, o que passa, indubitavelmente, pela melhoria da qualidade de vida da sua população, pela inovação dessa oferta e pela valorização da sua posição geoestratégica no vale do Ave e na região noroeste do continente. A agressividade e as dinâmicas que sempre caracterizaram os seus empresários, a par dos elevados níveis de acessibilidade regional e nacional que entretanto foram executadas, reposicionam o concelho de Famalicão no mapa regional como importante polo de atividades económicas. Importa, simultaneamente, desenvolver o empreendedorismo, a inovação e a cooperação. Por último, um dos domínios selecionados respeita à monitorização e operacionalidade do PDM. A flexibilidade que se pretende como inerente ao plano exige a sua avaliação contínua e permanente e a introdução de mecanismos reguladores que permitam uma gestão estratégica operativa. Relatório das Opções do Plano 44 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão/DOGU/DOTPU GIPP, Lda. FAMALICÃO VISÃO’25 PLANO DIRETOR MUNICIPAL OBJETIVO 1 Proteção e Valorização do Ambiente OBJETIVO 2 Preservação dos Recursos Naturais OBJETIVO 3 Salvaguarda e Valorização do Património Cultural OBJETIVO 4 Organização do Território OBJETIVO 5 Reforço da Competitividade OBJETIVO 6 Monitorização e Operacionalização do Plano Relatório das Opções do Plano (Alinhamento com o plano estratégico) Diminuição dos conflitos entre as atividades instaladas e a aptidão do solo, resultante da desregularização dos usos e ocupação do território; dos impactes sobre os recursos hídricos; dos impactes das atividades industriais sobre as áreas habitacionais e da ausência de espaço público qualificado. Proteger e valorizar o espaço rural, assente na rentabilidade económica das atividades rurais que nele se processam, promovendo a preservação dos solos com boa aptidão agrícola e de ocupação florestal, promover a conservação e renaturalização das margens dos cursos de água, apoiar agricultores e silvicultores e valorizar as suas atividades. Assegurar a identidade local e promover a atratividade do concelho, bem como a valorização e proteção dos valores patrimoniais, a preservação dos corredores naturais, a promoção da multifuncionalidade do território, a reabilitação dos espaços públicos e do património edificado e a divulgação dos valores patrimoniais, culturais e paisagísticos do concelho. AGENDA PARA O CRESCIMENTO SUSTENTÁVEL Ser um território bio diverso Desafios: Território espácio e funcionalmente biodiverso de referência Economia doméstica sustentável e responsável apoiada na nova economia (Bio economia) Controlar a expansão do território urbano e beneficiar a sua configuração, melhorar a qualidade do espaço de utilização coletiva e de sociabilização, aumentar o grau de cobertura das infraestruturas e definir programas estratégicos para os diversos espaços/áreas que compõem o território. Desenvolver o empreendedorismo, a inovação e a cooperação. Implementar, avaliar e monitorizar o Plano, garantindo a sua contínua atualização e adaptação à realidade territorial. 45 AGENDA PARA O CRESCIMENTO INTELIGENTE Ser um território tecnoindustrial de excelência AGENDA PARA A GOVERNANÇA TERRITORIAL Ser um modelo de governança e governação amigável MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão/DOGU/DOTPU 3.5 GIPP, Lda. O MODELO DE ORGANIZAÇÃO TERRITORIAL Considerando a prioridade que deve ser dada à reorganização do sistema urbano e à valorização do património edificado e paisagístico, é evidente que, no âmbito da definição de uma estratégia de política municipal de ordenamento, esta não pode limitar-se a uma ação meramente normativa, antes exigindo uma intervenção ativa no próprio processo de estruturação espacial. Esta questão será novamente abordada no capítulo inerente à execução do Plano, em que o papel da Câmara Municipal deixa de ter o aspeto regulador / fiscalizador que tradicionalmente esteve presente nas últimas décadas da história do planeamento urbanístico autárquico, para passar a configurar uma atitude pró-ativa, em que a Câmara é um agente dinamizador do desenvolvimento local. A estratégia de ordenamento é assumida em função da concretização de uma série de componentes de estruturação fundamentais, que consubstanciam o modelo de organização territorial (ver mapa em anexo 4): - a salvaguarda e promoção dos valores naturais de forma sistémica, assegurando a continuidade do sistema rural na lógica da sua sustentabilidade e da valorização do sistema urbano; - a hierarquização funcional da rede viária e a sua reorganização em acordo com os níveis de serviço desejados e como reforço da coesão do sistema urbano municipal e regional; - a relocalização de atividades industriais e empresariais, função dos níveis de acessibilidade requeridos, da compatibilidade com outros usos e do seu papel na economia local; - a reorganização do sistema urbano e o estabelecimento de políticas urbanísticas que privilegiem a consolidação e a qualificação/ reabilitação dos aglomerados urbanos e a coerência das diversas intervenções; - o reforço dos sistemas de infraestruturas de abastecimento, drenagem / recolha e tratamento, indispensáveis à melhoria da qualidade de vida da população e da sustentabilidade do território. Relatório das Opções do Plano 46 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU GIPP, Lda. 4. OPÇÕES/ PROPOSTAS DO PLANO 4.1 SISTEMAS DE ESTRUTURAÇÃO TERRITORIAL A Estruturação Territorial do concelho de Vila Nova de Famalicão foi alicerçada nos 4 sistemas-chave que a seguir se elencam e que são desenvolvidos nos pontos seguintes. .SISTEMA URBANO / RURAL .Assentamentos (Perímetros Urbanos e Aglomerados Rurais) O sistema urbano/rural ou sistema de aglomeração/de assentamentos do município de Vila Nova de Famalicão estabelece o modelo de organização do seu território de acordo com as tendências de aglomeração e as funções que cada aglomerado desempenha num contexto municipal e supramunicipal, assente em relações de complementaridade funcional equilibradas e abrangentes. O sistema urbano, cujo território é polarizado pelos lugares onde se concentram equipamentos e serviços de acordo com o papel desempenhado na rede urbana e respetivo âmbito espacial, é assim representado pelo conjunto das unidades de planeamento, cuja identidade se encontra na sua própria unidade paisagística urbanística e sociodemográfica e que a seguir se sintetizam: UP1 – CIDADE – Corresponde à principal aglomeração de Vila Nova de Famalicão e concentra um conjunto de atividades e de prestação de serviços urbanos, geradores de fluxos significativos de população, bens e serviços, a nível concelhio e supraconcelhio. UP2 – VALE DO ESTE/NINE – Coincidindo com parte da bacia hidrográfica do Este, integra como principais aglomerações as áreas urbanas de Nine/Louro, Arnoso de Santa Maria/Arnoso de Santa Eulália e Gondifelos tendo um papel importante como interface ferro-ferroviário e rodoferroviário. UP3 – VALE DO AVE (POENTE) /RIBEIRÃO – Abrange parte da bacia hidrográfica do Ave integra freguesias com um elevado nível de concentração de atividades económicas, destacando-se como principais aglomerações urbanas a Vila de Ribeirão e Lousado onde se encontram funções urbanas essenciais; UP4 – VALE DO AVE (NASCENTE) /RIBA DE AVE – Abrange parte da bacia hidrográfica do Ave e um conjunto alargado de freguesias, sendo a principal aglomeração a Vila de Riba d’Ave, cujo desenvolvimento industrial levou ao estabelecimento de importantes funções urbanas, complementares, designadamente no setor dos serviços e equipamentos essenciais; Relatório das Opções do Plano 47 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU GIPP, Lda. UP5 – VALE DO PELE/JOANE – Ocupa parte da bacia hidrográfica do Pele, correspondendo a freguesias com uma dinâmica urbana assinalável, entre as quais se destaca a aglomeração da Vila de Joane, onde se localizam os principais serviços e equipamentos que servem esta unidade; UP6 – VALE DO PELHE / S. COSME – Ocupando parte da bacia hidrográfica do Pelhe, a principal aglomeração urbana corresponde à freguesia de Vale de S. Cosme .ATIVIDADES ECONÓMICAS As principais áreas de concentração de atividades económicas empresariais e industriais assumem um papel relevante no sistema urbano do concelho da Vila Nova de Famalicão tendo um efeito estruturador na organização do território, designadamente: .O espaço empresarial de Famalicão que abrange as freguesias de Lousado, Vilarinho das Cambas e Calendário; .O espaço empresarial de Famalicão Norte, situada na proximidade do nó da A3 e que abrange parte das freguesias de Jesufrei e Cruz; .O espaço empresarial de Famalicão Sul, que ocupa uma área significativa na confluência das freguesias de Ribeirão e Fradelos. .EQUIPAMENTOS Na programação a efetuar considerar-se-ão os equipamentos necessários, de responsabilidade municipal e para os quais estão definidas normas e critérios urbanísticos. Estes poderão ter reflexos funcionais ao nível municipal e ao nível local, integrados nas seis Unidades de Planeamentos definidas para o concelho. Os equipamentos de influência municipal deverão localizar-se na cidade, reforçando assim o principal centro urbano existente; os equipamentos de apoio local relacionam as valências educativas, desportivas, socioculturais e de saúde com desempenhos funcionais estritamente locais. A sua localização será determinada pela sua irradiação máxima, reforçando sempre que possível os principais centros urbanos, identificados em cada Unidade de Planeamento e, quando se justificar, nos centros das freguesias. .SISTEMA AMBIENTAL O presente Plano vem reforçar a rede urbana concelhia, assumindo os elementos estruturantes identificados no seu território, designadamente ao nível das redes de infraestruturas, dos equipamentos e dos principais centros de concentração urbana, privilegiando a sua reabilitação/reestruturação e tendo como fim último a melhoria da qualidade de vida dos seus habitantes. Relatório das Opções do Plano 48 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU GIPP, Lda. Para se atingir esta meta de forma sustentável, o PDM procurou enaltecer o papel da Estrutura Ecológica Municipal (E.E.M.) na estruturação do seu território, procurando uma certa mudança de paradigma na transformação do mesmo, que deve olhar também para os “vazios urbanos” como mais-valias territoriais. Os objetivos da E. E. M. são assim a proteção, conservação e valorização das zonas de maior sensibilidade biofísica e de outras componentes e valores ambientais, paisagísticos e culturais, que ocorrem tanto nos espaços rurais como nos urbanos. A estrutura ecológica municipal compreende ainda corredores (verdes, de mobilidade sustentável) transversais, que também fazem a ponte com a estrutura regional de proteção e valorização ambiental, potenciando a estruturação e equilíbrio dos principais aglomerados inter e supraconcelhios. .SISTEMA PATRIMONIAL O património, enquanto valor cultural e identitário do território municipal tem um papel estruturador determinante na promoção e aproveitamento dos diferentes recursos municipais. O sistema patrimonial integra: .O património arquitetónico; .O património arqueológico; .O património natural e paisagístico. .SISTEMA DE SUPORTE O sistema de suporte adiante desenvolvido engloba o sistema viário, o sistema de mobilidade e transportes, as infraestruturas hidráulicas, que incluem a rede de abastecimento de água e rede de saneamento residual e o sistema de resíduos. O concelho de Vila Nova de Famalicão caracteriza-se pela forte presença industrial e empresarial, caraterística esta que faz com que seja aqui mais problemática a questão do impacto do tráfego de pesados no território. 4.1.1 Sistema Rural O sistema rural no concelho de Vila Nova de Famalicão reflete a existência de um modelo difuso de povoamento que carateriza a região, apresentando um padrão de distribuição espacial com um certo nível de fragmentação, em que a diferenciação entre solo urbano e Relatório das Opções do Plano 49 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU GIPP, Lda. rural não é sempre de fácil concretização, devido à grande dispersão do edificado que, frequentemente se encontra inserido, sobretudo nos espaços de ocupação agrícola. Esta fragmentação é de facto mais visível no solo de uso agrícola coincidindo com terrenos que têm declives mais moderados, enquanto é possível observar algumas manchas com maior continuidade e extensão, correspondentes sobretudo a ocupação florestal, cujos terrenos normalmente mais declivoso oferecem maior resistência à edificação por representar maior dificuldade de acessibilidade. Mapa da ocupação do solo fonte: relatório do PMDFCI O Solo Rural identificado na Planta de Ordenamento 1 - Qualificação Funcional e Operativa do Solo, compreende os espaços de proteção e exploração dos recursos naturais, bem como a identificação da componente edificada, mas cuja caraterização justifica o não enquadramento em solo urbano, designadamente os espaços de aglomerados rurais. Na proposta de revisão do PDM de Vila Nova de Famalicão, o solo rural correspondendo a 59.50 % da área do concelho, engloba as seguintes categorias: Relatório das Opções do Plano 50 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU GIPP, Lda. Espaços agrícolas O espaço agrícola abrange 7 750,30 ha (38,50% do território do concelho) foi delimitado de acordo as orientações, princípios e objetivos constantes nos instrumentos de gestão territorial e com base na avaliação e aferição realizada em trabalho de campo. Verifica-se ainda a sobreposição de edificação dispersa ou isolada sobre os espaços agrícolas que nem sempre relacionadas com a exploração dos recursos. Espaços florestais O espaço florestal abrange uma área de 4201,8 ha (20,8% da área do concelho) e é constituído pelos grandes contínuos florestais do concelho que se pretendem manter, enquadrando-se, de acordo com o PROF-BM, na Sub-Região homogénea do Cávado-Ave. Para a delimitação e definição das subcategorias florestais foram essencialmente seguidas as orientações do PROF-BM. Foi ainda determinante para essa definição a aproximação mais pormenorizada que teve em conta as especificidades biofísicas do território municipal, especialmente pelo facto de haver áreas de povoamento florestal contínuas, situadas em áreas de riscos de erosão integradas na Reserva Ecológica Municipal. Os povoamentos predominantes na região são o pinheiro e sobretudo eucalipto, havendo manchas florestais contínuas e mono específicas, o que de acordo com o PMDFCI aprovado por despacho de 29/09/2014, constitui uma das limitações e ameaças, a par da forte pressão humana sobre as florestas por via da fragmentação que se verifica no interface urbanorural. Assim, apesar de, durante o processo de elaboração da proposta, após a 3ªreunião da CA (abril de 2011), ter sido considerada a opção de não se diferenciar o espaço florestal por subcategorias, na medida em que a diferenciação das suas funções poderia ser concretizada através da articulação com os 3 níveis da EEM previstos, esta opção veio a ser revista de modo a ter em conta as orientações e opiniões manifestadas pelos representantes da CCDR-N e do ICNF, IP, aquando das reuniões realizadas, a primeira a 16 de maio de 2013,e a segunda a 14 julho de 2014, na CCDR-N, e confirmadas nas reuniões de trabalho realizadas posteriormente no âmbito da avaliação da proposta de qualificação dos espaços florestais. As reuniões de trabalho efetuadas com o representante do ICNF tiveram como principal objetivo a análise e resolução das situações de conflito, das áreas ardidas e das áreas de Relatório das Opções do Plano 51 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU GIPP, Lda. perigosidade alta e muito alta, detetadas com as propostas de expansão urbana. Os resultados desse trabalho constam no dossier autónomo designado – Relatório de aferição das áreas percorridas por incêndios e de análise dos conflitos de perigosidade e incêndio florestal com perímetros urbanos. Assim a proposta foi reajustada em conformidade com as orientações acolhidas, com o disposto no PROF-BM e análise das características biofísicas do território municipal, tendo sido delimitadas três subcategorias de espaços florestais, de acordo com a aptidão e condições específicas: -Espaços Florestais de Proteção, correspondente às áreas mais sensíveis sujeitas a condicionantes da REN, designadamente a cabeceiras e a áreas com risco de erosão; -Espaços Florestais de Produção; -Espaços Florestais de Recreio, Enquadramento e Estética da Paisagem, correspondente a áreas coincidentes com locais de devoção religiosa, ou que tenham proeminência visual, e espécies arbóreas com valor especial, sendo toda a restante área florestal integrada na categoria de produção. Os aglomerados Rurais Correspondem a áreas edificadas consolidadas, ocupam apenas 42,4 ha (0,2% da área do concelho) e estão localizados sobretudo na parte poente do território coincidindo com áreas onde as atividades agrícolas e pecuárias são mais expressivas. São áreas edificadas de matriz rural, geralmente concentradas e isoladas rodeadas de áreas agrícolas ou periféricas relativamente aos aglomerados urbanos, apresentando caraterísticas rústicas bem preservadas, marcas da história das populações, servindo essencialmente de suporte à atividade produtiva típica da paisagem rural (normalmente as habitações encontram-se associadas a atividades primárias, como a agricultura e a criação de gado, encontrando-se aí diversas agropecuárias). Espaço de exploração de recursos geológicos Nesta categoria de espaço incluem-se as áreas de salvaguarda e valorização de recursos naturais e geológicos de acordo com a legislação em vigor, tendo sido representadas de Relatório das Opções do Plano 52 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU GIPP, Lda. modo a refletir as orientações e dados fornecidos pela DGEG e o conhecimento das explorações de massas minerais em funcionamento. Estes espaços estão identificados na Planta de Ordenamento I - Qualificação funcional e operativa e na Planta de Ordenamento II - Património e salvaguardas, sendo sobreponível a outras categorias de espaço. Esta categoria abrange uma área afeta à exploração de massas minerais localizada na parte nordeste concelho na continuidade dos concelhos de Braga e Guimarães e ocupa uma área de 65,3 ha que está sobreposta a espaço florestal de proteção, bem como outros espaços identificados como áreas Potenciais de Exploração, as quais estão sobrepostas a outras categorias de espaço e incluem a concessão mineira de caulino C-39, as áreas de prospeção e pesquisa de vários tipos de depósitos minerais, a área de Concessão de Água Mineral Natural e respetivas áreas de proteção (Zona Intermédia de Proteção e Zona Alargada de Proteção). 4.1.2 Sistema Urbano Nesta fase do trabalho, o objetivo primeiro foi o de delimitar os perímetros urbanos, distinguindo nestes as áreas empresariais / industriais das restantes. Nestas, por sua vez, foram consideradas as componentes do solo urbano definidas pelo Decreto-Lei n.º 380/99, de 22 de Setembro, designadamente as “urbanizadas”, “de urbanização programada”. Distinguiram-se ainda as áreas de equipamento existente ou proposto quando têm um carácter estruturante na organização do território. Nos perímetros (urbano e rural) que estamos a considerar o uso dominante é o habitacional, sem prejuízo de no zonamento sequente se distinguirem outros usos como o de serviços, comercial, empresarial ou equipamentos/ espaços verdes de utilização coletiva. A metodologia para a delimitação dos perímetros (urbano e rural) integrou os seguintes passos: a) Consideração dos perímetros urbanos do PDM de 1994; b) Com base na carta de conforto bioclimático, os perímetros do PDM de 1994 foram aferidos de forma a retirar-lhes as áreas com elevada sensibilidade ecológica e com deficiente aptidão, nomeadamente por significativa pendente (superior a 16%) e má exposição solar; Relatório das Opções do Plano 53 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU GIPP, Lda. c) Limitação do perímetro correspondente à situação de facto existente, incluindo as áreas já licenciadas ou com pedido de informação prévia favorável e as áreas infraestruturadas com aptidão urbana; d) Do cruzamento dos perímetros definidos em b e c) foi possível definir a poligonal dos perímetros, bem como distinguir “áreas urbanizadas” e “potencialmente de expansão”, estas últimas correspondendo às de “urbanização programada”. Ambas as áreas (urbanizadas ou urbanizáveis,) integram também os espaços verdes e equipamentos de utilização coletiva inerentes à urbanização (atual ou futura). A aferição das “áreas potencialmente de expansão” obedeceu, por sua vez, aos seguintes critérios: - Cumprimento, na medida do possível, das expectativas criadas pelo PDM de 1994; - Cumprimento dos objetivos estratégicos definidos na fase anterior: contenção do alastramento urbano; priorização da colmatação e consolidação/ reabilitação dos aglomerados; fecho de malhas urbanas, contrariando a ramificação extensiva; - Dimensionamento das áreas de expansão em acordo com as previsões de crescimento projetadas para o horizonte do Plano, com a folga necessária à regulação do mercado de solos, mesmo sabendo que será estabelecida a programação das novas urbanizações e promovida a participação ativa da Câmara Municipal; - Viabilidade de inclusão e integração dos equipamentos em falta, ponderando os critérios inerentes à sua localização específica; - Consideração do papel de cada aglomerado na rede “urbana” concelhia. Às “áreas de urbanização programada” fizeram-se ainda corresponder Unidades Operativas de Planeamento e Gestão (UOPG), tendo como objetivo: - Assegurar a ocupação ordenada destas áreas, incentivando o desenho urbano do todo, independentemente da ocupação se realizar por fases; - Promover a aplicação de sistemas de execução e de mecanismos perequativos, não apenas enquanto garantes da distribuição equitativa de benefícios e encargos, mas Relatório das Opções do Plano 54 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU GIPP, Lda. também como meio de disponibilizar áreas verdes e de equipamento necessárias à execução do Plano e de garantir à Câmara Municipal os meios financeiros necessários à sua realização e à eventual expropriação de terrenos necessários à concretização dessas mesmas unidades; - Garantir o cumprimento do programa estabelecido para cada uma dessas UOPG, contrariando a ocupação avulsa e não programada, que resulta na ausência de articulação entre as diversas intervenções e na inviabilidade de assegurar as áreas de usos coletivos indispensáveis à qualidade de vida desejada. Nos perímetros urbanos que temos vindo a descrever, foram ainda assinaladas as áreas centrais das diversas unidades de planeamento em que se “dividiu” o concelho. Trata-se de áreas preferenciais para a localização de atividades e funções centrais, nomeadamente para prestação de serviços à comunidade, onde se pretende incrementar os usos terciários, nomeadamente comércio, serviços e equipamentos públicos de carácter essencialmente administrativo e cultural, bem como, incrementar os espaços verdes ou coletivos de estar, recreio e lazer. A qualificação destas áreas é indispensável ao acréscimo de urbanidade pretendida, admitindo-se intensidades de uso mais significativas associadas a tipologias de construção para usos mistos ou habitação coletiva e à disponibilização de espaços de uso público de encontro ou lazer. Contrariamente ao plano em vigor, pretende-se, prioritariamente, assumir e promover as centralidades já existentes e identificadas, evitando a dispersão de “centralidades emergentes” invocadas, sobretudo, por razões de sucesso imobiliário mas sem as funções necessárias ao seu desempenho. Reabilitação Urbana O discurso político nacional dos anos mais recentes, no que às políticas urbanas diz respeito, tem sistematicamente colocado a reabilitação urbana no centro da agenda política governamental e autárquica, apontando-a como uma via fundamental, não só para a qualificação das cidades portuguesas, mas também para incentivar a competitividade e o emprego. Assim, delinearam-se um conjunto de diretrizes e orientações estratégicas para um processo alargado e a médio prazo de reabilitação urbana no concelho de Vila Nova de Famalicão, que surge, em primeiro lugar, da necessidade de desenvolver estratégias de reabilitação urbana e posicionar-se face a eventuais perspetivas de financiamento, e, em segundo lugar, da premência, sentida no seio da estrutura técnico-política da autarquia, em Relatório das Opções do Plano 55 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU GIPP, Lda. dar início a um debate e reflexão alargada em torno desta temática no concelho de Vila Nova de Famalicão, um território polinucleado, difuso e densamente ocupado, “abrindo-a” a territórios que tendem a ficar excluídos da discussão em torno da reabilitação urbana. Neste sentido, e tendo em vista a concretização de uma estratégia de reabilitação urbana num território caraterizado por uma ocupação difusa, selecionaram-se áreas de intervenção consideradas prioritárias numa rede urbana concelhia, de leitura por vezes pouco clara. A seleção das unidades de análise ficou a dever-se à necessidade de identificar as áreas prioritárias de intervenção em matéria de reabilitação urbana, de modo a concentrarmos os nossos esforços em áreas específicas, promovendo o reforço do seu desempenho e qualificando deste modo o sistema urbano e a rede urbana concelhia. Para tal, foram definidos critérios que ajudassem à sua identificação e delimitação, dos quais se destacam: a) Centralidade Considerou-se a preponderância da área no sistema urbano do concelho, independentemente do seu nível nesta hierarquia. Por outro lado, também se teve em conta a natureza multifuncional da área (existência de comércio, serviços e equipamentos coletivos) e a existência de uma malha urbana minimamente estruturada. b) Valor A presença de ativos culturais e simbólicos que fazem parte da história e da identidade municipal, assim como a existência de elementos patrimoniais relevantes e o valor paisagístico dos lugares foram fundamentais para a identificação destas áreas. c) Degradação e desadequação Identificaram-se sinais de degradação: ambiental, edificado, espaço público, o que nos levou a diagnosticar como “territórios em perda”. Por outro lado, também se considerou a existência de bairros de cariz social sem condições mínimas de habitabilidade e infraestruturas com níveis de desempenho deficientes ou desadequadas às novas solicitações, numa ótica de sustentabilidade. d) Perspetivas de projetos estruturantes Identificaram-se as zonas com maiores perspetivas de investimento para as áreas. Para estas unidades poderemos definir estratégias e ações adequadas às necessidades específicas de cada uma, após o diagnóstico das suas carências e a delimitação das unidades acima descritas não exclui outras áreas ou edifícios que pela sua relevância Relatório das Opções do Plano 56 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU GIPP, Lda. patrimonial, natural, cultural, social, ou outras, devam ser objeto de políticas ativas de reabilitação. UNIDADES DE ANÁLISE A delimitação das unidades de análise pode ser explicada através do sistema urbano concelhio e dos núcleos de condensação de atividades que podem ser divididos segundo o caráter e a dependência das atividades que suportam, criando assim um conjunto de relações dentro e fora do concelho. Desta forma, encontramos para cada uma das unidades de análise consideradas, núcleos com as características que a seguir se descrevem e que nos permitem perceber a identidade própria de cada unidade, assim como a sua complementaridade: -Núcleos urbanos consolidados com grande atração, como é o caso do centro da cidade de Vila Nova de Famalicão – Centro Urbano e que apresenta uma grande oferta a nível de comércio e dos serviços, nomeadamente os mais representativos que se encontram no perímetro urbano da cidade e de forma inicial nalguns centros das localidades. Para além do centro urbano consolidado, inclui-se também o centro urbano em consolidação, como é o caso do parque da Devesa e parte da localidade de Gavião, que apresenta uma grande oferta de equipamentos com grande atração, como a Casa das Artes, a Biblioteca Municipal e o Tribunal e que correspondem a quarteirões mais ou menos consolidados ainda que frequentemente não constituam frente continua. O espaço público parece mais consolidado e consegue alguma continuidade. -Núcleo urbano singular que se encontra no centro da vila de Riba d’Ave englobando também o centro de Oliveira S. Mateus. A sua natureza e grau de consolidação não podem dissociar-se da sua origem industrial e de todo o processo de desenvolvimento associado, relacionado com habitação para os operários e equipamentos afins. -Núcleos urbanos em consolidação, concretamente nas vilas de Joane e de Ribeirão/ Lousado. Nos últimos anos têm visto consolidar o seu centro devido às boas acessibilidades e à sua influência em áreas que extravasam os limites concelhios, permitindo uma fixação de pessoas traduzida em áreas urbanas em consolidação. Relatório das Opções do Plano 57 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU GIPP, Lda. -Núcleos urbanos com potencialidade como é o caso do centro de Nine com possibilidade de se tornar num polo importante por suportar o desdobramento da linha do Minho com o ramal de Braga. -Núcleos urbano-rurais nas localidades de Gondifelos, Bairro/ Delães, Vermoim, Landim e Seide S. Miguel. Os três primeiros são polos com um caráter diferente, associados a atividades mais locais, permitindo estruturar ainda grandes áreas com características agrícola-urbanas. Landim e Seide S. Miguel, ao mesmo tempo que desempenham estas funções têm um maior ativo cultural e turístico, o que lhes confere uma projeção supramunicipal. Ainda é possível identificar um nível inferior que corresponde aos pequenos polos dispersos pelo concelho que têm um papel fundamental na agregação coletiva da identidade. Geralmente suportam equipamentos muito locais, nomeadamente as juntas de freguesia, paróquias ou pequenas áreas de comércio. Esta hierarquia relaciona-se claramente com a consolidação do sistema urbano, apresentando coesão urbana, espaços públicos e malhas consolidadas e criando mobilidades e dependências maiores, seja dentro do concelho ou fora dele. Num território disperso estas unidades também têm um papel fundamental na agregação coletiva da identidade e na legibilidade do território, não podendo ser descuradas numa estratégia de reabilitação abrangente, que deverá também integrar os territórios do “difuso em perda”. Destacam-se, assim, os núcleos rurais com interesse patrimonial, os núcleos associados a instalações industriais relevantes com interesse patrimonial e as ocupações lineares ao longo de linhas de água, trilhos ou caminhos onde o património temático associado e a componente ambiental são preponderantes. Assim, podemos considerar que a escolha das unidades de análise parte de uma análise estruturada do sistema urbano concelhio e da necessidade de qualificar e conservar os núcleos urbanos principais e revitalizar os aglomerados que contribuem para o reforço da rede urbana complementar, incentivando de forma particular a reabilitação do edificado nos centros urbanos e nas áreas urbanas consolidadas mas degradadas; qualificação de periferias; vincular as grandes opções de transformação urbana a objetivos de caráter ambiental e social; associar o desenvolvimento dos aglomerados urbanos a critérios de racionalização de infraestruturas e equipamentos; associar o desenvolvimento dos aglomerados urbanos às redes de acessibilidades; regenerar zonas urbanas e territórios Relatório das Opções do Plano 58 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU GIPP, Lda. afetados por fenómenos de segmentação socioeconómica; e valorizar frentes ribeirinhas como espaços de identidade com vocação para atividades de lazer e recreio. Localização das unidades de análise estruturantes e das complementares Foi elaborada uma tipologia de “patologias urbanas” para as Unidades de Análise Estruturantes, que se repetem, de forma mais ou menos generalizada, nas diversas áreas urbanas objeto de estudo e que permitiram formular, para além dos objetivos estratégicos, os domínios prioritários para intervenção de reabilitação urbana. Dentro dessas “patologias urbanas” está inscrito um conjunto de tensões ao nível da estrutura e da morfologia urbanas, bem como, do tecido económico, social e humano, as quais acusam restrições significativas na evolução da qualidade, da competitividade e da identidade dos aglomerados urbanos: a) Insuficiências ao nível da coerência e do equilíbrio da malha urbana, em inúmeros casos ainda pouco ou muito pouco consolidada; b) Falta de articulação entre as zonas centrais dos aglomerados, que em geral concentram as principais funções urbanas – equipamentos e serviços, públicos e Relatório das Opções do Plano 59 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU GIPP, Lda. privados, e os espaços limítrofes em processo de urbanização, onde se instalam novas áreas urbanizadas de perfil marcadamente residencial; c) Existência de espaços que mantêm níveis elevados de dissonância de natureza física ou funcional (designadamente, estruturas industriais obsoletas) dentro das áreas mais consolidadas ou em espaços limítrofes de expansão dos aglomerados; d) Presença de vazios urbanos, de significativa escala, fortemente impactantes no processo de consolidação dos aglomerados; e) Problemas de circulação viária, pedonal e de estacionamento associados à falta de hierarquia da rede viária interna; f) Deficiente qualidade de serviços nas artérias viárias interiores; g) Inexistência ou indefinição de espaços urbanas abertos com características que lhes permitam contribuir para um reforço do sentido de urbanidade dos aglomerados e com capacidade para qualificar e intensificar as dinâmicas de sociabilidade e convivialidade, fundamentais para veicular na população um sentido de pertença do lugar; h) Presença de edifícios ou conjuntos edificados com necessidades de reabilitação e de requalificação física dentro de áreas e estruturas predominantemente residenciais; i) Presença de funções produtivas, em geral associadas a atividades industriais / de manufatura, em edifícios predominantemente ou parcialmente residenciais (unifamiliares ou plurifamiliares); j) Sinais de deterioração das condições de uso de algumas infraestruturas urbanas e dos espaços naturais envolventes; k) Relações delicados com áreas envolventes aos aglomerados que se mantêm deficientes em termos de serviços urbanos ou mal aproveitadas. Proposta de Estratégia Global de Reabilitação Urbana no Concelho de Vila Nova de Famalicão As linhas gerais da estratégia de reabilitação urbana das áreas definidas como Unidades de Análise, considerando os traços gerais das principais patologias urbanas encontradas, assentam nos seguintes objetivos estratégicos globais: i) Promover a criação de Áreas de Reabilitação Urbana (ARU) e a elaboração dos respetivos Programas Estratégicos de Reabilitação Urbana (PERU), no âmbito do quadro jurídico nacional e das prioridades das políticas urbana e de reabilitação urbana existentes; Relatório das Opções do Plano 60 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU GIPP, Lda. ii) Enquadrar os Programas Estratégicos de Reabilitação Urbana (PERU) ou outros programas mais específicos de intervenção urbana, em estratégias e planos (masterplans) de consolidação e de requalificação dos aglomerados urbanos (fora da cidade de Vila Nova de Famalicão); iii) Promover programas sistemáticos de recuperação do edificado, com prioridade para o parque habitacional, que podem ser específicos para algumas das áreas propostas, pressupondo o levantamento e estudo de apologias mais frequentes e a formulação de soluções e de instrumentos de intervenção adequados; iv) Elaborar programas de intervenção no espaço público e redes infraestruturais que abranjam, designadamente, as dimensões da rede e circulação viária, do estacionamento e da requalificação de eixos viários principais e de espaços públicos abertos e espaços verdes urbanos; v) Definir prioridades e linhas de intervenção ao nível da valorização e/ou reutilização do património arquitetónico, monumental e vernacular, e de outro património, contribuindo para a requalificação da imagem e da identidade dos aglomerados urbanos principais; vi) Definir prioridades e linhas de intervenção ao nível da valorização e da qualificação ambiental dos aglomerados, incluindo, a requalificação de infraestruturas e de espaços de matriz rural ou industrial localizados dentro dos centros urbanos ou nas suas vizinhanças imediatas; vii) Promover a requalificação e a consolidação dos equipamentos coletivos urbanos, incluindo, a adoção de modelos de gestão em rede e integrada; viii) Dinamizar condições de crescentes e melhor participação e governance urbana no quadro das intervenções de regeneração e reabilitação urbana promovidas. Estes objetivos estratégicos são declinados em linhas programáticas preliminares, enunciadas para cada uma das unidades de análise, as quais se apresentam enquadradas em programas sectoriais, designadamente: Programa de consolidação dos núcleos urbanos, Programa de intervenção no espaço público, Programa de recuperação do edificado, Programa de intervenção ao nível do património, Programa de valorização ambiental, Programa de requalificação de equipamentos. Relatório das Opções do Plano 61 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU GIPP, Lda. Os projetos em curso ou previstos, na sua maioria de iniciativa municipal, apresentam-se por sua vez associados aos programas e linhas programáticas preliminares. Sistema Empresarial O objetivo de consolidar uma rede de áreas empresariais / industriais localizadas segundo critérios que promovam a sua competitividade num espaço territorial alargado, que constituam alternativa à dispersão industrial verificada, que sejam promotoras da qualificação ambiental, foi desenvolvido tendo por base três tipos de situações préexistentes diferenciadas: - A inerente ao desenvolvimento dos pequenos núcleos empresariais / industriais já existentes; - A respeitante às áreas com massa crítica significativa (dimensão e n.º de empresas); - A correspondente a novas áreas de elevado potencial geoestratégico. O trabalho de levantamento e caracterização das unidades empresariais / industriais existentes permitiu concluir que são poucos os núcleos que apresentam um nível de consolidação elevado quando analisados nas suas relações com “atividades envolventes, sobretudo as que respeitam a serviços de apoio da atividade industrial ou com esta são complementares”. Maioritariamente trata-se de pequenos núcleos industriais, em que se destacam as indústrias localizadas em Pousada de Saramagos e as inseridas no eixo Vilarinho, Calendário, Ribeirão, Lousado e Fradelos. De uma forma geral, a localização processa-se em função das vias que até há pouco tempo constituíam o nível mais elevado da rede viária (correspondente às estradas nacionais) e inseridas em aglomerado urbano com o qual apresentam relação de conetividade forte, o que, nalguns casos, motivou a diversidade existente de atividades comerciais, de serviços e de restauração. O potencial de crescimento / expansão destes núcleos é reduzido, por força da ocupação urbana envolvente que, normalmente, eles próprios induziram. A função residencial é, qualquer que seja a situação considerada, a dominante na sua envolvência. Excetuam-se os casos das Zonas Industriais no eixo Ribeirão – Lousado – Calendário, na zona sudoeste do concelho, de dimensão relevante e com identidade própria, as quais ainda possuem considerável capacidade de expansão e definem uma categoria de espaço próprio, sem a intrusão de outras atividades incompatíveis com o seu funcionamento. Relatório das Opções do Plano 62 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU GIPP, Lda. Na zona oriental do concelho, a dispersão é mais evidente, pese embora o efeito polarizador de unidades “emblemáticas” como a Riopele, Coindu e outras, que justifiquem o forte dinamismo económico que se verifica nas freguesias de Vermoim, Pousada de Saramagos, Joane e Bairro. Principais aglomerados industriais Se na zona oriental do concelho não é possível distinguir diferentes perfis funcionais entre os diversos núcleos, já na zona ocidental são identificáveis atividades dominantes. No núcleo de Ribeirão, predomina a atividade industrial e a logística e nesta com peso significativo o da distribuição alimentar; na zona do Sr. dos Perdões localizam-se empresas sobretudo direcionadas para o têxtil, metalurgia e comércio, prestação de serviços e logística. Relatório das Opções do Plano 63 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU GIPP, Lda. Na seleção de critérios de localização de áreas empresariais / industriais a criar ou a reforçar, deu-se especial relevo a: - Acessibilidade, promovendo a localização preferencial perto dos Nós das grandes vias de transporte, nomeadamente as A3 e A7 e a futura variante à EN14; - Compatibilidade com usos envolventes, com especial atenção à relação com os aglomerados quer no tocante à sua interação funcional, quer no respeitante às exigências ambientais destes últimos; - Condicionantes físicas e ambientais, eliminando a ocupação de áreas correspondentes a margens de cursos de água, áreas com declives superiores a 8%, com elevado aptidão agrícola, de aluvião e infiltração máxima, de floresta de folhosas, entre outras áreas sensíveis; - Disponibilidade de área que possibilite resposta eficaz às eventuais necessidades de expansão; - Avaliação técnico-financeira da infraestruturação e articulação, quando aconselhável, com o SIDVA. Tendo por base os considerandos enumerados, a proposta de consolidação de uma rede de áreas empresariais / industriais integra (ver figura que se segue): - As áreas existentes que, pela sua dimensão e localização, têm um carácter estruturante no território e devem ser alvo de investimento com vista à sua requalificação e consequente promoção; - As áreas emergentes de elevado potencial de acessibilidade supramunicipal, necessárias à cobertura uniforme do território concelhio e indispensáveis à resposta adequada, sob o ponto de vista do ordenamento do território, à procura gerada; - As áreas que, conquanto inseridas em aglomerado urbano, são parte indissociável da sua organização e funcionamento, devendo ser alvo de medidas de compatibilização com os usos envolventes, quando necessário. As unidades incorretamente localizadas e que evidenciem significativa incompatibilidade com as áreas naturais (especialmente as localizadas em áreas de risco de inundação ou de erosão) ou de usos habitacionais/residenciais, quer em termos ambientais, quer em termos funcionais, e em relação às quais não seja possível sanear as causas de incompatibilidade, devem ser incentivadas à sua deslocalização para as áreas empresariais / industriais propostas, em acordo com as suas características e exigências de instalação e funcionamento. Relatório das Opções do Plano 64 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU GIPP, Lda. Caracterização dos principais aglomerados industriais 4.1.3 Equipamentos 4.1.3.A. Introdução Com base no levantamento e caracterização das redes de equipamentos existentes, efetuado com o apoio dos respetivos serviços autárquicos, nomeadamente da Divisão de Educação e Ação Social e Divisão de Cultura e Desporto, procedeu-se a uma avaliação das necessidades atuais e programação das necessidades, tendo em conta o horizonte temporal até 2021. Foram consideradas as diferentes tipologias de equipamentos importantes no reforço do modelo de organização territorial existente e proposto, nomeadamente, de educação, de tempos livres e desporto, de ação social, de saúde, de proteção social, cultura e ciência, rurais e urbanos (serviços públicos, cemitérios, mercados). Foram assim considerados os equipamentos de âmbito municipal, que se inserem nas competências das autarquias locais definidas pelo DL nº159/99 de 18 de Setembro. Relatório das Opções do Plano 65 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU Na programação a efetuar GIPP, Lda. consideraram-se os equipamentos necessários, de responsabilidade municipal e para os quais estão definidas normas e critérios urbanísticos. Estes poderão ter reflexos funcionais ao nível municipal e ao nível local, integrados nas seis Unidades de Planeamentos definidas para o concelho, representadas na figura abaixo. Os equipamentos de influência municipal deverão localizar-se na cidade, reforçando assim o principal centro urbano existente; normalmente exigem uma maior reserva urbanística e preocupações com a acessibilidade e enquadramento paisagístico. Os equipamentos de apoio local relacionam as valências educativas, desportivas, socioculturais e de saúde com desempenhos funcionais estritamente locais. A sua localização será determinada pela sua irradiação máxima, reforçando sempre que possível os principais centros urbanos, identificados em cada Unidade de Planeamento e, quando se justificar, nos centros das freguesias ou na proximidade de equipamentos existentes que poderão desempenhar uma função complementar, desde que seja garantida uma boa acessibilidade. Na definição exata dos locais a construir os futuros equipamentos, será tida em conta o património fundiário municipal, decorrente de aquisições e áreas de cedência de loteamentos com dimensão adequada, terrenos a reservar no âmbito da programação das Unidades Operativas de Planeamento e Gestão, delimitadas na Planta de Ordenamento proposta, e finalmente, sempre que possível, edifícios existentes que poderão sofrer uma renovação funcional para o fim pretendido, permitindo uma reabilitação do património existente, público ou privado. Unidades de Planeamento Arnoso (Santa Eulália) Arnoso (Santa Maria) Rio Guisando Rio Guisando Es te Sezures Rio Portela Nine Jesufrei Telhado Lemenhe Vale (São Cosme) o Ri lh Pe e Cruz Joane Mouquim Louro Ribeira de Couces Rio Vale (São Martinho) Este Gondifelos Vermoim Mogege Pedome Cavalões Outiz te o Es Brufe Vila Nova de Famalicão Cidade Castelões Requião Oliveira (Santa Maria) Rio Pe lhe Ri Pousada de Saramagos Gavião Ruivães Antas Rio Ave Seide Seide (São Miguel) Abade de Vermoim (São Paio) Calendário Vilarinho das Cambas R Lagoa io Frad elos Novais le Pe Landim Bente Oliveira (São Mateus) Riba d' Ave Delães Ribe iro de Carreira Avidos iro do Cabeçudos Ribe Fradelos Ribe Bele co ira de Geré m Esmeriz Bairro Rio Ribeira Pe lhe da Ponte das Eiras Rio Péle Lousado Rib eir o de Ri o Fra del os Pe lh e Ribeirão Rio Ave Rio Rio Ave Relatório das Opções do Plano e Av Rio Ave 66 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU GIPP, Lda. 4.1.3.B. Critérios de Planeamento Para os estudos quantitativos das carências a suprir ao longo da vigência do Plano Diretor Municipal, adotaram-se os critérios de dimensionamento (por tipologias de equipamentos), tendo em conta as orientações normativas aplicáveis definidas em “Normas Para a Programação de Equipamentos Coletivos” publicadas pela DGOTDU. 4.1.3.B.1 Equipamentos de Educação Para efeitos de reserva de terrenos com áreas suficientes para a instalação das escolas propostas, consideraram-se os critérios constantes no quadro seguinte: EQUIPAMENTOS ALUNOS P/SALA JARDIM INFÂNCIA ESCOLA BÁSICA (1 º CICLO) 25 16 22 18 16.5 14.7 25 ESCOLA BÁSICA (2º,3º CICLO) ESCOLA SECUNDÁRIA P/ALUNO ÁREA (M²) P/EQUIPAMENTO 1200 2200 2700 3300 4400 SALAS P/ EQUIPAMENTO TAXA DE FREQUÊNCIA IRRADIAÇÃO (KM) 3 4 6 8 12 90% 0,5 100% 1,5 30 26 18200 25 100% 2,2 30 20,4 22000 36 80% 3,0 Nota: considera-se o regime de funcionamento de turno único. 4.1.3.B.2 Para efeitos Equipamentos de Desporto de caracterização e programação dos equipamentos desportivos, consideraram-se os constantes no quadro seguinte: EQUIPAMENTOS GRANDE CAMPO DE JOGOS - 11 JOGADORES PEQUENO CAMPO DE JOGOS (POLIDESPORTIVO – 5 JOGADORES E C AMPO DE TÉNIS) PAVILHÃO E SALA DE DESPORTO (SALA DE DESPORTO POLIVALENTE, PAVILHÃO POLIVALENTE, PAVILHÃO DESPORTIVO) POPULAÇÃO BASE R S *10% R S R S P ISCINA COBERTA *2,5% *2,5% *1% R P ISTA DE ATLETISMO S ÁREA DE RESERVA URBANÍSTICA (M²) 8000 12000 800 1120 1500 2100 450 1440 4,0 1350 4 320 4,0 400 3200 4,0 500 6250 3,0 6000 9000 4,0 14000 21000 4,0 a)4000 hab 3000 hab #4500 hab/ 9000 hab *1% P ISCINA A O AR L IVRE 2500 hab 4000 hab a)10000 hab 800 hab 1500 hab D IMENSÃO FUNCIONAL ÚTIL (M²) 5000 *10% a)12000 hab 13000 hab a)20000 hab 25000 hab a)30000 hab 7500 hab 17500 hab a)45000 hab IRRADIAÇÃO (KM) 7500 4,0 1,0 Nota: Considera-se que um estádio é um equipamento desportivo especial para espetáculos que integra um grande campo de jogos com uma pista de atletismo de dimensões standard. a) nº de habitantes que justificam a criação de um equipamento deste tipo, especial para espetáculos. * Lotação de referência (espetadores) # Considera-se metade da cobertura quando os pavilhões têm utilização pública após o horário escolar R – dimensão reduzidaS – dimensão standard Relatório das Opções do Plano 67 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU 4.1.3.B.3 GIPP, Lda. Equipamentos de Ação Social Para efeitos de caracterização e programação dos equipamentos de ação social, consideraram-se os constantes no quadro seguinte: EQUIPAMENTOS UTENTES POR EQUIPAMENTO CRECHE CENTRO DE D IA E SERVIÇO DE APOIO DOMICILIÁRIO LAR DE IDOSOS 35 ÁREA DE RESERVA U RBANÍSTICA (M²) P/UTENTE P/EQUIPAMENTO 20 m² 700 m² TAXA DE FREQUÊNCIA ÁREA DE INFLUÊNCIA (KM) 50 *Ab=7 m² *Ab=350 m² 50% 0,5 *40 - - 10% (65-74 anos) 35% (mais de 75) Freguesia 40 *Ab=32m² *Ab=1280 m² 4,5% Concelho *Ab – Área bruta de construção, a área de terreno deverá ser definida caso a caso * Utentes do Serviço de Apoio Domiciliário 4.1.3.B.4 Equipamentos de Saúde Para efeitos de caracterização e programação dos equipamentos de saúde, consideraram-se os constantes no quadro seguinte: EQUIPAMENTOS UTENTES POR EQUIPAMENTO CENTROS DE SAÚDE E EXTENSÕES DE SAÚDE 30000 18000 6000 *AB 2100 1600 1100 ÁREA (M²) RES. URBANÍSTICA - IRRRADIAÇÃO Municipal (centro de saúde) Local Local *Ab – Área bruta de construção, a área de terreno deverá ser definida caso a caso 4.1.3.C. Necessidades e Propostas 4.1.3.C.1 Equipamentos de Educação Encontra-se em vigor a Carta Educativa aprovada pela DREN em 2007, prevista no nº2 da alínea a) do artº 19 da Lei 159/99 de 14 de Setembro, e elaborada pela Divisão de Educação e Ação Social. Desde a sua aprovação foram efetuadas diversas monitorizações. Tendo em conta que a Carta Educativa acima referida, se encontra a ser atualizada, prevendo-se a sua aprovação em meados de 2015, os equipamentos necessários foram calculados, considerando a alteração económica e social que se tem verificado nos últimos anos e a sua influência na diminuição do número de crianças e jovens em idade escolar e pré-escolar. Constatou-se que a alteração de influência de alguns polos geradores de emprego, nomeadamente na dispensa de grande parte de funcionários, levou a uma emigração de uma camada etária jovem, contribuindo também para essa diminuição acentuada do número de nascimentos. No entanto, e dado o cenário de alteração populacional e socioeconómica, e tendo em conta a necessidade de equilíbrio económico-financeiro destes equipamentos, esta proposta ficará sujeita a eventuais ajustamentos, perante a evolução do estudo e da sua concertação com os diversos agentes com responsabilidade no processo. Relatório das Opções do Plano 68 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU GIPP, Lda. Equipamentos Existentes: Equipamentos em 2013 JI EB1 EB2,3 ES - Escola Secundaria Escola Superior Escola Profissional UP1 UP2 UP3 UP4 UP5 UP6 Concelho 12 10 9 11 7 3 52 16 8 9 12 11 4 60 3 2 1 2 3 1 12 2 0 0 2 1 1 6 2 0 0 0 0 0 2 2 0 1 0 1 0 4 Equipamentos Propostos: EB1 Avidos - requalificação e ampliação/construção Avidos EB1 Esmeriz - requalificação Esmeriz ES-3 Padre Benjamim Salgado- requalificação Joane EB23 Bernardino Machado- requalificação Joane EB23 Ribeirão - requalificação Ribeirão EB1 Ruivães - requalificação Ruivães EB1 Gavião - requalificação Gavião EB1 Riba D'Ave - requalificação Riba D'Ave EB1 Gondifelos - requalificação Gondifelos EB23 Júlio Brandão - requalificação Vila Nova de Famalicão EB1 Requião - requalificação Requião EB1 Conde S. Cosme - Sede nº1 requalificação Vila Nova de Famalicão EB1 Telhado - requalificação Telhado EB1 Cruz - requalificação Cruz EB1 Brufe - requalificação Brufe EB1 S. Miguel o Anjo - Calendário - requalificação Calendário EB1 Louredo - Calendário - requalificação Calendário EB23 D. Maria II Gavião EB1 Vilarinho das Cambas - requalificação Relatório das Opções do Plano Vilarinho das Cambas 69 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU 4.1.3.C.2 GIPP, Lda. Organização dos Agrupamentos com Jardim de Infância e Escola Básica (1º Ciclo) O Conselho Municipal de Educação com funções de análise e acompanhamento do funcionamento do sistema educativo aprovou a organização dos Agrupamentos com Jardim de Infância e Escola Básica (1º Ciclo), de modo a atingir maiores padrões de eficiência e de eficácia do mesmo. Rede Educativa - V.N. de Famalicão (2014/2015) D. MARIA II D. Sancho I Padre Benjamim Salgado Agrupamento Estabelecimento/Equipamento ES3 Padre Benjamim Salgado (Sede), Joane EB 2,3 Bernardino Machado, Joane EB1 Boca do Monte, Mogege e JI Boca do Monte (estão no mesmo edifício) EB1 Pousada de Saramagos EB1 Estalagem, Vermoim EB1 Agra Maior, Vermoim e JI Agra Maior (estão no mesmo edifício) EB1 de Joane e JI de Joane (estão no mesmo edifício) ES3 D. Sancho I (Sede), V.N. de Famalicão EB1 Cabeçudos JI Cabeçudos EB1 Esmeriz JI Esmeriz EB1 S. Miguel-o-Anjo, Calendário EB1 Meães, Calendário EBI Dr. Nuno Simões, Calendário EB1 Louredo, Calendário JI Lage, Calendário EB 2,3 D. Maria II (Sede), Gavião EBI Arnoso Sta. Maria JI Arnoso Santa Maria EB1 Arnoso Santa Eulália JI Arnoso Santa Eulália EB1 Nine JI Nine EB1 Vale S. Cosme JI Vale S. Cosme EB1 Telhado JI Telhado EB1 Louro, Mouquim e Lemenhe (Centro Escolar do Louro) + JI Louro (estão no mesmo edifício) JI Mouquim JI Lemenhe EB1 Carvalho, Brufe EB1 Lagarinhos, Brufe JI Brufe EB1 Cruz JI Cruz EB1 Requião JI Requião EB1 Vale S. Martinho JI Vale S. Martinho EB1 Gavião JI Gavião EB1 Mões, V.N. Famalicão Relatório das Opções do Plano 70 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU GIPP, Lda. RIBEIRÃO PEDOME Camilo Castelo Branco Gondifelos Rede Educativa - V.N. de Famalicão (2014/2015) EBI Gondifelos (Sede) EB1 Gondifelos (P3) JI de Gondifelos JI Cavalões EB1 S. Gonçalo- Cavalões JI Outiz EB1 Outiz ES3 Camilo Castelo Branco (Sede), V.N. de Famalicão EB 2,3 Júlio Brandão, V.N. de Famalicão EB1 Antas (Centro Escolar de Antas) + JI Antas (estão no mesmo edifício) EB1 Lameiras, Antas + JI Lameiras (estão no mesmo edifício) EB1 Seide S. Miguel JI Seide S. Miguel EB1 Landim EB1 Lagoa JI Lagoa EB1 Avidos, Avidos JI Avidos EB Luís de Camões, V. N. Famalicão (Centro Escolar) + JI Luis de Camões (estão mesmo edifício) EB1 Conde S. Cosme, V. N. Famalicão EBI Pedome EB1 Castelões EB1 Bairro JI Bairro JI Bente EB1 Carreira EB1 Delães JI Delães EB1 Oliveira S. Mateus + JI Oliveira S. Mateus (estão no mesmo edifício) EB1 Riba de Ave JI Riba de Ave EB1 Ruivães JI Ruivães JI Oliveira Santa Maria EB1 Mosteiro, Oliveira Sta. Maria EB 2,3 Ribeirão (Sede) EB n.º1 de Ribeirão (Centro Escolar) + JI Santa Ana, Ribeirão (estão no mesmo edifício) JI Aldeia Nova, Ribeirão EB1 Sapugal, Fradelos + JI Sapugal (estão no mesmo edifício) EB1 Valdossos, Fradelos + JI Valdossos (estão no mesmo edifício) EB1 Lousado, Lousado (edif. Cima) EB1 Lousado, Lousado (edif. Baixo) nota: neste momento está em obras JI Lousado JI Barranhas, Vilarinho das Cambas EB1 Barranhas, Vilarinho das Cambas Escolas Profissionais Escola Profissional CIOR - V.N. de Famalicão Escola Profissional FORAVE- Lousado Escola Profissional Artística ARTAVE - V.N. de Famalicão Escola Profissional Bento Jesus Caraça - Pedome Escolas da Rede Não Pública DIDÁXIS-Cooperativa de Ensino - Riba de Ave DIDÁXIS-Cooperativa de Ensino - Vale S. Cosme Externato Delfim Ferreira - Riba de Ave ALFACOOP-Cooperativa de Ensino-Ruilhe (Braga) INA-Instituto Nun´Alvares-Caldas da Saúde (Santo Tirso) Relatório das Opções do Plano Níveis EB2,3/S EB2,3/S EBI/S/JI EB 2,3/S EBI/S/JI 71 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU 4.1.3.C.3 GIPP, Lda. Equipamentos de Desporto A localização dos equipamentos desportivos deverá ter uma lógica de complementaridade em relação aos equipamentos existentes, privilegiando a proximidades dos grandes equipamentos escolares e outros equipamentos de lazer e desporto. Propõe-se uma maior diversificação da tipologia dos equipamentos existentes, tendo em vista o fomento da prática de diferentes modalidades desportivas. Localização dos Equipamentos de Desporto Existentes Grandes Campos de Jogos UNIDADES DE PLANEAMENTO/UTENTES 2021 EQUIPAMENTOS EXISTENTES 2013 GRANDES CAMPOS DE CARÊNCIA 2021 COBERTURA ATUAL JOGOS UP1 (CIDADE) 31858 HAB UP2 (VALE DO ESTE/ N INE) 18553 HAB UP3 (V.A.POENT./ RIBEIRÃO) 22452 HAB UP4 (V.A.NASC./RIB.DAVE) 28245 HAB UP5 (VALE DO PELE/ JOANE) 25558 HAB UP6 (V. PELHE/V.S.COSME) 8780 HAB CONCELHO 135 446 HAB R S R S R S R S R S R S R S * Estádio , em avançado estado de degradação Relatório das Opções do Plano 6 1* 4 7 6 2 6 0 3 1 1 1 26 12 19 000 hab 38 000 hab 23 000 hab 15 000 hab 11 500 hab 6 500 hab 113 000 hab R – dimensão reduzida 72 R S R S R S R S R S R S R S 4 1 0 0 0 0 3 2 5 1 1 0 13 4 ACRÉSCIMO DE COBERTURA PREVISTO PARA 2021 14 000 hab 0 0 hab 15 500 hab 16 500 hab 2 500 hab 48 500 hab S – dimensão standard MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU GIPP, Lda. Número de Grandes Campos de Jogos necessários por UP Ao nível municipal a cobertura deste tipo de equipamentos é suficiente, no entanto verificam-se assimetrias na sua distribuição, tendo em conta o número de habitantes de cada Unidade de Planeamento (UPs). Propõe-se assim o reforço de equipamentos deste tipo nestas áreas. Na UP1, apesar de não existirem necessidades significativas a assinalar, será necessário substituir o estádio existente tendo em conta o seu avançado estado de degradação. Pequenos Campos de Jogos UNIDADES DE PLANEAMENTO/UTENTES 2021 UP1 (CIDADE) 31858 HAB UP2 (VALE DO ESTE/ N INE) 18553 HAB UP3 (V.A.POENT./ RIBEIRÃO) 22452 HAB UP4 (V.A.NASC./RIB.DA VE) 28245 HAB UP5 (VALE DO PELE/ JOANE) 25558 HAB UP6 (V. PELHE/V.S.COSME) 8780 HAB CONCELHO 135 446 HAB EQUIPAMENTOS EXISTENTES 2013 PEQUENOS CAMPOS DE CARÊNCIA 2021 COBERTURA ATUAL JOGOS R S R S R 33 1 12 0 15 S 0 R 23 S 1 R 18 S 0 R 7 S 0 R S 108 2 27 900 hab 9 600 hab 12 000 hab 19 900 hab 14 400 hab 5 600 hab 89 400 hab R S R S R 4 1 4 2 6 S 4 R 5 S 3 R 7 S 4 R 3 S 1 R S 29 15 ACRÉSCIMO DE COBERTURA PREVISTO PARA 2021 4 700 hab 9 200 hab 10 800 hab 8 500 hab 11 6000 hab 3 900 hab 48 700 hab R – dimensão reduzida S – dimensão standard Relatório das Opções do Plano 73 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU GIPP, Lda. Número de Pequenos Campos de Jogos necessários por UP Os Pequenos Campos de Jogos apresentam atualmente uma cobertura bastante boa na maioria das UP’s. No entanto, tendo em conta o número de habitantes previstos para cada Unidade de Planeamento é proposto o reforço de equipamentos deste tipo em cada uma das áreas, sendo que a sua execução deve ter sempre em conta o efetivo crescimento da população e a sua rentabilidade económico-desportiva. Pavilhões e Salas de Desporto UNIDADES DE PLANEAMENTO/UTENTES 2021 UP1 (CIDADE) 31858 HAB UP2 (VALE DO ESTE/ N INE) 18553 HAB UP3 (V.A.POENT./ RIBEIRÃO) 22452 HAB UP4 (V.A.NASC./RIB.DAVE) 28245 HAB UP5 (VALE DO PELE/ JOANE) 25558 HAB UP6 (V. PELHE/V.S.COSME) 8780 HAB CONCELHO 135 446 HAB R – dimensão reduzida EQUIPAMENTOS EXISTENTES 2013 R S R S R S R S R S R S R S S – dimensão standard 6 4# 0 2# 3 1+1# 2 2# 4 2# 0 1# 15 13 CARÊNCIA 2021 COBERTURA ATUAL 36 000 hab 9 000 hab 22 500 hab 15 000 hab 21 000 hab 4 500 hab 108 000 hab R S R S R S R S R S R S R S ACRÉSCIMO DE COBERTURA PREVISTO PARA 2021 0 0 3 0 0 0 2 1 2 0 2 0 9 1 0 9 000 hab 0 15 000 hab 6 000 hab 6 000 hab 36 000 hab # pavilhões integrados em escolas com utilização pública após o horário escolar Número de Pavilhões / Salas Desporto necessárias por UP A criação de novos pavilhões desportivos deverá ser prioritária em relação aos campos de jogos descobertos, uma vez que a sua cobertura municipal é menor (69%). Na UP1, justifica-se a criação de um pavilhão multiusos, de influência municipal, uma vez que não existe um recinto multifuncional, deste tipo, especial para espetáculos, no concelho. Relatório das Opções do Plano 74 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU GIPP, Lda. Piscinas UNIDADES DE PLANEAMENTO/UTENTES 2021 EQUIPAMENTOS EXISTENTES 2013 CARÊNCIA 2021 COBERTURA ATUAL UP1 (CIDADE) C 3 39 000 hab C 0 31858 HAB D 2 40 000 hab D 0 UP2 (VALE DO ESTE/ N INE) C 1 13 000 hab C 1 18553 HAB D 0 - D 0 UP3 (V.A.POENT./ RIBEIRÃO) C 2 26 000 hab C 0 22452 HAB D 0 - D 0 UP4 (V.A.NASC./RIB.DAVE) C 1 13 000 hab C 0 28245 HAB D 1 20 000 hab D 0 UP5 (VALE DO PELE/ JOANE) C 1 13 000 hab C 1 25558 HAB D 0 - D 0 UP6 (V. PELHE/V.S.COSME) C 0 - C 1 8780 HAB D 0 - D 0 CONCELHO C 8 104 000 hab C 3 135 446 HAB D 3 60 000 hab D 0 C – Cobertas ACRÉSCIMO DE COBERTURA PREVISTO PARA 2021 0 13 000 hab 0 hab 0 hab 13 000 hab 13 000 hab 39 000 hab D – Descobertas Número de Piscinas Cobertas e Descobertas necessárias por UP Verifica-se um nível de cobertura baixo, e uma vez que V N de Famalicão é um concelho interior, justifica-se a criação deste tipo de equipamentos. Pistas de Atletismo UNIDADES DE PLANEAMENTO/UTENTES 2021 UP1 (CIDADE) 31858 HAB UP2 (VALE DO ESTE/ N INE) 18553 HAB UP3 (V.A.POENT./ RIBEIRÃO) 22452 HAB UP4 (V.A.NASC./RIB.DAVE) 28245 HAB UP5 (VALE DO PELE/ JOANE) 25558 HAB UP6 (V. PELHE/V.S.COSME) 8780 HAB CONCELHO 135 446 HAB R – dimensão reduzida EQUIPAMENTOS EXISTENTES 2006 R S R S R S R S R S R S R S 2 0 0 0 1 0 2 0 3 0 1 0 9 0 COBERTURA CARÊNCIA 2021 ATUAL 15 000 hab 0 7 500 hab 15 000 hab 22 500 hab 7 500 hab 67 500 hab R S R S R S R S R S R S R S 1 1 0 1 0 1 0 1 1 1 1 0 3 5 ACRÉSCIMO DE COBERTURA PREVISTO PARA 2021 25 000 hab 17 500 hab 17 500 hab 17 500 hab 25 000 hab 7 500 hab 110 000 hab S – dimensão standard Relatório das Opções do Plano 75 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU GIPP, Lda. Número de Pistas de Atletismo necessárias por UP Sempre que possível Integrar as pistas de atletismo nos grandes campos de jogos existentes ou na execução dos novos campos previstos, nomeadamente no novo estádio municipal. 4.1.3.C.4 Equipamentos de Ação Social A proposta dos equipamentos de ação social teve em consideração o Plano de Desenvolvimento Social do Concelho de V N de Famalicão e os elementos fornecidos pela Divisão de Educação e Acão Social. As taxas de cobertura propostas privilegiam uma política social que reforce a relação casa/centro de apoio, através dos centros de dia com apoio domiciliário. A localização dos equipamentos a criar deverá permitir a interação etária, usufruir de uma boa acessibilidade e, sempre que possível, privilegiar a proximidade de espaços públicos, religiosos e equipamentos de saúde complementares. Não se considerou a programação de ATLs, tendo em conta a recente mudança do regime de funcionamento das escolas para turno único. Planta de Localização dos Equipamentos de Ação Social Existentes Relatório das Opções do Plano 76 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU GIPP, Lda. Centros de Dia e Serviço de Apoio Domiciliário UNIDADES DE PLANEAMENTO UP1 (CIDADE) UP2 (VALE DO ESTE/ N INE) UP3 (V.A.POENT./ RIBEIRÃO) UP4 (V.A.NASC./RIB.DAVE) UP5 (VALE DO PELE/ JOANE) UP6 (V. PELHE/V.S.COSME) CONCELHO IDOSOS 2021 65-74 >75 CAPACIDADE CARÊNCIA 1064 272 792 1226 612 47 565 2034 1308 660 257 403 3145 2107 1051 341 710 2439 1510 772 286 486 930 493 265 28 237 13676 8745 4424 1231 3193 ANOS 3293 2101 1835 NECESSÁRIA EXISTENTE 2006 ANOS Lares de Idosos CAPACIDADE IDOSOS 2021 >65 ANOS NECESSÁRIA UP1 (CIDADE) 5394 UP2 (VALE DO ESTE/ N INE) 3061 UNIDADES DE PLANEAMENTO EXISTENTE 2006 CARÊNCIA 242 96 146 137 140 - 3342 150 68 82 5252 236 83 153 UP5 (VALE DO PELE/ JOANE) 3949 177 64 113 UP6 (V. PELHE/V.S.COSME) 1423 64 - 64 CONCELHO 22421 1008 501 507 UP3 (V.A.POENT./ RIBEIRÃO) UP4 (V.A.NASC./RIB.D `AVE) Relatório das Opções do Plano 77 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU GIPP, Lda. 4.1.3.C.4.1 Equipamentos de Saúde A proposta de equipamentos de saúde traduz as necessidades sentidas pela direção do centro de saúde de Vila Nova de Famalicão, uma vez que é competência da Administração Regional de Saúde o seu Planeamento, tendo em conta as orientações das normativas aplicáveis. Prevê-se, assim, a manutenção e reforço dos hospitais existentes. Verificou-se, também, que o centro de saúde, constituído por diversas unidades distribuídas pelo concelho extensões de saúde, cobre as necessidades existentes no concelho. No entanto, verificamse casos de sobrelotação, de degradação das instalações existentes e existência de instalações provisórias (alugadas), devendo promover-se a melhoria das condições destas instalações. Planta de Localização dos Equipamentos de Saúde Existentes Extensões do Centro de Saúde EQUIPAMENTO UP1 FREGUESIA UTENTES INSCRITOS URBANA Vila Nova de Famalicão 39859 ARNOSO STA. MARIA Arnoso Sta. Maria 3483 LOURO Louro 4945 FRADELOS Fradelos 5202 LOUSADO Lousado 3839 UP4 SEIDE Seide São Miguel 2873 UP5 JOANE Joane 15748 UP6 VALE DE S COSME Vale de São Cosme 6767 UP2 UP3 Relatório das Opções do Plano 78 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU UP1 - C IDADE GIPP, Lda. EQUIPAMENTOS EXISTENTES 2013 EDUCAÇÃO SAÚDE DESPORTO ACÃO SOCIAL PROTEÇÃO SOCIAL CULTURA NECESSIDADE 2021 ÁREA DO ÁREA DE INFLUÊNCIA TERRENO POR EQUIPAMENTO (M²) LOCAL MUNICIPAL JARDIM DE INFÂNCIA 12 ver carta escolar 1200 x EB1 16 ver carta escolar # x EB2,3 3 ver carta escolar - x ES (SECUNDÁRIA) 2 ver carta escolar - x ESCOLA SUPERIOR 2 ver carta escolar - x ESCOLA PROFISSIONAL 2 ver carta escolar - x HOSPITAL 1 0 - x CENTRO DE SAÚDE 1 0 - x EXTENSÃO DE SAÚDE 1 1 Ab=1100 x FARMÁCIAS x 8 0 - GRANDES CAMPOS DE JOGOS 7 5 12000 PEQUENOS CAMPOS DE JOGOS PAVILHÕES /SALAS DE DESPORTO PISCINA COBERTA 34 5 2100 x 10 0 - x 3 0 3200 x PISCINA DESCOBERTA x x 2 0 - PISTA DE ATLETISMO 2 1 21000 CRECHE 10 0 - x ATL 9 0 - x CENTRO DE DIA 4 4 Ab=350 x CENTRO JUVENIL 1 0 - x CENTRO DE CONVÍVIO 0 0 - x LAR DE IDOSOS SERVIÇO DE APOIO DOMICILIÁRIO CENTRO DE ACOLHIMENTO TEMPORÁRIO CENTRO DE ATIVIDADES OCUPACIONAIS GNR 5 0 Ab=1280 5 1 - x 0 0 - x 1 0 - x 1 0 - PSP 1 0 - QUARTEL DE BOMBEIROS 2 0 - POLICIA MUNICIPAL 1 0 - x BIBLIOTECA 2 0 - x x x x x x *Ab – Área bruta de construção, a área de terreno deverá ser definida caso a caso. # Ver dimensão definida no relatório específico, em função da capacidade do equipamento a criar. ** - Integrados em Centros Escolares Relatório das Opções do Plano 79 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU UP2 – VALE DO ESTE / NINE GIPP, Lda. EQUIPAMENTOS EXISTENTES 2013 EDUCAÇÃO SAÚDE DESPORTO ACÃO SOCIAL PROTEÇÃO SOCIAL CULTURA NECESSIDADE 2021 ÁREA DO ÁREA DE INFLUÊNCIA TERRENO POR EQUIPAMENTO (M²) LOCAL MUNICIPAL JARDIM DE INFÂNCIA 10 ver carta escolar 1200 x EB1 8 ver carta escolar # x EB2,3 2 ver carta escolar - x ES (SECUNDÁRIA) 0 ver carta escolar - x ESCOLA SUPERIOR 0 ver carta escolar - x ESCOLA PROFISSIONAL 0 ver carta escolar - x HOSPITAL 1 0 - x CENTRO DE SAÚDE 0 0 - x EXTENSÃO DE SAÚDE 4 2 Ab=1100 x FARMÁCIAS 5 0 - x GRANDES CAMPOS DE JOGOS 11 0 - PEQUENOS CAMPOS DE JOGOS 12 6 - x PAVILHÕES /SALAS DE DESPORTO 2 3 4320 x PISCINA COBERTA 1 1 3200 x PISCINA DESCOBERTA 0 0 6250 x PISTA DE ATLETISMO 0 1 - CRECHE 3 0 700 x ATL 6 0 - x CENTRO DE DIA 2 3 Ab=350 x CENTRO JUVENIL 0 0 - x CENTRO DE CONVÍVIO 0 0 - x LAR DE IDOSOS 2 0 - SERVIÇO DE APOIO DOMICILIÁRIO CENTRO DE ACOLHIMENTO TEMPORÁRIO CENTRO DE ATIVIDADES OCUPACIONAIS GNR 2 3 - x 0 0 - x 1 0 - x 0 0 - PSP 0 0 - QUARTEL DE BOMBEIROS 0 0 - POLICIA MUNICIPAL 0 0 - x BIBLIOTECA 1 0 - x x x x x x x *Ab – Área bruta de construção, a área de terreno deverá ser definida caso a caso # Ver dimensão definida no relatório específico, em função da capacidade do equipamento a criar. Relatório das Opções do Plano 80 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU UP3 – VALE DO AVE POENTE / RIBEIRÃO GIPP, Lda. EQUIPAMENTOS EXISTENTES 2013 EDUCAÇÃO SAÚDE DESPORTO ACÃO SOCIAL PROTEÇÃO SOCIAL CULTURA NECESSIDADE 2021 ÁREA DO ÁREA DE INFLUÊNCIA TERRENO POR EQUIPAMENTO (M²) LOCAL MUNICIPAL JARDIM DE INFÂNCIA 9 ver carta escolar - x EB1 9 ver carta escolar # x EB2,3 1 ver carta escolar - x ES (SECUNDÁRIA) 0 ver carta escolar 22000 x ESCOLA SUPERIOR 0 ver carta escolar - x ESCOLA PROFISSIONAL 1 ver carta escolar - x HOSPITAL 0 0 - x CENTRO DE SAÚDE 0 0 - x EXTENSÃO DE SAÚDE 3 2 Ab=1100 x FARMÁCIAS 4 0 - x GRANDES CAMPOS DE JOGOS 8 0 - PEQUENOS CAMPOS DE JOGOS 15 10 2100 x PAVILHÕES /SALAS DE DESPORTO 5 0 4320 x PISCINA COBERTA 2 0 3200 x PISCINA DESCOBERTA 0 0 6250 x PISTA DE ATLETISMO 1 1 - CRECHE 6 0 700 x ATL 5 0 - x CENTRO DE DIA 4 1 Ab=350 x CENTRO JUVENIL 2 0 - x CENTRO DE CONVÍVIO 0 0 - x LAR DE IDOSOS 2 0 Ab=1280 SERVIÇO DE APOIO DOMICILIÁRIO CENTRO DE ACOLHIMENTO TEMPORÁRIO CENTRO DE ATIVIDADES OCUPACIONAIS GNR 4 1 - x 1 0 - x 1 0 - x 0 1 - PSP 0 0 - QUARTEL DE BOMBEIROS 0 0 - POLICIA MUNICIPAL 0 0 - x BIBLIOTECA 2 0 - x x x x x x x *Ab – Área bruta de construção, a área de terreno deverá ser definida caso a caso # Ver dimensão definida no relatório específico, em função da capacidade do equipamento a criar. ** - Integrados em Centros Escolares Relatório das Opções do Plano 81 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU UP4 – VALE DO AVE NASCENTE / RIBA D’AVE GIPP, Lda. EQUIPAMENTOS EXISTENTE 2013 EDUCAÇÃO SAÚDE DESPORTO ACÃO SOCIAL PROTEÇÃO SOCIAL CULTURA NECESSIDADE 2021 ÁREA DO ÁREA DE INFLUÊNCIA TERRENO POR EQUIPAMENTO (M²) LOCAL MUNICIPAL JARDIM DE INFÂNCIA 11 ver carta escolar 1200 x EB1 12 ver carta escolar # x EB2,3 2 ver carta escolar 18200 x ES (SECUNDÁRIA) 2 ver carta escolar - x ESCOLA SUPERIOR 0 ver carta escolar - x ESCOLA PROFISSIONAL 0 ver carta escolar - x HOSPITAL 1 0 - x CENTRO DE SAÚDE 0 0 - x EXTENSÃO DE SAÚDE 5 0 - x FARMÁCIAS x 6 0 - GRANDES CAMPOS DE JOGOS 6 5 12000 PEQUENOS CAMPOS DE JOGOS 24 8 2100 x PAVILHÕES /SALAS DE DESPORTO 4 3 4320 x PISCINA COBERTA 1 0 3200 x PISCINA DESCOBERTA 1 0 6250 x PISTA DE ATLETISMO 2 1 - CRECHE 7 0 700 x ATL 6 0 - x CENTRO DE DIA 7 3 Ab=350 x CENTRO JUVENIL 0 0 - x CENTRO DE CONVÍVIO 2 0 - x LAR DE IDOSOS 5 1 Ab=1280 SERVIÇO DE APOIO DOMICILIÁRIO CENTRO DE ACOLHIMENTO TEMPORÁRIO CENTRO DE ATIVIDADES OCUPACIONAIS GNR 7 3 - x 1 0 - x 1 0 - x 1 1 - PSP 0 0 - QUARTEL DE BOMBEIROS 1 1 3000 POLICIA MUNICIPAL 0 0 - x BIBLIOTECA 1 0 - x x x x x x x *Ab – Área bruta de construção, a área de terreno deverá ser definida caso a caso # Ver dimensão definida no relatório específico, em função da capacidade do equipamento a criar. ** - Integrados em Centros Escolares Relatório das Opções do Plano 82 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU UP5 – VALE DO PELE / JOANE EDUCAÇÃO SAÚDE DESPORTO ACÃO SOCIAL PROTEÇÃO SOCIAL CULTURA GIPP, Lda. EQUIPAMENTOS NECESSIDADE EXISTENTES 2021 2013 ÁREA DO ÁREA DE INFLUÊNCIA TERRENO POR EQUIPAMENTO (M²) LOCAL MUNICIPAL JARDIM DE INFÂNCIA 7 ver carta escolar 1200 x EB1 11 ver carta escolar 7350 x EB2,3 3 ver carta escolar - x ES (SECUNDÁRIA) 1 ver carta escolar - x ESCOLA SUPERIOR 0 ver carta escolar - x ESCOLA PROFISSIONAL 1 ver carta escolar - x HOSPITAL 0 0 - x CENTRO DE SAÚDE 0 0 - x EXTENSÃO DE SAÚDE 2 1 Ab=1100 x FARMÁCIAS 4 0 - x GRANDES CAMPOS DE JOGOS 4 6 12000 PEQUENOS CAMPOS DE JOGOS 18 11 2100 x PAVILHÕES /SALAS DE DESPORTO 6 2 4320 x PISCINA COBERTA 1 1 3200 x PISCINA DESCOBERTA 0 0 6250 x PISTA DE ATLETISMO 3 2 - CRECHE 8 0 700 x ATL 6 0 - x CENTRO DE DIA 6 1 Ab=350 x CENTRO JUVENIL 0 0 - x CENTRO DE CONVÍVIO 2 0 - x LAR DE IDOSOS 5 0 Ab=1280 SERVIÇO DE APOIO DOMICILIÁRIO CENTRO DE ACOLHIMENTO TEMPORÁRIO CENTRO DE ATIVIDADES OCUPACIONAIS GNR 8 0 - x 1 0 - x 1 0 - x 1 1 - PSP 0 0 - QUARTEL DE BOMBEIROS 0 0 - POLICIA MUNICIPAL 0 0 - x BIBLIOTECA 2 0 - x x x x x x x *Ab – Área bruta de construção, a área de terreno deverá ser definida caso a caso Relatório das Opções do Plano 83 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU UP6 – VALE DO PELHE / SÃO COSME EDUCAÇÃO SAÚDE DESPORTO AÇÃO SOCIAL PROTEÇÃO SOCIAL CULTURA GIPP, Lda. EQUIPAMENTOS NECESSIDADE EXISTENTES 2021 2013 ÁREA DO ÁREA DE INFLUÊNCIA TERRENO POR EQUIPAMENTO (M²) LOCAL MUNICIPAL JARDIM DE INFÂNCIA 3 ver carta escolar 1200 x EB1 4 ver carta escolar - x EB2,3 1 ver carta escolar - x ES (SECUNDÁRIA) 1 ver carta escolar - x ESCOLA SUPERIOR 0 ver carta escolar - x ESCOLA PROFISSIONAL 0 ver carta escolar - x HOSPITAL 0 0 - x CENTRO DE SAÚDE 0 0 - x EXTENSÃO DE SAÚDE 2 0 - x FARMÁCIAS 1 0 - x GRANDES CAMPOS DE JOGOS 2 1 - PEQUENOS CAMPOS DE JOGOS 7 4 - x PAVILHÕES /SALAS DE DESPORTO 1 2 4320 x PISCINA COBERTA 0 1 - x PISCINA DESCOBERTA 0 0 - x PISTA DE ATLETISMO 1 1 - CRECHE 1 0 700 x ATL 1 0 - x CENTRO DE DIA 1 1 Ab=350 x CENTRO JUVENIL 0 0 - x CENTRO DE CONVÍVIO 0 0 - x LAR DE IDOSOS 1 0 Ab=1280 SERVIÇO DE APOIO DOMICILIÁRIO CENTRO DE ACOLHIMENTO TEMPORÁRIO CENTRO DE ATIVIDADES OCUPACIONAIS GNR 1 2 - x 0 0 - x 0 0 - x 0 0 - PSP 0 0 - QUARTEL DE BOMBEIROS 0 0 - POLICIA MUNICIPAL 0 0 - x BIBLIOTECA 0 1 - x x x x x x x *Ab – Área bruta de construção, a área de terreno deverá ser definida caso a caso Relatório das Opções do Plano 84 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU CONCELHO EDUCAÇÃO SAÚDE DESPORTO AÇÃO SOCIAL PROTEÇÃO SOCIAL CULTURA GIPP, Lda. EQUIPAMENTOS NECESSIDADE EXISTENTES 2021 2013 JARDIM DE INFÂNCIA 52 ver carta escolar EB1 60 EB2,3 12 ES (SECUNDÁRIA) ÁREA DO ÁREA DE INFLUÊNCIA TERRENO POR EQUIPAMENTO (M²) LOCAL MUNICIPAL 1200 x ver carta escolar 7350 x ver carta escolar 18200 x 6 ver carta escolar - x ESCOLA SUPERIOR 2 ver carta escolar - x ESCOLA PROFISSIONAL 4 ver carta escolar - x HOSPITAL 3 0 - x CENTRO DE SAÚDE 1 0 - x EXTENSÃO DE SAÚDE 17 6 Ab=1100 x FARMÁCIAS 28 0 - x GRANDES CAMPOS DE JOGOS 38 17 12000 PEQUENOS CAMPOS DE JOGOS 110 46 2100 x PAVILHÕES /SALAS DE DESPORTO 28 10 4320 x PISCINA COBERTA 8 3 3200 x PISCINA DESCOBERTA 3 0 6250 x PISTA DE ATLETISMO 10 7 - CRECHE 35 0 700 x ATL 33 0 - x CENTRO DE DIA 24 12 Ab=350 x CENTRO JUVENIL 3 0 - x CENTRO DE CONVÍVIO 4 0 - x LAR DE IDOSOS 19 1 Ab=1280 SERVIÇO DE APOIO DOMICILIÁRIO CENTRO DE ACOLHIMENTO TEMPORÁRIO CENTRO DE ATIVIDADES OCUPACIONAIS GNR 27 10 - x 3 0 - x 5 0 - x 3 3 - PSP 1 0 - QUARTEL DE BOMBEIROS 3 1 3000 POLICIA MUNICIPAL 1 0 - x BIBLIOTECA 8 1 - x x x x x x x *Ab – Área bruta de construção, a área de terreno deverá ser definida caso a caso Relatório das Opções do Plano 85 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU GIPP, Lda. 4.1.4 Sistema Ambiental (EEM) 4.1.4.A. Introdução 4.1.3.A.1 Questões Conceptuais A Estrutura Ecológica Municipal (EEM) é definida no Decreto-Lei nº 380/99, de 22 de Setembro, com a nova redação dada pelo Decreto-Lei n.º 310/03, de 10 de Dezembro, no artigo 85º (conteúdo material do PDM, que define um modelo de organização municipal do território), a alínea c), como sendo “a definição dos sistemas de proteção dos valores e recursos naturais, culturais, agrícolas e florestais, identificando a estrutura ecológica municipal”, em sede de Plano Diretor Municipal. A Estrutura Ecológica deve ser um instrumento estruturante do edificado e da paisagem enquanto sistema integrador das dinâmicas naturais e culturais, sendo entendida como uma entidade global. Uma proposta de Estrutura Ecológica deve atender não apenas a aspetos de proteção e conservação, mas também de produção e de carácter recreativo e turístico, valorizando multifuncionalidade e a diversidade da paisagem em sincronia com o território (Andresen, 2004). Assim, a EEM deverá constituir um instrumento de planeamento ambiental e de ordenamento do território orientado por princípios de proteção dos recursos e sistemas naturais que oriente a ocupação e transformação antrópica do território (Cardoso et al., 2004). Estes sistemas devem estar articulados numa estrutura que permita o estabelecimento de relações de continuidade. A EEM constitui uma figura de ordenamento do território que (Magalhães, et al. 2002) apresenta as seguintes funções: i) Determina quais os sistemas ecológicos fundamentais à sustentabilidade do território, estabelecendo, deste modo, uma diferenciação entre recursos que não deverão ser destruídos daqueles cuja apropriação não condiciona o funcionamento do território; ii) Equaciona as ocupações possíveis através da definição de novas paisagens, concebidas de acordo com critérios de sustentabilidade, critérios formais e critérios de utilidade pública; iii) Integra as áreas ecologicamente sensíveis (como é o caso das linhas de água e das áreas de risco de erosão) e áreas que pelo seu coberto vegetal e ocupação constituem valores naturais e/ou patrimoniais, cuja preservação se justifica para a manutenção da integridade, regeneração e identidade do território; iv) Concretiza-se através de um conjunto diversificado de usos, definidos de acordo com as características e localização de cada uma das áreas consideradas, estabelecendo-se alguns deles em continuidade com a ocupação atual (salientam-se entre estes usos possíveis, as atividades agrícolas e florestais e os espaços de recreio e lazer); Relatório das Opções do Plano 86 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU v) GIPP, Lda. Constitui suporte de atividades complementares às que estão proporcionadas pelo tecido edificado e atua como forma de controlar a edificação dispersa e de afirmar um processo de requalificação e reestruturação urbana, intensificando o contacto entre o espaço edificado e a estrutura ecológica existente através da sua definição no interior e no limite dos perímetros urbanos. 4.1.3.A.2 Enquadramento legal para a definição da Estrutura Ecológica Municipal A elaboração da EEM enquadra-se na legislação que regula os Instrumentos de Gestão Territorial, nos quais se integram os Planos de Ordenamento do Território, designadamente o Plano Diretor Municipal (PDM), e que são: - Decreto-Lei 380/99, de 22 de setembro; - Decreto-Lei 2/2011,de 6 de novembro, que atualiza o anterior. Para além do regime dos Instrumentos de Gestão Territorial, a EEM pretende também cumprir o disposto no quadro nacional e europeu, em matéria de ambiente e proteção dos recursos e sistemas naturais, designadamente através dos seguintes regulamentos: - Lei de Bases do Ambiente: Decreto-Lei nº 19/2014, de 14 de abril - Lei de Bases do Ordenamento do Território e Urbanismo: Lei nº 54/2007, de 31 de agosto; - Reserva Ecológica Nacional: Decreto-Lei 166/2008, de 22 de agosto; - Reserva Agrícola Nacional: Decreto-Lei 73/2009, de 31 de março; - Diretiva Habitats: Decreto-Lei 49/2005, de 24 de fevereiro – Diretiva 92/43/CEE; - Estratégia Nacional de Conservação da Natureza e Biodiversidade (ENCNB): Resolução do Conselho de Ministros nº 152/2001, de 11 de Outubro. 4.1.4.B Metodologia para a definição da EEM A EEM foi elaborada segundo as seguintes fases: CARACTERIZAÇÃO: Recolha e análise das bases de trabalho (verificação da estrutura gráfica e alfanumérica dos dados), conversão de formatos de ficheiros e alteração de sistemas de projeção cartográfica; Produção das cartas de caracterização dos sistemas biofísicos e recursos naturais; Reconhecimento e interpretação dos diversos elementos que servirão de base: Morfologia da paisagem; Recursos naturais e paisagísticos; Património e equipamentos; Áreas agrícolas e florestais. Relatório das Opções do Plano 87 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU AVALIAÇÃO: GIPP, Lda. Análise interpretativa da paisagem rural e urbana do concelho; Definição das áreas com aptidão à edificação e que poderão ser excluídas da EEM; Articulação com os instrumentos de proteção legal, nomeadamente com o PDM em revisão; Definição da rede de percursos associados ao património natural e cultural e equipamentos, associada principalmente aos caminhos rurais; Inventariação e análise dos espaços verdes urbanos existentes e propostos; PROPOSTA: Traçado de uma rede de percursos associado ao património natural e cultural, assente em antigos caminhos rurais e velhas vias de circulação; Proposta de EEM. A metodologia de definição da EEM foi implementada com recurso a um Sistema de Informação Geográfica (SIG), utilizando o software ArcGis 9.1, de forma a constituir uma ferramenta do apoio ao planeamento e à gestão biofísica e urbanística do concelho. A implantação de um SIG tem como objetivo principal dispor de um instrumento de análise que sustente, através da produção de cartografia temática georreferenciada, a definição geográfica de uma Estrutura Ecológica Municipal. Neste contexto são contemplados os seguintes aspetos (Magalhães, et al., 2002): Registo de informação cartográfica e da respetiva informação alfanumérica num formato acessível, quer no que respeita à consulta da informação, quer no que respeita à sua utilização em sistemas de informação distintos; Produção de informação georreferenciada resultante da análise da forma e ocupação do território e sua posterior comparação com as diretrizes do PDM; Construção de cartas temáticas para efeitos de análise, consulta e divulgação de informação. A EEM resulta da integração dos elementos considerados, que devem estar articulados e interligados numa estrutura que permita o estabelecimento de relações de continuidade entre todo o concelho, tendo em consideração a proteção das áreas críticas de modo a garantir o funcionamento dos sistemas ecológicos e culturais. 4.1.4.C A EEM no Concelho de Vila Nova de Famalicão 4.1.4.C.1 Componentes da EEM A EEM proposta para o concelho de Vila nova de Famalicão é constituída por três níveis organizados segundo uma hierarquia que tem em conta a diversidade de situações registadas e o reconhecimento de que as suas características deverão traduzir-se em regulamentação de usos preferenciais, específicos a cada caso: Relatório das Opções do Plano 88 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU GIPP, Lda. Estrutura Ecológica Fundamental (Nível 1) – neste nível estão definidos os recursos ecológicos fundamentais à sustentabilidade do território. Tem um papel estrutural, constituído pelos elementos biofísicos que garantem a estabilidade física do território e a existência de um ambiente natural propício ao desenvolvimento sustentável e equilibrado do concelho. Estrutura Ecológica Complementar (Nível 2) – integra as áreas com componentes biofísicas e culturais, onde se pretende promover uma utilização e ocupação condicionada, em harmonia com a função de salvaguarda. Estrutura Ecológica de Conexão (Nível 3) - carácter de proteção, constituída por elementos lineares de suporte às funcionalidades rurais e urbanas e que constituem os elementos de ligação à Estrutura Ecológica Fundamental e Condicionada. Assim, o esquema da EEM do concelho de Nova de Famalicão é o seguinte: ESTRUTURA ECOLÓGICA MUNICIPAL Cursos de água (exceto 1ª e 2ª ordem) NÍVEL 1 ESTRUTURA ECOLÓGICA FUNDAMENTAL NÍVEL 2 Estrutura Ecológica Complementar Leito de cheia Cabeceiras de linhas de água Áreas de infiltração máxima Áreas com risco de erosão/Floresta de Proteção Habitats: galerias ripícolas Áreas agrícolas Espaços verdes de uso público (Devesa, Vinhal e espaço verde em Barrimau) Património rural, cultural e natural Restantes espaços verdes de uso público NÍVEL 3 Estrutura Ecológica de Conexão Áreas de floresta de recreio, enquadramento e estética da paisagem Tecido urbano (quintas e equipamentos) 4.1.4.C.2 Caracterização e Identificação a) Caracterização biofísica Numa primeira fase foi elaborada a caracterização biofísica do concelho de Vila Nova de Famalicão1, com base na análise detalhada de todo o território. Deste modo, os elementos de caracterização são os resultantes do reconhecimento dos sistemas naturais e culturais 1 Esta caracterização foi apresentada num relatório autónomo, na primeira fase da revisão do PDM. Relatório das Opções do Plano 89 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU GIPP, Lda. identificados no concelho e sua tradução em cartografia temática. Em relação aos sistemas naturais foram caracterizados e cartografados os seguintes elementos: Geologia Caracterização geológica e litológica Capacidade de carga Tectónica e sismicidade Recursos minerais Monumentos geológicos Recursos geológicos e geotécnicos Relevo Linhas fundamentais do relevo (festos e talvegues) Hipsometria Declives Exposição de encostas Clima Temperatura Precipitação Ventos Insolação Humidade relativa Outros meteoros Recursos hídricos subterrâneos Caracterização dos recursos subterrâneos Qualidade da água Risco e vulnerabilidade à contaminação Recursos hídricos superficiais Bacias hidrográficas Recursos hídricos – cursos de água Qualidade da água Fontes de contaminação Áreas de risco de cheia Cabeceiras de linha de água Solo Tipo de solo e sua distribuição Capacidade de uso Risco de degradação do solo Uso do solo Recursos naturais Áreas de conservação da natureza Flora e vegetação: Enquadramento biogeográfico Vegetação potencial Coberto vegetal atual Biótopos Recursos faunísticos Mamíferos, avifauna, répteis e anfíbios, peixes Paisagem Recursos paisagísticos Unidades Homogéneas da Paisagem (UHP) Relatório das Opções do Plano 90 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU GIPP, Lda. b) Identificação de Recursos e Restrições Com base na caracterização biofísica foi ainda realizada a avaliação que permitiu a identificação dos elementos do território considerados relevantes e que será necessário salvaguardar. Estas áreas correspondem a áreas de risco e de maior sensibilidade ecológica e que, no fundo, representam a estrutura morfológica da paisagem. Deste modo e com base na Caracterização Biofísica do concelho, foram identificados os principais Recursos e Restrições. Áreas de maior valor identificadas no processo de caracterização biofísica, que deverão ser preservadas e valorizadas: Geologia: Áreas de indústria extrativa. Solos: Solos com aptidão agrícola e florestal elevada. Recursos Recursos hídricos subterrâneos: Áreas com potencial aquífero elevado (Aluviões). Recursos hídricos superficiais: Leito e margens das linhas de água. Recursos naturais: Áreas de matas e galerias ripícolas. Recursos paisagísticos: Património natural e património construído. Áreas em que o uso do solo deve ser restringido ou condicionado, devendo por isso ser salvaguardadas: Geologia: Aluviões e Depósitos de vertentes com capacidade de carga reduzida; falhas prováveis; áreas próximas às pedreiras com risco de derrocada. Restrições Fisiografia: Áreas com risco de erosão elevado a muito elevado (declives superiores a 25%). Recursos hídricos superficiais: Leitos de cheia e cabeceiras de linha de água. Recursos hídricos subterrâneos: Áreas com vulnerabilidade elevada (Aluviões). 4.1.4.C.3 Estrutura Ecológica Fundamental (Nível I) A EEF integra as áreas que constituem o suporte dos sistemas ecológicos fundamentais e cuja proteção é indispensável ao funcionamento sustentável do território, bem como os recursos naturais que, pelo seu inquestionável valor, devem ser salvaguardados de usos passíveis de conduzir à sua destruição e degradação de modo irreversível. Esta é a estrutura mais restritiva relativamente aos usos edificados, correspondendo de um modo geral aos sistemas salvaguardados pela Reserva Ecológica Nacional (REN) e aos recursos naturais de maior valor natural, tais como as galerias ripícolas e a floresta de proteção. Relatório das Opções do Plano 91 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU GIPP, Lda. Em síntese, os elementos a integrar na Estrutura Ecológica Fundamental são: REN Cursos de linhas de água (exceto 1ª e 2ª ordem); Leitos de cheia; Cabeceiras de linhas de água; Áreas de infiltração máxima; Áreas com risco de erosão/ Floresta de Proteção; Galerias Ripícolas Estes habitats foram demarcados de acordo com os ortofotomapas do voo de 2003. 4.1.4.C.4 Estrutura Ecológica Complementar (Nível II) A Estrutura Ecológica Condicionada integra os valores e ocorrências naturais que, pelas suas características, não obrigam à imposição de um regime não edificável. No entanto, estas áreas deverão ser sujeitas a uma regulamentação específica, elaborada de acordo com a sua sensibilidade ecológica. Constitui ainda uma estrutura de proteção, de regulação climática , de suporte da produção vegetal e de utilização multifuncional em harmonia com a função de salvaguarda. Os elementos a integrar na Estrutura Ecológica Complementar são: - Solos agrícolas; - Espaços verdes de uso público, tais como: Parque da Devesa, Vinhal, Barrimau. 4.1.4.C.5 Estrutura Ecológica de Conexão (Nível III) A Estrutura Ecológica de Conexão resulta da integração dos elementos patrimoniais, paisagísticos e culturais que, pelas suas características, proporcionam um equilíbrio entre os valores biofísicos e construídos. Com estas áreas pretende-se criar uma estrutura de valor ecológico que valorize o tecido urbano e rural. Os elementos a integrar na Estrutura Ecológica de Conexão são: - Património rural, cultural e natural; - Restantes espaços verdes de uso público; - Áreas de floresta de recreio, enquadramento e estética da paisagem; - Tecido urbano (equipamentos, quintas e outros valores patrimoniais relevantes). Relatório das Opções do Plano 92 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU GIPP, Lda. Proposta de Espaços Coletivos de Recreio e Lazer Trata-se de ações que serão consideradas na execução do Plano Diretor Municipal, tais como: 1- Valorização da Zona Ribeirinha do Rio Este e Reabilitação do Parque de Campismo; 2- Criação de Parques Urbanos nos Centros Urbanos de Nível 1,2 e 3; 3- Extensão do Parque das Azenhas e Valorização da Margem Direita do Rio Ave e Foz do Rio Pelhe; 4- Valorização da Zona Ribeirinha do rio Guisande – Praia Fluvial; 5- Requalificação das Margens do Rio Pele e reforço do Centro Cultural Camiliano. 4.1.5 Sistema Patrimonial Sendo o concelho de Vila Nova de Famalicão excecionalmente rico em vários tipos de património: arquitetónico / urbanístico (rural ou urbano), arqueológico, religioso, industrial, ferroviário e natural / paisagístico, foi com particular atenção que abordamos a temática da recuperação dos sistemas em presença, de modo a potenciar a sua valorização. A pretensão da Carta Patrimonial não é, de modo algum, a preservação indiscriminada e pouco seletiva de todos os vestígios humanos. Tal seria uma missão impossível, pois constituiria uma incompatibilidade com progresso. Cada período histórico produz uma quantidade imensurável de "pegadas", de heranças materiais, que inevitavelmente desaparecem pois não se pode guardar tudo. No que respeita ao património cultural, podese sim proceder ao registo dessas materialidades, à criação da sua memória, salvaguardando a informação para o futuro e o conhecimento legítimo do passado. O abandono a que alguns dos muitos imóveis inventariados está votado e a preferência pela construção de raiz versus recuperação da existente, começa a constituir um problema de dimensão relevante que urge resolver. Neste sentido, para além da simplificação de procedimentos administrativos sugere-se que venha a ser estabelecido, em regulamento municipal, um sistema de incentivos à recuperação dos imóveis degradados, de modo a potenciar o aparecimento do maior número de interessados em revitalizar as muitas construções existentes. Paralelamente, deverão tomar-se outras medidas que permitam a salvaguarda dos restantes valores patrimoniais em presença, de forma a potenciar um desenvolvimento integrado em absoluto respeito pela “história da terra”. Relatório das Opções do Plano 93 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU GIPP, Lda. Atendendo ao elevado número de situações inventariadas, estas encontram-se apenas identificadas na Planta do Património Edificado e Arqueológico e, ainda, como tabela anexa ao Regulamento e ao Relatório do Património. 4.1.6 Sistema de Suporte 4.1.6.1 Acessibilidades e Mobilidade 4.1.6.1.A Padrões de Mobilidade2 O concelho de Vila Nova de Famalicão caracteriza-se pela forte presença industrial e empresarial, contando com algumas das empresas mais numerosas do Quadrilátero e zonas industriais de dimensão relevante, as quais constituem polos de potencial procura para o transporte público nas deslocações pendulares. Esta caraterística do concelho faz com que seja aqui mais problemático, do que nos restantes, a questão do impacto do tráfego de pesados no território. Comparativamente aos dados estatísticos de 2001, em 2011 o concelho de V. N. Famalicão apresentou um aumento de cerca de 4,9% da população mas também a maior taxa de desemprego da área de estudo. Esta questão influencia fortemente a redução verificada dos níveis de mobilidade da população, verificando-se uma redução da população móvel e do número médio de viagens pendulares. De referir que os movimentos gerados para o exterior da área de estudo aumentaram cerca de 23%, com especial incidência nos movimentos de estudantes. No concelho, tal como na área de estudo, as relações intraconcelhias foram as únicas onde se verificou uma redução, contrariamente à evolução positiva das relações pendulares interconcelhias, onde V. N. Famalicão representa perto de 14% do aumento no reforço da coesão entre concelhos. Aliás, as relações pendulares entre V. N. Famalicão e os pares concelhios são expressivas (aproximadamente 57%), demonstrando algum efeito polarizador no Quadrilátero. A elevada taxa de motorização do concelho de V. N. Famalicão (511 veículos/1000hab.), uma das maiores apenas suplantada por Braga, mostra a forte dependência do automóvel para a mobilidade dos residentes de V. N. de Famalicão, a qual é ainda mais forte por parte dos não residentes que se movimentam para o concelho. Sendo assim, é inevitável que se tenha verificado durante o último período intercensitário, o desenvolvimento de uma mobilidade menos sustentável, com um aumento do peso do Transporte Individual em 2 Fonte: “Estudo de Mobilidade Integrada da Associação de Municípios de Fins Específicos - Quadrilátero Urbano” – Relatório Estratégico, Maio de 2014. Relatório das Opções do Plano 94 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU GIPP, Lda. detrimento das viagens a pé e em Transporte Coletivo, sendo Famalicão o concelho com maior quota de transporte individual. Verificou-se um acréscimo próximo de 35-40% do número de relações pendulares sustentadas pelo transporte individual (condutor e passageiro) nos últimos 10 anos quer internamente ao concelho, quer nas suas relações com os restantes concelhos da área de estudo. Assim sendo, o peso do transporte coletivo na mobilidade é bastante reduzido, com Vila Nova de Famalicão a ter os indicadores mais gravosos da área de estudo, sendo utilizado essencialmente por aqueles que não possuem alternativa. Relativamente a 2001, observouse uma redução bastante acentuada, com particular ênfase para as relações internas ao concelho (-26%) e com o exterior (-34%). Quanto às viagens a pé também se verificou uma redução para cerca de metade. Apesar disso, as deslocações a pé representam um peso apreciável, sendo o modo mais utilizado quando referente à zona urbana central. Movimentos IntraIntra Concelhios Concelhios 2011 +12% +16% Movimentos InterConcelhios (AE) 2001 2011 -17% 2001 0 50.000 GeradosMovimentos para com Origem na AE e Destino Exterior AEno Exterior Movimentos InterConcelhios (AE) Inter Concelhios +21% -7% Movimentos IntraConcelhios 100.000 150.000 200.000 250.000 Movimentos Pendulares (volumes diários) 300.000 2011 +12% Movimentos Intra-20.000 Concelhios Intra Concelhios -132 385 Casa-Trabalho Casa-Escola V.N. Famalicão +17% mov.pend -2.850 2.053 2001 2011 +12% 1.029 +16% 2001 -6.197 350.000 -25.000 253 835 com Quadrilátero Movimentos Origem na AE e no -9.000 mov.pendDestino Exterior +17% +11% 1.218 +12% 2001 +5% +39% +39% 2011 +52% Movimentos Atraídos do 2011 com Origem no Exterior e 2001 Destino na Exterior AE AE Casa-Trabalho 385 644 Movimentos Inter InterConcelhios (AE) Concelhios Movimentos com Origem no Exterior e Destino na AE +11% Casa-Escola +29% GeradosMovimentos para com Origem na AE e Destino Exterior AEno Exterior +5% +29% Movimentos Atraídos do 2011 com Origem no Exterior e Destino Exterior AEna 2001 AE +52% Variação dos movimentos pendulares no Quadrilátero e no concelho de Vila Nova de Famalicão 2011 -15.000 2001 Movimentos pendulares por tipologia (2001-2011) 0 -10.695 -17% -10.000 -5.000 Variação dos Movimentos Pendulares (volumes diários) 50.000 4.498 0 +21% 100.000 150.000 200.000 250.000 Movimentos Pendulares (volumes diários) 5.000 300.000 Esta elevada utilização do transporte individual no concelho de Vila Nova de (2001-2011) Famalicão Movimentos pendulares por tipologia deve-se em grande parte às francas condições de acessibilidade rodoviária existentes. Em termos de acessibilidade o concelho está na sua generalidade privilegiado quando comparado com os restantes da área de estudo, quer no acesso à rede de autoestradas (96% da população residente a menos de 10 minutos), à rede ferroviária (97%), a equipamentos escolares e de saúde. Apenas quando comparando a acessibilidade intraconcelhia Famalicão está mais penalizado, com apenas cerca de 60% da população até 10 minutos da sede de concelho. No entanto é de salientar a existência de outros núcleos urbanos neste concelho, nomeadamente Ribeirão, Joane e Riba de Ave, havendo assim uma grande parte da população residente do concelho que apenas se desloca ao centro urbano de Famalicão ocasionalmente. No entanto, a forte utilização do automóvel, e como já referido o tráfego pesado existente no concelho, traz consigo problemas de congestionamento na rede viária. De facto o concelho de V. N. Famalicão é, de entre os quatro, o mais penalizado nesta questão. Enquanto nos restantes concelhos a saturação da rede estruturante (ENs) é consideravelmente mais Relatório das Opções do Plano 95 MAIO 2015 -7% 10.000 350.000 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU GIPP, Lda. elevada do que nos IPs/ICs, aqui a diferença não é tão relevante, apresentando Famalicão uma média superior às dos outros concelhos. A sobreposição de fluxos intra-concelhios e extra-concelhios provoca a saturação de corredores relevantes, como sendo a EN14 (em particular a sul da sede de concelho) e a EN206 (a nascente), onde se chegam a ultrapassar os 25 000 veículos/ dia em alguns troços. O não intervir nesta tendência crescente de utilização do transporte individual poderá resultar no agravamento do congestionamento dos espaços urbanos centrais e vias de acesso, sendo portanto crucial racionalizar a utilização do transporte individual e minimizar os impactes do tráfego pesado neste concelho. 4.1.6.1.B Sistema Viário 4.1.6.1 B.1 Rede Rodoviária Rede Rodoviária Nacional As estradas que, de acordo com o PRN 2000, fazem parte da rede nacional, são as seguintes: - REDE NACIONAL FUNDAMENTAL (IP’s) IP1/A3 – entre o Limite de Concelho de Santo Tirso e o Limite do de Concelho de Braga, integrado na Concessão Brisa A autoestrada (A3) desempenha para o Vale do Ave o papel de ligação preferencial ao Grande Porto, para além de constituir o acesso ao Norte e Este da Região, assim como à fronteira de Valença, e ao território a Sul do Douro. A A3 atravessa o município no sentido Norte-Sul, entre as freguesias de Sezures e Cabeçudos, numa extensão de 12, 3 Km. Esta via possui nós de ligação em Cabeçudos (A7/Variante Nascente) e Vale S. Cosme (EN14). Com a abertura do sub-lanço da A7 Famalicão -Póvoa de Varzim, em 31 de Janeiro de 2005, foi encerrado o acesso através da EN 204, passando a ser feita a ligação à A7 e desta à Variante Nascente. Embora nos estudos conste como obra a executar durante o PDM, ficou concluída no fim do primeiro trimestre de 1994, antes, por isso, da entrada em vigor do PDM de 1994. Posteriormente, ficou concluída a ligação a Valença. A BRISA está a elaborar o estudo de alargamento do sublanço Santo Tirso – Famalicão desde o Nó de Santo Tirso ao Nó de Famalicão, em Cabeçudos, para 2x3 vias. Relatório das Opções do Plano 96 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU GIPP, Lda. - REDE NACIONAL COMPLEMENTAR (IC’S e EN’S) IC5/A7, entre o Limite de Concelho da Póvoa de Varzim e o Limite de Concelho Guimarães, integrado na Concessão Norte. A autoestrada A7, parcialmente construída no prazo de vigência do PDM, constitui um importante eixo de penetração no interior e de acesso ao litoral. Esta via desempenha ainda funções de estruturação interna do Ave, articulando-se com as A1 e A3. O sublanço Famalicão – Póvoa de Varzim (IC5), constitui um importante eixo transversal destinado a estabelecer uma articulação funcional eficaz com os dois eixos longitudinais do Plano Rodoviário Nacional para a ligação Porto – Valença: o IC1 e o IP1 (A3). A A7 atravessa o município no sentido Este – Oeste, através de dois troços: - O primeiro, desde a EN14, na freguesia de Calendário, até ao limite do município na freguesia de Pedome, com uma extensão de 15,0 Km, possuindo um nó em Seide S. Miguel (ER206 e EM573) e outro em Cabeçudos (Nó de Famalicão – A3 e Variante Nascente); - O segundo, desde a EN 14, na freguesia de Calendário, até ao limite do município na freguesia de Fradelos, com uma extensão de 6,1 Km. Neste troço encontra-se previsto o nó de ligação com a futura Variante à EN 14, a Poente, a qual já tem o projeto base aprovado pela EP (Estradas de Portugal). EN 14 – A estrada nacional 14 faz a ligação Porto – Braga e atravessa o município de Vila Nova de Famalicão no sentido Sul – Norte, através de dois troços: - O primeiro, desde o limite do município com a Trofa, na Ponte sobre o Rio Ave, na freguesia de Ribeirão, até à cidade, com uma extensão de 8,167 Km; - O segundo, da cidade até à freguesia de Arnoso Santa Maria no limite do município de Braga, com uma extensão de 6,679 Km. Apesar de estar já em funcionamento a A3, verifica-se que esta não retirou importância à EN14, principalmente no troço Famalicão – Trofa, pois sendo a única ligação à cidade da Trofa, acumula a dupla função como “eixo viário de atravessamento” e “eixo estruturante” das malhas edificadas, nomeadamente na Vila de Ribeirão. Em 2004, ficou concluída a Variante Nascente à cidade de Vila Nova de Famalicão (variante à EN14 e EN204 no atravessamento da cidade) atravessa cinco freguesias (Gavião, Requião, Antas, Esmeriz e Calendário) e inicia-se numa rotunda na EN14, a Norte da cidade, e desenvolve-se por nascente e sul, numa extensão de 6,238 Km, terminando numa outra rotunda a sul da cidade também na EN14. Esta via tem um perfil de autoestrada e possui nós Relatório das Opções do Plano 97 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU GIPP, Lda. de ligação com a EN 14 (Famalicão/Braga), a ER206 (Famalicão/Guimarães), a EM 573 (Famalicão/Seide), a EN 204 (Famalicão/Santo Tirso), e a A7. Esta variante é um importante eixo rodoviário que permite, a partir das Autoestradas A7 e A3, um acesso tanto à zona sul da cidade, através da EN 204, bem como à zona norte da cidade, ligando à EN 14. Permite ainda ligações ao centro da cidade, através da EM 573 ou da ER 206. Com a construção da Variante Nascente o lanço da EN14, na área do perímetro urbano da cidade, e, em 10 de Novembro de 2009, foi transferido para o património rodoviário municipal o lanço de estrada, entre o Km 25,700 e o Km 28,376. Também foi desclassificada o lanço da EN 14, entre o Entroncamento com a EN 204 (Rot. Stº António (Km 28.800) e o Fim da Variante (Km 29.800). No entanto, este lanço continua sob jurisdição da EP, e fazendo a ligação da EN 204 à Variante Nascente poderá vir a ser reclassificado como EN204 para dar continuidade à rede, A EP executou em 2007 a obra de beneficiação desta via. Encontra-se aprovado e publicado em Diário da Republica, de 4 de Fevereiro de 2013 (Declaração 22/2013), o Projeto Base da Variante à EN 14 — Maia (Nó do Jumbo) /Famalicão. Tendo em vista a melhoria das condições de circulação e o cumprimento da legislação de ruído na envolvente, de acordo com o Plano de Ação dos troços da EN14, com exceção do troço da variante a nascente, a EP prevê proceder à execução de um projeto de beneficiação desta via a curto prazo, Em 2015, a EP prevê a elaboração do Mapa Estratégico de Ruído, para o troço da variante a nascente. EN 204 – A estrada nacional 204 faz a ligação Barcelos-Santo Tirso e atravessa o município de Vila Nova de Famalicão no sentido Noroeste – Sudeste, através de dois troços: - O primeiro, desde o limite do município com Barcelos, na Ponte sobre o Rio Este, na freguesia do Louro, até à cidade, com uma extensão de 5,154 Km; - O segundo, da cidade até à freguesia de Avidos no limite do município de Santo Tirso, com uma extensão de 5,768 Km. No primeiro troço, esta via apresenta uma ocupação marginal ao longo de toda a sua extensão, devido ao crescimento verificado nestes últimos anos na freguesia do Louro e na área limítrofe do perímetro urbano da cidade a Norte. Tendo simultaneamente uma função de atravessamento do tráfego de ligação intermunicipal e de movimentos entre os centros urbanos de Viatodos, do município de Barcelos, Nine e Louro. Verifica-se também, a Relatório das Opções do Plano 98 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU GIPP, Lda. existência alguns pontos de conflito com os vários equipamentos marginantes na freguesia do Louro. O segundo troço, tem as mesmas características, com uma agravante de terem sido construídas áreas comercias na sua proximidade, nomeadamente na freguesia de Lagoa, que funcionam como grandes polos geradores de tráfego e ainda por possuir um volume de tráfego intenso na ligação à EN 204-5, que liga aos centros urbanos a Este (Riba D’Ave Delães, Bairro, Oliveira S.ta Maria, Oliveira de S. Mateus e Vila das Aves). A EP realizou obras de beneficiação no troço Famalicão – Santo Tirso, em 2002, e prevê a necessidade de beneficiação do troço Famalicão – Louro, a médio prazo. Estando já executada a Variante Nascente procedeu-se à desclassificação do lanço da EN 204 na área do perímetro urbano da cidade e, em 10 de Novembro de 2009, foi transferido para o património rodoviário municipal o lanço de estrada, entre o Km 37,574 e o Km 39,880. Tendo em vista a melhoria das condições de circulação e o cumprimento da legislação de ruído na envolvente, de acordo com o Plano de Acão do troço da EN 204 – cruzamento EN306-1 /Famalicão (IC5), a EP prevê proceder à execução de um projeto de beneficiação desta via a curto prazo, Em 2015, a EP prevê proceder à elaboração do Mapa Estratégico de Ruído, para o troço da EN204 - Brufe (ER206)/ Famalicão (EN14). Estradas Regionais ER 206 – A estrada regional 206 corresponde ao troço da EN206 Vila do Conde – Guimarães que foi como tal classificada no PRN2000 e atravessa o município no sentido Oeste – Este, através de dois troços: - O primeiro, desde o limite do município com a Póvoa de Varzim, na freguesia de Gondifelos, até à cidade, com uma extensão de 7,000 Km; - O segundo, da cidade até à freguesia de Joane no limite do município de Guimarães, com uma extensão de 11,875 Km. Ao longo dos últimos 10 anos manteve-se a tendência de uma forte ocupação marginal, principalmente entre Famalicão e Guimarães. A construção da A7 e da VIM não retirou a importância deste troço, devido aos movimentos existentes entre os centros urbanos da Vila de Joane e as freguesias de Vermoim, Pousada de Saramagos, Mogege e Ronfe. A EP considera não ser necessário a médio prazo a repavimentação da ER 206. Relatório das Opções do Plano 99 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU GIPP, Lda. Estando já executada a Variante Nascente, em 10 de Novembro de 2009, foi transferido para o património rodoviário municipal o lanço da ER206 na área do perímetro urbano da cidade, entre o Km 21,305 e o Km 22,320. Tendo em vista a melhoria das condições de circulação e o cumprimento da legislação de ruído na envolvente, de acordo com o Plano de Ação dos troços EN206 – Famalicão EN14 /Guimarães IC5 e Variante de Fafe, a EP prevê proceder à execução de um projeto de beneficiação desta via a curto prazo, Estradas Intermunicipais Nesta categoria, encontra-se apenas: VIM - Via intermunicipal, ligação de importância intermunicipal sob jurisdição da Associação de Municípios do Vale do Ave, que liga os centros urbanos de Joane, Riba D’Ave e Vizela, numa extensão de 5,833 Km. As características desta via são as seguintes: proibição de acessos aos terrenos adjacentes, com ligações apenas às sedes das freguesias e vias estruturantes; cruzamentos com características adequadas à função colectora, bom nível de fluidez, rapidez e segurança do fluxo de trânsito. Esta via melhorou sensivelmente as condições de acessibilidade interna do Vale do Ave, com uma função de drenagem dos eixos de penetração (ligação da ER 206 ao IC5, à EN 310, à EN 105 e à EN 106 em Vizela). Rede Municipal A rede municipal compreende as seguintes Vias Classificadas (representadas na Planta da Rede Viária Classificada): - Estradas nacionais desclassificadas pelo PRN2000 (EN204-4, EN204-5, EN 309 e EN310); - Estradas Nacionais desclassificadas pela construção da Variante Nascente – Lanço da EN 14, entre o Km 25,700 e o Km 28,376, Lanço da EN204,entre o Km 37,574 e o Km 39,880); - Estradas Regionais transferidas para o património rodoviário do município - Lanço da ER 206 (entre Km 21,305 e o Km 22,320); - Estradas municipais, as constantes do Mapa anexo ao DL n.º 42271/1959, de 20 de Maio; - Caminhos municipais, os constantes no Mapa anexo ao DL 45 552/64 de 30 de Janeiro. - e as Vias não classificadas. Relatório das Opções do Plano 100 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU GIPP, Lda. Rede Estruturante do Município Mas mais importante que a descrição desta rede será a abordagem da rede municipal em termos funcionais, isto é, hierarquizando-a de acordo com o papel de desempenhado por cada via nessa rede, desvalorizando uma classificação que, essencialmente, é função de tutelas. Interessa aqui considerar apenas a Rede Estruturante do Município e, para tal, dever-se-ão incluir algumas das estradas referidas anteriormente quando contribuam para a estruturação do território e do sistema urbano. Esta rede compreende: - A rede primária, composta pelas estradas nacionais classificadas, as estradas regionais e a VIM, competindo-lhes o papel de vias coletoras e estabelecendo a ligação entre a rede de autoestradas (IP e IC) e a rede de nível hierárquico imediatamente inferior; - A rede secundária, que compreende as vias distribuidoras principais, as distribuidoras secundárias e as vias de acesso local. Na figura seguinte e no quadro respetivo enumeram-se as vias da rede primária e ainda as distribuidoras principais, face ao importante papel que prestam na rede secundária, estabelecendo a ligação da rede primária aos principais centros urbanos do concelho. Hierarquia da rede Viária EN 14 - Braga EN 309 - Braga A3 - Braga EN 204 - Barcelos ER 206 - Guimarães ER 206 Vila do Conde VIM - Vizela A7 - Póvoa de Varzim EM CONSTRUÇÂO A7 - Guimarães A3 - Porto EN 204-5 - Vila das Aves EN 204 - Sto. Tirso EN 310 Sto. Tirso HIERARQUIA DA REDE VIÁRIA EN 14 - Porto REDE DE ITINERÁRIOS FUNDAMENTAL E COMPLEMENTAR REDE PRIMÁRIA REDE SECUNDÁRIA Relatório das Opções do Plano 101 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU GIPP, Lda. Rede Estruturante do Município Rede Primária Rede Secundária Vias Coletoras Vias Distribuidoras Principais Variante Nascente Estradas Nacionais EN 14 (Trofa – Braga) EN 204 (Barcelos – Santo Tirso) Estradas Regionais ER 206 (Vila do Conde – Guimarães) e acesso à A7 Vias Intermunicipais VIM (Joane – Vizela) EN 204-5 (Avidos – Vila das Aves) EN 309 (Fradelos – Braga) EN 310 (Santo Tirso – VIM) engloba ligação à VIM EN 204-4 (Estação - EN204 Brufe) Troços, no perímetro urbano da cidade a: EN 14 – Av D. Afonso Henriques EN 204 - Av Mar. Humberto Delgado e Av Narciso Ferreira ER 206 – Av Brasil Estradas Nacionais Desclassificadas EM 506 (Fradelos – Balazar) EM 508 (Ribeirão – Lousado) EM 508-1 (Calendário – Lousado) EM 510 (Landim – Vermoim) EM 511 (Riba DAve – Vila das Aves) EM 562 (Estação de Nine – Cambeses) engloba o CM 1434 Estradas Municipais EM 570 (Igreja Gondifelos – Minhotães) EM 571 (Louro – Arnoso Sta Maria) EM 572 (Louro – Outiz – Ribeirão) EM 572-1 (Igreja Ribeirão – Fradelos) EM 573 (Antas – Oliveira S. Mateus) EM 574 (Oliveira S. Mateus – Ponte de Serves Pedome) CM 1434 (Lemenhe – Estação Nine) CM 1459 (Ponte da Trofa em Ribeirão – Área Industrial de Fradelos) Caminhos Municipais CM 1491 (Joane – Airão S. João) CM 1530 (Carreira – Bairro) Vias no perímetro urbano da cidade: Av Carlos Bacelar Av 25 de Abril, engloba o Parque 1.º Maio Av Rebelo Mesquita Av França R António Sérgio R Daniel Rodrigues R José Elísio G. Cerejeira R N S.ª Vitória Rua Outeiro Vias não Classificadas NOTA: a) - Troços desclassificados em 10 de Novembro de 2009 Hierarquia definida na fase de caraterização e diagnóstico - Dezembro de 2004 Relatório das Opções do Plano 102 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU GIPP, Lda. Execução do PDM de 1994 Conquanto em capítulo próprio seja feita a avaliação do PDM em vigor e muito designadamente a avaliação da execução das vias propostas, transcreve-se para o presente capítulo a análise inerente à execução da rede viária tendo presente a situação atual. O quadro seguinte sintetiza o ponto de situação das propostas do PDM para a rede viária, sendo a destacar que algumas das ações previstas são da responsabilidade e competência da administração central (JAE/IEP) ou dependem de negociações/aprovações entre a Câmara Municipal e aqueles organismos. Ponto de situação da execução das vias propostas no PDM 1994 REDE VIÁRIA Ações Previstas no PDM 1994 Ponto de Situação 1 – Rede Primária IP1/A3 - Troço Cruz / Braga Sul Concluída IC5/ A7 - Troço Seide- Guimarães Concluída 2 – Rede Secundária 2.1- Rede Secundária Principal EN14 – Ações de melhoria estrutural e construção de uma variante urbana a poente da Trofa ____ EN204 – Nova ligação entre a Variante Urbana de Santo Tirso à EN105 e o nó da A3/IC5 em Famalicão, e ligação à Variante à EN310 ____ Ligação entre a Variante à EN204 e a EN206, com o atravessamento do IC5/A7 no nó de Seide ____ 2.2- Rede Secundária Complementar Variante à EN310 ____ Via Intermunicipal (VIM) Concluída Variante a Joane ____ Variante Urbana de Famalicão – Criação de uma via a poente e a nascente da cidade que estabeleça a ligação do IC5 às EN`s 14, 206 e 204 na saída para o norte e litoral Concluída, a Variante Nascente e a ligação ao IC5/A7. Encontra-se aprovado e publicado em Diário da Republica, de 4 de Fevereiro de 2013 (Declaração 22/2013), o Projeto Base da Variante à EN 14 — Maia (Nó do Jumbo) /Famalicão. Relatório das Opções do Plano 103 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU GIPP, Lda. REDE VIÁRIA Ações Previstas no PDM 1994 Ponto de Situação 3- Melhoria das condições de operação e de segurança na Rede Secundária Eliminação de estrangulamentos físicos e de situações de alto risco de acidente Reforço e ampliação da sinalização vertical seja do tipo cautelar ou de informação direcional Construção de passeios para peões Construção de paragens de transportes públicos Construção de bermas para permitir paragens ocasionais de veículos Foram executadas obras de beneficiação nas estradas EN’s14, 206, 204 e 309 (no troço V. N. Famalicão – Fradelos), que incluíram execução de passeios, colocação semáforos para controlo de velocidade, passadeiras e paragens de transportes públicos. 4- Hierarquia da Rede Viária Concelhia e Regulamento de Gestão no Concelho de Vila Nova de Famalicão a) Inventariar a rede viária a cargo do município, elaborando ficheiros para os vários troços que compões a rede distribuidora, para a definição de prioridades de atuação, incluindo a execução de novas ligações. ______ b) Elaboração de um caderno reivindicativo de questões a abordar e a negociar com a J.A.E., nomeadamente: Ligação do acesso ao IC5/A7, ao prolongamento da Av. Humberto Delgado Execução de um nó rodoviário no acesso norte à zona industrial de Lousado Reprovada na Avaliação de Impacte Ambiental do Estudo Prévio da Variante Nascente Previsto no Projeto Base da Variante à EN 14 — Maia (Nó do Jumbo) /Famalicão. Correção da EN14 no acesso sul à mesma zona industrial Ligação do IC5/A7 à variante nascente a Vila Nova de Famalicão Concluída Execução de um nó rodoviário, na variante à Trofa, na zona industrial de Ribeirão (em São) Previsto no Projeto Base da Variante à EN 14 — Maia (Nó do Jumbo) /Famalicão. Execução da variante à EN204 (a poente) com a eliminação da passagem de nível ______ Análise da Rede Estruturante A análise da figura seguinte permite constatar que o traçado da grande maioria das estradas incluídas na rede primária atravessa as áreas centrais dos aglomerados urbanos, contribuindo para a desqualificação ambiental destes e reduzindo a capacidade de transporte que deveriam possuir. Relatório das Opções do Plano 104 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU GIPP, Lda. Por outro lado, quer estas estradas quer as distribuidoras principais da rede secundária são quase continuamente marginadas por construções com acesso direto à sua plataforma, o que diminui a sua capacidade de carga e aumenta a insegurança. Trata-se de questões que deverão ser equacionadas no presente plano, tendo como objetivo a sua resolução. A figura seguinte revela, em parte, os conflitos a que nos referimos. Rede Estruturante do Município e Ocupações Urbanas de Uso Misto (comércio, serviços e habitação multifamiliar) EN 14 - Braga EN 309 - Braga A3 - Braga EN 204 - Barcelos ER 206 - Guimarães ER 206 Póvoa de Varzim VIM - Vizela EN 310 - Guimarães EN 309 Vila do Conde A7 - Guimarães EN 310 Sto. Tirso EN 204-5 - Vila das Aves EN 204 - Sto. Tirso A3 - Porto HIERARQUIA DA REDE VIÁRIA REDE DE ITINERÁRIOS FUNDAMENTAL E COMPLEMENTAR EN 14 - Porto ZONAS DE EQUIPAMENTO E COMÉRCIO REDE PRIMÁRIA BLOCOS HABITACIONAIS C/ COMÉRCIO REDE SECUNDÁRIA É evidente a proliferação de ocupações urbanas geradoras de tráfego significativo ao longo das estradas incluídas na rede primária, nomeadamente o denominado comércio e serviços de estrada, frequentemente associado à habitação. É um fenómeno inerente ao difuso disperso do Vale do Ave, mas que exige uma reclassificação da hierarquia viária, contemplando, nas situações de maior conflito, a proposição de variantes aos principais aglomerados urbanos. No concelho de Vila Nova de Famalicão encontram-se de uma forma geral bem asseguradas as ligações relativamente ao exterior e às sedes dos concelhos vizinhos, que são em muito sustentadas através da rede de autoestradas (IPs e ICs). Relatório das Opções do Plano 105 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU GIPP, Lda. Com a abertura dos itinerários principais (IP1 / A3) e complementares (IC5 / A7) em perfil e características de autoestrada portajada, as vias de nível inferior – nacionais ou municipais – com carácter estruturante no território e que desempenham a função de distribuição principal, nomeadamente na conexão entre a rede de autoestradas e a rede distribuidora urbana, não apresentaram redução dos volumes de tráfego que até então suportavam e para os quais já não possuíam capacidade de carga. A saturação viária das redes dos diversos níveis hierárquicos e a presença expressiva de tráfego pesado, são fatores que poderão ser justificadas pela localização relativa do concelho – sendo que no seu território confluem os eixos pesados de transporte da ligação da região para sul, e particularmente à área metropolitana do Porto – bem como à existência de diversos polos de natureza industrial na envolvente direta a vias pertencentes à rede rodoviária nacional complementar e estradas regionais. A sobreposição de fluxos intraconcelhios e extraconcelhios provoca a saturação de corredores supramunicipais relevantes, como sejam a EN14 (em particular a sul da sede de concelho) e a ER206 (a nascente da sede de concelho). Sobre estes eixos, onde em alguns troços se chegam a ultrapassar os 25 000 veículos/ dia, articulam-se vários espaços de natureza industrial e urbana. A duplicidade de funções sustentadas em vias com intensos fluxos de tráfego de passagem que servem cumulativamente uma serie de acessos marginais ou ligam diretamente a malhas de acessibilidade local condicionam, necessariamente, a fluidez e segurança de circulação nos limites do espaço concelhio. Acresce o facto de o traçado destas vias compreender o atravessamento de aglomerados urbanos consecutivos, o que resulta na criação de severas situações de incompatibilidade com as exigências ambientais dos usos residenciais marginantes e no agravamento das condições de circulação pelo acréscimo de pontos de conflito. Com efeito, a rede distribuidora do concelho foi, ao longo do tempo, ganhando o estatuto de rede viária urbana, por força da construção marginal que foi gradualmente suportando e que deu forma a aglomerados urbanos lineares com continuidade quase ininterrupta entre si. Por outro lado, à exceção da VIM e da variante à Cidade, não houve lugar a investimentos significativos que procurassem colmatar a ausência de uma rede distribuidora principal eficaz, sobretudo na zona oriental do território concelhio e na relação com os principais polos urbanos e industriais locais e dos municípios envolventes. Relatório das Opções do Plano 106 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU GIPP, Lda. A hipotética previsão de que as A3 e A7 contribuiriam para amenizar este problema foi totalmente gorada, ao que não será alheio o facto de ambas possuírem portagem e, como tal, não incentivarem a sua utilização para pequenos ou médios percursos, muito especialmente o inerente aos veículos pesados. Será de referir que a manutenção da tendência de utilização das redes de hierarquia inferior face à rede de IPs/ICs identificada na generalidade da área do Quadrilátero Urbano, no caso de Vila Nova de Famalicão é menos visível dada a maior saturação dos eixos acima referidos EN14 e ER206. Não obstante, tal situação conduz além de importantes encargos relativos à manutenção da rede viária que se poderá achar sob a gestão do município ou região, também a resultados negativos em termos de sinistralidade. Neste âmbito refira-se que o concelho de V. N. Famalicão deteve inicialmente a evolução mais expressiva em termos de redução de sinistralidade, mas nos anos mais recentes tem vindo a inverter essa tendência. O número de acidentes com vítimas tem vindo a aumentar desde 2004, persistindo 4 pontos negros no concelho de V. N. Famalicão (sobre a A3, A7 e ER206). Apesar disso, o índice de gravidade encontra-se abaixo dos valores de referência regionais, nacionais e comparativamente aos restantes concelho da área de estudo (com exceção de Braga)3. Foi aprovado o Plano Municipal de Prevenção Rodoviária, em 23 de Outubro de 2014 em Conselho Municipal de Segurança. Esta questão da ausência de uma rede de nível intermédio que conecte a rede de autoestradas com a rede local, agravada pela inexistência de uma rede hierarquizada funcionalmente e que regulamente a gestão dos respetivos espaços canais, assume um papel de relevo no processo de Revisão do PDM. Como tal, entendeu-se proceder, previamente à caracterização da rede existente, focada nos seguintes aspetos: - Características geométricas (traçado planimétrico, perfil longitudinal e perfil transversal); - Tipo de pavimento e estado de conservação; - Condições associadas às necessidades das atividades urbanas (passeios, arborização, estacionamento); - Cruzamentos e entroncamentos problemáticos. 3 Fonte: “Estudo de Mobilidade Integrada da Associação de Municípios de Fins Específicos - Quadrilátero Urbano” – Relatório Estratégico, Maio de 2014. Relatório das Opções do Plano 107 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU GIPP, Lda. Em relação à conjugação dos parâmetros “características geométricas” e “condições associadas às necessidades das atividades urbanas” aplicou-se a seguinte qualificação: Características geométricas Bom Razoável Condicionado Mau Adequadas Adequadas Inadequadas Muito inadequadas Condições associadas às necessidades das atividades urbanas Adequadas Inadequadas Inadequadas Muito inadequadas As características geométricas são inadequadas nos troços em que não existe bermas, têm pendentes significativas, o traçado planimétrico apresenta curvas com raio inferior ao devido, possuem ocupação urbana contínua. As condições associadas às necessidades das atividades urbanas são inadequadas quando, em meio urbano, há ausência de passeio ou o estacionamento se efetua com evidente prejuízo da faixa afeta à circulação. No tocante ao “tipo de pavimento e estado de conservação”, classificaram-se como de razoável as situações correspondentes a pavimento em cubo, mesmo sabendo-se as limitações que tal provoca na capacidade de transporte em meio rural e a incompatibilidade com as áreas urbanas por força do ruído produzido. Simultaneamente, e no objetivo da hierarquização funcional da rede viária, identificaram-se os principais polos geradores de tráfego no território municipal e o peso dos veículos pesados nessas demandas, tendo-se considerado como principais polos: - Aglomerados de 1ª ordem (cidades e vilas); - Equipamentos públicos de frequência diária significativa e de exigência de boa acessibilidade terminal; - Superfícies comerciais com área superior a 3.000 m², feiras e mercados; - Complexos desportivos, pavilhões gimnodesportivos e campos de futebol com capacidade relevante; - Grandes auditórios, Centro de Estudos Camilianos e Casa Museu de Camilo; - Hospitais e Centros de Saúde; - Estabelecimentos de ensino superior, escolas profissionais, ensino básico mediatizado, escolas secundárias, escolas básicas do 2º e 3º ciclo; - CITEVE; - Interfaces de transportes: Centro Coordenador de Transportes (Central de Camionagem); estação de caminho-de-ferro de Famalicão, Lousado, Nine e Caniços; - Unidades e áreas empresariais e industriais: com mais de 500 trabalhadores; correspondentes à indústria extrativa; previstas no PDM em vigor. Relatório das Opções do Plano 108 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU GIPP, Lda. A partir da caracterização da rede existente e da identificação dos polos geradores de tráfego foi possível, tendo como informação adicional, o tráfego diário e o peso dos veículos pesados, avaliar as funções prestadas por cada uma das vias dos seus troços e conhecer as situações de conflitualidade existentes. O tráfego diário e a percentagem de pesados foram calculados a partir dos valores do TMH - tráfego médio horário, diurno e noturno, considerados no mapa de ruído (anexo 5.1). Nesta análise, consideraram-se os troços das estradas de duas vias da rede nacional, regional e estradas nacionais desclassificadas, que apresentavam valores superiores a 10.000 veículos/dia. Nos casos em que estas estradas atravessam a cidade, foram analisados os troços com um tráfego diário, superior a 15 000 veículos/dia. Para as restantes vias, estradas municipais e caminhos municipais, consideraram-se as que apresentavam um tráfego diário acima de 7.500 veículos/dia. Assim, elaborou-se o quadro para os troços das vias com maior tráfego (nesta fase agrupadas na Rede Principal), ordenando-os por ordem decrescente de valores do tráfego diário e relacionando-os com os conflitos referentes ao atravessamento de principais aglomerados, polos geradores de tráfego e deficiências detetadas. Por último, analisaram-se os troços das estradas municipais e caminhos municipais (nesta fase agrupadas na Rede Secundária) que, embora não apresentassem um grande volume de tráfego, foram classificados como más e condicionadas, no levantamento efetuado à capacidade da rede existente. Estes conflitos estão representados no anexo 5.2 na Planta da Rede Viária Existente. A partir dos conflitos identificados e das alternativas estudadas no levantamento de campo, propôs-se, para cada um desses troços, ações que visam a resolução dos problemas detetados. Essas ações encontram-se enumeradas no anexo 5.3, e representadas na Planta de Mobilidade e Acessibilidades. 4.1.6.1.B.2 Hierarquia da Rede Rodoviária A definição de uma hierarquia na rede rodoviária tem como objetivo atribuir características distintas consoante a função que cada via pode ter para as deslocações entre concelhos ou dentro de cada concelho. Neste domínio torna-se necessário hierarquizar toda a estrutura viária de tal modo que as prioridades e as funções de cada via sejam claramente definidas em consonância com as opções de política de mobilidade, bem como as grandes opções de ordenamento do território. Relatório das Opções do Plano 109 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU GIPP, Lda. Nesse sentido, a diferenciação dos níveis hierárquicos da rede rodoviária debruçou naturalmente na importância das ligações que cada via oferece e nas condições de operação que estas deverão apresentar. Assim, foram considerados 3 níveis hierárquicos fundamentais que diferem entre si pelos objetivos que pretendem atingir, e se subdividem internamente em conformidade com o seu domínio de gestão e as funções desempenhadas. Na figura abaixo sintetizam-se os principais requisitos estabelecidos para cada nível hierárquico, permitindo igualmente identificar o conjunto de vias existentes e propostas no território concelhio (ver Planta de Mobilidade e Acessibilidades). Relativamente às propostas destacam-se no contexto da rede intermunicipal relativamente à EN14 (construção da variante poente, completando a estrutura viária circular à sede de concelho) e ER206 (construção de variante entre Vermoim e Joane). Hierarquia da rede rodoviária Nível Hierárquico Função Dominante Rede Mobilidade Intermunicipal Regional Rede Municipal Acessibilidade e Distribuição Mobilidade Principal Municipal Rede Municipal Distribuição Perfil Genérico Acessos Marginais Paragens T. Coletivo Estacionamento Marginal Mínimo 1x1 Nós Ordenados e Proibido junto à salvaguardando-se Completos, de nível ou Proibidos os duplicação. desnivelados em função acessos faixa de rodagem. Fora da Alargamento à dos fluxos de tráfego, diretos. Possibilidade de via, a medida da evolução com espaçamentos Localização existirem bolsas com acessos da procura. mínimos de 300 m, de atividades a vias convergentes Existência de valores inferiores terão condicionadas em nós. berma ou passeio de ser justificados Nós Ordenados e 1x1 Existência Completos, com Passeios prioridade sobre as vias Livre Livre Permitido Livre Livre Permitido de hierarquia inferior Acessibilidade 1x1 Existência Municipal Passeios Secundária Características dos Nós Rodoviários Livre Fonte: Estudo de Mobilidade Integrada -Quadrilátero Urbano A completar a hierarquia, definiu-se um quarto nível hierárquico, a rede local que integra os arruamentos que estabelecem a ligação da rede distribuidora aos prédios rurais ou urbanos que servem. Assim, a rede rodoviária integra os seguintes níveis e subníveis - Nível 1 - Rede Suprarregional a) Rede Nacional Fundamental – IP b) Rede Nacional Complementar – IC Relatório das Opções do Plano 110 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU GIPP, Lda. - Nível 2 - Rede Intermunicipal a) Estradas Nacionais; b) Outras Vias; - Nível 3 - Rede Municipal a) Distribuidoras Principais; b) Distribuidoras Secundárias; - Nível 4 – Vias Locais. As vias correspondentes a cada nível hierárquico estão representadas na Planta de Mobilidade e Acessibilidades e enumeradas no quadro seguinte. Rede Viária Estruturante - Articulação com as redes locais de acessibilidades Hierarquia da Rede Viária Rede Suprarregional Designação Rede Fundamental (IP) IP1 – A3 (Valença – Porto) Rede Complementar (IC) IC5 – A7 (Póvoa de Varzim – Vila Pouca de Aguiar) EN14 (Trofa – Braga) Estradas Nacionais Rede Intermunicipal Outras Vias EN204 (Barcelos – Santo Tirso) Estradas Regionais ER206 (Vila do Conde – Guimarães) Vias Intermunicipais VIM (Joane – Vizela) Vias Não Classificadas Via de Acesso ao Nó Seide/ A7 Hierarquia da Rede Viária Rede Municipal Vias Distribuidoras Principais Relatório das Opções do Plano Designação Estradas Nacionais Desclassificadas sob jurisdição da EP Lanço no perímetro urbano da cidade: EN14 (Antiga) – Av. Eng.º Pinheiro Braga Estradas Regionais Transferidas para o Município Lanço no perímetro urbano da cidade : ER 206 – Av. Brasil (Rot Bernardino Machado - Rot da Variante Nascente) Estradas Nacionais Desclassificadas sob jurisdição do Município Lanços no perímetro urbano da cidade: EN 14 – Av. D. Afonso Henriques EN 204 – Rua José Freitas Dias, Av. Mar. Humberto Delgado (entroncamento com a Rua da Sr.ª de Agonia Rot Bernardino Machado) Lanço da EN 204-4 entre a EN204, entroncamento com a Rua António Sérgio 111 Brufe e MAIO 2015 o C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU GIPP, Lda. EN204-5 (Avidos - Vila das Aves) EN309 (Fradelos – Braga) EN310 (Santo Tirso – VIM) engloba ligação à VIM EM 562 (Estação de Nine – Cambeses) Estradas Municipais EM 572-1, entre o entroncamento com a Variante de Ribeirão prevista e a EN309 EM 573 (Antas - Oliveira S. Mateus) Av. Descobrimentos Av. Mar. Humberto Delgado entre a Rot. da Paz e o entroncamento com a Rua da Sr.ª de Agonia Vias não Classificadas Rua José Augusto Vieira (ligação da EN204 à Rot da Paz) Av Carlos Bacelar Av França Av. José Manuel Marques R António Sérgio Estradas Nacionais Desclassificadas sob jurisdição do Município Lanços no perímetro urbano da cidade: EN 14 – Rua D. Sancho I EN 309 (Fradelos – Braga) EM 506 (Fradelos – Balazar Póvoa de Varzim) EM 508 (Ribeirão – Lousado) EM 508-1 (Calendário – Lousado) EM 509-1 (Antas – Cabeçudos – Caldas Saúde Santo Tirso) EM 510 (Landim - Vermoim) EM 510-1 (Castelões-Oliveira S.ta Maria) EM 511 (Riba DAve – Vila das Aves) Vias Distribuidoras Secundárias EM 570 (Igreja Gondifelos – Minhotães Barcelos) EM 571 (Louro - Arnoso S.ta Maria) Estradas Municipais EM 571-1 (Lemenhe - Vale S. Cosme) EM 571-2 (Lemenhe – Gavião) Lanço da EM 572 (Louro – Outiz) Lanço da EM 572 (CM 1446 Outiz– Ribeirão) EM 572-1 (Igreja Ribeirão – Fradelos) EM 573-1 (Antas – Requião) EM 574 (Oliveira S. Mateus - Ponte de Serves Pedome) Lanço da EM574-2 entre Joane e a VIM (Joane-Vizela) EM 624 (Cruz do Pelo, Vale S. Martinho - Vale S. Cosme) EM 625 (Vale S. Cosme) EM 626 (Arnoso S.ta Maria – Sezures -Vale S. Cosme) Relatório das Opções do Plano 112 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU Hierarquia da Rede Viária GIPP, Lda. Designação CM 1434 (Lemenhe – Nine) CM 1446 (Outiz) CM1459 (Ponte da Trofa Ribeirão - Área Industrial de Sam) CM1460 (Ribeirão) Caminhos Municipais Lanço do CM 1476 (Rot Variante Nascente – CM1476-1 Antas) CM1476-1 Antas CM1491 – (Joane – Airão S. João Guimarães) Rede Municipal CM1514 – (Cabeçudos – Caldas Saúde Santo Tirso) Vias Distribuidoras Secundárias CM1530 - (Carreira – Bairro) Vias não Classificadas Vias no Perímetro Urbano da Cidade: Rua Estefânia Guimarães; Rua Norton de Matos; Rua Vasco de Carvalho; Rua Artur Cupertino Miranda (Rot Cruz Velha - Rua Norton de Matos) Rua Amadeu Mesquita (Rot Cruz Velha - Rua Vasco Carvalho) R Álvaro Castelões Rua Ernesto Carvalho Av 25 de Abril, engloba o Parque 1.º Maio Rua Alberto Sampaio (Rot. Oliveiras e a Rua Fargeau de Ponthierry); Rua do Outeiro; Rua José Elísio G. Cerejeira (Barrimau – Rua do Outeiro); Nova Ligação à Escola do Outeiro Rua N S.ª Vitória Nova ligação do CM 1434 à EM562 em Viatodos Barcelos Pretende-se que a rede rodoviária venha a adquirir características distintas consoante a sua função dominante (ver anexo 5.4). É no entanto de salientar, que tal classificação não implica a obrigatoriedade de uma rigidez completa ao nível da geometria ou perfil transversal das vias, importa primordialmente não permitir a edificação marginal com acesso direto às vias que estruturam a acessibilidade concelhia ou aderir à proliferação de nós rodoviários que contribuem para a perda de eficiência que é pretendida para esse tipo de via. E, por último, refira-se que nas caraterísticas definidas, tanto no regulamento como nos requisitos definidos, não foram incluídas as vias do Plano Rodoviário Nacional. 4.1.6.1.B.3 Rede Ferroviária Rede Ferroviária Existente A rede ferroviária do município integra a Linha do Minho (Porto – Valença) até Nine, saindo daí o ramal para Braga, e em Lousado a Linha de Guimarães. No troço da Linha do Minho, existem as estações de Lousado, Famalicão e Nine e os apeadeiros de Esmeriz, Barrimau, Mouquim e Louro. Esquema das linhas recentemente modernizadas Relatório das Opções do Plano 113 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU Nine Braga Tadim Lordelo Famalicão Lousado Trofa GIPP, Lda. Guimarães S. Tirso S. Romão Valongo Leixões Penafiel Ermesinde Contumil S. Bento Cête Caíde Marco Campanhã Gaia Estações A obra de Duplicação e Eletrificação da Linha do Minho (Lousado – Nine) e do Ramal de Braga, concluída em 29 de Fevereiro de 2004, desenvolveu-se numa extensão total de 28,380 Km, e incluiu a modernização das estações e apeadeiros, e a construção de variantes para melhoria das condições de exploração da nova via dupla. Para melhorar as acessibilidades dos transportes públicos e privados e assim potenciar a competitividade do caminho-de-ferro, as estações e apeadeiros dispõem de interfaces rodoferroviárias, com parques de estacionamento. Paralelamente a esta obra de melhoria da rede ferroviária, foram suprimidas 24 passagens de nível no troço Lousado – Nine e entre Nine - Braga 29, tendo sido executadas melhoria nas acessibilidades com as construções de vários viadutos rodoviárias, destacando os viadutos do Vinhal e freguesias de Nine e Esmeriz. Das retificações introduzidas ao antigo traçado ferroviário resultam velocidades de projeto que variam entre: - Troço Lousado-Nine - Comboios convencionais:110 Km/h a 120 Km/h - Comboios basculantes: 110 Km/h a 140 Km/h - Troço Nine – Braga - Comboios convencionais:110 Km/h a 120 Km/h - Comboios basculantes: 120 Km/h a 130 Km/h Relatório das Opções do Plano 114 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU GIPP, Lda. Relativamente à obra de duplicação e eletrificação no troço Nine - Viana de Castelo, esta encontra-se em fase de projeto. A Linha de Guimarães, que atravessa o município na freguesia de Bairro, foi reconvertida em via larga e construída uma nova estação em Caniços. Nesta obra foram também suprimidas as passagens de níveis. A Linha Famalicão - Póvoa de Varzim foi desativada estando em estudo o aproveitamento desse canal para uma Ciclovia. Diagnóstico Da análise efetuada verificaram-se os seguintes pontos fracos: - A reduzida capacidade de estacionamento na Estação de Famalicão. Está prevista a construção de mais um parque de estacionamento próximo da estação pela Câmara Municipal, - A inexistência de via duplicada e eletrificada da Linha do Minho, a Norte de Famalicão, desde a Estação de Nine a Barcelos, Viana do Castelo e Valença. Estas ligações atualmente são feitas a velocidades baixas; E os seguintes pontos fortes, que deverão ter-se em atenção na estratégia a adotar: - Potenciar a utilização dos transportes ferroviários através da articulação com outros transportes rodoviários, pois com as obras executadas de modernização da Linha do Minho (Lousado – Nine), do Ramal de Braga, e da Linha de Guimarães (Lousado - Lordelo) o serviço ferroviário melhorou bastante nas ligações ao Porto (Estação de Campanhã), bem como nas viagens locais, apresentando um serviço com viagens mais rápidas. Intervenções Previstas A modernização da Linha do Minho é uma intervenção já equacionada a nível da tutela há vários anos e que se admite poder vir a resultar numa alteração substancial das condições em que o serviço ferroviário é hoje em dia prestado na ligação para o concelho de Barcelos e para norte. O projeto de modernização da linha do Minho tem objetivos mais vastos mas que integram as necessidades da área de estudo, visando reforçar as condições de mobilidade de pessoas e bens nas regiões do Grande Porto e do Alto Minho de Portugal e destas com a região espanhola da Galiza. Relatório das Opções do Plano 115 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU GIPP, Lda. O projeto, que foi identificado como particularmente relevante no contexto do estudo recentemente realizado sobre a priorização de investimentos a nível nacional, compreende designadamente a eletrificação entre Nine - Valença / Fronteira.4 Essa mesma fonte refere que a conclusão da eletrificação, permitirá aos operadores tirar partido do investimento já efetuado nesta linha e potenciar a afetação de material de tração elétrica, condições necessárias ao cadenciamento de horários e consequentemente à otimização dos modelos de exploração, gerando condições de competitividade para a exploração ferroviária. A sua concretização tem implícito o aumento da competitividade do transporte ferroviário através da diminuição do tempo de viagem, assegurando a melhoria dos níveis de qualidade de serviço, designadamente em termos da pontualidade e fiabilidade de horários, sendo este últimos aspetos referenciados como uma das principais debilidades por parte dos utilizadores nos inquéritos realizados no âmbito do Estudo de Mobilidade Integrada Estudo de Mobilidade Integrada da Associação de Municípios de Fins Específicos - Quadrilátero Urbano. 4.1.6.1.C Sistema de Mobilidade e Transportes As ações futuras nas áreas da Mobilidade e Transportes visam prosseguir a política de mobilidade sustentável que o Município de Vila Nova de Famalicão tem vindo adotar desde 2008. Nesse sentido, foram desenvolvidos os seguintes estudos: - À escala intermunicipal a Associação de Municípios de Fins Específicos – Quadrilátero Urbano (Barcelos, Braga, Guimarães e Vila Nova de Famalicão) promoveu um Estudo de Mobilidade Integrada coordenado pelo Consórcio Atkins/Way2Go, tendo em vista a definição de uma estratégia e de medidas para a resolução dos problemas comuns aos quatro municípios, nas questões de mobilidade interurbana e intraurbana. Este plano encontra-se a aguardar a aprovação do Instituto da Mobilidade e Transportes. - À escala urbana, em 2012, a autarquia promoveu o “Estudo Prospetivo para a Implementação de uma Rede de Ciclovias na Cidade de Vila Nova de Famalicão” coordenado pelo Prof. António Pérez Babo, no qual foi definida a rede de ciclovias para o 4 “ IEVA, Infraestruturas de elevado Valor Acrescentado” – Relatório Final, Janeiro de 2014 (www.ieva.pt/media/docs/estudo.pdf ), estudo realizado por um grupo de trabalho criado por despacho do secretário de Estado das Infraestruturas em Agosto de 2013 que visou selecionar os projetos de infraestruturas de transporte de implementação prioritária no horizonte 2020. Relatório das Opções do Plano 116 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU GIPP, Lda. centro da cidade e os eixos de amarração periféricos à cidade, bem como o faseamento da construção dessa infraestrutura. Na área dos transportes, a autarquia procedeu à colocação de abrigos nas paragens de autocarros e encontra-se em execução a obra de requalificação do Centro Coordenador de Transportes. A seguir, descreve-se as propostas na área da mobilidade e transportes, encontrando-se representadas na Planta de Mobilidade e Acessibilidades as intervenções mais importantes. As soluções propostas para o sistema de mobilidade e transportes visam prosseguir os objetivos de sustentabilidade, que cruzam com os setores do ambiente e energia, podendo reduzir-se aos seguintes objetivos gerais: - Eficiência do sistema de transportes; - Promoção da multimodalidade urbana. 4.1.6.1.C.1 Rede de Transportes Coletivos 5 Situação existente O estudo realizado à rede de transportes coletivos, na fase de caraterização, teve como ponto de partida um inquérito efetuado às diferentes entidades que operam no município de Vila Nova de Famalicão, a partir do qual se pretende obter um conjunto de informações necessárias para se proceder a um correto diagnóstico. Foram ainda considerados os dados estatísticos do INE, o Estudo da Rede de Transportes Coletivos do Vale do Ave (AMAVE) e o PDM em vigor neste município. Apenas duas das entidades operadoras responderam ao inquérito, no entanto, foram retiradas algumas conclusões a partir dos dados obtidos. No Município de Vila Nova de Famalicão, o serviço de transportes coletivos é assegurado por 3 operadores de camionagem privados, por um sistema de transportes urbanos coletivos (TUF) e pelo transporte ferroviário. 5 Fonte: “Estudo de Mobilidade Integrada da Associação de Municípios de Fins Específicos - Quadrilátero Urbano” – Relatório Estratégico - Parte 2 - Maio de 2014. Relatório das Opções do Plano 117 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU GIPP, Lda. Contexto Rodoviário Operadores de Camionagem Privados e Transportes Urbanos de Famalicão São três os operadores de camionagem privados que realizam carreiras no nosso município: Arriva, Transdev e Auto viação Landim. Independente deste sistema de transporte foi implementado em 15 de Setembro de 1997, o sistema de transportes urbanos coletivos, o qual surgiu no cumprimento de um objetivo estratégico do PDM atualmente em vigor. Este serviço foi concessionado ao Consórcio Arriva/Transdev. Nas figuras seguintes estão representados graficamente os percursos efetuados pelas operadoras. A Arriva é a única operadora detentora de uma rede que se reparte por todo o território; os TUF operam sobretudo nas freguesias que constituem o perímetro urbano, embora também prestem serviços em algumas freguesias vizinhas; a Transdev opera sobretudo a Norte, atravessando o nosso município para efectuar a ligação de Braga ao Porto; a Auto Viação Landim opera, sobretudo, na ligação entre a nossa cidade e a cidade de Santo Tirso. Arriva EN 14 - Braga A3 - Braga EN 309 - Braga EN 204 - Barcelos ER 206 - Guimarães ER 206 Póvoa de Varzim VIM - Vizela EN 310 - Guimarães A7 - Guimarães EN 309 Vila do Conde EN 204-5 - Vila das Aves EN 204 - Sto. Tirso A3 - Porto EN 310 Sto. Tirso EN 14 - Porto Relatório das Opções do Plano 118 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU GIPP, Lda. TUF EN 14 - Braga A3 - Braga EN 309 - Braga EN 204 - Barcelos ER 206 - Guimarães ER 206 Póvoa de Varzim A7 - Guimarães VIM - Vizela EN 310 - Guimarães EN 309 Vila do Conde EN 204-5 - Vila das Aves EN 204 - Sto. Tirso EN 310 Sto. Tirso A3 - Porto EN 14 - Porto Transdev EN 14 - Braga A3 - Braga EN 309 - Braga EN 204 - Barcelos ER 206 - Guimarães ER 206 Póvoa de Varzim VIM - Vizela EN 310 - Guimarães A7 - Guimarães EN 309 Vila do Conde EN 204-5 - Vila das Aves EN 204 - Sto. Tirso A3 - Porto EN 310 Sto. Tirso EN 14 - Porto Relatório das Opções do Plano 119 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU GIPP, Lda. Auto Viação Landim EN 14 - Braga A3 - Braga EN 309 - Braga EN 204 - Barcelos ER 206 - Guimarães ER 206 Póvoa de Varzim VIM - Vizela EN 310 - Guimarães A7 - Guimarães EN 309 Vila do Conde EN 204-5 - Vila das Aves EN 204 - Sto. Tirso A3 - Porto EN 310 Sto. Tirso EN 14 - Porto Desta forma, em relação à cobertura territorial apresentada na Planta de Mobilidade e Acessibilidades, podemos concluir que há uma boa cobertura do território, apesar de existirem alguns aglomerados populacionais fora da área de abrangência. Para a cobertura considerou-se um raio de 400 m a partir das paragens (Estudo de Mobilidade Integrada do Quadrilátero). Muitas vezes os acessos são a principal razão da não cobertura dessas áreas na medida em que as unidades de transporte existentes apresentam dimensões que não se adequam ao perfil da via. Nine é uma freguesia fortemente carenciada ao nível do transporte público rodoviário onde apenas existe um corredor que não passa pelo centro da freguesia e que não assegura a intermodalidade em relação ao modo ferroviário desvalorizando, de certa forma, este tipo de transporte. Apesar da boa cobertura do território se apresentar bastante razoável, o mesmo não significa que estejam assegurados bons níveis de mobilidade. Esta depende sobretudo dos custos dos bilhetes, da frequência dos serviços, dos horários, da informação ao público, dos níveis de conforto, da flexibilidade da mobilidade (intermodalidade). Interessa que se trate de um serviço adaptado às características da mobilidade da população. Estes temas foram aprofundados no Estudo Mobilidade Integrada do Quadrilátero Urbano e apresentados mais à frente, no capítulo Sistema de Transportes Coletivos. Relatório das Opções do Plano 120 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU GIPP, Lda. Contexto Ferroviário Relativamente aos transportes ferroviários existem dois períodos a considerar: antes e depois das obras de beneficiação. De acordo com o estudo da Amave, antes das obras de beneficiação a velocidade comercial era muito baixa. Por outro lado, considerando a cobertura territorial limitada, a pouca frequência dos serviços, aliada ao facto de as deslocações da população serem sobretudo inter-concelhias, o comboio não se revelou um meio competitivo neste tipo de deslocação. O comboio foi apenas usado pelas populações abrangidas por estação ou apeadeiro e sobretudo utilizado nas deslocações regionais, onde já competia com as carreiras rodoviárias regionais. Todavia, as linhas e os meios de transporte ferroviário foram alvo de beneficiação. Esta traduziu-se na duplicação e eletrificação da linha ferroviária e na modernização da frota. Na sequência destes investimentos, foi possível aumentar em cerca de 50% a velocidade comercial. Atualmente verifica-se uma oferta de serviços diversificada (longo curso, regionais e suburbanos) e melhores características operacionais (via múltipla eletrificada e controlo de tráfego centralizado). Sistema de Transportes Coletivos6 No concelho de V. N. Famalicão a oferta de transporte coletivo é diversificada em termos modais, tal como na generalidade da área de estudo, e de serviços. Apresenta uma disponibilidade demográfica e territorial bem como uma boa cobertura espacial e temporal por parte do TCR em dia útil, sendo o concelho, a par de Barcelos, mais penalizado com a redução de serviço ao fim de semana. A oferta de transporte coletivo rodoviário no período de fim-de-semana é praticamente inexistente (redução de aproximadamente 2/3 dos serviços face ao dia útil), mantendo-se apenas sobre os eixos de ligação supraconcelhios, a partir do da sede de concelho, servindo igualmente os principais núcleos urbanos no seu percurso. Em termos rodoviários tem uma oferta extra urbana diversificada mas em grande parte proporcionada por dois operadores de grande dimensão (Transdev e Arriva) que coexistem com outros operadores de menor expressão. Os serviços urbanos, proporcionados por concessão municipal, cobrem apenas a sede de concelho e sua envolvente alargada, detetando-se eixos de oferta concentrada no centro da 6 Fonte: “Estudo de Mobilidade Integrada da Associação de Municípios de Fins Específicos - Quadrilátero Urbano” – Relatório Estratégico, Maio de 2014. Relatório das Opções do Plano 121 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU GIPP, Lda. sede de concelho (Av. Marechal Humberto Delgado, junto à Estação de Camionagem, Av. Carlos Bacelar e Av. 25 de Abril). Quando analisada a procura, não se detetam evidentes inadequações da oferta de transporte coletivo rodoviário disponibilizada na área de estudo. O transporte coletivo ferroviário no concelho de Famalicão apresenta uma oferta de serviços mais diversificada (longo curso, regionais e suburbanos) e melhores características operacionais (via múltipla eletrificada e controlo de tráfego centralizado). Apesar da boa cobertura verificada (ver figura seguinte), o transporte coletivo tem dificuldade em competir com o transporte individual, sendo necessário aumentar a atratividade de todo o sistema de transporte coletivo, abrangendo todos os cidadãos. Quando se comparam os tempos de viagem entre os dois modos no concelho de Famalicão, o tempo médio em transporte coletivo é o dobro do que o despendido em transporte individual (rácio TC/TI de 1,99). Além deste fator, as deficientes condições de articulação física e principalmente tarifária entre modos são desfavoráveis à captação de passageiros. Aliás destaca-se a forte expressão de utilizadores frequentes e o elevado peso dos passageiros cativos nos modos coletivos no concelho de Famalicão. Também as questões relacionadas com a qualidade dos serviços e das paragens e interfaces de transporte são determinantes na escolha por parte dos potenciais passageiros. Embora a apreciação global quer das estações e apeadeiros ferroviários quer das paragens de TCR e serviços respetivos seja positiva, existem aspetos a melhorar. Quanto a serviços o concelho de Famalicão apresenta algum descontentamento, nomeadamente quanto à frequência dos serviços de TCR e aos serviços regionais da linha do Minho. A apreciação das paragens de TCR pelos utilizadores no concelho, penaliza o conforto (abaixo da média da área de estudo, embora este indicador esteja identificado como superior) e a informação prestada. Quanto às estações ferroviárias, em particular Nine e Lousado, as principais debilidades identificadas prendem-se com a articulação com os restantes modos de transporte, a informação ao passageiro e o conforto e limpeza das instalações. Dos inquéritos às Juntas de Freguesia, destaca-se a insatisfação de metade pela falta de fiabilidade de horários dos serviços de transporte coletivo e de dois terços pelo preço dos transportes. Relatório das Opções do Plano 122 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU GIPP, Lda. Cobertura demográfica, territorial e relação de tempo despendido em TC e TI, para o concelho de V. N. de Famalicão 100% 2,15 90% 2,10 Rácio Tempo TC/TI Taxa de Cobertura 80% 70% 60% 87% 50% 40% 30% 59% 20% 2,05 2,00 1,95 1,90 1,99 10% 0% 1,85 Cobertura Demográfica Cobertura Territorial média Quadrilátero Rácio TC/TI média Quadrilátero Sistemas de Transporte em áreas de Baixa Densidade Segundo o diagnóstico do Estudo de Mobilidade Integrada do Quadrilátero Urbano, existe alguma heterogeneidade em termos de ocupação territorial e também de oferta de serviços de transporte coletivo, verificando-se áreas que apresentam densidades de ocupação substancialmente inferiores ao do restante território concelhio. A estas zonas é por vezes possível associar situações de oferta mais rarefeita (ou mesmo inexistente), ainda que estas situações nem sempre se restrinjam aos espaços de menor densidade de ocupação. A cobertura das áreas de baixa densidade com um transporte público coletivo regularcom horários e rotas fixas – é mais difícil do que em zonas em que existe já uma massa critica populacional considerável. O mesmo estudo propõe o seguinte: “No sentido de assegurar a mobilidade da população, em particular a residentes em zonas de oferta e/ou procura mais esparsa, e promover a inclusão social será de equacionar um novo tipo de oferta de transportes que simultaneamente proporcione de forma eficiente serviços de transporte com níveis de serviço adequados e com ampla cobertura territorial.” Assim, foram identificados três territórios7 suscetíveis de instalar um sistema de transporte flexível, nomeadamente, o território Sudoeste, o território Central Joane (englobando uma 7 Na Parte 1 do Relatório Estratégico do Estudo de Mobilidade do Quadrilátero é apresentada uma extensa análise, com o objetivo de selecionar as áreas para as quais se recomenda o aprofundamento da avaliação relativa à instalação de um sistema de transporte flexível. Relatório das Opções do Plano 123 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU GIPP, Lda. pequena parte do território do concelho de Guimarães) e o território Central Nine (englobando uma parte do território do concelho de Barcelos). Estas zonas estão representadas na Planta de Mobilidade e Acessibilidades. No quadro a seguir está representada uma síntese das soluções a analisar, bem como as Freguesias a abranger para cada sistema proposto. Zona Zona Sudoeste Zona Central (Joane) Zona Central (Nine) Freguesias abrangidas Joaneª, Portelab, Pousada de Cavalõesb , Gondifelosb, Saramagosª, Telhadob, Castelões, b Outiz , Fradelosª, Ribeirãoª e Mogege, Vermoim, Leitões, Oleiros e Vilarinho das Cambas Airão (S.João Batista) Cambeses, Carreiraª, Fonte Coberta, Nine, Arnoso – St. Euláliab e Jesufreib Abordagem Racionalização de serviços regulares de caracter concelhio pre-existentes com eventual criação de serviços de raiz de caracter flexivel Racionalização de serviços regulares de caracter concelhio pre-existentes. Avaliação da articulação com o modo ferroviário (ex: Est. Nine) Eventual criação de serviços de raiz de caracter flexivel, admitindo a possibilidade de, numa situação de maior consolidação da procura, estes evoluirem para serviços regulares. População servida e população alvo 10.300 habitantes, dos quais 10.400 habitantes, dos quais 48% em (residente em espaço de serviço 42% em situação de oferta situação de oferta débil (5.000 hab) TCR débil) débil (5.500 hab) 8 000 habitantes, dos quais 55% em situação de oferta débil (4.400 hab) Autonomia (viagens motorizadas internas ao território) Forte (3.000 viagens internas) e representativa (19%) Principais Destinos (viagens motorizadas totais) Centrados na sede de Centrados fortemente no núcleo de concelho e núcleo urbano de Joane Lousado/ Ribeirão Centrados nas sedes de concelho de VNFamalicão e Barcelos (acessíveis em modo ferroviário) e outros destinos exteriores à região Tipologia de Oferta TC Regular Serviços concelhios e extraconcelhios, quase totalmente suprimidos em período de fim-de-semana. Quase exclusivamente serviços de carater extra-concelhio, parcialmente suprimidos em período de fim-desemana Existência de serviço de Transporte Ferroviário (Linha do Minho e Ramal de Braga) apoiados por serviços rodoviários extra-concelhios e concelhios (apenas Arnoso St. Eulália e Jesufrei) Potencial de Exclusão Social Reduzido, patente no nível de rendimentos e motorização superior à média da região. Existente e visível em todos os parâmetros, em particular nos rendimentos e motorização claramente abaixo da média da região Reduzido, patente no nível de rendimentos e motorização superior à média da região reforçando uma menor dependência estrutural face ao Transporte Coletivo Forte (2.750 viagens internas) e representativa (20%) NOTA: a) freguesia considerada parcialmente em função do zonamento; Forte (1.250 viagens internas, representativa (33%) b) correspondem às freguesias de 2012, ano de início do estudo. Relatório das Opções do Plano 124 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU GIPP, Lda. Plano de Intervenção nas paragens de Transporte Coletivo Rodoviário Na etapa de caracterização e diagnóstico foi possível identificar um conjunto de debilidades relevantes relativamente ao nível de conforto e informação proporcionados nas paragens de transporte coletivo rodoviário da área de estudo. Sendo a sua resolução é um dos aspetos a ter em conta de forma a potenciar a atratividade deste modo de transporte, procurou-se no âmbito do presente estudo estabelecer um conjunto de critérios que permitissem planear esta intervenção. No caso específico das paragens localizadas no concelho de Vila Nova de Famalicão as principais debilidades detetadas se prendem com a ausência de informação proporcionada aos seus utilizadores, sendo de referir que mais de dois terços das paragens não se encontram devidamente sinalizadas, e que apenas um número muito residual (3%) dispõe de informação relativa aos serviços aí proporcionados ou sua articulação com a restante rede de transporte. Relativamente aos indicadores de conforto (abrigo e lugares sentados), estes registam-se superiores à média da região, tendência positiva também expressa relativamente ao estado geral de conservação das paragens, observando-se que praticamente metade das paragens do concelho apresenta em bom estado de conservação e apenas um quinto desta regista evidentes sinais de degradação. Debilidades evidenciadas nas paragens de transporte coletivo rodoviário de Vila Nova de Famalicão 2012 MAU MAUEstado Estadode deConservação Conservação Região RegiãoQuadrilátero Quadrilátero 20% 20% RAZOÁVEL RAZOÁVELEstado Estadode de Conservação Conservação BOM BOMEstado Estadode deConservação Conservação Concelho Concelhode deVila VilaNova Nova de deFamalicão Famalicão 29% 29% 51% 51% Com ComINFORMAÇÃO INFORMAÇÃO 3% 3% Com ComLUGARES LUGARESSENTADOS SENTADOS 67% 67% Com ComABRIGO ABRIGO 55% 55% Com ComSINALIZAÇÃO SINALIZAÇÃO 68% 68% 0% 0% 20% 20% 40% 40% 60% 60% 80% 80% 100% 100% Paragens Paragens Constata-se que apenas 19 das paragens foram classificadas com prioridade máxima de intervenção, correspondendo cerca de 6% das paragens localizadas no território municipal, encontrando-se estas distribuídas pontualmente. Relatório das Opções do Plano 125 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU GIPP, Lda. 4.1.6.3.C.2 Intermodalidade8 Hierarquização da Rede de Interfaces de Transporte No concelho de Vila Nova de Famalicão as interfaces são 7 pertencentes à Linha do Minho (Lousado, Esmeriz, Barrimau, Famalicão, Mouquim, Louro e Nine), 1 pertencente à Linha de Guimarães (Caniços) e a ECC de Vila Nova de Famalicão. O de maior relevância é a Estação Ferroviária de Famalicão. Os serviços disponibilizados nas interfaces na Linha do Minho e da Linha de Guimarães são os serviços Suburbanos da CP Porto em todas as estações e apeadeiros, os serviços de Longo Curso (Alfa Pendular) em Famalicão, os serviços regionais da CP Regional em Famalicão e Nine e variados serviços dos TUF, Arriva, Transdev e Auto-Viação Pacense. O serviço ferroviário CP Porto opera entre Porto S. Bento e Braga, havendo serviços mais rápidos que outros, com paragem apenas em Lousado, Famalicão e Nine. Este serviço permite a ligação à Linha de Guimarães, em Lousado, e ao serviço Regional, em Nine, estabelecendo assim ligação com os outros concelhos do Quadrilátero. O serviço de longo curso opera entre Lisboa Sta. Apolónia e Braga. O serviço Regional mais rápido (Celta) opera entre Porto Campanhã, Nine e Viana do Castelo (Regional), Valença (InterRegional) ou Vigo (Internacional). Os serviços de transporte existentes na Central de Camionagem de Vila Nova de Famalicão correspondem a vários serviços e vários operadores. Daqui é possível estabelecer ligações intra e extra concelhias em serviço rodoviário. Uma das vertentes da integração física como modo de promoção da intermodalidade do sistema de transportes foca-se na afirmação da rede de interfaces e na sua qualificação física e funcional. As principais interfaces existentes na área de estudo foram, na fase de caracterização e diagnóstico do Estudo de Mobilidade Integrada – Quadrilátero Urbano, caracterizadas, hierarquizadas e avaliadas segundo critérios que visam a funcionalidade, a qualidade da oferta, a procura e a inserção no território envolvente. Foram também caracterizadas todas as paragens de transporte coletivo rodoviário e todas as estações/apeadeiros da rede ferroviária. Na fase de definição estratégica, foram definidas medidas e intervenções capazes de proporcionar uma rede de interfaces bem estruturada e organizada na área de estudo, inserindo-se no objetivo: “Melhorar a atratividade do Sistema de Transporte Coletivo para todos os cidadãos”. 8 Fonte: “Estudo de Mobilidade Integrada da Associação de Municípios de Fins Específicos - Quadrilátero Urbano” – Relatório Estratégico, Maio de 2014. Relatório das Opções do Plano 126 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU GIPP, Lda. As interfaces devem ser pontos da rede de transporte coletivo que, abrangendo vários modos ou serviços de transportes, sejam capazes de facilitar os transbordos para todos os utilizadores que frequentam a rede de transportes. Devem ainda ser pontos de atração de utilizadores, de modo a reforçar a utilização do transporte público e promover uma utilização conjunta deste com os modos suaves. De um modo geral, dos problemas verificados na rede de interfaces nos quatro concelhos da área de estudo, ressalta a falta de uniformidade na imagem e a qualidade e eficiência de muitos interfaces. Estas lacunas fazem com que a rede de interfaces não seja devidamente compreendida e assimilada pelos potenciais utilizadores. Sendo assim, as propostas consideradas neste subcapítulo visam atingir os principais objetivos deste Estudo. Entre estes, destaca-se a consolidação e hierarquização da rede de interfaces no território do Quadrilátero. A consolidação e hierarquização da rede garantem que o sistema de transportes seja entendido como um todo e que cada interface tenha uma identidade e função bem definida. Para tal, é necessário que cada interface cumpra os requisitos definidos para o seu nível hierárquico e que tal seja facilmente e rapidamente identificado pelos utilizadores. No quadro seguinte definem-se os fatores de hierarquização da rede de interfaces para o Quadrilátero. Fatores de hierarquização da rede de interfaces Características da Interface Nível Superior Nível Intermédio Nível Inferior Função Um dos principais acessos de Importante ponto de conexão para Todos os pontos da rede de chegada à cidade, quer seja os fluxos pendulares com origem transporte coletivo que através do transporte coletivo, quer no concelho ou fora deste, permitem a conexão entre quer seja através do onde se cruzem dois ou mais linhas de transporte estacionamento do transporte serviços de transporte coletivo e coletivo individual na interface para onde a componente de transporte prosseguimento da viagem individual poderá ser importante noutro modo como primeira ligação à rede de transporte coletivo Diversidade de Deverá garantir acesso a pelo Deverá garantir acesso a pelo modos menos 4 modos ou níveis de menos 3 modos ou níveis de oferta pelo menos 2 modos ou oferta distintos distintos níveis de oferta distintos Obrigatório Obrigatório _ Maior que 3000 passageiros por Maior que 1000 passageiros por _ dia dia Ligações à rede Ligação à rede rodoviária Ligação à rede rodoviária terciária viária secundária ou superior ou superior Ligação com redes Deverá garantir acesso a de transporte coletivo de 1º Nível Fluxo de passageiros Relatório das Opções do Plano 127 _ MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU GIPP, Lda. As questões a intervencionar prendem-se sobretudo com a devida articulação da interface com o transporte coletivo rodoviário, com a melhoria das acessibilidades em modos suaves e com a manutenção do espaço das interfaces. Todas as intervenções devem estar de acordo com a hierarquia proposta para as interfaces. As interfaces ferroviárias do concelho de Vila Nova de Famalicão, maioritariamente na Linha do Minho, necessitam de pouca intervenção. As questões a intervencionar prendem-se sobretudo com a devida articulação da interface com o transporte coletivo rodoviário, com a melhoria das acessibilidades em modos suaves e com a manutenção do espaço das interfaces. Todas as intervenções devem estar de acordo com a hierarquia proposta para as interfaces. Sendo assim, resumem-se no quadro seguinte as principais intervenções. Intervenções principais nas interfaces do concelho de Vila Nova de Famalicão Interface Nível proposto Intervenções principais Melhoria da articulação com o transporte coletivo rodoviário, incluindo os acessos às paragens de TCR e a disponibilização da informação respetiva Famalicão Superior Estacionamento para bicicletas Melhorar na segurança pessoal para os passageiros Articulação com a Central de Camionagem Nine Intermédio Lousado Intermédio Melhorar no conforto Louro Inferior Melhoria da articulação com o transporte coletivo rodoviário, incluindo os acessos às paragens de TCR e a disponibilização da informação respetiva Mouquim Inferior Estacionamento para bicicletas Barrimau Inferior Esmeriz Inferior Informação prestada ao passageiro Informação prestada ao passageiro Manutenção Melhoria na disponibilização da informação sobre o TCR Caniços Inferior Estacionamento para bicicletas Manutenção Articulação com a estação de CF ECC Famalicão Superior Melhoria do sistema de informação Estacionamento para bicicletas Melhorar o conforto para os passageiros Relatório das Opções do Plano 128 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU GIPP, Lda. A articulação das interfaces com o transporte coletivo rodoviário deverá envolver o reforço dos serviços de rebatimento abordado na Promoção da intermodalidade entre o transporte coletivo rodoviário e ferroviário, a melhoria ou construção de acessos entre a interface e a paragem de TCR tendo em conta a segurança dos peões e a garantia de acesso a todos os cidadãos e a disponibilização de informação relativa aos dois modos quer na interface quer na paragem. Nas interfaces de Nine e Lousado pretende-se que existam as funcionalidades de uma interface de nível intermédio, uma vez que estas interfaces são de transbordo, acolhendo por isso um número maior de passageiros e acolhimento destes em situações de espera. De modo a cumprir os requisitos estipulados, estas interfaces devem preferencialmente ser melhoradas no que respeita aos seus parques de estacionamento, de modo a terem maior capacidade. Destaca-se ainda a necessidade de melhorar nas questões do conforto e limpeza na estação de Nine. A Estação Ferroviária de Famalicão não necessita de intervenções na infraestrutura. As debilidades encontradas estão relacionadas com a segurança pessoal dos passageiros no interior e envolvente da interface e com o facto de não existir parque de estacionamento com grande capacidade associado à estação. Esta última questão poderá vir a ser resolvida com a criação de um parque de estacionamento em frente à estação, solução esta em estudo pela autarquia neste momento. No que respeita a Central de Camionagem de Famalicão as intervenções estão relacionadas com o conforto e a informação prestada ao passageiro e ainda o estacionamento para bicicletas. Destaca-se ainda que o terminal rodoviário de Famalicão, embora tenha vários parques de estacionamento na sua envolvente, não tem nenhum parque associado. A articulação entre estas interfaces de nível superior não existe. A resolução desta questão, será a articulação direta através de transporte coletivo rodoviário entre as duas interfaces, incorporando um serviço rodoviário e criação de respetivas paragens junto às interfaces, como se propõe na figura seguinte. Também nesta solução se mantém a necessidade de construção de um parque de estacionamento com grande capacidade. Relatório das Opções do Plano 129 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU GIPP, Lda. Articulação entre as interfaces de nível superior de Vila Nova de Famalicão Nota: Encontra-se em fase de estudo, um percurso mais alargado ligando, também, a Biblioteca, Tribunal e Hospital. Promoção da intermodalidade entre o transporte coletivo rodoviário e ferroviário – Reforço dos Serviços de Rebatimento Já no que se refere às questões associadas aos serviços de transporte, haverá que referir que apesar de a área de estudo se encontrar servida por uma grande variedade de modos de transporte a interligação entre eles nem sempre se encontra garantida nas melhores condições de acesso e conforto. Um dos aspetos mais importantes prende-se com a ligação entre o modo ferroviário e o modo coletivo rodoviário. Uma boa interface entre estes modos permite aumentar consideravelmente a área de captação do transporte público visto como um todo. A intermodalidade entre o modo rodoviário e ferroviário permite, para as viagens mais longas, aliar a rapidez e comodidade do comboio à capilaridade do autocarro. Deste modo é possível tornar o transporte público alternativa viável ao transporte individual cujas principais vantagens são, precisamente, a rapidez relativa e o acesso porta-a-porta. Assim, considera-se importante que, na área de estudo, se proceda a um ajuste na oferta do transporte coletivo rodoviário e na interface entre este e o caminho-de-ferro de modo a maximizar a possibilidade de intermodalidade. Relatório das Opções do Plano 130 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU GIPP, Lda. Na figura seguinte apresentam-se as estações e apeadeiros de caminho-de-ferro do concelho de Vila Nova de Famalicão segundo a disponibilidade de serviço de transporte coletivo rodoviário a menos de 100 metros de distância. Estações de caminho-de-ferro segundo a disponibilidade de transporte coletivo rodoviário a menos de 100 metros de distância Na linha do Minho a sul de Nine, o transbordo entre o autocarro e o comboio só é possível na estação de Lousado e no apeadeiro de Mouquim. Neste âmbito destaca-se o facto de na estação de Famalicão, no momento em que foram realizados os trabalhos de campo e recolha de informação, não existir qualquer serviço de transporte rodoviário com paragem a menos de 100 metros. Na linha de Guimarães, no concelho de Vila Nova de Famalicão a relação entre o transporte rodoviário e ferroviário é possível na estação de Caniços. Considera-se relevante efetuar alguns ajustes marginais em diversas carreiras de transporte rodoviário de modo a potenciar a interface entre o transporte rodoviário e ferroviário. Para tal foram analisadas todas as carreiras de transporte coletivo rodoviário cujo percurso passa a menos de um quilómetro de uma estação ferroviária selecionando-se aquelas cuja alteração do percurso tem impacte no aumento da área de captação do Relatório das Opções do Plano 131 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU GIPP, Lda. transporte ferroviário sem que isso implique um acréscimo demasiado elevado nos quilómetros percorridos pelos operadores de transporte coletivo. No anexo 5.5 é apresentado o resultado desta análise através da identificação dos percursos que se considera relevante adaptar, agrupados pelo operador, com identificação da estação ou apeadeiro em que se procederá à ligação ao caminho-de-ferro e a extensão que se terá que adicionar ao percurso original. Como se pode verificar, a estação de Famalicão é aquela em que se identificaram mais situações de onde resultaria um impacte muito positivo pela alteração do percurso de diversas carreiras que circulam nas suas imediações mas sem a servirem efetivamente. Na verdade, como se referiu anteriormente, nenhum serviço de transporte coletivo rodoviário efetua paragem na Estação de Famalicão. Esta é uma lacuna ainda mais incompreensível quando se sabe que nesta estação existem serviços ferroviários de todos os níveis (urbano, regional, inter-regional, intercidades e alfa pendular), sendo a única na área de estudo, a par de Nine, com este leque tão alargado de oferta. Assim, considera-se conveniente alterar 12 percursos que pretendem contribuir para a resolução da situação particular de Vila Nova de Famalicão. Note-se que está prevista um alargamento da rede dos TUF com a criação de um circuito circular que incluirá uma paragem na estação ferroviária. No entanto, tendo em conta que este novo circuito se limitará a operar na área urbana central, considera-se necessário aumentar a área de captação conjunta do transporte rodoviário e ferroviário através das alterações sugeridas. Destas carreiras, 4 são da responsabilidade da Arriva e 8 dos TUF. Para além das alterações de percurso junto à estação de Famalicão sugere-se o desvio de duas carreiras em Louro. Uma delas é operada pela Transdev (Famalicão – Famalicão) e a outra pela Arriva (Famalicão CC – Negreiros). Em ambos os casos o desvio a efetuar obrigaria a um acréscimo de 380 metros na extensão do percurso o que corresponderia a 2% de aumento. Por fim, deve ser ponderada a extensão da carreira Famalicão – Cardal – Negrelos operada pela Arriva junto à estação de Caniços. Esta alteração obriga a um acréscimo de 2 km no seu percurso (12% do total) pelo que se considera estar no limite do razoável para não comprometer as condições operacionais. Em conclusão, a intervenção futura mais importante nas interfaces é o reforço da Interface da Estação de Famalicão na intermodalidade com o transporte individual e coletivo rodoviário de passageiros, bem como com os modos suaves, ciclável e pedonal. Relatório das Opções do Plano 132 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU GIPP, Lda. 4.1.6.3.C.3 Estacionamento e Logística Urbana9 A zona urbana central de Vila Nova de Famalicão apresenta reserva de capacidade de estacionamento global na via pública quer no período noturno quer no diurno, sendo que neste se encontra globalmente no limite. A oferta de estacionamento em parque poderá ajudar a resolver problemas de saturação de algumas zonas no período diurno. Também na periferia da zona urbana central se destaca a existência de espaços de grande capacidade de estacionamento, nomeadamente espaços comerciais com oferta superior a 500 lugares (E.Leclerc, Jumbo). A quase totalidade das freguesias de V. N. Famalicão concorda que o número de lugares disponível é suficiente em ambos os períodos, no entanto cerca de um quarto das freguesias persiste na necessidade de aumentar a oferta existente. Destaca-se a problemática da persistência de taxas de ilegalidade mesmo em situações de reserva de capacidade positiva, em particular mais relevante no período noturno. Resumo da oferta de estacionamento na via pública na área urbana de V. N. de Famalicão Oferta (Nº) Concelho TOTAL Não Pago Pago Reservados Cargas e Descargas 4 179 3 307 502 251 119 Vila Nova de Famalicão Desempenho do sistema de estacionamento no concelho de V. N. de Famalicão 25 000 35% Lugares Via Pública/Total Procura Ilegal 20 000 30% Procura Legal 15 000 24% 21% 10 000 Of erta Via Pública 20% Of erta Total 15% Taxa Ilegalidade Diurna 7 574 5 000 4 179 0 10% Diurno 9 25% Taxa Ilegalidade Noturna Noturno Fonte: “Estudo de Mobilidade Integrada da Associação de Municípios de Fins Específicos - Quadrilátero Urbano” – Relatório Estratégico - Parte 2, Maio de 2014. Relatório das Opções do Plano 133 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU GIPP, Lda. A oferta de estacionamento estimada em via pública no espaço central da sede de concelho de Vila Nova de Famalicão é sensivelmente de 4.200 lugares, sendo esta complementada por cerca de 3.400 lugares que se distribuem por vários espaços de oferta concentrada de acesso público, sendo que parte destes se referem a zonas de estacionamento de apoio a superfícies comerciais ou equipamentos localizadas nos limites da zona urbana central. As análises realizadas indicam que esta oferta em via pública é claramente suficiente para suprir a procura noturna, usualmente associada às necessidades dos seus residentes, que se estimam inferiores a 3.000 veículos. Já a procura diurna em via pública é sensivelmente da mesma ordem de grandeza que a oferta. Sendo assim de concluir que os deficits identificados em cada zona serão colmatáveis noutros espaços da cidade. As pressões sobre o sistema de estacionamento no centro da cidade de Vila Nova de Famalicão fazem-se sentir quase exclusivamente durante o período diurno e em particular no espaço que se organiza na envolvente aos eixos da Rua Conselheiro Santos Vegas e R. Príncipe Real/R. Amadeu Mesquita, já a norte do eixo Av. 25 de Abril/Av. Narciso Ferreira/ Av. do Brasil, zona em que se localizam alguns dos principais equipamentos da cidade. Ainda que a oferta em via pública não se encontre saturada em todos os espaços da cidade, há que salientar que a existência de uma parcela representativa de procura ilegal nos dois períodos de análise. Esta representa globalmente cerca de um quarto da procura diurna (24%) e um quinto da procura noturna (21%), quantitativos que se podem considerar elevados tendo em conta que em grande parte das zonas assim afetadas persistem lugares disponíveis. Importará por isso reforçar os mecanismos que induzam um maior equilíbrio na utilização da oferta instalada - quer em via pública, quer nos espaços de oferta concentrada, que se distribuem pela cidade - e simultaneamente proporcionem uma utilização mais regrada do espaço público da cidade, e uma menor interferência com a circulação de peões e automóvel. Será assim de antever a necessidade do reordenamento físico dos espaços de estacionamento de forma a tornar claro os espaços destinados para esse efeito, devendo esse ser acompanhado de um maior esforço na fiscalização do estacionamento, aspetos usualmente associados ao estabelecimento de tarifação de estacionamento. Esta forma de gestão é já uma realidade para uma zona restrita da cidade que se desenvolve em torno da Av. 25 de Abril/Av. Narciso Ferreira e compreende uma oferta próxima dos 500 lugares de estacionamento em via pública. O alargamento destas circunstâncias a outros espaços da zona urbana central da cidade poderão constituir um fator de maior atratividade para utilização a oferta já instalada fora do hipercentro, particularmente para o estacionamento de longa duração, que se pretende desta forma Relatório das Opções do Plano 134 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU GIPP, Lda. transferir para os limites da cidade, reduzindo dessa forma a sua presença nos espaços mais centrais. Aos efeitos dissuasores induzidos pela tarifação (desconforto causado pela necessidade de regularizar periodicamente o pagamento ao longo do dia e custos monetários associados), haverá que aumentar a atratividade intrínseca dos espaços periféricos a promover, dotando-os dos meios necessários à sua articulação com os modos suaves e transporte coletivo e assegurando que a acessibilidade rodoviária ao espaço extra-urbano se encontra assegurada. Sistema de Parques Periféricos da Cidade No quadro seguinte ilustra-se a localização destes espaços de oferta concentrada permitindo concluir que as áreas identificadas permitem uma cobertura efetiva de todo de toda a zona urbana central da sede de concelho, localizando-se a distâncias não superiores a 1000 m do seu ponto central. Será de referir que conceptualmente, de entre as alternativas apresentadas serão de privilegiar as que se localizam em espaços já sob a alçada do município, uma vez que desta forma se obvia a necessidade de proceder à negociação com as entidades atualmente gestoras destes espaços. É sabido igualmente, ainda que de forma empírica, que parte dos espaços de estacionamento agora apontados são já utilizados enquanto estacionamento de longa duração, mas que ainda assim a sua capacidade não se encontra utilizada na sua plenitude. É este tipo de utilização que se pretende vir a reforçar primeiramente nos espaços de maior proximidade à cidade, em que o modo pedonal possa inclusivamente ter um papel mais expressivo que os restantes dadas as curtas distâncias envolvidas. Selecionam-se assim vários espaços de oferta concentrada localizados no limite da zona urbana central de Vila Nova de Famalicão: os que dão apoio aos principais pontos de interface de transporte coletivo – Estação Ferroviária (1) e Rodoviária (4) - e outros espaços relevantes que cobrem em grande medida dos principais eixos de penetração da cidade, indicados na figura a seguir. Relatório das Opções do Plano 135 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU GIPP, Lda. Sistema de Parques Periféricos de Vila Nova de Famalicão Localização 2b Reforço ciclável Rede Bikesharing Parquea m. 2a 3a Reforço Reforço Pedonal TC 1 Est. TCF VNFamalicão Já prevista Sim Sim Não Eventual 2A Casa das Artes Já prevista Eventual Sim Não Eventual 2B E.Leclerc Já prevista Eventual Sim Não Eventual 3A Parque do Jumbo Já prevista Eventual Sim Não Sim 3B Parque Devesa CITEVE Existente Sim Existente Eventual Sim 4 Est. Camionagem Já previsa Sim Existente Não Não Eventual Sim Não Não 3b 4 1 1 km 5 5 Parque Feira Já prevista Nova A poente, a zona de parqueamento adjacente à Estação Ferroviária (1), que o município prevê construir irá criar cerca de 200 lugares do lado nascente da via-férrea e por isso sem que esta constitua efeito de barreira para os percursos de ligação ao centro da cidade. Em termos de acessibilidade rodoviária esta é assegurada por poente, atravessando superiormente o canal ferroviário a norte da estação e já a alguma distância na passagem inferior a sul da estação. Será de referir que dada a sua localização, a utilização deste espaço será partilhada por duas funções Park&Ride: apoio às deslocações em modo ferroviário com destino no exterior do espaço urbano e servindo também as deslocações com destino no espaço da cidade, cuja última etapa se poderá processar a pé, nas deslocações de maior proximidade, ou de bicicleta ou transporte coletivo, nos casos em que as distâncias envolvidas excedam as possibilidades dos seus utilizadores. A possibilidade de virem a ser ajustados os circuitos de transporte coletivo rodoviário atuais no sentido de uma maior proximidade à estação, e da criação de um serviço circular urbano de distribuição no hipercentro que interliga os dois pontos de interface (ver propostas de intermodalidade, referidas no ponto anterior), são também um fator de maior atratividade a ter em conta para o espaço de estacionamento criado. Esta localização é igualmente servida de forma direta por duas das linhas Relatório das Opções do Plano 136 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU GIPP, Lda. consideradas na rede ciclável em estudo para a cidade, importará por isso proceder à sua equipamentação no que se refere aos pontos de estacionamento de bicicletas e também na localização de uma estação do sistema de bikesharing que se venha a criar, facilmente justificável pela sua proximidade à estação ferroviária. Para os parques já existentes, na figura atrás estão identificadas as necessidades na articulação com modos suaves e os TC. Alargamento dos Espaços de Tarifação do Estacionamento A maior ou menor adesão aos espaços de estacionamento periférico anteriormente apontados estará em muito ligado às condições que a possibilidade de estacionar livremente seja proporcionada nos espaços centrais e da publicitação dessa oferta alternativa. À dissuasão por via da tarifação dos espaços centrais é um mecanismo vulgarmente utilizado no sentido de efetuar a transferência da procura de longa duração para zonas mais periféricas, obtendo um melhor aproveitamento de oferta de estacionamento proporcionada nos espaços centrais. É no sentido de proporcionar uma maior atratividade do estacionamento periférico que se sugere a avaliação de um alargamento ainda expressivo dos espaços de tarifação do estacionamento. A transferência dessa procura de estacionamento de longa duração para locais específicos implica necessariamente a publicitação dos espaços de oferta alternativa. Tal é passível de ser realizada mediante sinalização de encaminhamento sobre os eixos de penetração no espaço da cidade, podendo o seu efeito ser reforçado através da implementação de um sistema de informação em tempo real relativamente aos pontos de oferta concentrada.10 Este tipo de sistemas tem uma intervenção mais ativa na redução dos volumes de tráfego parasita - veículos que circulam à procura de lugar – nos espaços da cidade, uma vez que 10 Estudo de Mobilidade Integrada Quadrilátero, Relatório Estratégico - Parte 2, pág. 160 - “a implementação de um sistema desta natureza implica conhecer em cada momento a capacidade disponível em cada localização, tendo por isso implícita a necessidade de delimitação dos seus acessos - física ou através de sensores de pavimento – e a comunicação da informação relativa aos veículos presentes para o comando central que posteriormente a transmite para os painéis de informação variável e outras plataformas de comunicação que se venham a proporcionar (ex.: Neste âmbito será de assegurar a compatibilização dos sistemas de controlo de acesso dos parques já existentes no espaço central, bem como proceder à delimitação dos seus acessos nas restantes situações no mesmo regime de compatibilidade).” Relatório das Opções do Plano 137 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU GIPP, Lda. permitem que em tempo real e ao longo do seu percurso os condutores tenham informação em tempo real relativa à disponibilidade de estacionamento em espaços específicos. A dimensão do núcleo urbano de Vila Nova de Famalicão e os níveis de congestionamento identificados permitem concluir que a implementação de um sistema desta natureza não constitui um aspeto essencial. No entanto, afigurando-se a possibilidade de estabelecer uma rede completa e equilibrada de alternativas periféricas, é natural que a sua implementação venha a trazer vantagens no sentido de reduzir a presença do automóvel no espaço da cidade. Para além dos parques periféricos já identificados anteriormente, acrescem-se ainda três espaços de oferta de localização mais central: os parques de estacionamento em estrutura Cónego Joaquim Fernandes e D. Maria II e ainda o espaço da Feira Velha, que no contexto do alargamento da tarifação se poderá afigurar mais adequado explorarmos de forma delimitada. Encontrando-se os dois primeiros espaços concessionados, à semelhança dos associados às superfícies comerciais, será necessário estabelecer negociações com essas entidades no sentido da utilização desse espaço e sua equipamentação (ex: pontos de estacionamento de bicicletas, bikesharing, acesso dos serviços TC), quando aplicável. A inclusão do total das áreas a avaliar traduz uma alteração substancial das condições de oferta de estacionamento no espaço central da sede de concelho já que praticamente quadruplica o número de lugares atualmente sob regime de tarifação. A área a avaliar no âmbito do alargamento da tarifação compreende assim cerca de 1500 lugares de estacionamento em via pública, dos quais perto de 11% correspondem a oferta de acesso restrito – 107 lugares reservados e 61 lugares de cargas e descargas. Será no entanto de salientar que, a processar-se integralmente, esta evolução poderá ocorrer de forma gradual à medida que forem vindo a ser viabilizadas as alternativas de estacionamento na periferia. Áreas de expansão do estacionamento tarifado a avaliar na Zona Urbana Central de Vila Nova de Famalicão 2b 2a 3a Incluindo Areas a avaliar 2019 lug 48% Situação Atual 502 lug 12% 3b 4 1 1 km 5 Oferta Tarifada Atual Alargamento de Oferta Tarifada a avaliar Parque Periférico PARQUE PERIFÉRICO OFERTA TARIFADA ATUAL Relatório das Opções do Plano 0 2000 Oferta Livre AVALIAÇÃO DE ALARGAMENTO 138 4000 6000 Oferta Tarifada MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU GIPP, Lda. Nestas circunstâncias a oferta condicionada por tarifação passa a representar perto de metade do total de lugares em via pública, vindo a abranger a quase totalidade dos locais de cargas e descargas identificados na zona urbana central de Vila Nova de Famalicão, cuja gestão poderá ser realizada de forma mais eficaz por via da fiscalização mais atenta necessariamente associada aos espaços de tarifação. Logística Urbana Relativamente à logística nas áreas urbanas centrais verifica-se que V. N. Famalicão tem rácios de oferta de lugares destinados a Cargas e Descargas, face ao número total de lugares, superiores aos verificados nos restantes concelhos do Quadrilátero. Existem pressões de procura e situações de ilegalidade nos lugares de oferta de Carga e Descarga, especialmente sobre os eixos centrais (Av. Humberto Delgado e Av. 25 de Abril), sendo portanto necessário um maior esforço na fiscalização. Famalicão não possui regulamentação específica em vigor para Cargas e Descargas estando, no entanto, prevista a sua implementação a curto prazo. Esta deverá ser de aplicação contínua e estabelecer interdições para períodos horários diferenciados consoante a zona e tipo de veículo. Ainda no sentido de aumentar a eficiência das operações de cargas e descargas no espaço da cidade central e alargada, seja dado seguimento aos trabalhos até aqui desenvolvidos pelo município no que se refere às limitações a impor neste domínio. A definição do zonamento e princípios orientadores para a limitação de horários e tipos de veículo subjacente ao regulamento elaborado11 poderá ser um aspeto a revisitar no âmbito do Plano de Mobilidade Concelhio. Um outro aspeto que poderá vir a ser abordado neste âmbito será a aferição do número e localização de lugares especificamente afetos a estas atividades. 4.1.6.3.C.4 Modos Suaves O concelho de V. N. Famalicão é o concelho onde a o modo pedonal tem menos expressão, principalmente ao nível da área urbana central, comparativamente aos restantes concelhos da área de estudo, em termos de viagens pedonais por habitante. No entanto, também aqui o modo pedonal tem alguma expressão na mobilidade (22,6%). Quanto à utilização da bicicleta, Famalicão regista a melhor percentagem para o contexto do concelho (0,02 viagens/hab). Esta utilização encontra-se bastante associada a motivos de lazer e com expressão residual nas áreas urbanas. A inexistência de rede ciclável é um aspeto comum a 11 Código Regulamentar de atividades particulares, espaço público e urbanização do município - Regulamento n.º 278/2012 de 18 de Julho (Secção II – Cargas e Descargas) Relatório das Opções do Plano 139 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU GIPP, Lda. toda a área de estudo, bem como a escassez de pontos de parqueamento para bicicletas, sendo que V. N. Famalicão tem em curso um estudo específico para implementação de uma Rede de Ciclovias e Percursos Pedonais. A manutenção de baixos níveis de utilização do modo ciclável e da perda de expressão do modo pedonal na mobilidade pendular, contribuirão para manter ou agravar os impactes na perspetiva da qualidade ambiental e do espaço público. No entanto, a existência de população jovem mais sensibilizada e apta à utilização de modos suaves e a existência de grupos organizados de utilizadores de modos suaves (no caso de Famalicão destaca-se o Programa BUÉ, sistema de partilha de bicicletas direcionado à população jovem e a divulgação do European Cycling Challenge de Maio de 2013) poderá funcionar como impulso à sensibilização e promoção destes modos mais sustentáveis. Viagens pedonais e em bicicleta por habitante, em cada concelho do Quadrilátero Modo Pedonal Braga Guimarães Modo Ciclável VN Famalicão Barcelos Viagens Pedonais / habitante 0,9 0,8 0,7 0,78 0,6 0,5 0,4 0,66 0,54 0,52 0,51 0,46 0,49 0,3 0,41 0,34 0,39 0,36 0,35 0,2 0,1 0 Internas à Àrea Urbana Internas às Áreas Urbanas Central (Central+Peri-Urbanas) Internas ao Concelho Viagens em Bicicleta / habitante Barcelos Braga Guimarães VN Famalicão 0,04 0,03 0,03 0,03 0,02 0,02 0,02 0,02 0,01 0,01 0,01 0,01 0,00 0,00 0,00 0,01 0,00 0,00 0,00 0,00 Internas à Àrea Urbana Internas às Áreas Urbanas Central (Central+Peri-Urbanas) Internas ao Concelho Modo Pedonal Sistema Pedonal Principal A abordagem do sistema pedonal na plataforma do centro da cidade de Vila Nova de Famalicão corresponde à estruturação do sistema pedonal principal, visando a proposta de medidas que poderão melhorar tanto as condições de circulação a pé na zona mais consolidada da cidade, bem como na intermodalidade, designadamente, na acessibilidade aos Interfaces de transportes, e aos parques periféricos definidos no ponto anterior. Para isso, considerou-se as tipologias identificadas no “Estudo Prospetivo para a Implementação de uma Rede de Ciclovias na Cidade de Vila Nova de Famalicão”, que correspondem a: ÁREAS DE POTENCIAL DENSIDADE PEDONAL, em determinados eixos do centro urbano normalmente correspondentes às frentes urbanas com maiores concentrações de comércio Relatório das Opções do Plano 140 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU GIPP, Lda. que, simultaneamente, coincidem com percursos de passagem; nestes casos poderá haver lugar à necessidade de alargamento de passeios de forma a satisfazer as diferentes necessidades em causa - passagem de pessoas, entrada/ saída de unidades comerciais, paragem junto a montras, concentrações de peões em locais de atravessamento do sistema rodoviário (passadeiras) e eventual arborização. A estas situações podem estar associados estrangulamentos do ponto de vista do nível de serviço desejável em função da área disponível (m2/ pessoa). EIXOS DE LIGAÇÃO, ou seja, identificação de percursos com maior probabilidade de utilização pedonal ainda que não correspondam a uma densidade apreciável de pessoas. Nestes casos está em causa sobretudo a eficácia e a qualidade desse percurso a pé em termos de pavimentos, arborização, iluminação noturna, etc. e não tanto a capacidade da infraestrutura (largura do passeio ou m2/ pessoa). LOCAIS DE DENSIDADE OCASIONAL DE PEÕES, ou seja, identificação dos espaços públicos que pela sua natureza em termos de proximidade a equipamentos com utilização baseada em forte concentração de pessoas, possam gerar aglomerações com dimensões que exijam maiores áreas disponíveis para o sistema pedonal ‘à porta’ e a que normalmente corresponde um determinado nível de serviço em função da área disponível (m2/ pessoa). Assim, foi estruturado o sistema pedonal principal (ver Planta de Mobilidade e Acessibilidades) constituído pela Área Pedonal que corresponde a área da cidade com uma maior concentração de comércio, e os Eixos de Ligação, que ligam os Parques Periféricos e Interfaces (Estação de Famalicão e CCT) à zona central da cidade. Na estrutura pedonal, foram identificados outros eixos de ligação que estão retratados no estudo “Estudo Prospetivo para a Implementação de uma Rede de Ciclovias na Cidade de Vila Nova de Famalicão”, no entanto, estes devem ser estudados a uma escala mais local. As intervenções que vierem a ser feitas do futuro deverão ter em conta os objetivos específicos sintetizados no quadro seguinte. Todas as intervenções devem cumprir as normas técnicas de acessibilidade. Relatório das Opções do Plano 141 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU GIPP, Lda. Objetivos a atingir por tipologia de situação do sistema pedonal Tipologia Objetivos Específicos Salvaguardar a necessidade de aumentar a área destinada ao peão por alargamento do passeio Área pedonal (áreas de potencial densidade pedonal) Conversão de certos arruamentos em vias partilhadas (peão/ carro, com prevalência do primeiro) salvaguardando determinados horários de cargas/descargas. Eventual canal exclusivo de peões. Eixos de Ligação Nestes casos estará também em causa a melhoria da infraestrutura quer do lado dos pavimentos como da iluminação noturna e conforto sazonal (arborização de sombra). Garantir a eficácia de determinados percursos através de: - Aumento da largura útil de passeios (caso se justifique) - Relocalização de passadeiras - Variação dos tempos de semáforos para peões (tempos de espera e tempos de passagem) - Iluminação noturna - Qualidade dos pavimentos - Arborização (temperatura no verão) - Desimpedimento do percurso pedonal relativamente a bolsas de estacionamento automóvel, a localização de paragens de transportes públicos, etc. Fonte: Estudo Prospetivo para a implementação de uma rede de ciclovias na cidade de Vila Nova de Famalicão Modo Ciclável Famalicão Ciclável A promoção de uma mobilidade sustentável nas cidades com recurso aos modos suaves de transporte torna-se uma prioridade, tendo em consideração os seguintes aspetos: - As recomendações da política europeia para as cidades e que constam do “Livro Verde – Por uma cultura de mobilidade urbana”, onde se destacam duas opções centrais: “promover as deslocações a pé e de bicicleta” e “otimizar a utilização do automóvel particular”; - A Resolução da Assembleia da República nº 14/2012, recomenda ao Governo “a promoção da mobilidade sustentável com recurso aos modos suaves de transporte, nomeadamente através de medidas práticas que garantam efetivas condições de circulação aos seus utilizadores e o reforço da sua segurança”; - A recomendação do Plano de Mobilidade Sustentável desenvolvido para a cidade de Vila Nova de Famalicão patrocinado pela APA e realizado pelo Laboratório de Planeamento da FEUP em 2008, da criação de uma rede pedonal e de bicicletas, como uma rede complementar, interligada com todos os modos de transporte e com os projetos vocacionados para o lazer, caso da Ecopista Póvoa de Varzim – Vila Nova de Famalicão, baseada e fundamentada na opção do plano e no sentido das propostas de intervenção na secção “a rede pedonal e de bicicletas e o controlo da pressão automóvel”. Relatório das Opções do Plano 142 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU GIPP, Lda. Assim, a Câmara Municipal encontra-se a desenvolver o projeto “Famalicão Ciclável” que visa a implementação de uma rede de ciclovias na cidade de Vila Nova de Famalicão com os seguintes objetivos: - Promover a utilização de modos de locomoção saudáveis e sustentáveis; - Equilibrar a utilização do transporte individual; - Melhorar a atratividade do transporte coletivo e aumentar os índices de utilização; - Melhorar a acessibilidade multimodal a equipamentos públicos. É importante também, estabelecer um conjunto de indicadores da mobilidade intraurbana, assim como um calendário ajustado para a realização da sua monitorização tendo em vista perceber até que ponto as ações preconizadas estão a atingir os objetivos propostos, ou se deverão ser redefinidas trajetórias. A rede de ciclovias foi definida no “Estudo Prospetivo para a Implementação de uma Rede de Ciclovias na Cidade de Vila Nova de Famalicão” e encontra-se representada na Planta de Mobilidade e Acessibilidades. A rede é constituída por 6 ciclovias com a extensão total de cerca de 20,420 km. Recentemente, a autarquia iniciou a obra da ciclovia de ligação desde Parque 1.º de Maio ao Parque da Devesa, pelo Citeve. Rede ciclável extraurbana Para além da rede ciclável urbana prevê-se também uma rede extraurbana, proposta no Estudo de Mobilidade Integrada do Quadrilátero Urbano. A figura seguinte apresenta a rede ciclável concelhia com as componentes urbana e extraurbana. Rede ciclável urbana e extraurbana do concelho de Vila Nova de Famalicão Relatório das Opções do Plano 143 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU GIPP, Lda. No contexto extraurbano identifica-se apenas um corredor de utilização exclusiva que se desenvolve para poente da sede de concelho em direção a Póvoa do Varzim correspondente à ecopista do ramal de Famalicão. Observa-se ainda que existe um conjunto de outras vias em que se considera ser possível a coexistência banalizada entre o automóvel e a bicicleta sem que sejam necessárias intervenções de fundo, admitindo-se no entanto que para reforço da segurança de circulação se possam vir a introduzir medidas ao nível da sinalização vertical ou horizontal. 4.1.6.1.C.5 Transportes de Mercadorias12 No que respeita o transporte de mercadorias, na região onde se insere a área de estudo a dominância é clara por parte do transporte por modo rodoviário. O acesso viário dos concelhos do Quadrilátero às plataformas portuárias, aeroportuária e logísticas da sua envolvente é bom, podendo ser até assegurado por autoestrada. Neste aspeto V. N. Famalicão está beneficiado, detendo indicadores de acessibilidade superiores aos restantes concelhos do Quadrilátero. Daqui resulta possivelmente a relação com o Porto de Leixões (fraca na globalidade da área de estudo), sendo Famalicão o concelho que mais contribui nessas relações, com 38% dos movimentos da área de estudo relativamente a esta infraestrutura. O transporte de mercadorias por modo ferroviário tem portanto uma expressão muito fraca no Quadrilátero. Ainda assim, ao concelho de V. N. Famalicão afetase mais de metade da mercadoria transportada da área de estudo (55%). Aliás os pontos de acesso à rede ferroviária com serviços em continuidade são mais expressivos no caso de Famalicão, onde se destaca o terminal de Lousado (Lousoareias). O acesso rodoviário ao terminal de Lousado também implica o atravessamento de espaços urbanos e industriais na proximidade. Tal como estes, existem alguns condicionamentos pontuais de acessibilidade a zonas/ polos geradores do concelho, servidas por vias de maior saturação, como sendo os espaços a sul da sede de concelho servidos pela EN14 (Vilarinho Park, Z.I. Lousado, etc.). 12 Fonte: “Estudo de Mobilidade Integrada da Associação de Municípios de Fins Específicos - Quadrilátero Urbano” – Relatório Estratégico - Parte 2 - Maio de 2014 Relatório das Opções do Plano 144 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU GIPP, Lda. Distância em minutos do concelho de V. N. Famalicão às principais áreas logísticas envolventes à região Duração (minutos) PLI de Salvaterra/ As Neves 90 Aeroporto de Vigo 75 PL Transfronteiriça de Chaves 60 45 30 Porto de Vigo Porto de Leixões 15 0 PL Transfronteiriça de Valença Porto de Viana do Castelo Aeroporto do Porto PL de Maia/Trofa Assim sendo, prevê-se o reforço do Interface da Estação de Lousado com a construção de um Terminal de Mercadorias de apoio às áreas empresariais, de abrangência supramunicipal e reforço da intermodalidade com o transporte coletivo rodoviário. Este novo terminal permitirá criar uma ligação rodoviária direta à Área Empresarial do Senhor dos Perdões. 4.1.6.1.C.6 Transporte Escolar13 O concelho de Vila Nova de Famalicão apresenta o menor número de alunos utilizadores do transporte escolar (cerca de 5 540 alunos transportados em 2012/2013), o que representa no entanto 1/4 dos alunos. Famalicão disponibiliza serviços especiais de transporte a cerca de 30% dos alunos, sendo o concelho com esta percentagem mais alta. Além disso, integra já o modo ferroviário, ainda que em valor residual. Apesar deste esforço adicional o concelho de V. N. Famalicão é o concelho da área de estudo com custo médio por aluno mais baixo, estimando-se ainda reduções em 2013/2014. 13 Fonte: “Estudo de Mobilidade Integrada Estudo de Mobilidade Integrada da Associação de Municípios de Fins Específicos - Quadrilátero Urbano” – Relatório Estratégico - Parte 2, Maio de 2014. Relatório das Opções do Plano 145 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU GIPP, Lda. Número de alunos transportados e custo médio por aluno 374 € 366 € 9.000 Nº de Alunos 8.000 314 € 363 € 314 € 7.000 400 € 308 € 308 € 6.000 350 € 300 € 286 € 250 € 5.000 200 € 4.000 150 € 7 095 6 209 9 327 5 544 3.000 Barcelos Braga Guimarães VN Famalicão 2.000 1.000 100 € Custo médio por aluno 10.000 50 € - € 0 Nº Alunos Custo Médio/Aluno (Rede TCR) Custo Médio/Aluno Relativamente à cobertura de escolas verifica-se uma boa distribuição da rede escolar do 1º ciclo no território. No entanto no que respeita a escolas do 2º e 3º ciclos e secundárias, Famalicão detém os piores indicadores de cobertura, a par de Barcelos, com uma parte significativa de alunos a residirem a mais de 3 km, obrigando a que os alunos destas zonas mais afastadas dos núcleos utilizem modos motorizados nas suas deslocações casa-escola. Este facto poderá implicar um maior esforço por parte do município na disponibilização de transporte, além de que dificulta a tentativa de promoção de modos de transporte mais sustentáveis, uma vez que muitos dos alunos residem longe da escola. No entanto, a boa abrangência territorial por parte da rede de transporte coletivo rodoviário potencia que o transporte escolar possa ser sustentado pela oferta regular de transporte coletivo. 4.1.6.1.C.7 Planos a desenvolver14 No quadro seguinte sintetizam-se o conjunto de planos a desenvolver no contexto do concelho de Vila Nova de Famalicão, especificando em cada um dos casos o seu âmbito espacial e sempre que aplicável os principais aspetos a ter em conta na sua realização. 14 Fonte: “Estudo de Mobilidade Integrada da Associação de Municípios de Fins Específicos - Quadrilátero Urbano” – Relatório Estratégico - Parte 2, Maio de 2014. Relatório das Opções do Plano 146 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU GIPP, Lda. Principais planos a desenvolver no contexto do concelho de Vila Nova de Famalicão Planos de Mobilidade para Escolas (PMEscolas) Plano de âmbito local centrado nos estabelecimentos de Projetos Piloto ensino e/ou agrupamentos escolares (desde que Escola Secundária D. Sancho I espacialmente concentrado), visando desenvolver Escola Secundária Camilo Castelo Branco soluções materiais e imateriais que contribuam para a gestão da mobilidade escolar. Pretende-se que um maior número de alunos (e famílias) usem o modo pedonal e ciclável nas suas deslocações de/para a escola, promovendo assim a mobilidade ativa no contexto escola. Os Planos de Mobilidade para Escolas são assim baseados em princípios de gestão da procura de transporte e beneficiam as escolas para que são projetados, assim como as comunidades que os cercam, e como será natural, em primeira mão, os alunos e suas famílias. A responsabilidade da realização destes planos é da comunidade escolar devendo o município apoiar a sua realização (suportado pela entidade regional), estabelecendo-se como parceiro na pesquisa e implementação das soluções resultantes. Ainda com o apoio da entidade supramunicipal deverá contribuir para a disseminação deste tipo de procedimentos no contexto concelhio. Planos de Mobilidade de Empresas e Polos (PMEP) Planos de âmbito local centrados em polos geradores de viagem relevantes de natureza vária, visando desenvolver soluções materiais e imateriais que contribuam para a Polos Industriais/Empresariais: Zona Industrial de Lousado (Continental Mabor) Zona Industrial de Pousada de Saramagos (Riopele) apoiar as organizações na gestão mais eficiente da mobilidade induzida pela sua atividade, através do desenvolvimento e implementação de um conjunto integrado de medidas ajustadas às características de cada empresa ou polo, ao perfil de atividade, às suas exigências e às necessidades específicas de deslocação dos seus colaboradores, visitantes e fornecedores A responsabilidade da realização destes planos é da entidade gestora desse polo devendo o município apoiar a sua realização (suportado pela entidade regional) estabelecendo-se como parceiro na pesquisa e implementação das soluções resultantes. Ainda com o apoio da entidade supramunicipal deverá contribuir para a disseminação deste tipo de procedimentos no contexto concelhio. Projetos Piloto Equipamentos: Centro Hospitalar do Médio Ave, E.P.E. – Unidade de Famalicão Relatório das Opções do Plano 147 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU GIPP, Lda. Plano de Sinalização e Encaminhamento (PSE) Plano de âmbito concelhio devidamente concertado com Âmbito concelhio os concelhos adjacentes. Pretende-se clarificar as relações de hierarquia das diferentes vias que se traduz numa utilização mais adequada às funções estabelecidas para cada via e organizar de uma forma coerente e normalizada ao nível regional os percursos preferenciais aos principais polos de atração de viagens e pontos de interesse do território. Assenta na definição duma hierarquia de nós de relevância para os percursos de encaminhamento intimamente ligados à hierarquia da rede viária e na definição de uma hierarquia de destinos estabelecida em função do contexto onde estes se localizam e da importância reconhecida que o gerador de viagens exerça. Plano de Mobilidade e Transportes Municipal (PMT) Plano de âmbito concelhio cuja Âmbito concelhio com particular incidência nos espaços urbanos, corredores mais realização será da exclusiva congestionados e outras zonas com problemas específicos de mobilidade e responsabilidade do município, transportes. sendo porém relevante a sua articulação com todos os stakeholders. Serão de destacar neste no caso específico de Vila Nova de Famalicão, considera-se que deverá ser dada particular atenção à sede de concelho, não se limitando às zonas urbanas centrais, mas também aos espaços peri-urbanos de enquadramento. Visa detalhar à escala do Deverão ser alargados também ao aos núcleos secundários de Lousado/Ribeirão e concelho as várias temáticas já Joane, devendo ser dada particular atenção ao corredor da ER206. abordadas no EMIQuadrilátero à escala do concelho, possibilitando um maior desenvolvimento das estratégias aqui apontadas. Neste contexto deverá ser dada a necessária atenção à operacionalidade viária e seus impactes em termos do desempenho do transporte coletivo e articulação com as infraestruturas cicláveis que se encontram previstas ou outros espaços de partilha com modos suaves (ex: medidas de moderação, zonas 30, etc), bem como os impactes da concretização das vias previstas no âmbito da rede estruturante. No caso específico do transporte coletivo, particular atenção deverá ser dada à aferição do desempenho da rede de transportes urbanos de Vila Nova de Famalicão, bem como aos serviços proporcionados nos territórios para quais se propõe a flexibilização do transporte coletivo. Em particular, a reformulação dos serviços na envolvente a Joane, associada à criação de um ponto de interface rodoviário secundário deverão ser objeto de análise mais aprofundada. A temática do estacionamento, fundamentalmente no que se refere à possibilidade de alargar o regime de tarifação no espaço urbano central da sede de concelho e suas implicações nas políticas de estacionamento do município, será igualmente um aspeto a revisitar. Relatório das Opções do Plano 148 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU GIPP, Lda. 4.1.6.2 Infraestruturas Hidráulicas 4.1.6.2.A Rede de Abastecimento de Água O primeiro Plano Geral de Abastecimento de Água ao Concelho foi elaborado durante o ano de 1988 e serviu de base à elaboração do Plano Diretor Municipal aprovado em Setembro de 1994. Esse Plano apoiava-se nas origens de água existentes que eram Pedome (1.ª Origem), Louro (2.ª Origem) e Lages-Fradelos (3.ª Origem). Esta última terá logo sido abandonada pela má qualidade da água encontrada. Com o aparecimento de “Águas do Cavado”, toda a filosofia em relação a origens de água foi alterada, tendo como chave uma única origem (Rio Cávado), sendo então encerradas as captações existentes. Para tratar a água proveniente do Rio Cávado, foi projetada e instalada a Estação de Tratamento de Água de Pré-Exploração (ETAPE). Inicialmente a ETAPE abastecia os concelhos de Vila do Conde e Póvoa de Varzim, tendo sido depois expandida a sua capacidade de modo a ser possível também o abastecimento a V. N. de Famalicão. Foi dimensionada para uma capacidade útil diária máxima de 20 000m³, mais tarde ampliada para 32 000m³. Em Janeiro de 2000 arrancou a Estação de Tratamento de Água de Areias de Vilar, com capacidade nominal máxima de 160 000 m³/dia e responsável pelo abastecimento em alta aos Municípios de V. N. de Famalicão, Esposende, Barcelos, Póvoa de Varzim, Vila do Conde, Santo Tirso, Trofa e Maia (Norte). Com a colaboração estreita da empresa “Águas do Cavado”, foi mandado elaborar um novo “Plano Geral de Abastecimento de Água ao Concelho de V. N. de Famalicão”, finalizado em Abril de 1999. A partir daí, toda a orientação se deu no sentido das adutoras principais a instalar ou já instaladas no Município pela “AdC”, tendo sempre em conta os sistemas de distribuição existentes e, muito em especial os Reservatórios. O início do abastecimento ao Município de V. N. de Famalicão, através de “Adc”, data de Junho de 1999. Durante a vigência do PDM 1994, foi instalado o Sistema Multimunicipal das Águas do Cavado, SA. O Município passou a ser abastecido da seguinte forma: - A adutora principal entra pela E.N. 204 vinda de Barcelos e vai até aos Reservatórios principais em Barradas com capacidade de reserva de 5 000 m³. Daqui saem duas sub- Relatório das Opções do Plano 149 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU GIPP, Lda. adutoras com destino a Cerite (todo o núcleo urbano da cidade e zona adjacente) e à parte Nascente do Município (Santa Tecla). - A adutora da Trofa e Santo Tirso que circula na E.N. 105, a Sul do Município, tem uma subadutora que passando o Rio Ave, vem colocar água nos Reservatórios de Fradelos, para abastecimento á parte Sul do Concelho, ao núcleo Fradelos, Ribeirão e Lousado. Os sistemas de abastecimento de água existentes, atualmente, são os constantes no quadro seguinte. Sistemas de Abastecimento de Água SISTEMAS I - SISTEMA CERITE 1 - Zona Urbana da Cidade 2 – Zona Poente II - SISTEMA LEMENHE 3 – Zona Norte/Poente FREGUESIAS PARCIAL OU TOTALMENTE ABASTECIDAS Vila Nova de Famalicão, Calendário, Brufe, Gavião, Antas, Mouquim (sul), Abade de Vermoim (poente), Lousado (norte), Esmeriz, Cabeçudos, Outiz, Louro, Vilarinho das Cambas, Cavalões e Gondifelos. Nine, Lemenhe, Mouquim (norte), Arnoso Sta. Eulália (sul). 4 – Zona Norte Cruz, Jesufrei, Arnoso Sta. Maria (sul), Arnoso Sta. Eulália (norte) e Sezures (sul) III – SISTEMA SANTA TECLA Pedome, Oliveira Sta. Maria, Oliveira S. Mateus, Delães, Riba de Ave, Bairro, Carreira, Novais, Mogege e Castelões. 5 – Zona Urbana Nascente IV – SISTEMA JOANE, POUSADA, VERMOIM Joane, Pousada e Vermoim. 6 – Zona Nascente/Norte V – SISTEMA VALE S. MARTINHO Requião, Vale S. Martinho e Vale S. Cosme (sul). 7 – Zona Norte/Nascente VI – SISTEMA RUIVÃES, SEIDE 8 – Zona Sul/Nascente VII – SISTEMA RIBEIRÃO 9 – Zona Sul Ruivães, Bente, Landim, Seide S. Miguel, Seide S. Paio, Abade Vermoim (nascente), Lagoa e Avidos. Lousado (Sul), Ribeirão, Fradelos e Zona Industrial (Vilarinho, Lousado e Ribeirão) Desde 1990, das 35 freguesias que não tinham rede de abastecimento de água foram executadas redes novas em 32 freguesias: Bairro, Carreira, Novais, Mogege, Castelões, Vale S. Martinho, Vilarinho das Cambas, Louro, Outiz, Cavalões, Gondifelos, Arnoso St.ª Eulália (parte), Joane, Vermoim, Requião, Seide S. Miguel, Seide S. Paio, Pousada de Saramagos, Fradelos, Ribeirão, Cruz, Ruivães, Bente, Landim, Abade de Vermoim, Esmeriz, Cabeçudos, Lagoa, Avidos, Jesufrei, Arnoso Sta. Maria e Vale S. Cosme (sul). Para a cobertura total do Concelho, estão em falta as freguesias de Arnoso Santa Eulália (parte), Arnoso Santa Maria (parte), Sezures (parte), Vale S. Cosme (parte), Telhado e Portela, prevendo-se a sua execução a médio prazo (entre 5 a 10 anos). Relatório das Opções do Plano 150 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU GIPP, Lda. De acordo com os dados fornecidos pela Divisão de Ambiente com referência a Dezembro de 2013, existem 39.500 consumidores ativos, o que se traduz em 118.500 habitantes servidos com rede de distribuição (corresponde a 88,5% da população). Estima-se um número médio de 3 pessoas por fogo (valor resultante da relação entre o número de habitantes e de famílias por freguesia). Capacidade Armazenamento Reservatórios Municipais Lemenhe 300 m³ Nine (Coura) 350 m³ Nine (Fonte Cova) 100 m³ Brufe (Cerite) 3 000 m³ Calendário (Vitória) 500 m³ Gondifelos 70 m³ Cavalões 400 m³ Outiz (Gemunde) 1 000 m³ Outiz (Barroca) 1 500 m³ Lousado 1 050 m³ Ribeirão 1 500 m³ Vermoim 750 m³ Pousada de Saramagos 600 m³ Santa Tecla 3 000 m³ Delães 1 400 m³ Riba d’Ave 1 000 m³ Bairro 600 m³ Vale S. Martinho 1 500 m³ Capacidade Armazenamento Reservatórios “AdC” no Município Barradas/ Louro 5 000 m³ Lemenhe 1 500 m³ Joane 1 500 m³ Fradelos 750 m³ Jesufrei 500 m³ Ribeirão (Industrial) 50 m³ Ruivães 1 000 m³ Seide S. Miguel 1 000 m³ Sezures Relatório das Opções do Plano 500m³ 151 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU GIPP, Lda. Consumo médio diário por pontos de entrega Lemenhe 655 m³ Cerite 9 136 m³ Santa Tecla 2 767 m³ Joane 995 m³ Pousada de Saramagos 153 m³ Vale S. Martinho 915 m³ Vermoim 283 m³ Ribeirão 1 425 m³ Fradelos 1 011 m³ Lousado 719 m³ Lousado Zona Industrial 95 m³ Jesufrei 205 m³ Ruivães 329 m³ Seide 564 m³ Sezures Total do consumo médio diário 3 m³ 19 255 m³ Caracterização e extensão das adutoras A rede geral de adutoras é de construção recente (entre 10 e 20 anos), com diâmetros compreendidos entre DN125 e DN500. Os materiais de construção das condutas são Polietileno de Alta Densidade - PEAD nos diâmetros até 200mm, sendo utilizado o Ferro Fundido Dúctil - FFD nos diâmetros seguintes. A extensão total das adutoras é de 54 300m.l. Redes existentes, necessidades de reforço e substituição destas As redes existentes são na sua maioria de construção recente (cerca de 15 anos), construídas em PEAD e PVC Rígido, restando uma pequena área em Fibrocimento que necessita de ser substituída, por estar construída em material desadequado e com capacidades de distribuição esgotada. Essa área abrange apenas as freguesias de Nine, Lemenhe e a parte norte de Mouquim. Perdas de água Em Dezembro de 2013 verificou-se que a as perdas de água rondavam os 43%, pelo que se torna prioritário no reforço dos meios para a deteção de fugas. Relatório das Opções do Plano 152 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU GIPP, Lda. Qualidade da água de “Águas do Noroeste” A única origem de água para as redes coletivas do Concelho é de “Águas do Noroeste”. Quanto à qualidade, há informações periódicas do cumprimento integral das Normas Regulamentares, sendo também efetuadas análises complementares obrigatórias pelo Sector de Qualidade de Água da Divisão de Ambiente da Câmara Municipal. 4.1.6.2.B Rede de Saneamento Residual A atual Rede de Drenagem de Águas residual é fruto da junção das obras efetuadas pelo município, parte da rede do SIDVA (Sistema Integrado de Despoluição do Ave, que funciona apenas como rede recetora que permite encaminhar os afluentes para tratamento nas ETARS do SIDVA) e pelas pequenas redes que servem os loteamentos. Os dados a seguir apresentados referem-se às zonas cobertas pela rede construída pelo Município. A atual rede de esgotos (ver planta de infraestruturas) é totalmente independente da rede de águas pluviais, existindo uma caixa para cada rede e condutas diferentes. O material utilizado na construção da maioria das redes era o PVC Rígido com PN 4. Nas obras mais recentes está a ser utilizado o PPR de estrutura corrugada com SN8. A rede mais antiga existente no concelho encontra-se na zona urbana onde o material utilizado nas tubagens foi o grés cerâmico vidrado. A rede de drenagem de águas residuais não cobre a totalidade do concelho. No quadro seguinte encontra-se descriminado por freguesia a percentagem de população servida, os quilómetros e ligações á rede construída. A rede existente serve uma população aproximadamente de 96.770 habitantes que corresponde a 72,3% da população total. Relatório das Opções do Plano 153 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU GIPP, Lda. FREGUESIA POP. TOTAL (nº de pessoas) %POP. SERVIDA ESGOTOS (KM) LIGAÇÕES (unidades) Seide S. Miguel 1 150 48 7.500 176 1045 Delães 3 800 95 19.0 Fradelos 3 350 75 19.600 800 Joane 7 450 75 30.600 1668 Lousado 3750 80 27.900 1097 Mogege 1935 42 6.60 241 Riba d’Ave 3396 85 16.500 967 Ribeirão 8 298 85 49.000 1 623 Bente 962 17 1.200 53 Bairro 3 850 90 30.0 662 Castelões 1 743 30 2.200 148 Lagoa 909 40 2.600 116 Famalicão 8 200 100 Brufe 2 300 95 Calendário 10 700 95 114.1 11816 Núcleo Urbano Antas 5 400 100 Gavião 3 750 95 Abade Vermoim 351 40 1.000 45 Avidos 1411 68 5.800 299 Cabeçudos 1468 60 3.000 156 Carreira 1912 29 11.400 171 Cavalões 1462 69 10.887 335 Cruz 1633 90 15.200 300 Esmeriz 1930 81 11.000 472 Gondifelos 2118 81 3.200 194 Landim 2858 28 5.200 236 Lemenhe 1424 0.50 0.100 1 Novais 895 63 5.800 179 Outiz 943 0.41 0.300 1 Pedome 2234 53 12.200 344 Pousada de Saramagos 2016 66 8.000 412 Requião 3034 34 5.000 309 Ruivães 2117 6 4.900 309 Arnoso Sta. Eulália 1122 3 2.600 11 Arnoso Sta. Maria 1824 58 4.800 18 Vale S. Cosme 3054 12 7.200 101 Vale S. Martinho 1943 55 8.300 295 Oliveira S. Mateus 3075 54 15.600 567 Oliveira Sta. Maria 3091 92 24.600 860 Seide S. Paio 381 34 1.600 37 Vermoim 2893 46 11.200 435 Vilarinho das Cambas 1319 39 3.800 146 Louro 2 453 50 7.978 340 Nine 2 732 67 11.345 556 Mouquim 1 408 59 8.256 250 Jesufrei 66 90 7.600 200 Segundo os dados de Dezembro de 2013 Relatório das Opções do Plano 154 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU GIPP, Lda. Está prevista a conclusão da rede de drenagem de águas residuais, a médio prazo (entre 5 a 10 anos) das restantes freguesias do Vale do Rio Este, que corresponderá a uma cobertura de cerca de 80% do concelho. Em 2024, prevê-se que 95% da população do concelho ficará servida com rede de drenagem de águas residuais. TRATAMENTO DOS EFLUENTES Para tratamento dos efluentes existem três situações possíveis: - ETAR de Penices (SIDVA) - ETAR da Agra (SIDVA) - ETAR dos Loteamentos As águas residuais provenientes de toda a rede de coleta em funcionamento são tratadas no Sistema Integrado de Despoluição do Ave. Os loteamentos que possuem ETAR a funcionar têm os efluentes domésticos tratados pelas mesmas. Relativamente aos loteamentos, atualmente, estão a funcionar 8 ETARES. Designação Nº de habitantes 2011 População total 133 804 População total abrangida pela área do SIDVA 133 804 População servida à rede de esgotos 96 770 A ETAR do lugar de Queimados, freguesia de Calendário, encontra-se desativada. Em algumas situações há a necessidade de construir estações elevatórias para permitir ligação à rede de esgotos, que serve uma dada zona, à rede geral. Atualmente existem 16 estações. Os fogos que não são servidos pela rede de esgotos utilizam as Fossas Sépticas para a eliminação das águas residuais. Em relação a este tipo de equipamento não existe um levantamento. Os dados existentes sobre estes equipamentos referem-se às fossas sépticas coletivas municipais. Atualmente encontram-se em funcionamento 9 fossas sépticas distribuídas por loteamentos/ruas, sem rede de drenagem. As análises aos efluentes domésticos que permitem verificar a eficiência dos tratamentos a que estes são submetidos, são realizados de acordo com a legislação nacional em vigor, recorrendo a laboratórios certificados e acreditados para o efeito. Relatório das Opções do Plano 155 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU GIPP, Lda. 4.1.6.3 Resíduos Resíduos Sólidos Durante a vigência do PDM foi instalado o SIRVA – Sistema Intermunicipal de Resíduos do Vale do Ave pela Associação de Municípios do Vale do Ave. O Sistema é composto por recolha indiferenciada, recolha seletiva (ecopontos e ecocentro), reciclagem orgânica, reciclagem multilateral (estação de compostagem) e confinante final (aterros sanitários). No que diz respeito aos resíduos sólidos urbanos, as alterações introduzidas em 2004 nos circuitos de recolha de lixo e os investimentos realizados, permitiram uma cobertura de cerca de 90% da área do município, com um serviço de recolha porta-a-porta, ou seja, a recolha é efetuada recorrendo a sacos plásticos devidamente fechados, colocados em frente a cada habitação ou, no caso de edifícios de habitação coletiva, dentro de “casas de resíduos”. Nos restantes 10% da área do município a recolha é efetuada utilizando pontos de recolha. Como existem ruas em que não é possível efetuar a recolha porta-a-porta são escolhidos pontos onde, dentro do horário de recolha, os munícipes podem colocar os seus resíduos, normalmente no início da rua ou travessa. Um dos circuitos de recolha é específico para recolha de resíduos industriais equiparados a domésticos. Atualmente são recolhidos os resíduos em 86 empresas. Esta recolha é efetuada através de contentores existentes nas empresas, com uma periodicidade mínima de uma recolha semanal. Os resíduos recolhidos até ao ano de 2004 tinham dois destinos finais possíveis: o tratamento por compostagem na CITRUS – Centro Integrado de Tratamento de Resíduos Sólidos Urbanos -, em Riba D` Ave, e parte depositados diretamente nos Aterros Sanitários de Gonça ou de Covelas. O Aterro Sanitário de Guimarães e o Aterro Sanitário de Santo Tirso, têm uma capacidade de 800 mil metros cúbicos. A CITRUS é constituída por duas áreas distintas. Numa zona encontra-se a ETRSU – Estação de tratamento de Resíduos Sólidos Urbanos -, com aproximadamente 20 ha, que trata os resíduos sólidos urbanos através de um processo de compostagem. O produto final é designado por composto, o qual é comercializado e utilizado na agricultura. A ETRSU tem uma capacidade de 142 mil toneladas por ano, sendo responsável pelo aproveitamento de 35% dos resíduos encaminhados. Numa outra zona encontra-se a Estação de Triagem, onde os resíduos recicláveis são separados para serem encaminhados para as fileiras da Sociedade Ponto verde. Esta zona tem uma área de aproximadamente 1,5 ha. Relatório das Opções do Plano 156 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU GIPP, Lda. Para a recolha seletiva dos resíduos sólidos urbanos existem, no município de Vila Nova de Famalicão, vários ecopontos e 1 ecocentro (ver planta em anexo). A Recolha Seletiva neste concelho teve duas fases. Inicialmente, em 1987, começou-se por recolher apenas o vidro e, a partir de Setembro de 2000, com a colocação de ecopontos por todo o concelho a recolha passou a ser de Papel/cartão, plástico/metal e de vidro. Atualmente existem, distribuídos por todas as freguesias do concelho, 363 ecopontos, 11 ecopontos subterrâneos e 137 vidrões, o que permite que exista um rácio de um ecoponto para 357 habitantes. Depois dos serviços da Câmara Municipal recolherem as embalagens, elas são conduzidos para a Resinorte, para serem separadas e colocadas em fardos, e depois entregues nas fileiras da Sociedade Ponto Verde. O serviço disponibilizado pela Câmara Municipal para recolha dos “Monstros Domésticos” recolhe objetos provenientes do interior das habitações, por exemplo colchões, sofás, mobília, máquinas de lavar, frigoríficos entre outros eletrodomésticos fora de uso. A recolha destes objetos é realizada durante a semana, de terça a Sexta-feira, durante a tarde. Este serviço é totalmente gratuito, desde a chamada à recolha. Os materiais ferrosos são entregues a empresas de reciclagem, a madeira é colocada no madeirão do ecocentro, os colchões são desmantelados para separar as molas dos resíduos têxteis e esponja, e os materiais que não são passíveis de ser reciclados são levados para o aterro. Para este tipo de materiais existe ainda à disposição dos munícipes um ecocentro em Esmeriz, também gratuito. Relatório das Opções do Plano 157 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU GIPP, Lda. A utilização deste ecocentro pelos particulares só pode ser efetuada mediante a apresentação de um comprovativo de residência no Município de Famalicão, por exemplo, o Bilhete de Identidade. Os comerciantes e industriais também se podem servir do ecocentro de Esmeriz, necessitando de um pedido de autorização a realizar à AMAVE, em impresso próprio para o efeito, o qual se pode obter na AMAVE ou no Departamento do Ambiente da Câmara Municipal de V. N. de Famalicão. Após a verificação e avaliação do pedido de autorização, e se não forem detetadas falhas, procede-se à emissão de uma Autorização de Descarga Pontual que será substituído por um certificado de Aceitação para o ano civil vigente. Relativamente à limpeza urbana, ela é efetuada no perímetro urbano e nas 3 vilas do concelho, com o recurso a quatro varredoras mecânicas. Na zona urbana o serviço é diário e funciona durante o horário noturno. Na freguesia de Joane o serviço funciona à Segunda e Quinta-Feira,; em Riba d’Ave à Terça e Sexta-Feira; na freguesia de Ribeirão à Quarta-Feira e Sábado, sempre em horário diurno. Na zona urbana, em ruas onde é difícil o acesso às varredoras, há uma equipa de elementos que efetua o trabalho manualmente (com carrinhos de limpeza). Em síntese, podemos afirmar que o concelho é bem servido de infraestruturas, com exceção para o saneamento, facto que está a ser colmatado, estimando-se que chegue aos 100% em 2018. Relatório das Opções do Plano 158 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU 4.2 GIPP, Lda. CLASSIFICAÇÃO E QUALIFICAÇÃO DO SOLO Em função do uso dominante, das características morfo-tipológicas e do grau de infraestruturação, o solo urbano e rural integram um conjunto de categorias e subcategorias CLASSIFICAÇÃO identificadas na Planta de Ordenamento – Qualificação do Solo e nos quadros seguintes: .Inserção no modelo de organização do sistema urbano municipal. .Existência ou previsão de aglomeração de edifícios, população e atividades geradora de fluxos de pessoas e bens. .Existência ou garantia de provisão, no horizonte do PMOT, de infraestruturas urbanas e de prestação dos serviços associados, compreendendo, no mínimo, os sistemas de transportes públicos, de abastecimento de água. .Garantia de acesso da população residente aos equipamentos que satisfaçam as suas necessidades coletivas fundamentais. QUALIFICAÇÃO URBANO .As categorias funcionais são estabelecidas com base na utilização dominante e em características morfotipológicas de organização do espaço. Relatório das Opções do Plano As categorias operativas são estabelecidas para efeitos de execução do PMOT, com base no grau de urbanização do solo, no grau de consolidação morfo- tipológica e na programação da urbanização e da edificação. 159 MAIO 2015 CLASSIFICAÇÃO C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU .Reconhecida aptidão para aproveitamento agrícola, pecuário e florestal ou de recursos geológicos. .Ocorrência de recursos e valores naturais, ambientais, culturais ou paisagísticos, designadamente os identificados e salvaguardados ao abrigo dos planos regionais ou dos planos especiais de ordenamento do território, bem como os que se encontrem em áreas protegidas. GIPP, Lda. .Ocorrência de riscos naturais ou tecnológicos ou de outros fatores de perturbação ambiental, de segurança ou de saúde públicas, incompatíveis com a integração em solo urbano. .Localização de equipamentos, estruturas, infraestruturas e sistemas indispensáveis à defesa nacional, segurança e proteção civil incompatíveis com a integração em solo urbano. .Afetação a infraestruturas, equipamentos ou outros tipos de ocupação humana que não confiram o estatuto de solo urbano. QUALIFICAÇÃO RURAL .Compatibilidade com as opções dos planos regionais de ordenamento do território, designadamente no respeitante à ERPVA, ao ordenamento agrícola e florestal, ao ordenamento dos recursos geológicos e ao desenvolvimento de atividades económicas admitidas em espaço rural, e com as opções dos planos setoriais com incidência no territorial. .Conformidade com os planos especiais de ordenamento do território e com os regimes jurídicos de proteção, conservação e valorização dos recursos naturais. Relatório das Opções do Plano .Salvaguarda e aproveitamento das áreas afetas a usos agrícolas e florestais, à exploração de recursos geológicos e à conservação de recursos e valores naturais, ambientais, culturais e paisagísticos, bem como a proteção face à ocorrência de riscos naturais ou tecnológicos. 160 .Aproveitamento multifuncional dos espaços rurais, com acolhimento de atividades que contribuam para a sua diversificação e dinamização económica e social, salvaguardando a sustentabilidade ambiental e paisagística desses espaços. .Enquadramento de equipamentos, estruturas, infraestruturas e sistemas que não implicam a classificação como solo urbano. MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU 4.3 GIPP, Lda. QUALIFICAÇÃO FUNCIONAL Ao abrigo do disposto no RJIGT o PDM “estabelece a estratégia de desenvolvimento territorial, a política municipal de ordenamento do território e de urbanismo e as demais políticas urbanas, integra e articula as orientações estabelecidas pelos instrumentos de gestão territorial de âmbito nacional e regional e estabelece o modelo de organização espacial do território municipal” (n.º 1 do artigo 84º). Neste sentido, a Planta de Ordenamento, como elemento constituinte do PDM, “representa o modelo de organização espacial do território municipal, de acordo com os sistemas estruturantes e a classificação e qualificação dos solos e ainda as unidades operativas de planeamento e gestão definidas” (alínea b) do n.º 1 do artigo 86º do RJIGT). A Planta de Ordenamento do PDM de Vila Nova de Famalicão reflete o modelo de estruturação espacial adotado para o território municipal e definido em acordo com os objetivos estratégicos já mencionados. Este modelo de estruturação espacial do território municipal assenta na classificação do solo e respetivo desenvolvimento através da qualificação do mesmo. O território municipal assenta na distinção básica entre solo rural e solo urbano, tal como analisado anteriormente e da qualificação do solo que regulamenta o aproveitamento dos terrenos em função da atividade dominante que neles possa ser efetuada ou desenvolvida, estabelecendo os respetivos usos e edificabilidade. Assim, por “Solo Rural” entende-se aquele terreno para o qual é reconhecida vocação para o aproveitamento dos recursos agrícolas, pecuários, florestais e minerais, e para proteção de todos os espaços de ocorrência dos ecossistemas naturais, os espaços públicos de lazer, os equipamentos e as infraestruturas, que não lhe confiram o estatuto de solo urbano. Pelo contrário, entende-se por “Solo Urbano” aquele para o qual é reconhecida vocação para o processo de urbanização e de edificação, integrando os espaços urbanizados e os urbanizáveis. Transversalmente são considerados os Espaços Canal que abrangem tanto o Solo Urbano como Rural. De acordo com o previsto no RJIGT e no estabelecido no Decreto Regulamentar N.º 11/2009, de 29 de maio, na qualificação do solo urbano deve ser incluída uma categoria de espaço denominada de “Espaço verde urbano” correspondente a áreas com funções de equilíbrio ecológico e de acolhimento de atividades ao ar livre de recreio, lazer, desporto e cultura, agrícolas ou florestais, coincidindo no todo ou em parte com a estrutura ecológica municipal em solo urbano. Relatório das Opções do Plano 161 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU GIPP, Lda. Relativamente à qualificação do solo esta processa-se através da integração em diferentes espaços e categorias de espaço, segundo a distinção em solo rural e urbano. Desta forma, a matriz de classificação e qualificação funcional e operativa para o Concelho de Vila Nova de Famalicão, resulta no seguinte: Qualificação Funcional e Operativa do Solo - quadro de áreas Versão final da revisão do PDM de Vila Nova de Famalicão Na Após Discussão Pública Discussão Pública Área (ha) Espaço Agrícola -67,5 7.694,50 38,2 3,8 42,4 0,2 45,3 0,2 2,9 45,3 0,2 0,0 2.120,70 10,5 2.072,60 10,3 -48,1 2.074,20 10,3 1,6 1819,0 9,0 1844,9 9,2 25,9 1.845,90 9,2 1,0 15,4 0,1 15,4 0,1 0 15,4 0,1 0,0 250,8 1,2 245,7 1,2 -5,1 246,3 1,2 0,6 4.205,90 20,8 4.183,40 20,8 -22,5 4.181,80 20,7 -1,6 12.006,50 59,5 11.919,30 59,1 -87,2 11.921,60 59,1 2,3 466,7 2,3 470,8 2,3 4,1 470,8 2,3 0,0 Espaço Residencial 3.746,20 18,5 3.716,00 18,4 -30,2 3.713,5 18,4 -2,5 Espaço Residencial de Baixa Densidade 1.248,80 6,2 1.280,60 6,4 31,8 1.277,8 6,3 -2,8 Espaço de Atividades Económicas Urbanizado 667,6 3,3 602,1 3,0 -65,5 601,1 3,0 -1,0 Equipamento 147,2 0,7 152,6 0,8 5,4 153,1 0,8 0,5 82,4 0,4 87,1 0,4 4,7 87,4 0,4 0,3 116,7 0,6 112 0,6 -4,7 112,5 0,6 0,5 6.475,60 32,1 6.426,00 31,9 -49,6 6.416,2 31,8 -9,8 Espaço Central Urbanizável 115,8 0,6 113,8 0,6 -2 117,7 0,6 3,9 Espaço Residencial Urbanizável 321,5 1,7 382,7 1,9 61,2 377,0 1,9 -5,7 Espaço de Atividades Económicas Urbanizável 340,7 1,7 427,7 2,1 87,0 427,7 2,1 0,0 778 3,9 914,7 4,5 136,7 922,4 4,6 7,7 7.253,60 36 7.340,70 36,4 87,1 7.338,60 36,4 -2,1 899,2 4,5 899,3 4,5 0,1 899,1 4,5 -0,2 20.159,30 100,0 20.159,30 100,0 0,0 20.159,30 100,0 0,0 Espaço Central Urbanizado Espaço Verde de Enquadramento Espaço Verde Publico SUB-TOTAL SUB-TOTAL SUB-TOTAL SOLO RURAL/ SOLO URBANO % do concelho 38,1 SUB-TOTAL URBANIZÁVEL Área (ha) 7.690,70 SUB-TOTAL SOLO URBANO % do concelho Diferença (ha) 38,5 Espaço Florestal de Produção Espaço Florestal de Proteção Espaço de Exploração de Espaços Recursos Florestais Geológicos Espaço Florestal de Recreio, Enquadrament o e Estética da Paisagem URBANIZADO Área (ha) Concertação ICNF 7.758,20 Aglomerado Rural SOLO RURAL % do concelho Versão Final - Após Diferença (ha) Espaço Canal/ Áreas Técnicas TOTAL Relatório das Opções do Plano 162 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU GIPP, Lda. 4.3.1 Solo Rural O solo rural visa a proteção e o aproveitamento dos recursos naturais, agrícolas, florestais e geológicos e destina-se ao desenvolvimento das funções produtivas em função da aptidão do solo e à conservação dos ecossistemas e valores naturais e culturais (património arquitetónico e arqueológico) que garantam a biodiversidade e a integridade biofísica natural e antrópica fundamental do território, devendo a edificação no solo rural restringirse ao indispensável. Em função da sua aptidão e uso atual, o solo rural inclui um conjunto de categorias e subcategorias, assumindo, no entanto, os espaços agrícolas e florestais a base fundamental para o aproveitamento de um leque mais vasto de recursos e para o desenvolvimento das atividades complementares e compatíveis com as atividades agrícolas, pecuárias e florestais, que permitam a diversificação e dinamização social e económica do espaço rural. As ações de ocupação, uso e transformação no solo rural, incluindo as práticas agrícolas e florestais, devem ter em conta a presença dos valores naturais e paisagísticos que interessa preservar e qualificar, com vista à manutenção do equilíbrio ecológico, devendo optar pela utilização de tecnologias ambientalmente sustentáveis. 4.3.A. Espaços Agrícolas Os espaços agrícolas englobam as áreas agrícolas de elevada fertilidade, integradas na RAN, bem como os solos de aptidão marginal envolventes, visam proteger o solo como recurso natural escasso e a manutenção e desenvolvimento do potencial produtivo No regulamento está previsto que os espaços agrícolas possam ainda acolher outras atividades complementares compatíveis ou potenciadoras do aproveitamento dos recursos em presença. 4.3.B. Espaços Florestais Os espaços florestais são áreas de uso ou de vocação florestal dominante, destinados prioritariamente ao aproveitamento dos recursos florestais e à salvaguarda do seu valor ambiental e paisagístico, assegurando a permanência da silvicultura, bem como da estrutura verde e do papel que desempenha na promoção das atividades de recreio e lazer e na identidade do território. Os espaços florestais compreendem as seguintes subcategorias: • Espaços florestais de proteção – correspondem a áreas que coincidem com a Reserva Ecológica Nacional, de uso ou vocação florestal mais sensíveis devido à ocorrência de fatores de risco de erosão, contribuindo para a manutenção das geocenoses e das infraestruturas antrópicas. Engloba a proteção da rede Relatório das Opções do Plano 163 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU GIPP, Lda. hidrográfica e a proteção contra a erosão eólica e hídrica, as cheias, a proteção microclimática e ambiental; • Espaços florestais de produção – compreendem os solos florestais onde não ocorrem condicionantes biofísicas significativas, restrição ou salvaguarda específica ao seu uso, integrando também terrenos incultos ou com mato permitindo deste modo uma maior capacidade de exploração. • Espaços florestais de recreio, enquadramento e estética da paisagem – compreendem os solos florestais que acompanham os locais de devoção religiosa, ou de proeminência visual e ainda a espaços de enquadramento e com interesse lúdico, cultural ou paisagístico, contribuindo para o bem-estar físico, psíquico, espiritual e social dos cidadãos. Engloba ainda o enquadramento de aglomerados populacionais urbanos e monumentos, o enquadramento de infraestruturas e de estruturas de recreio e lazer. 4.3.C. Espaços de exploração de recursos geológicos Nesta categoria de espaço incluem-se as áreas de salvaguarda e valorização de recursos naturais e geológicos de acordo com a legislação em vigor e estão identificados na Planta de Ordenamento I - Qualificação funcional e operativa e na Planta de Ordenamento II Património e salvaguarda, sendo sobreponível a outras categorias de espaço. Esta categoria abrange: Área de exploração consolidada – correspondendo à área de exploração de massas minerais, incluindo as áreas de apoio (instalações e depósitos das substâncias extraídas); Área de exploração complementar – correspondendo à área adjacente à área de exploração consolidada que poderá ser ocupada mediante o esgotamento das reservas disponíveis e após recuperação paisagística da área consolidada. Áreas Potenciais de Exploração – correspondendo às áreas identificadas na Planta de Ordenamento III- Salvaguardas e inclui as áreas de prospeção e pesquisa de vários tipos de depósitos minerais, que podem estar coincidentes com o solo rural ou urbano. 4.3.D. Aglomerados Rurais Os aglomerados rurais são pequenos núcleos populacionais consolidados com funções residenciais e de apoio a atividades processadas em solo rural e que pela sua dimensão, características morfológicas ou nível de infraestruturação não reúnem condições para integrarem o solo urbano. Relatório das Opções do Plano 164 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU GIPP, Lda. Nos aglomerados rurais são permitidos, além do uso residencial, usos complementares às atividades agrícola e pecuária, desde que compatíveis com a função dominante, tais como equipamentos, serviços, comércio de apoio e empreendimentos de turismo no espaço rural e de turismo de habitação, desde que os edifícios se enquadrem tipo-morfologicamente na envolvente. 4.3.2 Solo Urbano Em função do uso dominante e das características morfo-tipológicas, o solo urbano integra as seguintes categorias funcionais: • Espaço central; • Espaço residencial; • Espaços residencial de baixa densidade; • Espaço de uso equipamentos; • Espaços de atividades económicas; • Espaço verde público; • Espaço verde de enquadramento. 4.3.E. Espaços Centrais Os espaços centrais correspondem às áreas que desempenham funções de centralidade e gruas de estruturação mais elevados e complexos, geradores de fluxos significativos de população, bens e serviços. Nestes espaços privilegia-se a requalificação e o acréscimo de espaço público, bem como o incremento de funções terciárias e de equipamentos, sem prejuízo da indispensável manutenção da função habitacional, preferencialmente em tipologias de usos mistos ou multifamiliares, admitindo-se ainda, usos industriais, de armazenagem ou outros, desde que compatíveis com a função habitacional. 4.3.F. Espaços Residenciais Os espaços residenciais caraterizam-se por ter uma malha estruturada ou estrutural, cuja ocupação dominante é do tipo habitacional. Relatório das Opções do Plano 165 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU GIPP, Lda. Integram estes espaços, as áreas que em função das tipologias e morfologias dominantes devem ser consolidadas preferencialmente com ocupação do tipo residencial e funções complementares de comércio e serviços de proximidade. Nestes espaços são permitidos, além do uso residencial (uni e multifamiliar), usos complementares, desde que compatíveis com a função dominante, tais como comércio e serviços. São admitidos outros usos, desde que compatíveis com os usos dominantes. 4.3.G. Espaços residenciais de baixa densidade Os espaços residenciais de baixa densidade correspondem zonas urbanas de génese rural, cuja morfologia está associada à atividade agrícola e a formas de divisão da propriedade essencialmente orgânicas e adaptadas às características do território, ocupadas por tipologias construtivas de moradias unifamiliar de 1 ou 2 pisos. São espaços sensíveis de transição para os espaços rurais, onde o edifício principal surge frequentemente implantado no confronto com o espaço público viário, sem dominância de alinhamentos. Nestes espaços são permitidos, além do uso residencial, usos complementares, tais como os serviços ou o comércio de proximidade, empreendimentos de turismo e outros usos desde que compatíveis. 4.3.H. Espaços de Uso Especial – Equipamentos Os espaços de equipamentos correspondem a espaços que pela sua localização, dimensão e relação com os sistemas de estruturação territorial, têm um papel fundamental no reforço, equilíbrio e qualificação dos tecidos urbanos, assumindo neste contexto um valor estruturante e potencialmente identitário do território. Estão vocacionados para a instalação de equipamentos de interesse coletivo, públicos, cooperativos ou privados. 4.3.I. Espaços de Atividades Económicas Os espaços de atividades económicas são áreas com caraterísticas especiais, topografia e localização privilegiada em relação às redes de comunicação e transportes, que revelam maior aptidão para a instalação de atividades económicas, produtivas ou de consumo, contribuindo a sua concentração para a criação de sinergias importantes para a competitividade. São áreas destinadas preferencialmente a atividades dos sectores da indústria, da armazenagem e logística. Admitem-se os usos complementares, nomeadamente, de âmbito desportivo e recreativo, social, comercial, ou de serviços e restauração ou os compatíveis com os usos dominantes, designadamente, de hotelaria e diversão. Relatório das Opções do Plano 166 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU GIPP, Lda. 4.3.J. Espaço Verde Público O espaço verde de uso público corresponde a áreas de jardins, praças e parques públicos que desempenham um importante papel na estruturação e equilíbrio dos tecidos urbanos e na qualidade de vida das populações. Estes espaços destinam-se a usos culturais e turísticos bem como a usos desportivos, de recreio e lazer, não devendo ter outros usos, salvo quando resultem de ações ou planos de reestruturação e requalificação urbana, integrados em planos de pormenor ou de urbanização. 4.3.K. Espaço Verde de Enquadramento Os espaços verdes de enquadramento são espaços livres de separação entre diferentes usos do solo e de integração paisagística e visual das infraestruturas. Estas áreas devem ser ocupadas preferencialmente por vegetação autóctone, com características adequadas à função do local. 4.3.3 Solo Urbanizável No solo urbanizável estão integradas as categorias funcionais, onde são permitidos os usos previstos no capítulo referente ao solo urbanizado, de acordo com as respetivas categorias e subcategorias de espaço a seguir discriminadas: • Espaço central; • Espaço residencial; • Espaço de atividades económicas. Estes espaços correspondem a áreas de expansão urbana, podendo estar integrados em áreas de sujeitas a Unidades de Execução ou áreas integradas em Unidades Operativas de Planeamento e Gestão (UOPG) a executar de acordo com os objetivos, parâmetros e formas de concretização estabelecidos no Título VII do regulamento do plano. 4.3.4 Perímetros propostos face aos perímetros em vigor A metodologia de delimitação dos perímetros urbanos descrita no capítulo anterior permitiu redefinir os perímetros urbanos de uma forma mais ajustada à realidade concelhia e ao próprio território (ver tabela seguinte). Este exercício conduziu a uma redução dos perímetros urbanos em vigor, destacando-se ainda um aumento considerável dos Espaços de Atividades Económicas, bem como do Espaço Verde Urbano. Relatório das Opções do Plano 167 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão DOGU/DOTPU GIPP, Lda. De salientar que, nos cálculos efetuados para o PDM de 1994, à área total dos perímetros em vigor, retirou-se uma percentagem de 25.2% para espaços canais, que corresponde ao peso dos espaços urbanos existentes à data. Perímetros propostos face aos perímetros em vigor PDM 1994 PROPOSTA VARIAÇÃO Área (ha) % do total Área (ha) % do total Área (ha) % do total Urbano1 6490,7 32.2 6109.9 30.3 -380.8 -1.9 Industrial 642,9 3,2 1028.8 5.1 385.9 1.9 Verde Urbano 87,8 0,4 199.9 1.0 112.0 0.6 TOTAL 7221,4 35,8 7338.6 36.4 117.2 0.6 1 Em 1994: Espaços de Aglomerado, Espaços de Expansão e Equipamentos (soma das três áreas referidas subtraindo 226,6 ha para os espaços canais contidos nos espaços de aglomerado); Em 2014: Espaços Urbanizados, Espaços Urbanizáveis, Equipamentos, com exceção do Espaço Verde de Enquadramento E Espaço Verde Público, não incluindo espaços canais. Relatório das Opções do Plano 168 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão/DOGU/DOTPU GIPP, Lda. 5. A EXECUÇÃO DO PLANO 5.1 PROGRAMA DE EXECUÇÃO E FINANCIAMENTO 5.1.1 Introdução O Decreto-lei nº 380/99 de 22 de Setembro, com as alterações subsequentes, prevê a definição de Unidades Operativas de Planeamento e Gestão para efeitos de programação da execução do plano, assim como a identificação dos sistemas de execução do plano e a programação dos investimentos públicos associados e a sua articulação com os investimentos privados. A importância que a programação de um plano assume traduz-se pela sua eficácia no terreno, através de uma sequência orientada pela importância e motricidade que cada uma das ações identificadas para a execução do plano tem relativamente às outras e a influência na envolvente. A programação e execução das ações encontra-se descrita no presente relatório e documentos anexos, tendo sido vertida na Planta de Ordenamento, através de Unidades Operativas de Planeamento e Gestão e da proposta da sua localização preferencial, de acordo com o artigo 86º, ponto 1 alínea b) do Decreto-lei nº 380/99 de 22 de Setembro com a atual redação. A programação, a execução, assim como o seu financiamento, de acordo com o referido Decreto-lei, são definidas no “Programa de Execução”, previsto na sua línea d) do ponto 1 do art.º 86º, que estabelece ainda, os meios previstos de financiamento das ações e as entidades envolvidas. Neste contexto surge o presente documento, que numa primeira parte estabelece quais os instrumentos de execução a utilizar nas ações propostas, assim como o seu grau de prioridade e entidades envolvidas/possíveis de envolver no processo e na segunda parte aponta possíveis financiamentos para a sua execução. A programação do plano é fundamental para o desenvolvimento do território de modo sustentável, intervindo onde é necessário, e em tempo útil, revestindo-se, assim de um triplo significado: a programação funcional, a programação espacial e a programação temporal. Esta é, sem dúvida, uma responsabilidade do estado, como entidade idónea que melhor gere o interesse público. O Programa de Execução apresenta as intervenções/projetos/ações que são diretamente uma incumbência do próprio município no âmbito da implementação do Plano, designadamente as decorrentes da Planta de Ordenamento, consubstanciadas na Planta de Qualificação Funcional e Operativa do Solo. Esta tarefa de execução das diferentes iniciativas poderá ser exercida isoladamente ou em parceria: público-privada ou públicaRelatório das Opções do Plano 169 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão/DOGU/DOTPU GIPP, Lda. pública. As restantes ações, que não são da responsabilidade do município, embora algumas delas de grande interesse para o seu desenvolvimento, por não estarem diretamente dependentes do seu governo, e por isso fugirem do seu controle, não foram consideradas nesta programação/execução. O Plano de Financiamento descreve algumas das formas de financiamento a que esta Autarquia poderá recorrer para a exequibilidade das propostas apresentadas no Plano, para além das previstas e associadas aos sistemas de execução estabelecidos. 5.1.2 Programação do Plano 5.1.2.A. Definição de Ações A definição das ações a considerar para a Programação/Execução do Plano Diretor Municipal de Vila Nova de Famalicão teve em conta um conjunto significativo de investimentos para todas as freguesias do Concelho, organizando-se em seis domínios/ grupos de intervenção: Equipamentos, Ambiente, Estrutura Viária, Infraestruturas Urbanas, Atividades Económicas e Tecnologias de Informação e Comunicação. Em cada um dos domínios foram selecionados as ações que, pela sua importância e pelas necessidades verificadas, importam concretizar na aplicação do Plano Diretor Municipal. Estas propostas apresentam-se como ações de carácter executório, correspondendo à realização física das propostas apresentadas. A seleção das ações foi realizada com base em documentos específicos relativos à área em que se enquadram, nomeadamente no previsto pela Carta Educativa e posteriores monitorizações, no desporto foram consultados os documentos base para elaboração da Carta Desportiva, foram consultadas Juntas de Freguesia, e calculadas as necessidades de equipamentos com base nas diretivas da Direção Geral do Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano, estabelecidas pelas Normas para a Programação e Caracterização dos Equipamentos Coletivos (DGOTDU, Maio 2002). 5.1.2.A.1 Equipamentos Coletivos Ao nível dos equipamentos a prioridade vai para a cobertura das necessidades do concelho quer ao nível da educação, desporto, cultura, ação social, saúde, património e recreio e lazer. Nos equipamentos escolares a prioridade é dada pela Carta Educativa, aprovada pelo Ministério de Educação, em 2007, e posteriores monitorizações, sustentada também pelo Programa de Modernização do Parque Escolar e pelo Programa Nacional de Requalificação das Escolas Básicas, que têm como objetivos interromper o ciclo de degradação de alguns estabelecimentos escolares, corrigindo os problemas de construção existentes e melhorando as condições de adaptabilidade, segurança, acessibilidade e assegurar uma Relatório das Opções do Plano 170 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão/DOGU/DOTPU GIPP, Lda. melhor adequação às exigências pedagógicas e à diversificação das ofertas de educação e formação. Os equipamentos desportivos foram considerados com base na atual cobertura dos existentes, baseando-se aos crescimentos populacionais previstos e na possível articulação com outros equipamentos, como por exemplo as escolas. No entanto, sabendo que a previsão dos equipamentos deve ter em conta quer o desenvolvimento existente e previsto das modalidades contempladas, quer a futura rentabilidade económico-desportiva do equipamento, e tendo em consideração que as ações previstas na “Programação e Execução do Plano” são indicativa e, portanto, facultativas, entendeu-se considerar aquelas que terão importância no desenvolvimento previsto, sendo que se a necessidade o impuser, serão implementadas outras ações não contempladas no documento. Ao nível desportivo procurou-se o reforço do centro desportivo já existente, através da beneficiação do estádio e da criação de outras valências que se complementam e abrangem uma diversidade de modalidades. A ampliação do Museu do Surrealismo ou de novas bibliotecas são investimentos na área da cultura que, com mais ou menos prioridades se pretendem realizar no espaço temporal do Plano. No que respeita aos equipamentos de saúde, apesar de constituírem uma responsabilidade da Administração Central, a autarquia procurará disponibilizar terrenos para os equipamentos apontados como prioritários. O mesmo acontece com os equipamentos de ação social, na sua maioria de índole privada, mas que o município pretende ajudar na sua implementação. 5.1.2.B. Ambiente Em matéria de ambiente as grandes opções vão para a aposta na criação e requalificação de espaços verdes, tendo sido este processo iniciado com a construção do Parque da Devesa com a constituição de uma Parceria para a Regeneração Urbana, e cujo impacto no território (físico e social) tem sido relevante e indutor de novas dinâmicas. Por outro lado, no âmbito da eficiência e no consumo racional de recursos, tem sido promovida a melhoria da eficiência energética de edifícios públicos e a instalação de equipamentos de energias renováveis. Relatório das Opções do Plano 171 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão/DOGU/DOTPU 5.1.2.C. GIPP, Lda. Infraestruturas Urbanas Quanto à estrutura viária concelhia, e face às debilidades encontradas, considerou-se fulcral definir variantes às atuais Estradas Nacionais nos pontos de maior conflito e a requalificação de diversas vias.. Embora apontadas prioridades na execução das vias, estas deverão ser sempre ajustadas às necessidades sentidas e ao desenvolvimento do concelho. No que respeita ao abastecimento de água e saneamento, considera-se que o reforço das redes será concretizado, num primeiro plano, no sentido de acabar de cobrir as áreas urbanas que ainda não usufruem destas, e posteriormente, em função do desenvolvimento dos aglomerados, irão suprimir novas necessidades. 5.1.2.D. Atividades Económicas e Tecnologias de Informação e Comunicação A necessidade de superar a crise económica instalada e a aposta nas atividades económicas que poderão trazer mais-valias, no que se refere à exportação e à mão-de-obra de que necessitam, levam a que o município, procurando usufruir da oportunidade conferida e a conferir pela rede viária estruturante, como as obras de melhoramento das acessibilidades da EN14 às zonas industriais de Ribeirão e Lousado com criação de duas novas estradas, o prolongamento da Variante Nascente para Sul, com a construção de uma nova ponte sobre o Rio Ave, na ligação à Trofa e as vias rápidas existentes que atravessam o concelho, aposte na captação de grandes indústrias e centros de logística para solos que têm, por esse facto, aptidão para tais atividades. A requalificação e ampliação das áreas industriais existentes é outros dos vetores de investimento, a par da aposta na inovação que as Tecnologias de Informação e Comunicação poderão conferir ao concelho. Neste campo, projetos como o Quadrilátero Urbano poderão permitir um melhor reposicionamento do concelho a nível regional. 5.1.2.E. 5.1.2.E.1 Prioridades de Programação Ações Para a aplicação do modelo de desenvolvimento e ordenamento definido pelo Plano Diretor Municipal, foram identificadas as ações/projetos que se consideraram estratégicos e estruturantes para a implementação desse modelo. A programação destas ações, enquanto geradoras das dinâmicas que se pretendem implementar, foi concretizada através da definição das prioridades e oportunidades de concretização, face aos objetivos estratégicos e operacionais estabelecidos. A ferramenta utilizada para apoio à tomada de decisão sobre as referidas prioridades foi o Método dos Cenários de Michel Godet (SMIC- Sistemas de Matrizes de Impactos Cruzados, 1993), que tem na sua essência a definição de estratégias e clarificação dos meios de execução e os respetivos constrangimentos, através da análise da “estrutura das relações entre as variáveis qualitativas [...] que caracterizam o sistema” Relatório das Opções do Plano 172 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão/DOGU/DOTPU GIPP, Lda. (Godet, 1993). A construção de cenários foi elaborada com base na consulta a técnicos de diferentes áreas e numa técnica de cálculo que visa a sua probabilização, através do preenchimento de uma matriz onde são representadas as relações diretas entre as variáveis selecionadas. Desta média da matriz e do tratamento desses dados, num gráfico motricidade/dependência resulta a informação sobre quais as variáveis-ações motrizes (influência a dinâmica do sistema), nodais (ou de ligação, que sendo objeto de fortes influências, propagam essas influências ao conjunto do sistema), de resultado (muito condicionadas pelo sistema) e autónomas (excluídas pelo seu papel pouco relevante). Por conseguinte, foram colocados os resultados e pela mesma ordem estabelecidas prioridades que deverão ser dadas às ações selecionadas, atendendo à capacidade de estas gerarem sinergias/ efeitos de multiplicativos no sistema. Assim, com a aplicação do Método dos Cenários, e com a sua proposta de hierarquização estabeleceram-se quadros, onde são apontadas a título indicativo, diferentes graus de prioridade para as diversas ações e que se apresentam de seguida: Curto – execução a curto prazo - até 5 anos; Médio – prioridade de médio prazo – de 5 a 10 anos; Longo – prioridade a longo prazo – no período previsto até à revisão do plano. A programação resultante constitui-se como um instrumento orientador da planificação camarária a curto, médio ou longo prazo. No entanto, para além de aspetos conjunturais que poderão determinar alterações ou inversão das prioridades estabelecidas, deve ter-se em conta que a execução de grande parte destas ações depende de políticas sectoriais, assim como da disponibilidade financeira das várias fontes de financiamento consideradas. Neste enquadramento, deverá ter-se em conta que, enquanto as ações previstas de execução a curto prazo são ações que vêm colmatar necessidades imediatas do território, as restantes ações são apontamentos indicativos, quer na sua realização, quer na sua prioridade, que serão regidos pelas alterações que se irão verificar no território, não só ao nível social, mas também económico, financeiro e político, não se constituindo, portanto, como compromissos assumidos. Nos quadros seguintes podem-se observar as ações propostas e que objetivos, definidos para o Plano Diretor Municipal, procuram dar resposta. Relatório das Opções do Plano 173 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão/DOGU/DOTPU GIPP, Lda. QUADRO DE AÇÕES DO PLANO DIRETOR MUNICIPAL Ambiente Educação Património / Cultura Acção Social Administrativos Relatório das Opções do Plano 174 Preservação dos Recursos Endógenos Valorização do Património Edificado e Paisagístico Organização do Território Reforço da Competitividade Monitorização e Operacionalização Ordenamento Rede Digital - ligação em rede dos diversos serviços públicos Delimitação de Áreas de Reabilitação Urbana (ARU's), Planos Estratégicos e requalificação dos espaços públicos PU da Devesa - Concretização das ações previstas Requalificação e promoção das Áreas de Acolhimento Empresarial Balcão Único Municipal Rede Viária Recuperação do Parque da Portela Valorização do sistema ribeirinho do rio Pelhe Mobilidade e Transportes - Rede Urbana de ciclovias Centro I&DT para agroalimentar Reabilitação - Melhoria da eficiência energética dos edificios públicos Tanatório Municipal Mobilidade e Transportes - Centro de Inter modalidade da Estação de Famalicão Encerramento de rede de abastecimento de água Encerramento de rede de águas residuais EB1 Avidos - requalificação e ampliação/construção Avidos EB1 Esmeriz - requalificação Esmeriz ES-3 Padre Benjamim Salgado- Requalificação Joane EB23 Bernardino Machado- requalificação Joane EB23 Ribeirão - requalificação Ribeirão EB1 Ruivães - requalificação Ruivães EB1 Gavião - requalificação Gavião EB1 Riba D'Ave - requalificação Riba D'Ave EB1 Gondifelos - requalificação Gondifelos Vila Nova de EB23 Júlio Brandão - requalificação Famalicão EB1 Requião - requalificação Requião Vila Nova de EB1 Conde S. Cosme - Sede nº1 requalificação Famalicão EB1 Telhado - requalificação Telhado EB1 Cruz - requalificação Cruz EB1 Brufe - requalificação Brufe EB1 S. Miguel o Anjo - Calendário - requalificação Calendário EB1 Louredo - Calendário - requalificação Calendário EB23 D.Maria II Gavião Vilarinho das EB1 Vilarinho das Cambas - requalificação Cambas P.Saramagos/ Castro das Eiras Joane /Telhado/ Vermoim Museu ferroviário Nine Azenha da Ponte Louro Deslocalização e ampliação do Museu da Indústria Calendário Biblioteca - pólo Vale São Cosme Valências Sociais (Creche+Centro de Dia+…) Gondifelos Cemitério de Gondifelos Gondifelos Cemitério de Riba D'Ave Riba D'Ave Cemitério de Telhado Telhado Junta de Freguesia de Calendário Calendário Junta de Freguesia de Joane Joane Junta de Freguesia de Requião Requião Arnoso Santa Junta de Freguesia de Arnoso Santa Maria Maria Junta de Freguesia de Bente Bente Quartel Guarda Nacional Republicana Ribeirão √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ Proteção e Valorização do Ambiente Nº da Ação Objetivos do Plano Diretor Municipal 1.2 √ 1.3 √ √ 1.1 1.4 1.5 √ 1,6 2.1 √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ 6,9 √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ 6,1 √ √ 6,11 √ √ 6,12 √ √ 6,13 6,18 √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ 6,19 √ √ 2.2 2.3 √ √ 2.4 2.6 √ √ 2.7 √ 3 √ √ 2.5 4 √ √ √ √ 6,1 6,2 6,3 6,4 6,5 6,6 6,7 6,8 6,14 6,15 6,16 6,17 8.1 √ √ √ √ √ 8.2 8.3 √ √ √ 8.4 8.5 10.1 11.6 √ √ √ √ √ √ 11.7 √ 11.8 √ √ 11.1 11.2 11.3 11.4 11.5 11.9 MAIO 2015 √ C. M.Vila Nova de Famalicão/DOGU/DOTPU GIPP, Lda. QUADRO DE AÇÕES DO PLANO DIRETOR MUNICIPAL UP1 Desporto UP2 Reabilitação e Ampliação da Zona Desportiva da cidade (2 Pequeno Campo Jogos - tenis) Pavilhão Multiusos ( 1 Campo Grande Jogos) Zona Desportiva (2 Grande Campo de Jogo) Zona Desportiva (Trial Jeeps) Zona Desportiva (1 Pequeno Campo de Jogos - Pump bike) Zona Desportiva (Pista de Atletismo) Pequeno Campo de Jogos Grande Campo de Jogos Grande Campo de Jogos Pequeno Campo de Jogos Pavilhão / Sala de Desporto Piscina coberta Pavilhão / Sala de Desporto Pista de Atletismo Pequeno Campo de Jogos Pequeno Campo de Jogos Pequeno Campo de Jogos Pequeno Campo de Jogos Pequeno Campo de Jogos Pequeno Campo de Jogos Pavilhão / Sala de Desporto Pequeno Campo de Jogos Pequeno Campo de Jogos Pista de Atletismo Pequeno Campo de Jogos Pequeno Campo de Jogos Pequeno Campo de Jogos Pequeno Campo de Jogos UP3 Pequeno Campo de Jogos Pequeno Campo de Jogos Pavilhão / Sala de Desporto Pequeno Campo de Jogos Pequeno Campo de Jogos- skate park Pequeno Campo de Jogos Pista de Atletismo Grande Campo Jogos Desporto Pavilhão / Sala de Desporto Complexo Desportivo (Pista de Manutenção) Complexo Desportivo (Grande Campo de Jogos) UP4 Pequeno Campo de Jogos Grande Campo Jogos Grande Campo Jogos Grande Campo Jogos Pequeno Campo Jogos Pequeno Campo Jogos Pequeno Campo Jogos Pequeno Campo Jogos Pequeno Campo Jogos Pequeno Campo Jogos Pavilhão / Sala de Desporto Pavilhão / Sala de Desporto Relatório das Opções do Plano 175 Calendário 9.1a √ Calendário Calendário Calendário 9.1b 9.1i √ √ √ Calendário 9.1h √ Calendário Antas Gavião Antas Brufe Cavalões Louro Nine Gondifelos Gondifelos Outiz Lemenhe Nine Arnoso Santa Eulália Jesufrei Esmeriz Esmeriz Lousado Ribeirão Ribeirão Fradelos Vilarinho das Cambas Vilarinho das Cambas Lousado Esmeriz Fradelos Ribeirão Ribeirão Avidos Oliveira Santa Maria Landim Oliveira Santa Maria Oliveira São Mateus Oliveira São Mateus Riba D'Ave Riba D'Ave Bairro Ruivães Bente Oliveira S. Mateus Delães Novais Carreira Ruivães Landim Cabeçudos 9.1c 9.2n √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ 9.2i √ 9.2f 9.3h √ √ √ √ √ √ √ 9.3j √ 9.3l √ 9.3i 9.4a √ √ √ √ √ √ 9.4b √ 9.4c √ 9.4e √ 9.4f √ 9.4g √ 9.4h 9.4n √ √ √ √ √ 9.4o √ 9.4p √ √ √ √ √ √ 9.1c 9.1d 9.1e 9.1f 9.1g 9.2a 9.2c 9.2d 9.2e 9.2g 9.2h 9.2j 9.3g 9.3a 9.3b 9.3c 9.3g 9.3f 9.3h 9.3e 9.3d 9.4j 9.4l 9.4m 9.4q 9.4r 9.4s 9.4i 9.4d MAIO 2015 Monitorização e Operacionalização Reforço da Competitividade Preservação dos Recursos Endógenos Valorização do Património Edificado e Paisagístico Organização do Território Proteção e Valorização do Ambiente Nº da Ação Objetivos do Plano Diretor Municipal C. M.Vila Nova de Famalicão/DOGU/DOTPU GIPP, Lda. QUADRO DE AÇÕES DO PLANO DIRETOR MUNICIPAL Grande Campo Jogos Grande Campo Jogos Grande Campo Jogos Grande Campo Jogos Grande Campo Jogos Pequeno Campo Jogos UP4 Mogege Vermoim Requião Castelões Mogege Joane Pousada de Saramagos Vermoim Requião Seide São Paio Lagoa Pequeno Campo Jogos Pequeno Pequeno Pequeno Pequeno Campo Jogos Campo Jogos Campo Jogos Campo Jogos Pequeno Campo Jogos Mogege Grande Campo Jogos Pequeno Campo Jogos Desporto Pista Atletismo UP5 Piscina Coberta Pavilhões / Sala de Desporto Pequeno Campo Jogos Pista de Atletismo Pequeno Campo Jogos UP6 Vias Pavilhões / Sala de Desporto Pequeno Campo Jogos Pavilhões / Sala de Desporto Pista de Atletismo Grande Campo Jogos Pequeno Campo Jogos Pequeno Campo Jogos Pequeno Campo Jogos Pequeno Campo Jogos Piscina Circular à EN 14 (Santana/Ferreiros-Trofa) e Beneficiação da EN14 entre Santana/Ferreiros e Vitória Ligação da Área Industrial de Sam (CM1459) à A7 e EN 309 Variante à EM 508 (ligação entre a circular a EN 14 e o entroncamento do CM 1459 com a EN 14 Via Urbana Vermoim-Joane Duplicação da Av D. Afonso Henriques Duplicação da Av. Eng, Pinheiro Braga (EN14) Duplicação da EN14 Variante à EN14 (Arnoso) Duplicação da EN204, desde a rotunda da Variante Nascente até ao núcleo empresarial, na Lagoa Ligação entre o Centro Hospitalar e o Nó de acesso entre a Variante Nascente e a Variante à EN14 Ponte sobre o Rio Ave, com ligação ao CM1459 e à EN104 (Trofa) Ponte sobre o Rio Ave, em Delães ligando a EN310 a Vila das Aves Variante de Ribeirão e ligação à área industrial de Sam Ligação da Variante de Ribeirão à EM 572-1 e retificação do CM 1460 Variante à EN 204-5 (Landim) Retificação da EM508-1 e Beneficiação do Entroncamento com a EN14 Relatório das Opções do Plano 176 Abade Vermoim Joane Pousada de Saramagos Joane Pedome Pedome Pedome Pousada Saramagos Requião Joane Vale S. Cosme Vale S. Cosme Vale S. Cosme Vale S. Martinho Telhado Portela Cruz Vale S. Cosme 9.5q √ √ √ √ √ √ 9.5r √ 9.5s 9.5v √ √ √ √ 9.5x √ 9.5a √ 9.5b √ 9.5c √ 9.5d 9.5g √ √ √ √ 9.5h √ 9.5i √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ 9.5l 9.5m 9.5n 9.5o 9.5p 9.5t 9.5u 9.5e 9.5f 9.5j 9.6a 9.6b 9.6c 9.6d 9.6f 9.6g 9.6h 9.6e √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ MAIO 2015 √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ Monitorização e Operacionalização Reforço da Competitividade Organização do Território Valorização do Património Edificado e Paisagístico Preservação dos Recursos Endógenos Proteção e Valorização do Ambiente Nº da Ação Objetivos do Plano Diretor Municipal C. M.Vila Nova de Famalicão/DOGU/DOTPU GIPP, Lda. QUADRO DE AÇÕES DO PLANO DIRETOR MUNICIPAL Alargamento do CM1459-Acesso à Área Industrial de Sam Via estruturante da zona industrial de Sam (prolongamento da rua da Fervença) Prolongamento da VIM até à EN309 Retificação do CM1491 Beneficiação do Cruzamento da EM571-1 com a EM571 e com a EM571-2 Variante à EM573 entre Ruivães e Novais Alargamento da EM573 entre Ruivães e o acesso à A7 Alargamento da EM573 entre Ruivães e EM 574 Alternativa à EM573 (Seide de S. Paio) Alternativa ao CM1443 de Ligação Calendário- Brufe Alternativa à Ponte da Lagoncinha Alternativa à EM509 - Ligação entre a Estação e Lousado e Cabeçudos Alternativa à EM571-2 Ligação da EM 571 ao Nó de Cruz (A3/EN14) Ligação à zona industrial de Lousado Ligação da Variante Nascente à A3 Ligação da Variante Nascente à EN 204 Ligação da EN 204 à ER 206 Retificação da EN 204-4 Alternativa ao CM1521 - Landim Vias 5.1.2.E.2 √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ Unidades Operativas de Planeamento e Gestão O território do plano é distinguido em duas áreas diferenciadas quanto à existência de uma estrutura de suporte à ocupação do solo, nomeadamente: No solo urbanizado a execução do Plano processa-se, através do recurso a operações urbanísticas previstas no Regime Jurídico de Urbanização e Edificação, de Unidades Operativas de Planeamento e Gestão ou de Unidades de Execução; O solo urbanizável é obrigatoriamente programado, sendo a execução do Plano processada no âmbito das Unidades Operativas de Planeamento e Gestão delimitadas no Plano Diretor Municipal, ou através de Unidades de Execução, Planos de Pormenor ou de Urbanização delimitados durante a execução do PDM. O território foi organizado em Unidades Territoriais, designadas por Unidades de Planeamento, correspondentes a áreas territoriais homogéneas no tocante às suas características biogeográficas, urbanísticas e sociodemográficas, pelo que englobam várias freguesias com graus de inter-relação significativos. Dentro de cada Unidade de Planeamento foram delimitadas Unidades Operativas de Planeamento e Gestão (UOPG’s), Relatório das Opções do Plano 177 MAIO 2015 √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ Monitorização e Operacionalização Reforço da Competitividade Organização do Território Valorização do Património Edificado e Paisagístico Preservação dos Recursos Endógenos Proteção e Valorização do Ambiente Nº da Ação Objetivos do Plano Diretor Municipal C. M.Vila Nova de Famalicão/DOGU/DOTPU GIPP, Lda. que constituem áreas estratégicas e prioritárias cuja transformação exige uma intervenção urbanística por parte da autarquia. As Unidades Operativas de Planeamento e Gestão correspondem, na generalidade, às áreas de intervenção dos Planos de Urbanização, dos Planos de Pormenor ou de Unidades de Execução previstas, bem como aos polígonos territoriais estabelecidos como tal no Plano ou que o venham a ser pela Câmara Municipal, sendo dotadas de conteúdos programáticos que orientam e promovem a concretização do Plano no seu âmbito territorial. A sua área de implantação abrange não só o solo urbanizável, condição obrigatória imposta pelo art.º22º do DR 11/2009, mas também os espaços urbanos onde se considera importante a programação da sua ocupação pelas características que atualmente possuem. A execução das Unidades Operativas de Planeamento de Gestão é realizada através de Planos de Pormenor, Planos de Urbanização, Planos de Execução e, eventualmente, licenciamento avulso, dentro das condições impostas no regulamento. O solo urbanizável, que não é abrangido por UOPG, poderá ser programado e executado através da delimitação de Unidades de Execução, Planos de Pormenor e Planos de Urbanização, desde que a esta delimitação, quando não abrangendo toda a área de solo urbanizável em causa, deixe como espaço restante, uma área onde seja possível a delimitação de outra Unidade de Execução, Plano de Pormenor ou de Urbanização suficiente para a sua viabilidade. O Plano estipula que a sua execução seja determinada pela Câmara Municipal através da aprovação das ações nas Grandes Opções do Plano (planos Plurianuais de Investimento) e dos Planos Anuais de Atividades, e ainda no orçamento municipal, para a concretização das Unidades Operativas de Planeamento e Gestão identificadas no Plano, ou de outras que se evidenciem como necessárias, e privilegiando as seguintes intenções: As que, contribuindo para a concretização dos objetivos do Plano, possuam carácter estruturante no ordenamento do território e sejam catalisadoras do desenvolvimento do concelho; As de consolidação e qualificação do espaço urbanizado; As de proteção e valorização da estrutura ecológica; As que permitam a disponibilização de solo para equipamentos e espaços de utilização coletiva e infraestruturas necessárias à satisfação das carências detetadas; As de expansão dos tecidos existentes, quando incorporem ações de qualificação morfológica e funcional dos aglomerados ou quando seja necessária a oferta de solo urbanizado. Relatório das Opções do Plano 178 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão/DOGU/DOTPU GIPP, Lda. A importância das Unidades Operativas de Planeamento e Gestão na execução do Plano reside também no facto de melhor se gerirem as áreas necessárias aos equipamentos e espaços verdes públicos nelas propostas, sendo cedidas ao Município no âmbito da perequação de encargos e benefícios que o Plano fixa, devendo os proprietários adequar as suas pretensões às metas e prioridades estabelecidas neste. O princípio é de que os encargos necessários à disponibilização de solos para os equipamentos e espaços de utilização coletiva de âmbito local sejam prioritariamente da responsabilidade dos promotores privados, sendo encargos na justa proporção da intervenção realizada por cada um desses particulares, dentro das regras de perequação definidas em regulamento. Também neste princípio, os custos de urbanização/infraestruturação dos solos serão atribuídos aos proprietários dos solos envolvidos, sendo que a Câmara Municipal poderá assumir os encargos em fases precedentes, sendo a compensação realizada a posteriori compensação, em numerário ou em espécie, sendo que para o efeito deverá criar-se um Fundo de Compensação, de acordo com art.º125º do Decreto-lei nº 555/99 de 16 de Dezembro, com atual redação. A Câmara Municipal deverá proceder à realização das restantes infraestruturas e equipamentos de âmbito geral de acordo com o interesse público, os objetivos e prioridades a seguir apontadas, recorrendo aos meios previstos na lei. 5.1.3 Plano de Execução e Financiamento 5.1.3.A. Execução No Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial (RJIGT) refere-se que o Município promove a execução coordenada e programada do planeamento territorial, com a colaboração de entidades públicas e privadas, procedendo à realização das infraestruturas e dos equipamentos de acordo com o interesse público, os objetivos e as prioridades estabelecidas no plano, estabelecendo a perequação na distribuição dos correspondentes encargos urbanísticos a imputar a cada promotor e dos benefícios da urbanização. A perequação aplica-se através dos instrumentos e operações urbanísticas a levar a efeito nas Unidades Operativas de Planeamento e Gestão, nas Unidades de Execução, ou nos instrumentos de gestão territorial em elaboração, identificados na Planta de Ordenamento I – Qualificação Funcional e Operativa do Solo que já integrem mecanismos perequativos próprios. A perequação é aplicada através de qualquer sistema de execução adotado (compensação, cooperação e imposição). Os mecanismos a aplicar pelo sistema de execução adotada são os definidos pelo RJIGT, nomeadamente o índice médio de utilização, Imu, a cedência média, Cm, e a repartição dos Relatório das Opções do Plano 179 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão/DOGU/DOTPU GIPP, Lda. custos de urbanização. Quando uma operação, envolver mais do que um proprietário, para além das eventuais consequências que venha a ter nas infraestruturas e equipamentos gerais na cidade, haverá uma redistribuição direta dos espaços cedidos para verdes, equipamentos e estacionamentos, e dos encargos de urbanização calculados a partir de um índice médio de edificabilidade que assegurará a distribuição dos direitos de edificabilidade entre proprietários. Quando a operação implicar novas necessidades ao nível das infraestruturas e equipamentos gerais na cidade, deverá ser aplicado um ónus que se irá refletir no valor da taxa municipal de urbanização a pagar prevista em regulamento municipal. A Câmara Municipal poderá, ainda, fixar contrapartidas, a suportar pelos promotores de operações urbanísticas, ou ónus sobre futuras transações, quando determinada obra gera mais-valias na sua envolvente imediata, como por exemplo a construção de um jardim público ou um equipamento. Ou seja, tendo em conta o Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial, o Plano Diretor Municipal prevê para a execução e financiamento das ações propostas os seguintes objetivos: Redistribuição das mais-valias atribuídas pelo plano aos diversos proprietários abrangidos; Obtenção pelos municípios de meios financeiros adicionais para a realização das infraestruturas urbanísticas e para o pagamento por expropriação; Disponibilização de terrenos e edifícios ao município para a implementação, instalação ou renovação de infraestruturas, equipamentos e espaços de utilização coletiva, designadamente zonas verdes, bem como para a compensação de particulares nas situações em que tal se revele necessário; Estímulo à oferta de terrenos para urbanização e construção, evitando-se a retenção dos solos para fins especulativos; Eliminação de pressões ou influências dos proprietários ou grupos para orientar as soluções do plano na direção das suas intenções. Note-se, contudo, que da perequação resulta a cedência de áreas para equipamentos e espaços de utilização coletiva, mas não a sua execução, conquanto os privados tenham também o dever de a comparticipar, através de outros mecanismos. Estes mecanismos estão explanados através das obras de urbanização previstas para cada proprietário. Do mesmo modo que fazem parte deste processo os projetos de redes de abastecimento de água e saneamento, de gás, entre outros, que são executados pelos promotores na fase seguinte (após emissão do alvará respetivo), também o projeto de espaços verdes, que Relatório das Opções do Plano 180 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão/DOGU/DOTPU GIPP, Lda. inclui as áreas de cedência para espaços verdes de utilização coletiva se constitui como um dos projetos a executar simultaneamente. No que respeita aos terrenos disponibilizados para equipamentos de utilização coletiva poderão ser incluídos no projeto de espaços verdes, dependendo do acordado em sede de licenciamento ou autorização. 5.1.3.B. Financiamento A execução das ações apresentadas envolve a disponibilização de recursos financeiros consideráveis que, num cenário de longo prazo, e tendo presente os sistemas perequativos estabelecidos pelo Plano, não se vislumbra existir orçamento municipal para tal, no trecho de tempo que cobre tais investimentos. Neste enquadramento, serão executadas tendo como recurso fundos da União Europeia disponibilizados para o efeito. Assim, a estratégia para um plausível financiamento da execução das propostas elencadas no plano deve assentar nas seguintes linhas de atuação: 1. Recurso aos fundos de financiamento comunitários, sendo necessário, preparação, em tempo útil, dos projetos para as candidaturas aos novos programas; 2. Definição das estratégias locais e dos programas de ação que sustentarão as operações a implementar, em conciliação com as estratégias europeias, nacionais e regionais e em alinhamento com a estratégia concelhia; 3. Desenvolvimento de estudos, projetos e planos específicos que permitam implementar procedimentos proactivos com o objetivo de promover a captação de investimento direto no concelho; 4. Desenvolvimento de contratos-programa com a Administração Central e/ou com entidades privadas, permitindo comparticipações nos encargos e uma minimização dos custos associados à concretização das ações em questão; 5. Desenvolvimento dos diferentes mecanismos de financiamento previstos no plano e no âmbito do Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial. Resumidamente poder-se-á referir que as principais fontes de financiamento serão os Fundos Comunitários (FC) mais à frente detalhados, o Orçamento de Estado (OE), o Orçamento Municipal (OM), as Parcerias Público-Privadas (PPP) e a aplicação do Sistema Perequativo (principalmente no que respeita à aquisição de terrenos). Como se trata de um valor significativo a mobilizar para o Concelho nos próximos dez anos, considera-se adequado recomendar a inclusão das ações previstas nos quatro grandes domínios temáticos da Estratégia Portugal 2020 - Acordo de Parceria 2014-2020, enquadrados nos seus Programas Operacionais, em alinhamento com a estratégia Europa 2020 e, enquadrados com a estratégia concelhia – Famalicão Visão’25.Assim, o próximo quadro comunitário de apoio assume-se como um instrumento prioritário de definição das Relatório das Opções do Plano 181 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão/DOGU/DOTPU GIPP, Lda. linhas mestras e orientadoras para a ação, como elemento determinante das políticas e dos investimentos públicos. Os projetos a desenvolver terão de estar alinhados com a estratégia para um crescimento inteligente, sustentável e inclusivo e para a coesão económica, social e territorial. Para a obtenção de financiamentos para reforço das infraestruturas de investigação, inovação e desenvolvimento tecnológico, para as ações integradas na especialização inteligente e de apoio à competitividade e internacionalização das pequenas e médias empresas, para a promoção de transportes sustentáveis e eliminação de estrangulamentos nas principais redes de infraestruturas (integradas na Rede Transeuropeia de Transportes) e para o reforço da capacidade institucional das autoridades públicas tendo em vista o aumento da eficiência na administração pública, poderá recorrer-se ao Programa Operacional para a Competitividade e Internacionalização (POCI). As ações relacionadas com o acesso e satisfação dos bens básicos, em especial na área da saúde e da educação enquadrar-se-ão no Programa Operacional para a Inclusão Social e Emprego (POISE). No que diz respeito à qualificação da população através do sistema de ensino formal e informal, formação e qualificação da população, as ações a desenvolver serão enquadras no Programa Operacional do capital Humano (POCH). Para a execução de investimentos para a adaptação às alterações climáticas e prevenção de riscos, na promoção de uma economia de baixo carbono e na proteção do ambiente e eficiência no uso dos recursos, e abrangendo áreas como o aumento da eficiência energética, a redução do consumo de energias, a promoção da mobilidade ou a proteção e valorização dos recursos endógenos, os projetos serão enquadrados na agenda para um crescimento sustentável e integrados no Programa Operacional para a Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos. O Programa Operacional Regional do Norte – Norte 2020 apresenta igualmente diversas possibilidades de financiamento para os diversos domínios temáticos, nomeadamente ao nível da investigação, desenvolvimento tecnológico e inovação, da competitividade das empresas, da economia de baixo teor de carbono, da qualidade ambiental ou do sistema urbano. Relatório das Opções do Plano 182 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão/DOGU/DOTPU GIPP, Lda. Alguns dos projetos elencados só terão prossecução à luz da constituição de projetos integrados, associando-se ao conceito de parceria ou redes de cooperação ou no âmbito de operações integradas de reabilitação de áreas urbanas, suportadas por Planos Estratégicos de Desenvolvimento Urbano Sustentável, por Planos de Ação para a Regeneração Urbana, por Planos de Ação Integrado para as Comunidades Desfavorecidas e por Planos de Mobilidade Urbana Sustentável. Nos quadros seguintes procede-se ao resumo das ações previstas pelo Plano Diretor Municipal, ao nível da Programação e Execução, onde estas são enquadradas, referida a sua prioridade (Curto / Médio / Longo Prazo) Relatório das Opções do Plano 183 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão/DOGU/DOTPU GIPP, Lda. QUADRO DE AÇÕES "PROGRAMAÇÃO E EXECUÇÃO" DO PLANO DIRETOR MUNICIPAL Ordenamento Ambiente Educação Património / Cultura Desporto UP1 Nº da Ação Rede Digital - ligação em rede dos diversos serviços públicos Delimitação de Áreas de Reabilitação Urbana (ARU's)- Planos Estratégicos e requalificação dos espaços públicos dentro destas PU da Devesa - Concretização das ações previstas Requalificação e promoção das Áreas de Acolhimento Empresarial Balcão Único Municipal Rede Viária Recuperação do Parque da Portela Valorização do sistema ribeirinho do rio Pelhe Mobilidade e Transportes - Rede Urbana de ciclovias Centro I&DT para agroalimentar Reabilitação - Melhoria da eficiência energética dos edificios públicos Tanatório Municipal Mobilidade e Transportes - Centro de Inter modalidade da Estação de Famalicão Encerramento de rede de abastecimento de água Encerramento de rede de águas residuais EB1 Avidos - requalificação e ampliação/construção Avidos EB1 Esmeriz - requalificação Esmeriz ES-3 Padre Benjamim Salgado- Requalificação Joane EB23 Bernardino Machado- requalificação Joane EB23 Ribeirão - requalificação Ribeirão EB1 Ruivães - requalificação Ruivães EB1 Gavião - requalificação Gavião EB1 Riba D'Ave - requalificação Riba D'Ave EB1 Gondifelos - requalificação Gondifelos Vila Nova de EB23 Júlio Brandão - requalificação Famalicão EB1 Requião - requalificação Requião Vila Nova de EB1 Conde S. Cosme - Sede nº1 requalificação Famalicão EB1 Telhado - requalificação Telhado EB1 Cruz - requalificação Cruz EB1 Brufe - requalificação Brufe EB1 S. Miguel o Anjo - Calendário - requalificação Calendário EB1 Louredo - Calendário - requalificação Calendário EB23 D.Maria II Gavião Vilarinho das EB1 Vilarinho das Cambas - requalificação Cambas P.Saramagos/ Joane Castro das Eiras /Telhado/ Vermoim Museu ferroviário Nine Azenha da Ponte Louro Deslocalização e ampliação do Museu da Indústria Calendário Vale São Biblioteca - pólo Cosme Reabilitação e Ampliação da Zona Desportiva da Calendário cidade (2 Pequeno Campo Jogos - tenis) Pavilhão Multiusos ( 1 Campo Grande Jogos) Calendário Zona Desportiva (2 Grande Campo de Jogo) Calendário Zona Desportiva (Trial Jeeps) Calendário Zona Desportiva ( 1 Pequeno Campo de Jogos Calendário Pump bike) Zona Desportiva (Pista de Atletismo) Calendário Pequeno Campo de Jogos Antas Grande Campo de Jogos Gavião Grande Campo de Jogos Antas Pequeno Campo de Jogos Brufe Relatório das Opções do Plano 184 Prioridade (C-Curto, M-Médio, L-Longo) Participações (Câmara Municipal, Entidades Públicas, Privados) M CM X 1.2 M X 1.3 2.4 M M M M M M M M X X X X X X X X 2.5 M X 2.6 M X 2.7 M X 3 X X X X 6,9 M M L C L L L L C C L 6,1 L 6,11 C X 260.000 6,12 L X 600.000 6,13 X X X X X 6,18 C C L L L L 260.000 260.000 600.000 260.000 260.000 1.500.000 6,19 C X 8.1 M X 8.2 8.4 M M M X X X 8.5 M X 9.1a M X 9.1b 9.1i L L C X X X 9.1h C X 9.1c C L L L L X X X X X 1.5 1,6 2,1 2.2 2.3 4 6,1 6,2 6,3 6,4 6,5 6,6 6,7 6,8 6,14 6,15 6,16 6,17 8.3 9.1c 9.1d 9.1e 9.1f 9.1g P € 1.1 1.4 EP Custo de Referência X 3.300.000 X 3.000.000 10.000.000 600.000 600.000 8.000.000 4.000.000 4.000.000 260.000 260.000 1.000.000 1.500.000 X 4.000.000 X X X X X X X 260.000 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão/DOGU/DOTPU GIPP, Lda. QUADRO DE AÇÕES "PROGRAMAÇÃO E EXECUÇÃO" DO PLANO DIRETOR MUNICIPAL UP2 Pavilhão / Sala de Desporto Piscina coberta Pavilhão / Sala de Desporto Pista de Atletismo Pequeno Campo de Jogos Pequeno Campo de Jogos Pequeno Campo de Jogos Pequeno Campo de Jogos Pequeno Campo de Jogos Pequeno Campo de Jogos Pavilhão / Sala de Desporto Pequeno Campo de Jogos Pequeno Campo de Jogos Pista de Atletismo Pequeno Campo de Jogos Pequeno Campo de Jogos UP3 Pequeno Campo de Jogos Pequeno Campo de Jogos Pequeno Campo de Jogos Pequeno Campo de Jogos Pavilhão / Sala de Desporto Pequeno Campo de Jogos Pequeno Campo de Jogos- skate park Pequeno Campo de Jogos Pista de Atletismo Grande Campo Jogos Pavilhão / Sala de Desporto Desporto Complexo Desportivo (Pista de Manutenção) Complexo Desportivo (Grande Campo de Jogos) UP4 Pequeno Campo de Jogos Grande Campo Jogos Grande Campo Jogos Grande Campo Jogos Pequeno Campo Jogos Pequeno Campo Jogos Pequeno Campo Jogos Pequeno Campo Jogos Pequeno Campo Jogos Pequeno Campo Jogos Pavilhão / Sala de Desporto Pavilhão / Sala de Desporto Grande Campo Jogos Pequeno Campo Jogos Pista Atletismo UP5 Piscina Coberta Pavilhões / Sala de Desporto Pequeno Campo Jogos Pista de Atletismo Pequeno Campo Jogos Pavilhões / Sala de Desporto Pequeno Campo Jogos Grande Campo Jogos Relatório das Opções do Plano Nº da Ação Cavalões Louro Nine Gondifelos Gondifelos Outiz Lemenhe Nine Arnoso Santa Eulália Jesufrei Esmeriz Esmeriz Lousado Ribeirão Ribeirão Fradelos Vilarinho das Cambas Vilarinho das Cambas Lousado Esmeriz Fradelos Ribeirão Ribeirão Avidos Oliveira Santa Maria Landim Oliveira Santa Maria Oliveira São Mateus Oliveira São Mateus Riba D'Ave Riba D'Ave Bairro Ruivães Bente Oliveira S. Mateus Delães Novais Carreira Ruivães Landim Cabeçudos Abade Vermoim Joane Pousada de Saramagos Joane Pedome Pedome Pedome Pousada Saramagos Requião Joane Mogege 185 Prioridade (C-Curto, M-Médio, L-Longo) Participações (Câmara Municipal, Entidades Públicas, Privados) 9.2n L M M C L L L L CM X X X X X X X X 9.2i L X 9.2f 9.3h L M L L M L L X x X X X X X 9.3j L X 9.3l L X 9.3i L L M L C X X 9.4b C X 9.2a 9.2c 9.2d 9.2e 9.2g 9.2h 9.2j 9.3g 9.3a 9.3b 9.3c 9.3g 9.3f 9.3h 9.3e 9.3d 9.4a 9.4c L X L X 9.4f L X 9.4g L X 9.4h 9.4n L L L L L X X X X X 9.4o L X 9.4p 9.4d L L L L M M X X X X X X 9.4l 9.4m 9.4q 9.4r 9.4s 9.4i 9.5a L X 9.5b L X 9.5c L X 9.5d 9.5g L L L L X X X X 9.5h L X 9.5i L L L X X X 9.5e 9.5f 9.5j 9.5l P X X X 9.4e 9.4j EP MAIO 2015 Custo de Referência € C. M.Vila Nova de Famalicão/DOGU/DOTPU GIPP, Lda. QUADRO DE AÇÕES "PROGRAMAÇÃO E EXECUÇÃO" DO PLANO DIRETOR MUNICIPAL Nº da Ação Grande Campo Jogos Grande Campo Jogos Grande Campo Jogos Grande Campo Jogos Pequeno Campo Jogos UP5 Desporto UP6 Ação Social Administrativos Vias 9.5m Vermoim 9.5n Requião 9.5o Castelões 9.5p Mogege 9.5q Joane Pousada de 9.5r Pequeno Campo Jogos Saramagos 9.5s Pequeno Campo Jogos Vermoim 9.5t Pequeno Campo Jogos Requião Seide São 9.5u Pequeno Campo Jogos Paio 9.5v Pequeno Campo Jogos Lagoa 9.5x Pequeno Campo Jogos Mogege Vale S. 9.6a Pavilhões / Sala de Desporto Cosme Vale S. 9.6b Pista de Atletismo Cosme Vale S. 9.6c Grande Campo Jogos Cosme Vale S. 9.6d Pequeno Campo Jogos Martinho 9.6f Pequeno Campo Jogos Telhado 9.6g Pequeno Campo Jogos Portela 9.6h Pequeno Campo Jogos Cruz Vale S. 9.6e Piscina Cosme 10.1 Valências Sociais (Creche+Centro de Dia+…) Gondifelos 11.1 Cemitério de Gondifelos Gondifelos 11.2 Cemitério de Riba D'Ave Riba D'Ave 11.3 Cemitério de Telhado Telhado 11.4 Junta de Freguesia de Calendário Calendário 11.5 Junta de Freguesia de Joane Joane 11.6 Junta de Freguesia de Requião Requião Arnoso Santa 11.7 Junta de Freguesia de Arnoso Santa Maria Maria 11.8 Junta de Freguesia de Bente Bente 11.9 Quartel Guarda Nacional Republicana Ribeirão Circular à EN 14 (Santana/Ferreiros-Trofa) e Beneficiação da EN14 entre Santana/Ferreiros e Vitória Ligação da Área Industrial de Sam (CM1459) à A7 e EN 309 Variante à EM 508 (ligação entre a circular a EN 14 e o entroncamento do CM 1459 com a EN 14 Via Urbana Vermoim-Joane Duplicação da Av D. Afonso Henriques Duplicação da Av. Eng, Pinheiro Braga (EN14) Duplicação da EN14 Variante à EN14 (Arnoso) Duplicação da EN204, desde a rotunda da Variante Nascente até ao núcleo empresarial, na Lagoa Ligação entre o Centro Hospitalar e o Nó de acesso entre a Variante Nascente e a Variante à EN14 Ponte sobre o Rio Ave, com ligação ao CM1459 e à EN104 (Trofa) Ponte sobre o Rio Ave, em Delães ligando a EN310 a Vila das Aves Variante de Ribeirão e ligação à área industrial de Sam Ligação da Variante de Ribeirão à EM 572-1 e retificação do CM 1460 Variante à EN 204-5 (Landim) Retificação da EM508-1 e Beneficiação do Entroncamento com a EN14 Alargamento do CM1459-Acesso à Área Industrial de Sam Via estruturante da zona industrial de Sam (prolongamento da rua da Fervença) Prolongamento da VIM até à EN309 Retificação do CM1491 Beneficiação do Cruzamento da EM571-1 com a EM571 e com a EM571-2 Relatório das Opções do Plano 186 Prioridade (C-Curto, M-Médio, L-Longo) Participações (Câmara Municipal, Entidades Públicas, Privados) L L L L L CM X X X X X L X L L X X L X L L X X L X L X L X L X L L L X X X M X M M M M M M M X X X X X X X M X M M X X C EP P X X M X X C X M M M C M X X X X X X M X X M X X M M C M M C M X X X X X X X M X L M M X X X X X X X MAIO 2015 Custo de Referência € C. M.Vila Nova de Famalicão/DOGU/DOTPU GIPP, Lda. QUADRO DE AÇÕES "PROGRAMAÇÃO E EXECUÇÃO" DO PLANO DIRETOR MUNICIPAL Nº da Ação Variante à EM573 entre Ruivães e Novais Alargamento da EM573 entre Ruivães e o acesso à A7 Alargamento da EM573 entre Ruivães e EM 574 Alternativa à EM573 (Seide de S. Paio) Alternativa ao CM1443 de Ligação Calendário- Brufe Alternativa à Ponte da Lagoncinha Alternativa à EM509 - Ligação entre a Estação e Lousado e Cabeçudos Alternativa à EM571-2 Ligação da EM 571 ao Nó de Cruz (A3/EN14) Ligação à zona industrial de Lousado Ligação da Variante Nascente à A3 Ligação da Variante Nascente à EN 204 Ligação da EN 204 à ER 206 Retificação da EN 204-4 Via Alternativa ao CM 1521 - Landim Vias 5.1.4 Participações Prioridade (Câmara Municipal, Entidades Públicas, Privados) (C-Curto, M-Médio, L-Longo) CM X X X X X X X X X X M M M M M M M M M M L M M M M EP P X X X X X Documentos 5.1.4.A. Elementos Gráficos – Programação e Execução De acordo com o previsto na alínea b) do ponto 1 do artigo nº 86º do Decreto-Lei nº 380/99 de 22 de Setembro de 1999, com atual redação, foi desenvolvida uma parte da Planta de Ordenamento - Qualificação Funcional e Operativa do Solo, onde são identificados os seguintes elementos: a) O limite das Unidades Operativas de Planeamento e Gestão; b) Localização de ações físicas propostas; c) O limite dos Planos Municipais de Ordenamento do Território em vigor. As restantes ações relativas às redes de água e saneamento, rede viária e transportes, educação, cultura, desporto, ação social, administração e saúde encontram-se representadas nas Plantas de Equipamentos e Infraestruturas e na Planta de Mobilidade e Acessibilidades. As ações constantes no Programa de Execução não identificáveis em Planta, ficam referenciadas apenas nos quadros sínteses, em anexo. 5.1.4.B. Regulamento O Regulamento do Plano Diretor Municipal foi elaborado de acordo com o previsto na alínea a) do ponto 1 do artigo nº 86º do Decreto-Lei nº 380/99 de 22 de Setembro de 1999, com atual redação. O regulamento transpõe as intenções e princípios referidos no presente relatório, sistematizando-se no título relativo à Programação e Execução do Plano Diretor Municipal em três capítulos, sendo primeiro de introdução e definição dos conceitos Relatório das Opções do Plano 187 MAIO 2015 Custo de Referência € C. M.Vila Nova de Famalicão/DOGU/DOTPU GIPP, Lda. específicos deste título, em seguida o método de programação das ações a realizar no seu período de vigência e por último as regras que regem a execução do plano. 5.1.4.C. Quadros de Síntese das Ações/ Intervenções Propostas Os quadros apresentados em anexo ao presente relatório constituem-se como uma síntese da informação relativa a cada uma das ações previstas, sem prejuízo da possibilidade de surgirem novas, caso o desenvolvimento territorial assim o exija. Nestes quadros foram identificadas as ações por domínios, a sua identificação numérica com correspondência à localização dada na “Planta de Ordenamento – Qualificação Funcional e Operativa do Solo”, a prioridade dada de acordo com os critérios já referidos no presente documento, as participações de entidades previstas para financiamento (Câmara Municipal, Entidades Públicas, Entidades Privadas), o custo de referência, as previsões de Fontes de Financiamento e observações a ter em conta. 5.2 O PROCESSO DE MONITORIZAÇÃO (INDICADORES) Pretendendo-se que o PDM constitua um processo e não um mero documento a que se recorre apenas para a aprovação de operações urbanísticas, por conseguinte é imprescindível a avaliação contínua da sua execução e, eventualmente e em consequência, a execução dos procedimentos de alteração ou revisão inerentes à sua dinâmica. É assim que o DL 380/99 obriga as Câmaras Municipais a elaborarem periodicamente um relatório sobre o estado do ordenamento do território ao nível local, o qual é submetido a um período de discussão pública e à apreciação da Assembleia Municipal. Este processo de avaliação contínua terá um caráter permanente e atualizado se inserido num processo de monitorização, otimizado através do uso dos indicadores ajustados. Neste pressuposto, propõe-se a utilização dos indicadores a seguir definidos, podendo acrescentar-se outros que a gestão urbanística venha a considerar como necessários. 1 Gerais 1.1 Variação da população residente no município 1.2 Taxa de crescimento efetivo 1.3 Taxa de crescimento migratório 1.4 Densidade populacional 1.5 Variação da população residente nos principais centros urbanos 1.6 Diferencial entre a população estimada no PDM e a população atual Relatório das Opções do Plano 188 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão/DOGU/DOTPU 2 GIPP, Lda. 1.7 Variação do nº de novos fogos no município 1.8 Variação do nº de novos fogos nos principais centros urbanos Ocupação, reabilitação e qualificação em solo urbano 2.1. Espaço urbanizável disponível por tipo de usos no município 2.2. Espaço urbanizável disponível por tipo de usos nos principais centros urbanos 3 2.3. Taxa de execução das áreas de espaço verde urbano 2.4. Taxa de ocupação dos loteamentos aprovados 2.5. Taxa de edifícios reabilitados Solo rural 3.1. Total de novos fogos licenciados/autorizados em solo rural em relação ao total do município 3.2. Incidência de implantação industrial em solo rural 3.3. Incidência de implantação turística em solo rural 3.4. % de RAN inutilizada 3.5. % de REN inutilizada 3.6. % de novos fogos licenciados em RAN 3.7. Área ardida em incêndios florestais 3.8. Número de ocorrências de incêndios florestais 3.9. Relação entre as áreas florestais ardidas e o total de áreas florestais 3.10. Superfície agrícola utilizada 4 Infraestruturas 4.1. Evolução da taxa de cobertura do sistema de abastecimento de água 4.2. População com acesso/cobertura da rede de abastecimento de água 4.3. Evolução da taxa de cobertura da rede de saneamento básico 4.4. População com acesso/cobertura da rede de drenagem de águas residuais 4.5. Evolução da taxa de cobertura do sistema de RSU Relatório das Opções do Plano 189 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão/DOGU/DOTPU 4.6. GIPP, Lda. Taxa de execução da rede viária municipal proposta ou prevista no PDM 5 IGT e execução do PDM 5.1. Nº de PP publicados 5.2. Nº de alterações ao PDM 5.3. Nº de suspensões do PDM 5.4. UOPG’s executadas Relatório das Opções do Plano 190 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão/DOGU/DOTPU GIPP, Lda. 6. CONDICIONANTES E SALVAGUARDAS O conjunto de Servidões e Restrições de Utilidade Pública que incidem no território concelhio tem expressão na Planta de Condicionantes, considerada como um dos elementos fundamentais que constituem o Plano (outros elementos acompanham o Plano) e, como tal, a ser publicada. Conquanto o conteúdo da Planta de Condicionantes se limite a identificar “…os interesses públicos com expressão territorial e os regimes de salvaguarda em vigor que possam constituir limitações ou impedimentos a qualquer forma específica de aproveitamento …” (Decreto-Lei n.º 380/99, de 22 de Setembro), ele reflete propostas de ordenamento na concertação da delimitação de determinadas servidões e restrições, de forma a acautelar vetores estratégicos do ordenamento do território. De seguida, enumeram-se e identificam-se as servidões administrativas e restrições de utilidade pública expressas na Planta de Condicionantes, elencando-se a legislação aplicável de carácter específico. 6.1 PATRIMÓNIO NATURAL 6.1.1 Recursos Hídricos Nos termos do Artigo. 1º da Lei 54/2005, de 15 de Novembro, os recursos hídricos abrangem os leitos e margens, zonas adjacentes, zonas de infiltração máxima e zonas protegidas. Nas margens e leitos dos cursos de água apenas podem ser executadas, mediante autorização da entidade responsável pelos recursos hídricos, obras hidráulicas, incluindo obras de consolidação e proteção, aproveitamentos hidroelétricos, captações de água e rejeição de efluentes (infraestruturas de saneamento básico), instalação de travessias aéreas e redes subterrâneas, ecovias, parques de recreio e lazer, construções sazonais e amovíveis, pontes, pontões, aquedutos, passagens hidráulicas, plantação e corte de árvores e arbustos. Nas margens e leitos dos cursos de água quaisquer intervenções carecem de prévia autorização da entidade responsável pelos recursos hídricos. Nas áreas ameaçadas pelas cheias e nas faixas marginais aos cursos de água, com a largura de 10,00 metros, não são permitidos quaisquer obras, nomeadamente a execução de edifícios, vias de comunicação, escavações e aterros. Relatório das Opções do Plano 191 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão/DOGU/DOTPU 6.1.1.A. GIPP, Lda. Leitos, margens e zonas ameaçadas pelas cheias - Rio Ave e seus afluentes; - Rio Este (afluente do Ave) e seus afluentes; - Rio Pele (afluente do Ave) e seus afluentes; - Rio Pelhe (afluente do Ave) e seus afluentes. Legislação Aplicável - DL 364/98 de 21 de Novembro. Estabelece a obrigatoriedade de elaboração da carta de zonas inundáveis nos municípios com aglomerados urbanos atingidos por cheias. - DL 54/05 de 15 de Novembro. Estabelece a titularidade dos recursos hídricos. Revoga o art.º. 1º do Decreto nº 5787-IIII, de 18 de Maio de 1919 e os capítulos I e II do DL 468/71 de 5 de Novembro. - Lei 58/05 de 29 de Dezembro. Aprova a Lei da Água, transpondo para a ordem jurídica nacional a Diretiva nº 2000/60/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 23 de Outubro, e estabelecendo as bases e o quadro institucional para a gestão sustentável das águas. - Decreto Regulamentar 4/2006, de 11 de Janeiro. Retifica o DL 54/05 de 15 de Novembro. - DL 226-A/07 de 31 de Maio. Estabelece o regime de utilização dos recursos hídricos. - Portaria 1450/07 de 12 de Novembro. Fixa as regras do regime de utilização dos recursos hídricos. - DL 391-A/07 de 21 de Dezembro. Altera o DL 226-A/07 de 31 de Maio. Entidade com jurisdição O licenciamento de quaisquer obras situadas nos leitos e ou margens dos cursos de água está sujeito à prévia emissão do título de utilização dos recursos hídricos pela Administração da Região Hidrográfica do Norte, I.P., (ARH do Norte, I.P.). - O licenciamento municipal de quaisquer construções em zonas ameaçadas pelas cheias está sujeito a parecer vinculativo da ARH do Norte, I.P.. Relatório das Opções do Plano 192 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão/DOGU/DOTPU 6.1.2 GIPP, Lda. Recursos Geológicos 6.1.2.1 Águas Minerais Naturais Identificação - Concessões de exploração da água mineral natural correspondente ao nº HM-44, com a denominação de “Caldas da Saúde”, localizada na freguesia de Areias, concelho de Santo Tirso, conforme indicado na Planta de Condicionantes. Legislação Aplicável - DL 86/90, de 16 de Março, retificado no DR nº 149, Iª série, de 30/06/90, define o regime de aproveitamento das águas minerais naturais. - DL 90/90, de 16 de Março, que revoga, na parte aplicável, o DL 277/82, de 14 de Julho, e o Decreto Regulamentar nº 71/82, de 26 de Outubro. Define o regime do aproveitamento dos recursos geológicos. - Lei 168/99, de 18 de Setembro, código de expropriações. Área Condicionada - Concessão de Água Mineral Natural e Zona Intermédia de Proteção. - Zona Alargada de Proteção de Água Mineral Natural. - Concessão mineira de caulino C-39 Condicionantes - Na zona intermédia são proibidas as atividades (referidas no art.º 42º, do DL90/90), salvo quando autorizadas pela entidade competente da Administração e se da sua prática, não resultar interferência no recurso ou dano para a exploração. - Na zona alargada de proteção poderão ser proibidas algumas atividades, por despacho do ministro da economia, quando estas representem riscos de interferência ou contaminação para o recurso geológico. Entidade com jurisdição - A entidade que superintende em todas as questões respeitantes a esta servidão é a Direcção-Geral de Energia e Geologia/Ministério da Economia e da Inovação. 6.1.2.2 Exploração de Massas Minerais Identificação - Concessões de extração de pedra, localizadas nas freguesias de Portela e Joane, conforme indicado na Planta de Condicionantes. Relatório das Opções do Plano 193 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão/DOGU/DOTPU GIPP, Lda. Legislação Aplicável - DL 270/01, de 6 de Outubro, retificado no DR nº 232, I série, de 6 de Outubro de 2001. Define o regime jurídico da pesquisa e exploração de massas minerais pedreiras (Regulamento das pedreiras). Revoga o DL 89/90, de 16 de Março. - DL 90/90, de 16 de Março, que revoga, na parte aplicável, o DL 277/82, de 14 de Julho, e o Decreto Regulamentar nº 71/82, de 26 de Outubro. Define o regime do aproveitamento dos recursos geológicos. Área Condicionada - 10m, relativamente a prédios rústicos vizinhos, murados ou não. - 15m, relativamente a caminhos públicos. - 20m, relativamente a condutas de fluidos, linhas elétricas de baixa tensão, linhas de telecomunicações telefónicas não integradas na exploração, linhas de telecomunicações e teleférico, cabos subterrâneos elétricos e de telecomunicações. - 30m, relativamente a linhas elétricas de média e alta tensão, postos elétricos de transformação ou de telecomunicações e pontes. - 50m, relativamente a rios navegáveis, canais, nascentes de água, cursos de água de regime permanente, nascentes ou captações de água, edifícios não especificados e locais de uso público e estradas nacionais ou municipais. - 70m, relativamente a autoestradas e estradas internacionais. - 100m, relativamente a monumentos nacionais, locais classificados de valor turístico, instalações e obras das Forças Armadas e forças e serviços de segurança, escolas e hospitais. - 500m, relativamente a locais e zonas classificadas com valor científico ou paisagístico. Condicionantes - A licença de estabelecimento pode ser concedida, conforme o tipo de exploração para que é atribuída, pela Direção Regional de Economia do Norte (DREN) ou pelo Município. Entidade com jurisdição - O licenciamento é da competência da Direção Regional do Ministério da Economia (DRE) e a licença só poderá ser concedida após parecer favorável. Relatório das Opções do Plano 194 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão/DOGU/DOTPU GIPP, Lda. 6.1.2.2.1 Depósitos Minerais Identificação - Concessão mineira de Caulino C-39 Legislação Aplicável - DL 88/90, de 16 de Março, define o regime de aproveitamento de depósitos minerais naturais. - DL 90/90, de 16 de Março, que revoga, na parte aplicável, o DL 277/82, de 14 de Julho, e o Decreto Regulamentar nº 71/82, de 26 de Outubro. Define o regime do aproveitamento dos recursos geológicos. Área Condicionada - Concessão de Exploração de Depósitos Minerais 6.1.3 Áreas de Reserva, Proteção de Solos e de Espécies Vegetais 6.1.3.1 Reserva Ecológica Nacional Identificação - Leito de curso de água; - Zonas ameaçadas pelas cheias; - Áreas com risco de erosão; - Áreas de máxima infiltração; - Cabeceiras de linhas de água; - Encostas com declive superior a 30%. Legislação Aplicável - Lei nº 58/2005, de 29 de Dezembro, aprova a Lei da Água. - DL 166/08, de 22 de Agosto, aprova o Regime Jurídico da Reserva Ecológica Nacional, alterado pelo Decreto-Lei 239/2012, de 02 de Novembro. Área Condicionada - Áreas designadas por Reserva Ecológica Nacional, devidamente assinaladas na Planta de Condicionantes e Carta da Reserva Ecológica Nacional. Condicionantes - São interditas as ações que se traduzam em operações de loteamento, obras de urbanização, construção e ampliação, vias de comunicação, escavações e aterros, destruição do revestimento vegetal, com exceção das ações compatíveis com os Relatório das Opções do Plano 195 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão/DOGU/DOTPU GIPP, Lda. objetivos de proteção ecológica e ambiental identificas no anexo II do DL166/08, de 22 de Agosto, respeitadas as condições de viabilização de usos e ações referidas na Portaria 1356/08, de 28 de Novembro, republicada pelo DL 239/2012, de 02 de Novembro, sendo algumas sujeitas a parecer da CCDR da área. Entidade com jurisdição - A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional da respetiva área de jurisdição. O Instituto da Conservação da Natureza é a entidade competente nos assuntos relacionados com as áreas protegidas. 6.1.3.2 Reserva Agrícola Nacional Identificação - Áreas devidamente assinaladas na Planta de Condicionantes e Carta da Reserva Agrícola Nacional. Legislação Aplicável - Portaria 202/70, de 21 de Abril (regulamento que fixa a Unidade de Cultura para Portugal Continental). - Portaria 435-A/91, de 27 de Maio. Aprova a carta da Reserva Agrícola Nacional do concelho de Vila Nova de Famalicão. - DL 73/2009, de 31 de Março, aprova o regime jurídico da Reserva Agrícola Nacional. - Portaria 162/2011,de 18 de Abril. Define os limites e condições para a viabilização das utilizações não agrícolas de áreas integradas na Reserva Agrícola Nacional. Área Condicionada - Áreas devidamente assinaladas na Planta de Condicionantes e Carta da Reserva Agrícola Nacional. Condicionantes - Proibidas as ações que se traduzem em operações de loteamento, obras de urbanização, construção de edifícios, obras hidráulicas, vias de comunicação e acessos, aterros e escavações, lançamento ou depósito de qualquer tipo de resíduos, ações que provoquem a erosão ou degradação do solo e a utilização indevida de fertilizantes e fitofarmacêuticos. - Carecem de parecer da Comissão Regional da Reserva Agrícola (CRRA) as obras com finalidade exclusivamente agrícola, habitação para fixação em regime de residência habitual, obras de interesse público, exploração de minas, pedreiras, Relatório das Opções do Plano 196 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão/DOGU/DOTPU GIPP, Lda. barreiras e saibreiras, obras indispensáveis à defesa do património cultural, operações relativas à exploração florestal, campos de golfe e instalações para agroturismo e turismo rural. Entidade com jurisdição - Cada região da RAN tem como órgão próprio uma Comissão Regional da Reserva Agrícola. - A nível nacional existe o Conselho Nacional da Reserva Agrícola. 6.1.3.3 Áreas Florestais Percorridas por Incêndios Identificação - Áreas devidamente assinaladas na Planta de Condicionantes. Legislação Aplicável - DL 139/88, de 22 de Abril. Torna obrigatória a rearborização das áreas percorridas por incêndio. - DL 180/89, de 30 de Maio. Estabelece regras de ordenamento das zonas percorridas por incêndios florestais em áreas protegidas. Competência do ICN. - DL 124/06, de 28 de Junho. Estabelece as medidas e ações a desenvolver, no âmbito do Sistema Nacional de Defesa da Floresta contra incêndios. - DL 55/07, de 12 de Março alterado pela Declaração de Retificação nº 37/2007 de 9 de Maio. Terceira alteração ao DL 327/90, de 22 de Outubro, alterado, por ratificação, pela Lei 54/91, de 8 de Agosto, e pelo DL 34/99, de 5 de Fevereiro, que estabelece medidas de proteção aos povoamentos florestais percorridos por incêndios. - DL 254/2009 de 24/9 retificado pela Declaração de Retificação nº 88/2009 de 23/11, pela Lei 116/2009 de 23/12 e pela Lei1/2011 de 14-01”) Área Condicionada - Áreas devidamente assinaladas na Planta de Condicionantes. Condicionantes - Nas áreas com povoamentos florestais percorridos por incêndios florestais, não incluídas em espaços classificados em Planos Municipais de Ordenamento do território como urbanizados, urbanizáveis ou industriais, ficam proibidos, pelo prazo de 10 anos, as seguintes ações: Relatório das Opções do Plano 197 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão/DOGU/DOTPU GIPP, Lda. a) Realização de novas construções ou a demolição de quaisquer edificações ou construções; b) O estabelecimento de quaisquer novas atividades agrícolas, industriais, turísticas ou outras que possam ter impacte ambiental negativo; c) A substituição de espécies florestais por outras, técnica a ecologicamente desadequadas; d) O lançamento de águas residuais industriais ou de uso doméstico ou quaisquer outros efluentes líquidos poluentes; e) O campismo fora dos locais definidos para esse fim. - Nas áreas referidas no ponto 1, durante o prazo de 10 anos a contar da data de ocorrência, não poderão ser revistas ou alteradas as disposições dos PMOT ou elaborar-se novos instrumentos de planeamento territorial, por forma a permitir-se a sua ocupação urbanística. - As proibições estabelecidas no ponto 1 podem ser levantadas por despacho conjunto do Ministro do Ambiente e do Ordenamento do Território e do Ministro da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas, a requerimento dos interessados ou da respetiva Câmara Municipal. Entidade com jurisdição - Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) 6.1.3.4 Sobreiros, Azinheiras e Azevinhos Identificação As espécies de quercus suber (sobreiro) e quercus rotundifolia (azinheira), são espécies protegidas ao abrigo do Decreto-lei n.º 169/2001, de 25 de Maio, alterado pelo Decreto-lei n.º 155/2004, de 30 de Junho. 6.1.3.5 Árvores de Interesse público Nos termos do Decreto nº 20985 de 7 de Março de 1932 e do parágrafo único, do artigo 1.º, do Decreto-Lei nº 28 468, de 15 de Fevereiro de1938, e do disposto no artigo 14.º, do Decreto-Lei nº 159/2008, de 8 de Agosto são classificadas como árvores de interesse público os seguintes exemplares, existentes na mata de Pindela, freguesia de Cruz, concelho de Vila Nova de Famalicão: - Liriodendron tulipifera L., árvore vulgarmente conhecida por tulipeiro-da-vírgínea; - Sequoia sempervirens (D. Don) Endl., árvore vulgarmente conhecida por sequóia; Relatório das Opções do Plano 198 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão/DOGU/DOTPU GIPP, Lda. - Pseudotsuga menziesji (Mirbel), franco árvore vulgarmente conhecida por pseudotsuga. As árvores de grande porte existentes na mata amenizam os rigores do clima, embelezam e valorizam o conjunto. Condiciona a autorização do IGESPAR ou ICNF o arranjo, incluindo corte e derrama, das árvores em jardins, parques, matas ou manchas de arvoredo existentes nas zonas de proteção a monumentos nacionais, edifícios de interesse público e edifícios do Estado de reconhecido interesse arquitetónico e a todas as árvores isoladas, alamedas e maciços classificados de interesse público. 6.2 PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARQUEOLÓGICO 6.2.1 Imóveis Classificados ou em Vias de Classificação Identificação 6.2.1.1 Monumentos Nacionais - P1 - Igreja do Mosteiro de Arnoso Santa Eulália (Decreto nº 28536/38, de 22 de Março e Zona especial de proteção criada pelo: Diário do Governo nº 89 (IIª série), de 16 de Abril de 1971. - P2 - Ponte da Lagoncinha, Lousado (Decreto nº 32973/43, de 18 de Agosto e Zona especial de proteção criada pelo: Diário do Governo nº 31 (IIª série), de 6 de Fevereiro de 1961. - P3 - Ponte de Serves, Pedome (Decreto nº 28536/38, de 22 de Março). - P4 - Marcos Miliários (série capella) da Via Romana Braga-Porto-Lugar de Sta Catarina e Lugar da Igreja, freguesia de Cabeçudos (Decretos de 16 de Junho, Diário do Governo nº 136, de 23 de Junho de 1910). - P5 - Castro de Monte Redondo ou de S. Mamede, freguesia de Portela (Decretos de 16 de Junho, Diário do Governo nº 136, de 23 de Junho de 1910). 6.2.1.2 Imóveis de Interesse Público - P6-Mosteiro de Landim, incluindo a igreja, casa do Mosteiro e todo o terreno abrangido pela cerca – Decreto nº 2/96, de 6 de março. - P7 - Igreja de S. Tiago de Antas (Decreto nº 42007/58, de 6 de Dezembro). Relatório das Opções do Plano 199 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão/DOGU/DOTPU GIPP, Lda. - P8 - Casa do Vinhal, incluindo a capela e os jardins, Vila Nova de Famalicão (Decreto nº 129/77, de 29 de Setembro). - P9 - Casa de Camilo Castelo Branco, Seide S. Miguel (Decreto nº 95/78, de 12 de Setembro). - P10 - Castro do Monte das Ermidas, Jesufrei (Decreto nº 29/90, de 17 de Julho). - P11 - Castro de S. Miguel-o-Anjo, Calendário (Decreto nº 29/90, de 17 de Julho). 6.2.1.3 Monumentos de Interesse Público - P12 - Casa, quinta e mata de Pindela, Cruz – Portaria n.º 740-DG/2012, DR, 2.ª série – n.º 248 – de 24 de dezembro de 2012. - P13 - Cruzeiro do Lugar da Quinta ou Cruzeiro do Largo da Quinta, Arnoso de Santa Maria – Portaria n.º 463/2012, DR, 2.ª série, n.º 183, de 20 de setembro 2012. 6.2.1.4 Sítio de Interesse Público - P14 - Estação Arqueológica de São João de Perrelos, Delães – Portaria n.º 423/2013, DR, 2.ª série, n.º 122, de 27 de agosto de 2013. 6.2.1.5 Imóveis de Interesse Municipal - P15 - Ruínas da Capela de Cavalões, antiga capela das almas – Decreto n.º 95/78, DR, 1.ª série n.º 210, de 12 de setembro. - P16 - Casa de Vila Boa - Decreto n.º 129/77, DR 1.ª série n.º 226 de 29 de setembro. 6.2.1.6 Imóveis em Vias de Classificação - P17 - Conjunto formado pela Casa de Santiago e Aqueduto, Castelões - inclui zona especial de proteção provisória (ZEPP) – Despacho de 31 de julho de 2013. Legislação Aplicável - DL 20985, de 7 de Março de 1932. Institui o Conselho Superior de Belas Artes e estabelece normas sobre belas-artes, arqueologia, proteção e conservação de monumentos. Estabelece zonas de proteção dos imóveis classificados. - DL 28468, de 15 de Fevereiro de 1938. Condiciona o corte ou arranjo de árvores ou manchas de arvoredo existentes nas zonas de proteção de monumentos nacionais, imóveis de interesse público e edifícios públicos. Relatório das Opções do Plano 200 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão/DOGU/DOTPU GIPP, Lda. - DL 46349, de 2 de Maio de 1965. Determina que, em casos especiais, os monumentos nacionais e imóveis de interesse público poderão ter zonas de proteção superiores a 50m. - DL 181/70, de 28 de Abril. Determina que a constituição de uma servidão administrativa, desde que exija a prática de um ato da Administração, deve ser precedida de aviso público e ser facultada audiência aos interessados. - DL 205/88, de 16 de Junho. Regula a qualificação dos técnicos responsáveis pelos projetos de arquitetura referentes a obras a realizar nos bens imóveis classificados ou em vias de classificação e nas respetivas zonas especiais de proteção. - Lei 107/01, de 8 de Setembro. Estabelece as Bases da Política e do Regime de Proteção e Valorização do Património Cultural. - DL 173/06, de 24 de Agosto. Define um regime transitório para os imóveis abrangidos pela zona de proteção dos edifícios públicos de reconhecido valor arquitetónico, revogando o Decreto 21875, de 18 de Novembro de 1932. - DL 140/09, de 15 de Junho. 1 — Estabelece o regime jurídico dos estudos, projetos, relatórios, obras ou intervenções sobre bens culturais classificados, ou em vias de classificação, de interesse nacional, de interesse público ou de interesse municipal. - DL 309/09, de 23 Outubro. Estabelece o procedimento de classificação de bens imóveis de interesse cultural, bem como o regime jurídico das zonas de proteção e do plano de pormenor de salvaguarda. Área Condicionada - Imóveis Classificados ou em Vias de Classificação. - Zona geral de proteção de 50m contada a partir dos limites externos do imóvel classificado ou em vias de classificação (art.43º, da Lei nº 107/01, de 8/9 e art.º. 37.º do DL 309/2009 de 23 de Outubro). - Zona Especial de Proteção (ZEP) da Ponte de Lagoncinha e Igreja do Mosteiro de Arnoso Santa Eulália, abrangendo uma zona de proteção superior a 50m, conforme assinalada na Planta de Condicionantes, e definindo uma área vedada à construção. - Áreas com Património Arqueológico (identificadas na Planta de Condicionantes). Condicionantes Património Classificado: - Todas as obras efetuadas nos imóveis estão sujeitas a parecer vinculativo do IPPAR, podendo os proprietários particulares ser obrigados a realizar obras de conservação necessárias e tendo o Estado, o direito de opção na sua eventual alienação. Relatório das Opções do Plano 201 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão/DOGU/DOTPU GIPP, Lda. - Todas as obras que excedam a simples conservação a efetuar nas zonas de proteção estão sujeitas a parecer vinculativo do IPPAR, tendo o Estado, o direito de opção na sua eventual alienação. - Todos os projetos a apresentar deverão ser obrigatoriamente subscritos por arquitetos (art.º. 3º, do DL 205/88, de 16/6). Outras áreas com Património Arqueológico: - Todas as obras a executar em áreas com património arqueológico na carta de condicionantes ou em sítios onde se venha a detetar vestígios arqueológicos estão sujeitas à aprovação de um plano de trabalhos arqueológicos pelo IGESPAR. Entidade com jurisdição - Os pedidos de licenciamento, certidões e licenças, questões ligadas a património classificado, pareceres vários, deverão ser solicitados à Direção Regional de Cultura do Norte, em Vila Real (DRCN). - Os pedidos de aprovação dos planos de trabalhos arqueológicos deverão ser solicitados ao IGESPAR. 6.2.2 Edifícios Públicos Identificação - Escola Industrial e Comercial de Vila Nova de Famalicão (zona de proteção publicada no DG nº 142, II série, de 16 de Junho de 1962) - Hospital S. João de Deus de Vila Nova de Famalicão (zona de proteção publicada no DG nº 285, II série, de 10 de Dezembro de 1966) Legislação Aplicável - DL 28468, de 15 de Fevereiro de 1938. Condiciona o corte ou arranque de árvores ou manchas de arvoredo existente nas zonas de proteção de monumentos nacionais, imóveis de interesse público e edifícios públicos. - DL 34993, de 11 de Outubro de 1945. Define como se estabelecem as zonas de proteção a edifícios públicos não classificados como monumentos nacionais. - DL 39847, de 8 de Outubro de 1954. Define quais os técnicos que poderão assinar projetos de construção e reconstrução em zonas de proteção de edifícios públicos. - DL 40388, de 21 de Novembro de 1955. Autoriza o Governo a estabelecer zonas de proteção de edifícios e construções de interesse público. Relatório das Opções do Plano 202 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão/DOGU/DOTPU GIPP, Lda. Área Condicionada - Zona de proteção (ZP) do Hospital S. João de Deus, definido no DG nº 285/66, II série, de 10 de Dezembro. - Zona de proteção (ZP) da Escola Industrial e Comercial (atual Escola Secundária Dom Sancho I), definido no DG nº 142/62, II série, de 16 de Junho. Condicionantes - Todas as obras a efetuar estão sujeitas à prévia aprovação do Ministro do Equipamento, do Planeamento e da Administração do Território. - A CCDRN pode embargar as obras realizadas nas zonas de proteção de edifícios públicos que não cumpram os condicionamentos estabelecidos para essas zonas. - Nas zonas de proteção de edifícios públicos de reconhecido valor arquitetónico, os projetos de novas construções ou de reconstruções deverão ser assinados por arquitetos e engenheiros civis (DL 39847/54, de 8/10). Entidade com jurisdição - Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações 6.3 INFRAESTRUTURAS BÁSICAS 6.3.1 Rede de Esgotos Identificação - Sistema Integrado de Despoluição do Vale do Ave (SIDVA) Rede assinalada na Planta de Condicionantes. Legislação Aplicável - DL 34021, de 11 de Outubro de 1944. Servidão para captação e condução de águas potáveis ou saneamento de aglomerados populacionais. - Portaria 11338, de 8 de Maio de 1946. Aprova o Regulamento Geral das Canalizações e Esgotos. - Lei 159/99, de 14 de Setembro. Estabelece o quadro de transferência de atribuições e competências para as autarquias locais. - Lei 169/99, de 18 de Setembro. Estabelece o quadro de competências, assim como o regime jurídico de funcionamento, dos órgãos dos municípios e das freguesias. Relatório das Opções do Plano 203 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão/DOGU/DOTPU GIPP, Lda. Área Condicionada - É identificado na Planta de Condicionantes o traçado dos coletores principais do Sistema Integrado de Despoluição do Vale do Ave (SIDVA). Condicionantes - É proibida a construção sobre os coletores. - Os proprietários ou arrendatários dos terrenos em que tenham de se realizar estudos, pesquisas ou trabalhos de saneamento, ou dos terrenos que a eles derem acesso, são obrigados a consentir a sua ocupação e trânsito, enquanto durarem esses trabalhos, podendo haver lugar a indemnização se resultar diminuição transitória ou permanente do seu rendimento efetivo. Entidade com Jurisdição - A Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão é responsável pelo saneamento básico das áreas urbanas. - Águas do Ave, SA 6.3.2 Rede de Abastecimento de Água Identificação - Rede Adutora das Águas do Cávado. - Rede Adutora Municipal. Legislação Aplicável - Dec. nº 5787-IIII, de 10 de Maio de 1919. Estabelece, no seu art.º. 6º, servidão de passagem para abastecimento de água para gastos domésticos. - DL 34021, de 11 de Outubro de 1944. Servidão para captação e condução de águas potáveis ou saneamento de aglomerados populacionais. Área Condicionada - Faixa de terreno de 1,5m de largura para cada lado da conduta. Condicionantes - É proibida a construção sobre os coletores ou faixa de proteção. Entidade com Jurisdição - A Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão é responsável pela rede de abastecimento de água. - Águas do Cávado, SA Relatório das Opções do Plano 204 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão/DOGU/DOTPU GIPP, Lda. 6.3.3 Linhas Elétricas Identificação - Linhas de alta tensão e muito alta tensão, devidamente assinaladas na Planta de Condicionantes: - Rede de Alta Tensão (60 Kv) - Rede de Muito Alta Tensão (130 Kv a 150 Kv) - Rede de Muito Alta Tensão (400 Kv) - Centrais termoeléctricas e aproveitamentos hidroeléctricos - EI 2.0/535 – Aproveitamento hidroeléctrico de Amieiro-Galego, da empresa TERMOLAN – Isolamentos Termo-Acústicos, S.A., constituída por um gerador com a potência de 1 385 kVA, obteve a licença de estabelecimento, em 3 de Abril de 2003, sita no Rio Ave, freguesia de Bairro - - EI 2.0/543 – Aproveitamento hidroeléctrico de Caniços, da empresa CPPE – Companhia Portuguesa de Produção de Electricidade, S.A., constituída por dois geradores síncronos com a potência unitária de 600 kVA, obteve a licença de estabelecimento, em 4 de Agosto de 2004, sita no Rio Ave, sito nas margens direita e esquerda do Rio Ave, lugar de Caniços, freguesia de Bairro - - EI 2.0/598 – Central Termoeléctrica, da empresa ENERLOUSADO – Recursos Energéticos, constituída por um gerador síncrono com a potência unitária de 6250 kVA, obteve a licença de estabelecimento, em 3 de Abril de 2003, sita no Rio Ave, sita no complexo industrial no lugar de Lousado. Legislação Aplicável - DL 26852, de 30 de Julho de 1936. Regulamento de Licenças para Instalações Elétricas. - DL 43335, de 19 de Novembro de 1960. Determina a existência de servidões de passagem para instalações de redes elétricas. - DL 446/76, de 5 de Junho. Dá nova redação a alguns artigos do Regulamento de Licenças para Instalações Elétricas, aprovado pelo DL 26852, de 30 de Julho de 1936. - DR 1/92, de 18 de Fevereiro. Aprova o Regulamento de Segurança de Linhas Elétricas de Alta Tensão (RSLEAT). Área Condicionada - Proximidade das linhas elétrica de alta tensão e muito alta tensão. É identificado em planta o traçado das referidas linhas. Relatório das Opções do Plano 205 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão/DOGU/DOTPU GIPP, Lda. Condicionantes - Relativamente a edifícios (coberturas, chaminés e todas as partes salientes suscetíveis de ser normalmente escaladas por pessoas) a distância mínima aos condutores de uma linha na sua condição de flecha máxima e desviados pelo vento é de 6,00m para uma linha de 400Kv e de 4,20 m tratando-se de uma linha de 150 Kv. Nas restantes, não deverá ser inferior a 4,00 m. - Os projetos de construção relativos a quaisquer obras que se venham a realizar nas proximidades de uma linha de muito alta tensão (distância em projeção horizontal inferior ou igual a 25 metros), estão sujeitos a parecer da REN. - Não se poderão instalar linhas aéreas de alta tensão ou muito alta tensão sobre recintos escolares e campos desportivos. - É obrigatória a cedência de passagem para acesso às linhas de alta ou muito alta tensão e respetivos apoios. - Deverão ser previstos corredores de acesso às linhas de alta e muito alta tensão nos Planos de Urbanização. - Na proximidade de edifícios, os condutores nus de redes de distribuição de redes de baixa tensão não poderão penetrar numa zona de proteção definida pelas distâncias mínimas seguintes: a) a coberturas horizontais: 3,00m acima do pavimento; b) a coberturas de inclinação até 45 graus: 2,00m na vertical; c) a coberturas com inclinação superior a 45 graus: 1,00m na perpendicular ao telhado; d) a paredes: 0,20m; e) a chaminés: 1,20m na horizontal, relativamente às paredes mais salientes e 2,50m acima do topo; f) a beirais: 2,00m acima da origem do telhado; 0,80m na horizontal, em relação à origem do telhado ou à platibanda; 0,15m abaixo do beiral ou da cornija; g) a janelas: 0,20m acima da verga; 1,00m de afastamento lateral em relação a cada ombreira; 1,20m de afastamento da parede até 0,80m abaixo do peitoril, seguido de 0,80m de afastamento até 2,00m abaixo do peitoril; h) a varandas ou paredes de sacada: 2,50m acima do pavimento; 1,20m de afastamento horizontal em qualquer direção até 0,80m abaixo do parapeito seguido de 0,80m de afastamento até 2,00m abaixo do parapeito; no caso da varanda ou janela da sacada ter grade, dever-se-á manter o afastamento de 1,20m até 0,80m abaixo da soleira. Entidades com Jurisdição Relatório das Opções do Plano 206 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão/DOGU/DOTPU GIPP, Lda. EDP, Distribuição Energia S.A. – Rede de Alta Tensão REN, Rede Elétrica Nacional, S.A. – Rede de Muito Alta Tensão 6.3.4 Gasodutos Identificação dos gasodutos de 1º escalão - Ramal Setúbal – Braga - Ramal Braga – Tuy - Estações em Requião e Vale São Cosme Legislação Aplicável - DL 374/89, de 25 de Outubro. Aprova o regime do serviço público de importação de gás natural liquefeito e gás natural, da receção, armazenagem e tratamento do gás natural liquefeito, da produção de gás natural e dos seus gases de substituição e do seu transporte e distribuição. - DL 232/90, de 16 de Julho. Estabelece o normativo a que deve obedecer o projeto, a construção, a exploração e a manutenção do sistema de abastecimento dos gases combustíveis canalizados. - DL 274-A/93, de 4 de Agosto. Altera o DL 374/89, de 25 de Outubro (aprova o regime do serviço público de importação de gás natural liquefeito e gás natural, da recepção, armazenagem e tratamento do gás natural liquefeito, da produção de gás natural e dos seus gases de substituição e do seu transporte e distribuição). - DL 8/2000, de 8 de Fevereiro. Aprova a importação e transporte de gás natural liquefeito e estabelece o regime de licença para a distribuição e fornecimento de gás natural em regime de serviço público em zonas não abrangidas pela concessão de distribuição regional, alterando a redação do DL 374/89, de 25 de Outubro. No artigo 10º é regulamentada a definição de servidões. Área Condicionada 1. No caso de gasodutos de 1º escalão ou de alta pressão, segundo o art.10º do DL 8/2000, de 8/2: a) O terreno não será arado, nem cavado, a uma profundidade superior a 50cm, numa faixa de 2m para cada lado do eixo longitudinal da tubagem; b) É proibida a plantação de árvores ou arbustos numa faixa de 5m para cada lado do eixo longitudinal da tubagem; c) É proibida a construção de qualquer tipo, mesmo provisória, numa faixa de 10m para cada lado do eixo longitudinal da tubagem; Relatório das Opções do Plano 207 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão/DOGU/DOTPU GIPP, Lda. d) É permitido o livre acesso do pessoal e equipamento necessário à instalação, vigilância, manutenção, reparação e renovação do equipamento instalado e respetiva vigilância; e) O eixo da tubagem dos gasodutos deve ser assinalado no terreno pelas formas estabelecidas no regulamento de segurança; 2. No caso de gasodutos de 2º escalão ou de média pressão: a) As faixas em que incidam as restrições estabelecidas nos nos a) e b) da alínea anterior são reduzidas a metade; b) As distâncias em que é proibida a construção nos termos do nº c) da alínea anterior são reduzidas em conformidade com o regulamento de segurança aplicável; c) O eixo da tubagem dos gasodutos deve ser assinalado no terreno pelas formas estabelecidas no regulamento de segurança; 3. No caso de redes de distribuição de baixa pressão, as restrições estabelecidas nos nos a), b) e c) da alínea 1, são reduzidas a 1m para cada lado do eixo longitudinal da tubagem. Condicionantes - A aprovação de Planos de Urbanização, a emissão de licenças de loteamentos, bem como a aprovação de projetos de escavações, de construção e ampliação ou reconstrução de edificações que abranjam os imóveis afetados pelas servidões ficam sujeitas a parecer prévio da Direcção-Geral de Energia, sem embargo das competências de outros organismos ou entidades. - A instalação de vias-férreas ou rodoviárias, ou de postes, linhas, tubagens ou cabos de qualquer natureza, enterrados, à superfície ou aéreos, bem como a realização de quaisquer trabalhos de natureza similar, apenas poderão ser efetuados com a estrita observância das disposições aplicáveis, nomeadamente do estatuído nos art.º. 33º e 34º do Regulamento Técnico aprovado pela Portaria 695/90, de 20 de Agosto, e no art.º. 24º do Regulamento Técnico aprovado pela Portaria 788/90, de 4 de Setembro, ou de outros que porventura os venham substituir. Entidade com jurisdição - Portgás Relatório das Opções do Plano 208 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão/DOGU/DOTPU 6.4 GIPP, Lda. INFRAESTRUTURAS DE TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES 6.4.1 Rede Rodoviária Nacional (RRN), Estradas Regionais e Estradas Nacionais Desclassificadas sob jurisdição da EP a) Rede Rodoviária Nacional (RRN) Rede Nacional Fundamental (IP) Identificação - A3/IP1 (Itinerário Principal / Auto-Estrada Porto – Valença) Rede Nacional Complementar (IC e EN) Identificação - A7/IC5 (Itinerário Complementar / Auto-Estrada Póvoa de Varzim – Guimarães) - EN 14 (Estrada Nacional Porto – Braga) - EN 204 (Estrada Nacional Santo Tirso – Barcelos) b) Estradas Regionais sob responsabilidade da EP Identificação ER 206 (Estrada Regional Póvoa de Varzim – Guimarães) c) Estradas Nacionais Desclassificadas sob jurisdição da EP Identificação EN 14 Estrada Nacional (antiga) entre o entroncamento com a EN 204 Rot. St.º António (Km 28,800) e o Fim da Variante (Km 29,800) Legislação Aplicável - Lei 2.037, de 19 de Agosto de 1949. Aprova o Estatuto de Estradas Nacionais (parcialmente revogado). - DL 13/71, de 23 de Janeiro. Altera o Estatuto de Estradas Nacionais. - DL 219/72, de 27 de Junho. Completa e atualiza o DL 13/71, de 23 de Janeiro. Estabelece regras para ampliação ou modificação de instalações industriais existentes em zonas “non aedificandi”. - Despacho SEOP 37-XII/92, de 22 de Novembro. Estabelece as normas para a instalação e exploração das áreas de serviço e postos de abastecimento de combustíveis. - DL 13/94, de 15 de Janeiro. Atualiza o DL 13/71, de 23 de Janeiro. Estabelece faixas com servidão “non aedificandi” e normas a aplicar às estradas nacionais constantes do Plano Rodoviário Nacional. Revoga o DL 64/83, de 3 de Fevereiro, o DL 341/86, de 7 de Outubro e o DL 136/91, de 4 de Abril. Relatório das Opções do Plano 209 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão/DOGU/DOTPU GIPP, Lda. - DL 294/97, de 24 de Outubro. Estabelece as zonas “non aedificandi” da AutoEstrada Porto – Valença (A3/IP1). - DL 105/98, de 24 de Abril retificado pela Declaração de Retificação n.º 11-A/98, de 30 de Junho, e alterado pelo DL 166/99, de 13 de Maio - Regula a afixação ou a inscrição de publicidade na proximidade das estradas nacionais fora dos aglomerados urbanos. - DL 222/98, de 17 de Julho. Redefine o Plano Rodoviário Nacional e cria as estradas regionais. Revoga o DL 380/85, de 9 de Junho. - DL 248-A/99, de 6 de Junho. Estabelece as zonas “non aedificandi” da Auto-Estrada Póvoa de Varzim – Guimarães (A7/IC5). - Lei 98/99, de 26 de Julho. Altera o DL 222/98, de 17 de Julho. Define que as estradas regionais estão subordinadas às normas das estradas nacionais, incluindo o disposto no DL 105/98, de 24 de Abril. - DL 261/2002, de 23 de Novembro. Confere às câmaras municipais competência para emitir parecer prévio sobre a localização de áreas de serviço nas redes viárias regional e nacional, bem como para se pronunciarem sobre a definição e alteração da rede rodoviária nacional e regional e sobre a utilização da via pública. - DL 182/2003, de 16 de Agosto. Atualiza o Plano Rodoviário Nacional. - DL 175/2006, de 28 de Agosto. Altera o DL 13/71, de 23 de Janeiro. Dispensa do parecer das CCDR’s para as edificações abrangidas pela exceção da alínea c) do artigo 8.º do DL 13/71, de 23 de Janeiro. Área Condicionada - O art.º. 3º do DL 294/97, e o art.º. 4º do DL 248-A/99, estabelecem as seguintes zonas de servidão non aedificandi para a A3/IP1 e A7/IC5, respetivamente: - Interdita a construção a menos de 40m ao limite da plataforma da autoestrada ou a menos de 20m da zona da autoestrada; - Interdita a construção de instalações de carácter industrial a menos de 70m do limite da plataforma da autoestrada ou a menos de 50m da zona de autoestrada; - O art.º. 5º do DL 13/94, aplica-se às Estradas Nacionais, Variante Nascente e VIM, e estabelece uma servidão de 20m para cada lado do eixo da via, e um mínimo de 5m da zona de estrada. - Relativamente às Estradas Nacionais desclassificadas, anteriormente classificadas como Estradas Nacionais de 1ª categoria, aplica-se o art.º. 8º do DL13/71, que proíbe qualquer tipo de construção a menos de 15m do limite da plataforma da estrada. Relatório das Opções do Plano 210 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão/DOGU/DOTPU GIPP, Lda. Condicionantes - A utilização do solo, subsolo ou espaço aéreo da zona de estrada e a criação ou alteração de acessos estão dependentes de aprovação do EP/EP. - Os projetos e planos de trabalho de atravessamento perpendicular ao eixo da estrada de canalizações ou cabos de energia elétrica, de líquidos, de gases, de telecomunicações ou equiparados, de interesse público de especial relevo, devidamente comprovado, deverão ser submetidos à aprovação do EP. Entidade com Jurisdição - IMT - Instituto da Mobilidade e dos Transportes, IP. - EP - Estradas de Portugal, SA. - A Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão ficou responsável pela exploração e licenciamento da publicidade em todo o núcleo urbano (freguesias de Vila Nova de Famalicão, Calendário, Brufe, Antas e Gavião), conforme acordo realizado entre a Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão e a Direção de Estradas de Braga (ofício n.º 5864 da Câmara Municipal, de 7 de Dezembro de 1995, enviado ao Director de Estradas de Braga). 6.4.2 Estradas Intermunicipais Identificação - VIM (Via Intermunicipal Joane – Vizela) Área Condicionada - O art.º. 5º do DL 13/94, aplica-se à VIM, e estabelece uma servidão de 20m para cada lado do eixo da via, e um mínimo de 5m da zona de estrada. Condicionantes - A utilização do solo, subsolo ou espaço aéreo da zona de estrada e a criação ou alteração de acessos estão dependentes de aprovação da AMAVE. - Os projetos e planos de trabalho de atravessamento perpendicular ao eixo da estrada de canalizações ou cabos de energia elétrica, de líquidos, de gases, de telecomunicações ou equiparados, de interesse público de especial relevo, devidamente comprovado, deverão ser submetidos à aprovação da AMAVE. Legislação Aplicável A legislação aplicável às estradas nacionais. Relatório das Opções do Plano 211 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão/DOGU/DOTPU GIPP, Lda. Entidade com Jurisdição - Associação de Municípios do Vale do Ave. 6.4.3 Rede Viária Municipal 6.4.3.1 Estradas Regionais e Estradas Nacionais Desclassificadas sob a jurisdição do Município a) Estradas Regionais sob a jurisdição do Município Identificação - ER 206 – entre o Entroncamento com a EN204 Rot Bernardino Machado (Km 21,305) e a Rot. da Variante Nascente (Km 22,320) b) Estradas Nacionais Desclassificadas sob jurisdição do Município Identificação Estradas Nacionais Desclassificadas pelo PRN2000 - EN 309 (Estrada Nacional Vila do Conde – Braga) - EN 310 (Estrada Nacional Santo Tirso – Guimarães) - EN 204-5 (Estrada Nacional entre a EN 204 e EN 310) - EN 204-4 (Estrada Nacional entre a Estrada Nacional 204 e a Estação de Famalicão) Estradas Nacionais Desclassificadas pela construção da Variante Nascente - EN14 – antiga Estrada Nacional entre o início da Variante (Km 25,700) e o entroncamento com a EN 204 Rot. St.º António (Km 28,800) - EN204 – antiga Estrada Nacional entre o Rot. da Variante (Km 37,574) e a EN14 (Km 39,880) Legislação Aplicável - Lei 2.037, de 19 de Agosto de 1949. Aprova o Estatuto de Estradas Nacionais (parcialmente revogado). - DL 13/71 de 23 de Janeiro. Altera o Estatuto de Estradas Nacionais. - DL 219/72, de 27 de Junho. Completa e atualiza o DL 13/71, de 23 de Janeiro. Estabelece regras para ampliação ou modificação de instalações industriais existentes em zonas “non aedificandi”. - Protocolo de 17 de Julho de 2003 entre a Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão e o Instituto de Estradas de Portugal (EP) – Transferência para o domínio municipal dos troços das estradas nacionais EN 309, EN 310, EN 204-5 e EN 204-4. - DL 13/94, de 15 de Janeiro. Atualiza o DL 13/71, de 23 de Janeiro. Estabelece faixas com servidão “non aedificandi” e normas a aplicar às estradas nacionais constantes Relatório das Opções do Plano 212 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão/DOGU/DOTPU GIPP, Lda. do Plano Rodoviário Nacional. Estabelece que enquanto não for publicado o diploma regulamentador das Estradas Nacionais Desclassificadas, serão aplicáveis as disposições da Lei 2.037, de 19 de Agosto de 1949 e o DL13/71, de 23 de Janeiro (Estatuto das Estradas Nacionais). Revoga o DL64/83, de 3 de Fevereiro, o DL 341/86, de 7 de Outubro e o DL 136/91, de 4 de Abril. - DL 222/98, de 17 de Julho com a redação alterada pela Lei 98/99. Redefine o Plano Rodoviário Nacional e cria as estradas regionais. Estabelece que, as estradas nacionais desclassificadas serão reguladas por diploma próprio, para além do referido deste diploma e no Estatuto das Estradas Nacionais. Revoga o DL 380/85, de 9 de Junho. - DL 260/2002, de 23 de Novembro. Regula o licenciamento da instalação de áreas de serviço na rede viária municipal. Revoga os artigos do DL 13/71, de 23 de Janeiro, e o Despacho SEOP 37-XII/92, publicado no DR nº 294, IIª Série, de 22 de Dezembro de 1992, na parte relativa ao licenciamento de áreas de serviço na rede viária municipal. - Regulamento Municipal de Publicidade, aprovado pela Assembleia Municipal de Vila Nova de Famalicão em 16 de Janeiro de 2004. - DL 175/2006, de 28 de Agosto. Altera o DL 13/71, de 23 de Janeiro. Dispensa do parecer das CCDR’s para as edificações abrangidas pela exceção da alínea c) do artigo 8.º do DL 13/71, de 23 de Janeiro. - Auto de Transferência para o património da Câmara Municipal dos Lanços da EN14, EN204 e ER206, de 10 de Dezembro de 2009, nos termos do art.º 166.º da Lei n.º 2037 de 19 de Agosto de 1949. Área Condicionada Relativamente às Estradas Nacionais desclassificadas, anteriormente classificadas como Estradas Nacionais, aplica-se o art.º. 8º do DL13/71, que proíbe qualquer tipo de construção a menos de 15m, 12m e 10m do limite da plataforma da estrada, conforme esta for de 1.ª, de 2.ª ou de 3.ª classe, respetivamente. Condicionantes - A utilização do solo, subsolo ou espaço aéreo da zona de estrada, a criação e alteração de serventias, bem como o estabelecimento de vedações ou outras ocupações nas faixas de respeito e zonas de servidão “non aedificandi”, estão sujeitas a licenciamento municipal. Entidade com Jurisdição - Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão. Relatório das Opções do Plano 213 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão/DOGU/DOTPU GIPP, Lda. 6.4.3.2 Estradas Municipais Identificação - EM 506 (Estrada Municipal Fradelos -Limite com o concelho de Póvoa de Varzim) - EM 508 (Estrada Municipal Ribeirão -Limite com o concelho de Santo Tirso) - EM 508-1 (Estrada Municipal Lousado – Calendário) - EM 509 (Estrada Municipal Lousado – Limite com o concelho de Santo Tirso) - EM 509-1 (Estrada Municipal Antas – Limite com o concelho de Santo Tirso) - EM 510 (Estrada Municipal Vermoim – Limite com o concelho de Santo Tirso) - EM 510-1 (Estrada Municipal Castelões – Oliveira Santa Maria) - EM 511 (Estrada Municipal Riba de Ave – Limite com o concelho de Santo Tirso) - EM 562 (Estrada Municipal Nine – Limite com o concelho de Barcelos) - EM 562-2 (Estrada Municipal Nine – Limite com o concelho de Barcelos) - EM 570 (Estrada Municipal Gondifelos – Limite com o concelho de Barcelos) - EM 571 (Estrada Municipal Arnoso Santa Maria – Louro) - EM 571-1 (Estrada Municipal Lemenhe – Jesufrei) - EM 571-2 (Estrada Municipal Lemenhe – Gavião) - EM 572 (Estrada Municipal Ribeirão – Louro) - EM 572-1 (Estrada Municipal Ribeirão – Fradelos) - EM 573 (Estrada Municipal Antas – Oliveira São Mateus) - EM 573-1 (Estrada Municipal Antas – Requião) - EM 573-2 (Estrada Municipal Seide São Paio – Lagoa) - EM 573-3 (Estrada Municipal Seide São Miguel – Requião) - EM 573-4 (Estrada Municipal Novais – Oliveira Santa Maria) - EM 574 (Estrada Municipal Oliveira São Mateus – Limite com o concelho de Guimarães) - EM 574-1 (Estrada Municipal Pedome – Limite do concelho de Guimarães) - EM 574-2 (Estrada Municipal Pedome – Joane) - EM 624 (Estrada Municipal Vale São Martinho) - EM 625 (Estrada Municipal Vale São Cosme) - EM 626 (Estrada Municipal Arnoso Santa Maria – Sezures) Legislação Aplicável Relatório das Opções do Plano 214 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão/DOGU/DOTPU GIPP, Lda. - Lei 2110, de 19 de Agosto de 1961. Promulga o Regulamento Geral das Estradas e Caminhos Municipais. - Deliberação de 18 de Dezembro de 1961 da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão – Alargamento para 8m e de 6m das zonas de servidão “non aedificandi” para as estradas e caminhos municipais, salvo para as constantes do artigo 61.º obras de ampliação ou modificação, em que essa zona será de 6m e 4,5m consoante se trate de estradas ou caminhos municipais. - DL 260/2002, de 23 de Novembro. Regula o licenciamento da instalação de áreas de serviço na rede viária municipal. Revoga os artigos do DL 13/71, de 23 de Janeiro, e o despacho SEOP 37-XII/92, publicado no Diário da República, 2.ª Série de 22 de Dezembro de 1992, na parte relativa ao licenciamento de áreas de serviço na rede viária municipal. - Regulamento Municipal de Publicidade, aprovado pela Assembleia Municipal de Vila Nova de Famalicão em 16 de Janeiro de 2004. Área Condicionada - Faixa de terreno com 8 metros de largura para cada lado do eixo da estrada. Condicionantes - A utilização do solo, subsolo ou espaço aéreo da zona de estrada, a criação e alteração de serventias, bem como o estabelecimento de vedações ou outras ocupações nas faixas de respeito e zonas de servidão “non aedificandi”, estão sujeitas a licenciamento municipal. Entidade com Jurisdição - Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão. 6.4.3.3 Caminhos Municipais Identificação Ver anexo ao DL 45 552/64 de 30 de Janeiro. Legislação Aplicável - Lei 2110, de 19 de Agosto de 1961. Promulga o Regulamento Geral das Estradas e Caminhos Municipais. - Deliberação de 18 de Dezembro de 1961 da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão – Alargamento para 8m e de 6m das zonas de servidão “non aedificandi” para as estradas e caminhos municipais, salvo para as constantes do artigo 61.º - Relatório das Opções do Plano 215 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão/DOGU/DOTPU GIPP, Lda. obras de ampliação ou modificação, em que essa zona será de 6m e 4,5m consoante se trate de estradas ou caminhos municipais. - Regulamento Municipal de Publicidade, aprovado pela Assembleia Municipal de Vila Nova de Famalicão em 16 de Janeiro de 2004. Área Condicionada - Faixa de terreno com 6 metros de largura para cada lado do eixo da estrada. Condicionantes - A utilização do solo, subsolo ou espaço aéreo da zona de estrada, a criação e alteração de serventias, bem como o estabelecimento de vedações ou outras ocupações nas faixas de respeito e zonas de servidão “non aedificandi”, estão sujeitas a licenciamento municipal. Entidade com Jurisdição - Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão. 6.4.4 Vias Férreas Identificação - Linha do Minho - Ramal de Braga - Linha de Guimarães - Ramal de Famalicão (desativado) Legislação Aplicável - DL 48594, de 16 de Setembro de 1969. Altera o DL 39780, e determina que, em casos especiais, as áreas de servidão podem ser aumentadas. - DL 166/74, de 22 de Abril. Torna obrigatória a concessão de facilidades pelos proprietários ou possuidores de terrenos em que tenha de proceder-se a estudos ou trabalhos preparatórios da construção de vias-férreas, ou de terrenos que lhes derem acesso. - DL 568/99, de 23 de Dezembro. Procede à revisão do regulamento de passagens de nível, aprovado pelo DL 156/81, de 9 de Junho, e estabelece a obrigatoriedade da elaboração de planos plurianuais de supressão de passagens de nível. - DL 276/03, de 4 de Novembro. No uso da autorização legislativa concedida pela Lei 51/03, de 22 de Agosto, estabelece o novo regime jurídico dos bens do domínio público ferroviário, incluindo as regras sobre a sua utilização, desafetação, permuta Relatório das Opções do Plano 216 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão/DOGU/DOTPU GIPP, Lda. e, bem assim, as regras aplicáveis às relações dos proprietários confinantes e população em geral com aqueles bens. Área Condicionada - Faixa de terreno non aedificandi com 10,0m de largura, a partir dos limites do Domínio Público Ferroviário. Condicionantes - Não é permitido plantação de árvores nem qualquer tipo de construção a menos de 5,0m da linha férrea. - É proibido fazer construções, edificações, aterros, depósitos de materiais ou plantação de árvores a menos de 10,0m de largura, a partir dos limites do Domínio Público Ferroviário, Entidade com Jurisdição - Rede Ferroviária Nacional Refer, EP. 6.5 ATIVIDADES 6.5.1 Instalações com Produtos Explosivos Identificação - Oficina Pirotécnica de Machado & Irmãos. Legislação Aplicável - DL 376/84, de 30 de Novembro. Aprova os seguintes regulamentos: - Regulamento sobre o Licenciamento dos Estabelecimentos de Fabrico e de Armazenagem de Produtos Explosivos; - Regulamento sobre o Fabrico, Armazenamento, Comércio e Emprego de Produtos Explosivos; - Regulamento sobre Fiscalização de Produtos Explosivos. - DL 474/88, de 22 de Dezembro. Altera algumas disposições dos Regulamentos sobre o Fabrico, Armazenagem, Comercialização e Emprego de Produtos Explosivos e sobre Fiscalização de Produtos Explosivos, submetendo a licenciamento prévio a venda e lançamento das chamadas «bombas de Carnaval» - DL 107/92, de 2 de Junho. Extingue a Inspeção de Explosivos (IE), transferindo as suas atribuições e competências para a Polícia de Segurança Pública (PSP). - DL 137/02, de 16 de Maio. Altera a composição, as competências e o funcionamento da Comissão de Explosivos Relatório das Opções do Plano 217 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão/DOGU/DOTPU GIPP, Lda. - DL 139/02, de 17 de Maio. Aprova o Regulamento de Segurança dos Estabelecimentos de Fabrico e de Armazenagem de Produtos Explosivos e revoga o DL 142/79, de 23 de Maio, e as Portarias nos 29/74, de 16 de Janeiro, 831/82, de 1 de Setembro, e 506/85, de 25 de Julho. - DL 139/03, de 2 de Julho. Altera o DL 139/02, de 17 de Maio. - DL 555/99, de 16 de Dezembro. Estabelece o regime jurídico da urbanização e edificação. - DL 267-A/2003, de 27 de Outubro. Publica em Anexo o Regulamento Nacional de Transporte de Matérias Perigosas por Estrada (RPE), que contém critérios de classificação de mercadorias perigosas. Área Condicionada - Zona de proteção assinalada na Carta de Condicionantes. Condicionantes - Na zona de segurança não podem existir ou construir-se quaisquer edificações, vias de comunicação ou instalações de transporte de energia ou comunicações, além das indispensáveis ao serviço do estabelecimento. - As Câmaras Municipais não deverão conceder licenças para novas edificações nas zonas de segurança dos estabelecimentos sem que, previamente tenham obtido parecer favorável da Polícia de Segurança Pública sob pena de a licença ser nula. Entidade com Jurisdição - Polícia de Segurança Pública (PSP). 6.6 CARTOGRAFIA E PLANEAMENTO Vértices Geodésicos Identificação No concelho de Vila Nova de Famalicão existem os seguintes marcos de Segunda Ordem: - Crasto, Freguesia de Oliveira Santa Maria - Terceira ordem: - Cabeçudos, Freguesia de Cabeçudos - Facho, Freguesia de Calendário - S. Miguel, Freguesia de Ruivães - Pedras Negras, Freguesia de Cavalões Relatório das Opções do Plano 218 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão/DOGU/DOTPU GIPP, Lda. - Gondifelos, Freguesia de Gondifelos - Monte Sisto, Freguesia de Jesufrei - Lousado, Freguesia de Lousado - São João, Freguesia de Brufe - Eiras, Freguesia de Pousada de Saramagos - Sobreirinho, Freguesia de Requião - Moinho de Vento, Freguesia de Ribeirão - São Miguel de Seide, Freguesia de Seide São Miguel - Penedo das Letras, Freguesia de Telhado Apesar de já não terem tradução geográfica na Planta de Condicionantes, existem ainda no concelho cerca de 27 marcas de nivelamento, que devem ser preservadas e cuja descrição se encontra em anexo. Legislação Aplicável - DL 143/82, de 26 de Abril. Estabelece zonas de proteção aos marcos geodésicos, aos marcos de triangulação cadastral, às marcas de nivelamento, ou outras marcas. Área Condicionada - Os marcos geodésicos têm zonas de proteção que abrangem uma área em redor do sinal com um raio mínimo de 15 metros. A extensão da zona de proteção é determinada, caso a caso, em função da visibilidade que deve ser assegurada ao sinal construído e entre os diversos sinais. Condicionantes - Os proprietários dos terrenos situados dentro da zona de proteção não podem fazer plantações, construções e outras obras ou trabalhos que impeçam a visibilidade das direções constantes nas minutas de triangulação revista. - Os projectos de obras ou planos de arborização nas proximidades dos marcos geodésicos não podem ser licenciados sem prévia autorização do Instituto Geográfico Português (IGP). Entidade com Jurisdição Compete ao Instituto Português de Cartografia e Cadastro (IPCC) autorizar o licenciamento de projetos de obras ou planos de arborização nas proximidades de vértices geodésicos, de marcos de triangulação cadastral, de marcas de nivelamento ou outras referências. Relatório das Opções do Plano 219 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão/DOGU/DOTPU GIPP, Lda. Rede de Nivelamento Geométrico Os vértices geodésicos pertencentes à Rede Geodésica Nacional (RGN) bem como, as marcas de nivelamento pertencentes à Rede de Nivelamento Geométrico de Alta Precisão (RNGAP), são da responsabilidade da Direção Geral do Território. A Rede de Nivelamento Geométrico de Alta Precisão (RNGAP) constitui um sistema de altitudes rigorosamente determinadas, que permitem a referenciação com extrema precisão, da altimetria de qualquer ponto. A nível nacional esta rede é constituída por mais de 4500 marcas de nivelamento, estando a sua marca fundamental localizada junto ao marégrafo de Cascais, de forma a assegurar a ligação entre o nivelamento e o datum altimétrico de Portugal Continental. A RNGAP distribui-se ao longo das principais vias de comunicação do país, sendo que no Município de Vila Nova de Famalicão, as mesmas se localizam ao longo da ER 206, desde o limite poente do concelho, com a Póvoa de Varzim, até ao limite nascente com o concelho de Guimarães. A RGN e a RNGAP constituem assim, os referenciais oficiais para os trabalhos de georreferenciação, realizadas em território nacional, as quais se encontram protegidos pelo Decreto-Lei 143/82 de 26 de abril, o qual estabelece nomeadamente a zona de proteção dos marcos geodésicos, que é constituída por uma área circundacente ao sinal, nunca inferior a 15m de raio e assegura que as infraestruturas a implantar não obstruam as visibilidades das direções constantes das respetivas minutas de triangulação. Dado a obrigatoriedade de representação dos vértices geodésicos, apenas estes se encontram representados na Carta de Servidões e Restrições Administrativas de Utilidade Pública, no entanto, será garantida a preservação da integridade física das marcas de nivelamento existentes no Concelho de Vila Nova de Famalicão. 6.7 RUÍDO 6.7.1 Contextualização A Constituição Portuguesa prevê que a salvaguarda da saúde humana e o bem-estar das populações constitui tarefa fundamental do Estado. Neste sentido, desde 1987 a legislação tem procurado estabelecer regras no que respeita à prevenção do ruído e controlo da poluição sonora, sendo que foi o Decreto-Lei nº 292/2000, de 14 de Novembro que veio reforçar a aplicação deste princípio. Para além disso, as Diretiva das União Europeia relativas à avaliação e gestão do ruído ambiente, obrigou a ajustamentos ao regime legal, de modo a compatibiliza-lo com as normas aprovadas, fundamentalmente no que respeita à adoção de indicadores de ruído ambiente harmonizados. Neste enquadramento, e após Relatório das Opções do Plano 220 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão/DOGU/DOTPU GIPP, Lda. diversos acertos e correções à legislação, encontra-se em vigor o Regulamento Geral do Ruído, que já estabelece articulação com a restante legislação relativa à urbanização e edificação e à autorização e licenciamento de atividades. O Mapa de Ruído afigura-se como uma ferramenta fundamental ao ordenamento e planeamento urbano, e um instrumento indispensável à aprovação do Plano Diretor Municipal. Este documento permite que o ruído seja integrado conjuntamente com todos os outros indicadores ambientais, de forma a um crescimento sustentável, que visa garantir a qualidade do ambiente sonoro nas habitações, locais de trabalho e de lazer. De acordo com o Decreto-Lei nº 9/2007 de 17 de Janeiro, com a atual redação, os municípios que constituam aglomerações com uma população residente superior a 100.000 habitantes e uma densidade populacional superior a 2500 habitantes /km² estão sujeitos à elaboração de mapas estratégicos de ruído, nos termos do disposto no Decreto-lei nº 146/2006, de 31 de Julho. Neste sentido, Vila Nova de Famalicão elaborou, em 2006, este documento com base no Decreto-Lei nº 292/2000, de 14 de Novembro, alterado pelo Decreto-Lei n.º 259/2002, de 23 de Novembro. As posteriores alterações que deram origem ao Decreto-Lei n.º 9/2007, de 17 de Janeiro, e que aprovou o Regulamento Geral de Ruído, introduziram alterações obrigatórias aos Mapas de Ruído e, neste contexto, o documento foi atualizado, sendo que em 2010, Vila Nova de Famalicão já possuía o Mapa de Ruído obrigatório como elemento que acompanha o Plano Diretor Municipal, de acordo com o ponto 1f) do art.º 1 da Portaria nº 137/2005, de 2 de Fevereiro. O Mapa de Ruído é uma representação gráfica do ruído ambiente exterior, expresso pelos indicadores Lden e Ln, traçando as isófonas e as áreas por elas delimitadas às quais corresponde uma determinada classe de valores expressos em db(A) e revela as influências de diferentes fontes de ruído e a exposição das populações ao ruído ambiente nas diferentes zonas da cidade. Neste enquadramento, o Mapa de Ruído constitui-se como uma ferramenta que poderá permitir a gestão e controlo da poluição sonora existente na área do concelho de Vila Nova de Famalicão, assim como apoiar a tomada de decisões sobre planeamento e ordenamento do território. Tendo como instrumento já elaborado, e estando a ser desenvolvida a proposta da ocupação de solo, iniciou-se o desenvolvimento do Zonamento Acústico (Classificação de Zonas) a aplicar no concelho, tendo em conta os principais inerentes à referida legislação. O concelho de Vila Nova de Famalicão tem, como se pode verificar numa análise ao Mapa de Ruído, diferentes fontes de emissão de ruído que importa controlar e limitar. As principais fontes são as infraestruturas rodoviárias, com destaque para as duas Autoestradas que atravessam o concelho. Para além destas, temos ainda o tráfego ferroviário (linha do Minho e linha de Guimarães) e as atividades industriais, onde se incluem todas as unidades Relatório das Opções do Plano 221 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão/DOGU/DOTPU GIPP, Lda. industriais abrangidas pelo regime legal de avaliação de impacte ambiental, para além de áreas/unidades industriais modeladas e de todas as áreas industriais definidas no concelho. 6.7.2 Objetivos A estratégia subjacente à análise do ruído no concelho de Vila Nova de Famalicão, assenta numa transversalidade entre matérias que se constituem como fundamentais para a resolução dos problemas encontrados. A localização de parques industriais, a política de mobilidade adotada, a implantação de espaços que se pretendem de lazer e descanso, são áreas que devem ser analisadas e condicionadas, tendo em conta o ruído já existente no terreno, aquele que se prevê surgir com a implementação de projetos e as medidas minimizadoras possíveis de concretizar. Os objetivos pretendidos com esta estratégia serão: - Promover a qualidade de vida dos habitantes do concelho de Vila Nova de Famalicão, diminuindo o incómodo e os problemas de saúde associados à poluição sonora; - Construir, atualizar e utilizar os instrumentos de mapeamento estratégico de ruído como instrumentos de definição de prioridades na intervenção em redução de ruído, através do Plano Municipal de Redução do Ruído; - Elaborar o Plano Municipal de Redução do Ruído e estabelecer mecanismos de monotorização e atualização deste; - Reduzir o número de habitantes e trabalhadores expostos a níveis de ruído acima do regulamentado; - Articular e definir a política com as entidades gestoras do tráfego rodoviário e ferroviário; - Definir e articular estratégias junto das principais empresas referenciadas na emissão de ruído, de forma a diminuir e minimizar estes efeitos. 6.7.3 Zonamento Acústico O Plano Diretor Municipal constitui-se como um documento onde o estabelecimento da referenciação espacial dos usos e atividades do solo municipal através da definição de classes e categorias relativas ao espaço, para além de se realizar através da identificação das redes urbanas, viária, de transportes e de equipamentos, de captação, os sistemas de telecomunicações, tratamento e abastecimento de água entre outras, tem de ter em conta que a ocupação dos solos deve ser realizada considerando os seus usos. A inovação que se verifica nesta legislação reside exatamente no facto de se promover o cruzamento entre as Relatório das Opções do Plano 222 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão/DOGU/DOTPU GIPP, Lda. estratégias ambientais e os procedimentos de ordenamento do território. O Plano Diretor Municipal deve assegurar a qualidade do ambiente sonoro, promover a adequada distribuição de atividades e definir as classes de zonas de ruído, mesmo que para tal seja necessária a sua revisão. Ora, encontrando-se, neste momento, o Plano Diretor Municipal de Vila Nova de Famalicão em vigor em revisão, torna-se pertinente a aplicação do Regulamento Geral de Ruído na sua próxima aprovação. A classificação das zonas mistas ou sensíveis, tendo em conta o Mapa de Ruído já realizado, é uma obrigação imposta pelo Decreto-Lei nº 9/2007 de 17 de Janeiro, alterado pelo Decreto-Lei nº278/07 de 1 de Agosto, na elaboração de todos os novos planos, assim como impõe a sua revisão ou alteração caso estes não a contemplem. Foram determinados, pela legislação acima referida, os valores limite de exposição para cada uma das zonas definidas (mistas e sensíveis), existindo também situações de exceção para grandes infraestruturas existentes ou projetadas. Neste contexto, a classificação do território foi realizada não só tendo em conta as condicionantes e pretensões urbanísticas definidas para o território, mas também tendo em conta que a classificação das zonas e os correspondentes limites de ruído ambiente deverá dar resposta às necessidades e pretensões, mas evitando a ocorrência futura de conflitos, através de uma adequada organização do espaço urbano. As opções tomadas na revisão do atual Plano Diretor Municipal têm em conta medidas para evitar a coexistência de zonas sensíveis e grandes infraestruturas de transporte (existentes ou previstas) de forma a evitar a referida ocorrência de conflitos sonoros num futuro próximo. Esta preocupação é pertinente uma vez que, de acordo com o Regulamento Geral de Ruído, o licenciamento ou autorização de construção de novos edifícios habitacionais, escolares, de saúde ou outros equipamentos sociais similares e de espaços de lazer é interdito enquanto perdurar a infração, ou seja, enquanto o nível de ruído ambiente existente não se enquadre nos limites legais estabelecidos para a zona onde a construção se localiza. Na classificação do solo em urbano e rural, e a posterior organização nas várias categorias foi tido em conta o ruído existente no local, de acordo com Mapa de Ruído entretanto realizado. De acordo com a “Nota Técnica – Articulação do Regulamento Geral do Ruído com os Planos Diretores Municipais”, de Dezembro de 2010, emitida pela Agência Portuguesa do Ambiente, a carta de zonamento não se cingiu aos perímetros urbanos, mas incluiu também os aglomerados rurais. Na delimitação, a Classificação de Zonas teve em conta um aspeto relevante no que respeita à atual morfologia urbana, a localização dos equipamentos existentes e os níveis de ruído existentes. Alguns dos equipamentos que estariam em zona sensível, de acordo com Decreto-Lei nº 9/2007 de 17 de Janeiro, com a atual redação, são eles próprios fonte direta e indireta de ruído o que torna difícil, e por vezes impossível, o cumprimento dos valores estabelecidos para essas zonas. Relatório das Opções do Plano 223 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão/DOGU/DOTPU GIPP, Lda. Com a delimitação do zonamento, e o cruzamento com o Mapa de Ruído, verificaram-se as desconformidades, traduzidas num Mapa de Conflitos, onde se podem verificar os locais e áreas onde o ruído existente ou previsto ultrapassa os valores estabelecidos para cada uma das zonas, pelo artigo nº11º do Decreto-Lei nº 9/2007 de 17 de Janeiro, com a atual redação. Estas zonas são designadas por Zonas de Conflito. Quando estas últimas não foram, ainda, objeto de um Plano Municipal de Redução do Ruído, a construção de edifícios habitacionais fica salvaguardada através do artigo sobre “Zonamento Acústico” previsto no regulamento do Plano Diretor Municipal. Deste modo, é cumprida a diretiva dada pela “Nota Técnica” da APA acima referida, onde se prevê que as regras para as Zonas de Conflito sejam estabelecidas. 6.7.4 Documentação do Processo A cartografia de ruído foi a ferramenta estratégica na avaliação e na gestão do ruído. O Mapa de Ruído do concelho de Vila Nova de Famalicão foi desenvolvido tendo como base metodológica os documentos que definem os requisitos mínimos necessários à harmonização e comparabilidade dos resultados e, recorreu à utilização do software de previsão de acústica CadnaA. A realização do Mapa de Ruído teve em conta o documento emitido pela Agência Portuguesa de Ambiente, em Junho de 2008, relativo a “Diretrizes para a elaboração de Mapas de Ruído”, onde se preveem aspetos técnicos relativos à elaboração de Mapas de Ruído, dos quais alguns se descrevem: · O parâmetro básico de ruído ambiente, a partir do qual se podem calcular outros indicadores, é o nível sonoro médio de longa duração, LAeq,LT, expresso em dB(A), definido na NP-1730; · O Mapa de Ruído deverá ser realizado por modelação na perspetiva de harmonização a médio/longo prazo com as regras adotadas na Diretiva; · Os Mapas de Ruído devem ser realizados para os indicadores Lden e Ln, ambos calculados a uma altura acima do solo de 4 metros. - Devem ser consideradas pelo menos as seguintes fontes sonoras: grandes eixos de circulação rodoviária cujo tráfego médio diário anual (TMDA) ultrapasse os 8000 veículos, grandes eixos de circulação ferroviária com 30000 ou mais passagens de comboio ano, aeroportos e aeródromos, as atividades ruidosas abrangidas pela Avaliação de Impacte Ambiental e de Prevenção e Controlo Integrados de Poluição. As “Diretrizes para a elaboração de Mapas de Ruído” referem, ainda, que os Planos Municipais de Ordenamento do Território (PMOT) devem ser acompanhados: Relatório das Opções do Plano 224 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão/DOGU/DOTPU GIPP, Lda. · pelo mapa de ruído (o qual pode, no Plano de Pormenor, ser substituído por relatório de recolha de dados acústicos), que fornece a localização das fontes de ruído e de áreas às quais correspondem classes de valores expressos em dB(A); · pela classificação de zonas. Mapa de Ruído – Carta Lden Relatório das Opções do Plano 225 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão/DOGU/DOTPU GIPP, Lda. Mapa de Ruído – Carta Ln O Mapa de Ruído elaborado permitiu realizar uma análise onde se visualizam as zonas em que os níveis de ruído permitem determinada classificação proposta pela autarquia. Esta classificação tem diferentes valores limite de exposição, de acordo com artigo nº11º do Decreto-lei nº9/2007, de 17 de Janeiro. Esta informação foi tida em conta em termos da ocupação do solo prevista para uma dada zona. Deste modo compatibilizou-se o uso do solo com os níveis de ruído existentes ou previstos. Para as zonas que, mesmo assim, ultrapassam os limites, irão agora ser equacionados Planos de Redução de Ruído, que terão maior ou menor amplitude dependendo do diferencial de amplitude acústica. Mesmo nas zonas em que se verificou que se ultrapassava os valores limite, a classificação foi dada tendo em conta o tipo de medidas minimizadoras que poderão ser aplicadas nesses locais, de forma a tornar mínima a área a abranger pelo Plano de Redução de Ruído e que as medidas a adotar sejam exequíveis. O Plano Municipal de Redução do Ruído a concretizar deverá ter em conta o previsto no Decreto-Lei nº 9/2007 de 17 de Janeiro, com a atual redação, tal como todas as ações a executar no território. Relatório das Opções do Plano 226 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão/DOGU/DOTPU GIPP, Lda. Carta de Conflitos – simulação de todo o território como “Zona Mista” - Carta Lden (dia e entardecer) Carta de Conflitos – simulação de todo o território como “Zona Mista” - Carta Ln (noite) Relatório das Opções do Plano 227 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão/DOGU/DOTPU GIPP, Lda. 6.7.5 Monitorização e Atualização O Mapa de Ruído é um documento que retrata o ruído ambiente exterior, através de um tratamento gráfico, num determinado período. É certo que as dinâmicas territoriais e o desenvolvimento económico, mais ou menos acelerado produzem alterações de ruído no território cujo impacto por vezes não é controlado do modo que se pretendia. Deste modo torna-se pertinente a sua manutenção e atualização, de modo a entender-se o “panorama acústico” do território resultante da alteração das variáveis. A sua atualização periódica permite constitui-lo não como um documento fechado, cuja realização teve como objetivo a Classificação de Zonas e o acompanhamento da publicação do Plano Diretor Municipal, mas sim como uma ferramenta de gestão do território que assiste o processo de melhoria das condições acústicas proporcionadas à população. O Mapa de Ruído atualizado influencia programas de desenvolvimento e planos municipais a elaborar, através da realização dos zonamentos acústicos necessários à salvaguarda das atividades existentes no território, na procura de que o Plano Municipal de Redução de Ruído se constitua, cada vez mais, como um documento sem relevância. Relatório das Opções do Plano 228 MAIO 2015 C. M.Vila Nova de Famalicão/DOGU/DOTPU GIPP, Lda. 7. ANEXOS 1. Método utilizado nas projecções demográficas; dados e resultados finais do concelho, cidade, unidades de planeamento e agrupamentos escolares 2. Matriz Swot 3. Medidas e Ações do Plano Diretor Municipal 4. Modelo de Organização Territorial 5. Acessibilidades e Mobilidade 5.1- Dados Tráfego 5.2- Planta da Rede Viária Existente 5.3- Ações Propostas 5.4- Hierarquia- Parâmetros de Dimensionamento 5.5- Intermodalidade- Carreiras a Intervencionar 6. Equipamentos 7. Quadro de Ações- Programação e Execução do Plano 8. Rede de Nivelamento Geométrico Relatório das Opções do Plano 229 MAIO 2015