Espaço Solidário nº. 31

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Espaço Solidário nº. 31
espaço
solidario
Obra Diocesana de Promoção Social
Ano VIII . n.º31 . Trimestral . Junho 2013
CUSTO: 0,01€
pessoas a sentirem pessoas
Sumário
04 - Editorial
Manuel Amial
05 - Papa Francisco
Conselho de Administração
06 - O nosso reconhecimento a
S.E.R. D. Manuel Clemente
14 - ((ÄYTHsqVKH=PKH
32 - Ano da Fé
João Alves Dias
15 - Peritos em humanidade
Centros Sociais
38 - -VYTHsqVUH6+7:
Cónego Rui Osório
16 - Caminhando
Mónica Taipa de Carvalho
40 - (ZZVJPHsqV*H[}SPJHKV7VY[V
Maria Teresa Souza-Cardoso
Bernardino Chamusca
Conselho de Administração
08 - Amor, Família e Fé
Américo Ribeiro
19 - Audiência com S.E.R. D. Manuel
Clemente
41 - Lavandaria Central
João Pratas
Manuel Amial
42 - 4LUZHNLUZ,ZWHsV:VSPKmYPV
10 - Calem-se as palavras! E falem as
Obras! Santo António
20 - 1HU[HYKL)LULÄJvUJPH
João Pratas / Mónica Taipa de Carvalho
43 - Amigos em crescendo
Confhic
28 - Tardes diferentes
11 - A dignidade dos idosos
Pedro Pimenta
Padre Lino Maia
12 - A concretude da singularidade
Professor Daniel Serrão
30 - É essencial e urgente o civismo
esclarecido e operativo
Frei Bernardo Domingues, O.P.
Ficha Técnica
Administração: Américo Ribeiro, Helena Costa Almeida, Rui Cunha, Manuel Amial e Pedro Pimenta
Direcção/Redacção: Manuel Pereira Amial
Propriedade/Editor: Obra Diocesana de Promoção Social
Colaboradores: A. Pronzato, Américo Ribeiro, Ângelo Santos, António Coutinho, Aurora Rouxinol, Bernardino Chamusca, Carlos Pereira,
Chefe Hélio Loureiro, Confhic, Cónego Rui Osório, D. Carlos Azevedo, D. João Lavrador, D. João Miranda, D. Manuel Clemente, D. Manuel
Martins, D. Pio Alves, Diana Cancela, Elvira Almeida, Emanuel Cunha, Filipa Martins, Frei Bernardo Domingues, João Alves Dias, João Pratas,
Luísa Preto, Manuel Amial, Manuel Tavares, Manuela Botelho, Margarida Aguiar, Maria Amélia Rhotes, Maria Albina Padrão, Maria Anjos
Pacheco, Maria Barroso Soares, Dra., Maria Isabel Cristina Vieira, Maria Lurdes Regedor, Maria Teresa Carvalho Lobão, Maria Teresa
Souza-Cardoso, Monsenhor Victor Feytor Pinto, Mónica Taipa Carvalho, Padre Dr. Américo Aguiar, Padre Jardim Moreira, Padre José Maia,
Padre Lino Maia, Padre Mário Salgueirinho, Paulo Lapa, Pedro Pimenta, Pedro Rhotes, Professor Daniel Serrão, Professor Eugénio da Fonseca,
Professor Francisco Carvalho Guerra, Ricardo Azevedo, Rosa Maria Seabra, Rute Monteiro e Susana Carvalho.
Gráfica - Lusoimpress, Artes Graficas, S.A.; www.lusoimpress.com
Periodicidade (2008): Trimestral; Tiragem 4.000 ex.; NIPC: 500849404; Depósito legal: 237275/06; Marca nacional: 398706; Registo
ICS: 124901; Sócio AIC: 262; Sócio APDSI: 1000005; Postos de Difusão Porto: Casa Diocesana de Vilar; Edições Salesianas, Fundação Voz
Portucalense, Livraria Fátima, Paulinas Multimédia, Ermesinde-Casa da Juventude
Sede: Serviços Centrais da ODPS, R. D. Manuel II, 14, 4050-372 PORTO
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Ano VIII . n.º31 . Trimestral . Junho 2013
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Manuel Amial
Áustria e Portugal
Solidariedade e gratidão
que é justo relevar!
Obra Diocesana de Promoção Social
Editorial
Tocou-me de uma forma muito sensível a notícia de que a Áustria lançou recentemente uma campanha de angariação de donativos destinada a apoiar crianças de famílias portuguesas carenciadas.
Campanha que, segundo foi dito, é uma forma de retribuir a ajuda que Portugal deu às crianças austriacas depois da Segunda Grande Guerra.
Como é sabido Portugal recebeu mais de cinco mil crianças austríacas,
entre 1947 e 1958, que não tinham condições de sobrevivência no seu país que
estava devastado pela guerra.
As crianças austríacas foram acolhidas por famílias portuguesas, apesar de
Portugal também atravessar um período difícil, num gesto de grande humanismo e
generosidade, que marcou para sempre essas crianças, numa acção patrocinada
pela Cáritas.
Tenho na família um exemplo de acolhimento de duas meninas austríacas,
que guardam memória desse tempo e são uma forte corrente de amizade entre a
Áustria e Portugal.
Este gesto bonito da Áustria é um sinal de solidariedade e de agradecimen[VH7VY[\NHSX\L[LT\TZPNUPÄJHKVT\P[VLZWLJPHSLX\LtQ\Z[VYLSL]HY
Papa Francisco
“Deus é assim:
Ele dá sempre o primeiro passo, Ele move-se para
nós.”
“Jesus já não está no passado, mas vive no presente
e lança-Se para o futuro: é o ´hoje` eterno de Deus…
aceita, então, que Jesus Ressuscitado entre na tua
]PKHHJVSOL6JVTVHTPNVJVTJVUÄHUsH,SLtH
VIDA!”
“… a graça que pedimos, hoje, é a de vencer com
amor. E isto não é fácil, sobretudo quando os nossos
inimigos nos fazem sofrer…”
“ O amor foi-nos ensinado pelo Senhor, que nos
exortou a amar a todos.”
“Jovens, não tenham medo do compromisso, do sacrifício e não olhem para o futuro com medo, mantenham viva a esperança: há sempre uma luz no horizonte.”
“Espero que todos nós, nesses dias de Graça, tenhamos coragem de caminhar na presença do SeUOVYJVTHJY\aKV:LUOVY+LLKPÄJHYH0NYLQHJVT
o sangue do Senhor. Espero que o Espírito Santo e a
Virgem Maria nos ajudem a viver isso: caminhar, ediÄJHYLJVUMLZZHYHV1LZ\Z*YPZ[VJY\JPÄJHKV¹
“Não é fácil abandonar-se à misericórdia de Deus,
porque é um abismo incompreensível. Mas devemos
fazê-lo.”
A juventude é o momento onde a vida se faz mais
MVY[LVUKLLZ[HSHÅVYLZJLHIYLZLWHZZV"WVYPZZV
]VJvZTHPZKVX\LULUO\TV\[YV[vTVKLZHÄVKL
fazer páscoa cada dia e encher de vida a Vida.”
Ano VIII . n.º31 . Trimestral . Junho 2013
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Obra Diocesana de Promoção Social
Conselho de Administração
O nosso reconhecimento
a D. Manuel Clemente
Sua Excelência Reverendíssima
D. Manuel Clemente
Porto, 18 de Maio de 2013
Foi com enorme júbilo, que recebemos a notícia da nomeação de
Sua Excelência Reverendíssima a Patriarca de Lisboa.
O Conselho de Administração da Obra Diocesana de Promoção
Social (ODPS), pleno de emoção e contentamento, quer apresentar as
suas mais expressivas felicitações e desejar-lhe copioso sucesso na insigne missão, que vai encetar, mostrando a toda a Igreja os dons, marcados pelo Espírito Santo, peculiares da sua pessoa e que continuarão a
oferecer contributo valoroso a toda a Humanidade.
Os grandes Homens materializam grandes feitos, pois vêem com
os olhos do coração e sentem com alma de Amor, porque a Sabedoria
Divina opera neles maravilhas.
Cordiais saudações,
Américo Ribeiro
Presidente do CA da ODPS
Mensagem/Resposta D. Manuel Clemente
Obrigado, amigo, pedindo a Deus que a ODPS seja sempre e
cada vez mais expressão do amor de Cristo pelos pobres e todas as
pobrezas!
Cordialmente,
+ Manuel Clemente
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Obra Diocesana de Promoção Social
Momento do Presidente
Américo Ribeiro
Presidente do Conselho de Administração da ODPS
Amor, Família e Fé
Amor, Família e Fé, três pala-
todas as coisas. É o grande aliado do
Então, não sobram quesitos
vras simples, mas que superabundam
Bem, envolvendo o homem, a família,
nem dúvidas, pois o verdadeiro sen-
de beleza e de substância… formam
a fé, a verdade e a esperança.
tido de um rumo, alegre e seguro, as-
uma trilogia perfeita, uma comunhão,
senta nesta base essencial.
que sustenta espiritualidade, sabe-
Do ponto de vista conceptual
doria, alegria, poesia, energia… para
H Z\H HTWSP[\KL L HÄYTHsqV ZqV JSH-
O Amor tudo consegue, tudo
descobrir e redescobrir razão e dire-
ramente marcantes nas diferentes
sublima, tudo vence, tudo encontra,
ção evolutivas no prosseguir da vida
dimensões existenciais. Declara-se
[\KVZ\WLYH¯iPUÄUP[HTLU[LWHJPLU-
sob as coordenadas certas, para des-
como o preceito da relação entre os
te, estando sempre pronto a atuar.
JVKPÄJHYVZZPUHPZKV[LTWVKVZ[LT-
ZLYLZ O\THUVZ L H JVUÄYTHsqV KL
Constrói com pouco, no pouco e até
pos, para existir, contemplar, traba-
que o cosmos, do microcosmo ao ma-
no vazio, clareia a treva, ressoa na
lhar, sonhar, para cultivar a paz, para
crocosmo, tudo é expressão de amor,
escuridão e na tristeza o hino da sur-
agradecer incessantemente…
onde o visível, o invisível e o metafísico
presa abençoada, perdoa e devolve a
se consubstanciam dando lugar à ob-
serenidade e a capacidade de se ser
O Amor é a essência da vida,
servação, à exaltação, às inteligências
livre…
é o encanto e o impulsor da existência
e ao júbilo, mesmo no meio da tribu-
O\THUH H YLÅL_qV L H PU[LYWLSHsqV
lação.
A Fé é uma virtude, um dom,
sobre toda a 6IYHKH*YPHsqV.
5V WLUZHTLU[V ÄSVZ}ÄJV V
amor é entendido como o âmago de
que Deus nos oferece pelo grande
Deus é Amor,
é Fé,
é Família!
amor sentido e prometido a toda a
Humanidade. Concede-nos inúmeras evidências, para que o descubra-
Deus é Amor,
mos. Porém, muitas vezes, não nos
as imperfeições, os erros, os insuces-
que se dá a todos, sem medida,
apercebemos de tal e deixamo-las es-
sos… que vão atropelando, mas o seu
apenas com o objectivo do Amor.
capar. A Fé precisa de atenção, de si-
surgimento coopera também na cor-
lêncios, de ser conduzida e alimenta-
reção e no avançar com segurança,
É com esta Fé, apoiada na
da. Possibilita-nos uma visão diferente
porque vai alicerçando, com profun-
verdade e na liberdade, que faz bro-
de nós próprios, dos outros, de tudo o
didade em espaço e contextualização
[HYLIYPSOHYL_WLJ[H[P]HLÄYTLaHX\L
que nos rodeia e nos envolve, da vida,
sólidos e consistentes, aquilo que é
a Obra Diocesana de Promoção
do mundo, dos mundos…
vital para a felicidade.
Social procura assumir, sem hesitações, o seu compromisso de Amor
Pela Fé, o Homem entrega-se
por todos e por cada um que abraça,
A Fé deve assumir lugar pree-
totalmente a Deus e o :L\ÄSOV1L-
igualmente, como família, pela família
minente na Família, a qual constitui
Z\Z*YPZ[V, é o centro e a sinopse da
e pela ação geradora de união e de
núcleo primordial e responsabilidade
Fé, porque foi enviado pelo Pai para
bem-fazer.
acrescida na sua transferência, na
revelar o grande projeto de Salvação
passagem do testemunho, através de
envolvendo toda a Humanidade,
Amor, Família e Fé… Um ca-
exemplos concretos, através de bons
mas colocando a liberdade de opção
minho de luz, que inspira, ilumina e faz
exemplos em que o Amor, a comuni-
a cada pessoa.
o milagre da Vida!
cação, o diálogo, os atos e os comportamentos sustêm e defendem os
Deus trinitário: Pai Filho e
valores espirituais, cristãos, humanos,
Espírito Santo, o inefável mistério,
morais, sociais e éticos, não obstante
H PUÄUP[H TPZLYPJ}YKPH L IVUKHKL
é Fé, é Família!
Ano VIII . n.º31 . Trimestral . Junho 2013
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Obra Diocesana de Promoção Social
CONFHIC
Congregação das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras Imaculada Conceição
Calem-se as palavras! E falem as obras!
Num mundo secularizado, precisamos de olhar para além do que
se vê. E, simultaneamente, olhar para
aqueles que, ao lado de nós, nos lan-
Ó Deus!
Senhor da história de todos os tempos,
retoma a nossa vida,
çam olhares e gritos de preocupação e
[qVKLZÄN\YHKHX\LLSHHUKH
angústia!
que nem nos apercebemos
Os tempos adversos podem
ajudar-nos muito. A adversidade levou,
X\HZL ZLTWYL H ZtYPHZ YLÅL_LZ L H
profundas mudanças!
É oportuno pensar como a gen-
S. António
que é este pó e cansaço
que precisamos levantar!
Toma-nos pela mão
e orienta-nos nesta desorientação global.
te se vulgarizou… sem nos darmos con-
Nenhum vento e maré
ta, talvez.
desvie a nossa barca do rumo solidário
Tudo é rápido e ligeiro. E a fugacidade do tempo não perdoa a dis-
que teimamos, com abnegação e ternura,
[YHJsqVLHZ\WLYÄJPHSPKHKLKVZNLZ[VZ
e de porta aberta à fé,
e das palavras.
dia após dia, tecer em gestos!
Esta é, talvez, a hora de in[LUZPÄJHY0U[LUZPÄJHY o que somos
e o que somos chamados a ser. In-
Faz-nos caminhar ao sopro
De uma fé ousada, que há-de sustentar
[LUZPÄJHY HZ UVZZHZ JVU]PJsLZ
a obra de Tuas e nossas mãos!
aquilo que queremos mesmo, de
Apesar de todos os obstáculos,
fundo e em verdade. 0U[LUZPÄJHY o
ZHILTVZLHL_WLYPvUJPHUVZJVUÄYTH
desejo e a vontade que nos hão-de
tornar capazes da missão que nos
espera, nesta travessia de deserto
que parece prolongar-se.
Sabemos e temos consciência de que, neste tempo de um Deus
“ausente”, porque excluído das nossas
prioridades, somos chamados a revelar
o que não vêem os sentidos e a dizer o
que permaneces a bússola certa
do nosso vaguear incerto!
Dá-nos coragem para ir às raízes
da vida cristã e à voz de Paulo:
prestarmos atenção ao outro,
para nos estimularmos ao amor
e às boas obras ! [Heb 10,24]
indizível!
Porque…
pelas obras nos reconhecerão!
Padre Lino Maia
A dignidade dos idosos
6ZWYVÄZZPVUHPZLVZTPSP[HU[LZ
protecção social e demais serviços
-geracional apenas com o contributo
da área do direito, da assistência so-
que deveriam estar disponíveis e em
de todos é possível.
cial e da saúde têm conhecimento de
pleno funcionamento, constatamos a
Preservar a autonomia, inde-
maus tratos, de agressões e de outras
inabilidade, tanto no universo privado
pendência e dignidade do idoso, pro-
formas de violência contra os idosos.
quanto público, para acolher o idoso,
mover o conceito de comunidades e
Agressões muitas vezes vistas como
e propiciar-lhe, não só infra-estruturas
instituições amigas dos idosos, implica
formas de um agir “normal” e “natural”,
necessárias, mas também a valoração
em sabermos usufruir da beleza que é
ÄJHUKVHZ¸KVYLZ¹VJ\S[HZWVYLU[YLHZ
e a dignidade pertinente a cada vida.
a vida, em todas as fases da sua natural
lágrimas dos usos, costumes e relações inter-pessoais.
Como resultado de todo um
L]VS\sqVJVTZL\ZKLZHÄVZLUJHU[H-
processo educacional omisso, que não
mentos, limitações e possibilidades.
Num sistema com inspiração
trabalha na formação de uma cons-
Qualidade de vida pode ser alcançada
capitalista, temos o factor económico a
ciência política, social, económica e
a partir de todas as áreas acima rela-
ditar regras, onde o humano que deve-
familiar para se viver com maior quali-
cionadas, mas, acima de tudo, implica
YPHZLYZPT\S[HULHTLU[LÄTLZHNYHKV
dade esta fase tão prevista na história
na preservação e na partilha do prazer
em si mesmo, passa a ser meio de uma
dos humanos, é frequente a sua subal-
em todos os seus aspectos.
economia
transfor-
[LYUPaHsqVLPUZ\ÄJPLU[LVH\_xSPVULZ[H
mando cada um de nós em produtos,
etapa avançada da vida. Tanto o pró-
portanto, descartáveis. Vai sendo favo-
prio idoso, como os que estão à sua
recida a ideia de que quem não produz,
volta, sentem-se sem recursos nesta
quem não domina os avanços da tec-
MHZLWHYHLUMYLU[HYVZKLZHÄVZKH]PKH
nologia... logo é excluído e taxado de
com qualidade e com esperança.
desumanizada,
ignorante, inútil ou estorvo.
A nossa sociedade deve saber
Incentivados por uma comu-
encarar as suas contradições, pois
nicação social que aquece o sistema
quanto maior o número de contradi-
LJVU}TPJV Ä_HUKV L PTWYLNUHUKV V
ções menor a qualidade de tudo o que
pensamento de todos nós, sugerin-
empreendemos. Como uma grande
do a cada dia que a velhice não tem
catalisadora, pensar em formas cria-
lugar existencial no mundo, não é di-
tivas de abrir canais receptivos para
fícil iniciarmos um processo profundo
que também o idoso contribua efecti-
de rejeição aos idosos, sem sequer
vamente com as gerações mais novas
notarmos os equívocos praticados e
por meio de seu maior património: suas
por isso mesmo, nem sentimos ver-
experiências e vivências adquiridas du-
gonha, como se nós, praticantes de
rante a sua caminhada existencial. O
tais actos, nunca houvéramos de en-
idoso, com a sua sabedoria adquirida
velhecer. Desde o mundo corporativo,
nos seus muitos anos de vida, torna-se
com seus cruéis processos selectivos,
o transmissor dos valores da cultura
que excluem os seniores, ao progres-
tradicional herdada dos seus antepas-
sivo abandono ou carência na área da
sados e a progressiva harmonia inter-
Ano VIII . n.º31 . Trimestral . Junho 2013
Uma família ou uma
sociedade que não
enaltece os idosos
ou os abandona
e maltrata
não merece viver
o seu presente
porque desvaloriza a
ciência e a serenidade
da experiência,
ignora o seu próprio
passado e não constrói
o seu porvir…
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Obra Diocesana de Promoção Social
Professor Daniel Serrão
Instituto de Investigação Bioética - UCP
A concretude da singularidade
1. Ora aqui está um tema que
mível impulso de cleptomania.
caridade e escrevem, para a ridicu-
o nosso Presidente me enviou para
Então pensei que uma sin-
larizarem, “caridadezinha”, como se
eu desenvolver nestas intervenções
gularidade será o que, a cada um de
fosse coisa de crianças. E logo vêm
escritas para este Espaço, que se
nós, nos fará ser diferentes ou estra-
à baila os Chás de “caridade” em que
deseja solidário. Por isso o vou tratar
nhos aos outros.
as senhoras ricas se entretêm a falar
numa perspectiva de solidariedade.
Mas não é fácil.
Direi que o que pretende o tí-
Um pobre roubar será uma
umas com as outras, sobre coisas
banalidade esperada; um rico roubar
M‚[LPZ L KLWVPZ UV ÄUHS KqV \THZ
será uma singularidade inesperada.
sobras para os “pobres”.
tulo – e o Presidente Américo Ribeiro
E um rico ser solidário com os
Ora a singularidade cristã,
que o propôs - é saber se a singula-
que mais precisam será uma singu-
plena de “concretude”, é a do amor
ridade é, ou pode ser, algo concreto.
laridade?
pelo outro, representado em actos concretos, nos quais a ajuda de
Ou seja, algo com visibilidade, com
substância, com “concretude”.
2. Nas sociedades moder-
X\HSX\LY[PWVÄUHUJLPYVTH[LYPHSV\
Veio-me ao espírito, olhando
nas, nas quais se transferiu para o
afectivo, espiritual, é prestada como
o tema, um texto de Eça de Queiroz
Estado, rotulado de Estado Social,
homenagem à dignidade do outro,
intitulado “Singularidades de uma ra-
o monopólio de ajudar os cidadãos
em nome desse Outro, que é para os
pariga loira”. Os que o conhecem sa-
mais necessitados, uma intervenção,
cristãos, a revelação do amor como
bem que a singularidade desta loira e
individual ou de grupo, com o objec-
caridade.
elegante rapariga lisboeta era roubar
tivo de ajudar quem mais precisa,
É uma singularidade que sur-
nas lojas comerciais onde entrava
será vista como uma singularidade
preendia - como toda a singularida-
para ver as novidades da moda, o
criticável. Os críticos costumam usar
de - os romanos no tempo de Pedro
que mais lhe agradasse. Por irrepri-
em sentido pejorativo a nobre palavra
e Paulo, os quais romanos, olhando
“... uma singularidade será o que,
nos fará ser diferentes
os actos e a vida dos cristãos, diziam
tão se assume como responsável por
de serem destruídos pela indiferença
uns para os outros, com admiração
todos os outros, em especial pelos
do Estado Social, porque ele sabia,
(ou como crítica ?) “vede como eles
que, pelo desemprego, pela idade,
como cristão, que não há rapazes in-
se amam”.
pela solidão ou pela pobreza, estão,
trinsecamente maus. Mas nem todos
3. É uma grande responsabi-
como o desvalido caído no caminho,
os outros cristãos perceberam a con-
lidade dos cristãos, neste tempo de
feridos e roubados pelos salteadores
cretude da sua singularidade e criti-
KPÄJ\SKHKLZ ZVJPHPZ L LJVU}TPJHZ
modernos.
caram as suas acções e decisões,
em que tantos não conseguem ter o
O samaritano foi um singular e
pensando que tirá-los da rua para os
mínimo para sobreviverem e andam
a sua singularidade foi concreta: pa-
meter na tutoria do Estado social é
pelas ruas pedindo esmola ou comi-
NV\HKLZWLZHKLX\LTÄJV\H[YH[HY
que seria a boa solução. Porque eles
da, fazer com que se manifeste, de
do desvalido até ao seu regresso. O
já pagavam os seus impostos e não
uma forma concreta, a singularida-
levita e o sacerdote acharam que era
tinham nada que estar a sustentar a
de cristã. Não podemos continuar a
uma questão de polícia ou do esta-
Casa do Gaiato com esmolas, com a
dizer: eu já pago os meus impostos
do social, mas não deles, que tinham
tal caridadezinha..
para que o Estado cumpra as suas
muita coisa importante a fazer noutro
funções sociais e, por isso, não dou
sítio para onde iam com pressa.
A ODPS é uma singularidade
concreta. Sem descurar nem criticar
os apoios públicos, sabe construir a
mais nada a ninguém. Dizer isto é
4. Esta é a forma concreta de
singularidade concreta de os trans-
A Paróquia, que é a estrutu-
HÄYTHY\THZPUN\SHYPKHKLJVTHX\HS
formar em gestos de amor; que aju-
ra de proximidade dos cristãos, tem
os cristãos aparecerão estranhos aos
dam sem humilhar quem é ajudado.
de ser o local da caridade concreta,
outros cidadãos. A singularidade do
mas quase oculta, em que cada cris-
Padre Américo salvou muitos rapazes
pura hipocrisia.
É UMA OBRA DE CRISTIANISMO AUTÊNTICO.
, a cada um de nós,
s ou estranhos aos outros.”
Ano VIII . n.º31 . Trimestral . Junho 2013
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Obra Diocesana de Promoção Social
João Alves Dias
A afirmação da vida
Quando recebi o convite para
Os dois primeiros capítulos da
Maggiori: “O homem não é homem
YLÅL[PY ZVIYL LZ[L [LTH HJHIH]H KL
Bíblia dizem que Deus (que é Amor),
sem os outros. Tal como a criança,
viver, na Polónia, dois momentos de
criou o homem à sua imagem. Mas
o adulto está ligado ao outro, ligado
emoção forte e contrastante. O pri-
como conhecia bem a sua obra, disse:
numa teia de relações que o situam e
meiro ocorreu no “campo de concen-
“Não é bom que o homem esteja só”
KLÄULTPTLYZVU\TJVTWSL_VZVJPHS
tração de Auschwitz ” em que foram
e, por isso, deu-lhe a mulher por com-
que lhe fornece uma linguagem, im-
exterminadas um milhão e trezentas
panheira. E aos “dois numa só carne”,
põe ou propõe códigos, direitos, de-
mil pessoas. Num silêncio de horror,
VYKLUV\! ¸MY\[PÄJHP L T\S[PWSPJHP]VZ
veres, valores”.
interroguei-me: como é possível ao
enchei a terra e submetei-a”. Vemos,
(ÄYTHYH]PKHZLYmLU[qVYLZ-
coração humano comportar ódio tão
assim, que Deus não criou o homem
peitar, em si e nos outros, a pessoa
hediondo? O segundo aconteceu em
como ser solitário, mas deu-lhe, des-
como valor absoluto, na sua singula-
Wadowice onde nasceu e brincou um
de o início, a necessidade do outro,
ridade e originalidade, dotada de au-
menino chamado Karol Jósef que,
e é, em solidariedade, que o homem
tonomia, que se abre ao outro e dele
hoje, conhecemos por Papa João
KL]LMHaLYMY\[PÄJHYH[LYYH
se aproxima como o “bom samarita-
Paulo II. Aí, o silêncio foi de louvor.
i PU[LYLZZHU[L ]LYPÄJHY X\L
no” da parábola evangélica. Foi com
E ao ver, entre as muitas placas que
esta dicotomia solidário-solitário apa-
este espírito e para que as popula-
atapetavam a praça, uma que dizia
rece em vários mitos cosmogónicos
ções mais marginalizadas da cidade
“Portugália 1982, 1983, 1991, 2000”,
que enriquecem a cultura de muitos
tivessem “vida em abundância”
exclamei: que maravilha! Nesta terra,
povos.
(Jo 10,10) que D. Florentino criou, em
perdida no sopé dos Sudetos, nasceu
Realço, apenas, o das Ilhas
um coração capaz de amar e ser ama-
Andamão no Oceano Índico: “O pri-
do em todo o mundo!
meiro homem chamava-se Jutpu (“So-
Se, segundo a “teoria dos
litário”). Jutpu sentia-se triste, cansa-
opostos” de Heráclito, é a doença que
do de viver só. Roubou um pedaço de
faz sentir o gosto da saúde, este con-
barro de um formigueiro e moldou-o
traste fez-me pensar sobre o enigma
com forma de uma mulher. O barro
que inquieta o pensamento de todos
tomou vida e a mulher tornou-se sua
os tempos e lugares, pelo menos,
esposa. Chamava-se Kot (“Barro”)”.
desde o “Homem de Neandertal”: que
animal é este que pode ser um monstro ou um anjo?
;HTItTHÄSVZVÄHKmYLSL]VH
esta fome que o “eu” sente pelo “tu”.
Sem esquecer “o imperativo
No dia 9 de maio, o P. Tolen-
moral” de Kant “age sempre de ma-
tino de Mendonça ao falar sobre “A
neira a tratar a humanidade, tanto na
ZLKLKL+L\Z¹HÄYTV\X\LZ}VHTVY
tua pessoa como na pessoa de qual-
poderá dar sentido e congregar as di-
quer outro, sempre e simultaneamente
ferentes sedes que se escondem no
JVTVÄTLU\UJHJVTVTLPV¹NVZ[H-
coração dos homens do nosso tempo.
YPH KL JP[HY V ÄS}ZVMV MYHUJvZ 9VILY[V
1964, a “obra dos Bairros”.
Este é o lema que anima
quem serve a Obra Diocesana.
“... respeitar, em
si e nos outros,
a pessoa como
valor absoluto, na
sua singularidade
e originalidade, ...”
Cónego Rui Osório
Jornalista e pároco da Foz do Douro
Peritos em humanidade
67HWH-YHUJPZJVKLMLUKLJVTVJVUÄYTV\VWVY[HSKLUV[xJPHZKV=H[Pcano, que a prática do bem é o lugar onde crentes em Deus e ateus se podem
encontrar. A prática de boas obras não é um exclusivo cristão.
Quem dá prioridade à dignidade de cada pessoa, à promoção do bem
comum, às práticas da solidariedade e da subsidiariedade, à sustentabilidade
da justiça e da paz, e à integridade de toda a criação, pratica o bem e semeia a
bondade. Fazem isso aqueles que se dedicam a trabalhos humanitários, sejam
crentes – Deus queira que haja muitos e sejam mensageiros e construtores de um
mundo novo – sejam ateus.
6[YHIHSOVO\THUP[mYPVWHYHJVUZ[Y\PYHWHat\TKLZHÄVnJVUZJPvUJPH
de homens e mulheres de boa vontade que apostam no triunfo da verdade, da
justiça, da liberdade e do amor, metas indispensáveis para alcançarmos o desenvolvimento integral de cada homem e mulher e solidário de todos os homens e
mulheres.
O mundo seria bem mais pobre sem os trabalhos humanitários da Madre
Teresa de Calcutá e de Sérgio Vieira de Mello, sem as ações da Cruz Vermelha e
das Nações Unidas, sem os testemunhos dos atores Sean Penn e Angeline Jolie,
sem a voz e a música de Bono, líder dos U2, e sem a benemerência do multimilionário Bill Gates.
Felizmente, os trabalhadores humanitários no mundo têm-se multiplicado
como cogumelos para socorrer as vítimas de desastres naturais, da fome ou da
violência das guerras. Os mais vulneráveis são as pessoas mais pobres. Atualmente, há cerca de 27 milhões de pessoas deslocadas internamente e 10 milhões
de refugiados no mundo. Uma em cada seis pessoas sofre de fome crónica.
Entendem a grandeza e a beleza dos trabalhos humanitários aqueles que,
nas mais pequenas e nas grandes realidades da sua vida, vencem o egoísmo
que, a vingar, fecharia e isolaria as pessoas, e dão largas à fantasia da justiça e
da caridade.
Os cristãos, praticantes do mandamento novo que Cristo deixou em testamento, poderiam e deveriam ser peritos em humanidade, interagindo com homens e mulheres de boa vontade, crentes ou não crentes.
O pior dos males é que os cristãos cedam à tentação do exclusivismo,
JVTVZLLSLZLZ}LSLZ[P]LZZLTKPYLP[VHPKLU[PÄJHYZLJVT1LZ\Z*YPZ[VLJVTH
sua mensagem libertadora e salvadora.
Privatizar Jesus Cristo, não esqueçam, é invocar o santo nome de Deus
em vão!
Ano VIII . n.º31 . Trimestral . Junho 2013
O pior dos males
é que os cristãos
cedam à tentação
do exclusivismo,
como se eles
e só eles
tivessem direito a
PKLU[PÄJHYZLJVT
Jesus Cristo e com
a sua mensagem
libertadora e
salvadora.
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Obra Diocesana de Promoção Social
Maria Teresa de Souza-Cardoso
Educadora de Infância
Caminhando
Um sorriso na Cidade do Porto
“Senhor,
Fazei de mim um instrumento de vossa paz!
6UKLOV\]LY}KPVX\LL\SL]LVHTVY
6UKLOV\]LYVMLUZHX\LL\SL]LVWLYKqV
6UKLOV\]LYKPZJ}YKPHX\LL\SL]LH\UPqV
6UKLOV\]LYK‚]PKHX\LL\SL]LHMt
6UKLOV\]LYLYYVX\LL\SL]LH]LYKHKL
6UKLOV\]LYKLZLZWLYVX\LL\SL]LHLZWLYHUsH
6UKLOV\]LY[YPZ[LaHX\LL\SL]LHHSLNYPH
6UKLOV\]LY[YL]HZX\LL\SL]LHS\a
Ó Mestre,
-HaLPX\LL\WYVJ\YLTHPZ
*VUZVSHYX\LZLYJVUZVSHKV
*VTWYLLUKLYX\LZLYJVTWYLLUKPKV
(THYX\LZLYHTHKV
7VPZtKHUKVX\LZLYLJLIL
7LYKVHUKVX\LZLtWLYKVHKVL
tTVYYLUKVX\LZL]P]LWHYHH]PKHL[LYUH¹
A Oração de São Francisco, tão bela e sempre tão actual, merece, agora,
particular relevo com a escolha do nome Francisco pelo novo Papa que traduz,
certamente, a escolha de um estilo pastoral, lado a lado com a gente comum, com
os mais pobres.
Naturalmente que a sólida formação na Companhia de Jesus constitui, para
o novo Papa, um precioso património, mas é a especial atenção ao sofrimento dos
doentes, à fome dos pobres e ao desamparo dos idosos, dos marginalizados e
L_JS\xKVZHTHYJHPUKLSt]LSKV7VU[PÄJHKVX\LPUPJPV\
E a melhor maneira de Lhe seguir o exemplo em prol dos mais pobres e dos
mais esquecidos, é conseguirmos criar uma verdadeira cultura de solidariedade e
caridade verdadeiramente cristã segundo uma lógica de gratuidade.
O apelo de D. Manuel Clemente, o nosso novo Cardeal Patriarca, e que
saudades nos vai deixar, é também neste sentido: “ Temos de ser todos. Estamos
numa situação social, no campo das empresas, dos serviços públicos, das famílias,
numa situação de tal necessidade e de emergência que temos de dar o melhor de
nós próprios e constantemente, para além daquilo que precisamos e que é justo
que tenhamos. O voluntariado hoje é transversal”.
É pois nesta linha de pensamento que o Conselho de Administração da
Obra Diocesana de Promoção Social resolveu pôr em prática o Projecto “Fazer
sorrir a solidão”, que consiste, fundamentalmente, no apoio incondicional aos
clientes seniores da Obra Diocesana nas horas pós-laborais.
E foi um sorriso que foi alastrando, tornando-se, muitas vezes, no maior
ZVYYPZV KV KPH <T ZPNUPÄJH[P]V NY\WV [YHUZ]LYZHS H [VKVZ VZ X\HKYVZ KH 6+7:
passou a abraçar este voluntariado.
E é triste presenciar como vivem, na sua grande maioria, os nossos senioYLZ LT 7VY[\NHS ,YH Z\ÄJPLU[L X\L VZ UVZZVZ políticos, os nossos governantes e os senhores deste mundo, que hoje consideram as pessoas muito menos
importantes que o lucro, ÄaLZZLT \T KPH HWLUHZ \T KL ]VS\U[HYPHKV UVZ
meios carenciados onde a Obra Diocesana actua para, longe das câmaras e
KVZÅHZOLZJHxYLTUH[YPZ[LYLHSPKHKLKLJVTVZVIYL]P]LTVZPKVZVZLHZWLZZVHZ
frágeis neste Portugal, nesta Europa tão ufana da sua solidariedade.
4HZtTV[P]HU[LLNYH[PÄJHU[LWYLZLUJPHY(e é preciso realçar, especialmente, o grupo de auxiliares de acção directa) que, após um dia de trabalho,
normalmente esgotante, as forças voltam a aparecer, e ser com grande motivação e
alegria que todos os voluntários se dirigem a casa dos seus queridos clientes mais
PKVZVZ*VTVHSN\tTTLJVUÄKLUJPH]H¸JVTVWVKLTVZUqVÄJHYLU[\ZPHZmadas e felizes quando ouvimos uma idosa dizer quando chegamos que,
ÄUHSTLU[LJOLNV\HS\aHZ\HJHZHJOLNV\HZ\HMHTxSPH¹.
E é já uma agradável rotina ver partir as carrinhas que levam os voluntários a
casa dos seus clientes e verem alguns deles, ansiosos, a espreitarem atrás de uma
cortina de uma janela, à espera da nossa chegada.
Os nossos clientes do voluntariado fazem já parte das nossas vidas, da
nossa família; apercebemo-nos, então, fácil e claramente de como há tanta gente
Ano VIII . n.º31 . Trimestral . Junho 2013
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Obra Diocesana de Promoção Social
a queixar-se de coisas sem importância, a desperdiçarem tanto em bens materiais,
mas, também, a desperdiçarem tanto carinho e amor.
(JHIHTVZWVY]LYPÄJHYX\LV7YVQLJ[V“Fazer sorrir a solidão”, tendo por
principal objectivo levar o sorriso, a atenção, o carinho e o cuidado ao outro, nos
faz, também a nós, sorrir e nos enche de felicidade.
O voluntariado, estando assim ao serviço dos indivíduos, das famílias e da
JVT\UPKHKLJVU[YPI\PKLMVYTHPULNm]LSLZPNUPÄJH[P]HWHYHHTLSOVYPHKHX\HSPKHde de vida e do bem-estar da população.
O carácter de eminente interesse social e comunitário, realizado de forma
desinteressada que o voluntariado possui, encontra, também em Portugal, como
um dos seus maiores expoentes, :xS]PH*HYKVZV.
O Papa Francisco aprovou a 28 de Março, apenas 15 dias após a Sua eleição, o decreto que reconhece as suas virtudes heróicas, passando a ter o título de
Venerável. É de realçar a importância da acção caritativa da Tia Sílvia, da sua entrega ao serviço dos pobres, dos doentes, das crianças e dos idosos, encarnando o
espírito do verdadeiro voluntário.
Foram inúmeras as Obras Sociais e de evangelização que fundou e outras
que impulsionou, ajudando a fundar, de norte a sul do país.
A Tia Sílvia faleceu em 1950, na Casa da Torre em Paços de Ferreira, cidade
onde se ergue desde há muito, estátua em sua homenagem.
São pois exemplos como este, de pessoas que verdadeiramente se preocupam com a sorte dos outros, mobilizando-se de corpo e alma para ajudar, proteger e amar os mais necessitados, que precisamos, cada vez mais, nos dias de hoje.
A Obra Diocesana de Promoção Social é, também, um excelente exemplo
de voluntariado de proximidade, tão importante numa sociedade em que os problemas sociais se têm, extraordinariamente, agudizado.
A gratuidade, a generosidade e a solidariedade, princípios enquadradores do voluntariado, são os princípios que nortearam, desde sempre,
VZL\*VUZLSOVKL(KTPUPZ[YHsqV,HTHYVWY}_PTVZLTJVUKPsLZZLT
fronteiras, e dando ao mais necessitado, ao mais desprotegido, uma atenção redobrada, é o lema do seu orgulhoso corpo de voluntários.
E partindo da promessa de Nossa Senhora de Fátima, de que o Seu imaculado coração será o nosso refúgio e o caminho que nos conduzirá a Deus, partilhamos o tema que o Santuário de Fátima adoptou para este ano pastoral e que S.S.
o Papa João Paulo II não se cansava de repetir:
Não tenhais medo!
Manuel Amial
D. Manuel Clemente recebeu em audiência de despedida
o Conselho de Administralção da ODPS
Sua Excelência Reverendíssima D. Manuel Clemente recentemente nomeado, por Sua Santidade o Papa Francisco, Patriarca da Diocese de Lisboa, cuja pos-
cada vez mais prementes da sociedade
especialmente dos mais carenciados.
se está prevista para o próximo dia 7 de Julho, está a ultimar as suas despedidas
da Diocese do Porto.
Uma entrega de lembranças e
votos de felicidade para o novo cargo
Assim, no passado dia 14 de Junho, recebeu em audiência os membros do
Conselho de Administração da Obra Diocesana de Promoção Social.
selaram este acto de despedida simbólico, tendo D. Manuel Clemente agra-
O Presidente da ODPS, Senhor Américo Ribeiro, que estava acompanhado
decido a colaboração dos membros do
pelos demais membros do Conselho, secretária Dra. Helena Almeida, tesoureiro
Conselho de Administração, dos restan-
Rui Cunha e vogais Manuel Amial e Pedro Pimenta, traçou uma panorâmica da
tes órgãos sociais e dos colaboradores
situação actual da instituição, reiterando que a mesma está a cumprir a sua missão
que dia a dia fazem da ODPS uma Ins-
LLZ[mTV[P]HKHLWYLWHYHKHWHYHVZKLZHÄVZKVM\[\YV
tituição de referência na sociedade por-
D. Manuel Clemente mostrou-se muito satisfeito com o desempenho da
tuense.
ODPS e transmitiu o seu agrado como a mesma está a responder às necessidades
Ano VIII . n.º31 . Trimestral . Junho 2013
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Obra Diocesana de Promoção Social
João Miguel Pratas
Diretor do Economato, Logística e Manutenção
Mónica Taipa de Carvalho
Diretora dos Recursos Humanos e Jurídicos
Jantar de Beneficência 2013
O mês de Maria do ano de 2013
passado dia 23 de Maio, o Porto Pa-
solidariedade e incessante apoio à
acolheu a sétima edição do Jantar de
lácio Hotel recebeu cerca de duzentos
Obra Diocesana, numa noite de parti-
)LULÄJvUJPH KH 6IYH +PVJLZHUH KL
e cinquenta amigos e beneméritos da
lha, comunhão e convívio.
Promoção Social (ODPS). Assim, no
Instituição, os quais exaltaram a sua
Como é habitual, a materializa-
ção deste evento derivou de diligências
Dr. Marco António Costa.
à Presidência da Câmara Municipal do
partilhadas pelo Conselho de Adminis-
Este evento, já fortemente an-
Porto; representantes da União Distrital
tração e pela Liga dos Amigos da Obra
corado no calendário anual de ativida-
das Instituições Particulares de Solida-
Diocesana, dirigida pelo Chefe Hélio
des da Obra Diocesana, contou com
riedade Social – Porto e da Associação
Loureiro, o qual patrocina este jantar
a presença de individualidades como
Comercial do Porto; bem como os ilus-
desde 2007.
a Dr.ª Ana Venâncio, Diretora-Adjunta
tres Professores Doutores Francisco
O jantar foi presidido por Sua
do Centro Distrital do Porto do Institu-
Carvalho Guerra e Daniel Serrão, o
Excelência Reverendíssima D. João
to da Segurança Social; o Padre Lino
Eng.º Belmiro de Azevedo e o Comen-
Lavrador, Bispo Auxiliar do Porto. Num
Maia, Presidente da Confederação Na-
dador Rodrigo Leite.
gesto de reconhecimento, esteve igual-
cional das Instituições de Solidarieda-
Estiveram igualmente presen-
mente presente o Secretário de Estado
de (CNIS) e Assistente Eclesiástico da
tes os membros do Conselho de Admi-
da Solidariedade e Segurança Social,
ODPS; o Dr. Manuel Pizarro, candidato
nistração e Conselho Fiscal da Obra
Ano VIII . n.º31 . Trimestral . Junho 2013
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Obra Diocesana de Promoção Social
Diocesana, fornecedores e colabora-
sentida mensagem de reconhecimento
do que colocar o mundo das ideias ao
dores da Instituição.
e felicitações a Sua Excelência Reve-
serviço dos outros, não é mais do que
O Presidente do Conselho de
rendíssima D. Manuel Clemente, pela
colocar o alcance cognitivo no amor ao
Administração, Senhor Américo Ribei-
sua honrosa nomeação a Patriarca de
próximo”.
ro, dirigiu palavras de agradecimento
Lisboa. Frisou que a ODPS elogia to-
Seguiu-se a intervenção do
aos convidados, pois a sua presença
dos os amigos e benfeitores da Institui-
Chefe Hélio Loureiro, que a todos deu
testemunhava a solidariedade de to-
ção, pois a sua ajuda é motor da ação
as boas vindas.
KVZ3LTIYV\X\L¸tHHsqVX\LKLÄUL
social que esta realiza junto dos mais
Começou por frisar que “esta-
o homem!” e que é “a ação solidária,
frágeis e carenciados. Precisamente
mos à volta da mesa em convívio”, o
que o engrandece e lhe confere o sta-
ULZZL JVU[L_[V HÄYTV\ X\L H ZVSPKH-
que representa para os cristãos um
tus de ser superior”.
riedade estava concentrada naquela
“grande lugar”, relembrando que é “à
sala de hotel e que esta “não é mais
volta da mesa que se partilha e faz
Na sua intervenção dirigiu uma
mensagem”.
Agradeceu aos patrocinadores
convidados que “amor e verdade são
Felicitou D. Manuel Clemente
dos vinhos, nomeadamente ao Eng.º
fontes de vida e que uma vida sem
pela sua elevação ao Patriarcado de
Casimiro Alves da Cooperativa Terras
amor não é vida”. Dirigindo-se a estes,
Lisboa, esperando que este nunca se
de Felgueiras, ao Eng.º Mário Sérgio
salientou que a sua “partilha é um ser-
esqueça do Porto. Desejou que “estas
Nuno da Quinta das Bageiras e às Ca-
viço aos irmãos e um verdadeiro ato de
terras de Santa Maria sejam abençoa-
ves Poças, na pessoa do Eng.º Pedro
amor”.
das com um novo Bispo”, tendo em
Poças Pintão. Enalteceu identicamente
6KPZJ\YZVZLN\PU[LÄJV\HJHY-
conta as suas necessidades evangeli-
a Eng.ª Filomena Pires que, de uma for-
go do Dr. Marco António Costa. Iniciou
zadoras e organizativas. Elogiou ainda
ma elegante e singela, decorou a sala
com um louvor à Obra Diocesana pela
o papel único e meritório do Senhor
Porto; e o Duo Faria pelo acompanha-
qualidade de serviço que diariamente a
Américo Ribeiro, enquanto Presidente
mento musical da noite.
Instituição presta, tornando “mais sau-
do Conselho de Administração.
Terminou lembrando todos os
Ano VIII . n.º31 . Trimestral . Junho 2013
dável, mais confortável e mais solidá-
23
24
ria” a vida de muitas pessoas.
Agradeceu, em nome do Go-
Obra Diocesana de Promoção Social
para as pessoas, para servir o próximo
e prestar um serviço solidário”.
O Bispo Auxiliar do Porto, D.
João Lavrador, encerrou o momento
verno de Portugal, o convite formulado
Continuou com um reconhe-
das intervenções. Começou por diri-
para participar neste jantar. Nesse con-
cido agradecimento à Igreja Católica
gir uma palavra de elogio ao trabalho
texto, alertou para a imensa importân-
pelo “extraordinário trabalho que esta
desenvolvido pela Obra Diocesana, re-
cia da Economia Social e Solidária, se-
desenvolve no plano social, através
conhecendo a “coragem, espírito de fé
tor da sociedade que só recentemente
das mais diversas frentes de atuação e
e valentia” que todos os elementos da
começa a ganhar o devido e merecido
modelos de intervenção institucional”.
Instituição, com um especial destaque
destaque enquanto força motriz da
Desta forma, aclamou o trabalho “ex-
para o Senhor Américo Ribeiro, assu-
economia e fonte de emprego para
[YHVYKPUmYPVKPZJYL[VLÄJPLU[LJVTWL-
mem diariamente.
\THSHYNHMH[PHKHWVW\SHsqV(ÄYTV\
tente e solidário” de todas as institui-
que esta é uma economia “que se vira
ções católicas.
:LN\PKHTLU[LLUHS[LJL\HÄN\ra de Sua Excelência Reverendíssima
D. Manuel Clemente, designadamente
cer a simpatia de todos, precisamente
penha na sociedade do Porto, bem
a sua dedicação ao Porto e à sua Dio-
pela sua capacidade de olhar para o
como a sua interligação e implicação
cese e a “doação plena e total das suas
Homem na globalidade.
contínua com todos os elementos da
forças, inteligência e capacidades” ao
7YVZZLN\P\ HÄYTHUKV X\L H
serviço da Igreja. Lembrou que o no-
ODPS, à semelhança das outras insti-
Ao encerrar o jantar, naquela
meado Patriarca de Lisboa tinha “uma
tuições de solidariedade, não é imune
que foi uma noite repleta de alegria,
particular ligação às realidades sociais
ao atual cenário de crise que assola o
LZWxYP[VKLMHTxSPHLZVSPKHYPLKHKLÄJV\
da Diocese”.
nosso país e no qual aumenta o núme-
bem patente a amizade e generosidade
ro de pessoas que precisam de apoio.
de todos os presentes, que comungam
Num outro raciocínio, salientou
que a Igreja tem uma visão integral do
+ 1VqV 3H]YHKVY ÄUKV\ H Z\H
ser humano e como tal o trabalho quo-
intervenção salientado o importante
tidiano da Obra Diocesana deve mere-
papel que a Obra Diocesana desem-
Ano VIII . n.º31 . Trimestral . Junho 2013
cidade.
da missão de apoiar a Obra Diocesana
de Promoção Social.
25
26
Intervenção do Presidente do
Conselho de Administração
Américo Ribeiro
Obra Diocesana de Promoção Social
Boa noite!
que nos nossos agradecimentos, às
Sejam bem-vindos.
pessoas da Exma. Senhora Eng.ª Filo-
Para todos, uma saudação mui-
mena PiresWVY[VKHHKLJVYHsqVÅVYHS
to afetuosa e incluo nela também aque-
deste salão, e do Duo Faria, que nos
las pessoas, aqueles amigos, que que-
deliciarão com as suas músicas.
riam fazer grupo connosco, aqui, mas
O nosso Obrigado!
motivos inopinados contrariaram essa
possibilidade e esse desejo.
Agradecemos, profundamente,
a comparência do Excelentíssimo Se-
Em nome do Conselho de Ad-
nhor Secretário de Estado da Solidarie-
ministração e em nome pessoal agra-
dade e da Segurança Social, Senhor Dr.
decemos, com alegria e emoção, tanta
Marco António Costa, pois ela reforça a
disponibilidade e tanta generosidade
nossa motivação e encorajamento de
evidenciadas repetidas vezes e, por isso
continuarmos a guardar visão e convic-
mesmo, já habituais para que se registe
ção otimistas no prosseguir dos propó-
mais um encontro convívio deste forma-
sitos, que visam o melhor possível para
to e a Obra Diocesana de Promoção
esta causa admirável e indispensável.
Social constitua o objeto fulcral da circunstância.
Um peculiar acolhimento e reconhecimento, a Sua Excelência Reveren-
À Câmara Municipal do Porto
díssima, D. João Lavrador, pois a pre-
um obrigado com interpretação espe-
ZLUsH PTWVY[HU[L JVUÄYTH ZLUOH
cial, dado ser parceira presente e dili-
do Patrono da nossa Instituição.
gente nas diferentes responsabilidades
e competências.
Atua sempre como forte incentivo, independentemente de sabermos
Ao Amigo Hélio Loureiro e Pre-
que podemos contar com a mesma,
sidente da Liga dos Amigos da Obra
entrando nela a função, que lhe foi con-
Diocesana um gesto grato, nosso, pelos
ÄHKH
gestos oferecidos e inscritos no âmbito
do altruísmo e da vontade de fazer.
Permito-me também dar enfo-
É impossível não exaltar, neste
momento e emotivamente, a nomeação
de Sua Excelência Reverendíssima D.
Manuel Clemente a Patriarca de Lis-
vências… onde os valores universais
interiorizados e que na hora adequada
boa. Um acontecimento indizível numa
ZLHÄYTLTJVTVIHUKLPYHWHYHPYTHPZ
entram em atividade, fecundando a
data também assinalada pela alegria e
HStT UV VIZLY]HY UV YLÅL[PY UV ZLU[PY
existência de cada pessoa.
pela história de um Papa, que marcou
no agir…
A Obra Diocesana de Promo-
o Mundo. No dia 18 de Maio, dia da no-
A solidariedade está nesta
ção Social integra esses valores e abre
meação, também dia de aniversário de
sala, está à volta da mesa e não é mais
JHTPUOV WHYH X\L KLP_LTVZ Å\PY V LU-
nascimento do Papa João Paulo II.
do que colocar o mundo das ideias ao
canto de os perceber bem, de os expe-
Todos nos rejubilamos com esta
serviço dos outros, não é mais do que
YPLUJPHYKLVZPU[LUZPÄJHYLTJHKHVSOHY
escolha e temos a certeza plena de que
colocar o alcance cognitivo no amor ao
em cada passo, em cada atitude…
é a pessoa certa para desempenhar,
próximo…
De facto, o montante social
com grau de excelência, a missão de
A ação solidária é uma capaci-
e humano, que gera em torno de si é
evangelizar e dinamizar a Igreja com os
dade optativa dos humanos, mas tam-
ZPNUPÄJH[P]V THZ TLZTV HZZPT UqV
requisitos da contemporaneidade. O
bém é uma necessidade essencial da
chega para as carências comprovadas.
ZL\ 3LTH [\KV HÄYTH ¸*VUOLJLY
qual depende o conhecimento, o auto-
Contudo, continua cheia de entusiasmo
Amar e Servir.” Para ele as nossas
conhecimento e a vontade. Traz como
e de esperança… promovendo, enalte-
mais calorosas felicitações.
YLZ\S[HKVÄUHSHZH\Km]LSZLUZHsqVKL
JLUKV L JVSHIVYHUKV UH LKPÄJHsqV KL
se ter sido útil e mar-cante para o outro,
uma sociedade mais equitativa e mais
para os outros, de se ter conseguido
fraterna.
Todos de pé, por favor, uma
salva de palmas.
Talvez em redor de uma mesa,
dar algo de si próprio, de se ter conquis-
Ela trabalha para muitos com
saboreando uma refeição e abrindo
tado serenidade, paz interior, de se ter
peculiaridades bastante sensíveis e,
ocasião a bons momentos de relaxa-
dado mais luz à vida.
como tal, precisa de muitos, precisa de
mento e de companheirismo, tão apete-
i H HsqV X\L KLÄUL V OV-
[VKVZ L LZ[V\ JVUÄHU[L KL X\L O Se-
cidos, se entrelacem laços de amizade
mem! É a ação solidária, que o en-
nhor, de que o Bom Deus defenderá
e de afetividade e se encontrem motivos
grandece e lhe confere o status de
acerrimamente a sua causa e conce-
para sorrir, para pensar positivamente,
ser superior.
derá condições para que o seu objeti-
para compartilhar recordações tradutoras de felicidade e de alegria.
A expressão da vida corresponde inteiramente à estrutura de valores,
Talvez se revigorem e se exor-
de valores absolutos, isto é, sustenta-
tem situações, contextos, episódios, vi-
dos na doutrina de Deus, que estão
Ano VIII . n.º31 . Trimestral . Junho 2013
vo principal encontre, sempre, o sol da
consecução.
Muito Obrigado pela vossa presença e participação.
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Obra Diocesana de Promoção Social
Pedro Pimenta
Vogal do CA da ODPS
Tardes diferentes
Nada pode ser exigido daqueles a quem nada se dá…
Henry Fielding
Todos sabemos o quanto neces-
estar dos nossos Clientes. Não conse-
te avivar a memória dos mais velhos
sitam de carinho, de amor, de atenção
guiremos grandes resultados se, sema-
(com auxilio a meios audiovisuais) so-
os nossos Clientes no seu dia a dia. Por
nalmente, proporcionarmos sempre as
bre os tempos vividos, intensamente,
vezes, na voracidade do tempo e ocu-
mesmas atividades, mesmo que por
recordando os momentos em que tudo
pações, nem nos damos conta de que
vezes com roupagem diferente.
aconteceu. Foi ainda muito importante
um simples gesto, um carinho, uma
Por isso, foi com muito gosto
a presença de alguns jovens que segui-
palavra amiga são como um bálsamo
e prazer, que aceitei o convite da Sr.ª
ram com muita atenção tudo o que se
para a grande maioria das pessoas mais
Dr.ª Rosa Maria e do animador social
via e falava e, com grande satisfação
velhas.
Ângelo Santos para no dia 24 de Abril
minha, nos questionavam, constante-
É por isso que eu acho impor-
passar boa parte da tarde com os nos-
mente, sobre factos de que tinham ouvi-
tante que Todos os Centros tentem,
sos Idosos e também alguns jovens
do vagamente falar e que agora tinham
JHKH]LaTHPZKP]LYZPÄJHYHZZ\HZH[P]P-
para lhes falar sobre a Revolução do
condições de melhor compreender.
dades. A rotina em qualquer idade mas
25 de Abril e também sobre o Porto
sobretudo na velhice pode ter conse-
Antigo.
quências muito nefastas na forma de
Foi extremamente interessan-
Este foi um bom exemplo de
KP]LYZPÄJHY HZ H[P]PKHKLZ KVZ UVZZVZ
Clientes.
No dia 10 de Maio a convite da
dançando algumas delas. Gostaria de
é, sempre que possível, proporcionar-
Sr.ª Dr.ª Lurdes Regedor estive presen-
realçar a alegria e os sorrisos estam-
mos coisas novas, surpresas… para
te na festa de Homenagem a Todas as
pados nos seus rostos por estarem a
que a rotina diária não se torne numa
Mães daquele Centro. Vivemos uma tar-
participar numa atividade diferente da
monótona receita médica para não dei-
de diferente e animada que contagiou
sua atividade diária. A tarde terminou
xar adormecer os nossos Clientes.
de alegria os nossos Clientes. A tarde
com um lanche de confraternização dos
foi abrilhantada pela Tuna Feminina da
Clientes com a Tuna Académica.
Faculdade de Nutricionismo da USP
Não poderia terminar esta nar-
que nos deliciou com as suas músicas
rativa sem agradecer a presença amiga
tradicionais portuguesas que também
e graciosa da Tuna da Faculdade de
serviram para o sempre esperado e
Nutricionismo da USP.
Por isso não se esqueçam do
pensamento de abertura – Nada pode
ser exigido daqueles a quem nada
se dá…
Finalizo referindo a minha satisfação em participar nestas atividades e
Por ventura dirão alguns nes-
a minha total disponibilidade para sem-
te momento – o que é que têm de
pre colaborar com os Centros em inicia-
quer
comum atividades tão díspares?
tivas deste tipo.
acompanhando as canções quer ainda
TUDO. Como atrás referi o importante
tão do agrado pé de dança.
Foi encantador ver como os
nossos
Clientes
participaram,
Ano VIII . n.º31 . Trimestral . Junho 2013
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30
Obra Diocesana de Promoção Social
Frei Bernardo Domingues
É essencial e urgente o civismo esclarecido e operativo
1. As pessoas normais, esfor-
Se for possível e oportuno deve
para a verdade na vida pelo testemunho
çadamente, tornam-se virtuosas e bem
acolher quem pede uma informação ou
pessoal permanente e mesmo “pedindo”
educadas que assumem as boas manei-
pretende estabelecer um diálogo even-
desculpa, quando for caso disso. Procu-
ras de modo habitual, para com todas as
tualmente possível e útil.
re documentar-se para pensar com lógi-
pessoas e em todas as situações, cons-
ca, ética e estética em função de fazer o
bem feito e respeitador da comunidade.
cientes de que todos o ser humano tem
4. Devemos pois assumir per-
dignidade intrínseca a respeitar e tendo
tinentemente as regras de boa con-
também em conta a respectiva idade e
duta ética, moral e cívica nos modos
7. Em cada dia devemos assu-
LZ[H[\[V MHTPSPHY L L]LU[\HPZ ¸PUZ\ÄJPvU-
de conduzir e na utilização dos espaços
mir o respectivo papel e função, ,as
cias”. As pessoas normais não vivem se-
públicos, tendo sempre em conta o bem
sem “empurrar” ou passar à frente
gundo “inclinações” mas por decisões e
comum e as circunstâncias ocorrentes
dos que encontramos na roda da
H[P[\KLZYLÅLJ[PKHZ
que precisem de especial cuidado e aju-
]PKH" eventualmente poderemos ceder
2. *VT
LZWVU[HULPKHKL
da, sem estragar a natureza na “casa
a própria vez com discrição solidária e
L
comum” da comunidade e a cuidar
educativa para os desnorteados e gros-
todos
JVYYLJ[HTLU[L KH MH\UH L H ÅVYH JVT
seiros inaptos. Procure exercer a lideran-
aqueles que encontramos no nos-
especial atenção aos monumentos, que
ça do exemplo de bem servir a tempo e
so quotidiano, com palavras e gestos
são a história dos povos.
horas cumprindo o dever de ser e viver
atenção
devemos
saudar
com a possível qualidade.
de cortesia, de acolhimento e eventual
despedida, tendo em conta a sua idade,
5. Algumas regras de condu-
estatuto social e a saúde. Em todas as si-
ta variam, consoante as culturas, os
8. Se não é surdo, não fale e,
tuações há que ter uma consciência mo-
ambientes familiares e regionais, mas
sobretudo, não comente comporta-
ral bem informada e formada; é essencial
a atitude de acolhimento, de respeito po-
mentos impróprios de terceiras pes-
também ter bom senso e sentido positivo
sitivo, com disponibilidade para o apoio
soas ou, pior, revelando indevidamente
respeitando as diferentes culturas, cos-
ajustado, é para todas as circunstâncias,
opiniões ou segredos que envolvem
tumes e atitudes das pessoas diferentes.
e com um sorriso acolhedor e aberto,
questões de justiça e respeito devido à
O bem comum deve prevale-
sabendo adaptar-se correctamente a
família humana, especialmente aos insu-
cer sobre os interesses particulares.
cada situação, sem trair a verdade e a
ÄJPLU[LZLPUVJLU[LZMYHJHZZHKVZ6ZPNP-
É dever comum praticar a bioética e a
equidade que são um direito e um dever
SVUH[\YHSWYVÄZZPVUHSLWYVTL[PKVKL]LY
ecologia respeitando a terra, a água, o ar
comum.
ser rigorosamente respeitado.
e a higiene social.
6. Porque o tempo é gratuito,
9. Aprenda a apreciar a verda-
3. Mesmo que se trate de ques-
mas uma responsabilidade a assumir e
de e o esforço dos outros, elogiando
tões de justiça, tal como comprar um
aproveitar, é essencial aprender a bem
e estimulando os eventuais sucessos e
jornal ou solicitar em café, é pertinente
gerir a vida, apurando o que é essencial
o realismo ajustado às capacidades pes-
pedir “por favor” e agradecer com
e secundário, dispondo de oportunida-
soais. É essencial caminhar para o reco-
“obrigado”, despedindo-se até à pró-
des para cuidar dos descuidados, sem
meço e o realismo ajustado às capaci-
xima vez.
pressa nem agressividade, educando-os
dades pessoais a desenvolver; transmita
a mensagem de ser em si e por si, com
se meter onde não é chamado e cum-
eventualmente
verdade, honestidade, competência e
prindo lealmente e sempre o que for
criativa.
solidariedade ajustada a cada situação..
prometido, sem manipulação ou opor-
10. Ocupando o respectivo
pessoa
sensatamente
18. Aprenda a acolher as pes-
tunismo.
lugar na perspectiva do bom de-
14. É insensato opinar facil-
soas e a descobrir os respectivos
sempenho, procure ser sistematica-
mente sobre assuntos que não co-
aspectos positivos e a acompanhá-
mente pontual e empenhado em colec-
UOLJLTVZILT" seria pateta não pedir
-las até à porta, com gestos e palavras
tivamente conseguir bons resultados e
informações conscientes e avaliar a cre-
de estimulação positiva para enfrentarem
aprender a partilhá-los com discrição
dibilidade dos respectivos argumentos
a vida optimismo e a persistência escla-
THZLÄJHaTLU[L4HZUqVZ\IZ[P[\HVZ
para nos tornarmos competentes e ho-
recida.
outros naquilo que é seu deve assumir
nestos na utilização dos saberes que são
para isso têm capacidade aferidas. Dar
um bem, uma honesta forma de poder
cobertura a quem não cumpre é parti-
para bem servir.
19. Não recorra a desculpas
V\ TLU[PYHZ WHYH ZL Q\Z[PÄJHY KL ZP[\HsLZ X\L JVYYLYHT PUHKLX\HKH-
cular no mal.
15. Respeite os que seguem à
TLU[L" é pertinente pedir desculpa e
11. É essencial desenvolver
sua frente com idênticos objectivos
LZMVYsHYZL WVY ZLY ÄLS UVZ JVTWYVTPZ-
a curiosidade sadia para bem saber
mas, se for oportuno e com bons modos,
sos assumidos buscando atingir os ob-
KLZLTWLUOHY H WY}WYPH M\UsqV" mas
esclareça quem transgride as regras da
jectivos recorrendo à metodologias per-
é essencial bem guardar os segredos na-
justiça e do respeito recíproco, mas sem
tinentes e adequadas ao objecto e aos
[\YHPZ WYVTL[PKVZ L WYVÄZZPVUHPZ JVTV
agressão desproporcionada, respeitan-
objectivos.
dever de lealdade e justiça equitativa. A
do as normas justas e adequadas à si-
JVUÄHUsH TLYLJLZL WLSV X\L ZVTVZ L
tuações emergentes.
fazemos.
20. É essencial tornar-se uma
pessoa esclarecida e competente
16. Todos poderemos dar
com consciência moral progressi-
12. É sensato interpretar as
oportunidade aos outros de se tor-
vamente bem informada e formada,
PU[LUsLZ KVZ V\[YVZ L t PUKLJLU[L
narem corteses e simpáticos, a partir
para assumir a verdade de fazer o bem
arriscar comunica-las, sobretudo se
das próprias atitudes correctas e de ser-
feito, a tempo e horas; sendo o que devo
não desprestigiantes e, pior ainda, se
viço a quem precisa; os bens exemplos
ser para bem servir, com entusiasmo,
as pessoas referidas estão ausentes e
continuados ensinam e convertem, não
bom humor humildade alegre e, esfor-
não podem esclarecer o que pode tor-
desistindo de bem servir.
çadamente, com critérios de verdade e
compaixão operativa capaz de pertinen-
nar-se boato criminoso.
17. Na situação da vida familiar,
tes recomeços em vista do bem maior ou
13. As pessoas inseguras,
WYVÄZZPVUHSLZVJPHSdurante o dia, evi-
eventualmente do mal menor em situa-
cleptómanas e desonestas tendem
te cair na rotina e no desleixo, mas
ções sofridas.
HKLZJVUÄHYKVZV\[YVZ dando ense-
tenha cuidado, nas palavras e atitudes,
QVHX\LVZV\[YVZJVUÄLTJVUÄKvUJPHZ"
para ser pessoa verdadeira, justa, dis-
devemos escutar com atenção mas sem
creta, bem educada, amável e solidária,
Ano VIII . n.º31 . Trimestral . Junho 2013
31
32
Obra Diocesana de Promoção Social
Centro Social do Cerco
preparada para o efeito.
Partilha do Pão
permitiu vivenciar o verdadeiro espírito
Em representação simbólica da
de partilha e amor pelo próximo, teste-
Após este momento, o Senhor
partilha que Jesus fez com os apósto-
munhando assim a mensagem deixada
Padre Milheiro proferiu algumas pala-
los, o nosso centro promoveu durante
por Jesus.
vras e convidou todos os presentes à
A nossa intenção visou sensibi-
YLÅL_qV ZVIYL ]HSVYLZ M\UKHTLU[HPZ
lizar os “mais novos” e apelar à dispo-
como a partilha e a amizade. De segui-
Esta atividade organizada pelo
nibilidade dos mais velhos em partilhar
da, ao som da música “Sementinha de
nosso Centro contou com a colabora-
o que cada um tem e assim contribuir
Trigo”, o pão foi distribuído por todas as
ção de todas as valências e teve como
para uma comunidade mais sustentá-
crianças e adultos. Finalizamos com a
convidados principal o Exmo. Senhor
vel, justa e equilibrada.
T‚ZPJH¸6.PYHZZVS¹¶HÅVYX\LJYLZJL
a semana santa a atividade “Partilha do
Pão”.
Pároco Milheiro da Paróquia de Nossa
Neste sentido, o salão poliva-
e vive procurando sempre luz do sol,
lente foi previamente decorado com
que tal como nós devemos viver ilumi-
Tivemos ainda a honra de con-
espigas de trigo e velas. Tendo como
nados pela luz de Deus.
tar com a presença do Exmo. Senhor
música de fundo “Esta luz pequenina”
Com a participação ativa de
Américo Ribeiro, presidente da ODPS
cantada por todos os participantes, as
crianças, idosos e colaboradores, a
e do Exmo. Senhor Pedro Pimenta em
crianças e idosos em representação de
“Partilha do Pão” resultou da coope-
representação do Conselho de Admi-
cada valência percorreram um trajeto
ração, empenho, vontade e esforço
nistração.
delineado por velas pequeninas e colo-
partilhados por todos na concretização
caram os cestos com o pão numa mesa
deste evento.
Senhora do Calvário.
A dinamização desta atividade
Centro Social de Fonte da Moura
*VTLTVYHsqVKV+PH0U[LYnacional da Família
como objetivo reforçar o valor da famí-
no Amor e transmitir a Fé em Família”
lia no desenvolvimento humano.
SHUsHUKVVKLZHÄVHVZV\[YVZ*LU[YVZ
No âmbito das Comemorações
Inspirados na simbologia da
e aos Serviços Centrais da O.D.P.S.,
do Ano da Fé, o Centro Social Fonte da
Sagrada Família propusemos uma re-
possibilitando a todos e a cada um,
Moura organizou uma missão que teve
ÅL_qV Z\IVYKPUHKH HV [LTH ¸*YLZJLY
momentos de introspeção com a sua
própria Fé.
cia da família como o primeiro agente
dário aos mais desprotegidos nos dias
que correm.
Promovemos a passagem do
de proteção da criança e o papel de
oratório da Sagrada Família e do livro
todos aqueles que têm responsabilida-
O Sr. Pedro Pimenta, abordou a
KLYLNPZ[VKLYLÅL_LZWVYJHKH¸*HZH¹
des para com as crianças e a sua Edu-
questão da real dimensão das Famílias
da nossa Instituição, e o seu regresso
cação, na promoção de uma parenta-
atuais e o respeito pelos mais velhos.
a Fonte da Moura para a comemoração
lidade positiva, centrada no respeito
Referiu ainda a importância dos
do Dia Internacional da Família, dia 15
pelos direitos da criança e na preven-
“mais velhos” e do valor que estes po-
de Maio de 2013, no Auditório Paro-
ção de comportamentos de risco.
dem trazer para as famílias e para as
Usou como estratégia, alguns
quial de Aldoar.
crianças com a transição dos seus conhecimentos e experiencias.
Contamos com a presença de
momentos de interação com o públi-
inúmeros convidados; Diretores dos
co mais jovem (grupo de crianças do
O Dr. João Nunes, na qualidade
Serviços Centrais da O.D.P.S., Coorde-
A.T.L.), apresentando diapositivos com
de Coordenador do Centro, encerrou
nadores dos Centros Sociais e respe-
imagens e propondo que as crianças
a palestra/evento, agradecendo a pre-
tivos utentes do setor sénior, famílias,
as interpretassem e dessem a sua opi-
sença dos oradores e dos convidados,
parceiros educativos, colaboradores e
nião pessoal.
LHU\UJPV\HHWYLZLU[HsqVKL\TÄSTL
as nossas crianças.
Reforçou também a vinculação
de animação realizada pelas crianças
O programa do evento incluiu
das relações que se estabelecem por
do A.T.L., e a atuação dos grupos do
uma palestra, a atuação das crianças
proximidade de objetos, por oposição
WYtLZJVSHY JVT JVYLVNYHÄH KH ¸*HU-
em palco, uma exposição de trabalhos
a estilos de vida em que as preocupa-
ção da Família” enquanto projetadas
realizados pelas famílias e um lanche
ções materiais se afastam das relacio-
fotos de todas as famílias.
convívio.
nais.
Seguiu-se a visita à exposição
de trabalhos e um lanche convívio com
convidados
O Sr. Padre Lino Maia centrali-
estiveram presentes a Sr.ª Dr.ª Olívia
zou a sua intervenção na importância
de Carvalho, docente da Universidade
da proximidade das gerações, nomea-
Salientamos a satisfação senti-
Portucalense, o Sr. Padre Lino Maia,
damente o convívio entre crianças e
da pela nossa equipa, que se envolveu
Pároco de Aldoar, e o Sr. Pedro Pimen-
os avós. Referiu o papel da transmis-
nesta Missão na expetativa de engran-
ta, vogal da O.D.P.S. em representação
são dos ensinamentos, das conversas
decer ainda mais a proximidade entre a
do Concelho de Administração.
e afetos em família, e do respeito que
grande família que é a O.D.P.S. e todas
deve ser dedicado aos “cabelos bran-
as outras pessoas que se cruzam con-
cos”.
nosco.
Como
oradores
O provérbio chinês “É preciso toda uma cidade para educar uma
criança” deu o mote para a intervenção
Fez um elogio ao trabalho de-
da Dr.ª Olívia, que abordou a importân-
senvolvido pela O.D.P.S. no apoio soli-
Ano VIII . n.º30 . Trimestral . Março 2013
todos os participantes.
33
34
Obra Diocesana de Promoção Social
Centro Social da Pasteleira
*LSLIYHsqV KH ¸-LZ[H KL
Maria”
LZPNUPÄJH[P]HPTHNLT.VZ[HYxHTVZKL
WYVÄZZPVUHPZ X\L JVTWLT VZ UVZZVZ
YLHSsHYVTHNUPÄJV[HWL[LKLÅVYLZJVT
serviços e pelas crianças do grupo de
5 anos.
No âmbito do Ano da Fé o Cen-
palavras de apreço a Maria, não só para
tro Social da Pasteleira realizou no pas-
embelezar, mas também para A home-
sado dia 16 de Maio no Auditório uma
nagear.
cerimónia a Maria, Mãe de Jesus.
O ato da entrega das lembranças foi um momento tão bonito que co-
O Sr. Padre de seguida realizou
moveu muitos dos presentes ao som do
JoU[PJV¸7YPTH]LYHLTÅVY¹
,Z[L TVTLU[V KL YLÅL_qV MVP
saudações aos presentes, valorizando
partilhado pelos idosos de todos os
o encontro entre gerações, desde a
(U[LZKLÄUHSPaHYHJLYPT}UPHV
Centros da ODPS, crianças do Centro
criança mais nova ao idoso mais velho
Sr. Pedro Pimenta e a Coordenadora
Social da Pasteleira e colaboradores.
elogiando a Instituição como uma famí-
do Centro agradeceram a idosos, crian-
Estiveram ainda presentes o Vogal do
lia cristã, que proporciona iniciativas de
ças e colaboradores o empenhamento,
Conselho de Administração o Senhor
cariz religioso, levando aos seus utentes
compromisso e dedicação, não esque-
Pedro Pimenta, os diretores de serviços
palavras de conforto, fé e esperança.
cendo a disponibilidade e cooperação
Dr.ª Mónica Taipa, Dr. João Pratas, Dr.
Ao longo da cerimónia, um coro
do Sr. Padre Domingos e da professora
Carlos Pereira e os coordenadores dos
constituído por crianças e idosos deste
Margarida Almonde na preparação e
Centros Sociais: Cerco do Porto, Rega-
centro, entoaram cânticos com letras
concretização desta iniciativa.
do, Pinheiro Torres, Rainha D. Leonor,
da autoria da professora Margarida Al-
S. Tomé, S. João de Deus, psicóloga
monde.
Esta Festa, quis externar o carinho que sentimos pela Mãe de Jesus
Com o objectivo de conseguir a
e nossa Mãe. Não se trata de uma de-
Neste reencontro com o ano da
participação de todos os Centros nesta
voção vazia de sentido, e nem mesmo
-tMVPNYH[PÄJHU[L]LYHHKLZqVWVYWHY[L
celebração, propusemos que cada um
a consideramos uma deusa pois Maria
dos idosos, uma vez que o auditório se
deles decorasse contas, que serviram
UqVt\TÄTLTZPTLZTHUqVtTL[H
encontrava repleto.
Dr.ª Diana e o Enfermeiro António.
para elaborar um belíssimo terço. Este
mas é sinal. A Sua missão é sempre
A cerimónia teve inicio com pa-
MVPÄUHSPaHKVWVY\THJY\aMLP[HLTJYV-
apontar-nos Jesus, Ela é aurora que an-
lavras proferidas pela Coordenadora
chet por uma idosa do nosso centro de
[LJLKL H S\a YHKPHU[L KV THNUxÄJV ZVS
do Centro e presidida pelo Sr. Padre
dia. Num momento da cerimónia, esta
que é Cristo.
Domingos da paroquia de Lordelo do
mesma idosa, ao som da música Nos-
Se todos ouvissem a Deus
Ouro.
sa Senhora do Sim e acompanhada por
como Maria o fez, teríamos pessoas
Foi realizada ao som do cânti-
representantes de cada valência (cola-
mais felizes e convivência humana mais
co introdutório “ Um dia perfeito”, uma
borador/ cliente) ofereceram o terço e
saudáveis.
procissão de entrada com o objetivo de
ÅVYLZn=PYNLT4HYPH
“ Felizes são aqueles que ouvem
a palavra de Deus e a põem em prática”
levar a todos os presentes, a luz, a pala-
Para recordar a cerimónia, foi
vra sagrada e a Virgem Maria. À medida
elaborada pelas crianças, idosos e co-
que a imagem da Virgem passava en-
laboradores, uma pequena lembrança
Centro Social da Pasteleira
tre os convidados sentia-se a emoção
alusiva a Maria que foi entregue por um
Aurora Rouxinol
dos presentes perante tão imponente
representante das diferentes categorias
(Lc 11,28).
Centro Social Rainha D. Leonor
Via Sacra
participação dos outros Centros da
a 11º estação da Via Sacra que fala da
Neste Ano de Fé, a época Pas-
6+7:X\LZLÄaLYHTYLWYLZLU[HYJVT
JY\JPÄJHsqV KV :LUOVY SLTIYHUKV VZ
cal foi assinalada no nosso Centro com
colaboradores e clientes, tendo estes
doentes presos ao seu leito de dor há
a celebração da Via Sacra, rezando e
participado ativamente na celebração,
muitos anos e mostrando solidariedade
partilhando as 14 estações desta, no
pois cada estação da Via Sacra tinha
para com estes e suas famílias.
dia 22 de Março.
um texto e estes foram distribuídos pe-
Uma realidade que a ODPS
los Centros, que os partilharam durante
acompanha de perto, nomeadamente
a celebração.
no serviço de apoio domiciliário.
Presidida pelo Sr. Padre Domingos Oliveira, sempre disponível e
sempre presente no nosso dia-a-dia, foi
Em representação do CA da
5V ÄUHS KH JLSLIYHsqV ZLN\P\-
uma celebração de Fé, vivida intensa-
ODPS, tivemos a sempre simpática pre-
-se o lanche, partilhado e animado,
mente, com leituras, cânticos e espirito
sença do Sr. Pedro Pimenta, também
OH]LUKV JVU]x]PV LU[YL *LU[YVZ ÄUHSP-
de união.
com participação ativa na cerimónia, len-
zando assim uma tarde que foi de Fé,
do o texto da 1ª estação. Salientou ainda
oração, partilha e convívio.
Contamos com a presença e
Ano VIII . n.º30 . Trimestral . Março 2013
35
36
Obra Diocesana de Promoção Social
*LU[YV:VJPHS:qV1VqVKL+L\Z
A importância da família em
comunhão com a nossa sociedade
Desde o início do “Ano da Fé”,
em 11 de Outubro de 2012, que o Centro
ItTLTKVPZTVTLU[VZT\P[VZPNUPÄJHU-
de agradecer a presença do Sr. Padre Diz
tes do mês de Maio: a semana aberta à
e toda a sua disponibilidade, bem como
família e o mês dedicado a Maria, Mãe
referir como é importante este tipo de
de Jesus.
atividade para a união das famílias em
Social de São João de Deus, respeitan-
O Centro fez questão de enalte-
comunhão com a Igreja, numa Instituição
do os valores veementes da Instituição,
JLY[VKVVZPNUPÄJHKVKLZ[LZTVTLU[VZ
Una e Católica, onde estas atividades
aprofundou o seu testemunho de carida-
que teve a Eucaristia como ponto alto,
[vTKLZPNUPÄJHYZLTWYLT\P[VH[VKHH
de, partilha, envolvendo todos os seus
tendo estando presentes Idosos de to-
população envolvida.
colaboradores, Clientes, familiares dos
dos os Centros da Obra Diocesana de
Todo o trabalho, carinho e moti-
Clientes e abertura a toda a comunidade
Promoção Social bem como pais e fa-
vação evidenciados na preparação desta
envolvente ao Centro.
miliares de Idosos e das Crianças que
celebração foram também referidas pelo
frequentam diariamente o Centro de São
Sr. Pedro Pimenta, nomeadamente de to-
João de Deus.
dos os colaboradores do Centro de São
Desta forma e dando seguimento a outras atividades já realizadas, no
passado dia 17 de Maio, celebrou-se no
A emoção e a alegria foram mui-
João de Deus e de todos os outros Cen-
Centro Social de São de Deus uma Euca-
tas, enriquecidas com a presença do
tros presentes, valorizando estas ativida-
ristia, dirigida pelo Exmo. Sr. Padre Diz da
Exmo. Sr. Pedro Pimenta, membro do
des como caminho de motivação e de
Paróquia da Areosa, que mais uma vez e
Conselho de Administração da Obra Dio-
causa para que a Obra Diocesana como
de forma muito amável e disponível nos
cesana de Promoção Social e do Diretor
Instituição Cristã, realce todos os seus
proporcionou uma celebração de partilha
Técnico da Instituição, Dr. Carlos Pereira,
valores, que poderão apoiar e preencher
e de envolvência de toda a comunidade
além da presença de alguns Coordena-
muitas das necessidades que cada vez
que assistiu.
dores de outros Centros.
mais se assumem como fundamentais.
Esta celebração foi inserida tam-
*LSLIYHsqV KH ¸7HY[PSOH KV
O Sr. Pedro Pimenta fez questão
de Deus vivenciou uma celebração
veu com os Apóstolos.
T\P[V ZPNUPÄJH[P]H PUZLYPKH UV [LTWV
Esta celebração envolveu na
No passado dia 22 de Março
da Quaresma, a “Partilha do Pão”, em
sua preparação e na sua vivência, as
de 2013 o Centro Social de São João
memória da última Ceia que Jesus vi-
crianças da Creche e Pré-escolar, os
Pão”
idosos do Centro de Dia, Centro de
[HTItTJVUÄHKVV7qVWHYHHWHY[P-
Agradeceu também a presen-
Convívio e Apoio Domiciliário, e ido-
lha, momentos devidamente acompa-
ça de todos os convidados bem como
sos convidados de todos os Centros
nhados por cânticos de alegria e de
todo o envolvimento na celebração da
da Obra Diocesana.
comemoração.
equipa de trabalho do Centro Social
de São João de Deus.
presidida
Ao longo da celebração pu-
pelo Exmo. Sr. Padre da paróquia da
demos também escutar leituras e o
Este envolvimento foi reforça-
Areosa, Sr. Padre Diz, conduzindo de
evangelho singelamente escolhidos
do pelo agradecimento também feito
forma inesquecível e de envolvência
pelo Exmo. Sr. Padre Diz, que depois o
pelo Coordenador de Centro, refor-
com todos os grupos de pessoas pre-
desenvolveu com a sua disponibilida-
çando toda a motivação evidenciada
sentes.
de e simpatia com todos os presentes,
pela equipa de trabalho, relembrando
SL]HUKV[VKVZH\THYLÅL_qVZVIYLH
também que estas atividades são rea-
importância do amor ao próximo.
SPaHKHZ JVT H ÄUHSPKHKL KL WHY[PJPWH-
A
Celebração
foi
Esta celebração teve o prazer
de contar com a presença do Exmo.
ção de toda a comunidade de clientes
Sr. Presidente do Conselho de Admi-
O momento central da celebra-
nistração da Obra Diocesana de Pro-
ção foi a Partilha do Pão antecipada
moção Social, Sr. Américo Ribeiro,
pela música “Pai Nosso”, em que de-
6 ÄUHS KH *LSLIYHsqV MVP [HT-
bem como da presença do Exmo. Sr.
pois de cantado e rezado permitiu a
bém de partilha, com a entrega de
Pedro Pimenta, vogal do Conselho de
partilha do Pão por todos os presen-
uma ramo de espigas, símbolo do Pão,
Administração.
tes.
ao Exmo. Sr. Padre Diz, que presidiu à
da Obra Diocesana .
Estiveram também presentes
Após este momento de comu-
cerimonia bem , e também ao Conse-
os Coordenadores dos Centros So-
nhão o Exmo. Sr. Presidente Américo
lho de Administração da Obra Dioce-
ciais da Obra Diocesana, que junta-
Ribeiro, usou da palavra para mostrar
sana e aos coordenadores de Centro
mente com os idosos de cada Centro
[VKH H YLÅL_qV [PYHKH KH JLSLIYHsqV
Presentes, como forma de agradeci-
tornaram esta celebração memorável.
evidenciado a importância da Obra
mento pela presença nesta atividade
O início da Celebração coin-
Diocesana, como sendo uma Institui-
que permitiu ao Centro Social de São
cidiu com a simbolização da fé das
ção católica e o poder que tem para
João de Deus, sentir a importância
crianças, que percorreram um cami-
evidenciar diariamente toda a sua fé ,
destas atividades para toda a comu-
nho iluminado em direção à cruz onde
dado que é uma instituição “…una e
nidade de clientes da Obra Diocesana
colocaram as suas luzes e candeias
a viver intensamente o Ano da Fé…”,
de Promoção Social.
no altar, altar este idealizado como
através de atividades que envolvam
a Barca do “Ano da Fé”, onde estava
todos os clientes.
Ano VIII . n.º30 . Trimestral . Março 2013
37
38
Obra Diocesana de Promoção Social
Mónica Taipa de Carvalho
Diretora dos Recursos Humanos e Jurídicos
Formação na Obra Diocesana
A Obra Diocesana de Promo-
IVYHKVYLZ(U\HSTLU[LVZJVSHIVYHKVYLZKL]LTILULÄJPHYKLHsLZKLMVYTH-
ção Social, enquanto entidade forma-
sqVTPUPZ[YHKHZWVY\THLU[PKHKLJLY[PÄJHKH*VTV[HSH6IYH+PVJLZHUH[LT
KVYH JLY[PÄJHKH WYVTV]L\ HV SVUNV
cumprido com esta obrigação legal e transformado o investimento na formação
dos últimos anos, inúmeras ações de
WYVÄZZPVUHSKVZZL\ZJVSHIVYHKVYLZU\THTHPZ]HSPHWHYHHWY}WYPH0UZ[P[\PsqV
]HSVYPaHsqV [tJUPJVWYVÄZZPVUHS WHYH
os seus colaboradores.
5LZ[LZLU[PKVLYLJVYYLUKVHVH\_xSPVKL\THMVYTHsqVWYVÄZZPVUHSLÄciente e precedida de um diagnóstico de necessidades junto dos colaboradores,
*VTV MVYTHsqV WYVÄZZPVUHS
JVUZLN\LTZLTLSOVYLZYLZ\S[HKVZX\LYHVUx]LSKHX\HSPÄJHsqVX\LYHVUx]LSKH
no seu contexto geral, entende-se um
produtividade. Por outro lado, a formação leva também a que a própria Instituição
conjunto de atividades que visam a
conheça melhor os seus colaboradores.
aquisição de conhecimentos, capaci-
A gestão da formação, na Obra Diocesana, é partilhada pela Direcção de
dades, atitudes e formas de compor-
-VYTHsqV 7YVÄZZPVUHS VYPLU[HKH T\P[V KPSPNLU[LTLU[L WLSH +Y¡ 7H\SH :HS]HKVY
tamento exigidos para o exercício das
colabo-radora da Instituição de há longo tempo, e pela Direcção de Recursos
M\UsLZ WY}WYPHZ KL \TH WYVÄZZqV
Humanos e Jurídicos que operacionaliza, coordena e supervisiona a execução
em qualquer ramo de atividade eco-
da formação.
nómica. Esta tem particular relevo em
contextos humanistas como o da ação
Novas Oportunidades
social, plano em que se desenvolve a
No âmbito do Programa Novas Oportunidades, a Obra Diocesana desen-
missão da Obra Diocesana de Promo-
]VS]L\ H[t HV HUV WHZZHKV KP]LYZHZ HsLZ KL -VYTHsLZ 4VK\SHYLZ *LY[PÄ-
ção Social.
cadas inseridas em dois cursos distintos – “Agente em Geriatria” e “Técnica de
A ODPS pretende, com a formasqVWYVÄZZPVUHS]HSVYPaHYHPTHNLTKV
Ação Educativa” –, que conferiram equivalência ao 9º e 12º anos de escolaridade,
respetiva-mente.
colaborador e da Instituição nas mais
Ambas as ações decorreram nas instalações do Centro Social da Paste-
variadas competências. Tem sempre
leira, que dispõe de uma sala de formação devidamente apetrechada e mobilada
como referência o triângulo dos sabe-
WHYHLZZLÄT
res nomeadamente as competências
Paralelamente a este projecto de formação modular composto por unida-
psicossociais e sócio-afetivas, que
des de formação de componente de base e por unidade de formação de compo-
permitem desenvolver as atitudes co-
nente tecnológica nas áreas de geriatria e técnicas de acção educativa, decorreu
municacionais e os efeitos comporta-
\TWYVJLZZVKLYLJVUOLJPTLU[V]HSPKHsqVLJLY[PÄJHsqVKLJVTWL[vUJPHZ[LUKV
mentais; as competências cognitivas,
em vista a obtenção dos graus de escolaridade acima referidos.
que se situam ao nível do desenvolvi-
Nos dois cursos participaram mais de 40 colaboradores, tendo predomi-
mento intelectual; e as competências
UHKVHZZLN\PU[LZJH[LNVYPHZWYVÄZZPVUHPZ!HQ\KHU[LKLHsqVLK\JH[P]HHQ\KHU[L
psicomotoras, para o desenvolvimento
de ação directa, trabalhadora auxiliar e ajudante de cozinheira.
das capacidades manuais, situadas ao
nível do saber-fazer.
Formação para a inclusão
A atual legislação laboral ape-
A Formação para a Inclusão decorreu no âmbito de uma medida do Pro-
la à obrigatoriedade das entidades
grama Operacional Potencial Humano (POPH) que pretendia aumentar as quali-
patronais proporcionarem a formação
ÄJHsLZWYVÄZZPVUHPZLZVJPHPZKHWVW\SHsqVKLZMH]VYLJPKHUVTLHKHTLU[LIL-
WYVÄZZPVUHS L JVU[xU\H KVZ ZL\Z JVSH-
ULÄJPmYPVZKV9LUKPTLU[V:VJPHSKL0UZLYsqV9:0LKLZLTWYLNHKVZ
(sistema HACCP),
A Obra Diocesana promoveu 25 itinerários. Estas acções decorreram nos
• Ajudantes de ação direta –
Centros Sociais de Fonte da Moura, Pasteleira, São João de Deus e São Tomé.
Os temas abordados foram muito variados, sempre na vertente do desen-
JLY[PÄJHsqVKLTV[VYPZ[HWHYH
volvimento social, pessoal e humano, tendo em conta o expectativas dos forman-
transporte coletivo de crian-
dos. De destacar os seguinte módulos:
ças,
• Todas as categorias – am-
• Alimentação saudável e higiene pessoal,
• Cidadania, direitos e igualdade,
biente, segurança, higiene e
• Comunicação e relacionamento interpessoal,
saúde no trabalho; primeiros
• Construção de projectos pessoais,
socorros; primeira interven-
• Cuidados básicos com crianças,
ção no combate a incêndios.
• Educação ambiental,
Até 2014, continuarão a decor-
• Educação para a parentalidade,
• Educação para a saúde e sexualidade,
rer os seguintes itinerários de forma-
• Educação para os afectos,
ção, que constituem a grande aposta
• Gestão doméstica e económica,
formativa da Instituição para presente
• Prevenção da violência doméstica,
biénio:
(JVTWHUOHU[L KL *YPHUsHZ
• Prevenção do alcoolismo e toxicodependência,
– cuidar de crianças com idade até aos
• Técnicas de confecção de alimentos.
12 anos durante as suas atividades
quotidianas e de tempos livres, garan-
Formação Interna
A nível interno, ao longo do ano de 2012, a Obra Diocesana promoveu
tindo a sua segurança e bem-estar e
HsLZKLMVYTHsqVWYLMLYLUJPHSTLU[LKPYLJPVUHKHZWHYHHZJH[LNVYPHZWYVÄZZPV-
promovendo o seu desenvolvimento
nais de ajudante de ação direta e ajudante de ação educativa, com os seguintes
adequado.
Assistente
módulos:
Familiar
e
de
• Animação em lares e centros de dia,
(WVPV n *VT\UPKHKL – prestar cui-
• Prevenção e primeiros socorros,
dados de apoio direto a pessoas no
• Psicologia da velhice,
domicílio ou em situações de interna-
• Saúde da pessoa idosa – prevenção de problemas e cuidados básicos,
mento ou semi-internamento em es-
• Velhice – ciclo vital e aspetos sociais,
tabelecimentos e serviços de apoio
• Animação – conceitos, princípios e técnicas,
social, respeitando as indicações da
• Atividades pedagógicas com crianças com necessidades educativas
equipa técnica e os princípios deontológicos.
especiais,
• Acompanhamento de crianças – técnicas de animação,
• Modelos psicológicos e fases do desenvolvimento da criança,
• Prevenção de doenças e acidentes na infância,
Paralelamente, decorreram outras formações, algumas das quais trans]LYZHPZH[VKHZHZJH[LNVYPHZWYVÄZZPVUHPZ!
• Cozinheiras e ajudantes de cozinheira – higiene e segurança alimentar
Ano VIII . n.º31 . Trimestral . Junho 2013
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Obra Diocesana de Promoção Social
Bernardino Chamusca
Associação Católica do Porto: 140 anos
de espaço e espírito de diálogo
A Associação Católica do Porto
clarabóia central que ilumina o salão e
quis e quer fazer desde há século e
(abreviadamente, ACP) é, nos termos
as galerias que lhe estão sobranceiras,
meio. Quando os seus fundadores -
dos seus actuais Estatutos, aprovados
sendo a estrutura construída em ma-
com especial realce para o Conde de
em 2011, uma associação privada de
deira.
Samodães - a lançaram em 1872, pre-
ÄtPZ JVUZ[P[\xKH LT ZVI PUZWP-
O conjunto é dominado pela
tendiam reunir esforços de vários cren-
ração, entre outros, de Francisco de
máxima «Laetetur cor quaerentium do-
tes, especialmente leigos, para que o
Azeredo Teixeira de Aguilar, 2º Conde
minum», versículo 3 do salmo 104 (ou
inevitável diálogo com a sociedade li-
de Samodães, e de Roberto Guilherme
105 nas Bíblias actuais), o que, em lín-
beral da altura decorresse com profun-
Woodhouse, seu primeiro presidente
N\H WVY[\N\LZH ZPNUPÄJH ­HSLNYLZL V
didade e se manifestasse em cidadania
da Direcção. Os Estatutos tiveram su-
coração dos que procuram o Senhor»,
activa.”
cessivas versões em 1887, 1896 e 1929
lema que a ACP tem procurado seguir
e agora em 2011.
ao longo dos seus 140 anos de vida.
E acrescenta Dom Manuel:
«Nos seis anos em que tive a graça de
“Visa a divulgação da doutrina
Tendo a ACP vocação para
integrar a Igreja diocesana do Porto, a
da Igreja Católica, bem como da cul-
congregar todos os católicos, bem
Associação Católica sempre me pro-
tura católica, nomeadamente na pers-
como as respectivas associações,
porcionou o espaço e o espírito para
WLJ[P]H KH HJsqV KVZ ÄtPZ UV J\S[P]V
movimentos, paróquias e demais ex-
continuar nesse sentido. Com tantos
dos direitos humanos e dos valores pe-
pressões colectivas da fé e da cultu-
e tantos outros que participaram em
renes do Cristianismo, aplicando nas
ra católica, foi introduzida nos actuais
quase meia centena de sessões Ecce
estruturas civis a mundividência cristã
,Z[H[\[VZHÄN\YHKVHZZVJPHKVWLZZVH
Homo, senti que os fundadores da As-
e procurando «enformar a ordem tem-
JVSLJ[P]H H ÄT KL HStT KHZ WLZZVHZ
sociação Católica estavam contentes
poral com o espírito cristão”.
singulares, também aquelas poderem
no céu com o que prosseguíamos na
terra.»
A ACP tem personalidade jurí-
associar-se na ACP. Registe-se que a
dica, canónica e civil, nos termos dos
ODPS é a pessoa colectiva associada
artigos 10º e 11º da Concordata entre a
nº 1 da ACP, estando em marcha uma
Santa Sé e o Estado Português.
campanha pela obtenção de novos as-
A sede da Associação situa-se
sociados.
na cidade do Porto, na Rua de Pas-
Nas palavras de D. Manuel Cle-
sos Manuel, nº 54, em edifício de que
mente, então Bispo do Porto e agora
é proprietária, construído, ao que se
Patriarca de Lisboa, que inúmeras ve-
pensa, na década de vinte ou trinta do
zes esteve na ACP com o seu saber
século XX.
e a sua simpatia (nomeadamente nas
A entrada faz-se por uma es-
sessões «Ecce Homo»), palavras que
cadaria nobre que se divide em dois
encimam a versão actual dos Estatu-
tramos de escadas que conduzem ao
tos da ACP, “a Associação Católica do
salão nobre, espaço polivalente, dota-
Porto representa na cidade e no país
do de um palco, que recebe luz de uma
muito do que o catolicismo português
É neste rumo que a ACP pretende fazer caminho.
João Miguel Pratas
Diretor do Economato, Logística e Manutenção
Lavandaria Central da Obra Diocesana
Uma das estruturas centrais da
sociais de terceira idade da Obra Dio-
ou ao cliente. Ao longo de todo o pro-
Obra Diocesana de Promoção Social é
cesana – Serviço de Apoio Domiciliário,
cessamento, a roupa é acompanhada
a Lavandaria Central, que constitui uma
Centro de Dia e Centro de Convívio.
WVY \TH ÄJOH PUKP]PK\HS L PKLU[PÄJH[P]H
face menos visível, mas não menos im-
Em alguns dos casos mais dramáticos,
do Centro Social ou do cliente, de modo
portante, no quotidianos da ação social
passa pela Lavandaria Central toda a
a minimizar possíveis trocas.
que a Instituição presta à população
roupa pessoal (roupa interior, camisas,
A Lavandaria Central funcio-
mais carenciada da cidade do Porto.
saias ou calças, roupa de dormir, etc.),
na durante todos os dias úteis do ano.
Esta Lavandaria foi criada em
toda a roupa de cama (lençóis, mantas
Atualmente, processa quase 2000 kg
2005, tendo sido inaugurada a 1 de
e cobertores), mas também outros arti-
KL YV\WH WVY KPH (V ÄT KL \T HUV
Junho pelo então Bispo do Porto, D.
gos como cortinas e tapeçari-as. Esta é
este valor equivale a cerca de quinhen-
Armindo Lopes Coelho. Funciona num
a via humana para promover a dignida-
tas toneladas de roupa.
edifício próprio, construído de raiz pela
de nas habitações de clientes totalmen-
Para assegurar o tratamento de
Obra Diocesana, que engloba também
te desprovidos de retaguarda familiar e
toda esta roupa, existem quatro má-
outros dois servi-ços – o Armazém Cen-
para quem este serviço constitui a única
quinas de lavar, duas das quais com
tral e a Central de Costura.
possibilidade de manter uma merecida
uma capacidade para 55 kg de roupa.
e desejada higiene.
A nível de secadores, funcionam seis
Esta instalação resultou da concentração das quinze lavandarias que
Diariamente, a roupa é recolhida
máquinas, com capacidades distintas
anteriormente existiam nos diversos
em todos os Centros Sociais e trans-
e adequadas às necessidades de seca-
Centros Sociais da Instituição e que
portada para a Lavandaria. Aí, e numa
gem. Todos os detergentes são dosea-
progressivamente foram encerradas.
primeira etapa, sofre uma triagem, após
dos automaticamente, sendo que o seu
Com este projeto, pretendeu atingir-se,
a qual é conferida (quantidade e tipo de
fornecimento às máquinas é totalmente
entre outros, os se-guintes objetivos:
artigos). Algumas das roupas dos clien-
mecanizado, dispensando qualquer in-
centralização de todo o tratamento da
tes carecem de uma pré-lavagem ou
tervenção humana.
roupa; libertação de espaço nos Cen-
de outros cuidados especiais, em virtu-
O funcionamento da Lavandaria
tros Sociais; padronização e melhoria
de do seu nível de sujidade. Após este
é assegurado por sete lavadeiras. É gra-
de todos os processos associados; e
processo, dá-se início à lavagem e pos-
ças a este equipa coesa, determinada,
economias de escala (designadamen-
terior secagem. Seguidamente a roupa
dedicada e empenhada que, oito anos
te a nível de recursos humanos, água,
é engomada e devidamente embalada.
após a sua inauguração, é possível di-
energia e consumíveis).
Finda esta etapa, a roupa é devolvida,
zer que esta foi mais uma aposta ganha
também diariamente, ao Centro Social
pela Obra Diocesana.
Na Lavandaria Central são processadas todas as roupas e outros artigos têxteis próprios dos Centros Sociais (toalhas de mesa, lençóis, babetes,
edredões e respetivas capas, batas,
aventais, etc.).
Paralelamente, a Lavandaria é
também responsável pelo tratamento
da roupa dos clientes das respostas
Ano VIII . n.º31 . Trimestral . Junho 2013
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Obra Diocesana de Promoção Social
espaço
solidario
mensagens recebidas sobre o novo
SER BOM E AMAR
Senhor Presidente,
Quem é bom, dá para que quem vive, viva melhor,
Recebi com muito gosto o exemplar do nº. 30
da Revista Espaço Solidário.
Quem ama, vive para servir gratuitamente;
Nas suas páginas tive ocasião de apreciar
H ]HSPVZH VIYH KL ILULÄJvUJPH X\L H 6IYH
Diocesana de Promoção Social, com tanta
dedicação, continua a promover na Diocese
do Porto.
Quem é bom, suporta as ofensas com coragem,
Quem ama, tenta esquecer e recomeçar o relacionamento;
Quem é bom, compadece-se de quem precisa ou sofre,
8\LTHTHHQ\KHLÄJHaTLU[LVZX\LWYLJPZHT"
Agradecendo a gentileza da oferta, cordialmente apresento a expressão da minha
consideração na alegria do Senhor Ressuscitado.
Quem é bom, começa e acaba a tempo e horas,
Quem ama, começa para não mais acabar de bem ajudar;
Quem é bom, faz o que pode esforçadamente,
Quem ama, consegue até o que parece impossível;
+ Rino Passigato
Quem é bom, perdoa os erros e ofensas sofridas,
Núncio Apostólico
Quem ama, se possível, não deixa errar e não desiste de emendar;
Quem é bom, ajuda quem está perto e faz-se próximo,
Exmo. Senhor
Quem ama, está sempre perto para ajudar oportunamente;
Presidente do Conselho de Administração da
Quem é bom, também ama os outros como eles são,
6IYH+PVJLZHUHKL7YVTVsqV:VJPHS
Quem ama, sempre é bom e progride na perfeição;
Quem é bom, não faz mal a ninguém voluntariamente,
Encarrega-me Sua Excelência o Ministro da
Solidariedade e da Segurança Social de acusar a recepção da carta, data de 01 de Abril
KLLHNYHKLJLYH=,_¡6LU]PVKH9Lvista “Espaço Solidário”
Quem ama, faz o bem até a quem lhe quer mal;
Com os melhores cumprimentos
Quem é bom, atende as necessidades de quem precisa,
Quem ama, tem necessidade de atender, acolher e estimar;
Quem é bom, estuda as condições para dar oportunamente,
Gabriel Osório de Barros, Dr.
*OLMLKV.HIPUL[L
Quem ama, dá sem condições e com generosidade;
Quem é bom, é como Deus o criou auto actualizando-se,
Exmo. Senhor
Quem ama, faz como Deus quer que se seja, viva e actue;
Américo Ribeiro
Quem é bom, cansa-se e às vezes desanima,
Presidente do Conselho de Administração da
Quem ama, nunca descansa de ser bom e fazer o bem;
6IYH+PVJLZHUHKL7YVTVsqV:VJPHS
Quem é bom, vê a pessoa que pede e precisa,
Quem ama, vê na pessoa Deus que pede e pratica a liberdade a tempo e horas, com alegria e
esperança.
E eu? Sou bom? Amo? …
Fr. Bernardo, o.p.
Exmo. Senhor
Américo Ribeiro
Presidente do Conselho de Administração da
6IYH+PVJLZHUHKL7YVTVsqV:VJPHS
Meu caro amigo,
9LJLIPVU¢KHYL]PZ[H,:7(h6:630+Í906X\LHNYHKLsV
(YL]PZ[HTVZ[YHJVTVZLTWYLHPTLUZHX\HSPKHKLLKP]LYZPKHKLKV[YHIHSOVKH6IYH,]PKLUJPHH
PTWVY[oUJPHKH6IYHUH]PKHKHJPKHKLLVLTWLUOVKVZZL\ZJVSHIVYHKVYLZLKPYPNLU[LZ
Quero, por isso, dar-lhes os mais sinceros parabéns. Numa época conturbada como a que atravessamos, é muito importante sentir que o Porto pode contar com uma Instituição como a vossa.
Respeitosos cumprimentos.
Agradeço o amável convite para participar
UV 1HU[HY KL )LULÄJvUJPH UV WY}_PTV KPH
23 do corrente mês de Maio. Não me será
possível marcar presença nesse Jantar de
)LULÄJvUJPH V X\L KLZKL Qm WLsV H Z\H
compreensão.
Contudo, não posso deixar de lhe dizer o
quanto admiro a obra extraordinária de promoção social que tem realizado e certamente
continuará a realizar em prol dos mais necessitados. Bem haja. Que Deus o ajude e lhe dê
sempre essa força de vontade em suavizar a
vida daqueles que mais precisam.
…
Reiterando os meus cumprimentos e agradecendo o amável convite,
António Rocha e Balsamina Valente
Com os melhores cumprimentos
Santa Maria da Feira
Manuel Pizarro, Dr.
Exmo. Senhor
(V:LUOVY7YLZPKLU[LKH6+7:
Bom e caro amigo Américo Ribeiro,
Américo Joaquim da Costa Ribeiro
Boa tarde Amigo Ribeiro,
7YLZPKLU[LKH6IYH+PVJLZHUHKL7YVTVsqV
Social
Antes de mais quero felicitar-te pelo êxito do
1HU[HYKH6+7:UqVHWLUHZWLSVU‚TLYVKL
pessoas presentes, que por si só já é muito
representativo, mas pelo que se pôde sentir,
o “sentimento de solidariedade” que esteve
presente em todo o evento.
Quero uma vez mais agradecer-lhe e felicitá-lo pelo seu empenho e altruísmo, tão raro
nos dias de hoje. Sinto-me sempre mal pelo
tão pouco que faço e tanto que é preciso
fazer, mas disponha de mim como bem entender.
Exmo. Senhor Presidente,
Encarrega-me o Presidente da Comissão
Europeia, Dr. José Manuel Durão Barroso,
de agradecer a carta que V. Exª. quis fazer
o favor de enviar a 1 de Abril, pela qual lhe
transmite o nº. 30 da Revista “Espaço Solidário”, que reteve toda a sua atenção.
6TL\T\P[VVIYPNHKVWLSVJVU]P[LWHYHMHaLY
parte desta “família” e uma vez mais os meus
parabéns.
Com os meus melhores cumprimentos,
…
<T ]La THPZ HNYHKLsV H JVUÄHUsH X\L LT
mim deposita e abraço-o com uma amizade
ZLTÄT
José António Braga, Dr.
Hélio Loureiro
Porto
Porto
Raquel Lucas
Amigos em crescendo!
Donativos de 23 de Março a 19 Junho de 2013
Descrição
Contribuição
Alunos EMRC (Educação Moral e Religiosa Católica)
1 000,00 €
Américo Joaquim da Costa Ribeiro
500,00 €
Ângela Maria Pereira Santos, Dra.
50,00 €
Anónimo
5,00 €
Anónimo
50,00 €
100,00 €
António Alves Carvalho Machado
50,00 €
António Moreira Milhomens
150,00 €
António Vieira da Rocha
25,00 €
Armanda Maria da Silva Castro
100,00 €
Artur Lima
50,00 €
Associação para o Diálogo Multicultural
100,00 €
Auto Reparadora de Arnelas, Lda.
Cáritas Diocesana do Porto
Cláudia Cristina Vieira Mena, Dra.
Distribui - Comércio e Distribuição de Produtos Alimentares, Lda.
50,00 €
Instituto Missionário Filhas de São Paulo
62,00 €
6 100,00 €
Jantar de Beneficência
Jorge Filipe Oliveira Costa Ribeiro, Dr.
75,00 €
José Alves Pais
50,00 €
José António Pedro de Almeida, Dr.
100,00 €
José Augusto Gomes Azevedo
100,00 €
José Ferreira da Silva Santos
300,00 €
JPFPV
700,00 €
Júlio Tavares Rodrigues
100,00 €
Márcia Cristina Correia Resende, Dra.
50,00 €
50,00 €
50,00 €
Maria Emília de Jesus Moura
40,00 €
50,00 €
Maria Teresa Pais Quelhas Lima de Souza-Cardoso, Dra.
100,00 €
Megavale - Informática, Lda.
Padaria São Pedro
50,00 €
150,00 €
100,00 €
50,00 €
Liga dos Amigos da Obra Diocesana
Já se fez Amigo da Liga?
Contribua com um Donativo
Pode ser Mensal, Anual ou Único
Envie por cheque à ordem de
OBRA DIOCESANA DE PROMOÇÃO SOCIAL
ou através do NIB - 007900002541938010118
Sabia que o seu donativo é dedutível no IRS (Decreto-Lei 442-A/88, art. 56º., nº.2, alínea B e nº. 1 RC (artº. 40º., nº. 3)
Ano VIII . n.º31 . Trimestral . Junho 2013
43
Obrigado!
Gonçalo Furtado de Mendonça
Contribuição
Horácio Magalhães, Lda.
Margarida de Aguiar Monteiro, Dra.
1 500,00 €
EGA
Descrição

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