Pior estiagem em 50 anos castiga o interior da PB

Transcrição

EXEMPLAR DO ASSINANTE
R$ 2,50
DOMINGO
PARAÍBA, 12, MAIO, 2013
jornaldaparaiba.com.br
ANO 42 • Nº 12.017
Pior estiagem em
50 anos castiga
o interior da PB
:F
sendo atacaatacacarcaças de boiss sendo
Em Patos,
Patos, momodas por urubus. Em
sítio Retiro
Retiro ttiveram
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radoress ddoo sítio
er a água
água suja
suja ddoo aaçude
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de bebe
beber
Jaatoobá para
para não
não morrer
morrer
Jatobá
de sede
sede Cidades 1 a 3
de
F
prejuízos com a seca. A estiagem secou barragens, açudes
e rios, acabou com a lavoura e
matou o gado.
Às margens das estradas,
é fácil encontrar
F
Série mostra histórias de famílias que perderam tudo, exceto
oae
esperança
sperança
A repórter Valéria Sinésio e o
fotógrafo Francisco França percorreram oito cidades do Estado, do Sertão ao Cariri, para
ver de perto a realidade dos
paraibanos que estão tendo
F
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F
K
T
K
T
Wilbur: MP dos
Portos não tem
clareza jurídica
Em entrevista, presidente da Companhia Docas
também culpa estudos
técnicos por dragagem mal
feita no Porto de Cabedelo
Página 5
DESAFIOS. Simone Jordão superou dificuldades para cuidar de Sofia, portadora de síndrome de Down. Jeânea Gomes, que teve bebê aos 16 anos, contou com o apoio da mãe Página 13
Jovens perdem interesse pelo voto
Dados do TSE mostram que mais de 23 mil não votaram nas eleições do ano passado no Estado Página 3
D
Um Godard
mais próximo
de Picasso
HUMOR
Aluno da UFCG
faz sucesso com
'Bode Gaiato'
Personagem criado por Breno Melo
retrata cenas do cotidiano nordestino e vira mania na web Página 17
Exposição, que está no Brasil pela primeira vez, revela fase
pós-nouvelle vague do cineasta franco-suíço Vida & Arte 1
Máx. 30º
CARIRI
Mín. 23º
Máx. 31º
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Política
2 | DOMINGO 12, MAIO, 2013
EDITOR:
JORGEALINE
REZENDE
EDITORA:
LINS
218193
Gestores não informam gastos
Tribunal de Contas do Estado vai fiscalizar municípios que não prestam informações ao Sistema Único de Saúde sobre despesas
Lenilson Guedes
O Tribunal de Contas do Estado deverá formar um grupo
de trabalho para fiscalizar quais
os municípios que não estão
prestando informações sobre
os gastos com saúde, conforme
dispõe a Lei Complementar nº
141/2012. A medida vale também para o governo do Estado.
A sugestão partiu do conselheiro Fernando Catão, que exerce
o cargo de corregedor do TCE.
“Fiz um levantamento dos municípios da Paraíba, no exercício
de 2012, apenas 122 informaram ao SUS os seus gastos com
saúde. Os demais municípios
Conselheiro
sugeriu formação
de um grupo
de trabalho
para fazer
'varredura' nos
municípios
bimestralmente
não informaram”, disse Catão
ao levar o assunto para a sessão
do tribunal.
Ele explicou que é competência do TCE, a partir da vigência da LC 141/2012, fiscalizar e prestar as informações. “As
informações devem ser bimestrais”, disse. O conselheiro fez
uma consulta no site do Ministério da Saúde (MS) e constatou
que os dados ainda não foram
atualizados para o ano de 2013.
Lá consta, porém, uma solicitação aos prefeitos e governadores para inserirem as informações. “Neste sentido, eu sugeri
a formação de um grupo de trabalho para que bimestralmente
se faça uma varredura em todos
os municípios da Paraíba e se
produza as informações tanto
para a sociedade como para o
SUS, conforme determina a lei”.
Catão revelou que dentre os
122 municípios, apenas Aparecida, Camalaú e Picuí enviaram
ao MS e ao TCE exatamente as
mesmas informações. Ele disse
que o município de Campina
Grande informou menos de R$
7 milhões. A secretária de Saúde de Campina Grande, Lúcia
Derks, disse que como as irregularidades ocorreram na administração passada, ela não
tinha como prestar os esclarecimentos. “Eu não tenho informação nenhuma. Assumimos
a gestão agora”. Ela assegurou
que na gestão do prefeito Romero Rodrigues as informações
serão prestadas conforme a lei.
O município de João Pessoa
também deixou de informar
corretamente os gastos com
saúde. Segundo Catão, a prefeitura teria deixado de informar
cerca de R$ 30 milhões. “É bom
que se verifique o que realmente houve, já que tem casos onde
a diferença entre a informação
prestada ao tribunal e ao MS
chega à casa dos 30%, indicando que já temos uma trilha de
auditoria”, afirmou Catão.
F
F
DESCUMPRINDO A LEI. Fernando Catão disse que em 2012 só 122 cidades informaram despesas ao SUS
Catão cobra aplicação de multas
Outro problema apontado pelo conselheiro Fernando Catão diz respeito ao
não cumprimento de uma
resolução normativa do TCE,
de 2011, que dispõe sobre a
remessa de informações de
obras e serviços de engenharia, via internet, pelas unidades gestoras estaduais e municipais da Paraíba. Ele disse
que a não informação enseja
a aplicação de multa, mas o
próprio tribunal não vem fazendo uso dessa medida.
As obras são monitoradas pelo Sistema de Gestão
de Obras Georreferenciais
da Paraíba (GEOPB), implantado pelo TCE. “O GEOPB
é uma ferramenta que está
sendo usada internamente
pelo tribunal como um ganho
enorme nos relatórios, mas
também é uma porta de informação do tribunal à sociedade. O que se observa é que
muitos municípios não estão
depositando os dados como
devem fazê-lo”, disse Catão.
Ele propôs que o tribunal oficie a todos os jurisdicionados
acerca da necessidade de fa-
zer o cadastramento no sistema e defendeu que o tribunal
comece a aplicar as multas
nos casos de descumprimento. O presidente do TCE, Fábio
Nogueira, concordou com a
sugestão de Catão. “Não é admissível que os gestores não
cumpram uma Resolução do
tribunal e fique por isso mesmo”, declarou.
218797
Política 3
DOMINGO 12, MAIO, 2013
Jovens da PB reduzem
participação nas urnas
Especialista diz que menos participação nas urnas pode indicar descrédito na política
F
Wagner Lima
Vinte e três anos após a
conquista da redemocratização no Brasil, com o direito ao
voto direto e o fim da censura,
a participação política parece
ser uma construção de ideal
que alterna, ora participação
efetivada por meio do voto, ora
pelos debates e embates entre
os apaixonados por política assim como o brasileiro o é por
futebol. É diante dessa contradição que os dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE)
revelam um traço marcante no
perfil dos jovens paraibanos
com idades entre 16 e 24 anos:
a redução na participação nas
urnas.
Em um comparativo entre
as duas últimas eleições para
prefeitos e vereadores, no Estado, 23.203 eleitores entre essa
faixa etária deixaram de votar
em 2012, levando-se em consideração os 595.866 votantes
das eleições municipais de
2008. Por outro lado, jovens
se dedicam a uma espécie de
G
NO BRASIL. Ítalo Fittipaldi diz que política é sinônimo de corrupção
'arena' nas redes sociais para
discutir a política partidária,
gestões públicas e problemas
da cidade e Estado em que
moram.
O cientista político e professor do Departamento de Ciências Sociais da Universidade
Federal da Paraíba, Ítalo Fittipaldi, reforçou que dados que
mostram menos participação
nas urnas pode indicar um
certo descrédito na participação política, ao menos no que
diz respeito à representação do
povo. “Os jovens não se sentem
representados e nem se sentem parte da solução porque
embora haja representação,
trabalha-se contra, dizendo
que essa representação não
vale nada. Vivemos no Brasil
uma contradição paradoxal:
todo mundo em tese valoriza a
participação popular, mas faz
campanha contra essa representação. Por exemplo, política
é sinônimo de corrupção e parlamento é um espaço deslocado da realidade. Por que eles
votam menos e discutem mais
política nas redes sociais? Sem
sombra de dúvidas, existe uma
apologia ao estar na vitrine. O
jovem encontra nas redes sociais o espaço ideal para dizer
o que pensa, o que não deixa
de ser democrático, afinal, não
é regulado a ponto de não se
emitir opinião”, disse.
Comparando as eleições
municipais de 2008 e de 2012,
verifica-se a redução da participação dos jovens entre um
e outro pleito. Em 2008, os jovens com 16 anos que votaram
totalizaram 42.555 enquanto
que quatro anos depois esse
número caiu para 41.557, o que
pode indicar a não opção de
novos jovens por fazer uso do
voto voluntário. Nas faixas etárias seguintes, a mesma redução é identificada. Na faixa dos
18 aos 20 anos houve registro
de 12.700 votantes a menos em
2012 do que em 2008, que registrou 208.255 eleitores. Com
17 anos, em 2008 o número era
de 54.425, e caiu na eleição seguinte para 54.416.
Queda também dos 18 aos 24 anos
A partir dos 18 anos, idade
em que o voto é obrigatório, o
mesmo decréscimo é verificado. Dos 18 aos 20 anos houve
208.255 votantes em 2008 e a
queda em 2012 para 195.555.
Na última faixa etária considerada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) como referência para a
categoria jovem, dos 21 aos 24
anos, os dados do TSE revelam
que também houve redução de
votantes. Em 2008 foram às urnas na Paraíba 290.631 eleitores e em 2012 caiu para 281.135
pessoas. Ítalo Fittipaldi reforçou que apesar da redução nos
números registrados pelo TSE,
os jovens largaram as questões
revolucionárias e atualmente
centram esforços em defesa de
ideias mais cotidianas. “O que
vai atrair o jovem são aspectos
pontuais da vida em sociedade. Ainda há a herança de se
pensar que o governo federal
vai resolver a iluminação da
praça perto de casa, mas a preocupação com o espaço micro
começa a se desenvolver e o jovem tende a se preocupar mais
com o bairro e a cidade em que
mora”, disse.
ELEIÇÃO PRESIDENCIAL
O mesmo fenômeno de redução de jovens votantes não é
verificado quando se compara
as eleições municipais com a
proporcional para presidente,
governador, deputados federais e senadores. Pelo contrário, verifica-se um aumento.
Nas eleições municipais de
2012 o número de jovens votantes na Paraíba com idade
entre 16 anos (41.557 votantes)
e 17 anos (54.416) foi superior
ao registrado nas eleições estaduais de 2010, que registrou
31.298 e 45.072 eleitores, respectivamente.
TRE busca recrutar novos eleitores
A redução da participação
dos jovens nas urnas é reconhecida pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), responsável pelo processo eleitoral e
pelas campanhas para recrutar eleitores, especialmente,
os que podem votar de forma
facultativa por terem idade
igual ou superior a 16 anos. O
diretor do TRE, Roberto Emílio
Hardman, ressaltou que, por
meio da Escola Judiciária Eleitoral, o tribunal vem desenvolvendo, diante da proximidade
de cada pleito, campanhas
educativas com fins de ampliar os números de recrutamento. “O TRE tem desenvolvido campanhas educativas
Arena política nas redes
Seja em 140 caracteres, postagens ou compartilhamentos
de fotos, as redes sociais assumiram um status de 'arena política', especialmente, quando
se aproximam os pleitos. No
entanto, diante da paixão que
a política desperta na Paraíba, os excessos ultrapassam o
debate de ideias e assumem o
enfrentamento de perfil contra
perfil. A mestre em Cibercultura pela Universidade Federal da
Paraíba (UFPB) Cândida Nobre
destacou que do ponto de vista político são extremamente
saudáveis as discussões sobre
política na web justamente
porque é esse o espaço mais
frequentado pelos jovens. “Boa
parte da vida social dos jovens
se estabelece nesses espaços
que chamamos de redes sociais e com a política não poderia ser diferente. É preciso
repensar o conceito do que é
política, que é complexo. Mais
do que o voto, política é discutir a sociedade”, afirmou.
Ítalo Fittipaldi endossa
que quando o debate político
é deixado de lado para dar lugar ao enfrentamento, ocorre o
'rebaixamento da política', que
são as brigas entre partidários
nas redes. “Isso acontece em
todo lugar, porém com maior
intensidade em grupos da sociedade que são extremamente
autoritários, seja de direita ou
de esquerda. A maturidade
política é perceptível em um
indivíduo ou grupo quando se
divulga o resultado das eleições
porque surge um fenômeno
comum: a judicialização da
política. É preciso respeitar e
compreender que a democracia prevê um perdedor, mesmo
que temporário”, disse.
inicialmente para esclarecer
aos jovens dúvidas sobre o
voto consciente e estimular os
jovens a exercitar a cidadania
para que tenham efetiva participação na cidade”, frisou.
As ações concretas, segundo
Roberto Emílio Hardman,
consistem em deslocar postos volantes do TRE para o
cadastramento dos jovens em
estabelecimentos escolares e
universidades. “Pretendemos
atingir a maioria dos eleitores
jovens em espaços principalmente como os de educação
para garantir o cadastramento e incentivar que desde cedo
o jovem adquira interesse na
democracia”, reforçou.
Utilização incipiente
da internet na política
Apontada como um novo campo de cultura, investimentos e de sociabilidade, o uso da internet no campo
político ainda é incipiente, conforme destacou Fittipaldi.
Na avaliação dele, a maioria dos políticos se limita a manter
sites pessoais, pouco interagem ou prestam contas de sua
atuação para os internautas. “A internet sem dúvida pode
ser uma ferramenta importante para se fazer campanha
política e ir mais além com a geração de fóruns para captar
os anseios do eleitorado, mas isso não vem sendo feito.
Ainda se confunde muito a participação nas redes sociais
com marketing para campanha política, que são conceitos
distintos”, disse, reforçando que no campo político muitas
prefeituras poderiam desempenhar um papel importante
na interação com a população, em especial com os jovens,
para discutir os problemas das cidades, mas não o fazem.
Cândida Nobre destaca que o lado positivo das redes
sociais é a democratização da informação, mas é preciso
atentar para a responsabilidade sobre os conteúdos difamatórios que podem se transformar em viral, postagem
que se propaga velozmente pela internet através do compartilhamento. "É necessário um filtro, um espírito crítico
para verificar se a informação que se está propagando é
verdadeira ou não”, disse.
RubensNóbrega
Linha direta com a coluna: [email protected]
R
Aos que defendem a redução da maioridade penal
para 16 anos peço permissão para apresentar adiante alguns dados e argumentos que considero úteis em uma reflexão mais acurada sobre o tema e, consequentemente,
um posicionamento menos apressado diante da questão.
Começo usando estatísticas da Fundação Abrinq
sobre a criminalidade na adolescência e contra a adolescência, citados em artigos da escritora Eliane Brum e do
Doutor Rosinha, médico pediatra, deputado federal (PT-PR), presidente da Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara. Vamos lá.
• mais de 8.600 crianças e adolescentes foram
assassinados no Brasil em 2010, segundo o Mapa da Violência;
• o Brasil é o
Ao contrário do
quarto colocado enque se propala, nos
tre os 99 países com as
dois últimos anos
maiores taxas de homicídio contra crianças e
caiu o número de
de 0 a 19
homicídios cometidos adolescentes
anos;
por adolescentes
• em 2012, mais
de 120 mil crianças e
adolescentes foram vítimas de maus tratos e agressões
segundo o relatório dos atendimentos no Disque 100
(Disque Denúncia Nacional de Abuso e Exploração contra
Crianças e Adolescente);
• das 120 mil crianças e adolescentes com as
ocorrências registradas no Disque 100, 68% sofreram
negligência, 49,20% violência psicológica, 46,70% violência física, 29,20% violência sexual e 8,60% exploração do trabalho infantil;
• menos de 3% dos suspeitos de terem cometido
violência contra crianças e adolescentes tinham entre 12
e 18 anos incompletos, conforme levantamento feito entre janeiro e agosto de 2011;
• do total de adolescentes em conflito com a lei em
2011 no Brasil, 8,4% cometeram homicídios, sendo que
o roubo é a maioria dos delitos, seguido por tráfico;
• quase metade do total de adolescentes infratores
cometeu o primeiro crime entre os 15 e os 17 anos, conforme pesquisa do Conselho Nacional de Justiça (CNJ);
• a maioria abandonou a escola (ou foi abandonado
por ela) aos 14 anos, entre a quinta e a sexta séries, e
quase 90% não completaram o ensino fundamental;
• ao contrário do que se propala distorcidamente, entre 2002 e 2011 o número de homicídios cometidos por
adolescentes caiu de 14,9% para 8,4%;
• no mesmo período, o número de latrocínios (roubo
seguido de morte) atribuído a adolescentes baixou de
5,5% para 1,9% e o de estupro, de 3,3% para 1%;
• da população total dos adolescentes brasileiros,
apenas 0,09% cumprem medidas socioeducativas como
infratores (a maioria por crimes contra o patrimônio).
CONHEÇA A FUNDAÇÃO ABRINQ
Como ela própria diz em seu portal (fundabrinq.
org.br), “a Fundação Abrinq é uma organização social que desde 1990 trabalha para que os direitos
de crianças e adolescentes sejam respeitados”. E
acrescenta: “O estágio que a organização alcançou
permitiu que a partir de 2010 firmasse parceria
com a maior e mais antiga ong de defesa de direitos da criança no mundo, a Save the Children Internacional”.
SE AINDA ASSIM NÃO CONVENCER...
Apelo à credibilidade e à capacidade de convencimento
do Promotor de Justiça Marinho Mendes, que na quinta-feira (9) fez circular mais um de seus escritos instigantes,
dessa vez mostrando porque é contra a redução da maioridade penal, posição que ampara, entre outros, nos seguintes argumentos:
• se reduzida para 16 ou 14 anos como querem
alguns, com essa idade o adolescente pode dirigir, beber,
casar, praticar todos os atos da vida civil;
• quando os filhos da classe média e da alta começarem a
frequentar CEA e CEJ, esse discurso muda;
• tenho um amigo que pensava assim, é classe média de
média para alta e teve um filho engolido pelo tráfico e já
chegou a participar de um homicídio, de forma que o discurso dele mudou;
• como a desgraça não bateu na porta de nenhum que defende a redução, é muito bom pregar isso;
• muitos até ignoram e desconhecem as comunidades que
mais produzem adolescentes em conflito com a Lei;
• será que esses conhecem o Rabo da Besta, Cangote de
Urubu, Boca do S, Bola na Rede, Rua da Lama, Porto de
João Total, Iraque, Malvinas, Rabo da Lacraia e outras?
• Você já foi lá? Você fez o quê por eles? Você sabe que lá
o Estado oficial não existe?
• então é fácil encarcerar essa população, afinal eles são
cancros que precisamos curar, lixo que necessita esconder, sujeira que polui nossas cidades, cenas que incomodam nossos preconceitos disfarçados e escondidos;
• mas você sabe que eles são os descendentes de escravos, os exilados dos grotões, os expulsos dos canaviais
pelas usinas e que a dívida deste Brasil com eles é inavaliável?
• mas é mais fácil mandá-los para os catres, só assim não
seremos cobrados pelas nossas omissões, pela criminosa
omissão de recebermos mais de R$ 20.000,00 de salário
numa terra miserável e ainda querermos prender adolescentes, recém saídos da infância, que de abundância só
conheceram a pobreza extrema, a falta de tudo.
4 Política
ArimatéaSouza
Josusmar Barbosa - Interino
Aparte
Linha direta com a coluna: [email protected] - Twitter.com/arimateasouza
POLITICAGEM NA SAÚDE
Pacto girassol
O governador Ricardo Coutinho disse, em Campina Grande, que está mantendo a coerência ao projeto
de governo construído em conjunto com o senador
Cássio Cunha Lima . “O que eu assumi de compromissos foi em cima de um programa e esse programa está
sendo cumprido, às vezes até com incompreensões
e resistências, mas com muita coerência. Ninguém
pode dizer que eu seja incoerente, absolutamente
ninguém e acho que a coerência na política é fundamental”, asseverou Ricardo.
Barrados
O deputado-secretário
Manoel Ludgério (PSD)
voltou ontem a acusar o
deputado Arnaldo Monteiro (PSC) de proibir os
moradores da cidade de
Areial de serem atendidos em Esperança.
Negativa
Segundo Ludgério, a
proibição é uma retaliação ao prefeito de Areial,
Cícero Meda, que rompeu
politicamente com Arnaldo e passou a apoiá-lo.
Monteiro, cujo filho Anderson Monteiro, é prefeito de Esperança, nega
a proibição.
Concorrida
Vinte prefeitos participaram da plenária do
Orçamento Democrático
na noite de sexta-feira,
no ginásio do complexo
esportivo Plínio Lemos,
em Campina Grande.
Anfitrião
As honras da casa ao
governador Ricardo Coutinho, aos demais gestores
e populares foram feitas
pelo prefeito campinense
Romero Rodrigues.
Ausência
Os presentes lembraram que, nas plenárias de
2011 e 2002, em Campina, o então prefeito
veneziano Vital do Rêgo
não participou das discussões.
Reivindicações
Os delegados pediram,
em sua maioria, ao governo que priorize os investimentos no próximo ano
na Saúde, Educação e Segurança pública. Cederá.
do vice-governador Rômulo Gouveia (PSD), estará em Campina Grande.
Alavantu
Eles vão participar da
abertura do Maior São
João do Mundo, em Campina. Antes, Kassab concederá uma entrevista coletiva no Parque do Povo.
Funasa
A
superintendente
Ana Cláudia Vital do Rêgo
ultima os preparativos
para o “I Seminário Regional – Ações da Funasa
para o ano de 2013”.
Parceria
Ela explica que o objetivo é abordar temas
acerca das ações da Funasa no tocante a projetos, obras, convênios,
termos de compromissos
e saúde ambiental.
No Sertão
Os seminários acontecerão nos dias 14 e 15
de maio, em Patos, na
Câmara Municipal de Vereadores e, em Sousa, no
Auditório Reitor Neroaldo
Pontes de Azevedo, respectivamente.
Prazo termina no dia 27
Municípios com menos de 50 mil habitantes precisam ativar Portal da Transparência
R
Larissa Claro
Os municípios com menos
de 50 mil habitantes têm até
o dia 27 de maio para cumprir
a Lei da Transparência (Lei
Complementar 131/2009), que
obriga os gestores a disponibilizarem todas as informações
sobre a execução orçamentária e financeira em tempo
real. Os municípios que não
se ajustarem poderão sofrer
penalidades como a suspensão de recursos oriundos de
transferências voluntárias e
verbas de programas federais.
A LC 131/2009 ampliou os
mecanismos de transparência
previstos na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), passando
a exigir o relatório resumido
de execução orçamentária e
financeira, bem como informações a respeito de toda e
qualquer despesa, lançamento e recebimento de receita
dos entes federados – União,
Distrito Federal, Estados e
Municípios. A lei já está em
vigor para os municípios aci-
ma de 50 mil habitantes, mas,
segundo a Controladoria-Geral
da União, nenhum dos 10 municípios paraibanos com essa
característica cumpre rigorosamente o que determina a
Legislação.
A lei obriga que todas as informações estejam acessíveis
a qualquer cidadão por meio
eletrônico e em tempo real,
ou seja, no prazo máximo de
um dia útil. Um levantamento
feito pelo Fórum Paraibano de
Combate à Corrupção (Focco),
entretanto, mostrou que apenas 59 municípios paraibanos
possuem páginas na internet
– ferramenta indispensável no
cumprimento da legislação. A
maioria desses portais, inclusive, ainda não possui conteúdo
de acesso à informação.
De acordo com o presidente do Tribunal de Contas do
Estado (TCE), Fábio Nogueira,
todos os prefeitos paraibanos estão cientes do final do
prazo. “Nós expedimos ofício
aos gestores no mês de abril
lembrando o prazo final da LC
131. A partir do dia 28, vamos
fiscalizar se o ente está cumprindo ou não a lei e quem
não cumprir estará sujeito a
sanções que vai desde a aplicação de multa a outras repercussões mais graves”, disse
Fábio Nogueira.
Muitas prefeituras estão
correndo contra o tempo para
não perder o prazo. É o caso de
Monteiro, no Cariri paraibano.
De acordo com a prefeita Edna
Henrique, o Portal da Transparência já está sendo construído
e tudo indica que ficará pronto dentro do prazo. “A menos
que apareça algum contratempo, nós conseguiremos
colocar o portal no ar antes
do dia 28. Em todo caso, nós
já atendemos à exigência do
TCE, de repassar as informações financeiras para o Sagres
no prazo de 48 horas”, disse. O
site da prefeitura de Monteiro
já possui um link para o Portal
da Transparência, mas ainda
está inativo.
A secretária de Educação e
coordenadora da implantação
Já a prefeitura de Itaporanga está numa situação menos
confortável. A cidade não
possui qualquer página na
internet e, segundo o prefeito
Audiberg Alves de Carvalho,
o portal nem sequer entrou
em fase de desenvolvimento.
“Uma equipe da prefeitura vai
participar da capacitação da
CGU por meio do programa
Brasil Transparente. Estamos
aguardando essa fase para então iniciar o processo de construção do site”, disse.
Para auxiliar Estados e municípios no cumprimento das
leis de transparência e acesso
à informação, a Controladoria-Geral da União criou o programa Brasil Transparente. Na
Paraíba, 36 municípios e seis
câmaras municipais assinaram um termo de adesão com
a CGU e vão receber apoio à
implementação da legislação por meio de várias ações,
Vão participar da convenção 17 prefeitos e 198
vereadores. No período
da noite, Kassab, a convite
Nogueira afirma que todos os
prefeitos estão cientes do prazo
da Cidade Digital de Cabaceiras, Rosilene Nunes, também
garantiu que o portal da transparência está em construção.
“Contratamos uma empresa
para desenvolver o site da prefeitura e o portal da transparência. Não vai ser fácil, pelo
contrário, será complexo, já
que vai exigir pessoal com habilidades na área de tecnologia
e a prefeitura não tem”, disse
Rosilene.
como a realização de seminários, cursos e treinamentos
voltados aos servidores e apoio
ao desenvolvimento do Portal
de Transparência na internet.
De acordo com o auditor
da CGU, Gabriel Aragão, haverá capacitação em Patos, na
primeira semana de junho.
Legislação é
descumprida
pelos maiores
Apartidário
Esposa do ex-prefeito
de Campina e pré-candidato a governador, Ana
Cláudia diz que o seminário tem caráter técnico,
sem nenhum objetivo
político.
Bússola
O PP, do ministro Aguinaldo Ribeiro, vai fazer
uma pesquisa para aferir
sua popularidade junto ao
eleitorado paraibano com
simulações para deputado, senador e governador.
Plano B
Na hipótese de Aguinaldo Ribeiro concorrer
a um cargo majoritário
(governador ou senador),
Daniella Ribeiro será candidata a deputada federal.
Retorno
Anarriê
OFICIADOS. Presidente Fábio
Municípios precisam de capacitação
Convenção
O presidente nacional
do PSD, ex-prefeito de
São Paulo Gilberto Kassab, participa na próxima
sexta-feira do encontro
estadual do partido em
João Pessoa, pela manhã
e à tarde.
F
O jornalista Arimatéa
Souza, titular da coluna,
retoma na terça-feira o
seu contato diário com
você, leitor.
CONTRA O DESGOVERNO
No Fórum do TSE e Tribunais de Contas, o ex-ministro Ayres Britto lembrou que as cortes de contas
não mantêm vínculo com órgãos de nenhum dos
poderes. “Os Tribunais de Contas são o que são.
Embora não sejam o governo, têm a força para impedir o desgoverno [no emprego do dinheiro público]”, afirmou. “São instituições de existência necessária. São órgãos elementares da polis [cidade]”.
Partidos de aluguel à venda.
Quem dá mais?!
217306
A Lei Complementar
131/2009 estabeleceu diferentes prazos para o cumprimento da Legislação: um ano para
a União, os Estados, o Distrito Federal e municípios com
mais de 100 mil habitantes;
dois anos para os municípios
entre 50 mil e 100 mil habitantes e quatro anos para os
municípios com menos de 50
mil habitantes.
Na Paraíba, as cidades
de João Pessoa, Campina
Grande, Santa Rita e Patos
deveriam estar cumprindo a
lei desde 2010, mas segundo
o chefe da CGU na Paraíba,
Fábio Araújo, nenhum deles
cumpre efetivamente o que a
lei exige. “João Pessoa e Campina Grande são os municípios que mais se aproximam
da legislação, mas ainda não
é o ideal. A lei exige que as
informações sejam disponibilizadas em tempo real. E
isso ainda não é fato”, disse o
chefe da CGU-PB. Em 2011, a
lei chegou aos municípios de
Cabedelo, Bayeux, Sapé, Guarabira, Sousa e Cajazeiras, que
também não se ajustaram até
agora.
O auditor Gabriel Aragão
disse que os órgãos fiscalizadores (TCU, TCE, MPPB,
CGU e CGE) vão apertar o
cerco para exigir o cumprimento da lei. “O Focco está
realizando um trabalho com
esses cinco órgãos para criar
estratégias para fazer valer a
lei", disse. Se não houver acordo, há possibilidade de uma
ação judicial de improbidade.
Política 5
ENTREVISTA: P
C
D
P
,W
H
J
Wilbur culpa estudos
por dragagem mal feita
K
T
Lenilson Guedes
As obras da dragagem do Porto de Cabedelo já consumiram cerca
de R$ 40 milhões, sem que os serviços tivessem sido efetivamente
concluídos. O presidente da Companhia Docas da Paraíba, Wilbur
Holmes Jácome, responsabiliza o governo anterior pelos problemas
nos estudos técnicos. “No governo anterior eles enviaram uma
quantidade de informações que não foi suficiente para fazer uma
dragagem bem feita. A gente acabou sendo vítima dos problemas
dos estudos anteriores”. Ele revelou que novos estudos tiveram
de ser feitos pelo atual governo para complementar o projeto de
dragagem do governo federal.
Em entrevista exclusiva ao JORNAL DA PARAÍBA, Wilbur criticou a
Medida Provisória dos Portos, que está para ser votada no Congresso
Nacional. Segundo ele, a maneira como o governo federal apresentou
a MP não deixou clareza jurídica para o empresário investir. “Faz
seis meses que a MP foi lançada e até agora o governo federal não
conseguiu fazer um único processo”, afirmou.
JORNAL DA PARAÍBA Como está hoje a situação
financeira do Porto de Cabedelo?
WILBUR - Nessa nossa gestão, a Companhia Docas deixou
o Porto de Cabedelo superavitário. O porto encerrou com lucro
em 2012 e vamos encerrar com
lucro em 2013. Isso é uma grande vitória para essa gestão. Tão
importante quanto aumentar a
movimentação é deixar a companhia saneada.
JP - E como está essa movimentação?
WILBUR - A movimentação
de 2012 foi muito positiva. Enquanto a média de crescimento
nacional foi de 3%, o Porto de
Cabedelo cresceu 6%. No biênio
2011/2012 nós acumulamos um
crescimento de 34% e chegamos
a recorde de movimentação de
um milhão e 800 mil toneladas.
Nesse primeiro trimestre de 2013
já estamos 70% acima do ano
passado, com mais de 650 mil
toneladas movimentadas. Isso é
muito positivo, é a continuidade
de um trabalho, com a atração
de novos tipos de cargas, como
cargas de projeto, as cargas de
fábricas que estão se instalando
na Paraíba estão sendo desembarcadas no Porto de Cabedelo,
bases eólicas do Rio Grande do
Norte estão descendo no Porto
de Cabedelo. Há um novo perfil
de cargas chegando ao porto,
fazendo com que a gente bata
recordes de movimentação.
JP - Apesar dos números
positivos, o Porto de Cabedelo ainda enfrenta muitos problemas. O que o senhor destacaria como sendo o maior
problema do porto, hoje?
WILBUR - O grande problema do Porto de Cabedelo é a
sua infraestrutura, que é muito
antiga. Nós precisamos renovar
essa infraestrutura. Você tem
aí, por exemplo, um cais e uma
infraestrutura elétrica e terrestre
que basicamente têm 68 anos.
Os últimos investimentos reais
na infraestrutura de cais e a parte elétrica foi em 1978. A gente
precisa renovar isso. O próprio
layout do porto é um layout antigo. A gente precisa requalificar
o Porto de Cabedelo de uma maneira completa. Existem várias
obras para serem feitas e um
novo planejamento operacional
para ser feito.
JP - Isso importaria em
quanto em termos de investimentos?
WILBUR - No conjunto de
projetos que nós temos para o
porto, entre fazer um terminal
de múltiplo uso novo, que seria
dobrar nossa capacidade, fazer o
reforço do cais e fazer uma nova
dragagem e essas pequenas ade-
quações, com R$ 750 milhões
nós teríamos um conjunto de
obras que renovaria a infraestrutura portuária na Paraíba.
JP - E levaria quantos anos
para a conclusão?
WILBUR - Em quatro anos
nós teríamos tudo novo. Algumas coisas nós já estamos fazendo. Todos os projetos para
um novo dimensionamento
elétrico estão prontos. Toda a
reorganização hidrossanitária
do porto nós fizemos. Todo o
projeto de combate a incêndio
foi redimensionado para uma
nova situação e foi feito todo
um projeto de implantação da
separação de resíduos sólidos.
Em relação a infraestrutura terrestre, já fizemos o projeto de
toda a nova pavimentação do
porto. Isso já está pronto e já tem
um custo visualizado. Já foi feito
o projeto e já estão instaladas as
novas balanças com 36 metros.
Temos um conjunto de ações
que parecem coisas pequenas,
mas são situações que têm interferência direta na operação.
E tem também as obras e projetos para a superestrutura, que
é o cais, o terminal de múltiplo
uso e a dragagem.
JP - Explique melhor essas
obras.
WILBUR - Vamos começar pelo terminal de múltiplo
uso. Ali, ao lado do moinho, nós
construiríamos 50 metros de
cais novos, uma área de armazenagem com 102 mil metros quadrados. Então, você duplica a capacidade do Porto de Cabedelo.
Se temos um potencial de movimentar cinco milhões de toneladas nesse porto novo, tem-se
a capacidade de movimentar
mais pelo menos cinco a seis
mil toneladas. Então, você duplica, sem contar a capacidade
de receber containers. Você cria
potencialidade de movimentar
60 mil containers por ano. Isso
aí é de fato um porto novo. A
segunda obra seria todo o reforço do cais. A parede do cais
antiga tem um estacamento de
15 metros, aumentaríamos esse
estacamento para 25 metros.
Isso possibilita dragagens mais
profundas. O canal de acesso,
se ele tem uma perspectiva de
chegar a 11, 12, 13 metros, com
isso se pode prever um canal de
acesso até com 17. Então, você
prepararia o Porto de Cabedelo
para um porto novo, um reforço do cais comercial antigo e,
consequentemente, você teria a nova dragagem. Estamos
investindo muito dinheiro na
elaboração das informações
dessa nova dragagem. Estamos
fazendo estudos geotécnico, geofísico, arqueológico no entorno
e fazendo também o estudo de
Com Teresa Barros e Ana Paula Leitão
MP P
:D
PMDB
Diante da dificuldade da dupla Ideli Salvatti (Relações
Institucionais) e Gleisi Ho mann (Casa Civil) em conduzir
negociações, a presidenta Dilma Rousse pediu ajuda aos
“decanos” do PMDB para tentar salvar a aprovação da Medida Provisória que moderniza os Portos. Em conversa reservada, Dilma pediu ao vice Michel Temer e aos caciques
Renan Calheiros e José Sarney empenho na aprovação da
MP.
Esforço concentrado
Desde sexta-feira, Dilma e seu vice Michel Temer têm
acionado os ministros a se engajar no esforço para aprovar
a MP dos Portos.
PR rachado
O PR está dividido se mantém Garotinho na liderança
após denunciar a “MP dos Porcos”. Metade da bancada defende sua destituição.
Fui!
DE CABEDELO. Wilbur culpa governo anterior por prejuízos ao porto
toda modelagem, que é o estudo
dos ventos e das ondas. A gente está entregando finalmente
essa nova fase de estudos e isso
vai complementar o projeto de
dragagem do governo federal. O
que houve no passado? Houve
um superdimensionamento da
retirada de material. No governo anterior eles enviaram uma
quantidade de informações que
não foram suficientes para fazer
uma dragagem bem feita. Acabamos sendo vítimas dos problemas dos estudos anteriores.
JP - Houve desperdício de
dinheiro?
WILBUR - Nesse caso houve, porque os estudos não foram
suficientes e fizeram uma dragagem em que se gastou cerca
de R$ 40 milhões e a dragagem
não foi concluída, porque ficou
faltando 9% para ser terminada.
Quer dizer, pegaram os 7 quilômetros do canal de acesso e teoricamente ficou faltando aí um
quinto do canal de acesso para
ser realmente dragado. É um
prejuízo muito grande. Foi falta
de estudo do governo anterior
que acabou criando problemas
na relação com a construtora e
o governo federal.
JP - E agora o senhor acha
que a dragagem vai sair?
WILBUR - Eu tenho certeza
de que dessa vez a gente está entregando os estudos de maneira
muito mais abrangente, com
muito mais consistência para
que realmente a gente possa
atender e fazer a infraestrutura
que Cabedelo precisa.
JP - Por falar nisso, como é
a relação do porto com a população de Cabedelo?
WILBUR - O Porto de Cabedelo é uma grande matriz de
desenvolvimento econômico do
município. O que a gente gera
de imposto, de emprego e renda
para a cidade... Você vê que em
média um estivador ganha hoje
acima de R$ 2 mil. Numa comunidade que você tem mais
de 300 trabalhadores diretos,
quanto não é despejado na economia local? O relacionamento
com o poder municipal hoje é
muito mais transparente, mais
aberto. A atual gestão tem ido
ao porto e atendido aos pedidos
para reestruturar o próprio planejamento urbano de Cabedelo
para que a operação portuária
não seja prejudicada. O nosso
porto é de 23 de janeiro de 1935.
A cidade de Cabedelo tem 56
anos de emancipada. Nessa relação a cidade na verdade cresceu
em volta do porto. Infelizmente,
no passado não houve planejamento urbano para deixar as
áreas do porto como deveriam
ter sido preservadas.
Após a confusão na MP dos Portos, Garotinho aproveitou gravação do programa de tevê do PR-RJ para sumir e
permanecer incomunicável.
DAQUI NÃO SAIO
Se houvesse clareza
jurídica nessa Medida
Provisória, as 154 áreas
que foram colocadas para
arrendamento já teriam
sido licitadas. Faz seis
meses que a Medida Provisória foi lançada.
JP - A Paraíba tem aqui
pertinho o Porto de Suape.
Existe a possibilidade de fazer
algum tipo de parceria?
WILBUR - Hoje já existe.
Os containers que chegam em
Suape eles seguem através de
regime de DTA (Documento de
Trânsito Aduaneiro) até o Porto
de Cabedelo. Você movimenta
de Suape para o Porto de Cabedelo cerca de 3 mil e 500 containers por ano. Isso é uma média
de 7 mil caminhões, entre Cabedelo e Suape anualmente, só por
causa de containers. Além disso,
as empresas paraibanas chegam
a movimentar em Suape por
ano cerca de 50 mil containers.
Para se ter uma ideia, o melhor
cliente de Suape é a Coteminas,
que movimenta nove mil containers por ano. Apesar de haver essa convergência logística,
hoje a Paraíba precisa ter uma
infraestrutura própria, para
movimentar a nossa demanda
de containers.
JP - A MP dos Portos é a solução para os problemas dos
portos brasileiros?
WILBUR - Discutir um novo
marco regulatório para a área
portuária é necessário. Só que a
maneira como o governo federal
apresentou não deixou clareza
jurídica para o empresário investir. Se houvesse clareza jurídica
nessa Medida Provisória, as 154
áreas que já foram colocadas
para arrendamento já teriam
sido licitadas. Faz seis meses que
a Medida Provisória já foi lançada e até agora o governo federal
não conseguiu fazer um único
processo. Dentro desse marco
regulatório também não se discutiu em nenhum momento a
cabotagem. Como é que você vai
discutir aumento da movimentação portuária do Brasil se a
nossa matriz logística tem 65%
das cargas sendo movimentadas
através de caminhão e você não
flexibilizou a cabotagem para
aumentar a movimentação dos
portos, ou seja, com as cargas
do próprio país? Acho que a MP
não teve clareza jurídica, ela foi
limitada e não tratou de temas
importantes dentro do escopo
da operação portuária. Colocou-se muito mais a culpa nos
portos do que necessariamente
trouxe soluções para o setor.
O governador cearense Cid Gomes avisou ao
pernambucano Eduardo Campos que apoiará a reeleição de Dilma e não vai deixar o PSB.
PODER SEM PUDOR
D
DIÁLOGO DE SURDOS
O editor Paulo Rocco, presidente do Sindicato Nacional
dos Editores e Livreiros, encontrou em 2003, no Rio, o poeta Wally Salomão, espécie de hippie simpático que parecia
ter chegado, a pé, do festival de Woodstock, para assumir
a Secretaria do Livro e da Leitura, do Ministério da Cultura.
Os dois conversaram animadamente durante mais de uma
hora, mas, ao final, entre desolado e divertido, Rocco desabafou com um amigo:
- Não entendi nada do que ele falou, assim como estou
certo de que ele não entendeu nada do que eu disse.
MISTÉRIO DA MORTE DE ARACELLI
FAZ 40 ANOS DIA 18
Um grandes mistério da polícia completará 40 anos em
18 de maio: em 1973, o corpo de Aracelli Crespo, 8 anos,
foi encontrado nos fundos do Hospital Infantil de Vitória,
assassinada com marcas de abuso sexual e desfigurada
com ácido, para dificultar identificação. Entre os suspeitos,
filhinhos de papai capixabas. O Congresso fez da data o Dia
de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e
Adolescentes.
Impunes
Pelo menos outras duas
pessoas morreram por denunciar os supostos assassinos da menininha Aracelli
– que, aliás, jamais foram
punidos.
Meu amor
Saiu nova edição do livro “Aracelli, meu amor”,
do jornalista José Louzeiro. Censurado na ditadura,
virou best-seller nos anos
1980.
Olho no céu
Os deputados André
Vargas (PR) e José Guimarães (CE), ambos do PT, sonham em disputar vagas no
Senado, em 2014.
Depende do público
Em público, o mensaleiro Zé Dirceu garante que
não azedou a relação entre
o ex-presidente Lula e o governador Eduardo Campos.
Já a petistas, ele diz que
Lula está irritadíssimo com
o pernambucano.
Xadrez mineiro
Prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda (PSB)
tem dito que não vai disputar governo de Minas, mas
aparece em pesquisas com
o ministro Fernando Pimentel (PT) e o senador Clésio
Andrade (PMDB).
Jogada arriscada
O governador Eduardo
Campos tem dito que não
abre mão de lançar candidato a sua sucessão. Aliados
temem que, sem Armando
Monteiro (PTB) e Fernando
Bezerra (a caminho do PT),
ele terá dificuldades.
De molho
O senador Cássio Cunha
Lima (PSDB) aguarda decisões judiciais para decidir
se disputará o governo da
Paraíba em 2014 com o atual governador Ricardo Coutinho (PSB) e o prefeito Veneziano (PMDB).
“O que restou foi o DEM e alguns
escoteiros soltos”
Alberto Goldman, vice-presidente do PSDB, sobre a
raquítica oposição no Brasil
6 Opinião
Lila
EDITORIAL
Pena correta
De um modo ou de outro, o Brasil tem aprimorado os meios de combate à corrupção e tem
visto punições meritórias a transgressores da
ordem e da lei. Noticia-se, agora mesmo, que
prefeitos eleitos desde o exercício de 2008 e
posteriormente cassados por compra de voto,
ou abuso do poder político, estão obrigados a
devolver aos cofres públicos valores próximos
de R$ 3 milhões.
A sanção, como se informa, resulta de acordo
entre a Advocacia Geral da União e a Justiça
Eleitoral. O propósito é fazer com que os assim
enredados nas malhas da lei ajudem a pagar o
custo das novas eleições que se fazem necessárias para o suprimento dos cargos então vagos.
Trata-se, não há dúvida, de penalidade inspiradora, justa e exemplar. Conta-se que, neste
sentido, 51 ações com pedido de ressarcimento
já foram ajuizadas, enquanto são preparadas
37 outras. Apenas no estado de Minas Gerais,
21 casos tentam recuperar cerca de R$ 282
milhões.
Há que se dar razão plena à Advocacia Geral
da União, autora desses processos. Fazer com
que os corruptos paguem dos próprios bolsos
por eleições suplementares é medida salutar,
pedagógica até, contra a corrupção.
Tamanha providência teria adoção improvável sem o estreitamento dos laços entre os
organismos públicos criados para a proteção
da cidadania e a promoção da lei e da justiça.
Uma Advocacia Geral cuidadosa e vigilante
e um Tribunal Superior Eleitoral cônscio de
suas enormes e urgentes responsabilidades
uniram-se para o bem de uma Nação inteira
há muito necessitada de iniciativas como esta
que se afigura máxima, correta e modelar em
sua aplicação.
O combate à corrupção tem sido feito de
batalhas constantes, diárias, de uns tempos
para cá, neste Brasil hoje inscrito entre as seis
maiores economias do mundo. E tem sido esta,
igualmente, uma luta com resultados favorecidos pelos milagres tecnológicos que permitem, por exemplo, o compartilhamento de
bancos de dados e arquivos eletrônicos.
O dinheiro desviado, o favorecimento de
compadres e afilhados e a vista rápida a folhas
corridas da Justiça e da Polícia são coisas hoje
dispostas, mais rapidamente, pelos caminhos
da informática à intervenção das instituições
públicas das quais, aliás, a sociedade não mais
admitirá a omissão ou a transigência. E que
assim seja.
BraulioTavares
[email protected]
Posição e velocidade
Os “pardais” são esses sistemas de controle
do trânsito que detectam quando um carro está
acima da velocidade permitida, e tiram uma foto
da placa para multar o motorista. Esse sistema
tem dois equipamentos distintos. Um é o detetor de velocidade, que funciona parecido com
o radar: manda um sinal na direção do carro e
o recebe de volta, várias vezes por segundo, e a
cada vez mede a distância desse percurso. Assim
ele percebe que o objeto está cada vez mais próximo, compara as posições sucessivas ao longo
do tempo, e calcula com que velocidade ele se
move. O outro equipamento é uma câmara fotográfica: ela bate a foto do carro (para registrar
a placa) e mostra exatamente em que ponto ele
estava num momento específico.
Isto quer dizer que se você quer saber a velocidade com que o carro se move, tem que consultar o Equipamento 1, que mede o deslocamento dele em instantes sucessivos, mas não dá
uma posição específica. Dá o deslocamento. Diz
algo como: “Estava a 10,8 metros... estava a 10,7
metros... estava a 10,6 metros...” Mas é uma medição que não “congela” o objeto, não o mostra
num lugar específico.
Se você quer saber onde estava o carro, ver
o carro, você tem que usar o Equipamento 2, e
bater a foto. Mas aí, a foto não pode mostrar a
que velocidade o carro estava se movendo. Na
foto, o carro aparece parado, congelado no tempo.
Estava a mais de 80 km/h? Não dá pra saber.
É mais ou menos isso que acontece quando
os cientistas querem detectar as partículas subatômicas, como o elétron. Por um lado, usando a
medição 1, pode-se avaliar com precisão a velocidade com que ele se move, mas nunca se pode
saber onde ele está, porque essa medida requer
diferentes momentos no tempo, e diferentes
posições. Quando se avalia, usando a medição
2, a posição dele, perde-se de vista a velocidade.
É este o Princípio da Incerteza de Heisenberg.
Esse problema tradicional da Física já foi
ilustrado por Arthur Koestler com uma comparação também muito útil: ele dizia que medir
essas coisas era como filmar ou fotografar dois
objetos situados a certa distância um do outro.
Cada vez que focalizamos com nitidez absoluta o objeto mais próximo, o mais distante
fica borrado; e vice-versa.
Uma das consequências filosóficas disto é
que quanto mais examinamos o Universo com
rigor de detalhe, com minúcia, mais difícil é
estabelecer conclusões gerais. Quanto mais
nítida fica a letra A, mais borrado fica o resto
do alfabeto inteiro. O problema da ciência de
hoje é uniformizar numa só teoria geral uma
quantidade absurda de dados extremamente
exatos colhidos por equipamentos extremamente precisos, mas que não dialogam uns
com os outros.
GonzagaRodrigues
EmFoco
Aline Lins com redação
COM FORÇA TOTAL CONTRA OS 5,84%
Ainda está longe de acabar a crise entre o governo do Estado e a Assembleia Legislativa
da Paraíba (ALPB), gerada pela inclusão de seis emendas à medida provisória 204/2013, aprovada na última terça-feira (7), aumentando de 3% para 5,84% o reajuste do funcionalismo.
O governador Ricardo Coutinho anunciou na última sexta-feira que vai vetar a emenda, por
considerar que a mudança é inconstitucional. Adiantou, ainda, que pretende ingressar com
uma Ação Direta de Inconstitucionalidade no Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB) para impedir que a emenda entre em vigor, caso a ALPB decida derrubar os vetos do Executivo. Ele
também questionou o quórum no plenário, assegurou que os deputados não têm poder para
criar despesas e chamou aprovação da matéria de “grotesca”. Está feita a briga.
R
O presidente da Comissão de Infraestrutura do Senado, Fernando Collor (PTB-AL),
rasgou esta semana o relatório de prestação
de contas do Dnit depois de ler relatório
sobre o cumprimento de prazos em relação
a obras em rodovias federais. Collor disse
que os dados eram falsos. Se a moda pega
na Paraíba, haja papel no TCE-PB.
Sem acordo
Se Armando Abílio realmente entregou
o comando do PTB a Wilson Santiago confiando que o deputado federal Wilson Filho
tiraria licença para ele poder assumir na Câmara Federal, até agora nada de licença. Mas
todos continuam negando qualquer acordo.
O prefeito de Cabedelo, José Maria de
Lucena (Luceninha), convidou o ex-prefeito de João Pessoa Luciano Agra para
ministrar palestra sobre reforma urbana,
na 2ª Conferência Municipal das Cidades,
realizada na última sexta-feira. O evento
elegeu 21 delegados para discutir as propostas regionais que serão apresentadas
nas conferências estadual e nacional.
Velhas mágoas
O senador Cássio Cunha Lima (PSDB)
não demonstra muita satisfação quando
o assunto é o ex-senador Wilson Santiago
(PTB) na base do governo estadual. Velhas
mágoas da disputa pelo Senado. Mas disse
que essa é uma decisão que compete exclusivamente ao governador Ricardo Coutinho.
De presidente a...
Capa de revista
A presidente do Instituto de Assistência
à Saúde do Servidor (IASS), Maria da Luz,
negou estar sendo exonerada do cargo e
negou rompimento com o governador Ricardo
Coutinho (PSB). Segundo ela, trata-se de um
“remanejamento” e ela vai para outro órgão,
onde, quem sabe, será superintendente... O
ato de exoneração ainda não foi publicado.
Ela garantiu que continua aliada do governo.
Um representante da revista de gestão
pública Estados & Municípios, Bento Neto
Corrêa Lima, esteve em João Pessoa esta
semana divulgando a publicação. A capa do
mês de abril foi o prefeito Luciano Cartaxo:
Planejando o futuro. Bento fez questão de
dizer, no entanto, que a capa foi o petista
como poderia ter sido o governador Ricardo
Coutinho (PSB), se sua assessoria deixasse.
Da boca de ...
[email protected]
Diagnóstico da Paraíba
Tive meu momento de interesse – e até de fé
– na leitura dos diagnósticos econômicos. Tanto
por exigência do jornalismo engajado da era da
Sudene como pela “exatidão” que se impunha na
minha leitura do mundo. Uma frase do manual
marxista, injetada no espírito já agnóstico, exposto às influências da minha fase juvenil, não me
dava alternativa: “O marxismo é potente porque
é exato”. Concorria para essa exatidão a assimilação empolgada das “categorias dialéticas”, de
uma lógica que na minha iniciação desabava inquestionável.
O enfrentamento da pobreza, da desigualdade,
pelos ditames tradicionais, comovia religiosa e
literáriamente, mas não passava do discurso. A
mudança, agora, exigia planejamento, sem o qual
a pregação do regime socialista não teria chegado
aos dois terços do planeta.
A tudo isso vinha se somar o desenvolvimento
planejado de Celso Furtado com carona no governo dos 50 anos em cinco, de JK. Inté a poesia
passou a concreta.
A Universidade dos bacharéis vira celeiro de
técnicos. Os bacharéis da redação de A União
vão elaborar projetos: Nicácio Pereira, Ronald
Queiroz, Juarez Macedo, seguindo a trilha de
Cleantho Leite, Vinicius Fonseca, Aluisio Campos,
este, grande advogado, convertido a consultor.
Adalberto Barreto, contista premiado, parceiro
de sonhos literários, entra nesse time.
Eu não poderia ficar imune a essa onda fomentada pelo Iseb, com seu quadro de filósofos,
e posta em prática a partir do BNDE e do nosso
BNB, antes mesmo das idéias de Celso. Pelo menos
como leitor do novo discurso, tive meu momento.
Agora, impresso após um vazio de mais de
trinta anos, chega-me às mãos uma versão nova
de diagnóstico socioeconômico da Paraíba, produzida em 2012 pelo Funcep. A metodologia vem
com suas mudanças, com foco particularizado
em cada região geoadministrativa, mas o desempenho dos setores econômicos pouco diferem
das tendências diagnosticadas nos estudos dos
anos 1970, quando comércio, serviços e recursos
públicos já pilotavam a sustentação da Paraíba.
Sustentação que vem da Fundação, do 1585. Os
recursos públicos na cabeça dos investimentos
e dos investidores.
Escravo das palavras, fica-me difícil saber
das coisas pelos seus índices, gráficos e variáveis. Mas tentarei confiado na iniciativa de Gustavo Nogueira.
F
REFORMA URBANA
Se a moda pega
Linha direta com a coluna:
[email protected]
Malvinas
No nosso país,
democraticamente,
em 14 anos [...]
nós fizemos 18
eleições, construímos um sistema
eleitoral quase
perfeito.”
F
R
P
￣AB
Nicolas Maduro - Presidente da Venezuela (Ao comentar sobre o processo
eleitoral vigente em seu país)
“Moro no bairro das Malvinas
há mais de dez anos e é lamentável que o maior bairro da cidade
ainda sofra com o abandono do
poder público em várias áreas.
Nós precisamos de mais investimentos em infraestrutura e principalmente em melhorias no sistema de saúde pública.”
Antônio Silva | Campina Grande
“Que honra! Que
oportunidade que
me foi dada. Ser
nomeada pelo escritório das Nações
Unidas, embaixadora nacional da
Boa Vontade para
combater o tráfico
de pessoas.”
“Há muito tempo não havia
um absurdo tão grande no Brasil.
A permanência do deputado federal Marco Feliciano à frente da
presidência da Comissão dos Direitos Humanos é uma afronta à
democracia. A população precisa
intensificar os protestos e pedir
a saída dele.”
Ivete Sangalo - Cantora (Ao airmar que está lisonjeada em ser nomeada
embaixadora da ONU
Kátia Medeiros | João Pessoa
TV G
￣Z P
Feliciano
C
DuciranFarena
LuizCarlosAmorim
* Coordenador do Grupo Literário A ILHA
Literatura brasileira na Suíça
Encerrou-se o Salão Internacional do Livro de Genebra, um
dos maiores eventos literários da Europa. O sucesso dessa mega
festa do livro é retumbante. E o sucesso do estande do Varal do
Brasil, que levou escritores brasileiros para integrá-los ao cenário mundial da literatura é inegável. O Varal do Brasil reúne
autores de todo os cantos do Brasil e divulga a literatura brasileira
dentro e fora do Brasil. E vários desses autores, dezenas deles,
estiveram presentes ao Salão, participando do lançamento da
antologia Varal do Brasil 3 e realizando lançamento de suas próprias obras, integrando a nossa literatura com a literatura de outros tantos países. O Salão tem proporções enormes, o número
de países que participa dele é muito grande e este ano contou
com mais de cento e vinte mil visitantes. Daí a importância de
haver, num evento da magnitude do Salão, um estande com a
literatura brasileira, que se destacou e se fez notar, atraindo o interesse e a atenção do embaixador do Brasil na Suiça e contando
com a visita do escritor Paulo Coelho, que mora em Genebra.
O estande dos Varal do Brasil cresce a cada ano e, na próxima
edição, a organização do Salão dará mais espaço aos escritores
brasileiros, pois chamou a atenção pela movimentação e animação que foram uma constante naquele reduto do Brasil. O
reconhecimento do sucesso do estande dos escritores tupiniquins foi pleno, evidenciando que a iniciativa de apresentar a
literatura dos brasileiros num evento de âmbito mundial como
o Salão foi acertada.
Fiquei feliz de receber a visita de brasileiros que moram na
Suiça, que foram a minha sessão de autógrafos conhecerem a
minha obra, pois eram pessoas que nem me conheciam, apenas
tinham ouvido falar de mim ou tinham lido alguma coisa em
algum jornal ou revista. É gratificante esse reconhecimento e
carinho, quando se está tão longe de casa, tão longe do Brasil.
Uma das visitantes, a dona Hellen, catarinense radicada em
Genebra, foi me abraçar por indicação do sobrinho dela, Marinaldo, meu amigo escritor de Joinville. Que doce de criatura
a dona Hellen!
Em próximas edições do Salão, o Grupo Literário A ILHA
poderá fazer-se ainda mais presente, com mais representantes
da literatura catarinense.
AnaPaulaBarros
* Orientadora Educacional
Alfabetizar diferente, com apoio
de recursos tecnológicos
O processo de alfabetização é para a criança um momento
de muitas novidades e desafios. É preciso ter cuidado e atenção
nesta fase, pois as crianças vêm de experiências em que, até
então, aprendiam diversas coisas por meio de brincadeiras e
atividades lúdicas.
É nesses momentos que o contato e o vínculo se estabelecem, pelas relações socioemocionais e no dia a dia. Além
disso, as crianças nessa fase também trazem experiências familiares que se refletem diretamente na ação delas.
Na chegada à escola, as surpresas no processo de alfabetização se sucedem. Além do receio e daquele medo do diferente,
o aluno está cheio de ansiedade e curiosidade. O professor não
é o mesmo, talvez a escola seja outra. Então, como podemos
receber esses pequenos alunos?
Preparar a primeira aula com brincadeiras divertidas e que
tenham conteúdo. Por que não um baralho de imagens com
seus respectivos nomes embaixo? Poderá ser um dos instrumentos para a avaliação diagnóstica!
Sabendo dessa ansiedade e curiosidade dos alunos, das
mudanças que a educação vem passando a cada dia, além da
tecnologia que a cada minuto nos apresenta um recurso novo
que interfere diretamente na vida de todos, é imprescindível
que o professor se aproprie de novas ferramentas tecnológicas
para criar aulas atrativas para que seus alunos tenham total
interesse em aprender.
Recordando um pouco, a tecnologia em si não é uma novidade do mundo atual, pois ela sempre existiu. Quem se lembra
do velho ferro de passar roupas que utilizava brasa quente?
Quando chegou o ferro elétrico, foi uma tremenda mudança
para aquela época. Hoje, o que temos é uma tecnologia acelerada, que a cada dia apresenta uma novidade que podemos
usar a nosso favor e bem-estar.
O computador, por exemplo, pode ser um grande aliado do
professor. Afinal, qual criança não se interessa por uma aula informatizada? O simples fato de a criança ver um computador,
um notebook ou tablet, a deixa interessada e empolgada, o que
desperta, automaticamente, a vontade de aprender.
É lindo e prazeroso ver o brilho nos olhos das crianças
querendo aprender. Professor, você é a peça-chave dentro de
uma sala de aula. Tome isso para si e seus alunos serão os verdadeiros protagonistas, assumindo o papel de desenvolver-se
com autonomia.
JoséMáriodaSilva
* Professor da UFCG
[email protected]
O vento do mar
Pela terceira vez consecutiva, ocupo-me, neste canto de
página, da exponencial figura de homem de letras que foi o
poeta Lêdo Ivo. Poeta que, conforme pontuamos em reflexões pretéritas, foi um emérito cultivador de praticamente
todos os gêneros em que se consubstancia a fenomenologia
estético-literária.
O vento do mar, última publicação de Lêdo Ivo, antes que
a Indesejada das Gentes o retirasse, definitivamente, do nosso
convívio, cujos textos foram pesquisados, selecionados e organizados por Monique Cordeiro Figueiredo Mendes, responsável
pela Produção Editorial da Revista da Academia Brasileira de
Letras, é um livro que encanta, de pronto, por sua fisicalidade
bela e atraente.
O azul vivo da capa lembra-nos, imediatamente, o mar,
signo recorrente, tema reiterado, motivo obsessivo e valor permanente da poesia exuberantemente ecológica do criador de
O aluno relapso e Mormaço. Mar de Maceió, fantasma inexorcizável do espírito multifário e telúrico do notável produtor de
linguagens, que foi Lêdo Ivo.
Personagem protagonista dos enredos reais e imaginários
que compuseram a vida íntima e pública, interior e social, do
inabarcável escritor dos mangues, dos caranguejos, das lacraias, da noite com os seus sortilégios, da morte com os seus
enigmas e da vida com os seus sedutores e insolúveis mistérios.
Por outra clave semântica, o azul luminoso da capa de O
vento do mar pode remeter-nos também ao céu, indício insistente da transcendência de que se impregnou a poesia por
vezes corrosiva e cética daquele que um dia não hesitou em
proclamar: “ainda não desisti de encontrar Deus”.
Mas, advirta-se que ao azul incandescente do mar e do
céu, sugerido pela fantasia da linguagem poética, associa-se o
vento, signo, quem sabe, da transitoriedade a tudo imanente;
e que se fixou, inarredavelmente, na alma de quem num dado
momento sentenciou: “Quero ser o que passa”.
Além da beleza cromática exibida pelo livro O vento do
mar, há outra igualmente significativa: a iconografia abundante que o perpassa e que aponta para variadas circunstâncias existenciais vividas pelo poeta: a infância em Maceió; sua
formatura em Direito, cujo ofício profissional nunca exerceu
por absoluta ausência de vocação; sua chegada ao Rio de Janeiro portando na alma o sonho indesviável e a utopia única
de ser poeta; as relações afetivas, marcadas por afinação e
desafinação com outros escritores que, antes dele, já compunham as paisagens de um Rio de Janeiro ainda provinciano,
mas sobremaneira promissor para quem aspirava a fazer da
literatura seu projeto existencial mais relevante.
No núcleo duro dos conteúdos textuais presentes em O
vento do mar, encontramos a sincera e comovente carta de
princípios estéticos, intitulada Tudo são caminhos. O humor
risibilíssimo que comparece no ensaio: Poeta é escritor? A
assumida paixão pela poética de Manuel Bandeira nuclearizada pelos ensaios batizados de Cartilha de Pasárgada. Por
fim, a admirável antologia Os Sinos de Maceió, breve e certeira amostra da obra do poeta que, como preconizou Tolstói,
cantou a sua aldeia natal, mas, com tal sentimento do mundo,
que se fez universal.
GERÊNCIA COMERCIAL
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FUNDADO EM 5 DE SETEMBRO DE 1971
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7
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VIDA & ARTE: ANDRÉ CANANÉA - [email protected]
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* Procurador da República
Crise entre poderes
Nos Estados Unidos, a Constituição assegura a todos o direito a portar armas.
A interpretação quanto à extensão desse direito varia: há os que defendem que é
absoluto (hoje, em muitos estados, pode-se comprar até metralhadoras sem sequer apresentar antecedentes criminais) e os que admitem controles. Por pressão
do Presidente Obama, o Congresso Americano está discutindo um projeto de lei
federal estabelecendo limitações ao porte de armas. Imagine-se que chega uma liminar da Suprema Corte: “Sustem a tramitação. O porte de arma é garantido na
nossa Constituição”. Este dia improvável marcaria o fim dos Estados Unidos como
nação institucionalizada: o país se tornaria algo pior do que uma república de bananas – uma república de bananas judiciárias. Muitos – em especial os que temem
que Dilma esteja incorporando o espírito de Hugo Chavez – saudaram a decisão de
Gilmar Mendes que paralisou projeto de lei complementar limitando o acesso de
novos partidos a recursos do fundo partidário e tempo do horário eleitoral. Contudo, longe do avanço declamado, a decisão é mais uma manifestação do Febeapá
jurídico em que vivemos. Por mais simpatia que eu tenha a Marina Silva e suas
propostas, e mesmo admitindo que a iniciativa desta Lei, como tantas outras, é
maldosa, a verdade é que não há em nenhum lugar da Constituição norma sobre
a distribuição desses recursos e horários de TV - aliás, não é de hoje que restrições
à “dança de cadeiras” e proliferação de novos partidos são defendidas. Mas não sabemos mais o que é processo legislativo ou cláusula pétrea na Constituição Brasileira: royalties do petróleo, fidelidade partidária, horário eleitoral...tudo aqui pode
ser considerado intocável e ter sua discussão abortada desde o início. O risco desse
tipo de jurisprudência é transferir do Congresso para o Supremo Tribunal Federal
toda a negociação política: para que discutir com os pares, se tudo pode ser resolvido
com uma canetada, após um telefonema ao Ministro certo? Porque, por exemplo,
tinha o governador de um Estado rico de abandonar sua posição intransigente na
questão dos royalties, quando apostava no tapetão? (No entanto, a Constituição
não traz um só palavra quanto ao critério de repartição dessa receita). Se a decisão
é no tapetão, o time não precisa nem entrar em
campo. Outro problema é a seletividade deste
O Supremo
tipo de apreciação. A simples discussão de um
projeto que tem reflexos imediatos na próxima
Tribunal Federal
eleição deve ser suspensa. Mas, e a PEC 37, que
deixará de ser a
proíbe o Ministério Público de investigar? E a
PEC 215, que submete as demarcações de terras
última instância
indígenas ao Congresso (com a previsível conde defesa da
sequência de barrá-las de vez)? Nestes casos,
Constituição
nada de suspensão do trâmite; o STF está só esperando que sejam promulgadas, para aplicar a
nova norma....Nessa toada, o STF deixará de ser
última instância de defesa da Constituição para
se tornar uma espécie de matriz da politização.
JaldesMeneses
[email protected]
* Professor Associado do Departamento de História (UFPB)
Lincoln e Marx
Um dia desses, em entrevista sobre política a um programa local de televisão, um
expectador me perguntou, tentando justificar o mensalão, que o presidente Lincoln
também havia “comprado” votos nos Estados Unidos para conseguir a abolição da escravatura. Respondi elipticamente que mãos sujas não produzem política limpa. Mas a
questão voltou algumas vezes na minha cabeça, por assim dizer não me abandonava.
Evidentemente, o expectador havia assistido, com eu, o filme “Lincoln” de Steven
Spielberg, baseado em um pequeno trecho do livro “Team of Rivals: The Genius of
Abraham Lincoln”, de Doris Kearns Goodwin, que recolhe um episódio fortuito de
uma história muito mais complexa. Para ele, a verdade da guerra de secessão americana – ajudado pela interpretação verossimilhante de Daniel Day-Lewis –, em vez
de resultado de pesquisa histórica, passou a ser a ficção de Spielberg, recheada de recados a Obama de como suportar estoicamente, em nome de uma causa maior, as
lutas congressuais de hoje.
Nem falo mais do espectador que fez a pergunta. Todos nós, em maior ou menor
grau, somos sugestionados pela sedução das imagens. Eu, presa fácil (e consciente)
do naturalismo realista, não consigo pensar em Moisés sem associá-lo a Charlton
Heston, ou em Ghandi desprovido da sombra de Ben Kingsley. A lista é interminável.
Li uma crítica recente de Slavoj Zizek no qual ele diz que paradoxalmente há
mais verdade em “Lincoln, Caçador de Vampiros” (uma fábula infanto-juvenil típica
de filme B, dirigida por Timur Bekmambetov, na qual o herói americano, auxiliado
por zumbis-escravos empreende uma guerra sem trégua a vampiros-escravocratas)
do que no naturalismo noveleiro de Spielberg . Não deixa de ter razão.
Quando Lincoln foi reeleito em 1864 (primeiro presidente americano reeleito), de
Londres, Marx parou de trabalhar nas provas de “O capital” e mandou uma correspondência em nome da 1ª Internacional dos trabalhdores, saudando o grande feito. Lincoln respondeu
Todos nós, em
através do embaixador americano na Inglaterra.
Relembro fato tão minúsculo para observar que as
maior ou menor
relações internacionais do partido Republicano no
grau, somos
século XIX, diferentemente de hoje, passavam por
sugestionados
contactos amistosos com o movimento operário e
os radicais em geral.
pela sedução das
Spielberg não tinha a obrigação de roteirizar
imagens
essas histórias. Porém, de alguma maneira, ao deixar
de roteirizá-las escolhe mostrar um “outro” Lincoln,
mais parecido como um democrata americano do
século XXI (Obama) do que um republicano do século XIX.
CLASSIFICADOS
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FILIADO À
Dias Úteis
ASSINATURAS
Domingos
Mensal
Semestral
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R$ 5,00
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Número Atrasado
R$ 3,00
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AGÊNCIAS:
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CG: (83) 2102-4554 JP: (83) 2106-1800
VENDA AVULSA
Os exemplares do JORNAL DA PARAÍBA de venda avulsa não são comercializados diretamente ao público. Nesse caso, a venda é feita por bancas de
terceiros devidamente autorizadas pelas prefeituras, agentes autônomos e
representantes comerciais cre-denciados (pessoas jurídicas), que adquirem
o jornal para revenda ao público. As assinaturas com entrega domiciliar são
vendidas por representantes autônomos, empresas prestadoras de serviço
e funcionários da Editora JORNAL DA PARAÍBA.
Geral
8 | DOMINGO
EDITORA: SILVANA TORQUATO
FERNANDES
12,
MAIO, 2013
Valorização da agrobiodiversidade ambiental, da
identidade camponesa e da
interação entre as escolas e
os assentamentos da reforma
agrária. Estes são os principais
objetivos do “Projeto Pé no
Chão – Educação Ambiental
e Identidade Cultural”, que beneficia crianças e adolescentes
dos assentamentos paraibanos Sítio Souza e Campos, em
Salgado de São Félix, e Novo
Campo, em Barra de São Miguel, no Território da Cidadania Cariri Oriental.
O projeto é desenvolvido
pela Cooperativa de Trabalho
Múltiplo de apoio às Organizações de Autopromoção
(Coonap), contratada pelo
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) na Paraíba para prestar
assistência técnica em assentamentos da reforma agrária
no estado, em parceria com
o Setor de Assessoria Técnica,
Social e Ambiental à Reforma
Agrária (Ates) do Incra e com
as Prefeituras Municipais. O financiamento é da Cese, uma
entidade sem fins lucrativos
que financia projetos de afirmação de direitos individuais
e coletivos em comunidades
rurais e urbanas.
De acordo com a historiadora Rejane Alves de Lima,
técnica da Coonap, o projeto
procura valorizar a agrobiodiversidade local e a identidade
camponesa, bem como pro-
Ação Global da
Rede Paraíba
chega amanhã
a Sousa
DOMINGO 16, OUTUBRO, 2011 | 9
Página 12
Projeto leva educação
ambiental para escolas
ças e adolescentes através
de teatro, música e educação
ambiental. Na manhã do último domingo (5), cerca de 70
pessoas participaram de uma
caminhada ecológica pelo assentamento que recolheu 97
sacos de lixo com capacidade
para 200 litros. As sacolas plásticas, garrafas pet, latinhas de
Assentamentos na PB valorizam a identidade camponesa e ensinam crianças a ler
bebidas e embalagens vazias
D
foram recolhidas nas margens
de dois riachos que cortam o
assentamento.
No Assentamento Campos,
onde vivem 130 famílias, o trabalho está sendo desenvolvido
na escola da comunidade. O
próximo encontro será no dia
17, quando será realizada uma
gincana.
O trabalho da Coonap já
está rendendo frutos para os
assentamentos. Segundo Rejane, foram encaminhados
ofícios às Prefeituras Municipais de Salgado de São Félix
e Barra de São Miguel solicitando a coleta regular do lixo
produzido nos assentamentos,
que atualmente não possui
destinação adequada, e a instalação de coletores nas proxiENVOLVIMENTO. Temas relacionados à reforma agrária estimulam aprendizado de crianças que frequentam escolas de assentamentos paraibanos
midades das escolas.
“No Sítio Souza, a casa
mover a interação dos jovens
“No Sítio Souza, encontraAs atividades realizadas do campo; capacitação para
com a vida ativa do assen- mos crianças que não sabiam nos assentamentos incluem criação de Fundo Rotativo So- sede da antiga fazenda estava
tamento e entre a escola e o nem o que era um assenta- visitas de sensibilização e mo- lidário com as mães; e implan- abandonada, cheia de entulho. Após o início do projeto,
assentamento. Para tanto, são mento. Agora, depois do res- bilização para as ações do pro- tação de viveiros de mudas.
já houve melhorias no imóvel,
usadas práticas da educação gate de temas relacionados à jeto; caminhadas ecológicas
COMUNIDADE
popular e a pedagogia inclu- reforma agrária, eles vão apre- com crianças, jovens e adultos;
No Assentamento Sítio como um mutirão de limpeza,
siva, que utiliza atividades pe- sentar uma peça sobre a histó- gincanas ecológicas, culturais Souza, onde estão assentadas que permitiu que a casa agora
dagógicas temáticas com base ria do assentamento”, contou e ambientais; oficinas de res- 50 famílias, o projeto está for- seja usada pelo grupo de jona realidade local.
Rejane.
gate dos valores socioculturais talecendo o grupo de crian- vens”, afirmou Rejane.
218504
Publicidade
9
218645
10 Geral
Ibope destaca liderança
absoluta da TV Paraíba
Afiliada da Rede Globo em Campina Grande continua sendo emissora mais assistida
programas mais assistidos na
cidade. Dentre eles, destacam-se a novela das 21h, Salve Jorge, com 53 pontos; a série Tapas e Beijos, com 49; o Jornal
Nacional, com 47; a novela das
sete, Guerra dos Sexos, e o JPB
2ª edi- ção, ambos com
46 p onto s ,
cada.
Levando
e m
consideração a participação,
de cada 100 televisores ligados, 73 estavam assistindo o
telejornal local comandado
por Carlos Siqueira,
uma das maiores
audiências do
Estado. Segundo o apresentador, os números
favoráveis à TV
Paraíba são o
resultado da
interatividade
entre o povo e o
jornalismo. “A população confia
n o n o ss o
tra-
balho e realiza junto com a
gente através de pautas e das
redes sociais. Além disso, a
qualidade da nossa
informação garante a credibilidade
da Rede
Paraíba
inteira”,
disse.
N a
h o ra d o
almoço,
a TV Paraíba continua líder.
Durante o JPB
1ª edição, apresen-
participação entre os campinenses. “Essa audiência é reflexo da credibilidade da Rede
Paraíba de Comunicação. As
pessoas buscam em nosso informativo boas notícias e um
jornal bem variado. Estamos
muito felizes com o resultado,
até porque ele nos mostra que
estamos no caminho certo”,
concluiu Valéria Assunção.
O matinal Encontro com
Fátima Bernardes, uma das
grandes apostas da nova programação da Globo, também
se destacou em Campina
Grande. O programa atingiu 22
pontos e 51% de participação
em toda a cidade.
SUCESSO. Os
apresentadores
Valéria Assunção,
Carlos Siqueira e
Denise Delmiro
comemoram os
excelentes resultados
na pesquisa do Ibope
para os telejornais
'JPB 1ª e 2ª edições',
além dos índices de
audiência registrados
para o 'Bom Dia
Paraíba'
F
:A
JP
Uma nova pesquisa do Instituto Brasileiro de Opinião e
Estatística (Ibope) comprovou a liderança absoluta da TV
Paraíba entre os campinenses.
A afiliada da Globo continua
sendo a emissora mais assistida nos três turnos do dia em
Campina Grande. Pela manhã,
a emissora da Rede Paraíba de
Comunicação garante 52,1%
de participação; à tarde,
45,7%; e durante a noite,
atinge a marca surpreendente de 67,8%.
O levantamento do
Ibope foi feito entre
os dias 7 e 13 de abril.
A emissora apareceu 39
vezes no ranking dos 40
tado de segunda a sábado,
46% dos campinenses estão
assistindo ao telejornal apresentado por Denise Delmiro.
Para ela, o segredo é o espaço
dado pelo programa para que
as pessoas possam participar.
“Eu entro todos os dias nas
casas das pessoas e me sinto
parte da família delas. Por isso
me coloco na responsabilidade
de levar a notícia séria e verdadeira”, falou Denise.
A liderança da TV Paraíba
não apenas se manteve, como
cresceu. O Bom Dia Paraíba,
apresentado por Patrícia Rocha e Valéria Assunção, teve
um aumento de 17,6% entre
2012 e 2013. O primeiro telejornal da manhã
atingiu 26
pontos
de audiência e
60%
d e
218326
Publicidade 11
Charque ponta de agulha
Jerked Beef Paraíso
Peito de frango congelado
individual Rigor
Maminha bovina importada
Nirea /San Jacinto
Salsicha hot dog congelada
LeBon
Kg
Kg
Kg
Kg
URUGUAI
10,
29
5,
19,
99
kg
R$
R$
Margarina Medalha de Ouro
49
kg
Farinha de trigo com fermento
Sarandi
Balde 15 kg
3,
99
kg
R$
R$
Refrigerante Coca-Cola
kg
Papel higiênico Alpino
Pet 2 litros
Unidade 1 kg
16
Leve 14
e
pagu 0 m
c/ 3
Fardo c/ 10 un.
R$
49
R$ 1,78
un.
Preço por un.
67,
11,
3,
98
99
R$
Fardo aberto R$ 1,88
Preço por un.
un.
R$
un.
Conforme determinação legal, poderá haver limitação de ofertas por
cliente de acordo com o inciso 1 do artigo 39 do Código de Defesa do
Consumidor. Reservamo-nos o direito de corrigir informações incorretas
por motivos de erros gráicos. É proibida a venda de bebida alcoólica
para menores de 18 anos. Ofertas válidas de 13/05 a 19/05/2013
ou enquanto durar o estoque. Fotos meramente ilustrativas.
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AV. NORTE (CASA AMARELA)
(81) 2121.8850
Segunda a Sábado Domingos e Feriados
7h às 22h
8h às 19h
Exceto: 25/12 e 01/01
CEASA
(81) 3252.8350
Segunda a Sábado
Feriados
6h às 18h 7h às 14h
Exceto: 25/12 e 01/01
IMBIRIBEIRA
(81) 2121.8870
JOÃO PESSOA
(83) 3231.4479
7h às 22h
8h às 19h
Exceto: 25/12 e 01/01
7h às 22h
ACESSSE O NOSSO SITEE:
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ww.deeskontaoo.com
m.br
8h às 18h
Exceto: 25/12 e 01/01
218236
12 Geral
Ação Global chega a Sousa
TVs Cabo Branco e Paraíba promovem a partir de amanhã atividades de cidadania, cultura e lazer para população do município
D
A cidade de Sousa recebe,
a partir de amanhã, o projeto
Ação Global, uma iniciativa
das TVs Cabo Branco e Paraíba, em parceria com o Serviço
Social da Indústria (Sesi), que
promove atividades de cidadania, cultura e lazer para a
população do município.
A população sousense poderá participar gratuitamente
de oficinas de percussão, grafite, capoeira, dança e hip hop,
além de cursos nas áreas de
primeiros socorros, culinária
e fotografia. Durante toda semana, também haverá espaço
para emissão de documentos
e serão realizadas palestras
sobre assuntos diversos, como
obesidade, higiene pessoal e
informática.
Nesta edição, o evento conta com mais de 80 parceiros
para a realização de cursos,
oficinas e ações ambientais.
Todos se mobilizam em um
mutirão de solidariedade a fim
de contribuir para o desenvolvimento e ajudar a transformar a realidade de milhares
de sousenses afetados com a
pior seca dos últimos 50 anos.
Segundo a coordenado-
ra estadual do Ação Global,
Conceição Azevedo, Sousa foi
escolhida por outros fatores,
como o índice de desenvolvimento humano da cidade.
“Todo ano escolhemos um
município diferente. Para realizar a ação em Sousa, analisamos o seu IDH (Índice de
Desenvolvimento Humano),
a carência de alguns serviços
úteis à população, a presença
de um parque industrial para
a realização de parcerias e a
unidade do Sesi em Sousa”,
explicou.
A Paraíba é o único estado
que promove o Ação Global
durante uma semana. O evento começa amanhã e vai até
18 de maio, o “Dia D”, em que
todo o Brasil realizará a ação.
Promovido pela primeira vez
em Minas Gerais, em 1991, o
projeto realiza sua quinta edição na Paraíba.
“É gratificante perceber a
diferença que o Ação Global
pode fazer na vida das pessoas que o visitam. Acontece
uma vez ao ano, mas carrega
um poder incrível, levando
dignidade para cidadãos de
baixa renda, que não têm con-
CIDADANIA. Município de Itaporanga também já recebeu o evento
tato com serviços básicos e
alguns pequenos prazeres que
são essenciais para a vida de
todos”, afirmou a coordenado-
ra de comunicação e projetos
institucionais da Rede Paraíba de Comunicação, Caroline
Marques.
217665
218798
Geral 13
F
F
Os desafios da
maternidade
Neste Dia das Mães, o JORNAL DA PARAÍBA conta histórias de
mulheres que driblam dificuldades e criam os filhos com coragem
gem
de sentir um amor incondicional e até mudar a própria
Marias, Ritas, Cristianes, vida por causa dos filhos.
Socorros, Simones. Elas têm
Neste domingo, dia dedinomes diferentes e histórias cado às mães, o JORNAL DA
de vida também muito dis- PARAÍBA conta a história de
tintas. Mas, em comum, to- algumas mulheres que encadas possuem a capacidade ram os desafios da materniNathielle Ferreira
dade.
sões e
Com idades, profissões
as driorigens diferentes, elas
blam dificuldades diárias
árias e
ucar e
conseguem criar, educar
estar presente na vida dos filhos, usando a sensibilidade,
idadee,
a coragem e a força.
A
P
Mãe q
ue ssupera
upera llimites
imites
Mãe
que
Mãe policial
As insígnias fixadas no fardamento revelam o tamanho da responsabilidade de Socorro Cristiane de Oliveira. Coronel da Polícia Militar
(PM) da Paraíba, ela é diretora de comando geral da corporação e mãe de duas filhas. Para cumprir bem as funções, precisa se desdobrar.
“Durmo e acordo cedo. Assim que me levanto, corro para preparar minha filha e levá-la à escola. Depois, organizo as atividades da
casa e sigo para o quartel. Apesar das responsabilidades, procuro ser presente e acompanhar a vida de minhas filhas. Para mim, o mais
importante não é a quantidade, mas sim a qualidade dessa companhia”, afirmou.
Há 26 anos, quando começou a vestir a farda da Polícia Militar, a oficial só tinha 18 anos. Ao longo da carreira, já assumiu comando
de batalhão, participou de inúmeras operações e enfrentou criminosos. Apesar de impor riscos, a profissão não foi obstáculo quando a
jovem decidiu também ser mãe.
“Cuidar da casa, dos filhos e ainda dos assuntos da polícia é uma jornada muito pesada, mas procuro ser organizada. Na polícia, a gente
aprende a ser disciplinada. Também procuro conversar, dialogar e contar com a compreensão das minhas filhas. Quando tenho folga,
meu tempo é gasto com elas. A minha base é a minha família”, disse Socorro Cristiane de Oliveira.
FFoii na sala
l d
de parto, iinstantes após
ó a cirurgia,
i
i que a assistente
i
social Simone Jordão descobriu que a primeira filha, Sofia, era
portadora da síndrome de Down, 17 anos atrás. Na época, ela
trabalhava na Fundação Centro Integrado de Apoio à Pessoa
com Deficiência (Funad) e ajudava outras famílias a superar
limitações físicas similares. Nem mesmo essa experiência
conseguiu evitar a aflição que chegou junto com o diagnóstico.
“O impacto foi grande. Eu fiquei muito preocupada. Pensei em
todas as dificuldades que minha filha iria enfrentar e caí no
choro. Mas, depois, o amor falou mais alto. Eu me levantei e
passei a enfrentar”, conta a assistente social.
Especialista no assunto, Simone já conhecia os caminhos que
precisava percorrer. “Iniciei o tratamento de Sofia, porque sabia
que, quanto mais cedo isso ocorresse, melhores resultados ela
teria”, lembra.
Depois de ter Sofia, a assistente social deu à luz um segundo
filho. Mas, este, não tem síndrome de Down. Os dois entraram
na escola e foram alfabetizados juntos. “A nossa recomendação
é que a criança com down estude em escola regular, junto com
outras crianças que não tenham a deficiência”, observou a
especialista.
Hoje, Simone é presidente da Funad e usa a experiência de
mãe no atendimento que presta a outras mulheres que pedem
ajuda para os filhos na Fundação. “Nada no mundo acontece por
acaso. Se Deus me deu uma criança com síndrome de Down é
porque viu em mim algum potencial de assumir esse desafio.
Fui reabilitadora, sou mãe e agora, gestora de um órgão que
presta assistência a portadores de deficiências. Sou muito feliz
em ter essas três visões e poder ajudar o próximo”, declarou.
Continua na Página 14
218760
14 Geral
K
Muito amor e esporte
T
Acolhido pela bióloga Rita Mascarenhos, Fininho é revelação do surfe amador da PB
Nathielle Ferreira
Quando iniciou um projeto ambiental, 15 anos atrás, a
bióloga Rita Mascarenhas não
imaginava que o trabalho a
faria encontrar um filho. Ela
é fundadora da Guajiru, uma
Organização Não Governamental que atua em defesa
das tartarugas marinhas na
Paraíba. No passado, a ONG
também prestava assistência
a crianças em vulnerabilidade
social.
Foi assim que Rita conhe-
“Ele me dizia
que nunca havia
tido um quarto
e uma mãe para
mandá-lo ir
para a escola"
ceu José Francisco da Silva do carinho de mãe, a ambien- mas não há diferença no que
Neto, que é mais conhecido talista se tornou a maior incen- sinto por eles. Sinto o mesmo
atualmente como 'Fininho' e tivadora da carreira do surfista. carinho e preocupação pelos
considerado como revelação
“Tenho um filho biológico, dois”, garante a bióloga.
do surfe amador da Paraíba.
“A ONG mantinha uma escola
Mãe aos 16 anos
de surfe e cuidava da saúde,
da alimentação e da roupas
Jeânea Gomes da Silva mal tinha completado 16 anos
de algumas crianças que viquando descobriu que estava grávida, quatro anos atrás. A
viam nas ruas. Fininho tinha 9
notícia chegou causando mudança no presente e no futuro da
anos e despertou minha atenadolescente. “Eu estudava e precisei parar de ir à escola por
ção porque mostrava desejo
causa do meu filho. Depois, eu engravidei novamente e não
de melhorar de vida. Os pais
consegui mais voltar para o colégio, mas pretendo fazer isso no
futuro”, disse Jeânea Gomes.
dele eram dependentes de álCom pouca idade e sem experiência, Jeânea ficou assustada
cool e havia muitas brigas em
com a gravidez, mas contou com a ajuda incondicional da
casa”, lembra Rita.
mãe. “Ela me apoiou em tudo. Sem ela, nem sei como teria
Aos poucos, o carinho de
conseguido ter meus filhos”, desabafa.
Rita por 'Fininho' foi crescendo.
Foi na casa apertada da mãe, composta por dois quartos, que
Até que um dia, ao saber que
Jeânea conseguiu se abrigar com os dois filhos. “O terraço foi
transformado em um quarto e ela ficou por aqui. O pai das
a família do adolescente havia
crianças assumiu a responsabilidade e eu sempre compro o
perdido a casa, a ambientalista
leite dos meninos quando faço a feira. Com ajuda de Deus,
resolveu levá-lo para viver com
tudo se resolve. Ele supre nossas necessidades e nunca nos
a família dela. “Ele me dizia
deixou faltar nada”, diz a dona de casa, Eliane Gomes, 41 anos,
que nunca havia tido um quarmãe de Jeânea.
to e uma mãe para mandá-lo ir
Ela lembra que a filha, em meio ao desespero, pensou em
fazer aborto, mas desistiu da ideia após receber o amparo da
para a escola. Isso me comoveu
família.
“Eu disse assim para ela: 'com 15 dias de gestação, o
muito. Senti que precisava facoração da criança já está formado e batendo. É uma vida que
zer algo".
deve ser amada'. Eu dei muito conselho antes de acontecer
Faz quatro anos que Finia gravidez. Mas depois que tudo ocorreu, a minha obrigação
nho foi adotado por Rita. Além
era dar apoio mesmo. Foi o que eu e o pai dela fizemos. O
meu neto nem tinha nascido,
mas eu já me preocupava com
ele”, afirma a avó, com um certo
brilho no olhar.
Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba
FAMÍLIA UNIDA. Quando
AVISO DE LICITAÇÃO
PREGÃO ELETRÔNICO Nº 11/2013 - SRP
O Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba avisa aos interessados que está
realizando licitação, na modalidade Pregão Eletrônico, utilizando o Sistema
Registro de Preços, visando a AQUISIÇÃO DE MATERIAL DE CONSUMO CAFÉ. Entrega das propostas a partir de 13 de maio de 2013 no sítio
www.comprasnet.gov.br. Abertura das propostas no dia 04 de junho de
2013 às 14h00min (horário de Brasília) no sítio www.comprasnet.gov.br.
Informações pelo e-mail: [email protected], pelo fone: (83)3512.1280 ou
pelo telefax: (83)3512.1282.
Osman Gomes Pires Raposo Filho
Pregoeiro
213438
descobriu que estava
grávida, Jeânea Gomes da
Silva contou com o apoio
incondicional da mãe,
Eliane Gomes. Hoje Jeânea
tem dois filhos e quer
voltar a estudar
218755
218663
Geral 15
Mãe bombeira:
orgulho dos filhos
Ser bombeiro é trabalhar
em uma profissão arriscada,
onde o profissional dedica a
vida para salvar outras pessoas, seja combatendo incêndios, socorrendo vítimas ou
trabalhando na prevenção de
acidentes. Sair de casa sem
saber se vai voltar é algo que
estes profissionais precisam
lidar diariamente e a situação fica mais delicada quando
se é mãe. A soldado Daniele
Araújo, 32 anos, é bombeira e
mãe de dois filhos: Camila, de
6 anos e Caio, de 7 anos. Além
de bombeira, a mãe estuda e
é casada com um Policial Militar
Quando Daniele entrou
para o 2° Batalhão de Bombeiros Militar (2° BBM), ela
já era mãe de Caio e Camila.
Ser Bombeira era um sonho
antigo que foi concretizado
por ela há quatro anos. A mamãe bombeira enfrenta uma
rotina pesada para dar conta
de todas as responsabilidades
em Campina Grande. Além de
bombeiro e mãe, ela é graduanda do curso de Fisioterapia
na Universidade Estadual da
Paraíba (UEPB). Para cumpirr
as tarefas diárias, ela conta
com o apoio da mãe e do marido. “Meu marido trabalha
em regime de expediente e
eu trabalho na escala de 24h.
Sempre vamos conciliando as
coisas para que um dos dois
estejam em casa. Mas quando
L
Arthur Lira
S
Além da profissão arriscada, a soldado Daniele Araújo tem
dois filhos pequenos e é graduanda de Fisioterapia na UEPB
a situação complica, minha
mãe entra em cena para nos
salvar”, disse a bombeira.
Para os filhos Caio e Camila, ter uma mãe bombeira
e um pai policial é motivo de
orgulho. Segundo Daniele,
eles sempre comentam com
os colegas a profissão da mãe
e adoram ir visitá-la no trabalho. “Eles chegam da escola e
falam que contaram aos amigos que tem uma mãe bombeira. Quando eles vão no
quartel, sempre parece ser a
primeira vez. Eles tiram fotos
e observam tudo atentamente”, contou a mãe bombeira.
Apesar de todas as responsabilidade, Daniele sempre
tem cuidado para dedicar um
tempo exclusivo aos filhos.
“Como sou estudante, o batalhão permite que eu troque
de plantão com os colegas
em escala de permuta. Nos
finais de semana, eu e meu
marido sempre conciliamos
um dia para sairmos com as
crianças para passear e visitar
familiares”, disse ela. (Especial
para o JP)
L
S
Mãe a distância
Toda mãe sempre quer ter os filhos por perto, mas chega uma hora que eles crescem e tomam seus rumos. Há 10 anos a Psicóloga
campinense Lenilda Moraes, 58 anos, tem se adaptado em ser mãe a 'distância'. Uma de suas filhas mora em João Pessoa e outra
mora na Alemanha. Para amenizar a saudade, ela mantém contato com as filhas diariamente, através do telefone e da internet.
De acordo com Lenilda, sua filha, a Engenheira Cíntia Moraes, de 33 anos, se formou e no ano de 2003 e foi fazer mestrado
em Florianópolis-SC. Depois do mestrado a engenheira começou o doutorado e inciou um projeto de pesquisa em Berlim, na
Alemanha, onde mora há quase seis anos. Lenilda ainda é mãe da jornalista Cibele Moraes, 30 anos, que mora em João Pessoa.
Como a distância entre as duas cidades – Campina e João Pessoa – é menor, elas se veem com mais frequência.
Já no caso da filha que mora na Alemanha, a mãe mantém contato pela internet através do Skype. “Não temos uma hora certa
para conversar. Às vezes a Cíntia me liga e me pede para entrar na internet, que é uma ferramenta muito boa e permite que eu
converse e veja minha filha”, disse a mãe.
Apesar da saudade e a distância, Lenilda sente orgulho dos destinos que as filhas tomaram. “Sempre queremos ter os
filhos debaixo de nossa asa. Mas chega uma hora que é preciso cortar o cordão umbilical. Até mesmo pelo fato de que um dia uma
de nós iremos partir. A saudade é grande, mas tenho orgulho em ver que criei minhas filhas e hoje elas sabem andar com suas
próprias pernas. Agora estou esperando ansiosamente a hora de ser avó”, afirmou a psicóloga.
218586
16 Geral
PMJP amplia cadastramento
Inscrições para o programa 'Minha Casa, Minha Vida' passam a ser permanentes para atender famílias que podem ser beneficiadas
As inscrições para imóveis
pelo programa federal 'Minha
Casa, Minha Vida', na Prefeitura de João Pessoa (PMJP),
agora são permanentes. Diariamente, os interessados
podem procurar a sede da
Secretaria Municipal de Habitação Social (Semhab), em
Jaguaribe, para se cadastrar.
A Semhab está distribuindo
150 fichas para atendimento
diário no local.
Segundo a secretária de
Habitação Social, Socorro Gadelha, a opção de não definir
data para encerramento das
inscrições visa tranquilizar a
população e evitar tumultos e
aglomerações no local. “A ordem de chegada não significa
prioridade de seleção”, ressaltou. Qualquer pessoa pode
procurar a sede da Semhab e
realizar o cadastro no período
das 8h às 14h, em horário corrido. A distribuição de fichas
começa 10 minutos antes do
início dos trabalhos.
A documentação necessária para o cadastro inclui o
RG do responsável familiar e
do cônjuge (com foto e o estado civil atualizado); certidão
de estado civil atual (seja de
nascimento, casamento, averbação do divórcio e/ou óbito);
comprovante de residência;
comprovante da situação
habitacional atual (recibo de
pagamento do aluguel, por
exemplo, e/ou contrato de
locação, título de posse, etc).
Para os portadores de necessidades especiais, o interessado deve trazer o laudo
médico com a Classificação
Internacional da Doença
(CID) e o Número de Identificação Social (NIS), neste caso,
para as pessoas que recebem
benefícios sociais.
tenham recebido benefícios tacional em qualquer unidade
No novo cadastro para habitacionais anteriores; que da federação e/ou que já poso perfil demográfico o inte- tenham financiamento habi- suam casa própria.
R
F
ressado além de informar os
contatos telefônicos, também
informa o Posto de Saúde da
Família (PSF), que presta
atendimento à sua família, os
dados sobre a saúde dos familiares e ocupações/fontes
de renda.
As famílias com renda bruta de até R$ 1.600,00, para faixa de renda, são atualmente
priorizadas pela Prefeitura de
João Pessoa (PMJP). Não são
permitidos participantes que MORADIA. Distribuição de casas obedece aos critérios do programa
218722
218452
Geral 17
'Bode gaiato' vira febre na web
Criado há quatro meses, personagem retrata cenas engraçadas do cotidiano nordestino e já tem 900 mil seguidores no Facebook
Givaldo Cavalcanti
Um personagem criado há
pouco mais de quatro meses
já é sucesso absoluto na Internet. Assim pode-se classificar o
'Bode Gaiato', figura fictícia que
com uma frase clássica, “Armaria mainha, nãm” (Ave Maria
mainha, não), cativou usuários
e já superou a marca de mais de
900 mil seguidores na rede social Facebook. Utilizando frases
criativas e com o jeito nordestino de falar, o 'Bode Gaiato' tornou-se o meme (brincadeiras
via web) mais famoso da grande rede, com tanta aceitação
que já virou alvo de empresas
de olho no potencial de comunicação do protagonista.
Criado pelo estudante de
Engenharia Elétrica da Universidade Federal de Campina
Grande (UFCG), Breno Melo, 19
anos, as situações do cotidiano
vivenciadas por Junin e Mainha
são contadas pelo 'Bode Gaiato' e remetem à vivência de
uma criança, como a bronca
da mãe ou uma brincadeira de
Personagem
foi criado pelo
recifense Breno
Melo, 19 anos,
que estuda em
Campina Grande
R
veitar todas. No entanto, algumas são verdadeiramente engraçadas e acabo publicando”,
explicou o jovem que, a partir
de uma brincadeira, está vendo
sua vida se transformar completamente.
“Eu estava de férias, em
casa, quando tive a ideia de
criar um personagem que fosse
engraçado. Já havia muitos perfis desse gênero no Facebook,
mas eu não esperava que fosse
esse sucesso todo”, disse Breno
revelando o segredo da aceitação do 'Bode Gaiato'. “Eu pensei
em um bicho que representasse o Nordeste. Por isso escolhi o
bode. Procurei na Internet fotos
e encontrei muitas engraçadas.
Daí, como eu queria fazer as
pessoas rirem, batizei ele de
'Bode Gaiato'”, frisou.
O sucesso do personagem
de Breno é explicado pela pesquisadora em Novas Tecnologias Verônica Almeida como
algo que tem o poder de reunir
um número ilimitado de pessoas que têm o mesmo gosto,
senso de humor e outras características, e que mesmo distantes geograficamente se unem
através da Internet. “A sociedade está formada em tribos, por
isso que a forma dos diálogos,
a escolha das frases e as características do Nordeste produziram esse fenômeno que criou
HISTÓRIA. Personagem surgiu quando Breno estava de férias. Segundo ele, a ideia de escolher um bode foi porque o animal representa o Nordeste um laço de afetividade entre os
rua. “Uma postagem que rece- dro, com a calça baixa. Depois
São situações como essa tagens. “Eu recebo mais de 50 usuários e o personagem”, desbeu mais de 100 mil comparti- quando ela ajeitou, disse que que Breno foi lembrando que sugestões por dia através do tacou Verônica.
lhamentos foi a de Mainha ar- ele agora ficou parecendo um já havia vivenciado, e tantas perfil, e outras que as pessoas
rumando a roupa de Junin. Ela 'rapaizin'”, contou o estudante outras que surgem como su- me falam quando encontram Continua na Página 18
dizia que ele parecia um malan- que é natural do Recife.
gestões para as próximas pos- comigo. Mas não dá para apro-
218793
18 Geral
Produtos com a marca do bode
Empresas estão interessadas em associar seus artigos ao personagem virtual. As camisas do 'Bode Gaiato' já estão à venda
de redes sociais, já demonstraram interesse em criar artigos
Ser seguido por mais de 900 característicos do Bode, além
mil pessoas e ter suas posta- de terem suas marcas assogens compartilhadas por mais ciadas ao personagem. Breno
de 1,4 milhão de usuários, não conta que já chegou a converchama a atenção apenas de sar com empresários e que priquem curte as histórias de Ju- meiro passo já foi dado.
nin. Empresas do ramo de uti“Estamos em processo de
lidades e outras, que estão de conclusão para o lançamenolho no público frequentador to de produtos como caneca,
Givaldo Cavalcanti
chaveiro e outros que venham
com a marca do Bode. Mas já
tem uma empresa que está
produzindo e vendendo a camisa do 'Bode Gaiato', eu já
fiz algumas postagens com
a logomarca de empresas ao
fundo”, disse Breno Melo, confirmando que em breve outro
personagem deverá se juntar a
Junin e Mainha. “Já fiz alguns
esboços e em breve teremos
um novo personagem. O que
posso adiantar é que será
outro menino, que gosta de
brincar na rua e com um novo
bordão”, adiantou Breno.
Difícil encontrar um paraibano que é usuário do Facebook e não tenha curtido alguma postagem do 'Bode Gaiato'.
Mais difícil ainda é achar quem
pelo menos não tenha ao menos ouvido falar.
Tal sucesso instantâneo
faz Breno Melo não esquecer
de suas prioridades, mas ao
mesmo tempo querer viver
essa fase.
“A minha prioridade hoje é
meu curso de Engenharia Elétrica. Assisto aula pela manhã,
à tarde estudo, e à noite me
dedico ao personagem. É uma
fase boa, mas minha família
também pega no meu pé para
eu não esquecer dos estudos”,
contou Breno.
Para o publicitário José Ar-
naud e o programador de sites
Thales Lacerda, a aceitação do
personagem já é tão grande
que criou-se uma expectativa
para as próximas postagens do
personagem.
Segundo Arnaud, a pitada
de saudosismo misturado com
o humor ácido é uma receita
que dará certo por bastante
tempo. “Além de ser engraçado
pelas respostas de Junin, tudo
remete à cultura nordestina.
São momentos que praticamente todo nordestino vivenciou”, acrescentou.
L
S
Glossário
Pia - Espia, observa
Avia - Anda logo
Óia - Olha
Visse - Viu
Armaria - Ave Maria
Crendôspai - Creio em
Deus pai
Mar minino - Mas menino
Vigemaria - Virgem Maria
Mulesta
Moléstia
(doença, peste ruim)
Pantim - Frescura
Nãm - Não, recusa
ROTINA. Breno estuda durante o dia e se dedica ao personagem à noite
217977
218771
Publicidade 19
218773
20 Geral
Delegacia tem 100 pedidos
de pagamentos de fianças
Entre os casos, estão os crimes de trânsito, como dirigir veículos após a ingestão de bebidas alcoólicas
Luzia Santos
A lei número 12.403/2011,
que ficou conhecida como a
Lei da Fiança, estabeleceu uma
série de medidas cautelares em
substituição à prisão provisória
em delitos com pena de até quatro anos de reclusão. Apenas a
Delegacia Distrital de Manaíra,
em João Pessoa, arbitra quase
100 pedidos de fiança, a média é
de 13 casos por final de semana.
Segundo o titular da Delegacia Distrital de Manaíra,
Francisco Deusdete, a maioria
dos casos de concessão de fiança envolve pessoas que respondem pelo crime de dirigir após
ingerir bebida alcoólica. “Nos
finais de semana, a maioria
dos casos de fiança está relacionada aos crimes no trânsito, como dirigir sob efeito de
álcool”, argumentou. Arbitrar
fiança para os casos de crimes
de violência doméstica é apontado como o segundo mais fre-
quente na delegacia.
Contudo, o delegado Francisco Deusdete ressalta que,
para ter o benefício da fiança,
mediante o pagamento e ficar
em liberdade, o suspeito precisa atender a alguns requisitos presentes na própria Lei
12.403/2011.
“Em crimes com penas de
até dois anos de detenção aplica-se o termo circunstanciado
de ocorrência (TCO) e o caso é
encaminhado para o juizado especial criminal. Esta é a medida
judicial para o caso de crimes de
ameaça, embriaguez e desacato.
Mas quando a pena privativa de
liberdade para o crime supostamente praticado passa de dois
anos ou vai até quatro anos de
detenção, pode se aplicar fiança”, explicou. Acrescentando
que a medida também pode
ser aplicada para os crimes que
preveem pena de reclusão de
até quatro anos.
Para conceder fiança, o de-
legado precisa verificar os antecedentes criminais do preso
em flagrante delito suspeito
de cometer infração penal. “Há
restrições para a concessão de
fiança”, explica o juiz de Direito
da 5ª Vara Criminal da Comarca da capital, Eslu Eloy. Quem
possui antecedentes criminais,
não tem residência fixa ou já
quebrou a fiança não têm direito. Por sua vez, os crimes de
racismo, tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas,
terrorismo e os considerados
hediondos também não são
afiançáveis, segundo o juiz.
O juiz Eslu Eloy explica que
embora crimes considerados de
pequena gravidade possam ser
afiançáveis na delegacia de polícia e os acusados podem ficar
em liberdade mediante o pagamento da fiança, a falta de condições econômicas impede que
os acusados deixem de ir para
presídios. “Em 98% dos casos
que poderiam ser afiançáveis,
opreso ou seu representante legal entra na Justiça com pedido
de relaxamento da prisão provisória porque não tem condições
econômicas de pagar a fiança”,
explica o juiz.
Nessa situação se enquadram casos de furto de objetos
pessoais, a exemplo do furto de
aparelho celular, que pode levar
para prisão quem é preso em
flagrante e não possui recursos
para pagar fiança ou não tem
advogado para pedir que sejam
aplicadas outras medidas judiciais.
O advogado criminalista
Sheyner Asfora argumenta que
há no Brasil a cultura da perda
da liberdade que precisa ser modificada. “A prisão tem que ser
uma exceção e não uma regra”,
pontuou o advogado Sheyner
Asfora. “A fiança é um instituto
que tem por finalidade assegurar ao suspeito de cometer
crime o direito de aguardar seu
julgamento em liberdade”, disse.
O advogado ressalta que
apesar de ficar em liberdade o
suspeito não vai deixar de responder pelo suposto crime cometido. Enquanto o caso não
for a julgamento, o suspeito
ficará obrigado a cumprir medidas cautelares, a exemplo de
comparecimento periódico em
juízo, no prazo e nas condições
fixadas pelo juiz, para informar
e justificar atividades.
Sistema prisional tem déficit de vagas
O sistema prisional da Paraíba possui déficit de pelo
menos 2,3 mil vagas. As 79
unidades de detenção espalhadas pelo Estado possuem
capacidade para abrigar 6,5
mil presos, mas têm, atualmente, 8.887 apenados, sendo 3.407 provisórios, segundo
dados da Secretaria Estadual
de Administração Penitenciária (Seap).
Segundo dados do titular
da pasta, Wallber Virgolino,
está em fase de elaboração os
estudos que deverão culminar
com a construção de mais 11
unidades prisionais.
Pelo planejamento da Secretaria de Administração
Penitenciária, o problema da
superlotação será resolvido
com a construção de dois presídios em Bayeux – sendo um
masculino (para 286 vagas) e
outro feminino (260 vagas);
uma penitenciária da 1ª re-
gião geoadministrativa (260
vagas); uma penitenciária da
14ª região geoadministrativa (260 vagas); e seis cadeias
públicas com capacidade que
variam de 84 a 156 vagas, nos
municípios de Teixeira, São
Bento, Guarabira, Pombal,
Picuí e Sumé. Além de um
presídio de grande porte.
Mesmo considerando a situação da Paraíba como inadequada, o secretário diz que,
comparado a outros estados,
ainda estamos em vantagem.
“Aqui não temos rebeliões
simultâneas e a situação ainda está controlada”, disse
R
F
SOLUÇÃO. Wallber afirmou que
serão construídos presídios no
interior da Paraíba
Estipulação do pagamento.
O valor da fiança definido na
lei 12.403/2011 pode ser alterado pela autoridade policial
ou pelo juiz de acordo com as
condições econômicas do preso ou suspeito de cometer infração penal.
Segundo a lei da fiança, ela pode variar de um a 200 salários
mínimos, podendo ainda ser
aumentada ou diminuída de
acordo com as condições econômicas do preso. Na prática, a
fiança pode chegar aos valores
de hoje do salário mínimo (R$
678,00), a até R$ 135 milhões
e 600 mil, correspondente ao
valor de 200 salários mínimos,
multiplicados por mil, conforme permite a legislação.
Ao contrário do que muita gente pensa, a fiança não precisa
necessariamente ser paga em
dinheiro. O Código de Processo
Penal também aceita pedras
preciosas, joias e títulos da dívida pública para pagamento de fianças. A concessão de
fiança pode ser realizada pelo
delegado de polícia no ato da
instauração do auto de flagrante e nos casos de crime com pena privativa de liberdade de até
quatro anos. Nos demais casos,
a fiança será requerida ao juiz,
que decidirá em 48 horas.
O dinheiro da fiança é depositado em uma poupança e é
corrigido monetariamente. Se
o suspeito for considerado inocente, pode pedir o dinheiro de
volta.
218802
Geral 21
Melhorias no Porto do Capim
Comissão e prefeitura conversam sobre como será executado o projeto de urbanização da comunidade, que terá recursos federais
Jaine Alves
Aos 21 anos, Rossana de
Holanda lembra do histórico
familiar de povoamento na
comunidade Porto do Capim,
no Varadouro, em João Pessoa,
iniciado pelo avó há mais de
50 anos, quando o local ainda
era uma ilha às margens do rio
Sanhauá. “Minha família vive
aqui há muito tempo e cresceu
junto com a cidade. Hoje, apesar da violência, a comunidade
é um local familiar, onde moram trabalhadores e pessoas de
bem”, declarou.
Rossana destaca que o local sofre com a falta de infraestrutura, o que é representado,
principalmente, pelos constantes alagamentos nos períodos
chuvosos. Em virtude dessas
ocorrências, a então promessa
de urbanizar o local se arrasta
há muitos anos, passando de
gestão em gestão, provavelmente iniciado na década de
80. “Desde que eu era criança
que ouço falar nesse projeto e
nunca vimos nenhuma ação
ser realizada”, revelou Rossana, que é coordenadora da Comissão do Porto do Capim em
Ação.
Na atual administração da
Prefeitura Municipal de João
Pessoa (PMJP), o Projeto de Urbanização do Porto do Capim
foi materializado e apresentado
recentemente à Presidência da
República. Atualmente, o projeto, que contará com recursos
do Governo Federal através do
Programa de Aceleração do
Crescimento (PAC), está em
fase de elaboração.
Embora o projeto vise a
melhoria do local, segundo
Rossana, muitos moradores se
recusam a sair da comunidade
para outros bairros. “Por outro
lado, temos plena consciência
de que existem pessoas que
precisam ser relocadas, pois
vivem em situação precária,
às margens do rio e em casas
sem infraestrutura. Mas é pre-
F
F
demandas da população. Foi
a primeira vez que fomos recebidos por um prefeito e esperamos que Luciano Cartaxo
cumpra o prometido, e que a
decisão seja favorável à comunidade”, frisou.
As propostas da comunidade para o projeto foram
recebidas e encaminhadas à
Secretaria de Planejamento de
João Pessoa (Seplan) para que
possam ser estudadas pela
equipe, segundo a assessoria
de comunicação da PMJP.
O prefeito Luciano Cartaxo
afirmou, através da assessoria
de comunicação da PMJP, que
COM AVAL DOS MORADORES. Cerca de 500 famílias moram no Porto do Capim, que necessita de melhorias
o governo municipal estará
ciso que a prefeitura enten- desenvolvimento do comércio o diálogo constante com os empenhado para debater com
da que o Porto do Capim faz local”, ressaltou.
moradores da região para o os moradores da área os temas
parte da história desse povo,
A coordenadora da Comis- desenvolvimento e execução de interesse público, sem fazer
tanto como para a cidade. Não são Porto do Capim em Ação do projeto, previsto pelo PAC oposições, a fim de incorporar
adianta o projeto transformar disse que no último dia 2 de Cidades Históricas. “Nós fomos as demandas da população e
a área em um imenso concre- abril se reuniu com o prefeito em busca do compromisso do também os demais assuntos
to, pois cerca de 500 famílias Luciano Cartaxo para conver- prefeito para abrir discussões de interesse da cidade, cujo
que residem aqui precisam de sar sobre o processo de revita- com a comunidade e isso nós objetivo é encontrar o melhor
melhorias, como casas estru- lização da comunidade e que encontramos. Além disso, ele projeto e melhorar a vida de
turadas, praças e apoio para o ele se comprometeu a manter sinalizou que vai viabilizar as todos.
Área ganhará parque
O projeto de urbanização
e infraestrutura do Porto do
Capim e do Centro Histórico
de João Pessoa, ambos incluído no PAC Cidades Históricas,
prevê a construção de um parque ecológico, com a despoluição e desassoreamento dos
manguezais do Rio Sanhauá,
praça de eventos, píer e implantação de esportes náuticos, segundo informações
repassadas pela Secretaria de
Planejamento de João Pessoa
(Seplan).
De acordo com a Seplan, o
projeto visa, ainda, a construção de um Complexo Turístico, Cultural e de Serviços, com
desenvolvimento econômico,
Projeto prevê
a construção
de um parque
ecológico,
com praça de
eventos, píer e
implantação de
esportes náuticos
social e cultural para a região,
inclusive com construções de
moradias dignas para a população que vive nas margens do
rio.
Conforme o titular da Seplan, Rômulo Polari, o distrito
de serviços contará com as
áreas de consultoria, tecnologia da informação, engenharia, arquitetura, gestão de
negócios e empresas, além de
administração pública.
“João Pessoa está bem localizada, no centro do Nordeste
e no extremo oriental do Brasil, ou seja, dialogando com os
outros continentes. Com isso,
pensamos em preparar a cidade para receber bem os turistas e investidores”, destacou.
Polari ressaltou que Projeto de Urbanização do Porto do
Capim visa o desenvolvimento
sustentável da base econômica
da cidade e a recuperação da
vida socioeconômica da região, formando assim uma integração entre o Rio Sanhauá,
o Porto do Capim e as antigas
edificações em seu entorno.
“Dessa forma, teremos um
grande Polo Turístico e Cultural”, concluiu.
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217994
22 Geral
F
João Pessoa está em
programa sustentável
F
Através de convênio com o BID e a CEF, prefeitura busca crescimento sustentável
Jaine Alves
No último dia 26 de março,
o prefeito Luciano Cartaxo assinou um convênio que incluiu
João Pessoa no Programa Cidades Emergentes e Sustentáveis,
do Banco Interamericano do
Desenvolvimento (BID), com
a Caixa Econômica Federal
(CEF), que terá investimentos
direcionados para as seguintes
áreas: o setor ambiental e as
mudanças climáticas, o setor
urbano e os setores fiscal e de
governabilidade. A previsão é
que o plano de ação seja executado até o início do próximo
ano.
No que se refere à questão
urbana, está incluído o desenvolvimento urbano integral,
econômico e social, além da
mobilidade, transporte e segurança. João Pessoa foi escolhida pelo seu estado pleno de
crescimento econômico. Também foi avaliado o contingente
populacional, que deve estar
entre 200 mil e dois milhões
de habitantes, e a capacidade
institucional da cidade.
De acordo com Luciano
Cartaxo, a prefeitura tem trabalhado preocupada com o
presente, cumprindo suas obrigações de forma eficiente, mas
também mantém um olho no
futuro. “Estamos ousando. O
desafio de governar não é governar durante quatro anos,
mas ter a capacidade de projetar a cidade para o futuro. João
Pessoa vai chegar logo ao seu
primeiro milhão de habitantes e temos que estar prontos
para isso. O Programa Cidades
Emergentes e Sustentáveis vai
possibilitar isso”, garantiu.
Através da assessoria de comunicação da PMJP, o coordenador-geral da Iniciativa Cida-
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ENFERMAGEM
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GESTÃO DE RH NOVO
GESTÃO DA QUALIDADE
MARKETING
LOGÍSTICA
GESTÃO FINANCEIRA
BIOMEDICINA
NUTRIÇÃO
FISIOTERAPIA
PSICOLOGIA
DIREITO
2,5 ANOS
SISTEMAS PARA INTERNET
REDES DE COMPUTADORES
ANÁLISE E DESENVOLVIMENTO
DE SISTEMAS
3 ANOS
SEGURANÇA NO TRABALHO
RADIOLOGIA
Caixa Econômica Federal na
Paraíba, Elan Miranda, também por meio da assessoria
do banco, destacou que a cidade cresce a cada dia e cria
novas demandas de transporte, urbanismo e equipamentos
públicos, onde é, no contexto
da garantia da qualidade de
vida, que todos se unem nesse
projeto, com a função de olhar
além do amanhã.
A primeira do Ices
Fomento
* Consulte o regulamento no site do MEC ou da Instituição. ** Consulte o regulamento na secretaria da Instituição.
FUTURO. Cartaxo colocou JP no 'Cidades Emergentes e Sustentáveis'
des Emergentes e Sustentáveis
(Ices), Ellis Juan, que esteve em
João Pessoa, disse que a cidade terá uma excelente oportunidade para se desenvolver,
ressaltando que a capital está
localizada na costeira e que
tem muito potencial. Ele estimou que até o início do próximo ano, o plano de ação esteja
pronto para ser executado.
Já o superintendente da
Segundo a Prefeitura Municipal de João Pessoa, a
capital foi a primeira cidade do Brasil a ser contemplada com o programa Iniciativa de Fomento às Cidades Emergentes e Sustentáveis (Ices) em 2013.
João Pessoa foi a selecionada para abrir a implantação do programa, que também será aplicada em
outros três municípios do país até o ano de 2014.
Assistência
O projeto prevê a assistência técnica e financeira
necessária para o desenvolvimento de um plano de
ação que garanta o desenvolvimento sustentável
do município escolhido.
NOVO
Escolha
Critérios específicos
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CAMPUS CAMPINA GRANDE: 83 2101.8900
Rua Antônio Carvalho de Souza, 295 – Estação Velha
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A escolha foi baseada em três critérios específicos.
O primeiro deles é o estado pleno de crescimento econômico. Também foi avaliado o contingente
populacional que deve estar entre 200 mil e dois milhões de habitantes, e a capacidade institucional da cidade, que precisa estar pronta para dar
suporte a equipe de técnicos e ter uma realidade
fiscal equilibrada para cumprir com a quitação do
empréstimo.
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218753
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218360
24 Geral
R
A luta por um
Jacarapé melhor
F
Moradores reivindicam escolas, USF, ruas e estrutura para
o bairro da zona sul da capital, que já tem 40 anos
Hellen Nascimento
A falta de escolas, creches,
Unidade de Saúde da Família (USF), a má qualidade do
serviço público de transporte
e até a ausência de nomes de
ruas são alguns dos problemas
relatados pelos moradores do
bairro de Jacarapé, na zona sul
de João Pessoa.
Para a dona de casa Vânia
Dantas da Silva, mãe de quatro filhos, o maior problema
da comunidade é a falta de
uma USF, e também de escola
e creche na região. “Quando
um filho meu fica doente é o
maior aperreio. O posto de saúde mais próximo é na Penha e
ônibus, aqui, só passa a cada
uma ou duas horas. Às vezes,
nem passa. Também não tem
escola nem creche. Queria
poder trabalhar pra ajudar na
renda de casa, mas não tenho
onde deixar meus filhos pequenos”, reclamou.
Para o aposentado José Cavalcanti de Barros, o preconceito com a comunidade é muito
grande, porque nem como bairro Jacarapé é reconhecido, o que
prejudica a utilização de outros
serviços, como o recebimento
de correspondência.
“É absurda a situação em
que vivemos. Jacarapé não tem
nada, não tem USF, escola, creche. A escola mais próxima ou
é na Penha, ou no Cidade Verde. É muito difícil morar aqui.
Nós passamos vergonha para
fazer um simples cadastro em
uma loja porque nem nome de
rua nós temos, por isso nem
correspondência podemos receber”, informou.
Segundo o secretário
Executivo do Orçamento
Participativo do município,
Hildevânio Macedo, a Prefeitura Municipal de João Pessoa
(PMJP) reconhece os problemas enfrentados pela população e já está tomando uma
série de providências para
poder solucioná-los, e que
embora dentro do bairro não
haja escola, creche ou USF, a
população não está deixando
de ser assistida, tendo apenas
que se deslocar para bairros
adjacentes.
“Em reunião do Orçamento Participativo, recebemos as
solicitações dos moradores e
já estamos tomando uma série de medidas para solucionar
problemas antigos, como realizar a regularização fundiária
do bairro, ou seja, fazer com
que o poder público reconheça a existência da comunidade.
Também já estamos definindo
SEM CEP. Ruas sem calçamento e sem nome dificultam até entrega de correspondências a moradores
o arruamento e a nomenclatura das ruas. Mas isso é apenas o
primeiro passo, ainda há muita
coisa por fazer. Essa comunidade possui 40 anos, começou
de forma desordenada, mas a
PMJP já iniciou esse processo”,
esclareceu.
De acordo com a secretária adjunta de Educação da
capital, Edilma Ferreira, não
há previsão para implantação
de creche no bairro, mas que
a partir de junho deste ano,
a PMJP irá construir creches
nos bairros vizinhos da Penha,
Mussum Magro e Parati 1 e 2,
que também contemplarão os
moradores da comunidade.
“Estamos em fase de estudo
para a implantação de uma escola em Jacarapé. Nós visitamos
a comunidade, mas ainda não
achamos um terreno adequado
que obedeça a todos os critérios exigidos pelo Ministério da
Educação (MEC) para a construção de uma escola. Mas, por
enquanto, não está descartada
essa possibilidade”, informou.
Conforme a Gerência de
Atenção Básica da Secretaria
de Saúde de João Pessoa, para
que seja construída Unidade
de Saúde da Família (USF) é
necessário que haja, no bairro, no mínimo dois mil habitantes, o que não é o caso de
Jacarapé. Mas dentro da comunidade, existem agentes
de saúde que encaminham
usuários do Sistema Único de
Saúde (SUS) para as USFs mais
próximas, que ficam nos bairros de Mangabeira e Penha.
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Marcos Costa
ensina a usar
os pincéis de
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Bem-Estar
DOMINGO
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12, MAIO,
2013
DOMINGO 16, OUTUBRO, 2011 | 9
Página 3
K
Gripe e resfriado
são diferentes
T
Durante o inverno, é comum ocorrerem problemas respiratórios,
por isso, é preciso entender qual a causa do desconforto
Beto Pessoa
Os meses de maio e junho
são marcados pelo início das
chuvas na Paraíba. É neste
período também que começam a aparecer com mais frequência as doenças e alergias
em decorrência da mudança
climática. Gripes, resfriados
e rinites são mais comuns
nesta época do ano, por isso,
De uma forma
geral, a virose
não possui um
tratamento
específico, as
medidas vão
depender dos
sintomas
é preciso se preparar para encarar a temporada.
Primeiro, é fundamental
entender a diferença entre
as viroses, que costumam ter
sintomas similares. A gripe,
por exemplo, causada pelo
vírus da Influenza, costuma
ser confundida com o resfriado, que tem menor gravidade e pode ser causada por
outros tipos de vírus, como
os rinovírus, parainfluenza e
coronavírus. Quem explicou
foi o médico Paulo Afonso
Sampaio, do Hapvida Saúde.
“Ambas são doenças virais que acometem o sistema
respiratório alto, provocando tosse, espirro, congestão
nasal e coriza. A principal
diferença está ligada à severidade da doença. A gripe
costuma vir acompanhada
de febre, acima de 38ºC. Ela
pode também acometer o sistema auditivo e intestinal do
paciente, pode provocar até
vômitos”, explicou o médico.
De acordo com o especialista, é essencial buscar ajuda
médica antes de buscar qualquer tipo de tratamento. “O
médico é quem vai diagnosticar a doença, mas o paciente
deve ficar atento à persistência dos sintomas, pois a gripe
costuma ter mais complicações. É preciso ficar atento
às dificuldades respiratórios
e o aumento da febre, que
pode provocar até alteração
da consciência do paciente”,
disse Paulo Afonso Sampaio.
De uma forma geral, a
virose não possui um tratamento específico, as medidas
vão depender dos sintomas
do paciente. Entretanto, algumas medidas para a preservação das funções vitais
do indivíduo podem ser administradas, evitando que o
quadro clínico evolua para
situações mais graves. O médico clínico generalista João
Batista Júnior ressalta que o
fato de não haver tratamento
PREVENÇÃO. O médico João Batista Júnior alerta para atenção às crianças e idosos durante o inverno
específico não invalida a visita ao consultório, especialmente nos casos de adultos
com idade acima de 60 anos
e crianças menores de dois
anos, que requerem atenção
especial.
“Nestas faixas etárias,
uma gripe não monitorada
pode resultar em complicações graves como pneumonia, inflamações nos brônquios e ouvidos”. Segundo o
especialista, nesta época de
chuvas, eleva-se o risco das
pessoas contraírem gripes
e resfriados, em função das
mudanças bruscas de tem-
peratura. Outro fator que ainda propicia a contaminação
por vírus, neste período, é a
aglomeração natural de pessoas em ambientes fechados.
(Especial para o JP)
Benefícios da Fisioterapia Dermatofuncional
A Fisioterapia Dermatofuncional é uma especialidade que trata das
disfunções ocorridas no
maior órgão do corpo
humano: a pele. Além
de possuir importante
papel na proteção como
barreira do corpo, auxiliar na regulação térmica
e possuir o sentido do
tato, este órgão também
é responsável pelas características estéticas do
indivíduo. E é justamente na prevenção e tratamento das alterações patológicas e estéticas que
a Dermatofuncional atua.
O estilo de vida atual
com estresse, poluição,
má alimentação, exposição ao Sol, entre outros fatores, contribuem
para o aparecimento de
disfunções e do envelhecimento precoce da
pele. Em contrapartida, a
sociedade está cada vez
mais vaidosa e exigente
na busca por um corpo
mais bonito e saudável.
Com o desenvolvimento de novos estudos
e tecnologias cada vez
mais inovadoras, há hoje
no mercado uma grande
variedade de recursos
terapêuticos seguros e
eficazes. A Fisioterapia
Dermatofuncional utiliza
a eletroterapia, cinesioterapia, técnicas manuais
e a cosmetologia como
ferramentas para compor um programa de tratamento personalizado
de acordo com o que foi
observado em uma avaliação criteriosa e com o
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2 Bem-Estar
Hábitos simples podem
evitar virose no inverno
Saúde
João Modesto Filho
ASSEXUAIS QUEREM SER
RECONHECIDOS
Lavar as mãos, evitar lugares fechados e limpar o ar-condicionado são alguns exemplos
A França, país do cultivo das liberdades individuais e coletivas, foi palco, há pouco tempo, de ferrenhas discussões e grandes conflitos por conta da liberação de casamento entre pessoas do mesmo gênero. Nessa quase guerra urbana dos franceses,
um novo segmento de pessoas entrou em cena para se fazer
conhecer: os assexuais (ou assexuados). Mas, o que seria essa
pouco conhecida orientação sexual, que, para muitos, poderia
ser uma baixa libido ou até mesmo uma aversão sexual?
Na realidade esse tipo de orientação sexual se caracteriza
pela indiferença à prática sexual, ou seja, o assexual é um indivíduo que não sente atração sexual por nenhum gênero, não
pertencendo a nenhuma das categorias já existentes e “catalogadas”. Exprimem o sentimento de que não se trata de nenhum tipo de abstinência ou de desinteresse por alguem, mas,
verdadeiramente, nem o hoO assexual é um
mem nem a mulher possui
qualquer pulsão física que os
indivíduo que não
leve a ter relações sexuais.
sente atração sexual
Alguns até admitem que
por nenhum gênero, o sexo é como escovar os
dentes: não se tem prazer
não pertencendo a
nem tampouco aversão, mas
nenhuma categoria
algo que simplesmente se
faz. Diferentemente da abstinência, a sexualidade não é uma escolha. Na realidade, o fenômeno da assexualidade não é novo; existe desde alguns anos
um movimento organizado, iniciado nos Estados Unidos e mais
recentemente na França, para mostrar quem verdadeiramente
eles são. Tempos atrás esse segmento já tinha sido classificado como “categoria x” nos livros do sexólogo Alfred Kinsey de
1948 e 1953.
No entanto, só em 2004 um pesquisador chamado Anthony
Bogaert, psicólogo especializado no estudo da sexualidade na
Universidade Brock, Canadá, publicou no “Journal of Sex Research” que um por cento da população inglesa poderia ser qualificada como assexual. Diferentemente das pessoas frígidas, o
assexual não se queixa da sua condição e, por vários motivos,
criaram as associações dos assexuais para se fazerem conhecer
e mostrarem que tal condição existe, independentemente do
desejo sexual clássico.
R
Virose é toda doença causada por vírus. Evitar a contaminação e a transmissão
dessas doenças não são tarefas difíceis, basta que alguns
cuidados básicos sejam adotados. Lavar as mãos com água e
sabão, principalmente depois
de usar o banheiro; evitar tocar olhos, nariz ou boca após
contato com superfícies onde
há aglomeração; usar lenço ao
tossir e espirrar, são algumas
das precauções.
A recomendação é que o
paciente evite sair de casa enquanto estiver em período de
transmissão da doença (até
cinco dias após o início dos
sintomas), e ambientes fechados onde circulam muitas pessoas. É importante que o am-
Ambiente
doméstico deve
ser arejado e
receber a luz
solar, pois isto
ajuda a eliminar
agentes das
infecções
D
PEPTIDEO “C” E DOENÇA CARDÍACA
ALERTA. Em locais abertos, as pessoas devem usar lenços ao tossir ou espirrar para evitar contaminação
biente doméstico seja arejado
e receba a luz solar, pois estas
medidas ajudam a eliminar os
possíveis agentes das infecções respiratórias.
Outro cuidado doméstico
que deve ser mantido, diz o
médico João Batista Júnior, é
a limpeza do ar-condicionado, especialmente para evitar
desconforto, no caso das pessoas que já foram infectadas
por vírus.
“A sujeira do equipamento,
geralmente, comporta fungos
e bactérias que, em contato
com o organismo, pode am-
pliar os episódios de espirro
e tosse, gerando maior desconforto. Facilita, também,
o agravamento do quadro
dos pacientes que sofrem de
alergias respiratórias já diagnosticadas”, explicou o especialista.
Além de seguir a prescrição médica, em casa, o paciente deve ingerir bastante
líquido, de preferência água e
sucos naturais, de dois a três
litros por dia. Alimentação de
fácil digestão, como frutas e
verduras, também é importante para a fase de recuperação.
Peptideo C é uma substância que é obtida quando a
pró-insulina é clivada em insulina e pode ser usada para se
avaliar a produção endógena de insulina. Estudo canadense investigou a relação entre níveis de peptideo C e morte por todas as causas e com doenças do coração. Foram
analisados dados de mortalidade de 5.902 adultos de 40
anos ou mais e representativos da população dos Estados
Unidos.
PEPTIDEO “C” E DOENÇA
CARDÍACA 2
Pessoas com altos níveis de peptideo C apresentaram
um risco 1.8 a 3.2 vezes maior de morte por todas as causas, assim como de morte específica por doença cardiovascular. O aumenta do risco se elevou com o aumento dos
níveis do peptideo, sendo esta associação altamente significativa. Observou-se que os níveis do peptideo foram melhores na predição de mortalidade que outros parâmetros,
como hemoglobina glicada e glicemia de jejum.
PEPTIDEO “C” E DOENÇA
CARDÍACA 3
Embora a razão para o aumento do risco de morte não
tenha sido determinada, os pesquisadores sugerem que
pode ser devida a relação dos níveis de peptideo C e fatores de risco aterogênicos de problemas vasculares. Esses
resultados reforçam a importancia potencial do peptideo
C como um prognóstico de resultados adversos para a
saúde e indicam que seus níveis elevados podem ser um
importante marcador preditivo de maior risco de morte.
Pais devem
ficar atentos à
febre infantil
De acordo com a pediatra
Adalgiza Barbosa de Lima,
do Hapvida, as crianças precisam ser observadas com
mais cautela, nos casos de
resfriados e gripes. Os pais
devem ficar em alerta para
os sinais de gravidade da doença, isso porque as crianças
podem apresentar febre mais
alta e persistente, aumento
de linfonodos cervicais (gânglios no pescoço), dificuldade
para respirar, sudorese (suor
excessivo), entre outros sinais.
“As crianças precisam de
acompanhamento médico,
pois o mais importante, em
episódios de gripe, é evitar
que o quadro clínico se agrave e evolua para uma doença
mais séria como é o caso da
pneumonia, por exemplo”, reforça a médica.
A médica destaca que
crianças podem não apresentar sinal de gravidade, mas
exames laboratoriais podem
confirmar o diagnóstico de
pneumonia. “Por isso, todo
cuidado é pouco. Na dúvida,
leve a criança ao médico”. No
público infantil, o tratamento
adequado pode evitar, ainda,
o aparecimento de otites (inflamação no ouvido), que nas
crianças causa grande desconforto e exige, na maioria
das vezes, uso de antibióticos. (Especial para o JP)
Saiba mais
VACINA CONTRA HEROÍNA
Em adultos e crianças, o resfriado apresenta sintomas
relacionados ao comprometimento das vias aéreas superiores, como congestão nasal, secreção nasal (rinorréia),
tosse e rouquidão. A febre é
menos comum e, quando presente, é de baixa intensidade. Outros sintomas também
podem estar presentes, como
mal-estar, dores musculares
(mialgia) e dor de cabeça (cefaléia).
Na gripe, os sintomas são mais
intensos e costumam aparecer
aproximadamente 24 horas
depois do contágio, e podem
ser: febre geralmente acima de
38ºC, dor de cabeça, dor nos
músculos, calafrios, prostração (fraqueza), tosse seca, dor
de garganta, espirros e coriza.
Podem apresentar, ainda, pele
quente e úmida, olhos hiperemiados (avermelhados) e lacrimejantes.
Cientistas do Estado da California, Estados Unidos, informaram que obtiveram êxito em pesquisas pré-clínicas
com a utilização de uma vacina contra a heroína. Ratas aditas de heroína e privadas da droga normalmente voltam
a consumi-la compulsivamente se têm um novo acesso a
ela. A administração da vacina fez desaparecer essa compulsividade. O estudo da vacina foi bastante dificil poque
o fármaco se degrada rapidamente na corrente sanguínea
depois de injetado.
VACINA CONTRA HEROÍNA 2
Por seu turno, a heroína se metaboliza em outro composto chamado 6-acetilmorfina, que chega ao cérebro e é
responsavel em grande parte pelo efeito da droga. A vacina atua não apenas contra a heroína mas, também contra
6-acetil morfina e morfina. Em um dos exprimentos, ratas
severamente aditas à heroína foram submetidas a um periodo de abstinência de 30 dias. As ratas que não receberam a vacina voltaram a consumir a droga, mas as vacinadas não. Se a vacina funcionar em seres humanos poderá
se converter em tratamento para adição à heroína que, se
estima, afeta mais de dez milhões de pessoas em todo o
mundo.
F
Beto Pessoa
218463
Entrevista de
emprego é
etapa decisiva
para vaga
Estilo
Concursos&Empregos 1
ENTREVISTA: M
C
DOMINGO 12, MAIO, 2013 | 3
,
Arte com pincel de maquiagem
D
￣N
Grandes parceiros dos profissionais de beleza, os pincéis dão
maior precisão à aplicação dos produtos e garantem um resultado
diferenciado ao make. Cada um deles tem formatos e funções
específicas e uma boa maquiagem não dispensa aplicadores de base,
pó, blush, sombras e batom. Conheça melhor as funções de cada um
deles na entrevista com o maquiador oficial da Natura, Marcos Costa.
JORNAL DA PARAÍBA Para criar um make perfeito
é necessário utilizar pincéis
específicos para cada tipo
de produto e área do rosto?
MARCOS COSTA – Os
pincéis dão maior precisão à
aplicação dos produtos e garantem uma maquiagem bem
finalizada. Para quem não
tem muita prática, os pincéis
também ajudam no make. Na
hora de aplicar a base, eu sou
super a favor de usar os dedos
mesmo, você consegue sentir
melhor a pele com a lateral
dos dedos e ainda faz uma
drenagem gostosa na pele.
Mas um bom pincel de base,
por exemplo, é ótimo para corrigir a quantidade de produto,
deixar o acabamento mais na-
tural.
JP - O resultado do make
muda aplicando os produtos
com os pincéis corretos?
MARCOS COSTA – Sim,
com certeza. Se você for comprar o pincel, eu aconselho a
comprar produtos multifuncionais, que de um lado tem PERFEIÇÃO. Para o expert da Natura Marcos Costa, os pincéis dão precisão na hora de aplicar os produtos
esponjinha e do outro cerdas,
pois é mais prático. Acho que a ções específicas e uma boa capacidade de espalhar o pó.
Os pincéis de sombra ofemulher deve ter poucos e bons maquiagem não dispensa Use-o com movimentos leves recem várias possibilidades de
pincéis.
aplicadores de base, pó, blush, nas bochechas, no queixo e no formatos, cada um indicado
sombras e batom. O pincel nariz. Também levemente ar- para criar um efeito diferente.
JP -Qual a diferença entre para base tem cerdas longas, redondado, o pincel de blush Os chanfrados, com cerdas recada um dos pincéis, qual a retas e arredondadas na bor- tem um tamanho proporcional tas, firmes e cortadas em diadiferença nas cerdas (base, da. Ele espalha muito bem o em relação às maçãs do rosto. gonal, são ideais para corrigir
pó, blush, sombra, esfumar produto, garantindo sutileza. O formato chanfrado facilita a as sobrancelhas ou fazer delisombra, finalizar make e Já o pincel para pó é grosso e aplicação. Para passar blush, neados. Para esfumar a sompara os lábios)?
maleável, tem cerdas bem ar- posicione-o sobre o osso da bra na pálpebra móvel, opte
MARCOS COSTA - Cada redondadas nas pontas. Quan- maçã com leveza e depois o ar- por um pincel mais cheio, com
um deles tem formatos e fun- to maior o pincel, maior sua raste em direção às têmporas. cerdas arredondadas. Para ga-
OS PINCÉIS:
rantir a cobertura e realçar o
efeito da sombra, use a esponja. Para os lábios, o pincel de
cerdas firmes e com a ponta
mais estreita é ideal para fazer
o contorno ou aplicar batons
de cores escuras. Ele faz com
que a cor fique mais vibrante
e dure mais.
JP -Qual a maneira correta de limpar os pincéis?
MARCOS COSTA - A higienização deve ser feita, no mínimo, uma vez por mês, para
garantir a saúde da sua pele e
a conservação dos pincéis. Coloque uma gotinha de xampu
ou sabonete neutro na palma
das mãos e esfregue delicadamente o pincel já molhado até
fazer espuma. Enxague bem e
deixe-os secarem na sombra,
deitados sobre uma superfície plana para que as cerdas
não estraguem, ou use o secador em temperatura média.
E atenção: eles só devem ser
guardados quando estiverem
absolutamente secos.
Não deixe de ter também no seu estojo:
Eles têm formatos, tamanhos e tipos de cerdas diferentes. Dúvida cruel: quais pincéis que você precisa comprar? A primeira regra é: nem sempre os
mais caros são os melhores. Marcos Costa explica que já usou pincéis comprados a preços bastante acessíveis que funcionam bem. A economia pode
ser maior ainda: alguns pincéis são multiuso. E lembre-se: acessórios de maquiagem são como instrumentos de manicure: cada um deve ter o seu.
-Esponja:
tenha sempre duas esponjas grandes e redondas à mão: Uma para
a base outra para o pó.
-Cotonete:
serve para corrigir a máscara que borrou, o batom que está fora do
lugar, a sombra que caiu na pálpebra inferior, ou podem ser usadas para dar acabamento como, por exemplo, esfumar o lápis e a
sombra ou aplicar pequenas quantidades de iluminador nos cantos
internos dos olhos. Deixe sempre ao alcance das mãos.
Pincel para pó:
Esse é o mais robusto. Pode ser usado para aplicar e tirar o excesso
de pó. Esse modelo é desenhado para ajudar a espalhar o pó e dar
acabamento à maquiagem. A dica é utilizá-lo em movimento circulares
para dar o efeito desejado. A esponja pode fazer a mesma função.
-Algodão:
Embora o algodão em chumaço seja bastante macio, já existem à
venda práticos pacotes de algodão em formato quadrado ou redondo que são ótimos para tirar o make. A Natura lançou lenços
umedecidos próprios para esse fim.
Pincel para base:
Ótimo para espalhar a base e deixar o visual natural. O formato do
pincel permite passar a maquiagem perto dos olhos.
Pincel Chanfrado:
Em diagonal, é perfeito para preencher sobrancelhas com falhas ou para
aplicar a sombra rente aos cílios.
Pincel para Blush:
O pincel para usar o blush é um pouco menor que o de pó e serve para
compreender toda a maça do rosto. A aplicação deve ser leve em movimentos
simples.
-Lenço de papel:
para limpar o pincel enquanto você faz o make e retirar o excesso
de produtos do rosto. Escolhas os macios e sem perfume.
O pincel de sombra é o modelo específico para aplicar
e esfumaçar as sombras escuras. Seu formato se encaixa
perfeitamente nas curvas dos olhos. Eles têm cerdas
arredondadas nas pontas e cerca de um centímetro de
espessura. Já os pincéis com espumas nas extremidades
são eficientes: um dos lados para aplicar a sombra clara
e o outro, a escura. Para a boca, o pincelé desenhado para
maquiar os lábios. Tem a ponta arredondada e é mais fino. As
cerdas podem ser firmes, mas jamais duras.
215696
-Curvador de cílios:
Parece instrumento de tortura, mas existe há anos. Tanto os modelos de plástico quanto os de metal são bons. A cada uso verifique se
a borracha encaixada na haste móvel não está deslocada ou gasta.
O atrito do metal contra o metal pode cortar tufos de seus cílios. Os
cílios muito retos exigem calor para modelar e curvar. O curvador à
pilha aquece na medida exata, sem perigo de queimar.
-Cílios postiços:
Se você quer dar um up no visual ou tem cílios ralos, os postiços
são a solução. Podem ser comprados em tufos e colocados para
preencher os espaços ou inteiros, no formato do olho, para misturar aos naturais.
-Apontador:
prefira os específicos para esse fim (os outros destroem o produto).
193657
4 Estilo
GATO E SAPATO...
Maquiagem pode
corrigir detalhes
F
:D
Corretivos, blush e sombras são ótimos para modelar nariz,
afinar o rosto e esconder aquele defeito que só você percebe
O gatíssimo ator Cauã Reymond, que deve voltar à TV
apenas em 2014 na série 'O Caçador' (Globo), é a estrela da
nova coleção Democrata. E olha só os critérios para a escolha do galã, segundo Fernando Brigagão, diretor de estilo
da marca de calçados masculinos: "Cauã está casado, com
filho e focado no trabalho, isso mostra a fase madura que
ele vive. É para este consumidor que queremos apresentar
nossos produtos". É meninas... um bom moço. Não adianta
fantasiar nada.
Voltando aos sapatos. Para a temporada de outono/inverno 2013, foram lançadas quatro linhas: Garage, Metropolitan, Denim e Smart Confort. Como a estação é mais fria
(em tese), a marca resolveu apostar em materiais aveludados e acamurçados que inspiram um toque aconchegante,
macio e delicado aos calçados.
O couro aparece em diferentes acabamentos, indo do
tradicional liso, até as composições com texturas. A cartela
de cores transita entre o fendi, rato, café e preto e conta
ainda com tons mais fortes, como verde, vermelho, azul e
amarelo, que participam do inverno de maneira mais escura
e envelhecida.
As fotos do gatinho para a campanha foram tiradas na
estação de trem Julio Prestes, em São Paulo, por Eduardo
Rezende. Fica a super dia para o Dia dos Namorados que
se aproxima.
Cápsula de 'Sementes'
As mini coleções da
Dress To (dressto.com.
br) são chamadas de
cápsula e a segunda do
inverno é a Sementes.
Thatiana Amorim, diretora de estilo da marca,
fez uma parceria com
os índios da reserva
Pataxó, em Caraíva no
estado da Bahia. Os
shorts e saias bordadas são bordados à
mão com formas que
remetem a madeiras,
palhas e sementes coloridas da mata em volta da tribo.
D
A maioria das mulheres
possui muitas dúvidas na
hora de se maquiar. Que cor
usar, que tipo de maquiagem
é adequada para cada tipo
de pele e, principalmente,
como corrigir pequenas imperfeições. Para não errar, o
consultor criativo da linha de
maquiagem Intense de O Boticário, Sadi Consati, ensina a
fazer as escolhas certas.
Atualmente, as mulheres
têm uma gama enorme de
produtos para cobrir pequenas imperfeições, tanto da
pele do rosto, quanto do corpo. “Uma maquiagem bem
elaborada vai além da pele
bem feita e da combinação
das cores. O make pode afinar um nariz ou até aumentar um lábio”, ressalta Sadi.
Mulheres têm
uma gama
enorme de
produtos
para corrigir
imperfeições, da
pele do rosto
e do corpo
￣O B
￣O B
Eliz Monteiro
CONFIRA ALGUMAS DICAS
PARA FICAR COM O ROSTO E
O NARIZ DESEJADOS
:D
Exagerada
ROSTO REDONDO
Concentre uma quantidade maior
do produto de correção no extremo das covas das maçãs, próximo à parte superior das orelhas,
e esfume em direção ao canto da
boca, formando um traço diagonal. Aplique o mesmo produto
abaixo do maxilar inferior, das
extremidades em direção ao centro (queixo).
ROSTO
QUADRADO / RETANGULAR
Utilize o produto nas extremidades das covas das maçãs e esfume em direção ao centro. Suavize os cantos do rosto (queixo e
testa) esfumando o mesmo produto. Ilumine o centro da testa e
queixo.
ROSTO OVAL
TRANSFORMAÇÃO. Truques ajudam a harmonizar e equilibrar o rosto
“Basta alinhar a escolha de
produtos adequados com
truques preciosos”, completa.
Segundo o consultor, a
correção de alguns pontos
do rosto, como nariz e boca,
ajuda a trazer equilíbrio e
harmonia para o todo. “Essa
correção se dá por meio do
jogo de sombras (aprofunda
e/ou esconde) e luz (ressalta
e/ou valoriza) com um pó
mais escuro que o tom da
pele e sem brilho, e também
com base mais escura.
A cor do produto para
correção precisa ser proporcional ao tom da pele e a aplicação, bem diluída/esfumada
para que o sombreamento
do rosto fique harmonioso e
não dramático. Não confundir correção com blush efeito saúde. Esse pode ser rosa,
laranja, pêssego, com brilho,
etc, mas o de correção é sempre neutro e sem brilho”, explica.
O produto de correção deve ser
aplicado no alto das maçãs e esfumado em direção às têmporas
para dar volume ao rosto.
ROSTO COMPRIDO E FINO
Esfume em movimentos circulares o produto de correção no
alto das maçãs, na região frontal do rosto, sem alongar para
fora. Dê algumas pinceladas
também no queixo e no topo
da testa.
NARIZ GRANDE
Comece aplicando o produto de
correção escuro no início das sobrancelhas, descendo pelo canto interno dos olhos e nas laterais do nariz. Esfume também
na ponta do nariz e nas narinas.
Aplique um produto mais claro
na parte superior do nariz.
C&A faz nova parceria
A nova coleção da C&A promete. A loja, em mais uma de
suas iniciativas bacanas, produziu o seu próximo lookbook
em parceria com a grife carioca Ágatha. São, aproximadamente, 110 modelos entre roupas, calçados e acessórios.
A coleção exclusiva foi estrelada pela top Flávia Lucini e a
modelo lituana Dovile Virsilaite, todas fotografadas pelas
lentes de Zee Nunes, na casa noturna Lions Club, em São
Paulo. Vamos aguardar a coleção chegar nas araras.
NARIZ LARGO/ACHATADO
Inicie aplicando o produto de
correção escuro na altura dos
olhos e nas laterais descendo
até as narinas. Aplique um produto mais claro na parte superior do nariz.
NARIZ COMPRIDO
Aplique o produto de correção
escuro na ponta do nariz, abaixo e entre as narinas.
Malhando na moda
Uma notinha especial para as
meninas que não perdem por nada
um dia de malhação. Depois de se
consolidar como look esportivo
nas quadras de tênis, o short saia
virou tendência de moda fitness
nas academias, aliando conforto
a um estilo original.
Além de garantir a elasticidade
necessária para a malhação ou
até mesmo caminhadas, as peças
dão um toque feminino e mais
charmoso ao traje da academia.
A coleção Move da Menehhune Moda Praia e Fitness, por
exemplo, investiu em tecidos leves, que tem caimento perfeito e estampas lindas. Já fiquei doidinha para malhar! ;-)
NARIZ FINO
Esfume um produto de correção
mais claro nas laterais do nariz
e o mais escuro na ponta, suavemente.
NARIZ TORTO
Esfume o produto de correção
mais escuro na parte saliente do
nariz. Do lado oposto esfume o
tom mais claro.
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Pior estiagem em 50 anos castiga o interior da PB

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