Shape - Sapa

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Shape - Sapa
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Uma revista do Grupo Sapa N.º 1 2012
NA HOLANDA É FÁCIL
ESTACIONAR BICICLETAS
FIABILIDADE BRILHANTE
EM CENTRAIS SOLARES
UMA LUZ FORTE PARA
UM SETOR VERDE
O MAIOR MERCADO DE
ALUMÍNIO DO MUNDO:
CHINA
A SAPA ESTÁ NO LOCAL
PÁGINA
6›
TECNOLOGIA ACTUAL
CONTEÚDO N.º 1
Moldar o
futuro na Ásia
F 6
oi inaugurada no dia 15 de fevereiro de 2012 a primeira
unidade de extrusão da Sapa na China, a Sapa Profiles
Jiangyin. A Sapa mantém operações na China desde
1996, com a nossa unidade Heat Transfer em Xangai, mas no
setor dos perfis as atividades têm sido limitadas à nossa unidade de produção de perfis, que serve alguns dos nossos clientes
globais com presença na região.
Temos trabalhado arduamente nestes últimos dois anos para
expandir a nossa atividade na Ásia. Estamos a reforçar a nossa
capacidade para servir os clientes da região com a aquisição
da Alufit India, a fundação da btg no Vietname, a joint venture
com a Chalco, e ultimamente a inauguração da Sapa Profiles
Jiangyin. Aproveitando a experiência e especialização técnica
da Sapa, vamos levar novas soluções a estes mercados que
vão beneficiar clientes locais e globais. Estamos agora a implementar em Jiangyin várias ações de melhoria para incrementar
o aproveitamento da capacidade e competências da fábrica,
incluindo a mudança de uma prensa de 6800 toneladas da
América do Norte.
Depois desta mudança, a capacidade da fábrica será aumentada e a Sapa Profiles Jiangyin será a segunda maior fábrica do
Grupo Sapa. Ao mesmo tempo, estamos a envidar grandes
esforços para construir uma organização forte, capaz de servir
clientes de toda a região.
Em 1996, a Sapa foi um dos pioneiros na China. Uma pessoa que ajudou a construir a plataforma de sucesso que estamos a viver atualmente na China foi Torbjörn Sternsjö, agora
ceo da scap, uma joint venture da Sapa com o maior produtor
de alumínio da China, a Chalco. Em conjunto, as duas empresas vão construir uma fábrica moderna nos arredores de
Chongquin para fabricar peças estruturais para a indústria de
transportes ferroviários da China que está a atravessar um forte
crescimento. Neste número do Shape Magazine, pode ler mais
sobre Torbjörn e como a Sapa se transformou num parceiro
reconhecido de uma das maiores empresas da China.
A viagem para Moldar o Futuro na Ásia está agora
a começar.
Com uma população de 1,3 biliões,
a China é o maior mercado de alumínio do mundo. A Sapa estabeleceu
a primeira empresa em Xangai em
1996 e o passo seguinte foi dado
em 2011.
Conheça Torbjörn Sternsjö, ceo da
Sapa Chalco. Em 2010, foi nomeado
Cidadão Honorário de Xangai.
O desafio era criar um sistema para
estacionamento de bicicletas fácil
de usar e visível. A solução foi um
sistema de alumínio de dois andares,
agora a ser utilizado na Holanda.
Em Luanda, a capital de Angola, os
guindastes de construção trabalham a grande velocidade. Um dos
projetos mais recentes é o edifício
SkyBusiness. A Sapa forneceu a
fachada de alumínio.
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Uma revista do Grupo Sapa N.º 1 2012
NA HOLANDA É FÁCIL
ESTACIONAR BICICLETAS
FIABILIDADE BRILHANTE
EM CENTRAIS SOLARES
UMA LUZ FORTE PARA
UM SETOR VERDE
O MAIOR MERCADO DE
ALUMÍNIO DO MUNDO:
CHINA
A SAPA ESTÁ NO LOCAL
PÁGINA
Svein Tore Holsether,
Presidente e CEO da Sapa
2 SHAPE • # 1 2012
6›
A Sapa é um grupo industrial que
desenvolve, fabrica e comercializa
perfis de alumínio processados,
componentes e sistemas à
base de perfis, e permutadores
de calor em alumínio. A
Sapa tem vendas anuais de
aproximadamente SEK 33 biliões
e cerca de 14 800 colaboradores
em empresas espalhadas pela
Europa, América do Norte,
América Central e China. A
Shape é a revista dos clientes
do Grupo Sapa, publicada duas
vezes por ano em 16 idiomas. A
Shape também está disponível
em www.sapagroup.com
13
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A Solardome Industries já trabalha
com a Sapa Profiles há 20 anos. As
suas cúpulas são uma alternativa
atraente a estufas.
Shape
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22
Chefe da Redacção:
Eva Ekselius
Editor: Evelina Stucki
Design Gráfico
Karin Löwencrantz
Produção:
OTW Communication
Impressão: Strokirk-­Landströms
Alteração de endereço:
em caso de alteração de morada,
queira por favor informar a
Direcção de Marketing & Vendas
para o tel. +351219252600
ou para o email:
[email protected].
Moldámos o futuro
UMA SOLUÇÃO COOL
PARA BACIAS ÉRMICAS
A Sapa Profiles Shanghai
desenvolveu uma nova solução de
arrefecimento usando tubos térmicos em alumínio que aumentam
ainda mais a eficiência térmica.
C
omo uma das empresas líderes
em design e fabrico de bacias
térmicas de alumínio extrudido, a Sapa tem conhecimentos
e soluções de produtos para
aumentar a eficiência térmica
em computadores, eletricidade,
automóveis, telecomunicações, medicina, led e
para o setor da eletrónica.
As bacias térmicas de alumínio extrudido,
que podem ser produzidas individualmente
para uma variedade de aplicações, estão agora
disponíveis com uma solução de tubos térmicos
que melhoram ainda mais o seu desempenho.
A solução de tubos e bacias térmicas combina a extrusão de alumínio com tecnologias
de tubos térmicos de cobre. Os tubos térmicos
são ligados à bacia térmica por soldadura,
adesivo epóxi ou encaixe prensado. O fluxo
de líquidos – tipicamente água – num tubo
térmico é orientado pela gravidade, não sendo
por isso necessário usar bombas externas. Como
um dispositivo de arrefecimento de duas fases
(água e vapor), os tubos térmicos oferecem uma
condutividade superior. “A tecnologia de tubos
térmicos é mais económica e tem vindo a ganhar popularidade em designs de gestão térmica
para produtos eletrónicos comerciais”, afirma
Jianping Liu, engenheiro especializado da Sapa
Profiles Shanghai, acrescentando que a equipa
de desenvolvimento de produtos da Sapa tem
vindo a crescer e a ganhar experiência no design
de tubos térmicos, simulação térmica e testes
térmicos. “A Sapa também desenvolveu internamente habilitações para produção de protótipos
e fabrico, integrando a cadeia logística local dos
tubos térmicos e investimentos em soldadura,
montagem e inspeção de equipamentos”, diz ele.
Uma destas empresas é a Rongxin Power
Electronic Co. (rxpe), baseada na China, que
escolheu a solução de tubos térmicos da Sapa
para as suas soluções comerciais. A rxpe é uma
empresa cotada na bolsa que produz principalmente equipamento eletrónico de tensão
média.
Hao Wang, engenheiro mecânico sénior na
rxpe, conta que a nova solução pode ser facilmente aplicada nos seus dispositivos elétricos.
“A solução de tubos térmicos melhora a dissipação de calor da bacia térmica sem atualizações
na sua construção ou dispositivos adicionais”,
acrescenta.
TEXTO Cari Simmons
A Sapa Profiles Shanghai deu início à
produção de tubos e bacias térmicas
em 2011 e várias grandes empresas
de telecomunicações e eletrónica já
mostraram interesse.
Tubos térmicos
A nova solução da Sapa, liga os tubos à bacia
térmica para um desempenho térmico melhorado. Os tubos vedados supercondutores,
rapidamente transferem calor de um ponto
para o outro. Os tubos térmicos de cobre, em
combinação com as bacias térmicas de alumínio
extrudido são a solução ideal para indústrias que
procuram uma melhoria na eficiência térmica.
# 1 2012 SHAPE • 3
TECNOLOGIA ACTUAL
NOTÍCIAS BREVES
FIABILIDADE BRILHANTE
A Vantagem Cressona
A estação de serviço totalmente automatizada de ctl
(cortado ao comprimento) teve
início este ano na fábrica da Sapa
em Cressona na Pensilvânia, eua.
Esta nova unidade foi estabelecida para o fabrico de blocos de
abs para a Bosch, o fornecedor
líder de sistemas de travagem
para a indústria automóvel. A
estação de serviço tem capacidade para produzir 3,2 milhões
de unidades, um bloco extrudido
cortado com precisão da liga de
alumínio 9003 Kobi, que é mais
tarde maquinado pelo cliente.
“Esta é uma operação de grandes volumes. A possibilidade de
utilizar um processo automatizado
é uma vantagem competitiva.
Temos uma solução de fabrico
de baixo custo para um produto
muito complexo e exigente”, afirma Kevin Stuban, diretor de fabrico da Sapa Extrusions nos eua.
“É a primeira vez que utilizamos
este tipo de fabrico e estamos
prontos para novos desafios”,
diz ele.
Os blocos abs fabricados para
a Bosch são montados no sistema de travagem de automóveis
e camiões ligeiros em toda a
América do Norte, um mercado
de 12 milhões de unidades/ano
de blocos abs.
115
anos, é a idade dos produtos mais antigos em alumínio que estão ainda intactos. Por exemplo, a fonte Shaftesbury
em Piccadillly Circusou ou a cúpula da
igreja de San Gioacchino em Roma.
As centrais solares da Juwi em todo o mundo têm painéis montados com fixações de alumínio construídas pela Sapa Profiles.
Resumo sobre a Juwi
UMA VITRINE PARA
ARTE E DESIGN
Quando o conhecido arquiteto
italiano Renzo Piano foi contratado
para desenhar o Vandalorum, um centro
internacional de arte e design no sul da
Suécia, ele viajou num helicóptero para
ter uma visão aérea da região.
“A paisagem está salpicada de celeiros
vermelhos, que foram a inspiração para
as fachadas de madeira do Vandalorum”,
explica Göran Almqvist, diretor de vendas
da Flex Fasadia ab, que forneceu os sistemas de construção para o centro. “A luz
era obviamente outro elemento importante. Tinha de ter muita luz, mas o tipo de
luz correto para não danificar as obras de
arte. Não podíamos arriscar falhar nesta
parte do projeto, por isso contactámos
a Sapa Building System ab. Já tínhamos
tido boa experiência com os seus produtos e eles conhecem bem os sistemas de
construção.”
“Queríamos também suportes para
portas e janelas sem manutenção. O alumínio quase não necessita de manutenção e o seu aspeto modernista estava em
linha com a estética do design.”
O Vandalorum foi inaugurado em Abril
de 2011.
Trabalho no solo mais seguro
com proteções de alumínio
A Australian Lite Industries introduziu-se no setor de construção do Reino Unido
com os seus sistemas modulares leves para proteção de trabalhadores no solo. Por
exemplo, o popular TrenchShield construído em perfis de alumínio estruturais oferece ao
sistema a resistência do aço, a uma fração do seu peso. Por serem mais leves, as proteções de alumínio são fáceis de transportar e montar, não sendo afetadas por corrosão ou
solos contaminados.
Para a Lite Industries era crucial encontrar um fornecedor de perfis de alumínio fiável
para a sua introdução no Reino Unido: “Transportar produtos de um lado do mundo para
o outro seria moroso e muito dispendioso, por isso, era essencial contactar um fabricante
no Reino Unido. Encontrámos na Sapa as sinergias que procurávamos”, diz Mike Davies,
diretor geral da operação da Lite Industries no Reino Unido.
“Para além das suas capacidades de extrusão de alumínio e unidades de fabrico, o
apoio técnico tem sido muito valioso para nos ajudar a ‘afinar’ os nossos produtos para o
mercado residencial.”
4 SHAPE • # 1 2012
Fundada em 1996 como uma empresa de energia eólica, a Juwi tem a sua sede em Wörrstadt na
Alemanha e 15 escritórios na Europa, Ásia, África
e nas Américas. Tem mais de 1700 colaboradores e vendas de aproximadamente um bilião de
euros (2011). A Juwi está presente nos setores
de energias renováveis solar, eólica e biológica,
assim como potência hidroelétrica e geotérmica.
A
A Juwi é uma empresa gigante
alemã de energias renováveis, líder
mundial de energia eólica, biológica
e solar. O seu recorde em energia
solar, a maior e mais difícil fonte de
energia verde, é impressionante: está
próximo de gerar um gw de potência em grandes
campos e centrais em telhados em todo o mundo.
A Juwi tem uma vasta experiência no planeamento
de projetos fotovoltaicos de diferentes dimensões
e oferece uma variada gama de competências de
engenharia, compras e construção.
“A Juwi Solar abrange a cadeia completa, desde
o financiamento à gestão, e uma das suas grandes
forças é a fiabilidade. Estamos a aproximar-nos
do projeto solar n.º 2000, todos terminados e a
funcionar conforme previsto”, afirma Michael
Löhr, diretor de comunicação da Juwi.
A Sapa fornece perfis de alumínio à Juwi desde
2010. Eles constroem as fixações dos painéis
solares e as duas empresas trabalharam juntas
no desenvolvimento do design da Juwi desde
o seu início. Esta colaboração inclui desafios
no fabrico, assim como grandes volumes e, de
acordo com o gestor de conta Jens Leppin da
Sapa, representa um bom exemplo de como fazer
as coisas bem desde o princípio. “O mercado está
obcecado por reduções de preços, bónus e outros
benefícios. No entanto, o maior benefício vem de
participar desde o início, construindo confiança
e conhecimentos. A Juwi confiou em nós como
especialistas de extrusão e nós temos assistido
ativamente na obtenção de perfis mais eficientes
que poupem dinheiro”, recorda Leppin.
“Em 2010, adquirimos 1800 toneladas de
perfis de alumínio à Sapa e aproximadamente
A lista de requisitos da Juwi
5500 em 2011 e o volume vai continuar a crescer.
Esperamos mais do mesmo: os seus conhecimentos em desenvolvimento de produtos e o
seu apoio para penetrar novos mercados como a
Índia ou a África do Sul”, diz Michael Löhr.
têm três metros de comprimento e incluem até 10 quilos de componentes de
alumínio.
O seu preço é mais alto comparado com fixações de aço, mas são mais leves, mais resistentes à
corrosão e mais fáceis de montar no local.
“Os perfis de alumínio não necessitam de maquinação adicional e incluem geometrias funcionais
como engates e ranhuras para parafusos; tudo
isto poupa tempo e dinheiro”, diz Hans-Jörg
Oestreich, engenheiro de desenvolvimento da
Sapa. “Podemos criar perfis complicados com
diferentes espessuras de parede e ao contrário do
aço, colocar o material apenas quando necessário
por questões estruturais.”
Não menos importante para uma empresa com
um perfil ecológico como a Juwi, o alumínio é
uma escolha de material mais amiga do ambiente. No final do ciclo de vida pode ser reciclado e
utilizado vezes sem conta, sem qualquer perda de
qualidade.
“Grandes volumes e designs sofisticados de
perfis exigem um fornecedor com ‘músculo’ na
produção. As tolerâncias são muito limitadas.
Quando a Juwi faz montagens de centenas de painéis solares por encaixe, seja em telhados de uma
grande cidade ou nas planícies africanas, tudo tem
de funcionar com perfeição. Um investimento um
pouco maior em fixações de qualidade acaba por
poupar muito dinheiro no local”, diz Oestreich.
• Apoio no desenvolvimento de produtos
• Inovação para uma maior eficiência
• Tolerâncias muito limitadas
• Grandes volumes, entregas rápidas
• Presença global
AS FIXAÇÕES DA JUWI
As fixações da Juwi
têm três metros
de comprimento e
incluem até 10 quilos
de componentes de
alumínio.
Enquanto a Europa está a crescer mais lentamente, o mercado de energia solar global está a crescer.
Michael Löhr da Juwi afirma: “Nós prevemos um
futuro prometedor para o setor. As tecnologias vão
melhorar e as vendas vão aumentar em termos globais. Para além disso, estou certo que o alumínio
vai ter um papel importante no futuro do setor de
energia solar.”
Isto proporcionou à Sapa uma nova oportunidade de assistir a Juwi num cenário global. Em
projetos onde o fabrico local é uma prioridade –
para promover a indústria local ou evitar questões
alfandegárias ou de transporte – é muito provável
que a Sapa já lá esteja. “A nossa presença global
oferece-nos a oportunidade de fornecer qualidade
e fiabilidade em todo o mundo”, diz Jens Leppin.
TEXTO Erico Oller Westerberg
# 1 2012 SHAPE • 5
INVESTIR
NA CHINA
A procura está a crescer
Com uma população de 1,3 biliões, a China é o maior mercado
de alumínio do mundo.
TEXTO Cari Simmons
A PROCURA DE ALUMÍNIO está a crescer conforme
as infraestruturas e edifícios aparecem a uma
velocidade recorde. A indústria de transportes
ferroviários chinesa tem vivido um desenvolvimento muito forte, em termos de volume e
tecnologia; a Sapa obteve vendas de cerca de 2
biliões de coroas suecas na China em 2010.
Apesar da continuação do forte crescimento nos
setores da construção e transportes, o ceo da
Sapa Chalco, Torbjörn Sternsjö, afirma que há
sinais de que a fúria de construir está a acalmar,
6 SHAPE • # 1 2012
conforme a China vai sentindo o impacto da
crise económica global.
“O governo está um pouco menos agressivo nos
investimentos em infraestruturas, mas há ainda
um grande potencial”, afirma ele. “Estava tudo
a andar demasiado depressa e penso ser mais
saudável para a indústria parar um pouco para
recuperar, e efetuar revisões de qualidade ou
outras.”
Ele antecipa um crescimento de vendas de
perfis de alumínio para a indústria automóvel.
“Comparada com a Europa, a China utiliza
muito pouco alumínio em automóveis, atrelados ou outros veículos, por isso acreditamos
que esta é uma oportunidade para um grande
crescimento no futuro”, diz ele.
A Sapa estabeleceu a sua primeira empresa em
Xangai em 1996, com a Sapa Heat
Transfer Shanghai Ltd., em 1999
teve início a operação de uma nova
fábrica de alumínio para transportes
ferroviários. A Sapa Profiles entrou no
mercado em 2004. Em Dezembro de
2011, a Sapa adquiriu unidade de prensagem em Jiangying, a 150 quilómetros de
Xangai.
Em Abril de 2011, a Sapa assinou um contrato de joint venture com a empresa estatal chinesa de alumínio, a Chalco.
Esta joint venture expandiu as operações da
Sapa para além do centro movimentado e cosmopolita de Xangai, para Chongqing, outra
grande cidade chinesa situada num município
com 28 milhões de habitantes.
# 1 2012 SHAPE • 7
EM FOCO: CHINA
Colaboração chinesa
Velocidade máxima para a Sapa
Chalco Aluminium Products, a
joint venture da Sapa na China.
TEXTO Cari Simmons
aplauso quando a maior
empresa de alumínio da China se juntou à
maior empresa de extrusão de alumínio do
mundo. O contrato de joint venture SapaChalco (a Aluminium Corporation of China
Limited) foi assinado em Abril de 2011, tendo
cada parte uma participação de 50% na empresa.
A Sapa traz capacidades de gestão, tecnologias
de extrusão e conhecimentos de Friction Stir
Welding (fsw) para a empresa e a Chalco contribui com a sua posição de líder no mercado de
alumínio chinês.
“Esta joint venture foi uma decisão excelente
para a Sapa”, diz Torbjörn Sternsjö, ceo da Sapa
Chalco Aluminum Products. “Os clientes do
segmento dos transportes são empresas estatais e
é difícil para empresas estrangeiras conseguirem
entrar. Em conjunto com a Chalco, estamos
perante uma oportunidade muito boa para
desenvolver mais negócios no mercado chinês,
partilhar investimentos e limitar os nossos riscos.”
Os clientes da Sapa Chalco, basicamente
empresas estatais, vão também beneficiar desta
joint venture. “Penso que estes clientes e os
seus fornecedores já se estão aperceber de uma
HOUVE UM GRANDE
atitude e formas de trabalhar diferentes”, afirma
Sternsjö. “Acreditamos muito em escutar os
nossos clientes e satisfazer as suas exigências.
Há muita concorrência entre fornecedores e,
nesta nova organização, estamos a trabalhar
com um maior foco nos clientes. Os clientes
esperam desta joint venture serviços e qualidade
de produto melhores e é isso que nós queremos
fornecer.”
Já estão a ser construídas unidades modernas
de extrusão de alumínio e de fabrico, assim
como centros para pesquisa e desenvolvimento.
O investimento total, que inclui o mais moderno em tecnologias de extrusão, prensas e capacidade de fabrico, será de cerca de 70 milhões
de euros.
A NOVA UNIDADE está a ser construída em
Chongqing, uma cidade no sudoeste da China
com um desenvolvimento muito rápido. Estará
pronta no início de 2013, mas até lá a Sapa vai
utilizar as unidades de fabrico e de soldadura
atuais da Chalco. A máquina de Friction Stir
Welding da Sapa já está a funcionar, podendo
agora a empresa começar a aceitar encomendas,
especialmente para perfis longos e para o mercado ferroviário.
De acordo com o plano de cinco anos 20112015, os investimentos no setor ferroviário vão
totalizar 3,5 triliões de Renminbi (377 biliões
de euros). A expectativa é que a rede de comboios de alta velocidade da China Railways seja
aumentada para 13 000 quilómetros no final
de 2012 e no final de 2020 para 18 000 quilómetros.
Apesar de haver sinais de algum enfraquecimento das ambições chinesas para os caminhosde-ferro domésticos devido a questões políticas
e financeiras, Sternsjö está confiante que a
procura por stock ferroviário vai continuar a
crescer. “Esperamos um crescimento da procura para o setor ferroviário com investimentos
fora da China. Isto significa que a Sapa Chalco
também pode seguir os seus clientes chineses
quando eles expandirem fora do país.”
joint venture, foi um processo complicado que demorou cerca de um ano
de discussões e negociações para ser finalizado.
São as duas grandes empresas, que partilham
algumas semelhanças, mas havia também
diferenças muito grandes. A Chalco é uma
empresa estatal, enquanto a Sapa é uma empresa privada, propriedade da norueguesa Orkla.
“A Chalco não é tão orientada para o mercado
como a Sapa e o negócio é por vezes um pouco
protegido”, conta Sternsjö. Joint ventures entre
duas culturas nem sempre são duradouras, mas
ele tem confiança na Sapa Chalco Aluminium
Products. “O que me faz estar otimista é que há
um bom espírito de equipa.
A Chalco também reconheceu as capacidades
de gestão da Sapa e quer trabalhar de acordo
com isso”, diz ele. “Penso que estamos numa
posição muito boa para fazer com que esta joint
venture seja um sucesso.”
COMO EM QUALQUER
A República Popular da China
A República Popular da China, normalmente
chamada China
Capital: Pequim
População: 1,3 biliões (2005)
Área terrestre: Aproximadamente 9,6
milhões de quilómetros quadrados
Vários gestores da Sapa, Chalco e do governo de Chongqing participaram na cerimónia no dia
11 de novembro.
8 SHAPE • # 1 2012
Uma peça de uma carruagem do metro, feita
de vários tipos de perfis.
A abrir um pacote
com perfis.
# 1 2012 SHAPE • 9
PERFIL
O CEO da Sapa Chalco, Torbjörn Sternsjö, pensou que talvez um dia fosse
trabalhar algum tempo para o estrangeiro, mas o natural de Norrköping
na Suécia nunca pensou que acabasse a viver na China durante tantos
anos.
“Eu disse ‘sim’ em 1999 a uma oferta para trabalhar como diretor geral e
estabelecer a Sapa Heat Transfer em Xangai”, conta. “O meu contrato era
para o máximo de três anos, mas fiquei por aqui!”
Atualmente, Sternsjö é o ceo da Sapa Chalco Aluminium Products
(ver artigo nas pág. 7-8) e está neste momento a mudar-se de Xangai para
Chongqing no sudoeste da China.
Esta mudança leva-o para um novo ambiente – muito diferente da cosmopolita Xangai onde já está familiarizado. “Chongqing é também uma
cidade grande (10 milhões de habitantes, 20 milhões se contarmos os
arredores), mas em muitos aspetos leva um atraso de 10 anos em relação a
Xangai”, diz. “Há uma atitude de ‘ir para oeste’ em relação a Chongqing
e um desejo de desenvolver esta região da China, onde há novas oportunidades de mercado e custos mais baixos.”
“Quando viemos para a China em
1999, éramos mesmo pioneiros.”
Cidadão
honorário
TORBJÖRN STERNSJÖ ficou apegado à China.
Três anos transformaram-se em 13 e ele foi recentemente
premiado pelos seus empreendimentos.
10 SHAPE • # 1 2012
“Todo o país está a sofrer transformações”, acrescenta. “Há um espírito
empresarial muito real aqui, e as coisas estão constantemente a mudar.
É um ambiente muito dinâmico, com atividade constante, ao mesmo
tempo com oportunidades para se conhecer pessoas diferentes e aprender
coisas novas. Também pode ser difícil tentar acompanhar mudanças tão
rápidas.”
significa trabalhar muito, o que diz
Torbjörn Sternsjö é comum entre pessoas que vivem no estrangeiro e que
trabalham para empresas estrangeiras.
A diferença de fuso horário faz com que os estrangeiros trabalhem
durante o dia e ao serão são interrompidos por telefonemas e e-mails, diz
ele. “Conforme o trabalho vai ficando cada vez mais global, há muitas
pessoas que têm de estar disponíveis 24 horas por dia.”
Mas o trabalho árduo deu frutos. A Sapa conseguiu crescer no mercado
e manter uma boa quota de mercado, apesar da dura concorrência.
“Quando viemos para a China em 1999, eramos mesmo pioneiros”,
conta Torbjörn Sternsjö. “Não havia concorrência, mas na altura lutávamos num mercado pequeno demais para os nossos produtos. Nessa altura, a produção de automóveis era cerca de um milhão, hoje em dia o país
produz 16 milhões por ano.”
Ele também se pode orgulhar de uma proeza pessoal: em 2010, foi
nomeado Cidadão Honorário de Xangai. Este prémio do Município de
NO GERAL, TENTAR ACOMPANHAR
Xangai, honra estrangeiros que contribuíram para o desenvolvimento da
cidade.
Torbjörn Sternsjö descreve-se como um empresário enérgico, mas
também descontraído e diz que, hoje em dia, o seu estilo de gestão é uma
mistura de sueco e chinês. “Algumas pessoas na Suécia poderiam considerar-me autoritário, mas os chineses podem pensar que eu sou demasiado
sueco – cuidadoso e preocupado com o consenso!”
TORBJÖRN JÁ APRENDEU a falar algum chinês, mas diz que felizmente para
ele que é “mais engenheiro do que linguista”, o inglês está a tornar-se cada
vez mais popular entre os seus fornecedores e clientes. “Os chineses são
abertos e ambiciosos, com vontade de aprender coisas novas, especialmente o inglês” afirma.
Erros de comunicação não são apenas uma questão de idioma, realça.
“É também uma questão de entender comportamentos. Quando trabalhava como diretor geral, era importante estar rodeado de gestores locais
de qualidade, porque por vezes é difícil entender os códigos comerciais
chineses ou o que é que as pessoas querem dizer.”
Como exemplo, ele conta que os chineses são muitas vezes menos diretos na sua comunicação com estrangeiros por não quererem causar embaraço ou ofender alguém. Para além disso, na China as relações pessoais
são muito importantes para o negócio, enquanto no mundo ocidental as
relações são mais impessoais.
Depois de alguns anos na China, Torbjörn Sternsjö já adotou algumas
maneiras chinesas: “Agora vou a correr para o elevador antes de as pessoas
terem tempo de sair”, conta ele a rir. “Entrar a correr num elevador ou
autocarro sem fazer fila é tipicamente chinês.”
Acrescenta ainda que esta forma vem provavelmente do ambiente competitivo da China, onde ninguém quer ficar para trás. “Mas penso que
vai haver mudanças na China neste aspeto” diz. “Há ainda uma grande
população e vai haver competitividade durante algum tempo, mas penso
que os chineses estão a ficar cada vez mais internacionais – ou talvez
‘urbanizados’ seja uma melhor forma de o descrever.”
TEXTO Cari Simmons­
FOTO Niklas Björling
Torbjörn Sternsjö, CEO da Sapa Chalco
Idade: 53
Casa(s): Xangai e Chongqing na China
Família: “Continuo solteiro”
Recreação: Estar com amigos e colegas, golfe (um desporto muito
popular na Ásia), participar nas atividades da Câmara de Comércio.
Comida preferida: A comida de Chongqing que é bastante picante
Idiomas: Sueco, inglês e algum chinês
DESIGN
NOTÍCIAS BREVES
DEIXE A LUZ DO SOL ENTRAR
bc Place em Vancouver é o local onde foram efetuadas as cerimónias de abertura
brana – com uma experiência que inclui os estádios do Campeonato do Mundo da África
e encerramento dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2010 e é também o estádio da
do Sul, o Aeroporto de Bangkok e o court central de Wimbledon – vai fornecer um teto
equipa de futebol canadiano, bc Lions, MLS Soccer Team e dos Vancouver Whitecaps. O
que muitos na cidade provavelmente não sabem é que o telhado deste estádio é de ar, um
marco até ser esvaziado, e o maior deste tipo em todo o mundo.
interior totalmente retrátil de cerca de 6700 m².
A Sapa já forneceu para este projeto mais de 15 000 metros/55 700 quilogramas de
perfis de alumínio principalmente anodizado, soldado e maquinado. A Hightex constrói
Mas o novo telhado que está a ser construído está fantástico e quando for inaugurado
painéis fixos de fachada à volta do teto interior, esticando uma membrana etfe transparen-
daqui a alguns meses, vai trazer um novo recorde para o Canadá: o maior telhado retrátil
te com 6000 m² que vai deixar entrar a luz do sol, mas vai manter a chuva e vento de fora.
apoiado em cabos no mundo. A Hightex, um empreiteiro do setor de estruturas de mem-
C
Place em Vancouver, o estádio
da equipa de futebol canadiana, os
bc Lions.
bc
Novas soluções Menos combustível e mais carga
para estruturas
A estrutura de
cantos de alumínio oferece uma
grande resistência a impactos.
A Sapa foi a empresa selecionada pela Twinfix
(uk) para assistir no desenvolvimento de perfis para os novos painéis de policarbonato Lexan
Thermoclick de 500 mm, para envidraçar na vertical. A beleza – e o desafio – deste sistema é que
os painéis encaixam-se em ranhuras e linguetas.
Estes encaixam numa estrutura de alumínio térmica,
sem perfis verticais que façam sombra, oferecendo
uma transmissão de luz excecional, com grande
resistência contra impactos.
“O projeto Thermoclick Glazing Bar é um
excelente exemplo de colaboração entre nós, o
fabricante do sistema e a Sapa, o fornecedor de
perfis que escolhemos”, diz Martin Fleet, diretor da
Twinfix.
“Temos orgulho da nossa reputação invejável
como fornecedores e instaladores de soluções de
janelas inovadoras, e conquistámos esta reputação
em parte pela nossa relação profissional com a
Sapa e a competência técnica que eles nos trouxeram.”
12 SHAPE • # 1 2012
ESTACIONAMENTO
FÁCIL PARA BICICLETAS
Não são apenas os fabricantes de aviões ou
de motores que tentam perder quilos na mesa
de design. Maior peso líquido e menor peso bruto
é o ideal para o setor de transportes, onde as construções de alumínio têm vindo a ganhar importância.
“Agora todos utilizam o alumínio, mas nos finais dos
anos 70 éramos pioneiros”, conta Johan Pettersson,
responsável pelas compras da Sala Kaross, parte do
grupo industrial Amymone. ”Preferimos construir em
alumínio do que em aço. O nosso nicho são caixas
de distribuição da classe doze toneladas e superior”,
conta.
A Sala Kaross conseguiu construir um bom nome
na praça graças às suas construções individualizadas.
Constroem veículos com diferentes zonas de temperatura, altura de caixa elevável e outras soluções
que facilitam o manuseamento de cargas, como por
exemplo, lados que se podem abrir.
”A maior parte do nosso sortimento é feito de perfis da Sapa. Contactamos a Sapa para o desenvolvimento de novos produtos, para obtermos os perfis
que necessitamos”, diz Johan Pettersson.
omo designer, o desafio era criar
um sistema de estacionamento de
bicicletas com o aspeto de um artigo de consumo. Enquanto outros
sistemas se assemelham a armadilhas mecânicas, o nosso suporte tinha de ser
fácil de usar, com uma forma suave e superfícies de alumínio”, conta Feiko Withagen,
designer sénior do fabricante holandês VelopA.
A julgar pela resposta do mercado, conseguiu
o que queria. A VelopA conseguiu um contrato
para fornecer o seu sistema de estacionamento
de dois andares para as estações de caminho-deferro da rede da Dutch Railways na Holanda.
O Easylift+ foi premiado com o prestigioso Red
Dot Design Award e a empresa está a receber
encomendas de vários países europeus.
Houve várias razões para escolher o alumínio
para esta construção: menos peso, a possibilidade de integrar funções nos perfis com tolerâncias exatas e o acabamento certo para as superfícies. “Na verdade, nem sequer considerámos
utilizar outro material”, lembra Withagen. “A
Sapa na Holanda é o nosso fornecedor principal
de perfis de alumínio e oferecem-nos aconselhamento valioso durante a fase de engenharia.”
TEXTO ERICO OLLER WESTERBERG
Sabia que 40 % de todo
o trânsito na Holanda é
feito por bicicleta? Em
2011, foram vendidas
mais de 1,7 milhões de
bicicletas no país.
Há mais bicicletas que
habitantes e mais de
20 000 quilómetros de
ciclovias.
#1
2 2012
2011 SHAPE • 13
Ventos de
NA VANGUARDA
NA VANGUARDA
MUDANÇA
LUZ FORTE PARA
UM SETOR VERDE
A Fionia Lighting está a conseguir uma mudança tecnológica no setor da horticultura. Com iluminação
led esta empresa dinamarquesa oferece a estufas
comerciais uma grande poupança no consumo de
energia, assim como a oportunidade de reduzir bastante o seu impacto ambiental.
A iluminação led já não é uma novidade, mas a sua vasta gama de aplicações é ainda recente. Os aparelhos de iluminação da Fionia Lighting
– uma empresa de pesquisa relacionada com a Universidade do Sul da
Dinamarca – são um exemplo brilhante. Depois de cinco anos de pesquisa e desenvolvimento de produto, a Fionia vai agora lançar iluminação
led que vai poupar até 40% de energia comparado com sistemas de iluminação convencionais.
“A nossa maior força em vendas são as poupanças de custos. Um produtor que tenha um custo de eletricidade de dois ou três milhões de euros
por ano estará muito interessado num sistema que requer menos 40% de
energia e tem lâmpadas com uma durabilidade cinco ou seis vezes mais
longa”, diz Thomas Rubaek, gestor de projeto na Fionia. “A realidade
é que a iluminação led também é melhor para as plantas devido à sua
gama de iluminação útil para a fotossíntese, e melhor para o planeta por
reduzir as emissões de co2 assim como o consumo de químicos.”
A iluminação led para horticultura está atualmente a concorrer com
tecnologias do passado. Para além de alguma fluorescência e filamentos,
a maioria das estufas utiliza lâmpadas de sódio de alta pressão. Há muito
tempo que é esta a sua escolha, apesar de mais de 70% da energia consumida ser usada para luzes infravermelhas inúteis ou na geração de calor.
“A Fionia é pioneira em iluminação led para hortos. Fomos os primeiros na i&d, e só não fomos os primeiros no mercado porque queríamos
atingir um mercado com tecnologias maduras, com um produto bem
testado. E é onde estamos agora”, diz Rubaek. Um aparelho de iluminação médio da Fionia é uma peça complexa de fabricar que inclui até 300
leds. O sistema de iluminação de uma estufa industrial pode incluir 500
aparelhos com cerca de 150 000 leds. É um grande investimento para um
produtor, com grandes expectativas.
A beleza desta nova tecnologia é que o retorno no investimento é bastante
rápido.
14 SHAPE • # 1 2012
O arrefecimento é crucial em todas as aplicações led, tendo sido este
um dos desafios que a Fionia Lighting tinha de resolver antes de se lançar
no mercado. O envolvimento da Sapa Profiler a/s da Dinamarca logo no
princípio resultou nas soluções necessárias.
A Fionia tinha estado a trabalhar num design com arrefecimento a
água, que provou ser demasiado pesado, complicado e dispendioso. Em
pouco tempo estavam a considerar a solução com arrefecimento a ar apresentada pela Sapa.
“A Sapa tem técnicos de arrefecimento com muita experiência. O pessoal está preparado e toma a iniciativa, o seu raciocínio não é convencional e consegue satisfazer os requisitos”, afirma Thomas Rubaek, gestor de
projeto da Fionia.
Jonas Bjuhr, do Desenvolvimento de Aplicações Globais da Sapa, também está satisfeito com esta colaboração. “Para nós também representa
um passo em frente. Com este novo método de fabrico, em que as alhetas
de arrefecimento são encaixadas, a Sapa pode agora oferecer bacias térmicas com taxas de alhetas extremas. Não seria possível produzir estas formas
numa peça única de extrusão.”
Bacias térmicas com alta densidade de alhetas estão a ser usadas num
cada vez maior número de aplicações e a Sapa já demonstrou ter os conhecimentos e capacidade para fornecer soluções de arrefecimento adaptadas
às necessidades do cliente.
TEXTO ERICO OLLER WESTERBERG
Sobre a Fionia Lighting
A Fionia Lighting a/s é uma empresa que derivou da Universidade do Sul da
Dinamarca (sdu), que contribui para o desenvolvimento de iluminação de energia sustentável eficiente para estufas. Fundada em 2007 foi premiada em 2009
com o Spies Foundation Climate Award por projetos inovadores para o clima.
Através da rede de vendas e distribuição da empresa de climatização
Senmatic, um dos seus proprietários, a Fionia pretende conquistar uma maior
quota do mercado global de aproximadamente dois milhões de aparelhos de
iluminação/ano para horticultura.
A energia eólica, como uma tecnologia emergente oferece várias oportunidades para inovação de produtos.
As turbinas de vento são normalmente feitas de aço
e plástico reforçado com vidro (grp). À medida que
a concorrência neste setor de produtos aumenta, os
fabricantes de turbinas eólicas vão procurando novas
formas de reduzir os custos do produto. O peso relativamente baixo do alumínio, a sua grande maleabilidade
e as poucas exigências de manutenção estão a atrair
cada vez mais a atenção de fabricantes de turbinas.
A Sapa está sempre pronta para os apoiar na sua transição para soluções com perfis de alumínio.
TURBINAS SEM ENGRENAGEM
Pôr os conhecimentos a trabalhar
As turbinas sem engrenagem utilizam um sistema de arrefecimento diferente das turbinas
com engrenagem. Assim, quando a Leitwind,
uma empresa especializada em turbinas eólicas
sem engrenagem, procurou um parceiro para
desenvolver um permutador de calor especializado para a sua turbina de transmissão direta,
contactaram a Sapa.
Aplicando anos de conhecimentos de arrefecimento e aquecimento, a Sapa combinou a
excelente condutividade térmica do alumínio
com os seus conhecimentos de fabrico para
criar um permutador de calor totalmente
individualizado para o gerador de transmissão
direta da Leitwind.
Como fornecedor geral, a Sapa assumiu a
responsabilidade total para todo o processo,
desde a extrusão, fabrico adicional, soldadura
ou brasagem e testes de fugas à logística. A
Sapa e os seus parceiros internos e externos
escrutinaram cada passo do processo para
poderem otimizar mais-valias e assim assegurar
o desenvolvimento e entrega de um produto
fiável, totalmente testado, bem acabado, que
preenchia completamente os requisitos especiais da Leitwind.
PERFIS DE
ALUMÍNIO PARA:
1. barras condutoras, em vez de cobre
2. coberturas para nacelas
3. solos de nacelas
4. peças estruturais
5. arrefecimento
6. plataformas das torres
Bladt Industries
Com bom aspeto!
A BLADT INDUSTRIES, uma empresa internacional de aço que oferece soluções em aço para
energia eólica e outros setores industriais,
necessitava de uma proteção climática para
um mega transformador para o campo eólico
offshore Rødsand 2 na Dinamarca, que é visível
da costa. Esta proteção tinha de ser não apenas
leve, durável e resistente à corrosão, mas tam-
bém tinha de ter bom aspeto. Trabalhando a
alta velocidade, a Sapa desenhou e forneceu os
perfis, maquinação e tratamento de superfície
para uma solução estética altamente sofisticada.
TEXTO Michele Jiménez
# 1 2012 SHAPE • 15
NOTÍCIAS BREVES
TECNOLOGIA ACTUAL
Iluminação de ruas
com zero emissões
A janela de alumínio Maximal
Compact é campeã de vendas.
ENERGIA PARA
Oregon
Alimenta energia solar limpa à rede elétrica e gasta
um terço da energia necessária para a iluminação
das autoestradas no local – o primeiro projeto
de energia solar em autoestradas está bem
encaminhado em Oregon.
O
slogan de Oregon é “ela voa
com as suas próprias asas”, um
estado americano dividido por
montanhas e limitado pelo
oceano pacífico. Agora, os habitantes de Oregon tomaram as
rédeas da energia solar, sendo os
primeiros do país a investir num
projeto de energia solar para autoestradas.
Um campo com 6994 painéis solares, situado
a 30 milhas (48 quilómetros) a sul da cidade de
Portland, concebido para produzir anualmente
1,97 milhões de kilowatts-hora de energia limpa
e renovável. O Baldock Solar Highway Program,
que faz parte do programa de energia solar para
autoestradas de Oregon fica finalizado no início
de 2012. Uma parte da energia produzida será
usada para a operação e manutenção do sistema
estatal de autoestradas, incluindo fornecer energia para as Áreas de Segurança de Repouso de
Baldock. O campo solar também vai fornecer
energia para 165 residências adjacentes.
16 SHAPE • # 1 2012
A Sapa forneceu todos os componentes de
alumínio, assim como o fabrico e montagem
para o sistema de montagem para as fixações do
sistema de montagem do programa fotovoltaico
(pv) Baldock Solar, fornecido pela HatiCon Solar.
A Sapa produziu também os perfis de alumínio
fabricados que emolduram cada módulo fotovoltaico, produzidos localmente pela SolarWorld.
“Com os perfis de alumínio da Sapa, a HatiCon
Solar conseguiu formas com design otimizado
para maximizar a resistência, reduzindo ao mesmo
tempo o consumo de material”, diz Eduardo
Lainez, Coordenador de Vendas e Marketing da
HatiCon Solar. A HatiCon Solar prefere utilizar o
alumínio pelas suas propriedades anticorrosivas e
pela sua versatilidade.
e recursos de gestão de
projeto asseguraram que todos os componentes
foram fabricados com as especificações corretas e
entregues no local em conformidade com a agenda do projeto, diz Hedman, diretor do Centro
PRODUÇÃO EXCLUSIVA
A Sapa forneceu
todos os componentes de alumínio, assim como
a maquinação e
montagem para o
sistema de fixação,
fornecido pela
HatiCon Solar.
Técnico da Sapa North America. “A divisão de
Componentes Fabricados da Sapa Extrusion em
Portland também forneceu muitos componentes
e kits sub-montados no local da obra, reduzindo
significativamente o tempo necessário para a sua
instalação.”
na indústria solar,
fornecendo produtos de alumínio extrudido para
sistemas de montagem, estruturas dos módulos,
inversores e outros componentes periféricos para
instalações solares na América do Norte, Europa
e Ásia. “A grande experiência e conhecimentos da
Sapa, assim como uma produção, maquinação,
gestão de projeto e recursos técnicos inigualáveis,
fazem com que seja um parceiro preferencial
para a indústria de energia solar”, afirma Peter
Hedman.
Energia solar para autoestradas, semelhante
à do programa Baldock, já está em operação na
Alemanha e muitos outros países europeus há
mais de 20 anos, mas o projeto de Oregon é o
primeiro nos eua.
“Projetos como a Energia Solar de
Autoestradas de Oregon mostram como terrenos
públicos são pouco aproveitados para produzir
e manter a nossa infraestrutura nacional”, diz
Lainez. “Outros estados, incluindo a Califórnia,
já estão a estudar onde podem instalar campos
solares.”
O futuro está cada vez mais brilhante para a
energia solar.
A SAPA TEM UM PAPEL IMPORTANTE
TEXTO Cari Simmons
Sucesso
máximo
Maximal Compact é o nome da janela que
é o produto mais vendido do fabricante de
janelas Maximal Aluminium. O sucesso deve-se
à sua construção totalmente em alumínio (com
exceção de uma ponte de arrefecimento feita de
um composto) que realizou o sonho de muitos que
renovam: uma forma rápida e fácil de substituir
uma janela antiga por uma nova e moderna, sem
ser necessário substituir a moldura ou deitar fora
os vidros.
Isto é uma grande vantagem para proprietários e
empresas imobiliárias com muitas propriedades.
”Substituir uma janela pela nossa Maximal
Compact demora apenas 70 % do tempo comparado com uma substituição convencional de
janelas. Não há danos na fachada e não é preciso
mudar a superfície da janela”, diz Christer Bäck,
responsável pelas vendas e um dos fundadores da
empresa.
A escolha de material foi determinante para o
desenvolvimento do produto, a construção exigia
resistência e um design compacto. A Sapa é quem
fabrica e fornece os perfis de alumínio desenhados
por nós para o produto.
A empresa dinamarquesa Scotia desenha e fornece sistemas solares
para iluminação de ruas que geram energia renovável e
ajudam as cidades a atingirem o objetivo ambiental de zero
emissões de iluminação.
Os produtos da Scotia incluem o SunMast, a primeira iluminação de rua ligada à rede, com energia
solar, feita para gerar mais energia do que consome. Recolhe energia e alimenta-a de volta à rede,
permitindo que os clientes possam ganhar dinheiro
e reduzir emissões de carbono, continuando a iluminar
ruas e autoestradas. O SunMast foi primeiro instalado no
local da Conferência do Clima de Copenhaga em 2009 para demonstrar a
viabilidade de zero emissões em iluminação urbana. A Scotia tem subsidiárias no Reino Unido e Itália, estando também representada em Espanha e
na Alemanha.
A Sapa da Dinamarca teve um papel importante no desenvolvimento do
SunMast. “Nós sabemos que toda a organização Sapa contribuiu largamente em todos os setores, como logística, construção e, é claro, com a sua
especialização de fabrico. O bom trabalho de equipa com a sapa assegurou
que tenhamos atualmente a única iluminação urbana certificada pela ce
do mercado”, diz Heine Olsen, diretor de desenvolvimento de negócio da
Scotia.
Foco em estradas e
pistas de aterragem
Flexível e fácil de trabalhar mas tão forte como
o aço, com apenas um terço do peso. O fabricante norueguês Lattix desenvolve e produz, desde
os anos 80, mastros em alumínio com estrutura
interior móvel, leves, que são vistos ao longo de
autoestradas em oito países e perto de cerca de
200 aeroportos em todo o mundo.
“O nosso sistema é como o Lego, que oferece a
flexibilidade para que os nossos mastros com viga
sejam usados numa grande variedade de aplica-
ções, desde sinalização rodoviária até iluminação
de estradas e pistas de aterragem”, conta Kim
Heglund, diretor geral da Lattix. “Estes mastros são
seguros em colisões, totalmente recicláveis e fáceis
de transportar por serem leves e montados no
local.” A Lattix e a Sapa têm já uma longa história de
colaboração estreita e a dura costa norueguesa foi
o primeiro lugar onde as ligas de alumínio dos perfis
demonstraram ao mundo que resistiam ao desafio
do clima e tempo inclemente.
“O nosso
sistema
é como o
Lego, grande
flexibilidade e
uma grande
variedade de
aplicações”
# 1 2012 SHAPE • 17
EM FOCO: SUSTENTABILIDADE
EM FOCO: SUSTENTABILIDADE
Três exigências para sustentabilidade
• Aumentar a sensibilização internamente na
organização
• Motivar e colaborar com fornecedores e clientes
• Desenvolver inovação sustentável para assegurar competitividade
SUSTENTABILIDADE:
JÁ NÃO É UMA
OPÇÃO
Talvez já tenha sido uma
tendência, mas as políticas de
responsabilidade social
e ambiental estão aqui para
ficar. Agora, a Sapa está a
interligar as suas práticas
de sustentabilidade com os
fornecedores e clientes.
das empresas multinacionais
reportam as suas atividades no campo da responsabilidade social e ambiental. Num mundo
globalizado, seguir princípios de sustentabilidade é crucial para a credibilidade e resistência de
uma empresa.
Ye Yan, uma engenheira de desenvolvimento
da Sapa Heat Transfer especializada em sustentabilidade, vê este crescente interesse na
sustentabilidade ambiental e social como um
desenvolvimento lógico. “É óbvio que proporcionar um bom ambiente de trabalho e ter boas
relações com a comunidade local é bom para as
operações de uma empresa”, diz ela. “É lógico
que sejam encorajados processos de poupança de energia, assim como investimentos em
energias renováveis e produtos para poupança
de energia, tendo em consideração que temos
recursos limitados e preços a aumentar.”
A Sapa Heat Transfer está atualmente a trabalhar ativamente para a integração de sustentabilidade em todo o processo, promovendo a
MAIS DE METADE
18 SHAPE • # 1 2012
colaboração entre fornecedores e clientes. Um
workshop organizado recentemente pela Sapa
na Suécia deu à empresa a oportunidade de
partilhar e discutir estas questões com clientes
e investigadores. Para replicar o processo de
sustentabilidade, juntou-se a este workshop da
Sapa Heat Transfer, a TitanX um fornecedor
global de permutadores de calor para veículos comerciais e mercados off-road e a Volvo
Construction Equipment, um dos maiores
construtores de máquinas para construção do
mundo. O Blekinge Institute of Technology
(bit), onde a Sapa é patrocinadora de projetos
de investigação relacionados com sustentabilidade também participou neste evento. O bit
apresentou investigação relacionada com o seu
Programa de Doutoramento em Inovação de
Produtos Sustentáveis.
Ye Yan, Engenheira de Desenvolvimento, com foco
na Sustentabilidade da Sapa Heat Transfer.
ambiental, o consumo de energia e o desempenho social das empresas e dos seus produtos.
Este envolvimento do público é o que está a
orientar a mudança”, diz Ye Yan comentando o
resultado do workshop sobre sustentabilidade
da Sapa Heat Transfer.
É também evidente que a sustentabilidade
tem de ser construída em todo o processo. “De
uma perspetiva do‘berço à sepultura’, a sustentabilidade de um produto não é apenas determinada pelo seu design ou método de fabrico, mas
também a sustentabilidade dos fornecedores de
matéria-prima e componentes utilizados para
o produzir”, afirma Ye Yan. “Neste sentido, a
Sapa tem uma posição privilegiada tendo em
consideração as altas percentagens de alumínio
reciclado utilizado nos nossos processos de
fabrico”, explica ela.
TEXTO ERICO OLLER WESTERBERG
que os consumidores e o público em geral estão a exigir
sustentabilidade, tendo em atenção o impacto
“NÓS PARTILHÁVAMOS A PERCEÇÃO
Sapa Heat Transfer Sustentável
“Implementámos um desenvolvimento sustentável a dois níveis: organização e produto. Para criar uma
organização sustentável é necessário concentrarmo-nos na harmonia com as comunidades locais, construindo relações estáveis e de confiança com clientes e fornecedores, melhorar a eficiência operacional
e criar um melhor ambiente de trabalho para os colaboradores. A nível de produto, esforçamo-nos por
trabalhar com inovação de produtos sustentáveis, como aumentar a utilização de alumínio reciclado como
matéria-prima, mantendo ao mesmo tempo um desempenho competitivo do produto.”
MAIS VERDE
QUE O VERDE
No que se refere a certificação “verde”, não há
produtos maus, apenas mau design, dizem o químico
alemão Michael Braungart e o arquiteto norteamericano William McDonough, criadores do
programa de certificação cradle-to-cradle líder a
nível mundial.
A
maior parte das abordagens ao desenvolvimento sustentável procura minimizar o impacto humano no ambiente. O
design Cradle-to-cradle (c2c) esforça-se por aumentar os
efeitos positivos da atividade humana e produtos manufaturados utilizando design proactivo, sem resíduos para descartar no final da vida útil do produto, e sem perder qualidade de materiais
que são feitos dos mesmos ou de novos produtos.
Ou, como dizem Braungart e McDonough, ‘desperdício é igual a
alimento’: se um produto tiver um design adequado, poderá ser separado
nos seus elementos básicos no final da sua vida útil, que podem ser os
‘nutrientes’ de produtos novos. Em vez de menos resíduos, o objetivo é
não haver resíduos. No modelo C2C, os materiais de um produto circulam num ciclo infinito sem qualquer efeito líquido no ambiente.
Até à data, mais de 200 empresas em todo o mundo obtiveram a
Certificação 20042c.
VÁRIAS CIDADES E MUNICÍPIOS europeus, incluindo a província holandesa
Limburg, aceitaram a sustentabilidade
C2C como uma estratégia não apenas para
proteger o ambiente, mas também para
reforçar o bem-estar e as perspetivas económicas dos habitantes, criando novas
O logótipo Cradle-to-Cradle.
oportunidades de negócio. Isto relacionase muito bem com a abordagem da Sapa.
SILVER
“O nosso objetivo é servir os clientes, incluindo os que exigem materiais ecológicos e energia verde para os ajudar a atingirem os seus objetivos ambientais. De facto, nós somos o primeiro fornecedor de alumínio
do mundo a oferecer colunas de iluminação certificadas com C2C”, diz
Nicole le Sage, comunicações de marketing da Sapa Pole Products da
Holanda.
O DESIGN C2C É UM PROCESSO contínuo de desenvolvimento e melhoria.
Como parte do processo, a Sapa Pole Products lançou em 2012 um programa de troca que oferece um serviço completo aos clientes: no final
da vida do produto, a Sapa recolhe colunas de iluminação obsoletas e
reprocessa o metal para metais novos, completando assim o ciclo técnico
e dando mais um passo no apoio da sustentabilidade C2C.
TEXTO Michele Jiménez
# 1 2012 SHAPE • 19
Angola
EM FOCO: ANGOLA
Situada na costa oeste de África, Angola foi uma
colónia até à sua independência a 11 de Novembro
de 1975.
Capital: Luanda
População: 11.177.537 (em Julho 1999)
Area: 1.246.700 quilómetros quadrados
CONSTRUIR
Angola
Depois de quase três décadas de guerra civil,
Angola está a renascer das cinzas e a Sapa
Building System participa nesta renovação.
trabalham a velocidade
máxima na capital angolana, Luanda, conforme
as exportações de diamantes, ouro e barris de
petróleo se transformam neste boom de construção. Angola tem a economia com maior
crescimento de África e muitas empresas estrangeiras, enfrentando a crise financeira no mercado
doméstico, estão a reentrar neste mercado lucrativo. Para as empresas portuguesas em particular,
esta ex-colónia tornou-se num sítio atrativo
para fazer negócios. A Sapa Building System em
Portugal tem trabalhado em vários projetos em
Angola. Um dos projetos mais recentes é o edifício Sky Business, atualmente em construção em
Luanda. A Sapa forneceu a fachada de alumínio
para o edifício de escritórios de 25 andares, com
100 metros de altura. Localizado no complexo
Sky Center, vai partilhar a cave de dois andares
com um edifício residencial.
A Sapa foi convidada pela Teixeira Duarte,
o empreiteiro principal do projeto Sky Center,
para fornecer a solução de fachadas. A Sapa
e a Teixeira Duarte já tinham colaborado em
projetos anteriores e o empreiteiro contactou a
Sapa mais uma vez, pelos seus conhecimentos e
assistência.
“O desafio era desenvolver uma solução em
alumínio em vez de aço, que foi planeada origi-
GRUAS DE CONSTRUÇÃO
20 SHAPE • # 1 2012
nalmente como a pele exterior do edifício”, conta
o diretor de Marketing e Vendas da Sapa, Pedro
Maçarico.
trouxe grandes poupanças de custos, o que permitiu um processo
de construção standard com betão, eliminando
a necessidade de estruturas de aço complexas e
dispendiosas para o edifício. Ao mesmo tempo,
a estrutura de alumínio teve de manter a mesma
estética do design original em aço.
“A Sapa foi crucial para ‘salvar’ o nosso
design”, diz Luis Torgal, arquiteto do atelier
Risco, responsável pelo design do edifício.
“Quando o cliente constatou que a estrutura de
aço iria ter um custo muito mais alto, ficámos
mesmo preocupados. Poderíamos ter acabado
com uma fachada de vidro banal, mas a Sapa fez
um excelente trabalho para encontrar soluções e
manter o nosso design original o mais possível.”
O sistema de fachadas Elegance 52, com lâminas sombreadoras, foi adaptado para preencher
as especificações únicas do edifício.
“A Sapa faz um grande esforço para conceber
soluções que ajustassem às nossas ideias”, acrescenta Luís Torgal. “Eles sabem que os arquitetos
até sabem desenhar coisas inteligentes. Nem
todas as empresas de marca estão tão abertas a
TROCAR O AÇO POR ALUMÍNIO
trabalhar com arquitetos que querem mudar –
ou adaptar – os seus produtos.”
Ancorar as lâminas sombreadoras na fachada
foi um desafio para os designers da Sapa. “Com
40 centímetros de profundidade e cinco centímetros de espessura, estas estruturas sofrem de
um efeito de “vela” quando sujeitas a ventos fortes, diz Pedro Maçarico. Foram necessárias peças
de ancoragem fortes e fiáveis para evitar que as
lâminas se soltassem com ventos fortes.
“Outro grande desafio foi pensar como efectuar
a manutenção aos painéis de vidro, em caso de
quebra, sem obrigar à desmontagem das lâminas
sombreadoras”, acrescenta Pedro Maçarico.
O trabalho rápido e eficiente da Sapa fez com
que a construção do Sky Business conseguisse
estar adiantada em relação aos outros edifícios
do mesmo projeto. É extremamente importante finalizar projetos no mais curto período de
tempo possível, especialmente em Angola, onde
o custo de vida é muito alto, até para estrangeiros, diz Pedro Maçarico. “Tudo custa dez vezes
mais em Angola do que na Europa, e quando
é necessário deslocar uma equipa de instalação,
queremos é encurtar o processo para manter os
custos tão baixos quanto possível.”
A Sapa tem trabalhado em vários projetos
em Angola, numa colaboração estreita com
arquitetos e empreiteiros, apresentando soluções
individualizadas que se ajustam às suas necessidades. “É muito duro trabalhar em Angola porque
há muitas coisas que podem falhar”, diz Pedro
Maçarico. “É uma grande mais-valia a Sapa ter
experiência de trabalhos em Angola e conhecimentos sobre logística, manutenção, montagem
TEXTO Cari Simmons
e outros.”
# 1 2011 SHAPE • 21
Luzes grandiosas
NOTÍCIAS BREVES
15
milhões de taças de
velas foram recolhidas
pelas crianças nas escolas suecas durante o
concurso “A grande caça
às velas.” Corresponde
a dez toneladas de alumínio. Mais de 18.000
crianças participaram no
concurso.
Foram necessários cinco tipos
diferentes de
perfis desenhados
especialmente para
a construção dos
enormes candeeiros
para a entrada do
novo centro cultural
Spira.
Um ambiente
de cultura
A Solardome Industries é o líder de mercado de cúpulas geodésicas em vidro e alumínio do Reino Unido e há 20 anos que trabalha
em estreita colaboração com a Sapa Profiles
para fabricar as suas estruturas de alumínio sem
manutenção.
As cúpulas são uma alternativa dramática a
estufas, com uma variedade de utilizações, desde coberturas para jardins residenciais a centros
de formação em plantas tropicais. O mercado
da formação é particularmente importante para
a Solardome Industries e a sua gama de cúpulas
para este setor está em forte crescimento.
Escolas primárias e secundárias beneficiam
bastante destas cúpulas, que oferecem um
ambiente de aprendizagem prático para todas
as disciplinas, desde ciências à geografia.
Todas as cúpulas utilizam a mesma estrutura
de alumínio, sendo necessário apenas um perfil
para as escoras de alumínio, que são cortadas
na obra ao tamanho pretendido. A cúpula não
requer manutenção, dado que a sua estrutura é
toda feita de alumínio e vidro de quatro milímetros, tornando a estrutura resistente ao vento e
tempestades, mas mantendo uma temperatura
uniforme e agradável no seu interior.
Vigilância contínua
POLIR A CIÊNCIA
É difícil não reparar no Inspiria Science Center
em Sarpsborg na Noruega, situado na estrada
principal de acesso a Oslo. O seu exterior de vidro
e alumínio é emblemático do foco na sustentabilidade deste novo centro.
O vidro e o alumínio são materiais de construção
perfeitos para estruturas com eficiência energética.
São ambos totalmente recicláveis, e os perfis de
alumínio 4150 sx (fachada) e 1074 sx (janelas) da
Sapa suportam facilmente as enormes janelas de
três vidraças que deixam entrar luz mas mantêm
uma grande eficiência energética – aproximadamente 0,8 w/m²k. As janelas estão também isoladas contra o ruído da autoestrada. “A Sapa deunos a ajuda necessária para os aspetos técnicos
deste projeto. Mantivemos sempre um bom diálogo
com a empresa” diz Jørgen Slydahl, engenheiro de
projetos da Saint-Gobain Bøckmann, que forneceu
as fachadas do centro.
22 SHAPE • # 1 2012
Geutebrück é um conhecido fabricante de
sistemas de vídeo vigilância de alta qualidade.
A sua fama vem da integração contínua de sistemas
existentes com tecnologias digitais modernas com
um interface entre homem-máquina fantástico, tudo
sob o orgulhoso selo de qualidade “Fabricado na
Alemanha.”
Gestores de logística que pretendem seguir carregamentos em locais de grande dimensão, casinos
que pretendem monitorizar rápida e facilmente para
poderem expor batoteiros sem interromper o fluxo
do jogo ou gestores de empresas de retalho que
pretendem observar o comportamento de aquisições
dos clientes, são alguns dos que pretendem sistemas
de vídeo vigilância fáceis e intuitivos. A nova consola
Pilot é um exemplo desta oferta da Geutebrück.
Há muito que a Sapa fornece os sofisticados
perfis de alumínio anodizado que são usados na
frente dos produtos da Geutebrück, tendo participado no desenvolvimento do novo sistema Pilot.
“Envolvemos pessoal técnico e de vendas da Sapa
desde o início, que nos ofereceram as soluções
necessárias para responder a algumas questões de
forma e condutividade”, lembra Arno Lentz, Líder de
Equipa de Plataformas & Integração de Sistemas da
Geutebrück.
É necessário que um sistema
de vídeo vigilância seja fácil
de operar. A empresa alemã
Geutebrück desenvolveu o
novo sistema Pilot.
O centro cultural Spira em Jönköping,
um grande complexo para música e
teatro, foi inaugurado em novembro de 2011
e já é um marco da cidade. Cinco candeeiros
com três metros de comprimento, o maior
pesa 1,2 toneladas, enfeitam a entrada
seguindo a forma e cores do edifício.
Os candeeiros foram concebidos pela
designer Ingegerd Råman. Fagerhults
Belysning ab foi quem as construiu, uma
encomenda que István Magyarovari descreve
como um desafio interessante.
“Uma parte foi realizar a visão da artista,
de uma construção arejada e simples sem
parafusos, fios elétricos ou juntas visíveis.
Depois foi o lado prático e resolver a questão
de como substituir lâmpadas sem ser necessário descer o candeeiro ou trabalhar em
grandes alturas”, explica.
A solução técnica é baseada em barras
longas de plexiglas e alumínio que são fáceis
de remover para reparação ou substituição
dos perfis led e outros dispositivos. O alumínio tem o equilíbrio certo no que se refere a
peso leve e resistência, e apesar dos planos
de produção curtos, a Sapa conseguiu
entregar cinco tipos de perfis desenhados
especialmente para a estrutura.
# 1 2012 SHAPE • 23
Bennington Carriages
RODAM COM O TEMPO
Em meados dos anos 60, Michael Mart, proprietário e fundador da Bennington
Carriages, desenhou a sua primeira carruagem puxada a cavalos para conduzir seguramente os póneis que havia adquirido recentemente. Intrigado com
o projeto e com conduzir póneis, cedo se seguiu a sua participação em competições do desporto emergente, Driving Trials.
A
tradição dizia que era necessário ter
rodas pesadas nas carruagens para
evitar que se virassem.
Depois de observar as carruagens nas competições, Michael
Mart apercebeu-se que isto não se
devia a um problema de peso mas sim de design.
Encorajado pelo patrono deste desporto, o Príncipe
Filipe, Duque de Edimburgo, Michael Mart começou a trabalhar no design de carruagens e desenvolveu uma roda forte e leve em alumínio, que se
assemelhava a uma roda de madeira tradicional mas
permitia uma aceleração maior e mais segura.
24 SHAPE • # 1 2012
Em 1979, a Bennington Carriages foi nomeada
fornecedor da Casa Real, posição que mantém até
à data.
“COM O DESIGN ADEQUADO, as rodas de alumínio
são melhores para o cavalo porque menos peso
significa menos esforço para o animal em terreno
variado como lama e areia”, acrescenta Sue Mart,
que compete em corridas de carruagem, filha de
Michael e codiretora do negócio da família com a
sua irmã Wendy.
Refletindo na parceria de 30 anos com a Sapa, que
produz todas as ligas de alumínio utilizadas na
Bennington Carriages, Michael Mart diz:
“O pessoal da Sapa é fantástico e uma maravilha
para trabalhar, do design à produção, com um serviço excelente! A sua especialização e flexibilidade
têm sido parte integrante do nosso desenvolvimento, de tal maneira que atualmente somos o
maior fabricante de carruagens para cavalos, para
competição ou recreação.”
TEXTO Michele Jiménez

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