A Folha - Escola Profissional de Desenvolvimento Rural de Abrantes
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A Folha - Escola Profissional de Desenvolvimento Rural de Abrantes
Número 2 Trimestral: Jan/Fev/Mar 2006 A Folha ESCOLA PROFISSIONAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL DE ABRANTES Herdade da Murteira 2200 - 681 Mouriscas; TELEFONE: 241 870 020/021; FAX : 241 870 028; E-MAIL: [email protected]; PÁGINA NA INTERNET EM: www.epdra.pt Tratamento gráfico: Engº Paulo Vicente - Ilustração: Engº Paulo Vicente; Engº Simão Pita; Paulo Alves - Fotografia: EngºSimão Pita; Engº Paulo Vicente Jornalistas: Engº Paulo Vicente; Engº Simão Pita; Engº César Oliveira; Dra. Rufina Costa; Dra. Carla Falcão; ; Paulo Alves; Dr. Marco Lopes; Dr. Miguel Moreira; Dra. Teresa Mariano;Dr Paulo F. F .Bispo Editorial Surgimos nesta segunda edição com um formato diferente mas movidos pelo mesmo prazer de informar sobre temas da actualidade. Assim destaque para os dois principais temas de capa: a sementeira directa e a alimentação saudável, temas estes que, por motivos diferentes, fazem cada vez mais, parte não só do nosso vocabulário mas sobretudo da nossa prática. Simultaneamente A Folha pretende afirmar-se como um instrumento privilegiado de promoção e divulgação das actividades desenvolvidas pela comunidade educativa da EPDRA. Para todos aqueles que estão prestes a concluir o nono ano de escolaridade a nossa Escola apresenta várias propostas para o prosseguimento dos estudos. Cursos profissionais, com uma componente prática muito importante, em que se privilegia o contacto com a natureza e nos quais se procura o ingresso no mercado de trabalho mas que, simultaneamente, possibilitam igualmente o prosseguimento dos estudos a nível superior. A todos uma boa leitura. Paulo Vicente Sementeira Directa A sementeira directa está a ter uma implantação crescente junto dos agricultores portugueses. A s suas vantagens não se restringem aos aspectos económicos, abrangendo igualmente os aspectos de natureza técnica e ambienPág. 2 tal. primeira abordagem. Alimentação Alimentos Funcionais saudável Pág. 4 Custa a crer que a Alimentação saudável, associada a um estilo de vida saudável, seja nos dias de hoje, encarada como uma medida sazonal e secundária e quando os primeiros raios de sol começam a surgir e as roupas a encolher.... Ave rara: Allis -Chalmers: o primeiro tractor a célula de Pág. 3 combustível A galinha-de água Pág. 10 Desporto Escolar Passeio micológico 1º Encontro Corta-mato Inter-Escolas Voleibol Pág. 9 Futsal Dia Saudável PASSATEMPOS: Sudoku Desafios lógicos Pág. 12 Os alimentos funcionais vieram para ficar. Invadiram as prateleiras dos supermercados e são alvo de uma procura crescente por parte dos consumidores. Mas afinal o que são alimentos funcionais? Pág. 4 Pág. 10 Pág. 8 Antocianinas: Notícias da Bonsay o anti-oxidante História: Introdução natural O elogio do galo Pág. 5 Pág. 11 EPDRA Está na tua natureza histórica Pág. 8 Sementeira Directa Sendo embora um sistema de mobilização do solo que tem vindo a ser praticado, de forma quase generalizada, um pouco por todo o mundo, de há uns bons anos a esta parte, abrangendo já uma área de cultivo bastante significativa, só muito recentemente é que o conceito de sementeira directa se implantou na terminologia e na prática dos agricultores portugueses. 5000 Área (Hectares) 4000 3000 2000 1000 0 1999/00 2000/01 2001/02 2002/03 2003/04 2004/05 2005/06 (estimativa) O sistema de sementeira directa é aquele em que não se verifica qualquer tipo de operação de mobilização do solo antes da sementeira. Assim, a eliminação das ervas daninhas (ou infestantes) é conseguida mediante a aplicação de um herbicida de présementeira. Deste modo, a superfície do solo permanece coberta por uma camada de material vegetal morto que inclui não só essas infestantes como também o restolho da cultura anterior. A sementeira directa está inclusa num conceito mais abrangente que é o da chamada agricultura de conservação, que inclui outro conjunto de práticas (como, por exemplo, a mobilização mínima, a mobilização na linha, o cultivo segundo as curvas de nível, etc.) e cujo objectivo é, em última análise, preservar o bem escasso e perecível que é o solo. Os benefícios que resultam da introdução da sementeira directa em solos anteriormente sujeitos a um sistema de mobilização tradicional, estando interrelacionados uns com os outros, podem ser considerados em três níveis fundamentais: o nível ambiental, o nível económico e o nível técnico. Os efeitos benéficos da introdução da sementeira directa ao nível ambiental referem-se sobretudo às vantagens que esta apresenta em termos de conservação tanto do solo como da água. Quando falamos em conservação do solo um dos aspectos mais salientado é aquele que se relaciona com o controlo da erosão. Página 2 2 Escorrimento Superficial (l/m ) Paulo Vicente 80 70 60 50 40 30 20 10 0 Sementeira Directa Mobil. Mínima Mobilização Tradicional Efectivamente, um dos efeitos mais marcantes da introdução da sementeira directa é exactamente a redução das perdas de solo por erosão, efeito este que inúmeros estudos têm podido comprovar. A razão de termos erosão no solo agrícola deve-se ao facto de este ser mobilizado. De facto, a mobilização ao enterrar os resíduos presentes à superfície, deixa a superfície do solo nua e susceptível ao impacto das gotas da chuva. Com o tempo menos água se infiltra no solo e mais escorre à superfície, arrastando consigo as partículas do solo, particularmente as mais finas como a argila. Assim, ao permitirmos que haja erosão do solo vamos ficar não só com menos solo mas sobretudo com um solo mais pobre, isto é, um solo menos fértil. Perdemos não só quantidade mas também qualidade. Com a sementeira directa o problema da perda de solo por erosão é eliminado. Outro aspecto fundamental das vantagens ambientais associadas à sementeira é aquele que se relaciona com o aumento do teor de matéria orgânica do solo. A mobilização do solo, ao promover o arejamento, estimula a actividade dos microrganismos do solo e, consequentemente a decomposição da matéria orgânica do solo. Com a introdução da sementeira directa conseguem-se, em apenas alguns anos, aumentos espectaculares do teor orgânico do solo, daí resultando um aumento da sua fertilidade e da sua produtividade potencial. A nossa preocupação com a matéria orgânica será tanto maior quanto menor for a sua concentração no solo à partida. Numa agricultura como a nossa em que a generalidade dos solos se podem classificar como sendo pobres o aumento do teor orgânico do solo reveste-se de particular importância. Finalmente temos que a introdução da sementeira directa, ao permitir a existência de uma camada de resíduos vegetais à superfície e ao promover o aumento do seu teor em matéria orgânica do solo, promove neste o desenvolvimento e preservação de uma boa estrutura. Por um lado porque impede o impacto directo das gotas de chuva sobre o solo e pelo outro porque permite o aumento do teor orgânico do solo. Um dos aspectos mais importantes quando se fala na preservação da estrutura do solo, tem a ver com a capacidade de os agregados do solo manterem a sua forma e tamanho quando o solo estiver debaixo de chuva (aquilo que se designa por estabilidade dos agregados perante a água). Um solo com uma boa estabilidade perante a água mantém uma maior porosidade através da qual a água se pode infiltrar em vez que escorrer à superfície, provocando erosão. Outro aspecto fundamental é aquele que tem a ver som a conservação da água no solo. A sementeira directa permite aumentos notórios na quantidade de água que o solo armazena, não só porque, ao diminuir o escorrimento superficial, permite que a quantidade de água que se infiltra no solo seja maior mas também porque, simultaneamente, reduz a perda de água por evaporação. Isto tráz efeitos benéfico tanto nas culturas de sequeiro como nas de regadio. Resumindo, sabe-se hoje, e ao contrário daquilo que se pensou durante muito tempo, que a mobilização do solo promove a erosão do solo, deteriora a sua estrutura e contribui para a diminuição do seu teor em matéria orgânica. Face a estes factos ganham ainda mais força os argumentos a favor da sementeira directa. A questão da redução de custos é particularmente importante numa agricultura como a nossa em que os níveis de produtividade são inferiores aos dos nossos parceiros europeus e em que o aumento da produtividade da terra para níveis equivalentes ao de países do Norte da Europa é impensável O primeiro tractor a célula de combustível Paulo Vicente O acréscimo de preocupação com preço e a disponibilidade dos combustíveis fósseis, nomeadamente do petróleo, veio reavivar o interesse nas células de combustível, e a investigação levada a cabo nos anos cinquenta pela empresa AllisChalmers acerca da sua utilização em tractores agrícolas pode muito bem tornar-se relevante num futuro próximo. Tractores experimentais A companhia Allis-Chalmers construiu vários tractores accionados a célula de combustível com propósitos experimentais. O espaço normalmente ocupado pelo motor foi preenchido por 1008 células de combustível abastecidas por propano armazenado em cilindros de alta pressão situados na parte inferior do chassis do tractor. A electricidade produzida pelas reacções químicas nas células de combustível accionava um motor eléctrico com uma potência de 15kW (20hp), motor que permitir a deslocação do tractor. Os benefícios da célula de combustível incluem, por exemplo, a ausência de ruído e de caixa de velocidades: a velocidade de avanço era controlada fazendo variar a quantidade de corrente eléctrica disponibilizada ao motor e a marcha trás accionada invertendo a polaridade da corrente eléctrica. Soluções A célula de combustível O princípio de funcionamento da célula de combustível foi descrito originalmente por um cientista inglês em 1839, mas no seu tempo essa nova tecnologia foi olhada mais como uma curiosidade científica, sem qualquer aplicação prática. O interesse por esta tecnologia renovou-se nos anos cinquenta, e a companhia Allis-Chalmers foi uma das que mais investigação desenvolveu nesta área. A célula de combustível funciona de modo muito semelhante ao de uma bateria, convertendo energia química em energia eléctrica. Os químicos são o combustível fornecido à célula, normalmente sob a forma de uma mistura gasosa (como o propano ou metano), mas este combustível poderá também ser um químico no estado sólido ou líquido. É este combustível que produz a desencadeia a reacção química que vai produzir energia eléctrica. No entanto, ao contrário do que acontece com uma convencional bateria, uma célula de combustível não tem a capacidade de armazenar a electricidade que produz, sendo esta utilizada, assim que é produzida, para accionar um motor eléctrico. Os potenciais benefícios das células de combustível incluem a possibilidade de se recorrer a um vasto leque de combustíveis, incluindo alguns renováveis, e o facto de o processo que produz a electricidade ser bastante eficiente. As perdas de energia nos vulgares motores de combustão interna, alimentados a gasolina ou a gasóleo, são superiores a 50%, sendo este valor reduzido abaixo dos 10% numa célula de combustível (existem ainda perdas adicionais quando a energia eléctrica é convertida em energia mecânica atra- 1- Assim, o sistema de sementeira directa apresenta vantagens óbvias. Logo à partida temos uma redução dos custos de produção das culturas. Possibilita ao mesmo tempo um controle da erosão do solo quer do ponto de vista físico quer do ponto de vista biológico. A médio prazo isto vai permitir um aumento do potencial produtivo do solo e uma redução dos custos de produção, aumentando a rentabilidade das culturas. Ao aumentar o teor de matéria orgânica do solo a necessidade de aplicação de adubos azotados vai diminuir, e o agricultor contribui deste modo para a redução do impacto ambiental da actividade agrícola. Estas vantagens no seu conjunto são uma das formas de os agricultores Portugueses fazerem face às dificuldades de uma agricultura que se quer mais competitiva mas ao mesmo tempo mais amiga do ambiente. A l l i s Chalmers vés do motor eléctrico presente no tractor. Tanto as células de combustível como o motor eléctrico que lhes está associado não produzem qualquer ruído mas, pelo menos no estado de desenvolvimento atingido nos anos cinquenta, as células e os depósitos de combustível eram pesados e ocupavam muito espaço. 2 - O cavalo levava 5 e o burro 7 sacos. 3 - Sim. A e B atravessam. A regressa. C e D atravessam. B regressa e A e B atravessam. não só porque os solos são piores mas também as condições climáticas são mais desfavoráveis. Se temos níveis de produtividade inferiores a única forma de continuarmos competitivos é pela redução dos custos de produção. E isto é tanto mais importante quanto o preço dos factores de produção, nomeadamente dos combustíveis, continua a aumentar. A introdução da sementeira directa permite reduzir de forma notória os custos de produção sem qualquer prejuízo da produtividade da terra. E pode afirmar-se que ao prolongarmos no tempo o recurso à sementeira directa as suas vantagens vão-se acumulando. Não menos importantes são as vantagens técnicas que resultam da implementação da sementeira directa. Produzir uma cultura não se resume à sua sementeira. Depois de semear a cultura será necessário voltar a passar sobre o terreno para realizar tratamentos fitossanitários e adubações de cobertura. Para podermos entrar no terreno é fundamental que o solo seja capaz de sustentar o tractor. Em solos sujeitos ao sistema de sementeira directa a porosidade que se cria permite uma melhor infiltração da água no solo. A tendência deste solo para “empapar” será muito menor. Se a isto associarmos a utilização de equipamentos de baixa pressão sobre o solo tal vai permitir-nos intervir sobre a cultura na altura tecnicamente correcta com benefícios notórios sobre a sua produtividade. Página 3 Alimentação Saudável Alimentos Drª Teresa Mariano Nutricionista Custa a crer que a Alimentação saudável, associada a um estilo de vida saudável, seja nos dias de hoje, encarada como uma medida sazonal e secundária, ou seja, ainda há quem se lembre de perder todos os quilos armazenados durante os meses de Inverno, quando os primeiros raios de sol começam a surgir e as roupas a encolher....Se todas as pessoas adoptassem este tipo de vida a longo prazo seria o correcto, mas nesta altura do ano vale tudo e de um modo geral o que é procurado são soluções rápidas e eficazes, diria mesmo milagrosas. Quer isto dizer, que ainda há milhares de pessoas que adoptam medidas rígidas, inadequadas, incorrectas e prejudiciais à própria saúde para conseguirem atingir os fins! Até se percebe que assim seja, uma vez que a oferta no que respeita a “dietas milagrosas” ou, simplesmente, a “pílulas de emagrecimento rápido”, tem sido alvo de um aumento acentuado de negócio por parte de quem as vende, associada a um aumento de quem as procura, ou seja, em termos económicos estão assegurados os pontos críticos para o sucesso: aumenta a procura, aumenta a oferta. Posto isto e criadas todas as condições necessárias ao desenvolvimento deste tipo de indústria, é fácil perceber que a rentabilização, por parte de quem vende este tipo de soluções, é imediata! Tanto as “dietas milagrosas” como as “pílulas de emagrecimento rápido” oferecem resultados rápidos em apenas algumas semanas ou mesmo dias, com o mínimo esforço. Quem é que não conhece alguém que tenha adoptado este tipo de medidas para perder alguns quilos de gordura? Será esta a solução? Será que a solução passa por permanecer muitas horas em jejum ou restringir de uma forma anormal um nutriente essencial da nossa alimentação diária? Será que é possível viver uma vida inteira a tomar um xarope para combater as necessidades energéticas do organismo? Será que é possível comer mal e tomar um comprimido de forma a remediar o mal feito? Penso que não! A desidratação e as carências nutritivas, são só exemplos “ligeiros” que podem advir deste Página 4 tipo de soluções. Sendo assim, é obvio que a solução para perder as gordurinhas armazenadas, não passa por aí. O nosso organismo é constituído por massa gorda (tecido adiposo ou gordura) e por massa magra (onde se encontra, por exemplo, o músculo e a água). Diminuir de peso perdendo alguns quilos da referida massa magra é fácil e de facto consegue-se atingir resultados rápidos em pouco tempo, no entanto, o que é prejudicial á saúde é a massa gorda em excesso e acreditem que é mais lento de perder! Está comprovado cientificamente que o emagrecimento de uma forma rápida é prejudicial e acarreta riscos importantes para a saúde. De um modo geral o emagrecimento rápido está associado à diminuição da tão benéfica massa magra. A adopção de um estilo de vida saudável, em que se concilia a alimentação saudável com a prática de exercício físico regular, deve ser encarada como uma medida única para contribuir para o bem-estar e possibilitar uma optimização da saúde. É fácil perceber que somos todos humanos, seres vivos e que, como tal, precisamos de fornecer ao nosso organismo nutrientes essenciais (proteínas, hidratos de carbono, gorduras, fibras, vitaminas…) e vitais ao bom funcionamento deste, tomados diariamente e em proporções adequadas, a isto se chama alimentação saudável. A diminuição de peso de um modo saudável, ou seja, perder gordura e ao mesmo tempo manter ou aumentar, dependendo dos casos, a massa muscular e a água, não se consegue se não existir uma conciliação entre a prática regular de exercício e a ingestão adequada de alimentos. Se pensarmos que a massa muscular ajuda quer para a prevenção, quer para a redução de excesso de peso, tudo isto parece óbvio. O exercício físico ajuda a perder gordura durante a sua prática, como nas horas a seguir, ou seja, uma pessoa que pratique activamente actividade física consome mais calorias em repouso do que se fosse sedentário. Posto isto, não há nada milagroso e a solução passa unicamente por nos tornarmos pessoas activas e com uma alimentação adequada às nossas necessidades. Funcionais Dr Paulo F.F.Bispo Professor de Nutrição Humana, Licenciatura em Biotecnologia da Universidade Independente, Lisboa. A dieta é, sabemo-lo hoje, um factor importante no combate às principais doenças civilizacionais: como o cancro, a obesidade, as doenças cardiovasculares ou a diabetes. A capacidade dos alimentos em fornecer outros componentes benéficos para a nossa saúde, para lá dos seus nutrientes, de encontro às carências ocasionadas, quer pelo elevado ritmo de vida, quer pelo pouco tempo que dispomos para fazer uma dieta adequada, tem preocupado os técnicos alimentares e os consumidores mais esclarecidos. Nos últimos anos a Indústria Alimentar tem procurado preencher esta lacuna com a introdução no mercado de um grupo de alimentos que atingem este objectivo - os Alimentos Funcionais. Apesar de não concordar em definitivo com a expressão “Nós somos aquilo que comemos”, a verdade é que um conjunto importante de nutrientes da dieta devem estar hoje presentes na nossa alimentação: verduras e frutos (fontes de fibras, vitaminas, minerais, antioxidantes, fitoquímicos), peixes gordos (ácidos gordos Omega-3), leite, iogurtes, queijo (cálcio de elevada biodisponibilidade, proteínas de elevado valor biológico, probióticos), cereais e leguminosas (hidratos de carbono complexos, fibras, proteínas vegetais, prébioticos, vitaminas e minerais). Nos últimos anos um vasto conjunto de estudos epidemiológicos e clínicos confirmaram a importância destes compostos na redução do risco associado ás principais causas de mortalidade e morbilidade. Muitos destes estudos foram influenciados pela qualidade e quantidade de informação proveniente do Japão, país que apresenta a mais elevada esperança (média) de vida do Mundo e, o primeiro a introduzir o conceito de Alimento Funcional. É possível e desejável a incorporação desses nutrientes em alimentos base da dieta das populações. À semelhança do que foi feito para o ácido fólico em grupos especiais da população (e.g. grávidas), ou na selecção de espécies de cultivo agrícola de base na dieta, com alto teor de vitaminas, como o arroz e o teor de vitamina B1. Nos próximos tempos vamos entender melhor como estes nutrientes se relacionam com as bases da biologia celular e molecular entrando numa nova era da ciência e tecnologia dos alimentos. Depois do evento da Revolução Industrial na melhoria das condições de produção e conservação dos alimentos (fase I); do binómio da qualidade nutricional/salubridade dos alimentos (fase II), entramos na terceira “revolução alimentar”. O objectivo próximo consiste em criar Alimentos Funcionais em que, para além dos seus próprios nutrientes, façam parte dos seus constituintes compostos que apresentem, com aqueles, função simbiótica para um determinado alvo ou conjunto de alvos específicos (crescimento, desenvolvimento e diferenciação celular; combate ao stress oxidativo; melhoria das funções gastro-intestinais, do sistema cardiovascular e do metabolismo em geral) reforçando o seu efeito, quer na resposta nutricional, quer no seu efeito ao longo do tempo. Um Alimento Funcional pode ser um aliSubstância mento inteiramente natural; um alimento ao qual se adicionou um componente/nutriente; ou um alimento que foi melhorado por processos tecnológicos e/ou biotecnológicos. Nesse sentido é importante que a estrutura regulamentar (Portuguesa e Europeia) crie mecanismos que protejam o consumidor, promovam a correcta concorrência entre a indústria e estimulem a inovação. Funções Alimentos Possuem propriedades anti-cancerígenas, anti-inflamatórias e anti-alérgicas Cerejas, uvas, vinho tinto, morangos, amoras vermelhas, uvas, vinho, berinjelas entre outros Ácidos Gordos Mono-Insaturados Efeito protector sobre o cancro da mama e da próstata Azeite Omega-3 Efeito protector de doenças cardiovasculares Evita a formação de coágulos sanguíneos na parede arterial Diminui a pressão sanguínea Aumenta o HDL plasmático (colesterol bom) e reduz o colesterol LDL (mau) Pode diminuir a quantidade de triglicéridos no sangue Peixes de água fria e marisco Antocianinas (flavonóides) Efeito protector para as doenças cardiovasculares Óleos vegetais, como azeite, óleo de colza, milho, soja e girassol, bem como nas nozes Fito-esteróis Actuam precipitando o colesterol dietético presente no intestino pode colaborar a redução da absorção do colesterol. Têm propriedade de auxiliar no controle de algumas hormonas sexuais e, eventualmente aliviar os sintomas de menopausa por atenuarem a queda de estrogénio que ocorre nesta fase Óleos vegetais Manteigas vegetais e iogurtes com adição desta substância Legumes e semente de girassol Fito-estrogéneos isoflavona (genisteína e a daidzina) Menor incidência de doenças cardiovasculares Cancro de mama Cancro de próstata Osteoporose Antoxantinas (flavinóides) Possuem propriedades anti-cancerígenas, anti-inflamatórias e anti-alérgicas Batata e repolho branco Carotenóides Essenciais para a visão, diferenciação das células, desenvolvimento embrionário e outros processos fisiológicos, e ainda possuem acção estimulante ao sistema imunológico, inibem a mutagénese e protegem contra a oxidação e contra doenças cardiovasculares Cenoura, abóbora e mamão Licopeno Reduz a concentração de radicais livres Previne o ataque cardíaco por impedir a oxidação de LDL Tomate, melancia Fibras solúveis Absorventes dos ácidos e sais biliares que atenuam a velocidade de absorção de diversos nutrientes, entre eles a glicose e o colesterol Algumas frutas, vegetais, leguminosas ( feijão, lentilha ) Omega-6 Fibras insolúveis Como celulose e lignina, por não serem digeridos favorecem o bom funcionamento dos intestinos, aumentando o volume fecal, e sendo actualmente indicados como factor importante na redução de incidência de cancrode intestino (cólon). Soja Inhame “Cascas” de cereais Antocianinas Paulo Vicente Etimologicamente a palavra antocianina deriva do grego anthos = flor e kyáneos = púrpura. Trata-se de pigmentos hidrosolúveis (solúveis em água) com uma cor que varia do vermelho ao azul que apenas se encontram nas plantas terrestres. As antocianinas pertencem a um grupo mais vasto de compostos a que se dá o nome de flavonóides, um tipo de compostos que do ponto de vista químico se classificam como polifenóis. Conhecem-se mais de 300 tipos diferentes de antocianinas. As antocianinas são um pigmento muito frequente nas plantas, aparecendo tanto nos frutos como nas flores ou nas folhas. São um poderoso agente anti-oxidante e protegem as plantas dos danos causados pela radiação ultra-violeta. Actualmente existe um interesse acrescido no estudo destes compostos devido à possibilidade de a sua inclusão na dieta alimentar estar associada a benefícios para a saúde, benefícios que resultam do facto de as antocianinas serem antioxidantes naturais.De facto, existem evidencias que relacionam o consumo de alimentos ricos em antocianinas com efeitos terapêuticos ou preventivos de algumas doenças. Assim, num estudo realizado em França concluiuse que as populações que consomem, de forma moderada, vinho tinto às refeições, apresentam uma menor taxa de incidência de doença coronária. Os pigmentos anticianínicos do mirtilo (Vaccinium myrtillus) têm, há muito, vindo a ser utilizados para melhorar a acuidade visual e problemas do sistema circulatório. Existe alguma evidencia experimental segundo a qual algumas antocianinas possuem propriedades anti-inflamatórias e que a sua administração por via oral é benéfica para o tratamento de diabetes e úlceras, possuindo igualmente actividade anti-viral e anti-microbiana. A explicação para estes benefícios está na sua capacidade anti-oxidante, isto é, a sua capacidade de procurar e eliminar os radicais livres que provocam danos às nossas células. Fruta Conteúdo de antocianinas (mg/100g de fruta fresca) Amoras 200-1000 Framboesas negras 300 Beringela 750 Cerejas 350-400 Uvas tintas 30-750 Mirtilos 80-420 Morangos 45 Framboesas vermelhas 40 Vinho tinto 24-35 Página 5 Escola Profissional de Desenvolvimento Rural de Abrantes Técnico de Turismo Ambiental e Rural Técnico de Produção Agrária TIC 100 Matemática 200 Biologia 150 Química 150 Mecanização Agrícola 250 Economia e Gestão 200 Produção Agrícola 455 Transformação 275 Formação em Contexto de Trabalho 420 Página 6 3100 Língua estrangeira 1 ou 2 220 Área de Integração 220 Educação Física 140 TIC 100 Biologia 150 Química 150 Matemática 200 Contabilidade e Agricultura 60 Hipologia e sanidade 200 Gestão de Espaços e provas Hípicas 50 Equitação 870 Formação em Contexto de Trabalho 420 TOTAL DE HORAS 3100 Socio-cultural 140 320 Científica Educação Física DISCIPLINAS Horas/3 anos Português Componentes de Formação 220 Socio-cultural Área de Integração Científica 220 Componentes de Formação Língua estrangeira 1 ou 2 DISCIPLINAS Técnica, Tecnológica e Práctica Socio-cultural 320 TOTAL DE HORAS O Técnico de Gestão Equina é o profissional que, mercê de uma formação polivalente, integrada e pluridisciplinar, está em condições de orientar, organizar e executar as tarefas necessárias ao maneio e gestão das mais diversificadas estruturas equestres existentes no país. É um técnico com aptidão didáctica e conhecimentos suficientes para o ensino do cavalo e do cavaleiro em todas as suas vertentes. As actividades fundamentais a desempenhar por este técnico são: - Maneio, gestão técnica e pedagógica de Centros Hípicos e Escolas de Equitação; - Concepção, programação e organização de Provas Equestres; - Organização e implementação do Programa Oficial de Formação de Praticantes da Escola Nacional de Equitação (ENE); - Utilização dos factores de produção de modo a atingir os objectivos da empresa onde esteja integrado; - Prática das várias Disciplinas Equestres, com capacidade para preparar e utilizar cavalos em provas das referidas modalidades, com especial relevância para as Disciplinas Olímpicas; - Maneio e Gestão de Coudelarias e outras unidades de produção cavalar. Horas/3 anos Português Científica Técnica, Tecnológica e Práctica Componentes de Formação DISCIPLINAS Técnico de Gestão Equina O Curso Técnico de Turismo Ambiental e Rural, pretende ser um curso onde os formandos adquiram competências técnicas e tecnológicas no âmbito do turismo rural e, em simultâneo, encontrem um espaço para o desenvolvimento e realização pessoais. Esta Formação permite um enquadramento profissional nas seguintes áreas: - Gestão de Unidades de Turismo em Espaço Rural - Departamentos Socio-Culturais das Câmaras Municipais / Regiões de Turismo / Postos de Turismo - Associações de Desenvolvimento Regional / Património Cultural - Atendimento nos Serviços de Turismo, Agências de Viagens e outras Empresas - Parques de Campismo / Pousadas da Juventude / Parques Naturais / Marinas - Animação Desportiva / Centros Equestres, Golfe, Caça e Pesca Técnica, Tecnológica e Práctica O Técnico de Produção Agrária é o profissional qualificado para constituir uma empresa agropecuária, coordenar, organizar e executar as actividades de uma exploração agrícola, assegurando a quantidade e qualidade da produção, a saúde e segurança no trabalho, a preservação do meio ambiente e a segurança alimentar dos consumidores. As actividades fundamentais a desempenhar por este técnico são: - Planear e executar as operações das diversas actividades agrícolas; - Orientar e participar nas tarefas de produção vegetal e animal; - Realizar operações tecnológicas do sector agropecuário, no respeito pelas normas de segurança e saúde no trabalho; - Organizar a comercialização dos diferentes produtos agrícolas, de acordo com as normas de qualidade em vigor; - Utilizar os factores de produção, de modo a atingir os objectivos da empresa; - Manusear correctamente máquinas e equipamentos agro-pecuários, respeitando as normas de segurança e saúde no trabalho; - Utilizar racionalmente os recursos naturais, tendo em conta o equilíbrio bio-ecológico. Variante de produção animal – programar e garantir a execução das tarefas inerentes à alimentação, higiene, sanidade e maneio reprodutivo das espécies pecuárias, assim como a obtenção de produtos de origem animal utilizando os meios técnicos, humanos e materiais necessários. Variante de produção vegetal - programar e garantir a execução das tarefas inerentes à instalação, colheita e acondicionamento/conservação dos produtos agrícolas em culturas hortícolas e arvenses, utilizando os meios técnicos, humanos e materiais necessários. Variante de transformação – aplicar conhecimentos fundamentais do processo produtivo (preparação e transformação de produtos agro-alimentares e respectivo embalamento) assim como de tecnologia específica do subsector agro-alimentar (princípios de funcionamento e de programação, conservação e manutenção, riscos e regras de segurança). Horas/3 anos Português 320 Língua estrangeira 1 220 Área de Integração 220 Educação Física 140 TIC 100 Matemática 100 Geografia 200 História da Cultura das Artes 200 Turismo e Técnicas de Gestão 400 Língua Estrangeira 2 100 Técnicas de Acolhimento e Animação 280 Ambiente e Desenvolvimento Rural 400 Formação em Contexto de Trabalho TOTAL DE HORAS 420 3100 Técnico de Recursos Técnico de Jardinagem e CONTACTOS Florestais e Ambientais Espaços Verdes O Técnico de Recursos Florestais e Ambientais é o profissional que intervém na construção e gestão de uma empresa florestal, no respeito pelas regras de segurança e de saúde no trabalho. As actividades fundamentais a desempenhar por este técnico são: - Coordenar uma equipa de trabalho - Intervir no domínio da actividade florestal pela produção, valorização e comercialização de bens e serviços - Gerir a produção sustentada e a rentabilidade da floresta, pelo uso racional dos seus recursos - Conservar, proteger e valorizar os espaços florestais - Fomentar a utilização racional dos recursos naturais, tendo em conta o equilíbrio bio-ecológico - Sensibilizar as populações para o associativismo melhorando o desempenho das estruturas organizativas locais - Proceder a acções de valorização e assistência técnica, promovendo o desenvolvimento regional e a melhoria das condições de vida, de acordo com as potencialidades e programas de desenvolvimento florestal O Técnico de Jardinagem e Espaços Verdes é o profissional qualificado para coordenar, organizar e executar tarefas relativas à instalação e manutenção de jardins e espaços verdes, de acordo com o projecto e respeitando as normas de segurança e saúde no trabalho e de protecção do meio ambiente. As actividades fundamentais a desempenhar por este técnico são: - Analisar projectos e outras especificações técnicas, de forma a identificar os dados necessários ao trabalho a realizar - Proceder à preparação do terreno para proceder à instalação de jardins e espaços verdes - Proceder à instalação das espécies ornamentais de acordo com as especificações técnicas do projecto - Proceder à manutenção de jardins e espaços verdes, tendo em conta os hábitos vegetativos das espécies e as condições edafo-climáticas - Organizar e registar dados referentes ao trabalho realizado, de forma a fornecer os elementos técnicos e contabilísticos necessários à gestão - Proceder à condução, operação e regulação de máquinas e equipamentios de jardinagem e agrícolas. - Elaborar orçamentos relativos às operações culturais a realizar, tendo em conta os custos, as áreas a utilizar e os tempios de trabalho - Executar a conservação e a limpeza dos equipamentos e instalações inerentes ao trabalho desenvolvido Escola Profissional de Desenvolvimento Rural de Abrantes Herdade da Murteira 2200 - 681 Mouriscas TELEFONE 241 870 020/021 FAX 241 870 028 E-MAIL [email protected] Área de Integração 300 Educação Física 140 TIC 100 Matemática 200 Biologia 150 Química 150 Desenho Téc e Geom. Descritiva 240 Solos e Climas 80 Técnicas de Jardinagem 280 Gestão e Plan. de Espaços Verdes 580 Formação em Contexto de Trabalho 420 3100 Socio-cultural 300 Científica 320 Componentes de Formação Português Língua estrangeira 1 ou 2 TOTAL DE HORAS DISCIPLINAS Horas/3 anos Técnica, Tecnológica e Práctica Socio-cultural Científica Técnica, Tecnológica e Práctica Componentes de Formação DISCIPLINAS Horas/3 anos Português 320 Língua estrangeira 1 ou 2 300 Área de Integração 300 Educação Física 140 TIC 100 Matemática 200 Biologia 150 Química 150 Ordenamento Florestal 272 Silvicultura 354 Operações Florestais 252 Ecologia e Recursos Naturais 302 Formação em Contexto de Trabalho TOTAL DE HORAS PÁGINA NA INTERNET EM: www.epdra.pt www.epdra.rcts.pt 420 3100 Página 7 IºPasseio Micológico da EPDRA sp.; Volvariela sp. Estes exemplares foram posteriormente colocados em exposição na Feira do Livro e das Artes do Saber Fazer na EPDRA. Simão Pita Realizou-se no dia 3 de Dezembro de 2005 o I Passeio Micológico da EPDRA, o qual consistiu na Identificação e fotografia de cogumelos silvestres em plena natureza. Esta iniciativa, organizada pela EPDRA, contou com o apoio da AMBI – Associação Micológica da Beira Interior, da EFN - Estação Florestal Nacional e da EAN - Estação Agronómica Nacional. Os trinta e cinco participantes na iniciativa partiram da Escola (Herdade da Murteira) pelas 9:30 horas e descreveram um percurso de aproximadamente 4 km através de terrenos florestais e incultos com passagem pela Fonte da Cré. Foram encontradas e fotografadas diversas espécies de cogumelos, recolhendo-se um exemplar de cada uma delas para sua identificação na escola. O regresso à EPDRA ocorreu pelas 13:00 horas, tendose seguido um almoço cuja ementa incluiu algumas espécies de cogumelos. Durante a tarde realizou-se uma visita à unidade de produção de cogumelos da nossa escola e efectuou-se a identificação das espécies de cogumelos silvestres que haviam sido recolhidos durante o percurso matinal. As espécies e géneros de cogumelos encontrados foram as seguintes: Agaricus sylvaticus; Amanita vaginata; Armillaria mellea; Cortinarius trivialis; Gymnopilus spectabilis; Hebeloma sp. Hypholoma fasciculare; Laccaria laccata; Lactarius chrysorrheus; Lactarius deliciosus; Lycoperdon perlatum; Omphalotus olearius; Pisolithus tinctorius; Ramaria sp.; Russula torulosa; Suillus bellini; Tremella sp.; Tricholoma Página 8 O sucesso desta iniciativa comprometenos, desde já, com a organização do II Passeio Micológico que terá lugar no próximo Outono. Aliás, o Turismo Micológico – que compreende o pedestrianismo associado à identificação de cogumelos e à gastronomia - é uma modalidade do Turismo Ambiental e Rural que actualmente sofre um grande incremento na Península Ibérica e poderá ser bastante desenvolvida nossa região. Bonsai César Oliveira Introdução histórica Esta “arte” nasceu na China há mais de 2000 anos com a denominação de “pen-jin”. Não se sabe exactamente como começou, estimase pois, que ocorreu com a colheita de uma árvore que acidentalmente se desenvolveu num rochedo, com pouca terra, sendo posteriormente transplantada para um vaso. Não existem registos do seu iniciador e provavelmente nunca se irá saber quem foi, apenas uma certeza existe, este homem foi sem duvida um grande observador da natureza. Chegou ao Japão por volta do ano 1220, sendo os japoneses que vão desenvolver e difundir o cultivo de plantas em pequenas bandejas, dando origem á denominação pela qual hoje conhecemos esta actividade – Bonsai – bon significa bandeja e sai indica cultivo de algo. Torna-se uma “arte nobre”, onde cada Bonsai passa a ser uma planta única, moldada com muita paciência e criatividade para recriar com a perfeição da Natureza. No Japão há exemplares vivos com mais de 800 anos de idade. Sendo uma arte viva, torna-se uma obra nunca terminada, em constante transformação nas mãos do artista, fonte inesgotável de inspiração e meditação. Em meados do século XIX estabeleceramse os princípios estéticos que vigoram ainda hoje na “arte” Bonsai e que se baseiam no equilíbrio assimétrico e na regra do “triângulo escaleno”. Se traçarmos as silhuetas esquematizadas de vários Bonsai clássicos observaremos que apresentam uma forma comum, o esquema de um triângulo escaleno. Isto obedece aos princípios estéticos do desenho tradicional de um Bonsai, baseando-se na denominada “regra dos 3 pontos” (que seguem as obras de arte clássicas Japonesas), segundo a qual o ponto mais baixo simboliza a Terra, o ponto médio o Homem e o ponto mais alto o Céu. Estes 3 pontos determinam os vértices de um triângulo escaleno (figura). Os Bonsai fizeram a sua primeira aparição no mundo ocidental em 1898, na Exposição Universal de Paris e posteriormente na exposição que teve lugar em Londres em 1909. Embora tenha tido um grande impacto na época, foi apenas depois da Segunda Guerra Mundial que surgiu interesse por esta “arte”, altura a partir da qual se deu um grande incremento até aos dias de hoje. O Bonsai, que a principio era considerado como uma distracção ou um «hobby» das classes mais abastadas, actualmente já foi adoptado pela generalidade das pessoas e está especialmente popularizado nas comunidades urbanas, devido ao pouco espaço que ocupa. Actualmente não é difícil possuir um Bonsai, pois deixou de ser cara a sua aquisição, encontrando-se á venda em quase todos os viveiros (cuidado com os que estão á venda nos hipermercados), não ocupa muito espaço, requerendo apenas algum tempo de dedicação. Já existem em Portugal algumas associações de «bonsaístas», que dinamizam exposições e pequenos cursos práticos que permitem a qualquer pessoa que possua um Bonsai ter os conhecimentos básicos para a sua manutenção. Os conhecimentos técnicos, o tempo e a prática, proporcionam a experiência necessária para a continuação desta “arte”, que sobreviveu aos séculos e ás culturas por onde atravessou... Desporto Escolar Marco Lopes/Miguel Moreira Encontro na Escola Secundária Artur Gonçalves (18/2) EPDRA- ESMF EPDRA- ESAG Encontro na Escola Secundária Dr. Manuel Fernandes (22/3) EPDRA- ESMF EPDRA- ESAG 1º CORTA-MATO I N T E R -E S C O L A S NA EPDRA Marco Lopes Miguel Moreira Voleibol Juniores Femininos A Escola Profissional de Desenvolvimento Rural de Abrantes (EPDRA) no ano lectivo de 2005/2006, encontra-se representada no Desporto Escolar com as equipas de Juniores Masculinos na modalidade de Futsal e Juniores Femininos na modalidade de Voleibol, integrados nos campeonatos Distritais do Desporto Escolar das respectivas modalidades. Além destas duas equipas a EPDRA também participou no projecto “Compal Air” de Basquetebol 3x3, que se realizou no Pavilhão Municipal de Constância no passado dia 30 de Março, com as equipas de Juvenis Masculinos, Juniores Masculinos e Juniores Femininos, não tendo no entanto passado à fase seguinte. Futsal Juniores Masculinos A equipa de Voleibol da EPDRA participou entre Janeiro e Abril no campeonato Distrital de Voleibol do Desporto Escolar no escalão de Juniores Femininos, juntamente com as Escolas Secundária do Entroncamento (ESE), Secundária do Cartaxo (ESC) e Secundária Jacom Ratton de Tomar (ESJR). Após a realização dos quatro encontros a EPDRA terminou a sua participação no 3º lugar, apesar de ter estado a lutar pelo título até ao último encontro, onde infelizmente não logrou alcançar nenhuma vitória. Resultados da EPDRA: Encontro na Escola Secundária do Cartaxo (18/1) EPDRA25 25 ESE 9 7 Realizou-se no passado dia 22 de Fevereiro o 1º Corta-mato Inter-escolas da EPDRA, o qual contou com a participação de, aproximadamente, 280 alunos, em representação da EPDRA e outras cinco escolas da nossa região: Escola Secundária Dr. Manuel Fernandes (ESMF), de Abrantes; Escola Secundária Dr. Solano de Abreu (ESSA), de Abrantes; Escola de Ensino Básico 2,3 Dr. Fernando Loureiro (EB2,3FL), de Alvega; Agrupamento de Escolas Verde Horizonte (AEVH), de Mação e Agrupamento de Escolas de Sardoal (AES). Este evento, organizado conjuntamente pela EPDRA e pela Câmara Municipal de Abrantes, contou com o apoio de diversas empresas e instituições locais. EPDRA16 14 ESC 25 25 Encontro na Escola Secundária Jacom Ratton (8/2) EPDRA25 23 15 ESC 18 25 8 A equipa de Futsal da EPDRA estava integrada no Grupo A no campeonato Distrital do Desporto Escolar, juntamente com as Escolas Secundária Dr. Manuel Fernandes (ESMF) de Abrantes e Secundária Artur Gonçalves (ESAG) de Torres Novas. Após a realização das três jornadas deste campeonato a EPDRA alcançou o 1º lugar da classificação geral. A EPDRA irá realizar no próximo dia 17 de Maio na Herdade da Murteira o jogo para definir o 1º e 2º classificado Distrital da modalidade, contra a equipa da Escola Secundária Marquesa D’Alorna de Almeirim, vencedora do Grupo B. Resultados da EPDRA: Encontro na Herdade da Murteira (8/2) EPDRA7-ESMF2 EPDRA3-ESAG7 EPDRA18 21 ESJR 25 25 Encontro na Herdade da Murteira (15/3) EPDRA25 25 ESJR 19 19 EPDRA25 22 15 ESE 20 25 7 Encontro na Escola Secundária do Entroncamento (19/4) EPDRA25 14 6 ESJR 22 25 15 EPDRA21 ESE 25 20 25 EPDRA10 ESC 25 25 27 A tabela de classificações, por escalão, é a seguinte: Infantis A Femininos - 1995/1996 1 - Diana Félix - E.B.2,3 FL 2 - Mónica Alves - E.B.2,3 FL 3 - Beatriz Luís - E.B.2,3 FL Infantis A Masculinos - 1995/1996 1 - Edgar Santos - E.B.2,3 FL 2 - David Mascate - E.B.2,3 FL 3 - Pedro Rodrigues - E.B.2,3 FL Infantis B Femininos - 1993/1994 1 - Constança Chaves - ESSA 2 - Patricia Santos - AEVH 3 - Madalena Carvalho - ESMF Infantis B Masculinos - 1993/1994 1 - Marco Nobre - ESMF 2 - Diogo Nunes - ESMF 3 - Manuel Gameiro - ESMF Página 9 Iniciados Femininos - 1991/1992 1 - Patrícia Alarico - E.B.2,3 FL 2 - Marina André - AEVH 3 - Sónia Tavares - ESSA Iniciados Masculinos - 1991/1992 1 - Pedro Nuno Duarte - ESMF 2 - Tiago Branco - E.B.2,3 FL 3 - João Alves - ESSA Juvenis Femininos - 1989/1990 1 - Fernanda Fontinha - ESSA 2 - Ana Reis - AEVH 3 - Matilde Neves - ESMF Juvenis Masculinos - 1989/1990 1 - Miguel Moedas - ESSA 2 - Pedro Matos - AES 3 - Alexandre Felício - ESMF Juniores Femininos - 1987/1988 1 - Joana Mendes - E.B.2,3 FL 2 - Fátima André - AEVH Juniores Masculinos - 1987/1988 1 - José Alguem - ESSA 2 - Nuno Segundo - ESSA 3 - Leandro Araújo - EPDRA Além da competição propriamente dita, foi uma jornada de salutar convívio entre alunos, professores e outros elementos envolvidos, num agradável dia de sol quase primaveril. No final, a opinião de todos os intervenientes foi de que a nossa escola dispõe de condições óptimas para a prática deste tipo de competições e que esteve de parabéns pelo modo como a prova esteve organizada. No próximo ano teremos, com certeza, a segunda edição do corta-mato inter-escolas, no qual desejamos poder contar com um número ainda maior de participantes . AVE RARA Paulo Alves, Nº12, Turma R4 Galinha-de-água (Gallinulla chloropus) A galinha-de-água é uma ave comum em Portugal, não sendo raro vê-la em lagoa ou lagoas com uma vegetação densa onde possa nidificar e esconder-se dos predadores. Geralmente é uma ave reservada, no entanto, é relativamente afoita em determinados locais, podendo ser observada a deambular na relva em espaços abertos ou em prados à beira de água. Página 10 FEIRA do LIVRO Rufina Costa Redescobrir o prazer da LEITURA Na barragem da Herdade da Murteira existe uma pequena comunidade desta bela ave. Estando presente na Primavera é provável que nidifique em conjunto com os patosreais na vegetação em redor da barragem. Dia Saudável Carla Falcão “Viva Saudável” foi o tema escolhido para a dinamização de mais um dia na Escola Profissional de Desenvolvimento Rural de Abrantes. As actividades foram bastante diversificadas e envolveram toda a comunidade escolar. No inicio da manhã, os alunos puderam assistir a um colóquio subordinado ao tema “ Viva Saudável”, onde estiveram presentes a Dra. Teresa Henriques, licenciada em Nutrição e Engenharia Alimentar, que nos falou de como se deve fazer uma alimentação saudável, isto é, quais os alimentos que devemos ingerir e em que quantidades. Apresentou também a nova roda dos alimentos, alguns planos alimentares e elucidou os presentes acerca do que se deve fazer para termos uma alimentação/vida saudável. Em seguida tomou a palavra o Eng. Tiago Gaio, licenciado em Engenharia da Energia e do Ambiente, que nos apresentou o projecto “Óleo Valor”, um projecto piloto cujo o objectivo é dar um destino adequado aos óleos alimentares usados, transformandoos num combustível ecológico e limpo, o Biodiesel. Visitou-se também uma exposição, extremamente interessante, de trabalhos feitos pelos alunos. O balanço final foi extremamente positivo e todos os que participaram foram unânimes ao afirmar: “ ...é uma experiência a repetir.” E não se esqueça.... viva saudável! No período compreendido entre 05 e 09 de Dezembro, alguns docentes da EPDRA, em colaboração com os alunos dinamizaram uma Feira do Livro, no Pavilhão AgroAlimentar, na qual contaram com a participação de algumas editoras, nomeadamente: Caminho Divulgação, Publicações EuropaAmérica e Editorial Presença. Este evento constituiu um espaço muito agradável, dinâmico e diversificado, onde, quem o visitou, teve oportunidade de consultar, ler e adquirir obras dos mais diversificados géneros literários e apreciar pintura realizada por professores e alunos. Também neste espaço e, integrado no Projecto: “ D’As Artes do Saber-Fazer”, os alunos tiveram oportunidade de divulgar as suas criações no âmbito de bricolage e oficina de escrita e, uma mais uma vez, relembrar a voz do poeta: As palavras: Secretas vêm, cheias de memória. Inseguras navegam: barcos ou beijos, as águas estremecem Desamparadas, inocentes, leves. III FÓRUM DO ESTUDANTE DO CENTRO Paulo Vicente No passados dias 23 e 24 de Março teve lugar, no Centro de Negócios de Ourém, o 3º Fórum do Estudante do Centro, uma iniciativa que procura divulgar junto dos jovens da região as várias ofertas formativas que estão ao seu dispor não só a nível regional como nacional.A EPDRA esteve presente com o seu stand, dando assim a possibilidade aos alunos que o visitaram de ficarem a conhecer a oferta formativa da nossa Escola. OTÍCIAS COM HISTÓRIA Esta secção é a nossa máquina do tempo jornalística. Em cada edição iremos aqui transcrever, à letra, um artigo de uma das revistas há muito perdidas nos arquivos da Biblioteca da nossa Escola. Porque há notícias já esquecidas que merecem ser recordadas.Paulo Vicente O elogio do Galo De Rollin de Macedo Publicado originalmente na Revista Vida Rural, nº101, 23 de Abril de 1955, pág.9 O galo nem sempre foi apenas uma ave dos nossos quintais. Tem antepassados que impressionam pelo tipo, pelas dimensões, pelo género de vida. O galo, de crista carnuda e asas curtas e largas tem a sua história. Na religião de Zaratrusta, na Pérsia antiga, o galo era considerado animal sagrado. Um verso atribuído a Chanaquia, e escrito cerca de 300 anos antes de Cristo, diz que quatro coisas podem ser aprendidas num galo: o ânimo combativo, o madrugar, o comer junto com a família e a protecção à fêmea, quando ela se mostra inquieta e assustada. O galo foi, habitualmente, encarado pelos povos primitivos como possuidor de qualidades místicas. Acreditava-se, por exemplo, que o demónio poderia entrar na casa de quem sacrificasse um galo branco com “crista de serra”, ficando o seu dono sujeito a sofrer a perda dos seus bens. Atribuíamse às diversas partes do corpo do galo as mais diferentes propriedades, assim como sempre vigorou desde os mais antigos tempos a convicção de que as aves domésticas representavam um dos mais úteis factores benéficos da vida humana. Apregoou-se, durante muito tempo, que o Homem afastaria os seus maus hábitos se bebesse uma líquido que contivesse substância extraída da crista seca de um galo, e o fumo preparado com crista seca de um galo branco ou vermelho era benéfico para os doentes mentais. A perda de memória era curada tomandose, pela manhã, como aperitivo, uma mistura de fel de galo com caldo de carne de carneiro. Supunha-se que a virilidade do homem aumentava grandemente com uma aplicação de sangue de galo misturado com mel de abelha. Nem sempre, no entanto, as propriedades atribuídas ao galo foram consideradas como benéficas: as crenças, por exemplo, ensinavam que o sangue do galo de briga misturado nos alimentos e ministrado às várias tribos, estabelecia as dissenções entre elas, levando-as aos conflitos e às guerras. Também era da ficção, entre os povos antigos, a afirmação de que os galos punham um ovo, na sua vida: apenas um ovo, já ao fim da existência, ovo esse caracterizado pelo tamanho exíguo, e que alguns povos consideravam indício da finalização da capacidade procriadora e de outras funções típicas da bela ave. Na China o galo foi sempre apreciado como ave comestível; na Pérsia estimavam-no como animal de sacrifícios; na Índia e na Grécia sempre teve proeminência como ave de combate, por excelência; e, entre muitos outros povos, como animal de grande significação religiosa. Com o decorrer dos tempos o conceito em que os povos tinham o galo, bem como outras aves domésticas, desceu dos altares de uma religiosidade pagã ou da pira de bruxarias incríveis, para o prosaísmo das panelas, de pressão ou não!... A superstição vê no galo sinal de muitos presságios. Assim, encontrar um galo no momento em que ele canta é presságio de vitória certa e ouvi-lo cantar no dia do casamento é sinal de questões no lar. As brigas de galos constituíram uma diversão para os povos civilizados como Atenas e a Espanha de Filipe II, e para os povos rudes e cruéis como os gauleses, os mexicanos e os chineses. Uma diversão que era como a sua poesia sanguinária, isto é, uma imagem do ideal guerreiro. Grécia, Atenas e Roma tiveram os seus torneios galináceos. Mas foi em Flandres, no Norte de França e na Bélgica que as brigas de galos se tornaram realmente populares. Na Espanha também faziam parte de todas as festas públicas, tal como as touradas. E a atracção do espectáculo é dobrada pelo interesse das apostas, como se se tratasse de “boxeurs” ou de cavalos de corrida. Temistocles já dava as brigas de galos como exemplo para os seus soldados. Numa breve explicação diremos como era a briga de galos: num recinto mais ou menos cercado, de terra batida, coberta de serradura, substrato indispensável para unhas e esporões e a estabilidade dos galos, que são trazidos em sacos, são soltos. Previamente estão treinados e preparados para a luta. As cristas são cortadas e cicatrizadas com ferro em brasa. Preparados, alimentados com alho, untados com uma banha, as asas aparadas, eles estão prontos á luta. Colocados em frente um ao outro, permanecem imóveis, fitando-se com um olho que se injecta de sangue, ao mesmo tempo que nem a crista e as “barbas” se torvermelho – sombrias. A cabeças do galináceo muda-se bruscamente e de súbito os dois galos atitam-se um contra o outro, com os pés para a frente e recuam mutuamente. Voltam-se um para o outro, estão outra vez de frente e tentam agarrar-se com o bico. O primeiro que o consegue atira então as patas para a frente, contra o peito do adversário, segurando-o solidamente. A luta é encarniçada e prossegue assim com alternativas. Não acaba muitas vezes senão com a morte. Ao galos de briga tê esporas de metal, afiladas e cortantes, que aumentam o esporão - uma arma temível! O galo é realmente um animal. Os criadores de galos de briga formavam, não há muito tempo, uma espécie de corporação muito poderosa, quase uma casta, que tinha os seus hábitos, os seus costumes e até uma forma de falar especial. A criação de galos de briga é uma arte bem difícil. O precioso animal é produto dos cruzamentos, da selecção dos que têm musculaturas poderosas e não estão juntos uns com os outros. A alimentação é uma das maiores preocupações do criador. Convém, com efeito, dar o maior vigor possível ao animal, mas sem super-alimentá-lo nem engordá-lo. Enfim, cada animal merece um estudo particular mercê de longas observações. São numerosas as raças, sub-raças e variedades de galos que se tem pretendido reunir ou classificar, tarefa bastante difícil, dada a grande quantidade e a diversidade dos seus caracteres. De entre essas numerosas raças citaremos, ao acaso, algumas. O galo Silvestre é indescritível de beleza; a sua plumagem é extraordinariamente colorida e acima da crista vê-sE um belo tufo de penas, do qual muito se orgulha o galo. Habita, de preferência, as rochas montanhosas (daí o nome) e ali vive em grupos de vinte ou trinta. O galo Dorking, de formas pesadas, cabeça volumosa, coroada por uma crista simples, larga, alta e bem dentada; o Leghorn, raça italiana que tem sido aperfeiçoada com extraordinário carinho; o Minorca, etc… A finalizar diremos que o galo figura com frequência nos cata-ventos de muitas igrejas e casas particulares - e este é o seu melhor elogio. O fcato obedece a razões de ordem simbólica, pois o galo é um animal celebrado pela Igreja Católica. Página119 PASSA TEMPOS Paulo Vicente 1 - Sudoku A zona de jogo consiste de uma grelha de 9x9 quadrados que foi sub-dividida em grelhas menores de 3x3 quadrados. Cada jogo tem uma solução lógica que é única. Para resolver o jogo, cada linha, coluna e conjunto de 3x3 tem de conter todos os números de 1 a 9. Boa sorte!!! DIFICULDADE: FÁCIL 1 6 9 3 2 8 5 5 6 4 3 7 8 7 7 6 1 7 2 4 3 7 8 8 6 9 5 2 - O cavalo e o burro 9 Um cavalo e um, burro caminhavam juntos levando ao dorso sacos pesados. Lamentava-se o cavalo da sua carga pesada quando o burro lhe disse: - De que te queixas? Se eu levasse um dos teus sacos, a minha carga seria o dobro da tua. Se eu te desse um saco dos meus a tua carga seria igual à minha. Quantos sacos levam o cavalo e o burro? Página 12 3 - Desafio nocturno Quatro pessoas têm de atravessar uma ponte. Começam todas do mesmo lado e têm 17 minutos para completar a travessia. É de noite e necessitam da única lanterna disponível para fazer a travessia. Um máximo de duas pessoas podem atravessar a ponte ao mesmo tempo. Cada um delas demora diferentes tempos para atravessar a ponte: a pessoa A demora apenas 1 minuto, a B demora 2 minutos, a C demora 5 minutos e a D 10 minutos. Quando duas pessoas atravessem a ponte fazem-no à velocidade da mais lenta. Será que as 4 pessoas podem atravessar a ponte no tempo disponível? Como?