Lugar ao Sol n2 - Turismo do Algarve

Transcrição

Lugar ao Sol n2 - Turismo do Algarve
2 0 0 9 | m a r ç o N . ° 2 : : R e v i s ta d o T u r i s m o d o A lg a r v e
Reportagem
Nos tempos que
correm, todos
corremos. Mas
há quem procure
ajustar a identidade
e abrandar para
ser feliz. E há quem
procure ajudar os
outros a consegui-lo.
É o que propõem três
centros de retiro no
Algarve.
Tête-à-tête
Cristina Ventura
numa entrevista sobre
o Longevity Wellness
Resort.
Caminhos
Saúde e romantismo nas
termas de Monchique.
editorial
Mente sã em corpo são… no Algarve
em perspectiva
Eventos na região
04tête-à-tête
Cristina Ventura
«Viver mais e melhor» no Longevity
Wellness Resort Monchique
06portefólio
O Algarve na lente de Hélio Ramos
07ouvindo...
Paulo Magalhães Neves
coordenador da pós-graduação em
gestão de Spa na UALG
08reportagem
À PROCURA DO EU
10cá se fazem
Por Duarte Padinha
11caminhos
Saúde e romantismo
numa pequena villa
12radar
Estatísticas do turismo Algarvio
14acontece
em perspectiva
03
ficha
técnica
índice
Propriedade
Entidade Regional de Turismo
do Algarve
Sede
Avenida 5 de Outubro, 18-20,
8000-076 Faro
Telefones
289 800 423 / 498 / 438 / 458
Fax
289 800 421
Sítio
www.turismodoalgarve.pt
correio electrónico
[email protected]
Director
António Ventura Pina
Director Adjunto
Nuno Aires
Subdirector
Assis Coelho
editora
Patrícia Oliveira
colaboração
gabinete de comunicação e relações
públicas, divisão de estudos e projectos,
divisão de marketing (ERTA)
Fotografia
Arquivo ERTA, Grupo longevit y, pousadas
de portugal, vila joya, susana paiva, DCB
Design
Concepção gráfica e paginação
DCB Design
Impressão
Gráfica Comercial
Tiragem do número 2
1500 exemplares
Distribuição
Gratuita
Depósito Legal
278349/08
O que se faz no Turismo do Algarve
trade em notícia
diz que disse
15
c itações
Para Publicidade
contactar:
Entidade Regional de Turismo do Algarve
Tel: 289 800 490/448
e-mail: [email protected];
[email protected].
editorial
Festival de
Gastronomia Serrana
Abrir o apetite é fácil quando se fala de
enchidos caseiros, sopa de lebre ou de papas
moiras com farinha de milho e água de
cozedura das morcelas. Entre 21 de Março e
10 de Abril, em Tavira, destaca-se a culinária
serrana algarvia em seis restaurantes: Fernanda,
Monte Velho, Cantinho da Serra, O Constantino,
Herdade da Corte e A Mesa do Cume.
Mente sã em
corpo são
… no Algarve.
HELENA MAK
Vice-presidente do Turismo do Algarve
Gosto de Mulheres
Como esculpem, pintam, fotografam,
escrevem, compõem, criam e cozinham as
mulheres? A exposição «Gosto de Mulheres»,
sobre o comportamento feminino nas artes
em Portugal e no resto do mundo, responde.
Visitável de 21 de Março a 24 de Maio
na Galeria do Arade – Parque de Feiras e
Exposições de Portimão.
Festival de Humor
Um mês de grandes gargalhadas sonoras é
o que promete o Humorfest à plateia de oito
espectáculos que arrancaram no dia 6 de Março
e terminam a 29. «Monólogos de Marijuana»
(dia 21), «Já tenho idade para ter juízo» (dia
27), «Work in progress» (dia 28) e «O palhaço
escultor» (dia 29) são os próximos momentos
do festival de humor que decorre no auditório
municipal de Lagoa, às 21h30.
Nos anos 60, o Algarve tornou-se um destino popular de Sol
e Praia, condição que mantém
até aos dias de hoje. De forma
menos estrondosa, produtos
como o Golfe e o MI foram-se
desenvolvendo, mostrando que
o Algarve tem condições naturais
propícias ao desenvolvimento
de outras actividades turísticas
que potenciam a região.
O Algarve é hoje um destino maduro,
com todas as responsabilidades
inerentes. E, por isso, obriga os
seus dirigentes a uma procura
constante da satisfação dos turistas,
quer dos que já o visitam, quer dos
que ainda não experimentaram as
maravilhas de uma região que não
tem por apelido apenas Sol e Praia.
A evolução natural do perfil do
turista, assim como do próprio
destino, não se compadece com
palavras como «comodismo» e «falta
de inovação». A fidelização do turista
ao destino é factor muito importante,
tal como o desenvolvimento
de outras facilidades que o
satisfaçam, pois o seu grau de
exigência é cada vez maior.
O turista hoje procura novas
sensações. Quer viver experiências
simbólicas. Busca novos ritmos e
espaços. Quer recuperar o bem-estar
físico e psicológico. E o Algarve,
enquanto destino turístico, tem a
obrigação de satisfazer esses desejos.
O conceito de bem-estar, entendido
também como «Mente Sã em
Corpo São», ganha cada vez mais
forma, contando já o Algarve com
facilidades de Spa, Thalassoterapia,
Termalismo e, brevemente, de um
centro de Wellness. Este é um dos
diversos meios de resposta de um
Algarve «são», para todos aqueles
que se revêem na definição do
turismo de saúde e bem-estar.
Com a criação de novas infra-estruturas, o consolidar de
parcerias, a contratação de pessoal
qualificado e uma boa estratégia de
comunicação e de comercialização,
o Algarve ambiciona mais: ser
um Wellness Destination.
«O Algarve é
hoje um destino
maduro»
04 :: tête- à-tête
tête- à-tête :: 05
«Viver mais e
melhor» no
Longevity
Cristina Ventura
Longevity Wellness Resort
Monchique é um nome sugestivo
que deixa antever o conceito
principal do projecto: o bem-estar…
Da felicidade a uma nova vida,
entre a serra e o Longevity
Wellness Resort Monchique.
Um passeio virtual com Cristina
Ventura, futura directora
comercial do empreendimento
que promete o que é, afinal,
possível: o bem-estar total. Abre
em Dezembro.
«Uma nova vida» é frase que
incluem na vossa apresentação.
Que vida é essa?
A vida de cada um é uma constante
busca pela felicidade. E felicidade
é atingir uma qualidade interior e
exterior que nos dá um bem-estar
total. No entanto, são numerosos os
factores que no dia-a-dia contrariam
essa sensação, contribuindo para o
nosso desgaste mental e físico. Para
a Longevity, a nova vida consiste na
oportunidade única de descobrir um
estilo de vida mais saudável, através
de uma experiência integrada de
estadias turísticas, de curta ou longa
duração, numa atmosfera relaxante,
mas revigorante, em plena Reserva
Natural da Serra de Monchique.
O conceito do projecto é uma
aposta do Grupo Longevity na
criação de um destino turístico
único e diferenciado das tradicionais
ofertas hoteleiras. Ele assenta
fundamentalmente no bem-estar,
no anti-envelhecimento e na
longevidade. O produto hoteleiro é
uma simbiose perfeita entre a beleza
natural, a moderna engenharia e
a avançada medicina: um resort
integrado, com 195 espaçosos
apartamentos de tipologia T1
complementados pelo exclusivo
Longevity SPA.
A ideia de longevidade é elevada
ao máximo no vosso Spa médico
anti-envelhecimento – o primeiro
do género em Portugal. Como
propõem alongar a vida num
tempo tão breve?
A nossa ideia de longevidade
implica «Viver Mais e Melhor» e o
aspecto qualitativo é tão ou mais
importante do que alongar a vida.
Melhorar a longevidade passa por
identificar a fase do processo de
envelhecimento em que cada um se
encontra. Através de um diagnóstico
bioquímico individual, a equipa
médica do resort, em colaboração
com laboratórios especializados
em França e nos EUA, irá analisar
um conjunto de indicadores
de cada paciente. Dessa análise
resultará a definição de programas
personalizados de tratamento
para prevenir, retardar e reduzir o
ritmo de envelhecimento, corrigir
desequilíbrios nutricionais, diminuir
o stress oxidativo e em alguns casos
detectar doenças em estado inicial.
Estas técnicas, que assentam na mais
elevada tecnologia e no know-how
de profissionais experientes, só são
possíveis através da parceria exclusiva
com a La Clinique de Paris/Dr. Claude
Chauchard.
Ter o nome de Claude Chauchard
associado ao Longevity Spa é
resposta sem pergunta. É um
nome que diz tudo…
O Dr. Claude Chauchard é, de facto,
um dos especialistas mundiais em
medicina preventiva e anti-envelhecimento. Com mais de 30
anos de experiência, doutorou-se
em Medicina e especializou-se
em Endocrinologia, Biologia e
Medicina Desportiva na Universidade
de Montpellier. Fundador do
International Institute for Preventive
Anti-Ageing Medicine e autor de
vários livros sobre o processo de
envelhecimento, é da opinião de que
se deve procurar conselho médico
quando estamos de saúde para
mantermos esse estado saudável
e detectarmos em fase precoce
alguma alteração, em vez de nos
focalizarmos em curar doenças.
Todo o seu conhecimento e
experiências estão já disseminados e
institucionalizados na equipa médica
da LCDP.
A implantação do resort em plena
serra de Monchique abre portas
ao turismo de natureza e ao de
desporto e aventura. Prevêem
actividades ao ar livre?
Dentro e fora do resort, há uma
multiplicidade de actividades de
lazer disponíveis. Uma equipa de
animadores será responsável por
garantir uma experiência saudável e
equilibrada abrangendo corpo, mente
e espírito. Os 20 mil metros quadrados
de jardins panorâmicos, os trilhos
e o deck de meditação convidam a
caminhadas, aulas de yoga, pilates e
ao relaxamento ao ar livre em pleno
contacto com a natureza luxuriante
que envolve o resort. As estruturas de
driving range e putting green também
permitem a amadores e profissionais
o treino diário da modalidade.
Passeios a pé, de bicicleta, de jipe ou
a cavalo são ainda outras opções para
os que querem partir à descoberta da
fauna e flora típicas da região.
Precisamente devido ao espaço
envolvente, houve algum cuidado
especial no desenho do resort
ou na escolha dos materiais de
construção?
Um dos factores distintivos do
empreendimento é a sua forte
componente de preservação
ambiental. Todos os detalhes foram
pensados! As características físicas do
terreno determinaram a integração
do projecto no meio envolvente,
mantendo a topografia original. Os
edifícios têm uma altura máxima
de 3 pisos e as coberturas serão
ajardinadas. A utilização de materiais
naturais e nobres, como a madeira
e o sienito (originais da região de
Monchique) e o vidro, para maior
luminosidade, foi mais uma estratégia
arquitectónica que, em conjunto com
a localização, o conceito e as valências,
contribuiu para a sustentabilidade do
projecto e para o seu reconhecimento
internacional, através da atribuição
do prémio de Melhor Empreendimento
5* 2008 em Portugal, pela CNBC
European Property.
Outra quase novidade é a criação
do «Condo-Hotel». Dizemos
quase porque apesar de ser
pouco conhecido, o conceito já foi
introduzido no país…
Sim, o conceito de «Condo-Hotel» é recente em Portugal,
mas completamente consolidado
internacionalmente. Consiste
num «condomínio» gerido
como um luxuoso hotel em
que cada apartamento é detido
individualmente como uma segunda
residência de férias totalmente
equipada e usufruindo de todos
os serviços e infra-estruturas
turísticas do resort. Do ponto de
vista do investidor, o potencial
de rendimento é maior devido
aos níveis de ocupação turística
alavancados pelo extenso plano de
marketing e promoção da entidade
gestora, mantendo a possibilidade de
utilização própria. O Grupo Longevity
reúne as condições para que este
modelo de negócio seja um sucesso.
Com a entrada da marca Longevity
no Algarve podemos esperar
mais projectos para a região?
Este projecto é o primeiro do
Grupo Longevity. A estratégia
futura passa pelo desenvolvimento
de novos produtos, que poderão
ser ou não no Algarve.
Longevity
Wellness Resort
Monchique
Hotel de 4* superior
(195 apartamentos
de tipologia T1)
. Condo-Hotel
. Restaurante e bares
. Spa médico anti-envelhecimento
. Piscinas exterior e
interior (aquecida)
. Ginásio
. Loja da Saúde
. Driving Range & Putting Green
. Internet Café/Business Centre
. Sala de Jogos
. Sala de Cinema
. Biblioteca
. Sala & Deck de Meditação
Fase actual do projecto
em avançada construção
Inauguração
15 de Dezembro de 2009
Investimento global
40 milhões de euros
Postos de trabalho
100 directos
Contactos
Lugar do Montinho
8550 -232 Monchique
T. 203 239 6707
[email protected]
www.longevitywellnessresort.com
06 :: portefólio
OUVINDO... :: 07
Spas:
potenciadores
de resultados?
Paulo Magalhães Neves
Professor Adjunto equiparado ESGHT/UALG;
Coordenador da Pós-Graduação em Gestão de Spa
É consensual que o
desenvolvimento e a
sustentabilidade do turismo em
Portugal têm estado limitados
ao longo do tempo devido, entre
outros aspectos, à incapacidade
de gerar novas ofertas, de
responder às novas motivações
diferenciadoras do processo e,
sobretudo, à incapacidade de
fazer face a mercados emergentes
altamente competitivos.
A excepção tem passado pela aposta
no turismo de saúde e bem-estar,
cada vez mais associado à indústria
de Spa. Pode ser considerado
um dos principais segmentos
turísticos da actualidade por ser
um produto completo e complexo
devido à beleza dos seus espaços,
à comunhão com a natureza numa
relação de equilíbrio perfeito entre
o corpo e o espírito, à capacidade
de gerar recursos económicos e
à sua característica de produto
que atrai turismo de qualidade.
Pôr-do-sol que faz parte do projecto-livro «Loulé Terra de Encantos II».
HÉLIO RAMOS
[email protected]
É hoje uma verdade inequívoca
que o turismo de qualidade
só será alcançado através da
diversificação de produtos e de
mercados, sobretudo em áreas
como o lazer, entretenimento e a
animação turística. Aqui incluem-se
obrigatoriamente os Spas, através de
actividades que se desenvolvem a
partir de muitos segmentos imbuídos
de um espírito em que o retorno
do investimento é, na maioria das
vezes, uma prioridade, mas noutras a
excepção.
A indústria de Spa permite ao turista
e ao seu grupo familiar e de amigos
diversificarem o seu dia-a-dia
com outras actividades que lhes
transmitam satisfação, bem-estar,
tranquilidade e prazer, para além do
desfrutar pleno do destino elegido.
Passando das palavras aos
actos, justifica-se apresentar o
modus operandi desta teoria
para que a estratégia alcance
os objectivos idealizados.
Apesar de estarmos perante um
público predominantemente
heterogéneo em gostos e
sensibilidades, devemos estar
atentos, por um lado, às novas
tendências do mercado, que se têm
traduzido em algumas alterações
de perfil económico e etário
que implicarão uma adaptação
a motivações específicas. Por
outro lado, se associarmos a sua
imagem aos 800 quilómetros
de costa e aproveitarmos toda a
nossa história dos Descobrimentos,
através do núcleo central da
água, das terapias e dos produtos
orientais que projectaram o
nome de Portugal no mundo,
poderemos estar perante uma
aposta de eleição complementar
à oferta turística no Algarve.
O primeiro desafio, para que se
concretize esta tendência, será
a indústria de Spa atingir, no
que concerne à oferta, níveis de
sustentação económica elevados
e níveis de oferta materializada em
modelos vencedores. Mas, também,
atingir estratégias concertadas no
espectro turístico/hoteleiro para
concretizar metas globais, mais
concretamente um espaço que
permita alcançar, em conjugação
com um ambiente agradável e
permissivo, uma saudável convivência
social: um enquadramento
paisagístico, de relax, ou seja, uma
inter-relação perfeita entre bem-estar físico e conforto espiritual.
O segundo desafio, para que não
se cometam os erros do passado,
passará por desenvolver uma política
capaz de gerar recursos humanos na
indústria de Spa, que permita uma
profissionalização e uma especialização
operacional. Actualmente, a formação
graduada na área da Gestão de Spa,
apresentada pela Escola Superior
de Gestão, Hotelaria e Turismo da
Universidade do Algarve, permite
expandir a capacidade intelectual
aos actuais e futuros profissionais
de Spa, produzindo a elasticidade
de pensar de forma crítica o
universo desta actividade.
Concluindo, é preciso converter
o mero interesse e a mera
oportunidade em COMPROMISSO
das partes envolvidas. Só assim
será possível apresentar níveis
elevados de classificação, tornando-se estes meios imprescindíveis
para a sustentabilidade e a
complementaridade.
Ser melhor significa ser diferente.
08 :: reportagem
reportagem :: 09
À procura do Eu
e audioteca. «Os livros estão
relacionados com o corpo e os
tratamentos. E a música é pacífica;
não temos rock», brinca Chris.
Criado há 16 anos pelos noruegueses
Frank e Anne Karine, o centro
Moinhos Velhos recebe mais de
100 pessoas por ano vindas da
África do Sul, da Austrália, do
Canadá e da Europa. E não há lugar
para acasos: surgiu no Algarve
porque durante a desintoxicação
a temperatura do corpo desce e a
região é soalheira. E porque nela
«há uma enorme espiritualidade
e energia», explica Chris.
Q u i n ta d a calma
Nos tempos que correm, todos corremos. Mas há quem procure ajustar a
identidade e abrandar para ser feliz. E há quem procure ajudar os outros
a consegui-lo. É o que fazem três centros de retiro do Algarve, através
de desintoxicação alimentar, meditação e terapias alternativas. Em ritmo
lento, mas sem roçar a preguiça.
Antes de chegar adensa-se a
expectativa sobre o que estará
na outra ponta do vale Moinhos
Velhos, na Barragem da Bravura,
em Lagos. É mais do que sossego,
pensamos, porque esse já invadiu o
caminho há muito. E a natureza não
pode impor-se mais: as margens da
estrada estão salpicadas de flores
e árvores e ao fundo compõe-se
o quadro com a mancha plana
da água da barragem. Desfaz-se a
curiosidade. O que está na outra
ponta do vale é o centro de retiro
que pediu emprestado o nome do
pedaço de terra que ocupa: Moinhos
Velhos. É só? Não. Chris, o simpático
guia da nossa visita, acrescenta: «É
um espaço de relaxamento e de
regeneração física e emocional. De
paz e de clarificação da mente».
Aqui, a palavra de ordem (sem ordem)
é desintoxicação. Este é o único
retiro com programa exclusivo para
a limpeza do corpo, feita através de
uma dieta líquida de sumos naturais
e de caldo de legumes combinados
com ervas aromáticas e medicinais.
Suplementos de vitaminas e cascas de
psyllium completam este tratamento
que ajuda a eliminar toxinas e a
purificar os intestinos, libertando-os de parasitas responsáveis pelo
nosso mal-estar e cansaço. Em sete,
dez ou catorze dias – a duração do
programa depende da vontade de
cada um – o corpo fica como novo.
E a paisagem dá uma mãozinha. Na
barriga florida do vale, com o calor
do Sol por cima, até o tempo entra
tímido. A coqueluche deste retiro
de saúde – o afável e gigante cão
Rudy – vai exigindo festas enquanto
percorremos os cerca de 15 hectares
do centro. Da sala dos sumos que
Chris comanda descemos até ao
templo envidraçado coberto de luz.
Nele pratica-se ioga e meditação para
potenciar os resultados do jejum.
Para a direita, a piscina de água
salgada, a banheira exterior de
água quente e a sauna são o lugar
cativo da atenção. Pouco à frente
está a Casa Verde, habitada por
plantas tropicais. Ao lado esvoaçam
três patos e algumas galinhas – os
outros inquilinos do centro. E ao
longo do espaço a terra é fértil
em pereiras, videiras, nespereiras,
pessegueiros e morangueiros. Mais
em pequenas hortas com couves e
vegetais. Estes alimentos biológicos
são cultivados pelo Senhor José,
fiel jardineiro e único português
do retiro, e depois destinados aos
sumos e aos caldos da dieta.
O edifício clínico, assim chamado
por serem aqui aplicadas as terapias
holísticas, dá as boas-vindas com
uma acolhedora sala de biblioteca
Calma com «a» deitado
Antes de entrar, os cantinhos da
boca levantam-se para esboçar
um sorriso. Somos recebidos na
Quinta da Calma – o primeiro retiro
espiritual do Algarve – que inspira
tanta serenidade que até o terceiro
«a» do nome está deitado no azulejo
que identifica, à chegada, o centro.
A meiga terapeuta Luísa Peres
faz de anfitriã e de contadora das
(tantas) histórias sobre este refúgio
de saúde holístico e de ioga integral,
situado à saída de Almancil.
Era uma vez um casal americano que
resolveu viajar para Portugal à procura
de descanso e de um estilo de vida
mais simples. Sylta e Al Kalmbach, o
par de quem se fala e cujos nomes
não deixam adivinhar o país de
origem, «depressa se aperceberam
de que o seu sonho de abrir um
centro de retiro se alargava a
mais pessoas que procuravam
também algo diferente», continua
Luísa. Rick Rieber, psicólogo
americano, juntou-se ao projecto
e das suas mãos nasceu o jardim
e a horta orgânica da quinta. Aqui
conheceu a professora de tai
chi, psicoterapeuta e psicóloga
clínica Marion. «Deste encontro
aconteceu a primeira história
de amor da quinta», recorda.
A Quinta da Calma é o sítio perfeito
para os que não vivem distraídos.
Os cantos e recantos do jardim
piscam o olho a quem passa, com
pormenores tão minúsculos quanto
uma cara no tronco de uma árvore.
Ela está lá; basta afinar o olhar.
Deste jardim e da horta esgravatada
cuidam Carl e Vicky, adeptos de
uma alimentação rica em alimentos
vivos e crus. Fiéis a esta filosofia,
plantam rebentos de diferentes
grãos e sementes para comer
e também vender no mercado
biológico que acontece todas as
quartas-feiras no retiro. Indispensável
provar uma chávena de wheatgrass,
sumo de erva de trigo colhida no
momento para beber de imediato.
«É uma bomba de oxigénio!»
diz Luísa Peres, sorridente.
A filosofia holística do centro
é inspirada no exemplo da
comunidade de Findhorn, na
Escócia, fundada no amor profundo
pela natureza e no bem-estar do
corpo integral (corpo e espírito).
Para atingir esta plenitude, o
retiro propõe um conjunto de
terapias – desde leitura de aura a
aromaterapia, shiatsu, essências
florais e hipnoterapia, por exemplo
– e de aulas de ioga, tai chi e
meditação. Três salas permeáveis ao
silêncio e à luz natural acolhem os
grupos (Lotus, Pavillion e Meeting
House), enquanto no restaurante
vegetariano Gaia Sol o almoço dos
hóspedes fumega. Tudo entre a
magia dos espíritos da natureza,
as Devas, que quando respeitados
proporcionam «uma qualidade de
vida muito diferente», termina Luísa.
O monte hobbit
Serra do Caldeirão, Tavira. O edifício
principal do centro Monte Mariposa
esconde uma beleza descomunal
por detrás: o vale afunda na densa
vegetação e as cabanas de madeira
parecem – assim dispersas na
distância – a pequena e adormecida
aldeia no Shire onde vive o jovem
hobbit Frodo, do Senhor dos Anéis.
Lá para baixo, cada cabana recebe o
nome de um animal diferente e Lia,
o nosso cicerone, diverte-se com
as reacções das pessoas quando
descobrem que vão dormir no castor,
no urso ou no golfinho. São nove
bungalows e 18 camas ao todo.
No vale húmido e abafado irrompem
ainda dois tipis, um yurt, o pavilhão de
meditação, uma cozinha self-service
e balneários, todos em madeira ou
materiais tradicionais. Com o som do
sapato cravado no solo descobrimos,
ao avançar, o templo das árvores.
Debaixo das copas e em cima de
um estrado, aqui ouvem-se por
hábito algumas palavras do curso
de leitura de aura, dado por Kai,
que se juntou a nós e à amável Lia
para o passeio. Além das terapias,
massagens e meditações, há encontros
do umbigo, cerimónias da sauna
sagrada e retiros de silêncio sempre
que a vez coincide com o quando.
Voltando ao edifício principal, que
ostenta à entrada um delicioso
mapa do centro desenhado à mão,
10 : : reportagem
conhecem-se os quartos com mais
de 30 camas, a cozinha e sala de
jantar e os dois salões principais – o
do Sol e o da Meditação. Nos terraços
labirínticos espreita sempre o vale
que não deixa perder a ideia de que
aqui a preguiça é um desperdício.
Fundado nos anos 90 por um casal
de portugueses, o Monte Mariposa
hoje tem dono inglês, Andy Peres.
Mas a filosofia não mudou: o auto-conhecimento. «As pessoas vêm
para se encontrarem. E quando
deixam a mente abrandar
começam a sentir quem são.
Isto tem de ser vivido. E aqui,
em contacto com a natureza,
é perfeito», incentiva Kai.
::
CÁ SE FAZEM
A gestão do
nosso destino
Duarte Padinha
Chefe da Divisão de Estudos e Projectos
[email protected]
Perante turistas cada
vez mais informados
e exigentes, o
simples acréscimo
de investimento em
marketing parece
não ser suficiente,
tornando-se cada
vez mais relevante a
busca de elementos
diferenciadores, que
possibilitem uma
plena afirmação
do destino.
Moinhos Velhos
Barragem da Bravura, em
Odiáxere (Lagos)
T. 282 687 147
www.moinhos-velhos.com
Mas, confrontados com a
complexidade de que se
reveste a gestão dos destinos
turísticos e com a multiplicidade
de intervenientes em todo
o processo de prestação de
serviço, tal não se afigura
como tarefa fácil.
não se encontram em ambientes
estanques. Como tal, muitas das
interacções do visitante com o
destino ocorrem em áreas públicas.
Assim sendo, parte da ênfase da
gestão necessita de ser colocada
não só nos normativos para a oferta
privada, mas também na condução
destas diversas experiências.
Identificados os problemas
– e olhando para a realidade
portuguesa –, como os
ultrapassar, sabendo-se da
dispersão (e até sobreposição)
de competências por
diversas entidades?
O decreto-lei 67/2008 – 10 de
Abril (novas áreas regionais de
turismo) parece entreabrir a porta
para uma gestão mais integrada
dos destinos, contemplando a
possibilidade de contratualização
de algumas actividades.
T. 281 971 420
www.montemariposa.pt
Aceitando esta premissa, será
de acatar a sugestão de alguns
autores, que defendem que os
destinos poderão ser tratados
como produtos, dado que
congregam facilities e serviços
que tentam suprir as necessidades
e expectativas dos turistas.
Temos todas as condições para
avançar como projecto-piloto, no
que poderá ser uma aproximação
ao modelo de Destination
Management Organization, cujas
acções não se circunscrevem
ao marketing e à animação,
mas também à estruturação do
«produto destino». Será com
uma entidade que tenha efectiva
capacidade de intervenção
em toda a cadeia de valor da
experiência turística que seremos
mais fortes enquanto destino.
Ver galeria de fotografias em
www.turismodoalgarve.pt
A importância desta posição
decorre da constatação de que
os diversos elementos da oferta
Veremos como decorre
este processo e que papel
nos está reservado.
Quinta da Calma
Almancil
T. 289 393 741
www.quinta-da-calma.com
Monte Mariposa
Santa Catarina da Fonte
do Bispo (Tavira)
Saúde e romantismo
numa pequena villa
caminhos :: 11
Cabe tudo lá dentro – Spa, hotéis, restaurantes, piscinas, wine bar, capela,
salas de reunião, artesanato e uma paisagem natural de fôlego. Até um
forno a lenha. Estas facetas convivem bem na Villa Termal das Caldas de
Monchique, que é mesmo uma pequena vila, em conceito e simpatia
Está plantado em quarenta hectares de
serra, longe do Algarve apinhado de
gentes e ruídos de férias. No complexo
termal das Caldas de Monchique o ar é
outro e aparece pintalgado do verde de
eucaliptos, pinheiros e medronheiros ou
do amarelo de alguma acácia-mimosa. Em descida ligeira (à direita
temos o Hotel D. Carlos, o primeiro que
se avista dos cinco da villa) chegamos
ao Hotel Central. O nome clarifica a
escolha: nele estão centralizadas as
reservas para todas as unidades e dele
vê-se tudo em panorâmica. O Hotel
Termal – o maior, com 46 quartos –, a
casa enorme da antiga sala de banhos,
as piscinas exteriores de água termal e o
topo trabalhado do edifício oitocentista
que abriga as salas de reunião.
Saindo do Hotel Central, a atenção
suspende-se nos poucos pormenores
a descoberto de um dos quatro chalés
privados da villa. Distraem-nos os
rendilhados nas janelas superiores e o
traço principesco da moradia. Na órbita
desta rua encontramos a Arte Natura,
loja de Monika que serve também de
atelier de ocupação de tempos livres
das crianças que aqui podem dar asas
à imaginação quando pintam pedras
ou constroem peças com materiais
naturais, apanhados na serra.
Para os namorados,
amigos e casados
Caminhamos a passos largos para
os espaços mais românticos da villa.
Primeiro, a capela de 1940. A arquitectura
é tradicional portuguesa e a escadaria
já levou ao altar muitos casais de
irlandeses e ingleses, por exemplo.
«Costumamos oferecer aos noivos a
estadia da primeira noite numa suite,
com muitas atenções e pequenas
surpresas», diz o nosso cicerone,
Tiago Carvalho, do departamento de
marketing das Caldas de Monchique.
Atravessamos o parque, onde as
árvores se encavalitam entre flores,
zonas de merendas e a cascata
dos desejos e a fonte dos amores.
Chegamos à esplanada dos ulmeiros:
concentra o wine bar O Tasco, ao lado os
apartamentos D. Francisco (10 quartos
duplos) e em frente, ao pé de mesas
e assentos em madeira que mantêm
o recorte dos troncos, o forno a lenha
que coze ao ar livre – para turista ver –
o saboroso pão com chouriço. Ainda
na zona histórica fica a estalagem D.
Lourenço (12 quartos), que fecha a oferta
hoteleira da villa, e o famoso restaurante
1692, nome ganho em homenagem
à data que assinala os primeiros
registos de utilização pública da água
termal das Caldas de Monchique.
Viagem para baixo e descobre-se o
edifício do antigo casino, construção
de finais do século XIX decorada
por vitrais que dão cor às reuniões
e aos eventos que ali acontecem.
Um sítio que apetece
Agora no vale, voltamos ao Hotel Termal,
fechado para manutenção até Junho.
Característica principal: «O Spa termal
é dentro do hotel. É dos poucos do
país e do mundo que permite que
a pessoa usufrua do Spa sem sair
do mesmo espaço», explica Tiago.
Escolha original num tempo de corrupio
é gozar de um dos oito programas de
bem-estar que o complexo oferece.
Diferente do tratamento médico
termal – a água de Monchique é,
em termos medicinais, indicada
para afecções das vias respiratórias e
musculo-esqueléticas -, o Spa é um
íman irresistível para os utentes, na sua
maioria portugueses e espanhóis (87%).
Da vinoterapia, ao duche vichy e
ao duche de jacto, os mimos são
intermináveis. Em 2008 começaram
com massagens ao ar livre num antigo
posto de vigia romano. E, de quando em
quando, surpreendem os hóspedes nos
dias abafados de Verão com espetadas de
fruta e gelados. A Villa Termal das Caldas
de Monchique tem, afinal, uma equação
simples: saúde e romantismo num «sítio
que apetece», conclui Tiago Carvalho.
Pegada termal
Proprietário
Fundação Oriente
. Cinco hotéis
. 103 quartos
. Balneário Spa termal
. Oito programas de bem-estar
. Piscinas exteriores de água termal
. Duas salas de reuniões (155 a 215
pessoas)
. Kids Club e serviço de baby-sit
Investimento futuro
Recuperação da antiga sala
de banhos para aumentar a
capacidade do Spa termal
Contactos
T. 282 910 910
[email protected]
www.monchiquetermas.com
Ver galeria de fotografias em
www.turismodoalgarve.pt
12 : : Radar
Mais de 500 mil nos
postos em 2008
a saber
Portaria n.º 123/2009, de 30
de Janeiro
Altera a época balnear nos
municípios de Alcoutim, Albufeira,
Vila do Bispo e Portimão.
radar :: 13
Algarve segue
tendência de
abrandamento
Linha de crédito PME Investe III
O montante máximo da linha de crédito
PME Investe III, destinado às micro e
pequenas empresas, foi reforçado de
400 para 600 milhões de euros.
Os vinte e um postos de
informação turística do Algarve
receberam 503 497 utentes
durante 2008. Os ingleses,
espanhóis e portugueses
representaram mais de metade
(58,3%) do total dos atendimentos.
Comparativamente a 2007, assistiu-se
a um decréscimo no número total
de utentes dos postos de turismo
(- 26,1%), que pode ser justificado
pela introdução, em 2008, de uma
nova metodologia de contagem e de
registo do atendimento, bem como
pelo encerramento temporário de
alguns postos (Albufeira, Armação de
Pêra e Carvoeiro) para remodelação.
A procura de informação nos postos
de turismo apresenta um pico de
sazonalidade muito marcado nos
meses de Verão (Junho a Agosto),
contribuindo estes com 37,6 por
cento do total.
Visitalgarve mantém
milhão de visitas
O sítio promocional do Algarve
registou, em 2008, mais de um
milhão de visitas, efectuadas por
cerca de 700 mil utilizadores, o que
equivale a uma subida homóloga
de 14,4 por cento nas entradas e
de 20,3 por cento no número de
internautas.
Naquele período, a maioria das
pessoas procurou o visitalgarve.pt
apenas uma vez (88,2%) e realizou em
média 1,7 visitas.
Julho foi o mês com maior afluência,
concentrando 13 por cento do total
de visitas de 2008.
As entradas no sítio distribuem-se
de forma homogénea pelos dias da
semana, oscilando entre os 12 por
cento ao sábado e os 16 por cento à
segunda e à terça-feira.
A actividade turística do Algarve
revela sinais de abrandamento,
acompanhando a tendência
nacional e internacional motivada
pela crise financeira e pelas
dificuldades de crédito, dizem os
dados preliminares de 2008 do
Instituto Nacional de Estatística
(INE).
Em 2008, a procura turística de
estabelecimentos hoteleiros no
Algarve apresentou uma evolução
negativa de 3,4 por cento, tendo
o aeroporto de Faro registado
um decréscimo de 0,5 por cento
no movimento de passageiros,
comparativamente com o ano
anterior.
Os resultados negativos devem-se sobretudo à redução da
procura dos principais mercados
emissores externos para o Algarve,
principalmente o britânico e o
espanhol, que registaram em 2008
decréscimos homólogos de 11,8 e
11,0 por cento, respectivamente,
no número de dormidas nos
estabelecimentos hoteleiros do
Algarve.
Contrariando esta quebra, o mercado
interno apresentou um desempenho
positivo no ano em análise, traduzido
num crescimento homólogo de
4,1 por cento no número total de
dormidas nos estabelecimentos
hoteleiros algarvios.
Turistas portugueses
podem atenuar o efeito
da crise
Esta conjuntura favorável ao
crescimento do mercado interno, no
panorama regional, foi igualmente
identificada pelo painel de peritos do
«Barómetro do Turismo do Algarve»
que, na sua segunda edição, previa
para 2009 um decréscimo acentuado
dos mercados inglês, irlandês e
alemão, compensado por um cenário
menos pessimista para os mercados
português e espanhol.
Portugueses visitam o
Algarve pelo menos uma
vez por ano
Perante este cenário, o mercado
nacional deverá constituir-se como
uma aposta do turismo algarvio.
Segundo o estudo «Perfil do turista
nacional que visita o Algarve»,
promovido pelo Turismo do Algarve
e da responsabilidade de uma equipa
de investigadores da Universidade do
Algarve, os portugueses têm uma forte
afinidade com este destino, fruto da
familiaridade que têm com a região
e da satisfação que sentem com as
experiências nela vividas.
Segundo o estudo, os portugueses
visitam frequentemente o Algarve: 34,7
por cento vem pelo menos uma vez
por ano, 21,8 por cento vem duas
vezes por ano e 32,2 por cento vem
três ou mais vezes ao ano. A principal
motivação de visita é o lazer do
turismo de sol e praia e a animação/
recreação. A esmagadora maioria
(95,8%) são turistas de repetição
frequente (56,5%) ou muito
frequente (32,2%).
O estudo - que pode ser
consultado na íntegra em
www.turismodoalgarve.pt - revela
igualmente que a satisfação dos
portugueses para com o Algarve
é traduzida numa elevada taxa
de intenção de regresso à região
(95,8%). Quase 90 por cento dos
inquiridos admite mesmo, com toda
a certeza, voltar ao Algarve.
O turista português que visita o
Algarve tem entre 31 e 50 anos
(51,3%), é casado ou vive em união
de facto (65,1%). O seu agregado
familiar é formado por dois adultos
e uma criança, constituindo famílias
tradicionais (84,8%). Reside no centro
de Portugal, sobretudo na área da
grande Lisboa (41,0%), mas também
na região Norte (14,7%).
Os turistas domésticos do Algarve
têm formação superior (47,7%) e
pertencem à população activa,
sendo essencialmente trabalhadores
por conta de outrem (58,4%).
14 : : acontece
«Quiosque» do
Algarve
O «quiosque» do Algarve vai estar
em itinerância a partir de Março em
centros comerciais de Lisboa e do Norte
do país para promover a imagem do
destino junto dos portugueses. Este é
um conceito inovador que tira partido
do espaço – no qual circulam centenas
de pessoas – para divulgar o maior
destino de férias nacional. O pequeno
«quiosque» consiste num balcão de
atendimento com plasma onde será
distribuído material informativo do
Algarve. A acção, que prevê a passagem
do módulo por seis shoppings diferentes
até Novembro, tem um custo de 100
mil euros.
Algarve convida
em Vigo
Remodelações
continuam
Os pontos de atendimento ao turista
de Quarteira e do Carvoeiro vão
ter uma nova cara até ao Verão. As
construções arrancam em Março e
Abril, respectivamente, e introduzem
as linhas modernas das estruturas
da Praia da Rocha e de Silves,
inauguradas no ano passado. O posto
de Quarteira, implantado na Praça
do Mar, passará a ter sede na área do
calçadão, enquanto o do Carvoeiro
surgirá no sítio do edifício actual,
que será demolido. No âmbito do
projecto de uniformização da imagem
dos postos de turismo, também o
de Albufeira foi alvo de obras, tendo
reaberto ao público em Janeiro com o
interior renovado.
Maqueta do posto de Quarteira
Dar a volta ao Algarve turístico sem
sair do mesmo espaço, aproveitando
para marcar férias a preços especiais, é
a sugestão da feira de turismo «Algarve
Convida» que agora se estende a Vigo.
Cerca de cinquenta participantes vão
tentar convencer os espanhóis a visitar
a região algarvia, numa acção conjunta
do Turismo do Algarve e da Associação
Turismo do Algarve. A feira decorre de 16 O Turismo do Algarve assumiu a
gestão do posto de turismo do
a 17 de Maio.
aeroporto internacional de Faro,
antes partilhada com o Turismo de
Portugal. Desde Fevereiro que aquela
estrutura está inteiramente sob a
alçada da entidade regional, agora
responsável por 21 postos. O processo
de transferência da gestão abrange
a utilização do estabelecimento, dos
seus equipamentos e bens. O Turismo
Mais um posto
para o turismo
do Algarve
do Algarve recebe ainda os meios
financeiros para o funcionamento
desta estrutura que atendeu 63 mil
pessoas em 2008.
diz
que
disse
«[2009] é o ano em
que se vai ver quem
tem calça curta.»
Miguel Carvalho Marques, CEO
Orizonia Portugal, in Publituris
AIDA na
abertura do
FIMA
A ópera Aida, do italiano
Giuseppe Verdi, abre o ciclo de 25
espectáculos da 31.ª edição do
Festival Internacional de Música
do Algarve (FIMA). Composta
no final do século XIX, a obra
chega ao Algarve através de uma
super-produção da grande Ópera
de Kazan, da Rússia. Nos dias 10
e 11 de Abril, a célebre ópera
encomendada a Verdi pelo governo
egípcio estará no Teatro das Figuras,
em Faro. No dia 12 de Abril sobe ao
palco do Pavilhão do Arade. O FIMA
tem direcção artística do maestro
Osvaldo Ferreira e é organizado
pelo Turismo do Algarve, numa
co-produção com o Teatro
Municipal de Faro. Os sons e a
dança vão percorrer a região até 31
de Maio.
«O Turismo de Portugal
vai fazer uma campanha
forte de turismo interno,
e nós [Netviagens]
também queremos
surfar essa onda.»
Francisco Sá Nogueira, administrador
da ES Viagens, in Expresso
«A pressão das vendas
cega qualquer um.
(…) Mas apesar desta
pressão constante, deve
haver quem saiba tirar
os olhos do chão e olhar
mais além. Alguém
que levante a cabeça,
partilhe a sua visão [de
posicionamento da
marca Portugal] com os
vários stakeholders e saiba
projectar os resultados
no depois de amanhã.»
Duarte Durão, managing partner
da Nossa, in Meios & Publicidade
«[As companhias low
cost] são o subprime do
turismo (…). Vivem de
subsídios, de patrocínios,
de boas-vontades e de
engenharias financeiras
– as mesmas que nos
mergulharam nesta crise.»
Timóteo Gonçalves, director-geral
da Halcon Viagens, in Metro
trade em notícia :: 15
Este lugar ao
sol
é seu.
Para ver as suas notícias aqui
publicadas, só tem de escrever para o
e-mail [email protected].
Versailles
algarvia abre
em Abril
A Pousada de Estoi, construída no
palácio do século XVIII de geométricos
jardins de estilo francês, vai abrir ao
público já em Abril. Todas as zonas
comuns do palácio e os exteriores
– jardins, pavilhões de chá, casa do
caseiro, cavalariças e galinheiros – foram
restaurados num projecto assinado
por Gonçalo Byrne. A unidade está
localizada na pequena cidade de Estoi,
a 10 quilómetros de Faro, e dispõe de
63 quartos, Spa, piscina, restaurante, bar,
salas de eventos e uma antiga capela.
A divisão mais emblemática do palácio
é o salão nobre, pintado com folha de
ouro original oitocentista, que agora
é uma sala de jantar sumptuosa, ao
estilo principesco. O edifício senhorial
pertence desde 1987 à Câmara de Faro,
que entregou a obra de adaptação ao
grupo ENATUR – Pousadas de Portugal.
Rota Faro-Paris
inaugura em
Julho
Faro vai estar a pouco mais de uma
hora e meia de Paris a partir de 11 de
Julho, com a nova ligação aérea da low
cost britânica easyJet. Os voos serão
operados às quartas, aos sábados e
domingos, com partida da capital
algarvia às 15h30 e às 16h10 rumo ao
aeroporto de Orly. Mais informações em
www.easyJet.com.
Portugal maior
O país é grande, maior do que
pensamos, e com muito para
descobrir. Esta é a ideia da nova
campanha do Turismo de Portugal
para promover as treze regiões
turísticas nacionais junto dos
portugueses. Nas ruas – em mais
de seis mil mupis e outdoors –,
na televisão, na rádio, no cinema,
na Internet, na imprensa e nos
transportes públicos, a campanha
interna custa quatro milhões de euros.
«Descubra um Portugal Maior» é o
slogan em circulação até ao final do
ano, numa produção da empresa
My Brand que engloba ainda o
lançamento do portal
www.descubraportugal.com.pt.
Spa Vila Joya
no top do
Sunday Times
As velas cintilantes, os recantos
secretos e os ambientes de inspiração
marroquina do Spa do Vila Joya
foram os factores responsáveis pela
integração deste espaço de saúde e
bem-estar na lista dos «cinco Spas
em grandes hotéis» escolhidos pelo
jornal inglês «Sunday Times». O nome
do Spa do Vila Joya, situado na praia
da Galé (Albufeira), surge entre outros
de França ou Nova Iorque para um
momento único a dois.

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