Untitled - Faculdade de Motricidade Humana
Transcrição
Untitled - Faculdade de Motricidade Humana
2 10th International Conference on Digital Exclusion in the Information and Knowledge Society Comissão Organizadora [Organizing Committee] Carlos Alberto Rosa Ferreira - Universidade de Lisboa, Portugal Sofia Balula Dias - Universidade de Lisboa, Portugal Comissão Científica [Scientific Committee] José Manuel Fragoso Alves Diniz - Universidade de Lisboa, Portugal Jean François Cerisier - Université de Poitiers, Francia Maria Concepción Domínguez Garrido - Univ. Nacional de Educación a Distancia, España Carlos Alberto Rosa Ferreira - Universidade de Lisboa, Portugal Sofia Balula Dias - Universidade de Lisboa, Portugal Antonio Medina Rivilla - Universidad Nacional de Educación a Distancia, España João Barroso - Universidade de Trás-dos-Montes e Alto Douro, Portugal Leontios J. Hadjileontiadis - Aristotle University of Thessaloniki, Greece António Rodrigues - Universidade de Lisboa, Portugal Francisco dos Santos Rebelo - Universidade de Lisboa, Portugal Title: Livro de Resumos do X Semime (Exclusão Digital) [Conference Proceedings of the 10th International Conference on Digital Exclusion in the Information and Knowledge Society] Editors: Carlos Ferreira, Sofia Balula Dias, & José Alvez Diniz Edition: © Faculdade de Motricidade Humana (FMH) FMH Editions, 1495-688 Cruz Quebrada Phone: (+ 351) 21 414 92 70 [email protected] - www.fmh.ulisboa.pt Print: Digital Printig Services (DPS) Lda. Date: January, 2016 ISBN: 978 972 735 219 7 10th International Conference on Digital Exclusion in the Information and Knowledge Society i 2 10th International Conference on Digital Exclusion in the Information and Knowledge Society Programa [Program] FRIDAY 29 8:30 Registration 9:00 Opening Session [Salão Nobre] Conference Chair Prof. José Alves Diniz, Head of the Faculdade de Motricidade Humana 9:30 Prof. Leontios J. Hadjileontiadis: Keynote 1 Guiding students to innovative thinking: The biomedical, active and healthy ageing paradigms 10:00 SESSION 1: TECHNOLOGICAL INNOVATION & INTELLIGENT SYSTEMS [Chair: Francisco Rebelo] Atividades investigativas baseadas em TIC: Um estudo com crianças e jovens num espaço diferenciado de educação científica e tecnológica Geraldo Rocha Fernandes, António Rodrigues, Carlos Alberto Ferreira Quality of life technologies: Facilitators and barriers Arminda Guerra Lopes, Eurico Lopes Mise en place de dispositifs hybrides, MOOC, SPOC, serious games: qu’est ce qui change dans le discours des porteurs de projets innovants Diarra Diakhate 11:00 Musical Interlude/ Coffee Break 11:30 Prof. Jean-François Cerisier: Keynote 2 Le BYOD, un défi social pour l’Ecole 12:00 SESSION 2: DIGITAL PLATFORMS IN THE INFORMATION AND KNOWLEDGE SOCIETY [Chair: António Rodrigues] Ampliar o marketing sensorial nas plataformas digitais de e-learning para desenvolver uma maior literacia da população Cristina Vaz de Almeida Alterações no comportamento dos consumidores dos dispositivos móveis decorrentes da introdução de tablets no mercado nacional Katiane Dias Miranda Ferreira Autonomia e participação na aprendizagem Ester Gómez 13:00 Conference Lunch 10th International Conference on Digital Exclusion in the Information and Knowledge Society 1 Programa [cont.] 14:30 Prof. Antonio Medina Revilla: Keynote 3 Programa para la mejora de la Educación Superior: Formación de docentes y estudiantes en la competencia de identidad profesional, innovación, comunicación entre culturas y digital 15:00 SESSION 3: LEARNING MANAGEMENT SYSTEMS & B-LEARNING [Chair: Geraldo Fernandes] LMS Moodle and concept maps: Two approaches-one hybrid world Sofia B. Dias, Sofia Hadjileontiadou, José A. Diniz, Leontios J. Hadjileontiadis Funções dos materiais didáticos para situações de inclusão digital dos atores da relação educativa Gilberto Lacerda Santos Algumas considerações sobre a convergência na educação (presencial e a distância) Fernanda Campos, Fernando Fidalgo 16:00 Coffee Break 16:30 Prof. João Barroso: Keynote 4 Orientation and navigation of blind people using technology 17:00 SESSION 4: ACCESSIBILITY & MOBILE TECHNOLOGIES [Chair: Maria Concepción Domínguez Garrido] A inteligência coletiva no combate ao isolamento dos idosos e na melhoria da autonomia das pessoas cegas Hugo Paredes, Hugo Fernandes, Luís Fernandes, André Sousa, João Barroso A problemática da pontuação nos leitores de ecrã, sintetizadores de fala e dispositivos de acesso Norberto Sousa, Manuela Francisco As TIC na Educação Especial: Responsabilidade científica e ética do professor numa ótica de inclusão na atividade e participação dos alunos de NEE no contexto educativo João Paulo da Silva Miguel, Ana Lurdes Ribeiro Marcos 18:00 2 Closing Session (day 1) 10th International Conference on Digital Exclusion in the Information and Knowledge Society Programa [cont.] SATURDAY 30 9:30 SESSION 5: EUROMIME [Salão Nobre] [Chair: Carlos Ferreira] 5 Minutes, 5 Slides, 1 Question Renan de Lima Barbosa, Esther Gomez Esteban, Zinate Khalil, Ana Claudia Ellery, Lustosa da Costa, Virginia Palacios, Gerti Pishtari, Sergio Iván Ramirez Luelmo, Paulo Cesar Sepulveda Zuluaga, Elton Vinicius Silva 11:00 Coffee Break 11:30 SESSION 6: EDUCATIONAL TECHNOLOGY & DISTANCE EDUCATION [Chair: Sofia Balula Dias] Reach your targets and miss the point! The educational technology paradox in 2016: Digital technologies vs. elusive educational goals Prof. François Marchessou O que dizem os professores da Universidade Aberta: Portugal sobre a convergência na educação Fernanda Campos, Fernando Fidalgo REA: Propuesta para el uso eficiente de los recursos educativos abiertos en la Educación Superior Carmelo Branimir España Villegas, Manuel Caeiro Rodriguez Contributos para reflexão sobre dinâmicas formativas para a educação digital de adultos: Uma experiência no âmbito do projeto LIDIA Elisabete Cruz, Fernando Albuquere Costa, Carla Rodriguez, Joana Viana, Carolina Pereira 12:50 Closing Session Delivery of the “Young Investigator Award” Conference Chair Prof. José Alves Diniz, Head of the Faculdade de Motricidade Humana 10th International Conference on Digital Exclusion in the Information and Knowledge Society 3 4 10th International Conference on Digital Exclusion in the Information and Knowledge Society Comunicações e Autores [Communications & Authors] A aprendizagem colaborativa online: Dinâmica dos grupos da aprendizagem online Virginia Palacios1, Lucio Teles2 1Euromime, Mexico; 2Universidade de Brasília, Brazil ...................................................................................... 9 A inteligência coletiva no combate ao isolamento dos idosos na melhoria da autonomia das pessoas cegas Hugo Paredes, Hugo Fernandes, Luís Fernandes, André Sousa, João Barroso INESC Technology and Science, Porto, Portugal; Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Vila Real, Portugal............................................................................................................................................................ 10 A problemática da pontuação nos leitores de ecrã, sintetizadores de fala e dispositivos de acesso Norberto Sousa1, Manuela Francisco2 1comAcesso, iACT, Portugal; 2Instituto Politécnico de Leiria, Portugal .......................................................... 12 Abordagem metodológica para o desenvolvimento e avaliação de jogos pedagógicos para educação da cidadania de jovens Ana Cláudia Ellery Lustosa da Costa1, Francisco Rebelo2 1Euromime, Brasil; 2Universidade de Lisboa, Faculdade de Motricidade Humana, Portugal ......................... 13 Algumas considerações sobre a convergência na educação (presencial e a distância) Fernanda Campos, Fernando Fidalgo Universidade Federal de Minas Gerais, Brazil ................................................................................................ 15 Alterações no comportamento dos consumidores dos dispositivos móveis decorrentes da introdução de tablets no mercado nacional Katiane Dias Miranda Ferreira Brazil ................................................................................................................................................................ 17 Ampliar o marketing sensorial nas plataformas digitais de e-learning para desenvolver uma maior literacia da população Cristina Vaz de Almeida Instituto Superior de Psicologia Aplicada, Portugal ......................................................................................... 18 Análise dinâmica da apropriação de tablets em contexto escolar Renan de Lima Barbosa1, Bruno Devauchelle2 1Euromime, Brazil; 2Université de Poitiers, France ......................................................................................... 20 Apprentissage des langues et les TICE Zinat Khalil1, Patrick Doucet2 1Euromime, Siria; 2Université de Poitiers, France ........................................................................................... 20 10th International Conference on Digital Exclusion in the Information and Knowledge Society 5 As TIC na Educação Especial: Responsabilidade científica e ética do professor numa ótica de inclusão na atividade e participação dos alunos de NEE no contexto educativo João Paulo da Silva Miguel1, Ana Lurdes Ribeiro Marcos2 1AESH, Portugal; 2Universidade Portucalense Infante D. Henrique, Portugal ................................................ 22 Atividades investigativas baseadas em TICE: Um estudo com crianças e jovens num espaço diferenciado de educação científica e tecnológica Geraldo Rocha Fernandes1, António Rodrigues2, Carlos Alberto Ferreira2 1Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Brazil; 2Universidade de Lisboa, Faculdade de Motricidade Humana, Portugal ........................................................................................................................ 24 Autonomia e participação na aprendizagem Ester Gómez Euromime, Spain ............................................................................................................................................. 25 Autonomía en el aprendizaje: Valoración de un taller de Scratch en el CEIA Selva Saavedra de Temuco, Chile Ester Gómez1, Guillermo Williamson2, José Salazar2 1Euromime, Spain; 2Universidad de La Frontera Temuco, Chile .................................................................... 27 By which criteria digital didactic materials can facilitate the learning process! Gerti Pishtari1, Gilberto Lacerda Santos2 1Euromime, Albania; 2Universidade de Brasília, Brazil ................................................................................... 28 Contributos para reflexão sobre dinâmicas formativas para a educação digital de adultos: Uma experiência no âmbito do projeto LIDIA Elisabete Cruz, Fernando Albuquere Costa, Carla Rodriguez, Joana Viana, Carolina Pereira Instituto de Educação, Universidade de Lisboa, Portugal ............................................................................... 29 Funções dos materiais didáticos para situações de inclusão digital dos atores da relação educativa Gilberto Lacerda Santos Universidade de Brasília, Brazil ....................................................................................................................... 31 Guiding students to innovative thinking: The biomedical, active and healthy ageing paradigms Leontios J. Hadjileontiadis Dept. of Electrical & Computer Engineering, Aristotle University of Thessaloniki, Greece ............................. 32 Le BYOD, un défi social pour l’Ecole Jean-François Cerisier Université de Poitiers, France ......................................................................................................................... 34 LMS Moodle and concept maps: Two approaches-one hybrid world Sofia B. Dias1, Sofia J. Hadjileontiadou2, José A. Diniz1, Leontios J. Hadjileontiadis3 1Faculdade 3Aristotle 6 de Motricidade Humana, Universidade de Lisboa, Portugal; 2Hellenic Open University, Greece; University of Thessaloniki, Greece ................................................................................................... 35 10th International Conference on Digital Exclusion in the Information and Knowledge Society M-learning em educação a distância: Estudo de caso em um curso piloto de formação de professores a distância Elton Vinicius Silva1, José Manuel Saez2, María Concepción Domínguez Garrido2 1Euromime, Brazil; 2Universidad Nacional de Educación a Distancia, Spain ................................................. 37 Mise en place de dispositifs hybrides, MOOC, SPOC, Serious Games: Qu’est ce qui change dans le discours des porteurs de projets innovants Diarra Diakhate Université Bordeaux Montaigne, France ......................................................................................................... 38 Nivel de apropiación en el uso de tableta digital percibida por estudiantes de 5° de escuelas de Macôn y Chalôn sur Saone Arminda Paulo César Sepúlveda1, Bruno Devauchelle2 1Euromime, Colombia; 2Université de Poitiers, France ................................................................................... 39 O que dizem os professores da Universidade Aberta: Portugal sobre a convergência na educação Fernanda Campos, Fernando Fidalgo Universidade Federal de Minas Gerais, Brazil ................................................................................................ 40 Orientation and navigation of blind people using technology João Barroso INESC Technology and Science, Porto, Portugal; Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Vila Real, Portugal............................................................................................................................................................ 42 Pedagogical practices typology: Academic behavior profiling & interaction Sergio Ivan Ramirez Luelmo1, Jean-Francois Cerisier2 1Euromime, Mexico; 2Universite de Poitiers, France ....................................................................................... 43 Programa para la mejora de la educación superior en competencias Antonio Medina Rivilla, Maria Concepción Domínguez Garrido Universidad Nacional de Educación a Distancia, Spain .................................................................................. 44 Quality of life technologies: Facilitators and barriers Arminda Guerra Lopes, Eurico Lopes Instituto Politécnico de Castelo Branco, Portugal ........................................................................................... 45 REA: Propuesta para el uso eficiente de los recursos educativos abiertos en la Educación Superior Carmelo Branimir España Villegas, Manuel Caeiro Rodriguez Universidad de Vigo, Spain ............................................................................................................................. 47 Reach your targets and miss the point! The educational technology paradox in 2016: Digital technologies vs. elusive educational goals François Marchessou France .............................................................................................................................................................. 49 10th International Conference on Digital Exclusion in the Information and Knowledge Society 7 8 10th International Conference on Digital Exclusion in the Information and Knowledge Society A aprendizagem colaborativa online: Dinâmica dos grupos da aprendizagem online Virginia Palacios1, Lucio Teles2 1Euromime, Mexico; 2Universidade de Brasília, Brazil Keywords: Dinâmica dos grupos da aprendizagem online, E-learning, Aprendizagem colaborativa com suporte computacional A Aprendizagem Colaborativa com Suporte Computacional (CSCL) é um ramo emergente das ciências da aprendizagem que estuda como as pessoas podem aprender em grupo com o auxílio do computador. Até mesmo esta simples sentença esconde uma complexidade considerável. A interação da aprendizagem com a tecnologia revela-se bastante complexa. A inclusão da colaboração, da mediação pelo computador e da educação a distância problematizaram a noção de aprendizagem e levantaram questões referentes a premissas anteriores sobre como estudar este tema. Como em muitos ramos ativos da pesquisa científica, a CSCL relaciona-se de forma complexa com disciplinas estabelecidas, evolui de forma difícil de precisar e inclui contribuições importantes que parecem incompatíveis entre si. A área da CSCL tem uma longa história de controvérsias sobre sua teoria, métodos e definições. Além disso, é importante entender a CSCL como uma visão do que é possível alcançar usando computadores, e quais as pesquisas que devem ser desenvolvidas, e não como um corpo estabelecido de experimentos aceitáveis e de práticas de ensino. A Universidade Brasília (UnB) tem uma história de pioneirismo em iniciativas de educação a distância no ensino superior brasileiro. No projeto original de 1961, o emprego das tecnologias na educação de forma democrática e criativa já estava prevista. Em 1979, a instituição assinou um convênio com a Open University da Inglaterra para ofertar vários cursos de extensão na modalidade a distância. O convênio se estendeu até 1985, mas, ao longo desses trinta anos, a universidade vem incorporando a educação a distância à sua estrutura pedagógica, seja utilizando as tecnologias para apoiar a educação presencial ou para a oferta de cursos de graduação, pósgraduação e extensão na modalidade a distância. A seleção dos estudantes é feita por vestibular. Entretanto, apenas a partir de parcerias com o Ministério da Educação é que a UnB passa, efetivamente, a atender de forma ampliada e regular as demandas de formação superior a distância. Entre essas parcerias, que se iniciaram nos anos de 2005 e 2006, encontrase o Sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB). A UAB é um sistema integrado por universidades públicas que oferece cursos de nível superior para camadas da população que têm dificuldade de acesso à formação universitária, por meio do uso da metodologia da educação a distância. Além disso, incentiva a colaboração entre a união e os entes federativos e estimula a criação de centros de formação permanentes por meio dos polos de apoio presencial em localidades estratégicas. Os polos oferecem a infraestrutura física, tecnológica e pedagógica para que os alunos possam acompanhar os cursos a distância. Este estudo será útil para mostrar, com precisão, os angulos ou dimensões dos grupos elearning. A descrição pode ser mais ou menos profunda, ainda que, em qualquer caso, se baseie na medição de um ou mais atributos de dinâmica dos grupos e-leraning. O enfoque da pesquisa mista tem um design transversal e alcance descriptivo. O desenho da pesquisa é não experimental, portanto é uma pesquisa deliberadamente sem manipular variáveis. Ou seja, é uma pesquisa que não irá variar intencionalmente variáveis independentes. O que será feito na pesquisa é observar o fenômeno como ocorre em seu contexto natural, neste caso, a dinâmica de um grupo de e-learning e, em seguida, analisar esse fenômeno (do grupo dinâmico elearning). Como Kerlinger (2002) afirma: “Na pesquisa não-experimental não é possivel manipular as variáveis ou aleatoriamente atribuindo participantes ou tratamentos” (p.240). Na verdade, não há condições ou estímulos a que os sujeitos do estudo são expostos. Os indivíduos foram observados em seu ambiente natural. Portanto, o presente estudo é uma investigação sistemática e empírica. As inferências sobre as relações entre as variávais é realizada sem a intervenção direita ou influência, e essas relações são observadas em seu contexto 10th International Conference on Digital Exclusion in the Information and Knowledge Society 9 natural. O presente projeto é crosstransacional e os dados serão recolhidos em um só momento, em um único tempo. O seu propósito é descrever e analisar sua incidência e interrelação em um determinado momento. É como tirar uma foto de algo acontecendo. Referências Cerclé, A., & Somat, A. (2005). Psychologie sociale: Cours et exercices. Paris: DUNOD. Fisher, M., Thompson, G.S., & Silverberg, D.A. (2005). Effective group dynamics in e-learning: Case study. Journal of educational technology systems, 33(3), 205-222. Goetz, T., Nett, U.E., Martiny, S.E., Hall, N.C., Pekrun, R., Dettmers, S., & Trautwein, U. (2012). Students’ emotions during homework: Structures, self-concept antecedents, and achievement outcomes. Learning and Individual Differences, 22(2), 225-234. Kerlinger, F.N. (2002). Investigación del comportamiento. México: McGraw-Hill. Rodríguez, F.G., & de la Hera, C.M.A. (1998). Introducción a la psicología de los grupos. España: Ediciones Pirámide. A inteligência coletiva no combate ao isolamento dos idosos na melhoria da autonomia das pessoas cegas Hugo Paredes, Hugo Fernandes, Luís Fernandes, André Sousa, João Barroso INESC Technology and Science, Porto, Portugal; Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Vila Real, Portugal Keywords: Accessibilidade, Colaboração, Inclusão, Interação, Cegos, Idosos, Dispositivos móveis, Inteligência coletiva, Ambientes inteligentes Segundo a União Internacional de Telecomunicações (UIT), em 2015, 3.2 mil milhões de pessoas, representando cerca de 44% da população mundial, tinham acesso a uma ligação à Internet. A mesma fonte prevê 7 mil milhões de assinaturas de banda larga móvel até o final de 2016. Toda esta população ligada pode representar uma enorme força de trabalho se forem utilizadas soluções tecnológicas pervasivas, incorporadas nas atividades quotidianas habituais das pessoas. A ascensão do “crowdsourcing", desencadeada em 2006, despertou as empresas e a comunidade científica para esta oportunidade. As propostas de “crowdsourcing” apresentam uma vertente bidirecional quando aplicadas à inclusão social. O envelhecimento da população exige medidas para prevenir o isolamento social, podendo a participação em iniciativas de “crowdsourcing” promover a socialização e evitar o isolamento de idosos. As computações humanas realizadas podem enquadrar-se no âmbito da intervenção social, como no caso da descrição de uma praça (como por exemplo Times Square em Nova York) com vários painéis publicitários em constante mudança, o reconhecimento de obstáculos que possam representar um perigo para um cego (como um cão de uma raça perigosa) ou mesmo o alerta para um automóvel estacionado no passeio. De facto, a inteligência coletiva pode ser explorada de várias maneiras como 10 computação humana, “crowdsourcing” e computação social. Estudos anteriores sobre computação humana e “crowdsourcing” foram centrados em tarefas cognitivas complexas, como a tradução fiel do texto, a gestão social de processos de negócios, a recolha de dados rápida através de "sensores humanos", o controlo de doenças, a correção do reconhecimento ótico de caracteres, a classificação vídeo e áudio, a manutenção das cidades e proteção civil, e os repositórios digitais utilizando as contribuições dos cientistas (Fraternali, 2012). A computação humana pode fornecer informações em tempo real com extrema precisão para problemas reais. A melhoria da acessibilidade na colaboração é considerada uma abordagem fundamental para melhorar a experiência de navegação Web para pessoas com necessidades especiais (Takagi, 2009). O “friendsourcing” é uma ferramenta que permite a cerca de 39 milhões de cegos em todo o mundo obter respostas dos seus amigos, à distância, a perguntas visuais (Brady, 2013). Questões de design, barreiras cognitivas, problemas de acessibilidade e criação de meta dados precisos são algumas variáveis que devem ser analisadas desde a fase inicial do processo de desenvolvimento de software social, incluindo as pessoas com deficiência (Takagi, 2008). A digitalização e transcrição colaborativa de livros por voluntários apresentam uma possibilidade de investigação para melhorar a experiência dos os utilizadores 10th International Conference on Digital Exclusion in the Information and Knowledge Society cegos (por exemplo, Bookshare). Além disso, serviços comunitários recentes, como o Be My Eyes (www.bemyeyes.org/), permitem que voluntários de todo o mundo ajudem as pessoas cegas através de uma videochamada. O ecossistema móvel apresenta diversas oportunidades para o “crowdsourcing”. O uso ubíquo de smartphones e tablets num conjunto diversificado de ambientes de trabalho introduzem requisitos que variam continuamente. VizWiz (Bigham, 2010) é uma aplicação que permite aos utilizadores cegos fazer perguntas para a "multidão" ou aos seus amigos. Mais aplicações desta natureza são necessárias para apoiar a integração social e a entre ajuda através da tecnologia. A Organização Mundial da Saúde (OMS) (2002) define o envelhecimento ativo como "o processo de otimização das oportunidades de saúde, participação e segurança, a fim de melhorar a qualidade de vida ao longo do envelhecimento". As tecnologias de informação e comunicação (TIC) têm sido exploradas para ajudar e apoiar o envelhecimento ativo. As novas dimensões da comunicação possibilitadas pelas TIC reduzem as barreiras, quer físicas quer geográficas, que muitas vezes invadem a população idosa e suas famílias (Taylor, 2011). Essa comunicação permite aos idosos a participação na vida social e evitando, assim, solidão e isolamento (Löfqvist, 2013). Neste trabalho, é debatido o uso de ferramentas de comunicação das TIC para proporcionar ocupação aos idosos como produtores de inteligência coletiva. Um dos desafios desta abordagem consiste na integração do papel de produtor na rotina diária dos idosos e a sua capacidade de usar os dispositivos tecnológicos, tais como televisão, telemóveis ou tablets. A intenção não é que a contribuição seja obrigatória, ou mesmo intrusiva na sua vida quotidiana, mas uma opção voluntária. No entanto, existem outras questões de investigação, tais como privacidade, segurança e confiança que não serão abordadas. Como estudo de caso foi utilizado um sistema navegação para cegos, resultados de investigação que tem vindo a ser desenvolvida pela equipa de investigação. A partir das lições aprendidas, houve a necessidade de recolher informações em tempo real sobre as alterações temporárias dos ambientes urbanos. Na maioria das vezes, os obstáculos temporários em ambiente urbano transformam ambientes conhecidos em desconhecidos, restringindo a mobilidade e a autonomia das pessoas cegas. A deteção destes obstáculos foi estudada anteriormente no âmbito dos projetos SmartVision (Fernandes e col., 2011) e Blavigator (Fernandes e col., 2012), nos quais foram identificadas as limitações das atuais tecnologias em termos de confiança, precisão, capacidade de aprendizagem e adaptação. Associando a esta necessidade a potencialidades da inteligência coletiva, nomeadamente em cenários de inclusão social, apresenta-se a hipótese de usar esses mecanismos associados aos sistemas de navegação para cegos, analisando os pontos fortes e fracos da proposta. As contribuições permitem definir os principais desafios de integrar mecanismos de inteligência coletiva na resolução dos problemas identificados nos sistemas de navegação para cegos, e demonstrar a capacidade de integração social de tais mecanismos, proporcionando às pessoas idosas a oportunidade de contribuir para o bem comum. Este trabalho discute as potenciais oportunidades de investigação para o desenvolvimento de um modelo orquestrado usando mecanismos de inteligência coletiva por meio de iniciativas de inclusão social para melhorar a acessibilidade de ambientes urbanos e estabelecer uma agenda de investigação. Referências Bigham, J.P., Jayant, C., Ji, H., Little, G., Miller, A., Miller, R.C., Miller, R., Tatrowicz, A., White, B., White, S., & Yeh, T. VizWiz (2010). Nearly realtime answers to visual questions. Proceedings of the 23nd Annual ACM Symposium on User Interface Software and Technology (UIST 2010) (pp. 333-342). New York: ACM. Brady, E., Zhong, Y., Morris, M.R., & Bigham, J.P. (2013). Investigating the appropriateness of social network question asking as a resource for blind users. Proceedings of the 2013 Conference on Computer Supported Cooperative Work (CSCW 2013) (pp. 12251236). New York: ACM. Fernandes, H., Conceição, N., Paredes, H., Pereira, A., Araújo, P., & Barroso, J. (2012). Providing accessibility to blind people using GIS. Universal Access in the Information Society, 11(4), 1-9. Fernandes, H., du Buf, J., Rodrigues, J.M.F, Barroso, J., Paredes, H., Farrajota, M., & José, J. (2011). The SmartVision navigation prototype for blind users. Journal of digital content technology and its applications, 5(5), 351-361. 10th International Conference on Digital Exclusion in the Information and Knowledge Society 11 Fraternali, P., Castelletti, A., Soncini-Sessa, R., Vaca Ruiz, C., & Rizzoli, A.E. (2012). Putting humans in the loop: Social computing for Water Resources Management. Environmental modelling & software, 37, 68-77. Löfqvist, C., Haak, M., & Slaug, B. (2013). The use of assistive technology in different age-groups of old people. Assistive technology research series, 33, 22-6. Takagi, H., Kawanaka, S., Kobayashi, M., Itoh, T., & Asakawa, C. (2008). Social accessibility: achieving accessibility through collaborative metadata authoring. Proceedings of the 10th international ACM SIGACCESS conference on Computers and accessibility (pp. 193-200). ACM. Takagi, H., Kawanaka, S., Kobayashi, M., Sato, D., & Asakawa, C. (2009). Collaborative web accessibility improvement: challenges and possibilities. Proceedings of the 11th international ACM SIGACCESS conference on Computers and accessibility (pp. 195-202). ACM. Taylor, A. (2011). Social media as a tool for inclusion. Final Research Project. From: http://homelesshub.ca/sites/default/files/Taylor_ Social%20Media_feb2011%20%281%29_1_2.p df A problemática da pontuação nos leitores de ecrã, sintetizadores de fala e dispositivos de acesso Norberto Sousa1, Manuela Francisco2 1comAcesso, iACT, Portugal; 2Instituto Politécnico de Leiria, Portugal Keywords: Pontuação, Leitura, Leitores de ecrã, Sintetizadores de fala, Dispositivos de acesso Tal como é explicado por diversos autores, entre os quais Straus (2008) e Truss (2003), entende-se por “Pontuação” o sistema de sinais e símbolos usados na escrita, que mostram ao leitor como a frase é construída e como deve ser lida. Como tal, a pontuação é normalmente utilizada na informação escrita, em particular nos textos, sendo o seu significado ensinado nos primeiros anos de escolaridade. Também na matemática encontramos alguns sinais com a mesma representação gráfica, mas que surgem com uma outra função. O mesmo sucede nos atuais contextos digitais. Com o desenvolvimento da informática, encontramos alguns dos sinais de pontuação, que adotam diferentes significados, em linguagens de programação, em conteúdos web e na própria comunicação mediada por computador ou dispositivos móveis. Para compreender o significado dos sinais de pontuação, utilizados em cada contexto, é necessária uma aprendizagem, que nem sempre é rápida e efetiva. Sendo a pontuação representada graficamente, a pessoa que utiliza a função visual deteta a sua presença e interpreta-a de acordo com o contexto. Quem não utiliza a função visual, depende do leitor de ecrã que através de voz sintetizada, irá ler ou interpretar o sinal de pontuação utilizado. Contudo, serão os leitores de ecrã capazes de interpretar a pontuação de acordo com o contexto? Terão todos o mesmo comportamento? Serão os sintetizadores de fala capazes de transmitir 12 corretamente os elementos suprassegmentais, em particular a entoação e o ritmo, impostos pelo sinal utilizado? De acordo com Sousa e Francisco (2014) e Bohman (2014), os leitores de ecrã têm vários modos de leitura. Porém, a complexidade de interpretação e de navegação de um leitor de ecrã vai muito mais além desta simplificação. Cada leitor de ecrã tem a sua própria forma de navegação, interpretação e pronunciação do conteúdo, como é reforçado por Webaim (n/d), e que por sua vez, depende do contexto onde se navega: documentos, dispositivos (PC, Tablet, Smartphone) e web. Em contexto web constata-se que a pontuação nos conteúdos e os carateres por vezes inseridos no código para separar links (e.g., listas horizontais), são interpretados como elementos HTML. Esta forma de implementação dos carateres imprimíveis para a separação de listas, além de desaconselhada, torna a navegação de utilizadores de leitores de ecrã (principalmente nos dispositivos móveis), mais demorada e com mais elementos distratores. Esta incongruência é agravada pelas diferentes formas de interpretação de cada navegador Web e de cada leitor de ecrã, os quais são, por vezes, influenciados pelo sintetizador utilizado. Assim, no presente estudo de caso, criaram-se diferentes cenários com o objetivo de analisar e comparar os comportamentos dos diferentes leitores de ecrã, com diferentes sintetizadores, em diferentes interfaces. Para tal, escreveu-se, no MS Word, frases com pontuação elementar; 10th International Conference on Digital Exclusion in the Information and Knowledge Society frases com erros de pontuação; expressões básicas de matemática e texto incluindo Links. Replicou-se estes cenários para uma página Web e criou-se outro cenário com listas horizontais (e.g., menu de topo). Estes cenários foram analisados, no MS Word, nos navegadores web através do PC (Chrome, Firefox) com o modo de leitura sequencial (seta acima/ abaixo) e de smartphones (Crome, Safari) com o gesto predefinido (varrimento esquerda/direita), No Ms Word e nos navegadores Web do PC utilizaram-se os leitores de ecrã Jaws 17, com os sintetizadores “Eloquence” (voz robótica) e “Vocalizer expressive Catarina” (voz natural) e NVDA 2015.4 com os sintetizadores “Espeak” e “Eloquence” (vozes robóticas) e “Vocalizer Joana” (voz natural). Nas configurações de leitura de pontuação dos leitores de ecrã selecionou-se a opção “Alguma pontuação”. Nos smartphones utilizaram-se, para Android, os leitores de ecrã Talkback e Shine Plus com os sintetizadores “Eloquence” (voz robótica), “voz do Google” e “Vocalizer Joana” (vozes naturais); e para o iPhone, o leitor de ecrã VoiceOver com o sintetizador de voz “Vocalizer Joana”. Os comportamentos observados em cada um dos cenários foram registados em tabelas que permitiram uma análise comparativa das várias situações. Verificou-se que o sintetizador que mais respeita a entoação é o Eloquence, independentemente do leitor de ecrã e do dispositivo de acesso (pc ou smartphone). Este sintetizador demonstrou ainda ser mais eficaz na deteção de erros ortográficos e de pontuação. As vozes naturais, apesar de ser expectável um maior nível de prosódia, mostraram um comportamento contrário, ou seja, apenas as frases interrogativas são lidas com entoação. No caso dos sinais de pausa verifica-se que cada leitor de ecrã apresenta uma leitura com diferentes ritmos, relativos ao mesmo sinal. Em cenário web, e apenas com os smartphones, verificou-se que os sinais de pontuação que separam links, são interpretados como elementos HTML (é feita uma quebra na leitura como se mudasse de parágrafo). Nos símbolos matemáticos, à exceção do sinal mais, a forma de leitura dos sinais depende do leitor de ecrã, do sintetizador e do espaçamento, colocado ou não, antes e após o sinal. Assim, a garantia que os conteúdos digitais sejam efetivamente acessíveis não depende apenas do cumprimento das normas existentes. Os problemas relacionados com os comportamentos pouco consistentes dos leitores de ecrã em situações específicas devem ser previstos e resolvidos pelos programadores destes softwares. Estes problemas, apesar da sua especificidade, são fundamentais para uma compreensão eficaz e eficiente dos conteúdos e das interfaces veiculados pela web. Referências Bohman, P. (2014). Why don’t screen readers always read what’s on the screen? Part 1: Punctuation and typographic symbols. in accessibility matters - Deque Blog. Disponível em: http://www.deque.com/blog/dont-screenreaders-read-whats-screen-part-1-punctuationtypographic-symbols/ Sousa, N. & Francisco, M. (2014). Acessibilidade na web: avaliação manual versus avaliação automática. Livro de Resumos SEMIME - VIII Seminário Exclusão Digital na Sociedade de Informação. Lisboa: Edições FMH. Straus, J. (2008). The blue book of grammar and punctuation: An easy-to-use guide with clear rules, real-world examples, and reproducible quizzes. (10th ed.) USA: Jossey-Bass. Truss, L. (2003). Eats, shoots & leaves. London: Profile Books. WebAIM (n/d). Designing for screen reader compatibility. WebAIM. Disponível em: http://webaim.org/techniques/screenreader/ Abordagem metodológica para o desenvolvimento e avaliação de jogos pedagógicos para educação da cidadania de jovens Ana Cláudia Ellery Lustosa da Costa1, Francisco Rebelo2 1Euromime, Brasil; 2Universidade de Lisboa, Faculdade de Motricidade Humana, Portugal Keywords: Political education, Games, Serious games, Learning technology, User experience, Persona Este projeto tem por objetivo apresentar uma metodologia para o desenvolvimento de jogos pedagógicos para jovens brasileiros, com idade entre 9 e 15, e enquadra-se no âmbito do programa de educação política da Câmara dos Deputados do Brasil, do qual faz parte o Plenarinho, portal voltado para educação cidadã responsável. 10th International Conference on Digital Exclusion in the Information and Knowledge Society 13 A criação de ferramentas educativas que tratem deste assunto, assume-se de grande importância no contexto educativo brasileiro que, a partir dos anos 90, elimina a disciplina de educação política do currículo escolar, transformando em tema transversal. Como resultado desta pulverização, um conteúdo que devia estar em tudo, acaba por não estar em nada, e o que vemos é uma ausência de educação política. O contraditório desta situação é que, neste mesmo texto curricular, a cidadania, base de qualquer educação política, é citada como "eixo vertebrador da educação", o que teria por objetivo permitir “que alunos possam desenvolver a capacidade de posicionar-se diante das questões que interferem na vida coletiva, superar a indiferença e intervir de forma responsável” (Ministério da Educação e do Desporto, 1997, p.23). Em 2014, o Data Popular, www.datapopular.com.br, um instituto de pesquisa, entrevistou 3500 jovens brasileiros. Neste caso, o que chamou a atenção foi o fato dos dados revelarem um jovem mais interessado pela política, ainda que 60% tenham admitido que não entendem de política. Numa outra pesquisa, encomendada pela Secretaria Nacional de Juventude (SNJ), um levantamento feito junto a 3,3 mil jovens, mostrou que 45% acreditam que manifestações públicas podem melhorar as coisas no país. Neste contexto, em que de um lado temos o desejo e a crença do jovem na participação política, e do outro a ausência de uma formação político-cidadã que o prepare para um engajamento ativo, parece ser de extrema importância a criação de ferramentas educativas que possam ensinar, de forma divertida, conceitos chaves da educação política. Uma estratégia é a criação de jogos online que facilitem experiências positivas de participação cívica, o que, de acordo com Blevins, LeCompte e Wells (2014), contribuiria para a promoção do engajamento democrático de jovens. Isto porque os jogos podem permitir, desde cedo, o envolvimento em atividades reais e/ou de simulação dos problemas enfrentados pela a sociedade à qual pertencem. Os jogos online e a possibilidade de que se realizem em cenários que imitam a vida real e que cada vez mais facilitam a imersão dos jogadores em seus ambientes virtuais parece um meio bastante apropriado para simular situações concretas e ainda facilitar a vivência 14 de experiências positivas, o que, na vida real, não se pode garantir. Diante do exposto, a questão de investigação que se coloca é a seguinte: Como criar um jogo de educação política que seja divertido a ponto de engajar o aluno? Atualmente a maior parte dos jogos que atraem os jovens foram concebidos para divertir e ainda que toquem em temas que podem ser associados aos temas escolares, não foram desenvolvidos para ensinar ciência, matemática, português ou qualquer outra disciplina do currículo escolar. Os jogos online educativos, por sua vez, de modo geral são pouco atraentes e dificilmente buscados espontaneamente pelos alunos. Dependem, para serem acessados, do interesse dos professores. Squire (2003) defende que os jogos são divertidos à medida que conseguem equilibrar elementos como: narrativa, obstáculos, prêmios, personagens interessantes, competição e colaboração. Malone (1981), por sua vez, argumenta que videogames são divertidos porque incorporam informações complexas, responsividade, desafio, fantasia, criatividade. Com o objetivo de unir conteúdo político e diversão, o método desenhado articula conceitos do Design Centrado no Usuário (DCU), do desenho instrucional e ainda elementos retirados dos jogos que são mais acessados pelos usuários com idade entre 9 e 15 anos. No caso do DCU, serão criadas Personas, arquétipos dos usuários que servem de referência para equipe desenvolvedora (Adlin e Pruit, 2010) e serão realizadas prototipagens das versões iniciais do jogo junto ao público-alvo. O desenho instrucional permitirá o planejamento de situações didáticas para o conteúdo político a ser ensinado de modo a permitir uma aprendizagem contextualizada. Os jogos mais acessados serão analisados e a partir dos elementos identificados serão criadas as variáveis lúdicas a serem articuladas com o conteúdo pedagógico. A hipótese a ser comprovada é a de que esta integração fornecerá os elementos necessários para o desenvolvimento de jogos educativos que ensinem mesmo fora do contexto escolar. A metodologia que usaremos passa por quatro etapas (E), nomeadamente: E1 - A criação de Personas, através de questionários; E2 - O desenvolvimento dos requisitos de design do jogo em função das 10th International Conference on Digital Exclusion in the Information and Knowledge Society Personas e das necessidades da organização (Câmara dos Deputados); E3 - A integração dos requisitos do jogo ao conteúdo a ser ensinado com apoio das técnicas de desenho instrucional; e E4 - O desenvolvimento e avaliação de protótipos de complexidade crescente, que darão resposta aos requisitos de design e aos conceitos a serem ensinado. Serão usadas técnicas de card sorting para criar soluções de design e o think aloud para avaliar se os conceitos desenvolvidos são compreendidos pelos usuários. Blevins, B., LeCompte, K., & Wells, S. (2014) Citizenship education goes digital, Journal of social studies research, 38, 33-44. Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental (1997). Parâmetros curriculares nacionais: Introdução aos parâmetros curriculares nacionais. Brasília, MEC/SEF. Malone, T. (1981). Toward a theory of intrinsically motivating instruction. Cognitive science, 5, 333369. Squire, K. (2003). Video games in Education. International Journal of intelligent games & simulation, 2, 49-62. Referências Adlin, T., & Pruitt, J. (2010). The essential persona lifecycle: Your guide to building and using personas. USA: Elsevier, Morgan Kaufmann. Algumas considerações sobre a convergência na educação (presencial e a distância) Fernanda Campos, Fernando Fidalgo Universidade Federal de Minas Gerais, Brazil Keywords: Ensino superior, Convergência educativa, Tecnologias da informação e comunicação, Educação a distância, Educação presencial Há pouco mais de duas décadas pensar a convergência entre a educação presencial e educação distância (EaD) parecia algo remoto, isto porque se compunham de processos de ensino e aprendizagem completamente distintos, que se definiam: pelas formas de comunicação (face-to-face, correspondência, rádio, televisão), pela mediação (que também se referem a presença física no local e a mediação por meio de uma tecnologia comunicativa), e pela sincronicidade temporal ou não (o uso de chats e conversas online permitem, por composição de grupos e por diálogo entre os estudantes). Além disso, as instituições que desenvolviam formações a distância estavam afastadas das instituições educativas tradicionais. Entretanto, na atualidade, com o uso cada vez mais frequente das tecnologias digitais da informação e da comunicação (TDIC) nas relações econômicas e nas sociais, esses recursos também se integraram de forma recorrente aos processos educativos, seja presencial ou a distância. Em específico a EaD, o uso das TDIC possibilitou uma comunicação mais frequente entre professores e estudantes, assim como o acesso facilitado ao material, com destaque para os ambientes virtuais de aprendizagem, as diversas plataformas e o software de base de dados e de comunicação. A comunicação mais eficaz, o material online e a formação de grupos de trabalho permite que as diferenças entre EaD e educação presencial diminuam e que a conexão entre elas se estreite. Inclusive, a EaD tem se tornado parte integrante das instituições por meio da utilização conjunta da metodologia da EaD na educação presencial, também conhecido por blended learning (Vieira, 2013; Oliveira, 2013). Assim, embora ainda persistam distinções na forma de estudar presencialmente ou a distância é possível vislumbrar possibilidades de integração entre a educação presencial e a EaD e arquitetar estratégias para superar os limites que ainda persistem entre elas. Nesta direção, apresentamos neste trabalho algumas considerações sobre a convergência entre educação presencial e a distância a partir da realização de revisão de literatura em base de dados e repositórios de publicações científicas. Os contributos fundamentais foram de Castells (1999), Jenkins (2009), Kenski (2008), Mallmann e col. (2013) e Gomes (2013). O objetivo deste trabalho foi o de verificar na literatura recente – entre teses, dissertações, comunicações e artigos científicos – a definição de convergência educativa e os caminhos para superar os limites entre 10th International Conference on Digital Exclusion in the Information and Knowledge Society 15 educação presencial e EaD. Este trabalho faz parte de uma investigação em desenvolvimento, realizada ao nível de doutorado, que pretende desenvolver conceitualmente a convergência na educação, considerando a EaD e a educação presencial no ensino superior. O procedimento metodológico desta investigação se constituiu de uma pesquisa teórico bibliográfica a partir de bases de dados e repositórios de publicações científicas, tais como Scielo (Scientific Eletronyc Library Online), Bases de teses da CAPES, Google Acadêmico, B-on (Biblioteca do Conhecimento Online) e RCAAP (Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal). Procuramos sistematizar publicações científicas, a partir das seguintes categorias e subcategorias: a) Modalidades educativas características das modalidades presencial e a distância; b) Convergência educativa complementariedade, convergência presencial e a distância; c) Políticas educativas - regulamentação e pressupostos educativos para o século XXI; e d) Integração presencial e a distância - blended learning, modelos híbridos e turmas mistas, síncrono e assíncrono, polos e centros locais de aprendizagem, relações pedagógicas, modelos pedagógicos, tecnologias da informação e da comunicação. No contexto da denominada Sociedade em Rede (Castells, 1999), pensar a convergência na educação perpassa pelas perspectivas da convergência de tecnologias e da cultura da convergência, desenvolvida por Jenkins (2006), em que a mobilidade, interação, participação, integração, rompimento de limite são características fundamentais desta cultura. Ou seja, para a cultura da convergência se refere a um processo e não a um ponto final. No referente a convergência na educação seria necessário haver uma organização e planejamento com foco na integração das tecnologias no processo ensino-aprendizagem na interação entre professores/tutores/estudantes e na interatividade com os conteúdos curriculares, de acordo com Mallmann e col. (2013). Isto porque, segundo Kenski (2008), a convergência na educação se torna possível 16 não só pela conexão de mídias ou de conteúdos, mas, sobretudo, pela convergência e interconexão entre pessoas. Por isso, quando falamos de educação, as elaborações sobre convergência devem perpassar as concepções pedagógicas, de conteúdo, metodológica e avaliativas. Por meio da revisão de literatura, conseguimos perceber que a convergência na educação se caracteriza ser polissêmica. Ela esbarra em outros conceitos, como o de blended learning e educação híbrida, que anunciam o processo de convergência, entretanto, ainda existem pontos específicos de ligação entre eles. Assim, conseguimos verificar que um dos passos para efetivação da convergência na educação seria uma regulação comum para educação presencial e a distância, na não diferenciação política entre elas e de uma alteração significativa nos modelos de aprendizagem. Percebemos que antes de ser uma tendência a convergência é parte da educação do presente, em que se fundamenta na flexibilidade, na formação ao longo da vida, no uso das TDIC, na colaboração, na interação, na educação aberta e em rede. Referências Castells, M. (1999). A sociedade em rede (6ª ed.) São Paulo: Paz e Terra. Gomes, L.F. (2013). EaD no Brasil: Perspectivas e Desafios. Avaliação (Campinas), 18(1), 13-22. Jenkins, H. (2009). Cultura da convergência (2ª ed.). São Paulo: Aleph. Kenski, V.M. (2008). Educação e comunicação: interconexão e convergência. Educação e Sociedade (Campinas), 29(104), 647-665. Malmann, E.M, Jacques, J.S., Sonego, A.H.S., Teixeira, T.G., Toebe, J.C.D., Domingues, F.R. (2013). Potencial dos recursos educacionais abertos para integração das tecnologias e convergência entre as modalidades na UFSM. Revista Eletrônica de Educação, 7(2), 263-284. Oliveira, M.J. (2013). Comunicação, Tecnologia Educativa à Distância em José Manuel Moran (Dissertação de Mestrado). Universidade de Trás dos Montes e Alto Douro: Departamento de Educação e Psicologia. Vieira, M.T.C.C F. (2013). B-learning trabalhos de casa e o computador Magalhães no 1º ciclo de escolaridade (Dissertação de Mestrado). Lisboa: Universidade de Lisboa - Instituto de educação. 10th International Conference on Digital Exclusion in the Information and Knowledge Society Alterações no comportamento dos consumidores dos dispositivos móveis decorrentes da introdução de tablets no mercado nacional Katiane Dias Miranda Ferreira Brazil Keywords: Tablets, Consumidores, Comportamento, Novas tecnologias, Mudanças de hábitos, Alterações de consumo Num contexto em que as tecnologias da informação e comunicação (TICs) têm vindo assumir um papel cada vez mais relevante e atuante no quotidiano dos consumidores, o uso de produtos inovadores bem como o seu impacto e alterações no comportamento dos utilizadores têm sido matéria de investigação por parte de vários autores ligados às tecnologias (Normam & Nilesen, 2010). A busca de informações, a leitura e aprendizagem são alguns campos nos quais as tecnologias podem dar o seu contributo. Os fatores que estão por base nas alterações de comportamento dos utilizadores de tablets são fundamentos e objeto de estudo deste trabalho de investigação, mais especificamente, no que diz respeito às alterações nos hábitos de leitura dos consumidores nacionais face a utilização deste dispositivo de entretenimento, o que passa a ser confirmado pelos dados publicados pelo INE. Para compreendermos melhor esta questão, analisaremos a segunda fase da pósmodernidade, onde o consumo de produtos tecnológicos que dão autonomia ao homem digital tem contribuído para algumas alterações no comportamento de utilização, e faremos esta análise tendo como foco os hábitos de leitura e de pesquisa de informações por parte dos utilizadores (Solomon, 2002). Através de um estudo exploratório iremos investigar a influência dos tablets no comportamento dos utilizadores e tentar compreender se a adesão às tecnologias contribuíram para mudanças na leitura e também para uma maior busca por informações. Foi também utilizada a metodologia de natureza quantitativa e qualitativa, sendo que os dados foram recolhidos através de um questionário realizado em suporte de papel e digital administrado a 100 utilizadores de tablets, dentre os quais 49% residem em Portugal. O questionário está dividido em 17 questões, sendo que foram incluídas mais 6 questões para caracterização social demográfica. A amostragem probabilística aleatória simples foi utilizada para a recolha dos dados, os quais foram posteriormente tratados no SPSS (Statistical Package for Social Science for Windows). Face ao problema da pesquisa enunciado e às hipóteses levantadas nesta investigação, o trabalho teve por base a pesquisa qualitativa e quantitativa. Os resultados sugerem em primeiro lugar, que os utilizadores com maior adesão às novas tecnologias e internet passaram a ter novos comportamentos referentes a hábitos de leitura, procura e acesso a informações. O uso mais frequente dos tablets pode ser em parte explicado pela mobilidade que o mesmo proporciona e o acesso à internet com maior frequência. Foi ainda constatado, que os mais adeptos às novas tecnologias e que possuem tablet há mais de um ano fazem do mesmo um objeto de utilização imprescindível nas mais diversas atividades. A utilização do dispositivo sai do âmbito fechado, local de trabalho e transporta-se para o uso pessoal, sendo que o mesmo passa ser objeto de uso diário, o que atrai vários perfis de utilizadores (Alves, apud Haddon, 2006). Pretende-se com este estudo analisar eventuais mudanças no comportamento do consumidor nacional face a introdução dos dispositivos móveis tablets, nomeadamente, pretende-se averiguar se os utilizadores destes dispositivos alteraram o seu comportamento quanto à leitura, como por exemplo, sela pelo aumento, diminuição ou, até mesmo, aquisição de novos hábitos de leitura. Alguns estudiosos ligados ao comportamento do consumidor apresentam dados que comprovam que os consumidores adquirem produtos para satisfazer seus desejos latentes, outros pesquisadores defendem que as novas tecnologias têm vindo a introduzir novos hábitos nos utilizadores dos mesmos (Alves, 2008). Assim, torna-se primordial antes de mais, considerar a definição do comportamento do consumidor relacionado a produtos tecnológicos. Este conceito é abordado por vários autores, dos quais gostaríamos de destacar alguns, como Salomon (2002) para 10th International Conference on Digital Exclusion in the Information and Knowledge Society 17 quem os consumidores selecionam e compram produtos com intuito de passar por novas experiências. Contudo, para Castells (2010), as sociedades modernas têm a tendência de partir para a mobilidade e os aparelhos que proporcionam essa nova vida social são facilmente aceitos. Os dispositivos móveis, e consequente acesso à internet, apresentam-se como algo que possibilita aos indivíduos maior mobilidade e consequentemente migração ou mudanças nos hábitos de leitura, assim sendo, tentaremos comprovar se realmente o utilizador dos dispositivos móveis, especificamente no caso dos tablets, tem migrado do material impresso para a nova experiência tecnológica no que diz respeito aos seus hábitos de leitura. Desde o lançamento dos dispositivos, centenas de consultoras de renome mundial tem divulgado relatórios sobre: - mudanças de hábitos dos consumidores; - migração do impresso para o móvel; e - mais acesso à internet; Consultoras e observatórios (Marktest e Gartner) tem revelado que os consumidores têm optado pela compra do dispositivo com o objetivo principal de utilizá-lo para entretenimento, verificando-se um aumento significativo no acesso à internet e migração para dispositivos móveis no que diz respeito à leitura, principalmente de revistas e jornais. Moraes (2012) observou na sua pesquisa e análise dos estudos realizados com os utilizadores de tablets, que os mesmos utilizam o dispositivo para ler revistas, aceder à internet e entretenimento. Ainda 41% dos entrevistados disseram ler livros em formato digital e apenas 3% não liam livros em nenhum dos formatos. Análise de dados e pesquisa demostraram que os dispositivos móveis passaram a ser essenciais no processo de interação entre as pessoas e constou-se também que o mesmo passou a ser utilizado na leitura e acesso à internet. Podemos verificar que houve no decorrer dos anos uma crescente utilização dos dispositivos móveis. Há de salientar que cada vez mais há migração para dispositivos móveis por parte dos consumidores. Deste modo, pode-se constatar através de pesquisa bibliográfica e análise detalhada que o digital tem predominado na sociedade, passando a ser relevante e objecto de estudo e pesquisa académica. Referências Solomon, M. (2002). O comportamento do consumidor: Comprando, possuindo e sendo. Porto Alegre: Bookman. Ampliar o marketing sensorial nas plataformas digitais de e-learning para desenvolver uma maior literacia da população Cristina Vaz de Almeida Instituto Superior de Psicologia Aplicada, Portugal Keywords: Literacia, Marketing sensorial, Plataformas digitais, E-learning, B-learning Martin Lindstrom vem sublinhar nas suas investigações ligadas às neurociências aplicadas ao marketing, que o ser humano consegue memorizar e absorver melhor a informação se esta for transmitida pelas várias plataformas de sentidos que o ser humano tem: visão, audição, tacto, paladar. Quando falamos de educação através dos suportes digitais (seja através de e-learning ou b-bearning) poderíamos questionar-nos se isto é possível? De fato é possível, e tem tido resultados surpreendentes. Cada vez mais jovens e adultos recorrem às plataformas digitais para formal ou informalmente pesquisarem informações, desenvolverem aprendizagens, formarem conhecimento. A taxa de crescimento do mercado de e-learning individual na Europa 18 Ocidental é de 5,8%, e estima-se que as suas receitas alcançarão 8,1 mil milhões de dólares em 2015 (in IBDIN). O número de internautas no mundo já é de 3,2 mil milhões, segundo dados da União Internacional das Telecomunicações, órgão da Organização das Nações Unidas (ONU). As escolas digitais em sistema de e-learning e b-learning crescem de forma contínua. Um total de 41,7% das empresas globais da Fortune 500 já utilizam algum tipo de tecnologia educacional para instruir os empregados durante o horário de aprendizagem formal, e esse número tende a aumentar progressivamente nos próximos anos. Mais de 60% dos formadores consideram que a capacidade para animar e estimular os formandos num espaço de 10th International Conference on Digital Exclusion in the Information and Knowledge Society trabalho virtual constitui um factor crítico, refere Lencastre (2015). Serve esta avaliação, baseada em estudos multivariados e nas sessões de formação que ministro ao longo dos últimos anos em blearning, e-learning e presencial, para reflectir sobre a importância da utilização das técnicas do marketing sensorial nas plataformas digitais para incrementar a literacia das populações. A utilização de suportes diversificados, combinados com áudio, vídeo, imagens fixas e animadas, texto, e das estratégias de marketing que permitam criar emoções nos seus utilizadores, são fortes contributos para uma maior capacidade de retenção das mensagens educativas em e-learning ou blearning, estimulando e animando os seus utilizadores, numa mais encantadora, emocional e assimilável forma de compreensão dos conteúdos com vista a uma maior literacia dos destinatários. O trabalho com centenas de profissionais das áreas da saúde e do social realizado pela autora na área de formação, os vários estudos que suportam esta realidade e os resultados evidenciados pelas neurociências aplicadas ao marketing têm demonstrado a importância do uso das ferramentas do marketing sensorial através das plataformas digitais e dos serviços a elas associados. Nestes processos, como refere Patrick Renvoisé, é necessário trabalhar o “cérebro primitivo” do indivíduo que, para além do cérebro racional e emocional, tem na sua natureza mais instintiva um sentido egocêntrico e emocional, onde aprecia ficar na sua zona de conforto, retendo melhor o que lhe é apresentado no início e reforço final, e precisando de sentir o contraste que lhe é apresentado do antes/depois, do seguro/inseguro, estimulado por vários elementos que lhe despertam os cinco sentidos. O que parece ser uma tarefa difícil de concretizar, é, no fundo, um aperfeiçoamento e aplicação das várias vertentes que passam pelos cinco sentidos do indivíduo, levadas a uma prática que tem demonstrado resultados positivos. Com a aplicação das técnicas do marketing sensorial, através de um trabalho que procura aperfeiçoar as estratégias de produto/serviço, distribuição, promoção, preço/valor, combinadas com um trabalho assente na estimulação dos sentidos humanos, o individuo fica mais permeável a uma aprendizagem progressiva, duradoura, com efeitos ao nível do conhecimento durante um maior prazo, permitindo também uma progressiva melhoria da literacia da população alvo. O processo de aprendizagem através das plataformas digitais, e o objectivo de uma maior literacia da população serão alcançados de uma forma mais eficaz se se utilizarem as técnicas do marketing sensorial nestas plataformas assim como nos serviços que lhes estão relacionados. O trabalho visa um efeito da maior literacia do individuo com base na causa propagadora assente em técnicas de marketing sensorial que estimulam, ampliam e melhoram a retenção de conhecimento. Referências Keegan, D., Dias, A., Baptista, C., Olsen, G., Fritsch, H., Föllmer, H., Micincová, M., & Paulsen, M. (2002). E-learning: O papel dos sistemas de gestão da aprendizagem na Europa. Instituto para a Inovação na Formação. ISBN 972-8619-38-3. Lencastre, J., & Bronze, J. (2015). Building (e-) learning bridges: Uma visão Europeia das barreiras ao e-learning (pp. 54-70), In P. Peres, P. Pimenta, & A. Mesquita (ed.), Guia prático do e-learning: Casos práticos nas Organizações. Porto: Vida Económica. ISBN 978-989-768-0816. Tecnologias e Games (2015). From: http://g1.globo.com/tecnologia/noticia/2015/05/ mundo-tem-32-bilhoes-de-pessoasconectadas-internet-diz-uit.html Infográfico E-Learning: Tendências para 2014. From: http://www.ibdin.com.br/?p=280 Lindstrom, M. (2010). Buy.Ology. Truth and lies about why we buy. New York: Broadway Books. Lindstrom, M. (2011). Brandwashed. New York City, NY: Crown. Lindstrom, M. (2015). Small data: the tiny clues that uncover huge trends. From: https://www.martinlindstrom.com/small-data/ 10th International Conference on Digital Exclusion in the Information and Knowledge Society 19 Análise dinâmica da apropriação de tablets em contexto escolar Renan de Lima Barbosa1, Bruno Devauchelle2 1Euromime, Brazil; 2Université de Poitiers, France Keywords: Technology acceptance model, Tablet, Education A inserção de tablets em ambiente escolar traz questões sobre o controle, monitoramento e condução das ações pedagógicas. Para entender o processo de apropriação de tecnologia em ambiente escolar. Schneewele (2015) propõe o Dynamic Acceptance Model for Education (DAME), um modelo dinâmico de aceitação de tecnologia para educação baseado no Technology Acceptance Model (TAM) de Davis (1989). O DAME se diferencia pela inclusão das variáveis pressão social e pressão tecnológica. Esse projeto visa comparar a apropriação de tablets em ambiente escolar a partir de práticas docentes com o uso do DAME. Propõe-se distinguir atitudes e motivos para utilização ou rejeição da tecnologia entre os professores e estudar influências das características pessoais dos professores nos modelos de apropriação de tecnologia. Para isso será estudada a utilização da Biblioteca Digital Wizzbe por um grupo de professores do Liceu Charles Péguy, em França. A análise aborda os seguintes aspectos: percepção de usabilidade, percepção de utilidade, nível de aceitabilidade, avaliação do uso, pressão social, pressão instrumental, e índice de prontidão à tecnologia (TRI), este proposto por Parasuraman e Colby (2014). A coleta de dados ocorrerá a partir de de questionários, que abrange os itens citados anteriormente, e entrevistas, no qual os professores podem trazer questões relevantes ao tema da pesquisa. A análise dos dados se materializará com o cruzamento dos indicadores pessoais e interpessoais. Com esta pesquisa almeja-se contribuir para uma apropriação eficiente do tablet e favorecer o desenvolvimento com êxito de projetos que fazem uso dessa tecnologia em contexto escolar. Vale ressaltar que não é objetivo do trabalho propor uma nova teoria sobre apropriação, mas sim elucidar os aspectos envolvidos nas teorias DAME e TRI por meio das percepções dos professores. Referências Davis, F.D. (1989). Perceived ease of use, and user acceptance of information technology. MIS Quarterly, 13(3), 319-340. Parasuraman, A., & Colby, C.L. (2014). An updated and streamlined technology readiness index: TRI 2.0. Journal of Service Research, 18(1), 116. Schneewele, M. (2014). L'appropriation d'un ENT dans lenseignement secondaire, vers une analyse et une modélisation des usages. Paris, France: L'Harmattan. Apprentissage des langues et les TICE Zinat Khalil1, Patrick Doucet2 1Euromime, Siria; 2Université de Poitiers, France Keywords: Apprentissage des langues, Numérique, Nouveaux comportements, Interaction, Motivation Dans le processus d’apprentissage des langues étrangères et l’intégration des technologies numériques, nous formulons notre question de départ de la façon suivante: Le numérique a-t-il un effet efficace sur l’apprentissage des langues chez les apprenants? Autrement dit, dans le cadre de cette expérience, nous chercherons à savoir si: - les apprenants ont de nouveaux comportements vis-à-vis du numérique; - le numérique engendre de l’efficacité dans l’interaction (homme /homme) (homme /numérique); 20 - le numérique améliore la motivation chez les apprenants. Les technologies évoluent et deviennent de plus en plus attractives dans nos vies car elles permettent de réaliser de nouvelles tâches grâce à des fonctions innovantes et au design des interfaces. Nous tenterons dans notre projet de nous interroger sur les questions relatives aux impacts des TICE dans l’apprentissage des langues: Les activités d’apprentissage avec ces outils sont-elles attractives et dynamiques? Les technologies numériques (tablettes et smartphone) seraient-elles surtout un outil 10th International Conference on Digital Exclusion in the Information and Knowledge Society améliorant la motivation des apprenants? Quelles valeurs pédagogiques que le numérique (tablettes et smartphone) présentet-il? Le numérique permet de construire des scénarios qui facilitent la production, comme la compétence d’expression orale, à travers des changes avec des personnes ressources distantes, grâce à la visioconférence. Le recours au numérique, avec la palette d'outils dont on dispose désormais, contribue à la mise en place de l'approche par les tâches, entendue au sens de l'agir avec, et qui s'apparente donc le plus possible à des pratiques sociales. Les technologies permettent, par exemple, la participation à une création collective à distance avec des partenaires dont on étudie la langue et la culture. L’approche actionnelle, et le numérique, en particulier le web 2.0, “dynamique, participatif et collaboratif”, selon les points-clés de la définition qu'en donne O'Reilly (2005), permet aux apprenants de créer, diffuser, partager et manipuler différents types de contenus ensemble, d'être dans l'action, l'actionnel. L’action et la tâche se prêtent souvent très bien à des scénarios introduisant le numérique. Il reste toutefois important, pour nous en tout cas, d'articuler action et réflexion, action sociale et interrogation sur la langue elle-même. Autrement dit, l’apprentissage est un processus à la fois individuel et collectif, le numérique permet bien de passer de l'un à l'autre. Dans le cadre de notre projet sur les rapports entre TIC et le processus d’apprentissage de la langue, et sur le développement de nouveaux comportements chez les apprenants dans un environnement numérique qui a des impacts sur l’interaction, nous appuierons sur les théories sociocognitives, cognitiviste, interactionniste et constructivistes de l’apprentissage Comme le rappellent Levy et Stockwell (2006, p.111), il ne s'agit pas tant d'avancer que les théories cognitives nient le rôle du social dans l'apprentissage ou que les théories socioconstructivistes ou interactionnistes délaissent les aspects individuels, il s'agit plutôt de déterminer où est placé le curseur et sur quel périmètre du fait "apprendre et enseigner une langue avec les technologies" porte la théorie convoquée. Dans une didactique moderne des langues, l’idée de tâche est essentielle, elle correspond à la définition de l’approche actionnelle promue par le Cadre Européen Commun de Référence pour les Langues (CECRL, 2000): “La perspective privilégiée ici, est généralement aussi de type actionnel en ce qu’elle considère avant tout l’usager et l’apprenant d’une langue comme des acteurs sociaux ayant à accomplir des tâches (qui ne sont pas seulement langagières) dans des circonstances et un environnement donné, à l’intérieur d’un domaine d’action particulier. Si les actes de parole se réalisent dans des activités langagières; celles-ci s’inscrivent elles – mêmes à l’intérieur d’actions en contexte social qui seules leur donnent leur pleine signification” (p.15). La tâche en elle-même est définie par le (CECRL, 2000) de la façon suivante: Il y a “tâche” dans la mesure où l’action est le fait d’un (ou de plusieurs) sujet(s) qui y mobilise(nt) stratégiquement les compétences dont il(s) dispose(nt) en vue de parvenir à un résultat déterminé. Une tâche efficace déclenche le processus d’apprentissage qui conduit l’apprenant à construire ses connaissances par stades successifs. Elle est le moyen d’interagir avec l’environnement langagier. Alors, notre projet s’inscrit dans le domaine de l’apprentissage des langues et les TICE. Il concerne précisément les comportements des apprenants face au numérique (tablettes, smartphone). Pour réaliser notre projet, il y a plusieurs étapes à effectuer par exemple en ce qui concerne la partie théorique, nous nous baserons sur plusieurs théories d’apprentissage notamment des théories socioconstructivistes et interactionnistes dans l’apprentissage assisté par les technologies numériques. Le modèle de construction de l’intelligence élaboré en psychologie cognitive reste d’actualité mais il est redéfini dans le cadre de l’approche socioculturelle et de nouvelles théories comme la cognition située, partagée ou distribuée qui insistent sur le rôle que jouent les environnements technique et humain dans la (co-) construction des connaissances et dans l’interaction (homme/homme et homme/machine). Avec l’intégration des TICE dans la classe des langues, la notion de dispositif remplace la notion de classe. Cette notion de dispositif est utilisée par (Peraya, 1999) pour désigner un ensemble de moyens matériels et humains, agencés en vue de faciliter un processus d’apprentissage. Peraya définit quatre formes de médiation qui, appliquées aux TIC, 10th International Conference on Digital Exclusion in the Information and Knowledge Society 21 permettent de comprendre les mutations qu'elles impliquent et donnent un sens au processus d'appropriation. Ces formes sont: - la médiation technologique qui est propre à l’outil, à l’objet technique, qui prologue nos actions; - la médiation sensori-motrice est la projection de notre expérience pragmatique permettant l'émergence de nos concepts; - la médiation sociale représente la faculté à construire une activité cognitive par intériorisation des relations sociales; - la médiation sémiocognitive porte vers la connaissance de l’objet. La méthodologie quantitative et la méthodologie qualitative. Ce travail se réalisera en partenariat avec le laboratoire Techné à Poitiers précisément dans une classe de langue destinée à l’enseignement et l’apprentissage du FLE. Pour récolter des données nécessaires pour effectuer cette recherche, nous suivrons les étapes suivantes: questionnaire, entretiens semi-directifs et observation directe. References O'Reilly, T. (2005). Web 2.0: compact definition. From: http://radar.oreilly.com/2005/10/web-20compact-definition.html Levy, M., & Stockwell, G. (2006). CALL dimensions: Options and issues in computer-assisted language learning. New Jersey, NJ: Lawrence Erlbaum Associates, Inc. Publishers. Peraya, D. (1999). Vers les campus virtuels. Principes et fondements techno-sémiopragmatiques des dispositifs de formation virtuels. In G. Jacquinot et L. Monnoyer (ed.), Le dispositif. entre usage et concept (vol. numéro spécial, n.25, pp. 153-168). Paris: CNRS Editions. As TIC na Educação Especial: Responsabilidade científica e ética do professor numa ótica de inclusão na atividade e participação dos alunos de NEE no contexto educativo João Paulo da Silva Miguel1, Ana Lurdes Ribeiro Marcos2 1AESH, Portugal; 2Universidade Portucalense Infante D. Henrique, Portugal Keywords: TIC, Inclusão, Educação especial, Necessidades educativas especiais, Tecnologia adaptada, Tecnologias de apoio, Produtos de apoio, Cidadania, Cultura, Acesso, Formação e ensino-aprendizagem As Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) desempenham, hoje, um papel de grande relevo, na inclusão de crianças ou jovens com necessidades educativas especiais (NEE). Nesta asserção, podemos considerar que as TIC não representam apenas um aparato tecnológico que tem como premissa a correção de anormalidades físicas, sensoriais e cognitivas. Pois, mais do que dar assistência às necessidades do sujeito, as TIC têm um papel fundamental, o de auxiliar no desenvolvimento do potencial cognitivo, critico e humano dos alunos de NEE, independentemente da sua patologia e/ou perfil de funcionalidade. Atualmente, existe no mercado uma série de soluções técnicas e software para ajudar os alunos com NEE. Soluções, tão simples, como uma placa de plástico perfurada, colocada por cima do teclado, impedindo que, sujeitos com disfuncionalidades motoras carreguem em mais de uma tecla ao mesmo tempo. Até, soluções mais integradas como a impressora do tipo Index Basic, teclado alternativo Braillex e sistema Dolphin de audição e SYntha-Voice para invisuais, que assim podem ler em Braille, 22 imprimir em Braille e ouvir aquilo que se encontra escrito no ecrã. Ou ainda, soluções técnicas, do tipo Switches, computadores com sistemas de varredura, ativados através da pressão de movimentos, de sopro ou som, um simples toque, um piscar de olhos ou de uma pequena contração muscular, permitindo a qualquer criança ou jovem com deficiências neuromotoras ou neuromusculares a sua utilização. Ora, se os desafios da mudança educativa, embora claros para alguns, parecem não ser fáceis de superar para outros, sendo necessário avaliar e medir de forma quantitativa as opiniões dos professores de educação especial relativas ao acesso, comportamentos, usos, domínios e formações relativas às TIC, tendo por base a educação, a cidadania e a cultura, tão essenciais na escola inclusiva, onde todos tenham a possibilidade de ter um espaço de aprendizagem e de diferenciação pedagógica. No que respeita às opções metodológicas e seguindo os pressupostos de Bisquera, consideramos que se trata de um estudo tipo “ex-post-facto” (Alzina e col., 2009, p.228), 10th International Conference on Digital Exclusion in the Information and Knowledge Society predominantemente de natureza descritiva/quantitativa, recorrendo ao inquérito por questionário (n=42), cujos dados resultantes dos inquéritos foram tratados e analisados, seguindo as orientações de análise estatística, com utilização do SPSS (Maroco, 2003). Este trabalho tem como objetivo compreender o grau de inclusão das TIC nas práticas correntes da educação especial; identificar atitudes, usos, domínios e formação que os docentes detêm sobre as TIC. Por tal, procurou-se, através da realização deste estudo, avaliar as opiniões dos docentes de educação especial, tendo em conta os pressupostos humanísticos que consideram todos os indivíduos capazes de aprender, desde que se atenda às suas potencialidades. Neste contexto, esta temática incentivou-nos a questionar os docentes para compreender se a inclusão digital estará, ou não, a melhorar a qualidade de vida, a independência e a inclusão dos alunos com NEE no mundo global e digital. Assim, tivemos em consideração a seguinte questão de investigação: será que as TIC são um meio de aproximação entre alunos e professores, no processo educativo e promovem a inclusão, a cidadania e uma maior autonomia no aluno/jovem com NEE? A amostra (n=42) deste estudo é constituída por 42 professores de educação especial a desempenhar funções no ano letivo 2015/2016, na DSR-Norte, nomeadamente: Viana do Castelo- 8; Braga- 8; Bragança- 8; Vila Real- 8 e porto- 10. De um modo geral, os resultados obtidos neste estudo revelam que, per si, o acesso a ambientes tecnológicos adaptados, não são indutores de mudanças nos comportamentos, usos, domínios e formação dos professores de educação especial. É interessante verificar que, não obstante, alguns dos docentes utilizarem diariamente as TIC, continuam a sentir necessidade de formação para o exercício das suas funções, o que denota uma grande consciência das exigências do trabalho que lhes é pedido e das competências profissionais necessárias ao seu desenvolvimento. Por outro lado, este estudo permitiu avaliar alguns aspetos, tais como: - a nossa amostra reflete uma predominância do sexo feminino (78,5%) sobre o sexo masculino (21,5%), apresentando ainda, uma média de tempo de serviço de 19 anos. Configura ainda, grupos de docência distribuídos por três estruturas: 910 (problemas cognitivos, motores, de perturbação da personalidade ou da conduta, multideficiência e apoio em intervenção precoce- 96,4%); 920 (surdez moderada, severa ou profunda, graves problemas de comunicação, linguagem ou fala- 2,6%); e 930 (cegueira ou baixa visão- 1,0%). - 95,8% dos inquiridos revelam a escassez de software adaptado que possa ser manuseado por alunos com determinadas deficiências físicas, intelectuais ou sensoriais; - 88,3% dos professores referem que utilizam a internet para descarregar imagens (87,0%), jogos (86,3%), fichas adaptadas (85,3 %), músicas e filmes (73,8%). No entanto, referem a carência de software que sirva as atividades da educação especial, ou seja, há uma escassez de programas para responder às exigências e aos perfis de funcionalidade dos alunos com NEE; - 76,7% referem que, nas escolas, já existem algumas alternativas para trabalhar com estes alunos, podendo os mesmos ter acesso à concretização de atividades que lhes permitem um desenvolvimento mais harmonioso nos aspetos relacionados com a inclusão sócioeducativa; - 76,8% usam tecnologia adaptada para valorizar o potencial dos alunos com NEE. Mas, 86,8% defendem mais investimento, na produção e divulgação de programas informáticos ajustados às necessidades dos alunos com deficiências nas estruturas do corpo e, que os mesmos sejam mais interativos, promovam a comunicação e as aprendizagens cognitivas; - 86,4% dos docentes consideram importante a criação de comunidades de pratica da Educação Especial, suportadas em plataforma digital, geradoras de trabalho colaborativo em torno da resolução de problemas, da articulação de procedimentos e da valorização e disseminação de boas práticas. Referências Alzina, R.B. (coord.) (2009). Manuales de métodología de investigación educativa. Madrid: La Muralla. Moroco, J. (2003). Análise estatística com utilização do SPSS. Lisboa: Edições Sílabo. 10th International Conference on Digital Exclusion in the Information and Knowledge Society 23 Atividades investigativas baseadas em TICE: Um estudo com crianças e jovens num espaço diferenciado de educação científica e tecnológica Geraldo Rocha Fernandes1, António Rodrigues2, Carlos Alberto Ferreira2 1Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Brazil; 2Universidade de Lisboa, Faculdade de Motricidade Humana, Portugal Keywords: Ensino de ciências por investigação, Argumentação científica, Tecnologias de informação e da comunicação, Discurso pedagógico A presença dos artefactos tecnológicos na vida dos alunos do ensino básico e a importância de conhecer o modo como estes recursos auxiliam o processo de ensino e aprendizagem exigem cada vez mais que as práticas educativas acompanhem as tendências do mundo contemporâneo. Algumas escolas e projetos, com perspetivas inovadoras de ensino de ciências que utilizam as Tecnologias de Informação e Comunicação para o Ensino (TICE), foram fundamentais para o desenvolvimento desta pesquisa: a Escola da Ponte (Portugal); o projeto “School of One” (Estados Unidos); a escola “Vittra Telefonplan” (Suécia); o Ginásio Experimental de Novas Tecnologias: GENTE (Brasil); o Projeto de Educação Científica (Serrinha - Bahia, Brasil); o Projeto “Centro Integrado de Educação em Ciências” (CIEC) (Vila Nova da Barquinha Portugal); além de outros. Em busca de um cenário próximo destas tendências contemporâneas encontramos em Portugal, no concelho de Sintra, um Projeto que denominaremos de “Projeto Experimental de Educação Científica e Tecnológica” (PEECT) e que visa desenvolver ações de “inclusão escolar”, “educação não formal” e “inclusão digital” durante todo o ano num espaço com computadores, no qual se desenvolvem algumas oficinas. A principal oficina levada a cabo neste projeto refere-se à construção de aeromodelos, com o objetivo de reforçar o ensino de ciências nas escolas da região. Com o objetivo de aprofundar os conceitos científicos da oficina de aeromodelismo do PEECT, procurámos realizar algumas atividades com crianças e jovens através de vários recursos digitais, organizados numa hipermédia designada Módulo Temático Virtual (MTV). Assim, este trabalho tem o objetivo de compreender a forma como as crianças e os jovens de meios sociais desfavorecidos interagem com conteúdos científicos e desenvolvem atividades investigativas num espaço com diversas TICE. Para aprofundar este objetivo, organizámos o nosso estudo 24 com base na seguinte questão: "Como se caracteriza o desenvolvimento de uma atividade de ensino de ciências mediado pelas TICE dentro de um espaço não formal de ensino por crianças e jovens provenientes de um meio social desfavorecido?". Para atingir o objetivo do estudo, a equipa do PEECT, juntamente com os pesquisadores, desenvolveram uma oficina temática, realizada ao longo de uma semana com 13 voluntários (crianças e jovens) num contexto educacional mediado pela hipermédia MTV e que foi elaborada a partir de uma proposta de Ensino de Ciências por Investigação (Fernandes, Rodrigues, & Ferreira, 2015). Procurámos desenvolver uma atividade no espaço do PEECT que não fosse caracterizada como aula, uma vez que as Atividades Investigativas de Ensino de Ciências (AIEC) mediadas por TIC foram realizadas num espaço não formal de ensino e aprendizagem. A oficina apoiou-se no tema “o voo dos aviões” para complementar a formação das crianças e dos jovens no desenvolvimento de aeromodelos e dispositivos a partir de energia renovável. As ações, perceções e diálogos dos participantes foram filmadas e os dados recolhidos foram analisados qualitativamente, tendo-se os resultados caracterizados em quatro domínios: social, técnico, afetivo e cognitivo. Através da análise qualitativa de categorias pré-determinadas emergiu um conjunto de subcategorias. Para analisar as categorias e subcategorias foram utilizados dois referenciais. O primeiro refere-se à estrutura e à qualidade da argumentação científica através dos instrumentos designados Elementos Taxionómicos da Argumentação Científica (ETAC) e Qualidade do Argumento Modificado (QAM); o segundo diz respeito aos Elementos Característicos do Discurso Pedagógico de Basil Bernstein. Verificámos que os resultados são mais significativos quando se leva em consideração os aspetos do domínio social, neste caso, as características sociais dos participantes e as “ações indicadoras de interação com as TICE”. 10th International Conference on Digital Exclusion in the Information and Knowledge Society Também os aspetos do domínio afetivo, neste caso, relacionados com a tecnologia, o ato de escrever no computador, as disposições para aprender e as disposições emocionais expressas em situações de alegria, motivação, surpresa e prazer. Por fim, surgem os aspetos do domínio cognitivo que foram evidenciados pela argumentação científica. Durante o desenvolvimento da pesquisa, a análise do processo argumentativo foi fundamental para compreendermos o Domínio Cognitivo dos participantes da nossa investigação. A QAM, juntamente com as Regras de Realização Ativa da Orientação Específica de Codificação (Bernstein, 1998), teve uma evolução considerável durante o desenvolvimento das AIEC mediadas por TICEs em que o processo de argumentação oral e escrita, apoiado pelos recursos informáticos, foram os principais responsáveis por esta evolução. Acreditamos que um espaço ativo, que se socorra das AIEC mediadas por TICEs, e sendo apoiado por um processo de argumentação de ensino de ciências, pode dar um forte contributo para o desenvolvimento de competências sociais, técnicas, afetivas e cognitivas dos participantes. Para este tipo de investigação, em que se procura compreender um processo de ensino e aprendizagem diferenciados, é importante levar em consideração outros elementos que também foram evidenciados: a) ações indicadoras de interação com as TICE: i) desejo dos participantes de utilizar outras ferramentas informáticas, que requerem negociações didáticas (ou controlo posicional) para o desenvolvimento das atividades; ii) apoio colaborativo entre os participantes; e iii) descoberta do funcionamento das ferramentas informáticas; b) ações orientadoras para a condução das atividades investigativas mediadas por TIC: i) explicar os objetivos das atividades de investigação; ii) apresentar questões pontuais; iii) acompanhar o desenvolvimento das atividades (em forma de tutoria); iv) responder às atividades e apresentar feedback; e v) concluir os episódios/atividades com focus group; e c) verbos e expressões de orientação para atividades TICE-on: uma vez que se diferencia das atividades hands-on, ter atenção aos verbos: levantar, descer, carregar, clicar, abrir, descarregar, inserir, escrever, apagar, enviar, salvar, etc. Referências Bernstein, B. (1998). Pedagogía, control simbólico e identidad. Madrid: Ediciones Morata. Fernandes, G., Rodrigues, A., & Ferreira, C.A. (2015). Módulos temáticos virtuais: uma proposta pedagógica para o ensino de ciências e o uso das TICs. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, 32(3), 934-962. Autonomia e participação na aprendizagem Ester Gómez Euromime, Spain Keywords: Autonomia, Participação, Educaçao não formal, Pedagogias críticas, Exclusão O currículo nacional do Ensino Básico (Ministério da Educação, Departamento da Educação Básica, 2001) considera a autonomia como uma das competências essenciais. À saída da Educação Básica o aluno deve ter a capacidade de realizar atividades de forma autónoma, responsável e criativa. Mas os programas atuais dos currículos (Decreto-Lei n.º 176/2014, de 12 de dezembro, Le Bulletin officiel spécial n°11 du 26 novembre 2015, “BOE” núm. 3, de 3 de enero de 2015) não estão providos de cursos específicos para o desenvolvimento da autonomia na aprendizagem. Illich (1971) observa que, pelo contrario, as escolas buscam a homogeneidade de conhecimento, circunstância que dificulta enormemente o desenvolvimento da autonomia pessoal. É importante distinguir entre a homogeneidade do conhecimento e a igualdade de oportunidades no desenvolvimento do conhecimento, “[...] el saber, es para Illich, una experiencia existencial de la vida, es el aprendizaje y éste es la meta de la educación. Entendido así el saber -y no como mercancía comerciable-, es el resultado de un desarrollo personal autónomo” (Orfanel & Junoy, 1976). Uma não implica à outra e vice-versa. Portanto, para fomentar a autonomia e a consequente participação dos membros da comunidade no desenvolvimento do conhecimento precisamos de projetos educativos específicos que brindem as mesmas oportunidades a todos. 10th International Conference on Digital Exclusion in the Information and Knowledge Society 25 As praticas pedagogicas estimuladoras de uma igualdade do desenvolvimento da autonomia situam-se maioritariamente na educação não-formal. “Entendemos a educação não-formal como aquela voltada para o ser humano como um todo, cidadão do mundo, homens e mulheres. Em hipótese alguma ela substitui ou compete com a Educação Formal, escolar. Poderá ajudar na complementação dessa última, via programações específicas, articulando escola e comunidade educativa localizada no território de entorno da escola” (da Gloria, 2006). Estes tipos de projetos situam-se em espaços fora da escola como são associações, centros sociais, centros culturais, a universidade em alguns casos, fab labs, entre outros. A escola como instituição deveria favorecer estas praticas educativas para a sua consolidação e sustentabilidade. Dois projetos educativos ao nível da educação não formal serão descritos, nomeadamente: Gamestar(t) e Sole. Estes servirão de referencia para o desenvolvimento de um projeto final de mestrado, que será realizado no Chile. Os fios de união entre eles baseiamse nos conceitos de autonomia e participação que estão por se discutir neste documento, a utilização da tecnologia para melhorar a acessibilidade ao conhecimento, a importância do espaço nesta interação pedagógica e o cambio do papel do maestro e dos alunos e a relação entre eles. Gamestar(t), conforme à informação do site próprio, é um projeto inovador educacional e lúdico enquadrada no âmbito da associação Arsgames na qual tecnologias, videojogos e arte são misturados em uma combinação criativa explosiva onde as crianças são protagonistas. Eles assumem o controle e decidem duma maneira autónoma. O projeto está a meio caminho entre a paisagem artística e tecnológica e a criação colaborativa e pedagogias críticas. Forma um ponto de encontro e aprendizagem auto-gerida de crianças de 7-18 anos nos processos tecnológicos de criação tecnológica com diversão tentando transformar os participantes em agentes de criação e experimentação, as pessoas não são apenas sujeitos passivos e consumidores da tecnologia. Entre as suas vagas o projeto reserva algumas para as crianças em risco de exclusão. Segundo o exposto no site da Fundación Telefónica, SOLE, na sigla em Inglês AutoOrganizado Ambiente de Aprendizagem, uma 26 metodologia que Sugata Mitra vem desenvolvendo e pesquisando que em 2013 ganhou o prémio TEDPrize para construir uma escola na nuvem. Uma escola que qualquer criança no mundo pode acessar a partir da rede de aprender por si só, ou em um grupo com outros. Nos SOLEs, os alunos têm a autonomia para liderar a investigação e cenário de acordo com suas necessidades e ritmo, com o mínimo de intervenção do professor. O professor como cenógrafo, centra a sua atenção e seus papéis na condução da experiência alunos, não dirigida, informal, e promove a descoberta e surpresa nas decisões do grupo. Os alunos aprendem uns com os outros, criando um cenário de aprendizagem e experiência independente que os ajuda a confiar em suas próprias estratégias e recursos. A pesquisa no Chile visa testar métodos pedagógicos através de um workshop desenvolvido num centro de educação de adultos aberto aos membros da comunidade. Com a tecnologia como ferramenta de trabalho, utilizaremos o videojogo de Scratch e as bases da programação nível inicial como disciplina no programa de estudos da formação instrumental da Tecnologia da Informação e das Telecomunicações para o desenvolvimento autónomo e participativo de projetos na comunidade. Concluindo, uma educação acessível para todos contra a exclusão implica a facilitação dos recursos educativos, acesso à informação, os conteúdos pedagógicos para o desenvolvimento igualitário da autonomia, e sobretudo, a entrada de projetos não formais que promovem a inclusão de praticas educativas abertas à comunidade onde suscite a participação dos membros da comunidade: “What are needed are new networks, readily available to the public and designed to spread equal opportunity for learning and teaching” (Illich, 1971). Referências da Glória Gohn, M. (2006). Educação não-formal, participação da sociedade civil e estruturas colegiadas nas escolas. Revista EnsaioAvaliação e Políticas Públicas em Educação, 14(50), 11-25. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/%0D/ensaio/v14n50/30 405.pdf Illich, I. (1971). Deschooling society. Disponível em: http://www.arvindguptatoys.com/arvindgupta/D ESCHOOLING.pdf 10th International Conference on Digital Exclusion in the Information and Knowledge Society Illich, I. (1973). Sociedade sem escolas. Petropolis: Vozes. Disponível em: http://movaut.net/wpcontent/uploads/2012/09/Sociedade-SemEscolas-Ivan-Illich1.pdf Projeto GAMESTAR(T). Disponível em: http://gamestart.arsgames.net/Projeto%20SOL E SOLE’s: Despertando la curiosidad con una pizca de tecnología y mucha autonomía. Disponível: http://innovacioneducativa.fundaciontelefonica.c om/blog/2014/03/10/soles-despertando-lacuriosidad-con-una-pizca-de-tecnologia-ymucha-autonomia/ Orfanel, G.G., & Junoy, G. (1976). Ivan Illich o la desescolarización. Revista de educación, 242, 105-120. Autonomía en el aprendizaje: Valoración de un taller de Scratch en el CEIA Selva Saavedra de Temuco, Chile Ester Gómez1, Guillermo Williamson2, José Salazar2 1Euromime, Spain; 2Universidad de La Frontera Temuco, Chile Keywords: Educación no formal, Educación de adultos, Autonomía, Participación, Tecnologías para la educación El desarrollo y el fortalecimiento de la autonomía personal en el contexto educativo es un objetivo fundamental transversal del currículo de la Educación Básica y Media de Adultos en Chile (Decreto Supremo de Educación Nº 257, 2009) y así se aprueba en los Objetivos Fundamentales y Contendidos Mínimos Obligatorios para la educación de personas jóvenes y adultas. A pesar de ello, no se programan actualmente cursos específicos para el desarrollo de la autonomía en el aprendizaje. Como observa Illich (1971), los niveles homogéneos del conocimiento no permiten desarrollar la autonomía de los aprendientes. “[...] el saber, es para Illich, una experiencia existencial de la vida, es el aprendizaje y éste es la meta de la educación. Entendido así el saber y no como mercancía comerciable-, es el resultado de un desarrollo personal autónomo” (Orfanel & Junoy, 1976). Se distinguen por tanto dos conceptos bien diferenciados: podríamos hablar sobre el desarrollo de saberes iguales, y, por otro lado, sobre la igualdad en el desarrollo del conocimiento. La institución educativa en su función formadora debería apoyar proyectos pedagógicos que fomenten tanto la autonomía como la participación en el marco del aprendizaje durante toda la vida (longlife learning). “Entendemos a educação nãoformal como aquela voltada para o ser humano como um todo, cidadão do mundo, homens e mulheres. [...] articulando escola e comunidade educativa localizada no território de entorno da escola” (da Gloria, 2006). El cambio de roles entre profesor y alumnos facilitaría el desarrollo del aprendizaje autónomo. El trabajo de equipo pedagógico, ayudaría de manera significativa a la formación de personas autónomas. Una educación accesible para todos y una facilitación de los recursos, del acceso a la información y de la entrada de proyectos no formales. “What are needed are new networks, readily available to the public and designed to spread equal opportunity for learning and teaching” (Illich, 1971). La enseñanza para personas jóvenes y adultas en Chile y su situación en el sistema educativo chileno (su historia, desarrollo y reformas educativas). Descripción de los centros CEIAs de Chile y en concreto del CEIA Selva Saavedra: localización, perfil de estudiantes, oferta de estudios y talleres, etc. Hipótesis: Impacto del uso de Scratch en una práctica no formal desarrollada en el centro educativo CEIA Selva Saavedra con miembros de la comunidad no matriculados en el sistema escolar: - ¿Sería una herramienta que ayude a desarrollar la autonomía en el aprendizaje? - ¿Generaría los enlaces necesarios para una participación de los estudiantes? - ¿Valdría como espacio virtual donde gestar proyectos personales y/o comunitarios? La metodología sería cualitativa, experimental, de caso, de investigación acción participativa. El planteamiento serían temas de interés, dentro de un aprendizaje significativo. En dicha metodología se recogen opiniones a través de entrevistas en profundidad y de focus group, se hacen observaciones de campo con una pauta de evaluación con la realidad. Enfoque Críticocontroversia sobre el papel de la escuela en la sociedad. El juego didáctico o serious game, Scratch (condiciones de uso, juego en contexto) y la Gamificación: desmitificación del término, contextualización del método y sus prácticas. 10th International Conference on Digital Exclusion in the Information and Knowledge Society 27 Diseño metodológico: Puesta en marcha de un taller a través del cual, utilizando métodos pedagógicos específicos, se fomenta la autonomía personal el alumnado. Dicho taller se desarrollará en un centro de adultos abierto a los miembros de la comunidad. Con la tecnología como herramienta de trabajo, utilizaremos el videojuego de Scratch y las bases de la programación nivel inicial como disciplina en el programa de estudios de la formación instrumental de la Tecnología de la Información y de las Telecomunicaciones para el desarrollo autónomo y participativo de proyectos en la comunidad. Población de estudio: cursos (2), diverso, sin comparación entre ellos. Como herramientas se utilizará la aplicación SPSS. A través de la observación activa: recogida de datos - con pautas - a través de fuentes para el análisis de datos cualitativos (entrevistas, focus group, asambleas, grabaciones de audio y vídeo, diario de abordo, asambleas y reuniones). Abarcarán: el contraste de los datos resultantes del estudio con las hipótesis planteadas; nuevas preguntas de investigación; y proyecciones, perspectivas. Referências Williamson, G., Salazar, J., González, J., Pérez, y otros (2013). Educación Social y Educación de Jóvenes y Adultos. Reflexiones, experiencias, propuestas. Temuco, Región de La Araucanía: Chile. Collado, V.R.A. (2013). Abandono de la educación Regular de los estudiantes de educación de adultos en Chile. Revista Interamericana de Educación de Adultos, 35(1), 55-65. Bryman, A. (2012). Social research methods. New York: Oxford University Press. Fontes, A., Freixo, O., & Victória, C. (2004). Vygotsky e a aprendizagem cooperativa: Uma forma de aprender melhor. Lisboa: Livros Horizonte. Illich, I. (1971) Deschooling society. Disponible en: http://www.arvindguptatoys.com/arvindgupta/DES CHOOLING.pdf da Glória Gohn, M. (2006). Educação não-formal, participação da sociedade civil e estruturas colegiadas nas escolas. Revista ensaioavaliação e políticas públicas em Educação, 14(50), 11-25. Orfanel, G. G., & Junoy, G. (1976). Ivan Illich o la desescolarización. Revista de Educación, 242, 105-120. By which criteria digital didactic materials can facilitate the learning process! Gerti Pishtari1, Gilberto Lacerda Santos2 1Euromime, Albania; 2Universidade de Brasília, Brazil Keywords: Ergonomy, Digital resources, Multimedia, Mathematics, Learning processes This study will be incorporated in a greater project, called “Eduardo Peçanha”, managed by Gilberto Lacerda dos Santos, professor at the University of Brasilia. The goal of it is to develop digital didactic materials that would help for teaching mathematics and which will be adequate for a public composed by small children, in their first steps in education. Different aspects and disciplines are involved in this project, like education, design, information technology, programming, ergonomy, etc. The current research will be concerned with the ergonomical part. An important environment for this subject will be the experimental PIJ (Programa Infanto Juvenil) School, incorporated at the campus of the “University of Brasilia”. In a teaching perspective focused on the learning styles of students, it is important to identify ergonomic principles that are more likely to approach the biggest number of Medias for education with their users, so that these tools can properly 28 fulfill their support role to the teaching - learning processes. However, a natural question raises. What strategies should be applied when these users are young children, making their first steps in school? The main goal of this research will be to propose solutions for ergonomic problems, in order to contribute for the development of effective methods and techniques in the field of media engineering for education. The proposed research consists in an ergonomic evaluation of all strategies and digital resources involved in the “Eduardo Peçanha” project. Students and professors of PIJ school are going to take part on this. Due to the numerous fields involved in the “Eduardo Peçanha” project, even this research will directly or indirectly be in touch with different domains like cognitive ergonomy, informatics, education and learning styles, according to David Kolb and Richard Gagnon approaches. The tools that are planned to be used for this 10th International Conference on Digital Exclusion in the Information and Knowledge Society research can be divided in two main groups, namely: i) research tools! - part of these would be Questionnaires, Interviews and Evaluation grids; and ii) production tools! - which will consist in programming applications and compilors. In general, this research will consist in a qualitative investigation based on a case study. According to Yin (2003, p.2) “the distinctive need for case studies arises out of the desire to understand complex social phenomena” because “the case study method allows investigators to retain the holistic and meaningful characteristics of real-life events", such as organizational and managerial processes, for example. In fact, case studies seem to be the preferred strategy when “how” or “why” questions are being posed, when the investigator has little control over events, and when the focus is on a contemporary phenomenon within some real-life context (Yin, 2003). Finally, Yin (2003) offers a more detailed and technical definition of case studies, namely: the first step will be the identification of the state of the art of the research on cognitive ergonomics, applied to the development of educational tools for young children. In order to do this, a relation should be established between the ergonomic theories and the theory of learning styles according David Kolb and Richard Gagnon. During different steps of the development of this thesis, Questionnaires, Interviews and Evaluation grids will be created and evaluated. These will be later tested with students and teacher at the PIJ School. References Houssaye, J. (1988). Le triangle pedagogique. Berne, Peter Lang. Kolb, A.Y. & Kolb, D.A. (2010). Learning to play, playing to learn: A case study of a ludic learning space. Journal of organizational change Management, 23(1), 26-50. Kolb, D.A. (1984). Experiential learning: Experience as the source of learning and development. Englewood Cliffs, NJ: Prentice-Hall. Yin, R.K. (2003). Case study research, design and methods (3rd ed., vol. 5). SAGE Publications. Cassell, C. & Symon, G. (2004). Essential guide to qualitative methods in organizational research. London: SAGE Publications. Cassell, C. & Symon, G. (1994). Qualitative methods in organizational research: A practical guide. London: SAGE Publications. Contributos para reflexão sobre dinâmicas formativas para a educação digital de adultos: Uma experiência no âmbito do projeto LIDIA Elisabete Cruz, Fernando Albuquere Costa, Carla Rodriguez, Joana Viana, Carolina Pereira Instituto de Educação, Universidade de Lisboa, Portugal Keywords: Literacia digital, Educação digital, Educação de adultos, Dinâmicas formativas A necessidade de proporcionar ambientes de aprendizagem com base na Internet, alternativos ao ensino e à formação de matriz tradicional, para acolher uma gama diversificada de interesses e motivações de pessoas que, por distintas razões, pretendem fortalecer conhecimentos numa determinada área, é hoje amplamente reconhecida, tanto no plano da formação académica como da formação profissional. Além de soluções baseadas na oferta de cursos totalmente online (e-learning), têm sido realizados investimentos significativos em modalidades de formação mistas (b-learning), que incluem uma componente online e uma outra presencial (Peres, Lima, & Lima, 2014; Gutiérrez-Santiuste, Gámiz-Sánchez, & Gutiérrez-Pérez, 2015). A introdução de uma componente presencial nos cursos a distância permite conhecer melhor os formandos, reforçar a sua confiança e criar relações de empatia (Rodrigues, 2007). Foi reconhecendo estas e outras vantagens que, no âmbito do projeto Literacia Digital de Adultos (projeto LIDIA) se deu primazia à modalidade blearning para a primeira edição do curso LIDIA, com o objetivo de ajudar formadores e técnicos da área social a promoverem a literacia digital dos adultos com quem trabalham. Conscientes da heterogeneidade do público-alvo, investiu-se no desenho de uma proposta formativa fundamentada nos princípios orientadores da educação de adultos (Cavaco, 2009). A equipa do curso contou com um grupo de cinco facilitadores, responsáveis pelo conteúdo e pela tutoria na componente a distância, e cinco especialistas convidados de diversas áreas de conhecimento e atuação em educação. Frequentaram o curso 20 formandos, 10th International Conference on Digital Exclusion in the Information and Knowledge Society 29 selecionados em função de critérios previamente definidos com vista a assegurar, tanto quanto possível, a concretização dos objetivos previstos. O presente estudo tem como objetivo analisar os resultados obtidos na primeira edição do curso LIDIA, realizado em regime b-learning. Pretende-se proceder a um balanço que, além de permitir aferir o sucesso do curso no que respeita às aprendizagens realizadas, possibilite a identificação dos pontos fortes e dos pontos mais críticos, a melhorar em futuros desenvolvimentos, de acordo com a perspetiva dos seus destinatários. As características metodológicas deste estudo enquadram-se no paradigma da investigação qualitativa (Flick, 2007), privilegiando a exploração de dados obtidos por intermédio de sujeitos que, de alguma forma, participaram no fenómeno que se pretende compreender. Confere particular atenção ao registo do trabalho efetuado nos forúns disponibilizados, às respostas obtidas mediante o preenchimento do questionário de avaliação aplicado e aos resultados de avaliação sumativa da aprendizagem. Para analisar os dados recorreu-se a métodos mistos, destacando-se nomeadamente a análise de conteúdo e a estatística descritiva. Da análise dos resultados de avaliação sumativa, verificámos que a taxa de aprovação total (número de aprovações/número de inscrições) foi de 70% (14 em 20), registando-se 30% de casos que obteve uma classificação inferior a 3 valores por não ter completado parte significativa das tarefas previstas. A avaliação média dos formandos que finalizaram o curso com sucesso foi de 4,5 valores, numa escala de 0 a 5 valores, oscilando em termos qualitativos entre o Bom e o Muito Bom. De acordo com a perspetiva dos formandos, as aprendizagens mais significativas situam-se no domínio afetivo (saber-estar), às quais se seguem aprendizagens que se situam nos domínios tecnológico (saber-usar), cognitivo (sabersaber) e, por último, no domínio psicomotor (saber-fazer). Considerando o conjunto dos temas, a clareza com que foram tratados, as metodologias utilizadas pelos facilitadores, a qualidade das relações que foram criadas, a larga maioria dos formandos (73,3%) atribui o valor máximo de eficácia ao curso LIDIA, indicando que este foi “complementarmente eficaz”. Apesar do elevado grau de satisfação manifestado, foram sentidas algumas 30 dificuldades pelos formandos na concretização das tarefas previstas. Destacase, a este respeito, a dificuldade na gestão do tempo, seguindo-se a alusão a dificuldades relacionadas com a manipulação das tecnologias propostas para a realização das tarefas e, com menor expressão, dificuldades relacionadas com a falta de meios tecnológicos no local de trabalho. Seguindo ainda a perspetiva dos formandos, o papel dos facilitadores emerge como um dos aspetos mais positivos do curso, seguido de referências às aprendizagens realizadas, às relações interpessoais, à aplicação prática dos conhecimentos adquiridos e ao próprio envolvimento dos formandos. Os resultados deste estudo permitem extrair informação relevante não apenas sobre as principais dificuldades dos formandos na realização das tarefas propostas, com destaque para a gestão do tempo, mas também colocam em relevo o papel fundamental dos facilitadores e o dos próprios formandos no sucesso das aprendizagens, corroborando a tese de que a eficácia de qualquer curso a distância depende tanto da comunicação dialógica enquanto competência a ser desenvolvida pelos tutores (Nörnberg, 2011), como da motivação dos seus destinatários (Pavesi & Oliveira, 2012). Em futuros desenvolvimentos parece importante investir em estratégias que permitam um maior controlo do tempo por parte dos formandos, considerando, por exemplo, como sugerem os participantes, as possibilidades de alargar o prazo para a conclusão das tarefas e de cada formando definir o prazo para a entrega dos trabalhos. Referências Cavaco, C. (2009). Experiência e formação experiencial: a especificidade dos adquiridos experienciais. Educação UNISINOS, 13(3), 220-227. Flick, U. (2007). Designing qualitative research. London, Thousand Oaks: SAGE Publications. Gutiérrez-Santiuste, E., Gámiz-Sánchez, V., & Gutiérrez-Pérez, J. (2015). MOOC & B-learning students' barriers and satisfaction in formal and non-formal learning environments. Journal of interactive online learning, 13(3), 88-111. Nörnberg, N. (2011). Os processos educativos e o papel do professor tutor na e para comunicação e interação. Anais do XVII Congresso Internacional de Educação a Distância. Manaus, Amazonas, Brasil. Disponível em http://goo.gl/quySJb 10th International Conference on Digital Exclusion in the Information and Knowledge Society Pavesi, M. & Oliveira, D. (2012). Motivação do aluno da educação a distância. IX ANPED Sul. Seminário de Pesquisa em Educação da Região Sul. Universidade de Caxias do Sul. Peres, P., Lima, L., & Lima, V. (2014). B-learning Quality: Dimensions, Criteria and Pedagogical Approach. European Journal of open, distance & e-learning, 17(1), 56-75. Rodrigues, S. (2007). Avaliação em e-/b-learning. Implementação de um sistema de autoavaliação de um projecto de apoio online no Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto. Porto: Universidade Portucalense Infante D. Henrique. Funções dos materiais didáticos para situações de inclusão digital dos atores da relação educativa Gilberto Lacerda Santos Universidade de Brasília, Brazil Keywords: Mediação pedagógica, Materiais didáticos, Educação mediada por tecnologias, Ciências cognitivas O material didático tem um papel primordial no contexto da relação educativa e da promoção da inclusão digital de professores e alunos. Suas funções são inúmeras e entre elas destacamos o apoio ao esforço de mediação e de atribuição de significados, por parte do professor, e o auxílio na organização das intervenções pedagógicas ou o estabelecimento de um fio condutor para a construção de conhecimentos, por parte dos alunos. A relação educativa pode ser definida como sendo uma dinâmica comunicacional complexa entre dois indivíduos, um formador e um formando, tendo como objeto um determinado corpo de conhecimentos. Tal relação delimita o que Chevallard (1991) denominou de Triângulo Didático. À medida que desempenha sua função reguladora e intermediadora entre o saber do aluno e o saber do conteúdo, o professor age como um elo entre conhecimentos formalmente delimitados (em função de premissas científicas, tecnológicas e sociais) e versões didáticas desses mesmos conhecimentos (em função de premissas pedagógica, didáticas e epistemológicas). Nessa dinâmica de transposição didática de saberes (Chevallard, 1991), o professor tem a responsabilidade de assegurar que conhecimentos formais sejam traduzidos segundo versões didáticas adequadas e válidas, suscetíveis de serem tratadas como matéria de ensino e como objeto de aprendizagem. Temos aí, desde já, a explicitação de uma concepção cognitiva e construtivista da aprendizagem, segundo a qual aprender é um processo ativo de estabelecimento de ligações entre novas informações e conhecimentos anteriores, que requer uma reorganização constante de conhecimentos declarativos, procedimentais e condicionais, a partir do emprego de estratégias e de metaestratégias (Tardif, 1999). Nessa dinâmica, o professor deve estabelecer interações baseadas na percepção do aluno como sujeito ativo, afetivo e social que, ao longo do processo de construção de conhecimentos, constrói também uma autopercepção, uma autoimagem e uma autoestima, enquanto avança e evolui no seu universo imediato, indo de saberes coletivos a saberes individuais e vice-versa (Gagnon, 2013). Basicamente, o material didático pode ser empregado segundo duas perspectivas diferentes. No caso da educação presencial, o material didático tem seu papel de apoio bastante evidenciado, à medida que ele é empregado pelo professor para dinamizar suas intervenções, para exemplificar situações e objetos de aprendizagem, para motivar os alunos a persistirem na relação educativa. Isso ocorre em paralelo à comunicação direta estabelecida entre docente e discente. Nesse caso, excluído o material didático, a relação educativa ainda é perfeitamente viável e formador e aluno podem avançar na comunicação pedagógica por outras vias. Em se tratando de educação mediada por tecnologias digitais o material didático assume um papel de maior envergadura e de menor flexibilidade, à medida que, distanciados da presença física do emissor de mensagens pedagógicas, os alunos têm nos recursos mediadores o principal, senão o único, elemento instigador de interações com os conteúdos veiculados. Em outras palavras, a flexibilização do material didático para educação a distância é inversamente proporcional à distância entre emissores e 10th International Conference on Digital Exclusion in the Information and Knowledge Society 31 receptores e à dimensão interativa dos materiais mediadores. A investigação em foco consistiu em uma abordagem longitudinal, realizada entre 2002 e 2012, por meio de observações sistematizadas de situações educativas, de pesquisa participante, da análise de diferentes tipos de materiais didáticos digitais e convencionais e da abordagem de discentes participantes das disciplinas Práticas Midiáticas na Educação e Computadores na Educação, do Programa de Licenciatura em Pedagogia da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília. A sistematização das observações, da pesquisa participante, da análise de materiais didáticos e da abordagem dos discentes (entrevistas não estruturadas) foi realizada à luz de 5 categorias distintas, mas totalmente complementares no caso de relações educativas: a finalidade didática, a finalidade comunicacional, a finalidade estratégica, a finalidade organizativa e a finalidade interativa. A finalidade didática se referiu aos objetivos do material didático enquanto instrumento que auxilia o professor na elaboração de mensagens pedagógicas e na condução da relação educativa. A finalidade estratégica se referiu ao papel do material didático na promoção de aprendizagens, no sentido cognitivista apresentado no item anterior. A finalidade comunicacional se referiu ao fato de que todo material didático deve ser um meio de comunicação entre aluno, professor e conteúdo pedagógico. A finalidade organizativa foi delimitada pelo fato de que o material didático, sua dinâmica e sua estruturação confundem-se com a própria organização das sequências didáticas que dão forma à aula virtual. Por fim, a finalidade interativa se baseou no fato de que os recursos trazidos pelo docente para a relação educativa devem servir de elemento de favorecimento de trocas entre ele e seus alunos, na perspectiva da promoção da construção de conhecimentos. No final da investigação, as seguintes funções foram identificadas: Função 1–proporcionar a transferência de conhecimentos; Função 2– facilitar a comunicação formador-aluno; Função 3–subsidiar a organização dos processos de ensino e aprendizagem; Função 4–explicitar projeto comunicacional do formador; e Função 5–promover a interatividade cognitiva. Evidentemente, outras funções poderiam ser aqui anunciadas. Todavia, o foco da investigação longitudinal realizada foi delimitado pelas funções específicas e incontornáveis para situações de ensino não presenciais, nas quais os alunos evoluem independentemente das intervenções diretas do professor. O mapeamento de tais funções e o aprofundamento na compreensão de seu escopo, alcance e repercussões podem, certamente, nos ajudar na melhoria de tais relações educativas e na resolução de uma série de problemas de qualidade e de adesão às situações educativas em que professores e alunos não interagem direta e presencialmente. Referências Chevallard, Y. (1991). La transposition didactique du savoir savant au savoir enseigné. Grenoble: La pensée sauvage. Gagnon, R. (2013). Éduquer après Carl Gustav Jung - suivi de métaphores et autres vérités. Québec: Les Presses de l’Université Laval. Tardif, J. (1999). Pour un Enseignement Stratégique: L’Apport de la pshychologie cognitive. Quebec, Canadá: Logiques Écoles. Guiding students to innovative thinking: The biomedical, active and healthy ageing paradigms Leontios J. Hadjileontiadis Dept. of Electrical & Computer Engineering, Aristotle University of Thessaloniki, Greece Keywords: Innovative thinking, Creativity, Project-based learning, Biomedical technology, Active and healthy ageing, Horizon 2020, Big data, Internet-of-things, Alzheimer’s disease, Parkinson’s disease Creativity, ingenuity, and innovation are the main roadmap factors to success in the evolving global economy. To prepare young people for work and life in the 21st century, educators must cultivate students' creativity and innovative thinking, guiding them to ways of learning how to imagine the unimaginable 32 and hone their creative skills. As Epstein notes, four competencies essential for creative expression could be identified (Henderson, 2008): (a) capturing–preserving new ideas; (b) challenging–giving ourselves tough problems to solve; (c) broadening–boosting creativity by learning interesting new things; and (d) 10th International Conference on Digital Exclusion in the Information and Knowledge Society surrounding–associating with interesting and diverse things and people. Clearly, the academic environment sets the basis for the creative blending of the students’ potentialities and the challenging and diversity of the open research problems. This is taken even further when employing Project-Based Learning (PBL) in the students’ activities. PBL has many definitions and is implemented in many different forms. In any case, there are four main characteristics that differentiate a project from a conventional learning activity (Buck Institute of Education, 2013). In particular, there must be: (a) significant content, where students apply and integrate key knowledge and skills; (b) an appropriate level of rigor and complexity; (c) open-ended, allowing students to develop more than one reasonable answer, and providing them with autonomy and choice as they work toward a solution; and (c) explorative, where students are motivated to identify, research, and learn concepts and skills required to reach a solution (Nelson, 2014). The content of this keynote lecture is focused upon the strategies that could be used to foster innovation in the academic environment and promote students’ innovative thinking. Specific PBL-based examples from the biomedical and assisting living fields are provided, placed within the context of European research trajectories (EC Horizon 2020 trends (European Commission HORIZON 2020, 2016), complied with the emerging fields of the Big Data analytics (Halevi, 2012) and Internetof-Thinks (IoT) (Weber & Weber, 2010). In this way, the past, present and future of the biomedical engineering is presented as the host of innovative thinking and promoting information and knowledge society. Six case-studies related to students’ PBLbased activities in the areas of biomedical technology (e.g., pain management), assistive technology for disabled (blinds’ navigator, signlanguage translator, support of autistic kids’ education) and for the active and healthy ageing of older adults (e.g., support of Alzheimer’s and Parkinson’s Disease communities) are used as characteristic paradigms that promote innovation in health, inclusion and ageing. The diversity in the characteristics of the PBLbased paradigms have shown that the intriguing nature of them serves as the vehicle that carries students in the creative process to become from thinkers to practitioners and overcome their initial barriers towards their creative enhancement and expression when turning the impossible to possible. Moreover, the social dimension of the PBL cases and the students’ contribution to the solution of humancentered problems increased their motivation, commitment and productivity, leading them to maturity and social/inclusive-consciousness boosting. Based on the latter, possibilities for successful entrepreneurship are foreseen, transfecting innovation to the market. The motivation of students to see themselves as carriers of the innovative thinking within the higher education environment, structured upon the realization of PBL case studies with social impact, promotes a holistic development of their skills, setting the locus both at the personal learning and social offering, endorsing inclusion under the “Glocal” perspective. References Henderson, J. (2008). Developing Students' Creative Skills for 21st Century Success. Education Update, 50(12), 6-7. Buck Institute of Education (2013). Project Design Rubric, Project Based Learning. Novato, CA: Buck Institute of Education, available at: http://bie.org/object/document/project_design_r ubric Nelson, N. (2014). Achieving graduate attributes through project-based learning. Proceedings of the Canadian Engineering Education Association, 1-7, available at: http://library.queensu.ca/ ojs/index.php/PCEEA/article/download/5923/56 45 European Commission HORIZON 2020 (2016). http://ec.europa.eu/programmes/horizon2020/e n/news/horizon-2020-work-programme-20162017-published Halevi, G. (ed.) (2012). Special Issue on Big Data Research Trends, 30, 1-38, available at: http://www.researchtrends.com/wpcontent/uploads/2012/09/Research_Trends_Iss ue30.pdf Weber, R.H. & Weber, R. (2010). Internet of things. New York: Springer. 10th International Conference on Digital Exclusion in the Information and Knowledge Society 33 Le BYOD, un défi social pour l’Ecole Jean-François Cerisier Université de Poitiers, France Keywords: Bring your own device, Défi social, l’Ecole Durant la décennie qui vient de s’écouler, la construction du rapport des jeunes aux équipements et services numériques s’est inversée. Pour la plupart des enfants, le premier contact avec le numérique et les réseaux ne s’effectue plus au sein de l’Ecole mais, dès les premiers âges, dans l’environnement familial et amical. Ce bouleversement traduit pour les plus jeunes la place que le numérique a prise dans l’ensemble de la société. En France, comme dans de nombreux autres pays, l’équipement personnel à usage individuel des jeunes s’est considérablement développé, qu’il s’agisse de smartphones, de tablettes tactiles, d’ordinateurs portables ou fixes. C’est particulièrement vrai en ce qui concerne les smartphones qui représentent l’archétype de l’équipement personnel, mobile et connecté. Selon une enquête récente du Centre de Recherche pour L’Étude et l’Observation des Conditions de vie (CREDOC, 2015), plus de 91% des jeunes français âgés de 12 à 17 ans en sont équipés (alors qu’ils sont 93% à être équipés en téléphones mobiles) et ce taux d’équipement croît rapidement (plus de 53% d’augmentation en un an). La diffusion de ces équipements est telle qu’elle devient assez peu sensible à l’origine socioéconomique familiale. C’est un effet de saturation qui avait déjà été observé pour l’équipement des familles pour la réception de la télévision entre les années 60 et 80. Au contraire, les usages qui sont faite de ces équipements numériques restent qualitativement fortement dépendants du milieu social. L’appropriation de ces équipements se traduit aussi par leur disponibilité et leur utilisation très fréquente dans l’espace scolaire, y compris lorsque la réglementation, voire la loi (à l’Ecole primaire et au collège), l’interdisent. Dans le même temps, les équipements numériques des établissements scolaires, malgré de considérables investissements des collectivités territoriales et de l’État, ne permettent pas l’équipement individuel des élèves avec des ordinateurs portables ou des tablettes. Autrement dit, l’équipement numérique des élèves pour des usages scolaires est de moins en moins assuré par les 34 établissements et de plus en plus par les élèves et leurs familles. Les écoles primaires mais surtout les collèges et les lycées (et, a fortiori, les universités) doivent faire face à une situation totalement nouvelle où l’élève (ou bien l’étudiant) utilise son propre matériel à la fois pour des usages à finalité scolaire (ou universitaire) et pour d’autres finalités totalement privées (ludiques, relationnelles, sportives). C’est le BYOD (Bring Your Own Device). Au travers de différents programmes de recherche (TED, ONUP, AS-LIVINGCLOUD), le laboratoire TECHNÉ observe depuis plusieurs années le comportement des jeunes et analyse leurs représentations pour mieux comprendre ce que la disponibilité permanente du numérique change à leur rapport à l’École. Ces travaux procèdent d’une mise en perspective des pratiques numériques des élèves (observées par la collecte automatisée des traces de leurs activités numériques, par le recueil de données d’observation directe ou indirecte et par des enquêtes) avec la signification qu’ils leur donnent caractérisées en mobilisant des techniques de questionnaires et d’entretiens. Ces données sont analysées et discutées au regard des modèles de l’instrumentation numérique (Rabardel, 1995), de la médiation instrumentale (Peraya et Peltier, 2012) et des interactions culturelles (Cerisier, 2014). Ces travaux confirment la dimension culturelle des évolutions en cours, leur impact déterminant sur les représentations que les élèves se construisent de la forme scolaire et sur leurs comportements notamment dans le cadre scolaire. Les principales interactions que les élèves entretiennent avec leur environnement en général et l’École en particulier sont transformées. C’est en particulier sensible pour ce qui concerne leur rapport à l’information et aux connaissances (interactions conceptuelles), leur rapport à l’espace et au temps (interaction spatio-temporelles), leur rapport à autrui (interactions relationnelles), leur rapport aux normes scolaires (interactions sociales) et, enfin, leur rapport à la création et à la créativité (interactions poïétiques). Autant d’interactions qui définissent, justement, les institutions éducatives et qui leur donnent leur 10th International Conference on Digital Exclusion in the Information and Knowledge Society forme en termes de savoirs scolaires, d’espaces et de temps scolaires, de contrats didactiques et d’activités scolaires. Dans cette situation, la question des usages éducatif du numérique et, plus largement, de la place et du rôle des technologies numériques à l'école est totalement renouvelée. Il ne s’agit plus seulement d’inventer de nouvelles activités d’apprentissage qui exploitent les potentiels des équipements, services et contenus numériques alors qu’il est pourtant urgent d’inventer de nouvelles démarches d’ingénierie pédagogique et d’y former les enseignants. Les exigences de cette nouvelle situation ne se limitent pas non plus à la mise en place d’une véritable éducation au numérique des jeunes, même s’il faut souligner la responsabilité de l’École dans ce domaine quand on observe que seuls les élèves issus des milieux socioculturels les plus favorisés disposent de compétences numériques suffisantes pour en faire un usage élaboré. La question porte sur la prise en compte des transformations culturelles déjà évoquées. Quand le rapport à la connaissance, au temps, à l’espace, à autrui, aux normes sociales et à la création est bouleversé dans de telles proportions, c’est la forme scolaire elle-même qui est questionnée. References Cerisier, J.-F. (2014). La désintermédiation comme agent de transformation culturelle dans l’éducation, Dans C. Peltier (dir.), La médiatisation de la formation et de l’apprentissage (pp. 181-198). Bruxelles, Belgique: De Boeck Université. CREDOC (2015). Le baromètre du numérique. Édition 2015. Récupéré le 10 janvier 2015 du site http://www.credoc.fr/pdf/Rapp/R324.pdf Peraya, D. et Peltier, C. (2012). Une année d’immersion dans un dispositif de formation aux technologies: prise de conscience du potentiel éducatif des TICE, intentions d’action et changement de pratique. International Journal of technologies in Higher Education, 9(1-2), 111135. Rabardel, P. (1995). Les hommes et les technologies: approche cognitive des instruments contemporains. Paris: Armand Colin. LMS Moodle and concept maps: Two approaches-one hybrid world Sofia B. Dias1, Sofia J. Hadjileontiadou2, José A. Diniz1, Leontios J. Hadjileontiadis3 1Faculdade de Motricidade Humana, Universidade de Lisboa, Portugal; 2Hellenic Open University, Greece; 3Aristotle University of Thessaloniki, Greece Keywords: Blended learning, Collaborative learning, Concept maps, Computer-supported learning, Moodle Learning management system, Quality of interaction, Topological taxonomy score, Turntaking, Peer’s balance Educational systems and Higher Education Institutions (HEIs) working together could be strategically guided to influence the information and knowledge society. In fact, computersupported learning (CSL) systems are being deployed in many HEIs, suggesting the development of software/applications that bring learners together, offering both creative activities of intellectual exploration, metacognition and social interaction. In several contexts, CSL means blended (b-)learning experiences through the mediation of ICT, rather than being completely online or Face-toFace (F2F) (e.g., Michinov & Michinov, 2008). An important issue in b-learning, when it is situated in CSL environments, is how to manage the two modalities (i.e., F2F and online) to better support collaboration and to create more holistic/integrated learning experiences. The option for a b-learning structure is justified by its flexibility, ease of access, and the possibility of integration of sophisticated and personalized technologies (Johnson et al., 2015). In this line, Learning Management Systems (LMSs), have become very popular among educators to improve teaching-learning processes, incorporating tools, such as discussion forums, wikis and other interactive tools that make them especially useful for constructing enriched learning environments (Dias et al., 2014). At the same time, several studies have clearly demonstrated the efficacy of computeroriented concept mapping techniques in supporting the learning process (e.g., Bridges, Corbet & Chan, 2015; Omar, 2015); in particular, concept-maps (CMs) are flexible cognitive tools that engage students in the learning process, promoting activities that guide students to read, to think, to organize, to relate with prior knowledge, to draw, to revise, to reflect, to rebuilt, and to communicate (Novak & Canãs, 2006). From this perspective, important research has focused on the micro 10th International Conference on Digital Exclusion in the Information and Knowledge Society 35 level of collaborative learning (i.e., single/small groups); however, to support collaborative learning and knowledge building, a more detailed understanding of how small groups of learners construct shared meaning using various tools/systems should be considered. Educators who understand the advantages of b-learning can improve the impact of collaborative (c-)learning within their classrooms. In this way, advances within the field of CSL will depend on better understanding and use of hybrid (b-/c-) educational approaches. In general, we intend to investigate the effects of the LMS Moodle use in the quality of CM construction in self and collaborative mode. The analysis axes will be based on the structural characteristics of the constructed CM and the analysis of CMs based peers’ interaction during the collaborative mode. The following research questions will help to explain the results of the present study, namely: How shifting from not using to using LMS Moodle affects the quality of CM in self- and collaborative-modes? How shifting from not using to using LMS Moodle affects the CMbased collaboration? How shifting from self- to collaborative-mode affects the structural characteristics of CM and the LMS Moodle QoI? One hundred and twenty-eight participants (gender-balanced; aged 28±2.7 yrs) undertaking a professional learning course in Greece completed the entire study lasting six weeks. The 128 students were categorized in two groups, i.e., G1 and G2, of 64 students (32 pairs) each. Both groups constructed CMs in self- (1-3 weeks) and collaborative-mode (4-6 weeks), yet G2 only was instructed to additionally use LMS Moodle during the whole period. Data acquired from LMS Moodle use and CM collaborative interactions, set the experimental corpus of the present study. Parameters related with the structural characteristics of the actual CMs (i.e., topological taxonomy score (TTS)), the collaborative interactions of the peers during the CMs construction (i.e., turn-taking (TT), pair balance (PB)), the peers’ CM-enabled constructive (CON), reflective (REF) and organisational (ORG) interactions, along with the LMS Moodle users’ quality of interaction (QoI), both in the self- and collaborative-mode of the CM construction, were used as quantitative metrics. 36 The experimental results have shown that: (a) the shift from the self- to collaborative-mode for the CM construction positively affects the TTS of the constructed CMs; (b) there is a clear contribution of the LMS Moodle use in the increase of the difference in the TTS when shifting from the self- to collaborative-mode for the CM construction; (c) no effect of the LMS Moodle use was found in the self-mode for the CM construction; (d) more increased TT, PB, ORG, CON, and REF appear in the collaborative-mode for the CM construction when using the LMS Moodle instead of not using it; (e) the collaboration for the CM construction positively affects LMS Moodle users’ QoI; and (f) the shift from the self- to collaborative-mode for the CM construction positively affects the structural characteristics of the derived CM and peers’ collaborative interactions. The hybrid approach sets new directions about the enhancement of LMS use and computerbased concept mapping, contributing to the enrichment of the HEI services and reexamination of educational practices. References Bridges, S.M., Corbet, E.F., & Chan, L.K. (2015). Designing problem-based curricula: The role of concept mapping in scaffolding learning for the health sciences. Knowledge management & elearning: An international journal, 7(1), 119-133. Dias, S.B., Diniz, J.A., & Hadjileontiadis, L. J. (2014). Towards an intelligent learning management system under blended learning: trends, profiles and modelling perspectives. In J. Kacprzyk, & L.C. Jain (Eds.), Intelligent Systems Reference Library (vol. 59), Berlin/Heidelberg: Springer-Verlag, ISBN: 978-3-319-02077-8. Johnson, L., Adams Becker, S., Estrada, V., & Freeman, A. (2015). NMC horizon report: 2015 Higher Education edition. Austin, Texas: The New Media Consortium. Retrieved from: http://cdn.nmc.org/media/2015-nmc-horizonreport-HE-EN.pdf Michinov, N. & Michinov, E. (2008). Face-to-face contact at the midpoint of an online collaboration: Its impact on the patterns of participation, interaction, affect, and behavior over time. Computers & Education, 50(4), 1540-1557. Novak, J. & Canas, A. (2006). The origins of the concept mapping tool and the continuing evolution of the tool. Information visualization, 5, 175-184. Omar, A.M.A. (2015). Improving reading comprehension by using computer-based concept maps: A case study of ESP students at Umm-Alqura University. British Journal of Education, 3(4), 1-20. 10th International Conference on Digital Exclusion in the Information and Knowledge Society M-learning em educação a distância: Estudo de caso em um curso piloto de formação de professores a distância Elton Vinicius Silva1, José Manuel Saez2, María Concepción Domínguez Garrido2 1Euromime, Brazil; 2Universidad Nacional de Educación a Distancia, Spain Keywords: Mobile learning, Distance education, Teacher training Hoje mais de 6 bilhões de pessoas no mundo têm acesso a um dispositivo móvel conectado. Para cada uma pessoa que acessa a internet a partir de um computador duas pessoas o fazem a partir de um dispositivo móvel. Segundo Instituto Datafolha, aproximadamente 43 milhões de brasileiros acessam a Internet por dispositivos móveis. (F/RADAR, 2013). A tecnologia móvel está mudando a maneira como vivemos e está começando a mudar a nossa forma de aprender (UNESCO, 2014). Diante disso, uma nova possibilidade de ensino e aprendizagem surge denominada de aprendizagem móvel ou m-learning (mobile learning). Segundo Paulsen (2003), o m-learning é uma forma de aprendizagem que ocorre online e pode acontecer a qualquer momento e em qualquer lugar, com o apoio da tecnologia móvel e que vem sendo utilizada principalmente na Educação a Distância. O ensino a distância por meio de m-learning amplia as oportunidades de aprendizagem já consolidadas pelo Educação a Distância por meio dos computadores e oferece novas vantagens por conta de suas características especificas, tais como: a mobilidade e a flexibilidade (Al-Emran, Elsherif, & Shaalan, 2016; Fuegen, 2012). Muitas vantagens já são percebidas por Instituições brasileiras de ensino a distância que oferecem atividades de m-learning. De acordo com o Censo Ead.br 2013, 30% das instituições respondentes consideram que mobile learning aumenta a motivação e o interesse do aluno, 20% das instituições consideram que há um aumento na interação educador-educando e 14% acreditam que o mobile-learning contribui para o desenvolvimento de habilidades cognitivas e sociais dos alunos (ABED, 2013). Considerando este contexto, em que a incorporação do conceito de m-learning aos cursos à distância pode trazer novas e interessantes oportunidades educativas aos estudantes, esta investigação tem a proposta de discutir as possibilidades de adaptação de cursos à distância para o formato mobile learning dentro do Centro de Referência em Formação e Educação a Distância (Cefor) do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) localizando no Estado do Espírito Santo, no Brasil. Mas especificamente, pretende-se construir um curso piloto a distância para formações de professores do Ifes como forma de estimular a adoção do conceito m-learning dentro da instituição. O Ifes oferece desde 2007 cursos na modalidade a distância por meio do Cefor. Atualmente são oferecidos 10 cursos, entre os níveis técnico, graduação, pós-graduação, atendendo a mais de 3000 alunos. Além disso, oferece também cursos de formação em educação a distância para professores, tutores e designers instrucionais. Investir da formação de professores é um aspecto fundamental para que a aprendizagem móvel possa efetivamente ser incorporada em qualquer instituição (Rosa & Azenha, 2013). Para Rosa e Azenha (2013), o foco na autonomia do professor frente às tecnologias é o caminho mais efetivo para consolidar a apropriação das TIC no universo escolar. Segundo os autores, é necessário facilitar o processo para o professor e tornar prático o uso das tecnologias. Nesta medida, trabalharemos com a seguinte questões de pesquisa: De que forma as atividades devem ser concebidas para que os professores obtenham o máximo de proveito na aplicação de tecnologias móveis em suas disciplinas a distância? Questões secundárias que também nortearão a pesquisa são: Quais as ferramentas e recursos mais adequadas a ser utilizadas em atividades para mobile learning? Qual a opinião e atitude dos professores sobre a utilização e aplicação de m-learning em um contexto educativo a distância? A investigação será realizada no formato de estudo de caso e utilizará o design-based research como referencial metodológico. Para isso, será desenvolvido um curso piloto a distância de formação de professores utilizando o Moodle como ambiente virtual de aprendizagem e o Moodle Mobile como aplicação móvel para a realização das atividades de m-learning. 10th International Conference on Digital Exclusion in the Information and Knowledge Society 37 Será utilizada uma amostragem nãoprobabilística composta por professores e futuros professores dos cursos de graduação e pós-graduação a distância do Ifes que serão os alunos do curso piloto. Como instrumento, será realizado um questionário (survey), análise dos fóruns e das interações no ambiente de aprendizagem para realização de análise quantitativa e qualitativas. A investigação está organizada em três fases. Na Fase 1, será realizada à recolha de dados sobre algumas das ferramentas e recursos móveis, com a finalidade de caracterizar e elaborar o curso piloto a ser utilizado no estudo. Na Fase 2, haverá à aplicação de um questionário sobre as concepções dos professores relativamente à temática do mlearning e às tecnologias móveis que utilizam e aplicação do curso piloto. Na Fase 3, haverá à aplicação de um questionário para verificar a opiniões e atitudes dos professores sobre a utilização de m-learning em suas disciplinas online, sobre o desenho das atividades desenvolvidas e sobre as ferramentas e recurso móveis utilizados. Nesta fase também será feiro a análise dos fóruns e das interações no ambiente virtual de aprendizagem como forma de identificar e compreender os obstáculos e/ou os facilitadores na realização das atividades desenvolvidas. Espera-se com esta investigação contribuir para ampliar conhecimento na criação e desenho atividades moveis, no entendimento do papel do professor na adoção do m-learning e na área de m-learning aplicado a educação a distância. Referências Associação Brasileira de Educação a Distância (ABED) (2013). Censo EAD.BR: Relatório analítico da aprendizagem a distância no Brasil. Disponível em: http://www.abed.org.br/censoead2013/CENSO _EAD_2013_PORTUGUES.pdf Al-Emran, M., Elsherif, H.M., & Shaalan, K. (2016). Investigating attitudes towards the use of mobile learning in higher education. Computers in Human Behavior, 56, 93-102. Fuegen, S. (2012). The impact of mobile technologies on distance education. TechTrends, 56(6), 49-53. Paulsen, M.F. (2003). Online Education and Learning Management Systems. Global elearning in a Scandinavian perspective. Oslo: NKI Forlaget. Rosa, F. Azenha, G. (2015). Aprendizagem móvel no Brasil: gestão e implementação das políticas públicas atuais e perspectivas futuras. Columbia University. UNESCO (2014). Diretrizes de políticas para a aprendizagem móvel. Disponível em: http://unesdoc.unesco.org/images/0022/002277 /227770por.pdf F/RADAR: Panorama do Brasil na Internet (2013). Mobilidade e conectividade. Disponível em: http://www.fnazca.com.br/wpcontent/uploads/2013/12/fradar-13_publica-sitenovo.pdf Mise en place de dispositifs hybrides, MOOC, SPOC, Serious Games: Qu’est ce qui change dans le discours des porteurs de projets innovants Diarra Diakhate Université Bordeaux Montaigne, France Keywords: Innovation, Dispositifs numériques, Enseignement supérieur, Projet Idex Avec le développement des technologies de l'information et de la communication pour l'enseignement (TICE), de plus en plus de projets et de dispositifs portant le qualificatif “innovant” sont mis en place dans les universités françaises. Sur quoi pourrait-on se fonder pour qualifier cette innovation? Tel est le point de départ de cet article, qui étudie quatre projets dits innovants: un dispositif hybride, un massive open online course (MOOC), un small private online course (SPOC), un serious game. Cette recherche qualitative étudie les liens entre dispositifs et innovation et tente de 38 comprendre les fondements de l’innovation sous les trois dimensions du modèle TPACK (Mishra & Koehler, 2006): les contenus, la pédagogie et les technologies avec une analyse des pratiques d’enseignement, des pratiques évaluatives, du tutorat des étudiants et de l’accompagnement des enseignants. References Mishra, P., & Koehler, M. (2006). Technological pedagogical content knowledge: A framework for teacher knowledge. The Teachers College Record, 108(6), 1017-1054. 10th International Conference on Digital Exclusion in the Information and Knowledge Society Nivel de apropiación en el uso de tableta digital percibida por estudiantes de 5° de escuelas de Macôn y Chalôn sur Saone Arminda Paulo César Sepúlveda1, Bruno Devauchelle2 1Euromime, Colombia; 2Université de Poitiers, France Keywords: Apropiación, Tableta digital, Entrevista de explicitación El objetivo es determinar el nivel de apropiación en el uso de tabletas digitales percibido por estudiantes de grado 5° de dos escuelas francesas (Macôn y Chalôn sur Saone). ¿Por qué en tabletas digitales? El gobierno de Francia plantea el desarrollo de un Ecosistema global de e-Educación. Una de las estrategias es dotar con tabletas digitales todos los estudiantes de 5°, de manera progresiva, a partir del año escolar 2016. El plan contempla que a comienzos de 2016 el 40% de las escuelas ya estarán integradas a este plan, 70% en 2017 y 100% en 2018 (Ministère d'Education Nationale, 2015) Las tabletas tactiles hacen su entrada en la enseñanza y abren perspectivas pedagógicas. Los profesores descubren nuevas maneras de aprender con este dispositivo (Ministère de l'Éducation Nationale, 2015). Sobre el uso de las tabletas digitales se han llevado a cabo estudios piloto que evidencian su utilidad en la enseñanza de matemáticas, (Gamedesk, 2014), el desarrollo de habilidades comunicativas (Harmon, 2013), un incremento de la motivación, la satisfacción y el desarrollo de la independencia, la autonomía, el trabajo en equipo y la creatividad (Shepherd, 2011). Sin embargo, es importante verificar que el proceso de desarrollo no se detenga en el nivel de acceso a los recursos ni en la capacitación en su uso básico. Debe trascender hacia la apropiación (Karsenti & Tievez, 2013). ¿Por qué Apropiación? El término Apropiación se refiere al uso más avanzado de la tecnología y está orientado a la conformación de espacios de creación y colaboración entre usuarios, a la incorporación de nuevas formas de utilizar la información y a desarrollar habilidades que contribuyan a crear nuevo conocimiento. Si esto no se consigue, entonces las tecnologías estarán siendo subutilizadas (Cobo Romani, 2013). La apropiación es la etapa final de un proceso que comienza con el acceso a las nuevas tecnologías, para finalmente lograr individuos capaces de administrar, producir, adaptar e intercambiar nuevo conocimiento en beneficio de sus contextos reales. ¿Por qué “Percibido”? La medición del nivel de apropiación no se realizará a partir de evaluaciones estandarizadas o del cumplimiento de requerimientos o indicadores en el manejo de los dispositivos, sino que se basará en la propia relatoría que los estudiantes hagan de este uso, a través de la metodología “entrevista de explicitación”. Esta metodología fue desarrollada por el profesor Pierre Vermersch, y busca una descripción tan fina como sea posible de una actividad ya realizada por una persona en situación de práctica o encargada en la realización de una tarea. (Vermersch, 2010). En el contexto de la presente investigación, esta metodología permite conocer la apropiación percibida, es decir, saber qué tan bien estos estudiantes usan la tableta, explicado en sus propias palabras, con sus propios indicadores y describiendo su propia realidad. En este proceso de verbalización, el estudiante debe vencer el obstáculo que representa el hecho de que sea posible realizar una acción correctamente sin ser consciente de ello, sin saber que sabe hacerla y, por lo tanto, sin poder traducirla en palabras. Para lograr esta verbalización, debe reflexionar sobre lo que ha hecho y cómo lo ha hecho, sin enfocarse en sus aspectos conceptuales, lo cual es una acción contraintuitiva y por ello requiere una ayuda para realizarla. La entrevista de explicitación es esa ayuda. Así, frente a la pregunta “¿Cómo hiciste esto?”, la dificultad inicial de no saber verbalizar se traduciría en que el estudiante responda “no lo sé”. Gracias a la entrevista de explicitación, a través de la posibilidad de recordar y describir la vivencia de la acción realizada, en una conciencia explícita, respondería con un “no lo recuerdo” o “no encuentro las palabras para explicarlo”. Las entrevistas se llevarán a cabo entre los meses de febrero y marzo a estudiantes de 5° en escuelas de las poblaciones de Macôn y de Chalon-sur-Saone. A la fecha se ha hecho una exhaustiva revisión bibliográfica y se han 10th International Conference on Digital Exclusion in the Information and Knowledge Society 39 estructurado diferentes cuestionarios. Los cuestionarios deben ser flexibles porque en todo momento deben circunscribirse a las respuestas dadas por los estudiantes, de manera que pueda profundizarse en lo que va diciendo. No pueden contener preguntas cerradas, ni proponer opciones de respuesta. Referências Cobo Romani, C. (2013). Aprendizaje adaptable y apropiación tecnológica: Reflexiones retrospectivas. From: http://www.laisumedu.org/DESIN_Ibarra/autoes tudio3/ponencias/ponencia33.pdf Gamedesk (2014). Motion Math in-class. From: http://gamedesk.org/project/motion-math-inclass/ Harmon, J. (2013). Unlocking literacy with iPad. From: http://www.throughstudentseyes.org/ipads/Unlo cking_Literacy_with_iPad/iPads_files/Unlocking _Literacy_iPad.pdf Shepherd, I. (2011). ACU research sheds light on mobility in teaching, learning. From: http://www.acu.edu/news/2011/110919mobility-research.html Karsenti, T. & Tievez, A. (2013). L’iPad à l’école: usages, avantages et défis. From: http://karsenti.ca/ipad/pdf/rapport_iPad_Karsent i-Fievez_FR.pdf Ministère de l'Éducation Nationale (2015). L'utilisation du numérique et des TICE à l'École. From: http://www.education.gouv.fr/cid208/lutilisation-du-numerique-et-des-tice-a-lecole.html Ministère d'Education Nationale (2015). L'Ecole numérique: Refonder l'ecole. From: http://www.gouvernement.fr/action/l-ecolenumerique Vermersch (2010). L’entretien d’explicitation. ESF éditeur. O que dizem os professores da Universidade Aberta: Portugal sobre a convergência na educação Fernanda Campos, Fernando Fidalgo Universidade Federal de Minas Gerais, Brazil Keywords: Ensino superior, Convergência educativa, Tecnologias da informação e comunicação, Educação a distância, Educação presencial Pensar a convergência na educação– educação presencial e educação a distância– é uma construção recente na história da educação, isto porque há pouco mais de duas décadas pensar esta convergência era algo remoto. Educação presencial e educação a distância se compunham de processos de ensino e aprendizagem completamente distintos, que se definiam: pelas formas de comunicação (face-to-face, correspondência, rádio, televisão), pela mediação (que também se referem a presença física no local e a mediação por meio de uma tecnologia comunicativa), pela sincronicidade temporal ou não (o uso de chats e conversas online permitem, por composição de grupos e por diálogo entre os estudantes a redução temporal e da distância entre os sujeitos). Entre outros aspectos, as instituições que desenvolviam formações a distância estavam afastadas das instituições educativas tradicionais. A educação a distância era muitas vezes desenvolvida por instituições exclusivas para este fim, enquanto a educação presencial tinha um espaço específico. Entretanto, na atualidade, com o uso cada vez mais frequente das tecnologias digitais da informação e da comunicação (TDIC) nas 40 relações econômicas e nas sociais, esses recursos também se integraram de forma recorrente aos processos educativos, seja presencial ou a distância. Em específico a EaD, o uso das TDIC possibilitou uma comunicação mais frequente entre professores e estudantes, assim como o acesso ao material, com destaque para os ambientes virtuais de aprendizagem, as diversas plataformas e os softwares de base de dados e de comunicação. A comunicação mais eficaz, o material online e a formação de grupos de trabalho permite que as diferenças entre EaD e educação presencial diminuam e que a conexão entre elas se estreite. Podemos pensar nisso na possibilidade de construção de comunidades de aprendizagem, grupos e de uma comunicação não só entre professores e estudantes, mas, sobretudo, entre estudantes e estudantes. Dessa forma, a EaD tem se tornado parte integrante das instituições por meio da utilização conjunta da metodologia da EaD na educação presencial, também conhecido por blended learning. Assim, embora, ainda persistam distinções na forma de estudar presencialmente ou a distância é possível vislumbrar possibilidades de integração entre a educação presencial e a 10th International Conference on Digital Exclusion in the Information and Knowledge Society EaD e arquitetar estratégias para superar os limites que ainda persistem entre elas. Nesta direção, apresentamos neste trabalho algumas considerações sobre a convergência entre educação presencial e a distância a partir da realização de entrevistas com professores da Universidade Aberta (UAb) de Portugal, na tentativa de perceber a visão deles sobre este processo em desenvolvimento. O objetivo deste trabalho foi o de elaborar, a partir da análise da entrevista de professores, perspectivas sobre a convergência na educação. Foram entrevistados cinco professores da UAb (Portugal), que possuem experiência tanto na educação presencial quanto na educação a distância. A oportunidade de entrevista-los se deve a oportunidade de realizar o Estágio Sanduíche nesta instituição. A entrevista semiestrutural era composta por 25 questões e organizada em quatro eixos: Educação para a convergência no ensino superior; Educação a Distância e as Políticas Educativas para o ensino superior; Relações educativas e Orientação Pedagógica; Organização Institucional. Utilizamos o método de análise de conteúdo proposto por Bardin (1977), assim, organizamos nas seguintes categorias e subcategorias: a) Modalidades educativas características das modalidades presencial e a distância; b) Convergência educativa complementariedade, convergência presencial e a distância; c) Políticas educativas regulamentação e pressupostos educativos para o século XXI; e d) Integração presencial e a distância - blended learning, modelos híbridos e turmas mistas, síncrono e assíncrono, polos e centros locais de aprendizagem, relações pedagógicas, modelos pedagógicos, tecnologias da informação e da comunicação. Os professores entrevistados perceberam que esta é uma dimensão em evolução, que em breve não fará mais sentido a distinção entre educação presencial e a distância. A educação presencial e a distância, que antes eram compreendidas de forma dicotômicas, tem se aproximado tanto por meio de recursos tecnológicos, que permitem uma interação multilateral, quanto por modelos pedagógicos que preveem a colaboração e o diálogo entre os pares. A convergência passa a ser compreendida como uma perspectiva de fusão das modalidades como modo de superar esta dicotomia e pensar a educação como um todo de forma integral, permitindo uma educação aberta e flexível. Percebemos que as entrevistas contribuíram para uma compreensão das possibilidades para que isso ocorra. Na medida em os professores acreditam que a educação deve ser aberta, inclusiva e os modelos pedagógicos necessitam de renovação indicam caminhos para a necessidade de uma transformação na educação que não está vinculada somente a inclusão de recursos tecnológicos. É pensar a educação em que as modalidades possam se convergir e superar as barreiras físicas e virtuais que há entre elas, pois, o objetivo a ser alcançado é a educação como um todo. A convergência não pode ser vista somente como uma tendência, ao contrário, só é possível pensá-la a partir das experiências vividas e das evidências no que se refere ao uso das tecnologias digitais da informação e da comunicação das experiências educacionais. O uso dessas tecnologias, sobremaneira, a partir do uso da internet, possibilitaram o uso integrado de diferentes plataformas para alcançar diferentes objetivos que podem ser pesquisar, comunicar, baixar vídeos, jogar, compartilhar, criar grupos independentes, criar negócios entre outros. Pensar na convergência, nesse sentido, é pensar em diálogo, em compartilhamento, em flexibilidade, em multiplicidade de conteúdo e de equipamentos, em comunicação, em uso social, em superação de tempos e espaços, em integração do virtual e do presencial. Assim, podemos entender a convergência como parte dos atuais processos de transformação social, tecnológico, cultural e educativo. Referências Bardin, L. (1977). Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70. Castells, M. (1999). A sociedade em rede (6ª ed.). São Paulo: Paz e Terra. Gomes, L.F. (2013). EaD no Brasil: Perspectivas e desafios. Avaliação, Campinas,18(1), 13-22. Jenkins, H. (2009). Cultura da convergência (2ª ed.). São Paulo: Aleph. Kenski, V.M. (2008). Educação e comunicação: interconexão e convergência. Educação e Sociedade, 29(104), 647-665. 10th International Conference on Digital Exclusion in the Information and Knowledge Society 41 Orientation and navigation of blind people using technology João Barroso INESC Technology and Science, Porto, Portugal; Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Vila Real, Portugal Keywords: Navigation, Orientation, Accessibility, Inclusion, Blind, Mobile applications Visual impairment has a significant impact on individual quality of life, influencing negatively on the ability to work and to establish personal relationships. Almost half (48%) of people with visual impairment feels "moderately" or "completely" away from people or objects around them (Hakobyan, Lumsden, O'Sullivan, & Bartlett, 2013). In order to overcome or reduce the barriers imposed by the visually impaired, extensive scientific research has been dedicated to creating support systems. The need for assistive technology has always been a constant in the daily lives of people with this disability and will remain in the near future. In general, there are several definitions for "assistive technology". However, all of them share the concept of an object or a piece of equipment that allows people with disabilities to enjoy full inclusion and integration in society, in a right and impartial manner (Foley & Ferri, 2012; Mountain, 2004; Scherer, 2000). With the recent advances in ubiquitous computation and the constant miniaturization of technology, intelligent systems embedded in objects of everyday life are becoming quite frequent. This opens opportunities for the creation of assistive systems that reduce the technological gap between people. Traditional navigation systems don’t address the specific needs of blind users mainly because of its dependence on location systems that don’t provide enough accuracy or because the geographic information systems don’t store information directed to a blind user. Navigation can be defined, in this context, as the behavior necessary to reach a destination, with all motor processes, sensory and cognitive that it entails (Kammoun et al., 2012). The process is divided into four distinct phases: orientation in the environment, choosing a path, staying on route and recognizing that the destination has been reached. Therefore, all navigation systems including, of course, a navigation system for the blind, are composed by separate functional components, of which three are fundamental: a tracking module, a spatial database and an interface (Riehle, Lichter, & Giudice, 2008). The most common 42 route calculation algorithms use graph based approaches, where the environment is divided into a set of nodes (or vertices), representing important locations in the environment, and edges that connect the nodes. An edge should only connect two nodes that are mutually accessible. In the case of navigation systems for blind people (or any other type of disability), the edges may have different weights to personalize the route giving priority to the most accessible route, for example, not having steps, or have fewer obstacles in the path. A navigation system built on a modular structure shares the same basic modules, either for traditional use or when designed to be used by the blind. The difference in this last case is that the modules may accommodate different technologies, combined. This is valid for other types of impairment as well. For example, a navigation system for the blind should include a variety of location input sources, fusing them to address all types of scenarios, indoor or outdoor. The interface should also accommodate different technologies, not just the screen or sound. Extra modules may provide extra information, like the use of computer vision to provide contextual information. Different technologies can be combined to provide ubiquitous contextual navigation assistance to the blind. References Foley, A. & Ferri, B.A. (2012). Technology for people, not disabilities: ensuring access and inclusion. Journal of Research in Special Educational Needs, 12(4), 192-200. Hakobyan, L., Lumsden, J., O'Sullivan, D., & Bartlett, H. (2013). Mobile assistive technologies for the visually impaired. Survey of Ophthalmology, 58(6), 513-528. Kammoun, S., Parseihian, G., Gutierrez, O., Brilhault, A., Serpa, A., Raynal, M., Denis, M., et al. (2012). Navigation and space perception assistance for the visually impaired: The NAVIG project. Irbm, 33(2), 182-189. Riehle, T., Lichter, P., & Giudice, N. (2008). An indoor navigation system to support the visually impaired. Paper presented at the Engineering in Medicine and Biology Society, EMBS 2008. 30th Annual International Conference of the IEEE. 10th International Conference on Digital Exclusion in the Information and Knowledge Society Pedagogical practices typology: Academic behavior profiling & interaction Sergio Ivan Ramirez Luelmo1, Jean-Francois Cerisier2 1Euromime, Mexico; 2Universite de Poitiers, France Keywords: Dinâmica dos grupos, Aprendizagem online Within a University environment, a vast array of teaching practices is displayed. Whether some teachers are more active, interacting, convivial, open-minded, strict and many other perceived characteristics (Albuquerque, 2010), it reflects on the way they teach and give their courses. The project consists of creating a statistical study showing a correlation between Students' and Teachers' Behavioral Profiles (Learning and Teaching Practices) and their usage of technological materials and resources in an online academic platform environment. This “teaching practices identity”, perceived by colleagues and students, will reflect on the materials teachers create and use for their courses, on the digital platform, as well as on their students’ behavior (Delaney, Johnson, Johnson, & Treslan, 2010). This project will help as a solution guideline to the previously captioned problem by analyzing and processing usage patterns data, files metadata, situational observation and questionnaires. For this, an understanding, compilation and classification of the main Pedagogical / Teaching & Learning Practices is paramount, followed by the definition of the object sample. Next, statistical procedures are applied to questionnaires' results in close conjunction with raw usage data and file metadata. The Integrative Model of Behavioral Prediction has proven to be a successful tool to understand planned behavior (intention) in health care and health education circumstances. It states that intention to perform a behavior follows reasonably from specific beliefs that people hold about the behavior (Yzer, 2012). It has been successfully applied to the domain of integrating ICT in teachers’ pedagogical practices to prove that intention predates action (Kreijns et al., 2013). Once the work group is defined, semistructured interviews to assess their own performance perception are to be carried out with selected teachers. Participants will be asked to describe how they perceive their own Pedagogical Practice, how they relate it to their ICT use (UNESCO, 2010) and what impression they think they give to their students about these two subjects. References Albuquerque, C. (2010). Processo ensino aprendizagem: Características do professor eficaz. Millenium, 39, 55‐71. Retrieved from: http://www.ipv.pt/millenium/Millenium39/4.pdf Delaney, J., Johnson, A., Johnson, T., & Treslan, D. (2010). Students' Perceptions of Effective Teaching in Higher Education 26th Annual Conference on Distance Teaching & Learning. Wisconsin: Board of Regents of the University of Wisconsin. Retrieved from: http://www.uwex.edu/disted/conference/Resour ce_library/handouts/28251_10H.pdf Díaz Barriga, F., & Hernández Rojas, G. (1999). Estrategias de enseñanza para la promoción de aprendizajes significativos: Una interpretación constructivista. Mexico: McGraw-Hill Interamericana. Kreijns, K., Van Acker, F., Vermeulen, M., & Van Buuren, H. (2013). What stimulates teachers to integrate ICT in their pedagogical practices? the use of digital learning materials in education. Computers in Human Behavior, 29(1), 217-225. Perrenoud, P. (1983). La pratique pédagogique: entre l’improvisation réglée et le bricolage. Éducation & Recherche, 2, 198-212. UNESCO (2010). Questionnaire on statistics of information and communication technologies (ICT) in Education. Montreal, Quebec, Canada. Retrieved from: http://www.uis.unesco.org/Communication/Doc uments/ICT_Questionnaire_EN.pdf Yzer, M. (2012). The integrative model of behavioral prediction as a tool for designing health messages (chap. 2, pp. 21-40). In H. Cho (ed.), Health communication message design: Theory and practice. Los Angeles, CA: SAGE Publications. 10th International Conference on Digital Exclusion in the Information and Knowledge Society 43 Programa para la mejora de la educación superior en competencias Antonio Medina Rivilla, Maria Concepción Domínguez Garrido Universidad Nacional de Educación a Distancia, Spain Keywords: Educación superior, Competencias, Materiais didácticos, TIC La educación superior en los primeros años del siglo XXI ha estado marcada por las directrices dadas por los gobiernos europeos, reunidos en Bolonia y en siguientes encuentros bianuales. Destacamos: -Orientación de los procesos educativos al desarrollo de las competencias genéricas, específicas y profesionales de los estudiantes. -Organización del tiempo de estudio y trabajo del estudiante en créditos europeos, que muestran una temporalización global, focalizada entre 25 y 30 horas de actividad del estudiante. -Calidad de los materiales didácticos elaborados por el docente, que se concretan en guías, unidades, recursos y tipología de tareas, esenciales para mejorar los resultados de aprendizaje. Se requiere que las universidades diseñen y lleven a cabo lo realizado en la planificación de competencias, resultados de aprendizaje intermedios y ambiente interactivo y colaborativo para el adecuado desarrollo integral de los estudiantes. Nos proponemos ofrecer a las universidades una línea programática, que respetando la autonomía de docentes e instituciones, siente las bases para la mejora de los procesos de enseñanza y aprendizaje, así como la adaptación del desempeño docente, singularmente en el primer curso de Universidad. Capacitación de docentes y discentes en las competencias: identidad profesional, innovación, comunicación-diálogo entre culturas y digital tecnológica. La respuesta a esta capacitación depende de que apliquemos tareas, adaptadas en aulas de aprendizaje colaborativo e innovador. La formación basada en competencias representa una perspectiva transformadora para responder a los retos de la futura profesión y prepararse para asumir los continuos cambios de la sociedad del conocimiento, avanzando en nuevos horizontes de cohesión social, desempeño de microempresas y escenarios abiertos al desafío de la glocalización. Hemos destacado en trabajos anteriores (Medina, 2013; Domínguez, Levi, Medina, y Ramos, 2014; Medina, Domínguez, y Ribeiro, 2011; Medina, Domínguez, y Sánchez, 2008, 44 2013) el significado de la formación de competencias docentes y discentes, en un diálogo y comunidad de mejora. Entre estas competencias destacamos: Identidad profesional, forma de ser y actuar, que implica una adecuada valoración y significado de las concepciones y prácticas que demanda el desempeño de la profesión, para que los agentes se sientan capacitados y comprometidos con su futura vida profesional. Innovación, se concibe como la competencia de creatividad para mejorar el estilo de saber, hacer y ser de los profesionales de cualquier ámbito y el impacto determinante al elaborar bienes y servicios, que en la sociedad de la información se requieren, convirtiendo esta mejora integral y permanente en el principal valor de la formación de docentes, estudiantes, universidades e instituciones. Comunicación-diálogo entre culturas, entendido como la disponibilidad y generación de un discurso abierto, empático y fluido, que presenta las imágenes mediante las cuales lograr el entendimiento y compartir los mensajes clarificadores que se logran en un continuo encuentro entre personas, comunidades y culturas. La comunicación didáctica exige al docente un estilo de claridad, cercanía y empleo de auténtico significado en el pensamiento, mensajes, textos y espacios textuales, en un diálogo cada vez más intenso. El encuentro entre las culturas se basa en el entendimiento mutuo y el conocimiento de la cosmología esencial de cada cultura, la toma de conciencia de los problemas que les inquietan y los procedimientos para atender y resolver tales problemas. Tecnológica-digital, entendida como la combinación de saberes, estilo de acción y actitudes favorables ante la utilización, recreación, desarrollo y adaptación creativa de TIC en los actos educativos, formas nuevas de entendimiento y relación entre los seres humanos y las diversas comunidades. Las TIC en su versatilidad y variedad, según Sevillano y Vázquez (2015), facilitan nuevas formas de aprendizaje ubicuo y móvil, propiciando a las personas en general y a los estudiantes en particular nuevos ambientes de aprendizaje y fórmulas creativas para realizar 10th International Conference on Digital Exclusion in the Information and Knowledge Society los actos comunicativos, promover la interacción entre los seres humanos y generar escenarios de máxima flexibilidad y adaptación a cada aprendiz. Métodos y tareas para desarrollar las competencias propuestas: Los métodos didácticos son abundantes y destacamos los más pertinentes para avanzar en el dominio de las competencias explicitadas, implicando a docentes y estudiantes en la búsqueda de los más relevantes: método de proyectos, aprendizaje basado en problemas, trabajo colaborativo y en equipo, enseñanza mutua, estudio de casos, y la integración de varios métodos, coherentes con las modalidades de tecnología y contenidos a trabajar, las tareas a realizar, la tipología de los estudiantes, análisis de fuentes, organización de los medios, etc. Estos métodos han de completarse con heurísticos como son la auto co-observación, grupos de discusión, análisis de narrativas, entre otros. Las tareas a realizar constituyen la base y el elemento más adecuado para avanzar en el desarrollo de las competencias pretendidas. Al aplicar narrativas y autobiografías, en relación a cada una de las competencias mencionadas, se convierte la reflexión de la experiencia, previa en cada competencia, en el contenido y base del relato. La identificación de modelos, figuras y paradigmas personales, familiares y profesionales son ejemplos de dominio previo de las competencias a desarrolla, auto y co-propuestas desde tareas personales y en parejas. Referências Domínguez, C., Leví, G.D.C., Medina, A., & Ramos, E. (2014). Las competencias docentes: diagnóstico y actividades innovadoras para su desarrollo en un modelo de educación a distancia. REDU. Revista de Docencia Universitaria, 12(1), 239-267. Medina, A. (coord.) (2013). Formación del profesorado. Actividades innovadoras para el desarrollo de competencias. Madrid: Ramón Areces. Medina, A., Domínguez, M.C., y Sánchez, C. (2008). Formación de las competencias de los discentes mediante un diseño integrado de medios. Eccos Revista Científica, 10(2), 327357. Medina, A., Domínguez, M.C., y Sánchez, C. (2013). Evaluación de las competencias de los estudiantes: modelos y técnicas para la valoracion. Revista de investigación educativa, RIE, 31(1), 239-256. Medina, A., Domínguez, M., & Ribeiro, F. (2011). Formación del profesorado universitario en las competencias docentes. Revista historia de la educación latinoamericana, 13(17), 119-138. Sevillano, M.L. y Vázquez, E. (2015). Dispositivos digitales móviles en educación. Madrid: Narcea. Quality of life technologies: Facilitators and barriers Arminda Guerra Lopes, Eurico Lopes Instituto Politécnico de Castelo Branco, Portugal Keywords: Quality of life technology, Assistive technology, Older people, Disable people The quality of life (QoL) technologies are those that contribute to transform lives in a large and growing segment of the population, people with reduced functional capabilities due to aging or disability. The field is a cross disciplinary one which involves team of technologists, clinicians, industry, end users, and other stakeholders to create revolutionary technologies that will improve and sustain the QoL for all people. There are several technologies that could be classified as QoL systems. The Assistive Technology Act of 1988 extended this definition to include “any item, piece of equipment, or product systems, whether acquired commercially, modified, or customized, that is used to increase, maintain, or improve the functional capabilities of individuals with disabilities”. Another standard for classifying assistive technologies is the International Standard ISO 9999 developed by the International Organization for Standardization (Bougie, 2008). Assistive products, by ISO, are classified according to their function: products for personal medical treatment, skills training, personal care and protection, personal mobility, housekeeping, communication, information and signaling, handling objects and devices, environmental improvements, tools and industrial machinery, furnishing and adaptations to homes, recreation, and orthoses and prostheses. Along the years many social barriers have been removed or reduced for people with disabilities. But there is more work that needs to be done for people with 10th International Conference on Digital Exclusion in the Information and Knowledge Society 45 disabilities to become more independent and involved in their world. The goal of this paper is to settle some of the technologies that can improve the people QoL and to discuss examples of social facilitators and barriers as factors to determine the technology application. The first step in the technology development process is to understand the users and their needs and preferences (Stanton et al., 2005). Qualitative and quantitative methods can be used to identify those needs and preferences. The output of this field is to develop intelligent systems ranging from individual devices to comprehensive environments that enhance body and mind. The devices communicate with a person and understand his/her needs and task goals, and compensate for or replace diminished capabilities appropriately, safely, reliable and graciously. The main goal of these technologies will be to restore and preserve independence allowing people to freely perform valued and necessary activities of daily living so that they can fully participate in society. The successful technology development in this field is highly dependent on collaborative interdisciplinary teams involving social scientist, clinicians, engineers and computer scientists. The user-focused approach and methodology drive the technology development to ensure that any subsequent devices and systems are grounded within a thorough understanding of the needs, preferences and desires of the potential users. A key aim was to take into account the everyday realities within which people come involving factors associated with the person, context, everyday activities, personal meanings and well-being. The improve people’s QoL, technology should not exist for itself, but rather for bringing added value to people’s daily life. People with disabilities need health care and health programs for the same reasons anyone else does – to stay well, active, and a part of community. Assistive technologies (AT) are devices or equipment that can be used to help a person with a disability fully engage in life activities. AT’s can help enhance functional independence and make daily living tasks easier through the use of aids that help a person travel, communicate with others, learn, work and participate in social and recreational activities. An example of assistive technology can be anything from a low-tech device, such as a special computer that talks and helps 46 someone communicate. Other examples are wheelchairs, walkers, and scooters, which are mobility aids that can be used by persons with physical disabilities. The development of technologies for QoL is defined as intelligent systems that augment body and mind functions for self-determination for older adults and people with disabilities. QoL technology systems can take many forms: they could be a device that a person carries or wears, a mobile system that accompanies a person, or a technology – embedded environment in which a person lives. New technologies are only as successful as they are easy to use by all members of the user population. Efforts to reach older consumers are often impeded by lack of understanding of the abilities, requirements, and preferences of this population. Many computer-based systems have been designed with little regard for the potential older adult uses. There are different types of barriers and facilitators in the area of QoL technologies; they depend on the user profile (e.g., type of disability, age, user experience with technology) and the technology goal. The main barriers we found are lack of financial support and lack of user support. The QoL technology intervenes in people’s lives to decrease activity limitations and participation restrictions. Assistive technology is an example of QoL technology, which includes any item that is used to maintain or improve functional capabilities. Besides the diversity of these types of technologies we face several barriers to consider them as available technologies for all: there are different order barriers such as: financial, policy and support barriers. We also consider that the design and development undergoes in considering, as much as possible, the user characteristics and his predisposition to use technology, and at the same time the concerns of availability and accessibility. References Boogie, I.T. (2008). ISO 9999 Assistive Products for Persons with Disability: Classification and Terminology. In A. Helal, M. Mokhtari, and B. Abdulrazack (eds.), Engineering Handbook od Smart Technology for the Aging, Disability and Independence (chap. 6, pp. 117-126). Hoboken, NJ: John Willey & Sons, Inc. Stanton, N.A., Salmon, P.M., Walker, G.H., Baber, C., & Jenkins, D.P. (2005). Human factors methods: A practical guide for engineering and design. Aldershot, UK: Ashgate Publishing. 10th International Conference on Digital Exclusion in the Information and Knowledge Society REA: Propuesta para el uso eficiente de los recursos educativos abiertos en la Educación Superior Carmelo Branimir España Villegas, Manuel Caeiro Rodriguez Universidad de Vigo, Spain Keywords: Recursos educativos abiertos, Tecnologias de la informacion y comunicacion, Tecnología educativa y evaluación de la calidad de los REA, basado No hay duda que desde hace mucho tiempo en una revisión completa de diferentes las Tecnologías de la Información y perspectivas a través de la literatura científica, Comunicación (TIC) así como internet, tienen que permita contar con una herramienta de un crecimiento exponencial y sin límites, en consulta para los profesores en la todo el mundo se desarrollan nuevas y implementación eficiente de los REA múltiples aplicaciones para diferentes considerando los siguientes elementos: dispositivos y con un aporte importante en dimensión cultural, dimensión pedagógica, todos los ámbitos profesionales. En la dimensión tecnológica, dimensión ergonómica educación igualmente se ha tenido importantes y de accesibilidad, y evaluación de avances, incluyendo además términos como competencias. elearning, blearning, etc. y desde hace más de El marco teórico de la investigación una década incluyen y se desarrollan considerará inicialmente 3 aspectos: diferentes plataformas para el uso de los REA. - Contenidos educativos: cursos completos En el año 2002, UNESCO se convirtió en la (programas educativos), materiales para organización anfitriona de la discusión cursos, módulos de contenido, objetos de internacional en torno a esta iniciativa, cuando aprendizaje, libros de texto, materiales en el “Foro sobre Impacto de los Cursos multimedia (texto, sonido, vídeo, imágenes, Abiertos para Educación Superior en los animaciones), exámenes, compilaciones, países en desarrollo” se adoptó Open publicaciones periódicas (diarios y revistas), Educational Resouces (sigla OER del inglés) etc.; cuya traducción al español es Recursos - Herramientas: software para apoyar la Educativos Abiertos (REA) (UNESCO, 2012), creación, entrega (acceso), uso y en el que se recomienda el uso de los mismos mejoramiento de contenidos educativos para beneficiar a sectores que habitualmente abiertos. Esto incluye herramientas y sistemas no tienen acceso a recursos abiertos y para: crear contenido, registrar y organizar gratuitos, con el principal objetivo de contenido; gestionar el aprendizaje y democratizar la educación. desarrollar comunidades de aprendizaje en El término REA designa a materiales de línea; enseñanza, aprendizaje e investigación en - Recursos de implementación: licencias de cualquier soporte, digital o de otro tipo, que propiedad intelectual que promuevan la sean de dominio público o que hayan sido publicación abierta de materiales; principios de publicados con una licencia abierta que diseño; adaptación y localización de contenido; permita el acceso gratuito a esos materiales, y materiales o técnicas para apoyar el acceso así como su uso, adaptación y redistribución al conocimiento. Por lo general, quienes crean por otros sin ninguna restricción o con REA, permiten que cualquier persona use sus restricciones limitadas. Las licencias abiertas materiales, los modifique, los traduzca o los se fundan en el marco existente de los mejore y, además, que los comparta con otros. derechos de propiedad intelectual, tal como Se debe tener en cuenta que algunas licencias vienen definidos en los correspondientes restringen las modificaciones (obras acuerdos internacionales, y respetan la autoría derivadas) o el uso comercial (Boneu, 2007). de la obra (Santos-Hermosa, Ferran-Ferrer, & Los conceptos de compartir en el ámbito Abadal, 2012). educativo no son nuevos, pero los REA, Este trabajo recogerá información sobre el establecen el uso de las TIC, en el que se estado actual y aplicación de los REA en la debate cual es la implicancia real en la mejora Universidad de Vigo, en base a los resultados del proceso enseñanza aprendizaje, muy a obtener, se propondrá un documento base cuestionado por la sociedad. con un modelo de criterios e indicadores con Se ha realizado una revisión de recomendaciones para la correcta clasificación investigaciones, que nos permiten compartir 10th International Conference on Digital Exclusion in the Information and Knowledge Society 47 datos estadísticos sobre la realizad existente en la temática de REA y el impacto en la educación tanto en la escuela como en la comunidad universitaria, por lo que este trabajo inicial permitirá proponer una tesis doctoral para determinar el impacto de los REA en el ámbito universitario a desarrollarse en la Universidad de Vigo, España. Considerando el análisis previo realizado sobre las investigaciones y literatura respecto de los REA, se planteará la investigación descriptiva de corte cuantitativo – cualitativo. En España y, específicamente en la ciudad de Vigo, existen diferentes investigaciones y trabajos sobre los REA, pero además de contar con datos al respecto desde la perspectiva tecnológica, es necesario saber que es lo que se conoce de los REA y cual ha sido el impacto real en el uso de los mismos en el ámbito universitario. Asimismo, los cambios constantes en la tecnología y su aplicación en diferentes ámbitos educativos, hacen necesarios estudios complementarios y actualizados, aprovechando resultados expuestos en investigaciones de la UNESCO, Harvard, PISA, investigadores de diferentes universidades, que coinciden en que pese a esfuerzos importantes, se requiere mayor trabajo y difusión a diferentes niveles. La importancia de los REA con fines educativos está presente en los procesos de enseñanza - aprendizaje. El desarrollo de Internet y la evolución de las herramientas Tecnológicas de la TIC han cambiado los paradigmas educativos, en el que se requiere mayor competencia tecnológica ante el número cada vez mayor de recursos de aprendizaje, pero también debe estar presente el factor de la calidad de estos REA, y garantizar la excelencia de los procesos educativos, que ante informes recientes de investigaciones se determina que especificamente en España los resultados académicos no mejorán, pese a importantes inversiones económicas realizadas. Por lo tanto consideramos que el proponer nuevos paradigmas actualizados para la aplicación en los centros de enseñanza, deben realizarse a través de la correcta interpretación de resultados que se tenga de la investigación a 48 realizar, y que no solo considere las herramientas informáticas o el desarrollo de software o medios tecnológicos de uso ya cotidiano en la actualidad, sino que permita efectivamente que el profesor un su nuevo rol educativo tenga la capacidad de mejorar la calidad de la enseñanza y el alumno tenga la posibilidad no solo de utilizar herramientas similares en cualquier centro educativo, sino pueda desarrollar esa capacidad cognitiva que actualmente pese a la inversión en tecnología y proyectos para la educación, no brindan los resultados como lo establecen estudios al respecto. Referências Santos-Hermosa, G., Ferran-Ferrer, N., & Abadal, E. (2012). Recursos educativos abiertos: repositorios y uso. El profesional de la información, 21(2), 136-145. Pinto, M., Gómez-Camarero, C. (2011). Propuesta de criterios e indicadores internacionales para la evaluación de los recursos educativos electrónicos. Ibersid: Revista de sistemas de información y documentación, 5(0), 81-87. Dimension culturelle, Instructional designer’s competency profile. Retrieved from: http://www.q4r.org/Q4RInstruments/Cultural/tab id/112/language/fr-FR/Default.aspx UNESCO realiza 10 recomendaciones a los gobiernos para promover el acceso universal a la Educación. Retrieved from: http://noticias.universia.ad/educacion/noticia/20 15/04/28/1124121/unesco-realiza-10recomendaciones-gobiernos-promover-accesouniversal-educacion.html Seminario Internacional Mejorar los aprendizajes en la educación obligatoria: Políticas y actores; Mejorar los aprendizajes en la educación obligatoria: políticas y actores. Retrieved from: http://unesdoc.unesco.org/images/0023/002349 /234977s.pdf Las TIC en la Educación, Organización de las Naciones Unidas para la Educación, la Ciencia y la Cultura. Retrieved from: http://www.unesco.org/new/es/unesco/themes/i cts Hewlett Fundación (2007). Open Education Resources (OER) – Making high quality educational content and tolos freely available on the web. Retrieved from: http://www.hewlett.org/Programs/Education/OE R/openEdResources.htm 10th International Conference on Digital Exclusion in the Information and Knowledge Society Reach your targets and miss the point! The educational technology paradox in 2016: Digital technologies vs. elusive educational goals François Marchessou France Keywords: Educational technology, Digital technologies, Elusive educational goals, MOOCs By “target” we mean the development and integration of connected interactive hardware and software in the classrooms worldwide. This has been achieved or is being achieved through the lowering of economic and operational barriers, the expansion of webbased tools etc. The point that has been missed or overlooked however is the intellectual, social and ethical progress that education is supposed to bring about. The correlation between ed-tech and cognitive and metacognitive progress remains hazy and often problematic. Whereas simple laptops, tablets and smartphones are now available in the remotest and poorest parts of the world as we have observed, in-depth, independent assessments of students who are actually using those tools do not show significant advances in actual results. In late 2015, the Organization for Economic Co-operation and Development (OECD) published an in – depth study of the impact of school technologies on international test results such as the well-known OECD PISA regular evaluations of levels in reading, mathematics and science taken in more than 70 countries. The results “show no appreciable improvements” and the director of education services at the Organization, Andreas Schleicher goes so far as to say that “the socio economic divide is not bridged” (by computers in the schools) and that making sure all children have a good grasp of reading and math’s is a more effective way to close the gap than “access to hi-tech devices”. We will go back to the OECD assessment of those educational shortcomings that can be observed after a massive technological investment in schools. If we now turn to higher initial and continuing education, four years ago (2012) the buzzword, the forthcoming miracle was MOOCs: they would bring the best course contents to students worldwide, irrespective of their social status or geographical location and help create international networks of highly motivated interactive learners. Since then, many high quality courses (MOOCs) have been designed and produced by talented teams from the most reputed university departments. Students of all age groups have flocked and the end results are ...at best mixed. In some innovative formats involving individualized feedback and “coached” models, 90 % of the students registered have actually finished the course whereas the free robotics MOOC taught by Stanford University had a completion rate of only 2 per cent. In most cases overall quantitative attrition results are usually high. These sobering observations do not entail a sweeping rejection of technologies in secondary or higher education. They just mean that the “divide”, the profound educational gaps have to be tackled and partially at least, bridged or solved. Gone are the high price and complication of computers and software, they are widely available everywhere now through smartphones, tablets, Web-based apps, etc. The time is ripe for an honest appraisal of the motivations behind the selection and contextualization of a given technology by educators. After 20 years or so, the risks of a blind faith in the advent of an “educational millennium” have now been identified. This complex appraisal could derive much benefit from the enlightening diagnoses carried out by a number of cross disciplinary authors (see list of references below) who have detected a variety of obstacles both superficial and deepseated, which deprive students of much of the benefits they could derive from technological interactions. Among the avenues to be explored, are the insufficient periods of time actually spent with the students, the lack of flexibility in the design of tech-based learning environments, the absence of cross-cultural perspectives and flexibility in the design and administration of the learning material etc. Digital gaps still exist in education, they are not where they were supposed to be but an enlightened, fully integrated use of the appropriate technologies can help build the indispensable bridges. 10th International Conference on Digital Exclusion in the Information and Knowledge Society 49 References Coughlan, S. (2015). Computers “do not improve” pupil results, says OECD. Retrieved from http://www.bbc.com/news/business-34174796 Carr, N. (2010). The Shallows. How the internet is changing the way we think, read and remember. London: Atlantic Books. 50 Carr, N. (2014). The glass Cage: Automation and Us. New York: W.W. Norton & Company. Turkle, S. (2011). Alone together: Why we expect more from technology and less from each other. New York: Basic Books. Byrnes, N. (2015). Online Learning: Lessons from the Digital Classroom. MIT Technology Review, 118(5). 10th International Conference on Digital Exclusion in the Information and Knowledge Society Palavras-chave [Index of keywords] Accessibilidade ........................... 10 Accessibility ................................. 42 Acesso .......................................... 22 Active and healthy ageing ......... 32 Alterações de consumo ............. 17 Alzheimer’s disease.................... 32 Ambientes inteligentes ............... 10 Apprentissage des langues ....... 20 Aprendizagem colaborativa com suporte computacional ............ 9 Aprendizagem online.................. 43 Apropiación .................................. 39 Argumentação científica ............ 24 Assistive technology ................... 45 Autonomia .................................... 25 Autonomía.................................... 27 Big data ........................................ 32 Biomedical technology ............... 32 B-learning ..................................... 18 Blended learning ......................... 35 Blind .............................................. 42 Bring your own device ................ 34 Cegos ........................................... 10 Cidadania ..................................... 22 Ciências cognitivas ..................... 31 Colaboração ................................ 10 Collaborative learning................. 35 Competencias ............................. 44 Comportamento .......................... 17 Computer-supported learning ... 35 Concept maps ............................. 35 Consumidores ............................. 17 Convergência educativa ...... 15, 40 Creativity ...................................... 32 Cultura .................................... 22, 41 Défi social .................................... 34 Digital resources ......................... 28 Digital technologies .................... 49 Dinâmica dos grupos.............. 9, 43 Dinâmica dos grupos da aprendizagem online ............... 9 Dinâmicas formativas ................. 29 Disable people............................. 45 Discurso pedagógico .................. 24 Dispositifs numériques ............... 38 Dispositivos de acesso............... 12 Dispositivos móveis .................... 10 Distance education ..................... 37 Educação a distância ........... 15, 40 Educação de adultos .................. 29 Educação digital .......................... 29 Educação especial ...................... 22 Educação mediada por tecnologias .............................. 31 Educaçao não formal.................. 25 Educação presencial ............ 15, 40 Educación de adultos ................. 27 Educación no formal ................... 27 Educación superior ..................... 44 Education ..................................... 20 Educational technology .............. 49 E-learning ................................. 9, 18 Elusive educational goals .......... 49 Enseignement supérieur ............ 38 Ensino de ciências por investigação ............................ 24 Ensino superior...................... 15, 40 Entrevista de explicitación ......... 39 Ergonomy ..................................... 28 Exclusão ....................................... 25 Formação e ensinoaprendizagem ......................... 22 Games .......................................... 13 Horizon 2020 ............................... 32 Idosos ........................................... 10 Inclusão .................................. 10, 22 Inclusion ....................................... 42 Innovation ..................................... 38 Innovative thinking ...................... 32 Inteligência coletiva .................... 10 Interação ...................................... 10 Interaction..................................... 20 Internet-of-things ......................... 32 l’Ecole ........................................... 34 Learning management system .. 35 Learning processes .................... 28 Learning technology ................... 13 Leitores de ecrã........................... 12 Leitura ........................................... 12 Literacia .................................. 18, 29 Literacia digital............................. 29 Marketing sensorial ..................... 18 Materiais didácticos .................... 44 Materiais didáticos ...................... 31 Mathematics................................. 28 Mediação pedagógica ................ 31 Mobile applications ..................... 42 Mobile learning ............................ 37 MOOCs ......................................... 49 Moodle .......................................... 35 10th International Conference on Digital Exclusion in the Information and Knowledge Society Motivation .....................................20 Mudanças de hábitos ..................17 Multimedia ....................................28 Navigation ................................ 11, 42 Necessidades educativas especiais .................................22 Nouveaux comportements .........20 Novas tecnologias .......................17 Numérique ....................................20 Older people.................................45 Orientation ....................................42 Parkinson’s disease ....................32 Participação .................................25 Participación.................................27 Pedagogias críticas .....................25 Peer’s balance .............................35 Persona.........................................13 Plataformas digitais .....................18 Political education .......................13 Pontuação ....................................12 Produtos de apoio .......................22 Project-based learning ................32 Projet Idex ....................................38 Quality of interaction ...................35 Quality of life technology ............45 Recursos educativos abiertos ..47, 48 Serious games .............................13 Sintetizadores de fala .................12 Tablet ............................................20 Tableta digital...............................39 Tablets ..........................................17 Teacher training ...........................37 Technology acceptance model ..20 Tecnologia adaptada ..................22 Tecnología educativa ..................47 Tecnologias da informação e comunicação ..................... 15, 40 Tecnologias de apoio ..................22 Tecnologias de informação e da comunicação ...........................24 Tecnologias de la informacion y comunicacion ..........................47 Tecnologías para la educación .27 TIC ........................... 1, 11, 22, 23, 44 Topological taxonomy score ......35 Turn-taking ...................................35 User experience ..........................13 51