Diário de Bordo Edição 56- 2941kb
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ABRIL/MAIO/JUNHO 2013 Nº 56 - Ano XVIII Índice Por Paulo Guilherme Oliveira Sejam todos(as) muito bem vindos(as) Caiaques de garrafas PET, uma alternativa É com muito prazer que recebemos todos(as) os(as) Página 02 calouros(as) do curso de Engenharia de Pesca e apresentamos o nosso Diário de Bordo, mais conhecido como DB. Trata-se de Demanda da aquicultura pode uma Publicação trimestral que o grupo PET junto com toda a ultrapassar US$ 63 BI em 2017 Página 03 comunidade acadêmica edifica objetivando divulgar o curso e as ações relacionadas com a Pesca e Aquicultura. Governo estuda simplificar Nesta Edição, além das boas vindas, trazemos para licença ambiental a pescadores vocês matérias sobre ecologia e conservação, como o Página 04 aproveitamento de resíduos sólidos, uma denúncia sobre a mortalidade de “meros” na região de Suape, uma nota sobre MDS libera 5,8 mil cestas de espécies bioinvasoras e uma grande matéria sobre os alimentos para pescadores OCEANOS, afinal no próximo dia 8 de junho, comemoramos o Página 04 seu dia e a Engenharia de pesca é “antenada” com a Conheça mais sobre a pesca sustentabilidade! artesanal em Barra do Rio Segue também textos sobre a importância da aquicultura Página 06 e da pesca esportiva, bem como a preocupação do governo com os pescadores artesanais. Como o DB é uma publicação Morre na Praia de Suape mais democrática estamos trazendo um texto congratulando o dia do um exemplar de peixe Mero Jornalista, profissional importante que divulga as nossas ações, parabéns! Para fecharmos esta edição, uma matéria sobre o Página 07 cultivo da “tilápia do nilo” e a pesca artesanal no rio Espécies Bioinvasoras Mamanguape – PB. Esperamos que todos(as) tenham uma boa Página 08 leitura e que os(as) calouros(as) tenham muito sucesso nessa Ameaça aos Oceanos Paulo Guilherme Oliveira é Tutor do grupo mais nova etapa de suas vidas. PET Pesca, Professor e Coordenador do Página 09 Curso de Engenharia de Pesca da UFRPE. Criação de Tilápias Grupo de Discussões Reúne Pescadores Esportivos no Grande Recife Ilha de Santo Aleixo: Uma beleza ameaçada Página 11 Novo Curso de Engenharia de Pesca na UNESP Página 12 Página 05 Passeio pelo DEPAq: LAPAVI Pág. 10 Genética nos alimentos Pág. 09 Estudo descobre 78 novas espécies de peixes no Rio Página 03 Página 12 14 Aquecimento de oceanos pode fazer peixes encolherem Página 13 Pescando novas espécies ISSN 1982 - 9205 Página 16 9 771982 920006 50 Pág. 09 Diário de Bordo / 25 anos PET Pesca - Recife 2 Junho de 2013 Caiaques de garrafas PET, uma alternativa sustentável Por Éverton Pires Na atualidade em que vivemos, a corrida desenfreada na produção de bens de consumo pelo ser humano associada à escassez de recursos não-renováveis e a poluição do meio ambiente, vem despertando na sociedade a necessidade de se buscar modos de vida mais sustentáveis. Hoje já se pensa profundamente sobre qual destino será dado após uso e descarte de embalagens que em tempos atrás seriam inutilmente jogadas ao lixo, provocando impactos ao meio ambiente. No caso das garrafas PET, o tempo de decomposição é sempre citado pelos ambientalistas como um dos vilões da poluição ambiental, correspondendo a um período de cerca de 400 anos para sua decomposição. Felizmente, para a redução desses danos, além dos métodos de reciclagem de garrafas PET que já estão sendo amplamente exercidos, novas alternativas destinadas ao lixo como a reutilização, vem agregando valor aos subprodutos e gerando rendas, despertando criatividades e incentivando ainda mais o reaproveitamento de resíduos sólidos. Através dessa reutilização já estão sendo criados diversos utensílios como móveis, artigos para decoração, acessórios, roupas e até meios destinados à navegação. Um projeto que chama a atenção para nós da Engenharia de Pesca é o Kaypet. Criado pelo Engenheiro Mecânico Glauber, que trabalha com desenvolvimento de produtos, o Kaypet é mais uma alternativa sustentável na reutilização das garrafas PET. O Engenheiro, que é apaixonado pelo mar, contou em seu blog que quando teve a ideia de construir um caiaque utilizando garrafas PET, decidiu pesquisar o assunto na internet e percebeu que essa ideia já era comum para várias pessoas. Entretanto, não encontrou nenhum projeto desenvolvido que fosse realmente viável, apresentando boa aparência e funcionalidade. Buscou então formular seu próprio projeto utilizando-se de técnicas já aplicadas em a r t e s a n a t o s d e P E T, c o n c i l i a n d o b o a funcionalidade, segurança e estética. Glauber justificou sua motivação apresentando as vantagens no reaproveitamento das garrafas PET: Redução e Reutilização de Materiais: Reutilização de garrafas PET descartadas e jogadas nos rios, mares, vias públicas, lixões, e que levam muitos anos para se decompor na natureza; Comercial: Eles podem ser produzidos pelos próprios centros de reciclagem a fim de agregar valores na matéria prima e se transformar em mais um negócio autossustentável; Social: Dar condição de trabalho autônomo para pessoas necessitadas. Aumentar a quantidade de mão de obra nos centros de reciclagem. Esporte e Lazer com um ótimo produto e baixo custo. É também, mais um instrumento artesanal que estimula o relaxamento e a criatividade. Fotos: Caiaques confeccionados a partir da reutilização de garrafas PET. Diário de Bordo / 25 anos PET Pesca - Recife 3 O caiaque pode ser desenvolvido tanto para uma como para duas pessoas, aumentando assim o número de garrafas PET utilizadas. De acordo com o projeto, o caiaque para uma pessoa é composto por um total de 207 garrafas PET 2 litros, sendo 281 o número total de garrafas necessárias para a construção do caiaque para duas pessoas. O autor disponibilizou gratuitamente vídeos de sua autoria contendo o passo-a-passo e etapas para a construção do Kaypet em um blog relacionado a soluções e invenções úteis ligadas à Ecologia (www.fazeco.com.br), onde são citadas Junho de 2013 dicas, materiais utilizados, fotos e comentários. No blog, Glauber declara ter alcançado seus objetivos, construindo um caiaque muito leve, bonito, durável, insubmergível, com ótima navegabilidade, hidrodinâmica e segurança. Alegou ainda estar muito feliz pelo aproveitamento dos usuários e pela troca de experiências e deixou a dica para que os interessados tenham um pouco de capricho e paciência para conseguir construir seus próprios caiaques. Éverton Pires é bolsista do PET Pesca e aluno do 5º período do Curso de Engenharia de Pesca da UFRPE. DEMANDA DA AQUICULTURA PODE ULTRAPASSAR US$ 63 BI EM 2017 Por Pedro Vieira Uma nova pesquisa da empresa The Freedonia Group Inc., espera que a demanda mundial de suprimentos e equipamentos para a aquicultura deve crescer 7,4% ao ano, atingindo 63,6 bilhões de dólares em 2017 ao nível da porteira das fazendas aquícolas. O relatório “World Aquaculture to 2017: Feed, Equipment & Chemicals” prevê que a transição em curso dos sistemas extensivos e semi-extensivos a uma produção aquícola intensiva vai gerar grande demanda por rações e os custos dos balanceados irão permanecer crescentes, enquanto os preços de mercado da farinha e do óleo de peixe continuarem a subir rapidamente. As rações representam o principal insumo demandado pela aquicultura e uma parcela crescente dos aquicultores estão optando pelas rações comerciais em detrimento aos alimentos naturais ou fabricados nas fazendas. O impacto dos maiores preços da farinha e do óleo de peixe vai ser parcialmente mitigado pelo aumento do uso de gorduras de menor custo e proteínas vegetais, e a obtenção de melhores índices de conversão alimentar devido ao uso de rações de maior qualidade permitindo que os aquicultores possam usá-las em menores volumes. A contínua tendência em direção ao uso de sistemas intensivos de aquicultura também deve afetar positivamente a demanda por outros insumos para a aquicultura. Uma produção mais intensiva exige a utilização de uma maior variedade de equipamentos, incluindo bombas, filtros, alimentadores automáticos, monitores de qualidade de água e equipamentos para tratamento de água. Com o aumento das densidades de cultivo, aumentará também a demanda por suplementos alimentares e produtos farmacêuticos. A Ásia teve o maior e um dos mais rápidos crescimentos em aquicultura entre as regiões produtoras entre 2002 a 2012, com a China sozinha sendo responsável por 61% da produção da aquicultura mundial e 51% da demanda por suprimentos e equipamentos em 2012. É esperado que a América do Sul aumente sua participação na indústria aquícola mundial, com o aumento da produção total na região, e com a recuperação do Chile ao impacto de um recente surto de anemia infecciosa do salmão. Espera-se que os mercados mais desenvolvidos da Europa e América do Norte mostrem um crescimento sadio. Contribuição de Pedro Henrique de Sá Vieira, bolsista do PET PESCA e estudante do 6º período do curso de Engenharia de Pesca da UFRPE. Nós, editores do Diário de Bordo, informamos à comunidade discente e docente interessada em publicar matérias com temas relevantes na área das Ciências Pesqueiras e relacionados ao curso de Engenharia de Pesca que podem nos procurar na sala do PET Pesca ou enviar suas matérias para [email protected] que teremos a satisfação em divulgá-las Diário de Bordo / 25 anos PET Pesca - Recife 4 Governo estuda simplificar licença Por Caio Rubens ambiental a pescadores "O Brasil caminha para uma reforma aquária menos complexa do que a reforma agrária", disse o ministro Marcelo Crivella, objetivando explorar o potencial dos recursos pesqueiros. Segundo ele, essa é uma preocupação de Dilma Roussef, que já determinou à Casa Civil a elaboração de um novo projeto para o setor. Simplificar a licença é o principal objetivo. O projeto que simplifica a concessão de licença ambiental para os pescadores irá estimular a exploração próxima às grandes barragens, açudes, rios e reservatórios de hidrelétricas. Atualmente, o Brasil produz apenas 500 mil toneladas de peixes (muito menos que seus vizinhos, Peru e Equador) e tem condições de chegar a 20 milhões de toneladas anuais, destacou Crivella, durante entrevista ao programa Bom Dia, Ministro, produzido pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República em parceria com a EBC Serviços. Em relação à pesca predatória, o ministro destaca que o Brasil atua na fiscalização. Já estão trabalhando 28 lanchas, adquiridas por meio de convênio com a Marinha do Brasil para coibir a pesca clandestina e predatória, especialmente por barcos estrangeiros. Também ajudam no trabalho 150 mil barcos brasileiros que pescam legalmente nas regiões onde há maior concentração de peixes, pois eles não querem ser prejudicados pela concorrência ilegal, disse Crivella. O ministro lembrou que um dos grandes benefícios aos pescadores artesanais será a Carteira de Pescador, documento permanente pelo qual eles terão maior facilidade para acessar os benefícios sociais concedidos pelo governo, facilitando o recebimento do seguro na época do defeso, período em que determinadas espécies não podem ser capturadas, por ser período de procriação e eles ficam sem trabalhar. Junho de 2013 MDS libera 5,8 mil cestas de alimentos para pescadores do Por Ingrid Laís Nordeste Cerca de 15 mil pessoas de Alagoas, Bahia e Pernambuco, atingidas pela seca, foram beneficiadas com a medida O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) liberou 5,8 mil cestas de alimentos para atender as comunidades de pescadores atingidas pela seca em Alagoas, Bahia e Pernambuco. Com a doação, aproximadamente 15 mil pessoas foram beneficiadas. Segundo a Coordenadora Geral de Aquisição e Distribuição de Alimentos do MDS, Ana Luíza Müller, a distribuição das cestas serve para atenuar os problemas causados pela estiagem. “A doação das cestas atende as pessoas por um determinado período, até que possam reestruturar suas vidas.” Todos os produtos que compõem as cestas de alimentos foram comprados e doados pelo MDS. Alguns, como o arroz e a mandioca, vêm da agricultura familiar. No mês passado, o MDS doou 4 mil cestas de alimentos para comunidades tradicionais quilombolas, indígenas e de pescadores de Pernambuco. Extraído de: http://www.mds.gov.br/saladeimprensa/noticias/2013/05/ Contribuição de Ingrid Laís Maria Santos, bolsista do PET PESCA e estudante do 4º período do curso de Engenharia de Pesca da UFRPE. Extraído de: http://pecuaria.ruralbr.com.br/noticia/2013/04/governo-estuda-simplificar-licencaambiental-a-pescadores-diz-ministro-4111806.html Contribuição de Caio Rubens do Rêgo Oliveira, bolsista do PET PESCA e estudante do 6º período do curso de Eng. de Pesca da UFRPE. Jornalismo: uma profissão árdua e apaixonante Por Naira Servio O jornalismo é, na verdade, mais que uma profissão, um estilo de vida. Definir pautas, apurar, checar as informações pesquisadas, cruzar dados, conhecer novas histórias todos os dias e ter a possibilidade de contribuir para a mudança da sociedade. Muito além de apurar e escrever matérias, o jornalista é um comunicador, e a comunicação é essencial para estabelecer e intermediar relações entre as pessoas, promover o diálogo e, assim, promover uma sociedade mais democrática e humana. Para ser um bom jornalista, não basta inspiração. É preciso mesmo muita expiração, esforço e dedicação. Naira Sérvio é jornalista formada pela UFPE e atua na área de assessoria de imprensa. "O jornalista é um poeta delicado Sempre acha o rascunho mais sincero que o publicado" Alex Mendes 5 Diário de Bordo / 25 anos PET Pesca - Recife Por Pedro Vieira Junho de 2013 Criação de Tilápias Qualidade dos alevinos de tilápia reversão sexual parasitas; e diversas estratégias auxiliares no manejo durante a reversão sexual. O produtor só percebe a má qualidade da reversão quando os peixes atingem 200 a 300g e é possível visualizar as fêmeas no lote e a presença de pós-larvas e alevinos nos tanques de cultivo. Os produtores de alevinos devem monitorar a eficiência da reversão, enviando amostras de alevinos para laboratórios capacitados para fazer a análise microscópica das gônadas. Alevinos de tilápia Aos olhos de um produtor normalmente chegam ao final da iniciante, os alevinos parecem reversão sexual (28 dias de ser todos iguais. Assim, a tratamento com hormônio) com compra geralmente é decidida tamanho de pelo menos 3 a 4cm. no preço. Porém, o produtor Lotes de alevinos com tamanho experiente logo percebe as menor que 2 a 3cm ao final da diferenças entre os alevinos de r e v e r s ã o , g e r a l m e n t e um e outro fornecedor: condição apresentam alto percentual de geral do peixe, uniformidade de fêmeas no lote. Peixes pequenos t a m a n h o , c r e s c i m e n t o , assim podem ter sofrido sobrevivência e no desempenho p r i v a ç õ e s n u t r i c i o n a i s , infestações por parasitas, produtivo. exposição à água de má qualidade ou foram Alta sobrevivência na demasiadamente Uniformidade de adensados. primeira semana póstamanho Todas estas condições prejudicam a qualidade e transporte Antes da venda, os resistência dos alevinos e podem alevinos devem então serem comprometer os resultados da Este é um importante classificados por tamanho. Isso recria e engorda. indicativo de como os alevinos tende a contribuir para um foram produzidos, manuseados d esenvolvimento mais e preparados para o transporte. Eficiência da reversão homogêneo na primeira etapa Alevinos bem nutridos, criados sexual da criação. Esta uniformidade em água de boa qualidade, livres por si só não é garantia de de parasitas e doenças e Lotes de alevinos bem aquisição de alevinos de adequadamente manejados e revertidos apresentam mais de qualidade. No entanto, o depurados são mais tolerantes e 98% de machos. recebimento de alevinos de apresentam alta sobrevivência Os principais fatores que tamanho uniforme indica o após o transporte. Estes alevinos determinam a eficiência da esmero do fornecedor no também se sobressaem em reversão sexual são: a qualidade preparo dos alevinos e no desempenho desde o início do do hormônio e a forma de atendimento ao cliente. cultivo. administração; a qualidade da O Capricho assim na ração e o manejo alimentar; a hora da venda pode indicar quão Tamanho compatível qualidade da água; ocorrência cuidadoso o fornecedor é na com a necessidade de de doenças ou infestações por produção. Na próxima edição continuaremos o assunto sobre criação de tilápias, abordando os seguintes temas: Cultivo de tilápias em tanques de terra Fi Produção em duas ou três etapas qu s!! em o d Densidade de estocagens a Li Lig ga Classificação dos peixes m do ue s!! q i Cultivo de tilápias em tanques rede F Doenças e parasitas durante o cultivo Extraído de: http://www.acquaimagem.com.br/2009/04/579/ Contribuição de Pedro Vieira, bolsista do PET PESCA e aluno do 6º período do curso de Engenharia de Pesca da UFRPE. Diário de Bordo / 25 anos PET Pesca - Recife 6 Junho de 2013 Conheça mais sobre a pesca artesanal em Barra do Rio Mamanguape-PB Por Marília Costa e Sebastião Silva atividades que são fundamentais para uma boa relação de exploração e dependência deste ambiente. A atividade pesqueira na comunidade é caracterizada pela pesca artesanal em pequena escala, onde são extraídos caranguejos, moluscos e peixes. Existem 5 principais espécies de peixes, pertencentes a 5 famílias e a 5 gêneros, as que tem mais destaque são as famílias Gobiidae, Clupeidae e a Mugilidae, que as espécies são o amoré Bathygobius soporator , a sardinha Sardinella brasiliensis e a tainha Mugil curema , sendo que os mais explorados são o a sardinha e a tainha que demonstram uma estreita relação entre outras espécies, a comunidade e o manguezal. Em relação às espécies de moluscos, destacaram as famílias Veneridae e Ostreidae como as mais exploradas, sendo as espécies de ostras (Crassostrea spp. - Ostreidae) e o marisco (Anomalocardia brasiliana - Veneridae). Diversas espécies de crustáceos são capturadas pela comunidade, a exemplo de caranguejos, siris, aratus e camarões. Para a comunidade ribeirinha que vive próximo ao manguezal, os caranguejos Brachyura representam um dos grupos de maior relevância econômica. Dentre as espécies capturadas e comercializadas, merecem destaque: o goiamum (Cardisoma guanhumi), o aratu (Goniopsis cruentata) e o caranguejo-uçá (Ucides cordatus), um dos grupos de maior relevância para a economia doméstica de várias famílias que se desenvolvem no entorno dos manguezais. Estas espécies são de grande importância no atendimento às necessidades familiares, economicamente ou na forma de alimento, entretanto por outro lado, as mesmas estão sujeitas a uma maior pressão antrópica, por serem as espécies mais extraídas e de maior valor cultural podendo se tornar mais vulneráveis. Fotos: José Mourão A comunidade da Barra do Rio Mamanguape está inserida em uma Área de Proteção Ambiental (APA), localizada no litoral norte do estado da Paraíba, há cerca de 80 km da capital do estado (João Pessoa). O manguezal que está localizado na comunidade, em sua porção estuarina abrange uma vasta extensão de aproximadamente 6000 ha, representando a maior área de mangue do Estado, além de ser um dos mais preservados, mesmo com a influência antrópica através da retirada de madeira pelos ribeirinhos e da implantação da carcinicultura. A pesca se tornou fonte de renda para uma expressiva maioria dos moradores locais por diversos motivos, sendo o principal deles a falta de oportunidades de empregos na área urbana mais próxima, que fica no município de Rio Tinto. Os pescadores da comunidade da Barra do Rio Mamanguape dedicam boa parte da sua vida à pesca, desenvolvendo Principais espécies de crustáceos exploradas. a) Aratu (G. cruentata); b) goiamum (C. guanhumi) e c) caranguejo-uçá (U. cordatus). Diário de Bordo / 25 anos PET Pesca - Recife A comercialização dos recursos pesqueiros adquire um caráter secundário, tendo em vista que os pescadores extraem os recursos essencialmente para o consumo próprio, embora algumas espécies sejam capturadas especialmente para a venda, como o caso do caranguejo-uçá, do goiamum e da sardinha. A comercialização de outras espécies é realizada quando ocorre um eventual excedente, podendo um único pescador comercializar mais de uma espécie. Os pescadores justificam essa situação baseados na carência de armadilhas de pesca (redes), o que os limitam a pescar apenas em pequenas quantidades. A venda também pode correr quando se tem encomenda, como a de siris, ostras, aratu, camarão e marisco. Em geral, a maioria dos pescadores locais está entre 11 e 20 anos na atividade da pesca, o horário de saída para o estuário varia de acordo com a maré e de acordo com o que se vai pescar, 7 Junho de 2013 geralmente a pesca acontece nas primeiras horas da manhã ou durante a noite, na estação seca, que são as horas mais frescas do dia. Na estação chuvosa, a frequência de pesca diminui por conta do frio e da chuva ou devido à diminuição dos recursos faunísticos por conta do aporte de água doce e consequente a diminuição do gradiente salino no estuário e a queda da temperatura. Os apetrechos de pesca utilizados dependem do tipo de pescaria, a maioria dos pescadores não fabricam seus próprios apetrechos. Os mais comuns são o covo, que é usado para pesca do amoré; a malhadeira, usada pra pescar demais peixes; a redinha e a ratoeira, usadas pra captura dos caranguejos; os arpões, para as pescas de mergulho e as redes de arrasto, para pescar a sardinha. As canoas são os principais meios de locomoção na prática da atividade pesqueira na comunidade. Os pescadores saem para pescar em pequenos grupos ou individualmente nos locais por eles escolhidos. Os locais de pesca são escolhidos de acordo com a proximidade de suas residências e pela experiência dos pescadores de onde podem estar os peixes de acordo com a maré, além de serem evitados aqueles locais onde houve alguma pescaria recentemente. Neste caso, há uma rotatividade dos locais de pesca, onde se espera que o ambiente “trabalhado” se recupere para então ser utilizado novamente. Podemos perceber que o estuário do rio Mamanguape mostra-se como um importantíssimo meio de subsistência para a comunidade da Barra do Rio Mamanguape, observando que a pesca é realizada de maneira artesanal, resultando em uma produção de pequena escala e os pescadores locais possuem um grande conhecimento sobre a distribuição dos recursos pesqueiros, subsidiando assim uma conservação e utilização sustentável da fauna local. Marília Maria Silva da Costa é aluna do 6º período do Curso de Ecologia da UFPB e Sebastião Silva dos Santos é aluno do 3º período do Curso de Ecologia da UFPB e morador da comunidade da Barra do Rio Mamanguape. Morre na Praia de Suape mais um exemplar de peixe Mero Por Sabrina Alves das Neves Morre na Praia de Suape mais um Peixe Mero. Morreu no dia 15 de abril de 2013, na praia de Suape mais um exemplar do peixe mero (Epinephelus itajara), o terceiro em uma semana. O peixe mero é uma espécie em extinção e é protegido por Lei no Brasil desde 2002. O peixe pesava mais de 100 quilos, 1,86 metro de comprimento e se tratava de uma fêmea que tinha aproximadamente 25 anos. Segundo alguns pescadores da Associação dos Pescadores da Praia de Suape, o peixe estava atordoado, isso devido às explosões que vem acontecendo na área para remover uma barreira de coral, que possibilitará a entrada de navios no porto. Além dos três peixes da espécie mero, depois que essas explosões começaram, outras espécies de peixes e também de tartarugas, foram encontradas mortas. Adriano Artoni, (Ambientalista que foi chamado para socorrer o animal que fora encontrado ainda com vida por pescadores) ainda tentou alguns contatos com órgãos competentes para trazer o animal até a Universidade Federal Rural de Pernambuco - UFRPE, mas não conseguiu. O animal foi enterrado lá mesmo próximo à praia, no manguezal. Sabrina Alves das Neves é aluna do 2º período do Curso de Engenharia de Pesca da UFRPE. 8 Diário de Bordo / 25 anos PET Pesca - Recife Genética nos alimentos Por Marcos Antonio Pergentino da Silva Na última década, tanto o meio acadêmicocientífico quanto os meios de comunicação passaram a divulgar os grandes avanços da ciência no campo da genética. Normalmente, quando se fala no assunto, as pessoas rapidamente associam a genética com o DNA e os testes de paternidade. Não é uma associação incorreta, mas genética não se limita a isto. Genética é a ciência que estuda os genes. A partir de suas descobertas, desenvolveram-se a biotecnologia, a engenharia genética, a clonagem, os produtos transgênicos, o uso terapêutico das célulastronco, etc. São assuntos muito comentados atualmente e, com frequência, eles se tornam manchetes do noticiário. E de tantos assuntos sobre a genética, o que será abordado aqui nesta matéria é o alimento geneticamente modificado. Grande parte dos alimentos que consumimos participou de um processo chamado melhoramento genético, isto é, foram isoladas determinadas características "marcantes" e - através de cruzamentos específicos ou hibridização alimentos aprimorados passaram a ser produzidos. Convém lembrar que esses procedimentos realizados cientificamente nos dias de hoje, não são tão novos assim. Desde a préhistória, através dos enxertos de plantas e dos cruzamentos Junho de 2013 ESPÉCIES BIONVASORAS seletivos, o ser humano tem Barbara Brandão, Elizabeth Santos, adaptado a natureza às suas Por Jéssika Lima e Kennya Addam necessidades. O aprimoramento ou As espécies introduzidas fora melhoramento genético tem de seu ambiente natural apresentam a f u n ç ã o d e a d e q u a r potencial para se tornarem invasoras determinado alimento às quando atingem larga capacidade de necessidades do homem disseminação na nova área, afetando moderno, facilitando a sua a biodiversidade nativa. O principal produção, possibilitando meio de mistura da fauna e da flora maior número de safras entre continentes se dá por meio de anuais, tornando-o mais água de lastro dos navios. resistente às pragas, O filo Mollusca possui o maior enriquecendo-o no aspecto número de espécies introduzidas em nutricional, etc.. todo o mundo (Carlton 1992, Carlton E por meio dessas & Geller 1993, Carlton 1999). As informações, trago uma espécies Achatina fulica, Euglandina curiosidade aos leitores e a rosea, Pomacea canaliculata, área de Engenharia de Dreissena polymorpha, Mytilus Pesca, onde cientistas estão galloprovincialis e Corbula amurensis a modificar geneticamente estão entre as cem maiores invasoras morangos, a fim de permitir- do mundo, onde metade desses lhes resistir temperaturas de organismos são bivalves. A listagem congelamento melhor. Eles do Instituto Horus (2009), inclui seis estão fazendo isso por meio moluscos bivalves exóticos no Brasil, de transferência artificial de são eles: Corbicula largillierti, genes de uma espécie de Isognomon bicolor, Limnoperna peixe chamado Solea solea, fortunei, Myoforceps aristatus, nome vulgar Ártico Solha Mytilopsis leucophaeta e Perna Peixe, também chamado de perna. aramaças e linguados. O Para diminuir os efeitos Ártico Solha Peixe produz um causados pelas espécies invasoras, anticongelante que permite os países afetados desenvolvem p r o t e g e r - s e e m á g u a s mecanismos de controles físicogeladas. Eles isolaram o químicos, algumas metodologias são gene que produz esse a remoção com jato de água a n t i c o n g e l a n t e e pressurizada, manipulação da introduziram no morango. O temperatura da água em usinas resultado é um morango que hidrelétricas, luz ultravioleta, parece azul e não se ozonização, ultra-som, tintura transforma em papa ou se antincrustante. degrada depois de ter sido colocado no congelador. Barbara Brandão, Elizabeth Santos, Jéssika Enquanto eles não Lima e Kennya Addam são alunas do 8º período estão em produção, a do Curso de Engenharia de Pesca da UFRPE. pesquisa está em andamento. Marcos Antonio Pergentino da Silva é bolsista do PET Pesca e aluno do 6º período do Curso de Engenharia de Pesca da UFRPE. Visando atender às expectativas de nossos leitores, estamos recebendo sugestões para melhorar cada vez mais o nosso Jornal. Ideias e Sugestões poderão ser entregues na sala do PET Pesca ou enviadas para [email protected] Diário de Bordo / 25 anos PET Pesca - Recife 9 Junho de 2013 Ameaça aos Oceanos Por Isabelly Barbosa O s o c e a n o s c o b r e m aproximadamente 97% da superfície do Planeta Terra, sendo ele de grande relevância para permitir a existência da vida, tendo uma expressa importância no ciclo da água, pela manutenção da temperatura, e por abrigar grande volume de produtores primários em nosso planeta. Os oceanos apresentam uma enorme biodiversidade marinha que serve de subsídio para mais de três milhões de pessoas em todo o mundo e servindo como a maior fonte de proteína. Desta forma, este ambiente tem sido explorado de diversas maneiras, seja pela pesca, pelo comércio, pelo transporte, como um gerador de energia ou ecoturismo. Entretanto, toda essa exploração excessiva sobre este ecossistema está produzindo impactos devastadores, mas que grande parte da população não tem a consciência de tal gravidade. Os nossos oceanos são de extrema importância no sumidouro de carbono ao capturar as emissões de CO2 (que contribui para o efeito estufa), resultado de ações antrópicas. O mar absorve cerca de 30% do dióxido de carbono que ao reagir com a água forma gás carbônico. Dessa maneira, o oceano está ficando mais ácido, ou seja, seu pH está baixando, em conseqüência disso os corais estão morrendo, ficando cada dia mais brancos. O ácido pode corroer as conchas de ostras; mariscos e mexilhões, o plâncton calcário também pode ser afetado e nesse ritmo prejudicar cadeias tróficas inteiras incluindo estoques pesqueiros, trazendo risco à segurança alimentar. Com milhares de pessoas que dependem da atividade pesqueira para o seu sustento, o esgotamento das espécies de peixes se torna algo alarmante, gerando um forte impacto social, econômico e ambiental, mudando a dieta da população mundial, já que 85% das espécies estão totalmente exploradas ou superexploradas. Cada vez menores, os peixes estão sendo capturados, uma vez que os seus predadores estão sendo exterminados. Ainda há a pesca fantasma, que consiste em redes perdidas no mar e que arrastam diversas espécies até estarem completamente cheias e afundarem, onde elas continuam pescando para ninguém retirá-las. Muitas espécies de mamíferos são mortas em todo o mundo por causa de redes como estas. Sem contar com as toneladas de lixo despejados todos os dias em bacias hidrográficas, do lixo produzido nas regiões costeiras onde a maioria das pessoas vivem há poucos quilômetros do litoral e os escoamentos dos rios desaguando no mar todo os dejetos produzidos pelos seres humanos.Tudo isso coopera para o destruição da fauna e flora marinha, o aumento significativo a cada ano de zonas de deserto no oceano, na mudança dos hábitos e do habitat dos animais aquáticos, entre outros fatores de desgaste ambiental. Aos poucos, os oceanos morrem silenciosamente enquanto muitas pessoas pensam que o mar está transbordando de vida e água. Pelo contrário, ele está pedindo socorro onde o mundo apenas se desenvolve e dá subvenção para as indústrias pesqueiras que contribuem para uma rápida extinção das espécies, impedindo a reposição dos estoques e os empregos envolvidos nesta área. Assim, este setor perde cerca de 50 bilhões de dólares ao ano. Esta perda é significativa já que os recursos marítimos, costeiros e industriais no mercado geram um valor estimado em três trilhões de dólares por ano. O processo pelo qual o mundo está sendo transformado pode sim ser feito, mas de forma sustentável dando chance da natureza de fazer o seu reparo a tempo de manter o equilíbrio. Algumas soluções são possíveis como as fazendas aquícolas, diminuindo a pressão em cima da pesca, os recifes de corais artificiais, zonas de proteção além da zona de exclusão econômica (ZEE) com uma política bem formulada e com uma gestão coordenada dos órgãos responsáveis. “Tenho esperança de que um maior conhecimento do mar, que há milênios dá sabedoria ao homem, inspire mais uma vez os pensamentos e as ações daqueles que preservarão o equilíbrio da natureza e permitirá a conservação da própria vida” - Jacques Cousteau, oceanógrafo. O ser humano é o principal agente de destruição do ambiente natural, mas também é o único que pode ajudá-la a se recompor, através de uma conscientização mundial e fazer um pouco a cada dia. Isabelly Barbsa é bolsista do PET Pesca e aluna do 5º período do Curso de Engenharia de Pesca da UFRPE. O Dia Mundial dos Oceanos é celebrado todos os anos no dia 8 de Junho. Diário de Bordo / 25 anos PET Pesca - Recife 10 Junho de 2013 Grupo de Discussões Reúne Pescadores Esportivos no Grande Recife Por Éverton Pires e Rafael Monteiro N os dias de hoje, o ritmo acentuado de trabalho aliado ao ritmo acelerado das grandes cidades acabam restringindo as pessoas de exercerem mais atividades que lhes tragam descontração e lazer. Em decorrência disso, cresce o número de pessoas que recorrem às redes socais em suas poucas horas livres para descontrair e discutir temas de seus interesses. No mundo da pesca isso não é diferente, é crescente o número de grupos de discussões (fóruns) criados em meios virtuais. Estes acabam sendo cada vez mais específicos e/ou restritos a uma determinada espécie, modalidade e região. O grupo Tarpon Brazil, criado no Facebook em Dezembro de 2011 é um exemplo de grupo mais específico na pesca que aborda discussões a respeito do Tarpon (Megalops atlanticus), popularmente conhecido como Camurupim ou simplesmente, Pim. O grupo reúne pescadores principalmente da região nordeste, amantes da pesca esportiva do Tarpon. Esta espécie não é muito bem aceita para fins alimentícios, tornando-o assim um peixe de pequeno valor comercial, entretanto devido a sua voracidade, força e velocidade, trata-se de uma das espécies mais conhecidas e capturadas na pesca esportiva, principalmente na Flórida (EUA), México, Caribe e Costa Rica. A pesca desse peixe chega a gerar cerca de 19 milhões de dólares por ano para a pesca no estado da Florida (EUA). Indivíduos de Camurupins podem alcançar mais de 2 metros de comprimento e mais de 150 quilos. O recorde mundial para pesca utilizando a linha e o anzol é 283 libras (ou 128, 37 kg) para um indivíduo capturado no Lago Maricaibo, Venezuela. Apesar de tão valorizado em muitos países, no Brasil, o Tarpon ainda é considerado um fantasma desconhecido por muitos e o grupo procura divulgar com consciência a pesca esportiva dessa espécie em águas brasileiras. Foi numa das discussões no grupo em março de 2012, que se decidiu realizar encontros periódicos no Grande Recife. Os encontros são realizados periódicamente na pizzaria O Lenhador, no bairro da Imbiribeira onde possui uma lagoa repleta de camurupins. Os objetivos são de discutir a pesca esportiva, bem como difundir conhecimentos de comportamentos e hábitos alimentares da espécie. Os encontros são regados de muito bom humor, onde também são contadas as mais diversas histórias de pescadores. Os participantes também aproveitam para levar seus equipamentos e discutir a qualidade, manuseio e realização de testes. Muitas novidades do mercado da pesca são trazidas para debates nos mais variados assuntos, além de eventuais exposições desses materiais feitas pelos participantes. Outra atividade bem esperada e apreciada nesses encontros é o Momento Jig¹ e Atado de Moscas². Nesse momento são confeccionadas iscas artesanais pelos participantes. O processo consiste em prender o anzol a uma ferramenta denominada morsa, onde são atados materiais sintéticos e até naturais, procurando reproduzir uma presa natural do peixe que se objetiva pescar. Durante a confecção dessas iscas, são discutidos os mais variados métodos, tamanhos, cores, materiais e diversos outros detalhes, sempre procurando estabelecer métodos mais eficientes de captura e menos danosos, uma vez que é feita por pescadores esportivos. Essas iscas acabam sendo sorteadas entre os participantes e há quem não tarda em testá-las. Após o encontro, alguns ainda vão até a lagoa, situada bem em frente ao restaurante e testam suas iscas e tralhas. O encontro promove a socialização dos integrantes, pescadores esportivos do Recife e arredores. Éverton Pires e Rafael Monteiro é aluno do 5º período do Curso de Engenharia de Pesca da UFRPE e Engenheiro de Pesca formado pela UFRPE, respectivamente. ¹Jig são iscas geralmente pesadas e de penacho. ²Atado de Moscas é um termo derivado do inglês “Fly tying” proveniente da modalidade “Fly Fishing”, que tem como função imitar uma presa natural de um peixe fazendo com que ela pareça o mais natural possível ao cair na água para enganar os olhos do peixe. Diário de Bordo / 25 anos PET Pesca - Recife 11 Junho de 2013 ILHA DE SANTO ALEIXO: UMA BELEZA AMEAÇADA Por Marcony B. Vasconcelos Filho A Ilha de Santo Aleixo localizada no litoral sul do Estado de Pernambuco é uma das mais belas ilhas brasileiras. Formada por rochas vulcânicas e vegetação atlântica, possui 36 hectares e encontra-se em frente à praia de Serrambi-PE, aproximadamente 78km do Recife e 4km de Porto de Galinhas. Esta ilha atrai diversos visitantes, primordialmente em função da disponibilidade de boas áreas para a prática do mergulho, pesca e passeios de barcos. Santo Aleixo é de propriedade particular, porém aberta à visitação. Atualmente existem alguns passeios de catamarã, estes, sendo realizados diariamente por turistas que saem em busca de lazer e diversão encontrados nas belezas naturais. O verão é a estação em que a ilha é mais badalada. Turistas, banhistas e pescadores são atraídos pelo clima favorável, sol forte, águas quentes, transparentes e o mar bem calmo, condições perfeitas para praticar mergulho e esportes náuticos. Contudo, não há um controle na quantidade de visitantes e em suas ações, que implica em alto risco de depredação, poluição e até mesmo extinção de espécies de animais que ali residem. Pescadores mais antigos da região relatam que a ilha já não é mais a mesma, onde era possível capturar diversas espécies de peixes, crustáceos e moluscos, sendo que hoje em dia tornou-se bem mais difícil a obtenção do pescado para sua subsistência. Informações levam a crer que grande parte dessa dificuldade em encontrar o pescado deve-se aos derramamentos de dejetos poluidores provocados pelas usinas canavieiras, que despejam os resíduos de produção de álcool e açúcar nos rios que são acarreados para o estuário e consequentemente no mar, provocando uma mortalidade em massa da biodiversidade ali presente. Fatores que também intrigam os pescadores locais são: circulação de grandes embarcações, os mesmos alegam que acabam espantando o pescado e contribuindo na poluição de modo que, quando na realização das manutenções é possível verificar derramamentos de óleos na água, o que consequentemente provoca mortalidade de alevinos e crustáceos. Fatores como esses levam a crer que o futuro das belezas naturais e biodiversidade da ilha de Santo Aleixo estão ameaçados através das ações antrópicas. Por isso, fazem-se necessários estudos e acompanhamentos dos possíveis impactos gerados pelas usinas de cana de açúcar, visitantes, banhistas e pescadores, para que possam contribuir com a conservação dessa beleza pernambucana. Marcony B. Vasconcelos Filho é bolsista do PET Pesca e aluno do 6º período do Curso de Engenharia de Pesca da UFRPE. VEM AI... Diário de Bordo / 25 anos PET Pesca - Recife 12 Junho de 2013 Novo Curso de Engenharia de Pesca na UNESP Por Laenne Barbara No ano de 1971, deu-se início ao primeiro curso de Engenharia de Pesca no Brasil pela UFRPE. Desde então, o curso vem sendo implantado nas diversas Instituições de Ensino Superior e a tendência é crescer ainda mais o número de Universidades que o oferecem. Em março de 2013, no Campus Experimental de Registro, da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP), teve início o primeiro curso de Engenharia de Pesca do Estado de São Paulo. Esse foi estabelecido considerando a inexistência de um curso de graduação com formação semelhante no Estado, o potencial regional do Vale do Ribeira e do Estuário Lagunar Iguape-Cananéia e o potencial do país para produção de recursos pesqueiros. A aula magna ocorreu no dia 12 de março deste ano e contou com a presença do prefeito Gilson Fantin, do então diretor da instituição, Prof. Dr. Sérgio Hugo Benez, o vice-coordenador do curso, Prof. Erico Rodrigues, e o Presidente da Federação Nacional dos Engenheiros de Pesca, Elizeu Augusto de Brito. O curso é o segundo recebido pelo campus de Registro, que possui o curso de Agronomia desde 2002. Na ocasião, o engenheiro Elizeu Augusto de Brito presenteou todos os 31 alunos com chapéus e as autoridades com bótons da Federação Nacional, e ressaltou a importância de ter o curso de Engenharia de Pesca no Estado, enfatizando a existência de um decreto que facilita o processo de licenciamento de atividades aquícolas. Esse decreto, assinado pelo governador, Geraldo Alckmin, em novembro de 2012, prevê isenção da taxa de licenciamento para os pequenos criadores, com pequeno potencial poluidor. Objetivando desburocratizar o processo, além de intensificar a aquicultura sustentável e aumentar o número de criadores formais. Segundo Samuel Moreira, deputado estadual e ex-prefeito de Registro, o curso “vai se tornar opção econômica para o produtor rural da região. Por intermédio da pesquisa, extensão e adoção de novas tecnologias, procedimentos e métodos, por exemplo, os produtores podem agregar valor e aumentar a rentabilidade”. Espera-se que os futuros profissionais da região do Vale do Ribeira, possam contribuir para o desenvolvimento da aquicultura brasileira, trazendo melhoria à economia e consequentemente bem estar social. Laenne Barbara é bolsista do PET Pesca e aluna do 3º período do Curso de Eng. de Pesca da UFRPE. Estudo descobre 78 novas espécies de peixes no Rio Madeira Por Mariana Lima Em estudo realizado por biólogos, desde 2011, foram descobertas 78 novas espécies de peixes no afluente do rio Amazonas. A pesquisa conclui ainda que a diversidade de peixes é muito maior que a esperada, foram catalogadas 990 espécies habitando o rio. Segundo pesquisadores, o rio Madeira é um ponto de “confluência de peixes”, que vindos de outras bacias hidrográficas chegam ao rio Guaporé, principal afluente do Madeira. Um exemplo é o dourado de escamas, uma espécie típica da bacia do Paraná que se aproveita de épocas de alagamento no Pantanal e consegue chegar até o rio Guaporé, próximo a Porto Velho (RO). Segundo Carolina Dória, coordenadora do Laboratório de Ictiofauna e Pesca da Universidade Federal de Rondônia (Unir) o rio Madeira é um rio diferente por causa de sua geologia e também por ser o segundo maior afluente do rio Amazonas. Mas vale ressaltar ainda que as boas notícias quanto à diversidade de peixes no local, podem alertar quanto ao agravamento do impacto ambiental causado pela construção das usinas de Santo Antônio e Jirau, no rio Madeira. Artur de Souza Moret, coordenador do grupo de pesquisa sobre energia renovável sustentável da Unir, explica que com as usinas ocorre a interrupção da migração de peixes, causando também o desequilíbrio no ecossistema. O professor afirma também que há a modificação do ambiente e por isso algumas espécies de peixes predominam e outras não. Representantes da usina afirmam que o sistema chamado “transposição de peixes”, um canal com cerca de dez metros de largura e 900 metros de extensão, permite a migração dos animais rio acima, garantindo a reprodução das espécies mesmo com a usina em operação. Porém, com o estudo realizado pela usina, os pesquisadores determinaram áreas onde a construções de novas hidrelétricas seriam prejudiciais. Mariana Lima é bolsista do PET Conx. Ciranda da Ciência e aluna do 6º período de Licenciatura Plena em C. Biológicas da UFRPE. Diário de Bordo / 25 anos PET Pesca - Recife Aquecimento de oceanos pode fazer peixes encolherem Autores do estudo projetaram o impacto das temperaturas crescentes em mais de 600 espécies, entre 2001 e 2050. Segundo eles, águas mais quentes possuem menor nível de oxigênio, o que leva a peixes com tamanho consideravelmente menor. S e n d o a s s i m , o descontrole das emissões de gases do efeito estufa pode impactar mais ecossistemas do que se pensava. Pesquisas prévias apontavam que mudanças na temperatura oceânica afetariam tanto a localização quanto a procriação de diversas espécies de peixes. O novo estudo, porém, joga luz sobre o peso dos peixes. Para avaliar isso, os cientistas montaram um modelo que identifica como os animais reagem à redução do nível de oxigênio na água, usando dados do Painel Intergovernamental para Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês). Ainda que os dados apontem para uma mudança pequena na temperatura da água no fundo dos oceanos, o impacto disso é grande no que diz respeito ao tamanho dos peixes. "O aumento da temperatura eleva diretamente a taxa metabólica do corpo dos peixes", disse à BBC News William Cheung, da Universidade da Colúmbia Britânica (Canadá), autor da pesquisa. "Isso demanda mais oxigênio para a realização de funções corporais comuns. Faltará oxigênio para o crescimento, e o peixe terá um corpo menor." Mas a pesquisa faz a ressalva de que há incertezas nas previsões de mudanças climáticas e oceânicas e isso pode afetar o modelo apresentado. Sendo assim, são necessários novos estudos. "Precisamos olhar com mais cuidado para a resposta biológica (dos peixes) no futuro", diz Cheung. Ao mesmo tempo, outros cientistas alertam para o impacto disso na produção pesqueira. "Indivíduos menores vão produzir ovos menores e em menor quantidade, o que afetará o potencial reprodutivo dos cardumes e reduzirá sua resistência à pesca e à poluição", afirma Alan Baudron, da Universidade de Aberdeen (Grã-Bretanha), estudioso de cardumes no Mar do Norte. Extraído de: http://ultimosegundo.ig.com.br/ciencia/meioambiente/20 12-09-30/aquecimento-de-oceanos-pode-fazer-peixesencolherem-diz-pesquisa.html 13 Junho de 2013 05 de Junho Dia Mundial do Meio Ambiente Por Marília Maria Silva da Costa O Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado em 05 de junho, foi estabelecido pela Assembleia Geral das Nações Unidas no ano 1972, marcando a abertura da Conferência sobre Ambiente Humano, em Estocolmo. A comemoração desta data tem o objetivo de promover atividades de proteção e preservação do meio ambiente e alertar o público mundial e governos de cada país para os perigos de negligenciarmos a tarefa de cuidar do meio ambiente. Uma das maneiras de dar ideias para as atividades de conscientização das populações e de proteção ao meio ambiente é o tema estabelecido pelas Nações Unidas, o tema desse ano é: "Pense - Coma - Poupe". Entretanto, o planeta chega ao Dia Mundial do Meio Ambiente em momento crítico, onde a natureza se apresenta especialmente inquieta, com as manifestações causadas ou não pelo homem, como os furacões, enchentes devastadoras, deslizamentos letais, invernos glaciais. Chegamos a essa data chamando a atenção não somente para a reflexão, mas sim para as ações que estamos fazendo (se é que estamos) em defesa da vida. Será que estamos fazendo a nossa parte? Ou estamos esperando das grandes potências o primeiro e grande passo. Pequenos atos como entornar o óleo em uma garrafa plástica ao invés de descartar na pia já é um grandioso passo pra uma cidade mais limpa. Todos podem contribuir para que as sociedades caminhem rumo à sustentabilidade e para que haja harmonia entre o desenvolvimento e a conservação do meio. A exigência da população pelo cumprimento das leis por órgãos governamentais e as atitudes individuais ou coletivas, são fundamentais em todos os níveis. No final das contas, a balança do nosso consciente não calcula direito. As vantagens de degradar o meio ambiente contam mais que a consciência limpa de se estar fazendo o correto, infelizmente. Devemos agir em prol do nosso Planeta logo, hoje, já. A natureza já nos manda seus sinais de alerta. Marília Maria Silva da Costa é aluna do 6º período do Curso de Ecologia da UFPB. Diário de Bordo / 25 anos PET Pesca - Recife 14 Junho de 2013 Passeio pelo Departamento de Pesca e Aquicultura: LAPAVI Por Laenne Barbara O Laboratório de Produção de Alimento Vivo (LAPAVI), coordenado pelo professor Dr. Alfredo Olivera Gálvez visa à produção de alimento vivo para desenvolver larviculturas de moluscos e crustáceos. Fundado no ano 2000, o laboratório cultiva diferentes espécies de microalgas marinhas e dulcícolas, aperfeiçoando técnicas de criação e manuseio das cepas. O LAPAVI atua em parceria com o Laboratório de Maricultura Sustentável (LAMARSU) e com a Claeff Engenharia e Produtos Químicos LTDA. O processo de cultivo se inicia em cepas que são repicadas para volumes maiores, sendo concluído com a floculação e secagem. Atendendo pesquisas voltadas para biotecnologia, enfatizando a produção de biodiesel, além da extração de pigmentos com potenciais aplicações terapêuticas e industriais. Atualmente, o laboratório vem desenvolvendo uma pesquisa com a microalga Haemotococcus pluvialis, que engloba suas formas de cultivo e aplicações biotecnológicas. Além de pesquisas relacionadas à análise toxicológica. Tabela: Composição atual do LAPAVI - Laboratório de Produção de Alimento Vivo. Laenne Bárbara é bolsista do PET Pesca e aluna do 3º período do Curso de Engenharia de Pesca da UFRPE. Visando facilitar na escolha por um estágio, criamos uma nova seção, abordando a cada trimestre, um laboratório do DEPAq. A ideia é que nesta seção sejam divulgadas as atividades e projetos em andamento,orientadores, infraestrutura, entre outras informações, a critério do autor. Os interessados em escrever sobre seu laboratório devem nos procurar na sala do PET Pesca ou enviar um e-mail para: [email protected] Diário de Bordo / 25 anos PET Pesca - Recife 15 Junho de 2013 Participação do PET Pesca – UFRPE no 12º ENEPET Por Paulo Henrique Gomes da Paixão Ocorreu entre 14 e 17 de março de 2013, a décima segunda edição do Encontro Nordestino dos Grupos PET, o ENEPET na Universidade Federal do Ceará (UFC), no campus Benfica, sediado em Fortaleza, Capital do Ceará. O ENEPET ocorre anualmente, e a cada edição é sediado em um Estado nordestino diferente, como o 11 º q u e f o i r e a l i z a d o n a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), em Natal – RN, e o 13º que será na Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), em Campina Grande – PB. A edição deste ano teve como temática “Ideologia, Legado e Expansão” com o prósito de: 1Refletir e discutir a ideologia do Programa de E d u c a ç ã o Tu t o r i a l - P E T, considerando suas premissas de existência, no contexto da educação superior, bem como pensar sobre sua contribuição de maneira geral na graduação; 2Incentivar o pensamento de qual o legado que o Programa vem deixando para a educação brasileira de Ensino Superior; 3Propor um olhar sobre o momento atual, com as renovações que ocorreram por meio de sua expansão, e quais impactos serão evidenciados nos diferentes cursos das universidades atingidas pelo programa. O Encontro contou com oficinas, grupos de trabalho e discussão, apresentações de trabalhos, mesas-redondas, encontros por área, encontro de petianos, egressos e tutores e a Assembleia Geral, onde foram votadas as propostas provenientes dos grupos de trabalho para serem encaminhadas ao Encontro Nacional dos Grupos PET (ENAPET), que no mês de outubro de 2013, ocorrerá aqui em Pernambuco. Do grupo PET Pesca da UFRPE, dois trabalhos foram aceitos e apresentados durante o evento, seus títulos foram: “XIV SEMANA DO ENGENHEIRO DE PESCA DA UFRPE” e “PROJETO TÁ LIMPEZA: A LIMPEZA DAS PRAIAS – PRAIA DE PORTO DE GALINHAS – PE”, e os petianos presentes, foram: Éverton Pires e Paulo Henrique Gomes da Paixão, ambos do 5º período do curso de Engenharia de Pesca, na Sede da UFRPE. O evento foi estruturado para um público de mais de mil pessoas, entre petianos, professores, tutores e egressos do programa de educação tutorial. Dentre os grupos da UFRPE que estiveram presentes, estavam o PET Ecologia, Administração, Zootecnia, Veterinária, Florestal, Física, Biologia, Agronomia, Conexões de Saberes e o jovem grupo PET Pesca da Unidade Acadêmica de Serra Talhada. Poema ao Pescador Por Manuel Chochinha És forte como o mar, Feliz como a sereia. És como peixe a nadar, Fino, tal como areia Perspicaz como a gaivota, Rápido como o peixe-espada, Leve como a branca vela Levada pela nortada. O teu corpo musculado, O jeito do teu andar, Os teus braços calejados Dos remos tanto puxar Tuas redes estão desertas Mas olhas o mar de frente Para a faina, logo despertas: Voltas ao mar novamente Pescador, homem rude! Na tua face crispada, Que esse encanto não mude Tens muito e não tens nada Uma vida de tormento Para não pedir esmola. Tanto peixe e tanto vento Pra morrer junto da aiola Contribuição de Marcele Trajano, bolsista do PET Pesca e aluna do 5º período do Curso de Engenharia de Pesca da UFRPE. Paulo Henrique Gomes da Paixão é bolsista do PET Pesca e aluno do 5º período do Curso de Engenharia de Pesca da UFRPE. No dia 29 de Junho é comemorado o “Dia do Pescador”, pescador não é só um bom contador de história, mas aquele que conhece a natureza, compreende o mar, sai antes do nascer do sol com seu barco. Quando o dia é bom, traz alimento para a família e ainda garante o sustento da casa com o que consegue vender. Origem do Dia do Pescador Dia 29 de junho é o Dia de São Pedro, o apóstolo pescador e que também é padroeiro dos pescadores, por isto, a data foi escolhida para comemorar o dia do pescador. 16 Diário de Bordo / 25 anos PET Pesca - Recife Reino: Animalia Filo: Chordata Classe: Actinopterygii Ordem: Characiformes Família: Characidae Junho de 2013 Subfamília: Serrasalminae Género: Colossoma Espécie: C. macropomum Peixe que se distribui ao longo da Bacia amazônica, apresenta escamas; corpo romboide; nadadeira adiposa curta com raios na extremidade; e rastros branquiais longos e numerosos. A coloração geralmente é parda na metade superior e preta na metade inferior do corpo, mas pode variar para mais clara ou mais escura dependendo da cor da água. Antigamente eram capturados exemplares com até 45kg. Hoje, por causa da sobrepesca, praticamente não existem indivíduos desse tamanho. É uma espécie migradora, realiza migrações para se reproduzir. Durante a época de cheia entra na mata inundada, onde se alimenta de frutos e sementes. Durante a seca, os indivíduos jovens ficam nos lagos de várzea onde se alimentam de zooplâncton e os adultos migram para os rios de águas barrentas para desovar. Nessa época, não se alimentam, vivendo da gordura que acumularam durante a época cheia. Uma das espécies comerciais mais importantes da Amazônia central. Por ter a carne muito saborosa, o Tambaqui é um dos peixes da água doce mais pescados. Para pescá-lo, recomenda-se usar varas longas, com ponta grossa e linha de 0,9 mm, do tamanho da vara, tudo em absoluto silêncio, simulando a queda de um fruto na água, e com isca basta usar frutas da região, sendo sua favorita a minhocuçu. Priscilla Celes é bolsista do PET Pesca e aluna do 5º período do Curso de Engenharia de Pesca da UFRPE. I COPA DE FUTSAL DO DEPARTAMENTO DE Por Robson Jatobá PESCA 2013 Foi realizado em março de 2013 a primeira copa de futsal do Departamento de Pesca da UFRPE, a copa se desenrolou entre os dias 18 a 23 de março. Com sete times escritos, este primeiro torneio teve como principal função a confraternização entre os diversos períodos do nosso departamento, visando também a preparação dos nossos times para o III Inter Rural que acontecerá no primeiro semestre de 2013. Organizado pelo diretório acadêmico e com apoio do PET Pesca, divididos em dois grupos: Grupo 1: Náufragos, Âncoras, Tubarões e Tiozinhos da Pesca; e no Grupo 2: Meca, Caiçaras e Trutas. Na primeira fase se classificaram dois de cada grupo, fazendo o cruzamento para as semifinais e na sequência as finais. O torneio foi bem elaborado, no entanto faltou um pouco mais de comprometimento de alguns dos times participantes, pois houveram jogos que foram decididos por wo (Falta de comparecimento de um dos times). Os resultados foram: Meca em quarta colocação, Tubarões em terceira colocação, Âncoras em segunda colocação e o grande campeão foi o Caiçaras. Esperamos que no próximo Inter Pesca os times se comprometam mais, afinal nosso departamento tem o atual vice campeão da competição interna de Futsal da Rural e queremos ver nossos times fazerem a final do Inter Rural. Vamos lá galera, vamos nos organizar para o próximo torneio de Futsal do nosso Departamento! Robson Farias Jatobá é bolsista do PET Pesca e aluno do 4º período do Curso de Engenharia de Pesca da UFRPE. 18 Diário de Bordo / 25 anos PET Pesca - Recife Junho de 2013 Palavras Valva Umbo Chlorella Microalga Bentos Zooplâncton K V Z P B J R Q A L B G H C D C B R M R H Z I S I E F E U L N L A E E L K S I T N P R H D M G R V C F H R D O T O S T H Litopenaeus vannamei Aquicultura Maricultura Recife de Coral Biquara S L U Y L I Q G C P O Q M M R V S T S J M F H R E S V L H O O J L S J G J E I N L R N J Z Expediente Universidade Federal Rural de Pernambuco Departamento de Pesca e Aqüicultura, Av. Dom Manuel de Medeiros, s/n Dois Irmãos, Recife - PE. CEP: 52171-900 Fone:33206525 Email:[email protected] Site: www.petpescaufrpe.com V C U V K V B A D A V A L K O R F C F B I W S C E R W Q J Q H V I E Q L M R S U C G W G Q K G R U W T R O T S E O Q V C T F A Q H U Q L M V S R R G M P R M G R J U W U A U F C A K A B V W E C D J Z N D A W I L O A M A I U M B O N F S V C A R A L U L O O E J A A R H G S B M Q L W V F Q T M U H Y F K L A W D E L A X U E P A E W Q A G L A O R C I M I S C Q M Q X H J O Z O O P L Â N C T O N F Q F J L Z B L A T E L T N N V E L U X L X S H B S G G G G H S O O P R L G P C W E M L M B P U A G E D P L T Z P J W G Os arquivos assinados são de responsabilidades dos seus autores. Diretor do Deptº de Pesca e Aqüicultura Prof. Willian Severi Coordenador do Curso de Eng. de Pesca Prof. Paulo Oliveira Tutor do PET Pesca Prof. Paulo Oliveira Comissão Editorial: PET/Pesca Editores: Everton Pires ([email protected]) Priscila Celles ([email protected]) Marcony Vasconcelos Filho ([email protected]) Periodicidade: Trimestral - Tiragem: 500 exemplares