Roberto Macêdo e Beto Studart

Transcrição

Roberto Macêdo e Beto Studart
Roberto Macêdo
e Beto Studart:
POR UMA INDÚSTRIA CEARENSE
CADA VEZ MAIS FORTE E SUSTENTÁVEL
EMPRESA DESTAQUE: USB - USINAGEM SANTA BÁRBARA
VENDA PROIBIDA
ANO II / NO 10
2014
ANOS
das empresas e
86,5%
das pessoas atendidas
estão satisfeitas com os
serviços ofertados pelo SESI¹.
1.Fonte: Pesquisa de Satisfação SESI 2013.
85 4009.6300
[email protected]
SESI, há 66 anos
promovendo qualidade
de vida, educação e cultura.
www.sesi-ce.org.br
/sesiceara
/sesi_ceara
Leitor
Editorial
da Palavra do Presidente, quando
N
destaca que “uma das características
outubro? Esta é uma dúvida que paira na cabeça de todos aqueles que aqui vivem
da inteligência Humana é que ela é
e de tantos outros que, como nós, há tempos trabalham e anseiam pelo “país do
coletiva, não individual.
futuro”.
o momento em que esta edição da Simec em Revista estiver circulan-
Parabéns pela revista, em especial
pelo Editorial e o posicionamento
do, estaremos decidindo o modelo de desenvolvimento que o Estado
e o País deverá assumir pelos próximos quatro anos. O que pode mu-
dar no Brasil e no Ceará com o resultado que emergirá das urnas nas eleições de
Lúcio Bessa
Dentre as bandeiras postas no palco do embate político nacional e local, eleger
LBM Móveis
propostas que apontem para a prática eficiente da gestão pública, que preservem
as conquistas sociais alcançadas, que conduzam nossas relações socioeconomicas
de forma ética e responsável, é mais que necessário, é um imperativo.
Excelentes matérias publicadas.
Afinal, se quisermos que nossas empresas possam alçar novos voos, precisamos
Singularmente, a do Píndaro
urgentemente sair do crescimento zero e construir uma matriz de negócios atenta
Custódio, da ORTOFOR/
às demandas do mundo contemporâneo. E isto exige, no curto prazo, a adoção
CARONE, que gostaríamos de
de um novo modelo de desenvolvimento que induza e favoreça a adoção de mo-
autorização para divulgar junto aos
dos de produção sustentáveis. Para tanto, há que se promover políticas públicas
companheiros do Rotary Club Leste.
capazes de reduzir a carga e simplificar a legislação tributária, reformar as leis
Bosco Gonçalves
trabalhistas, agilizar os processos burocráticos e melhorar o ambiente de negócios,
Rotary Club Leste
estimulando e animando os investimentos privados. Também é imprescindível
que sejam ampliados os investimentos públicos em infraestrutura, seguidos de
um controle rigoroso da aplicação dos recursos e da devida celeridade na concretização das obras. Melhorar a qualidade da educação em todos os seus níveis, é
pré-requisito inconteste para a criação de uma ambiência adequada à inovação.
Obrigado amigos da Simec
em Revista pela oportunidade
Resta-nos, portanto, quando do usufruto do nosso republicano direito de votar,
agir com sabedoria e fazer a escolha certa.
de divulgar o trabalho de
ressocialização de presos e egressos
Francílio Dourado Filho
que desenvolvemos por meio da
Secretaria de Justiça e Cidadania do
Estado do Ceará.
Mariana Lobo B. Albuquerque
Secretária de Justiça e Cidadania
Editor Chefe
Carta do Leitor
Excelente Revista. Sua leitura é um deleite para o relacionamento humano, para o melhoramento pessoal e aprimoramento da capacidade profissional e financeira, possibilitando
ainda o aprendizado sobre temas de interesse econômico, social e político de cunho nacional e internacional.
Para dar sua opinião,
envie um e-mail para
[email protected] ou
Maria Angélica Ferreira Abreu
@simecfiec
Aposentada (80 anos)
envie uma mensagem
pelas redes sociais.
/simec.sindicato
simec em revista - 3
Sumário
05 | Palavra do Presidente
Ricard Pereira
08 | Empresa Destaque
USB – USINAGEM SANTA BÁRBARA
10 | Notícias
• Simec participa de Encontro
sobre Competitividade
• Alpha Metalurgica e Kitambar,
exemplos de Inovação
• Dia do Empresário da
Indústria Metalúrgica
• 20ª Edição da Fimmepe
Mecânica Nordeste
26 | Roberto Macêdo
e Beto Studart:
POR UMA INDÚSTRIA CEARENSE
CADA VEZ MAIS FORTE E SUSTENTÁVEL
36 | Histórias do Setor
FOTOSENSORES
12 | Matéria
Gram-Eollic participa
da Enersolar + Brasil
14 | Livre Pensar
Nova Ordem Mundial?
MECESA
40 | Matéria
Promec: programa de fortalecimento do
setor eletrometalmecânico no estado do Ceará
44 | Regional - Cariri
Fiec inaugura Casa da Indústria e Instala polo
16 | Responsabilidade Social
de Inovação no Cariri
Sociedade de Assistência aos Cegos
46 | Matéria
19 | Matéria
BRICS: por uma Nova Economia Mundial
Boas Práticas Intersindicais
48 | RH
Simec e o aprimoramento de Recursos Humanos
23 | Inovação
5ª Edição do Programa Apóstolos da Inovação
4 - simec em revista
52 | Mundo
54 | Eventos / Você sabia?
Palavra do Presidente
O
ambiente industrial cearense vive um momento especial. Ao mesmo tempo em que comemora o início de um novo tempo, que promete vir repleto de inovação e denso de realizações,
reverencia um largo período de aprendizado, modernização e crescimento organizacional.
Finda uma era que ficou marcada pela competência, ética, compromisso e determinação de um líder
acostumado à superação de desafios, um empresário forjado numa escola de gestão meritocrática, um
cidadão comprometido com as causas ambientais. Roberto Proença de Macêdo foi, a um só tempo, músico e maestro, de uma orquestra que, herdada frágil, obsoleta, pesada, sob sua batuta se fez coeza, leve e
harmoniosa. A Federação das Indústrias do Estado do Ceará que o Dr. Roberto entrega ao seu sucessor,
após oito anos de intenso e profícuo trabalho, é hoje reconhecida como uma das mais organizadas e bem
administradas federações do país. Seu modelo de gestão, conduzido por uma diretoria competente e
dedicada, gerou soluções que haverão de mudar definitivamente o perfil da indústria cearense, abrindo
horizontes a voos bem mais altos para nossas empresas.
Do novo presidente, Jorge Alberto Vieira Studart Gomes, certamente receberemos toda a energia necessária à realização das tarefas que nos forem delegadas. A história de vida de Beto Studart traz a marca
inconteste de uma imensa paixão pelo trabalho. Seu sucesso empresarial tem se pautado pelo respeito e
valorização das pessoas, pela ética na condução dos negócios, pela busca contínua do aprendizado e da
eficiência. Seu modus operandi integra a consciência de papéis, a consistência nas ações, a firmeza nos
compromissos, mas também partilha de sonhos e de realizações. A palavra que talvez melhor o defina em
suas relações seja amizade. Está sempre cercado daqueles nos quais acredita, admira e respeita.
Mas o que será de nossa Federação depende de todos e de cada um de nós industriais cearenses. Afinal,
somos os responsáveis diretos pela escolha, unanime, de Beto Studart para nos liderar no processo de
pavimentação dos caminhos que nos levarão ao futuro. Como nos lembra o poeta Gonzaguinha, “se
muito vale o já feito, mais vale o que será”.
Ricard Pereira
Presidente do SIMEC
Foto: Arquivo SIMEC
“Mas o que será de nossa Federação depende de
todos e de cada um de nós industriais cearenses.”
simec em revista - 5
Foto: Arquivo SIMEC
DIRETORIA DO SIMEC QUADRIÊNIO 2011 - 2015
Diretoria Executiva
Diretores Setoriais
Conselho Fiscal
Representante junto à FIEC
Titulares
Titulares
Titulares
Titular
Diretor Presidente
Diretor Setor Metalúrgico
Ricard Pereira Silveira
Felipe Soares Gurgel
Helder Coelho Teixeira
Ricard Pereira Silveira
Diretor Vice-Presidente
Diretor Setor Mecânico
Raimundo Raumiro Maia
Suplentes
José Frederico Thomé
de Saboya e Silva
Fernando José L. Castro Alves
Eduardo Lima de C. Rocha
Carlos Prado
Diretor Financeiro
Cristiane Freitas Bezerra Lima
Suplentes
Fernando Cirino Gurgel
Diana Capistrano Passos
Delegado Cariri
Suplentes
Ricardo Martiniano L. Barbosa
Cícero Campos Alves
Diretor Administrativo
Diretor Setor Elétrico e Eletrônico
Píndaro Custódio Cardoso
Silvia Helena Lima Gurgel
Diretor de Inovação
e Sustentabilidade
João Aldenor Rodrigues
José Sampaio de Souza Filho
Francisco Odaci da Silva
Alberto José Barroso de Saboya
Suplentes
Suely Pereira Silveira
José Sérgio Cunha de Figueiredo
Adelaído de Alcântara Pontes
Coordenadora Administrativa
Cariri
Veruska de Oliveira Peixoto
Delegado Jaguaribe
Ricardo Lopes de Castro Alves
Coordenador Administrativo
Jaguaribe
Francisco Odaci da Silva
Guilardo Góes Ferreira Gomes
Carlos Gil Alexandre Brasil
Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico no Estado do Ceará - SIMEC
Assessora Executiva da Presidência
Av. Barão de Studart, 1980 • 3º andar • Sala 309
Edifício Casa da Indústria – FIEC • [email protected]
www.simec.org.br • Fone/Fax: (85) 3224.6020 | (85) 3421.5455
Vanessa Pontes
Assistente Administrativa
Fernanda Paula
EXPEDIENTE
Projeto Gráfico e Editorial: E2 Estratégias Empresariais - www.e2solucoes.com • Coordenação Editorial: Francílio Dourado •
Direção de Arte: Keyla Américo • Diagramação: Keyla Américo • Tratamento de Imagens: Rodrigo Portillo • Jornalista: Vanessa
Lourenço (2571/CE) • Gráfica: Tiprogresso • Tiragem: 3.000 exemplares
é uma publicação do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico no Estado do Ceará - SIMEC, que detém os
direitos reservados. A publicação, idealizada e produzida pela E2 Estratégias Empresariais, se reserva ao direito de adequar os textos enviados por colaboradores.
As matérias divulgadas não expressam necessariamente a opinião da revista. Muito zelo e técnica foram empregados na edição desta obra, no entanto podem
ocorrer erros de digitação, impressão ou dúvida conceitual; em qualquer das hipotéses, solicitamos que entrem em contato.
6 - simec em revista
Empresa Destaque
USB – USINAGEM
SANTA BÁRBARA
C
erta feita, perguntado sobre como era criar suas
obras de arte, Michelan-
gelo, respondeu: – As obras já existem dentro das pedras, eu apenas
tiro o excesso de mármore.
Inspirado no escultor italiano, há
pouco mais de uma década o engenheiro mecânico cearense, César
Oliveira Barros Júnior, percebendo
que era possível retirar de blocos de
aço e de outros materiais, os excessos que escondiam peças essenciais
à agilização dos processos industriais, resolveu instalar a Usinagem
Santa Barbara (USB). Assim, junto
a sua esposa, Viviane Maria Martim Barros, César Barros tratou de
fazer da usinagem uma arte, a arte
Fotos: Arquivo USB
de retirar os excessos e transformar
blocos de material bruto em objetos úteis à melhoria da produtividade das empresas e pessoas.
“É preciso estar preparado para aproveitar as
oportunidades que deverão surgir com cada vez mais
força, por conta do crescimento das demandas dos
setores de siderurgia e segmentos afins, que se firmam no
entorno do complexo industrial e portuário do Pecém.”
8 - simec em revista
Instalada em fevereiro de 2000,
a USB já nasceu com a missão de
“desenvolver soluções sustentáveis
em serviços industriais, fabricação, recuperação e manutenção
de peças e máquinas em geral”. A
ideia já vinha sendo gestada há algum firmam no entorno do complexo in- bidas, Embalagens, Têxtil, Aeronáutica,
tempo, especialmente durante os anos dustrial e portuário do Pecém.
em que César trabalhara na Indústrias
Cosméticos, Químicos, Metalmecânica,
Atuando no mercado de prestação e Eletromecânica e Construtoras. Ofere-
Romi, empresa com sede em Santa desenvolvimento de serviços e produ- ce ainda, serviços de Corte em Plasma,
Bárbara d’Oeste-SP, cujos produtos tos industriais para o setor metalme- Soldagem Mig, Soldagem Tig, Soldasão comercializados e utilizados pelos canico há quatorze anos, a USB tem gem com Oxiacetileno, Serralheria, Calmais variados setores da indústria.
se diferenciado pela qualidade e com- deraria (Corte e Dobra), Manutenção
Inicialmente a USB funcionou em prometimento na produção de peças Mecânica, Máquinas e Equipamentos,
um prédio alugado, um espaço peque- e estruturas que atendam e superem Tratamentos Térmicos e Ensaios de duno que mal cabia a meia dúzia de co- as expectativas dos clientes. Para tan- reza. Além disso, desenvolve Projetos Inlaboradores de então. Três anos depois to, mantém uma política de aprimo- dustriais - Desenho e projetos de peças e
ganhou uma cliente que iria mudar a ramento contínuo de seus processos, estruturas, Automação Industrial e Prosua história, a Gerdau, empresa líder seleção criteriosa de seus fornecedores jetos com emissão de ART e memorial
no segmento de aços longos nas Amé- e ampliação sistemática das competên- de cálculo. Na USB os profissionais são
ricas e uma das principais fornecedo- cias do seu quadro de colaboradores, preparados para criar os mais variados
ras de aços longos especiais do mundo. cumprindo rigorosamente com todos tipos de produtos e, ao final de cada traA USB logo cresceu, se instalou em os prazos contratados e se disponibi- balho, ter a certeza de conseguir alcançar
uma sede própria, ampliou seu parque lizando integralmente para atender às e superar as expectativas do cliente.
industrial e passou a trabalhar com ou- solicitações de sua clientela.
tros processos além da usinagem; vie-
Comprometida com as questões
Empresa eminentemente familiar, ambientais, a USB administra crite-
ram também a caldeiraria e a serralhe- a USB tem na direção geral o próprio riosamente os seus resíduos sólidos.
ria. Hoje, diante do crescimento das César Barros e na direção administra- Especificamente no caso do cavaco
demandas, da ampliação do reconhe- tiva e financeira, sua esposa, que junta- de aço, todo ele é vendido/retornacimento no Mercado e da necessidade mente com os 26 colaboradores atuais do à Gerdau, um dos seus princide aprimorar seus processos e diver- fazem da Usinagem Santa Bárbara pais clientes, movimentando algo
sificar suas competências industriais, uma organização em perfeita sintonia em torno de 1 tonelada por mês. Os
planeja transferir sua infraestrutura com o ambiente competitivo atual. demais resíduos sólidos como alumípara um espaço bem mais condizente Não por acaso, já conquistou o respeito nio, bronze e cobre dentre outros,
com a nova realidade; o município de e a credibilidade de uma vasta clientela em menor volume, são vendidos e
Pacatuba está nos planos de expansão que se estende por estados das regiões os recursos arrecadados contribuem
da empresa. Segundo César Barros, “é Norte e Nordeste do Brasil, abrangendo para a realização da festa anual dos
preciso estar preparado para aproveitar todos os setores da indústria. Diversa e funcionários.
as oportunidades que deverão surgir ousada, a USB se dispõe a fabricar qual-
Sustentável na inteiresa das ações
com cada vez mais força, por conta do quer peça que seus clientes necessitem, empreendidas, a USB segue sua histócrescimento das demandas dos setores para quaisquer dos seguimentos de: Si- ria comprovando, a cada passo, que a
de siderurgia e segmentos afins, que se derúrgicas, Eólicas e Termoelétricas, Be- usinagem é mesmo uma arte.
simec em revista - 9
Foto: arquivo SIMEC
Notícias
Simec participa de Encontro
sobre Competitividade
O
presidente do SIMEC, Ricard Pereira, participou no dia
30 de junho, em Santa Catarina, do evento “Diálogo sobre
a Competitividade: como construir uma indústria forte?”.
O encontro faz parte das atividades do Programa de Desenvolvimento Associativo (PDA), desenvolvido pela Confederação Nacional da
Indústria (CNI). Na ocasião, o líder sindical destacou a importância
da atividade associativa na ampliação das possibilidades de aproveitamento das oportunidades e conquista de novos mercados por parte
das empresas associadas. “A melhoria dos resultados alcançados e as
lições aprendidas por meio de diálogos e vivências com empresários
de diversos ramos de atividade em missões empresariais a outras localidades, parques industriais e feiras de negócios, fortalecer a capacidade
Foto: arquivo FIEC
competitiva das empresas”, lembrou Ricard Pereira.
Alpha Metalurgica e Kitambar,
exemplos de Inovação
A
convite do Programa de Desenvolvimento Associativo (PDA),
iniciativa da CNI, que na FIEC é conduzido pelo Instituto Euvaldo Lodi (IEL), os empresários José Sampaio Filho (da Alpha
Metalúrgica) e Marcos Barbosa (da Kitambar), proferiram palestra durante o evento “Diálogos sobre competitividade - Como construir uma
indústria forte?”. Na ocasião, os dois industriais, que são associados ao SIMEC, apresentaram suas trajetórias profissionais e suas histórias de vida
empresarial. Segundo Sampaio Filho, que também é diretor de Inovação
e Gestão do sindicato, foi a partir de sua participação e experiência com
o associativismo, que conseguiu ter uma visão estratégica do seu negócio.
“Foi conversando e convivendo com a realidade de empresas do mesmo
setor e até de outras áreas, que aprendi a superar os desafios de ser empreendedor. Juntos nós conseguimos ter força para enfrentar os problemas
comuns e chegar a soluções inovadoras”, afirmou Sampaio.
10 - simec em revista
Foto: arquivo SIMEC
Dia do Empresário da
Indústria Metalúrgica
O
SIMEC e a FIEC promoveram juntos, no dia
12 de agosto, a palestra “Sindicato Empresarial: uma realidade e um grande desafio”. O
evento integra as ações alusivas ao Dia do Empresário da
Indústria Metalúrgica, Mecânica e de Material Elétrico
do Ceará, e foi realizado no auditório Luiz Esteves Neto,
na Casa da Indústria. A palestra, proferida pelo advogado Marcelo Lamelino, que tem formação em Comunicação Empresarial pela Syracuse University, de Nova York
(EUA), chamou a atenção dos participantes por tratar
de questões que podem contribuir para a melhoria da
capacidade competitiva da indústria brasileira como um
todo, e em especial do Ceará, quando tocou em pontos
cotidianamente vivenciados pelas empresas locais.
Foto: arquivo SIMEC
20ª Edição da FIMMEPE
Mecânica Nordeste
A
20ª edição da FIMMEPE Mecânica Nordeste, evento realizado há 20 anos em Pernambuco e que tem se consolidado no calendário
de feiras do Nordeste como um importante canal de
promoção do desenvolvimento e modernização da
indústria regional, foi lançada em Fortaleza, no dia 9
de setembro, durante almoço no Restaurante Cabana
Del Primo. O evento é uma realização do Sindicato
das Indústrias Mecânicas, Metalúrgicas e de Material
Elétrico de Pernambuco (SIMMEPE), e deverá reunir
os principais fabricantes e distribuidores de máquinas,
equipamentos e componentes, criando um ambiente único de negócios. Durante o encontro em Fortaleza, foram apresentadas
as novidades desta edição, houve ainda uma entrevista coletiva e rodadas de negócios entre representantes das empresas expositoras e compradores. A FIMMEPE acontece de 21 a 24 de outubro, no Centro de Convenções de Pernambuco. Para maiores
informações: http://www.mecanicanordeste.org.br/
simec em revista - 11
Matéria
Fotos: arquivo gram-eollic
Gram-Eollic participa
da Enersolar + Brasil
A
Gram-Eollic empresa filiada
como um todo têm dado ao desen-
buir para a geração de emprego e am-
ao SIMEC, representou o
volvimento e exploração das energias
pliação das exportações do Estado”.
estado Ceará na Feira Inter-
renováveis no Ceará. Falando sobre o
Durante o evento a Gram-Eollic
nacional de Tecnologias para Energia
setor, Ximenes destacou o seguimen-
lançou uma de suas mais recentes
Solar, a ENERSOLAR 2014, que
to industrial metalmecanico cearense
inovações: o inversor fotovoltaico
aconteceu em São Paulo/SP, entre os
como sendo o principal elo da cadeia
Sool Inverter Smart Grid - SISG,
dias 16 e 18 de julho. Na condição
produtiva de energia eólica e de com-
de última geração, que foi projeta-
de convidado, o empresário e cientis-
ponentes de energia solar locais, por
do com sistemas capazes de aten-
ta Fernando Ximenes, presidente da
ter uma atuação marcante, “especial-
der a alimentação de energia solar
Gram-Eollic, participou da solenida-
mente por produzir torres eólicas, pás
diretamente na rede elétrica de
de de abertura da feira, juntamente
eólicas, torres de transmissão, perfis
utilidade pública (concessionárias
com autoridades e representantes do
diversos (aço, alumínio) e compo-
ou distribuidoras de energia), com
setor de energia solar e eólica nacio-
nentes eletroeletrônicos industrial,
aplicativos WI-FI, display LED,
nais e internacionais. Ao fazer uso da
comercial e residencial, que podem,
Painel LCD, tudo certificado se-
palavra, o cearense destacou o apoio
além de gerar energia para a indús-
gundo as exigências e normas bra-
que o SIMEC e o Sistema FIEC
tria, comércio e residências, contri-
sileiras e internacionais.
12 - simec em revista
Segundo Fernando Ximenes, as características técnicas
mundo latinoamericano, asiático e europeu. Sei que isto
específicas do inversor da Gram-Eollic tornam o equipa-
não teria acontecido não fora o fato de ser filiado ao SI-
mento inversor de alta eficiência, dando-lhe confiabilidade
MEC e ao Sistema FIEC. No momento imediatamente
e elevado índice de vigência, através das tecnologias e siste-
anterior ao início da minha palestra, veio a adrenalina pela
mas, Effective Shield For DC/AC/Communication Con-
responsabilidade de representar o setor metalmecânico e
nections, Excellent Efficiency (Internal Overvoltage, DC
industrial do Ceará, além, é claro, do desafio educativo
Insulation Monitoring, Ground Fault Protection, Grid
de ser interpretado pelo público de maneira transparen-
Monitoring, Ground Fault Current Monitoring, DC Cur-
te e correta. O termômetro e a nota, veio depois, durante
rent Monitoring, Integrated DC Switch Optional), Heat
o debate, quando me vi entendido por todos. Foi gratifi-
Elimination e Safety Lock. Além disso, o Sool Inverter
cante perceber que minhas respostas aos questionamentos
Smart Grid, é equipado com proteção eficaz para Cone-
calavam aqueles que tinham preconceitos com nordestinos
xões DC/AC/Comunicação, integrado RCD (Dispositivo
e brasileiros. Fiquei deveras satisfeito por ter conseguido
de Proteção Residual Corrente) e RCM (Corrente Resi-
prender a atenção de todos os presentes enquanto mostra-
dual Monitor), que lhe permite operar o sensor de corren-
va, divulgava e quebrava paradigmas educacionais ao falar
te, detectando o volume da corrente de fuga e comparando
das riquezas naturais do Ceará, dos minerais, do vento, do
com o valor preestabelecido. Se a corrente de fuga exceder
sol, da logística, do estágio de desenvolvimento, da side-
o limite permitido, o RCD desligará com segurança o in-
rúrgica, do sistema hídrico e de abastecimento de água,
versor da carga AC (Safety lock). Os inversores Sool In-
da energia, dos agronegócios, enfim, das industriais me-
verter Smart Grid, com modelos de 3KW, 4KW e 5KW,
talmecanicas e de toda a cadeia produtiva de componentes
estão certificados, em conformidade com as exigências da
para usufruto da energia eólica e solar do Ceará”, conclui
Lei de Equipamento e Segurança do produto na Europa,
Fernando Ximenes.
Austrália e normas nacionais.
Paralelamente à Enersolar, aconteceu o “Ecoenergy –
Para Fernando Ximenes, participar de um evento in-
Congresso de Energias Limpas e Renováveis para Geração
ternacional como o EcoEnergy, representando o Ceará,
de Energia”, que apresentou as últimas novidades do mer-
é uma grande responsabilidade. “Ter a honra do convite
cado, visando oferecer alternativas para uma provável crise
para palestrar durante a abertura de uma feira internacio-
energética, colocando em discussão temas como: Leilões,
nal de energia é bastante gratificante, agradeço a Deus pelo
Novas linhas de financiamento, geração distribuída, pro-
momento e a oportunidade de poder divulgar nossos po-
dutos de ultima geração, cases de sucesso, resolução 482,
tenciais, tanto no contexto local quanto nacional, para o
entre outros temas.
simec em revista - 13
Livre Pensar
Nova Ordem Mundial?
por Cláudio Ferreira Lima*
A
ntes mesmo do final da Se- para cuidar da estabilidade financeira,
Países continentais, com expressivo
gunda Grande Guerra, em ju- do emprego e do desenvolvimento. mercado interno (neles vem-se formanlho de 1944, a fim de retomar Dada a liderança dos EUA (o grande do gigantesca classe média), que se des-
o funcionamento da economia mun- vencedor do conflito global), ambas es- tacam em termos geopolíticos em suas
dial, 45 países aliados, sob a iniciativa e tão sediadas em Washington e, embora respectivas regiões, os BRICS (Brasil,
o comando dos Estados Unidos – EUA, sem regra escrita, o presidente do FMI Rússia, Índia, China e África do Sul)
celebraram os Acordos Internacionais é sempre um europeu, e o do Banco representam, no plano mundial, 42%
de Bretton Woods. Assim, ainda em Mundial, um norte-americano. O sis- da população, 45% da força de traba1944, criaram o Banco Internacional tema de votação tanto de uma quanto lho e 21% do Produto Interno Bruto
de Reconstrução e Desenvolvimento de outra, além de favorecer os países (PIB). O comércio entre eles soma US$
– BIRD, hoje conhecido como Banco centrais, dá o poder de veto aos EUA.
Mundial e, em 1946, o Fundo Mone-
Nos anos 1980 e 1990, administra- 17% do comércio mundial.
tário Internacional – FMI, o xerife da ram o “Consenso de Washington”,
nova ordem econômica.
6,14 trilhões, ou, aproximadamente
Ante tais evidências, chegou a hora,
que deixou como herança para o mun- como afirmou o presidente chinês, Xi
FMI e Banco Mundial passaram a do emergente e em desenvolvimento Jinping, de aumentar a voz dos países
constituir as duas instituições-chave elevado custo político e econômico.
14 - simec em revista
emergentes, que reivindicam papel
maior nesses órgãos (não pesam na cúpula do Banco Mun- meio do controle conjunto do NBD e do ACR, que condial e, com 21% do PIB, têm no FMI apenas 10,3% das tribuirão, inclusive, para a melhor governança mundial, até
cotas). Mas, mesmo sem mexer no poder de veto dos Es- porque farão com que o FMI e o Banco Mundial revejam
tados Unidos, a reforma, submetida ao Congresso daquele a sua atuação em benefício da estabilidade financeira, do
país, até hoje continua parada.
A iniciativa dos BRICS, criando, à semelhança das ins-
emprego e, enfim, da paz e do desenvolvimento de que a
humanidade tanto necessita.
tituições de Bretton Woods, um banco (New Development
Mas isso não quer dizer ainda nova ordem mundial. Os
Bank – NDB ou Novo Banco de Desenvolvimento –
Estados Unidos continuarão no comando, assentados no
NBD) e um fundo comum de reservas (Contingent Reserve
poder militar, na moeda universal e na liderança na ciên-
Arrangement – CRA ou Arranjo Contingente de Reservas –
cia, tecnologia e inovação.
ACR) é, portanto, exigência da própria realidade mundial,
bem diversa da que prevalecia no imediato pós-guerra.
* Cláudio Fereira Lima é Economista, Consultor, Ex-Se-
E o que é extremamente importante é que os BRICS (ti- cretário de Economia do Governo do Estado do Ceará e
jolos, em inglês) têm agora a argamassa que lhes faltava por professor universitário. E-mail: [email protected]
Responsabilidade Social
Fotos: arquivo SIMEC
Sociedade de
Assistência aos Cegos
A
Sociedade de Assistência aos Cegos (SAC), atual- Quais as ações desenvolvidas pela SAC e como se dá
mente presidida pela Sra. Maria Josélia Sá e Al- sua atuação?
meida, chega aos seus 72 anos de existência, com A Sociedade de Assistência aos Cegos é pioneira na rea-
uma história de pioneirismo e trabalho em favor dos cegos bilitação de pessoas com deficiência visual. Por meio do
do estado do Ceará, iniciada em 1942, fruto do idealismo Instituto Hélio Góes oferece ensino gratuito de qualidade
e da solidariedade que persiste até os dias de hoje ampa- desde a educação infantil, ensino fundamental e reabilitarado em valores emanados da mensagem do seu primeiro ções. Com o corpo docente formado por pedagogos, com
presidente, o Padre Arquimedes Bruno, que muito contri- o curso de formação na área da deficiência visual e com
buiu para sensibilizar a sociedade cearense para esta causa. especializações afins, propicia a oportunidade de inclusão
Outros dois nomes muito lembrados por aqueles que ora dos alunos através do ensino diferenciado. Entre as ativifazem a SAC, são os dos doutores Hélio Góes Ferreira e dades e projetos desenvolvidos pela SAC, podemos destaWaldo Pessoa, cuja atuação em prol da defesa dos direitos car: Serviço Social: onde são realizados os atendimentos
das pessoas cegas, deram vida e consequência à instituição. e encaminhamentos nas áreas de Prevenção, Saúde e ProPara conhecer melhor o trabalho desenvolvido, a “SIMEC fissionalização. Além disso, os assistidos recebem assistênem Revista” ouviu a presidente Josélia Sá.
16 - simec em revista
cia alimentar, vale transporte e participam de palestras
e cursos profissionalizantes. No Centro de Prevenção a Como o trabalho desenvolvido pela SAC pode transCegueira, uma equipe multidisciplinar formada por psi- formar a vida de pessoas que precisam ser inseridas no
cólogo, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional, odontólo- mercado de trabalho?
go e estimulador visual, realiza trabalhos de estimulação A SAC promove ações de Prevenção, Educação, Reabiliespecíficos, de acordo com as dificuldades e deficiência tação e Profissionalização, objetivando a inclusão de defidos assistidos para que eles tenham um melhor desenvol- cientes visuais. Diversas parcerias foram realizadas na época
vimento. Artes e Ofícios: através de oficinas artesanais, a para engajamento destes no mercado formal de trabalho.
SAC estimula a criatividade e sensibilidade dos alunos, ao No início, os deficientes visuais participavam de oficinas
mesmo tempo em que trabalha suas habilidades motoras e cursos profissionalizantes como: Telefonia, Auxiliar de
faz um resgate para um novo olhar para a vida. Projeto Câmera Escura, Empacotamento, Bijuterias, entre outros.
Cultural “Tudo a Ver”: a SAC procura integrar alunos e Com a efetivação das conquistas sociais impulsionadas
assistidos desenvolvendo seus potenciais artísticos através pela criação de leis, mudanças aconteceram no mundo
da música e da dança. A cada ano o projeto revela novos do trabalho fazendo com que os deficientes tivessem mais
talentos. Orientação e Mobilidade: nas aulas de Orienta- participação na sociedade. A Lei 8.213 de 24 de julho de
ção e Mobilidade, os alunos aprendem técnicas de utili- 1991, que estabelece cotas às empresas na contratação de
zação correta da bengala e proteção contra acidentes. Este deficientes no seu quadro de funcionários veio contribuir
aprendizado os ajuda a aumentar o grau de independên- com o aumento do número de deficientes engajados no
cia em relação às atividades diárias e desenvolver a auto- mercado de trabalho. Mas mesmo com a obrigatoriedade
confiança, contribuindo para a integração do deficiente da “Lei de cotas” muitos desafios surgiram e continuam a
visual na sociedade.
surgir. A Sociedade de Assistência aos Cegos ao longo dos
anos possui inúmeros casos de sucesso do SUS e da defasagem entre a prestade deficientes visuais que ultrapassaram ção do serviço pelo SUS e o pagamento
limites e hoje conquistaram seu espaço do Gestor do Sistema.
no mercado de trabalho. Vale ressaltar
que houve um significativo aumento Como a senhora vê o papel reservado
no nível de escolaridade de deficien- à classe empresarial nesse processo?
tes visuais e hoje existe por parte dos A classe empresarial precisa compremesmos uma grande procura por esta- ender que a responsabilidade social é
bilidade no emprego, fazendo com que tão importante quanto a responsabimuitos optem por concursos públicos.
lidade fiscal. As grandes empresas são
aquelas que cumprem o seu papel no
Quais são as principais dificuldades desenvolvimento econômico, sem esenfrentadas pela Sociedade de Assis- quecer a atenção com o bem estar social
tência aos Cegos em relação à execu- da comunidade, do Estado, do País e
ção dos projetos?
do Mundo. O empresariado brasilei-
Somos uma Instituição filantrópica ro muito contribuiria para a inclusão
sem fins lucrativos e a nossa sustentação profissional das pessoas com deficiênJosélia Sá
vem das verbas captadas pelo setor de cia visual, oferecendo treinamentos e
Presidente da SAC
saúde, que inclui a Unidade Oftalmo- adaptando ambientes laborais de acorlógica Iêda Otoch Baquit e o Hospital do com as normas de acessibilidade,
Alberto Baquit Junior, que atendem acreditando na eficiência e compromepacientes dos convênios e do Sistema timento das pessoas cegas e com baixa
Ações da SAC
Único de Saúde (SUS), bem como as visão no exercício de suas funções e na
•Instituto Hélio Góes
preços populares. O Hospital Alberto funcionários sem deficiências aparen-
•Serviço Social
•Setor de Prevenção a Cegueira
•Artes e Ofícios
•Projeto Cultural Tudo a Ver
•Biblioteca Braille Josélia Almeida
•Centro de Gravação de Áudio-Livro
•Imprensa Braille Rosa Baquit
•Centro de Estudos Dosvox Dr. José
Antônio Borges
•Orientação e Mobilidade
•Esportes e Hidroterapia
18 - simec em revista
consultas particulares e consultas com normalidade de convívio com outros
Baquit Júnior é uma referência no se- te. Importante ressaltar que, a pessoa
tor de oftalmologia do estado do Cea- com cegueira, quando reabilitada em
rá. Além disso, ele é um dos pilares de sua cidadania e qualificada ao trabalho
sustentação da SAC, pois os recursos adequadamente, é capaz de ocupar diarrecadados com os procedimentos são versos cargos no mercado de trabalho,
aplicados nos projetos filantrópicos da desmistificando aquele entendimento
entidade e na própria manutenção do de que os cegos só podem ser massotehospital. Desta forma, as dificuldades rapeutas, sanfoneiros, operador de câque enfrentamos para a execução dos mara escura, telefonistas ou cargos meprojetos de inclusão social de pessoas nos importantes dentro das empresas.
com deficiência visual, estão relaciona- Na Sociedade de Assistência aos Cegos
das às baixas nas estatísticas desses aten- temos vários exemplos de engenheiros,
dimentos de saúde ocular, em função médicos, comunicadores, professores,
da queda pela procura das consultas, nutricionistas, psicólogos, entre outras
exames e cirurgias conveniadas ou par- profissões, que mesmo com deficiência
ticulares, além da diminuição das cotas visual, são profissionais exemplares.
Matéria
Foto: J.Sobrinho
Brics: por uma Nova
Economia Mundial
F
ortaleza sediou, entre os dias 14 e 16 de julho, a cialidades presentes no grupo de países membro. Desde a
“VI Cúpula de Chefes de Estado e de Governo do primeira Cúpula, em 2009, o BRICS tem consolidado seu
BRICS”. Os dois primeiros dias do encontro acon- papel como uma força positiva para a democratização das
teceram no Centro de Eventos do Ceará, ocasião em que relações internacionais e para o aprimoramento das instise promoveu a discussão de ações para a inclusão social e tuições de governança internacional existentes. Além disso,
o desenvolvimento sustentável, orientada a partir do tema: também tem construído uma sólida parceria, com iniciativas
“Crescimento inclusivo: soluções sustentáveis”. Durante o de cooperação entre os países em mais de 30 áreas distintas.
evento foram realizadas reuniões dos Ministros das Finan-
Entre outros temas abordados, os mandatários pre-
ças e Presidentes dos Bancos Centrais, dos Ministros do sentes deliberaram sobre o Arranjo Contingente de ReComércio, e de Presidentes de Bancos de Desenvolvimento servas (ACR) e sobre a instalação do Novo Banco de
Nacionais; também foram realizados o Forum Empresarial e Desenvolvimento (NBD). O ACR se constitui linha de
o Encontro do Conselho Empresarial do BRICS.
defesa adicional para os países do BRICS em cenários
A Cúpula de Fortaleza permitiu aos países membros mos- de dificuldades de Balanço de Pagamentos, enquanto o
trar os avanços já alcançados e dar sequência às discussões NBD devera financiar projetos de infraestrutura e de decom vistas ao aproveitamento do amplo espectro de poten- senvolvimento sustentável.
simec em revista - 19
“Como fazer esse manejo de garantias
que estão locadas em países diferentes? À
medida que você tem um banco supranacional essas garantias serão aceitas com
mais facilidade, esse é um ponto importante. Um segundo ponto diz respeito ao
financiamento direto, uma coisa é usar
garantias e não necessariamente consumo do seu capital, essa garantia pode ser
Foto: J.Sobrinho
dada pelo terceiro agente financiador. E
o outro aspecto é o financiamento direto
e a troca direta de moedas pelo banco
que facilitaria o custo de transação, afiNo dia 16, em Brasília, ocorreu reu- quado. Mas seria este o caminho certo? nal, se a gente economizar um passo fica
nião de trabalho entre os mandatários Por via das dúvidas, o sistema integra- mais barato”.
dos BRICS e Chefes de Estado e de do pela Confederação e as Federações
Governo de países da América do Sul.
Durante a coletiva de imprensa, a
da Indústria, por meio do SENAI e presidente Dilma Rousseff, destacou
A “SIMEC em Revista” fez a cobertu- do SESI, está cada dia se preparando a importância da realização do enconra jornalística da Cúpula em Fortaleza, mais para conseguir formar a mão de tro do BRICS na capital cearense e fez
acompanhando o grupo de empresá- obra que o futuro já começa a exigir. considerações sobre diversas questões.
rios filiados à FIEC que participaram E neste percurso, a experiência desta A escolha por Fortaleza evidencia a imdo encontro, capitaneados pelo presi- aproximação com os países integrantes portância do Nordeste para o Brasil. É
dente Roberto Macêdo. Este, quando do BRICS, reforça em cada um de nós uma população ativa e trabalhadora
interpelado sobre a importância do a sensação de que precisamos acelerar que aqui vive; são estados com grandes
evento, destacou que:
o processo de ampliação da capacidade reservas minerais, infraestrutura em
“Nós não somos competitivos porque competitiva de nossas empresas, afinal, expansão, refinaria, esporte, siderúrnossas empresas sofrem de um comple- apesar de serem blocos econômicos ter- gicas, pólo automobilístico, mercado
xo de descontinuidade. Nós investimos ritorialmente separados, juntos, Brasil, consumidor em forte crescimento. Mas,
numa pessoa, treinamos, capacitamos, Russia, Índia, China e Africa do Sul, certamente, nescessita de uma segurança
ai ela sai; repetimos o processo com representam 25% da economia mun- hídrica cada vez maior; de um enfrentaoutra, ela sai também, e o ciclo segue. dial, 40% da população, 35% da área mento conjunto do crime organizado inAdemais, como nós temos um volume territorial. Desta união haverá de nas- ternacional especialmente, o narcotráfico
de encargos muito maior do que pode- cer uma nova ordem econômica mun- e o terrorismo.
mos suportar, a nossa capacidade com- dial. E particularmente para o nosso Estamos vivendo um momento especial
petitiva fica cada vez mais comprome- Estado, esse encontro marca uma nova porque os BRICS estão dando passos
tida. Há quem acredite que deveríamos etapa rumo à conquista de Estratégias concretos em direção a uma ação, uma
focar os investimentos mais em máqui- de desenvolvimento.”
formalização de dois mecanismos: o
nas e equipamentos, deixando às pesso- Para José Rubens De La Rosa, CEO Banco de Desenvolvimento e o Fundo
as o devido tratamento meritocrático, Da Marcopolo, o Novo Banco de de Investimentos. […] O novo Banco de
valorizando aqueles que demonstrassem Desenvolvimento que nasce aqui, Desenvolvimento tem um capital autocomprometimento e conhecimento ade- deverá facilitar as garantias.
20 - simec em revista
rizado de 100 bilhões de dólares e um
capital subscrito de 50 bilhões de dólares, esse capital de 50 bi- tação para o momento em que ele se torna realidade, que ele se
lhões vai ser dividido em partes iguais entre os cinco integran- concretiza como uma parceria com base em instituições.
tes dos BRICS. Cresce a importância dessa organização porque Outra decisão que considero importante é a formalização do
nós vivemos hoje um momento em que os países não tem tido Fórum Empresarial. Ele implica na presença dos empresários
acesso significativo a fontes de financiamento internacional e o dos cinco países num processo de construção de relações e passa
novo Banco se propõe a permitir e a criar condições para que o pela simplificação de processo pela adoção de padrões técnicos
acesso ao capital de investimentos, tanto na área de infra- que sejam comuns aos países, por um portal de negócios, enestrutura, quanto na área de programas relacionados com fim, que crie uma relação sistemática entre os empresários. O
a expansão da produção, assim como, em grandes desafios presidente da CNI, Robinson Andrade, apresentou o relatório
no que se refere a políticas sociais, para que tenham uma em nome dos representantes dos diferentes fóruns dos países
fonte financiamento.
BRICS, informou aos líderes dos BRICS que 700 empresá-
A outra questão importante é o Arranjo Contingente de Reser- rios participaram dessa reunião nas suas diferentes fases, e
vas que consiste na criação de uma rede de proteção, traduzin- que isto significaria um aprofundamento dessas relações, seja
do em linguagem mais acessível, que representa um montante no que se refere a empresários chineses, brasileiros, russos,
de 100 bilhões de dólares para garantir que os países BRICS indianos e da África do Sul, são economias extremamente ditenham acesso a essa rede de segurança diante de eventuais versificadas e diferenciadas, mas todas elas com uma imensa
volatilidades que atinjam os mercados financeiros e que pos- perspectiva de crescimento e de construção de uma prosperisam comprometer a estabilidade internacional dos BRICS e dade para suas sociedades.
demais países em desenvolvimento. Essas duas instituições tem O terceiro ponto é a construção de um conjunto de estatísticas
a função de completar esse ciclo em que o BRICS está em ges- comuns que levem, que analisem e que forneçam dados dife-
Estados Unidos que é uma economia líder do Ocidente, e,
também, a União Européia, as taxas são modestas e isso obviamente não dá suporte a um posicionamento que dizia:
olha, os BRICS perderam o seu dinamismo, na verdade o
que tem garantido uma taxa média de crescimento da economia mundial ainda são as economias BRICS, apesar de
todas elas terem tido uma redução nas taxas, caíram umas
pela metade, outras caíram bastante em alguns momentos.
E nós agora estamos certos de que, com as medidas tomadas
Foto: J.Sobrinho
no caso do Brasil, nós acreditamos que é fundamental uma
ampliação da produtividade sistêmica do país, isso implica
em investimentos maciços em infraestrutura, em investimentos vultosos em educação, principalmente em educação
renciados sobre as nossas economias e sociedades. No caso técnica e em educação científica e tecnológica, e implica
destes dados, nós vínhamos fazendo um trabalho muito de- no enorme esforço de inovação. Em todas essas questões nós
terminado para precisar os dados de estatísticas sociais, mas necessitamos de um fundamento que é a parceria público
nós pretendemos também completar esse processo fazendo privada, mas o Brasil necessita também ser um país sem
dados e estatísticas econômicas. Isso é importante para ho- burocracia, ou sem a burocracia que entrava, portanto nós
mogeneizar a nossa avaliação da economia.
temos de perceber que o quarto ponto é justamente as medi-
E por fim, eu queria dizer que há um comprometimento das dos marcos regulatórios, algumas das quais já estamos
dos BRICS com a questão do desenvolvimento sustentável fazendo, como é exemplo o marco da biodiversidade. Essas
que é um grande ganho. Os BRICS passam a ter toda uma medidas são fundamentais para deixar claro qual é o ampolítica de preservação do meio ambiente dentro dos prin- biente de negócios. Mas além dessas tem medidas que dizem
cípios da Rio+20, que contemplam o crescer, o incluir, o respeito a simplificação das exigências que se cristalizaram
conservar e o proteger, consolidando o preceito de que é pos- no Estado Brasileiro. Em outros países são outras mudansível crescer preservando o meio ambiente e que é impossível ças, cada um dos BRICS fará as suas. Nós não temos um
crescer sem incluir as pessoas.
modelo padrão dos cinco países, respeitamos a história, a
Quanto à questão da desaceleração, todos nós líderes dos cultura, a cultura econômica, o ambiente de negócios criaBRICS reconhecemos não só que houve um efeito na de- do em cada país, até por isso somos muito ricos em matéria
saceleração do crescimento dos BRICS nos últimos anos, de experiência, são experiências muito diversificadas que se
sabemos que uma parte disso é devido aos efeitos da crise encontram nessas reuniões do BRICS.
internacional sobre nós e sobre as necessárias reformas, mu- Sobre o momento em que os BRICS estarão inteiramente
danças que nós temos de fazer nas nossas próprias econo- prontos, isso depende do esforço que cada um de nós, que
mias. Agora, a tese muito em voga, no final do ano passado, cada um dos países vai fazer. Da minha parte esse esforço
dizia que no início desse ano os países BRICS vão passar é integral, tenho certeza que também será integral das deo bastão na questão da liderança das taxas de crescimento mais partes, notadamente eu tenho certeza que o presidente
mundiais para os países desenvolvidos, foi um tanto quanto Sin Gin Pin dará todo o seu empenho para que isso fique
precipitada e enviesada, porque o que nós estamos vendo é pronto, para que o banco esteja pronto o mais cedo possível.
uma recuperação bastante modesta, infelizmente, eu gosta- Agora, vamos fazer tudo isso com prudência, com cautela,
ria que ela fosse mais robusta porque beneficiaria a todos os com cuidado, porque iniciando com o passo certo, continua
países do mundo das economias desenvolvidas, seja o próprio com passo certo.
22 - simec em revista
Inovação
5ª Edição do Programa
Apóstolos da Inovação
O
Instituto de Desenvolvimento Industrial do Ceará
De acordo com a análise feita pelos apóstolos, o setor
(INDI), apresentou os resultados dos trabalhos da eletrometalmecânico é um dos que vem demonstrando me5ª edição do Programa Apóstolos da Inovação, no lhor desempenho quando se trata do Nordeste. No Ceará, o
dia 24 de julho, na Casa da Indústria. Depois de realizadas vi- segmento registrou avanço quanto à inovação, entre vários
sitas técnicas, contatos com empresários, líderes inspiradores e outros fatores, mas que pode ser destacado como contriautoridades, além de imersões em empresas participantes, foi buinte para o assunto que permeia os trabalhos apresentaapresentado à sociedade um diagnóstico de oportunidades e de- dos. Segundo dados do IBGE, o setor eletrometalmecânisafios para aumentar a competitividade das indústrias cearenses, co, apesar de ter recuado em 2013, tem boas perspectivas
a partir da visão dos 12 participantes, sobretudo, focando os de crescimento para os próximos anos, com a inauguração
22-0016-13-Institucional rev. Simec 2.pdf 1 17/02/2014 14:11:03
setores da construção civil, eletrometalmecânico e químico.
22-0016-13-Institucional rev. Simec 2.pdf 1 17/02/2014 14:11:03
Fábrica da Inelsa
Fábrica da Inelsa
da siderúrgica Silat e a entrada da CSP na economia, que,
mesmo antes da inauguração, já começa em 2014 com a fase
co, o que acaba comprometendo a competitividade das
de implantação das máquinas e estruturas metálicas; além da
empresas cearenses no mercado. Algumas começam a
crescente demanda de serviços e produtos desse setor para
aproveitar o momento para gerar uma parte da energia
atender o porto do Pecém e outros polos no estado, entre eles
consumida na própria fábrica, o que é uma tendência,
o de Maracanaú, o que mostra a potencialidade dessa área.
como é o caso da CSP que, devido ao alto volume de
A equipe Iracema foi a responsável por avaliar o setor ele-
gases gerados, irá ter uma termoelétrica para atender a
trometalmecânico local e identificar oportunidades de no-
própria demanda, conseguido ainda fornecer a geração
vos negócios e processos através de um estudo de imersão
excedente para a rede elétrica.
na indústria cearense com duração de um mês. O estudo se
4.Inovação: As empresas cearenses atualmente sofrem
consistiu de visitas técnicas, entrevista com empresários li-
com a globalização, fenômeno que aproxima os merca-
gados ao setor, brainstorming, pesquisa, validação das ideias
dos e, consequentemente, aumenta a sua competitivi-
e resultados das oportunidades.
dade. Um fator de diferenciação para não perder espaço
Durante as visitas às empresas do setor, foram observados
no mercado é a inovação, empresas inovadoras se per-
muitos gargalos e desafios ao crescimento. Os principais
petuam e não sofrem tanto com a aproximação desses
desafios evidenciados são:
mercados. Atualmente vários programas de inovação
1.Mão de obra: A falta de mão de obra qualificada foi um
auxiliam as empresas para ganhar competitividade, po-
dos problemas apresentados pelos empresários do setor.
rém esse ponto ainda é um grande tabu para muitos
Foi constatado numa pesquisa da CNI que a falta de tra-
empresários, que por comodidade acabam não enten-
balhadores qualificados é problema para 65% das indús-
dendo a necessidade do seu negócio.
trias brasileiras. Também foi notado que metade dessas
5.Relacionamento da indústria com a academia: Este
indústrias sofrem com a falta de capacitação interna dos
também foi um tema recorrente nas visitas. Segundo
funcionários devido à baixa qualidade da educação básica.
os empresários, a pesquisa acadêmica está completa-
2.Infraestrutura: Apesar dos avanços significativos na in-
mente desvinculada das aplicações práticas demandas
fraestrutura do País, os desafios logísticos, pelo contrário,
pela indústria. Isso motivou no grupo o surgimento da
continuam a exigir do empresariado brasileiro soluções pa-
necessidade de uma visita à reitoria da Universidade Fe-
liativas para não comprometer a saúde financeira de suas
deral do Ceará (UFC) e uma conversa com o Reitor Je-
companhias. As deficiências da infraestrutura logística bra-
sualdo Pereira Farias. Nessa conversa, o reitor informou
sileira permeiam todos os setores de transporte. Rodovias,
as práticas de sua gestão que procuram incentivar uma
portos e aeroportos sofrem com a falta de investimento,
proximidade entre universidade e indústria. Em con-
afetando a demanda e elevando os gastos. De acordo com
versa com o presidente do SIMEC, Ricard Pereira, foi
o Banco Mundial, o custo da logística no Brasil equivale a
levantada a ideia sobre o volume de produção de zinco
20% do PIB, o que é o dobro dos países ricos.
para compensar o investimento, onde se faz necessário
3.Energia: O alto custo da energia ainda é um desafio a
ser vencido pelas indústrias do setor eletrometalmecâni-
24 - simec em revista
um estudo mais aprofundado do setor para a retirada
desse zinco.
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Fotos: CNI
Capa
Roberto Macêdo
e Beto Studart
26 - simec em revista
FIEC:
POR UMA
INDÚSTRIA
CEARENSE
CADA VEZ
MAIS FORTE E
SUSTENTÁVEL
A
o longo dos últimos 65 anos
a história da Federação das
Indústrias do Estado do
Ceará tem sido escrita pelas mãos
de uma plêiade de personagens cujas
realizações referendam o prestígio e o
respeito conquistado pela instituição.
Inspirada por seus líderes, a FIEC
tem conseguido cumprir sua missão
de defender e representar o setor industrial cearense na promoção de um
ambiente favorável aos negócios e à
competitividade. Com o propósito de
entender o que foi nos anos recentes e
o que virá a ser a Federação nos próximos anos, “Simec em Revista” ouviu
os dois protagonistas maiores deste
novo momento: Roberto Proença de
Macêdo e Beto Studart. Cada um, a
seu modo, fez um relato de suas experiências e possíveis legados.
simec em revista - 27
Roberto Macêdo
Uma retrospectiva
que eu aceitasse o convite dos amigos; o armação e ele iria ser candidato, fize-
Desde já agradeço ao Simec por me meu pai pediu que eu pensasse seriamen- mos várias reuniões para chegar em um
oportunizar essa retrospectiva. Hoje, te porque eu faria a diferença para reu- consenso. Houve uma segunda eleição e,
mais à vontade, posso afirmar que é nificar a Federação. Os amigos disseram novamente, saí vencedor. Nesse período
um prazer falar sobre a experiência de que chega uma hora que é preciso dar o Hermano entrou com ações contra a
presidir a FIEC, até porque a minha um pouco de si, deixar de ser egoísta e minha candidatura, dizendo que eu não
passagem por aqui está terminando, no contribuir. Tomei minha decisão, resol- tinha experiência para dirigir uma fedesentido legal, de mandato, mas não de vi aceitar, e para minha decepção, fui ração com o porte da Fiec, ele disse que
relacionamento com a Casa porque o eleito. Foi combinado que, qualquer um eu não tinha capacidade e conhecimento
relacionamento continua. Nunca tive que fosse escolhido na votação, o outro porque nunca tinha sido presidente de
a pretensão de chegar à presidência da iria apoiar, mas o Hermano tinha tan- sindicato, nem ocupado cargo similar a
Federação, isso nunca me passou pela ta certeza que seria eleito porque havia este. Como a justiça é lenta, advogado
cabeça. Foi fruto da manifestação de falado antes com todos os presentes na de um lado e advogado de outro, acabei
amigos e de pessoas que sentiam que votação que, acabou se surpreendendo sendo eleito e as ações ficaram abertas
essa Casa estava se autodestruindo, por porque não foi eleito. Hermano se engas- até recentemente, mas nenhuma delas
conta de questões internas, de processos gou por isso, mas concordou em apoiar prevaleceu. No primeiro dia de trabacontra o presidente da época. Como o e disse que não iria atrapalhar. Eu o lho, me ofereceram carro e cartão de créclima estava péssimo, me procuraram, convidei dois dias depois para traba- dito corporativo. Eu perguntei se tinha
indicaram meu nome porque achavam lharmos juntos, mas ele disse para não tesoura, porque eu não tinha cartão de
que eu poderia trazer de volta a união contar com ele. A eleição aconteceu dia crédito nem na minha empresa porque
e ter condição de ser eleito no processo 30 de janeiro, e no dia seguinte minha eu teria aqui? Usava o carro da Fiec só
de chapa única. Os dois lados me pro- mãe faleceu. Em abril o Hermano me para ocasiões especiais, como um evento,
curaram, a princípio eu disse não para procurou para dizer que não tinha gos- mas no dia a dia eu usava meu carro
todos. O Demócrito me aconselhou, disse tado da eleição porque tinha sido uma e dispensei o motorista da Fiec porque
gosto de dirigir, isso serviu de exemplo
aqui na Casa. Como eu achava que a
união de todos era o melhor caminho,
comecei a chamar os “inimigos” e conversar como eles, lembrando que a Fiec
não tinha dono, não era minha, nem
tampouco deles, e que somente juntos
iríamos construir uma instituição forte.
Aos poucos as coisas foram se ajustando.
Lembro que tinha um organograma na
minha sala e, quando eu olhava para
ele percebia que nada do que estava traçado ali estava de fato se concretizando.
Mudei tudo, trabalhei incansavelmente para que as coisas acontecessem. No
meu segundo mandato aquele organograma já era outro.
28 - simec em revista
Os Sindicatos
confecções, mas já conseguimos fazer uma levamos para o nosso Conselho e foi apro-
Depois da reorganização e da mudança renovação em suas estruturas e a criação de vado por quase unanimidade. Não por
no modelo de gestão da Federação, o foco uma agenda comum de atuação.
unanimidade, porque o meu opositor na
do meu primeiro mandato foi o fortaleci-
primeira eleição era do “contra” sempre.
mento dos sindicatos. Eu entendia que a A Eleições Internas
Dos 38 sindicatos, aprovamos com 37.
Federação somente seria forte se todos os
Foi um “sopro” que recebi em conversa
sindicatos fossem fortes, atuantes e, de fato, com o presidente da Federação do Espí- Meritocracia
representativos de suas bases. Eu e minha rito Santo. Lá os diretores dos sindicatos
Outro fator importante em minha
diretoria fomos para dentro do sindicato, determinavam o voto para os diretores gestão foi ter conseguido envolver pesconversando com cada um dos seus diri- da Federação, funcionava como um co- soas capazes para o desempenho da sua
gentes. Tinha sindicato que existia só por legiado. Ai eu me questionei: por que função. Quando assumi a presidência da
causa da existência do presidente. Os po- não abrir para todos? Seria uma forma FIEC, o INDI, por exemplo, já existia,
tenciais associados não eram procurados, de dar ao associado uma oportunidade mas faltava informação e uma estrutura
porque muitos presidentes não tinham de ser responsável direto pela escolha do mais organizada. Quando conseguimos
interesse em ampliar sua base. Como eles mandatário maior da instituição. Daí fazer sua reestruturação, escolhendo as
tinham o controle dos poucos que estavam pra frente bastou provocar nossa dire- pessoas mais capacitadas para o exercíem torno deles, se perpetuavam naquela toria e as lideranças sindicais, de modo cio da missão que lhe era destinada, ele
função e não queriam que nada mudasse. a convencê-los de que este era o melhor passou a ser um dos órgãos mais atuanO meu propósito era fazer uma reunifica- caminho para termos, de fato, uma tes do Sistema Fiec, gerando resultados
ção dos sindicatos e com isto reorganizar a instituição democrática. Na metade do que estão mudando a capacidade de
Federação. Mas o que mais me incomo- primeiro mandato, comecei a articular a inovação de nossas empresas. O Uniemdava era a inoperância destas instituições mudança no processo de eleição interna pre é uma prova inconteste desta evoe a perpetuidade dos seus presidentes. Não da Fiec. A ideia era avançar para além lução. Para mim, o segredo do sucesso
foi nada fácil, porque como presidente da do que o Espírito Santo havia feito, tra- é muito trabalho, trabalho e trabalho,
Federação eu não podia interferir dentro zendo o associado, o empresário, para o e cercar-se de profissionais melhores do
do sindicato, o meu trabalho consistia em centro das decisões. Eu acreditava que, que eu, cada um nas suas especialidafazê-los entender que era necessário a mu- sabendo que era ele quem iria votar, po- des, isso é fundamental, agi assim a
dança, a renovação, que precisavam atua- dia se interessar e começar a participar minha vida toda. O objetivo aqui era
lizar seus Estatutos, colocar em dia as suas mais diretamente das ações sindicais. colocar as pessoas certas nos lugares cerobrigações, gerar novas fontes de receita, Coloquei a ideia inicialmente para mi- tos para tocarem os projetos.
rever seu modo de atuação e conquistar no- nha diretoria, pois, desde o começo, eu
vos associados, enfim, mudar a cultura de nunca aprovei nada sozinho, aqui na Aprendizado
gestão. Por isto é que um exemplo que me Direx existe votação e quem decide é a
A experiência anterior como empre-
marcou muito foi ter conseguido promover maioria. Criamos uma comissão de re- sário me ajudou, com certeza. Na nosa união do Sindgrafica com o Unigrafica, forma estatutária e fomos desenvolvendo sa própria empresa tomamos decisões
formando um só sindicato. A partir dali como tudo seria feito. Por uma questão colegiadas, mas temos quatro conseeu percebi que o setor gráfico estava mui- de isonomia, eu não integrei a comissão, lheiros profissionais e dois acionistas no
to melhor representado, e que isto poderia somente lancei a ideia e deixei que fosse conselho, os conselheiros profissionais e
acontecer com todos os demais segmentos trabalhada. Pegamos dos estatutos de ou- os comitês específicos. Ao mesmo tempo
da indústria cearense. Ainda não conse- tras federações tudo que pudesse ser apro- em que trouxe algo de fora, levo daqui o
guimos unificar o Sindroupas e o Sind- veitado. Quando o modelo ficou pronto, apredizado de tratar com os interesses po-
simec em revista - 29
líticos, de ser cauteloso, paciente, levo isso Governo
para casa, para minha vida, é um gran-
Muitas vezes a gente espera que o go-
Despedida
Aqui eu fiz o MBA que não fiz na vida,
de ensinamento. Outra coisa, fiz poucas verno venha solucionar nossos proble- tenho um espírito social voltado para o
amizades aqui, tenho poucos amigos, a mas, mas não, o protagonista do processo meio ambiente, sustentabilidade é um conconvivência é diferente de amizade, sou de desenvolvimento e inovação para se ceito que eu vivo há muito tempo. Passei
muito sincero e talvez isso seja um de- tornar competitivo é o empresário. E na a ver o mundo com outros olhos, porque
feito. Lembro do começo, quando falar Fiec de hoje acho que nós já temos esta o empresário fica muito preso no ramo
em público era um sofrimento; cheguei consciência. Eu confesso que me decep- em que atua. Pude ver o quão longe do
a fazer um curso de oratória com o meu cionei com a relação entre indústria e go- desenvolvimento nós estamos, e quão lonpai, José Dias Macêdo, que na época verno, porque eu senti muita dificuldade ge de fazer a virada necessária para cheera Deputado Estadual. Aprendi a fa- de interação com o governo, não sei se gar e acompanhar a velocidade com que
lar em público pela necessidade, quando por questão pessoal, o atual governador e o mundo está mudando. Isso quer dizer
você está na zona de conforto você não eu entramos juntos e saímos juntos. Tudo o seguinte: o país, a população jovem, as
avança, não busca evoluir. Hoje não que eu tratei aqui foi de interesse do se- crianças, pela deficiência do sistema de entenho mais este problema, mas o excesso tor. Pode ter sido culpa minha porque sino, a gente pensa que o problema está no
de exposição me faz mal, prefiro viver de não sou tão maleável, não sou tão políti- empresário que não é competente, mas não,
forma discreta.
co. Mas, de um modo geral, no contexto é que a matéria prima que ele encontra
nacional, estamos vivendo um período para trabalhar junto com ele é ruim, mal
Reconhecimento
complicado porque a pressão ideológica preparada, e se você colocar para aprender
Uma coisa que ouvi do presidente da que está embutida do sistema da gestão no SENAI, ele não tem os conhecimentos
CNI Armando Monteiro, do Robson e de maior do governo é um negócio que ame- básicos para aprender tudo. A cadeia comoutros colegas foi: você é um dos poucos dronta a gente, tudo está indo para uma pleta, hoje, precisa ser totalmente reestrutuaqui que tem chaminé, que é empresá- direção indesejável e eu acho que o país rada. Eu tenho visão de mundo, sei como
rio de verdade, porque muitos dos nossos pode chegar a uma situação pior. O de- está lá fora e como está aqui. Eu saio daqui
amigos são aqueles que estão lá porque já sastre que está acontecendo na Petrobras com o sentimento de dever cumprido até
não tem o que fazer e gostam de prestí- é um exemplo que nos preocupa muito. onde me foi possível atender.
gio. Em nenhum momento me desliguei O serviço público de um modo geral pados trabalhos da minha empresa, não es- rece enxergar o lado de cá como inimigo. Diretoria
tava presente diariamente, mas dava to-
A pessoa do presidente tem a respon-
tal assistência participando de reuniões, Sucessão
mantendo contato direto por telefone,
sabilidade e a liderança, mas isso tudo é
Eu não fui o gestor do processo que elegeu feito porque tem as outras pessoas, tudo o
via e-mails. Talvez estas sejam razões o Beto Studart. Eu participei da constru- que fiz eu não devo a mim, mas à capaporque nós somos bem vistos lá fora. To- ção, preparei a entrada do Beto e o auxi- cidade das pessoas que me ladearam. Eu
dos os nossos projetos são bem analisados, liei no que foi possível. Particularmente eu devo tudo à diretoria que soube compor,
bem estudados e preparados com começo, acho que essa chapa não vai ser tão tran- nós tínhamos uma crença, uma missão a
meio e fim; sempre fizemos a prestação de quila, mas estarei perto se for necessário ser cumprida, uma tarefa a ser feita, tícontas com total integridade. Na CNI para ajudar. De uma coisa tenho certeza, a nhamos um caminho e tínhamos que emsomos muito conceituados, e isto se deve velocidade da progressão de melhoria aqui barcar. Eu tive a oportunidade de fazer a
ao fato de termos profissionais muito ca- dentro será muito mais rápida do que foi minha diretoria quando foi feita a eleição
pacitados, e esse é um processo contínuo.
no meu mandato, porque será um trabalho com voto direto que eu gostei muito, eu
intenso, a energia do Beto é muito forte.
30 - simec em revista
tinha um opositor naquela época, na elei-
ção foi uma festa porque na hora que saiu instrumento de amizade, eu fazia parte sidente do CIC, e resolvemos atrair todos
o último voto, me deu uma satisfação não do comitê, do grupo de apoio logístico, eu os sócios e fizemos um trabalho hercúleo
pelo número de votos, mas por ver o Or- era um companheiro que estava lá para para tirar a presidência do João Fontenelando se levantar e dizer: Parabéns, conte ajudá-lo na estruturação do seu pensa- le que era um verdadeiro usuário daquecomigo. Aquilo me fez muito feliz.
mento, mas nunca entrei no âmbito das la instituição, e conseguimos uma grande
questões internas. Nunca participei de vitória. Eu passei a participar do Sind-
Sucessor
sindicato de forma presente, atuante. Química, apenas como um amigo que
O Beto terá que buscar pessoas que ve- Essa atuação somente se deu quando de contribuiu para modificar totalmente o
nham atender a demanda da Federação. uma grande disputa no SindQuímica, destino do SindQuímica, tanto é que ele
Meu desejo é que ele seja feliz com os de- porque lá estava um companheiro que é muito bem representado, já passou por
safios, e que tenha paciência e sabedoria era presidente, e que se negou, no ano lá o Zezinho, atualmente é o Marcos e
com a diretoria dele.
Beto Studart
A construção de um Presidente
de 2000, a permitir que os associados todos eles têm dado conta do recado, o
votassem em mim quando eu fui can- sindicato deixou de ter aquela figura de
didato. Ali eu começava a entender que poder para ter uma figura de operação.
era importante participar da Federação.
A partir daí eu comecei a desejar uma
Em um determinado momento da O presidente do SindQuímica da época posição na Federação. E tivemos aqueminha vida, ou durante toda a minha era o João Fontenele que, também, era le momento de muito impasse na gestão
trajetória de vida empresarial, parte delegado. Eu fiz uma série de trabalhos do Jorge Parente, quando chegamos a
dessa trajetória até 1986, eu não tinha no sentindo de trazer todos os sócios que pensar em interromper o seu mandato,
necessidade, nem tempo, nem vontade eram meus amigos para induzir o João hoje concordo que foi uma precipitação,
de participar do movimento classista a mudar de voto e não teve jeito, aí foi talvez eu não tivesse nem totalmente forporque eu tinha uma vida de muito tra- o momento que me envolvi com o sindi- mado para poder enfrentar uma responbalho e não tinha tempo para deixar de cato apenas no aspecto político. Me uni sabilidade tão grande. Passados 14 anos,
ver as minhas coisas. Com o passar do ao amigo Zezinho Vasconcelos, hoje pre- estou chegando, agora com 68 anos de
tempo, de vinte anos para cá, eu comecei
a frequentar a Federação das Indústrias
por intermédio do Centro Industrial do
Ceará (CIC), onde meu amigo Lauro
Fiúza era o presidente, depois Fred Sabóia e diversos outros amigos, então passei a me interessar. Quem me convidou
para conhecer a Federação foi Lauro e
me interessei pelo movimento gracioso de
amigos, de preocupação, consistência no
que diz respeito ao entendimento da sociedade, então, nesse momento, eu comecei a sair da visão individualista e passei
a ter essa visão um pouco mais classista,
corporativa. Com a chegada do Fernando Cirino Gurgel à presidência da Federação, eu tive um papel relevante como
simec em revista - 31
idade, e uma compreensão muito clara nossas relações eu não teria condições de trabalho com todos os sindicatos, entendenem relação ao papel da Federação tan- tomar decisões. Encontramos no Rober- do a questão de cada segmento econômico,
to no contexto da sociedade, quanto no to Macêdo, que tem o temperamento de quais as dificuldades, as potencialidades; o
meio das indústrias. Mas somente acei- grande homem, a lucidez necessária, a que é que se pode fazer para poder atrair
tei o desafio quando entendi que, com integração entre aqueles que estavam em mais pessoas para se sindicalizar; tentar
o meu amadurecimento, eu poderia de sintonia tanto com o discurso dele quan- identificar a razão que nós temos tantos
fato servir à indústria cearense. E foi to com o meu. A participação do Roberto empresários ainda fora do movimento clasmuito importante o fato de ter encon- foi fundamental para que tudo aconte- sista, eu quero desenvolver um trabalho
trado, nos momentos de dúvidas, com cesse como aconteceu. Fato é que todos os muito especial nesse aspecto, quero enfatio apoio de pessoas que queriam que eu companheiros desarmaram-se, e só pen- zar a nossa federação como uma instituiparticipasse, como o Ricard Pereira, o saram dali para a frente na Federação. ção representativa do ambiente corporativo
Ricardo Cavalcante, o Edgar Gadelha, Fui eleito por unanimidade, na presença do Ceará. Além disso, penso na possibilialém dos meus amigos que já não fazem de todos os sindicatos, obtendo todos os dade de estudar cada sindicato e verificar
mais parte da diretoria, como o Fer- 39 votos possíveis. Agora, estou me pre- qual é a sua formação, qual é a sua razão
nando Cirino, Valdir Diogo, Cláudio parando para começar um momento que de existência, tem tantos sindicatos atianTargino e Fred Sabóia. Todo esse grupo será muito especial para mim.
tes e outros nem tanto, e eu quero entender
começou a me cercar com a ideia e a me
cada um. Quero fazer um trabalho em que
entusiasmar. Nesse contexto, apesar de O Empresário e o Cidadão
cada presidente de sindicato chegue a mim,
muito ocupado com meus negócios, mas,
Como empresário eu não vejo a presi- converse comigo, apresente para toda a di-
ciente de que estava muito bem represen- dência da Federação como um fato muito reção, o que tem feito, como tem contribuítado por uma diretoria competente e em especial, especial mesmo foi o que eu vivi, do para o desenvolvimento da sua área, é
perfeita sintonia com o meu pensamen- o que eu construí e continuo construindo, é um trabalho delicado e muito importante.
to sobre o trabalho, e tendo à frente da o meu trabalho na BSPAR. Como cidadão
Fundação Beto Studart a minha mu- eu me vejo na FIEC como uma pessoa que O que a classe industrial cearense
lher, que dava à minha vida um senso vai se doar para poder entender e atender pode esperar
de comprometimento e responsabilidade os anseios dos industriais; para modernizar
A minha dedicação. Hoje tenho a con-
social muito grande. Foi quando eu en- a postura da indústria cearense e a prática vicção que o Ceará é um estado pobre, e potendi que a Federação poderia represen- cotidiana dos trabalhos das pessoas; para derá sofrer uma boa metamorfose que aintar para mim uma missão social no sen- exercer influência junto ao governo de da não sofreu. E não sofreu porque o nosso
tido mais amplo, mais abrangente, que modo a construir relações amistosas entre o trabalho no aspecto de atração de novos
poderia estender esse trabalho social à poder público e o setor produtivo, induzin- investimentos, atração de novos segmentos
indústria. Na Federação eu iria ficar do do um entendimento mais franco e mais econômicos, criar e conhecer as aptidões no
lado do meu colega industrial, naquele consequente. E neste sentido, pretendo ou- estado do Ceará, por exemplo, a tecnologia
contexto político-empresarial fantástico, vir novas cabeças aqui do Ceará e fora do é uma coisa que você pode implantar em
e foi aí que eu aceitei ser presidente. Mas Ceará, convidar pessoas para que possam qualquer canto do mundo, é só você ter um
não foi algo simples. A construção do transmitir os seus conhecimentos, criar um ambiente próprio. Nós temos, hoje, cabeças
processo se deu com meus amigos, coorde- grande Comitê de pessoas iluminadas que brilhantes sendo formadas pelo ITA, temos
nados pelo Ricardo Cavalcante, que foi possam ter a cada trinta dias reuniões que mecanismo de financiamento como o BNincansável. E eu sempre dizia que tinha discutam os problemas do Ceará, os pro- DES, o que precisa é fazer o governo entenque ficar um deles stand by, porque se blemas da indústria. Concomitantemente, der que esse pode ser um segmento que vai
não fosse uma coisa muito bacana nas é preciso estar desenvolvendo um intenso enriquecer o Ceará. Eu quero que a nossa
32 - simec em revista
gestão seja um instrumento de convergên- é um organismo fantástico de inteligência selho de Superintendentes, esse conselho vai
cia das pessoas, das ideias, colocando a Fe- e de planejamento estratégico, um instru- se juntar à três gerentes que estão no meio
deração à disposição do Ceará. Nós estamos mento da própria presidência para poder da estrutura. No novo organograma, esses
traçando um plano de curto prazo, nós es- entender todo o trabalho e fazer com que três gerentes vão integrar o conselho, e nós
tamos mais preocupados com a questão da nossas cabeças mudem. Além do INDI, vamos discutir de forma inteligente o que
articulação entre a entidade, a sociedade e a FIEC poderá ter pessoas bem capacita- cada um vai fazer.
o governo, esse é um dos nossos focos. De- das com o assessoramento dos sindicatos e
pois nós temos os nossos clientes diretos que da própria presidência para criarmos um A herança da gestão anterior
são os sindicatos. Para eles o SESI, o SE- ambiente de inteligência. Hoje temos o
Primeiro a seriedade. Quando o Roberto
NAI e o IEL, precisam oferecer o melhor movimento da Inovação, quando se fala assumiu a presidência a FIEC estava estratrabalho. Hoje eu desconheço a real função em inovar a gente pensa que é só inova- çalhada, no que diz respeito à harmonia
do SESI e do SENAI, eu sei da importân- ção tecnológica, eu queria enxergar a ino- dos seus pares. No primeiro mandato ele foi
cia de cada um, mas não sei das virtudes. vação como uma nova forma de se fazer. colocado presidente, fruto de forças políticas
Será que estamos oferecendo para os nossos Quero ver essa inovação por intermédio do internas, então ele não teve as condições neclientes (industriais) tudo na base da exce- UNIEMPRE que é um dos movimentos cessárias para fazer da Federação a grande
lência, com qualidade? Será que nossos ser- mais importantes que a Federação desen- casa que ele e todos nós acreditávamos. No
viços estão bons? Será que as capacitações volveu, por promover a ligação entre em- segundo mandato ele já fez a sua diretoria, o
ofertadas para os nossos executivos estão à presas e universidades, algo que é difícil, que lhe deu uma desenvoltura muito maior.
altura do que o mercado competitivo exi- mas que está sendo possível. Nesta gestão Ele está me entregando a casa nas condições
ge? Podemos aprimorar? Essas questões são o UNIEMPRE será conduzido por dois especiais para que eu possa continuar trabamuito importantes. A missão institucional amigos, o Sampaio Filho (Simec) e o An- lhando e aprimorar o serviço baseado nessas
da federação é atuar de maneira proativa, dré Montenegro (Sinduscon); eu quero que condições que eu estou apresentando. A harconsistente, politicamente resolutiva, uma esses dois tomem conta comigo da agenda monia que hoje ronda a Federação, com os
coisa fantástica. E por fim, eu quero ter de inovação. Para tanto iremos definir o sindicatos mais organizados, os serviços com
uma gestão inovadora, eu quero ter uma que o SESI, SENAI, IEL, INDI poderão melhor qualidade, a relação com a CNI,
gestão enxuta, racionalizada e orientada fazer no âmbito da inovação, de modo que isso está muito bem feito, eu preciso, agora,
para atender a finalidade da Federação. estas instituições voltem para a presidência doar tudo de mim para poder dar sequência
Quero que a FIEC seja o guarda-chuva do e prestem conta do serviço prestado, para ao trabalho do Roberto.
sistema, quero ver o SESI, SENAI, IEL e daí sair uma nova agenda. Isto é organitodos os demais organismos, trabalhando zação, estruturação do serviço. Com isso Visão de futuro da industrial cearense
de forma sinérgica, sob a orientação da eu quero evitar o desperdício de energia.
Eu acho que o trabalho de indução,
FIEC. Será assim daqui para a frente, o Com todo mundo falando do mesmo tema de atração de indústrias para os diferenSistema FIEC trabalhando tanto para o sem saber o que o outro está fazendo, no tes segmentos econômicos do Ceará será o
industriário quanto para o industrial.
final você não tem uma resultante positi- grande mote. Se o governo tiver a coragem
va para a indústria cearense. Ademais, eu de dar sequência à construção de infraes-
A contribuição da FIEC para o de- não quero esperar para saber o que o FI- trutura que antecede qualquer movisenvolvimento do Estado
RESO vai fazer, nós vamos é sentar juntos mento de desenvolvimento, se não houver
Quando você olha a Federação, no mo- para discutir o que o FIRESO vai fazer. nenhuma frustração no médio prazo, de
mento, você tem sindicatos e cada um resol- Dentro desse contexto nós montamos uma modo que essa Companhia Siderúrgica
vendo a sua questão, aí você tem os serviços estrutura organizacional com quatro novos do Pecém, possa gerar muito mais do que
que podem melhorar, você tem o INDI que superintendentes que irão formar um Con- emprego, podendo criar no seu entorno
simec em revista - 33
uma série de indústrias fornecedoras do o que tira o entusiasmo do brasileiro. O tralidade porque nós somos uma sociedade
complexo siderúrgico como um todo, te- poder executivo, que deveria ser o grande organizada. Eu só quero é que Deus me dê
remos o futuro breve bastante promissor instrumento de exemplo, deixa de ser, erra, forças para manter a minha capacidade de
para o Ceará. E isto é uma coisa fantás- escandaliza, e finge que nada está aconte- me indignar, para que eu possa contribuir
tica, porque vamos ter um momento de cendo. As coisas estão se deteriorando, nós com o nosso desenvolvimento.
educação, com todas essas novas indús- não sabemos para onde vamos marchar,
trias da siderurgia promovendo um ver- isso um dia tem que acabar. Mas eu tenho O Simec
dadeiro banho de informações de gestão, medo que acabe acontecendo com o Brasil
O SIMEC é um dos sindicatos exem-
com todos sendo treinados, contribuindo o mesmo que acontece com a Argentina, plares do nosso sistema, gostaria muito
de forma definitiva para o aprimoramen- isso me assusta muito. O cidadão brasilei- de tê-lo como exemplo e levar para outros
to profissional da indústria cearense.
ro precisa entender que é necessário criar sindicatos essa mesma postura de seriedaum outro momento político. Acredito que de que o presidente Ricard Pereira tem
A política
a nossa indignação precisa ser colocada e que outros também tiveram ao passar
Hoje eu tenho uma péssima visão do de forma veemente, com essa conversa da pela presidência do sindicato. O SIMEC
Brasil. Não do País, mas do modelo de educação e da saúde saindo do discurso ba- sempre foi muito bem representado, por
gestão. O sistema que está governando tem rato e da retórica barata que tem sido a isso é um exemplo. Ele tem no Programa
como foco um grande projeto de poder, política, para uma prática definitiva. Eu de Desenvolvimento Associativo (PDA)
que privilegia pessoas e partidos, e que essa acho que a FIEC precisa ter independência uma marca que pode ajudar a presidêncoisa precisa acabar. Vivemos em um am- para externar as suas indignações, nem que cia no sentido de atrair mais pessoas e
biente de muita corrupção e de mentira, a CNI mantenha um ambiente de neu- tornar a casa mais rica e competente.
34 - simec em revista
HISTORIAS DO SETOR
FOTOSENSORES
por Francisco Baltazar Neto
Q
uando criança, morava em
Achei que o modelo poderia vir a
sito em trabalho conjunto com os
Guaraciaba do Norte, interior
atender àquele desejo. Adquiri o
DETRAN ́S CONTRAN e DENA-
projeto imediatamente.
TRAN, até que, em 1997, saiu o
do Ceará, com meus pais e dez irmãos. A apicultura era uma ati-
Para me dedicar integralmente
novo Código Brasileiro de Trânsi-
vidade importante no local, e eu
à Fotosensores®, em 1994 ven-
to com regulamentação dos regis-
cuidava das minhas próprias col-
di cinquenta por cento das cotas
tros de infração de trânsito por
méias. Admirava-me o modo como
de um outro negócio, a E.I.M Ins-
meio eletrônico.
as abelhas trabalhavam sincroni-
talações Industriais, ao amigo,
Paralelamente à superação des-
zadas, sem necessidade de nenhu-
colaborador e hoje sócio Nivaldo
ses obstáculos, a empresa cresceu
ma interferência. Naquele instan-
Teixeira. Começou então o gran-
com um modelo de negócios simi-
te, percebi que queria um modelo
“A nossa empresa vem
crescendo anualmente e
está em vários estados e
capitais do Brasil.
Nossos investimentos em
pesquisa são constantes.”
lar a uma franquia. Hoje, ao lado do
Muitos anos depois, me foi apre-
de trabalho: primeiro, a melhoria
local para dar maior assistência
sentado, na Universidade Federal
de produto; segundo, a posse de
técnica ao cliente, que geralmente
do Ceará (UFC), um projeto de uma
mercado; terceiro, a regulamenta-
é o Município, o Estado ou a União,
empresa incubada que analisava
ção legal e, o mais difícil, romper
além de Concessionárias de Rodo-
a possibilidade de instalação de
a cultura do “jeitinho”, pois nessa
via. Efetivamente, nós somos os
equipamentos em semáforos para
época não havia o conceito da au-
pioneiros em monitoramento de se-
monitoramento de avanço no si-
tomação de trânsito, de registro
máforos no Brasil.
nal vermelho: os fotosensores. Daí
de infrações eletrônicas, nem ha-
A Fotosensores® dá apoio à ad-
nasceu a Fotosensores® Tecnologia
via legalidade que conferisse con-
ministração pública na gestão de
Eletrônica Ltda., que foi uma das
sistência à multa eletrônica.
dados e na engenharia de tráfego,
de negócio que fosse como uma
colméia: as coisas tinham que rodar sozinhas. Tendo como meta
este tipo de empresa, sempre
mentalizei uma ideia de negócio
que funcionasse daquela maneira.
meu sócio Julio Boffa, temos parceiros em todo Brasil: alguns para os
quais cedemos a tecnologia, muitos
com os quais operamos conjuntamente e outros que são 100% geridos por nós, sempre com estrutura
várias ideias incubadas no PADE-
De 1994 a 1997, tivemos uma
além de contribuir para a fiscaliza-
TEC, o Parque de Desenvolvimento
série de dificuldades, um grande
ção e monitoramento das vias. Mais
Tecnológico da UFC, tendo à frente
desafio em nível nacional para es-
que oferecer segurança de vida
o professor Dr. Afrânio Craveiro.
tabelecer uma legislação de trân-
para a cidade moderna, contribuí-
36
Foto: arquivo FOTOSENSORES
mos para a formação de cidadãos, estimulando a cons-
Sobre o SIMEC
cientização de motoristas e pedestres. As informações
O SIMEC sempre foi um sindicato muito atuante.
detectadas pelos radares de trânsito são encaminha-
Vejo o SIMEC como um prestador de serviços, um sin-
das aos órgãos públicos responsáveis de cada cidade.
dicato que está sempre agregando e fazendo com que
Temos recebido vários prêmios nacionais no as-
as empresas filiadas cresçam. Tenho visto, nesta ges-
pecto de inovação, porque a Fotosensores® já nas-
tão e em outras anteriores, seus presidentes focados
ceu inovadora pelo convívio com a Universidade e a
no engrandecimento do ser humano e na abertura de
constante parceria com os institutos de pesquisas.
visão, quer seja através de feiras, palestras, eventos
Em 1998, a Fotosensores foi a primeira empresa do
de congraçamento ou capacitação de seus associados.
ramo de monitoramento eletrônico de trânsito com
Responsabilidade Social
certificação ISO 9001, pela BUREAL VERITAS, nas
Trabalhamos vários projetos através da Fundação
áreas de projeto, fabricação, instalação, pós-venda e
Presidente Kennedy, como a recuperação e manu-
operacionalização dos sistemas.
tenção do Teatro João Barreto dos Santos, em Gua-
A nossa empresa vem crescendo anualmente e está
raciaba do Norte. Esta parceria leva cultura à po-
em vários estados e capitais do Brasil. Nossos investi-
pulação local, educação e oportunidade de inclusão
mentos em pesquisa são constantes, e a extensa base
social para a região. A fundação oferece cursos pro-
de dados gerada pelos fotosensores contribui muitas
fissionalizantes, oficinas, palestras e eventos sociais,
informações para a engenharia de trânsito e segu-
que buscam articular a participação de crianças e
rança pública, possibilitando um alto valor agregado
jovens no meio cultural, social e na geração de em-
para nossos contratantes e para a sociedade.
prego e renda. Por nossas ações, recebemos o Selo de
Hoje, temos uma unidade industrial no Ceará e uma
outra em São Paulo, e duas unidades de pesquisas lo-
Responsabilidade Cultural do Estado do Ceará (SECULT) duas vezes, em 2007 e 2010.
calizadas em Fortaleza e no Parque Tecnológico de São
Responsabilidade Ambiental
José dos Campos - SP, além de sempre mantermos par-
Temos como valores a ética, inovação, cidadania,
cerias com universidades e com os grandes centros de
qualidade de vida e a sustentabilidade. O investimen-
pesquisas, adequando as tecnologias às necessidades
to na capacitação humana, com o controle dos riscos
do mercado, com foco no nosso nicho de trabalho, que
à saúde e à segurança dos colaboradores e com a
é a mobilidade urbana e a segurança pública. O grande
gestão e preservação de impactos ambientais fazem
diferencial dos nossos produtos é o software (B.I) aco-
parte da nossa cultura. A Fotosensores® é peça fun-
plado nas máquinas fotosensores, que funciona como
damental no reflorestamento do Urubu Ecoparque,
um birô de informação. Hoje buscamos também nos
onde já plantou e conserva mais de cinco mil árvores
estabelecer no mercado internacional.
nativas da região da Ibiapaba.
37 - simec em revista
HISTORIAS DO SETOR
MECESA
por Francisco de Lima Gurgel
A
em
atividade complementar de gran-
montamos uma fábrica de baldes
1965, pelo meu pai Fernan-
de importância, destacam-se dois
plásticos em Pacatuba porque
do Nogueira Gurgel, inicialmente
programas já implantados: o 5S e
percebemos que estávamos per-
com produção de latas para óleo
o 3R, ambos comprometidos com
dendo um mercado de latas de
comestível porque na época o
a qualidade de vida no trabalho e
margarina para o balde plástico,
Ceará tinha dificuldade de abas-
nas relações cotidianas.
então decidimos recuperar esses
Mecesa
foi
fundada
tecimento. No segundo momento,
Em 2000, começamos a expor-
clientes dentro da nossa cadeia
iniciamos a fabricação de latas de
tar as rolhas metálicas (tampi-
de produção. Aquilo que a Metal
18 litros para querosene por con-
“A Mecesa foi a primeira indústria da
América Latina a produzir rolhas equipadas
com vedação tipo PVC
Free, um produto que
atende às normas e padrões dos países mais
avançados do mundo.”
Gráfica perdia, a Mecesa Embala-
sos processos industriais básicos,
nhas) para globalizar a Mecesa.
atende às normas e padrões dos
bem como uma planta completa
Hoje, vendemos para 25 países
países mais avançados do mundo.
de produção de rolhas metálicas
tanto tampinhas de refrigerante
que se encontra, hoje, entre as
como de cervejas, abastecemos
planos de transferir a Metal
mais modernas do setor, em todo
países como: Estados Unidos, Ca-
Gráfica (fábrica de aço) para
o mundo. Em junho de 1995, nos-
ribe, Chile, Argentina, Uruguai,
o município de Pacatuba, ao
sos processos de produção de ro-
Paraguai, África do Sul, Venezue-
lado da Mecesa Embalagens,
lhas metálicas receberam a Cer-
la e Angola. Após o falecimento
porque a Metal Gráfica está
tificação de Qualidade da Norma
do meu pai em fevereiro de 2001,
entrando em uma nova fase de
Internacional ISO 9002, concedi-
começamos a nova fase da Me-
produtos como latas de sar-
da por ABS Quality Evaluations
cesa; a minha mãe passou a ser
dinha e atum para um grupo
e confirmada por todas as audi-
presidente, e os filhos assumi-
espanhol que está se estabele-
tagens realizadas até hoje. Como
ram a direção. Nesse mesmo ano,
cendo na Taíba.
ta do problema da eletrificação do
Nordeste. O meu pai sempre foi
um visionário, ele decidiu usar o
que tinha de mais moderno no seu
tempo para iniciar a fabricação
de rolhas metálicas, em 1975. No
final da década de oitenta, adquirimos máquinas e equipamentos
que permitiram dinamizar nos-
38
gem ganhava, e o nosso primeiro
cliente nesse segmento foi o grupo M Dias Branco, depois abrimos
mais o leque com as empresas do
sul e empresas de tintas.
A Mecesa foi a primeira indústria da América Latina a produzir
rolhas equipadas com vedação
tipo PVC Free, um produto que
Atualmente,
estamos
com
Foto: arquivo MECESA
Nossa gestão está voltada para a plena satisfação
A Mecesa tem procurado se desenvolver e cres-
de nossos clientes, mediante a melhoria contínua
cer, está vindo a terceira geração de netos, então
de produtos, processos e serviços. O setor admi-
temos que nos preparar para a nossa empresa ser
nistrativo da Mecesa passa, há seis anos, por um
mais competitiva. O Nordeste é a bola da vez porque
processo de profissionalização, hoje nós somos au-
o crescimento está vindo para cá, as empresas es-
ditados, temos reuniões constantes para avaliar a
tão investindo cada vez mais no nosso Estado.
situação, e reposicionar a empresa para aquilo que
Sobre o Simec
for necessário.
Graças a Deus, a gente tem tido sorte e êxito com
A utilização de tecnologias altamente avançadas,
a administração do Simec, nós temos tido grandes
tanto na produção de rolhas metálicas, como em sua
presidentes. O Ricard tem nos apoiado e tem dado
aplicação à garrafa, tornou este dispositivo de lacre
suporte na questão da importação do aço. O Simec
o mais seguro de todos os desenvolvidos até hoje.
está cumprindo seu papel de incentivar, apoiar e
Outro diferencial dos nossos produtos é que, a rolha
dar suporte necessário para as empresas.
metálica tem custo mais baixo e aplicação mais sim-
Meio Ambiente
ples e automatizada que qualquer outro sistema de
Mantemos um programa de controle ambiental
fechamento de garrafas de vidro. Nenhuma outra
com o objetivo de reduzir ao mínimo o impacto de
tampa empregada pelos engarrafadores, no mundo
suas atividades produtivas sobre o meio ambiente.
inteiro, assegura tão bem, como a rolha metálica, a
Como parte desse objetivo, instalamos em nossa fá-
manutenção do sabor e das características naturais
brica, um conjunto de incineradores de gases, pro-
da bebida envasada nem a mesma inviolabilidade
duzido na Alemanha, o que permitiu a redução de
do conteúdo.
até 99,5% dos odores provenientes do forte aqueci-
A conquista do mercado externo é parte de nos-
mento de tintas e vernizes. Por outro lado, muitas
sas principais opções estratégicas. Como resultado,
máquinas foram completamente enclausuradas em
nossos produtos são fornecidos a vários países da
cabinas especialmente projetadas para reduzir ao
América do Sul. Hoje, a Mecesa é a maior fábrica
máximo os ruídos produzidos pelo impacto de pren-
do Nordeste, no segmento de tampinhas metálicas.
sas de moldagem.
39 - simec em revista
Matéria
Foto: MTC_Vídeo
PROMEC: programa de
fortalecimento do setor
eletrometalmecânico
no estado do Ceará
C
iente de que inovar não se resume a criar um para atender às exigências do mercado contemporâneo. “E
produto ou serviço com nova tecnologia, mas neste sentido, a interlocução com o Sebrae contribui para
consiste sim, em mudar processos de produção o provimento de assistência técnica aos pequenos negócios
e práticas de gestão, de modo a obter novos e melhores re- dessas cadeias produtivas”, enfatizou Macêdo.
sultados, com ganhos em competitividade e lucratividade,
Segundo Carlos Alberto, “o desafio dos pequenos negócios
o SIMEC, buscou firmar parceria com o Instituto Euvaldo de entregar produtos e serviços no prazo contratado, com a
Lodi (IEL) e com o SEBRAE, como forma de viabilizar a qualidade garantida a um custo reduzido e com preço compeconcretização do “Programa de Fortalecimento do Setor titivo, é condição sine qua non para que possam permanecer
Eletrometalmecânico no Estado do Ceará - PROMEC”.
como fornecedores de grandes indústrias e até mesmo acessar
O projeto-piloto foi entregue ao diretor-técnico do Se- novos mercados. Para tanto, o primeiro passo é identificar os
brae Nacional, Carlos Alberto dos Santos, no dia 8 de agos- problemas que os pequenos negócios enfrentam como forneto, durante a Feira do Empreendedor 2014. Na ocasião o cedores desse setor para depois firmar uma parceria formal
presidente da FIEC, Roberto Macêdo, defendeu a necessi- com o comprometimento das grandes e pequenas indústrias
dade de retomada do setor, que precisa se capacitar e inovar eletrometalmecânicas. Em seguida, será necessário definir
40 - simec em revista
prioridades e metas de melhoria do de- MEC irá reunir um largo conjunto de a integração entre grandes e pequenas
sempenho das indústrias de pequenos projetos específicos interrelacionados, indústrias. O alinhamento de interesporte desse setor. Reduzir custos, elevar com o propósito de potencializar o al- ses favorecerá o comprometimento
o nível de conformidade aos padrões cance dos resultados para as diferentes e aumento da confiança nas relações
exigidos pelo mercado, racionalizar regiões do estado do Ceará que aco- entre grandes empresas e pequenos
processos e, com isso, aumentar o fatu- lhem indústrias que integram a cadeia negócios, com melhores resultados no
ramento de todas essas cadeias são obje- produtiva dos setores representados médio e longo prazo. As pequenas emtivos viáveis e devem ser alcançados num pelo SIMEC. O PROMEC tem por presas se beneficiarão de aumento de
horizonte não muito distante”, assinalou objetivo desenvolver e implementar competitividade, melhores preços, fleCarlos Alberto.
estratégias consequentes de fortaleci- xibilidade, agilidade, redução de cus-
Para o diretor-técnico do Sebrae no mento do setor eletrometalmecânico tos, produtividade e geração de mais
Ceará, Alci Porto Gurgel, “este é um do estado do Ceará, por meio do mo- empregos, entre outros. As grandes,
projeto inovador, por isso, precisamos delo de Encadeamento Produtivo, de melhores preços, flexibilidade, agilialinhar sua adequação ao Programa modo a gerar uma agenda de propo- dade, redução de custos, aumento do
Nacional de Encadeamento Produtivo sições para capacitação e qualificação potencial de inovação, otimização das
para desenvolvermos um piloto nessa de seus diferentes atores sociais, com relações com fornecedores e visibilidacadeia de valor”.
o propósito de internalizar uma cul- de socioambiental.
Idealizado como um “programa” tura de inovação entre suas empresas
O ciclo do processo seguirá o mode-
por conta da abrangência e diversi- e ampliar a competitividade indivi- lo adotado pelo Sebrae na promoção
dade de sua área de impacto, o PRO- dual e coletiva do setor, promovendo do encadeamento produtivo, partin-
do da definição do modelo de parceria
com as empresas envolvidas, seguindo-se do mapeamento das demandas de
bens e serviços e dos requisitos exigidos
pelas grandes empresas. Logo após, as
pequenas empresas serão diagnosticadas, o gap de competitividade identificado, e recebem um plano de ação com
oportunidades de melhoria dos negó-
“Este é um projeto inovador,
por isso, precisamos
alinhar sua adequação ao
Programa Nacional de
Encadeamento Produtivo
para desenvolvermos um
piloto nessa cadeia de valor.”
cios. Cursos e consultorias serão realizados para que as empresas melhorem as empresas que constituem o Compleo seu desempenho. Ao final, um novo xo Industrial e Portuário do Pecém. “O
diagnóstico será realizado. Caso neces- IEL/CE estará diretamente responsável
sário, novo ciclo de desenvolvimento pelo Eixo Inovação que compreenderá
poderá ser implementado.
o desenvolvimento de projetos estraté-
Segundo Adriana Kellen, Gerente gicos com foco na inovação, unindo a
Executiva de Inovação e Transferência estratégias das empresas a serem benefide Tecnologia do IEL, “com esta ini- ciadas pelo Programa e as suas perspecticiativa o SIMEC estará promovendo vas inovadoras, sejam elas Tecnológicas
o fortalecimento do setor eletrometal- e/ou Não-Tecnológicas – as chamadas
mecânico do estado como um todo, Inovações Organizacionais – a partir
o PROMEC segue os preceitos emanados do Manual de Programas, Projetos
e Atividades desenvolvido pelo Sebrae,
com ênfase para o modelo de Encadeamento Produtivo. “As diretrizes do
Sebrae apontam para o fato de que a
competitividade empresarial não pode
estar reduzida apenas à atuação de cada
empresa individualmente, mas deve
considerar o resultado da eficiência da
cadeia de valor sobre a qual está acentado o segmento eletrometalmecânico.
E isto, numa visão estratégica, exige
uma interação voltada para a melhoria
de toda a cadeia, de modo a beneficiar
todos os segmentos envolvidos no ciclo
produtivo, o que inclui tanto as grandes empresas, quanto as empresas de
pequeno porte. E isto exige que, independentemente do tamanho, todas as
criando condições para que suas em- da Metodologia de Gestão da Inovação empresas que integram a cadeia de vapresas possam acessar novos mercados a desenvolvida pelo IEL, no âmbito Nú- lor sejam produtivas, reduzindo assim o
partir do desenvolvimento tecnológico cleo Empresarial de Inovação do Ceará hiato entre pequenas e grandes. Afinal,
será a produtividade média que irá defie da inovação, proporcionando ganhos (NEI CEARÁ)”, conclui Kellen.
As ações do Eixo Inovação aconte- nir a competitividade da cadeia de valor
tribuindo para a geração de produtos cerão em um horizonte de dois anos, a frente à concorrência.”
Com o PROMEC o SIMEC ase serviços com maior valor agregado.” partir de 2015, e contarão com a imporEssa ação envolverá simultaneamente tante parceria do Sebrae Nacional e do sume o desafio maior de equilibrar a
de qualidade e produtividade, e con-
produtividade das pequenas e grandes
três eixos: Tecnologia, Associativismo e Sebrae Ceará.
Inovação. Paralelamente consolidará os
De acordo com o consultor de empre- empresas do setor eletrometalmecâni-
entendimentos ora desenvolvidos com sas Francílio Dourado, responsável pela co cearense.
O mercado necessita
de atendimento diferenciado,
prazos e metas cumpridos
e impressos de qualidade.
Mas o que credencia uma
gráfica estar em outro
patamar é o tempo de
mercado.
A TIPROGRESSO tem
88 anos de existência e
isso faz a diferença.
42 - simec em revista
composição do escopo do As As ações
do Eixo Inovação acontecerão em um
horizonte de dois anos, a partir de 2015,
e contarão com a importante parceria do
Sebrae Nacional e do Sebrae Ceará.
De acordo com o consultor de em(85)
presas Francílio Dourado, responsável
3464.2727
pela composição do escopo do projeto,
gráfica e editora
TIPROGRESSO
www.tiprogresso.com.br
[email protected]
Regional Cariri
Fiec inaugura Casa da
Indústria e Instala polo de
Inovação no Cariri
Foto:J. Sobrinho
Fonte: http://www.fiec.org.br/portalv2/sites/fiec-onlinev2/home.php?st=exibeConteudo&conteudo_id=77554
O
presidente da Federação resultados da publicação do Projeto
dos segmentos envolvidos. Soma-se
das Indústrias do Estado Setores Portadores de Futuro.
aos esforços do Sistema FIEC no Ca-
do Ceará (FIEC), Roberto
A Casa da Indústria vai atuar como
riri, mediante o trabalho das institui-
Macêdo, inaugurou a Casa da Indús- grande catalisadora, por meio do
ções integrantes: SENAI/CE, SESI/
tria do Cariri e instalou o Polo Regio- polo, das ações que possam trabalhar
CE, IEL/CE e Fireso.
nal de Inovação Industrial em Juazei- em prol do desenvolvimento econô-
No Cariri, a iniciativa abrange os
ro do Norte. A solenidade aconteceu mico da região Sul do estado. Por
municípios de Aurora, Barbalha, Ca-
no dia 5 de agosto, no Centro de meio do Instituto de Desenvolvimen-
ririaçu, Crato, Farias Brito, Granjei-
Formação Profissional Wanderillo de to Industrial do Ceará (INDI), o polo
ro, Jardim, Juazeiro do Norte, Mis-
Castro Câmara, unidade do Serviço chega para desenvolver a indústria
são Velha, Nova Olinda e Santana
Nacional de Aprendizagem Indus- caririense, contribuindo para uma
do Cariri. O polo faz parte das ações
trial (SENAI/CE). Na ocasião, foi maior integração das cadeias produti-
do Programa de Cooperação Uni-
assinado o Pacto pela Inovação e De- vas e possibilitando o estímulo à ino-
versidade e Empresa para a Inovação
senvolvimento Econômico da Região vação, aumento da competitividade
– UNIEMPRE, englobado pelo Pro-
do Cariri e apresentados os dados e e participação em editais de interesse
grama INDÚSTRIA VIVA, um con-
44 - simec em revista
Foto: J. Sobrinho
junto de projetos integrados que en- local deve estar presente à Casa e As empresas que fazem jóias semiprevolvem ações incisivas de promoção frequenta-la para que suas deman- ciosas, que têm crescido bem, com
da competitividade. Este é o segundo das sejam conhecidas e, assim, nesta mais de cem funcionários e formados sete polos previstos para instala- parceria, as soluções e ações da FIEC
ção no interior cearense. O primeiro possam acontecer na Região”.
foi implantado em outubro de 2013,
Para o diretor corporativo do
na Região do Jaguaribe, por meio da INDI, Carlos Matos, o polo é uma
Casa da Indústria, localizada em Li- integração da Casa da Indústria com
lizadas. Não podemos esquecer que
o Cariri é segundo polo turístico do
estado. Recebe quase dois milhões de
pessoas por ano. É um potencial que
toda a estrutura do Sistema FIEC, re- pode ser transformado em riqueza
O presidente do SIMEC, Ricard presentando esforço para o desenvol- para região”.
moeiro do Norte.
Pereira, destacou a importância tanto vimento do Cariri. “Vamos também
O Polo de Inovação do Cariri é
da Casa da Indústria como do Polo catalisar os esforços das prefeituras, concebido para desenvolver a indúsde Inovação. “Ambos representam das ações do governo do estado junto tria local, contribuindo para uma
uma presença mais próxima da Fede- com o governo federal, interagindo
maior integração dos setores proração das Indústrias do Ceará aos seus com a iniciativa privada, visando à
dutivos da indústria, possibilitando
associados e às indústrias daquela re- geração de trabalho e emprego”, viso estímulo à inovação por meio de
gião como um todo, onde facilitará lumbra. Ele explica que já é possível
atividades tais como participação em
e agilizará, com certeza, as ações de verificar quais os setores emergentes
apoio como cursos, formações profis- que precisam de apoio para crescer na editais de inovação em projetos de
sionais, pesquisas etc.. Mas devemos região: “O setor metalmecânico cres- investimento de interesse desses segentender também que o empresário ce bem lá. Se apoiado, crescerá mais. mentos envolvidos.
simec em revista - 45
Matéria
Boas Práticas Intersindicais
N
o dia 28 de julho, um grupo de empresários
visitou a Eficaz Engenharia, uma empresa integrante do Sindicato das Indústrias de Ener-
gia e de Serviços do Setor Elétrico do Ceará (SINDIE- Refinação de Petróleo do Estado do Ceará (SINDQUÍNERGIA). A visita contou com a participação de alguns MICA) e Sindicato das Indústrias da Alimentação e Radiretores de Sindicatos que compõem a Federação das ções Balanceadas no Estado do Ceará (SINDIALIMENIndústrias do Estado do Ceará (FIEC), e teve como ob- TOS).
jetivo conhecer in loco os projetos e cases de sucesso da Estes sindicatos participaram de várias discussões a
Eficaz na área de saúde, segurança do trabalho e am- respeito de como as empresas poderiam melhorar seus
biente laboral, principalmente as ações que envolvem os processos, então chegaram a uma conclusão: gerar uma
colaboradores, familiares e parceiros. Durante o encon- situação para visitar as empresas e, a partir daí, conhecer
tro foi realizado uma apresentação pela gerente do RH as melhores práticas, seja no RH, seja na produção, em
Ceará, Lucileide Ciebra, das boas práticas da empresa. qualquer setor. Iniciaram, então, com a visita à Eficaz
Esse foi o primeiro encontro do Programa Boas Práti- Engenharia, a segunda empresa visitada foi a Alpha Mecas Intersindicais, um projeto que surgiu naturalmente, talúrgica, dirigida pelo empresário Sampaio Filho, emformado por um grupo de amigos, companheiros de via- presa filiada ao SIMEC. A próxima empresa a ser visitagens em missões de negócios, na FIEC.
da é a Ceneged, filiada ao SINDENERGIA. O objetivo
Os sindicatos participantes do projeto são: Sindicato das do projeto é gerar informação entre as pessoas através da
Indústrias de Energia e de Serviços do Setor Elétrico do troca de boas práticas entre as empresas.
Ceará (SINDIENERGIA), Sindicato das Empresas de O presidente do SIMEC, Ricard Pereira, disse que o
Reciclagem de Resíduos Sólidos Domésticos e Indus- projeto é importante por dois motivos: primeiro porque
triais no Estado do Ceará (SINDIVERDE), Sindicato é um aprendizado de pessoas com visões divergentes,
das Indústrias Metalúrgicas Mecânicas e de Material sem custo; segundo porque integra pessoas de sindicatos
Elétrico no Estado do Ceará (SIMEC), Sindicato das diferentes e, ao mesmo tempo, gera amizades, negócios,
Indústrias Químicas, Farmacêuticas e da Destilação e ambiente favorável para qualquer tipo de relação comer-
cial ou mesmo institucional de apoio intersindical. “É
um programa que vem bem de encontro com o que a
“O programa já está oficializado
FIEC vem pregando que é a integração. E já está ren-
como Programa Boas Práticas
dendo bons frutos. Foi realizado um ride com os participantes do grupo, no dia 13 de setembro, na praia de
Intersindicais, e a meta é fortalecer
Flecheiras, e esse foi mais um momento de convivência.
cada vez mais o relacionamento
É uma ação que vai perdurar pela amizade e pelo com-
entre os sindicatos.”
panheirismo profissional”, destacou Ricard.
O programa já está oficializado como Programa Boas
Práticas Intersindicais, e a meta é fortalecer cada vez porte que, tenha uma determinada ação, que repercute
mais o relacionamento entre os sindicatos. O diretor de na sociedade e na própria empresa, possa ser visitada
Inovação e Sustentabilidade do SIMEC, Sampaio Filho, por empresários de outros setores, isso é muito imporpor exemplo, participou da primeira visita à Eficaz En- tante e não tem preço, porque é uma convivência que
genharia e já tem material para ser implantado na Alpha poucos tem a oportunidade de viver se não for dentro
Metalúrgica, da mesma forma, tem pessoas que foram da Federação, se não estiver inserido no associativismo
até a Alpha para aproveitar o que pode ser implantado sindical”, ressaltou Sampaio.
nas suas empresas. De acordo com Sampaio, essa siner- A cada visita é definida uma nova data para a próxigia que foi criada dentro do Programa terá resultados ma empresa que receberá o grupo. O Projeto não tem
imensuráveis porque é uma ação expontânea. “Vamos regras, nada impede que outros sindicatos possam ser
criar oportunidade para que uma empresa de grande inseridos nessa ação.
RH
Simec e o aprimoramento
de Recursos Humanos
por Sebastião Gomes de Medeiros Neto
Administrador, Advogado e Assessor Institucional do SIMEC
M
ensalmente o SIMEC SIMEC, à tarde, e neles são abordados assuntos que envolvem o desenvolvirealiza uma reunião te- os mais variados temas que objetivam mento do RH.
mática voltada para o proporcionar aos envolvidos com as
A troca de experiências entre os
aprimoramento dos Recursos Huma- áreas de recursos humanos e do setor profissionais tem sido amplamente innos das empresas associadas.
de pessoal das empresas associadas um centivada nas reuniões, pois durante
Os encontros são realizados nos melhor suporte na atualização sobre a exposição dos assuntos, os gestores
mesmos dias das reuniões regulares do a legislação trabalhista e nos diversos comentam como enfrentam no dia a
48 - simec em revista
dia os problemas comuns, como por exemplo as dificulda- da fiscalização do trabalho, uso de ferramentas motivaciodes de mão de obra, a aplicação correta dos instrumentos nais como coaching, dentre outros, são expostos e discucoletivos, a redução do absenteísmo, transformando a re- tidos com o grupo.
união em momento impar na busca de soluções para estes
e outros problemas.
Um dos resultados mais significativos demandados
pelo grupo e trabalhado durante os encontros, foi a
Nos períodos que antecedem e durante a data-base da pesquisa salarial do setor metalmecânico realizada no
categoria, as reuniões de RH transformam-se no fórum ano passado pelo IEL e que resultou no mapeamento
adequado para discussão da minuta que é apresentada pe- da política salarial e de benefícios praticados pelas emlas representações laborais, e os resultados servem de sub- presas.
sídios para as assembleias gerais da categoria econômica
definir os seus limites negociais.
Desses encontros também participam profissionais
de empresas associadas ao SINDQUÍMICA, como for-
Temas como assédio moral, normas regulamentadoras, ma de interação com outro setor industrial, ampliando
e-social, como evitar problemas trabalhistas, atendimento e enriquecendo a partilha de experiências.
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simec em revista - 51
Mundo
Cientistas apresentam a IXS Enterprise
Após quatro anos de muito trabalho, o pesquisador da Nasa, Harold White, desenvolveu um protótipo chamado IXS
Enterprise, uma nave capaz de viajar a uma velocidade maior que a da luz, cuja forma e ideia lembram muito as da
nave Enterprise, de Star Trek. O projeto foi batizado de IXS Enterprise, em homenagem à saga de ficção científica
espacial, e destaca-se por sua estética. O funcionamento da IXS se baseia na propulsão por curvatura (também conhecida como warp drive ou impulso de distorção), uma tecnologia teórica que, de acordo com o cientista, permitiria
distorcer o espaço-tempo ao da nave, permitindo que ela se desloque a uma velocidade maior que a da luz. Por essa
propulsão, a nave poderia, por exemplo, chegar até a estrela Próxima Centauri, localizada a 4,3 anos-luz da Terra, em
apenas duas semanas.
Fonte: http://revistagalileu.globo.com/
T-Burst, a nova ferramenta de torneamento
A empresa TaeguTec lançou uma nova ferramenta de torneamento com sistema
de refrigeração de alta pressão que refrigera o suficiente durante o processo de
corte em altas velocidades de materiais de difícil usinagem. A nova ferramenta
age diretamente na aresta de corte através de dois furos e de um bico ajustável,
possibilitando que a alta pressão de refrigeração seja direcionada exatamente na
zona de corte entre o cavaco e face de saída de cavaco da pastilha. O exclusivo
sistema de alta pressão foi desenhado com um alojamento estático e bico que
possibilita ajuste giratório em ambas as direções conforme a necessidade. O
T-Burst TaeguTec tem capacidade para pressão de refrigeração de até 300 bar.
Fotos: Divulgação
Fonte: www.cimm.com.br
52 - simec em revista
Peças de carro feitas com fibra de tomate
A montadora Ford e a H.J. Heinz anunciaram uma parceria para
explorar o uso de materiais sustentáveis em peças automotivas, e isso
inclui produtos feitos a partir de fibra de tomate. De acordo com a
Ford, pele de tomate desidratada poderia ser usada em alguns suportes e elementos do painel do carro, por exemplo. “Nosso objetivo é
desenvolver um material resistente e leve que supra as necessidades
dos nossos veículos e ao mesmo tempo reduza nosso impacto ambiental”, disse Ellen Lee, especialista técnica em pesquisa plástica da Ford. A casca do tomate não é o único subproduto do ketchup que pode ser usado pra fazer bioplástico. A Heinz também está tentando descobrir uma maneira
de transformar ramos e sementes em produtos úteis, afinal, a empresa usa mais de 2 milhões de tomates por ano.
Fonte: www.cimm.com.br//
Google vai construir carro sem Direção
A empresa Google investirá em novo modelo de carro que será capaz de andar sozinho,
guiado, apenas, pelos mapas digitais e seguindo comandos eletrônicos com o auxílio de
sensores. O automóvel não tem freio e nem pedais, mas botões de andar e parar. Ele
pode receber um comando de emergência que elimina o piloto automático e permite ao
passageiro assumir a direção. “É como pegar um teleférico, em um passeio meio solitário mas muito agradável”, comparou o co-fundador do Google, Sergey Brin, em uma
conferência de tecnologia na Califórnia. O carro tem motor elétrico e design em forma
de bolha, e deve ser usado em espaços corporativos, podendo se tornar especialmente
atrativo para deslocamentos em centros urbanos congestionados. A empresa informou
que deverá circular em 2015, 100 protótipos da nova invenção.
Fonte: economia.estadao.com.br
simec em revista - 53
Eventos
SIMEC em
Revista deixa você
por dentro dos
principais eventos
relacionados ao setor
metalmecânico
no Brasil.
24-27
?
Você
Sabia
Fotos: Divulgação
NOVA YORK – Em 27 de agosto de 1664, um esquadrão naval
inglês, obrigou os Holandeses cederem a área da NOVA HOLANDA,
controlada pelos Holandeses a mais de meio século. A partir daí
a Nova Holanda tornou-se então, a província de NOVA YORK, e
NOVA AMSTERDAM tornou-se a cidade de NOVA YORK. “A data
do benefício é a véspera da ingratidão.” (João de Deus Girão –
EXPOMAC - Feira da
Indústria Metal Mecânica
Pecuarista 1908 – 2004)
Local: Expotrade Curitiba |
Setembro Pinhais-Paraná
http://www.expomac.com.br/
29-02
setembro/
outubro
EXPOMAN E
EXPOMASE 2014
QUARTA MARAVILHA DO MUNDO ANTIGO –
Local: Mendes Convention
Center | Santos-SP
http://www.abraman.org.br/
O TEMPLO DE ÁRTEMIS EM ÉFESO
Santuário dedicado a Ártemis DEUSA DA FERTILIDADE. Foi
construído na atual região da Turquia no ano de 550 a.C.
30-03
setembro/
outubro
pelo então rei CRESO. O templo era sustentado por incríveis
MERCOPAR
Feira de Subcontratação e
Inovação Industrial
Local: Centro de Feiras e Eventos
| Caxias do Sul-RS
http://www.mercopar.com.br/
colunas de mármore e o grande destaque do templo era
a estátua da DEUSA ÁRTEMIS feita em ouro e prata. Na
imagem de culto viam-se os muitos seios da DEUSA DA FERTILIDADE. O TEMPLO foi
destruído por um incêndio no ano de 358 a.C. Logo foi reconstruído e restaurado, e, no
ano de 401 d.C. foi destruído pelo Patriarca de Constantinopla JOÃO CRISÓSTOMO I
30-03
USINAGEM Feira e Congresso
(391 – 404 d.C )
Local: Expo Center Norte |
setembro/ Pavilhão Branco | São Paulo-SP
outubro http://www.abeq.org.br
SENAFOR
08-11
Outubro
11º Encontro de Metalurgia
do Pó - 4º RenoMat
Local: Centro de Eventos Plaza
São Rafael Porto Alegre - RS
http://www.senafor.com/
ALQUIMIA MEDIEVAL – Em 1597, um alquimista alemão, ANDREAS LIBAU (LIBARIUS),
escreveu um livro intitulado ALQUIMIA, no qual apresentava um sumário das descobertas
medievais da alquimia. Foi o primeiro livro de alquimia que se tem noticia. LIBARIUS preferiu
escrever com bastante clareza, sem misticismos. Foi o primeiro a descrever a preparação de
outros ácidos fortes como o ácido sulfúrico e a água régia “ água real ”, uma mistura dos
FIMMEPE
21-24
Outubro
Mecânica Nordeste - Feira da
Indústria Mecânica, Metalúrgica e de
Material Elétrico de Pernambuco
Local: Centro de Convenções
de Recife
www.mecanicanordeste.org.br
54 - simec em revista
ácidos sulfúrico e nítrico que era tão poderosa que podia destruir o metal nobre, o ouro. Daí,
o nascimento da Química.
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S O L U Ç Ã O
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O SENAI oferece soluções em Desenvolvimento Integrado de
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