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PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICÍPIO DE IBIRUBÁ – RIO GRANDE DO SUL Ibirubá/RS, maio de 2014. SUMÁRIO 1 2 Apresentação ................................................................................................... 20 1.1 Equipe técnica municipal ......................................................................... 21 1.2 Equipe Técnica Consultoria ..................................................................... 22 Introdução ........................................................................................................ 25 2.1 Metodologia utilizada na elaboração do PMSB....................................... 26 2.1.1 FASE I - Planejamento do Processo ....................................................... 27 2.1.2 FASE II - Elaboração do PMSB ............................................................... 28 2.1.3 FASE III - Aprovação do PMSB ............................................................... 29 2.2 Objetivos e Metas...................................................................................... 30 2.3 Produtos esperados ................................................................................. 33 3 Legislação sobre saneamento básico, saúde e meio ambiente ................... 33 4 SANEAMENTO BÁSICO ................................................................................... 41 4.1 Saneamento Básico .................................................................................. 41 4.1.1 Plano Municipal de Saneamento Básico.................................................. 45 4.1.1.1 Sistema de abastecimento de água................................................... 46 4.1.1.2 Sistema de esgotamento sanitário..................................................... 53 4.1.1.3 Drenagem urbana e águas pluviais ................................................... 61 4.1.1.4 Resíduos sólidos e limpeza urbana ................................................... 64 4.1.1.5 Atuações do Saneamento no âmbito municipal ................................. 70 4.1.1.6 Abrangências do plano municipal de saneamento ............................. 75 5 6 Metodologias utilizadas na realização do diagnóstico .................................. 78 5.1 Participação Social ................................................................................... 78 5.2 MobilizaçÕes sociais ................................................................................ 79 5.3 Audiência pública e conferência pública ................................................ 81 Caracterização do município........................................................................... 82 6.1 Histórico do município ............................................................................. 82 6.2 Localização e caracterização geral do município ................................... 84 6.2.1 Limites Territoriais ................................................................................... 84 6.2.2 Acessos................................................................................................... 85 Página 2 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. 6.3 Aspectos Físicos....................................................................................... 86 6.3.1 Clima ....................................................................................................... 86 6.3.1.1 Índices pluviométricos ....................................................................... 88 6.3.2 Hidrografia............................................................................................... 88 6.3.3 Hidrogeologia .......................................................................................... 93 6.3.4 Solos ....................................................................................................... 93 6.3.5 Geomorfologia ......................................................................................... 95 6.3.6 Geologia .................................................................................................. 98 6.4 Características Biológicas ....................................................................... 99 6.4.1 Fauna ...................................................................................................... 99 6.4.2 Flora ...................................................................................................... 100 6.4.3 Unidades de Conservação ou Interesse Especial.................................. 101 6.5 Legislação municipal .............................................................................. 102 6.6 Estrutura administrativa e gestão municipal ........................................ 104 6.6.1 Estrutura administrativa do município .................................................... 104 6.6.2 Educação .............................................................................................. 106 6.6.2.1 Indicadores de atendimento educacional e nível educacional da criança e da população adulta ................................................................................. 106 6.6.2.2 Índice da Educação Básica – IDEB ................................................. 108 6.6.3 Saúde .................................................................................................... 108 6.6.3.1 Taxa de natalidade .......................................................................... 109 6.6.3.2 Taxa de mortalidade infantil............................................................. 110 6.6.3.3 Esperança de vida ao nascer .......................................................... 111 6.6.3.4 Longevidade, mortalidade e fecundidade ........................................ 112 6.6.3.5 Estrutura da saúde no município ..................................................... 113 6.6.3.6 Condições sanitárias ....................................................................... 115 6.6.3.7 Indicadores epidemiológicos ........................................................... 117 6.6.4 Meio ambiente ....................................................................................... 119 6.6.4.1 Projetos ambientais em andamento ................................................ 120 6.6.5 Habitação .............................................................................................. 121 6.7 Infraestrutura e serviços urbanos.......................................................... 121 6.7.1 Energia Elétrica ..................................................................................... 121 6.7.2 Transportes ........................................................................................... 122 6.8 Caracterização do território municipal e tendências de crescimento . 123 Página 3 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. 6.8.1 Organização administrativa do território municipal ................................ 123 .................................................................................................................... 124 6.8.2 Caracterização das zonas urbana e rural .............................................. 125 6.8.2.1 Zona Urbana ................................................................................... 125 6.8.2.2 Rural ............................................................................................... 125 6.8.3 Tendências de crescimento populacional e desenvolvimento urbano.... 126 6.8.3.1 Densidade demográfica................................................................... 128 6.8.3.2 Projeções do crescimento populacional........................................... 129 6.9 Perfil socioeconômico ............................................................................ 133 6.9.1 Produto Interno Bruto – PIB................................................................... 134 7 6.10 Aspectos Culturais .............................................................................. 135 6.11 Lista de indicadores do município ..................................................... 136 Diagnóstico dos sistemas de saneamento................................................... 137 7.1 Diagnóstico dos serviços de abastecimento de água .......................... 137 7.1.1 Situações do Abastecimento de Água do Município .............................. 137 7.1.2 Aspectos operacionais e administrativos ............................................... 177 7.1.3 Regulamentação e fiscalização ............................................................. 182 7.1.4 Avaliação e identificação dos problemas encontrados........................... 183 7.1.5 Identificação dos pontos forte e fracos relacionados a Sistema de Abastecimento de Água .............................................................................................. 184 7.1.6 Projetos Existentes no município em andamento sobre o sistema de abastecimento de água no município. ......................................................................... 185 7.2 Diagnóstico dos serviços de esgotamento sanitário ........................... 186 7.2.1 Esgotamento Sanitário .......................................................................... 186 7.2.2 Diagnóstico dos serviços de esgotamento sanitário .............................. 186 7.2.3 Situações atuais dos serviços de esgotamento sanitário ....................... 187 7.2.4 Aspectos operacionais e administrativos ............................................... 195 7.2.5 Regulação e fiscalização ....................................................................... 195 7.2.6 Avaliação e identificação de problemas ................................................. 196 7.2.7 Projetos em andamento ........................................................................ 198 7.3 Diagnóstico dos sistemas de drenagem pluvial ................................... 201 7.3.1 Diagnóstico dos Sistemas de Drenagem Pluvial .................................... 201 7.3.2 Características Importantes das Microbacias Hidrográficas .................. 201 7.3.3 Aspectos operacionais e administrativos ............................................... 214 Página 4 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. 7.3.4 Regulação e fiscalização ....................................................................... 214 7.3.5 Problemas identificados pela fiscalização.............................................. 214 7.3.6 Avaliação e identificação de problemas ................................................. 215 7.4 Diagnóstico dos siStemaS de resíduos sólidos e de limpeza pública 217 7.4.1 Resíduos domiciliares ........................................................................... 218 7.4.1.1 Quantidades .................................................................................... 218 7.4.1.2 Tipos, origem e caracterização dos resíduos .................................. 218 7.4.1.3 Responsabilidades e gerenciamento ............................................... 219 7.4.1.4 Coleta domiciliar seletiva ................................................................. 219 7.4.1.5 Setores, cobertura e frequência da coleta ....................................... 219 7.4.1.6 Coletores ......................................................................................... 222 7.4.1.7 Veículos, equipamentos e quadro de pessoal ................................. 223 7.4.1.8 Campanhas de coleta seletiva ......................................................... 224 7.4.1.9 Custos e taxas................................................................................. 225 7.4.1.10 Destinação e disposição final......................................................... 225 7.4.1.11 Áreas de transbordo ...................................................................... 227 7.4.1.12 Triagem dos resíduos .................................................................... 227 7.4.1.13 Destino do material orgânico: compostagem ................................. 227 7.4.1.14 Destino do material reciclável: comercialização ............................. 228 7.4.1.15 Destino do rejeito: aterro sanitário ................................................. 228 7.4.1.16 Óleo de cozinha ............................................................................. 228 7.4.1.17 Catadores ...................................................................................... 229 7.4.2 Resíduos de Limpeza Urbana e Poda de Vegetação ............................ 230 7.4.2.1 Quantidades .................................................................................... 230 7.4.2.2 Tipos e caracterização dos resíduos ............................................... 231 7.4.2.3 Responsabilidades .......................................................................... 231 7.4.2.4 Serviços executados pela prefeitura ................................................ 231 7.4.2.5 Setores, cobertura e frequência ...................................................... 231 7.4.2.6 Veículos, equipamentos e quadro de pessoal ................................. 232 7.4.2.7 Disposição final ............................................................................... 232 7.4.2.8 Locais críticos relacionados à limpeza urbana................................. 233 7.4.3 Resíduos de Construção Civil ............................................................... 235 7.4.3.1 Quantidades .................................................................................... 235 7.4.3.2 Tipos e caracterização dos resíduos ............................................... 235 7.4.3.3 Responsabilidades e gerenciamento ............................................... 236 7.4.3.4 Geradores do RCC .......................................................................... 236 Página 5 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. 7.4.3.5 Coleta e acondicionamento dos RCC do município ......................... 236 7.4.3.6 Empresas de coleta ......................................................................... 237 7.4.3.7 Destino e áreas de bota-fora ........................................................... 237 7.4.3.8 Custos e taxas................................................................................. 238 7.4.4 Resíduos de Serviços de Saúde ........................................................... 238 7.4.4.1 Quantidades .................................................................................... 238 7.4.4.2 Tipos, origem e caracterização dos resíduos .................................. 239 7.4.4.3 Responsabilidades e gerenciamento ............................................... 239 7.4.4.4 Geradores do RSS .......................................................................... 240 7.4.4.5 Coleta e acondicionamento dos RSS do município ......................... 240 7.4.4.6 Custos e taxas................................................................................. 241 7.4.5 Resíduos Especiais (Eletrônicos, Pilhas, Baterias e Lâmpadas Fluorescentes) ............................................................................................................ 242 7.4.5.1 Quantidades .................................................................................... 242 7.4.5.2 Tipos e caracterização dos resíduos ............................................... 242 7.4.5.3 Responsabilidades .......................................................................... 242 7.4.5.4 Geradores do RE ............................................................................ 242 7.4.5.5 Coleta e acondicionamento dos RE do município ............................ 242 7.4.5.6 Destino final: devolução à fornecedores .......................................... 242 7.4.5.7 Custos e taxas................................................................................. 243 7.4.6 Resíduos Agrícolas e de Agrotóxicos (Embalagens) ............................. 243 7.4.6.1 Quantidades .................................................................................... 243 7.4.6.2 Tipos e caracterização dos resíduos ............................................... 243 7.4.6.3 Responsabilidades .......................................................................... 243 7.4.6.4 Geradores do RA ............................................................................ 244 7.4.6.5 Local de coleta e acondicionamento................................................ 244 7.4.6.6 Destino final de embalagens: devolução à fornecedores ................. 244 7.4.6.7 Custos e taxas................................................................................. 244 7.4.7 Resíduos Industriais .............................................................................. 245 7.4.7.1 Tipos de indústrias e principais caracterizações dos resíduos ......... 245 7.4.7.2 Responsabilidades .......................................................................... 245 7.4.7.3 Local de coleta e acondicionamento................................................ 245 7.4.7.4 Destino final .................................................................................... 245 7.4.8 Resíduos Classe I Provenientes de Cemitério e Animais Mortos .......... 245 7.4.8.1 Quantidades .................................................................................... 245 7.4.8.2 Tipos e caracterização dos resíduos ............................................... 246 Página 6 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. 7.4.8.3 Responsabilidades .......................................................................... 246 7.4.8.4 Geradores dos Resíduos Classe I ................................................... 247 7.4.8.5 Local de coleta e acondicionamento................................................ 249 7.4.8.6 Destino final .................................................................................... 250 7.4.8.7 Custos e taxas................................................................................. 250 7.4.9 Pneus .................................................................................................... 250 7.4.9.1 Quantidades .................................................................................... 250 7.4.9.2 Responsabilidades e gerenciamento dos pneus e de terceiros/fornecedores............................................................................................. 250 7.4.9.3 Geradores ....................................................................................... 251 7.4.9.4 Local de coleta, acondicionamento e armazenamento .................... 251 7.4.9.5 Destino final: devolução a fornecedores .......................................... 251 7.4.9.6 Custos e taxas................................................................................. 251 7.4.10 Gerenciamento E Sustentabilidade do Sistema Atual .......................... 252 8 Prognóstico, prospectiva e planejamento estratégico dos sistemas de saneamento ...................................................................................................................... 256 8.1 Análise SWOT ......................................................................................... 256 8.2 Cenários, objetivos e metas ................................................................... 259 8.3 Projeção de demandas e prospectivas técnicas unificadas ................ 273 8.3.1 Água...................................................................................................... 273 8.3.1.1 Análise das alternativas de gestão e prestação de serviços ............ 273 8.3.1.2 Projeção da demanda anual de água para toda a área de planejamento ao longo dos 20 anos ........................................................................ 277 8.3.1.3 Descrição dos principais mananciais (superficiais e/ou subterrâneos) passíveis de utilização para o abastecimento de água na área de planejamento .... 279 8.3.1.4 Definição das alternativas de manancial para atender a área de planejamento, justificando a escolha com base na vazão outorgável e na qualidade da água 281 8.3.1.5 Definição de alternativas técnicas de engenharia para atendimento da demanda calculada............... .................................................................................. 282 8.3.1.6 Cálculo da viabilidade econômica dos cenários atuais e dos técnicos propostos 288 8.3.2 Drenagem ............................................................................................. 292 8.3.2.1 Criação do Setor de Drenagem Urbana........................................... 292 Página 7 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. 8.3.2.2 Atualização Constante do Cadastro Técnico do Sistema de Drenagem 292 8.3.2.3 Realização de Manutenção Preventiva e Corretiva ......................... 293 8.3.2.4 Implantação de Mecanismos e Procedimentos para Regulação e Fiscalização 294 8.3.2.5 Implantação de Medidas Técnicas .................................................. 300 8.3.2.6 Implementação da Cobrança pelos Serviços de Drenagem Pluvial . 304 8.3.3 Esgotamento Sanitário .......................................................................... 309 8.3.3.1 Análise das alternativas de gestão e prestação de serviços. ........... 309 8.3.3.2 Previsão de estimativas de carga e concentração de DBO e coliformes fecais (termotolerantes) ao longo dos anos, decorrentes dos esgotos sanitários gerados, segundo as alternativas (a) sem tratamento e (b) com tratamento dos esgotos (assumir eficiências típicas de remoção)........................ ........................... 313 8.3.3.3 Definição de alternativas técnicas de engenharia para atendimento da demanda calculada............... .................................................................................. 319 8.3.3.4 Cálculo da viabilidade econômica.................................................... 329 8.3.4 Resíduos Sólidos .................................................................................. 334 8.3.4.1 Planilha com estimativas anuais dos volumes de produção de resíduos sólidos classificados em (1) total, (2) reciclado, (3) compostado e (4) aterrado ....... 334 8.3.4.2 Metodologia para o cálculo dos custos da prestação dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos, bem como a forma de cobrança desses serviços ....................................................................................... 338 8.3.4.3 Regras para o transporte e outras etapas do gerenciamento de resíduos sólidos de que trata o art. 20 da Lei 12.305/2010, e demais disposições pertinentes da legislação federal e estadual propondo a definição das responsabilidades quanto à sua implantação e operacionalização .......................... 341 8.3.4.4 Critérios para pontos de apoio ao sistema de limpeza nos diversos setores da área de planejamento (apoio à guarnição, centros de coleta voluntária, mensagens educativas para a área de planejamento em geral e para a população específica)............. .................................................................................................. 344 8.3.4.5 Descrição das formas e dos limites da participação do poder público local na coleta seletiva e na logística reversa, respeitado o disposto no art. 33 da Lei 12.305/2010, e de outras ações relativas à responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos ............................................................................................... 345 Página 8 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. 8.3.4.6 Critérios de escolha da área para localização do bota-fora dos resíduos inertes gerados (excedente de terra dos serviços de terraplenagem, entulhos, etc.) 347 8.3.4.7 Identificação de áreas favoráveis para disposição final ambientalmente adequada de rejeitos, identificando as áreas com risco de poluição e/ou contaminação, observado o Plano Diretor de que trata o § 1º do art. 182 da Constituição Federal e o zoneamento ambiental, se houver ................................... 348 8.3.4.8 Procedimentos operacionais e especificações mínimas a serem adotados nos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos, incluída a disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos .......................... 349 8.3.4.9 Cálculo da viabilidade econômica do cenário atual, bem como dos demais cenários propostos...................................................................................... 349 8.4 Programas, projetos e ações ................................................................. 353 8.5 Plano de Execução ................................................................................. 368 8.6 Indicadores de Desempenho do Plano Municipal de Saneamento Básico 394 8.6.1 Indicadores Municipais .......................................................................... 395 8.6.2 Indicadores do SINIS – SINISA ............................................................. 435 8.6.3 Indicadores de desenvolvimento do Milênio no Rio Grande do Sul (ODMs).......... ............................................................................................................. 436 8.6.4 Indicadores da Concessionária CORSAN e AGERGS .......................... 443 8.7 Projeções para situação de emergências e contingências .................. 447 8.7.1 Ajuste das Operações de Emergência .................................................. 451 8.7.2 Treinamento .......................................................................................... 451 8.7.3 Atribuição de responsabilidades ............................................................ 451 8.7.4 Administração e logística ....................................................................... 451 8.7.4.1 Prevenção: Análise preliminar do risco ............................................ 452 8.7.4.2 Preparação da comunidade............................................................. 454 8.7.4.3 Resposta aos desastres .................................................................. 454 8.7.4.4 Reconstrução da situação ideal ....................................................... 456 9 Atividades pós-elaboração do PMSB ........................................................... 477 9.1 Aprovação do PMSB ............................................................................... 477 9.2 Execução do PMSB................................................................................. 477 Página 9 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. 9.3 Avaliação e Revisão do PMSB ............................................................... 497 9.4 Minuta da elaboração da Lei de Saneamento ....................................... 498 REFERÊNCIAS ...................................................................................................... 499 LISTA DE ANEXOS ............................................................................................... 504 Página 10 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. LISTA DE FIGURAS Figura 1: Fluxograma do roteiro geral de desenvolvimento dos trabalhos. ............... 30 Figura 2: Vista geral do município. ........................................................................... 83 Figura 3: Monumento do Imigrante. .......................................................................... 83 Figura 4: Localização do Municipio de Ibirubá. ......................................................... 84 Figura 5: Mapa do município com seu limite. ............................................................ 85 Figura 6: Mapa das Rodovias. .................................................................................. 86 Figura 7: Localização de Ibirubá, junto ao círculo branco. ........................................ 87 Figura 8: Variação da temperatura no município e Ibirubá........................................ 87 Figura 9: Índices Pluviométricas Ano de 2012. ......................................................... 88 Figura 10: Localização de Iburubá, dentro da Bacia Hidrográfica do Alto Jacuí. ....... 89 Figura 11: Mapa do Município Mostrando Rede Hidrográfica. .................................. 92 Figura 12: Classificação do Solo do município de Ibirubá. ........................................ 95 Figura 13. Mapa contendo as unidades geomorfológicas. Fonte: IBGE.................... 97 Figura 14: Formações geológicas na região do município de Ibirubá. ...................... 98 Figura 15: Organograma da estrutura geral administrativa do município de Ibirubá. .......................................................................................................................................... 105 Figura 16: Taxa de natalidade do município de Ibirubá-RS. ................................... 110 Figura 17: Taxa de mortalidade infantil de crianças de 0 a 1 ano de idade do município de Ibirubá........................................................................................................... 111 Figura 18: Expectativa média de vida ao nascer, destacando o município de Ibirubá. .......................................................................................................................................... 112 Figura 19: Cobertura vacinal no município de Ibirubá. ............................................ 119 Figura 20: Mapa do Município. ............................................................................... 124 Figura 21: Crescimento populacional do município de Ibirubá/RS. ......................... 127 Figura 22: Taxa de Crescimento............................................................................. 128 Figura 23: Densidade Demográfica do município nas últimas décadas com base nos censos de IBGE. ................................................................................................................ 129 Figura 24: Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. ....................... 134 Figura 25: Evolução do PIB (R$ 1.000,00) ............................................................. 135 Figura 26: Localização dos poços em imagem de satélite. ..................................... 144 Figura 27: Poço Av. Brasil. ..................................................................................... 145 Figura 28: Poço Rua Frederico Gauer. ................................................................... 145 Figura 29: Poço Rua Dinis Dias. ............................................................................. 146 Figura 30: Poço Rua Ernesto Wilmms. ................................................................... 146 Página 11 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Figura 31: Localização dos poços na zona rural de Ibirubá. ................................... 152 Figura 32: Poço localizado na Linha 4, fora das normas técnicas. .......................... 153 Figura 33: Poço localizado na comunidade de BoaVista (1). .................................. 153 Figura 34: Poço localizado na comunidade de Rincão Seco 2, junto a Escola. ...... 154 Figura 35: Poço localizado junto à comunidade de Alfredo Brenner (Barro Preto). . 154 Figura 36: Mapeamento do município indicando as zonas de abastecimento de água. .......................................................................................................................................... 173 Figura 37: Fluxograma do sistema de captação e distribuição. .............................. 174 Figura 38: Croqui geral da rede de esgotamento sanitário que esta prevista para ser instalada no município de Ibirubá....................................................................................... 200 Figura 39: Figura 1. Mapa Planialtimétrico do município de Ibirubá contendo a delimitação das micro bacias hidrográficas. Fonte: Corsan................................................ 203 Figura 40: Mapeamento das microbacias da zona rural do município. ................... 205 Figura 41: Média anual mensal registrada para o período de 1978 a 2012. ........... 207 Figura 42: Índice pluviométrico indicando os meses de maior e menor precipitação pluviométrica. .................................................................................................................... 208 Figura 43: Mapeamento indicando a área alagável e inundável do município. ....... 209 Figura 44: Mapa mostrando a rede de microdrenagem existente na zona urbana do município, elaborado com base nas obras instaladas que possuem projetos aprovados pelo Setor Técnico da Prefeitura Municipal de Ibirubá. .............................................................. 211 Figura 45: Mostrando o local das Pontes e Pontilhões, conforme tabela 46. .......... 213 Figura 46: Trajeto realizado pelo caminhão de resíduos domésticos para a coleta. 221 Figura 47: Processo de recolha do resíduo domiciliar. ........................................... 222 Figura 48: Resíduo aguardando para ser recolhido pelo caminhão de lixo. ............ 222 Figura 49: Lixeira existente, e muito comum nos arruamentos da cidade. .............. 223 Figura 50: Caminhão realizando a coleta de resíduo domiciliar. ............................. 224 Figura 51: Operadores realizando a coleta, sem devidamente equipados com EPI. .......................................................................................................................................... 224 Figura 52: Trajeto realizado pelo caminhão posterior a finalização da coleta. ........ 226 Figura 53: Vista da área do aterro licenciado pela Fepam. ..................................... 226 Figura 54: Trator realizando a compactação do material junto a célula do aterro, e recobrindo-o com solo. ...................................................................................................... 227 Figura 55: Vista do galpão que era utilizado para a realização da separação dos resíduos sólidos pelos catadores do município, hoje desativado. ...................................... 230 Figura 56: Av. Brasil. .............................................................................................. 233 Figura 57: Rua Júlio Rosa. ..................................................................................... 233 Página 12 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Figura 58: Rua Fiorino Cervieri. .............................................................................. 234 Figura 59: Entrada para Localidade de Linha Pulador Sul. ..................................... 234 Figura 60: Entrada para Localidade de Linha 5. ..................................................... 235 Figura 61: Vista do contêiner contendo restos de construção civil. ......................... 237 Figura 62: Local para disposição de resíduos......................................................... 238 Figura 63: Mapa municipal contendo a localização dos cemitérios geradores de resíduos Classe I. .............................................................................................................. 248 Figura 64: Instalação típica de cloro gasoso ........................................................... 285 Figura 65: Manual prático de análise de água. ....................................................... 287 Figura 66: Exemplo de pavimento poroso (bloquetes vazados). ............................. 301 Figura 67: Casa com telhado verde. ....................................................................... 301 Figura 68: Calçada com jardim de chuva. ............................................................... 302 Figura 69: Praça com trincheira de infiltração. ........................................................ 303 Figura 70: Exemplo de cisterna instalada em uma residência. ............................... 303 Figura 71: Comparação da carga poluidora de DBO a ser lançada anualmente para a população no decorrer dos próximos 20 anos, com diferentes tratamentos. ...................... 319 Figura 72: Comparação da concentração de coliformes termotolerantes a ser lançada anualmente para a população no decorrer dos próximos 20 anos, com diferentes tratamentos........................................................................................................................ 319 Figura 73: Custo de implantação de ETE com reatores biológicos (UASB). ........... 325 Figura 74: Custo de implantação de ETE com lodos ativados. ............................... 325 Figura 75: Custo de implantação de ETE com reatores biológicos (UASB). Fonte: Engeplus, 2012, vazão até 40 l/s. ...................................................................................... 327 Figura 76: Custo de implantação de EEE por potência da bomba. ......................... 328 Figura 77: Custo de implantação dos emissários em função do diâmetro da tubulação .......................................................................................................................................... 328 Figura 78: Microbacias existentes na zona urbana de Ibirubá, sendo necessárias 3 EE...................................................................................................................................... 329 Figura 79: Imagem da página da internet onde deverá ocorrer o fomento das informações relativas a saneamento básico. ..................................................................... 435 Figura 80: Informativo do local onde este inserido o Manual de Preenchimento junto ao site. ............................................................................................................................... 436 Figura 81: Indicadores CORSAN. ........................................................................... 444 Figura 82: Ações de cronologia geral e das fases de uma ocorrência crítica. ......... 450 Figura 83: Manual de orientações para criação e organização de autarquias municipais de água e esgoto. (Fonte: www.funasa.gov.br) ................................................ 490 Página 13 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Figura 84: Justificativas para criação de uma autarquia municipal de saneamento. 491 Figura 85: Justificativas para criação de uma autarquia municipal de saneamento. (continuação). .................................................................................................................... 491 Página 14 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. LISTA DE TABELAS Tabela 1: Dados de saneamento. ............................................................................. 44 Tabela 2: Estimativas de consumo de água por dia por habitante de acordo com o tipo de abastecimento. ......................................................................................................... 51 Tabela 3: Cursos de água de Ibirubá. ....................................................................... 90 Tabela 5: Nível de Instrução da população adulta, de acordo com dados do IBGE 2010. ................................................................................................................................. 107 Tabela 6: Faixa etária dos estudantes e matriculas nas Redes Estadual, Municipal, Federal, Particular e Filantrópica do Município de Ibirubá. ................................................. 107 Tabela 7: IDEB para o município de Ibirubá, ano base 2011. ................................. 108 Tabela 8: Longevidade, Mortalidade e Fecundidade - Ibirubá - RS ........................ 112 Tabela 9: Morbidades Hospitalares registradas. ..................................................... 118 Tabela 10: Dados da população residente no município de Ibirubá nos anos de 2000 e 2010, de acordo com o censo do IBGE........................................................................... 129 Tabela 11: Projeção para a população total do município de Ibirubá. ..................... 131 Tabela 12: Projeção para a população urbana do município de Ibirubá. ................. 132 Tabela 13: Comparativo dos dados socioeconômico de IDH e Idese. .................... 134 Tabela 14: Dados Municipais. ................................................................................ 136 Tabela 15: Dados da população residente no município IBIRUBÁ, para o ano de 2000 e 2010. ...................................................................................................................... 137 Tabela 16: Dados de indicadores de atendimento da CORSAN, com dados do ano de 2012 .................................................................................................................................. 138 Tabela 17: Usos consuntivos da água. ................................................................... 139 Tabela 18: Diagnóstico do uso consuntivo da água para o município em estudo. .. 140 Tabela 19: Usos não consuntivos da água. ............................................................ 140 Tabela 20: Diagnóstico do uso não-consuntivo da água para no município avaliado. .......................................................................................................................................... 141 Tabela 21: Dados dos poços tubulares existentes na zona urbana do município IBIRUBÁ. ........................................................................................................................... 143 Tabela 22: As características dos poços tubulares são as que seguem descritas no quadro seguinte: ................................................................................................................ 143 Tabela 23: Localização dos poços tubulares existentes na zona rural do município IBIRUBÁ. ........................................................................................................................... 147 Tabela 24: As características dos poços tubulares são as que seguem descritas no quadro seguinte. ................................................................................................................ 149 Página 15 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Tabela 25: As características dos grupos em operação, do poço e do tipo de bombeamento são as seguintes: ....................................................................................... 155 Tabela 26: Capacidade de produção. ..................................................................... 156 Tabela 27: As características dos poços comunitários em operação e do tipo de bombeamento são as seguintes: ....................................................................................... 156 Tabela 28: Poços no interior que recebem tratamento atualmente. ........................ 163 Tabela 29: Dados dos reservatórios de água existentes em Ibirubá, Zona Urbana. 164 Tabela 30: Indicação dos tipos de reservatórios localizados na zona rural. ............ 165 Tabela 31: Diagnóstico das redes de distribuição. .................................................. 169 Tabela 32: Rede de Distribuição............................................................................. 170 Tabela 33: Indicação das redes projetadas por comunidade e da rede implantada.171 Tabela 34: Dados operacionais do SAA. ................................................................ 176 Tabela 35: Dados referentes a perdas no SAA na área urbana do município de Ibirubá no ano 2012. .......................................................................................................... 177 Tabela 36: Sistema tarifário utilizado pela CORSAN para o município de Ibirubá. . 178 Tabela 37: Sistema operacional junto as comunidades. ......................................... 179 Tabela 38: Tipos de abastecimento de água na zona rural do município de Ibirubá183 Tabela 39: Autorizações Ambientais emitidas pela Secretaria Municipal de Agricultura, Pecuária e Meio Ambiente, das quais possuem sistema de tratamento de esgoto projetado:........................................................................................................................... 189 Tabela 40: Autorizações ambientais com lançamento em rede pluvial, através de sistema de fossa-filtro-clorador: ......................................................................................... 189 Tabela 41: Características das microbacias do perímetro urbano do município de Ibirubá – Afluentes do Arroio Puxiretê. ............................................................................... 202 Tabela 42: Indicação das microbacias existentes na zona rural do município. ....... 204 Tabela 43: Dados mensais de registro pluviométrico realizado pela Cotribá, compreendendo o período dos últimos 26 anos................................................................. 206 Tabela 44: Média dos meses, relativo ao período indicado. ................................... 207 Tabela 45: Indicação da extensão e tipo de material que compõem a rede de micro drenagem urbana .............................................................................................................. 210 Tabela 46: Localização das principais obras de arte e pontilhões do município. .... 212 Tabela 47: Classificação dos Resíduos de Saúde. ................................................. 239 Tabela 48: Projeção da demanda atual e futura de água (m³) em Ibirubá .............. 278 Tabela 49: Dosagens de hipoclorito de sódio. ........................................................ 284 Tabela 50: Compostos e produtos de cloro para desinfecção de água. ................. 286 Página 16 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Tabela 51: Avaliação dos custos de operação do sistema de abastecimento de água pela CORSAN.................................................................................................................... 289 Tabela 52: Projeção de geração de esgoto anual (m3) para o município de Ibirubá. .......................................................................................................................................... 312 Tabela 53: Concentração média dos esgotos brutos em termos de DBO e coliformes fecais. ................................................................................................................................ 313 Tabela 54: Eficiência típica de remoção de contaminantes para esgotos. .............. 314 Tabela 55: Estimativa das concentrações e carga de DBO e coliformes após cada tratamento. ........................................................................................................................ 314 Tabela 56: Comparação da eficiência de DBO e coliforme após tratamentos do esgoto doméstico............................................................................................................... 316 Tabela 57: Comparativo para decisão de escolha da melhor tecnologia para tratamento do esgoto ......................................................................................................... 320 Tabela 58: Comparativo entre as vantagens e desvantagens dos sistemas secundários de tratamento de esgotos. ............................................................................. 321 Tabela 59: Vazões de contribuição de esgoto estimadas para cada microbacia e custo de implantação da ETE por vazão tratada. ............................................................... 327 Tabela 60: Potências medas das EEE e custo aproximado para implantação. ....... 327 Tabela 61: Custos de implantação do sistema de esgotamento sanitário para o município de Ibirubá, pretendendo alcance para 30 anos. ................................................. 330 Tabela 62: Avaliação dos custos de implantação da ETE com recursos próprios (via verbas Federais). ............................................................................................................... 331 Tabela 63: Densidade dos resíduos sólidos domésticos do município de Ibirubá. .. 335 Tabela 64: Estimativa de geração de resíduos sólidos domésticos urbanos para o Município de Ibirubá considerando sua massa. ................................................................. 335 Tabela 65: Estimativa de geração de resíduos sólidos domésticos urbanos para o Município de Ibirubá considerando seu volume. ................................................................ 337 Tabela 66: Estimativa de gastos anuais na coleta, transporte e destinação final dos RSU. .................................................................................................................................. 339 Tabela 67: Taxas a serem cobradas junto ao IPTU para o manejo de resíduos sólidos. .............................................................................................................................. 340 Tabela 68: Transporte de resíduos sólidos. ............................................................ 342 Tabela 69: Proposta de cronograma de coleta seletiva para o município de Ibirubá. .......................................................................................................................................... 345 Tabela 70: Custo atual dos serviços de coleta e destinação final de RSU no município, com 100% do serviço terceirizado. ................................................................... 350 Página 17 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Tabela 71: Custo de coleta, transporte e destinação final, valendo-se da implantação de uma Central de Triagem, mantendo o aterro sanitário municipal. ................................. 351 Tabela 72: Custo de coleta, transporte e destinação final, valendo-se da implantação de ET e envio do resíduo para aterro consorciado. ............................................................ 352 Tabela 73: Programas vinculados ao sistema de abastecimento de água. ............. 355 Tabela 74: Programas vinculados ao sistema de drenagem pluvial. ....................... 358 Tabela 75: Programas vinculados ao sistema de esgotamento sanitário. ............... 361 Tabela 76: Programas vinculados ao sistema de resíduos sólidos. ........................ 363 Tabela 77: Informações sobre o plano de execução dos programas elaborados para os quatro sistemas em avaliação. ...................................................................................... 368 Página 18 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. LISTA DE QUADROS Quadro 1: Legislações Federais sobre saneamento. ................................................ 34 Quadro 2: Legislações Estaduais sobre saneamento. .............................................. 39 Quadro 3: Legislações Municipais que contribuem sobre o assunto. ........................ 40 Quadro 4: Exemplos de parâmetros físicos, químicos e biológicos das águas residuárias, origem e efeito poluidor. ................................................................................... 54 Quadro 5: Responsabilidade pelo resíduo sólido de acordo com a origem. .............. 70 Quadro 6: Leis Municipais. ..................................................................................... 102 Quadro 7: Análise SWOT do setor de saneamento para o município de Ibirubá. ... 257 Quadro 8: Ações, cenários, objetivos e metas do plano de saneamento. ............... 260 Quadro 9: Indicadores econômico – financeiros e administrativos.......................... 397 Quadro 10: Objetivos, metas e indicadores de desenvolvimento do milênio no RS, ano 1991 a 2005. ............................................................................................................... 440 Quadro 11: Indicadores .......................................................................................... 444 Quadro 12: Ações Emergenciais do Sistema de Abastecimento de Água. ............. 458 Quadro 13: Ações Emergenciais do Sistema de Esgotamento Sanitário. ............... 461 Quadro 14: Ações Emergenciais do Sistema de Manejo de Resíduos Sólidos ....... 466 Quadro 15: Ações Emergenciais do Sistema de Drenagem Pluvial ........................ 469 Quadro 16: Atribuições das Unidades Envolvidas. ................................................. 475 Quadro 17: Cenário 1 - Titularidade e formas organizativas e regulação da prestação de serviços de saneamento. .............................................................................................. 480 Quadro 18: Cenário 2 - Titularidade, formas organizativas e regulação da prestação de serviços de saneamento. .............................................................................................. 481 Quadro 19: Normas Técnicas que tratam sobre os eixos do saneamento básico. .. 492 Página 19 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. 1 APRESENTAÇÃO O presente trabalho foi promovido por meio do Consórcio de Desenvolvimento Intermunicipal dos Municípios do Alto Jacuí/RS, COMAJA, através do Edital de Concorrência n°. 01/2012 - Republicação Processo n°. 01/2012, para contratação de empresa especializada para assessoria e capacitação dos técnicos municipais visando à elaboração dos Planos de Saneamento Básico dos municípios integrantes do Programa de Elaboração dos Planos Municipais de Saneamento Básico do Consórcio do COMAJA, de acordo com as Leis n°. 11.445/07, n°. 12.305/10 e respectivos regulamentos. A empresa SZ Consultoria de Projetos e Gestão Ambiental Ltda, vencedora do edital, celebrou o Contrato n°. 04/2012 para Capacitação dos Técnicos municipais, o qual teve início a partir do mês de julho de 2012, com prazo de um ano para sua conclusão. A elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB) é obrigatória por lei, estando estabelecido na Lei Nacional de Saneamento Básico - LNSB (Lei 11.445/07), o qual define as funções do Poder Público local no exercício da titularidade dos serviços destinados a atender a demanda deste setor. As normas e diretrizes técnicas são definidas através do Plano elaborado para atender as necessidades específicas do município, o qual prevê as condições para a prestação dos serviços de saneamento básico, definindo objetivos e metas para a universalização e os programas, projetos e ações necessárias para alcançá-la. O PMSB é previsto no Artigo 52 da Lei Nacional de Saneamento Básico, o qual define: Art. 52 A União elaborará, sob a coordenação do Ministério das Cidades: I - o Plano Nacional de Saneamento Básico - PNSB que conterá: a) os objetivos e metas nacionais e regionalizadas, de curto, médio e longo prazos, para a universalização dos serviços de saneamento básico e o alcance de níveis crescentes de saneamento básico no território nacional, observando a compatibilidade com os demais planos e políticas públicas da União; b) as diretrizes e orientações para o equacionamento dos condicionantes de natureza político-institucional, legal e jurídica, econômico- financeira, administrativa, cultural e tecnológica com impacto na consecução das metas e objetivos estabelecidos; c) a proposição de programas, projetos e ações necessários para atingir os objetivos e as metas da Política Federal de Saneamento Básico, com identificação das respectivas fontes de financiamento; d) as diretrizes para o planejamento das ações de saneamento básico em áreas de especial interesse turístico; e) os procedimentos para a avaliação sistemática da eficiência e eficácia das ações executadas II – planos regionais de saneamento básico, elaborados e executados em articulação com Estados e Municípios envolvidos para as regiões integradas de desenvolvimento econômico ou nas quais haja a participação de órgãos ou entidade federal na prestação de serviço público de saneamento. Página 20 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. § 1º O Plano Nacional de Saneamento deve: I – abranger o abastecimento de água, o esgotamento sanitário, o manejo de resíduos sólidos e o manejo de águas pluviais e outras ações de saneamento básico de interesse para a melhoria da salubridade ambiental, incluindo o provimento de banheiros e unidades hidrossanitárias para populações de baixa renda; II – tratar especificamente das ações da União relativas ao saneamento básico nas áreas indígenas, nas reservas extrativistas da União e nas comunidades quilombolas § 2º Os planos de que tratam os incisos I e II nacional e regionais devem ser elaborados com horizonte de 20 (vinte) anos, avaliados anualmente e revisados a cada 4 (quatro) anos, preferencialmente em períodos coincidentes com os de vigência dos planos plurianuais. Com a elaboração do PMSB será possível, em um determinado espaço temporal, proporcionar a todos os munícipes, o acesso universal ao saneamento básico com qualidade, equidade e continuidade. Este acesso pode ser considerado como uma das questões fundamentais do momento atual, postas como desafio para as políticas sociais, que visam buscar as necessidades de condições adequadas para a gestão dos serviços e a manutenção da qualidade ambiental das zonas territoriais municipais. A projeção para a introdução e conclusão dos programas e projetos definidos junto ao PMSB está definida para ocorrer dentro do prazo de 20 anos. Espera-se que os efeitos surtam de forma satisfatória dentro de um período inferior, sabendo-se que o sucesso dependerá principalmente da capacidade executiva dos órgãos vinculados e das revisões periódicas que deverão ser realizadas dentro de prazos não superiores a 4 (quatro) anos. Fundamental para a correta obtenção de resultados será a existência de uma estrutura regulatória capaz de efetuar a verificação do cumprimento das ações, programas e projetos existentes elaborados para atingir tal fim. 1.1 EQUIPE TÉCNICA MUNICIPAL A equipe responsável pela elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico do município de Ibirubá é composta pelos membros abaixo relacionados, nomeados por meio da Portaria 7.054/2013: I - Membros Titulares do Comitê Local: Luiz Antônio Roman – Representante da CORSAN; Fábio Gelain Cocco – Assistente Social, representante da Secretaria de Assistência Social; Elisangela dos Santos Althaus – Bióloga - Analista Ambiental – representante do Departamento de Meio Ambiente; Jair Dalmolin Copini – Assessoria Jurídica; Página 21 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Roberta Suelen Ahlert – Arquiteta – Setor de Projetos; Jeferson Muller – Engenheiro Civil – Setor de Projetos; Everton Lagemann – Técnico em Agropecuária, representante da Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente. II – Membros Suplentes da Equipe Comitê Local: Gustavo Roberto Schroeder – Secretario Geral da Administração; Marli Fredrich – Arquiteta, representante da Secretaria de Obras e Viação; Gisele Patrícia Scapini – Bióloga, Representante do Conselho Municipal de Meio Ambiente; Cledeci Chiesa – Professora, Química - representante da Secretaria de Educação; Pablo Nunes da Silva – Coordenador do Departamento da Agricultura, Pecuária e Meio Ambiente; Leonardo Maffi – Agente de Fiscalização, Representante da Vigilância Sanitária; Joice Binsfeld – Assistente Social, representante da Secretaria de Assistência Social; Sônia Maria Freese – Bióloga; Colaborador: Eduardo Zeni – Setor de Projetos. A portaria de nomeação encontra-se no Anexo 1. 1.2 EQUIPE TÉCNICA CONSULTORIA A empresa responsável pela capacitação da Equipe Técnica municipal e supervisão do Plano Municipal de Saneamento Básico do município de Ibirubá está abaixo identificada: Razão Social: SZ Consultoria de Projetos e Gestão Ambiental Ltda CNPJ: 07.955.916/0001-44 Endereço: Rua Expedicionários, 1376, Sala 01, Centro, Ilópolis-RS CEP: 95.990-000 Telefone/fax: (51) 37741407 E-mail: [email protected] Site: www.inovaambientalrs.com.br A Equipe Técnica responsável pelo trabalho ora proposto é composta pelos seguintes técnicos: Página 22 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Coordenadora Geral Michely Zat Eng. Química Mestre em Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental CREA/RS: 140222 Coordenador Técnico Odorico Konrad Eng. Civil Doutor em Engenharia Ambiental e Sanitária CREA/DF: 008611 Assistentes Técnicos Augusto Alves Arquiteto e Urbanista Mestre em Planejamento Urbano e Regional CAU/RS: 69237-9 Everaldo Rigelo Ferreira; Geólogo Mestre em Geociências CREA/RS: 090089 Equipe de Apoio Andressa M. Senger Lodi Eng. Química Especialista em Gestão Ambiental CREA/RS: 136856 Angela Bedin Bióloga Especialista em Biologia da Conservação da Natureza CRBio: 069287 Carolina Laner Rodrigues Página 23 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Eng. Agrônoma Especialista em Gestão e Auditoria Ambiental CREA/RS: 132818 Karin Chiesa Secretária Graduação em andamento em Engenharia Ambiental Luiz Alberto Ortiz Rodrigues Licenciado em Sociologia Rosicléia Camargo dos Santos Secretária Página 24 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. 2 INTRODUÇÃO A ordenação do sistema de saneamento básico dentro do território municipal apresenta fundamental importância para o desenvolvimento da humanidade de forma direcionada e organizada, visando dentre alguns princípios, destinar a população abastecimento de água com qualidade, a redução de doenças responsáveis pela morbidade e mortalidade de um grande número de pessoas, o equilíbrio ambiental das fontes de recursos naturais, dentre outros segmentos relacionados. O descaso e a ausência de investimentos no setor de saneamento no País comprometem a qualidade de vida da população e do meio ambiente. Enchentes, lixo, contaminação dos mananciais, água sem tratamento, apresentam uma relação estreita, resultando em milhares de mortes anuais, especialmente de crianças. Segundo pesquisas (2008) do Instituto Trata Brasil, a universalização do acesso à rede geral do esgoto só acontecerá próximo ao ano 2130. Segundo o Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística – IBOPE Inteligência levantou que quase 60 milhões de pessoas não sabem o significado do termo ―saneamento básico‖. Este fato reflete diretamente na saúde da população e recai sobre o Sistema de Saúde Pública, onde muitos leitos hospitalares são ocupados por portadores de doenças de veiculação hídrica (falta de saneamento básico) e deixam de ser ocupados por pessoas que realmente apresentam um quadro efetivamente grave causando uma situação de esgotamento junto aos centros hospitalares. A população não relaciona falta de saneamento básico aos índices de mortalidade e morbidade por doenças parasitárias e infecciosas, mas são dados diretamente proporcionais. Sem acesso aos serviços e sem conhecimento da causa, a população acaba sendo diretamente afetada, no que diz respeito à saúde e também na educação, visto os índices de aproveitamento escolar baixíssimos nestas condições. Os serviços de saneamento básico são serviços essenciais à vida, com fortes impactos na saúde da população e ao meio ambiente. Sua prestação é uma obrigação do órgão público municipal, que pode executá-la diretamente ou indiretamente, assegurando que todos os cidadãos tenham acesso aos serviços em quantidade e qualidade que garantam o suprimento da demanda essencial. Visando dirimir este cenário, novas alternativas de gestão para o setor passam a ser buscadas. Muitos municípios têm optado por desvincular-se das companhias estaduais, na expectativa de poder oferecer serviços de melhor qualidade ao cidadão e ainda com menores preços. Outros criaram órgãos próprios para a gestão do saneamento, que podem Página 25 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. assumir a forma de departamentos da administração direta centralizada ou descentralizada (autarquias, sociedades de economia mista e fundações). Ainda, há municípios que preferem a prestação do serviço de forma indireta e fazem contratos de concessões ou permissões para a iniciativa privada, após o término dos contratos com as companhias estaduais. De mesmo modo, alguns municípios têm realizado consórcios públicos, de encontro com a Lei Federal n.º 11.107/2005, a chamada Lei de Consórcios Públicos, que introduz instrumentos e mecanismos de cooperação entre os entes federativos para a realização de objetivos de interesse comum. Neste sentido, o PMSB será um norteador do executivo municipal, dentro de um horizonte de 20 (vinte) anos, buscando a universalização dos serviços de saneamento básico. Este plano idealiza soluções para este cenário dentro de um espaço temporal e cabe ao município, seja individualmente, por meio de consórcios ou de parcerias entre esferas públicas a execução dos projetos propostos. Com base nas definições do PMSB foi elaborada a Lei Municipal que Institui o Plano Municipal de Saneamento Básico do município. Esta Lei estabelece as diretrizes para a prestação do serviço de saneamento básico no município, com base nos princípios fundamentais (universalização do acesso, integralidade, disponibilidade, eficiência, dentre outras). A Política de Saneamento e o Plano foram elaborados com a participação da sociedade, por meio de mecanismos e procedimentos que garantiram à sociedade informações, representações técnicas e participações nos processos de formulação de políticas, de planejamento e de avaliação relacionados aos serviços públicos de saneamento básico. A participação da sociedade durante o processo definiu o Plano de Mobilização Social, um documento integrado ao PMSB e que corresponde às necessidades emergentes apontadas pelos moradores do município. Neste ponto, além das mobilizações sociais realizadas nas Fases de desenvolvimento do PMSB foi concretizada a Audiência Pública e a Conferência Municipal como forma de efetivação dos princípios do Estado Democrático e Social de Direito, onde o cidadão ao interagir com a administração promoveu o exercício do seu poder perante as decisões públicas municipais. 2.1 METODOLOGIA UTILIZADA NA ELABORAÇÃO DO PMSB A metodologia da elaboração do PMSB está baseada nos fundamentos da Lei Federal n°. 11.445/2007, a qual prevê o desenvolvimento de etapas técnicas, garantindo a ampla participação da sociedade. Página 26 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. A participação da sociedade se deu por meio de mobilizações sociais, descritas no item 5.1, através da implantação do Plano de Mobilização Social organizado por meio de reuniões, questionários e entrevistas com a participação da comunidade local. Nesta etapa fora realizada a busca de dados gerais e específicos de cada realidade local, e buscou-se avaliar o conhecimento que a população tem com relação ao termo saneamento básico. Em relação aos trabalhos técnicos a metodologia utilizada se deu através da capacitação de uma equipe municipal a qual ficou sendo denominada de ―Comitê Local‖. O Comitê Local teve fundamental participação na realização dos trabalhos de busca de dados, mapas, informações, levantamentos, vistorias a campo, aplicação da mobilização social e organização do trabalho. Esta capacitação foi desenvolvida em forma de oficinas de capacitação, divididas em 3 (três) fases, executadas em encontros mensais com os técnicos municipais pelo período de 12 (doze) meses. 2.1.1 FASE I - Planejamento do Processo Oficina de Capacitação I a) O evento em questão teve como objetivo apresentar, aos técnicos que integraram as equipes municipais, a metodologia utilizada no processo de elaboração dos planos municipais de saneamento básico e de gestão integrada de resíduos sólidos, bem como discutir os principais problemas, oportunidades, obstáculos, formas de organização da sociedade e gerenciamento dos trabalhos. Nessa oportunidade, os técnicos municipais foram orientados para o preenchimento dos questionários, bem como receberam a lista de documentos técnicos e informações que embasaram a elaboração do Diagnóstico Participativo. Os técnicos municipais, indicados para participar dessa Oficina, foram aqueles que formaram a equipe local com as suas funções dentro do quadro da Prefeitura Municipal, abrangendo o planejamento, a mobilização social, o jurídico e os demais setores que têm ligação com os serviços de saneamento. Conforme definido na Lei 11.445/2010, buscou-se a formação da equipe com pessoal capacitado e que tinham acesso a um dos eixos que estariam sendo desenvolvidos: abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza pública e manejo de resíduos sólidos, drenagem urbana e manejo de águas pluviais, além de fundamentos jurídicos destes segmentos. A este grupo composto por funcionários do quadro municipal de servidores públicos e/ou pessoal contratado para a execução deste processo deu-se a denominação de ―Comitê Local‖. Página 27 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. b) Formação do Comitê Local, instância de coordenação local do processo de elaboração do PMSB, responsável pela organização e pelo acompanhamento dos trabalhos desenvolvidos pela equipe técnica municipal. A atividade compreendeu: Identificação de representantes das instituições públicas e civis, conselhos municipais, Poder Legislativo, Ministério Público e da sociedade civil organizada, tais como entidades empresariais, profissionais, prestadores de serviços, movimentos sociais, organizações não governamentais, etc; Realização de reunião para formação do Comitê Local, com a designação e a nomeação de seus membros; Definição do processo de participação social, considerando os mecanismos de divulgação e comunicação; Estabelecimento das formas de Comunicação Social, que visam à divulgação ampla do processo, as formas e canais de participação da comunidade e os objetivos e desafios disponibilizando as informações necessárias à participação qualificada da sociedade nos processos decisórios do PMSB, estimulando todos os segmentos sociais a participarem do processo de planejamento, da fiscalização e da regulação dos serviços de saneamento básico. c) Execução do Plano de Trabalho através de coleta e organização dos dados, informações e documentação, inclusive, técnica; que foram utilizados na elaboração do Diagnóstico Participativo, incluindo a análise primária dos dados e as informações básicas do município. 2.1.2 FASE II - Elaboração do PMSB Oficina de Capacitação II a) Evento em que se abordaram os seguintes temas: Apresentação da avaliação crítica do Plano de Ação; Orientação para elaboração dos Diagnósticos Técnicos, Administrativos e de Gestão dos Serviços de Saneamento existentes; b) Metodologia para os estudos populacionais e cálculo das demandas; Metodologia para realização de pesquisa de satisfação dos usuários. Caracterização da Área de Planejamento: diagnóstico geral do município, legislações, infra-estrutura, aspectos culturais e ambientais. c) Diagnóstico dos Serviços de Saneamento Básico existentes dos seguintes itens: Página 28 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Abastecimento de Água; Esgotamento Sanitário; Limpeza Pública e Manejo de Resíduos Sólidos, considerando o que dispõe a Lei 12.305/2010, no que se refere ao Plano Municipal de Gestão Integrada dos Resíduos Sólidos; e Drenagem Urbana e Manejo de Águas Pluviais. d) Elaboração de estudos populacionais e cálculo das demandas. e) Diagnósticos dos Serviços de Saneamento Básico existentes, incluindo o Diagnóstico Institucional. Oficina de Capacitação III a) Apresentação do diagnóstico realizado. b) Elaboração dos prognósticos dos aspectos técnicos. c) Estudos e definição do modelo de gestão. d) Elaboração de programas, projetos e ações para alcance dos cenários de referência. e) Elaboração de mecanismos e Procedimentos para a avaliação da eficiência, eficácia e efetividade das ações do PMSB. f) Realização da Audiência Pública para apresentação do Prognóstico. 2.1.3 FASE III - Aprovação do PMSB Oficina de Capacitação IV a) Consolidação e sistematização do PMSB; b) Obtenção do documento final: Minuta do Projeto de Lei do Plano Municipal de Saneamento Básico, documento no qual consta todos os dados, as informações, os estudos e as respectivas conclusões. Impressão do Relatório Completo do PMSB; Impressão do Relatório-síntese para distribuição aos participantes da Conferência Municipal de Saneamento Básico. c) Realização da Conferência Municipal para aprovação do Projeto de Lei do Plano Municipal de Saneamento Básico. Na Figura 1 apresentada tem-se um esquema gráfico do roteiro geral de desenvolvimento dos trabalhos: Página 29 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Figura 1- Fluxograma do roteiro geral de desenvolvimento dos trabalhos. 2.2 OBJETIVOS E METAS São objetivos da Política Pública e do Plano Municipal de Saneamento Básico: ―promover a saúde, a qualidade de vida e do meio ambiente; e organizar a gestão e estabelecer as condições para a prestação dos quatro serviços de saneamento básico para que cheguem a todo cidadão, integralmente, sem interrupção e com qualidade.” O objeto do presente trabalho é a elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB), de forma a possibilitar a criação de mecanismos de gestão pública da infraestrutura do município relacionada aos quatro eixos do saneamento básico: abastecimento de água; esgotamento sanitário; manejo de resíduos sólidos e manejo de águas pluviais. Com vistas a atender o objeto, diversos aspectos foram considerados, segundo termo de referência da Fundação Nacional de Saúde (FUNASA): Estabelecimento de mecanismos e procedimentos que garantam efetiva participação da sociedade em todas as etapas do processo de elaboração, aprovação, execução, avaliação e revisão do PMSB; Diagnósticos setoriais (abastecimento de água, esgotamento sanitário, resíduos sólidos e águas pluviais), porém integrados, para todo o território do município, áreas urbanas e rurais; Proposta de intervenções com base na análise de diferentes cenários e estabelecimento de prioridades; Página 30 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Definição dos objetivos e metas de curto, médio e longo prazo; Definição de programas, ações e projetos necessários para atingir os objetivos e metas estabelecidos; Programação física, financeira e institucional da implantação das intervenções definidas; e Programação de revisão e atualização. O diagnóstico realizado junto às sedes municipais teve por base as diretrizes do Ministério das Cidades, onde se previu descrever a situação atual de cada um dos quatro componentes do Saneamento Básico: água, esgoto, resíduos sólidos e drenagem pluvial, conter informações, análises e apontar as causas de problemas e dos seus impactos nas condições de vida. Para tanto, se chegar a este objetivo, mostrou-se necessário atingir as seguintes metas: Levantamento da legislação e análise dos instrumentos legais que definem as políticas nacional, estadual e regional sobre o saneamento básico; Descrição dos serviços em saneamento básico prestados no município; Parâmetros, condições e responsabilidades para a garantia do atendimento essencial para a promoção da saúde pública; Avaliação da eficiência e eficácia dos serviços prestados; Instrumentos e mecanismos de participação e controle público e social na gestão política de saneamento básico; Sistemas de informações sobre os serviços; As condições e a capacidade de prestação dos serviços dos órgãos responsáveis pelo saneamento básico; Proposição de melhorias, projetos e ações para a universalização do acesso na prestação de cada um dos serviços de saneamento básico. Visou-se ainda: Definir o modelo, o sistema jurídico institucional e os instrumentos de gestão dos serviços; a forma de sua prestação, diretamente ou por delegação e, nesta hipótese, as condições a serem observadas nos contratos de concessão ou de programa, inclusive as hipóteses de intervenção e de extinção e retomada dos serviços; e os parâmetros de qualidade, eficiência e uso racional dos recursos naturais e as metas de atendimento; Estabelecer as condições para a articulação institucional dos atores e da gestão dos serviços considerando os quatro componentes do saneamento básico; Página 31 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Definir as normas de regulação e constituir ou ainda designar o ente responsável pela regulação e fiscalização, bem como os meios para sua atuação; Estabelecer as condições de sustentabilidade e equilíbrio econômicofinanceiro dos serviços, incluindo: o sistema de cobrança, a composição e estrutura das taxas e tarifas, a sistemática de reajustes e revisões e a política de subsídios; Estabelecer os parâmetros, as condições e responsabilidades para a garantia do atendimento essencial da saúde pública; Estabelecer garantias e condições de acesso de toda a população à água, em quantidade e qualidade que assegurem a proteção à saúde, observadas as normas relativas à qualidade da água para o consumo humano, bem como a legislação ambiental e a de recursos hídricos; Fixar os direitos e deveres dos usuários, observadas a legislação, em particular o Código de Defesa do Consumidor (Lei nº 8078/1990) e o Decreto nº 5440/05; Instituir Fundo de Universalização dos serviços de saneamento, estabelecendo as fontes de recursos, sua destinação e forma de administração, conforme disposto no artigo 13 da Lei nº 11.445/07; Estabelecer os instrumentos e mecanismos para o monitoramento e avaliação sistemática dos serviços, por meio de indicadores para aferir o cumprimento de metas, a situação de acesso, a qualidade, segurança e regularidade dos serviços, e os impactos nas condições de saúde e na salubridade ambiental; Estabelecer os instrumentos e mecanismos que garantam o acesso à informação e a participação e controle social na gestão da política de saneamento básico, envolvendo as atividades de planejamento, regulação, fiscalização e avaliação dos serviços, na forma de conselhos das cidades ou similar, com caráter deliberativo; Estabelecer [definir ou prever] mecanismos de cooperação com outros entes federados para implantação de infraestruturas e serviços comuns de saneamento básico; e Prever mecanismos capazes de promover a integração da Política de Saneamento Básico com as políticas de saúde, meio ambiente, recursos Página 32 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. hídricos, desenvolvimento urbano, habitação e outras que lhe sejam correlatas. Estes objetivos e metas foram estabelecidos em uma escala de tempo, podendo essas ações ser realizadas no imediato, curto, médio ou a longo prazo, sempre objetivando atingir a universalização de serviços adequados. Sendo que os prazos considerados imediatos ou emergenciais são de até 3 (três) anos; os prazos curtos são de 4 (quatro) a 8 (oito) anos; os prazos médios são de 9 (nove) a 12 (doze) anos; e os prazos considerados longos são de 13 (treze) a 20 (vinte) anos. A definição das necessidades de implantação dos projetos observando estes prazos se deu em caráter participativo da comunidade e ainda de acordo com a necessidade de projetos emergenciais visando atender as problemáticas existentes. 2.3 PRODUTOS ESPERADOS Os resultados esperados do levantamento de dados sobre os sistemas de saneamento básico do município de Ibirubá são: Adequação e implantação de legislação referente ao saneamento no município; Diagnóstico dos serviços de saneamento básico do município: água, esgoto, drenagem pluvial e resíduos sólidos; Diagnóstico da situação dos recursos hídricos e uso e ocupação do solo; Prognóstico das ações com base no diagnóstico dos serviços; Elaboração de programas e projetos que visem para universalização dos serviços. 3 LEGISLAÇÃO SOBRE SANEAMENTO BÁSICO, SAÚDE E MEIO AMBIENTE A formulação da política e da elaboração do PMSB, desde os objetivos e diretrizes até os instrumentos metodológicos do processo de participação social, pautaram-se em diretrizes e instrumentos legais definidos através de legislação específica, dentro do âmbito federal, estadual e municipal. Dentre as leis que regem o sistema de saneamento, destacam-se as citadas abaixo. Página 33 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Quadro 1 - Legislações Federais sobre saneamento. NORMAS FEDERAIS LEIS Norma Descrição Artigos a destacar Lei nº 6.050 de 24 de maio Dispõe sobre a fluoretação da água Todo texto. de 1974. em sistema de abastecimento. Lei nº 6.938 de 31 de Cria o CONAMA (conselho nacional agosto de 1981. do meio ambiente) Dispõe sobre as sanções penais e Lei Federal nº 9.605 de 12 de fevereiro de 1998. Todo texto. Todo texto. administrativas derivadas de condutas e atividade lesivas ao meio ambiente e da outras providências. Lei nº 9. 984 de 17 de julho Dispõe sobre a criação da agencia de 2000 nacional da água. (ANA) Lei nº 10.308 de 20 de novembro de 2001 Dispõe sobre os depósitos de providências. Dispões sobre a proteção da de 2012 vegetação nativa. janeiro de 1997 - Política Nacional de Recursos Hídricos. Todo texto. rejeitos radioativos e dá outras Lei 12.651 de 25 de maio Lei N° 9.433, de 8 de Todo texto. Todo texto. Institui a Política Nacional de Arts. 1°, 2°, 5°, "II", "III", 9°, Recursos Hídricos, cria o Sistema 12, 31 e 49, "V" Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, regulamenta o inciso XIX do art. 21 da Constituição Federal, e altera o art. 1º da Lei nº 8.001, de 13 de março de 1990, que modificou a Lei nº 7.990, de 28 de dezembro de 1989. Lei N° 10.257, de 10 de Regulamenta os arts. 182 e 183 da julho de 2001 - Estatuto Constituição Federal, estabelece das Cidades. diretrizes gerais da política urbana e Arts. 2°, 4°, "III", 5°, 40 e 42 Página 34 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. dá outras providências. Estabelece diretrizes nacionais para Todo texto. o saneamento básico; altera as Leis Lei N° 11.445, de 05 de janeiro de 2007 - Lei Nacional de Saneamento Básico. nos 6.766, de 19 de dezembro de 1979, 8.036, de 11 de maio de 1990, 8.666, de 21 de junho de 1993, 8.987, de 13 de fevereiro de 1995; revoga a Lei no 6.528, de 11 de maio de 1978; e dá outras providências. Lei N° 12.305, de 02 de agosto de 2010 Institui a Política Nacional de Arts. 1°, §1°, 4°, 6°, 7°, 8°, Resíduos Sólidos; altera a Lei no 9°, 10, 12, 13, 14, "V", 18, 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e 19, 25, 26, 28, 29, 30, 34, dá outras providências. 35, 36, 37, 40, 44, 45, 47, 48 e 49 Dispõe sobre normas gerais de Lei 11.107/05 – Lei de Consórcios Públicos. Todo texto. contratação de consórcios públicos realizados entre a união e os estados, ou estados e municípios e dá outras providências. Dispõe sobre o regime de Lei 8.987/1995 – Lei de concessão e permissão da Concessão e Permissão de prestação de serviços públicos serviços públicos. previsto no art. 175 da Constituição Todo texto. Federal. Dispõe sobre as condições para a Todo texto. promoção, proteção e recuperação Lei 8.080/1990 – Lei da saúde, a organização e o Orgânica da Saúde. funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. Lei 11.124/05 – Lei do Sistema Nacional de Dispõe sobre o Sistema Nacional de Todo texto. Habitação de Interesse Social – Habitação de Interesse Página 35 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Social. SNHIS, cria o Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social – FNHIS e institui o Conselho Gestor do FNHIS. DECRETOS Estabelece definições e Todo texto. procedimentos sobre o controle de qualidade da água de sistemas de Decreto N° 5.440, de 04 de abastecimento e institui maio de 2005 mecanismos e instrumentos para divulgação de informação ao consumidor sobre a qualidade da água para consumo humano. Institui a separação dos resíduos Todo texto. recicláveis descartados pelos órgãos e entidades da Decreto N° 5.940, de 25 de outubro de 2006 administração pública federal direta e indireta, na fonte geradora, e a sua destinação às associações e cooperativas dos catadores de materiais recicláveis, e dá outras providências. Regulamenta a Lei no 11.445, de 5 Decreto N° 7.217, de 21 de junho de 2010 Todo texto. de janeiro de 2007, que estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico, e dá outras providências. Decreto N° 7.404, de 23 de dezembro de 2010 Regulamenta a Lei no 12.305, de 2 Arts. 5°, 7°, 9°, 10, 11, 12, de agosto de 2010, que institui a 35, 37, 38, 39, 40, 41, 42, Política Nacional de Resíduos 44, 45, "V", 50, 51,52, 53, Sólidos, cria o Comitê 54, 64, 65, 66, 67, 74, §2°, Interministerial da Política Nacional 75, 78 e 79, "II", "III" de Resíduos Sólidos e o Comitê Orientador para a Implantação dos Página 36 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Sistemas de Logística Reversa, e dá outras providências. Dispões sobre as infrações e Decreto nº 6.514 de 2008 Todo texto. sanções administrativas ao meio ambiente. RESOLUÇÕES Resolução N° CONAMA Dispõe sobre o licenciamento 005, de 15 de junho de ambiental de obras de saneamento. Todo texto. 1988 Dispõe sobre a classificação dos Arts. 3°, 4°, 14, 15, 16, 17, corpos de água e diretrizes 24, 25, 26, 27, 28, 29, 30, Resolução N° CONAMA ambientais para o seu 31, 32, 33, 34, 35, 36, 37 e 357, de 17 de março de enquadramento, bem como 40 2005 estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes, e dá outras providências. Resolução do CONAMA nº 307/02 Estabelece diretrizes, critérios e Todo texto. procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil. Regulamenta, no território brasileiro, Todo texto a aplicação das disposições da Resolução CONAMA 23 de 12 de dezembro de 1996 Convenção da Basiléia, definindo os resíduos cuja importação e/ou exploração são permitidas ou proibidas, bem como as condições para que estas se realizem. Resolução CONAMA 237 de 19 de dezembro de 1997 Define as atividades ou Todo texto empreendimentos sujeitos a licenciamento ambiental. Resolução CONAMA 257 Dispõe sobre a destinação final de de 30 de julho de 1999 pilhas e baterias. Resolução CONAMA 258 Sobre coleta e destinação final Todo texto Todo texto Página 37 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. de 26 de agosto de 1999 adequada aos pneus inservíveis. Resolução CONAMA 263 Inclui o inciso IV no artigo 6º da de 12 de novembro de Resolução CONAMA 257 de 30 de 1999 julho d 1999. Define a classificação das águas Resolução CONAMA 274 de 2000 Todo texto Todo texto doces, salobras e salinas essencial à defesa dos níveis de qualidade, avaliados por parâmetros e indicadores específicos. Resolução CONAMA 283 de 2001 Dispões sobre o tratamento e destinação final dos resíduos dos serviços de saúde. Resolução CONAMA 275 Estabelece o código de cores para de 25 de abril de 2001 diferentes tipos de resíduos. Resolução CONAMA 313 Institui o Inventário Nacional de de 29 de outubro de 2002 Resíduos Sólidos Industriais Resolução CONAMA 316 de 29 de outubro de 2002 RDC- ANVISA 33 de 25 de fevereiro de 2003 Procedimentos e critérios para o de 03 de março de 2003 Todo texto Todo texto Todo texto funcionamento de sistemas de tratamento térmico dos resíduos. Aprova o regulamento técnico para Todo texto o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde. Dispõe sobre os procedimentos de Resolução CONAMA 334 Todo texto Todo texto licenciamento ambiental de estabelecimentos destinados ao recebimento de embalagens vazias de agrotóxicos. Aprova as Instruções Resolução ANTT - MT 420 de 12 de fevereiro de 2004 Todo texto Complementares para a Fiscalização de Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos no Âmbito Nacional. Página 38 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. RDC- ANVISA 306 de 25 de novembro de 2004 Resolução CONAMA 404 de 11 de novembro de 2008 Dispõe sobre o regulamento técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde. Estabelece critérios e diretrizes para sanitário de pequeno porte de resíduos sólidos urbanos. Trata da política e do conteúdo nº 75 de 02 de julho de mínimo dos Planos de Saneamento 2009 Básico. Define critérios e procedimentos de 29 de agosto de de2006 Todo texto o licenciamento ambiental de aterro Resolução recomendada Resolução CONAMA 375 Todo texto Todo texto Todo texto para o uso agrícola dos lodos e esgotos gerados em estações de tratamento e seus produtos derivados e dá outras providências. Resolução CONAMA 377 de 09 de outubro de 2006 Dispõe sobre o licenciamento Todo texto ambiental simplificado de Sistema de Esgotamento Sanitário. Altera o inciso II do §4º e a tabela Resolução CONAMA 397 do §5º, ambos do artigo 34º da de 03 de abril de 2008 resolução CONAMA nº 357 de Todo texto 2005. Dispõe sobre condições e padrões Resolução CONAMA 430 de lançamento de efluentes, de 13 de maio de 2011 complementa e altera a resolução Todo texto do CONAMA 357 de 2005. PORTARIAS Portaria 2.914 do Dispões sobre os procedimentos de Todo texto. ministério da saúde de 12 controle e de vigilância da qualidade de dezembro de 2011 da água para o consumo humano. Fonte: Inova Consultoria Ambiental. Quadro 2 - Legislações Estaduais sobre saneamento. Página 39 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. NORMAS ESTADUAIS LEIS Descrição Artigos a destacar Dispõe sobre a gestão dos Arts. 1°, 3°, 4°, 6°, 8°, 9° e 16 Lei N° 9.921, de 27 de julho de 1993 resíduos sólidos, nos termos do artigo 247, parágrafo 3º da Constituição do Estado e dá outras providências. Institui o Código Estadual do Arts. 1°, 2°, 3°, 6°, 8°, 9°, 18, § Meio Ambiente do Estado do único, 27, 120, 121, 122, 123, 124, Lei N° 11.520, de 03 de agosto de 2000 Rio Grande do Sul e dá outras 125, 126, 127, 128, 129, 130, 131, providências 132, 133, 134, 135, 136, 137. 138, 139, 140, 141, 142, 192, 193, 217, 218, 219, 220, 221, 222, 223, 224 e 225 Lei N° 12.037, de 19 de dezembro de 2003 Dispõe sobre a Política Estadual Todo texto. de Saneamento e dá outras providências. Fonte: Inova Consultoria Ambiental. Quadro 3 – Legislações Municipais que contribuem sobre o assunto. NORMAS MUNICIPAIS Norma/Plano Lei Orgânica Municipal Descrição É a Constituição Municipal, ou seja, o conjunto de normas jurídicas que regem o município. O Plano Diretor é um dos instrumentos de preservação dos bens ou áreas de referência urbana, previsto no artigo 182 Plano Diretor § 1º da Constituição Federal e na Legislação Federal através da Lei 10.257/ 01, denominada como Estatuto da Cidade. É a lei que estabelece diretrizes de ordenamento, Lei de Diretrizes Urbanas orientação e controle do desenvolvimento e expansão urbana, conforme legislação em vigor, de acordo com peculiaridades locais, dando cumprimento ao disposto nos Página 40 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. artigos 182 e 193 da Constituição Federal, da Lei N° 10.257/2001 e da Lei Estadual 10.116/2004. O PLHIS constitui um conjunto articulado de diretrizes, objetivos, metas, ações e indicadores que caracterizam os instrumentos de planejamento e gestão habitacionais. É a Plano Local de Habitação de Interesse Social. partir de sua elaboração que municípios e estados consolidam, em nível local, a Política Nacional de Habitação, de forma participativa e compatível com outros instrumentos de planejamento local, como os Planos Diretores, quando existentes, e os Planos Plurianuais Locais. Resoluções das Conferências Municipais da Cidade, de Saúde, de Habitação e de Meio Ambiente. Protocolo de Intenções que A Conferência da Cidade, conforme disposto no Estatuto da Cidade, Lei 10.257/01 é um fórum de discussão e deliberação sobre assuntos relevantes ao desenvolvimento urbano. A sua convocação gera uma grande demonstração cívica, na medida em que a sociedade responde de forma clara e firme ao debate com os governos. Todo texto. define o Consórcio de Saneamento na hipótese do Plano Regional de Saneamento Básico. O plano de bacia é um dos instrumentos mais importantes Planos das Bacias no gerenciamento de bacias hidrográficas. O Plano de Hidrográficas Bacia se torna o norteador das decisões de cada Comitê de Gerenciamento de Bacia Hidrográfica. Fonte: Inova Consultoria Ambiental. 4 4.1 SANEAMENTO BÁSICO SANEAMENTO BÁSICO Segundo a Organização Mundial da Saúde – OMS, saneamento é o controle de todos os fatores do meio físico do homem, que exercem ou podem exercer efeitos nocivos Página 41 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. sobre o seu bem estar físico, mental e social e o define como o estado de completo bem estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doença. O saneamento constitui um conjunto de ações sobre o meio ambiente físico, portanto de controle ambiental, cujo objetivo é de proteger a saúde do homem. Até pouco tempo, o saneamento básico restringia-se à água e ao esgoto, tendo evoluído para o saneamento básico com viés ambiental (WARTCHOW, 2009). Assim, além do conceito da OMS, o Ministério da Saúde brasileiro (2006) conceitua saneamento ambiental como: [...] o conjunto de ações socioeconômicas que tem por objetivo alcançar Salubridade Ambiental, por meio de abastecimento de água potável, coleta e disposição sanitária de resíduos sólidos, líquidos e gasosos, promoção da disciplina sanitária de uso do solo, drenagem urbana, controle de doenças transmissíveis e demais serviços e obras especializadas com a finalidade de proteger e melhorar as condições de vida urbana e rural (BRASIL, 2006 a). A definição acima traz uma evolução em relação à abordagem da problemática relacionada ao conceito de saneamento básico, ampliando para o conceito de saneamento ambiental. Ao se referir a um conjunto de ações socioeconômicas, a definição vai além da ideia de saneamento vinculada a obras a serem implementadas, incluindo a ideia de ações sociais e principalmente de educação. O conceito de Saneamento Ambiental possui uma abrangência que historicamente foi construída com o objetivo de alcançar níveis crescentes de salubridade ambiental, compreendendo o abastecimento de água, o esgotamento sanitário, o manejo de resíduos sólidos urbanos, o manejo de águas pluviais urbanas, o controle de vetores, a disciplina de ocupação e uso do solo, a fim de promover a melhoria das condições de vida urbana e rural. O Saneamento Básico pode ser definido também, como conjunto de medidas a adotar em determinado local visando proporcionar uma condição higiênica saudável aos habitantes. Utilizando medidas quanto ao saneamento, é possível garantir melhores condições de saúde para a população, evitando contaminação e proliferação de doenças, ao mesmo tempo em que, se garante a preservação do meio ambiente. A Lei nº 11.445, de 05 de janeiro de 2007, conceitua como sendo saneamento básico: conjunto de serviços, infraestruturas e instalações operacionais de: a) abastecimento de água potável: constituído pelas atividades, infraestruturas e instalações necessárias ao abastecimento público de água potável, desde a captação até as ligações prediais e respectivos instrumentos de medição; b) esgotamento sanitário: constituído pelas atividades, infraestruturas e instalações operacionais de coleta, transporte, tratamento e disposição final Página 42 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. adequados dos esgotos sanitários, desde as ligações prediais até o seu lançamento final no meio ambiente; c) limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos: conjunto de atividades, infraestruturas e instalações operacionais de coleta, transporte, transbordo, tratamento e destino final do lixo doméstico e do lixo originário da varrição e limpeza de logradouros e vias públicas; d) drenagem e manejo das águas pluviais urbanas: conjunto de atividades, infraestruturas e instalações operacionais de drenagem urbana de águas pluviais, de transporte, detenção ou retenção para o amortecimento de vazões de cheias, tratamento e disposição final das águas pluviais drenadas nas áreas urbanas (BRASIL, 2007, art. 3º, texto digital). Em seu art. 7o define para os efeitos desta Lei que o serviço público de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos urbanos é composto pelas seguintes atividades: I. coleta, transporte, transbordo, tratamento e destino final do lixo doméstico e do lixo originário da varrição e limpeza de logradouros e vias públicas; II. de triagem para fins de reuso ou reciclagem, de tratamento, inclusive por compostagem, e de disposição final do lixo doméstico e do lixo originário da varrição e limpeza de logradouros e vias públicas; III. de varrição, capina e poda de árvores em vias e logradouros públicos e demais eventuais serviços pertinentes à limpeza pública urbana. Em seu § 2º, esta definindo a obrigatoriedade em o município possuir aprovado o PMSB, pois a partir do exercício financeiro de 2014, esta será a condição para o acesso a recursos orçamentários da União ou a recursos de financiamentos geridos ou administrados por órgão ou entidade da administração pública federal, quando destinados a serviços de saneamento básico. Esses sistemas e serviços têm uma relação muito forte com a comunidade a qual se insere, e dependem do entendimento desta comunidade para seu funcionamento, visando formar a base para garantir a salubridade ambiental desse local. Neste quesito, desenvolver a educação ambiental junto a esta comunidade é fundamental para que todos os itens acima citados sejam funcionais, onde qualquer sistema público precisa da consciência e da colaboração coletiva para seu correto funcionamento. Atualmente, o saneamento básico é um dos grandes problemas ambientais e ultrapassa as fronteiras territoriais e deve ser tratado de forma global, pois afeta a vida de todos. A inacessibilidade à habitação segura e serviços básicos de saneamento como: abastecimento de água, rede de esgotamento sanitário e coleta de lixo, representam fatores de alto risco para saúde, além de contribuírem para a deterioração do meio ambiente, sendo fatores que afetam mais de um bilhão de habitantes do planeta (BRASIL, 2006 a). De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) (2008), 96,1% dos domicílios brasileiros apresentam esgotamento sanitário, no entanto, Página 43 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. apenas 52,5% destes contam com rede coletora. Em relação ao acesso à água, os dados demonstram que 82,3% das residências são abastecidas por canalização interna de rede geral. Ainda, em relação ao destino do lixo doméstico, 79,4% dos domicílios amostrados é atendido por coleta direta (Tabela 1). Tabela 1 – Dados de saneamento. BRASIL VARIÁVEIS RIO GRANDE DO SUL (Domicílios particulares permanentes - %) (Domicílios particulares permanentes - %) 2001 2008 2001 2008 87,3 92,6 96,2 98,6 77,8 82,3 81,5 84,0 9,5 10,3 14, 7 14,6 Tinham 92,3 96,1 100,0 100,0 Tinham - rede coletora 45,4 52,5 96,6 98,4 Tinham - fossa séptica 21,3 20,7 11,3 15,8 Tinham – outro 25,6 23,0 62,3 62,3 Tinham - sem declaração 0,01 - 23,0 20,4 Não tinham 7,7 3,9 - - Sem declaração 0,0 - 3,4 1,6 Tinham 92,3 96,1 96,6 98,4 Tinham - de uso exclusivo 90,7 95,2 94,0 97,3 1,6 0,9 2,6 1,1 Tinham - sem declaração 0,0 - - - Não tinham 7,7 3,9 3,4 1,6 FORMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA Com canalização interna Com canalização interna com rede geral Com canalização interna com outra forma ESGOTAMENTO SANITÁRIO BANHEIRO OU SANITÁRIO Tinham - comum a mais de um Página 44 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Sem declaração 0,0 - - - Coletado diretamente 75,5 79,4 81,6 82,6 Coletado indiretamente 7,7 8,5 2,9 8,2 Outro destino 16,8 12,1 15,5 9,2 Sem declaração 0,0 - - - DESTINO DO LIXO Fonte: IBGE - PNAD, 2001 e 2008. 4.1.1 Plano Municipal de Saneamento Básico O Plano Municipal de Saneamento (PMSB) é um relatório contendo dados de diagnóstico e prognóstico das situações de saneamento do município, onde consta as ações de melhorias, programas e projetos a serem desenvolvidos. Cabe ressaltar que plano não é projeto e sim a idealização de soluções que envolve a formulação sistematizada de um conjunto de decisões integrantes, expressas em objetivos e metas e que explica os meios disponíveis e/ou necessários para alcançá-los, num dado prazo. A elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB) é obrigatória por lei, estando estabelecido na Lei Nacional de Saneamento Básico - LNSB (Lei 11.445/07), o qual define as funções do Poder Público local no exercício da titularidade dos serviços de saneamento básico. O objeto elaborado diz respeito às diretrizes técnicas a serem seguidas pelo executivo municipal, através de uma Política fundamentada, da qual esta definindo o modelo jurídico-institucional e as funções de gestão, e fixa os direitos e deveres dos usuários. As normas e diretrizes técnicas estão estabelecidas neste Plano de Saneamento Básico onde se apresenta as condições para a prestação dos serviços de saneamento básico, através de objetivos e metas para a universalização, programas, projetos e ações necessários para alcançá-la. Estas diretrizes deverão também orientar as atividades dos técnicos do Ministério das Cidades e dos agentes financeiros responsáveis pelos contratos de repasse e outras formas de transferência de recursos do Governo Federal, na análise técnica dos pleitos e acompanhamento das ações urbanas. Com isto, será possível proporcionar a todos os munícipes, o acesso universal ao saneamento básico com qualidade, equidade e continuidade. Este acesso pode ser considerado como uma das questões fundamentais do momento atual, postas como desafio para as políticas sociais, que visa buscar as necessidades de condições adequadas para a gestão dos serviços, e a manutenção da qualidade ambiental das zonas territoriais municipais. Página 45 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. A Política e o Plano devem ser elaborados com a participação da sociedade, por meio de mecanismos e procedimentos que garantem à sociedade informações, representações técnicas e participações nos processos de formulação de políticas, de planejamento e de avaliação relacionados aos serviços públicos de saneamento básico. Tal fato que visa desenvolver toda a linha de ação do PMSB com o acompanhamento de técnicos a frente da coordenação, porém com a execução de pesquisas e busca de dados com equipes municipais em acompanhamento a população local. 4.1.1.1 Sistema de abastecimento de água A água é um bem comum que deve ser compartilhado por todos. É muito mais do que um recurso natural, na realidade é uma parte integral do nosso planeta, presente há bilhões de anos, sendo parte da dinâmica funcional da natureza (TUNDISI, 2003). Acredita-se que aproximadamente 75% da superfície do planeta é constituída de água. Dessa proporção, cerca de 97% é salgada e está situada nos oceanos e mares. Outros 2,7% estão em forma de geleiras, neve, vapor atmosférico e em profundidades inacessíveis, restando 0,3% disponível para consumo humano (PHILIPPI JR., 2005). Para que a água presente no planeta seja utilizada de forma eficaz, faz-se necessário um Sistema de Abastecimento de Água (SAA) que abrange um conjunto de obras, instalações e serviços, destinados a produzir e distribuir água a uma comunidade, em quantidade e qualidade compatíveis com as necessidades da população, para fins de consumo doméstico, serviços públicos, consumo industrial e outros usos. Um sistema de abastecimento de água caracteriza-se pela retirada da água da natureza, adequação de sua qualidade, transporte até os aglomerados humanos e fornecimento à população em quantidade compatível com suas necessidades. O abastecimento pode ser coletivo ou individual. O sistema coletivo apresenta vantagens como facilidade de proteção ao manancial, de supervisão, de controle de qualidade da água e redução de recursos humanos e financeiros. O sistema individual é mais indicado para as áreas rurais, devido à dispersão da população, no entanto, pode ser uma alternativa para áreas periféricas de centros urbanos, para comunidades urbanas com características rurais e para áreas urbanas como solução provisória (BRASIL, 2006 a). A utilização da água para abastecimento da população deve ter prioridade sobre os demais usos dos recursos hídricos. Do ponto de vista operacional, o abastecimento de água pode ser considerado um processo que faz parte do ciclo de abastecimento de água e esgotamento sanitário (PHILIPPI JR., 2005). Página 46 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. O suprimento de água em quantidade suficiente e qualidade satisfatória a população tem influência decisiva no controle e prevenção de doenças, práticas no aprimoramento da saúde como hábitos higiênicos, técnicas esportivas, estabelecimento de dispositivos de conforto, segurança coletiva e desenvolvimento industrial (GARCEZ, 2004). Um sistema de abastecimento de água é composto das seguintes unidades: manancial, captação, adução, tratamento, reservação, rede de distribuição, estações elevatórias e ramal predial (BRASIL, 2006 a). Manancial de captação: É toda fonte de onde se retira a água utilizada para abastecimento residencial, comercial, industrial e outros fins. De maneira geral, quanto à origem, os mananciais são classificados em: Manancial Superficial: é toda parte de um manancial que escoa na superfície terrestre, compreendendo os córregos, rios, lagos, represas e os reservatórios artificialmente construídos com a finalidade de reter o volume necessário para proteção de captações ou garantir o abastecimento em épocas de estiagem; Manancial Subterrâneo: é aquele cuja água vem do subsolo, podendo aflorar à superfície (nascentes, minas etc.) ou ser elevado à superfície por meio de obras de captação (poços rasos, poços profundos, galerias de infiltração etc.). As reservas de água subterrânea provêm de dois tipos de lençol d’água (água livre sob pressão atmosférica) ou aquífero (água confinada sujeitas a uma pressão superior a atmosférica): Captação: A captação engloba o conjunto de equipamentos e instalações utilizados para a tomada de água do manancial, com a finalidade de lançá-la no sistema de abastecimento. O tipo de captação varia de acordo com o manancial e com o equipamento empregado (HELLER, 1995). A captação dever estar num ponto em que, mesmo nos períodos de maior estiagem, ainda seja possível a retirada de água em quantidade e qualidade satisfatórias. Com sistemas que impeçam a contaminação do manancial e ser economicamente viável. Adução: Página 47 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. A adução é o nome dado ao transporte de água, podendo ser de água bruta, ou seja, sem tratamento, que ocorre entre a captação e a Estação de Tratamento de Água (ETA), ou ainda, de água tratada, entre a ETA e os reservatórios. O transporte da água pode dar-se de duas formas: utilizando energia elétrica ou energia potencial (gravidade). Ainda existe a possibilidade, devido ao relevo, da necessidade de utilização de adutoras mistas, ou seja, até determinado ponto se utiliza à força da gravidade e, daí em diante, emprega-se equipamentos de recalque. Estações Elevatórias: As estações elevatórias são instrumentos utilizados nos sistemas de abastecimento de água para captar a água de superfície ou de poços; recalcar a água a pontos distantes ou elevados e reforçar a capacidade de adução. A utilização desses equipamentos, embora geralmente necessária, eleva as despesas com custos de operação devido aos gastos com energia elétrica. Estações de tratamento: Contudo, tão importante quanto à quantidade é a qualidade da água disponível. A água encontrada na natureza nem sempre é adequada ao consumo, uma vez que ao cair em forma de chuva carreia impurezas do ar, ao atingir o solo dissolve e carreia substâncias, que podem alterar suas características. Além disso, os mananciais estão expostos as atividades humanas, tais como processos industriais, e podem carrear organismos, como algas que modificam o seu odor e gosto, além de liberar toxinas. Desta forma, o controle da qualidade da água para consumo humano é fundamental, compreendendo o conjunto de atividades, exercidas de forma contínua na operação do sistema ou solução alternativa de abastecimento de água destinada a verificar se a água fornecida à população é potável (BRASIL, 2006 a). Ainda, segundo a Resolução nº 357, de 17 de março de 2005, do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), classificou as águas doces, salobras e salinas do país, segundo seus usos preponderantes, sendo esta classificação que definirá a necessidade e método de tratamento a ser implantado. Dentro do sistema de abastecimento, o tratamento de água consiste em melhorar suas características organolépticas, físicas, químicas e bacteriológicas, a fim de que se Página 48 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. torne adequada ao consumo humano, ou seja, que atenda aos padrões de potabilidade estabelecidos pela Portaria nº 518/2004. Vários são os métodos que podem ser aplicados ao tratamento de água, entre os quais pode-se citar: fervura, desinfecção, sedimentação simples, filtração lenta, aeração, correção da dureza, remoção de ferro, correção de acidez excessiva, remoção de odor e sabor desagradáveis (DACACH, 1995). Por sua vez, a potabilidade da água para consumo humano envolve o cumprimento de parâmetros microbiológicos, físicos, químicos e radioativos estabelecidos pela Portaria nº 2.914, de 2011, do Ministério da Saúde. Nas ETA’s, o tratamento tem por objetivo condicionar as características da água bruta, isto é, como encontrada na natureza, a fim de atender à qualidade necessária adequada a serviços domésticos, proteger o SAA, principalmente as tubulações da corrosão e deposição de partículas nestas (HELLER, 1995). O processo de transformação da água em um produto potável envolve diversas etapas, constituídas basicamente por: Oxidação de metais, como o ferro e o manganês, com o uso de cloro ou similar, para torná-los insolúveis. Coagulação, que consiste na desestabilização (neutralização das cargas elétricas) das partículas coloidais possibilitando a sua aglomeração e formação dos flocos. Para tal faz-se a adição de produtos (mais comuns são a cal para controle de ph, o sulfato de alumínio e o cloreto férrico como coagulantes primários). Floculação realizada em tanques para formação de flocos de impurezas maiores. Decantação que consiste na separação dos flocos de resíduos da água que irão para o fundo dos tanques pela ação da gravidade. Filtração em sistemas compostos por filtros lentos, rápidos e de pressão, conforme sua velocidade ou pressão. Os filtros são constituídos primordialmente de camadas de antracito, areia e cascalho. Desinfecção utilizando-se cal clorada, hipocloritos e mais comumente o cloro como desinfetante, mantendo-se residual do produto para assegurar a ausência de contaminação durante o trajeto por redes e reservatórios até os usuários, já que pode permanecer fonte de contaminação pela formação de biofilmes microbianos. Estabilização do ph, por meio da adição de cal à água. Página 49 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Fluoretação como agente de prevenção de cáries dentárias [...] (BRASIL, 2002). Reservação: Peça fundamental dentro de um Sistema de Abastecimento de Água é a etapa de reservação, que visa atender às variações de consumo ao longo do dia; promover a continuidade do abastecimento no caso de paralisação da produção de água; manter pressões adequadas na rede de distribuição e garantir uma reserva estratégica em casos de incêndio. Para atender a essas necessidades, a capacidade de reservação deve ser igual ou maior que um terço do volume consumido no dia anterior de maior consumo. Os reservatórios são sempre um ponto fraco no sistema de distribuição de água. Para evitar sua contaminação, é necessário que sejam protegidos com estrutura adequada, tubo de ventilação, impermeabilização, cobertura, sistema de drenagem, abertura para limpeza, registro de descarga, ladrão e indicador de nível (PHILIPPI JR., 2005). Rede de distribuição: Entende-se por rede de distribuição o conjunto de peças especiais destinadas a conduzir a água até os pontos de tomada das instalações prediais, ou os pontos de consumo público, sempre de forma contínua e segura. Planejamento de um sistema de abastecimento de água: No planejamento de um sistema de abastecimento de água é importante considerar: a) volume de água necessário para abastecer a população, considerando a demanda de água para consumo doméstico, comercial, industrial, público e de segurança; b) consumo médio de água por pessoa por dia (consumo per capita), o qual é obtido dividindo-se o total de seu consumo de água por dia pelo número total da população servida. É também definido como o volume de água necessário para abastecer uma população é avaliado levando em conta elementos como o uso da água para atividades domésticas, comercias, industriais, públicas, etc. A influência de diversos fatores contribui para aumentar o consumo ―per capita‖ de uma cidade: O clima: Clima quente; Zonas secas, de baixa umidade; Página 50 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Os hábitos e o nível de vida da população: Grande número de banhos; Lavagem de pisos, ruas; Irrigação de jardins; Lavagem de automóveis; As atividades econômicas da cidade: Elevada demanda comercial; Elevada demanda industrial; Intensa atividade turística; A existência de medição de água distribuída: Baixo percentual de hidrometração; Pressão na rede de distribuição: Altas pressões provocam maiores perdas por vazamento; Custos: Existência de sistemas de esgotamento sanitário. Nos projetos de abastecimento público de água, o per capita adotado varia de acordo com a natureza da cidade e o tamanho da população (Tabela 2); Tabela 2 – Estimativas de consumo de água por dia por habitante de acordo com o tipo de abastecimento. TIPO DE ABASTECIMENTO Per capita litros/(habitante/dia) Populações abastecidas sem ligações domiciliares com torneiras públicas ou chafarizes 30 a 50 com torneiras públicas, chafarizes e lavanderias públicas 40 a 80 com torneiras públicas, chafarizes, lavanderias públicas e sanitário 60 a 100 ou banheiro público Populações abastecidas com ligações domiciliares populações de até 6.000 habitantes 100 a 150 populações de 6.000 até 30.000 habitantes 150 a 200 populações de 30.000 até 100.000 habitantes 200 a 250 populações acima de 100.000 habitantes 250 a 300 população flutuante 100 Fonte: BRASIL, 2006. Página 51 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. c) Fatores que afetam o consumo de água em uma cidade, tais como tamanho do município, crescimento da população, características da cidade (turística, comercial, industrial), tipos e quantidades de indústrias, clima, hábitos e situação socioeconômica da população. Além destes fatores, é importante avaliar qualidade da água (sabor, odor, cor), custo da água, disponibilidade de água, pressão na rede de distribuição, percentual de medição da água distribuída e ocorrência de chuvas; d) Variações de consumo, as quais podem ser anuais (por exemplo, devido ao crescimento populacional), mensais (relacionadas às variações climáticas), diárias, horárias e instantâneas (BRASIL, 2006). A importância do Sistema de abastecimento de água: A importância do sistema de abastecimento de água pode ser considerada nos seguintes aspectos: Os aspectos sanitário e social: Melhoria da saúde e das condições de vida de uma comunidade; Diminuição da mortalidade em geral, principalmente da infantil; Aumento da esperança de vida da população; Diminuição da incidência de doenças relacionadas com a água; Implantação de hábitos de higiene na população; Facilidade na implantação e melhoria da limpeza pública; Facilidade na implantação e melhoria dos sistemas de esgotos sanitários; Possibilidade de proporcionar conforto e bem estar; Melhoria das condições de segurança. O aspecto econômico: Aumento da vida produtiva dos indivíduos economicamente ativos; Diminuição dos gastos particulares e públicos com consultas e internações hospitalares; Facilidade para instalação de indústrias, onde a água é utilizada com matériaprima ou meio de operação; Incentivo à indústria turística em localidades com potencialidades para seu desenvolvimento. Página 52 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. 4.1.1.2 Sistema de esgotamento sanitário O esgoto é constituído de fezes e urina em mistura com as águas servidas, oriundas das expurgações corporais e da lavagem de pisos, roupas, utensílios de cozinha etc., sem incluir as águas pluviais (DACACH, 1990). Segundo (Oliveira, M. 2003) esgotos são constituídos por excretas humanas (fezes e urina), por águas servidas, procedentes do uso doméstico, comercial, industrial e por águas pluviais. São fontes de produção de esgotos as habitações, as indústrias, os estabelecimentos comerciais e diversas instituições sociais. De acordo com (Barros, R. 1995), a geração de esgotos é a consequência da utilização da água para abastecimento. Caso não seja dada uma adequada destinação aos mesmos, estes acabam poluindo o solo, contaminando as águas superficiais e subterrâneas e frequentemente passam a escoar a céu aberto, constituindo perigosos focos de disseminação de doenças. Os esgotos oriundos de uma cidade são basicamente originados de três fontes distintas: Esgotos domésticos (incluindo residências, instituições e comércio); Águas de infiltração (tubos, conexões defeituosas); Despejos industriais (uma vez que clandestinos) (SPERLING, 1996). Os esgotos domésticos contêm aproximadamente 99,9% de água. O restante inclui sólidos orgânicos, suspensos e dissolvidos, bem como microrganismos. Devido a esta fração de 0,01% que há necessidade de se tratar os esgotos (SPERLING, 1996). O esgoto doméstico é uma consequência direta da utilização de água para abastecimento, a qual retorna em 80% sob a forma de esgotos para o ambiente. Caso não seja dada uma adequada destinação aos mesmos, estes acabam poluindo o solo, contaminando as águas superficiais e subterrâneas e frequentemente passam a escoar a céu aberto, constituindo-se em perigosos focos de disseminação de doenças. Os parâmetros físico-químicos e biológicos das águas residuais provenientes do esgoto doméstico seguem conforme ilustrado no Quadro 4. Página 53 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Quadro 4: Exemplos de parâmetros físicos, químicos e biológicos das águas residuárias, origem e efeito poluidor. Parâmetros Origem Efeito poluidor Físicos Decomposição de matéria Cor orgânica; efluentes industriais; esgotos domésticos. Coloração da água principalmente por sólidos dissolvidos: restringe o uso, causa impacto visual e, conforme o efluente pode apresentar toxicidade. Carreação de material do Turbidez solo da bacia hidrográfica Dificulta a entrada de luz na água, por erosão; esgotos podendo impactar a fauna e a flora domésticos e efluentes aquática industriais. Matéria orgânica em decomposição, algas, Sabor e Odor gases dissolvidos, esgotos domésticos e efluentes industriais. Causado por sólidos em suspensão, sólidos dissolvidos e gases dissolvidos, restringindo o uso do recurso sem adequado tratamento. Químicos Compostos Orgânicos biodegradáveis Esgotos domésticos, Impacto na diminuição do oxigênio industriais. dissolvido. Outros compostos orgânicos, como pesticidas, solventes, Esgotos industriais. Efeitos tóxicos, degradação estética e problemas de bioacumulação. fenóis Redução da formação de espuma, Dureza Dissolução de minerais exigindo maior consumo de sabão; contendo cálcio de incômodo aos consumidores; causa magnésio; despejos problema de incrustação nas industriais. tubulações de caldeiras e aquecedores. Página 54 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Dissolução de compostos Problemas de cor na água que do solo; despejos restringem o uso sem tratamento industriais. adequado. Ferro e Manganês Esgotos domésticos; efluentes industriais; Fósforo, Nitrogênio fertilizantes químicos, esgoto de locais de confinamento de animais. Excesso de nutrientes pode levar ao processo de eutrofização do corpo d’água, impactando o uso para fins de consumo e lazer. Biológicos Esgotos domésticos; Bactérias coliformes efluentes industriais, Aumento do risco de doenças de esgoto de locais de veiculação hídrica. confinamento de animais. Crescimento excessivo em Algas função de maior disponibilidade de nutrientes. Causa problemas de odor, gosto e sabor; impacta negativamente o potencial de uso do recurso. Fonte: Phillippi; Malheiros, 2005. Com a concentração populacional e a falta de redes coletoras e tratamento dos esgotos sanitários, estes passam a comprometer a qualidade de vida da população, inclusive no desenvolvimento econômico de uma região. Assim, a diretriz geral deste diagnóstico é garantir a universalização dos serviços de esgotamento como forma de resguardar condições adequadas de saúde pública e conservação do meio ambiente. Um sistema de tratamento de esgotos sanitários se caracteriza pela coleta, transporte e tratamento do efluente de modo a evitar qualquer contato com a população evitando transmissão de doenças e vetores. Os sistemas de esgotamento sanitários podem ser coletivos ou individuais. Os sistemas coletivos se caracterizam por redes de coleta e tubulações que captam e transportam o esgoto até um local único de tratamento – Estação de Tratamento de Esgoto (ETE). Em uma ETE é realizado o tratamento de todo o esgoto coletado na cidade ou em bairros e/ou condomínios. Os sistemas de tratamento individuais se caracterizam por sistemas unifamiliares, onde há a captação e envio do esgoto para fossas sépticas, filtros e posteriormente sumidouros/valas de infiltração. Os dois tipos de tratamento, se bem projetados e operados, podem garantir grande eficiência no tratamento de esgotos evitando contaminação do solo e dos aquíferos. Página 55 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Assim, com a construção de um sistema de esgotos sanitários em uma comunidade, procura-se atingir os seguintes objetivos: Coleta dos esgotos individual ou coletiva; Afastamento rápido e seguro dos esgotos; Tratamento e disposição sanitariamente adequada dos esgotos tratados. Como consequência tem-se: Melhoria das condições sanitárias locais; Conservação dos recursos naturais; Eliminação de focos de poluição e contaminação; Eliminação de problemas estéticos desagradáveis; Melhoria do potencial produtivo do ser humano; Redução das doenças ocasionadas pela água contaminadas por dejetos; Redução dos recursos aplicados no tratamento de doenças, uma vez que grande parte delas está relacionada com a falta de uma solução adequada de esgotamento sanitário; Diminuição dos custos no tratamento de água para abastecimento (que seriam ocasionados pela poluição dos mananciais). Aspecto sanitário: Sob o aspecto sanitário, o destino adequado dos dejetos humanos visa, fundamentalmente, ao controle e à prevenção de doenças a eles relacionadas (BRASIL, 2006 a). As soluções a serem adotadas terão os seguintes objetivos: Evitar a poluição do solo e dos mananciais de abastecimento de água; Evitar o contato de vetores com as fezes; Propiciar a promoção de novos hábitos higiênicos na população; Promover o conforto e atender ao senso estético. Nesse panorama, acredita-se na eficácia de projetos que visem o desenvolvimento de ações e propostas, idênticas às listadas nos tópicos acima, que contemplem sistemas integrados de saneamento ambiental, prevendo desde a captação de água até a solução adequada para o destino final dos dejetos, como iniciativas voltadas para a saúde e qualidade de vida da população. Página 56 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Doenças relacionadas com os esgotos: É grande o número de doenças cujo vínculo de transmissão está relacionado com o destino inadequado de excretas humanas. Havendo contato com germes patogênicos, diversas doenças se proliferam, como: ancilostomose, ascaridíase, amebíase, cólera, diarréia, disenteria bacilar, esquistossomose, febre tifoide, febre paratifoide, salmonelose, teníase. Torna-se indispensável afastar as possibilidades de seu contato com homem, águas de abastecimento, vetores (ratos, moscas, baratas) e alimentos (DACACH, 1990). Modos de transmissão de doenças: Variadas são as maneiras pelas quais se processa a transmissão das doenças, inclusive as oriundas de indivíduos sãos que continuam eliminando germes da doença de que foram vítimas, sendo necessários: 1. Um agente causador ou etiológico; 2. Um reservatório ou fonte de infecção do agente causador; 3. Um modo de sair do reservatório; 4. Um modo de transmissão do reservatório até a nova vítima em potencial; 5. Um modo de penetrar em nova pessoa; 6. Uma pessoa suscetível. A ausência de apenas uma destas seis condições torna impossível a propagação da doença (DACACH, 1990). Uma forma de evitar estas doenças poderia ser com medidas de controle como: Uso de privadas evitando a contaminação da superfície do solo; Uso de privada evitando a contaminação das águas de superfície (lagoas, córregos, etc.). Evitar o banho em córregos e lagos, nas regiões onde houver prevalência de esquistossomose; Lavar frutas e verduras em água potável; Evitar a contaminação por fezes das águas de irrigação; Desinfecção da água para consumo humano; Proteger mananciais e fontes de água destinadas ao consumo humano; Proteger os alimentos e eliminar os focos de proliferação de vetores; Página 57 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Lavar as mãos, após o uso da privada e troca de fraldas das crianças, antes de lidar com alimentos e antes das refeições; Cozinhar bem as carnes fornecidas em localidades onde o abate de animais é feito sem inspeção sanitária. Com base nos dados acima, conclui-se que além de investimentos direcionados à coleta, ao tratamento e à disposição ambientalmente adequada do esgoto sanitário, a educação ambiental poderá contribuir muito na formação e desenvolvimento da consciência crítica do cidadão sobre aspectos inerentes a hábitos e conceitos de higiene e limpeza, itens fundamentais para a melhoria do quadro de saúde e qualidade de vida da população em geral. Vale destacar que os investimentos em saneamento têm um efeito direto na redução dos gastos públicos com serviços de saúde, segundo a Fundação Nacional de Saúde (FUNASA). A ocorrência de doenças, principalmente as doenças infecciosas e parasitárias ocasionadas pela falta de condições adequadas de destino dos dejetos, podem levar o homem a inatividade ou reduzir sua potencialidade para o trabalho (BRASIL, 2006 a). Assim sendo, são considerados os seguintes aspectos: Aumento da vida média do homem, pela redução da mortalidade em consequência da redução dos casos de doenças; Diminuição das despesas com o tratamento de doenças evitáveis; Redução do custo do tratamento da água de abastecimento, pela prevenção da poluição dos mananciais; Controle da poluição das praias e dos locais de recreação com o objetivo de promover o turismo; Preservação da fauna aquática, especialmente os criadouros de peixes. Além disso, as vantagens em tratamento de esgoto para saúde pública são visíveis. Segundo a FUNASA, a cada R$ 1,00 (um real) investido em saneamento, economiza-se R$ 4,00 (quatro reais) em medicina curativa. O esgoto é tão importante para melhorar o Índice do Desenvolvimento Humano (IDH) que o sétimo dos Objetivos Desenvolvidos do Milênio (uma série de metas socioeconômicas que os países da ONU (Organização das Nações Unidas) se comprometeram a atingir até 2015) é reduzir pela metade o número de pessoas sem rede de esgoto. Página 58 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Tratamento de esgotos domésticos: Com relação ao tratamento do esgotamento sanitário subentende-se uma unidade que tenha capacidade para tratar os esgotos brutos coletados com uma eficiência tal que atenda as exigências da legislação ambiental vigente. Prevê-se com isto a remoção dos principais poluentes presentes nas águas residuais, principalmente remoção da matériaorgânica, sólidos em suspensão e organismos patogênicos, nutrientes como o nitrogênio e fósforo, bem como compostos tóxicos e não biodegradáveis. A proposta do Plano Nacional de Saneamento Básico (PLANSAB) considera como adequado o sistema individual de tratamento com a utilização de fossa séptica. Considera também os percentuais de atendimento com fossa séptica definidos segundo o porte populacional do município: 70% até 5 mil habitantes; 50% em municípios com população entre 5 mil e 20 mil habitantes; e 30% em municípios com população entre 20 mil e 50 mil habitantes. Assim, nos locais não servidos por rede coletora pública de esgotos, os dejetos das residências e demais edificações aí existentes, poderão ser lançados em um sistema de fossa séptica que constitui-se de um dispositivo de tratamento de esgotos, em câmaras convenientemente construídas para reter os despejos domésticos, por um período de tempo especificamente estabelecido, de modo a permitir sedimentação dos sólidos e retenção do material graxo contido nos esgotos. O tratamento por meio de fossas sépticas é destinado a receber a contribuição de um ou mais domicílios e com capacidade de dar aos esgotos um grau de tratamento compatível com a sua simplicidade e custo (JORDÃO E PESSÔA, 2005). No que concerne ao tratamento, segundo a Pesquisa Nacional de Saneamento Básico (IBGE, 2008) dos 5.564 municípios brasileiros, apenas 55,2% possuem algum tipo de redes coletoras. Dentre os municípios que possuem rede coletora, 51,7% destinam algum tipo de tratamento aos resíduos coletados. Com isso, de acordo com os dados divulgados pelo IBGE (2008) e apresentados no parágrafo anterior, constata-se que a implantação de infraestruturas direcionadas ao saneamento básico não acompanha o crescimento populacional. Sendo assim, em virtude da falta de medidas práticas de saneamento e de educação sanitária, grande parte da população tende a lançar os dejetos diretamente sobre o solo, contaminando as águas superficiais e subterrâneas que frequentemente passam a escoar a céu aberto. Contudo, o tratamento pode ser separado em sistemas individuais (geralmente fossa séptica, filtro anaeróbio e sumidouro) e sistemas coletivos de esgotos mistos (pluvial + sanitário) ou Página 59 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. separadores absolutos (sanitário), ambos tratados em Estações de Tratamento de Esgoto (ETE’s) (CAVASSOLA, 2011). Para Sperling. et al. 1995, existem basicamente esses dois tipos de sistemas como soluções para o esgotamento de uma determinada área, o sistema individual e o coletivo assim explicados: Os sistemas individuais são adotados para atendimento unifamiliar. Consistem no lançamento dos esgotos domésticos gerados em uma unidade habitacional, usualmente em fossa séptica seguida de sumidouro. Se as habitações possuírem uma elevada porcentagem de área livre ou no meio rural, poderá funcionar satisfatoriamente. Dependerá de o solo apresentar boas condições de infiltração e ainda, se o nível de água subterrânea se encontrar a uma profundidade adequada, de forma a evitar o risco de contaminação por microrganismos transmissores de doenças (SPERLING et al., 1995). Os sistemas coletivos são indicados para locais que possuem uma maior densidade populacional, uma vez que a área requerida para a infiltração torna-se demasiado elevada, usualmente maior que a área disponível. Os sistemas coletivos consistem em canalizações que recebem o lançamento dos esgotos, transportando-os ao seu destino final, de forma sanitariamente adequada. Existindo área disponível cujas características do solo e do lençol freático sejam propícias à infiltração dos esgotos, poder-se-á adotar a solução de atendimento coletivo da comunidade através de uma única fossa séptica de uso coletivo, que também atuará como unidade de tratamento dos esgotos (SPERLING et al., 1995). Em áreas urbanas, a solução coletiva mais indicada para a coleta dos esgotos é o sistema separador, onde os esgotos sanitários e as águas das chuvas são conduzidos ao seu destino final, em canalizações separadas. No Brasil, adota-se o sistema separador absoluto, devido às vantagens relacionadas abaixo (SPERLING et al., 1995): O afastamento das águas pluviais é facilitado, pois pode-se ter diversos lançamentos ao longo do curso d’água, sem necessidade de seu transporte a longas distâncias; Menores dimensões das canalizações de coleta e afastamento das águas residuárias; Possibilidade do emprego de diversos materiais para as tubulações de esgotos, tais como tubos cerâmicos, de concreto, pvc ou, em casos especiais, ferro fundido; Redução dos custos e prazos de construção; Página 60 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Possível planejamento de execução das obras por parte, considerando a importância para a comunidade e possibilidade de investimentos; Melhoria das condições de tratamento dos esgotos sanitários; Não ocorrência de extravasão dos esgotos nos períodos de chuva intensa, reduzindo-se a possibilidade de poluição dos corpos d’água. Sendo assim, os dejetos transportados chegam a ETE, para que os poluentes sejam removidos, caso contrário, podem causar uma deterioração da qualidade dos corpos d’água. Porém, muitas vezes, esta etapa de tratamento dos esgotos tem sido negligenciada em nosso meio, mas deve-se reforçar que o sistema de esgotamento sanitário só é completo havendo a utilização da mesma. Por fim, após o tratamento, os esgotos podem ser lançados ao corpo d’água receptor, ou eventualmente lançados ao solo. Em ambos os casos, há de se levar em conta os poluentes eventualmente ainda presentes nos esgotos tratados, especialmente os organismos patogênicos e metais pesados. A qualidade dos esgotos tratados que se deve alcançar através do tratamento deve respeitar a legislação ambiental Resolução CONAMA nº 357/2005, que dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes, e dá outras providências. No estado do Rio Grande do Sul, cita-se a Resolução do Conselho Estadual de Meio Ambiente (CONSEMA) n° 128/2006 a qual dispõe sobre os critérios e padrões de emissão de efluentes líquidos para as fontes geradoras de efluentes líquidos e que contemplem o lançamento dos mesmos em águas superficiais no Estado do Rio Grande do Sul, excluindo lançamentos no mar e infiltrações no solo, que serão objetos de avaliações independentes no licenciamento pelo órgão ambiental competente. 4.1.1.3 Drenagem urbana e águas pluviais O sistema de drenagem deve ser entendido como o conjunto da infraestrutura existente em uma cidade para realizar a coleta, o transporte e o lançamento final das águas superficiais. Inclui ainda a hidrografia e os talvegues. É constituído por uma série de medidas que visam a minimizar os riscos a que estão expostas as populações, diminuindo os prejuízos causados pelas inundações e possibilitando o desenvolvimento urbano de forma harmônica, articulada e ambientalmente sustentável. O sistema pode ser dividido em: Página 61 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Microdrenagem: São estruturas que conduzem as águas do escoamento superficial para as galerias ou canais urbanos. É constituída pelas redes coletoras de águas pluviais, poços de visita, sarjetas, bocas-de-lobo e meios-fios. Macrodrenagem: São dispositivos responsáveis pelo escoamento final das águas pluviais provenientes do sistema de microdrenagem urbana. É constituída pelos principais talvegues, fundos de vales, cursos d’água, valas pluviais, entre outros. Os sistemas de drenagem urbana são sistemas preventivos de inundações e alagamentos, principalmente, nas áreas mais baixas das comunidades ou marginais aos cursos d’água. A estratégia utilizada para os problemas de drenagem urbana esteve, durante anos, voltada para a retificação dos rios, córregos e o revestimento de suas calhas, com graves consequências ambientais, destacando-se: aumento das velocidades de escoamento e, consequentemente, a transferência de inundação para jusante; eliminação de ecossistemas aquáticos; processos erosivos nas margens dos cursos d’água e elevados custos para o município, sem, necessariamente, obter resultados efetivos. Atualmente, o sistema de drenagem urbana aponta para a preservação dos cursos d’água, sua despoluição e a manutenção das várzeas de inundação, de forma que não sejam necessárias obras estruturantes, reduzindo-se custos de implantação e problemas provocados pelas mesmas, tirando proveito de seu potencial urbanístico como áreas verdes e parques lineares. A abordagem da questão da Drenagem Urbana no Plano de Saneamento deve contemplar diretrizes que determinam a gestão do sistema de drenagem, cujo objetivo é minimizar o impacto ambiental devido ao escoamento das águas pluviais. Esta abordagem deve priorizar as medidas não-estruturantes, incluir a participação pública, ser definido por sub-bacias urbanas e integrar-se ao plano diretor municipal. Algumas ações a serem desenvolvidas para um bom planejamento da Drenagem Pluvial são: Página 62 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Em áreas ribeirinhas: os rios possuem dois leitos - o leito menor em que a água escoa na maioria do tempo e o leito maior. Este último costuma ser inundado pelo menos uma vez a cada dois anos; Devido à urbanização: o aumento da densidade de ocupação por edificações e obras de infra-estrutura viária resulta em maiores áreas impermeáveis e, como consequência, o incremento das velocidades de escoamento superficial e a redução de recarga do lençol freático. A recarga do aquífero se processa através das águas de chuva ou pelas águas de um rio, quando este percorre um leito poroso. O aquífero subterrâneo é o responsável pelo abastecimento de toda nascente d’água e a impermeabilização do solo poderá eliminá-las e, consequentemente, alguns cursos de água poderão desaparecer. Um dos efeitos causados pela urbanização são as enchentes, - lentas ou rápidas, que se avolumam no decorrer dos dias - podendo causar prejuízos materiais e provocar mortes. Em áreas urbanas é comum a inundação localizada devido ao estrangulamento do curso d’água por pilares de pontes, adutoras, aterros e rodovias que reduzem a seção de escoamento do rio. A principal causa das enchentes deve-se à ocupação desordenada do solo, não só no território municipal como também a montante em toda a área da bacia de contribuição, e ao sistema de drenagem urbana que transfere os escoamentos para jusante, sem qualquer preocupação com a retenção de volumes escoados. Um sistema de drenagem eficiente é o que drena os escoamentos sem produzir impactos nem no local nem a jusante. A estratégia utilizada para os problemas de drenagem urbana esteve, durante anos, voltada para a retificação dos rios, córregos e o revestimento de suas calhas, com graves consequências ambientais, destacando-se: aumento das velocidades de escoamento e, consequentemente, a transferência de inundação para jusante; eliminação de ecossistemas aquáticos; processos erosivos nas margens dos cursos d’água e elevados custos para o município, sem, necessariamente, obter resultados efetivos. Atualmente, o sistema de drenagem urbana aponta para a preservação dos cursos d’água, sua despoluição e a manutenção das várzeas de inundação, de forma que não sejam necessárias obras estruturantes, reduzindo-se custos de implantação e problemas provocados pelas mesmas, tirando proveito de seu potencial urbanístico como áreas verdes e parques lineares. A abordagem da questão da Drenagem Urbana no Plano de Saneamento deve contemplar diretrizes que determinam a gestão do sistema de drenagem, cujo objetivo é minimizar o impacto ambiental devido ao escoamento das águas pluviais. Esta abordagem Página 63 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. deve priorizar as medidas não-estruturantes, incluir a participação pública, ser definido por sub-bacias urbanas e integrar-se ao plano diretor municipal. Algumas ações a serem desenvolvidas para um bom planejamento da Drenagem Pluvial são: Estudar a bacia hidrográfica como um todo, com o cadastro da macrodrenagem e inventário das ocorrências de inundações, controle de erosão, controle de vetores causadores de doenças; Estabelecer normas e critérios de projeto uniformes para toda a bacia hidrográfica; Identificar áreas que possam ser preservadas ou adquiridas pelo Poder Público; Elaborar o zoneamento dos fundos de vale e das várzeas de inundação; Valorizar o curso d’água com sua integração na paisagem urbana e fonte de lazer; Estabelecer critérios para implantação de medidas necessárias de acordo com os recursos disponíveis; Articular com o plano diretor e com os serviços de abastecimento de água, esgotamento sanitário, sistema viário; Envolver a comunidade na discussão dos problemas e soluções propostas; Adotar medidas preventivas em vez de corretivas. Objetivos gerais a serem alcançados: Reduzir o risco de danos à comunidade quanto aos aspectos de doenças de veiculação hídrica e de acidentes devido a inundações e deslizamentos de encostas; Reduzir o risco ao patrimônio e aos negócios públicos e privados com a interrupção de transportes, fechamento do comércio e suas consequências, danos a veículos e bens públicos. 4.1.1.4 Resíduos sólidos e limpeza urbana Uma das heranças que a humanidade teve do século passado são os graves problemas ambientais e sociais, decorrentes principalmente de uma industrialização desenfreada buscando o crescimento econômico dos países. No Brasil esta situação não foi muito diferente, a partir de 1950, com a mecanização da lavoura, e o processo de industrialização se concentrando nas áreas urbanas ou periféricas, ocorre uma migração Página 64 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. direcionada para estas regiões, fazendo com que nos dias atuais quase 85% da população brasileira se concentra em áreas urbanas de acordo com o Censo de 2010. Esta concentração desordenada da populacional em centros urbanos no Brasil trouxe paralelamente problemas de organização social causando sérios problemas relacionados com o saneamento ambiental urbano. Dentro dos problemas relacionados com saneamento ambiental urbano, está a situação dos resíduos sólidos domésticos, eis que, de acordo com a Pesquisa Nacional de Saneamento Básico de 2008 realizada pelo IBGE, existe ainda um número expressivo de municípios brasileiros destinando seus resíduos sólidos domésticos para locais totalmente inadequados. Os dados levantados pelo PNSB 2008 mostravam esta realidade para quase 50% do total dos municípios no Brasil. Quando se fala em destinação inadequada de resíduos sólidos domésticos, esta se refere a destinação dos mesmos para lixões, pois nestas situações os resíduos são simplesmente descartados em locais sem condições de infra-estrutura em relação à impermeabilização do solo, tratamento de gases e percolados ou mesmo uma cobertura final. Ocorre muitas vezes que estes locais se encontram próximos de rios ou nascente, aumentando ainda mais os danos ao ambiente local. Além dos danos ambientais pela contaminação do solo, ar e águas tanto superficiais ou subterrâneas pela disposição inadequada dos resíduos sólidos domésticos, ocorre também à proliferação de ratos, moscas e baratas nos ―Lixões‖, vetores de doenças que atingem normalmente a classe pobre da sociedade. E em se tratando de classe pobre, ainda se tem o grave problema social relacionado com a gestão de resíduos sólidos, pois existe hoje ainda um grande contingente de pessoas que buscam em ―Lixões‖ ou mesmo nas ruas, maneiras de sobreviver com a catação de lixo e posterior comercialização para geração de uma renda para o sustento da família. As condições de trabalhos destas pessoas quase sempre são as mais insalubres possíveis, outro grande problema relacionado com a catação de lixo, tanto no ―Lixão‖ ou mesmo nas ruas. A Legislação Ambiental Brasileira obteve um grande avanço nos últimos anos, após a ECO 92 realizada no Rio de Janeiro em 1992, tanto o poder público como a sociedade civil direcionou maior atenção em relação ao meio ambiente. Como os problemas ambientais estavam sendo focados cada vez mais pela sociedade, os administradores públicos se viram obrigados a apresentar soluções para os mesmos, e uma das ações foi avançar mais na parte legal, ou seja, implementar uma legislação que venha a evitar ou reduzir danos ambientais decorrentes das atividades humanas. Como a questão dos Resíduos Sólidos está diretamente ligada com a preservação do meio ambiente, no artigo 23º da Constituição Brasileira de 1988, os municípios tiveram a possibilidade de criar legislações municipais que tivessem como um dos enfoques o Página 65 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Gerenciamento dos Resíduos Sólidos de sua cidade. Porém, muitos municípios em função das grandes dificuldades que os legisladores têm em aprovar projetos de lei desta natureza, e muitas vezes a falta de uma vontade política para resolver ou minimizar os problemas resultantes do gerenciamento inadequado dos resíduos sólidos, tem sofrido duras críticas da população em função da consciência ambiental que despertou na sociedade. Para ordenar melhor as atividades vinculadas ao gerenciamento dos resíduos sólidos domésticos, foi assinado em agosto de 2010 a Lei Nº 12.305 a lei que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos. A mesma lei deverá ser um instrumento legal capaz de direcionar os caminhos a serem seguidos pelas administrações públicas no gerenciamento dos seus resíduos sólidos. Como está proposto no Artigo 6° da Política Nacional de Resíduos Sólidos, a mesma tem como princípios: I. II. III. IV. V. VI. VII. VIII. IX. X. XI. a prevenção e a precaução; o poluidor-pagador e o protetor-recebedor; a visão sistêmica, na gestão dos resíduos sólidos, que considere as variáveis ambiental, social, cultural, econômica, tecnológica e de saúde pública; o desenvolvimento sustentável; a ecoeficiência, mediante a compatibilização entre o fornecimento, a preços competitivos, de bens e serviços qualificados que satisfaçam as necessidades humanas e tragam qualidade de vida e a redução do impacto ambiental e do consumo de recursos naturais a um nível, no mínimo, equivalente à capacidade de sustentação estimada do planeta; a cooperação entre as diferentes esferas do poder público, o setor empresarial e demais segmentos da sociedade; a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos; o reconhecimento do resíduo sólido reutilizável e reciclável como um bem econômico e de valor social, gerador de trabalho e renda e promotor de cidadania; o respeito às diversidades locais e regionais; o direito da sociedade à informação e ao controle social; a razoabilidade e a proporcionalidade. Dentro destes princípios pode-se entender que a Legislação Federal está avançando muito em relação ao assunto resíduos sólidos domésticos, os efeitos deste novo avanço só poderão ser observado após a implementação da política aqui mencionada. A capacidade de absorção e implementação da política nacional de resíduos sólidos pelos municípios vai depender muito da capacidade do gerenciamento municipal, bem como da vontade e maturidade política referente ao assunto resíduo sólido. A comunidade internacional, durante o encontro realizado no Rio de Janeiro em 1992, conhecido como a ECO 92, acordou através da aprovação de um documento contendo compromissos para mudança do padrão de desenvolvimento para o século 21, denominado Agenda 21. Resgatava assim o termo ―Agenda‖ no seu sentido de intenções, Página 66 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. onde prevaleça o desejo de mudança para um modelo de civilização em que predomine o equilíbrio ambiental e a justiça social entre as nações. Mais do que um documento, a Agenda 21 é um processo de planejamento participativo que analisa a situação atual de um país, estado, município e ou região, e planeja o futuro de forma sustentável. Esse processo de planejamento deve envolver todos os atores sociais na discussão dos principais problemas e na formação de parcerias e compromissos para a sua solução a curto, médio e longo prazo. A análise é o encaminhamento das propostas para o futuro devem ser feitas dentro de uma abordagem integrada e sistêmica das dimensões econômicas, social, ambiental e político-institucional. A Agenda 21 faz referências ao assunto resíduos sólidos em seu capítulo 21, centrando-se em quatro área como mostrado abaixo: 21.5. Em consequência, a estrutura da ação necessária deve apoiar-se em uma hierarquia de objetivos e centrar-se nas quatro principais áreas de programas relacionadas com os resíduos, a saber: (a) Redução ao mínimo dos resíduos; (b) Aumento ao máximo da reutilização e reciclagem ambientalmente saudáveis dos resíduos; (c) Promoção do depósito e tratamento ambientalmente saudáveis dos resíduos; (d) Ampliação do alcance dos serviços que se ocupam dos resíduos. 21.6. Como as quatro áreas de programas estão correlacionadas e se apoiam mutuamente, devem estar integradas a fim de constituir uma estrutura ampla e ambientalmente saudável para o manejo dos resíduos sólidos municipais. A combinação de atividades e a importância que se dá a cada uma dessas quatro áreas variarão segundo as condições socioeconômicas e físicas locais, taxas de produção de resíduos e a composição destes. Todos os setores da sociedade devem participar em todas as áreas de programas. Classificação dos Resíduos Sólidos no Brasil: Considera-se Resíduos Sólidos no Brasil os restos oriundos das atividades humanas, considerados pelos seus geradores como inúteis indesejáveis ou descartáveis. Normalmente, apresentam-se sob estado sólido, semi-sólido ou semi-líquido, com conteúdo líquido insuficiente para que este possa fluir livremente. Classificação dos Resíduos Sólidos quanto à periculosidade: De acordo com a NBR 10.004 de 2004, os resíduos podem ser classificados, quanto à periculosidade com o critério de inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade e Página 67 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. patogenicidade (excluídos os resíduos domiciliares e os gerados em estações de tratamento de esgotos sanitários), enquadram-se como: Classe I – perigosos: quando suas propriedades físicas, químicas ou infectocontagiosas podem apresentar risco à saúde pública e ao meio ambiente (materiais sépticos e contaminados, entre outros); Classe II A – não inertes: aqueles que não se enquadram nas classes I e II B - Inertes, tais como: papel, papelão, matéria vegetal e outros; Classe II B – inertes: não apresentam, após teste de solubilização, concentrações superiores aos padrões de potabilidade da água, exceto os padrões de cor, turbidez, sabor e aspecto tais como: rochas, tijolo, vidros e certas borrachas e plásticos e difícil degradabilidade. Classificação dos Resíduos Sólidos quanto à origem: Domiciliar Tem sua origem na vida diária das residências, constituídos por restos de alimentos (cascas de frutas, verduras, sobras de comida, etc.…), produtos deteriorados, jornais e revistas, garrafas, embalagens em geral, papel higiênico, fraldas descartáveis e uma grande diversidade de outros itens. No Brasil, em função da coleta de resíduos perigosos não ocorrer na maioria dos municípios, encontramos com muita frequência o descarte de pilhas, baterias, lâmpadas florescentes também no lixo considerado domiciliar. Comercial Aquele que tem sua origem nos diversos estabelecimentos comerciais e de serviços, tais como supermercados, estabelecimentos bancários, lojas, bares, restaurantes etc. O lixo destes locais tem grande quantidade de papel, plásticos, embalagens diversas e resíduos de asseio dos funcionários, tais como papel-toalha, papel higiênico, etc. Público Aquele que tem origem nos serviços de limpeza pública, incluindo-se todos os resíduos de varrição das vias públicas, limpeza de praias, limpeza de galerias, córregos e terrenos, restos de podas de árvores, corpos de animais, etc. Também se considera lixo público, limpeza de áreas de feiras livres, constituídos por restos de vegetais e embalagens. Serviço de Saúde e Hospitalar Página 68 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Fazem parte dos resíduos sépticos, ou seja, aqueles que contem ou potencialmente podem conter germes patogênicos, oriundos de locais como: hospitais, clínicas, laboratórios, farmácias, clínicas veterinárias, postos de saúde etc. Tratam-se de agulhas, seringas gazes, bandagens, algodões, órgãos e tecidos removidos, meios de culturas e animais usados em testes, sangue coagulados, luvas descartáveis, remédios com prazo de validade vencido, instrumentos de resina sintética, filmes fotográficos de raios X, etc. Os resíduos assépticos destes locais constituídos por papéis, restos da preparação de alimentos, resíduos de limpezas gerais (pós, cinzas etc.) e outros materiais, desde que coletados segregadamente não entrem em contato direto com pacientes ou com os resíduos sépticos anteriormente descritos, são tratados como resíduo domiciliar. Porto, Aeroportos e Terminais Rodoviários e Ferroviários Constituem os resíduos sépticos, ou seja, aqueles que contém ou potencialmente podem conter germes patogênicos, produzidos nos portos, aeroportos e terminais rodoviários e ferroviários. Basicamente constituem-se de materiais de higiene, asseio pessoal e restos de alimentos, os quais podem veicular doenças provenientes de outras cidades, estados ou países. Também nestes casos, os resíduos assépticos destes locais, destes que coletados segregadamente e não entrem em contato direto com os resíduos sépticos anteriormente descritos, são considerados como resíduos domiciliares. Industrial Aquele originado nas atividades dos diversos ramos da indústria, tais como metalúrgicas, química, petroquímica, papeleira, alimentícia, etc. O lixo industrial é bastante variado, podendo ser representado por cinzas, lodos, óleos, resíduos alcalinos ou ácidos, plásticos papéis, madeiras, fibras, borrachas, metais, escórias, vidros e cerâmicas, etc. Nesta categoria, inclui-se a grande maioria do lixo considerado tóxico (Classe I). Agrícola São resíduos sólidos das atividades agrícolas e da pecuária. Incluem embalagens de fertilizantes e de defensivos agrícolas, rações, restos de colheitas, etc. Em várias regiões do mundo, estes resíduos já constituem uma preocupação crescente, destacando-se as enormes quantidades de esterco animal geradas nas fazendas de pecuária intensiva. As embalagens de agroquímicos, geralmente altamente tóxicos, tem sido alvo de legislação específica quanto aos cuidados na sua destinação final. A tendência mundial, neste particular, é para co-responsabilização da indústria fabricante dos agrotóxicos. Página 69 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Entulhos Resíduos da construção civil, composto por materiais de demolição, restos de obras, solos de escavações diversas, etc. O entulho é geralmente material inerte, passível de reaproveitamento, porém, geralmente contém uma vasta gama de materiais que lhe podem conferir toxicidade, com destaque para os restos de tintas e de solventes, pecas de amianto e metais diversos, cujos componentes podem ser remobilizados caso o material não seja disposto adequadamente. Em relação à responsabilidade de coleta, transporte e destinação final dos resíduos tem-se o Quadro abaixo: Quadro 5: Responsabilidade pelo resíduo sólido de acordo com a origem. Origem do Lixo Responsável Domiciliar Prefeitura Comercial Prefeitura* Público Prefeitura Serviço de Saúde Gerador Portos, aeroportos e terminais ferroviários e rodoviários Gerador Industrial Gerador Agrícola Gerador Entulho Gerador *A Prefeitura é responsável por quantidades até 50 Kg. 4.1.1.5 Atuações do Saneamento no âmbito municipal Segundo a Constituição Federal, promulgada em 1988, a titularidade da prestação dos serviços de saneamento básico é dos municípios. Cabem a eles a responsabilidade de organizar e prestar os serviços de abastecimento de água tratada, de esgotamento sanitário, de coleta e tratamento final dos resíduos sólidos e de drenagem pluvial urbana. As medidas adotadas nas questões de saneamento devem atingir e identificar preferencialmente os pontos críticos, adotando soluções para os serviços essenciais deficientes como abastecimento de água, cuidados sanitários relacionados a efluentes domésticos e industriais, pontos de acúmulo de resíduos sólidos, inundações e controle de vetores. Todas estas ações devem ser adotadas junto a programas de educação ambientais voltados a toda população. Página 70 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Os programas de saneamento devem priorizar o desenvolvimento sustentável, levando em conta, além do benefício financeiro, o bem estar da população e do meio biótico, preservando as riquezas naturais presentes na região. A Gestão dos Serviços de Saneamento Responsabilidades Interesse Social: De acordo com a Constituição Federal, em seu artigo 30, é competência dos municípios organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local. Tal atribuição confere à instância municipal a responsabilidade da gestão dos serviços de saneamento, embora não exclua os níveis estadual e federal de atuar no setor, seja no campo de estabelecimento de diretrizes, seja no da legislação ou da assistência técnica. É ainda necessário um envolvimento dessas instâncias em algumas situações relacionadas ao saneamento, como as áreas metropolitanas e as associadas com a gestão dos recursos hídricos. Resgate: Em diversos aspectos, os municípios brasileiros têm tido dificuldades em assumir seu efetivo papel de responsáveis pela gestão dos serviços de saneamento, em consequência de uma herança da realidade histórica implementada com a centralização política e tributária, característica dos anos 70. Assim, é fundamental que haja um resgate desse papel, na perspectiva de que esses serviços contribuam para a garantia de uma qualidade de vida digna para a população. Consórcios: Além do papel das administrações municipais exclusivamente, uma modalidade de gestão que mostra-se muito adequada, dada a abrangência que alguns serviços de saneamento assumem, é a da formação dos consórcios intermunicipais. Nesses, realiza-se um acordo entre municípios, visando à realização de interesses e objetivos comuns, Página 71 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. mediante a utilização de recursos humanos e materiais de que casa um dispõe ou que podem mais facilmente ser obtidos pela união de vários municípios. Esses consórcios, além de permitirem a gestão do meio ambiente de forma mais global e integrada, podem constituir em poderosos instrumentos para a viabilização, por exemplo, da disposição de lixo, da produção de água, da disposição de esgotos e do controle de enchentes. Em geral, a organização dos consórcios obedece à regionalização das bacias hidrográficas, o que torna mais eficaz a visão da proteção ambiental. Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário Histórico: As áreas de abastecimento de água e de esgotamento sanitário apresentam particularidades que as diferenciam das demais. Essas particularidades na gestão dos serviços originam-se com o Plano Nacional de Saneamento – PLANASA, formulado em 1971. Tal plano, objetivando organizar uma sistemática de financiamento do setor com recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço – FGTS estabeleceu a prática de concessão daqueles serviços às companhias estaduais de saneamento. Em função do panorama institucional iniciado com o PLANASA, diversos sistemas foram concedidos às companhias estaduais, por períodos estabelecidos nos contratos de concessão, em geral próximos a 30 (trinta) anos. Através dessa modalidade de gestão, as companhias estaduais são responsáveis pela implantação dos sistemas, sua ampliação, operação e manutenção. Em contrapartida, estabelecem as tarifas julgadas necessárias para a sua viabilidade financeira. No processo descrito, ocorreu uma generalizada exclusão dos municípios do seu papel de efetivo titular dos serviços, por um lado responsável pelo acompanhamento, controle e fiscalização da concessão e, por outro, com direito ao acesso às informações inerentes à prática do saneamento realizada em seu território, de forma a subsidiar o exercício do poder concedente. Outra face dessa realidade é a dos diversos municípios que optaram pela não adesão ao PLANASA, ficando dessa forma como responsáveis diretos pelos sistemas. Estes foram também excluídos do processo, na medida em que não se facultou a eles o acesso a recursos financeiros federais, durante cerca de 20 (vinte) anos após a implementação do PLANASA. Gestão Autônoma: Página 72 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Para os serviços autônomos, e mesmo para aqueles que passam a ser autônomos após uma fase de concessão, algumas alternativas de organização de estrutura administrativa para a gestão dos serviços são: Serviço vinculado à administração direta; Administração autárquica e Modelo empresarial. Além disso, é fundamental que exista uma gestão responsável e moderna dos serviços com planejamento, formação de equipe adequadamente dimensionada e qualificada, autonomia financeira e integração com as demais políticas municipais. Além disso, uma visão clara dos efeitos dos serviços sobre a saúde da população e sobre a proteção do meio ambiente e a consciência de sua função social e pública, são requisitos fundamentais. Resíduos Sólidos e Limpeza Pública Apesar dos serviços de limpeza pública ser de competência dos municípios, determinados aspectos relacionados com este serviço são disciplinados nas legislações federal e estadual. Ao se analisar a importância e abrangência destes serviços e a sua relação com a saúde pública e a poluição ambiental, constata-se que pode ser assunto de interesse de vários municípios. Nesse caso, a figura do consórcio intermunicipal aparece como um instrumento adequado. Aspectos legais: A legislação federal a respeito dos resíduos sólidos foi regrada inicialmente pela Portaria n°. 53/1979, do então Ministério do Interior, e na Lei 6.938, de 31/08/81. A portaria nº 53 foi revogada estando hoje em vigor a Resolução do Conama 358 de 29/05/2005, a qual estabelece normas relativas à execução de projetos específicos de tratamento e disposição de resíduos sólidos, bem como a fiscalização de sua implantação, operação e manutenção. A fiscalização foi atribuída aos Estados, e supletivamente à união. Os responsáveis na administração municipal pela execução dos serviços de limpeza pública devem manter em ativa a fiscalização do setor, mantendo-se sempre atualizados com relação às informações sobre as legislações federal e estadual. Neste quesito, manter o PMSB atualizado mostra-se de fundamental valia na atualização das leis que regem o setor. Página 73 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Normatização: Ao município compete organizar e disciplinar os serviços públicos locais de acordo com as necessidades da comunidade. Os serviços de limpeza pública – realizados nas suas diversas etapas pela população, por suas organizações e pelo setor público – necessitam ser normatizados de forma a definir objetivamente as responsabilidades de cada um (cidadão, entidades e governo) para a obtenção de níveis adequados de higiene individual e coletiva. As disposições municipais sobre a matéria estão relacionadas com as posturas municipais. Dependendo das características do município e dos serviços prestados, este assunto pode ser tratado no Código de Posturas ou Lei Municipal específica. Em qualquer hipótese, é recomendável que a lei autorize o Executivo a regulamentar os assuntos que possam sofrer modificações, tanto em função do crescimento da cidade, com do aprimoramento e modernização dos serviços. Participação Comunitária: A tarefa de fiscalizar é mais ampla que a simples penalização dos infratores. É muito importante procurar a colaboração da população, de forma a facilitar a execução dos serviços de limpeza. Para se conhecer a legislação municipal sobre os resíduos sólidos, é necessária sua distribuição aos interessados, bem como de outros materiais de divulgação. Por tal motivo, se deu início ao processo de Mobilização Social, onde, dando partida a fase inicial de conscientização junto à comunidade local. No entanto, para ter efetividade no entendimento e conhecimento da população, mostra-se necessário dar seguimento dos trabalhos através de campanhas pelos meios de comunicação, assim como palestras e conferências para públicos específicos em etapas subsequentes à aprovação do PMSB. Assim, mostrar-se-á eficazes a conscientização das responsabilidades da população para a manutenção da limpeza e higiene do ambiente onde residem e trabalham. A população deve ser continuamente informada e orientada sobre sua participação no processo de manutenção e conservação dos logradouros e estabelecimentos públicos, em auxílio à ação da administração municipal. Nesse sentido, deve ficar bem claro o papel diferenciado da coletividade e dos agentes públicos na limpeza. A população deve ser convocada a condições técnicas para o Página 74 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. trabalho, definindo os critérios e parâmetros a serem respeitados, bem como as normas a serem obedecidas. Controle de Vetores: Em geral, essa atividade é de responsabilidade dos órgãos de saúde pública, integrando os conhecidos serviços de controle de zoonoses. Alguns aspectos a serem considerados nessa estrutura são: A importância do esforço conjunto dos governos municipal, estadual e federal, inclusive com a perspectiva de apoio técnico e financeiro das instâncias supra municipais nos casos de surtos epidêmicos de doenças provocadas por vetores; O uso criterioso e não abusivo que deve ser previsto para o controle químico, em vista dos efeitos tóxicos, agudos e crônicos, possíveis de ocorrerem; A integração da área com os outros setores do saneamento, de tal forma a privilegiar o controle ambiental dos vetores. 4.1.1.6 Abrangências do plano municipal de saneamento O PMSB como eixo central da política federal para o saneamento básico tem caráter vinculante em relação aos recursos, programas e ações de saneamento da União e papel orientador junto aos demais entes da federação, promovendo a articulação dos entes da federação para a implementação da Lei 11.445/07. Além disso, deve orientar-se pelo princípio consolidado no Art. 23 da Constituição Federal que atribui à União, Estados, Distrito Federal e Municípios a competência comum na promoção de programas para a melhoria do Saneamento Básico. O PMSB deverá contemplar um horizonte da ordem de 20 (vinte) anos e abranger os conteúdos mínimos definidos na Lei nº 11.445/07 e Resolução Recomendada nº 75 do Conselho das Cidades, além de estar em consonância com os Planos Diretores, com os objetivos e as diretrizes dos planos plurianuais (PPA), com os planos de recursos hídricos, com a legislação ambiental, legislação de saúde e de educação, etc. A área de abrangência do PMSB considera toda a área do município, zona urbana e rural, contemplando localidades adensadas e dispersas, incluindo áreas indígenas, Página 75 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. quilombolas e tradicionais. Para se ter dados relativos a estes locais, efetuou-se a fase de diagnóstico, onde através de levantamentos específicos a fonte de dados e as áreas in loco, pode-se obter dados reais, abrangendo todo o territorial urbano e aglomerados rurais do município. Eventualmente, conforme as especificidades incluiu-se o levantamento de informações e análises com abrangência superior ao território do município: a bacia hidrográfica, o COREDE (Conselhos Regionais de Desenvolvimento) ou o consórcio regional. O trabalho de coleta de dados e informações abrangeu os seguintes pontos: A legislação local no campo do saneamento básico, saúde e meio ambiente; A organização, estrutura e capacidade institucional existente para a gestão dos serviços de saneamento básico (planejamento, prestação, fiscalização e regulação dos serviços e controle social); Estudos, planos e projetos de saneamento básico existentes, avaliando a necessidade e possibilidade de serem atualizados; Informações da CORSAN quando este for o prestador do serviço; A situação dos sistemas de saneamento básico do município, nos seus quatro (4) componentes, tanto em termos de cobertura como de qualidade da prestação dos serviços; A situação quantitativa e qualitativa das infraestruturas existentes, as tecnologias utilizadas e a compatibilidade com a realidade local; O A situação socioeconômica e capacidade de pagamento dos usuários; e Dados e informações de outras políticas correlatas. diagnóstico adotou uma abordagem sistêmica, cruzando informações socioeconômicas, ambientais e institucionais, de modo a caracterizar e registrar com a maior precisão possível a situação antes da implementação do Plano. A análise detalhada dos dados levantados proporcionou uma avaliação das condições sanitárias de todos os extratos da população, para a elaboração de propostas e projetos de melhorias dos serviços públicos, sejam elas de aplicação imediata, ou de médio a longo prazo, visando universalizar o acesso a tais recursos. As propostas do plano consistem na adoção de um conjunto de metodologias e técnicas que tenham abrangência em todo o âmbito municipal, considerando as peculiaridades do local, articulando políticas públicas de desenvolvimento urbano, uso e ocupação do solo, planejamento sanitário e integração das infraestruturas e serviços atuais na atuação do plano. O Plano de Saneamento Básico contém as seguintes informações norteadoras: Página 76 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. O diagnóstico integrado da situação local dos quatro componentes do saneamento básico; A definição de objetivos e metas municipais ou regionais de curto, médio e longo prazo, para a universalização do acesso aos serviços de saneamento básico no território; O estabelecimento de sistema, instrumentos e mecanismos de gestão apropriados, bem como, programas, projetos e ações, para o cumprimento dos objetivos e metas, e para assegurar a sustentabilidade da prestação dos serviços; Ações para emergências, contingências e desastres; O estabelecimento, no âmbito da Política, das instâncias de participação e controle social sobre a política e ações e programas de saneamento básico; Os instrumentos, mecanismos e procedimentos para a avaliação sistemática das ações programadas e revisão do plano; Página 77 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. 5 5.1 METODOLOGIAS UTILIZADAS NA REALIZAÇÃO DO DIAGNÓSTICO PARTICIPAÇÃO SOCIAL A Lei n° 11.445/2007 estabelece como princípio a participação da sociedade em todos os processos de elaboração e implementação do PMSB e atribui ao município o estabelecimento de ferramentas de controle social definido no art 3º (inciso IV) como “um conjunto de mecanismos e procedimentos que garantem à sociedade informações, representações técnicas e participações nos processos de formulação de políticas, de planejamento e de avaliação relacionados aos serviços públicos de saneamento básico,”. Neste intuito objetiva gerar um plano coerente e adequado com a realidade local e capaz de promover a melhoria da qualidade de vida das populações locais e da prestação dos serviços públicos de saneamento básico. A participação da sociedade nesse processo é de extrema importância, já que o PMSB deve ser elaborado com horizonte de 20 (vinte) anos, avaliado anualmente e revisado, no mínimo, a cada 4 (quatro) anos. O documento fundamenta os objetivos do município atendendo às necessidades das atuais e futuras gerações no que diz respeito aos serviços, à infra-estrutura e às instalações operacionais de saneamento básico. Visando dar cumprimento ao estabelecido na legislação, paralelamente à elaboração do PMSB fora elaborado o Plano de Mobilização Social, conforme documento complementar. O Plano de Mobilização Social (PMS) previu os meios necessários para a realização de eventos setoriais de mobilização social (debates, oficinas, reuniões, seminários, conferências, audiências públicas, entre outros), garantindo, no mínimo, que tais eventos alcançassem as diferentes regiões administrativas e distritos afastados de todo o território do município, garantindo assim, a ampla participação social. Página 78 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. 5.2 MOBILIZAÇÕES SOCIAIS A mobilização social consiste em um processo permanente de animação e promoção do envolvimento de pessoas por meio do fornecimento de informações e constituição de espaços de participação e diálogo relacionados ao que se pretende promover, que, neste caso, são a elaboração e a implementação dos PMSB. É preciso muita criatividade para manter viva a vontade e o interesse das pessoas. Além da constituição de novos espaços que promovam a participação da sociedade durante o processo de elaboração e implementação dos PMSB (reuniões, consultas e audiências), outros meios podem ser utilizados para tornar o processo ainda mais participativo, tais como a promoção de eventos, campanhas e a elaboração de materiais. A mobilização social é utilizada como estratégia de apoio e estímulo à participação na gestão e no controle do território resultando no empoderamento e comprometimento dos atores envolvidos, ou seja, quem participa possui melhores condições de contribuir e reivindicar em favor do município. Deve basear-se em um constante fluxo de comunicação entre os grupos sociais, em uma rede de apoio e colaboração que estimula a adoção de parcerias e fortalece os laços de confiança. A área de abrangência do PMSB contemplou toda a extensão territorial do município, atendendo as zonas urbanas e as rurais (adensadas ou dispersas) e áreas especialmente protegidas. Para tanto, foi necessário envolver todos os grupos relevantes para a gestão dos serviços de saneamento básico no Município. Além das ações de constituição de um órgão colegiado que representasse todos os segmentos da sociedade promoveram-se as mobilizações sociais, em grupos de três reuniões, sendo também assegurada ampla divulgação das propostas dos planos de saneamento básico e dos estudos que as fundamentaram, inclusive com a realização de posterior audiência pública, consultas através de questionários e conferência municipal legitimando o processo. Os Comitês Locais foram os responsáveis pela coordenação, condução e acompanhamento da elaboração do PMSB, bem como pelo Plano de Mobilização Social e sua efetiva implantação. Com base no PMS organizou-se o território municipal em Setores de Mobilização (SM); locais planejados para receberem os eventos participativos sendo distribuídos pelo território do município de forma a promover efetividade à presença da comunidade. Considerou-se razoável um mínimo de 3 (três) eventos em cada setor de mobilização social em consequência dos objetivos de cada fase do PMSB. Ao menos um evento para a fase de diagnóstico, outro para a fase de prognóstico e mais um para as fases de Página 79 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. priorização de objetivos e/ou programas, finalizando com a conferência municipal, que teve a representação de todos os setores da comunidade, as organizações e cidadãos que residem nos setores de mobilização. Este processo disponibilizou espaço para que a comunidade pudesse dirimir os conflitos dos anseios da sociedade ao PMSB. O Plano de Mobilização Social (PMS) detalhou o planejamento de cada ação de mobilização e participação social incluindo a definição dos objetivos, metas e escopo da mobilização como segue: Identificação de atores sociais parceiros para apoio à mobilização social; Identificação e avaliação dos programas de educação em saúde e mobilização social; Disponibilidade de infraestrutura em cada setor de mobilização para a realização dos eventos; Estratégias de divulgação da elaboração do PMSB e dos eventos a todas as comunidades (rural e urbana) dos setores de mobilização, bem como a maneira que de realização da divulgação, através de faixas, convites, folders, cartazes e meios de comunicação local (jornal, rádio, etc.); Metodologia pedagógica das reuniões (debates, oficinas ou seminários), utilizando instrumentos didáticos com linguagem apropriada, abordando os conteúdos sobre os serviços de saneamento básico; Cronograma de atividades. Considerou-se importante assegurar a participação mínima dos seguintes representantes: a) Dos titulares dos serviços de saneamento; b) De órgãos governamentais relacionados ao setor de saneamento básico; c) Dos prestadores de serviços públicos de saneamento básico; d) Dos usuários de serviços de saneamento básico; e) De entidades técnicas, organizações da sociedade civil e de defesa do consumidor relacionadas ao setor de saneamento básico. Além destes representantes, obteve-se a participação dos presidentes de bairro e associações municipais, representantes da Emater, Sindicato dos Trabalhadores Rurais, representantes das escolas locais e a comunidade em geral. O Comitê Local também teve a função de articular os atores locais e de multiplicar os conhecimentos necessários à elaboração e à implementação do PMSB com os integrantes das outras instâncias do poder público e da sociedade civil existentes no Município. Página 80 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. O PMS detalhado, englobando a metodologia aplicada pelo município, com registros fotográficos, relação presencial, meios de divulgação e comunicação encontram-se em anexo. 5.3 AUDIÊNCIA PÚBLICA E CONFERÊNCIA PÚBLICA A realização da Audiência Pública e Conferência Municipal, conforme acima descrito, validaram o processo de elaboração do PMSB e da Lei de Saneamento Básico. Neste processo, teve-se a representação de todos os setores da comunidade, as organizações e cidadãos que participaram inicialmente do processo junto aos setores de mobilização social. Durante a realização da Audiência Pública, foi possível assegurar a validação do plano elaborado, através das fases de diagnóstico, prognóstico e elaboração dos programas e projetos. Do resultado da audiência, mostrou-se possível definir o Projeto de Lei o qual definiu as diretrizes legais da Política de Saneamento Básico específicas para o município. Por fim, a realização da Conferência Municipal, tratou em aprovar o Projeto Lei pela comunidade local, passando assim a ser encaminhado o texto ao poder Legislativo Municipal, contendo as necessidades inerentes a comunidade. A realização de Audiência e Conferência Pública age como um instrumento da participação popular na função administrativa sendo intrínseco ao estado social e democrático de direito, servindo, também, para controle da atividade administrativa. Ambos os desafios e desenvolvimentos do trabalho de Audiência e Conferência Municipal encontram-se descritos dentro deste plano, junto ao documento complementar – Plano de Mobilização Social. Página 81 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. 6 6.1 CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO HISTÓRICO DO MUNICÍPIO Ibirubá teve como seus primeiros habitantes os índios dos grupos Tupi-guaranis e Jê, com destaque para os Kaingang, chamados de "coroados" pelos colonizadores europeus. Os primeiros brancos a entrarem em contato com esses índios foram os padres Jesuítas espanhóis, vindos do Paraguai. Território de grandes riquezas naturais, com situação geográfica privilegiada e dispondo de bons campos para a criação de gado e ervais para o fabrico do mate, e matas de grandes pinhais expandiram-se rapidamente tornando-se um pólo madeireiro. No início a sede foi denominada de Barão de São Jacob, pouco tempo depois denominado General Osório. A colônia crescia e provavelmente para evitar confusões com o município de Osório, mudou-se o nome para General Câmara em 1938. Novamente daria confusões com o Município de mesmo nome, finalmente para evitar futuros problemas, um estudioso e conhecedor da região, membro do IBGE, impôs o nome a esta terra, chamandoa de IBIRUBÁ, que na língua tupi-guarani significa ―pitangueira do mato‖. A emancipação do distrito de Ibirubá deveu-se a razões objetivas de crescimento populacional, econômico e por razões de ordem político-administrativa na ordenação da Província. Ibirubá abrangia um território de mais de 1.000 quilômetros quadrados e tinha uma população estimada em 2.500 habitantes. Foi na data de 28 de fevereiro de 1955 que Ibirubá passou a categoria de Município. Região de grandes proporções das matas nativas com abundantes exemplares de pitangueira (Eugenia uniflora), assim nasceu a denominação do município e a pitangueira é hoje a árvore símbolo. O distrito foi criado pelo ato municipal de Cruz Alta N°. 3, de 24 de maio de 1915. O município desmembrado de Cruz Alta, pela Lei Estadual N°.2.528, de 15 de dezembro de 1954. Na divisão territorial de 1955, o município figurava com 3 distritos: Página 82 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Ibirubá (sede), Alfredo Brenner e Quinze de Novembro. Pela Lei Municipal N°. 305 de 05 de dezembro de 1966 é criado o distrito de Santo Antônio do Bom Retiro. Pela Lei Estadual N°. 8.454 de 08 de dezembro de 1987 é criado o município de Quinze de Novembro, sendo desanexada sua área territorial de Ibirubá. Para a formação do novo município de Quinze de Novembro utilizou-se de todo o território do antigo distrito pertencente à Ibirubá e mais o distrito de Santa Clara do Ingaí que pertencia ao município de Cruz Alta. Atualmente compõem-no os distritos de: Ibirubá (sede) Alfredo Brenner e Santo Antônio do Bom Retiro. Figura 2: Vista geral do município. Fonte: Prefeitura Municipal de Ibirubá. Figura 3: Monumento do Imigrante. Fonte: Prefeitura Municipal de Ibirubá. Página 83 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. 6.2 LOCALIZAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO GERAL DO MUNICÍPIO No início do povoamento, a sede da colônia foi denominada Barão de São Jacob, e pouco tempo depois o nome de General Osório. Para evitar confusões com o município de Osório, em 1938 mudou-se o nome para General Câmara. Esse nome foi novamente motivo de confusões com outro município. Na visita de um membro do IBGE ao município, foi sugerido o nome de Ibirubá, que em Tupi-Guarani significa pitangueira do mato, pois esta é uma árvore persistente que está sempre em crescimento, tal qual o município. Uma das primeiras famílias a povoar a área após a saída dos bandeirantes foi a família de Carlos Krammes. Outras famílias também deslocaram-se para a área para povoação. O município foi povoado por imigrantes alemães e italianos. O município de Ibirubá está situado na região do Alto Jacuí, no noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (Mesorregião) e Microrregião de Cruz Alta, distando 298 Km de Porto Alegre, capital do Estado do Rio Grande do Sul. Latitude: -28°37’37‖ e Longitude: 053°05’26‖. A área total do município é de 607,456 km², sendo que a sede encontra-se a uma altitude de 416 metros acima do nível do mar. Figura 4: Localização do Municipio de Ibirubá. Fonte: CORSAN. 6.2.1 Limites Territoriais Página 84 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. O município de Ibirubá tem como limite norte os municípios de Ibirubá e Saldanha Marinho, ao sul o município de Quinze de Novembro, a Leste os municípios de Colorado e Selbach e a oeste Cruz Alta, conforme mapa abaixo. Santa Bárbara do Sul Saldanha Marinho Colorado Ibirubá Cruz Alta Selbach Quinze de Novembro Figura 5: Mapa do município com seu limite. Fonte: Coordenação Técnica, Setor de Projetos, 2013. 6.2.2 Acessos No sistema pavimentado de rodovias Ibirubá dispõe das Rodovias Estaduais RS-223 que corta o Município na direção oeste - leste e a RST-824 que parte de Ibirubá em direção à região sul do município. Ibirubá liga-se à Região Metropolitana de Porto Alegre pela RS-223 até Tio Hugo e, a partir daí, pela BR-386 (Soledade-Lajeado-Tabaí) ou pela RS-223 até Tapera, posteriormente segue pela RS-332 até Soledade, encontrando a BR 386 naquele Município. Para o Porto de Rio Grande o acesso é realizado através da BR–116 (a partir de Porto Alegre ou através da BR–392, passando por Santa Maria e Pelotas). Pela rodovia BR–285, que atravessa o estado no sentido leste-oeste, ligando Vacaria a São Borja e Uruguaiana, Ibirubá alcança os principais centros de consumo do Brasil e do Cone Sul da América do Sul. Via Vacaria, atinge Curitiba e São Paulo através da BR–116. Através da ponte binacional entre São Borja e Santo Tomé é possível atingir a Argentina e o Paraguai. A RS–153 permite atingir o Estado de São Paulo através de Erechim, Concórdia e Página 85 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Curitiba. O sistema rodoviário municipal conta com 750 Km de estradas não pavimentadas que em sua maior parte convergem na cidade e se interligam com as rodovias estaduais. Figura 6: Mapa das Rodovias. Fonte: CORSAN. 6.3 6.3.1 ASPECTOS FÍSICOS Clima O clima da região é temperado e com característica subtropical úmido. A umidade relativa do ar média anual é de 75% e a temperatura média anual de 17ºC. Os ventos predominantes são de Noroeste (fonte Atlas Eólico RS – 2002). O clima do município de Ibirubá está enquadrado na variedade Cfa se caracterizando por apresentar chuva durante todos os meses do ano e possuir a temperatura do mês mais quente superior a 22°C, e a do mês mais frio superior a 3° C (fonte: Inventário Florestal Contínuo do Rio Grande do Sul). Página 86 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Figura 7: Localização de Ibirubá, junto ao círculo branco. Fonte: Inventário Florestal Contínuo do Rio Grande do Sul. Abaixo, o gráfico mostra a relação entre a variação da temperatura para as mínimas e máximas registradas com relação a precipitação registrada, média do período entre 1961 e 1990. Figura 8: Variação da temperatura no município e Ibirubá. Fonte: http://jornaldotempo.uol.com.br/climatologia.html/Ibiruba-RS/ Página 87 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. 6.3.1.1 Índices pluviométricos No ano de 2012 os índices pluviométricos mensais no município de Ibirubá variaram de 29,0mm no mês de maio a 240,0mm no mês de outubro, com uma média anual até o mês de outubro de 103,8mm. A média anual de 2011 foi de 164,5mm e de 2010 de 158,5mm. O ano de 2002 apresentou a maior precipitação dos últimos 10 anos com uma média de 295,0mm, segundo registros da COTRIBA-Coop. Agrícola Mista General Osorio Ltda. 300 250 200 150 Precipitação Acumulada (mm) 2012 100 50 0 Jan Mar Mai Jul Set Nov Figura 9: Índices Pluviométricas Ano de 2012. Fonte: DETEC COTRIBÁ. 6.3.2 Hidrografia O município Ibirubá pertence à Bacia Hidrográfica do Alto Jacuí, Região Hidrográfica do Guaíba conforme demostra a Figura 10 abaixo. Página 88 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Figura 10: Localização de Iburubá, dentro da Bacia Hidrográfica do Alto Jacuí. Fonte: Sema, 2002. Página 89 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Os cursos de águas superficiais do Município estão hierarquizados no conjunto da rede e das sub-bacias, sendo designados genericamente de rios, arroios e sangas. Em resumo, os conceitos de Rio, Arroio e Sanga devem ser ordenados segundo a posição hierárquica dos canais de escoamento de água nas suas bacias hidrográficas. A cartografia municipal registra somente quatro classificações de cursos de águas fluviais. Tabela 3: Cursos de água de Ibirubá. Rio Arroio Lajeado (*) Sanga Jacuí Mirim Pulador (Puxiretê) Passo Bonito Ciprandi Pinheirinho Do Pires Mandassaia Oquerim Lagoão Das Figueiras Piracema Puxi Arroio Grande (Ibirubá) Bonito Virgínia Marapó Suiquira DoTigre Pontão Doutor Clarindo Verísimo Luciano Tauá Manjolo São Sebastião São Carlos Dos Cabritos Fonte: Mapa do município de Ibirubá. 1990. Escala - 1:60 000, Cartas do Serviço Geográfico do Exército. Escalas 1:250.000 e 1:50.000 Abaixo serão citados apenas dois recursos hídricos o Rio Jacui Mirmi por ser o principal Rio do município e o Arroio Pulador por ter um valor histórico para o município. Rio Jacuí Mirim O Rio Jacuí Mirim, que tem sua nascente fora dos limites do Município, percorre o Município de norte a sul por aproximadamente 30,0 Km de extensão, totalmente em área rural, sendo responsável por aproximadamente 70 % da drenagem do território municipal. Seus principais afluentes são o Rio Pinheirinho e o Rio Lagoão. È um dos formadores do lago da Hidrelétrica do Passo Real. Página 90 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Arroio Pulador (Puxiretê) O Arroio Pulador também denominado de Arroio Puxiretê, tem sua nascente ao norte da sede do Município e corta o seu território de norte a sul por uma extensão de aproximadamente 18,5 Km na área rural e 2,5 Km na área urbana, onde apresenta situação crítica em termos ambientais. Página 91 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Figura 11: Mapa do Município Mostrando Rede Hidrográfica. Fonte: Setor de Projetos, 2013. Página 92 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. 6.3.3 Hidrogeologia O município de Ibirubá apresenta em seu subsolo a ocorrência de dois importantes aquíferos: Aquífero Serra Geral: A sua importância hidrogeológica decorre da elevada explorabilidade das suas zonas aquíferas, através de poços tubulares e fontes, sendo utilizado para consumo humano, industrial e agropecuária, cujas vazões variam entre 1 e 150 m³/h. Dentro deste contexto, o sistema aquífero Serra Geral constitui, pela sua extensão e modo de ocorrência, uma importante unidade hidrogeólogica. A expressão regional de seu domínio, em termos de superfície e profundidade, e as condições de armazenamento e circulação da água subterrânea lhe confere propriedades hidrogeólogicas distintas e de grande interesse econômico, uma vez que todos os poços tubulares fazem uso de sua água. Aquífero Guarani: é um aquífero com um grande potencial inexplorado dentro dos limites do município de Ibirubá, confinado por uma camada de rochas da Formação Serra Geral com aproximadamente 700 metros de espessura. Suas águas são de excelente qualidade, termalizadas e a captação através de poços têm condições de oferecer vazões de 1 milhão de litros/hora. 6.3.4 Solos Segundo Streck (2002), no município de Ibirubá o tipo de solo mais comum é o Latossolo Vermelho aluminoférrico – LVaf, seguido da associação de solos Neossolo Regolítico Eutrófico – Cambissolo Háplico eutrófico – Luvissolo Háplico pálico típico – RRe1 – CXe – TXp2, e da presença de Latossolo Vermelho Distrófico - LVd. São solos derivados do basalto da Formação Serra Geral, de textura muito argilosa e com elevados teores de Fe2O3. Em áreas de contato com os arenitos da Formação Tupanciretã a textura é um pouco mais leve e os teores de ferro ligeiramente inferiores. Apresentam sequência de horizontes do tipo A, B e C, são muito profundos, pouco diferenciados e com transição gradual e plana entre os horizontes. Apresentam boas características físicas, o que os torna amplamente favoráveis à utilização agrícola, desde que corrigidas suas deficiências de fertilidade. Para um aproveitamento racional destes Página 93 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. solos a calagem é uma prática necessária para elevação do pH e redução dos teores de alumínio, bem como as adubações principalmente de fósforo e potássio. Os Latossolos Vermelho distróficos compreende solos muito profundos a profundos, bem drenados, porosos a muito porosos e friáveis quando úmidos. A textura varia de argilosa a média. São solos ácidos de baixa fertilidade natural e exigem práticas de calagem e adubação mais intensiva. Já a associação de solos existentes trata de solos pouco desenvolvidos, jovens, pouco intemperizados, rasos, do qual apresentam um horizonte A diretamente assentado sobre a rocha ou um pequeno horizonte C, geralmente com muita rocha em decomposição. Apresentam-se bem a acentuadamente drenados, com presença comum de cascalho. Encontram-se localizados em pontos específicos do município estando mais a Oeste e Noroeste do município. Página 94 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Figura 12: Classificação do Solo do município de Ibirubá. Fonte: Streck 2008. 6.3.5 Geomorfologia A característica do relevo está estreitamente relacionada com a litologia do substrato local e a conformação estrutural existente na região, os quais estão constituídos pelas rochas vulcânicas da Bacia do Paraná, sendo esses basaltos de composição ácida e filiação toleítica, marcado por uma série de fraturas de caráter regional tanto de orientação NE e NW, tipicamente relacionados com movimentos tectônicos ocorridos durante e após o processo de separação dos continentes Africano e Americano. Basicamente verifica-se um relevo com conformação de coxilhas de declividade muito baixa a zero, formando extensas áreas com relevo suave a plano, tendo ocorrido nessa região intenso processo de peneplanização e gerando conseqüentemente espessas camadas de solo de coloração vermelha intensa. Página 95 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. A variação de declividade do terreno atrela-se muito a existência de drenagens do entorno, sendo mais declivosos quando da presença do traçado de algum arroio de pequeno porte, e, tornando-se praticamente plano quando da inexistência de qualquer manancial hídrico na região. Tal cenário leva-nos o induzir pela presença de pontos de fraturas no substrato, visto que o alinhamento da drenagem da região é muito retilíneo por longos trechos, conjugando-se posteriormente em uma linha de drenagem maior, principal dando uma conformação de drenagem do tipo espinha-de-peixe. As variáveis que compõem o relevo estão intrinsecamente relacionadas aos aspectos de geoquímica mineral da rocha do substrato e a conformação estrutural reinante nessa litologia. Obviamente uma série de outros fatores naturais contribuem nos processos de conformação morfológica como clima, ação da água, bio-intemperísmo e outros. No entanto, destacam-se estes dois fatores tendo em vista que suas interferências resultam num produto de configuração que dificilmente uma análise pormenorizada na região descartará. Tal asseveração orienta-se na identificação de que estes dois fatores propiciam a formatação do compartimento geomorfológico na região, marcado por um relevo plano. A morfologia ganha um caráter monótono e homogêneo, com linhas de fraturas seguindo longos traçados. É uma porção que possui uma espessa camada de solo, relacionado entre outros, à composição química da rocha no substrato, onde se gera durante a ação intempérica o plano de corrosão (Etchplains), o qual se desenvolve de maneira contínua e lenta. Conforme figura 13 abaixo. Página 96 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Figura 13. Mapa contendo as unidades geomorfológicas. Fonte: IBGE. Página 97 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. 6.3.6 Geologia O território de Ibirubá está localizado numa porção de um grande conjunto morfoestrutural da América do Sul, conhecido genericamente como o derrame basáltico sulamericano sobre a bacia sedimentar do Paraná. Neste contexto predominam as rochas da Formação Serra Geral, formadas por efusivas básicas continentais toleíticas, comumente basaltos e fenobasaltos. Sobre esta sequência efusiva, ocorre de maneira restrita a Formação Tupanciretã, formada por arenitos finos de cor vermelha, friáveis, quartzosos, comumente feldspáticos, camadas argilosas e conglomerados contendo seixos de basaltos e diferenciados ácidos que constituem o litossoma basal. Apresentam normalmente estratificação paralela e cruzada de pequeno porte, tendo sido depositados em ambiente fluvial. Os solos que se desenvolveram sobre estas rochas, resultam da imtemperização dos minerais ferromagnesianos e feldspático-cálcicos da rocha em minerais argilosos, resultando em solos de natureza argilo-siltosa desenvolvido a partir das efusivas básicas ou argilo-arenosa dentro do domínio dos arenitos da Formação Tupanciretã. Figura 14: Formações geológicas na região do município de Ibirubá. Fonte CPRM, 2002. O município encontra-se inserido dentro da zona de sequência efusiva básico, pertencente a Fáceis Gramado K1β Gr, o qual é constituído, segundo CPRM (2002) por derrames basálticos granulares finos a médios, melanocráticos cinza, horizontes vesiculares Página 98 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. preenchidos por zeolitas, carbonatos, e apofilitas e saponitas, estruturas de fluxo e pahoehoe comuns, intercalações com os arenitos Botucatu. 6.4 6.4.1 CARACTERÍSTICAS BIOLÓGICAS Fauna A rica fauna mastozoológica do Rio Grande do Sul lamentavelmente é pouco conhecida, com mais de 140 espécies registradas, e aproximadamente 35% do total conhecido no Brasil. A maioria dos mamíferos é de hábitos noturnos, ou vivem escondidos em abrigos permanentes ou temporários, como é o caso dos roedores (Ordem Rhodentia), morcegos (Ordem Chiroptera), tatus (Ordem Edentata), marsupiais pequenos como a cuíca (Caluromys lanatus), e o gambá (Didelphis sp.), sua presença é revelada pelos restos de repasto, tocas, ninhos, fezes, odor, sons e pegadas. No município de Ibirubá podemos destacar algumas espécies de aves comuns em nossa região como, Pomba-rola branca (Nothura maculosa), anu preto (Crotophagena ani), tico-tico (Zonotrichia cafenfis), rabo-de- palha (Guira guira), coruíra (Troglodyts aedon), canário-da-terra (Sicalies flaveola), urubu comum (Catharista brasiliensis), sabiá (Turdos rufiventris), quero-quero (Vanellus chilensis), pombão (Columba picazuro), corujinha-domato (Otus choliba), beija-flor (Hylocharis chrysura), joão-de-barro (Furnarius rufus), bem-tevi (Pitangus sulphuratus), gavião (Buteo sp.), caturita (Aratinga canicularis), perdiz Americana (Nothura maculosa), chupim (Aaptus chopi), pica-pau (Colaptes sp.), pardal (Passer domesticus), entre outras. Podemos destacar a presença de aves não comuns como a galinhola (Gallinula chloropus), tucano (Ramphastus toco), e o faisão (Penelope jacquacu), além de algumas aves como a garça-branca-pequena (Egretta thula. Entre os mamíferos podemos destacar: ouriço (Coendou villosus), preá (Cavia aperea), gambá (Didelphis sp.), lebre-européia (Lepus capensis), tatu (Coendou villosus), morcegos (Noctilio sp.), ouriço (Coendou sp.), veado (Cervus elaphu), graxain (Pseudalopex gymnocercus), entre outros. Quanto a ictiofauna que se desenvolve nos rios e arroios local destacamos: jundiá (Hoplias lacerdae), traíra (Rhamdia quelen), pintado (Cnemidophorus vacarinsi) , lambari (Pseudalopex sp.), entre outros. No município podem ser encontradas algumas espécies que se encontram na lista das espécies protegidas ou ameaçadas em extinção, como é o caso de uma espécie de lambari que pode ocorrer junto aos rios, que está com o grau de vulnerabilidade VU= Página 99 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. vulnerável, coruja-do-mato, que está com o grau de vulnerabilidade CR= criticamente em perigo. 6.4.2 Flora O município de Ibirubá faz parte do Bioma da Mata Atlântica, localizado na região do Alto Jacuí que é limitado ao Norte pela região do Planalto Médio e ao Sul pela Depressão Central. Podem-se encontrar formações vegetais da Floresta Ombrófila Mista e Floresta de Galeria que acompanha os cursos d’água. A floresta de galeria é densa, alta e estreita, tendo como principais espécies originais a canafístula (Peltophorum dubium), açoita-cavalo (Luehea divaricata), pitangueira (Eugenia uniflora), pessegueiro-bravo (Prunus sellowi), e a aroeira-preta (Lithraea brasiliensis) entre outras. São formações florestais, que acompanham os cursos de água começando subarbustivas nas fontes, desenvolvendo-se em matinhas na encosta seca e rochosa e terminando em matas de regular extensão e altura, de acordo com o volume de água e dos terrenos de aluvião. As galerias limitadas às margens e à zona de inundação compõem-se de numerosos exemplares da flora riograndense comum nas ribanceiras, como: sarandis (Terminalia australis), unha-de-gato (Acácia bonariensis), camboim (Myrcia multiflora) e outras mirtáceas. De mistura crescem arbustos pertencentes à formação de parques, como branquilho (Sebastiana Klotzschiana), sombra-de-touro (Acanthosyris spinescens), e aroeira (Lithraea brasiliensis). Em alguns lugares ocorre salgueiro (Salix homboldtiana), mata-olho (Pouteria gaardneriana), corticeira-do-banhado (Erithrina crista-gali), bem como os aguapés (Eichhornia crassipes e E. azurea) e chapéu-de-couro (Echinodorus aschersonianus) em lugares alagados. Apesar das modificações antrópicas que transformaram a maior parte da vegetação nativa em áreas de cultivos anuais, é possível considerar que o município de Ibirubá, possui uma grande diversidade de espécies nativas, inclusive algumas espécies consideradas em extinção no Estado e até mesmo espécies protegidas por Lei como dos gêneros Erytrina e Ficcus. A corticeira do banhado (Erytrina crista-galli), com diversos exemplares que compõe os resquícios de vegetação ciliar do Rio Jacuí Mirim e também dispersos; Corticeira-daserra (Erytrina falcata) encontra-se em menor proporção em nossas matas; espécies do gênero Fícus pode-se encontrar tanto no perímetro urbano como no meio rural do Município. Também é considerável a presença em nossas matas de espécies pertencentes ao gênero Ocotea, e a espécie do sucará (Gleditsia amorphoides) que estão na lista de espécies da flora ameaçadas de extinção do Rio Grande do Sul. O cedro (Cedrela fissilis), Página 100 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. angico branco (Albizia niopoides), angico vermelho (Parapiptadenia rigida) chal-chal (Allophylus edulis), goiaba (Feijoa selowiana), pinheiro brasileiro (Araucaria angustifólia), sete capotes (Campomanesia guazumifolia), guabiroba (Campomanesia xanthocarpa), ervamate (Ilex paraguariensis), pitangueira (Eugenia uniflora), timbó (Ateleia glazioviana), louro (Chordia trichotoma), canela (gêneros Nectandra sp. e Occotea sp.), leiteiro (Sapium glandulatum), canjerana (Cabralea canjerana), camboatá (Cupania vernalis), araticum (Rollinia rugulisa), pata-de-vaca (Bauhinia forficata), embaúba (Cecropia catharinensis), camboatá vermelho (Cupania vernalis), uvaia (Eugenia pyriformis), ingá feijão ( Ingá sessilis), Cereja (Eugenia involucrata), Camboins (Myrciaria cuspidata e Myrciaria delicatula), cabreúva (Myrocarpus frondosus), capororocão (Myrsine umbellata), vassourãobranco (Piptocarpha angustifólia), pinheiro-bravo (Podocarpus lambertii), pessegueiro-bravo (Prunus selowii), araçá (Psidium cattleyanum), sabugueiro (Sambucus australis), aroeira piriquita (Schinus molle), aroeira-vermelha (Schinus terebinthifolius), branquilo (Sebastianacommersoniana), ipê-ouro (Tabebuia Alba), ipê-roxo (Tabebuia avellanedae), ipê-da-vázea (Tabebuia pulcherrima), tarumã (Vitex megapotamica), mamica-de-cadela (Zanthoxylum rhoifolium), xaxim (Diksonia sellowiana), entre outras são comuns. Apresenta também grande diversidade de lianas, piteridófitas e epífitas, destacando a presença de bromeliáceas em local de mata fechada. No município de Ibirubá podemos destacar algumas espécies ameaçadas de extinção, como: araticum (Rollinia rugulisa) que está com o grau de vulnerabilidade EN= em perigo, cabreúva (Myrocarpus frondosus) que está com o grau de vulnerabilidade VU= vulnerável, canela (gêneros Nectandra sp. e Ocotea sp.) que está com o grau de vulnerabilidade CR= criticamente em perigo, pinheiro brasileiro (Araucaria angustifolia)que está com grau de vulnerabilidade VU= vulnerável, butiá (Butia capitata) que está com grau de vulnerabilidade EM= em perigo. 6.4.3 Unidades de Conservação ou Interesse Especial O município de Ibirubá não possui Unidades de Conservação. Uma das áreas designadas como área de proteção especial é a Zona de Proteção dos Mananciais. A Zona de Proteção dos Mananciais localiza-se a Norte e Noroeste do Município. É constituída pelas áreas rurais das bacias de captação da barragem do Passo Real. Esses mananciais estão em sua maioria, localizados dentro do município de Ibirubá. Localizam-se ainda nessa Zona o Aeroporto Municipal e a Usina do Pinheirinho (COPREL). Página 101 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. 6.5 LEGISLAÇÃO MUNICIPAL A legislação a cerca do tema saneamento junto ao município ainda é bastante deficitária. De uma forma geral, a regulação municipal esta composta pelas leis citadas abaixo. Quadro 6: Leis Municipais. NORMA 201/1963 202/1963 658/1979 DESCRIÇÃO LEI DE URBANIZAÇÃO DA CIDADE DE IBIRUBÁ. ESTABELECE A FORMA DE REALIZAÇÃO DE LOTEAMENTOS NO MUNICÍPIO. DETERMINA SOBRE A ÁREA URBANA DE IBIRUBÁ E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS. 660/1979 DISPÕE SOBRE LOTEAMENTOS E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS 755/1982 INSTITUI O CÓDIGO DE POSTURAS E DISCIPLINA A SUA APLICAÇÃO. 756/1982 INSTITUI O CÓDIGO DE OBRAS E DISCIPLINA A SUA APLICAÇÃO. 820ª/1986 1004/1991 1005/1995 ALTERA O ARTIGO 212, DA LEI MINICIPAL N° 756/82, DE 21/06/82, CÓDIGO DE OBRAS. INSTITUI O FUNDO MUNICIPAL DE SAÚDE E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS. CRIA O CONSELHO MUNICIPAL DE SAÚDE, SUA POLÍTICA MUNICIPAL E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS. DISPÕE DA CRIAÇÃO DE UM FUNDO ESPECIAL 1044/1991 DE RECURSOS, COM DESTINAÇÃO ESPECÍFICA PARA O RECOLHIMENTO, RECICLAGEM E TRATAMENTO DO LIXO NO MUNICÍPIO DE IBIRUBÁ 1305/1995 INSTITUI O MUNICÍPIO DE IBIRUBÁ O PROJETO ALTERNATIVAS LOCAIS PARA O DESENVOLVIMENTO DISPÕE SOBRE A OBRIGATORIEDADE DA 1336/1995 COLOCAÇÃO DE CAIXAS COLETORAS DE CORRESPONDÊNCIAS JUNTO AOS PRÉDIOS E RESIDÊNCIAS DE IBIRUBÁ E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS. 1430/1997 1463/1997 ALTERA DISPOSITIVOS DA LEI MUNICIPAL N.º 1.005 08 DE MAIO DE 1991, REFERENTE AO CONSELHO MUNICIPAL DE SAÚDE. INSTITUI O CÓDIGO FLORESTAL DO MUNICÍPIO DE IBIRUBÁ E DÁ Página 102 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. OUTRAS PROVIDÊNCIAS. 1465/1997 ALTERA O ART. 44 E 45 E ACRESCENTA O ART. 46 NA LEI N.º 660/79 DE 02.05.79 (LEI DE LOTEAMENTOS). AUTORIZA O MUNICÍPIO DE IBIRUBÁ. A INTEGRAR CONSÓRCIO INTERMUNICIPAL COM OS MUNICÍPIOS DE QUINZE DE NOVREMBRO, 1473/1997 COLORADO E SELBACH, VISANDO A AQUISIÇÃO E ADMINISTRAÇÃO DE BENS E EQUIPAMENTOS E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS. DISCIPLINA A LIMPEZA DE VIAS PÚBLICAS, 1522/1997 ALTERANDO O CÓDIGO DE POSTURAS (LEI MUNICIPAL Nº 755/82, DE 21 DE JUNHO DE 1982), E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS. 1642/1999 1656/1999 1657/1999 1658/1999 1716/2000 1717/2000 1866/2002 DISPÕE SOBRE O CÓDIGO DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA DO MUNICÍPIO DE IBIRUBÁ – RS, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS. DISPÕE SOBRE A POLÍTICA MUNICIPAL DA HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL E SANEAMENTO. CRIA O CONSELHO MUNICIPAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL E SANEAMENTO. CRIA O FUNDO MUNICIPAL DE HABITAÇÃO E SANEAMENTO POPULAR, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS. CRIA O FUNDO MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS. INSTITUI A TAXA DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL. DISPÕE SOBRE AS DIRETRIZES URBANAS DO MUNICÍPIO E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS. CRIA A TAXA DE FISCALIZAÇÃO SANITÁRIA E VALORES, BEM COMO 1904/2002 PENAS DE MULTA ÀS INFRAÇÕES SANITÁRIAS DAS ATIVIDADES FISCALIZADAS PELA VIGILÂNCIA SANITÁRIA DA SECRETARIA MUNICIPAL DA SAÚDE, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS. DÁ NOVA REDAÇÃO AO ART. 5.º E 1943/2003 ACRESCENTA O INCISO III NO ART. 6.º DA LEI MUNICIPAL N.º 1.904/2002 QUE CRIA A TAXA DE FISCALIZAÇÃO SANITÁRIA E VALORES. 1954/2003 1989/2004 DÁ NOVA REDAÇÃO AO ART. 3.º DA LEI MUNICIPAL N.º 1.904/2002 QUE CRIA A TAXA DE FISCALIZAÇÃO SANITÁRIA E VALORES. DISPÕE SOBRE OS SERVIÇOS DE COLETA DE ENTULHO E DEPÓSITOS DE MATERIAIS Página 103 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. DESTINADOS À CONSTRUÇÃO CIVIL NO MUNICÍPIO DE IBIRUBÁ. ALTERA O ART. 3º DA LEI MUNICIPAL N.º 1995/2004 1.717/00 DE 02 DE MAIO DE 2000, ALTERADO PELA LEI MUNICIPAL Nº 1.822/2001, QUE INSTITUI A TAXA DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL. 2088/2006 2107/2006 DISPÕE SOBRE A ARBORIZAÇÃO URBANA NO MUNICÍPIO DE IBIRUBÁ E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS DISPÕE SOBRE A POLÍTICA MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTE E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS. AUTORIZA O PODER EXECUTIVO MUNICIPAL CELEBRAR CONVÊNIO 2253/2009 COM O ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, POR INTERMÉDIO DA SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE, NO ÂMBITO DO DEPARTAMENTO DE FLORESTAS E ÁREAS PROTEGIDAS, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS. 2269/2009 2339/2011 DELIMITA O PERÍMETRO INDUSTRIAL DA CIDADE DE IBIRUBÁ E, DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS. ESTABELECE NOVA DELIMITAÇÃO DO PERÍMETRO URBANO DA CIDADE DE IBIRUBÁ. AUTORIZA O MUNICÍPIO DE IBIRUBÁ FIRMAR CONVÊNIO COM O 2395/2011 ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, ATRAVÉS DA SECRETARIA DE HABITAÇÃO, SANEAMENTO E DESENVOLVIMENTO URBANO – SEHADUR E SECRETARIA DA SAÚDE. Fonte: Prefeitura Municipal de Ibirubá. 6.6 6.6.1 ESTRUTURA ADMINISTRATIVA E GESTÃO MUNICIPAL Estrutura administrativa do município A estrutura administrativa do município é subdividida em Gabinete do Prefeito Municipal, Secretarias, Setores, Sistemas e Departamentos de acordo com o organograma geral abaixo. Página 104 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Figura 15: Organograma da estrutura geral administrativa do município de Ibirubá. Fonte: Prefeitura Municipal de Ibirubá. Página 105 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. 6.6.2 Educação O Estado do Rio Grande do Sul está entre os estados com menor índice de analfabetismo do país, 96,5% da população de 6 a 14 anos está matriculada no ensino fundamental, sendo que este estado apresenta uma das menores taxas de abandono escolar do país. A educação do município de Ibirubá abrange 4 redes de Ensino: sendo 3 Públicas (Municipal, Estadual e Federal) e uma particular e filantrópica. A rede municipal de Ensino atende Educação Infantil e Ensino Fundamental, conta hoje com 8 instituições de Educação Infantil e 6 de Ensino Fundamental, destas 4 no interior e 2 na zona urbana. São atendidos aproximadamente 1.700 alunos através da rede municipal de ensino, sendo atendidos por aproximadamente 150 professores, 50 auxiliares de ensino e 50 funcionários de serviços gerais. A Rede Estadual de Ensino conta com 5 escolas sendo uma de atendimento de Educação Básica, um Instituto (Educação Básica e Técnica), e 3 Escolas de Ensino Fundamental. Na Rede Federal de Ensino temos o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul, IFRS - Campus Ibirubá que oferece vários cursos técnicos e Graduação. Na rede particular temos o Colégio Sinodal que atende Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio. O município tem o atendimento de alunos com deficiências na Escola de Educação Especial Franz Humler, a qual funciona em convênio com o município, Estado e APAE. 6.6.2.1 Indicadores de atendimento educacional e nível educacional da criança e da população adulta Tratam-se dos indicadores de atendimento educacional à criança, que demonstra a evolução do município no atendimento educacional infantil; e do nível educacional da população adulta, o qual identifica o nível de educação da população adulta acima de 25 anos de idade sobre os seguintes aspectos: índice de analfabetismo e anos de estudo. A tabela abaixo informa o nível de instrução da população adulta, de acordo com dados do IBGE. Página 106 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Tabela 4: Nível de Instrução da população adulta, de acordo com dados do IBGE 2010. Nível de Instrução Percentual da população Sem instrução/1º ciclo fundamental incompleto 54,97% 1º Ciclo Fundamental completo/ 2º Ciclo Incompleto 12,42% 2º Ciclo Fundamental completo ou mais 32,54% Não determinada 0,07% Fonte: IBGE, 2010. A tabela abaixo informa a porcentagem da criança junto a escola, por faixa etária, mostrando ainda a evolução durante o período de 3 anos. Tabela 5: Faixa etária dos estudantes e matriculas nas Redes Estadual, Municipal, Federal, Particular e Filantrópica do Município de Ibirubá. Indicador Ano Ano Evolução dos 2007 2010 Indicadores Crianças de 0 a 3 anos na escola 40,1% 56,30% 39,39% Crianças de 4 a 5 anos na escola 76,6% 89,90 % 17,36% Crianças de 6 a 14 anos na escola 89,2% 97,60% 9,42% 32,6% 22,70% - 2,37% 77,4% 83,70% 8,13% 13,1% 8,18% - 8,51% 94,4% 89,90% - 4,76% 79,8% 88,30% 10,65% 5,66% 11,42% 101,76% 2,44% 2,49% 2% Estudantes de 15 a 17 anos na escola modalidade EJA - Ensino Fundamental Estudantes de 15 a 17 anos na escola - Ensino Médio Estudantes acima de 18 anos na escola modalidade EJA - Ensino Médio Rendimento escolar crianças de 6 a 14 anos Ensino Fundamental Rendimento escolar crianças de 15 a 17 anos Ensino Médio Crianças de 6 a 14 anos na escola com mais de um ano de atraso escola Crianças de 11 a 14 anos analfabetos Fonte: Dados do IBGE relativos aos anos de 2007 e 2010. Página 107 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. 6.6.2.2 Índice da Educação Básica – IDEB O IDEB é calculado a partir de dois componentes: taxa de rendimento escolar (aprovação) e médias de desempenho nos exames padronizados aplicados pelo INEP. Este índice permite traçar metas de qualidade educacional para a educação. Tabela 6: IDEB para o município de Ibirubá, ano base 2011. Escolas em Ibirubá 5° série 8° série Santa Teresinha 6,6 4,5 Edison Quintana 6,6 5,0 Escola Ibirubá 6,1 4,2 General Osório 4,6 3,3 Não obteve número mínimo de alunos 4,5 Média do Município 5,9 4,3 Média RS 4,9 3,9 Edmundo Roewer Fonte: INEP, 2011. O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) foi criado em 2007 para medir a qualidade de cada escola e de cada rede de ensino. O indicador é calculado com base no desempenho do estudante em avaliações do Inep e em taxas de aprovação. Assim, para que o Ideb de uma escola ou rede cresça é preciso que o aluno aprenda, não repita o ano e frequente a sala de aula. O índice é medido a cada dois anos e o objetivo é que o país, a partir do alcance das metas municipais e estaduais, tenha nota 6 em 2022 – correspondente à qualidade do ensino em países desenvolvidos. O município de Ibirubá apresenta nota média de 5,9 para os alunos até a 5ª série, o que representa esta muito próxima à meta do país para esta faixa. Já no ano de 2011 o município obteve média 6,1, vindo em índices crescentes desde 2005, sendo que no geral o município obteve maior êxito nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. Neste, o município superou a meta projetada para 2011 que era de 5,5. Já nos Anos Finais, deverá haver esforços para superar o índice de 4,0 alcançados, já que a meta para o ano de 2011 era de 4,8. 6.6.3 Saúde A saúde do município de Ibirubá conta com uma grande estrutura localizada no centro da cidade conhecido como PAM (Pronto Atendimento Médico) onde lá se encontra Página 108 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. uma equipe de multiprofissionais que atendem as diversas áreas da saúde, como também diferentes equipes de trabalho. Além desta grande estrutura o município conta com uma equipe de ESF (Estratégia da Saúde da Família) localizado no Bairro Floresta e mais duas equipes em andamento, uma no Bairro Jardim e outra no Bairro Hermany. Conta também com um posto no Bairro Progresso, um posto no Distrito de Alfredo Brenner e um posto no Distrito de Santo Antônio do Bom Retiro. Na estrutura da saúde ainda podemos destacar um Centro Odontológico, que está localizado no centro da cidade em um prédio próprio no qual são realizados diversos atendimentos por profissionais odontológicos. A área da saúde está municipalizada, sendo que a Secretaria Municipal de Saúde de Ibirubá foi criada em 27 de março de 1991, através da Lei Municipal 1.002/91, tendo como atribuições básicas proporcionar à comunidade uma ligação com o Executivo Municipal na área de Saúde, principalmente às pessoas menos assistidas. Logo após a criação da Secretaria foi constituído o Conselho Municipal de Saúde na data de 08 de maio de 1991, através da Lei Municipal 1.005/1991, sendo que este Conselho está em pleno funcionamento. 6.6.3.1 Taxa de natalidade Conforme o Atlas Sócio Econômico do RS, em 2009 o nosso estado apresentava taxa de natalidade de 12,34, e Ibirubá 11,8, índice aproximado da média estadual. Segundo dados mais atuais da Secretaria Estadual de Saúde- Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos - SINASC, o município de Ibirubá apresentou uma taxa de natalidade de 11,3 no ano de 2011, onde se pode observar uma queda nos índices desde 2009, conforme representado no gráfico abaixo. Página 109 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. 300 258 250 240 228 227 225 219 197 200 n°de nascidos 150 coeficiente 100 50 16,2 10,2 13,4 11,7 11,8 11,7 11,3 0 2003 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Figura 16: Taxa de natalidade do município de Ibirubá-RS. Fonte: http://www.saude.rs.gov.br/lista/117/Dados_e_estatisticas. 6.6.3.2 Taxa de mortalidade infantil Segundo últimos registros no Atlas Sócio Econômico do RS (2006), o número de óbitos no estado do Rio Grande do Sul era de 13,1 para cada 1000 nascidos vivos, estando Ibirubá bem abaixo dessa média, apresentando em 2006 uma média de 1 óbito para cada 1000 nascidos vivos. A Taxa de mortalidade infantil, segundo a Secretaria Estadual de Saúde-Sistema de Informações sobre Mortalidade – (SIM 2011) de crianças menores de 1 ano é de 2 mortes a cada 1000 nascidos vivos, representando um coeficiente de 9,1. Conforme representado no gráfico abaixo, a maior taxa de mortalidade infantil registrada nos últimos anos foi em 2007, com um coeficiente de 26,4%, 6 mortes para cada 1000 nascidos vivos, já em 2011 houve uma diminuição da taxa comparando com o ano anterior, de 2010. Página 110 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. 300 258 250 240 228 227 225 219 197 200 n°de nascidos 150 coeficiente 100 50 16,2 10,2 11,7 13,4 11,8 11,7 11,3 0 2003 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Figura 17: Taxa de mortalidade infantil de crianças de 0 a 1 ano de idade do município de Ibirubá. Fonte: http://www.saude.rs.gov.br/lista/117/Dados_e_estatisticas. 6.6.3.3 Esperança de vida ao nascer Os dados do IBGE mostram um crescente aumento na expectativa de vida dos gaúchos. No ano de 2000 no Rio Grande do Sul, a expectativa de vida era de 71,0 a 71,6 anos, em 2004 de 73,1-74,6 anos, já em 2007 de 74,0 a 75,1 anos. Ibirubá está entre os municípios do Rio Grande do Sul com maior expectativa de vida, entre 74,1 a 77,7anos, segundo dados de 2003, observados junto ao Atlas Sócio Econômico do RS. Página 111 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Figura 18: Expectativa média de vida ao nascer, destacando o município de Ibirubá. Fonte: Atlas sócio econômico do RS - http://www.seplag.rs.gov.br/atlas/atlas.asp?menu=440. 6.6.3.4 Longevidade, mortalidade e fecundidade A mortalidade infantil (mortalidade de crianças com menos de um ano) em Ibirubá reduziu 32%, passando de 17,2 por mil nascidos vivos em 2000 para 11,6 por mil nascidos vivos em 2010. Segundo os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio das Nações Unidas, a mortalidade infantil para o Brasil deve estar abaixo de 17,9 óbitos por mil em 2015. Em 2010, as taxas de mortalidade infantil do estado e do país eram 12,4 e 16,7 por mil nascidos vivos, respectivamente. Tabela 7: Longevidade, Mortalidade e Fecundidade - Ibirubá - RS 1991 2000 2010 Esperança de vida ao nascer (em anos) 69,0 72,9 75,9 Mortalidade até 1 ano de idade (por mil nascidos vivos) 21,3 17,2 11,6 Página 112 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Mortalidade até 5 anos de idade (por mil nascidos vivos) 24,9 20,0 13,5 Taxa de fecundidade total (filhos por mulher) 2,5 2,1 1,6 Fonte: Pnud, Ipea e FJP A esperança de vida ao nascer é o indicador utilizado para compor a dimensão Longevidade do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM). Em Ibirubá, a esperança de vida ao nascer aumentou 6,8 anos nas últimas duas décadas, passando de 69,0 anos em 1991 para 72,9 anos em 2000, e para 75,9 anos em 2010. Em 2010, a esperança de vida ao nascer média para o estado é de 75,4 anos e, para o país, de 73,9 anos. 6.6.3.5 Estrutura da saúde no município Os casos que necessitam de assistência hospitalar no município são encaminhados ao Hospital Annes Dias, que é um Hospital de natureza privada credenciado pelo SUS, e compra de serviços quando necessário. O município mantém convênio de plantão com o Hospital Annes Dias, pago com recursos próprios do município que atende as urgências e emergências. Casos de média e alta complexidade são encaminhados para os municípios de Cruz Alta ou Passo Fundo via Central e/ou para Hospitais de porte maior que tenha condições de realizar o atendimento de acordo com a necessidade. Quando necessário disponibiliza transporte com ambulância, médico, motorista e um técnico de enfermagem, funcionários da Prefeitura Municipal. Postos de atendimento: a) Pam – Posto de Assistência Médica com 1.538,37 m2 de área construída abrange a Secretaria Municipal de Saúde, Vigilância em Saúde e presta atendimento na Atenção Básica de promoção e assistência à saúde. Está dividido em três blocos, sendo um de atendimento ambulatorial onde são realizados curativos, verificação de sinais vitais, vacinas, consultas de enfermagem e procedimentos de enfermagem como: aplicação intramuscular, endovenoso, subcutâneo, esterilização, nebulização, exames de CP, TB, entre outros, um bloco de consultórios médicos, de nutricionista e psicologia. Conta com o atendimento de 2 pediatras, 2 gineco/obstetras, 6 clínicos gerais, um nutricionista e uma psicóloga que atendem diariamente divididos entre os dias da semana e os turnos manhã e tarde e uma farmácia e o outro bloco para a Página 113 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. parte administrativa, de vigilância e sala de reuniões. Também conta com um bloco anexo para estacionamento, lavanderia e depósito. b) Centro Odontológico – Recebido para uso do estado, conta com um espaço físico reformado em 2007/2009 onde são realizados atendimentos odontológicos os quais contam com o apoio de um técnico de enfermagem, 2 auxiliares administrativos e 3 odontólogos para realizarem os atendimentos. Os trabalhos são divididos para melhor fluxo entre os profissionais e os dias da semana. São oferecidas fichas agendadas, na fila e de urgência e também realizados trabalhos específicos com as escolas. c) Posto da Vila Hermany – Com uma área de 40 m2, conta com o atendimento de um técnico de enfermagem, um pediatra que atende uma vez por semana pela manhã e um clínico geral, que também atende uma vez por semana, no turno da tarde e uma enfermeira que mensalmente realiza exames citopatológicos e/ou quando necessário. São realizados procedimentos diários de enfermagem como aplicação intramuscular e endovenoso, verificação subcutâneo e pressão arterial, curativos e visitas domiciliares. d) Posto do Bairro Progresso – Com uma área total de 40 m2, mais uma área coberta na entrada, conta com o atendimento diário de um técnico de enfermagem que atua realizando curativos, aplicação intramuscular e endovenoso, verificação de sinais vitais, visitas domiciliares. Faz atendimento com uma técnica de enfermagem que realiza exames citopatológicos mensalmente e/ou quando necessário e com o atendimento de um clínico geral atuando em um turno da semana. e) Posto de Santo Antonio do Bom Retiro – Localizado em área rural com 84 m2 conta com um técnico de enfermagem atuando na realização de curativos todas as manhãs e pela tarde quando necessário, um clínico geral nas segundas e quintas-feiras pela manhã e uma enfermeira que realiza exames citopatológicos conforme a necessidade da população. f) Posto de Alfredo Brenner – Possui uma área construída de 84,20 m2 na zona rural e aguarda reformas, isto é, ampliação e/ou melhorias. Apresenta atendimentos diários de um técnico de enfermagem que realiza curitivos, vacinas, verificação de sinais vitais, visitas domiciliares, atendimento de um clínico geral que atende nas segundas e quintas-feiras pela manhã e um odontólogo que realiza RX, ultrassom e procedimentos gerais nas quartas-feiras pela manhã. g) Posto de Saúde da Família – Floresta - Com atendimento diário de uma equipe de ESF (Estratégia da Saúde da Família) composta por um médico, uma enfermeira, 2 técnicas de enfermagem e 6 ACS (Agentes Comunitárias de Saúde) , onde são Página 114 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. oferecidas consultas médicas, de enfermagem, curativos, vacinas, verificação de sinais vitais, visitas domiciliares. 6.6.3.6 Condições sanitárias Segundo IBGE (censo 2010) na área urbana de Ibirubá 23,6% dos domicílios da população residente apresentam saneamento básico adequado, 76,4% apresentam semiadequado e 12,6% inadequado. Na área rural 0,5% dos domicílios apresentam saneamento básico adequado, 36,3% apresentam semi-adequado e 63,2% inadequados. Abastecimento de Água: O abastecimento de água na zona urbana é de responsabilidade da CORSAN e representa 99% de cobertura, sendo a captação realizada através de poços artesianos. Na zona rural o abastecimento de água é através de poços artesianos comunitários, particulares ou de nascentes. Conforme os dados da CORSAN, a população total atendida em 2010 é de 16.360 habitantes em 5.267 economias e com volume produzido esperado de 1.210,327 m³/ano e consumido 918,211 m³/ano, totalizando um índice de perda de 37,50%. Esgoto Sanitário: Quanto ao esgotamento sanitário, não encontramos dados quanto ao percentual de domicílios com fossa séptica e/ou poço negro, ou pela ligação direta a cursos naturais de água, mas estima-se que a maior parte dos domicílios possui poço negro, pois se sabe que no município ainda não possui rede geral de esgoto. Todas as residências construídas a partir de 2010 possuem sistema de tratamento de esgoto individualizado, composto por fossa séptica, filtro anaeróbico e sumidouro. Quanto a questões sanitárias, alguns dados ainda podem ser observados, junto ao sistema de informações do Brasil (www.informacoesdobrasil.com.br). Tem-se no município o total de 6.705 domicílios com banheiro de uso exclusivo, e 43 domicílios, continham ao menos o sanitário, havendo um número de 11 domicílios sem banheiro e sem o sanitário, fato este que leva a concluir que pode facilmente ser regularizada a totalidade de domicilios contendo banheiros para atender as famílias Ibirubenses. Página 115 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Resíduos Sólidos: A cidade produz cerca de 10,8t/dia de resíduos sólidos domésticos, os quais são coletados diariamente e dispostos no Aterro Sanitário, operado pela Prefeitura Municipal, licenciado pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental – FEPAM – LO nº 6665/2009-DL, com prorrogação on line junto ao sistema da Fepam, até a presente data. A coleta e o transporte são realizados por empresa terceirizada Turella e Santos a qual possui uma Declaração de Isenção Ambiental n° 242/2008-DL. A coleta de resíduos contempla toda a população urbana da sede do município e dos distritos de Alfredo Brenner e Santo Antonio do Bom Retiro. Está prevista a instalação de uma usina de triagem e compostagem, junto ao aterro sanitário, cujo empreendimento está em fase de implantação, e possui licenciamento ambiental junto a Fepam, LI n° 32/2012. Os resíduos industriais são destinados pelo proprietário a uma empresa especializada e licenciada, que encaminha para aterros sanitários que recebem esta tipologia de resíduos. A situação dos resíduos da construção civil, composto por materiais de demolição, restos de obras, solos de escavações diversas, etc., encontra-se em estudo, devido aos constantes conflitos ambientais causados por deposições irregulares em terrenos baldios. Condiciona-se na autorização ambiental para construção civil que seja contratada pelo empreendedor, uma empresa licenciada que realize a coleta e destine corretamente. Na zona rural o destino do lixo é dado pelo proprietário (normalmente queimado ou enterrado). Também é realizado um trabalho de recolhimento das embalagens de agrotóxicos onde após a tríplice lavagem das mesmas, são recolhidas e encaminhadas para uma empresa especializada. Os resíduos de serviços de saúde têm coleta, transporte e destino final (incineração) feito pela empresa VIA NORTE coleta e transporte de resíduos Ltda. Esta empresa possui licenciamento ambiental para o desenvolvimento desta atividade conforme licença Fepam n° 3309/2008. A coleta e o transporte são feitos por veículo diferenciado, com identificação de resíduo infectante nas portas para melhor visualização do que está transportando. A quantidade média mensal dos resíduos de saúde que está sendo coletado e destinado fica em torno de 3.680 litros/mês. Página 116 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Drenagem Pluvial: A Secretaria Municipal de Obras e a Secretaria Municipal de Desenvolvimento são as responsáveis pela gestão dos serviços de drenagem no Município de Ibirubá. A infra-estrutura de drenagem do município tem como forte característica o fato de ter sido implantada, ao longo dos anos, sem maiores critérios técnicos, visando a soluções pontuais, não se compatibilizando com o contexto global as bacias de contribuição. A drenagem urbana no âmbito da política e do plano de saneamento apresenta-se como importante desafio, pois o sistema apresenta problemas de sub-dimensionamento, má utilização (lançamento de lixo e de esgotos) e de conservação. Estes fatores são agravados em razão do crescimento da cidade, do aumento do grau de impermeabilização do solo, dos desmatamentos para usos urbanos, da erosão, das ocupações indevidas de locais sob a influência das águas, entre outros. 6.6.3.7 Indicadores epidemiológicos Os indicadores epidemiológicos são importantes para representar os efeitos das ações de saneamento - ou da sua insuficiência - na saúde humana e constituem, portanto, ferramentas fundamentais para a vigilância ambiental em saúde e para orientar programas e planos de alocação de recursos em saneamento ambiental. Chagas: A prevenção à doença de chagas é realizada através de visitas realizadas nas propriedades da área urbana, onde são vistoriadas as residências, galpões, galinheiros etc. e principalmente passado orientação e informação a respeito da prevenção do vetor da doença (inseto popularmente conhecido como barbeiro, chupão ou fincão, de nome cientifico Triatoma infestans, entre outros). Ainda à prevenção a doença de chagas, existem dez pontos de coleta para análise, caso encontrado algum inseto, distribuídos em diferentes localidades no interior do município denominado PIT Posto de Informação do Triatomíneo. Dengue: A prevenção a dengue é realizada de diversas formas: Página 117 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. PE - PONTOS ESTRATÉGICOS são 24 locais (borracharias cemitérios, empresas, ferro velho, fabrica de rações etc.), estrategicamente visitados quinzenalmente para verificação da presença de possíveis criatórios para mosquito da dengue. Li + T - LEVANTAMENTO DE ÍNDICE MAIS TRATAMENTO são visitas realizadas em ciclos, onde são entregues folhetos informativos, as residências e pátios são vistoriados em busca de possíveis criatórios para para larvas e mosquitos da dengue e realizando o devido tratamento mecânico ou com veneno para eliminação dos mesmos. ARMADILHAS – (trabalho realizado até março de 2012), 29 armadilhas distribuídas em diferentes pontos da cidade para monitoramento da presença ou não da larva do mosquito aedes. Devido a este trabalho foi descoberto à presença do mosquito Aedes aegipty em nosso município. Com relação à morbidade, registraram-se no município os seguintes números para as seguintes causas. Tabela 8: Morbidades Hospitalares registradas. Doenças Nº óbitos 2010 2009 2007 2006 2005 Infecciosas e parasitárias 3 2 1 0 4 Tumores 0 4 4 2 3 Metabólicas em geral 26 13 20 0 17 Período Perinatal 1 1 1 0 3 0 0 1 18 1 Morbidade e mortalidade 0 0 0 0 0 Total 30 óbitos 20 óbitos 27 óbitos 20 óbitos 28 óbitos Causas externas (envenenamento) Fonte: http://www.informacoesdobrasil.com.br/dados/rio-grande-do-sul/ibiruba/morbidadeshospitalares-ano/. A cobertura vacinal é um indicador que visa auxiliar na informação de quantas pessoas foram imunizadas, da qual é de suma importância para o controle da incidência de doenças. O que se pode observar, e aumento constante da cobertura vacinal entre os anos de 2007 a 2011, com ligeira queda no percentual entre o ano de 2011 (87,38%) para o ano de 2012 (75,90%). Página 118 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Cobertura Vacinal 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Figura 19: Cobertura vacinal no município de Ibirubá. Fonte: DATASUS, 2013. 6.6.4 Meio ambiente No dia 13 de setembro de 2002, o CONSEMA 024/2002 habilitou o município de Ibirubá a licenciar atividades potencial ou efetivamente causadoras de impactos negativos locais, efetuar ações de fiscalização com poder de polícia, monitorar as atividades licenciadas e acompanhar aquelas atividades que são de responsabilidade dos órgãos estaduais e federais. Cria-se assim, o Departamento de Meio Ambiente, que atualmente permanece vinculado a Secretaria de Desenvolvimento, juntamente com o Departamento de Agricultura e Pecuária. O Departamento Municipal do Meio Ambiente é o órgão encarregado de promover a qualidade ambiental, o desenvolvimento ecologicamente sustentável e tem como atribuições o planejamento, implementação, execução e controle de atividades da política municipal do meio ambiente, sendo também responsável por disciplinar à ocupação do solo urbano e rural no que concerne a proteção ambiental e ainda pelo controle e fiscalização de fatores ambientais, promovendo a integração do homem com o meio ambiente e sua reciprocidade de acordo com as políticas ambientais preconizadas pela União e Estado. Atua juntamente com o Departamento de Meio Ambiente o CONDEMA- Conselho Municipal de Defesa ao Meio Ambiente, criado pela Lei Municipal Nº 1.189 de 23 de novembro de 1993 alterada pela Lei Municipal Nº 1.739 de 18 de setembro de 2000. Atualmente o Departamento Municipal de Meio Ambiente, conta com um Coordenador de Meio Ambiente, uma analista ambiental (Bióloga), uma auxiliar a Página 119 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. administrativa e um fiscal ambiental que é responsável pela fiscalização ambiental de todo o município. 6.6.4.1 Projetos ambientais em andamento A proteção e a recuperação da natureza juntamente com a busca de uma maior qualidade de vida para a população, aliado a atração de investimentos necessários para o desenvolvimento do Município de forma sustentável são os princípios norteadores na definição de prioridades e ações. Pensando nisso o município desenvolve alguns projetos que não dependem somente do Poder Público, mas de toda a sociedade. Coleta seletiva de lixo. Convém ressaltar que este Projeto deve vir acompanhado da Usina de Recebimento e Triagem de Lixo e Aterro Sanitário, cuja área está em fase de licenciamento ambiental – Licença de Instalação, na FEPAM; Gerenciamento do lixo escolar; Recicla óleo. Proporcionar o destino adequado ao óleo de cozinha, minimizando os impactos ambientais, visando o recolhimento do óleo utilizado pela população em geral bem como estabelecimentos comerciais; Programa de Educação Ambiental realizado pelo Departamento de Educação, da Secretaria Municipal de Educação, Cultura, Turismo e Desporto, seguirá as disposições estabelecidas na Lei nº 9.795 de 27 de abril de 1999. Segundo a lei, que institui a Política Nacional de Educação Ambiental, somente com cidadãos conscientes poderemos preservar, recuperar e buscar o equilíbrio do meio em que vivemos promovendo assim a melhoria de nossa qualidade de vida; No que se refere ao Rio Puxiretê a EMATER local está desenvolvendo um trabalho de recuperação das matas ciliares, na cabeceira do rio, com os recursos advindos do Pro-Guaíba, estando este processo em seu quarto ano de atividade; O Município de Ibirubá desenvolve um Projeto de Reformulação da Arborização Urbana, que previu a substituição de 4200 árvores localizadas nos passeios e logradouros públicos, árvores estas inadequadas, mal formadas, tóxicas e ou alérgicas, por espécies preferencialmente nativas e de porte adequado, estando este já em fase final de implantação. O Projeto prevê também reformulações em praças e canteiros centrais e trevos de acesso, estes também em fase final de execução. Página 120 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. 6.6.5 Habitação O Município de Ibirubá, através da Secretaria do Trabalho, Assistência Social e Habitação desenvolvem programas habitacionais em parceria com o Ministério das Cidades, Caixa Econômica Federal, Secretaria de Habitação e desenvolvimento urbano do Estado do Rio Grande do Sul e o Município. No município existem 5.425 domicílios urbanos e 1.324 domicílios rurais, resultando num total de 6.749 domicilio em todo o município (Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010). A Prefeitura possui 300 cadastros de famílias interessadas em programas habitacionais, sendo que atualmente 111 famílias já receberam unidades habitacionais no loteamento COABI e 19 famílias serão reassentadas do Bairro Chácara para o Bairro Floresta, sendo que todas são residentes de área de risco. Também existem 50 unidades habitacionais sem unidade sanitária. O número de unidades habitacionais aprovadas pela Prefeitura Municipal no município entre 2005 e 2010: 1237 casas e 85 apartamentos. Em relação aos lotes aprovados entre 2005 e 2010 tem-se o número de 278. O Município possui Plano Local de Habitação, onde priorizará famílias com menor renda per capita, com maior número de dependentes, mulheres responsáveis pelo domicílio, idosos, pessoas com deficiência e demandas apresentadas por movimentos sociais, associações e grupos representativos de segmentos da população. O Plano também atenderá as quotas para pessoas com deficiência e idosos. Ibirubá possui o Conselho Municipal de Habitação, sendo órgão de caráter paritário e deliberativo, composto por representantes de entidades públicas e privadas, bem como de segmentos da sociedade ligados à área de habitação. 6.7 6.7.1 INFRAESTRUTURA E SERVIÇOS URBANOS Energia Elétrica A característica da energia elétrica fornecida em Ibirubá é: Baixa Tensão –380/220 v; Freqüência – 60hz. A concessionária responsável por grande parte do serviço de energia elétrica em Ibirubá é a RGE – Rio Grande Energia S/A, que atende a um total de 5.854 economias no Página 121 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Município, sendo 81 economias na zona rural e 5.776 economias na zona urbana. Segundo informações da RGE as ligações se dividem nas seguintes categorias: Residenciais: 4.995 ligações; Industriais: 86 ligações; Iluminação Pública: 01 ligação; Poder público: 50 ligações; Serviço público: 05 ligações e; Comerciais: 636 ligações. Segundo dados da COPREL, a concessionária é responsável pelo atendimento de 1.576 consumidores na área rural, 90 na área comercial, 41 na área industrial, 496 residencial urbana, 39 iluminação pública, 28 atendimentos de poderes públicos, 1 serviço público, e 3 consumo próprio, totalizando 2274 consumidores em Ibirubá, conforme dados da concessionária um total de 24.209.182 KW/h. 6.7.2 Transportes No sistema pavimentado de rodovias Ibirubá dispõe das Rodovias Estaduais RS-223 que corta o município na direção Oeste Leste e a RST-024 que parte de Ibirubá em direção à região Sul do município. Hoje no município existe somente um coletivo urbano, o transporte escolar para as escolas do município e terceirizado pela Prefeitura, o transporte para os universitários é coordenado pelas associações de estudantes, onde a Prefeitura repassa um valor anual para as mesmas. Não é disponibilizado transporte para os munícipes que trabalham em outro município. O município abriga uma estação rodoviária, responsável por interligar a cidade as principais cidades da região e um aeroporto municipal momentaneamente inativo, por não atender os padrões da ANAC. Não há linhas férreas e hidrovias. As vias urbanas são bem definidas com variações no gabarito que chegam a 10 m de largura em alguns trechos, e obedece a um traçado ―xadrez‖. As vias rurais são predominantemente sem pavimentação, e não seguem um traçado ordenado. As larguras variam até 10 m em média. Mais de 80% das vias urbanas são calçadas e em bom estado de conservação. Quanto aos revestimentos das vias existem paralelepípedos, asfaltos e blocos de concreto intertravados. Segundo IBGE (2010) Ibirubá possui 63,1% de automóveis, 11,8% de caminhonetes, 11,2% de motonetas, 7,5% de caminhões, 2,5% de micro-ônibus, 1,6% de ônibus, 1,2% de caminhões e tratores, 0,4% de motocicletas e 0,7% de tratores, os quais transladam sobre as vias urbanas e rurais. Página 122 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. 6.8 CARACTERIZAÇÃO DO TERRITÓRIO MUNICIPAL E TENDÊNCIAS DE CRESCIMENTO 6.8.1 Organização administrativa do território municipal O município de Ibirubá até o momento não possui seu Plano Diretor, o mesmo está em construção, através de equipe formada por uma portaria 6.758/2012, dentre outros formas de como esta sendo criado. Estima-se que para o ano de 2013, o mesmo esteja implantado no município. As organizações urbanas são regidas pela Lei Municipal nº 2.424/2012. A Zona Urbana possui área de 8,50 Km², e nela se concentram 73% da população municipal e estando dividida em 15 Bairros sendo eles: Centro, Pôr do Sol, Jardim, Odila, Santa Helena, Floresta, Planalto, Progresso, São Jacob, Esperança, Hermany, Chácara, Bangu, Nova Jardim e Coohabi. A Zona Rural e dividida em 02 Distritos: Alfredo Brenner e Santo Antonio do Bom Retiro e mais 29 localidades, divididas em áreas homogêneas situadas nos espaços rurais do município. Estas localidades são denominadas de: Coxilha Dois Irmão, Fazenda Itaiba, Nova Brasília, Pinheirinho, São Paulo Pontão, Linha Fior, São Sebastião, Boa Vista, Esquina São José, Santo Antonio do Triunfo, Santo Antonio do Umbu, Arroio Grande, Erno Weis, Cerâmica Pulador, Linha Pulador Norte, Linha Pulador Sul, São Roque, Várzea, Passo Bonito, Rincão Seco, São Lucas, Esquina São Carlos, Linha Uma, Linha Duas, Linha Três, Linha Quatro, Linha Cinco, Linha Seis e Linha Oito. O mapa abaixo mostra a área territorial do município a localização da zona urbana e da zona rural, as principais vias existentes, e a localização dos recursos hídricos locais. O mapa abaixo indica a localização das linhas rurais com as principais comunidades, e a delimitação da zona urbana. Página 123 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. . Figura 20: Mapa do Município. Fonte: Setor de Projetos. Página 124 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. 6.8.2 Caracterização das zonas urbana e rural 6.8.2.1 Zona Urbana Como dito, a área de ocupação urbana confere 8,50 Km², onde a cidade apresenta uma centralização ampla, onde a zona de maior ocupação esta sofrendo um processo de concentração populacional, e as infraestruturas passando de unifamiliar a plurifamiliar, com maior ocupação predial. Assim é visível a alteração estrutural através da verticalização. Destaca-se uma periferia imediata de intensa ocupação unifamiliar e áreas periféricas semiocupada. O centro verticalizado compreende usos comerciais, de serviços, habitacionais, industriais de pequeno porte e serviços públicos. A periferia imediata, com praticamente toda a sua área loteada, caracteriza-se por intensa ocupação horizontal (unifamiliar), comércio e serviços locais e indústrias de pequeno porte. Sua infra-estrutura é semi-completa, com deficiência, principalmente, quanto ao esgoto cloacal. E algumas áreas, em fundos de vales, apresentam áreas com falta de drenagem pluvial. As áreas periféricas mesclam espaços não ocupados, loteamentos com média ocupação, usos industriais, comerciais atacadistas e depósitos. Os loteamentos mais antigos possuem infraestrutura incompleta, carecendo principalmente, de pavimentação e esgoto cloacal. 6.8.2.2 Rural Áreas homogêneas situadas nos espaços rurais do município, estando denominadas de Proteção dos Mananciais, Rural Agro-familiar e Rural Mista, através da Lei Municipal nº 2.424/2012. Zona de proteção dos mananciais: Localiza-se a Norte e Noroeste do Município. É constituída pelas áreas rurais das bacias de captação da barragem do Passo Real. Esses mananciais estão em sua maioria, localizados dentro do município de Ibirubá. É constituída de relevo pouco acidentado, formado por médias propriedades, com culturas extensivas de soja e trigo. Parte das margens do Rio Jacuí Mirim e do arroio Pulador são cobertas por vegetação nativa. Página 125 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Localizam-se nessa Zona o Aeroporto Municipal e a Usina do Pinheirinho (COPREL). Há duas aglomerações urbanas na Zona dos Mananciais os distritos de Santo Antonio do Bom Retiro e de Alfredo Brenner. O abastecimento de água da Zona Rural de Ibirubá é feito através da captação de Poços Semi Artesianos, Freáticos e de Fontes. Zona Rural agro-familiar: Esta Zona localiza-se ao sul e ao Noroeste do Município. Apresenta relevo ondulado e algumas áreas com regular índice de cobertura vegetal nativa ou reflorestada. É a zona com o maior número de localidades rurais, sua economia é típica das áreas coloniais, com predominância de pequenas propriedades. É uma região de empreendimentos mais familiares, que desenvolvem atividades principalmente nos setores de avicultura, suinocultura, fruticultura, criação de gado leiteiro e produção de hortaliças. Situa-se, ainda, nesta zona um aterro controlado de resíduos sólidos urbanos. Zona Rural mista: A Zona Rural Mista é uma região homogênea de transição entre a Zona de Proteção dos Mananciais e a Zona Rural Agro-familiar. Seu relevo varia do ondulado a suavemente ondulado, sua produção agrícola mescla atividade de produção extensiva como o cultivo de grãos, com atividades típicas de pequenas propriedades agro-familiares (culturas de subsistência) como a avicultura, suinocultura, produção de hortifrutigranjeiros e criação de gado leiteiro. 6.8.3 Tendências de crescimento populacional e desenvolvimento urbano Pode-se observar um aumento significativo no número de habitantes no município de Ibirubá desde 1997, como representado no gráfico abaixo. Página 126 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. População de Ibirubá-RS 19.365 19.310 19.238 19.094 18.979 18.886 18.806 18.63918.633 1997 2000 2002 2003 2005 2007 2009 2010 2011 Figura 21: Crescimento populacional do município de Ibirubá/RS. Fonte de dados: http://www.saude.rs.gov.br/lista/117/Dados_e_estatisticas, IBGE (2010) e FEEFundação de economia e estatística do RS (http://www.fee.rs.gov.br). Podemos destacar que este crescimento vem acontecendo devido à imigração que esta ocorrendo de pessoas para município, em vistas da instalação de novas indústrias, em especial a indústria no setor metal mecânico, e consequentemente oferece um aumento do número de vagas para emprego, tornando-se assim um atrativo para a comunidade interiorana. O mapa abaixo mostra a taxa geométrica de crescimento anual por município, considerando o período de 1991 a 2000. Ibirubá encontra-se na faixa de aumento de 0 a 2%, estando dentro da faixa de crescimento do estado que é de 1,23% de aumento, e do país que é de 1,63% de aumento. Página 127 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. IBIRUBÁ Figura 22: Taxa de Crescimento. Fonte: Atlas Sócio Econômico do Rio Grande do Sul. O cálculo da projeção de crescimento especifico com base na população encontra-se no item de Projeções do crescimento populacional. 6.8.3.1 Densidade demográfica Segundo dados do Censo Demográfico do IBGE de 2010 a população total do município era de 19.310 habitantes, dividindo-se em aproximadamente 15.342 habitantes (79,45 %) na zona urbana e 3.968 habitantes (20,55%) na zona rural, sendo a densidade demográfica de aproximadamente 31,79 hab/km2. No Censo Demográfico do IBGE de 2000 a população total representava 18.633 habitantes, sendo 13.521 habitantes (72,56%) na zona urbana, e 5.112 habitantes (27,44%) na zona rural. Página 128 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. 32 31,5 31 30,5 30 Hab/Km² 29,5 29 28,5 28 1991 2000 2010 Figura 23: Densidade Demográfica do município nas últimas décadas com base nos censos de IBGE. 6.8.3.2 Projeções do crescimento populacional Tabela 9: Dados da população residente no município de Ibirubá nos anos de 2000 e 2010, de acordo com o censo do IBGE. População Censo Censo % da população % da população Total 2000 2010 2000 2010 Urbana 13.521 15.342 72,56% 79,45% Rural 5.112 3.968 27,44% 20,55% Total 18.633 19.310 100% 100% Analisando a tabela, verificamos que ocorreu aumento da população global no município de Ibirubá em 677 habitantes, sendo que nos últimos anos ocorreu um aumento de 6,89% da população residente na área urbana e uma redução da mesma proporção para área à população residente na área rural, o que tende a continuar se configurando nos próximos anos como resultado do êxodo rural. Como o PMSB deve ser projetado para um horizonte de 20 anos, deve-se estimar o crescimento ou decrescimento populacional por meio de métodos de cálculos reconhecidos. Para tanto, serão utilizados dois métodos de cálculo: o método aritmético e o método geométrico, os quais possuem suas peculiaridades. Abaixo, encontra-se metodologia aplicada para cada método e suas fórmulas. Página 129 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. a) Método Aritmético Este método pressupõe uma taxa de crescimento constante para os anos que se seguem, a partir de dados conhecidos. Matematicamente, pode ser representado da seguinte forma: K P1 P0 t1 t0 Fórmula (1) Onde: P1 é a população no último censo (habitantes); P0 é a população no penúltimo censo (habitantes); t1 representa o ano do último censo; e t0 é o ano do penúltimo censo. b) Método Geométrico Este método pressupõe que o crescimento da população é proporcional à população existente em um determinado período. Matematicamente, pode ser representado da seguinte forma: K ln P1 ln P0 t1 t 0 Fórmula (2) Onde: P1 é a população no último censo (habitantes); P0 é a população no penúltimo censo (habitantes); t1 representa o ano do último censo; e t0 é o ano do penúltimo censo. Deste modo, aplicando-se estas fórmulas, obtemos para o município de Ibirubá, as seguintes projeções: Página 130 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Tabela 10: Projeção para a população total do município de Ibirubá. População Inicial Total 19310 hab. MÉTODO Aritmético Geométrico 2010 19310 19310 2011 19378 19378 2012 19445 19445 2013 19513 19513 2014 19581 19582 2015 19649 19650 2016 19716 19719 2017 19784 19788 2018 19852 19857 2019 19919 19927 2020 19987 19997 2021 20055 20067 2022 20122 20137 2023 20190 20207 2024 20258 20278 2025 20326 20349 2026 20393 20420 2027 20461 20492 2028 20529 20563 2029 20596 20635 2030 20664 20708 2031 20732 20780 2032 20799 20853 2033 20867 20926 Fonte: Inova Consultoria Ambiental. Página 131 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Tabela 11: Projeção para a população urbana do município de Ibirubá. População Inicial Urbana 15342 hab. MÉTODO Aritmético Geométrico 2010 15342 15342 2011 15524 15535 2012 15706 15731 2013 15888 15929 2014 16070 16130 2015 16253 16333 2016 16435 16539 2017 16617 16747 2018 16799 16958 2019 16981 17172 2020 17163 17388 2021 17345 17608 2022 17527 17829 2023 17709 18054 2024 17891 18282 2025 18074 18512 2026 18256 18745 2027 18438 18981 2028 18620 19220 2029 18802 19463 2030 18984 19708 2031 19166 19956 2032 19348 20208 2033 19530 20462 Fonte: Inova Consultoria Ambiental. Tendo por base os dados estimados para a população local, do qual foi utilizada a projeção geométrica e aritmética, com base nos censos do IBGE 2000 a 2010, em 20 anos estima-se que a população total seja de 20.867 a 20.926, sendo deste total 19.530 a 20.462 habitantes na zona urbana. Página 132 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. 6.9 PERFIL SOCIOECONÔMICO O município é um referencial para a região do Alto Jacuí, tendo sua economia baseada na indústria metal mecânico e na agricultura e pecuária, pois nele estão instaladas: a COPREL – a Maior Cooperativa de Eletrificação Rural da América Latina, a COTRIBÁ – a Cooperativa Agrícola de Maior Recebimento do Estado do Rio Grande do Sul, e duas das maiores indústrias do Rio Grande do Sul na área de metal mecânico: Vence–Tudo, Unidade Valtra do Brasil, Indutar Tecno Metal, Usifundi, Tornitec, Metalurgica Dellay, dentre outras de menor porte. Na área agrícola, pela qualidade de seu solo, aliado a tecnologia aplicada, devido principalmente as ações conjuntas dos técnicos do município observaram um crescimento na produtividade de seus cultivos, alcançando os maiores índices do país. A produção agrícola do município é formada por diversas culturas permanentes e temporárias, tais como: erva-mate, uva, abacate, caqui, figo, laranja, limão, maçã, pêra, pêssego, tangerina, alho, amendoim, arroz, aveia, batata doce, batata-inglesa, cana-de-açúcar, cebola, centeio, cevada, feijão, linho, mandioca, milho, soja, sorgo, tomate, trigo, melancia, melão, canola, triticale, girassol e produção olerícola. A produção animal do município é de grande relevância, onde contribui com duas atividades, a suinocultura e a produção leiteira, estas são fundamentais na diversificação da propriedade rural. Ibirubá é um grande produtor de leite, tendo a maior bacia leiteira da região do Alto Jacuí. No setor comercial é responsável por grande parte da participação no PIB municipal, desempenhando papel significativo na economia, possuindo hoje estrutura para suprir a demanda não só do município, como de toda a região. Além do comércio varejista, podemos destacar o comércio de medicamentos, insumos e maquinários para a agricultura, insumos para a construção civil, indústria alimentícia e equipamentos para escritório, o que faz de Ibirubá um pólo regional. Outro fator de destaque no município é a prestação de serviços, principalmente na área de saúde, informática, comercial, meio ambiente entre outras. No município atuam mais de 500 profissionais nas áreas de saúde, Agropecuária, meio ambiente, comércio em geral entre outros. Página 133 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Tabela 12: Comparativo dos dados socioeconômico de IDH e Idese. ANO Educação Renda Saneamento Saúde IDESE Índice-2008 0,864 0,931 0,423 0,876 0,774 Índice-2009 0,880 0,922 0,423 0,888 0,778 Ordem-2008 164° 2° 178° 94° 48° Ordem-2009 163° 4° 177° 32° 44° Índice de Desenvolvimento Humano Municipal - IDHM 0,9 0,8 0,7 0,6 0,5 0,4 0,3 0,2 0,1 0 Série1 IDHM 1991 IDHM 2000 IDHM 2010 0,511 0,674 0,765 Figura 24: Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. Fonte: Atlas Brasil 2013 6.9.1 Produto Interno Bruto – PIB Conforme dados do IBGE em 2009 o PIB do Município era de R$ 548.264,00 resultando um PIB per capita de R$ 28.322,35. Valor adicionado bruto da agropecuária a preços correntes: R$ 108.349,00. Valor adicionado bruto da indústria a preços correntes R$ 84.338,00. Valor adicionado bruto dos serviços a preços correntes R$ 305.293,00. Impostos sobre produtos líquidos de subsídios a preços correntes R$ 50.284,00. Página 134 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. 600.000 590.000 580.000 570.000 560.000 550.000 540.000 530.000 520.000 510.000 500.000 490.000 PIB (R$ 1.000,00 2008 2009 2010 Figura 25: Evolução do PIB (R$ 1.000,00) 6.10 ASPECTOS CULTURAIS O município de Ibirubá teve sua origem como Colônia General Osório, a partir da sua colonização, em 1899, quando descendentes de alemães aqui se fixaram. Além da etnia alemã, Ibirubá também acolhe descendentes de italianos, sendo que estas etnias representam a maior parcela da população estimada em 19.310 habitantes. Lusos e negros também integram o mosaico cultural de Ibirubá, o que se reflete na promoção de eventos, na organização de grupos folclóricos e na culinária. O município de Ibirubá possui o Museu Municipal Theobaldo Becker, em espaço acessível, com fachada moderna, aliando os conceitos de proteção ao patrimônio e à modernidade. O Coral Municipal e o Coral Utopia divulgam o nome da Terra da Pitangueira em cidades de todo o Estado. A Banda Municipal, do mesmo modo, é um atrativo turístico e divulga a cultura ibirubense de forma especial. A Biblioteca Pública Justino Guimarães Neto oferece amplo acervo aos leitores e pesquisadores que necessitam daquele espaço. Ibirubá possui a Casa de Cultura Osvaldo Krames, um espaço que recebe as mais diversas manifestações culturais, desde teatro, dança, música, seminários, encontros, até congressos em âmbito nacional. A música, a dança e o teatro estão presentes no dia-a-dia da comunidade ibirubense, refletindo a riqueza cultural deste município. Página 135 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. 6.11 LISTA DE INDICADORES DO MUNICÍPIO Tabela 13: Dados Municipais. Dado Consultado Ano de instalação Nº da Lei de criação do município Distância de Porto Alegre Municípios de Origem Prefeito (a) atual: Porte do município Densidade Demográfica em 2011 (hab/km²) Valor 1954 2.528 de 15 de Dezembro de 1954 298 km Cruz Alta CARLOS JANDREY Médio-Pequeno 31,7 População em 2010 (Censo 2010) 19.310 População em 2012 (Estimativa) 19.415 Área em Km² 611,807 Representação da Área em Relação ao Estado (2000) Não Encontrada Este Dado Representação da Área em Relação ao COREDE Não Encontrada Este Dado Representação da Área em Relação ao Território Brasileiro Não Encontrada Este Dado PIB (1000 R$) 2008 518.247 PIB per capita (R$) 2008 26.844 Esperança de vida ao nascer em (2000) 73,402 Taxa de analfabetismo (2010) 3,44% Índice de Desenvolvimento Sócioeconômico - IDESE (2004) 0,740 Índice de Desenvolvimento Sócioeconômico - saneamento IDESE (2004) Índice de Desenvolvimento Humano - IDH (2000) Endereço da Prefeitura Municipal: 0,419 0,824 RUA TIRADENTE N° 700 Página 136 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. 7 DIAGNÓSTICO DOS SISTEMAS DE SANEAMENTO 7.1 DIAGNÓSTICO DOS SERVIÇOS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA O abastecimento de água no município IBIRUBÁ é dado por um sistema de captação subterrânea, sendo que na zona urbana a captação, o tratamento, distribuição e cobranças são de responsabilidade da CORSAN – Companhia Riograndense de Saneamento, por meio de Contrato de Programa. Tem-se em atividade 4 poços subterrâneos que abastecem a zona urbana, mais 4 poços subterrâneos considerados de reserva técnica. Na zona rural o abastecimento acontece por meio de captação subterrânea em sistemas de poços tubulares profundos, poços rasos e em alguns casos nascentes. Nos sistemas de abastecimento comunitários, a responsabilidade pela operação, manutenção e tratamento é de responsabilidade das associações de moradores, de forma informal, visto que não existem estatuto e regimento interno que regulamente essas associações. O município é responsável através da vigilância sanitária, pela fiscalização destes sistemas de abastecimento de água. 7.1.1 Situações do Abastecimento de Água do Município População Abastecida O município IBIRUBÁ possui atualmente 19.310 habitantes, segundo IBGE (2010), sendo destes 15.342 habitantes residindo em zona urbana e 3.698 habitantes residindo em zona rural. Segundo dados dos últimos Censos realizados pelo IBGE (2000 e 2010), tem-se a Tabela abaixo. Tabela 14: Dados da população residente no município IBIRUBÁ, para o ano de 2000 e 2010. População Censo 2000 Censo 2010 % Pop. %Pop. NºHab. NºHab. 2000 2010 Urbana 13.521 15.342 72,57 79,45 Rural 5.112 3.968 27,43 20,56 Total 18.633 19. 310 100 100 Total Fonte: IBGE. Página 137 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Volume de água para abastecimento da população da zona urbana e zona rural Para os fins de abastecimento de água, o Ministério da Saúde recomenda como volume mínimo a quantidade de 200 litros de água/dia/habitante. Assim sendo, tem-se: V 200 ( população ) Deste modo, o município de Ibirubá tem hoje a seguinte demanda de água diária: Zona Urbana: V 200 (15.342) 3.068.400l V = 3.068,40 m³ Zona Rural: V 200 (3.968) 793.600l V = 793,6 m³ Deste modo, tem-se hoje uma demanda total de 3.862 m3 de água dia, sendo que na zona urbana a demanda é de 3.068,40 m³ de água/dia e na zona rural a demanda é de 793,60 m3 de água/dia. Segundo dados dos indicadores da CORSAN, para o ano de 2012, ocorreu a disponibilização média anual de 105.477 m³ de água/mês ou 3.515,90 m³ dia, totalizando ao longo do ano uma produção de 1.265.718 m³ de água. O volume de faturamento correspondeu a 63.910,58 m³ de água/mês, totalizando um volume faturado de 766.927 m³ de água/mês. A média de consumo indicado por dia foi de 144 l por pessoa, estando abaixo do consumo estimado pelo MS. A tabela abaixo indica a produção mensal, o consumo mensal, a população atendida e o consumo médio diário por mês. Tabela 15: Dados de indicadores de atendimento da CORSAN, com dados do ano de 2012 Produção Faturado Consumo População Consumo População M³/dia Mês Realizada/mês m³/mês total atendida diário- litro Janeiro 108.178 70562 2352,07 14654 160,51 Fevereiro 104.249 71956 2398,53 14654 163,68 Março 111.470 60520 2017,33 14654 137,66 Página 138 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Abril 102.297 63216 2107,20 14654 143,80 Maio 104.513 60830 2027,67 14654 138,37 Junho 101.421 60642 2021,40 14654 137,94 Julho 104.775 54449 1814,97 14654 123,85 Agosto 106.237 58232 1941,07 14654 132,46 Setembro 103.192 66304 2210,13 14654 150,82 Outubro 104.071 59945 1998,17 14654 136,36 Novembro 105.052 72180 2406,00 15455 155,68 Dezembro 110.263 68091 2269,70 15455 146,86 Valores Médios 105.477 63910,58 2130,35 144,00 Fonte: CORSAN, 2012. Principais usos da água no município Os usos dados à água são classificados como consuntivos e não consuntivos. O uso consuntivo é aquele em que ocorre a retirada de água, ou seja, ocorre perda entre o que é derivado e o que retorna ao recurso natural. Já o uso não consuntivo é definido por aquelas atividades em que mesmo com o uso, não ocorrem perdas da água, pois não há derivação da mesma. Barth (1987), apud Setti (1994), demonstra, nas tabelas abaixo. Tabela 16: Usos consuntivos da água. Forma Finalidade Tipo de Uso Uso Requisitos Efeitos na Consuntivo de Água Qualidade Com Abastecimento Abastecimento Baixo, de Altos ou Poluição derivação urbano doméstico, 10%; sem médios, orgânica e de águas - industrial, contar as influindo no bacteriológica. Usos comercial e perdas na custo do consuntivos público. rede. tratamento. Abastecimento Sanitário, de Médio, de Médios, Poluição industrial processo, 20%, variando orgânica, incorporação variando com o tipo substâncias ao produto, com o tipo de uso. tóxicas, refrigeração e de uso e de elevação de geração de indústria. temperatura. Página 139 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. vapor. Irrigação Irrigação Alto, de Médios Carreamento artificial de 90% dependendo de culturas do tipo de agrotóxicos e agrícolas por cultura. fertilizantes. Médios. Alterações na diversos usos. Abastecimento Doméstico, Rural Baixo, de dessedentação 10% qualidade de animais. com efeitos difusos Aqüicultura Estações de Baixo, de piscicultura e 10% Altos. Carreamento de matéria outros. orgânica. Em relação a uma avaliação local, para o município IBIRUBÁ, observaram-se os seguintes usos consuntivos da água: Tabela 17: Diagnóstico do uso consuntivo da água para o município em estudo. Usos Indicados Avaliação Local Abastecimento urbano Utilizado Abastecimento industrial Utilizado Irrigação Pouco utilizado Abastecimento rural Utilizado Aquicultura Pouco utilizado Tabela 18: Usos não consuntivos da água. Forma Finalidade Tipo de Uso Uso Não Requisitos Efeitos na Consuntivo de Água Qualidade Sem Geração Acionamento Perdas por derivação hidrelétrica de turbinas evaporação regime e na hidráulicas. no qualidade das reservatório. águas. de águas Usos nãoconsunti- Navegação Manutenção Não há vos fluvial de calados perdas. mínimos e de Baixos. Baixos. Alterações no Lançamentos de óleos e combustíveis. Página 140 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. eclusagem. Recreação, Natação e Lazer Não há. Altos, lazer e outros contempla- especialmente harmonia esportes com tivo. recreações de paisagística contato direto. contato primário. Pesca Com fins Não há. Altos, nos Alterações na comerciais de corpos de qualidade espécies água, após naturais ou correntes, mortandade introduzidas lagos ou de peixes. através de reservatórios estações de artificiais. piscicultura. Assimilação Diluição, Não há. Não há. Poluição de esgotos autodepuração orgânica, e transporte física, química de esgotos e urbanos e bacteriológica. industriais. Usos de Vazões para Não há. Não há. Melhoria da Preservação assegurar o qualidade da equilíbrio água. ecológico. Fonte: Barth (1987) apud Setti (1994). Tabela 19: Diagnóstico do uso não-consuntivo da água para no município avaliado. Usos Indicados Avaliação Local Geração hidrelétrica Não utilizado Navegação fluvial Não é utilizado Recreação, lazer e harmonia paisagística Utilizado Pesca Utilizado Assimilação de esgotos Não é utilizado Usos de Preservação Utilizado Atualmente, é possível dizer que o uso da água está compatível com a disponibilidade existente. Com o aumento do perímetro urbano e da área de expansão, Página 141 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. principalmente no lado oeste e leste (bairro Hermany e área industrial), onde estão surgindo novos loteamentos residenciais e industriais, existe a necessidade do aumento de redes, reservatórios e perfuração de novos poços subterrâneos, visto que nesta área o abastecimento atual está alcançando o seu limite de produção. Quanto ao abastecimento humano, pela característica de boa produção subterrânea, é possível dizer que o lençol freático possui condições de abastecimento normal pelos próximos anos, se considerarmos o crescimento do município dentro de padrões normais. Quanto ao incremento e substituição de redes existentes, constatamos que a cidade de Ibirubá, possui 19,42 Km de redes de fibrocimento ou de bitolas abaixo do recomendável, sendo necessária a substituição das mesmas. É necessário observar ainda que o uso de água na irrigação, em nossa região, está num processo inicial, com previsão de grande expansão. Para tanto, para que esta expansão se concretize, será necessário o direcionamento de ações que venham produzir uma política de acumulação e reservação de água para esta atividade, visto que os mananciais existentes não possuem características que permitam o aumento do consumo sem que venha sofrer desabastecimento. a) Manancial de abastecimento e captação Zona Urbana O abastecimento junto a zona urbana é de responsabilidade da CORSAN, por meio de contrato de concessão assinado em 22 de abril de 2008, vigente por um prazo de 25 anos, através do Contrato de Programa nº 044, que se encontra em anexo. Realiza a captação de água através de poços tubulares profundos, onde 95,43% da população urbana são atendidas dentro deste sistema. Em função da rápida expansão do perímetro urbano, principalmente para as partes localizadas na direção leste, oeste e sul, já estão sendo realizados estudos para o aumento da capacidade de instalação de redes e novos reservatórios. O manancial utilizado para o abastecimento é o lençol d’água profundo, fenda Serra Geral, aproveitado por meio dos poços tubulares profundos. As possibilidades aqüíferas, em condições de atender a demanda projetada ficam restritas as falhas/fraturas da Formação Serra Geral, que tem possibilidades de fornecer vazões entre 5 e 150m³/h, captadas através de poços tubulares, com profundidades entre 70 e 150 metros. Localmente a profundidade média dos poços tubulares é de 100 metros com vazões entre 2 e 4 m³/h, em áreas pouco fraturadas com preenchimento por mineralizações Página 142 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. secundárias. Em locais moderadamente fraturados, que são os mais comuns na localidade, as vazões se situam entre 6 e 12 m³/h. Tem-se em atividade 4 poços tubulares denominados de, I-2, I-5, I-6 e I-7. Há ainda 4 poços denominados I-1, I-5ª, I-8 e I-9 que não estão integrados ao sistema, servindo apenas como reserva técnica. Todos os poços perfurados são do tipo artesiano profundo, e de propriedade do estado. Os projetos construtivos dos poços foram feitos com base nas normas técnicas NBR 12.212 e NBR 12.244, possuindo revestimento de aço galvanizado, geralmente de 4’ ou 6’ contendo selo de proteção sanitária, hidrômetro, tubulação adutora. O manancial subterrâneo possui condições para suportar um incremento no abastecimento de água, compatível com o crescimento vegetativo nos próximos 20 anos. A localização destes poços é dada na tabela abaixo: Tabela 20: Dados dos poços tubulares existentes na zona urbana do município IBIRUBÁ. Poço Tubular I-1 I-2 I-5 I-5A Coordenadas Geográficas Localização Rua Frederico Gauer Rua Frederico Gauer Rua Ernesto Wilmms Rua Ernesto Wilmms Processo protocolo Diâmetro DRH (Outorga) poço Lat. Long. 0296297 6831134 Não possui 4’ 0296349 6831550 006570-05.67/11-3 4’ 0295882 6831652 016887-05.67/12-3 6’ 0295882 6831656 Não possui 6’ I-6 Rua Dinis Dias 0295689 6832136 008679-05.67/12-9 6’ I-7 Av. Brasil 0293477 6830503 008682-05.67/12-1 5’ I-8 Rua Greju 0296115 6831904 Não possui 6’ I-9 RS 223 0294530 6829948 Não possui 6’ I-11 Em Perfuração Tabela 21: As características dos poços tubulares são as que seguem descritas no quadro seguinte: POÇO Início Vazão Diâmetro Cota Nível Nível Tipo operação Exploração Poço Boca Estat. Dina Revesti (Ano) (l/s) (mm) (m) (m) (m) I-1 *1967 4.40 152/203 385.00 3.05 16.65 Aço I-2 1965 6.28 203 384.80 1.2 3.20 Aço Página 143 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. I-5 1977 23.80 203 397.50 15.09 28.21 Aço I-5A *1984 19.44 203 390.00 15.10 45.00 Aço I-6 1986 26.38 203 380.00 6.92 56.00 Aço I-7 1992 4.72 203 452.23 17.67 88.00 Aço I-8 *2003 25.0 203 371.50 6.24 27.00 GEORT I-9 *2003 8.0 203 403.5 1.70 62.00 GEORT I-11 *2013 Em perfuração 203 *-Fora de Operação- Reserva Técnica (*) Corresponde ao ano em que foi executado, em vistas que não se encontram em operação. A vazão determinada indica o que poderá ser operado caso necessária ativação do poço. A imagem abaixo mostra a localização destes poços com relação à zona urbana. Figura 26: Localização dos poços em imagem de satélite. Fonte: Google Earth, 2013. Data de acesso: 2 de dezembro de 2013. Página 144 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Figura 27: Poço Av. Brasil. Figura 28: Poço Rua Frederico Gauer. Página 145 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Figura 29: Poço Rua Dinis Dias. Figura 30: Poço Rua Ernesto Wilmms. Zona Rural Na zona rural o abastecimento acontece por meio de captação subterrânea em sistemas de poços tubulares profundos, sendo atualmente um total de 55 poços tubulares profundo em atividade. Alguns locais ainda são abastecidos com poços rasos e nascentes, conforme diagnóstico realizado. Os poços são de responsabilidade das associações Página 146 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. comunitárias, onde se têm 29 associações distribuídas entre as 47 comunidades que contém poços, onde algumas contém mais de um poço em operação. Localmente a profundidade média dos poços tubulares na zona rural é de 100 metros com vazões entre 2 e 4 m³/h, em áreas pouco fraturadas com preenchimento por mineralizações secundárias. Em locais moderadamente fraturados, que são os mais comuns na localidade, as vazões se situam entre 6 e 12 m³/h, com período médio de funcionamento diário de 06 horas. Tem-se em atividade 55 poços tubulares denominados, dos quais foram numerados na tabela abaixo de 1 a 55, sendo indicada a comunidade onde o mesmo encontra-se localizado. Trata-se de poços que realizam o abastecimento conjunto da comunidade em geral, não sendo realizado o levantamento individual para poços particulares. Todos os poços perfurados são do tipo artesiano profundo, e de propriedade das associações. Os projetos construtivos dos poços foram feitos com base nas normas técnicas NBR 12.212 e NBR 12.244, possuindo revestimento de aço galvanizado, geralmente de 4’ ou 6’, e com relação as demais, nem todos apresentam os componentes obrigatórios, em se tratando de selo de proteção sanitária, hidrômetro, tubulação adutora. O manancial subterrâneo possui condições para suportar um incremento no abastecimento de água, compatível com o crescimento vegetativo nos próximos 20 anos. A localização destes poços é dada na tabela abaixo: Tabela 22: Localização dos poços tubulares existentes na zona rural do município IBIRUBÁ. Poço tubular 1 Coordenadas geográficas Localização Hípica/Linha 4 Processo prot. Drh Diâmetro poço Lat. Long -28°38’55.85‖ -53°05’56.83‖ - 6" (outorga) São Paulo Pontão 2 Fundos Não Não - 6" 3 Rincão Dos Graminhos Não Não - 6" 4 Linha Pulador Sul Não Não - 6" 5 Linha Jacuí Mirim Não Não - 6" 6 Monte Castelo Não Não - 6" 7 Aeroporto Não Não - 6" 8 Esquina São Carlos Não Não - 6" 9 Fazenda Itaíba 1 Não Não - 6" Não Não - 6" Fazenda Itaíba 10 2(Armazén Cotribá) Página 147 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. 11 Arroio Grande- Senaldo Não Não - 6¹´²" 12 Arroio Grande- Nelson Não Não - 6" 13 Linha Duas Não Não - Não 14 Linha Quatro Não Não - 6" 15 Boa Vista 1-Novo 28º 30' 31,84" 53 05' 25,96" - 6¹´²" 16 Boa Vista 2-Vila Não Não - 6" 17 Esquina Decker Não Não - 6¹´²" 18 Esquina São José1 28 33' 38,61" 53 04' 41,5" - 6" 19 Esquina São José 2 28 34' 38,29" 53 04' 1,39" - 6" 20 Linha 3 28 36' 51,48" 53 07' 33,59" - 6¹´²" 21 Linha 5 Não Não - 6¹´²" 22 Linha Pulador Norte Não Não - 6" 23 Linha Sapateiro 28 31' 14" 53 11' 37" - 6" Travessão - Alfredo 24 Brenner 28 35' 43,6" 53 08' 08,4" - 6¹´²" 25 Pinheirinho Não Não - 6¹´²" Santo Antônio Bom 26 Retiro 28 31' 58,70" 53 09' 22,90" - 6" 27 Santo Antônio Do Umbu Não Não - 6¹´²" 28 São Roque 28 41' 29,39" 53 08' 29,91" - 6¹´²" 29 Linha 6 Não Não - 6" 30 Capela Fatima Não Não - Não 31 Cerâmica Pulador Não Não - Não 32 Erno Whays Não Não - 6" 33 Linha 2 Frente Não Não - Não 34 Linha 4 Fundos Não Não - Não 35 Linha Fior Não Não - Não 36 Passo Bonito Não Não - Não 37 Rincão Dos Diesel Não Não - 6" Santo Antônio Do 38 Triunfo Não Não - Não 39 São Lucas Não Não - Não São Paulo Pontão 40 Frente Não Não - Não 41 Vila Seca Não Não - Não Página 148 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. São Sebastião 42 1(Guamirim) Não Não - 6" 43 São Sebastião 2 Não Não - Não 44 Várzea 1 (Salão) Não Não - 6" Várzea 2 (Terezinha N. 45 Ortiz) Não Não - 6" 46 Várzea 3 (Círio Zeni Não Não - 6" Rincão Seco 1(Frente 47 Cemitério) Não Não - 6" 48 Rincão Seco 2(Escola) Não Não - 6" 49 Rincão Seco 3(Fundos) Não Não - Não 50 Alfredo Brenner Não Não - Não 51 Lar Do Idoso Não Não - Não 52 Pinheirinho - Esolca Não Não - 6" Não Não - 6" Não Não - 6" Não Não - 6" Linha 5- Esquina 53 Kappaun Alfredo Brenner- Barro 54 Preto Boa Vista (Boa 55 Esperança) Não há outorga para os poços do interior, e ainda, dos poços artesianos particulares e dos pertencentes a empresas, tanto na cidade como no interior, não possuem cadastros, portanto se desconhece quantos são e onde se localizam. Tabela 23: As características dos poços tubulares são as que seguem descritas no quadro seguinte. POÇO Início operação Vazão Exploração Prof. Poço (mês/ano) (m³/h) (m) 1 Hípica/Linha 4 mai/01 7m³/h 95m 2 São Paulo Pontão Fundos mai/13 4m³/h 77m 3 Rincão Dos Graminhos ago/01 13m³/h 86m 4 Linha Pulador Sul set/03 7m³/h 100m 5 Linha Jacuí Mirim dez/03 5m³/h 90m jul/98 17m³/h 33m 6 Monte Castelo Página 149 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. 7 Aeroporto abr/98 Não Não 8 Esquina São Carlos mai/99 7m³/h 110m jul/99 18m³/h 84m Si 18m³/h 86m 11 Arroio Grande- Senaldo dez/10 12m³/h 144m 12 Arroio Grande- Nelson set/99 20m³/h 90m 13 Linha Duas 06/00 Não Não 14 Linha Quatro set/99 Não 85m 15 Boa Vista 1-Novo dez/10 22m³/h 114m 16 Boa Vista 2-Vila Não 7m³/h 86m 17 Esquina Decker nov/05 8,5m³/h 121m 18 Esquina São José1 nov/11 20m³/h 162m 19 Esquina São José 2 nov/11 10m³/h 150m 20 Linha 3 dez/10 10m³/h 124m 21 Linha 5 ago/11 6m³/h 144m 22 Linha Pulador Norte abr/09 6m³/h 180m Si 13,45m³/h 100m 24 Travessão - Alfredo Brenner jan/12 11m³/h 180m 25 Pinheirinho abr/09 13,5m³/h 94m 26 Santo Antônio Bom Retiro nov/11 7,55m³/h 200m 27 Santo Antônio Do Umbu dez/10 13m³/h 130m 28 São Roque jun/10 6,48m³/h 300m 29 Linha 6 Não 7,5m³/h 96m 30 Capela Fatima Não Não Não 31 Cerâmica Pulador Não Não Não 32 Erno Whays Não 15m³/h 47m 33 Linha 2 Frente Não Não Não 34 Linha 4 Fundos Não Não Não 35 Linha Fior Não Não Não 36 Passo Bonito Não Não Não jun/11 Não 130m 38 Santo Antônio Do Triunfo Não Não Não 39 São Lucas Não Não Não 40 São Paulo Pontão Frente Não Não Não 41 Vila Seca Não Não Não 42 São Sebastião 1(Guamirim) Não 18m³/h 71m 9 Fazenda Itaíba 1 10 Fazenda Itaíba 2(Armazén Cotribá) 23 Linha Sapateiro 37 Rincão dos Diesel Página 150 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. 43 São Sebastião 2 Não Não Não 44 Várzea 1 (Salão) 1992 5m³/h 26m 45 Várzea 2 (Terezinha N. Ortiz) 2008 7m³/h 60m 46 Várzea 3 (Círio Zeni 1982 6m³/h 86m 47 Rincão Seco 1(Frente Cemitério) Não 8m³/h 80m 48 Rincão Seco 2(Escola) Não 5m³/h 65m 49 Rincão Seco 3(Fundos) Não Não Não 50 Alfredo Brenner Não Não Não 51 Lar Do Idoso Não Não Não 52 Pinheirinho - Esolca Não Não Não 53 Linha 5- Esquina Kappaun Não Não 120m 54 Alfredo Brenner- Barro Preto Não 12m³/h 95m 55 Boa Vista (Boa Esperança) Não 15m³/h 109m Si: Sem informação. Os poços encontram-se localizados na imagem abaixo, o qual configura a distribuição espacial dos mesmos dentro do território municipal. Em anexo, o mapa contendo as legendas e coordenadas de localização de cada poço levantado da zona rural. Página 151 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Figura 31: Localização dos poços na zona rural de Ibirubá. Página 152 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Figura 32: Poço localizado na Linha 4, fora das normas técnicas. Figura 33: Poço localizado na comunidade de BoaVista (1). Página 153 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Figura 34: Poço localizado na comunidade de Rincão Seco 2, junto a Escola. Figura 35: Poço localizado junto à comunidade de Alfredo Brenner (Barro Preto). b) Adução Zona Urbana A captação d’água dos poços I-2, I-6 e I-5 é feita através de conjuntos moto-bombas submersíveis, os quais fazem o recalque diretamente para o reservatório apoiado de 150 m³ Página 154 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. de capacidade de armazenamento denominados como o reservatório (R-1) localizado junto ao poço I-5. Já o Poço I-7 recalca diretamente para o reservatório elevado de 150m³ em marcha com reservação de jusante no (R-4). Tabela 24: As características dos grupos em operação, do poço e do tipo de bombeamento são as seguintes: Prof Poço I-2 I-5 I-6 I-7 Sistema em operação Bomba com motor submerso Bomba com motor submerso Bomba com motor submerso Bomba com motor submerso Marca bomba. Vazão Motor Horas de Operação Max (m) (m³/h) (cv) Haupt Pleuger 48 45 7.5 18 KSB 88 73 18 16 KSB 66 98 25 14 KSB 108 28 15 16 (h/d) Fonte: Prefeitura Municipal de Ibirubá. Capacidade de Produção Segundo informação da CORSAN, a capacidade de produção para o sistema instalado tem condições de produzir em torno de 118,02 L/s, para uma média de exploração dos poços artesianos entre 10 e 18 horas diárias. O volume máximo a ser produzidas para as 18 horas de funcionamento corresponde a 7.129,29 m³/dia, enquanto que se estima que o volume mínimo para 10 horas de funcionamento corresponda a 3.960,72 m³/dia. O consumo da população urbana estimado corresponde a 3.068,40 m³/dia, sendo assim mostra-se suficiente a capacidade de produção instalada. Página 155 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Tabela 25: Capacidade de produção. Poço Início operação (ano) Vazão de exploração (L/s) No. horas operação/d I-1 1967(*) 4.40 10 I-2 1965 6.28 18 I-5 1977 23.80 16 I-5ª 1984(*) 19.44 16 I-6 1986 26.38 14 I-7 1992 4.72 16 I-8 2003(*) 25.00 16 I-9 2003(*) 8.00 16 I-11 Em construção Total - 118,02 - (*) Desativado - Reserva técnica. Zona Rural Na zona rural a captação ocorre através de conjuntos moto-bombas submersíveis, os quais fazem o recalque diretamente para o reservatório apoiado nas proximidades do poço. A tabela abaixo indica algumas características que foram levantadas relativas aos poços. Tabela 26: As características dos poços comunitários em operação e do tipo de bombeamento são as seguintes: POÇO 1 Hípica/Linha 4 2 São Paulo Pontão Fundos 3 Rincão dos Graminhos 4 Linha Pulador Sul 5 Linha Jacuí Mirim 6 Monte Castelo Tipo Motor submerso Motor submerso Motor submerso Motor submerso Motor submerso Motor submerso Horas em Profundidade Motor da bomba (HP) Si 3,67HP-T 6 Si 2HP-M 6 Si 3,92HP-T 6 Si 5HP-T 6 Si 5Hp-M 6 Si 6Hp-B 6 operação (h) Página 156 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. 7 Aeroporto 8 Esquina São Carlos 9 Fazenda Itaíba 1 10 Fazenda Itaíba 2(Armazén Cotribá) 11 Arroio Grande- Senaldo 12 Arroio Grande- Nelson 13 Linha Duas 14 Linha Quatro 15 Boa Vista 1-Novo 16 Boa Vista 2-Vila 17 Esquina Decker 18 Esquina São José1 19 Esquina São José 2 20 Linha 3 21 Linha 5 22 Linha Pulador Norte 23 Linha Sapateiro 24 Travessão - Alfredo Brenner Motor submerso Motor submerso Motor submerso Motor submerso Motor submerso Motor submerso Motor submerso Motor submerso Motor submerso Motor submerso Motor submerso Motor submerso Motor submerso Motor submerso Motor submerso Motor submerso Motor submerso Motor Si Não 6 Si 5Hp-M 6 Si 3Hp-M 6 Si 8Hp 6 Si 3,5Hp-M 6 Si 10Hp- 6 Si Não 6 Si 6Hp-M 6 Si 8Hp-T 6 Si 3Hp-B 6 Si 8Hp-M 6 Si 3,5Hp-M 6 Si 3Hp-M 6 Si 6Hp-T 6 Si 4,5Hp-M 6 Si 5Hp-T 6 Si 3Hp-M 6 Si 5Hp-B 6 Página 157 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. submerso 25 Pinheirinho 26 Santo Antônio Bom Retiro 27 Santo Antônio Do Umbu 28 São Roque 29 Linha 6 30 Capela Fatima 31 Cerâmica Pulador 32 Erno Whays 33 Linha 2 Frente 34 Linha 4 Fundos 35 Linha Fior 36 Passo Bonito 37 Rincão Dos Diesel 38 Santo Antônio Do Triunfo 39 São Lucas 40 São Paulo Pontão Frente 41 Vila Seca Motor submerso Motor submerso Motor submerso Motor submerso Motor submerso Motor submerso Motor submerso Motor submerso Motor submerso Motor submerso Motor submerso Motor submerso Motor submerso Motor submerso Motor submerso Motor submerso Motor submerso Si 5Hp-M 6 Si 5Hp-M 6 Si 8Hp-B 6 Si 4,5Hp-B 6 Si 6Hp/B 6 Si Não 6 Si Não 6 Si 3H/p-T 6 Si Não 6 Si Não 6 Si Não 6 Si Não 6 Si 9Hp/B 6 Si Não 6 Si Não 6 Si Não 6 Si Não 6 Página 158 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. 42 São Sebastião 1(Guamirim) 43 São Sebastião 2 44 Várzea 1 (Salão) 45 Várzea 2 (Terezinha N. Ortiz) 46 Várzea 3 (Círio Zeni 47 Rincão Seco 1(Frente Cemitério) 48 Rincão Seco 2(Escola) 49 Rincão Seco 3(Fundos) 50 Alfredo Brenner 51 Lar Do Idoso 52 Pinheirinho – Esolca 53 Linha 5- Esquina Kappaun 54 Alfredo Brenner- Barro Preto 55 Boa Vista (Boa Esperança) Motor submerso Motor submerso Motor submerso Motor submerso Motor submerso Motor submerso Motor submerso Motor submerso Motor submerso Motor submerso Motor submerso Motor submerso Motor submerso Motor submerso Si 5Hp/M 6 Si Não 6 Si 2,5Hp/M 6 Si 3,5Hp-T 6 Si 2,5Hp/T 6 Si Não 6 Si 3Hp 6 Si Não 6 Si Não 6 Si Não 6 Si Não 6 Si Não 6 Si Não 6 Si 3Hp/M 6 Fonte: Prefeitura Municipal de Ibirubá. c) Tratamento Zona Urbana Página 159 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. As análises realizadas junto aos poços comprovam se tratar de água com características de cor e turbidez próximas a zero. Assim, o tratamento de água dispensa o processo de Clarificação, e exige basicamente: CLORAÇÃO e DESINFECÇÃO A desinfecção da água proveniente dos poços é realizada no reservatório de reunião R-1 que recebe a contribuição dos poços I-2, I-5 e I-6 através da aplicação de hipoclorito de cálcio com níveis de cloração exigidos pela Portaria 2.914/11-MS. FLUORETAÇÃO A fluoretação é realizada no mesmo local através da aplicação de fluossilicato de sódio nos parâmetros exigidos pela Portaria 10/99 SES. O poço I-7 possui tratamento individualizado, nas mesmas características. CONTROLE A CORSAN realiza o controle das águas de abastecimento da zona urbana através de análises realizadas internamente, em laboratórios próprios. O laboratório para acompanhamento da qualidade da água fica instalado junto ao reservatório R-1 e o poço I-5 para onde são transferidas as amostras de água coletadas em pontos definidos por um plano de amostras para serem analisadas. Os parâmetros físico-químicos de Cor, Turbidez, pH, Odor, Sabor ,Cloro e Flúor são medidos diariamente. Os parâmetros bacteriológicos são medidos semanalmente conforme portaria 2914/MS. Os demais parâmetros exigidos pela portaria são realizados semestralmente, enviando-se amostras de água para o Laboratório Central da empresa em Porto Alegre. Qualidade da Água Distribuída Em atendimento ao Decreto Federal n° 5.440 de 04/05/2005, informamos os padrões de qualidade da água: Página 160 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Tabela 11. Indicação do padrão de qualidade da água. Parâ metro Padrão Média/ Mês/Ano (2012) 01/1 02/1 03/1 04/1 05/1 06/1 07/1 08/1 09/1 10/1 11/1 12/1 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 Turbid 0,0 a 0,3 0,3 0,3 0,5 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,4 ez 5,0 UT UT UT UT UT UT UT UT UT UT UT UT UT 6,9 7,1 7,2 7,1 7,1 0 a 15 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 UH UH UH UH UH UH UH UH UH UH UH UH UH pH* Cor Cloro Livre Resid ual Fluore tos* 6,0 a 9,5 0,20 a 5,00 mg/L 0,6 a 0,9 mg/L 1,13 1,31 1,05 1,19 mg/L mg/L mg/L mg/L 0,9 0,8 0,7 0,8 mg/L mg/L mg/L mg/L 1 mg/ L 1,44 1,12 1,13 1,42 0,97 1,27 0,94 mg/L mg/L mg/L mg/L mg/L mg/L mg/L 0,9 mg/ L Colifor Ausente mes em Totais 100 mL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Ausente E.Coli em 100 mL Fonte: CORSAN. Informação: Ausente = 0 * A partir de 01/2012, conforme a Portaria 2.914/11-MS, não é mais obrigatória a realização deste parâmetro na rede de distribuição. Amostras Realizadas na Rede de Distribuição Em atendimento ao Decreto Federal n° 5.440 de 04/05/2005, para o ano de 2012, foram realizadas amostras na rede de distribuição, e avaliação de acordo com os parâmetros abaixo, chegando-se aos seguintes resultados: Página 161 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Tabela 13: Amostras coletadas junto as redes de distribuição. Mês/Ano (2012) Parâmetro 01/ 02/ 03/ 04/ 05/ 06/ 07/ 08/ 09/1 10/ 11/ 12/ Amostras 12 12 12 12 12 12 12 12 2 12 12 12 Realizadas 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 31 31 31 31 31 0 0 0 0 0 0 0 31 31 31 31 31 0 0 0 0 0 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 31 31 31 31 31 0 0 0 0 0 0 0 25 30 23 28 26 6 1 8 3 5 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 Dentro do Turbidez Padrão Fora do Padrão Realizadas Dentro do pH* Padrão Fora do Padrão Realizadas Dentro do Cor Padrão Fora do Padrão Realizadas Cloro Livre Residual Dentro do Padrão Fora do Padrão Realizadas Dentro do Fluoretos* Padrão Fora do Padrão Realizadas Coliformes Totais Dentro do Padrão Fora do Padrão E.Coli Realizadas Página 162 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Dentro do Padrão Fora do Padrão 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Fonte: CORSAN * A partir de 01/2012, conforme a Portaria 2.914/11-MS, não é mais obrigatória a realização deste parâmetro na rede de distribuição. Zona Rural Em Ibirubá é realizado o monitoramento da qualidade da água em quarenta e duas localidades do interior, sendo que é feito a coleta para amostra em quatro poços a cada mês e mais cinco amostras/mês em diferentes poços. No período de janeiro a outubro de 2012 foram realizadas 40 coletas para análise no interior do município (SAC Solução Alternativa Coletiva) e 50 coletas em área urbana (SAA Sistema de Abastecimento de Água), sendo que apenas as amostras de localidades rurais apresentaram contaminação por coliformes totais e/ou coliformes termotolerantes (Escherichia coli). Sempre que ocorre a contaminação por coliformes totais a comunidade é informada e orientada a realizar a limpeza dos poços. No caso de contaminação por coliformes termotolerantes (Escherichia coli), a vigilância sanitária do município encaminha um profissional habilitado (técnico responsável), para realizar a descontaminação do poço e instalação de clorador. Do total de poços existentes na zona rural, somente 2 recebem tratamento. Tabela 27: Poços no interior que recebem tratamento atualmente. Poço Tratamento Tipo 29 Linha 6 Sim Cloração 48 Rincão Seco 2(escola) Sim Cloração Fonte: Prefeitura Municipal de Ibirubá. O tratamento é realizado através de cloração automatizada. Página 163 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. d) Reservação Zona Urbana A reservação total existente na cidade é de 750 m³, assim distribuída: Tabela 28: Dados dos reservatórios de água existentes em Ibirubá, Zona Urbana. Reservatórios Localização Capacidade 3 R-1 Rua Ernesto Tipo do Material Geometria (m ) reservatório 150 Apoiado Concreto Circular Wilmms R-2 Rua Rio Branco 100 Semi enterrado Concreto Circular R-3 Rua Mauá 300 Apoiado Concreto Circular R-4 Rua Castanhal 150 Elevado Concreto Circular R-5 Rua Nádia 50 Elevado Metal Circular Vasconcelos TOTAL 750 m³ Fonte: Prefeitura Municipal de Ibirubá. Com relação à capacidade de reservação, deve corresponder a 1/3 do volume total de abastecimento para o dia, ou seja, Ibirubá deve possuir uma reservação mínima de 1022,80 m³. Ainda, sob este valor, deve-se estimar um adicional de 20%, que deve ser reservado para casos de incêndio, necessidades de irrigação de parques e praças, ou ainda, outros fins. Assim, a necessidade mínima de reservação deve corresponder a 1.227,36m³. Zona Rural Do total de reservatórios conhecidos na zona rural, compreendendo 37 reservatórios, a capacidade de reservação totaliza 436 m³, conforme pode ser observado na tabela abaixo. Os demais 20 reservatórios não foram diagnosticados, devendo ser procedido este levantamento. Página 164 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Tabela 29: Indicação dos tipos de reservatórios localizados na zona rural. RESERVATÓRIO Comunidade 1 Hípica/Linha 4 2 São Paulo Pontão Fundos 3 Rincão Dos Graminhos 4 Linha Pulador Sul 5 Linha Jacuí Mirim 6 Monte Castelo 7 Aeroporto 8 Esquina São Carlos 9 Fazenda Itaíba 1 1 Fazenda Itaíba 2(Armazén 0 Cotribá) 1 1 1 2 1 3 1 4 1 5 1 6 1 7 Arroio Grande- Senaldo Capaci d Não Não Não Vidro 5.000L Metálico Não Não Não Metálico Não Não Não Metálico Não Não Não S.i S.i Não Não Não 15.000 Fibra L Vidro Sim 1xAno Álvaro 20.000 Fibra L Vidro Sim 1xAno H²O 15.000 Fibra L Vidro Não Não Não Não Não Não S.i Não Não Não Metálico Não Não Não Não Não Não Não Não Não Sim 1xAno H²O Não Não Não Metálico Sim 2xAno H²O Metálico Não Não Não 15.000 L 10.000 L 8.000L S.i 15.000 L S.i Esquina Decker de L Linha Duas Boa Vista 2-Vila el a Fibra S.i Boa Vista 1-Novo Responsáv 15.000 Arroio Grande- Nelson Linha Quatro Material Limpez Periodicida 15.000 L Fibra Vidro S.i S.i Metálico 15.000 Fibra L Vidro 10.000 L 10.000 L Página 165 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. 1 8 1 9 2 0 2 1 2 2 2 3 2 4 2 5 2 6 2 7 2 8 2 9 3 0 3 1 3 2 3 3 3 4 3 Esquina São José1 Esquina São José 2 Linha 3 Linha 5 Linha Pulador Norte Linha Sapateiro Travessão - Alfredo Brenner Pinheirinho Santo Antonio Bom Retiro Santo Antonio Do Umbu 10.000 Fibra L Vidro 10.000 Fibra L Vidro 10.000 Fibra L Vidro 10.000 Fibra L Vidro Não Não Sim 1xAno Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Sim 1xAno Alvaro Não Não Não Não Não Não Metálico Não Não Não S.i S.i Não Não Não S.i S.i Não Não Não S.i S.i Não Não Não 15.000 L Metálico 10.000 Fibra L Vidro 15.000 Fibra L Vidro 10.000 L Metálico 10.000 Fibra L Vidro 10.000 L Metálico 15.000 Fibra L Vidro Linha 6 8.000L Metálico Capela Fatima S.i Ceramica Pulador S.i São Roque Erno Whays Linha 2 Frente Linha 4 Fundos Linha Fior 15.000 L S.i S.i Não Paulo Scheffer Página 166 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. 5 3 6 3 7 3 8 3 9 4 0 4 1 4 2 4 3 4 4 4 5 4 6 Passo Bonito Rincão Dos Diesel Santo Antonio Do Triunfo São Lucas São Paulo Pontão Frente Vila Seca São Sebastião 1(Guamirim) 5 0 5 1 5 2 Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Fibra Sim 1xAno H²O Metálico S.i S.i S.i S.i S.i S.i S.i S.i 10.000 L Não Não Não Varzea 1 (Salão) 3.000L Metálico Sim 1xAno Alvaro Varzea 2 (Terezinha N. Ortiz) 7.000L Fibra Sim 1xAno h²O Varzea 3 (Círio Zeni 4.000L Metálico Sim 1xAno Alvaro 8.000L Metálico Não Não Não Metálico Sim 2xAno Alvaro Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Cimiterio) 9 Não Não 7 4 L Não S.i RINCÃO SECO 1(Frente 8 20.000 S.i São Sebastião 2 4 4 S.i Rincão Seco 2(Escola) Rincão Seco 3(Fundos) Alfredo Brenner Lar Do Idoso Pinheirinho - Esolca 15.000 L S.i S.i S.i S.i S.i S.i 10.000 L Metálico Página 167 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. 5 3 5 4 5 5 Linha 5- Esquina Kappaun Alfredo Brenner- Barro Preto Boa Vista (Boa Esperança) 20.000 L 8.000L 15.000 L Fibra Sim 1xAno Não Sabe Fibra Sim 1xAno Associados Fibra Sim 2xAno Associados S.i – Sem informação Fonte: Prefeitura Municipal de Ibirubá. Com relação à capacidade de reservação, deve corresponder a 1/3 do volume total de abastecimento para o dia, sendo que devem ser identificados outros usos que não sejam somente para abastecimento humano, especifico em cada comunidade. Assim, ter-se-á o volume exato de reserva para cada comunidade. Em uma avaliação global a capacidade de reserva esta suficiente atualmente, devendo, no entanto, ser avaliada cada comunidade, com o número total de habitantes por comunidade, em vistas de que as redes são individualizadas, e as atividades locais que se beneficiam do consumo da água também são diversificadas de uma comunidade para outra, onde junto a zona rural, ocorrem outros usos, como irrigação, abastecimento de pulverizador, fornecimento de água para animais, dentre outros Atualmente, considerando somente o consumo total das famílias existentes para cada comunidade, e a capacidade de reservação atual, para os reservatórios que se tem informações, somente o reservatório localizado na comunidade Várzea 1 (salão) (item44 da tabela acima) não possui capacidade de reserva de 1/3 do consumo para o atendimento a população que deve ser de 3.666 l, devendo ocorrer o aumento da capacidade para esta comunidade. Página 168 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Figura 36: Reservatório de água instalado na Linha 4 ( Prof. Lutz). Fonte: Prefeitura Municipal de Ibirubá. e) Rede de Distribuição Zona Urbana A rede de distribuição de água no município, considerando a zona urbana, conta hoje com uma extensão de 69.902 m de canalização. Desse total, 11.900 m foram executados em diâmetros inferiores a 50 mm, além disso, outra parte da rede está executada com material de fibrocimento, e deverão ser substituídos, por canalização em PVC. Este diagnóstico mostra que esta extensão da rede encontra-se fora da normatização brasileira, e a alternativa mais viável é a substituição da mesma. Estima-se que 45.930 m, constituem a rede distribuidora considerada em boas condições, com a absoluta predominância de tubos de PVC. Os quantitativos são os seguintes: Tabela 30: Diagnóstico das redes de distribuição. Rede Precária (km) Rede de distribuição e adutoras (a) (km) REDE TOTA EXISTEN DN3 DN4 Total DN5 DN6 DN7 DN10 DN12 DN15 Total L TE 2 0 (a1+b 0 (b1) 0 5 0 5 0 (a1) 1) FC 10.7 1.82 3.27 2.66 0.88 19.42 19.42 Página 169 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. 9 10.1 PVC 3 10.1 Total 3 10.13 10.13 26.7 0 1.18 3.35 26.7 11.3 0 6 5.17 4.99 8.26 2.66 0.44 36.05 46.18 1.32 55.47 69.90 Fonte: CORSAN. Tabela 31: Rede de Distribuição. Quantitativos de rede distribuidora de Ibirubá Diâmetro (mm) Quantidade de rede (m) Condição 32 90 Precária 40 11.810 Precária 50 26.840 Boa 60 1.182 PVC + 10.940 FC Boa + Precária 75 3.350 PVC + 1.930 FC Boa + Precária 100 5.050 PVC + 3.270 FC Boa + Precária 125 2.660 FC Precária 150 440 PVC + 880 FC Boa + Precária Total 69.902 - Fonte: CORSAN. O mapeamento do município, contendo a localização das redes por diâmetro construtivo encontra-se em anexo. Zona Rural No interior do município, as redes de água recentes são compostas por tubos e conexões de PVC soldável, classe 7,5 kg/cm2. Algumas redes mais antigas são compostas por canos galvanizados e manga preta. Os diâmetros variam de DE 32 mm até DE 60 mm. Considerando que existem 55 poços coletivos no interior do município de Ibirubá, considerando que as redes de água possuem uma extensão média de 10 km, podemos definir que existem 550 km de rede no interior do município, beneficiando aproximadamente 1.100 famílias, de um total de 1324 famílias localizadas no interior, considerando uma média de 20 famílias por poço coletivo. O número real de famílias beneficiadas encontra-se abaixo. Página 170 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Tabela 32: Indicação das redes projetadas por comunidade e da rede implantada. NOME DA REDE/LOCALIDADE/MORADOR Extensão Extensão Nº família Nº família rede rede Projeto Atual Projeto Atual 1 Hípica/Linha 4 25 25 7124 Si 2 São Paulo Pontão Fundos 10 10 4593 Si 3 Rincão Dos Graminhos 20 20 4882 Si 4 Linha Pulador Sul 20 20 3315 Si 5 Linha Jacuí Mirim 31 31 11569 Si 6 Monte Castelo 22 24 10372 10800 7 Aeroporto 33 34 15011 16000 8 Esquina São Carlos 24 24 8998 Si 9 Fazenda Itaíba 1 12 12 6711 Si 10 Cotribá) 18 18 8000 8000 11 Arroio Grande- Senaldo 19 19 5104 Si 12 Arroio Grande- Nelson 10 10 Si Si 13 Linha Duas 19 19 4080 Si 14 Linha Quatro 20 22 7694 Si 15 Boa Vista 1-Novo 19 Si 8744 Si 16 Boa Vista 2-Vila 20 20 3000 Si 17 Esquina Decker 21 17 10112 Si 18 Esquina São José1 14 14 6001 Si 19 Esquina São José 2 16 16 8820 Si 20 Linha 3 11 Si 3255 Si 21 Linha 5 12 16 3917 5117 22 Linha Pulador Norte 19 29 7442 9158 23 Linha Sapateiro 11 11 7300 Si 24 Travessão - Alfredo Brenner 23 25 12854 15000 25 Pinheirinho 17 18 10791 Si 26 Santo Antonio Bom Retiro 10 Si 5126 Si 27 Santo Antonio Do Umbu 17 Si 10597 Si 28 São Roque 25 Si 10805 Si 29 Linha 6 15 15 1500 Si 30 Capela Fatima Si Si Si Si 31 Ceramica Pulador Si Si Si Si Fazenda Itaíba 2(Armazén Página 171 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. 32 Erno Whays 10 10 3000 Si 33 Linha 2 Frente Si Si Si Si 34 Linha 4 Fundos Si Si Si Si 35 Linha Fior Si Si Si Si 36 Passo Bonito Si Si Si Si 37 Rincão Dos Diesel 16 16 16000 16000 38 Santo Antonio Do Triunfo Si Si Si Si 39 São Lucas Si Si Si Si 40 São Paulo Pontão Frente Si Si Si Si 41 Vila Seca Si Si Si Si 42 São Sebastião 1(Guamirim) 18 20 10196 10196 43 São Sebastião 2 Si Si Si Si 44 Varzea 1 (Salão) 11 11 1800 1800 45 Varzea 2 (Terezinha N. Ortiz) 9 9 1000 1000 46 Varzea 3 (Círio Zeni 7 7 800 800 47 Rincão Seco 1(Frente Cimiterio) 7 7 5000 Si 48 Rincão Seco 2(Escola) 15 15 6000 Si 49 Rincão Seco 3(Fundos) Si Si Si Si 50 Alfredo Brenner Si Si Si Si 51 Lar Do Idoso Si Si Si Si 52 Pinheirinho - Esolca 14 14 15000 Si 53 Linha 5- Esquina Kappaun 31 31 20000 Si 54 Alfredo Brenner- Barro Preto 12 12 6000 6000 55 Boa Vista (Boa Esperança) 23 23 3000 Si TOTAL DIAGNOSTICADA 706 644 295512,5 99871 Si: Sem informação. Fonte: Prefeitura Municipal de Ibirubá. f) Estações Elevatórias Zona Urbana De uma forma geral, as zonas de abastecimento encontram-se divididas como Zona Baixa, Zona Média e Zona Alta, conforme pode ser observado no mapa abaixo. Página 172 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Figura 37: Mapeamento do município indicando as zonas de abastecimento de água. Fonte: Prefeitura Municipal de Ibirubá. Página 173 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Para efetuar o abastecimento das partes mais altas, o sistema usa estações elevatórias para o auxílio das operações. Estação elevatória I – Esta elevatória consta de uma casa de bombas próxima ao poço I-5 na Rua Ernesto Wilms, ao lado do reservatório R1. Sua função é recalcar com distribuição em marcha, a água do reservatório apoiado de 150m³ (R-1) para o reservatório semi enterrado de 100 m³ (R-2) situado na Rua Rio Branco, abastecendo assim a Zona Baixa do sistema. Possuem em suas instalações dois Grupos de Motor e Bomba de superfície com 75 CVs cada, e vazão de 215 m³/hora, que operam em sistema alternado, ligadas a um painel de controle abrangendo ainda o poço I-5. Estação elevatória II – Esta elevatória consta de uma casa de bombas próxima ao reservatório apoiado de 100m³ (R-2) cuja função é recalcar com distribuição em marcha para os reservatórios R 3, abastecendo a Zona Média, e para o reservatório (R-4), abastecendo assim a Zona Alta do sistema. É formada por duas moto-bombas submersas de 20CV, com vazão de 95m³/h para o sistema (R-3), e 15CV para o (R-4) e vazão de 45m³/hora. Figura 38: Fluxograma do sistema de captação e distribuição. Fonte: CORSAN. Página 174 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Zona Rural Não se tem sistema de estações elevatórias para a distribuição de água junto à zona rural. g) Ramais Prediais O sistema de abastecimento de água do município contém cadastro técnico, sobre unidades lineares e também das localizadas, mas este pertence a CORSAN. Segundo esta companhia, os ramais prediais existem no município, da rede de distribuição até os hidrômetros, sendo composto por materiais como ferro, PVC e PEAD. Em relação à extensão dos ramais (trecho da rede geral de distribuição e o hidrômetro) foi informado que se estima que seja de 12 metros por ligação, o que daria 32.040 metros de ramais prediais antes dos hidrômetros. h) Manutenção e Controle Operacional Zona Urbana O controle operacional do sistema de abastecimento de água é feito pela CORSAN, sendo que não existe por parte da operadora um centro de controle operacional - CCO que faça em tempo real a supervisão das variáveis hidráulicas e elétricas, o telecomando do liga/desliga dos conjuntos moto bombas e a abertura e fechamento de válvulas. Em especial, este sistema não realiza o controle das manutenções junto à entrada dos reservatórios, que permitiria uma modulação da vazão do sistema para um melhor equilíbrio do balanço hidráulico do sistema de abastecimento de água, assim como controle de vazão e pressão em todos os distritos de medição e controle. As ações operacionais são realizadas sempre que identificado um problema não podendo ser consideradas ações preventivas. Os consertos de redes são realizados assim que detectados pela equipe técnica com apoio de empresa terceirizada para operações com retroescavadeira. Eventualmente são realizadas pesquisas de prospecção de vazamentos invisíveis sempre que o nível de perda apresenta nível crítico. Página 175 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Tabela 33: Dados operacionais do SAA. Mês/Ano Indicações operaciona 01/1 02/1 03/1 04/1 05/1 is 06/1 07/1 2 2 2 2 2 2 70 80 62 69 78 48 52 60 3 9 9 7 5 5 4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 4 1 si Si si si 09/1 10/1 11/1 12/1 2 2 49 58 64 0 12 7 4 7 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 0 0 1 1 0 si si si si si si si 2 2 08/1 2 2 Intervençõe s em Ramais Conserto de Rede até 150 (mm) Conserto de Rede acima de 150 mm Expurgos Intervençõe s em adutoras Tempo de intervençõe s em adutoras s i (hh:mi) Si – sem informação. Fonte: CORSAN i) Perdas Para análise das perdas existentes no sistema, deve ser levado em considerado o volume de água captado, tratado e distribuído subtraído pelo volume de água que é consumo internamente pela comunidade local registrado através da hidrometação particular de cada ponto de recebimento de água. De acordo com os dados do ano de 2012 da CORSAN, se tem 5.215 economias com fornecimento de água, onde destas 5.132 possuem sistema de micromedição, totalizando assim um índice de hidrometação de 98,41%. Página 176 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Na tabela abaixo, encontramos os índices mensais de perdas na distribuição no sistema de abastecimento de água. Tabela 34: Dados referentes a perdas no SAA na área urbana do município de Ibirubá no ano 2012. Produção Faturado Perdas Perdas Mês Realizada m³ m³ sistema - m³ sistema (%) Janeiro 108.178 70562 37.616 34,77% Fevereiro 104.249 71956 32.293 30,98% Março 111.470 60520 50.950 45,71% Abril 102.297 63216 39.081 38,20% Maio 104.513 60830 43.683 41,80% Junho 101.421 60642 40.779 40,21% Julho 104.775 54449 50.326 48,03% Agosto 106.237 58232 48.005 45,19% Setembro 103.192 66304 36.888 35,75% Outubro 104.071 59945 44.126 42,40% Novembro 105.052 72180 32.872 31,29% Dezembro 110.263 68091 42.172 38,25% Valores Médios 105.477 63910,58 Valores Totais 1.265.718 766.927 39,38% 498.791 Fonte: CORSAN, 2012. De acordo com as informações obtidas com a CORSAN, o índice médio de perdas na distribuição nos últimos 12 meses de operação analisados foi de 36,38%. Zona Rural Atualmente, o setor de projeto, elabora os projetos das redes de água prevendo a instalação de um hidrômetro na saída do reservatório, e hidrômetro junto às residências, sendo que o controle deve ser feito com a soma de todo o consumo nas residências, com o hidrômetro principal. As redes antigas não existem controle de perdas. 7.1.2 Aspectos operacionais e administrativos Zona Urbana Página 177 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. A Unidade de Saneamento, U.S. de Ibirubá, é composta por três setores, Administração, Operacional e Tratamento. A área administrativa é responsável pelo cadastro comercial, leitura, geração e entrega das faturas, gerenciamento do faturamento e arrecadação, execução do atendimento ao público – pessoal e telefônico, bem como geração das Ordens de Serviço para atendimento de reclamações e solicitações de serviço. Conta com cinco empregados mais um Chefe de Unidade. A área operacional trata do controle das redes de distribuição, conserto de vazamentos, ligações novas demais ações, contando ainda com suporte na área eletromecânica de uma equipe regional com sede em Cruz Alta, que é acionada por telefone. Opera atualmente com três empregados. O setor de tratamento possui um laboratório micro regional, e atende as necessidades na área de desinfecção e fluoretação da água distribuída bem como todas as análises necessárias para o controle. Sua lotação ideal é de três empregados, porém atualmente opera com dois sendo que aguarda chamada do concurso para completar a equipe. Com relação às taxas dos serviços de captação, tratamento e distribuição da água, têm-se os valores apresentados na tabela abaixo: Tabela 35: Sistema tarifário utilizado pela CORSAN para o município de Ibirubá. Tarifa Social Categoria Água Preço Serviço Tarifa Mínima sem Base Básico Hidr. Bica Pública 1,85 7,32 25,82 Resid. A e A1 1,56 7,32 22,92 m³ excedente 3,86 Residencial B 3,86 18,25 56,85 Empresarial Comercial C1 3,86 18,25 56,85 m³ excedente 4,38 Comercial 4,38 32,56 120,16 Pública 4,38 65,03 135,83 Industrial até 1.000 4,98 65,03 230,47 Básica m³ Fonte: CORSAN. Tabela vigente a partir de 07/2013 Página 178 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. O contrato entre o município e a Corsan não prevê o sistema de fundo compartilhado, não existindo nenhuma transferência para o município de qualquer valor sobre a arrecadação da concessionária. Zona Rural Os sistemas de abastecimento comunitários, a responsabilidade pela operação, manutenção e tratamento é de responsabilidade das associações de moradores, de forma informal, visto que não existe regramento formal para essas associações. Não existe empresa contratada para realizar o controle destes poços. O controle é realizado pelas análises da Vigilância sanitária. O município apresenta 29 associações informais que operam os sistemas comunitários. Algumas associações estão mais organizadas e apresentam estatuto social, outras operam por meio de atas dos encontros realizados. O município não apresenta uma legislação específica sobre o assunto o que gera conflitos dentro das associações especialmente sobre a cobrança de taxas. São cobradas taxas para realização de reparos na rede e substituição de bombas, em média são cobrados R$ 0,50 por m³ de água. Quando a vigilância sanitária constata algum tipo de contaminação, detectada através de análises, é encaminhado um profissional habilitado (técnico responsável) para realizar a descontaminação do poço. A tabela abaixo mostra a organização existente junto a cada comunidade, em termos de existência de associação, responsável da comunidade pela operação e tarifas médias que são cobradas nas comunidades. Tabela 36: Sistema operacional junto as comunidades. CONTROLE ASSOCIAÇ Comunidade 1 Hípica/Linha 4 ESTATU TARIFA (R$ / ÃO RESPONSÁVEL TO m³) Não Não Não Não Luciano 2 São Paulo Pontão Fundos Sim Braganholo Ata R$ 1,00/m³ 3 Rincão Dos Graminhos Não Não Não Não R$ 0,50m³+5,00mê 4 Linha Pulador Sul Sim Nelson Blasi Ata s Página 179 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. 5 Linha Jacuí Mirim Não Não Não Não 6 Monte Castelo Sim Paulo Floss Ata R$ 0,50m³ Henrique 7 Aeroporto Sim Fredrich Ata R$ 0,50m³ 8 Esquina São Carlos Não Não Não Não 9 Fazenda Itaíba 1 Não Não Não Não Sim Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Sim Leonir Budke Ata R$ 0,50m³ Não Não Não Não Sim Wolnesio Guntzer Ata Conta Luz Mês 1 Fazenda Itaíba 2(Armazén 0 Cotribá) 1 1 Arroio Grande- Senaldo 1 2 Arroio Grande- Nelson 1 3 Linha Duas 1 4 Linha Quatro 1 5 Boa Vista 1-Novo 1 6 Boa Vista 2-Vila 1 Osmildo 7 Esquina Decker Sim Saatkamp Ata R$ 0,50m³ Sim Luiz Barrow Ata R$ 0,50m³ Sim Martin Port Ata R$ 0,50m³ Não Não Não Não Ata R$ 0,50m³ 1 8 Esquina São José1 1 9 Esquina São José 2 2 0 Linha 3 2 Siegmar 1 Linha 5 Sim 2 Schwambach Geronimo 2 Linha Pulador Norte Sim Binsfeld Ata R$ 0,50m³ Sim Ricardo Iorta Ata R$ 0,50m³ 2 3 Linha Sapateiro 2 Travessão - Alfredo 4 Brenner R$ Sim Delcio Rhoer Regul. 0,50m³+5,00mê Página 180 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. s 2 5 Pinheirinho Sim Tarciso da Silva Ata R$ 1,00m³ Não Não Não Não Não Não Não Não Sim Reni Lagemann Ata R$ 0,60m³ Sim Norberto Bonnes Ata R$ 0,35m³ Não Não Não Não Não Não Não Não 2 6 Santo Antônio Bom Retiro 2 7 Santo Antônio Do Umbu 2 8 São Roque 2 9 Linha 6 3 0 Capela Fatima 3 1 Cerâmica Pulador 3 2 Erno Whays R$ 60,00 ano Sim Romeu Korte Ata cada Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Sim Olavo Beskow Ata R$ 0,50m³ Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não 1 Vila Seca Não Não Não Não 4 São Sebastião 1(Guamirim) Sim Ernande Livro R$ 3 3 Linha 2 Frente 3 4 Linha 4 Fundos 3 5 Linha Fior 3 6 Passo Bonito 3 7 Rincão dos Diesel 3 8 Santo Antônio Do Triunfo 3 9 São Lucas 4 0 São Paulo Pontão Frente 4 Página 181 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. 2 Rebelato Caixa 0,30m³+3,00mê s 4 3 São Sebastião 2 Não Não Não Não Sim Marcelo Nicolodi Ata R$ 0,50m³ 4 4 Várzea 1 (Salão) 4 Várzea 2 (Terezinha N. 5 Ortiz) Terezinha N. Sim Ortiz Ata R$ 50,00 Mês Sim Volmir Saggin Ata R$ 0,40 m³ Sim Francisco Alves Ata Conta Luz Mês Sim Sergio Vogel Ata R$ 0,50m³ Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não 4 6 Várzea 3 (Círio Zeni 4 Rincão Seco 1(Frente 7 Cemitério) 4 8 Rincão Seco 2(Escola) 4 9 Rincão Seco 3(Fundos) 5 0 Alfredo Brenner 5 1 Lar Do Idoso 5 Edilson 2 Pinheirinho – Esolca Sim Volenberg Ata R$ 1,00m³ Sim Hilario Kurtz Ata R$ 0,50m³ Sim Odalvo Cossul Ata R$ 0,50m³ Sim Paulo Gaedeche Ata R$ 1,00m³ 5 3 Linha 5- Esquina Kappaun 5 Alfredo Brenner- Barro 4 Preto 5 5 Boa Vista (Boa Esperança) Fonte: Prefeitura Municipal de Ibirubá. 7.1.3 Regulamentação e fiscalização A vigilância sanitária é responsável pela fiscalização das ações da CORSAN dentro da zona urbana do município sendo também a responsável pela fiscalização do abastecimento na zona rural. Atua no setor de controle do abastecimento de água com 01 Página 182 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. fiscal sanitário. A vigilância não realiza contraprova apenas recebe relatório mensal da CORSAN com as análises. 7.1.4 Avaliação e identificação dos problemas encontrados Com base no diagnóstico realizado, indica-se que 1,09% da população urbana municipal não possui sistema de abastecimento de água potável no município. Sendo que na área rural não temos um dado real da situação. Tabela 37: Tipos de abastecimento de água na zona rural do município de Ibirubá Tipo de Abastecimento População Urbana População Rural % % de Água (famílias) (famílias) Urbana Rural Poços Tubulares 6263 6 98,91 0,81 30 497 0,47 66,89 39 140 0,62 18,84 Outros 0 100 0 13,46 Total 6332 743 (fonte 100 100 profundos – CORSAN Poços Tubulares Profundos Associações Comunitárias Poços Tubulares Profundos Individuais questionário) Fonte: Prefeitura Municipal de Ibirubá e CORSAN. Junto a zona urbana a fonte de dados obtida foi junto ao cadastro municipal e a Corsan. Já na zona rural, os dados são provenientes de um censo realizado, onde se aplicou um questionário, atingindo 743 famílias do interior do município de Ibirubá, o que corresponde a 56,12% do total de 1324 famílias. Assim sendo, não se sabe diagnosticar com precisão a fonte de abastecimento de água de 581 famílias. Com base nos dados informados no questionário e dos dados levantados no diagnóstico, constatamos que 30 famílias possuem água tratada no interior, o que corresponde a 2,26% do total das residências. Na zona urbana, é possível avaliar que 98,91 % da população possui abastecimento de água potável em sua residência, e 1,09 % possui água de outras fontes. Página 183 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. 7.1.5 Identificação dos pontos forte e fracos relacionados a Sistema de Abastecimento de Água Pontos Fortes: Manancial de captação existente é suficiente para atender as demandas para os próximos 20 anos. Cobertura do abastecimento com água potável é de 98,91% da população urbana. Prestação de serviço com regularidade e eficiência na área urbana. Medições regulares na área urbana. Atendimento integral da Portaria 2914/2011 do MS na área urbana. Programas de ampliação de redes implantados com eficiência na área rural. Pontos Fracos: Falta de Planejamento para implantação das obras do município, que visam melhorias das redes de ampliação da cobertura. Falta de cobertura de 1,09% da população onde não possuem abastecimento de água pela concessionária; Necessidade de substituição de redes ainda existentes de fibrocimento na zona urbana; Necessidade de regularização e solicitação de outorga para poços localizados na zona urbana de posse da concessionária, sendo 4 poços em operação e 1 poço em fase de perfuração. Elevadas perdas na zona urbana, chegando a 39,38%. Cobertura de abastecimento de água através de poços tubulares comunitários é de 67,70% da população rural. Falta de sistemas de tratamento (cloração e fluoretação) na maioria dos poços tubulares da área rural, chegando a 53 poços sem tratamento, chegando a 97,74% da população rural. Falta de um sistema de controle das perdas na zona rural. Associações informais e com pouca organização junto à área rural onde existem redes comunitárias. Falta de manutenção preventiva nos equipamentos (bombas, reservatórios, canalizações), junto à zona rural. Falta de hidrômetros na maioria dos poços tubulares da área rural. Página 184 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Os sistemas de abastecimento de água rural não estão licenciados junto aos órgãos competentes; Poços construídos fora das normas técnicas. Falta de um cadastro no município dos pontos de abastecimento na área rural. Falta de fiscalização eficiente para o controle da água nos pontos de abastecimento na área rural. Falta de regulamentação e gerenciamento das redes comunitárias da área rural. 7.1.6 Projetos Existentes no município em andamento sobre o sistema de abastecimento de água no município. Zona Urbana: Existem projetos de substituição de redes deficientes em pontos da área urbana. Zona Rural: Existem 03 projetos em andamento, sendo estes na localidade de Capela Fátima, Linha Pulador Norte e Linha Oito. Conforme projeto apresentado pela Corsan, o prazo para ampliação do sistema de abastecimento de água é até 2040. Analisando o aumento populacional e a expansão da zona urbana, constatamos que as ampliações devem seguir conforme a demanda, e a substituição dos 19,42 Km de rede antigas em fibrocimento e de bitolas inferiores, devem ser prioridade nos próximos anos, devendo o período ser reduzido para que ocorra a execução destes projetos antecedendo esta data. Página 185 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. 7.2 7.2.1 DIAGNÓSTICO DOS SERVIÇOS DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO Esgotamento Sanitário A situação local não diverge muito da realidade do Estado. Junto ao município de Ibirubá, os sistemas de esgotamento sanitário são precários, onde não se tem sistema coletivo de tratamento de esgoto, sendo tratado de forma individual para cada domicílio o que dificulta a fiscalização e controle. Frente à inexistência do serviço a níveis satisfatórios que atendam as necessidades locais, as ações de esgotamento sanitário são improvisadas, sem qualquer rigor técnico na sua concepção e implantação e com a mais absoluta falta de operação, levando a ineficiência e ineficácia destas iniciativas frente ao problema que pretende resolver. Estas formas de esgotamento se caracterizam, por soluções do tipo fossa-sumidouro ou pela ligação direta do ramal domiciliar a rede de drenagem pluvial. Como situação local, o Arroio Pulador encontra-se significativamente comprometido no que tange a qualidade de suas águas devido ao aporte de efluentes de origem doméstica, industrial e agrícola. 7.2.2 Diagnóstico dos serviços de esgotamento sanitário O sistema de esgotamento sanitário do município de Ibirubá é do tipo individual, não possuindo sistema coletivo implantado para a realização da coleta e tratamento dos efluentes domésticos. Para casos especiais, principalmente edifícios são autorizados sistemas de tratamento com fossa séptica, filtro anaeróbio e clorador, permitindo assim que seja lançado o efluente na rede pluvial. Para o lançamento do efluente na rede pluvial são cobradas análises periódicas das águas servidas e um profissional habilitado responsável. Atualmente, para a aprovação dos projetos de construção residencial, unifamiliar e multifamiliar localizados na zona urbana, exige-se ter o sistema de tratamento dos efluentes gerados, sendo considerado o número de moradores por residência. Cálculo da quantidade de esgoto gerado no município e a ser gerado num horizonte de 20 anos. Em relação à quantidade de esgoto gerado no município, seguindo orientação da FUNASA, podemos considerar que 80 % da água consumida no município são Página 186 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. transformadas em esgoto gerado. Então considerando que a projeção da população total do município para o ano de 2012 contabilizada, tendo-se por base a projeção geométrica, da qual corresponde a 19.445 habitantes, e o consumo médio de água corresponde a 200 l dia, isso significa que e consumido por dia 3.889,00 m³, sendo assim temos uma quantidade de esgoto gerado por dia de 3.111,20m ³. Para a zona urbana e rural, o volume de geração de efluente, tendo-se por base a quantidade de água consumida estimada, será: Zona Urbana: 15.731 habitantes x 200 l/hab/dia: 3.146.200 l = 3.146,20 m³ água x 80% = 2.516,96 m³ de esgoto/dia; Zona Rural: 3.714 habitantes x 200 l/hab/dia: 742.800 l = 742,8 m³ água x 80% = 594,24 m³ de esgoto/dia; Para as projeções futuras, dentro do horizonte estabelecido de 20 anos a população total do município estimada, corresponderá a 20.926 habitantes, correspondendo à zona urbana a totalidade de 20.462 habitantes, ou seja, estima-se que ocorra um acréscimo do número de habitantes junto à zona urbana, o que deve ser previsto um aumento da demanda das prestações de serviços. Para a zona rural, o método utilizado determina um decréscimo bem acentuado, o que de fato, poderá levar a desativação de alguns serviços necessários de serrem implantados atualmente. 7.2.3 Situações atuais dos serviços de esgotamento sanitário No município de Ibirubá, não existe rede pública de esgoto cloacal, sendo os sistemas de tratamento do tipo individual. Segundo o material de apoio para a elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico da Inova Consultoria Ambiental, o tratamento do esgoto doméstico pode ser realizado por três diferentes sistemas, sendo eles: Sistemas de tratamento Individual: consiste no tratamento dos esgotos domésticos gerados em uma unidade habitacional, através da utilização de mecanismos como fossa séptica, fossa séptica e filtro anaeróbio, ou fossa séptica e clorador. Sistemas de tratamento coletivo: consistem em canalizações que recebem o lançamento de esgoto de várias residências, transportando-os ao seu destino final, para que se processe o tratamento, inclui mecanismos como: rede Página 187 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. coletora, ETE compacta, ETE generalizada para o município e manancial receptor do esgoto tratado. Sem sistema de tratamento: consiste na destinação do esgoto sem prévio tratamento. Sistemas de tratamento Individual Para a aprovação de projetos junto ao setor técnico da Prefeitura Municipal de Ibirubá, é exigido implantação de sistema individual de tratamento de esgoto doméstico, composto por fossa séptica, filtro anaeróbio e sumidouro, desde o ano de 2009. Até o ano de 2008, os projetos eram aprovados somente com poço negro, sendo que em alguns casos, (geralmente projetos financiados por instituições bancárias) eram adotados fossa séptica e sumidouro. Desde o ano de 2006 passou-se a exigir autorização ambiental para obras multifamiliares, para a aprovação de projetos, sendo efetivada a partir de 2009, sendo que os sistemas deveriam conter fossa séptica, filtro anaeróbio e sumidouro ou lançados na rede pluvial. Salienta-se que neste período, não era feito a fiscalização dos sistemas implantados, sendo que somente a partir de 2011, com a implantação do habite-se ambiental, as autorizações expedidas contém como condicionante a comunicação junto ao departamento do meio ambiente da instalação do sistema, para fiscalização, onde fica constatado se o mesmo foi executado conforme projeto aprovado. Em casos especiais, é autorizado o lançamento do efluente tratado, junto à rede pluvial. Este sistema consiste em fossa séptica, filtro anaeróbio e clorador, sendo que o seu dimensionamento deve seguir as NBR’s. Conforme dados informados pela Secretaria da Fazenda, através do Setor de Cadastro, a cidade de Ibirubá, possui 5.650 unidades imobiliárias, sendo que existem na Secretaria Municipal de Agricultura, Pecuária e Meio Ambiente, 894 autorizações ambientais emitidas. Desta forma podemos concluir, que existem apenas 894 obras licenciadas com tratamento de efluentes das quais foram fiscalizadas estando em condições de operação, o que corresponde a 15,82 % do número de domicílios totais, e 4.756 obras sem tratamento de esgoto licenciado ou com sistema que não atende as normas ou ainda que não foi devidamente fiscalizado, o que corresponde a 84,18 %. Segundo dados do IBGE o número de residências no interior do município de Ibirubá é de 1.324 domicílios (Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010), todos sem autorização ambiental, não se tendo dados portanto do sistema implantado, mas estima-se que a Página 188 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. maioria das residências rurais não implantam sistema de tratameno de esgoto, utilizando apenas o poço negro para destinação dos mesmos. Abaixo, tabelas referentes às autorizações emitidas pela Secretaria Municipal de Agricultura, Pecuária e Meio Ambiente, onde se autoriza a implantação residencial contendo as obras para tratamento de esgoto. Tabela 38: Autorizações Ambientais emitidas pela Secretaria Municipal de Agricultura, Pecuária e Meio Ambiente, das quais possuem sistema de tratamento de esgoto projetado: Unifamiliar Multifamiliar 2006 Comercial Industrial 2 Social Total 1 3 2007 1 4 1 6 2008 7 4 1 12 2009 26 21 11 1 59 2010 170 22 7 3 202 2011 205 16 22 6 254 2012 189 15 15 7 226 2013 108 11 12 1 132 Total 706 95 69 19 894 5 5 Fonte: Prefeitura Municipal de Ibirubá. Tabela 39: Autorizações ambientais com lançamento em rede pluvial, através de sistema de fossafiltro-clorador: Fossa e Filtro 2006 Fossa, Filtro e Clorador Total 3 3 2008 1 1 2009 1 1 2010 2 2 2011 3 3 2007 2012 4 4 2013 2 2 6 16 10 Fonte: Prefeitura Municipal de Ibirubá. Das autorizações ambientais apresentadas, o total de 16 (1,8%) unidades esta previsto o lançamento junto a rede pluvial, enquanto que as demais, 878 (98,2%) unidades, o lançamento ocorre em solo, através de sumidouro. Página 189 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Figura 39: Demonstrativo de uma unidade implantada de sistema de fossa séptica, em área residencial. Fonte: Prefeitura Municipal de Ibirubá. Figura 40: Sistema em fase de implantação. Fonte: Prefeitura Municipal de Ibirubá. Abaixo, lista-se a relação das obras licenciadas no município das quais realizam lançamento do esgoto em rede pluvial, das quais devem possuir responsável técnico e realizar analises periódicas de lançamento: Página 190 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Sistema implantado: fossa séptica, filtro anaeróbico e lançamento na rede pluvial Residencial Martino – Rua Sete de Setembro esquina com Rua do Comércio; Solar da Praça – Rua Flores da Cunha, 767; Posto de Saúde Central – Rua Mauá, s/n; Edifício Imigrantes – Rua do Comércio esquina com Rua 3 de Outubro; Edifício Vista Alegre – Rua Geberal Osório, 1885; Ed. Garden Plaza – CONSTRUTORA SENGER – Rua Flores da Cunha esquina com Rua Getúlio Vargas (em construção); Ed. Klein Center – Rua General Osório, lado par distante 33m da Rua Flores da Cunha (em construção); Gelvani Nicolodi – Rua Mauá, 888; Alberi Kamphorst – Supermercado Vovó Mathilda – Rua Henrique Roetger esquina com Rua General Osório; Argeu Dal Castel – Rua Mauá, 900 (em construção). Figura 41: Sistema implantado, que comporta fossa séptica, filtro anaeróbico e lançamento na rede pluvial. Fonte: Prefeitura Municipal de Ibirubá. Sistema implantado: fossa séptica, filtro anaeróbico, clorador e rede pluvial Edifício Felicita – Rua General Osório, 1112 Página 191 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Construtora Senger – Rua Tiradentes esquina com Rua Firmino de Paula (em construção); Pacífico Fior, Clarice Fior e Vinicius Fior – Rua Serafim Fagundes esquina com General Osório (a construir). Decio Aldair Rebellato – Rua Mauá esquina com Rua Castanhal (em construção); Carlos Avená Nascimento – Travessa Condor, s/n (em construção); João Antonio Severo – Rua Flores da Cunha, 950. Figura 42: Sistema implantado que comporta fossa séptica, filtro anaeróbico, clorador e rede pluvial. Fonte: Prefeitura Municipal de Ibirubá. Após a liberação da autorização ambiental, para lançamento do esgoto tratado em rede pluvial, é solicitado como condicionante nas autorizações, que seja feito análises físicoquímicas e microbiológicas em intervalos de 6 meses. Na zona rural, não é exigido autorização ambiental e aprovação de projetos para construções, sendo que o sistema utilizado para esgotamento sanitário é o poço negro e em raros casos (obras financiadas) é utilizado fossa séptica e sumidouro. Sistemas de tratamento Coletivo a) Rede coletora: atualmente não existe rede coletora de efluente líquido doméstico no município. Página 192 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. b) ETE compacta: não se tem implantado este sistema no município, nem tampouco já se exigiu a implantação do mesmo. Comumente a ETE compacta vincula ao tratamento junto a loteamentos, e áreas residenciais limitadas. c) ETE generalizada para o município: não possui no município este sistema implantado. Se tem projeto elaborado, do qual pertence a CORSAN, onde se prevê a implantação com recurso de R$44.330.342,00; até o meados de 2033. Os dados relativos a este projeto são citados no campo 7.2.6, projetos em andamento. d) Manancial receptor do esgoto tratado: O manancial receptor do esgoto tratado para os sistemas individuais implantados é o Arroio Puxirete, através da rede pluvial, onde ocorre o despejo do esgoto tratado dos seguintes edifícios licenciados: Ed. Martino, Ed. Solar da Praça, Ed. Vista Alegre, Ed. Vovó Matilde, Ed. Imigrantes, Ed Felicita, Posto de Saúde da Máua. Os exutórios de recebimento estão localizados nas seguintes bacias, com as respectivas coordenadas: Bacias 06: -28°37’28.02‖S e -053°5’10.35‖O; Bacia 07: -28°37’48.41‖S e -053°4’54.06‖O; Bacia 08: - 28°37’55.83‖S e -53°4’29.35‖O. O arroio Puxiretê está localizado dentro de perímetro urbano do município de Ibirubá, passando pelos seguintes Bairros: Unida, Odila, Santa Helena, Floresta, Chácara e Bangu, sendo que o mesmo é o recebedor de águas de drenagem pluvial, devido a declividade e relevo da cidade. Também recebe esgoto oriundo de sistemas clandestinos. Para o projeto da ETE generalizada para o município, o local de disposição final dos efluentes também se dará no Arroio Puxiretê, estando sendo estudada como ponto de lançamento a coordenada geográfica -28° 38’ 24,11‖S e -053° 4’ 38,69‖O. A imagem abaixo mostra a localização destes pontos junto ao arroio. Página 193 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Figura 43: Localização dos pontos de recebimento de aporte de efluentes tratados dos sistemas existentes atualmente, e do sistema futuro do qual será implantado pela Corsan. Fonte: Google Earth. Sem sistema de tratamento Como dito, a estimativa é de 4.756 obras construídas na zona urbana da qual não possuem sistema de tratamento de esgoto licenciado, corresponde a 84,18%, somado ainda, ao número de residências no interior do município de Ibirubá, com 1.324 domicílios, todas construídas sem autorização ambiental, o que totaliza um montante de 6.080 domicílios sem sistema de tratamento adequado, ou que tenha sido fiscalizado. Sistema de limpeza das fossas-sépticas e filtros Atualmente a responsabilidade para efetivação da limpeza e remoção do lodo gerado junto as fossas ou demais sistemas existentes é do proprietário da obra. Existe no município uma empresa que atua na prestação de serviços terceirizados para a limpeza e manutenção de fossas sépticas e poços negros, porém a mesma, não tem licenciamento ambiental e nem uma área apropriada para a disposição dos resíduos. O empreendedor responsável desta empresa já procurou legalizar sua empresa perante os órgãos ambientais, entretanto não encontrou área adequada para disposição dos resíduos. Página 194 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. A empresa em questão possui um caminhão próprio com capacidade de 10.000 litros para efetuar a limpeza das fossas, filtros e sumidouros. Conforme informação do proprietário realiza a coleta de em média 30.000 litros de lodo oriundo de efluentes domésticos por dia, resultado de 4 a 5 coletas diárias, conforme solicitação dos proprietários das residências e edifícios. Os dejetos, depois de coletados, são depositados em áreas agrícolas localizadas no interior, sendo que atualmente o proprietário teria capacidade de coletar cerca de 50.000 litros/dia. O proprietário informa que, até o momento, não foi realizado nenhum trabalho de educação ambiental com a empresa/moradores e que continua procurando uma área adequada no município para a disposição final dos resíduos coletados. 7.2.4 Aspectos operacionais e administrativos Os aspectos operacionais do sistema de esgotamento sanitário no município de Ibirubá, conforme contrato, são de responsabilidade da CORSAN compreendendo os serviços de coleta, transporte tratamento e destino final de esgoto. No entanto, até o momento a CORSAN não cobra taxa de esgoto por não haver uma rede coletora e nem a destinação do efluente para uma estação de tratamento de esgoto. Em vistas disto, não existem planilhas de controle operacional. Hoje, como a maioria dos sistemas é individual a operação de manutenção dos sistemas é de responsabilidade dos proprietários sendo que o município não possui um sistema para fiscalizar as limpezas periódicas exigidas em autorização ambiental. A Corsan, em vistas de se ter um contrato ativo, deveria participar deste processo, através do encaminhamento e destinação final do lodo, conforme determina a Lei Federal nº 11.445/2007, vinculando a obrigação para a concessionária, enquanto que cabem ao proprietário do domicílio, a implantação do sistema e sua limpeza periódica. A Prefeitura Municipal fiscaliza a implantação do sistema de tratamento durante as obras, através do setor técnico, estando este submetido ao controle do Departamento do Meio Ambiente. O departamento possui uma analista ambiental, um fiscal ambiental e um técnico administrativo, totalizando 03 funcionários, sendo necessário o aumento do quadro para efetivar a fiscalização quanto a manutenção dos sistemas existentes. 7.2.5 Regulação e fiscalização Para os tratamentos individuais de esgoto domiciliar, residências unifamiliares, a regulamentação fica a cargo do Departamento Municipal de Meio Ambiente, da qual exige uma Autorização Ambiental, implantada desde o ano de 2010 emitido pelo Departamento. Página 195 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Assim, para as construções residenciais, é condicionado que se deve ser instalado fossa séptica, filtro anaeróbio e sumidouro ou vala de infiltração, através da autorização. As obrigações do administrativo são de realizar o protocolo dos pedidos dos projetos técnicos elaborados por profissionais afins, que tiveram uma prévia avaliação do setor de engenharia. Posterior à análise pelo departamento, é emitido um laudo técnico conclusivo indeferindo ou autorizando a construção com as condicionantes pertinentes. A fiscalização é responsável por averiguar o cumprimento das condicionantes estabelecidas na Autorização Ambiental, e somente mediante a vistoria junto à obra se procede com a autorização para a liberação do ―habite-se‖. Neste caso, além da vistoria registra-se uma imagem fotográfica da estrutura construída. Com relação a tratamento coletivo para unidades multifamiliares, a regulamentação também fica a cargo do Departamento Municipal de Meio Ambiente, onde também se exige uma Autorização Ambiental para as construções dos edifícios. Exige-se a instalação de um sistema de tratamento de esgoto através de fossa séptica, filtro anaeróbio, clorador e posterior lançamento dos efluentes na rede coletora pluvial. Nesses casos, após o habite-se ambiental são cobradas análises periódicas a cada 180 dias das águas servidas realizadas por profissional habilitado. Cada empreendedor é responsável pela implantação do projeto e pela limpeza. Quanto ao processo de limpeza, e condicionado nas autorizações ambientais emitidas, porém é efetiva a fiscalização e nem exigido algum documento comprovando que a mesma foi realizada. 7.2.6 Avaliação e identificação de problemas Os problemas citados abaixo foram identificados na fase acima do diagnóstico. Não existem informações precisas quanto ao número e tipos de sistemas de tratamento de esgoto no município; Não existe levantamento de ligações irregulares de esgoto sem tratamento junto a rede pluvial ou em cursos hídricos; Não há fiscalização, após a implantação, da efetividade dos sistemas de tratamento individuais de esgoto, onde somente edifícios multifamilares são fiscalizados. As análises apresentadas, não informam padrões exigidos pela resolução solicitada na autorização ambiental; Página 196 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. O fiscal responsável não acompanha o procedimento de coleta do efluente para análise; Quanto a geração, tratamento e disposição final do esgotamento sanitário: Estima-se que há falta de sanitários ou sanitários adequados junto as residências, mas conforme informação da Secretaria de Assistência Social, não temos informações da quantidade; Falta de sistemas de tratamento de esgotamento sanitário nas residências, tanto individual como coletivo; Existência de poços negros, localizados na zona urbana e rural; Existência de ligações clandestinas na rede pluvial, sendo que não existem dados quantitativos; Existência de ligações diretas em cursos hídricos do esgoto doméstico, sem dados quantitativos; Existência de ligações diretas em solo/céu aberto do esgoto doméstico, sem dados quantitativos; Falta de cloração antes da ligação do esgoto na rede pluvial, conforme dados da Secretaria Municipal de Agricultura, Pecuária e Meio Ambiente, onde existente somente 10 sistemas de tratamento com lançamento de efluentes na rede pluvial sem clorador; Implantação de sistemas de tratamento fora das especificações das normas técnicas, sendo subdimensionados; Falta de limpeza nas fossas e filtros, não ocorrendo regularidade do sistema de limpeza; A empresa atuante no município não é regularizada para a execução dos serviços; Há implantação de sumidouros em locais de solos altamente permeáveis, havendo carência de estudos específicos que comprovem a não contaminação do solo; Contaminação de cursos hídricos devido ao lançamento de esgoto in natura; Contaminação de lençol freático devido ao lançamento de esgoto in natura a céu aberto ou ainda através do uso de poços negros; Contaminação do efluente pluvial devido ao lançamento de esgoto in natura em rede mista, não havendo separador absoluto; Página 197 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Disposição de esgotos em antigos poços rasos de água, em especial junto a zona rural do município; A proposta de implantação do projeto da CORSAN quanto a coleta, tratamento e disposição final de efluentes domésticos esta prevista para ser implantada a longo prazo, onde o prazo final é o ano de 2033, compreendendo o horizonte previsto do Plano Municipal de Saneamento que é de 20 anos. Quanto ao gerenciamento dos sistemas de esgotamento sanitário: Falta de esclarecimento da população sobre um sistema de tratamento de esgotamento sanitário (diferença entre fossa e poço negro e sumidouro), o qual compreende o sistema de tratamento esgoto sanitário residencial; Falta de uma análise da geologia local para viabilização de implantação de sistemas individuais de tratamento de esgoto sanitário; Requer-se melhor estruturação do setor atuante no município quanto à avaliação de projetos, fiscalização da obra, e fiscalização quanto a manutenção e limpeza das fossas, onde o quadro pessoal é pequeno para atuar no setor de esgotamento sanitários; Falta de um cadastro técnico onde se tem o levantamento da situação dos sistemas de tratamento implantados nas residências; Falta de regulamentação e controle nas ligações na rede pluvial após passagem por fossa e filtro; 7.2.7 Projetos residenciais rurais não são aprovados pela Prefeitura Municipal. Projetos em andamento A Corsan possui contrato de concessão junto ao município onde o mesmo especifica a implantação de soluções para tratamento, estudadas e elaboradas a partir de projeto técnico, onde alguns detalhamentos do projeto são citados a seguir: Obras a serem realizadas na solução estudada O Sistema de Esgoto Sanitário de Ibirubá foi concebido para atendimento em fim de plano, da totalidade da população compreendida no limite físico de projeto, que Página 198 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. praticamente inscreve o limite urbano da cidade. Foi dividido em nove bacias hidrossanitárias, que deverão ter suas redes implantadas de forma gradativa. A solução desenvolvida para o sistema prevê o atendimento de uma população de 19.826 habitantes, localizada em uma área da ordem de 936,40 ha. Serão implantados 100.270 m de rede secundária com seus respectivos coletores tronco e interceptores (Norte e Sul), as estações de bombeamento de esgotos EBE-1, EBE-3 e EBE-9 com suas linhas de recalque (DN 80 e L = 470 m, DN 80 e L = 300 m e DN 350 e L = 25 m, respectivamente), a ETE composta por um reator anaeróbio de fluxo ascendente e um conjunto de três leitos de secagem, um filtro biológico aerado submerso, um floculador tipo Alabama, um decantador retangular e um banhado construído de fluxo superficial, destinada ao tratamento de 58,11 L/s de vazão média regularizada, e o emissário final, com aproximadamente 50 m de comprimento. Capacidade do sistema a ser construído: A capacidade do sistema a ser construído é de 110,11 L/s no sistema coletor (vazão máxima) e 58,11 L/s na ETE (vazão média regularizada afluente ao tratamento). Extensão de rede a ser construída: Serão construídos 100.270 m de rede secundária com seu respectivo coletor tronco e interceptores (estimam-se diâmetros de 150 a 350 mm, predominando os de 150 mm). Ano previsto para o final de plano de projeto: Visto que o contrato do município com a Corsan vai até o final de 2033, estima-se pelo projeto que este será o período final. População atendida: No ano base de 2010, considerou-se no horizonte global de projeto da solução estudada será de 19.826 habitantes. Croqui geral da rede Página 199 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Figura 44: Croqui geral da rede de esgotamento sanitário que esta prevista para ser instalada no município de Ibirubá. Fonte: Corsan. Página 200 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. 7.3 7.3.1 DIAGNÓSTICO DOS SISTEMAS DE DRENAGEM PLUVIAL Diagnóstico dos Sistemas de Drenagem Pluvial O sistema de drenagem pluvial da zona urbana de Ibirubá é composto basicamente por microdrenagem, condução superficial e por tubos de concreto de diâmetros diversos, com lançamento em bocas de lobo e caixas de inspeção. As águas pluviais coletadas são lançados nos corpos hídricos existentes. Na área rural do município de Ibirubá a drenagem pluvial é executada de forma precária (sem planejamento), sendo apenas realizada a abertura e limpeza das valetas existentes, quando da manutenção das estradas. No acesso as propriedades a canalização é realizada com tubos de diversas bitolas, executada de acordo com a demanda. A manutenção da rede pública de drenagem é de responsabilidade da secretaria de obras, sendo que a mesma não é realizada de forma preventiva. Os problemas na rede são solucionados de acordo com a demanda. 7.3.2 Características Importantes das Microbacias Hidrográficas Definição das microbacias hidrográficas da zona urbana Na zona urbana do município existem 9 microbacias. A divisão destas microbacias foi realizada através da identificação dos divisores de água, os quais, define qual é a área de captação natural de precipitações que faz convergir os escoamentos para um único ponto de saída. Considera-se que para a definição das microbacias hidrográficas, utilizou-se a mesma divisão adotada pela CORSAN para a divisão hidrossanitária, uma vez que esta foi realizada com base nas curvas de nível identificada através de levantamentos topográficos. A tabela abaixo indica as 9 microbacias existentes, fornecendo os principais dados identificados nas áreas que compreendem as mesmas. Página 201 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Tabela 40: Características das microbacias do perímetro urbano do município de Ibirubá – Afluentes do Arroio Puxiretê. SUB-BACIA Bacia 1 Bacia 2 Bacia 3 Bacia 4 Bacia 5 Bacia 6 Bacia 7 Bacia 8 Bacia 9 Coordenada Geográfica (S) 28°37’57.45‖ 28°37’32.18‖ 28°38’27.52‖ 28°37’11.67‖ 28°39’6.34‖ 28°37’28.02‖ 28°37’48.41‖ 28°37’55.83‖ 28°37’52.85‖ Coordenada Geográfica (O) 53° 7’23.27‖ 53°6’0.02‖ 53°6’9.88‖ 53°5’19.14‖ 53°5’42.81‖ 53°5’10.35‖ 53°4’54.06‖ 53°4’29.35‖ 53°4’26.84‖ Área 61,67 há 162,22 ha 58,49 ha 143,37 há 81,60 há 82,00 ha 174,15 ha 74,86 ha 98,34 Há Perímetro 3.290 m 6.710 m 4185 m 6727 m 3877 m 5242 m 6825 m 5343 m 4498 m Largura média da bacia 624 m 726 m 337 m 894 m 554 m 429 m 701 m 450 m 747 m Comprimento axial da bacia 840 m 2.114 m 1452 m 2060 m 836 m 1689 m 2055 m 1660 m 1550 m Comprimento do rio principal 375 m 2001 m 1240 m 1893 m 1434 m 875 m 1970 m 1321 m 1133 m Altitude máx. no ponto mais afastado 462 m 462 m 462 m 456 m 453 m 430 m 446 m 420 m 432 m Altitude mínima (exutório) 410 m 398 m 417 m 390 m 410 m 374 m 372 m 370 m 370 Altura (diferentes cotas) 51 m 64 m 45 m 66 m 43 m 56 m 74 m 50 m 62 m Fonte: Setor Técnico da Prefeitura Municipal, adaptado do estudo técnico e conceptivo para Água e Esgoto, CORSAN (2012). Página 202 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Na figura abaixo pode ser observado mapa indicando a localização das bacias dentro da zona urbana do município. Legenda do mapa identificando as microbacias BACIA 1: 61,6700 Há BACIA 2: 162,2200 Há BACIA 3: 58,1900 Ha BACIA 4: 143,3700 Há BACIA 5: 81,6000 Há BACIA 6: 82,0000 Há BACIA 7: 174,1500 Há BACIA 8: 74,8600 Há BACIA 9: 98,3400 Ha 1 3 2 5 4 7 8 6 9 Página 203 de 504 Figura 45: Figura 1. Mapa Planialtimétrico do município de Ibirubá contendo a delimitação das PMSB – IBIRUBÁ, 2014. micro bacias hidrográficas. Fonte: Corsan. Definição das microbacias hidrográficas da zona rural Em relação à zona rural, encontramos uma divisão de 7 bacias hidrográficas. Tabela 41: Indicação das microbacias existentes na zona rural do município. SUB-BACIA Bacia 1 Coordenada métrica – UTM – x 28° 32’43,59‖ Coordenada métrica – UTM – y 53°9’ 54,65‖ Bacia 2 Bacia 3 Bacia 4 Bacia 5 Bacia 6 Bacia 7 28° 28° 28° 28° 28° 28° 38’49,71‖ 38’21.65‖ 38’49,71‖ 44’37,24‖ 43’7,61‖ 43’7,61‖ 53°10’ 53°4’ 35,76‖ 53°10’ 53°4’ 8,99‖ 53°10’2,90‖ 53°10’ 44,51‖ 49,51‖ 2,90‖ Rio/Arroio principal Extensão do arroio 14.888,57m 33,010m 9.930,62m 33,010m 8.396,00m 20.999,10m 20.999,10m 1,0506 ha 1,8325 ha 1,1863 ha 0,6513 há 0,4056 ha 0,4277 ha 0,6990 ha 49.481,49m 70.094,00m 48.662,00m 34.313,00m 26.287,42m 19.067,68m 41.649,93m 6.307m 9.360m 9.114m 7.301m 7.260m 6.180m 6.027m 10.583,72m 19.629,80m 12.843,37m 9.449,52m 3.911,56m 8.540,95m 13.064,29m 474m 434m 372m 418m 448m 417m 477m Altitude mínima (exutório) 356m 328m 365m 328m 356m 323m 323m Altura (diferentes cotas) 118m 106m 7m 90m 92m 94m 154m Área Perímetro Largura média da bacia Comprimento axial da bacia Altitude máx. no ponto mais afastado Página 204 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. As microbacias da zona rural encontram-se indicadas no mapeamento abaixo: Figura 46: Mapeamento das microbacias da zona rural do município. Fonte: Prefeitura Municipal de Ibirubá. Página 205 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Cálculo das máximas precipitações ocorridas no município para os últimos 30 anos A precipitação pluviométrica é o principal índice para determinação de projetos técnicos de drenagens, e ainda as avaliações quanto a problemas de inundações, erosões em margens de rios, pois a descarga hídrica é a grande interveniente, da qual promove a recarga dos rios e arroios que compõem as microbacias. A avaliação dos últimos 30 anos auxilia a verificação do período de retorno das grandes intempéries climáticas, fomentando o dado de quanto em quanto tempo poderá se ter a ocorrência de outra grande chuva. De acordo com dados obtidos junto a COTRIBÁ, nos últimos 26 anos o município registrou um índice de precipitação anual que variou de 1.219,7 mm (ano de 1991) à 3.540,5 mm (ano de 2002) conforme mostra as tabelas e gráfico abaixo: Tabela 42: Dados mensais de registro pluviométrico realizado pela Cotribá, compreendendo o período dos últimos 26 anos. JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ TOTAL 1987 164,3 144,9 74,1 466,8 227,9 106,9 259,9 104,9 172,4 93,3 117,7 85,7 2018,8 1988 274,4 41,0 99,1 140,8 63,5 127,4 38,1 1989 295,9 84,7 79,8 121,2 24,3 86,5 (mm) 1992 93,2 113,9 12,4 28,7 307,8 106,7 44,7 149,3 151,1 211,2 144,6 154,6 20,3 205,8 102,4 270,0 159,6 144,3 241,5 61,9 1995 291,9 189,0 126,2 39,5 25,8 1996 323,0 163,1 165,3 181,0 47,1 1997 103,0 115,0 36,0 63,0 145,5 119,7 46,9 125,2 99,0 100,0 188,0 71,0 1796,4 304,3 282,8 173,8 166,6 2266,6 72,7 62,5 46,6 299,6 1219,7 254,9 145,2 109,6 366,1 110,4 155,9 116,9 154,9 146,7 104,1 82,4 1993 228,8 50,1 1994 82,8 23,5 382,6 201,1 161,1 112,2 1654,5 184,4 213,2 381,8 166,5 100,7 57,4 1990 174,5 115,6 245,2 249,8 260,7 170,5 94,1 1991 101,2 28,1 13,2 94,5 93,5 1840,3 351,1 408,1 2057,2 123,5 299,9 130,4 143,8 1965,9 149,9 230,1 25,8 216,2 99,9 57,2 1447,5 188,4 166,1 70,7 1845,0 161,0 154,0 653,0 339,0 255,0 2238,0 1998 244,0 496,0 163,0 302,0 152,0 119,0 259,0 261,0 255,0 220,0 28,0 217,0 2716,0 1999 124,0 154,0 176,0 272,0 170,0 141,0 255,0 33,0 107,0 1999,0 2000 128,0 88,0 279,0 108,0 100,0 257,0 134,0 117,0 208,0 346,6 173,0 87,5 2001 434,5 137,5 124,6 161,0 139,0 137,0 146,0 97,0 2002 330,0 65,0 229,0 247,0 91,0 390,0 195,0 161,0 35,0 2026,1 2157,6 254,0 313,5 300,0 242,0 263,0 256,0 325,0 549,0 269,0 374,0 3540,5 2003 217,0 145,0 193,5 225,0 63,0 132,0 236,0 6,5 2004 160,0 93,0 53,0 2005 149,0 22,0 114,0 230,0 197,0 290,0 79,0 137,0 282,0 155,0 65,0 85,5 109,0 253,0 202,0 431,0 2213,0 171,0 154,0 211,0 84,0 1650,5 255,0 157,6 312,5 169,0 96,0 2071,1 Página 206 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. 2006 143,0 53,0 141,0 120,0 53,0 209,0 153,0 91,0 2007 114,0 160,0 154,0 100,0 230,0 63,0 2008 201,0 54,0 50,0 226,0 126,0 485,0 133,0 179,0 2006,0 2009 139,0 168,0 60,0 17,0 2010 281,0 210,0 52,0 197,0 124,0 108,0 242,0 22,0 2011 97,0 249,0 379,0 168,0 80,5 2012 111,0 136,0 82,0 89,0 29,0 196,0 351,0 502,0 146,0 498,0 167,0 2487,0 292,0 129,0 98,5 174,0 299,0 216,0 54,0 60,0 1619,0 187,0 142,0 356,0 255,0 133,0 153,0 2047,0 143,0 125,0 248,0 36,0 176,0 67,0 121,0 174,0 272,0 89,0 209,5 61,0 160,0 56,0 149,0 1904,5 42,0 1974,5 238,0 295,0 101,0 257,5 1669,0 Fonte: Cotribá. A média mensal anual registrada para os anos em estudos representam o gráfico abaixo: Índice Pluviométrico 1987 (mm) 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 Figura 47: Média anual mensal registrada para o período de 1978 a 2012. O gráfico acima representa o ano de maior chuva para o ano de menor chuva, sendo a média de precipitação registrada no período de 168 mm, entre os meses do ano e os anos de avaliação. Tabela 43: Média dos meses, relativo ao período indicado. Período 1987 a 2012 JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ 192,52 139,33 135,43 172,66 143,04 156,12 164,78 124,92 216,31 243,80 165,84 161,80 MÉDIA/ MÊS (mm) Página 207 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Índice Pluviométrico JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT Figura 48: Índice pluviométrico indicando os meses de maior e menor precipitação pluviométrica. Observando o gráfico acima é possível determinar que o período de maior ocorrência pluviométrica se dá no mês de outubro, e de menor precipitação se dá em agosto. Identificação de áreas sujeitas a alagamentos e inundações Avaliando a estrutura urbana, pode-se observar que são poucos os pontos de alagamento e inundações existentes no município. Por se tratar de um território com topografia suavemente ondulada, dentro das condições de relevo existente, onde a altitude dos arroios variam de uma média máxima de altura de 448m, e uma mínima média no exutório de 438m, identificou-se pontos de alagamento e inundação, junto as seguintes ruas e bairros: Ponto de alagamento entre a Rua Ido Werssheimer e a Rua Afonso Kloh; Ponto de alagamento com inicio na Rua Mauá esquina com a Rua Sergipe; Ponto de alagamento no Bairro Bangu em áreas novas para loteamento; Pontos de inundação junto ao Bairro Chácara seguindo o Rio Puxirete; Ponto de inundação entre a travessa Piaui até a Rua Albino Beskow; Tais pontos podem ser visualizados no mapeamento abaixo. Página 208 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Figura 49: Mapeamento indicando a área alagável e inundável do município. Fonte: Setor de Projetos, ano 2013. Página 209 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Quanto ao sistema de drenagem pluvial: A zona urbana é composta por sistema de drenagem pluvial constituídas de elementos que integram a microdrenagem, dos quais formam uma rede de canalização no subsolo, interligados a superfície, que conduz as águas pluviais para os arroios mais próximos. A descarga hídrica do efluente pluvial nos rios não recebe qualquer tratamento. Microdrenagens É composta por sarjetas, tubulação localizada junto ao subsolo, bocas de lobo recobertas por grelhas, que auxiliam na contenção dos resíduos sólidos de maior diâmetro, evitando que os mesmos venham a entrar para dentro da tubulação. Conforme Figura 50 abaixo. A tabela abaixo indica os dados métricos das canalizações existentes: Tabela 44: Indicação da extensão e tipo de material que compõem a rede de micro drenagem urbana Tipo de material Diâmetro Extensão Tubo de concreto 100 cm 9.200 m Tubo de concreto 80 cm 1.050 m Tubo de concreto 60 cm 3.740 m Tubo de concreto 40 cm 970 m Página 210 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Figura 50: Mapa mostrando a rede de microdrenagem existente na zona urbana do município, elaborado com base nas obras instaladas que possuem projetos aprovados pelo Setor Técnico da Prefeitura Municipal de Ibirubá. Página 211 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Macrodrenagens: O município possui ao longo de suas estradas rurais, diversas unidades de macrodrenagens implantadas. Na maior parte se trata de tubulações maiores, que compõem pontilhões, e obras de arte (pontes) geralmente localizadas nas divisas intermunicipais e sob os grandes arroios. A tabela abaixo, indica as principais obras existentes. A situação em que a ponte encontra-se esta indicada, mostrando a necessidade ou não de reformas e obras sob as mesmas. Tabela 45: Localização das principais obras de arte e pontilhões do município. Indicação Mapa 1 Localidade Linha Oito Estrutura Coordenada construída Geográfica Situação Ponte composta -28o34’40,22‖S -53o 04’04,15‖O por tubos Regular Ponte composta -28o38’17,59‖S 2 Várzea por tubos de -53o09’44,36‖O Regular em -28o37’13,49‖S Deve ser 1metro Ponte 3 Linha Três -53o10’50,2‖O Madeira Ponte composta -28o39’47,49‖S 4 Linha Jacui Mirim por o tubos de -53 08’32,20‖O 1metro 5 Linha Seis São Sebastião – 6 Divisa com Ponte Deve ser reformada e substituida em -28o30’26.68‖S -53o08’59.41‖O Madeira Ponte substituída. Deve ser substituída em -28° 29’ 31,95‖ -53° 05’ 45,76‖ Madeira Municipio de Deve ser substituida Saldanha Marinho 7 8 São Paulo Pontão – Ponte dos Freitas Monte Castelo Ponte em -28° 34’ 48,19‖ -53° 12’ 49,34‖ Madeira Ponte Madeira em Deve ser substituida Deve ser substituida Fonte: Prefeitura Municipal de Ibirubá. Página 212 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Figura 51: Mostrando o local das Pontes e Pontilhões, conforme tabela 46. Diretrizes e Leis Municipais De uma forma geral, a legislação municipal existente não regulamenta sobre a obrigatoriedade de aprovação de projeto técnico para a implantação de sistema de drenagem ou dá diretrizes de como deve ser implantadas ou regidas o sistema de drenagem pluvial urbano. O município não possui cálculo de taxa de permeabilidade de solo e ocupação dos lotes urbanos, onde este quesito não é exigido na avaliação da construção de áreas residenciais e comerciais. Quanto a estudos de tipos de pavimento para melhor infiltração de água, não é feito o estudo dos mesmos na elaboração de projetos, sendo seguindo apenas a definição da secretaria responsável, que acaba sempre optando pelo que apresenta menor custo, ou aquela que é exigido pela comunidade local. O município esta em fase final de elaboração do plano diretor, onde está previsto os cálculos de taxa de permeabilidade e ocupação dos lotes, o qual será definido de acordo com a zona onde o lote estará inserido. Página 213 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. 7.3.3 Aspectos operacionais e administrativos O responsável pelo cadastro das obras executadas no município é a Secretaria de Obras. No entanto, atualmente se tem somente dados das canalizações que passaram por projetos técnicos elaborados e foram aprovados pelo setor. Com relação a manutenções realizadas, a frequência de consertos/ limpezas/ substituições, ocorre somente quando há problemas na rede não existindo manutenção periódica ou preventiva contra danos. O município possui a Defesa Civil, onde esta atua especialmente em casos posteriores a problemas de enchentes, vendavais e estiagens, não atuando preventivamente contra estas catástrofes naturais, pois não possui um sistema de alerta para comunicar os moradores do município. A Defesa Civil encontram-se localizada junto à Prefeitura Municipal de Ibirubá. Os projetos de drenagem são executados conforme a demanda existente, sendo exigido pelo Setor Técnico, para a aprovação de loteamentos, o encaminhamento do projeto técnico de drenagem, pavimentação e obras de arte das novas vias quando necessário. Para obras menores, não é realizada esta exigência. 7.3.4 Regulação e fiscalização O órgão municipal existente, representado pela Secretaria de Obras, é responsável na atuação quanto à regulação e fiscalização dos sistemas de drenagem implantados no município. No entanto, há poucas ações de regulação, e não ocorre a fiscalização que a ele cabe. Este órgão atua da seguinte forma: o setor técnico avalia os projetos, os quais são encaminhados à prefeitura municipal, e na elaboração de projetos existentes conforme a demanda local onde a prefeitura é o empreendedor. No setor, atuam os seguintes profissionais: 02 arquitetos (as); 01 engenheiro civil (a), 01 desenhista. Atua também na execução das obras, através das equipes de campo. A implantação é executada pela secretaria de obras, e quando licitada, por empresas terceirizadas. A limpeza e consertos das redes, quando executada, é feita pela secretaria de obras. 7.3.5 Problemas identificados pela fiscalização Há pontos de ligações clandestinas de esgoto sanitário doméstico, comercial e de efluentes industriais na rede pluvial, onde existe identificação de vias com lançamento de Página 214 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. esgoto sanitário e efluente junto à rede pluvial. No entanto, não se identificou a origem do ponto de lançamento, sendo somente constatado na rede o problema. 7.3.6 Avaliação e identificação de problemas Tendo por base a avaliação dos problemas em potencial existentes no município de Ibirubá, ligados à área de Drenagem Pluvial, listam-se os principais pontos com base no levantamento do diagnóstico. Ocorre acúmulo de água sobre as vias públicas em dias de chuva; Ocorre acúmulo de água junto à área residencial, nos pontos localizados próximos as áreas de inundação e alagamentos; Ocorrem pontos de alagamentos na cidade; Falta de estrutura de microdrenagem (sarjeta, bueiros, tubulações, etc); Número insuficiente de elementos da microdrenagem, como bueiros, por exemplo; Bueiros/canalização entupidos, demarcando a falta de manutenção local; Bocas de lobos sem grelhas (sistema de retenção do lixo); Tubulação instalada com diâmetro incompatível para a descarga hídrica (mal dimensionada); Recebimento/aporte de esgoto residencial junto ao sistema de drenagem pluvial - contaminação de manancial; Falta de estruturas de macrodrenagem; Ocorre destruição ou avarias de estradas não pavimentadas ou de áreas agrícolas, em decorrência do escoamento das águas pluviais, devido a não estruturação adequada da drenagem pluvial local; Erosão de taludes e aberturas de voçorocas; Falta de frequência na limpeza dos tubos de drenagem, Falta de manutenção preventiva; Canalização de cursos d’água à rede pluvial; Não existe plano de drenagem urbana ou regulamentação em legislação vigor atualmente; Ações de fiscalização não são realizadas de forma eficiente e contínua; Página 215 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Existem problemas de erosão dos canais fluviais (margem e leito do rio Puxiretê); Transbordamento das águas e ocupação de áreas residenciais ribeirinhas; Degradação das áreas de APP; Ocorre a instalação de novas zonas residenciais sem a devida implantação de projetos de drenagem; Falta de organização do setor responsável junto a Prefeitura Municipal para controlar os projetos técnicos e relatórios dos serviços realizados; Falta ou morosidade na manutenção corretiva; Inexistência de um cadastro técnico de controle. Página 216 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. 7.4 DIAGNÓSTICO DOS SISTEMAS DE RESÍDUOS SÓLIDOS E DE LIMPEZA PÚBLICA O município não possui regulamentação dos resíduos sólidos, a fiscalização e o acompanhamento fica sob responsabilidade da Secretaria de Desenvolvimento. A coleta e o transporte são realizados por empresa terceirizada ―MGO SOLUÇÕES AMBIENTAIS LTDA”, sendo esta a empresa resposánvel pela operação junto ao aterro. A logística de coleta ocorre de segunda-feira a sábado na área urbana, passando pelos bairros e zona central, além de ocorrer a coleta uma vez por semana no Distrito Industrial. Ocorre somente a coleta de resíduos domésticos, além da coleta nos Distrito de Alfredo Brenner e Santo Antônio do Bom Retiro, que ocorre somente uma vez na semana. Na zona rural não é realizada a coleta de resíduos domiciliares. Todo o resíduo coletado é encaminhado para o Aterro Sanitário localizado na localidade de Linha Duas, licenciado pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental – FEPAM – LO nº 6665/2009-DL. (Mapa em anexo). A responsabilidade técnica pela operacionalização do aterro cabe a empresa Transportes Dartora & Dartora Ltda. A coleta e realizada com dois caminhões não compactadores, com 08 funcionários que são de responsabilidade da empresa contratada pelo município. Posterior a coleta os resíduos são encaminhados diretamente para o aterro, sem passar pela triagem dos materiais recicláveis, pois o município não possui coleta seletiva, e nem realiza a segregação na origem. Tal fato pode ser vinculado pela inexistência de uma central de triagem adequada para a realização destes serviços. O município possui contrato com a empresa Transportes Dartora & Dartora Ltda que é responsável pelo gerenciamento do aterro sanitário e é cobrada uma taxa de recolhimento dos resíduos domiciliares, que é proporcional ao tamanho do terreno e localização. No ano de 2012 o município arrecadou R$ 34.884,02 com taxa de recolhimento de resíduos domiciliares e a previsão para 2013 é de arrecadar o montante de R$ 40.630,00. Sendo que o município possui contrato com uma empresa que é responsável pela coleta e destinação e outro contrato com a empresa Transportes Dartora & Dartora Ltda que é responsável pelo controle do aterro sanitário. Estima-se que a capacidade deste aterro seja de 15 anos, onde o mesmo deve receber somente os resíduos oriundos das coletas realizadas dentro da área municipal, não sendo autorizado a destinação de resíduos de municípios vizinhos. Página 217 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Cálculo das gerações de resíduos atuais e futuras O município de Ibirubá hoje tem uma população de 19.310 habitantes (Fonte IBGE 2010) sendo que conforme informação do responsável pelo Aterro Sanitário, o Geólogo Airton Fritsch responsável técnico pela empresa Hidrosan Brasil Ltda, cada habitante gera 1,0 kg dia de resíduos, do qual analisando as anotações feitas pelo controlador do aterro sanitário temos uma geração média por dia de 19.310 kg de resíduos domésticos. Com a previsão de crescimento do município, podemos destacar que em 10 anos a previsão do número de habitantes para o município é de 22.150 habitantes e considerando que cada habitante gera 1,00 kg de resíduo dia teremos uma geração dia de 22.150kg de resíduos e em 20 anos a previsão e de 23.968 habitantes e considerando os mesmo 1,00 kg de resíduos gerado por habitante, estaremos gerando 23.968kg de resíduos domiciliares por dia. 7.4.1 Resíduos domiciliares Considera-se resíduo domiciliar aquele oriundo das atividades domésticas, gerados nas residências, com composição bastante variável. O que interfere na sua composição são a renda familiar da população, e questões culturais, como gostos e costumes intrínsecos a população. Podem ser encontrados nesse tipo de resíduo, restos de alimentos, resíduos sanitários (papel higiênico, por exemplo), papel, plástico, vidro, além de alguns produtos perigosos, que devem fazer parte da logística reversa dos produtos, já regulamentada por lei, mas ainda não implantada junto ao município. Como é o caso mais comum de pilhas, lâmpadas e baterias; e ainda outros produtos como cloro, água sanitária, desentupidor de pia, limpadores de vidro, fogão e removedor de manchas, aerossóis, medicamentos vencidos, latas de tinta, querosene, solventes, e outros produtos. 7.4.1.1 Quantidades O município de Ibirubá hoje gera 19.310 kg de resíduos domiciliares por dia. 7.4.1.2 Tipos, origem e caracterização dos resíduos Página 218 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Podemos destacar que 50% dos resíduos gerados no município são de composição orgânica e os outros 50% plástico, alumínio, papel, papelão e vidro. Destes 50 % se estima que 25% são rejeitos e 25% e recicláveis. Fonte: Empresa Hidrosan Brasil Ltda. Para se chegar numa realidade exata precisaria ser feito a gravimetrias dos resíduos, onde todo o material deveria ser triado, por tipologia, e pesado separadamente. 7.4.1.3 Responsabilidades e gerenciamento A Secretaria de Desenvolvimento é responsável pela fiscalização dos contratos e prestação dos serviços através do acompanhamento das atividades de coleta dos resíduos e do gerenciamento do aterro sanitário, realizado por empresa terceirizada, conforme definido em regulamento interno. Mas mesmo assim não existe nem um funcionário designado no munícipio para fiscalizar e vistoriar a área do aterro. Assim, a empresa responsável pela coleta e destinação dos resíduos ao aterro é a MGO Soluçoes Ambientais Ltda, CNPJ n° 08.872.325/0001-76, com sede na localidade de Posse Godoy, município de Mormaço/RS, com DISLIC n° 01177/2011-DL para transporte, sob contrato n° 38/2010, no valor de R$ 30.700,00 mensal. A empresa responsável pela operacionalização do aterro sanitário é a Transportes Dartora & Dartora Ltda, CNPJ n° 06.182.230/0001-03, com sede na Rua Pontes Filho, n° 250, Bairro Centro, município de Progresso/RS, conforme contrato de prestação de serviços n° 067/2014, no valor de R$ 1.500,00 mensal. 7.4.1.4 Coleta domiciliar seletiva Não é realizada a coleta domiciliar seletiva no município. De uma forma geral, a segregação na origem não ocorre, ou ocorre muito lentamente. É fato ressaltar que a ausência de mobilizações junto à comunidade acaba por atrasar a implantação da segregação domiciliar, pois esta etapa mostra-se de fundamental importância para ser ter o envolvimento da comunidade neste processo. 7.4.1.5 Setores, cobertura e frequência da coleta A logística de coleta ocorre de segunda-feira a sábado na área urbana, passando pelos bairros e zona central, além de ocorrer à coleta uma vez por semana no Distrito Página 219 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Industrial sendo que é coletado somente os resíduos domésticos e nos Distrito de Alfredo Brenner e Santo Antônio do Bom Retiro. Não havendo coleta seletiva. A logística de coleta realizada pela Prefeitura Municipal encontra-se no esquema abaixo. Página 220 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Figura 52: Trajeto realizado pelo caminhão de resíduos domésticos para a coleta. Fonte: Prefeitura Municipal de Ibirubá. Página 221 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. 7.4.1.6 Coletores O município não possui sistema de coletores implantado junto às áreas residenciais. Também não se tem legislação que regulamente a implantação de coletores adequados junto as residências e as áreas prediais. A forma usada para coletar os resíduos é amontoando na rua e coletar, conforme fotos abaixo. Figura 53: Processo de recolha do resíduo domiciliar. Fonte: Prefeitura Municipal de Ibirubá. Figura 54: Resíduo aguardando para ser recolhido pelo caminhão de lixo. Página 222 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Figura 55: Lixeira existente, e muito comum nos arruamentos da cidade. Fonte: Prefeitura Municipal de Ibirubá. 7.4.1.7 Veículos, equipamentos e quadro de pessoal Para a coleta são disponibilizados dois caminhões não compactadores e 08 funcionários da empresa contratada. Estes caminhões são do tipo caçamba, com capacidade de 24 toneladas por carga, sendo que os funcionários trabalham sem o uso de EPI, conforme fotos abaixo. Na área do aterro fica disponibilizado um trator esteira que terceirizado pelo município. Página 223 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Figura 56: Caminhão realizando a coleta de resíduo domiciliar. Fonte: Prefeitura Municipal de Ibirubá. Figura 57: Operadores realizando a coleta, sem devidamente equipados com EPI. 7.4.1.8 Campanhas de coleta seletiva No ano de 2009 e 2010 a Secretaria de Educação efetuou campanha de coleta seletiva em todas as escolas do munícipio, participando as escolas municipais e estaduais. A campanha não teve continuidade, devido não ter um local apropriado para fazer a separação do resíduo coletado, e a população alega que o recolhimento não e Página 224 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. feito de forma adequada. No local onde está o aterro sanitário era feita a coleta do material reciclado por uma associação de catadores, mas devido à falta de equipamentos adequados no local, o órgão ambiental acabou por interditar o local. 7.4.1.9 Custos e taxas O custo pago pelo município para a coleta e transporte corresponde a R$ 30.700,00 mês, gerando um custo anual de R$ 368.400,00. O município arrecadou com o pagamento dos munícipes através da taxa de cobrança realizada junto ao IPTU no ano de 2012 o valor de R$ 34.884,02. A base de dados para a cobrança deste valor é estimada da seguinte forma: largura do terreno dividido por dois, vezes o valor base que hoje é de R$ 130,219, multiplicando o índice e dividindo por 100. O índice e estipulado por setor, sendo que o setor 1 que é área central tem um índice de 0,5. O setor 2 que que engloba os Bairro Hermany, Esperança, Planalto, Jardim e Bangú tem um índice de 0,4. O setor 3 que engloba os Bairro Hermany, Por do Sol, Progresso e São Jacob tem um índice de 0,25. O setor 4 que engloba os Bairros Odila, Unida, Floresta e Chácara tem um índice de 0,15. Os setores 5 e 6 que são do Distrito de Alfredo Brenner e Santo Antônio do Bom Retiro o índice é de 0,1. Esta base de calculo não está estipulada por nenhuma Lei, decreto ou portaria. Em média, um terreno com metragem de 8 metros de largura localizada no setor 3 irá pagar uma taxa anual de recolhimento de lixo de R$ 1,30. EX: 8/2x130,219x0,25 / 100 = R$ 1,30 Para a manutenção do aterro, o custo mensal corresponde, ao Técnico Responsável pelo Aterro R$ 1.500,00, Operário responsável pela anotação e controle do material que entra no Aterro R$ 1.911,00, custo com trator esteira é de R$ 12.500,00 que corresponde a 100 horas mês, custo com Escavadeira Hidráulica R$ 4.400,00 que corresponde a 30 horas mês, custo com monitoramento e sondagem dos poços R$ 800,00 por mês e o custo da coleta e transporte que é de R$ 30.700,00. Totaliza-se assim, o custo mensal para manutenção de todo o sistema em R$ 51,811,00, tendo um custo anual de R$ 621.732,00 com arrecadação direta de R$ 34.884,02, havendo um déficit econômico de R$ 586.847,98. 7.4.1.10 Destinação e disposição final Página 225 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. A destinação final dos resíduos domiciliares urbanos ocorre junto ao Aterro Sanitário de propriedade do município, localizado na localidade de Linha Duas. Diariamente, ocorre o translado de 02 a 03 cargas de material, onde o caminhão percorre o trajeto 04 vezes. O roteiro de acesso à área se dá pela via RS 506, e encontra-se localizado a 08 km de distância dos principais pontos de coleta, facilitando assim a logística de disposição final. Conforme fotos abaixo. Figura 58: Trajeto realizado pelo caminhão posterior a finalização da coleta. Fonte: Prefeitura Municipal de Ibirubá. Figura 59: Vista da área do aterro licenciado pela Fepam. Fonte: Prefeitura Municipal de Ibirubá. Página 226 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Figura 60: Trator realizando a compactação do material junto a célula do aterro, e recobrindo-o com solo. Fonte: Prefeitura Municipal de Ibirubá. 7.4.1.11 Áreas de transbordo Em vistas de que o Aterro Sanitário estar localizado em área municipal de fácil acesso, não há necessidade de promover o transbordo. 7.4.1.12 Triagem dos resíduos O município tem a intenção em realizar a implantação de uma Central de Triagem, onde se encontra em andamento uma Licença de Instalação da FEPAM para construção das infra-estruturas. O local em fase de licenciamento é na Linha Duas, localizado na mesma área. A capacidade projetada é para a realização da segregação de todo o resíduo. 7.4.1.13 Destino do material orgânico: compostagem O local para compostagem será localizado na mesma área do aterro sanitário localizado na localidade de Linha Duas. Até o presente momento, ainda não se faz a separação do resíduo orgânico do resíduo que é destinado para o aterro. Página 227 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. 7.4.1.14 Destino do material reciclável: comercialização Em vistas de que não é realizada triagem, atualmente não se tem material reciclável para comercialização. No município tem empreendedores que realizam a comercialização de material para reciclagem. Mas não possuímos cadastro destas empresas e no Departamento de Meio Ambiente não possui nem uma empresa licenciada. 7.4.1.15 Destino do rejeito: aterro sanitário Como dito, todo o material é encaminhado ao aterro sanitário, licenciado junto a Fepam com LO nº6665/2009-DL. O aterro foi projetado para receber os resíduos em célula única, operada em três módulos sequenciais dotados de duplo sistema de impermeabilização na base e nas laterais através de camada de argila compactada com 30 cm de espessura em geomembrana de PEAD com 1 mm de espessura. O aterro sanitário tem espaço projetado para um volume de 141.000m³. Considerando que 20% desta capacidade será ocupada com material de cobertura (argila). O aterro terá capacidade para confinar 112.800m³ de resíduos. O projeto do aterro foi calculado considerando a geração de 6.480m³/ano de resíduos, desta forma a vida útil do mesmo é de 17 anos e 4 meses operado em módulos conforme segue abaixo: 1º. Módulo – 5 anos e 3 meses (em operação) 2º. Módulo – 5 anos e 3 meses (a ser implantado) 3º. Módulo- 6 anos e 10 meses. (a ser implantado) O horário de funcionamento corresponde das 08 horas às 18 horas diariamente. 7.4.1.16 Óleo de cozinha Alguns resíduos possuem destinação correta através de programas de incentivo. Para o óleo de cozinha o incentivo é realizado através de Campanhas do Departamento de Meio Ambiente. O programa é denominado de RECICLA ÓLEO IBIRUBÁ, onde os restaurantes colhem todo o óleo gerado e ainda tendo pontos de coleta: Posto de Saúde dos Bairros Floresta, Hermany e Progresso, Supermercados Casa do Chimarrão, Cotribá e Regional Supermercados. Mapa em anexo. O óleo é recolhido por uma empresa do município de Tapera, que usa este olho para lubrificar as máquinas que produzem postes de concreto. Página 228 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Sobre o programa informar: RECICLA ÓLEO IBIRUBÁ, e disponibilizado para toda a comunidade, mas o município não possui registro da quantidade coletada, sendo que o óleo e coletado dentro de garrafas PET e tonéis. 7.4.1.17 Catadores No município existe uma associação de catadores, denominada Associação do Meio Ambiente de Catadores, contemplando em média 08 catadores, sendo, no entanto, desorganizada, sem Estatuto Social, onde atuavam através da coleta dos resíduos domésticos que eram depositados no aterro sanitário do município. A catação era realizada manualmente, em um galpão existente no local, internamento a área do aterro. O galpão não possuía piso impermeabilizado e nem pares laterais, e os catadores não possuíam nenhum equipamento de segurança para a realização da atividade. Devido à falta de estrutura no local, conforme pode ser observado na imagem abaixo, e a informalidade dos operários, a FEPAM proibiu a realização da cata do material reciclável junto ao aterro, no ano de 2012. Devido a estes fatos hoje a associação encontra-se desativada. Há ainda, no município catadores informais, os quais grande parte participavam da associação. Estima-se a existência de um número de 12 catadores, que atuam individualmente. O material por eles coletado é destinado para outra empresa que comercializa, sendo que a coleta é realizada junto às lixeiras onde a população mantem o lixo para a coleta domiciliar do município. Observa-se assim que muitos catadores promovem a abertura das sacolas plásticas para a remoção dos itens de importância, mostrando assim um grande problema de ordem social e sanitária, pois os mesmos, ao entrarem em contato com material de origem desconhecida, podem ter problemas de saúde. O problema junto aos catadores com a proibição da atividade junto ao aterro fora somente transferido, não sendo sanado. Devido à desorganização do grupo, não há um local adequado para estes catadores depositarem e fazerem a separação dos resíduos, o que acaba gerando ainda acúmulos de resíduos em outros pontos da cidade. Página 229 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Figura 61: Vista do galpão que era utilizado para a realização da separação dos resíduos sólidos pelos catadores do município, hoje desativado. 7.4.2 Resíduos de Limpeza Urbana e Poda de Vegetação Quanto aos resíduos oriundos da limpeza urbana, através de varrições de calçadas, limpezas e poda de gramados e unidades arbóreas, pode-se definir que o município de Ibirubá apresenta um nível regular de limpeza, uma vez que há uma equipe dedicada a esta atividade da qual a executa diariamente, sempre em um ponto diferente do município. Se houvesse somente estes resíduos para a realização de limpeza da zona urbana, poderia se considerar um nível cultural ótimo para a população. No entanto, este não é o cenário visual que se tem empregado junto à sociedade, pois cada vez é mais comum a realização de limpeza de resíduos de lixo domiciliares junto às sujidades comuns do meio. Este fato prejudica a ação dos operários, que tem que promover a remoção de sacolas e outros resíduos das ruas, além de prejudicar a intenção em realização da compostagem deste material, onde o mesmo acaba sendo levado ao aterro já com contaminantes não podendo ser reaproveitado. 7.4.2.1 Quantidades Pelo levantamento efetuado nas planilhas de controle do aterro, nos meses de outubro, novembro e dezembro de 2012, foi encaminhado para área do aterro 814m³ de resíduos de poda e varrição, gerando uma média de 271,3m³/mês. Página 230 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. 7.4.2.2 Tipos e caracterização dos resíduos Os resíduos gerados são galhos, folhas, tronco de árvores, e de varrição, oriundos do serviço de limpeza realizado pelos operários, e também de remoções destes resíduos junto a residências, serviço realizado pelos moradores locais. Junto as estes resíduos são colocados outros resíduos como plásticos, e outros resíduos volumosos; e por isso a grande maioria destes resíduos não pode ser transformada em adubação verde. 7.4.2.3 Responsabilidades A responsabilidade pela limpeza das ruas, realização das podas, coleta do volume gerado e disposição dos resíduos é da Secretaria de Obras, onde atuam na função 10 funcionários e não existe acompanhamento técnico. 7.4.2.4 Serviços executados pela prefeitura A Prefeitura é responsável pela varrição das ruas da área central do município não realizando a limpeza nos bairros e periferias. Também efetua a limpeza de praças, sendo realizada a limpeza da Praça Central, localizada na Rua do Comércio e da Praça Jardim e Praça Progresso localizadas nos bairros Jardim e Progresso. Além de ser a responsável pela realização das podas da arborização urbana localizadas nos passeios públicos, praças e parques, sendo neste caso que a população não pode realizar poda das árvores localizadas junto ao passeio público, onde a responsabilidade e da Secretaria de Obras. 7.4.2.5 Setores, cobertura e frequência Os setores onde se procede com a realização da limpeza através de varrição, são limitados à zona urbana, em especial junto à área central, não sendo realizado nas periferias. As ruas que em especial recebem este manejo são as seguintes: Rua General Osório, Sete de Setembro, do Comércio, Dinis Dias, Firmino de Paula, Tiradentes, sendo realizada em uma frequência diária, dependendo da demanda, pois o que interfere na maior sujidade das ruas são a sazonalidade, e estação do ano, uma vez que durante o outono a necessidade em proceder com a limpeza é mais intensa que nas demais épocas do ano. Página 231 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Quanto à poda, recebem esta manutenção todas as unidades arbóreas implantadas no município junto ao passeio público. O diferencial é a realização de poda anual, sempre antecedendo o período de inverno, para as unidades arbóreas localizadas na zona central, e ainda recebem manejo as unidades arbóreas da qual se é solicitado através da Secretaria de Meio Ambiente, por estarem apresentando algum risco ou transtorno a pedestres e ao patrimônio local. Quando o munícipe deseja ele mesmo efetuar a limpeza e poda de alguma unidade, o mesmo deve solicitar ao Departamento de Meio Ambiente o licenciamento ambiental e comunicar o setor de obras para efetuar o trabalho e recolher os resíduos gerados, caso o setor de obras não possa desempenhar o trabalho e dado ao munícipe a autorização para desempenhar o trabalho. Já as unidades arbóreas localizadas nas praças e parques somente recebem o manejo de poda caso estejam danificadas, senescentes, ou que foram atingidas por algum fenômeno, sendo realizada somente a poda de limpeza. O controle exato destas atividades, no entanto, não é realizado, não existindo assim um roteiro específico e dados quantitativos dos locais em que há maior necessidade de limpeza e manutenção. 7.4.2.6 Veículos, equipamentos e quadro de pessoal Para a realização destes manejos a Prefeitura conta com os equipamentos, veículos e mão de obra da Secretaria de Obras. Há disponibilidade junto a secretaria de 2 (dois) caminhões caçamba, 1 caminhão com carroceria de madeira, 1 retroescavadeira, pá, enxadas e vassouras, conforme as demandas. A mão de obra conta com 6 (seis) funcionários para executar este trabalho, que é realizado diariamente por esta equipe. Este equipe realiza varrição, poda e recolhimento e entulhos. Dentre pontos críticos, pode-se citar o Bairro Progresso, que requer sempre uma demanda mais intensa de trabalho. 7.4.2.7 Disposição final Estes resíduos são encaminhados para o aterro sanitário municipal não tendo uma área disponível para o recebimento destes. O manejo consiste simplesmente em dispor o resíduo que posterior é destinado para a célula do aterro, não passando por um manejo específico. Por se tratar de um volume grande, deveria ser triturado, e destinado para decomposição para posterior ser utilizado na adubação verde. No entanto, o maior Página 232 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. problema é que estes resíduos são misturados a outros, não desejáveis a decomposição, o que prejudica inicialmente a introdução deste processo. 7.4.2.8 Locais críticos relacionados à limpeza urbana Os principais problemas e a falta de controle, separação dos resíduos, e algumas área que a população desova os resíduos, podemos citar que no município existe no mínimo 05 locais, onde as imagens foram realizadas pela Prefeitura Municipal, através do setor responsável. Figura 62: Av. Brasil. Figura 63: Rua Júlio Rosa. Página 233 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Figura 64: Rua Fiorino Cervieri. Figura 65: Entrada para Localidade de Linha Pulador Sul. Página 234 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Figura 66: Entrada para Localidade de Linha 5. 7.4.3 Resíduos de Construção Civil O controle dos resíduos da construção civil no município desde 2009 são realizados por uma empresa existente no município, sendo que está empresa esta devidamente licenciada para o exercício da atividade. 7.4.3.1 Quantidades Com relação às quantidades de resíduos oriundos da construção civil, não se tem dados registrados, e não há um banco de dados específicos junto ao município para quantificar e qualificar os tipos de resíduos oriundos da atividade. De fato, sabe-se que todo o material resultante da atividade é reaproveitado, em especial em aterros de outras obras, pois não há registros de sobras que são destinadas para o aterro. O volume estimado é de 490 m³ de resíduos por mês. 7.4.3.2 Tipos e caracterização dos resíduos Estima-se que os resíduos resultantes da operação são aqueles usuais para as obras existentes no local, podendo ser oriundos de processo de demolição de residências antigas, ou ainda, restos de obras atuais. Dentre os principais resíduos pode-se listar, de uma forma empírica, a existência de alguns que se consideram como principais: Página 235 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Obras de demolição: restos tijolos com ou sem massa fina, retalhos de pedras de calçadas, lajotas, cerâmicas, pedaços de aço e ferro sendo estes os mais encontrados; Obras em construção: pedaços de tijolos quebrados, retalhos de pedras em geral, latas de tintas secas (quando não destinadas corretamente), areia, britas, cimentos descartados, solo residual, sendo estes os mais encontrados. A problemática observada quanto ao tipo de resíduo gerado e disposto nos contêineres esta vinculada a mistura de resíduos de outras origens onde é comum a colocação de resíduos verdes oriundos de poda e limpeza urbana junto aos contêineres. 7.4.3.3 Responsabilidades e gerenciamento A responsabilidade de fiscalizar e acompanhar corresponde a Secretaria de Desenvolvimento. A Prefeitura Municipal possui contrato com a Empresa IBILIMPO SERVIÇOS URBANOS LTDA, CNPJ N° 17.680.088/0001-32, Licença Ambiental LO n° 072/2011-A, Contrato 039/2010, Valor R4 7.178,00 mensal, da qual efetua a coleta e destinação, através do uso de contêiners. Na prática quem controla a colocação dos contêineres é a Secretaria de Obras. Sendo que esta empesa alterou o empreendedor e em visita em loco fomos informados que não existia um controle dos resíduos, sendo que os novos empreendedores estão regularizando toda a situação. 7.4.3.4 Geradores do RCC Os principais geradores são os empreendedores do ramo de construções, bem com a comunidade num todo. 7.4.3.5 Coleta e acondicionamento dos RCC do município Não há segregação deste tipo de resíduos, onde muitas vezes ocorre a colocação de resíduo comum a coleta domiciliar junto dos conteiners. Todo o resíduo de obra é diposto unicamente no ponto de coleta, da qual ocorre através de contêineres, que são recolhidos por um caminhão e encaminhado para uma área licenciada para receber Resíduos Sólidos Classe II e III. Conforme foto abaixo. Tal área possui licença ambiental e encontra-se em conformidade com a licença. Página 236 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Figura 67: Vista do contêiner contendo restos de construção civil. Fonte: Prefeitura Municipal de Ibirubá. 7.4.3.6 Empresas de coleta Há empresa IBILIMPO é única a atuar no ramo no território do município. Esta empresa possui uma Licença de Operação emitida do município através do Departamento de Meio Ambiente, LO n° 072/2011-A, sendo que averiguando a licença não encontramos o tamanho da área e nem a capacidade máxima de armazenamento. 7.4.3.7 Destino e áreas de bota-fora Não existe área de bota-fora licenciada para a disposição destes resíduos. A licença da empresa autoriza somente a disposição de resíduos da construção civil. Após o recolhimento do resíduo ocorre o destino para uma área localizada na Linha Pulador Sul, na coordenadas geográficas Latitude -28° 39’ 48,12‖S Longitude -53° 4’ 24,07‖O. Página 237 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Figura 68: Local para disposição de resíduos. Fonte: Prefeitura Municipal de Ibirubá. 7.4.3.8 Custos e taxas A Prefeitura Municipal realiza a terceirização da empresa, onde o é pagamento mensal de R$ 6.695,00, para a capacidade dos 80 contêineres disponibilizados pela Empresa. Cada unidade de contêiner corresponde a um custo de R$ 83,68 reais por mês para o município. O custo anual corresponde a R$ 80.340,00. Este custo não é transferido ao munícipe, que pode realizar a solicitação do uso do contêiner através de um cadastro ou pedido feito a Secretaria de Obras. 7.4.4 Resíduos de Serviços de Saúde O município não possui um controle sobre estes resíduos, mas em seus postos de saúde e atendimento possui uma empresa terceirizada que efetua este tipo de serviço de coleta. Nos estabelecimentos particulares não possuímos informações de quantos efetuam este tipo de coleta. Estima-se que no município se tenha 06 empresas que manipulam este tipo de resíduo. 7.4.4.1 Quantidades O município gerou entre os dias 01/01/2012 a 25/04/2013 em seus postos de saúde e Unidade de Pronto Atendimento, a quantidade de 15.682 litros de Resíduo de Página 238 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Saúde, Grupo A biológico, Grupo E perfuro cortantes. O Hospital Annes Dias gerou entre os dias 01/01/2012 a 25/04/2013, 28.800 litros de Resíduos de Saúde, Grupo A biológicos, Grupo E perfuro cortantes e ainda mais 5.200 litros de Resíduos de Saúde do Grupo B químicos. Das empresas particulares não temos informações. 7.4.4.2 Tipos, origem e caracterização dos resíduos Dentre os materiais gerados dentro das unidades públicas podem-se citar seringas, medicamentos vencidos, dos quais não são quantificados pelo tipo, uma vez que este controle não é realizado dentro do município. Tabela 46: Classificação dos Resíduos de Saúde. GRUPO DE CARACTERÍSTICAS Divisões RESÍDUOS Grupo A do Grupo Resíduos com a possível presença de agentes biológicos A1, A2, A3, que, por suas características de maior virulência ou A4 E A5 concentração, podem apresentar risco de infecção. Grupo B Resíduos contendo substâncias químicas que podem apresentar risco à saúde pública ou ao meio ambiente, dependendo de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade; Grupo D Resíduos que não apresentem risco biológico, químico ou radiológico à saúde ou ao meio ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares. Grupo E Materiais perfurocortantes ou escarificantes; 7.4.4.3 Responsabilidades e gerenciamento A responsabilidade pelo gerenciamento dos resíduos de origem pública é da Secretaria de Saúde, onde atua na fiscalização e procedimentos de contratação da empresa responsável pelo recolhimento destes resíduos. Já para os estabelecimentos particulares, a responsabilidade é do gerador, conforme estabelecido na Legislação Federal nº12.035/2010, através da responsabilidade compartilhada de gestão de resíduos, e mediante o encaminhamento do plano de gestão de resíduo sólido do estabelecimento. Sendo que no momento o Página 239 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Departamento de Meio Ambiente não cobra a apresentação do Plano de Gestão de Resíduos Sólidos e de RCC. 7.4.4.4 Geradores do RSS Principais gerados de RSS do município dentro do âmbito público são as Unidades de Saúde como o Hospital Annes Dias, os Postos de Saúde do Bairro Floresta, Hermany, Progresso e Distrito de Alfredo Brenner e Santo Antônio do Bom Retiro, bem como na UPA Unidade de Pronto Atendimento localizada no centro da cidade, totalizando 4 postos na zona urbana e 2 postos na zona rural. Quanto aos particulares citam-se a existência de clinicas de veterinária, laboratórios de coleta, clinicas odontológicas, farmácias, funerárias e clinicas médicas particulares. , entre laboratórios (04), clinicas veterinárias (03) consultórios médicos e odontológicos (24unidades), farmácias (10 ), ultra sonografia e radiologia (03), comercio de produtos veterinários (09) e funerárias (02). 7.4.4.5 Coleta e acondicionamento dos RSS do município Para os geradores públicos, a Prefeitura Municipal disponibiliza a contratação de uma empresa para realização e destinação da coleta, da qual atua sob licença ambiental LO 3960/2010 emitida pela FEPAM, com sede no município de Passo Fundo. A empresa disponibiliza 03 bombonas de 200 litros, sacos para acondicionamento e caixa descartex, das quais é disposto nos postos de saúde. Posterior o enchimento das bombonas o resíduo é levado para um ponto junto ao Posto Central, ponto este sem licenciamento. Quem efetua a remoção deste resíduo é um funcionário da secretaria de saúde e não usa EPI e posterior é coletado pela empresa responsável. A periodicidade da coleta é mensal. Fotos do local de armazenamento dos resíduos junto a Secretaria de Saúde. Página 240 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Figura 69: Placa indicativa em sala localizada junto a sede da Secretaria de Saúde. Fonte: Prefeitura Municipal de Ibirubá. Figura 70: As imagens acima mostram os pontos de armazenamento temporário de resíduos de saúde até o recolhimento final. Fonte: Prefeitura Municipal de Ibirubá. 7.4.4.6 Custos e taxas Para os resíduos municipais, gerados junto aos postos de saúde e junto ao hospital, a Prefeitura Municipal paga o equivalente a R$ 2.434 mensais, para a coleta de 600 litros em três bombonas. Anualmente a Prefeitura tem um custo de R$ 29.208,00. Página 241 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Já para as empresas particulares estima-se que o custo para encaminhamento dos resíduos equivale a quantidade gerada e o valor médio cobrado por bombona de 200 litros é de R$ 700,00 conforme consulta feita a empresa que coleta no município. 7.4.5 Resíduos Especiais (Eletrônicos, Pilhas, Baterias e Lâmpadas Fluorescentes) 7.4.5.1 Quantidades Não possui informação. 7.4.5.2 Tipos e caracterização dos resíduos Os resíduos que mais são gerados são: Pilhas, lâmpadas, monitores e eletrônicos. 7.4.5.3 Responsabilidades Para os estabelecimentos a responsabilidade é do gerador, conforme estabelecido na Legislação Federal nº 12.035/2010, através da responsabilidade compartilha de gestão de resíduos, e mediante o encaminhamento do plano de gestão de resíduo sólido do estabelecimento, que deve ser aprovado durante os procedimentos de licenciamento ambiental. 7.4.5.4 Geradores do RE População em geral e empresas que comercializam estes produtos. 7.4.5.5 Coleta e acondicionamento dos RE do município Não possui informação. 7.4.5.6 Destino final: devolução à fornecedores Não possui informação. Página 242 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. 7.4.5.7 Custos e taxas Não possui informação. 7.4.6 Resíduos Agrícolas e de Agrotóxicos (Embalagens) 7.4.6.1 Quantidades Segundo dados da empresa de coleta, CINBALGENS localizada no município de Passo Fundo, que procede com a coleta e transporte deste resíduo, para o ano de 2012 houve o recolhimento de 207.139 embalagens sendo que este valor representa 80 % das embalagens comercializadas no município. Neste caso, buscando verificar se a quantidade retornável é compatível com a quantidade comercializada, procedeu-se com o levantamento junto aos principais comerciantes, onde em média, a quantidade comerciável teve retorno para destinação correta das embalagens. 7.4.6.2 Tipos e caracterização dos resíduos De uma forma geral, a tipologia das embalagens de agrotóxicos é muito semelhante, onde estão diferenciados em embalagens laváveis e embalagens não laváveis. Dentre as embalagens laváveis tem que aquelas que rígidas (plásticas e metálicas) que acondicionam formulações líquidas de agrotóxicos para serem diluídas em água, como baldes e recipientes plásticos de diferentes volumetrias. Dentre as embalagens não laváveis, tem-se as embalagens flexíveis, como os sacos ou saquinhos plásticos, de papel, metalizados, misto ou de outro material flexível, as embalagens rígidas em geral são as embalagens de produtos para tratamento de sementes, e as embalagens secundárias, que são as caixas de papelão, cartuchos de cartolina, fibrolatas e as embalagens termomoldáveis que acondicionam embalagens primárias e não entram em contato direto com as formulações de agrotóxicos 7.4.6.3 Responsabilidades As responsabilidades para o setor de comércio e uso de agrotóxicos já se encontra definida em legislação, devendo ser de responsabilidade de toda a cadeia de fabricação, transporte, comércio, utilização do produto e o retorno das embalagens. Página 243 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Assim, cabe ao agricultor usuário do produto, devolver a embalagens vazias ao comércio, sendo obrigação deste realizar a tríplice lavagem. O comerciante deve devolver a embalagem retornada para o fabricante, onde o transporte deve ser realizado por empresa licenciada. Assim, os produtores do município já realizam o que é de sua responsabilidade através da destinação correta das embalagens, onde são realizadas campanhas através das próprias empresas que comercializam através de palestras e demonstrativos de como dever ser realizada a tríplice lavagem. 7.4.6.4 Geradores do RA O principal gerador é o agricultor, empresas de armazenamento (resíduos de produtos para silos, processo de desinfecção, fumigação,). O município possui 06 empresas de recebimento de grãos mais alguns particulares, onde não se tem um banco de dados com estes registros. 7.4.6.5 Local de coleta e acondicionamento O agricultor ao adquirir o produto junto às empresas fica responsável em devolver a embalagem no ponto de coleta disponibilizado pela empresa. No município de Ibirubá a Cotribá (Cooperativa Agrícola Mista General Osório) possui um ponto de recebimento, que se encontra licenciado para tal fim. A qual não tivemos acesso ao licenciamento ambiental. 7.4.6.6 Destino final de embalagens: devolução à fornecedores A destinação final das embalagens é realizada pela empresa CINBALAGENS. A data de recolhimento destas embalagens se dá em dias e horários estipulados em calendário. Posterior à coleta o caminhão da empresa faz a remoção das embalagens para empresas recebedoras que encaminham o material para reciclagem ou aterro especial. 7.4.6.7 Custos e taxas A empresa que presta assessoria no município realiza a cobrança anual para o recolhimento das embalagens. Sendo que este valor e pago pelas empresas. Página 244 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. 7.4.7 Resíduos Industriais 7.4.7.1 Tipos de indústrias e principais caracterizações dos resíduos O município hoje possui 06 empresas de grande porte do ramo metal mecânico e mais algumas empresas de pequeno porte. Possui 01 cooperativa de grãos e 01 cooperativa de geração de energia. 7.4.7.2 Responsabilidades A responsabilidade pela destinação é das empresas geradoras. Neste caso, a Secretaria de Meio Ambiente é responsável pela fiscalização, das empresas de porte local, onde é exigido o licenciamento de âmbito municipal. A Fepam é responsável pela fiscalização das empresas de das indústrias geradoras de resíduos de porte médio, grande e excepcional. 7.4.7.3 Local de coleta e acondicionamento Das indústrias geradoras: as empresas de maior porte possuem um galpão fechado com piso impermeabilizado e recipiente adequado para armazenarem os resíduos gerados. 7.4.7.4 Destino final A grande maioria encaminha para o aterro da empresa PROAMBI no município de Bento Gonçalves. 7.4.8 Resíduos Classe I Provenientes de Cemitério e Animais Mortos 7.4.8.1 Quantidades As quantidades geradas destes resíduos são desconhecidas em vistas de não se ter um controle efetivo, e também de se tratar de um elevado número de geradores. Se tiverem 18 cemitérios implantados no município, todos sem licença ambiental. Página 245 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. 7.4.8.2 Tipos e caracterização dos resíduos O município possui na área rural vários produtores que desenvolvem a atividade de suinocultura e bovinocultura de leite. Conforme levantamento efetuado na Inspetoria Veterinária o lote de suínos no município é de 30.000 animais e o de bovinos é de 24.888 animais, sendo que destes bovinos 22.399 são bovinos de leite. Estes animais além de gerar dejetos que são estabelecidos em lagoas e depois aplicados ao solo agrícola, quando vem a óbito, são colocados em composteiras e em alguns casos são enterrados em locais não identificados. Além dos animais de produção rural, as propriedades do interior, possuem animais doméstico, que na maioria das vezes são enterrados em valas comuns. Na área urbana do município de Ibirubá, a Vigilância Sanitária, possui grande dificuldade para destinar os animais mortos, pois o município não possui local adequado para a disposição dos mesmos. Atualmente os animais são depositados junto ao aterro sanitário, em vala aberta pela secretária de obras. Devido a esta dificuldade a secretaria de saúde, através da Vigilância Sanitária, solicitou a elaboração de projeto arquitetônico de uma composteira (em anexo), projeto este que ainda não foi executado pelo município. O local de construção selecionado se dá junto ao Aterro Sanitário em ponto a ser definido. Os resíduos gerados junto ao cemitério são resíduos domiciliares comuns (rejeitos de papel higiênico, resíduos orgânicos em geral, além de restos de velas, flores plásticas, tecidos, restos de madeira, dentre outros. 7.4.8.3 Responsabilidades A responsabilidade pelos resíduos gerados nos cemitérios é das igrejas e do município. Sendo estas, Paroquia Nossa Senhora de Lourdes, Igreja Evangélica de Confissão Luterana do Brasil , Igreja Evangélica Luterana. A responsabilidade dos resíduos gerados pelos animais é de cada gerador, sendo para a zona rural os produtores. A Prefeitura Municipal auxilia nas ações de destinação para os animais mortos localizados na zona urbana. As paróquias são responsáveis pelos seguintes cemitérios: A Paróquia Nossa Senhora de Lurdes: Bairro Chácara, cemitério da área urbana do município, onde o município através da administração municipal também é responsável pelo gerenciamento deste cemitério. Além da zona urbana, a paróquia é responsável pelos da localidade de Alfredo Brenner, Santo Antônio do Bom Retiro, Página 246 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Capela Fatima, Esquina São José, Passo Bonito, São Paulo Pontão, São Sebastião e Santo Antônio do Triunfo, todos da área rural do município. A Igreja Evangélica de Confissão Luterana do Brasil: responsável pelos cemitérios localizado no Bairro Progresso, área urbana do município, e pelos da localidade de Alfredo Brenner, Linha Duas e Arroio Grande, área rural do município. A Igreja Evangélica Luterana: responsável pelos cemitérios localizado no Bairro Hípica, área urbana do município, e pelo da localidade de Alfredo Brenner, área rural do município. 7.4.8.4 Geradores dos Resíduos Classe I Como dito, se tem no município 18 unidades de cemitérios localizados entre a zona urbana e rural, conforme imagem abaixo, que também esta constante em anexo. Dentre estes cemitérios, nenhum realiza a exumação de corpos. Página 247 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Figura 71: Mapa municipal contendo a localização dos cemitérios geradores de resíduos Classe I. Fonte: Prefeitura Municipal de Ibirubá. Página 248 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. 7.4.8.5 Local de coleta e acondicionamento Os resíduos domiciliares gerados dentro dos cemitérios são acondicionados em sacos plásticos comuns e colocados em lixeiras para o recolhimento pela empresa de coleta de resíduos domiciliares. Os demais resíduos não tem um local adequado, sendo em alguns casos, dispostos em local inapropriado, conforme registros realizados abaixo: Figura 72: Vistas das lixeiras disponibilizadas junto ao cemitério municipal. Fonte: Prefeitura Municipal de Ibirubá. Figura 73: Local onde é realizada a disposição irregular de resíduos não contaminados de cemitério. Fonte: Prefeitura Municipal de Ibirubá. Página 249 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. 7.4.8.6 Destino final Os animais da área rural, quando licenciados são destinados para as composteiras, alguns animais de grande porte são colocados dentro de valas em locais não identificados. Os animais da área urbana são destinados em valas aberta junto ao Canil Municipal, localizado na localidade de Linha Pulador Norte. Conforme citado anteriormente, a Vigilância Sanitária solicitou projeto de uma composteira para a destinação final dos resíduos de animais mortos oriundos da zona urbana, sendo que o mesmo ainda não foi executado pelo município de Ibirubá. A localização da proposta de implantação da composteira é junto ao Aeroporto Municipal, existente na Linha Pulador Norte. Conforme planta e imagem em anexo. 7.4.8.7 Custos e taxas Até o presente momento não se tem efetivada a realização de cobranças para o recolhimento e destinação de animais mortos, em virtude de que muitas vezes não se sabe quem são os proprietários destes. Quanto a destinação dos resíduos comuns junto aos cemitérios, a realiza o recolhimento dos resíduos, não cobrando taxa para realizar este serviço. 7.4.9 Pneus 7.4.9.1 Quantidades Atualmente no município temos aproximadamente 07 empresas que comercializam pneus e mais 05 borracharias que atuam na manutenção dos mesmos. Não existem dados da quantidade de pneus descartados anualmente, no município de Ibirubá, sendo que somente a Prefeitura |Municipal de Ibirubá descarta 300 pneus, oriundos da frota de veículos. 7.4.9.2 Responsabilidades e gerenciamento dos pneus e de terceiros/fornecedores O gerenciamento é feito pelos geradores, a prefeitura já efetuou campanhas de recolhimento, mas enfrenta dificuldade em destinar estes pneus, pois não possui um sistema de gerenciamento dos mesmos. Página 250 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. 7.4.9.3 Geradores Principais gerados no município são as borracharias, Comércio de Pneus e a Prefeitura Municipal, através de sua frota de máquinas e veículos. 7.4.9.4 Local de coleta, acondicionamento e armazenamento Não existe um local sistema adequado para coleta e armazenamento, geralmente são colocados no Parque de Máquinas do município, em um ponto do pátio coberto, sem piso, conforme foto abaixo. Figura 74: Local de acondicionamento de pneus usados. Fonte: Prefeitura Municipal de Ibirubá. 7.4.9.5 Destino final: devolução a fornecedores O município destinou uma carga com 250 pneus, que foi recolhido em campanha no município e arrecadando pneus em todo o comércio e encaminhado para a empresa Ecotires Soluções Ambientais Ltda, localizada no município de Santa Maria-RS. A qual não nos apresentou licenciamento ambiental. 7.4.9.6 Custos e taxas O município teve um custo de R$ 800,00 para destinar uma carga com 250 pneus. Página 251 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. 7.4.10 Gerenciamento E Sustentabilidade do Sistema Atual No Brasil, cabe a cada Município a responsabilidade sobre a gestão dos resíduos sólidos urbanos produzidos em seu território. A complexidade que envolve a prestação dos serviços de coleta, tratamento e disposição final de resíduos sólidos, acaba conduzindo as políticas públicas a atacar o maior dos problemas identificados até então: a falta de um gerenciamento adequado na destinação final dos resíduos sólidos urbanos. Em Ibirubá a coleta de resíduos domésticos acontece de forma permanente e temporária, no entanto trata-se de uma temática que necessita de medidas urgentes para mitigar os problemas relacionados à coleta, armazenagem, destinação, entre outros. Desta forma, a partir da apresentação de cada situação, buscar-se-á apontar soluções para minimizar o impacto da crescente produção de lixo sobre o meio ambiente. Para a elaboração do diagnóstico da situação atual do manejo dos resíduos sólidos gerados no município, foi realizado um levantamento de dados juntamente com a Equipe Técnica da Prefeitura, Secretarias Municipais de Educação, Obras, Saúde, Assistência Social, Indústria e Comércio, Meio Ambiente e Empresas Terceirizadas. Através de reuniões, entrevistas e a efetiva participação da população nas audiências públicas, considerando os tipos de resíduos gerados no município, origem, volume, caracterização e formas de destinação e disposição final adotada. Na área urbana, nos bairros, o lixo doméstico é coletado a cada três dias e na área central, todos os dias; porém, tanto o resíduo sólido quanto o orgânico recebem a mesma destinação – o aterro sanitário. Sugere-se, neste contexto, a imediata implantação do sistema de coleta seletiva, o qual desencadearia uma série de outras ações, tais como a criação de postos coleta e de triagem e efetivação do projeto de instalação da usina de reciclagem no município de Ibirubá, promovendo a inclusão social dos catadores de materiais recicláveis (agentes ambientais), organizados em cooperativas ou associações regularizadas. Para atendimento do conteúdo mínimo do Art. 19 da Lei 12.305/2010 - Política Nacional de Resíduos Sólidos - deverão ser definidas metas de redução, reutilização, coleta seletiva e reciclagem, entre outras, com vistas a minimizar o volume de rejeitos encaminhados para disposição final ambientalmente adequada. Outro ponto que esta sendo estudado, é a implantação de um consórcio intermunicipal que tem como objetivo a destinação final dos resíduos urbanos, numa ação conjunta e uma alternativa à implementação de um aterro sanitário para cada cidade da região. Página 252 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Ainda sobre a coleta, apesar de haver postos de coleta de óleo de cozinha usado, através de projeto mantido pelo Poder Público, é comum que este resíduo seja colocado junto aos demais resíduos ou pior, despejados pelo ralo da pia da cozinha, o que gera grande contaminação de solo e lençol freático. A este respeito, as ações a serem implementadas devem ser a intensificação das campanhas de sensibilização e a formação de parcerias com grupos e entidades organizados, que atuam diretamente nos bairros e que podem compor um canal de diálogo mais próximo e eficaz com o cidadão. Além disso, o óleo de cozinha pode gerar empregos e renda, sendo utilizado como biodiesel ou mesmo na fabricação do sabão caseiro, o que demanda a capacitação da população. Periodicamente a Prefeitura realiza coleta de entulhos (galhos, restos de jardinagem, etc) e trimestralmente realiza campanha de resíduos eletrônicos. A população vem se habituando a encaminhar este material aos postos de coleta, sendo um projeto que merece a continuidade e ampliação. Segundo a Resolução ANVISA 283/2001, que dispõe sobre o tratamento e a destinação final dos resíduos dos serviços de saúde, incumbe aos geradores a responsabilidade pelo gerenciamento de seus resíduos desde a geração até a disposição final. Os resíduos hospitalares, materiais contaminantes resultantes de curativos, cirurgias e atendimentos aos pacientes, plásticos e papéis das embalagens de seringas e medicamentos, vidros de medicamentos, e perfuro cortantes, são coletados por empresa terceirizadas e ocorrem de forma permanente, de acordo com a legislação vigente, sendo uma ação positiva que deve ter continuidade. As coletas dos resíduos gerados nos consultórios veterinários e dentários devem seguir conforme a realidade atual, ou seja: a coleta nos consultórios da rede municipal (postos de saúde) é de responsabilidade da Prefeitura, enquanto os estabelecimentos particulares responsabilizam-se pelos resíduos gerados, contratando serviços terceirizados de coleta. O armazenamento é feito em bombonas plásticas apropriadas, fornecidas pelo prestador de serviços que realiza a coleta. Outra ação que mostra bons resultados é a coleta de resíduos da construção civil, realizada por empresa terceirizada e que segue um cronograma através do qual os ―containeres‖ são colocados em pontos estratégicos dos bairros e área central, por período determinado, seguindo em forma de rodízio para atender à demanda. Apresentadas as ações, faz-se necessário sugerir algumas práticas que resultarão na melhoria do gerenciamento e sustentabilidade do sistema atual. Página 253 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Além da implantação do sistema de coleta seletiva, armazenagem, triagem e instalação de usina de reciclagem, é necessário que se crie um órgão – departamento, coordenadoria junto ao Departamento de Meio Ambiente – específico para realizar a fiscalização dos resíduos, além de um plano de gerenciamento específico de resíduos da construção civil. Outra ação simples e de resultados significativos é a criação de projetos para realização da compostagem dos resíduos orgânicos. Desta forma este tipo de resíduo pode passar a ser destinado pela própria sociedade, diminuindo o volume destinado à coleta. Verifica-se, ainda, a necessidade de implantar o sistema de coleta e destinação final de resíduos de poda, pois o que ocorre é que tais resíduos são depositados nos “containeres‖ destinados aos resíduos de construção civil. Também é urgente a efetivação do plano de arborização urbana, aprovado em 2008, pois à medida que as construções civis aumentam, diminuem as áreas verdes, outrora abundantes no perímetro urbano. É importante, também, que se desenvolva um sistema de coleta e destinação de resíduos perigosos denominados Classe I, tais como lâmpadas fluorescentes, pilhas, baterias, material contaminado com óleo, isopor, entre outros. As alternativas possíveis seria a criação de alguns ecos pontos na área urbana e a aplicação e fiscalização da Lei nº 12.305, que foi regulamentada em 23 de agosto de 2010, que institui a PNRS, criando o Comitê Interministerial da Política Nacional de Resíduos Sólidos e o Comitê Orientador para a implantação dos Sistemas de Logística Reversa, entre outras. Com a aprovação e regulamentação da Política Nacional de Resíduos Sólidos, os fabricantes, distribuidores, importadores e comerciantes de agrotóxicos, pilhas e baterias, pneus, óleos lubrificantes, lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista, produtos eletrônicos e seus componentes, estão obrigados a desenvolverem um sistema de logística reversa para o retorno de produtos e embalagens no final da vida útil, que independe do serviço público de limpeza urbana. Além disso, determina que a gestão dos resíduos seja de responsabilidade de todos: governo federal, estados, municípios, empresas e sociedade. O município de Ibirubá também necessita implantar um sistema que trate dos resíduos que apresentam risco potencial à saúde pública e ao meio ambiente devido à presença de agentes biológicos, conforme resolução do CONAMA 335/2003, os cemitérios são potenciais fontes geradoras de impactos ambientais. A localização e operações inadequadas de necrópoles em meios urbanos podem provocar a contaminação de mananciais hídricos por microrganismos que proliferam no processo de Página 254 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. decomposição dos corpos. Também é necessário o recolhimento característicos de resíduos urbanos, tais como restos de coroas, flores e velas. Conforme Resolução Nº.2, de 15 de junho de 2012, que estabelece as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Ambiental, prevê que a educação ambiental seja trabalhada da educação infantil até o pós-graduação de forma integrada e interdisciplinar, contínua e permanente em todas as fases, etapas, níveis e modalidades de ensino. Outra estratégia para estimular a internalização da Resolução, sugere-se, que sejam criados projetos que se integrem ao currículo escolar, além de pesquisa de campo e seminários, para que a educação ambiental resulte em cidadãos éticos, conscientes do seu papel no processo de produção e destinação de resíduos e, portanto, comprometidos com práticas voltadas à sustentabilidade. Por fim e tão importante quanto às demais sugestões, a melhoria na coleta de resíduos domésticos nas localidades do interior é urgente, pois em apenas quatro delas é feita a coleta do lixo seco. A criação de um cronograma permanente, em todas as localidades, evitaria, por exemplo, que os resíduos sejam queimados, enterrados ou depositados nas margens das estradas, como ocorre de forma frequente. Página 255 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. 8 PROGNÓSTICO, PROSPECTIVA E PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DOS SISTEMAS DE SANEAMENTO O diagnóstico dos sistemas de saneamento existentes no Município Ibirubá tiveram como objetivo servir de base orientadora dos prognósticos, etapa onde serão de fato elaboradas as estratégias de atuação para melhoria das condições dos serviços de saneamento, buscando, num horizonte temporal, a universalização dos serviços. Assim, com base no diagnóstico existente e as análises obtidas através do controle social realizado por meio da mobilização social com a aplicação de questionários, reuniões técnicas e audiências públicas, pode-se elencar os cenários hoje comuns à realidade de população do município, e com isto se definir as propostas de ações e projetos que visam à melhoria dos principais serviços ligados ao saneamento básico. De uma forma geral, a recomendação é que se tenha a implementação das infraestruturas necessárias em todas as áreas comunitárias, sejam urbanas ou rurais, dentro do prazo estabelecido. A análise prospectiva aborda as problemáticas, defini os entes relevantes, as expectativas futuras e a relação entre causa e efeito. Além disso, identifica ações, objetivos, sequencial, avalia escalas, valores, aborda táticas e estratégias. Deste modo, a prospectiva visa apontar um conjunto de técnicas capazes de solucionar deficiências apontadas no diagnóstico, avaliando a complexidade, incertezas, conflitos e riscos das ações. As metodologias definidas irão buscar cenários futuros possíveis e desejáveis, com o objetivo norteador da ação. Estes cenários servirão de referenciais para elaboração do plano estratégico de execução do programas, projeto e ações. 8.1 ANÁLISE SWOT Existem várias ferramentas que servem de auxílio na hora de planejar os passos do presente e do futuro em relação a situação do setor de saneamento. Uma delas é a Análise Swot, que é utilizada durante a realização do planejamento estratégico para auxiliar na compreensão do cenário em que se encontra o setor. A palavra Swot é uma sigla em inglês originária das palavras Forças (Strengths), Fraquezas (Weaknesses), Oportunidades (Opportunities) e Ameaças (Threats) e dá nome a uma matriz que facilita a visualização destas quatro características, que são inerentes aos mais variados tipos de ações. Página 256 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Através desses dados, é possível ter uma maior noção dos pontos fracos e fortes, do cenário em que o sistema de saneamento está inserido, além de servir como auxílio para tomada de decisões. Basiacamente devem ser consideradas as seguintes ações para elaboração de um análise SWOT. 1 – Divisão cenário do setor de saneamento em duas partes Com o objetivo de entender melhor o cenário em que se está inserido, é necessário dividi-lo em ambiente externo (variáveis que afetam o setor de fora para dentro) e ambiente interno (variáveis que partem do setor, de dentro para fora). 2 – Definição do ambiente interno No ambiente interno, é necessário determinar as forças e fraquezas de um setor em comparação com outros. 3 – Definição do ambiente externo As oportunidades e ameaças estão dentro do chamado ambiente externo. Elas variam de acordo com a esefra em que o empreendimento está inserido. 4 – Diagramação Os dados devem ser inseridos em um diagrama, conforme apresenta-se abaixo: Quadro 7: Análise SWOT do setor de saneamento para o município de Ibirubá. Forças Fraquezas Município com população entre Falta de gestão dos sistemas de saneamento: Ambiente Interno 10.000 a 20.000 habitantes Política habitacional Sistema de abastecimento de água, esgoto, drenagem e resíduos sólidos. Legislação Municipal de Saneamento Orçamento municipal água: n° de famílias atendidas, quantidade de água disponível, qualidade da água Poucas Pessoas residindo em Plano Diretor áreas de risco Existência de um curso hídrico Pessoas residindo em áreas de risco com capacidade para recebimento Página 257 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. do esgoto tratado Sistema de coleta e destinação de Quadro de funcionários reduzido RSU Enquadramento da Bacia Falta de um sistema de macrodrenagem Hidrográfica Sistema municipalizado de Gestão Ambiental Pequenos pontos de alagamento Falta de um sistema de tratamento de esgoto sanitário conjunto Baixo número de economias com sistema individual de tratamento de esgoto doméstico Não existem Bolsões de pobreza Falta de um local adequado para destinação final dos RSU Inexistência de legislação regulamentadora sobre a geração e responsabilidades de gerenciamento dos resíduos que são de competência dos geradores Oportunidades Ameaças Recursos Federais e Estaduais Políticas de priorização de investimentos não para aplicação em sistemas de relacionadas ao setor de saneamento Ambiente Externo saneamento Políticas públicas (Estaduais e Desastres Ambientais Federais) para saneamento Políticas de priorização de Interpéreis Climáticos investimentos relacionadas ao setor de saneamento Nova tecnologia para destinação final dos resíduos Desvalorização de determinados produtos no mercado consumidor Valorização de determinados Aumento do consumo consequentemente produtos no mercado consumidor aumento das demandas voltadas para o saneamento Página 258 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Parcerias políticas ou Contratos com concessionárias instutucionais Crescimento populacional Crescimento acelerado da zona urbana – exôdo rural. Fonte: Inova Consultoria Ambiental. 5 – Análise do cenário encontrado A análise Swot ajuda a ter clareza dos sistemas existentes, possibilitando que se identifiquem quais pontos fortes explorar e quais pontos a trabalhar no âmbito de toda a gestão de um determinado setor. Essa ferramenta ajuda a determinar a posição atual do município e antecipar o futuro, visando as oportunidades e precavendo as ameaças. 8.2 CENÁRIOS, OBJETIVOS E METAS Para definição dos cenários, objetivos e metas a serem traçados junto a este PMSB tem-se as legendas abaixo identificadas: SAA – Para ações ligadas ao Sistema de Abastecimento de Água; SES – Para ações ligadas ao Sistema de Esgotamento Sanitário; DP– Para ações ligadas a Drenagem Pluvial; RS – Para ações ligadas aos Resíduos Sólidos. Neste caso, está sendo identificando o cenário através de uma legenda própria. Em vistas de que podem ser diagnosticados mais de um problema para cada eixo, elegese um sequencial numerológico para acompanhar a legenda de ação, o qual será 1,2,3, sendo o último número igual ao número de cenários identificados. Seguindo a avaliação realizada tem-se a definição de meta de execução como sendo o espaço temporal de realização do cenário: Imediato ou emergenciais: até três anos; Curto Prazo: de quatro a oito anos; Médio Prazo: de nove a doze anos; Página 259 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Longo Prazo: de treze a vinte anos. Apresentam-se as prioridades de cada cenário/ação a serem realizadas, fomentando a estas um grau de importância como primeira (A), segunda (B) ou terceira opção (C). Estas opções foram definidas junto à comunidade, através da ação de mobilização social realizada, dentro de cada meta. Quadro 8: Ações, cenários, objetivos e metas do plano de saneamento. Número Cenário Atual Objetivo Metas da (curto, Ação médio e Prioridade longo prazo) 98,91 % da população urbana do município de SAA – 1 Ibirubá é atendida por rede de abastecimento de água da CORSAN. 100% da população deve ser atendida pela rede de Médio abastecimento de água Prazo A da CORSAN. Existência de 11.960 m de rede de distribuição SAA – 2 de água na área urbana em estado precário ou constituído por material Substituição da rede em estado precário ou ultrapassado. Curto Prazo A ultrapassado. Contrato com a CORSAN, não prevê SAA – 3 repasse de recursos para Rever o contrato de a prefeitura, com base no prestação de serviços, seu faturamento, e incluindo o repasse de prazos para ampliação e verbas e prazos para melhorias no sistema de execução de obras de distribuição de água melhorias e ampliação do (troca de canos sistema de distribuição de inapropriados, aumento água. Imediato A da capacidade de reservação e Página 260 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. manutenção preventiva). Após a abertura de valas em vias pavimentadas, SAA – 4 devido ao rompimento de redes existentes, falta agilidade e qualidade nos Agilidade e qualidade nos serviços de reparos das Imediato A redes e pavimentos. serviços prestados. Falta de cadastro e licença ambiental dos poços tubulares profundos existentes no SAA-5 município em área PARTICULARES, tanto na zona urbana quanto na zona rural. Inexistência de tratamento físico-químico e bacteriológico na água SAA-6 captada em 53 de um total de 55 poços comunitários na área rural. Cadastrar todos os poços tubulares existentes no município, bem como Curto exigir o licenciamento Prazo A ambiental (outorga) destes. Implantar sistema de tratamento em todos os poços profundos comunitários utilizados no Imediato A Imediato A abastecimento de água para consumo humano. Fiscalizar a água de Inexistência de análise da qualidade da água consumida nas SAA-7 propriedades rurais abastecidas por sistema individual e em alguns poços comunitário. todas as propriedades rurais a fim de inibir o consumo de água em desacordo com os padrões de potabilidade da portaria 2914 de 2011 do MS bem como a periodicidade indicada por esta. SAA-8 Falta de periodicidade na Incentivar a limpeza das Médio limpeza nas caixas de caixas de água a cada 6 Prazo B Página 261 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. água nas residências e meses através de reservatórios campanhas educativas comunitários na área nas residências urbana e rural. particulares e promover fiscalização nos reservatórios comunitários, aplicando as sanções penais cabíveis. Inexistência de sistema SAA-9 de macromedição de Implantar o sistema de água na saída dos poços macromedição nos poços tubulares comunitários comunitários e de da área rural, micromedição nos pontos impossibilitando estimar de distribuição, visando as perdas, e de implantar um controle de micromedição em perdas. Imediato A algumas propriedades. Realizar levantamento, na área urbana e rural do Existência de SAA-10 reservatórios de água de material inapropriado nas propriedades. tipo de reservatório existente em cada propriedade, orientando os usuários do risco a Médio Prazo B saúde, da utilização de reservatórios inapropriados. Falta de licenciamento SAA-11 dos poços comunitários Licenciar todos os poços da zona rural do comunitários existentes e município. Os poços agilizar a apresentação comunitários da zona das outorgas de uso da urbana (CORSAN), água, conforme possuem protocolo de protocolos. Imediato A solicitação de outorga de Página 262 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. uso d’água (00657005.67/11-3; 01688705.67/12-3; 00867905.67/12-9 e00868205.67/12-1). Existência de associações comunitárias de água não legalmente constituídas, que operam SAA-12 sem contrato de concessão de serviços com a prefeitura e sem cobrança de valores pelo tratamento e condução da água até as Constituir legalmente as associações de água e firmar contrato de prestação de serviços entre esta e a prefeitura, visando à cobrança dos Curto Prazo B custos de tratamento e distribuição de água até as residências. residenciais. Falta de incentivo para a construção de cisternas e uso de água pluvial para SAA-13 ações menos nobres que o consumo humano (lavagem de veículos e calçadas, irrigação de jardins, hortas, etc). Criar uma política para incentivar a construção de cisternas de aproveitamento de água pluvial para ações menos nobres que o consumo Longo Prazo C humano, diminuindo o consumo de água potável para este fim. Inexistência de um setor dentro da prefeitura designado para a administração, SAA-14 operacionalização e fiscalização do sistema de abastecimento de água (tanto na área Criação da Secretaria Municipal ou Departamento de Saneamento Básico, Imediato A composta por equipe técnica multidisciplinar. urbana quanto na área Página 263 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. rural). Inexistência de legislação que regulamente taxas de ocupação de áreas, índices de aproveitamento, coeficiente DP -1 de permeabilidade do solo e Aprovação e implantação Imediato A Médio B sobre a drenagem pluvial sobre a drenagem das Médio B que determine conforme do Plano Diretor. necessidade avaliada pelo setor competente, a implantação ou não de rede de drenagem em novas vias e loteamentos. Pontos do município que não possuem sistema de drenagem DP – 2 de águas pluviais. Aproximadamente 40 %, conforme demonstrado no mapa de drenagem. Quantificação elaboração e de técnico projeto prevendo cobertura com drenagem destes pontos, com implantação nos locais. Falta de um sistema de Implantar um sistema de informações DP – 3 e dados informações de dados no município (urbana e águas pluviais urbanas e rural). rurais. Inexistência planejamento de sobre a Elaboração de um projeto drenagem pluvial, onde para adequação de todo DP – 4 resultou em instalações o sistema de drenagem precárias, e má pluvial da área urbana dimensionadas, fora dos prevendo as Médio B possíveis padrões e das normas áreas de expansão. técnicas Página 264 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Inexistência de um órgão municipal DP – 5 específico responsável pela gestão de todo sistema de drenagem pluvial do Município. Criação da Secretaria Municipal do Ambiente, Meio com o Departamento de Imediato Saneamento composta A Básico, por equipe técnica multidisciplinar. Inexistência de um Implantação de um programa de Educação programa de educação DP- 6 Ambiental referente ao ambiental voltado para o Longo C uso correto do esgoto uso correto do sistema de pluvial. esgoto pluvial. Realizar o controle, Exigência junto ao setor fiscalização e exigência de obras, que se proceda junto ao Setor Técnico, com o pedido de para o encaminhamento licenciamento ambiental e DP- 7 de projeto elaborado e projeto técnico, licenciamento ambiental antecedendo por parte dos implantação empreendedores, da implantação a de Imediato A longo C obras, antes através da regulação dos das sistemas redes de drenagem. internos da Prefeitura Municipal. Implantar rede de drenagem eficiente ao Ocorrência frequente de longo das estradas avarias em estradas não municipais, diminuindo a pavimentadas DP- 8 ou de incidência de avarias, e áreas agrícolas devido à rever falta de rede a de existentes, drenagem. O município obras de de Ibirubá, possui 1.300 reformas, km de estradas rurais. construções estrutura já efetuando limpeza e bem como de novos bueiros junto as estradas vicinais. DP- 9 Existência de lançamento Implantar medida de Imediato A Página 265 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. de esgoto doméstico na fiscalização rede de de drenagem lançamento de esgoto na pluvial, sem o devido rede pluvial e exigir a tratamento, em vistas de implantação de sistema não existir separador de tratamento através de absoluto. clorador em todas situações que os locais geradores deste tipo de efluente. Existência de pontes e pontilhões (concreto e madeira) na área rural DP- 10 com dimensões inadequadas para a travessia de maquinários e implementos agrícolas. Existência de residenciais construídas DP- 11 em áreas inundáveis e áreas de preservação permanente. DP- 12 Inexistência de profissionais com treinamento para motonivelamento abertura de rede e de drenagem nas estradas do meio rural. Quantificação substituição das pontes e pontilhões em madeira, por concreto armado e o DP- 13 proteção, B Longo C Imediato A de concreto existente. Elaboração de um plano quantificação e remoção da população de áreas de risco ou alagáveis. Capacitar os profissionais que trabalham no motonivelamento abertura de e rede de drenagem nas estradas do meio rural. grande aporte de água para barreira Longo alargamento das pontes Existência de pontos de Elaboração sem e de projeto implantação de de barreiras de proteção no causando leito do arroio Puxiretê, Longo B erosão no canal fluviais visando reduzir a erosão (margem e leito) do causada por este aporte arroio Puxiretê, no trecho de água. Página 266 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. onde o mesmo atravessa a área urbana. Residências sem urbanas sistema tratamento de sanitário, SES – 1 de Implantação esgoto sistema um coletivo de totalizando Esgotamento 6080 Sanitário unidades para a zona urbana, onde Longo habitacionais tratamento de sem irá abranger adequado, domicílios considerando A 4756 da área de projeto zona urbana. urbana e rural. Elaboração Residências rurais sem SES- 2 sistema de tratamento de esgoto sanitário. técnico, vislumbrando a implantação de sistema Médio C Imediato A obras de implantação do Imediato A individual de esgoto sanitário para cada domicílio existente. Inexistência de empresa uma local especializada SES- 3 e licenciada para limpeza e destinação adequada do lodo das fossas sépticas e filtros anaeróbicos Coibir operações irregulares de limpeza de fossas e filtros, fiscalizando e exigindo a regularização daquelas em atividade. Rever o prestação contrato de de serviços incluindo o repasse de Existência de contrato de SES- 4 concessão com a CORSAN, para o esgotamento sanitário. verbas para a prefeitura e prazos para execução de sistema de esgotamento sanitário, e ainda solicitando as ações da Corsan no cumprimento do contrato de Página 267 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. concessão, a parte que lhe cabe do esgotamento e pode ser executada. Implantação de um Deficiência no sistema de sistema de informações SES-5 informações dos dados de quanto ao esgoto dados completo no atualizados, Município e para Médio B Longo C atualizar os dados quanto ao esgotamento. Inexistência de um Implantação de um programa de educação programa de educação ambiental, voltado para ambiental utilização SES-6 correta voltado do utilização para correta do sistema de tratamento e sistema de tratamento e esgotamento sanitário esgotamento sanitário (Ligação à rede coletora (Ligação à rede coletora de esgoto periódica e do limpeza de sistema periódica fossa e filtro). esgoto cloacal em rede pluvial em cursos hídricos. Inexistência de um órgão municipal SES-8 específico responsável pela gestão de todo sistema de esgotamento sanitário do Município do conforme sistema legislação, Imediato A coibindo estas ações. Criação da Municipal Secretaria do Ambiente, Meio com o Departamento de Imediato Saneamento composta A Básico, por equipe técnica multidisciplinar. Inexistência de legislação municipal municipal limpeza Fiscalização e autuações, Criação SES- 9 e fossa e filtro). Ligações clandestinas de SES-7 esgoto sobre esgotamento sanitário. o normas englobe de legislação dentro vigentes, das que Curto A sistemas, operacionalização, Página 268 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. fiscalização e cobranças. Inexistência de fiscalização da operação SES-10 dos sistemas de tratamento individuais de esgoto. Criação de programa de fiscalização permanente dos sistemas Curto A implantados. Estruturar e implantar o Falta infraestrutura para sistema de coleta seletiva RS – 1 a implantação da coleta no município, através de Imediato seletiva no município. uso de A coletores especiais. Quadro técnico prefeitura da insuficiente Terceirizar o serviço de para a execução dos limpeza RS – 2 serviços de urbana, limpeza contemplando um número Curto B dos Curto C urbana e poda, destituído eficiente de funcionários, ainda de EPI e com equipe devidamente instrumentos de trabalho treinada. adequado. Seleção de uma área de bota fora, com compostagem Inexistência de um local RS – 3 para destinação correta de resíduos de poda e varrição. para resíduos verdes, devidamente para os licenciada disposição resíduos, visando destinação adequada e o aproveitamento do material como adubo para as áreas públicas. Existência de 05 locais Intensificar a fiscalização com RS – 4 depósitos em conjunto com clandestinos de resíduos, campanhas educativas Curto ( Av. Brasil, Rua Julio sobre destinação Rosa, Rua a B Fiorindo adequada de resíduos, Página 269 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Cervieri, Entrada Linha informando ainda Pulador Sul e Entrada responsabilidade Linha 5). a dos geradores e do poder publico. Inexistência de um banco de RS – 5 dados sobre a quantidade e os tipos de resíduos gerados no município. Implantação sistema sobre de de a um informação geração Médio B a Longo C de resíduos no município. Implementação de um programa de educação A educação ambiental é ambiental RS – 6 restrita a efetivo comunidade abrangendo escolar. toda população, voltado para implantação da coleta seletiva. Inexistência de coleta de RS – 7 resíduos recicláveis em 29 localidades da área rural. Ampliar sistema de coleta de seletiva em todas as Médio A localidades rurais. Falta de uma legislação municipal que contemple Adaptação da legislação a coleta seletiva resíduos sólidos 12.305, domiciliares RS – 8 dos municipal no coleta Município, e com a instituindo seletiva que resíduos regulamente a cobrança domiciliares Lei a dos sólidos na Curto A ou Curto B área de taxa de coleta de urbana e rural, e as taxas resíduos da construção de cobranças dos civil, e ainda a taxa de resíduos de construção cobrança dos resíduos civil e domiciliares. domésticos. Existência no município Implantar um sistema de RS – 9 de catadores de resíduos cooperativa recicláveis e trabalhando associações, Página 270 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. irregularmente, sendo em regulamentando torno de 10 para o ano profissão presente. de a catadores em nível municipal. Inexistência de lei Criação de lei municipal municipal implementando sobre a logística reversa, a logística conforme reversa, obrigando determina legislação os a comerciantes a receber e ambiental dar destinação final, vigente, e ainda, uma adequada aos resíduos RS – 10 ordenação para do sistema sujeitos a estes sistemas, Curto instruir A os bem como instalando em consumidores e seus comerciantes destes coletores produtos. estabelecimentos para estes, além da realização de campanhas informativas sobre este sistema. Falta de atuação no sistema de cobrança e fiscalização das planilhas trimestrais de resíduos sólidos industriais, das Exigir da fiscalização o quais são exigidas a sua acompanhamento apresentação corpo junto das ao empresas para licenças cumprimento departamento de meio licenças o das ambientais emitidas pelo condicionantes RS – 11 das ambientais, das e Médio B ambiente, e plano de caso necessário, ampliar gerenciamento resíduo de o sólidos corpo técnico do das departamento. empresas do município, bem como implantação de local para armazenamento temporário destes dentro das normas técnicas Página 271 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. vigentes. Falta de licenciamento ambiental e plano de gerenciamento resíduos de sólidos cemitérios, RS – 12 dos para o descarte dos resíduos, onde se tem 04 cemitérios em atividade na zona urbana e 14 cemitérios zona rural. Licenciar o cemitério municipal exigindo a elaboração do plano de gerenciamento de resíduos sólidos (PGRS) bem como fiscalizar os Médio demais B cemitérios exigindo o licenciamento, adequação técnicas as normas vigentes e apresentação do PGRS. Gerenciamento dos resíduos produzidos no município (resíduos Criação sólidos, de de um poda, departamento específico varrição, animais mortos, para gerenciamento de cemitérios, pneus, resíduos produzidos no agrotóxicos, industriais, município, estabelecendo resíduos especiais e de de saúde) RS – 13 dentro quem e da responsabilidade a pela Prefeitura, estabelecendo administração, de quem e responsabilidade a fiscalização e operação Curto A Médio A pela da coleta de resíduos, administração, possibilitando o controle fiscalização e operação sobre a quantidade da coleta de resíduos, gerada, fracionamento e possibilitando o controle destinação final dada a sobre a quantidade estes. gerada, fracionamento e destinação final dada a estes. RS – 14 Grande geração de RSU Elaborar pela população. programas e implantar visando Página 272 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. redução dos resíduos na fonte e reuso dos mesmos, aumentando a vida útil do aterro, através de campanhas de educação ambiental dos 4R – reduzir, reciclar, reutilizar e recuperar os resíduos domésticos. Inexistência de plano de Exigir a elaboração do gerenciamento RS – 15 de plano de gerenciamento serviços de saúde dos dos resíduos de serviços Curto estabelecimentos A do de saúde e fiscalizar a Município e particulares. sua implantação. O aterro esta estimado para uma população a existente Adequação da situação inferior do licenciamento atualmente, devendo ser ambiental do aterro bem previsto a adequação do RS – 16 como implantação da licenciamento ambiental, Curto central de triagem em e fase de ainda promover A a licenciamento instalação de central de ambiental triagem promovendo a ampliação da vida útil do aterro. 8.3 8.3.1 PROJEÇÃO DE DEMANDAS E PROSPECTIVAS TÉCNICAS UNIFICADAS Água 8.3.1.1 Análise das alternativas de gestão e prestação de serviços Os Sistemas de Abastecimento de Água e Gestão de Serviços só poderão ser considerados como eficazes e eficientes se atenderem aos seus usuários e serem autoPágina 273 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. suficientes financeiramente, bem como considerarem os dispostos na Lei 11.445/2007 e Decreto 7.217/2010, que menciona em seu Art. 4°, Art. 5° e Art. 6° que: o Art. 4 Consideram-se serviços públicos de abastecimento de água a sua distribuição mediante ligação predial, incluindo eventuais instrumentos de medição, bem como, quando vinculadas a esta finalidade, as seguintes atividades: I - reservação de água bruta; II - captação; III - adução de água bruta; IV - tratamento de água; V - adução de água tratada; e VI - reservação de água tratada. o Art. 5 O Ministério da Saúde definirá os parâmetros e padrões de potabilidade da água, bem como estabelecerá os procedimentos e responsabilidades relativos ao controle e vigilância da qualidade da água para consumo humano. o § 1 A responsabilidade do prestador dos serviços públicos no que se refere ao controle da qualidade da água não prejudica a vigilância da qualidade da água para consumo humano por parte da autoridade de saúde pública. o § 2 Os prestadores de serviços de abastecimento de água devem informar e orientar a população sobre os procedimentos a serem adotados em caso de situações de emergência que ofereçam risco à saúde pública, atendidas as orientações fixadas pela autoridade competente. o Art. 6 Excetuados os casos previstos nas normas do titular, da entidade de regulação e de meio ambiente, toda edificação permanente urbana será conectada à rede pública de abastecimento de água disponível. o § 1 Na ausência de redes públicas de abastecimento de água, serão admitidas soluções individuais, observadas as normas editadas pela entidade reguladora e pelos órgãos responsáveis pelas políticas ambiental, sanitária e de recursos hídricos. o § 2 As normas de regulação dos serviços poderão prever prazo para que o usuário se conecte à rede pública, preferencialmente não superior a noventa dias. o o § 3 Decorrido o prazo previsto no § 2 , caso fixado nas normas de regulação dos serviços, o usuário estará sujeito às sanções previstas na legislação do titular. o § 4 Poderão ser adotados subsídios para viabilizar a conexão, inclusive a intradomiciliar, dos usuários de baixa renda. E ainda, se terem como base as seguintes diretrizes: Que ocorra a universalização dos serviços; Que o usuário é a razão de ser da empresa, independentemente da mesma ser pública ou concessionada através de contrato de programa ou da iniciativa privada; Que a prestação de serviços atenda as expectativas dos usuários em termos de prazos de atendimento e qualidade do serviço prestado; Que a empresa atue com isonomia na prestação de serviços a seus clientes; Página 274 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Que a qualidade da água esteja, a qualquer tempo, dentro dos padrões de potabilidade, no mínimo, atendendo aos dispositivos legais ou aqueles que venham a ser fixados pela administração do sistema; Que ocorra regularidade e continuidade na prestação de serviços de abastecimento de água e de coleta e tratamento de esgotos sanitários. No caso do abastecimento de água, no que se refere à quantidade e pressão dentro dos padrões estabelecidos pela ABNT; Que o custo do m³ cobrado de água produzida e distribuída e da coleta e tratamento de esgoto seja justo e que possa ser absorvido pela população, mesmo aquela de baixa renda, sem causar desequilíbrio financeiro domiciliar e sem, contudo, inviabilizar os planos de investimentos necessários; Que a grade tarifária a ser aplicada privilegie os usuários que pratiquem a economicidade no consumo de água; Que a operação do sistema seja adequada, no que se refere à medição correta de consumos e respectivos pagamentos; Que a relação preço/qualidade dos serviços prestados esteja otimizada e que a busca pela diminuição de perdas físicas, de energia e outras seja permanente; Que os serviços de manutenção preventiva/preditiva tenham prevalência em relação aos corretivos; Que seja aplicada a tecnologia mais avançada, adequada às suas operações; Que seja buscado permanentemente prover soluções otimizadas ao cliente; Que sejam previstas nos projetos de implantação das obras, condições de minimizar as interferências com a segurança e tráfego de pessoas e veículos; Que esteja disponibilizado um bom sistema de geração de informações e que os dados que venham a alimentar as variáveis dos indicadores sejam verídicos e obtidos da boa técnica; Que os indicadores selecionados permitam ações oportunas de correção e otimização da operação dos serviços; Página 275 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Que seja viabilizado o desenvolvimento técnico e pessoal dos profissionais envolvidos nos trabalhos, de forma a possibilitar à estes uma busca contínua da melhoria do seu desempenho. Considerando o que determina a legislação sobre saneamento, para que as diretrizes supracitadas possam ser atendidas na íntegra, é necessário regulamentar as obrigações do titular do serviço, entre estas a necessidade de: Implantar e fazer funcionar a listagem de indicadores definidos, visando o cumprimento das metas estabelecidas neste plano; Manter um sistema de informações sobre os resultados dos indicadores obtidos, visando instruir a entidade reguladora; Constituir ou delegar a competência de regulação dos serviços, conforme previsto em lei; Implantar, ou delegar a implantação, o sistema de abastecimento de água coletivo, com as devidas licenças ambientais (implantação), permitindo sistemas individuais somente quando devidamente justificáveis; Operar, ou delegar a operação, os serviços de abastecimento de água coletivo, com a obtenção das respectivas licenças ambientais para operação; Ser responsável pelos custos de expansão da rede de abastecimento e respectivas ligações domiciliares. Atualmente o município de Ibirubá concedeu à CORSAN a titularidade dos serviços de abastecimento de água na zona urbana, por meio de Contrato de Programa, e para as associações comunitárias de água, na zona rural. Para tanto, a gestão e prestação dos serviços de abastecimento de água na zona urbana são de titularidade da CORSAN e na zona rural das associações de moradores, de forma infromal. A fiscalização dos serviços fica a cargo da Vigilância Sanitária. Segundo os dados informados no diagnóstico do saneamento do município de Ibirubá, o volume médio consumido pela população (produção de água) corresponde a 2.209,25 m³/dia na zona urbana, ou seja, 144 litros por habitante ao dia, considerando a perda física média que foi de 39,38% e atendiemnto de 95,43% da população. A tarifa média de água, praticada no ano 2008, segundo informado ao Sistema Nacional de Informações do Saneamento (SNIS) foi de R$ 4,34/m³. Considera-se que a referência para a tarifa social de abastecimento de água é o valor praticado pela CORSAN em sua estrutura tarifária, que neste período foi de R$ 3,61/m³. Página 276 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Avaliando-se o sistema em duas sub-divisões: zona urbana e zona rural, verificase que o sistema atualmente sob gestão da CORSAN possui um melhor controle e gerenciamento da captação, tratamento, reservação e distribuição de água, tendo em vista que o sistema praticado na zona rural através da gestão por associações comunitárias não possui um gerenciamento eficaz, nem cadastroe contrato com o muncípio, tendo vários problemas de controle de produção, distribuição e tratabilidade da água distribuída, além de não atender 100% da população rural do município. Verifica-se ainda, que grande parte desses problemas provém de uma estrutura não organizada onde o poder público não se faz presente ativamente. Considera-se que é de responsabilidade do município gerenciar o sistema de abastecimento de água na zona rural para que este seja eficaz e atenda a universalização do serviço, mesmo delegando a titularidade às associações comunitárias. Conclui-se assim, que a alternativa de gestão e prestação dos serviços de abastecimento de água mais adequada para a zona urbana, no momento, em Ibirubá, é promover o bom andamento dos serviços prestados pela CORSAN no município, tendo em vista um contrato assinado até 2033, através de fiscalização dos serviços da concessionária e da cobrança por medidas de melhorias no sistema. Além disso, o município deve buscar rever o contrato prevendo repasse de verbas para a prefeitura municipal com base na arrecadação feita pela cobrança dos serviços de abastecimento de água pela concessionária. Quanto a zona rural, o município deve assumir a gestão dos serviços de abastecimento de água realizando melhorias no atendimento do sistema, bem como no tratamento da água, buscando ampliar a distribuição pública para 100% da população rural. Além disso, deve delegar algumas etapas da prestação dos serviços às associações comunitárias, iniciando pela constituição jurídica destas, elencando os reais deveres e obrigações das associações e moradores. Ainda, visando instruir a definição da gestão dos serviços será apresentada na sequência uma análise financeira das alternativas possíveis para o município avaliado. 8.3.1.2 Projeção da demanda anual de água para toda a área de planejamento ao longo dos 20 anos Conforme apresentado no item 6.8.3.2 Projeções do crescimento populacional, o município tem uma tendência ao crescimento da população total e urbana, deste modo, considera-se a população total daqui a 20 anos como base para definição da população Página 277 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. consumidora de água. Entretanto, os valores estão calculados com base na fórmula 3 e apresentados na tabela abaixo. Ressalta-se que se considerou como geração atual, o consumo de água atual do município (144 litros/habitante/dia), e para cálculo teórico, a quantidade recomendada pelo Ministério da Saúde (200 litros/habitante/dia). Para tanto, utilizou-se como taxa máxima de consumo um incremento de 20% devido a consumos eventuais e consumo de incêndio na cidade. Fórmula (3) V = P x (1,2 x QA x 365) Onde: V = Volume de água consumida (l) P = População atendida (n° habitantes) QA = Consumo de água (litros/habitante/dia) Tabela 47: Projeção da demanda atual e futura de água (m³) em Ibirubá Consumo de População População Consumo de Consumo de Consumo de água Total água Urbano água Total água Urbano (teórico) m³ (teórico) m³ Ano Total Urbana (atual) m³ (atual) m³ 2010 19310 15342 1.217.920,32 967.650,62 1.691.556,00 1.343.959,20 2011 19378 15535 1.222.209,22 979.823,52 1.697.512,80 1.360.866,00 2012 19445 15731 1.226.435,04 992.185,63 1.703.382,00 1.378.035,60 2013 19513 15929 1.230.723,94 1.004.673,89 1.709.338,80 1.395.380,40 2014 19582 16130 1.235.075,90 1.017.351,36 1.715.383,20 1.412.988,00 2015 19650 16333 1.239.364,80 1.030.154,98 1.721.340,00 1.430.770,80 2016 19719 16539 1.243.716,77 1.043.147,81 1.727.384,40 1.448.816,40 2017 19788 16747 1.248.068,74 1.056.266,78 1.733.428,80 1.467.037,20 2018 19857 16958 1.252.420,70 1.069.574,98 1.739.473,20 1.485.520,80 2019 19927 17172 1.256.835,74 1.083.072,38 1.745.605,20 1.504.267,20 2020 19997 17388 1.261.250,78 1.096.695,94 1.751.737,20 1.523.188,80 2021 20067 17608 1.265.665,82 1.110.571,78 1.757.869,20 1.542.460,80 2022 20137 17829 1.270.080,86 1.124.510,69 1.764.001,20 1.561.820,40 2023 20207 18054 1.274.495,90 1.138.701,89 1.770.133,20 1.581.530,40 2024 20278 18282 1.278.974,02 1.153.082,30 1.776.352,80 1.601.503,20 2025 20349 18512 1.283.452,13 1.167.588,86 1.782.572,40 1.621.651,20 2026 20420 18745 1.287.930,24 1.182.284,64 1.788.792,00 1.642.062,00 Página 278 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. 2027 20492 18981 1.292.471,42 1.197.169,63 1.795.099,20 1.662.735,60 2028 20563 19220 1.296.949,54 1.212.243,84 1.801.318,80 1.683.672,00 2029 20635 19463 1.301.490,72 1.227.570,34 1.807.626,00 1.704.958,80 2030 20708 19708 1.306.094,98 1.243.022,98 1.814.020,80 1.726.420,80 2031 20780 19956 1.310.636,16 1.258.664,83 1.820.328,00 1.748.145,60 2032 20853 20208 1.315.240,42 1.274.558,98 1.826.722,80 1.770.220,80 2033 20926 20462 1.319.844,67 1.290.579,26 1.833.117,60 1.792.471,20 Fonte: Inova Consultoria Ambiental. 8.3.1.3 Descrição dos principais mananciais (superficiais e/ou subterrâneos) passíveis de utilização para o abastecimento de água na área de planejamento O município de Ibirubá possui como manancial para abastecimento público de água o lençol d’água subterrâneo profundo, aquífero Serra Geral, tanto em zona urbana quanto em zona rural. Segundo dados do mapa hidrogeológico do Estado do Rio Grande do Sul, nesta região predominam poços com capacidades específicas entre 2 e 4 m³/h/m. Em locais moderadamente fraturados, que são os mais comuns na localidade, as vazões se situam entre 6 e 12 m³/h.. As salinidades em geral são baixas, em média 200 mg/l. Quanto ao abastecimento humano, pela característica de boa produção subterrânea, é possível dizer que o lençol freático possui condições de abastecimento normal pelos próximos anos, se considerarmos o crescimento do município dentro de padrões normais. As águas subterrâneas do município sempre foram o principal meio de capação e consumo de água no município, existindo poços escavados e nascentes (manancial superficial) que servem de abastecimento para algumas famílias que estão distantes do abastecimento público. Porém, como são casos esporádicos e singulares, os poços escavados e as nascentes não são considerados como manancial de superfície para abastecimento público de água no município. O abastecimento público de água na área urbana do município de Ibirubá é realizado por captação subterrânea em 4 poços tubulares profundos distribuídos ao longo da cidade, explorados e gerenciados pela CORSAN, denominados de, I-2, I-5, I-6 e I-7. Há ainda 4 poços denominados I-1, I-5, I-8 e I-9 que não estão integrados ao sistema. Na área rural, o abastecimento público é realizado por captação subterrânea em 55 poços tubulares profundos, explorados e gerenciados por associações comunitárias. Página 279 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Na zona urbana os quatro poços tubulares produzem juntos diariamente o volume de 3.515,90 m³, operando cada poço de 10 a 18 horas por dia, sendo esta vazão suficiente para atender a demanda da população da zona urbana, onde são necessários, segundo o MS, 200 litros/habitante/dia, o que determina uma demanda de 3.068,00m³/dia. Essa quantidade não supre a folga de 20% para consumos diversos como consumo de incêndio, populações flutuantes e demais usos eventuais. Considerando que não há registro de falta de água no município por problemas de escassez no manancial, mesmo em épocas de sérias estiagens, o aquífero possuir boa vazão, porém, na zina rural teve registros de problemas com contaminação de suas águas. Sugere-se que este manancial continue sendo a fonte de abastecimento de água para o município de Ibirubá, dado as projeções de crescimento da população até 2033. Caso haja necessidade de captação de água superficial para a bastecimento do município há a área de alague do Rio Jacuí, Barragem Passo Real, que fica a 10km da sede urbana. Há a necessidade de se realizar um estudo para ver a viabilidade deste manancial servir a esta população como fonte de abastecimento, caso seja necesssário. Na zona rural há indícios de contaminação por coliformes totais nas águas de, pelo menos, 40 poços do interior – apenas 2 poços possuem tratamento. Assim, verificase a necessidade de tratamento adequado dessa água para, então, ser destinada ao consumo. Salienta-se a necessidade de realizar a avaliação estrutural desses poços, proteção, realização de estudos para descobrir a causa da contaminação, estudos de descontaminação ou até mesmo a desativação do poço. Analisando os dados atuais, não se verifica a possibilidade de ocorrerem problemas de falta de água no manancial para suprimento tanto do abastecimento humano como das atividades econômicas que requerem água. Considera-se, devido a estudos e operação local, que o manancial subterrâneo ainda possui capacidade de aumento de consumo, caso seja necessário. Dentro do aspecto legal, a outorga junto ao órgão competente para a exploração do manancial subterrâneo utilizado é de suma importância. Salienta-se que para a garantia de bom uso do manancial, é preciso que haja proteção e outorga de todos os poços já perfurados e dos que, por ventura, poderão ser perfurados. Atualmente dos oito poços explorados e gerenciados pela CORSAN na zona urbana, os quatro poços reservas não possuem outorga de direito de uso da água no Departamento de Recursos Hídricos da SEMA. Os demais possuem processos tramitando no DRH. Página 280 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Na zona rural do município não há dados precisos sobre capacidade de produção dos 55 poços comunitários e da qualidade da água destes. Porém, 35 poços possuem medição, o que totaliza 380,98m³/h. Segundo dados, os 55 poços comunitários possuem uma média de profundidade de 100 metros, e o projeto construtivo de alguns poços fora executado com base nas normas técnicas NBR 12.212 e NBR 12.244, possuindo revestimento de PVC ou aço galvanizado, selo de proteção sanitária e tubulação adutora. Do mesmo modo, as informações indicam que nunca houve problemas de falta de água para consumo, caracterizando que este manancial também suporta a utilização da água atual e, possivelmente, futura desta população. Ressalta-se que vários poços na zona rural necessitam de outorga, tratamento da água e de instalação de hidrômetros. Entre as primeiras ações a serem tomadas pela operadora do sistema, merece destaque a necessidade de um estudo hidrogeológico que verifique se o manancial subterrâneo tem capacidade de suprir a demanda de água do município para todo o período de planejamento. Verifica-se também, a necessidade de estudos de recarga do aquífero, tanto na zona urbana quanto na zona rural, a fim de obter dados precisos sobre suprimento de água do manancial subterrâneo, outorga dos poços e tratamento da água em 100% dos poços do município. 8.3.1.4 Definição das alternativas de manancial para atender a área de planejamento, justificando a escolha com base na vazão outorgável e na qualidade da água O percentual da cobertura do abastecimento de água em Ibirubá é de 95,43% , na zona urbana e indica-se que 1,09% da população urbana municipal não possui sistema de abastecimento de água potável no município. Também não há quantificação precisa da população atendida na zona rural, mas estima-se que não chega a 100%. Com estes dados, há de ser elevado o atendimento a 100% da população ao longo dos 20 anos, que corresponde a todo período de planejamento, sendo o manancial do município o lençol d’água subterrâneo e profundo. Para atendimento a essa população, o sistema de abastecimento de água do município de Ibirubá necessita ações de melhorias para se obter uma melhor eficiência das unidades operacionais, e ampliações, para atender a população atual e a evolução da demanda de água da população, dos mananciais, sistemas de captação e adução de água bruta, tratamento de água, adução de água tratada, reservação, rede de distribuição, macromedição, micromedição, controle de perdas e controle operacional monitorado em tempo real deste sistema. Página 281 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Para tanto, necessita-se da proteção do manancial existente objetivando a preservação de sua potencialidade de exploração de volume para o abastecimento público. Assim, propõe-se: Realização de ensaios de medições de vazão explorada, níveis estático e dinâmico para obter o tempo de recuperação do nível estático, evitando a degradação do poço através da exploração de vazão exagerada; Monitoramento constante do selo sanitário da boca do poço e da base de concreto para evitar a poluição do aquífero; Realização periódica de ensaios de potabilidade em todos os poços subterrâneos explorados para garantir a qualidade do abastecimento da população; Essas atividades serão consideradas como rotina operacional, estando prevista no custo de exploração, ou seja, no custo de manutenção do sistema de abastecimento de água. Obtenção da outorga para os 4 poços reservas na zona urbana e dos 55 poços da zona rural. Verificar o Plano de Bacia quanto ao uso e consumo (quantidade outorgável) de água no município. Considera-se que os mananciais superficiais existentes no município são de boa vazão, mas necessitam de estudo de viabilidade de abastecimento e qualidade da água. 8.3.1.5 Definição de alternativas técnicas de engenharia para atendimento da demanda calculada A projeção populacional para a área rural do município de Ibirubá indicou um decréscimo do número de habitantes, orem o atendimento não atinge 100% da população, o que significa que haverá necessidade de investimentos na parte de infraestrutura para atender 100% da população atual, além de manutenção, troca de equipamentos e ampliações de redes para melhor distribuição da água. O que deve ser garantido na zona rural são melhorias operacionais nos sistemas de tratamento dos poços, visto que a partir das análises presentes no diagnóstico dos sistemas alternativos, foram verificados apenas dois poços no interior do município estão com tratamento por cloração. O restante dos poços não possui o tratamento e apresentam incidência de coliformes fecais em suas águas. Isso ressalta a urgência em adequar o sistema a implantar o tratamento de desinfecção da água em 100% dos poços Página 282 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. da zona rural. Além disso, o operador destes sistemas deve garantir também a continuidade no abastecimento destas áreas, prevendo a construção de novos reservatórios para atendimento da demanda atual. Cabe à Administração Municipal regularizar estas áreas no que se refere à prestação dos serviços de abastecimento de água, visto que os serviços atualmente são prestados sem que a Administração Municipal tenha permitido, de forma oficial, a prestação destes serviços. Quanto ao tratamento da água do manancial subterrâneo, devem-se ser levados em consideração na decisão para a melhor tecnologia a ser adotada para tratamento de água alguns critérios básicos, entre estes: Eficiência do tratamento: se este será capaz de enquadrar a água nos padrões de potabilidade estabelecidos na PORTARIA nº 2.914 do Ministério da Saúde; Demanda de energia; Custos de implantação e operação dos sistemas; Facilidade operacional. Como é realizada, atualmente, a cloração e fluoretação da água na zona urbana e esta atende aos padrões de potabilidade, sugere-se manter este tipo de tratamento, já que se traduz em um tratamento bem aceito, simples, econômico e que garante a qualidade final da água para consumo. Ressalta-se que todas as análises e periodicidade devem ser rigorosamente seguidas, conforme constante na PORTARIA nº 2.914/2011 do Ministério da Saúde. Na zona rural, pode-se seguir o mesmo tipo de tratamento realizado na zona urbana e com os mesmos objetivos: a) Desinfecção Desinfectar uma água significa eliminar os microorganismos patogênicos presentes na mesma. Tecnicamente, aplica-se a simples desinfecção como meio de tratamento para águas que apresentam boas características físicas e químicas, a fim de garantir seu aspecto bacteriológico. Considera-se que a água para o consumo humano proveniente de poço, cacimba, fonte, carro-pipa, riacho, açude, etc., deverá ser clorada no local utilizado para armazenamento (reservatório, tanque, pote, filtro, jarra, etc.), utilizando-se hipoclorito de sódio a 2,5% nas dosagens apresentadas na tabela abaixo, devendo se aguardar após a cloração 30 minutos para o consumo. Página 283 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Tabela 48: Dosagens de hipoclorito de sódio. Fonte: Manual Integrado de Prevenção e Controle da Cólera, 1994. A desinfecção é também aplicada à água após seu tratamento, para eliminar microorganismos patogênicos porventura presentes. b) Métodos químicos de desinfecção Ozônio: é um desinfectante poderoso. Não deixa cheiro na água, mas, origina um sabor especial, ainda que não desagradável. Apresenta o inconveniente de uma operação difícil, e, o que é mais importante, não tem ação residual; Iodo: desinfecta bem a água após um tempo de contato de meia hora. É, entretanto, muito mais caro para ser empregado em sistemas públicos de abastecimento de água; Prata: é bastante eficiente; sob forma coloidal ou iônica não deixa sabor nem cheiro na água, e tem uma ação residual satisfatória. Porém, para águas que contenham certos tipos de substâncias, tais como cloretos, sua eficiência diminui consideravelmente; Cloro: constitui o mais importante entre todos os elementos utilizados na desinfecção da água. Além desta aplicação, é utilizado também no tratamento de águas para: Eliminar odores e sabores; Diminuir a intensidade da cor; Colaborar na eliminação de matérias orgânicas; Auxiliar a coagulação de matérias orgânicas. O cloro é o desinfectante mais empregado e é considerado bom, porque: Realmente age sobre os microorganismos patogênicos presentes na água; Não é nocivo ao homem na dosagem requerida para desinfecção; É econômico; Página 284 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Não altera outras qualidades da água, depois de aplicado; É de aplicação relativamente fácil; Deixa um residual ativo na água, isto é, sua ação continua depois de aplicado; É tolerado pela grande maioria da população. O cloro é aplicado na água por meio de dosadores, que são aparelhos que regulam a quantidade do produto a ser ministrado, dando-lhe vazão constante. Pode ser aplicado sob a forma gasosa. Nesse caso, usam-se dosadores de diversos tipos, sendo seu acondicionamento realizado em cilindros de aço, com várias capacidades de armazenamento (figura 75). Figura 75: Instalação típica de cloro gasoso Fonte: Manual Integrado de Prevenção e Controle da Cólera, 1994. Pode ainda ser aplicado sob a forma líquida, proveniente de diversos produtos que liberam cloro quando dissolvidos na água. Os aparelhos usados nesse caso são os hipocloradores e as bombas dosadoras. Os produtos de cloro mais empregados, suas vantagens e desvantagens estão indicadas na tabela 50. Página 285 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Tabela 49: Compostos e produtos de cloro para desinfecção de água. Observação: Todos os produtos citados na tabela acima devem ser manuseados com equipamentos de proteção individual (EPIs). Fonte: Manual Integrado de Prevenção e Controle da Cólera, 1994. c) Fluoretação das águas Generalizou-se a técnica de fluoretação de abastecimento público como meio mais eficaz e econômico de controle da cárie dentária. As aplicações no abastecimento de água fazem-se por meio de aparelhos dosadores, sendo usados produtos como o fluoreto de sódio, o fluossilicato de sódio e o ácido fluossilícico, regulamentados pela Legislação Federal sobre fluoretação (Lei 6050/74 e Decreto 76872/75). Os sistemas públicos de abastecimento de água fluoretada deverão obedecer requisitos mínimos, sendo estes: Abastecimento contínuo da água distribuída à população, em caráter regular e sem interrupção; A água distribuída deve atender aos padrões de potabilidade; Sistemas de operação e manutenção adequados; Controle regular da água distribuída. Página 286 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. A concentração de íon fluoreto varia, em função da média das temperaturas máximas diárias, devendo estas ser observadas durante um período mínimo de um ano (recomenda-se cinco anos), sendo a concentração ótima em torno de 1,0mg/l. Com o intuito de melhorar o sistema de avaliação e fiscalização da qualidade da água, o município pode fazer o uso do manual prático da FUNASA, mostrado na figura abaixo. Figura 76: Manual prático de análise de água. Na operação da captação subterrânea, a melhoria que se propõe é a substituição dos acionamentos diretos através de contactores dos conjuntos motobomba de todos os poços por um sistema de acionamento modular através de inversor de frequência, visando à economia de custo com energia elétrica. Há também a necessidade de implantação de macromedidores em grande parte dos poços, objetivando um controle em tempo real e com maior exatidão do volume de água distribuído. Nas adutoras de água tratada existentes, deverão ser efetuadas medições do coeficiente C, através da pitometria, para conhecer a real capacidade de trabalho e prever, se necessário for, a limpeza das mesmas visando uma melhoria de eficiência energética e/ou aumento na vazão aduzida. A reservação atual é insuficiente. Assim, há a necessidade de construção de novo reservatório na zona urbana e de alguns reservatórios na zona rural. O novo reservatório ou novos reservatórios deverão ser construídos na zona urbana com capacidade total de 478 m³, totalizando 1227,6m³ de reservação. Porém, para o período de planejamento Página 287 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. deverá ser acrescido de mais 410m³ até 2033. Na zona rural a reservação tem capacidade suficiente, atual e futura. Em termos de recuperação das estruturas físicas, considera-se que há a necessidade de obras de substituição dos reservatórios que apresentam algum grau de deterioração, bem como de gerenciamento de manutenção e limpeza anual dos tanques. Deve também ser implantado um sistema de telemetria dos reservatórios para obter as informações em tempo real. 8.3.1.6 Cálculo da viabilidade econômica dos cenários atuais e dos técnicos propostos Esta etapa fará uma análise dos valores tarifários cobrados via concessão CORSAN para operação do sistema e o lucro obtido da exploração do serviço. Para a realização desta análise, consideraram-se os valores de exploração e operação dos poços na zona urbana, tratamento, reservação e redes de distribuição de água. A partir dos custos totais, calculou-se o valor presente líquido (VPL) de cada cenário, considerando taxa mínima de atratividade – TMA de 12% ao ano. Parâmetros de projeto: População atendida: 15342 habitantes – zona urbana; TMA ao ano: 12%; Consumo líquido de água: 144 l/hab/dia (dado real hoje no município); Coeficiente de máxima vazão diária: 1,2 Tarifa de água: taxa mínima de abastecimento de água (R$3,61/m3); Custo de Operação do Sistema (considerando todas as unidades do sistema): R$ 168,70/hab/ano; Taxa dólar: R$2,40/US$. Abaixo, apresenta-se os cálculos de operação do sistema de abastecimento de água. Página 288 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Tabela 50: Avaliação dos custos de operação do sistema de abastecimento de água pela CORSAN Ano População Volume de água abastecida consumido (l/ano) Receita anual Investimentos Despesas Anual Custo (R$/m3) Receita (R$/m3) Saldo(R$/m3) R$ 2010 15342 806.375.520,0 3.306.139,63 R$ 5.592,16 R$ 2.593.787,56 R$ 3,31 R$ 3,61 R$ 0,30 R$ 5.662,51 R$ 2.626.417,01 R$ 3,31 R$ 3,61 R$ 0,30 R$ 5.733,95 R$ 2.659.553,65 R$ 3,31 R$ 3,61 R$ 0,30 R$ 5.806,12 R$ 2.693.028,42 R$ 3,31 R$ 3,61 R$ 0,30 R$ 5.879,39 R$ 2.727.010,39 R$ 3,31 R$ 3,61 R$ 0,30 R$ 5.953,38 R$ 2.761.330,48 R$ 3,31 R$ 3,61 R$ 0,30 R$ 6.028,47 R$ 2.796.157,77 R$ 3,31 R$ 3,61 R$ 0,30 R$ 6.104,28 R$ 2.831.323,18 R$ 3,31 R$ 3,61 R$ 0,30 R$ 2011 15535 816.519.600,0 3.347.730,36 R$ 2012 15731 826.821.360,0 3.389.967,58 R$ 2013 15929 837.228.240,0 3.432.635,78 R$ 2014 16130 847.792.800,0 3.475.950,48 R$ 2015 16333 858.462.480,0 3.519.696,17 R$ 2016 16539 869.289.840,0 3.564.088,34 R$ 2017 16747 880.222.320,0 3.608.911,51 R$ 2018 16958 891.312.480,0 3.654.381,17 R$ 6.181,19 R$ 2.866.995,79 R$ 3,31 R$ 3,61 R$ 0,30 2019 17172 902.560.320,0 R$ R$ 6.259,19 R$ 2.903.175,59 R$ 3,31 R$ 3,61 R$ 0,30 Página 289 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. 3.700.497,31 R$ 2020 17388 913.913.280,0 3.747.044,45 R$ 6.337,93 R$ 2.939.693,53 R$ 3,31 R$ 3,61 R$ 0,30 R$ 6.418,12 R$ 2.976.887,72 R$ 3,31 R$ 3,61 R$ 0,30 R$ 6.498,67 R$ 3.014.250,97 R$ 3,31 R$ 3,61 R$ 0,30 R$ 6.580,68 R$ 3.052.290,48 R$ 3,31 R$ 3,61 R$ 0,30 R$ 6.663,79 R$ 3.090.837,19 R$ 3,31 R$ 3,61 R$ 0,30 R$ 6.747,62 R$ 3.129.722,02 R$ 3,31 R$ 3,61 R$ 0,30 R$ 6.832,55 R$ 3.169.114,05 R$ 3,31 R$ 3,61 R$ 0,30 R$ 6.918,57 R$ 3.209.013,27 R$ 3,31 R$ 3,61 R$ 0,30 R$ 7.005,69 R$ 3.249.419,69 R$ 3,31 R$ 3,61 R$ 0,30 R$ 2021 17608 925.476.480,0 3.794.453,57 R$ 2022 17829 937.092.240,0 3.842.078,18 R$ 2023 18054 948.918.240,0 3.890.564,78 R$ 2024 18282 960.901.920,0 3.939.697,87 R$ 2025 18512 972.990.720,0 3.989.261,95 R$ 2026 18745 985.237.200,0 4.039.472,52 R$ 2027 18981 997.641.360,0 4.090.329,58 R$ 2028 19220 1.010.203.200,0 4.141.833,12 R$ 2029 19463 1.022.975.280,0 4.194.198,65 R$ 7.094,26 R$ 3.290.502,36 R$ 3,31 R$ 3,61 R$ 0,30 2030 19708 1.035.852.480,0 R$ R$ 7.183,57 R$ 3.331.923,17 R$ 3,31 R$ 3,61 R$ 0,30 Página 290 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. 4.246.995,17 R$ 2031 19956 1.048.887.360,0 4.300.438,18 R$ 7.273,96 R$ 3.373.851,16 R$ 3,31 R$ 3,61 R$ 0,30 R$ 7.365,82 R$ 3.416.455,42 R$ 3,31 R$ 3,61 R$ 0,30 R$ 7.458,40 R$ 3.459.397,80 R$ 3,31 R$ 0,30 R$ 2032 20208 1.062.132.480,0 4.354.743,17 R$ 2033 Total VPL 20462 1.075.482.720,0 22.434.289.920,0 4.409.479,15 R$ 3,61 R$ R$ R$ R$ R$ R$ 91.980.588,67 155.580,26 72.162.138,66 79,55 86,64 7,09 R$ 8.159.705.158,15 R$ 33.454.791,15 R$ 56.587,00 Custo R$ 26.246.508,23 Custo Marginal Receita Marginal Marginal R$ (R$/m3) R$ 3,61 3,31 Fonte: Inova Consultoria Ambiental. Página 291 de 504 PMSB – IBIRUBÁ, 2014. Observando os cálculos do sistema de abastecimento de água, nestes moldes de cobrança, a receita marginal é de R$ 3,61/m3. Se o sistema fosse operado pelo município, nos mesmos moldes que é hoje feito pela CORSAN, tem-se um lucro marginal de R$ 0,30/m³, o que equivaleria a um lucro mensal de R$ 29.691,34 para o município. Estes valores podem auxiliar na tomada de decisões, caso o município opte pela operação própria do sistema de abastecimento de água. Porém, verifica-se que para o município gerir o sistema todo deve prever a contratação de profissionais qualificados, além da aquisição de equipamentos específicos de gerenciamento, operação e manutenção. 8.3.2 Drenagem A seguir serão apresentadas algumas medidas que poderão ser implantadas no município de Ibirubá a fim de mitigar, direta ou indiretamente, os problemas relacionados a drenagem pluvial, apresentados nos capítulos anteriores. 8.3.2.1 Criação do Setor de Drenagem Urbana Instituir um setor responsável pela gestão (regulamentação, implantação, projetos técnicos, retificação, manutenção, limpeza e fiscalização) do sistema de drenagem pluvial. Este setor deverá estar vinculado a Secretaria de Obras e possuir um corpo de funcionários concursados, para que estes possam, com o passar do tempo, ter conhecimento sobre o sistema de drenagem, facilitando as operações diárias, como o cadastramento, manutenção e fiscalização do sistema. 8.3.2.2 Atualização Constante do Cadastro Técnico do Sistema de Drenagem Torna-se necessária a implantação e a constante atualização de um cadastro técnico do sistema de drenagem existente no muncipio. Para tanto, sugere-se que seja adotado uma normativa técnica para os procedimentos relacionados ao cadastramento georreferenciado das obras de drenagem, realizado por funcionários da Administração Pública ou terceirizados. Tratase de uma abordagem técnica para a atualização e manutenção do cadastro georreferenciado do sistema de drenagem urbana, composta por: Conceitos, definições, critérios gerais e especificações técnicas para o cadastramento. PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 292 de 504 Informações mínimas e atributos necessários para composição do banco de informações dos elementos cadastrais do sistema de drenagem; Metodologia de atualização cadastral, a partir de um software livre de sistemas de informações geográficas, acompanhado de um manual prático para sua utilização. 8.3.2.3 Realização de Manutenção Preventiva e Corretiva A manutenção preventiva e corretiva visa promover a limpeza e a conservação das redes de micro e macrodrenagem, englobando desobstrução de córregos, rios, canais, bueiros, galerias e demais dispositivos que compõem o sistema de drenagem. Quando da realização da manutenção do sistema, a equipe de manutenção deverá verificar em campo as informações cadastrais e repassar ao responsável pelo cadastro técnico no setor competente ou para a unidade a ser criada especificamente para gestão do sistema de drenagem, visando à complementação do mesmo sempre que necessário. O setor responsável para a gestão do sistema de drenagem deverá possuir maquinário e equipamentos adequados para executarem as tarefas inerentes ao sistema. Também deverá ser elaborado o planejamento, a execução e o controle de serviços de manutenção nos sistemas de micro e macrodrenagem, abrangendo: Manutenção Preventiva Desenvolvimento de um plano preventivo para realização de manutenção e limpeza, que visa à aplicação de ações para a remoção de todos os detritos (areia, pedregulhos, rochas em decomposição, restos de vegetação, lixo, etc.) depositados ao longo do sistema de drenagem, principalmente, em pontos onde causa obstrução na vazão das águas pluviais em períodos de chuvas intensas. Este plano de trabalho deverá garantir a manutenção preventiva da rede de drenagem pluvial e seus dispositivos de coleta, de maneira que se atinjam as metas estipuladas. Caso ocorram pontos de alagamentos isolados em locais onde a manutenção preventiva foi realizada de forma adequada, devem-se realizar estudos complementares para investigação da causa, verificações de sub-dimensionamento dos dispositivos ou outras interferências. PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 293 de 504 Deverá ser realizada a execução dos serviços de limpeza e manutenção preventiva dos sistemas de drenagem, de maneira que todo o sistema receba manutenção preventiva a cada ano. Manutenção Corretiva Neste caso, assim que detectado um problema de ordem estrutural, que venha através de demanda da população, deverá ser realizado o reconhecimento in loco do problema existente. Posteriormente, deverão ser providenciadas as medidas necessárias a fim de sanar o problema identificado. O setor responsável dará suporte ao munícipe para efetuar reclamações e identificar problemas, tais como: quebras em dispositivos coletores (boca de lobo, caixas de passagem, tubulações, entre outros), locais com alagamentos, ligações indevidas de esgoto na rede de drenagem e disposição inadequada de resíduos sólidos no sistema de drenagem, além de pontos específicos apontados pelas ações de manutenção preventiva do sistema. Ainda, deverá ser realizado um planejamento e um controle de execução das ordens de serviço para atendimento aos problemas identificados, além de um cadastro de solicitações de reparos. 8.3.2.4 Implantação de Mecanismos e Procedimentos para Regulação e Fiscalização Atualmente, no município de Ibirubá não existe um serviço efetivo de fiscalização do sistema de drenagem pluvial, por isso, propõe-se a criação desta atividade dentro do setor a ser criado para a gestão da drenagem pluvial. Também, conforme mencionado anteriormente, como não existe uma legislação que regule a gestão e fiscalização da drenagem urbana, será criada uma legislação específica, como o Plano Diretor de Drenagem Pluvial. E, ainda, é imprescindível que se atente para as demandas do município, a fim de possibilitar uma gestão eficaz. Atualmente, estas são: Quanto das obras: Implantação de dispositivos de drenagem em ruas com presença de áreas loteadas. Delimitação quanto aos perfis das novas ruas e prolongamentos, de modo a proporcionar o escoamento das águas da chuva em direção às sarjetas. PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 294 de 504 Quanto das manutenções: Definição quanto à frequência e locais para limpeza e manutenção do sistema de drenagem. Quanto dos instrumentos de controle: Definições de normas, regulamentos e programas que visem disciplinar o uso e a ocupação do solo, no que tange ao desmatamento e à impermeabilização do solo. A análise crítica da prestação dos serviços e a implantação de um sistema de gestão para verificação de índices e indicadores, os quais, fornecem subsídios para que os serviços permaneçam sendo fornecidos no padrão desejado, sendo que, para isto é necessário o acompanhamento de desempenho e da qualidade dos serviços em todas as etapas do processo produtivo e sua comercialização, parametrização, quanto à qualidade e ao alcance de metas. Normatização quanto instalações para o escoamento das águas pluviais em terrenos/edificações com cotas altimétricas inferiores ao logradouro público. Criação e implementação de um plano de manutenção preventiva e corretiva do sistema implantado. Implantação de um programa de fiscalização de ligações clandestinas do esgoto doméstico junto à rede. Programa de Educação Ambiental A educação ambiental é primordial para a conscientização da sociedade quanto à resolução dos problemas de drenagem do município, pois é uma ferramenta de esclarecimento que não há uma solução única, e sim uma soma de várias ações do poder público e da população. Todos devem receber as informações necessárias a respeito da drenagem urbana adequada, pois além de bem informados, as pessoas precisam compreender que todos têm responsabilidades e como deve ser a contribuição de cada um. Assim, os objetivos de um programa de Educação Ambiental abrangem: Transmitir conceitos sobre o impacto da urbanização na drenagem urbana para população em geral. PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 295 de 504 Incentivo à inovação tecnológica. Define modalidades de apoio tanto para as ações consideradas como ―boas práticas‖ quanto para aquelas consideradas como inovadoras, sob os aspectos tecnológicos de planejamento e de gestão e operação, incentivando e premiando o desenvolvimento de ações similares e sua difusão. Este programa poderá ser realizado por meio de: Campanha de divulgação para a população por meio da mídia impressa e televisão. Treinamento de técnicos e projetistas, da prefeitura e da iniciativa privada, com cursos de curta duração sobre projetos e técnicas de controle da drenagem urbana. Palestras nas entidades de classe – arquitetos, engenheiros, construtores, etc. Educação Escolar: têm a finalidade de educar as futuras gerações. Alguns exemplos: não jogar lixo na rua, evitar os bloqueios nos bueiros, facilitar o escoamento da água pluvial para o sistema de drenagem. Neste programa de conscientização pode ser estimulada a implantação de medidas estruturais não convencionais, como soluções para minimizar o escoamento superficial e aumentar a infiltração das águas pluviais. Estas medidas também podem ser propostas na legislação que vier a regimentar as questões referentes ao tema, como o Plano Diretor de Drenagem Pluvial e Lei de Cobrança pelos Serviços de Drenagem Pluvial. Elaboração e/ou Implementação de Legislações Específicas Plano Diretor de Drenagem Pluvial (PDDP) O objetivo principal do Plano Diretor de Drenagem Pluvial é formar mecanismos para administrar a infra-estrutura urbana relacionada à gestão das águas pluviais. Ou, em outras palavras, o PDDP visa planejar a distribuição da água pluvial no tempo e no espaço, com base na tendência de ocupação urbana, compatibilizando o desenvolvimento com a infraestrutura a fim de evitar prejuízos econômicos e ambientais. A criação desta ferramenta legal é de extrema importância para o município de Ibirubá, pois esta poderá regimentar questões que, atualmente, não estão PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 296 de 504 regulamentadas e/ou detalhadas em lei, tais como taxa de impermeabilidade e ocupação dos lotes, substituição de pavimentação por materiais mais porosos, criação de espaços verdes, entre outros. O referido Plano poderá ser construído pelo corpo técnico da prefeitura ou por uma empresa especializada contratada. Este poderá ser dividido nas seguintes fases: Levantamentos básicos, compreendendo todas as atividades de coleta de dados, de levantamentos de campo e mapeamentos. Diagnósticos e estudos, compreendendo a realização de diagnósticos, análises, projeções, montagem de cenários, elaboração de projetos e estudos e a proposição de programas a serem detalhados. Programas a serem desenvolvidos, compreendendo a descrição, a ordem de prioridades, a estimativa de custos (investimentos, operação e manutenção) e de prazos de execução e recomendações sobre o arranjo institucional para implementação. O conteúdo mínimo sugerido para compor o Plano Diretor de Drenagem Pluvial é composto por: a) Ações de Gestão Levantamento do quadro institucional. Levantamento das legislações federal, estadual e municipal. Revisão e elaboração do arcabouço legal e institucional para a implementação do Plano. Elaboração e implantação de sistema de informações. Manual de diretrizes básicas de planejamento e projeto de drenagem urbana. b) Programa de atualização tecnológica e capacitação profissional. Programa de medidas de controle de poluição difusa. Recomendações de áreas a serem protegidas e reservadas. Plano de educação ambiental. Recomendações de medidas não estruturais. Elaboração de Planos, Estudos e Projetos de Engenharia Coleta de dados, estudos e projetos existentes. Modelagem hidráulico-hidrológica da situação atual. PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 297 de 504 c) Análise e consolidação das informações. Definição de vazões de restrição. Identificação das sub-bacias prioritárias. Detalhamento do modelo hidráulico-hidrológico nas sub-bacias. Estudos de alternativas de soluções. Intervenções por meio de Obras e Serviços de Operação e Manutenção dos Sistemas Análise das obras em curso e programadas. Indicações de ordem operacional e de manutenção nos sistemas de drenagem. Correções e adaptações de obras e/ou projetos em curso. Concepção básica das medidas estruturais. Programa de monitoramento hidráulico-hidrológico. Modelo de operação do sistema de drenagem municipal. Programa de controle de implementação. Sistema de revisão do Plano. Plano Diretor O Plano Diretor, geralmente, serve como ferramenta para regulamentar alguns aspectos da drenagem pluvial, quando não se tem a intenção em promover um Plano Diretor de Drenagem Pluvial. Alguns regramentos podem ser dispostos no Plano Diretor, mesmo que de forma mais simplificada, para administrar a infra-estrutura urbana relacionada à gestão das águas pluviais, dentre estes cita-se: a taxa de permeabilização dos solos e a taxa de infiltração mínima que devem ser mantidas junto às áreas construídas do município. Código de Obras e Edificações O Código de Obras e Edificações visa normatizar às atividades preparatórias das construções, incluindo-se a movimentação de terra e a execução de edificações, obras e serviços propriamente ditos. Este Código tem como objetivo garantir índices mínimos aceitáveis de habitabilidade e segurança, especialmente com observância aos padrões de higiene, PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 298 de 504 salubridade, acessibilidade e conforto. Deste modo, este código deve conter todos os itens possíveis que regulam os aspectos relacionados à drenagem pluvial dentro do seu foco, isto é, das obras e edificações. Abaixo são apresentados alguns exemplos de assuntos que devem ser normatizados neste código municipal: Art. ... - Os terrenos ao receberem edificações serão convenientemente preparados para dar escoamento às águas pluviais e de infiltração. Art.... - As águas de que trata o artigo anterior serão dirigidas para a canalização pluvial, para curso de água ou vala que passe nas imediações ou para a calha do logradouro (sarjeta). Art. ..... - Os terrenos edificados serão dispensados de instalações para escoamento das águas pluviais desde que: 1 – a relação entre a área coberta e área do lote seja inferior a 1/20 (um vinte avos); 2 – a distância mínima entre a construção e a divisa do lote em cota mais baixa seja superior a 20,00m (vinte metros). Art...... - As águas pluviais, as de lavagem de terrenos e balcões, e coleta do condensado de aparelhos de ar condicionado individual, serão canalizados para o esgoto pluvial ou calha do logradouro (sarjeta) sob o passeio.” Lei de Conservação e Uso Racional da Água nas Edificações Caso o Plano Diretor de Drenagem Pluvial e/ou Código de Obras e Edificações não normatizem questões referentes ao uso das águas pluviais, pode ser criada uma legislação específica para tal, como a lei que cria o programa de conservação e uso racional da água nas edificações. Esta poderá conter assuntos como os exemplificados abaixo: Art....- A água das chuvas será captada na cobertura das edificações e encaminhada a uma cisterna ou tanque, para ser utilizada em atividades que não requeiram o uso de água tratada proveniente da Rede Pública de Abastecimento, tais como: a) rega de jardins e hortas; b) lavagem de roupa; c) lavagem de veículos; d) lavagem de vidros, calçadas e pisos. Art....- O combate ao desperdício da Água, compreende ações voltadas à conscientização da população através de campanhas educativas, abordagem do tema nas aulas ministradas nas escolas integrantes da Rede Pública Municipal e palestras, entre outras, versando sobre o uso abusivo da água, métodos de conservação e uso racional da mesma. PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 299 de 504 8.3.2.5 Implantação de Medidas Técnicas Medidas estruturais não convencionais ou extensivas As medidas estruturais não convencionais ou extensivas consistem em obras de pequeno porte dispersas na bacia, que atuam no sentido de reconstituir ou resgatar padrões hidrológicos representativos da situação natural. São medidas que visam compensar os incrementos do escoamento superficial decorrentes do aumento da impermeabilização, com a utilização de dispositivos de retenção e/ou retardo – com ou sem possibilidades de infiltração, e/ou reuso das águas pluviais coletadas. Estas medidas estruturais não convencionais em geral são de natureza mais sustentáveis, aproximando o sistema de drenagem às características naturais, permitindo a infiltração da água no solo, efetuando pequenas retenções localizadas, reflorestando áreas e aproveitando e reservando o recurso que seria descartado (uso de cisternas). A seguir, serão apresentados exemplos de medidas estruturais não convencionais que poderão ser incentivadas e normatizadas pela gestão pública através dos instrumentos já mencionados anteriormente. Pavimentos Permeáveis Os pavimentos permeáveis (ou porosos) são normalmente de bloco vazado em concreto ou asfalto, apresentando como vantagem a redução do escoamento superficial previsto na superfície impermeável. Os pavimentos permeáveis devem ser utilizados em parques, passeios, estacionamentos, quadras esportivas e ruas de pouco tráfego. Estima-se que o custo de implantação deste tipo de pavimento seja da ordem de 30% mais oneroso que o pavimento comum. PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 300 de 504 Figura 77: Exemplo de pavimento poroso (bloquetes vazados). Telhado verde É uma técnica usada em arquitetura cujo objetivo principal é o plantio de plantas (gramíneas, arbustos, etc.) nas coberturas de residências e edifícios. Através da impermeabilização e drenagem da cobertura dos edifícios, cria-se condições para a execução do telhado verde. Está técnica retêm a água da chuva, diminuindo o escoamento superficial e melhora o conforto térmico das construções. Figura 78: Casa com telhado verde. PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 301 de 504 Jardim de chuva Os jardins de chuva são depressões topográficas existentes ou aperfeiçoadas especialmente para receberem o escoamento da água pluvial proveniente de telhados e demais áreas impermeabilizadas limítrofes. O solo, geralmente tratado com composto e demais insumos que aumentam sua porosidade, age como uma esponja a sugar a água, enquanto microrganismos e bactérias no solo removem os poluentes difusos trazidos pelo escoamento superficial. Figura 79: Calçada com jardim de chuva. Trincheira de Infiltração A trincheira de infiltração é uma vala rasa escavada e enchida com pedra britada com objetivo de drenar o escoamento superficial. PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 302 de 504 Figura 80: Praça com trincheira de infiltração. Cisternas A cisterna é um tecnologia simples, de baixo custo e adaptável a qualquer região. A água das chuvas é captada e armazenada diminuindo o escoamento superficial. Figura 81: Exemplo de cisterna instalada em uma residência. PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 303 de 504 Medidas estruturais convencionais ou intensivas Programa de Manutenção das Pontes e Pontilhões Este programa deverá contemplar a realização de vistorias periódicas nas pontes e pontilhões, a ser realizada por corpo técnico habilitado. As referidas vistorias deverão ser realizadas de acordo com as normas técnicas vigentes, tal como a NBR 9452 da ABNT. Após as vistoria deverá ser elaborado um relatório contendo todas as informações técnicas sobre o estado de conservação das estruturas de travessias. Com base nestes relatórios deverá ser criado um cronograma dos trabalhos de manutenção, dando prioridades para as pontes e pontilhões mais danificadas e mais utilizadas. Também, deverá ser realizado um relatório de manutenção das pontes e pontilhões, contendo informações detalhadas sobre os reparos realizados. 8.3.2.6 Implementação da Cobrança pelos Serviços de Drenagem Pluvial Mecanismos de Cobrança Independente da metodologia utilizada para calcular e implementar a taxa para remuneração dos serviços de operação e manutenção dos sistemas de micro e macro drenagem no município, indica-se que o cálculo seja baseado na contribuição de água que cada imóvel destina a rede exclusiva de microdrenagem e as redes comuns de macrodrenagem do município. Neste sentido, existem distintas tipologias bem sucedidas para a cobrança, as quais serão descritos a seguir: Modelo Básico de Cobrança Como metodologia para calcular e implementar a taxa para remuneração dos serviços de operação e manutenção dos sistemas de micro e macrodrenagem no município, usualmente tem-se o cálculo baseado na contribuição de água que cada imóvel destinará a rede exclusiva de microdrenagem e as redes comuns de macrodrenagem do município. PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 304 de 504 O pressuposto é de que dos volumes de água lançados nas redes dependem as necessidades de manutenção, cuja conseqüência imediata é o impacto sobre os custos. Neste sentido é interessante lançar uma campanha para ocupação do solo consciente, adotando como alternativa para redução nas taxas, a adoção de medidas como cisternas, telhados verdes, etc. Assim, a taxa remunera apenas os custos provenientes da contribuição volumétrica de água dos imóveis à rede de drenagem. A parcela de custos oriunda da contribuição volumétrica de logradouros públicos seria absorvida pelo departamento de drenagem. Para fundamentar a Taxa de Drenagem, Tomaz (2002) expõe a equação abaixo, utilizada para determinação da vazão de escoamento superficial, através do método racional. Q = 0,278 . C . I . A Sendo: Q = vazão de pico das águas superficiais (m3/s), na seção de estudo considerada; C= coeficiente de escoamento superficial (varia de 0 – 1), também denominado coeficiente de runoff; I= intensidade média da chuva (mm/h); A= área da bacia (km2). Embora careça de precisão absoluta, o método racional é o mais adequado para a aplicação inicial da cobrança, por ser amplamente utilizado na determinação da vazão máxima de projeto para bacias pequenas. Todavia, é necessário manter atualizado as informações cadastrais do município. Como forma de gestão e controle do sistema a ser implantado, é importante que se registre o histórico da arrecadação tarifária a fim de registrar no mínimo os dois itens seguintes: Cadastramento gradativo das redes existentes e economias ligadas ao sistema. Expansão do sistema decorrente da arrecadação e potencialização do serviço de manutenção, da otimização de custos e da execução de novas redes, culminando com a melhoria da prestação de serviços. A possibilidade de cobrança pelos serviços de drenagem urbana, compreendendo basicamente arrecadação com a finalidade de cobrir os custos dos serviços de manutenção dos sistemas de micro e macrodrenagem, trata-se de um tema que está sendo estudado e analisado pelos setores competentes em vários Municípios. Já existem algumas experiências de gestão da drenagem urbana que PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 305 de 504 adotaram a taxa de drenagem, tais como Santo André – SP e Porto Alegre – RS, instituída por meio de legislação municipal, com o objetivo de remunerar os custos apenas com serviços de manutenção do sistema de drenagem urbana, consistindo estes de limpeza de bocas de lobo, galerias, desassoreamento de córregos, manutenção de reservatórios de detenção, dentre outros. As metodologias estudadas para a formação do valor a ser cobrado, têm como base o tamanho da área coberta (impermeabilizada) de cada matrícula (terreno ou lote), para obter o volume lançado no sistema de drenagem. O volume é calculado com base também nos índices pluviométricos históricos. No caso de apartamentos, o valor fica ainda menor devido à área do telhado, ser dividida entre os apartamentos, por exemplo. Legislação de Cobrança Visando facilitar o entendimento do assunto seguem minutas de legislações, com base em municípios que já elaboraram sistemas de cobrança pelos serviços de manutenção de drenagem, tais como o município de Porto Alegre – RS e Santo André – SP. Modelo de Minuta de Lei Regulamenta o controle da drenagem urbana e institui taxa de cobrança pela prestação dos serviços. Art. 1° Toda ocupação que resulte em superfície impermeável, deverá possuir uma vazão máxima específica de saída para a rede pública de pluviais, determinada pela Secretaria ou Departamento responsável pelo saneamento. § 1° A vazão máxima de saída é calculada multiplicando-se a vazão específica pela área total do terreno. § 2° Serão consideradas áreas impermeáveis todas as superfícies que não permitam a infiltração da água para o subsolo. § 3° A água precipitada sobre o terreno não pode ser drenada diretamente para ruas, sarjetas e/ou redes de drenagem excetuandose o previsto no § 4°, deste artigo. § 4° As áreas de recuo mantidas como áreas verdes poderão ser drenadas diretamente para o sistema de drenagem. 2 § 5° Para terrenos com área inferior a 600m e para habitações unifamiliares, a limitação de vazão referida no "caput" deste artigo poderá ser desconsiderada, a critério do Secretaria ou Departamento responsável pelo saneamento. Art. 2° Todo parcelamento do solo deverá prever na sua implantação o limite de vazão máxima específica disposto no art. 1°. Art. 3° A comprovação da manutenção das condições de préocupação no lote ou no parcelamento do solo deve ser apresentada na Secretaria ou Departamento responsável pelo saneamento. o § 1 Para terrenos com área inferior a 100 (cem) hectares, quando o controle adotado pelo empreendedor for o reservatório, o volume necessário do reservatório deve ser determinado através da equação: v = 4,25 AI. 3 Onde v é o volume por unidade de área de terreno em m /hectare e AI é a área impermeável do terreno em %. PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 306 de 504 § 2° O volume de reservação necessário para áreas superiores a 100 (cem) hectares deve ser determinado através de estudo hidrológico específico, com precipitação de projeto com probabilidade de ocorrência de 10% (dez por cento) em qualquer ano (Tempo de retorno = 10 (dez) anos). § 3° Poderá ser reduzida a quantidade de área a ser computada no cálculo referido no § 1° se for (em) aplicada(s) a(s) seguinte(s) ação(ões): a) aplicação de pavimentos permeáveis (blocos vazados com preenchimento de areia ou grama, asfalto poroso, concreto poroso) reduzir em 50% (cinqüenta por cento) a área que utiliza estes pavimentos; b) desconexão das calhas de telhado para superfícies permeáveis com drenagem - reduzir em 40% (quarenta por cento) a área de telhado drenada; c) desconexão das calhas de telhado para superfícies permeáveis sem drenagem - reduzir em 80% (oitenta por cento) a área de telhado drenada; d) aplicação de trincheiras de infiltração - reduzir em 80% (oitenta por cento) as áreas drenadas para as trincheiras. § 4° A aplicação das estruturas listadas no § 3º estará sujeita a autorização da Secretaria ou Departamento responsável pelo saneamento, após a devida avaliação das condições mínimas de infiltração do solo no local de implantação do empreendimento, a serem declaradas e comprovadas pelo interessado. § 5º As regras de dimensionamento e construção para as estruturas listadas no § 3° bem como para os reservatórios deverão ser obtidas no Manual de Drenagem Urbana do Plano Diretor de Drenagem Urbana, ou através do plano Diretor do município se existente. Art. 4º Após a aprovação do projeto de drenagem pluvial da edificação ou do parcelamento por parte da Secretaria ou Departamento responsável pelo saneamento, está vedada qualquer impermeabilização adicional de superfície. Parágrafo Único. A impermeabilização poderá ser realizada se houver retenção do volume adicional gerado de acordo com a equação do art. 3°, § 1°. Art. 5° Os casos omissos no presente Decreto deverão ser objeto de análise técnica da Secretaria ou Departamento responsável pelo saneamento. Art. 6º. Para determinação do cálculo da taxa de drenagem, poderá ser efetuado de acordo com a seguinte fórmula: TD = p.V Sendo: TD - taxa de drenagem - em unidade monetária vigente; p - custo médio mensal, por metro cúbico, do sistema de drenagem - em unidade monetária vigente; V - volume lançado pelo imóvel - em metros cúbicos. Art. 7º. Para o cálculo da taxa de drenagem segundo a fórmula expressa no artigo anterior, as seguintes variáveis serão consideradas: I - V = 1,072.10-7.c.i.A, sendo "V" o volume lançado pelo imóvel j - em metros cúbicos, II - "c" o coeficiente de impermeabilização - em unidades, "i" o índice pluviométrico - em milímetros por hora - Método Racional e "A" a área coberta do imóvel em metros quadrados; III - p = P/VT, sendo "P" o custo total mensal do sistema de drenagem - em unidade monetária vigente, e; PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 307 de 504 IV - "VT" o volume mensal produzido na área urbana do Município ou a somatória dos valores de "V'. Parágrafo único. O índice pluviométrico "i" será obtido segundo o Método Racional (Otto Pfafstetter), de conformidade com a seguinte fórmula: I = (3.462,7 Tr0,172) onde: (t + 22) 1,025 t - tempo de concentração - em minutos; Tr - período de retorno - em anos. Art. 8º. Os demais serviços prestados pela Secretaria ou Departamento responsável pelo saneamento,, considerados complementares aos serviços de abastecimento de água, esgotamento sanitário, coleta, transporte, tratamento e destinação final de resíduos sólidos, drenagem de águas e gestão ambiental, conforme disposto no artigo 3° deste decreto, inclusive os cortes ou religações a pedido do usuário ou por inadimplemento de contas, serão cobrados de acordo com Quadro de preços vigente na data da comunicação desses valores ao usuário. § 1° Os preços a que se refere o "caput" deste artigo deverão ser estabelecidos pela Secretaria ou Departamento responsável pelo saneamento, com base nos custos diretos médios de execução, verificados no período de apuração, acrescidos, no máximo, de até 10% (dez por cento), para cobertura dos custos indiretos e despesas administrativas. § 2° O Quadro de preços, a que se refere o "caput" deste artigo, deverá ser mantido pela Secretaria ou Departamento responsável pelo saneamento, em local de livre acesso e disponível para fornecimento aos usuários, quando requisitada, e deverá conter também as opções e condições de pagamento, se for o caso. § 3° Os serviços prestados pelo Secretaria ou Departamento responsável pelo saneamento, na forma deste artigo, serão cobrados na conta mensal a partir do primeiro mês subseqüente à prestação dos mesmos, nas condições contratadas com o usuário...) § 4° Como forma de educar e incentivar as pessoas a reterem e aproveitarem a água das chuvas, atualmente uma das soluções mais recomendadas na área de drenagem, podem ser isentos das taxas os projetos que apresentarem sistemas de armazenamento das águas pluviais dos telhados, tais como cisternas ou bacias de contenção. § 5° Também ficam isentos moradores em áreas de risco ou de baixa renda, casos a serem definidos. Considerações Gerais Referentes à Cobrança A multiplicidade de modelos de gestão pode promover diferenças nos tarifários aplicados às populações, diferindo de um município para o outro, o preço que lhes é cobrado pelos serviços. Cabe lembrar ainda que, para a cobrança da prestação de serviço público de drenagem e manejo de águas pluviais urbanas deverá ser levado em conta, também, o nível de renda da população na área atendida, implantando uma tarifa social. Por fim, a introdução da cobrança de tarifas, independente do tipo de serviços a que se refere, tem contrapartida nos próprios contribuintes, que exigirão a solução dos problemas. PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 308 de 504 8.3.3 Esgotamento Sanitário 8.3.3.1 Análise das alternativas de gestão e prestação de serviços. Vislumbrando o atendimento universal de coleta, transporte, tratamento e disposição final adequados dos esgotos sanitários, é possível prever duas situações distintas para a gestão e prestação de serviços: poder público municipal ou entidade que obtenha deste a concessão para tal. Cabe lembrar o que é considerado o serviço público de esgotamento sanitário, conforme Decreto 7217/2010, em seu Art. 9°: o “Art. 9 Consideram-se serviços públicos de esgotamento sanitário os serviços constituídos por uma ou mais das seguintes atividades: I - coleta, inclusive ligação predial, dos esgotos sanitários; II - transporte dos esgotos sanitários; III - tratamento dos esgotos sanitários; e IV - disposição final dos esgotos sanitários e dos lodos originários da operação de unidades de tratamento coletivas ou individuais, inclusive fossas sépticas. o § 1 Para os fins deste artigo, a legislação e as normas de regulação poderão considerar como esgotos sanitários também os efluentes industriais cujas características sejam semelhantes às do esgoto doméstico. o § 2 A legislação e as normas de regulação poderão prever penalidades em face de lançamentos de águas pluviais ou de esgotos não compatíveis com a rede de esgotamento sanitário.” Ainda, deve-se ter como base as seguintes diretrizes: Universalização dos serviços; Que o sistema ou tecnologia adotada para tratamento seja capaz de ao padrão de lançamento de efluentes definidos pela Resolução Consema nº 128/2006 e Resolução Consema n° 129/2006; Que ocorra regularidade e continuidade na prestação de serviços de coleta e tratamento; Que seja previsto a implantação em etapas adequadas à demanda social e às condições técnicas; Que sejam adotados métodos, técnicas e processos que considerem as peculiaridades locais e regionais, não causem risco à saúde pública e promovam o uso racional da energia, conservação e racionalização do uso da água e dos demais recursos naturais; PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 309 de 504 Que a tarifa aplicada ao serviço seja compatível com a escala econômica do usuário e com os custos de implantação e operação do sistema; Que se constituam mecanismos específicos de financiamento visando garantir a implantação de soluções de esgotamento sanitário em aglomerados rurais ou no meio disperso; Que sejam previstas nos projetos de implantação das obras, condições de minimizar as interferências com a segurança e tráfego de pessoas e veículos; Que os serviços de manutenção preventiva tenham prevalência em relação aos corretivos. Considerando o que determina a legislação sobre saneamento, para que as diretrizes supracitadas possam ser atendidas na íntegra, é necessário regulamentar as obrigações do titular do serviço: Implantar e fazer funcionar a listagem de indicadores definidas, visando o cumprimento das metas estabelecidas neste plano; Manter um sistema de informações sobre os resultados dos indicadores obtidos, visando instruir a entidade reguladora; Constituir ou delegar a competência de regulação dos serviços, conforme previsto em lei; Implantar, ou delegar a implantação, o sistema de tratamento coletivo de esgotos domésticos, bem como as devidas licenças ambientais (implantação); Operar, ou delegar a operação, os serviços de tratamento de esgotos, bem como a obtenção das licenças ambientais para operação; Ser responsável, ou a quem a mesma delegar a operação dos serviços de esgoto, pelos custos de expansão da rede coletora e respectivas ligações domiciliares, sendo definidas as metragens por legislação. Deste modo, atualmente o município de Ibirubá concedeu à Corsan a titularidade dos serviços de esgotamento sanitário, por meio do Contrato n° 71, celebrado em novembro de 2008, com validade até 18/11/2033, ou seja, 25 anos. No presente momento a coleta, transporte e tratamento dos esgotos domésticos no município é feito por meio de sistemas individuais de tratamento, por lote habitacional, por meio de fossa-séptica, filtro anaeróbio e sumidouros, sendo em alguns casos, liberado o lançamento na rede pluvial após cloração. Contudo são poucas as residências que realmente possui implantado o sistema correto de PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 310 de 504 tratamento e destinação final, estando a grande maioria dos efluentes sem tratamento, sendo lançados em solo via poços negros, situação similar aos dos outros municípios do Consórcio. Atualmente a CORSAN não faz uma participação efetiva no sistema existente, embora a determinação legal atribua responsabilidades à empresa concessionária, mesmo quando se tratam de sistemas individuais. Segundo o Decreto Federal nº 7.217, de 21 de junho de 2010, que regulamenta a Lei no 11.445, de 5 de janeiro de 2007, em seu Art. 2°, § 1o, e Art. 9°, tem-se a seguinte redação: o “§ 1 Não constituem serviço público: I - as ações de saneamento executadas por meio de soluções individuais, desde que o usuário não dependa de terceiros para operar os serviços; e ........ o o § 2 Ficam excetuadas do disposto no § 1 : ...... II - a fossa séptica e outras soluções individuais de esgotamento sanitário, quando se atribua ao Poder Público a responsabilidade por sua operação, controle ou disciplina, nos termos de norma específica. ....... o Art. 9 Consideram-se serviços públicos de esgotamento sanitário os serviços constituídos por uma ou mais das seguintes atividades: I - coleta, inclusive ligação predial, dos esgotos sanitários; II - transporte dos esgotos sanitários; III - tratamento dos esgotos sanitários; e IV - disposição final dos esgotos sanitários e dos lodos originários da operação de unidades de tratamento coletivas ou individuais, inclusive fossas sépticas. o § 1 Na ausência de rede pública de esgotamento sanitário serão admitidas soluções individuais, observadas as normas editadas pela entidade reguladora e pelos órgãos responsáveis pelas políticas ambientais, de saúde e de recursos hídricos. ” Assim sendo, a responsabilidade da implantação e operação dos sistemas individuais de tratamento de esgoto são dos proprietários, sendo a disposição final dos lodos oriundo das fossas-sépticas e filtros anaeróbios de responsabilidade dos serviços públicos, sendo que neste caso outorgou-se à CORSAN. Conforme diagnosticado, o sistema individual de tratamento de esgoto é exigido para liberação dos Alvarás de Construção e fiscalizados pelo setor técnico para liberação do habite-se, além da Autorização Ambiental . Entretanto, percebe-se uma deficiência na fiscalização, sendo que apenas os edifícios são fiscalizados quanto a implantação total do sistema. A periodicidade das limpezas e disposição final do lodo proveniente dos sistemas individuais de tratamento (fossa-sépticas e filtros) não é realizada. Pretende-se a implantação de um sistema coletivo de esgoto na área urbana do município, com atendimento de 100% da população. Para a zona rural a alternativa PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 311 de 504 existente é a permanência do sistema individual de tratamento, uma vez que não há concentração de pessoas em uma área, densidade populacional, e as propriedades são bastante distantes umas das outras, inviabilizando outra alternativa. A Corsan elaborou um projeto técnico denominado de ESTUDO TÉCNICO DE CONCEPÇÃO DOS SISTEMAS DE ÁGUA E ESGOTO para a cidade de COLORADO/RS, conforme Contrato Nº. 262/04 e Ordem de Serviço Nº. 261/08 – CORSAN. A pretensão de implantação da ETE é para o ano de 2033. Inicialmente prevê-se a coleta do esgoto de duas bacias, 01 e 06. Ainda, visando instruir a definição da gestão dos serviços será apresentada na sequência uma análise financeira das alternativas possíveis para o município avaliado. a) Projeção da vazão anual de esgotos ao longo dos 20 anos para toda a área de planejamento Análogo ao item apresentado para o consumo de água e conforme apresentado no item 6.3.6.5 Projeções do crescimento populacional, o município tem uma tendência ao crescimento da população total urbana, devendo ser considerado o incremento do crescimento populacional nas taxas de contribuição do esgoto. Os valores estão calculados com base na fórmula (4) e apresentados na tabela abaixo. Para tanto, considera-se como geração atual aquela baseada no consumo de água atual do município (144,00 litros/habitante.dia) e para cálculo teórico a recomendada pelo ministério da Saúde (200 litros/habitante.dia), conforme já mencionado. Utilizou-se como taxa máxima de consumo um incremento de 20%. V P 0,8 (1,2 QA 365) Fórmula (4) Onde: V = Volume de esgoto gerado (l) P = População atendida (n° habitantes) QA = Consumo de água (litros/habitante.dia) Tabela 51: Projeção de geração de esgoto anual (m3) para o município de Ibirubá. Ano 2010 População População Total 19.310 Urbana 15.342 Geração de Esgoto Total (atual) 974.336,26 PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Geração de Esgoto Urbano (atual) Geração de Esgoto Total (teórico) Geração de Esgoto Urbano (teórico) 774.120,50 1.353.244,80 1.075.167,36 Página 312 de 504 2011 19379 15536 977.812,69 783.901,51 1.358.073,18 1.088.752,10 2012 19448 15732 981.301,52 793.806,11 1.362.918,78 1.102.508,48 2013 19517 15931 984.802,81 803.835,85 1.367.781,68 1.116.438,68 2014 19587 16132 988.316,58 813.992,31 1.372.661,92 1.130.544,88 2015 19657 16336 991.842,90 824.277,11 1.377.559,58 1.144.829,31 2016 19727 16542 995.381,79 834.691,85 1.382.474,71 1.159.294,23 2017 19797 16751 998.933,31 845.238,18 1.387.407,38 1.173.941,92 2018 19868 16963 1.002.497,51 855.917,76 1.392.357,65 1.188.774,67 2019 19939 17177 1.006.074,42 866.732,28 1.397.325,58 1.203.794,84 2020 20010 17394 1.009.664,09 877.683,45 1.402.311,24 1.219.004,79 2021 20082 17614 1.013.266,58 888.772,98 1.407.314,69 1.234.406,91 2022 20153 17837 1.016.881,91 900.002,62 1.412.335,99 1.250.003,64 2023 20225 18062 1.020.510,14 911.374,16 1.417.375,20 1.265.797,44 2024 20297 18290 1.024.151,33 922.889,37 1.422.432,40 1.281.790,79 2025 20370 18521 1.027.805,50 934.550,08 1.427.507,63 1.297.986,22 2026 20442 18756 1.031.472,71 946.358,12 1.432.600,98 1.314.386,27 2027 20515 18992 1.035.153,00 958.315,35 1.437.712,50 1.330.993,54 2028 20589 19232 1.038.846,43 970.423,67 1.442.842,26 1.347.810,65 2029 20662 19475 1.042.553,03 982.684,97 1.447.990,32 1.364.840,23 2030 20736 19722 1.046.272,86 995.101,19 1.453.156,75 1.382.084,99 2031 20810 19971 1.050.005,96 1.007.674,30 1.458.341,61 1.399.547,63 2032 20884 20223 1.053.752,38 1.020.406,26 1.463.544,98 1.417.230,92 2033 20958 20479 1.057.512,17 1.033.299,10 1.468.766,91 1.435.137,63 8.3.3.2 Previsão de estimativas de carga e concentração de DBO e coliformes fecais (termotolerantes) ao longo dos anos, decorrentes dos esgotos sanitários gerados, segundo as alternativas (a) sem tratamento e (b) com tratamento dos esgotos (assumir eficiências típicas de remoção). Segundo Von Sperling, 1996, a concentração típica dos esgotos domésticos brutos, em termos de DBO e coliformes fecais estão apresentadas na tabela abaixo: Tabela 52: Concentração média dos esgotos brutos em termos de DBO e coliformes fecais. Parâmetro Unidade Faixa Típico DBO5 mg/l 200-500 350 Coliformes fecais org/100 ml 105-108 - PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 313 de 504 Fonte: Von Sperling, 1996. Considerando alternativas típicas de tratamento, sendo implantado sempre inicialmente um tratamento preliminar (remoção de 5% em termos de DBO) e primário (remoção de 35 – 40% em termos de DBO e 30 a 40 % em termos de coliformes) idêntico, diferenciando-se apenas na escolha do tratamento secundário, tem-se as avaliações abaixo: Tabela 53: Eficiência típica de remoção de contaminantes para esgotos. Eficiência Remoção Eficiência Remoção Coliformes DBO Fecais 0 – 5% 0% 35 – 40% 30 – 40% 70 – 90% 60 – 99,9% Lodo Ativado 85 – 93% 60 – 90% Reator biológico 85 – 93% 60 – 90% UASB 60 – 80% 60 – 90% Tratamento Preliminar Primário Lagoa anaeróbia- facultativa Adaptado de Von Sperling (1996). Tabela 54: Estimativa das concentrações e carga de DBO e coliformes após cada tratamento. Tratamento DBO Bruto Padrão Padrão Consema Coliformes Consema 128/2006 Fecais 128/2006 Coliformes DBO termotolerantes 350 10.000.000 70,00 10.000 Preliminar 332,5 10.000.000 70,00 10.000 Primário 207,81 6.500.000 70,00 10.000 41,56 1.300.000 22,86 1.625.000 22,86 1.625.000 62,34 1.625.000 Secundário – Lagoa anaeróbia Secundário – Lodo ativado Secundário – Filtro biológico UASB PMSB – IBIRUBÀ, 2014. 70,00 70,00 70,00 70,00 10.000 10.000 10.000 10.000 Página 314 de 504 O padrão Consema 128/2006 estabelecido é para vazões diárias menores menores que 3.000 m3 e maiores que 1.000 m3. A vazão diária será de no máximo 575 m3, que é o valor atual e para o decrescimento populacional (2033) será de 3.932 m3. Avaliando a tabela acima percebe-se que qualquer dos tratamentos secundários aplicados seria capaz de produzir um efluente dentro dos padrões de lançamento estabelecido na resolução. Em compensação para tratamento dos coliformes é necessário um tratamento terciário de desinfecção. Para fins de cálculo de carga e concentração de DBO e coliformes termotolerantes serão considerados os valores típicos de concentração de poluentes e as eficiências médias de cada sistema. PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 315 de 504 Tabela 55: Comparação da eficiência de DBO e coliforme após tratamentos do esgoto doméstico. Sem tratamento Tratamento Preliminar Tratamento Primário Ano População Urbana Vazão de esgoto (l) DBO (mg/l) Coliformes (org/ml) DBO Coliformes DBO Coliformes 2010 15.342 1,08E+09 3,76E+11 1,08E+17 3,57E+11 1,08E+17 2,23E+11 6,99E+16 2011 15.536 1,09E+09 3,81E+11 1,09E+17 3,62E+11 1,09E+17 2,26E+11 7,08E+16 2012 15.732 1,10E+09 3,86E+11 1,10E+17 3,67E+11 1,10E+17 2,29E+11 7,17E+16 2013 15.931 1,12E+09 3,91E+11 1,12E+17 3,71E+11 1,12E+17 2,32E+11 7,26E+16 2014 16.132 1,13E+09 3,96E+11 1,13E+17 3,76E+11 1,13E+17 2,35E+11 7,35E+16 2015 16.336 1,14E+09 4,01E+11 1,14E+17 3,81E+11 1,14E+17 2,38E+11 7,44E+16 2016 16.542 1,16E+09 4,06E+11 1,16E+17 3,85E+11 1,16E+17 2,41E+11 7,54E+16 2017 16.751 1,17E+09 4,11E+11 1,17E+17 3,90E+11 1,17E+17 2,44E+11 7,63E+16 2018 16.963 1,19E+09 4,16E+11 1,19E+17 3,95E+11 1,19E+17 2,47E+11 7,73E+16 2019 17.177 1,20E+09 4,21E+11 1,20E+17 4,00E+11 1,20E+17 2,50E+11 7,82E+16 2020 17.394 1,22E+09 4,27E+11 1,22E+17 4,05E+11 1,22E+17 2,53E+11 7,92E+16 2021 17.614 1,23E+09 4,32E+11 1,23E+17 4,10E+11 1,23E+17 2,57E+11 8,02E+16 2022 17.837 1,25E+09 4,38E+11 1,25E+17 4,16E+11 1,25E+17 2,60E+11 8,13E+16 2023 18.062 1,27E+09 4,43E+11 1,27E+17 4,21E+11 1,27E+17 2,63E+11 8,23E+16 2024 18.290 1,28E+09 4,49E+11 1,28E+17 4,26E+11 1,28E+17 2,66E+11 8,33E+16 2025 18.521 1,30E+09 4,54E+11 1,30E+17 4,32E+11 1,30E+17 2,70E+11 8,44E+16 2026 18.756 1,31E+09 4,60E+11 1,31E+17 4,37E+11 1,31E+17 2,73E+11 8,54E+16 2027 18.992 1,33E+09 4,66E+11 1,33E+17 4,43E+11 1,33E+17 2,77E+11 8,65E+16 PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 316 de 504 2028 19.232 1,35E+09 4,72E+11 1,35E+17 4,48E+11 1,35E+17 2,80E+11 8,76E+16 2029 19.475 1,36E+09 4,78E+11 1,36E+17 4,54E+11 1,36E+17 2,84E+11 8,87E+16 2030 19.722 1,38E+09 4,84E+11 1,38E+17 4,60E+11 1,38E+17 2,87E+11 8,98E+16 2031 19.971 1,40E+09 4,90E+11 1,40E+17 4,65E+11 1,40E+17 2,91E+11 9,10E+16 2032 20.223 1,42E+09 4,96E+11 1,42E+17 4,71E+11 1,42E+17 2,95E+11 9,21E+16 2033 20.479 1,44E+09 5,02E+11 1,44E+17 4,77E+11 1,44E+17 2,98E+11 9,33E+16 Lagoa anaeróbia-facultativa Lodo ativado Filtro Biológico UASB DBO Coliformes DBO Coliformes DBO Coliformes DBO Coliformes 4,47E+10 1,40E+16 2,46E+10 1,75E+16 2,46E+10 1,75E+16 6,70E+10 1,75E+16 4,53E+10 1,42E+16 2,49E+10 1,77E+16 2,49E+10 1,77E+16 6,79E+10 1,77E+16 4,58E+10 1,43E+16 2,52E+10 1,79E+16 2,52E+10 1,79E+16 6,87E+10 1,79E+16 4,64E+10 1,45E+16 2,55E+10 1,81E+16 2,55E+10 1,81E+16 6,96E+10 1,81E+16 4,70E+10 1,47E+16 2,58E+10 1,84E+16 2,58E+10 1,84E+16 7,05E+10 1,84E+16 4,76E+10 1,49E+16 2,62E+10 1,86E+16 2,62E+10 1,86E+16 7,14E+10 1,86E+16 4,82E+10 1,51E+16 2,65E+10 1,88E+16 2,65E+10 1,88E+16 7,23E+10 1,88E+16 4,88E+10 1,53E+16 2,68E+10 1,91E+16 2,68E+10 1,91E+16 7,32E+10 1,91E+16 4,94E+10 1,55E+16 2,72E+10 1,93E+16 2,72E+10 1,93E+16 7,41E+10 1,93E+16 5,00E+10 1,56E+16 2,75E+10 1,96E+16 2,75E+10 1,96E+16 7,50E+10 1,96E+16 5,07E+10 1,58E+16 2,79E+10 1,98E+16 2,79E+10 1,98E+16 7,60E+10 1,98E+16 PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 317 de 504 5,13E+10 1,60E+16 2,82E+10 2,01E+16 2,82E+10 2,01E+16 7,70E+10 2,01E+16 5,20E+10 1,63E+16 2,86E+10 2,03E+16 2,86E+10 2,03E+16 7,79E+10 2,03E+16 5,26E+10 1,65E+16 2,89E+10 2,06E+16 2,89E+10 2,06E+16 7,89E+10 2,06E+16 5,33E+10 1,67E+16 2,93E+10 2,08E+16 2,93E+10 2,08E+16 7,99E+10 2,08E+16 5,39E+10 1,69E+16 2,97E+10 2,11E+16 2,97E+10 2,11E+16 8,09E+10 2,11E+16 5,46E+10 1,71E+16 3,00E+10 2,14E+16 3,00E+10 2,14E+16 8,19E+10 2,14E+16 5,53E+10 1,73E+16 3,04E+10 2,16E+16 3,04E+10 2,16E+16 8,30E+10 2,16E+16 5,60E+10 1,75E+16 3,08E+10 2,19E+16 3,08E+10 2,19E+16 8,40E+10 2,19E+16 5,67E+10 1,77E+16 3,12E+10 2,22E+16 3,12E+10 2,22E+16 8,51E+10 2,22E+16 5,74E+10 1,80E+16 3,16E+10 2,25E+16 3,16E+10 2,25E+16 8,62E+10 2,25E+16 5,82E+10 1,82E+16 3,20E+10 2,27E+16 3,20E+10 2,27E+16 8,73E+10 2,27E+16 5,89E+10 1,84E+16 3,24E+10 2,30E+16 3,24E+10 2,30E+16 8,84E+10 2,30E+16 5,96E+10 1,87E+16 3,28E+10 2,33E+16 3,28E+10 2,33E+16 8,95E+10 2,33E+16 PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 318 de 504 6,00E+11 DBO (mg/l) 5,00E+11 Lagoa 4,00E+11 Filtro Biológico e Lodo Ativado 3,00E+11 UASB 2,00E+11 Bruto 1,00E+11 20 10 20 12 20 14 20 16 20 18 20 20 20 22 20 24 20 26 20 28 20 30 20 32 0,00E+00 Período 5,20E+16 Lagoa 4,20E+16 3,20E+16 Lodo ativado, UASB e Filtro Biológico 2,20E+16 Bruto 1,20E+16 2032 2030 2028 2026 2024 2022 2020 2018 2016 2014 2012 2,00E+15 2010 Coliformes Termotolerantes (org/100ml) Figura 82: Comparação da carga poluidora de DBO a ser lançada anualmente para a população no decorrer dos próximos 20 anos, com diferentes tratamentos. Período Figura 83: Comparação da concentração de coliformes termotolerantes a ser lançada anualmente para a população no decorrer dos próximos 20 anos, com diferentes tratamentos. 8.3.3.3 Definição de alternativas técnicas de engenharia para atendimento da demanda calculada. Basicamente devem-se ser levadas em consideração na decisão para a melhor tecnologia a ser adotada para tratamento de esgotos alguns critérios básicos: Eficiência do tratamento: se este será capaz de enquadrar o esgoto nos parâmetros de lançamento estabelecidos por lei; Área disponível para implantação da ETE: dependendo do tratamento eleito há um requisito de área para implantação; Demanda de energia; Custos de implantação e operação dos sistemas; Quantidade de lodo gerado para um posterior tratamento (digestão); Facilidade operacional. PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 319 de 504 Tabela 56: Comparativo para decisão de escolha da melhor tecnologia para tratamento do esgoto Tratamento Eficiência Eficiência Custos Custos Requisitos Requisitos Geração do Simplicidade DBO Coliformes Implantação Operação e de Área Potência lodo Operacional Termotolerantes (R$/hab) Manutenção (m2/hab) (W/hab) (L/hab.ano) (R$/hab) Lagoa anaeróbia Lodo ativado Filtro biológico UASB 70 – 90% 60 – 99,9% 30-75 2-4 1,2-3 0 20-60 +++++ 85 – 93% 60 – 90% 100-160 10-20 0,12-0,25 2,5-4,5 35-90 + 85 – 93% 60 – 90% 120-150 10-15 0,15-0,3 0 35-80 +++ 60 – 80% 60 – 90% 30-50 2,5-3,5 0,03-0,1 0 10-35 ++++ Adaptada de Von Sperling (1996 e 2005). +++++: mais favorável +: menos favorável PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 320 de 504 Tabela 57: Comparativo entre as vantagens e desvantagens dos sistemas secundários de tratamento de esgotos. Tratamento Vantagens Satisfatória Desvantagens eficiência de Elevados requisitos de área remoção de DBO Razoável eficiência de Dificuldade em satisfazer padrões de remoção de patógenos lançamento restritivos Simplicidade de construção, Descaso na operação pode levar a operação e manutenção crescimento vegetal e proliferação de insetos Reduzidos Lagoa anaeróbia custos de Possível necessidade de remoção de operação e implantação algas Ausência de equipamentos Performance variável com condições mecânicos climáticas (temperatura e insolação) Requisitos energéticos Possibilidade de maus odores praticamente nulos Satisfatória resistência a Necessidade de afastamento de zonas variações de carga Remoção do lodo residenciais com Eventual necessidade de estações períodos superiores a 20 elevatórias para recirculação do efluente anos em caso de maus odores Elevada eficiência de Baixa remoção de DBO; eficiência de remoção de coliformes Possibilidade de remoção Elevados custos de operação biológica de N e P implantação Baixos requisitos de área Elevado consumo de energia e Confiabilidade, desde que Necessidade de operação sofisticada monitorado Lodo ativado Reduzida possibilidade de Elevado índice de mecanização maus odores, insetos e vermes Flexibilidade operacional Sensível a descargas tóxicas Necessidade de tratamento completo do lodo Possíveis problemas ambientais com ruído e aerossóis Filtro Elevada eficiência PMSB – IBIRUBÀ, 2014. de Baixa eficiência de remoção de Página 321 de 504 biológico remoção de DBO; coliformes Nitrificação frequente Elevados custos de implantação Requisitos de área Menor relativamente baixos flexibilidade operacional que lodos ativados Confiabilidade, desde que Relativa dependência da temperatura monitorado do ar Reduzida possibilidade de Requisitos de área maior que em filtros maus odores, insetos e biológicos de alta carga vermes Mais simples Sensível a descargas tóxicas conceitualmente que lodos ativados Índice de mecanização Necessidade de remoção da umidade relativamente baixo Equipamentos do lodo mecânicos Possíveis problemas ambientais com simples moscas Estabilização do lodo no Elevada perda de carga próprio filtro Elevada eficiência de Dificuldade em satisfazer padrões de remoção de DBO; lançamento restritivos Baixos requisitos de área Baixa eficiência de remoção de coliformes Reduzidos custos de Remoção de N e P praticamente nula operação e implantação Reduzido consumo de Possibilidade de geração de efluente energia UASB com aspecto desagradável Possibilidade de uso Possibilidade de geração de maus energético do biogás Não necessita de odores, porém controláveis meio Sensível a descargas tóxicas suporte Construção, operação e Usualmente manutenção simples necessita de pós- tratamento Baixíssima produção de lodo Lodo com ótima desidratação Estabilização do lodo no PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 322 de 504 próprio reator Necessidade apenas de disposição final do lodo Rápido retorno a operação Adaptada de Von Sperling (2005). Avaliando as tabelas acima as alternativas mais coerentes seriam o tratamento primário com UASB e um tratamento secundário, podendo ser este por meio de filtro biológico ou tratamento secundário via lodos ativados. Como a tendência populacional do município é crescente, desconsideram-se técnicas como lagoas de anaeróbias/estabilização. Assim sendo as opções de tratamento consideradas serão as seguintes: 1º. Utilizando reator UASB: 1) Pré-Tratamento: gradeamento, caixa de areia e caixa de gordura. Responsável pela retenção de sólidos grosseiros, sólidos decantáveis e gordura; 2) Tratamento Primário: reator tipo UASB; 3) Tratamento Secundário: Biofiltros Aerados Submersos. Remoção de compostos orgânicos e nitrogênio solúvel, chegando a 90% de eficiência global na remoção de matéria orgânica; 4) Decantador Secundário: Remoção de lodo por sedimentação e clarificação do efluente; 5) Desinfecção por adição de hipoclorito de sódio em tanque de contato; 6) Leitos de Secagem de Lodos: Tanques regulares desenvolvidos segundo a NBR 570/89 para drenagem dos lodos e diminuição de volume, para posterior disposição final; 2º. Utilizando lodos ativados: 1) Pré-Tratamento: gradeamento, caixa de areia e caixa de gordura. Responsável pela retenção de sólidos grosseiros, sólidos decantáveis e gordura; 2) Tratamento Primário: Decantador primário e tanque de equalização; 3) Tratamento Secundário: Tanque de aeração – lodo ativado; 4) Decantador Secundário: Remoção de lodo por sedimentação e clarificação do efluente; PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 323 de 504 5) Digestor de lodo; 6) Leitos de Secagem de Lodos: Tanques regulares desenvolvidos segundo a NBR 570/89 para drenagem dos lodos e diminuição de volume, para posterior disposição final; Nas 2 alternativas a eficiência de remoção de DBO chega a 90% combinando os níveis de tratamento. Ainda, parâmetros como sólidos suspensos, DQO e Nitrogênio amoniacal estariam dentro dos padrões para lançamento. O sistema proposto pela CORSAN para tratamento é composto pela seguinte sequencia: Tratamento preliminar, com grade manual e caixa de areia (uma operativa e uma de reserva); Tratamento primário por reatores anaeróbios de fluxo ascendente; Tratamento secundário por filtros biológicos aerados submersos; Tratamento terciário realizado em parte nos filtros biológicos aerados submersos, (nitrificação), complementado por unidades de floculação e decantação, seguidas por banhados construídos (responsáveis pelo polimento final do efluente tratado). O tratamento proposto é considerado eficiente teoricamente, bastante similar a 1° opção vislumbrada. Avaliando os custos para implantação dos sistemas, com base nos gráficos abaixo, para uma vazão máxima de 46,00 l/s (considerando os cálculos de crescimento populacional apresentados até 2033), tem-se os seguintes valores para implantação da ETE: 1º. Opção – R$ 4.000.000,00; 2º. Opção – R$ 5.500.000,00. Deste modo, a alternativa economicamente mais favorável seria a opção 1, via tratamento UASB, seguido de biofiltro. PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 324 de 504 Figura 84: Custo de implantação de ETE com reatores biológicos (UASB). Fonte: Engeplus, 2012. Figura 85: Custo de implantação de ETE com lodos ativados. Fonte: Engeplus, 2012. Cabe ressaltar que estes custos não consideram as estações de bombeamento nem as redes coletoras, reclaques, etc. Apenas servem para definição do sistema de tratamento a ser implantado. b) Comparação das alternativas de tratamento local dos esgotos (na bacia), ou centralizado (fora da bacia, utilizando alguma estação de tratamento de esgotos em conjunto com outra área), justificando a abordagem selecionada; PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 325 de 504 Para avaliar a possibilidade de centralização e descentralização da implantação da ETE, considerando a realidade do município, que não dispõe ainda de nenhum tratamento coletivo de esgotos sanitários, seja centralizado ou descentralizado, tampouco possibilidade de tratamento fora da bacia, será considerada a possibilidade de utilização de uma única ETE, com estações elevatórias de esgoto – EEE ou de várias ETEs com um número menor de EEE, tendo em vista que o município possui 9 microbacias sanitárias. Para Neto e Campos (1999), em relação à descentralização da implantação de uma ETE, a tomada de decisão deve ser orientada pela disponibilidade de espaço e pela configuração do sistema de esgotamento já existente. Adotar mais de uma ETE tende a resultar em menores custos de transporte do esgoto. Dentro de certos limites, o tratamento concentrado tende a reduzir o custo por metro cúbico de esgoto tratado à medida que aumenta a capacidade produtiva de uma estação. Várias estações poderão necessitar de um número maior de funcionários e tendem a ampliar a complexidade dos serviços de controle. Considerando a realidade brasileira, Morais et al. (1999), afirma que a possibilidade de construção gradativa do sistema representa a principal vantagem da opção condominial (ou descentralizada). A flexibilidade quanto à ampliação ou redução do sistema é uma característica importante, sobretudo para municípios de população flutuante. Costa et al. (2003) explicam que o condomínio (descentralização) resulta de uma delimitação que pode ser um quarteirão, uma quadra ou algo equivalente conforme cada cidade. Neto (1999) enfatiza que a participação da comunidade pode limitar-se a compreensão do sistema e ao pagamento pelo serviço, mas poderá ampliar-se, orientando as ações a partir do ponto de vista da comunidade e, até mesmo, contribuindo com a execução física das obras de implantação do sistema. Tendo por base que optou-se pelo tratamento via UASB, deverá ser comparada a opção de implantação de uma ou mais ETEs para atendimento das bacias hidrosanitárias. Cabe ressaltar aqui que não serão abordados neste momento custos de implantação de rede, energia elétrica, mão de obra para operação e insumos. Considerado as microbacias existentes no município e as vazões das bacias e potências exigidas, seguindo o projetado no Estudo Técnico Conceptivo (ETC) para os Sistemas de Abastecimento de Água (SAA) e Esgotamento Sanitário (SES) – CORSAN, 2012, Ibirubá, apenas para fins de cálculo de cenários, tem-se: PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 326 de 504 Tabela 58: Vazões de contribuição de esgoto estimadas para cada microbacia e custo de implantação da ETE por vazão tratada. Vazão média efluente* Custo implantação (R$), segundo Engeplus (l/s) (2012) 1 2,02 400.000,00 2 9,98 800.000,00 3 2,29 420.000,00 4 14,22 1.200.000,00 5 5,03 600.000,00 6 5,84 680.000,00 7 9,88 800.000,00 8 5,76 680.000,00 9 3,11 450.000,00 Microbacia* Total 6.030.000,00 Fonte*: Elaboração de Estudo Técnico Conceptivo (ETC) para os Sistemas de Abastecimento de Água (SAA) e Esgotamento Sanitário (SES) – CORSAN, 2012, Ibirubá. Figura 86: Custo de implantação de ETE com reatores biológicos (UASB). Fonte: Engeplus, 2012, vazão até 40 l/s. Hipoteticamente, um sistema proposto é composto por 3 EEE, sendo as potências requeridas para as bombas. Tabela 59: Potências medas das EEE e custo aproximado para implantação. EEE/Microbacia Potências das bombas (CV) EEE1 1,00 PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Custo aproximado (R$) 210.000,00 Página 327 de 504 EEE3 3,00 220.000,00 EEE9 30,00 540.000,00 Total 970.000,00 Fonte: Elaboração de Estudo Técnico Conceptivo (ETC) para os Sistemas de Abastecimento de Água (SAA) e Esgotamento Sanitário (SES) – CORSAN, 2012, Ibirubá. Figura 87: Custo de implantação de EEE por potência da bomba. Fonte: Engeplus, 2012. Figura 88: Custo de implantação dos emissários em função do diâmetro da tubulação Fonte: Engeplus, 2012. Deste modo, ter-se-iam dois cenários hipotéticos: Cenário 1: 1 ETE e 3 EEE: R$ 4.970.000,00 Cenário 2: 9 ETEs compactas: R$6.030.000,00 PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 328 de 504 Conclui-se que a opção de uma ETE centralizada para o município seria a de menor custo de implantação. Abaixo, tem-se as bacias hidrosanitárias existentes no município, definidas pelo estudo da CORSAN. Figura 89: Microbacias existentes na zona urbana de Ibirubá, sendo necessárias 3 EE. 8.3.3.4 Cálculo da viabilidade econômica Esta etapa fará uma avaliação inicial, teórica, visto que não foram elaborados projetos técnicos, tampouco levantamentos precisos de áreas e distanciamentos, do custo da implantação e das taxas mínimas a serem cobradas para disponibilização do serviço aos munícipes. Estes cálculos consideraram os valores de implantação e operação das ETEs, bem como implantação das redes coletoras. A partir dos custos totais calculou-se o valor presente líquido (VPL) de cada cenário considerando taxa mínima de atratividade – TMA de 12% ao ano. Parâmetros de projeto: População atendida futuramente: 20.479 habitantes – zona urbana; TMA ao ano: 12%; Consumo líquido de água: 125,00 l/hab.dia (dado real hoje no município); Coeficiente de máxima vazão diária: 1,2 PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 329 de 504 Taxa de retorno: 80% Tarifas de esgoto: 70% do valor cobrado como taxa mínima de abastecimento de água (R$3,86/m3); Custo implantação total da ETE (com todas as unidades de tratamento): ETE equipamentos: R$ 4.000.000,00 Estações elevatórias (3): R$ 970.000,00 Emissários: R$ 25.000,00 Rede: R$ 34.800.000,00 Total Geral: R$ 39.795.000,00 Conforme Estudo Técnico Conceptivo (ETC) para os Sistemas de Abastecimento de Água (SAA) e Esgotamento Sanitário (SES) – CORSAN, 2012, Ibirubá, o custo de implantação da unidade de tratamento de esgoto sanitário ficou assim estimada: Tabela 60: Custos de implantação do sistema de esgotamento sanitário para o município de Ibirubá, pretendendo alcance para 30 anos. Unidade do sistema INVESTIMENTOS (R$) Total “Per capita” Rede coletora e coletores tronco 36.460.421,00 1.839 Estações de bombeamento 682.563,00 25 Estação de tratamento 7.170.607,00 362 Emissário final 16.741,00 1 Total 44.330.332,00 2.236 PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 330 de 504 Tabela 61: Avaliação dos custos de implantação da ETE com recursos próprios (via verbas Federais). Ano 2010 Populaçã Volume de o água abastecid consumido a (l/ano) 15.342 2011 15536 2012 15732 2013 15931 2014 16132 2015 16336 2016 16542 2017 16751 2018 16963 699978750,0 0 708822981,5 1 717778959,8 8 726848097,0 4 736031822,7 4 745331584,8 2 754748849,4 0 764285101,1 1 773941843,3 6 PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Implantação Própria Volume de esgoto Receita anual (m3/ano) 671.979,60 680.470,06 689.067,80 697.774,17 706.590,55 715.518,32 724.558,90 733.713,70 742.984,17 R$ 1.814.344,92 Pagamento ETE Rede R$ R$ R$ 4.970.000,0 34.800.000,0 20.000.000,0 0 0 0 Inv. Operação Total de operação R$ R$ 613.680,00 20.613.680,0 0 R$ R$ R$ R$ 1.837.269,17 859.565,00 621.433,85 1.480.998,85 R$ R$ R$ R$ 1.860.483,06 859.565,00 629.285,66 1.488.850,66 R$ R$ R$ R$ 1.883.990,27 859.565,00 637.236,69 1.496.801,69 R$ R$ R$ R$ 1.907.794,48 859.565,00 645.288,17 1.504.853,17 R$ R$ R$ R$ 1.931.899,47 859.565,00 653.441,39 1.513.006,39 R$ R$ R$ R$ 1.956.309,02 859.565,00 661.697,62 1.521.262,62 R$ R$ R$ R$ 1.981.026,98 859.565,00 670.058,17 1.529.623,17 R$ R$ R$ R$ 2.006.057,26 859.565,00 678.524,36 1.538.089,36 Página 331 de 504 2019 17177 2020 17394 2021 17614 2022 17837 2023 18062 2024 18290 2025 18521 2026 18756 2027 18992 2028 19232 2029 19475 2030 19722 783720598,5 5 793622908,3 1 803650333,7 6 813804455,7 3 824086875,0 3 834499212,6 9 845043110,2 4 855720229,9 4 866532255,0 5 877480890,0 9 888567861,1 4 899794916,0 PMSB – IBIRUBÀ, 2014. 752.371,77 761.877,99 771.504,32 781.252,28 791.123,40 801.119,24 811.241,39 821.491,42 831.870,96 842.381,65 853.025,15 863.803,12 R$ R$ R$ R$ 2.031.403,79 859.565,00 687.097,51 1.546.662,51 R$ R$ R$ R$ 2.057.070,58 859.565,00 695.778,99 1.555.343,99 R$ R$ R$ R$ 2.083.061,67 859.565,00 704.570,16 1.564.135,16 R$ R$ R$ R$ 2.109.381,15 859.565,00 713.472,40 1.573.037,40 R$ R$ R$ R$ 2.136.033,18 859.565,00 722.487,12 1.582.052,12 R$ R$ R$ R$ 2.163.021,96 859.565,00 731.615,75 1.591.180,75 R$ R$ R$ R$ 2.190.351,74 859.565,00 740.859,71 1.600.424,71 R$ R$ R$ R$ 2.218.026,84 859.565,00 750.220,48 1.609.785,48 R$ R$ R$ R$ 2.246.051,61 859.565,00 759.699,51 1.619.264,51 R$ R$ R$ R$ 2.274.430,47 859.565,00 769.298,31 1.628.863,31 R$ R$ R$ R$ 2.303.167,90 859.565,00 779.018,40 1.638.583,40 R$ R$ R$ R$ Página 332 de 504 6 2031 19971 2032 20223 2033 20479 911163824,8 3 922676379,7 5 934334395,8 1 874.717,27 885.769,32 896.961,02 Tota 18703167,5 l 9 VPL 2.332.268,42 859.565,00 788.861,30 1.648.426,30 R$ R$ R$ R$ 2.361.736,63 859.565,00 798.828,56 1.658.393,56 R$ R$ R$ R$ 2.391.577,18 859.565,00 808.921,76 1.668.486,76 R$ R$ R$ R$ 2.421.794,75 859.565,00 819.142,48 1.678.707,48 R$ R$ R$ R$ R$ 50.498.552,4 39.770.000,0 39.769.995,0 17.080.518,3 56.850.513,3 9 0 0 4 4 R$ R$ R$ 5.701.478,8 15.393.992,8 23.780.799,5 1 0 2 R$ R$ 5.206.829,97 28.987.629,4 9 Custo Marginal (R$/m3) R$5,08 Fonte: Inova Consultoria Ambiental. PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 333 de 504 Observando os cálculos acima o sistema, nestes moldes de cobrança (taxa do esgoto tarifada como 70% da tarifa básica de abastecimento de água) a receita marginal seria de R$ 2,70/m3, de esgoto tratado. Cabe ressaltar que o período estabelecido pela CORSAN difere do estudado, tendo em vista o lapso temporal de 10 anos. Implantando uma ETE própria o custo marginal sairia por R$ 5,08/m3, devendo esta ser a taxa mínima aplicada para fins de estabilidade financeira do sistema, pretendendo-se quitação em 20 anos, horizonte temporal do PMSB. 8.3.4 Resíduos Sólidos 8.3.4.1 Planilha com estimativas anuais dos volumes de produção de resíduos sólidos classificados em (1) total, (2) reciclado, (3) compostado e (4) aterrado Para avaliação da geração dos resíduos sólidos domésticos do município de Ibirubá, foram considerados os dados levantados neste trabalho e apresentados no diagnóstico, onde se mostra que o município gera cerca de 6.951,6 toneladas/ano de resíduos sólidos. Considerando o valor apresentado por ano, e ainda relacionando com a população atendida provável, podemos dizer que o município tem uma geração de 1,00 Kg/hab/dia, sendo este um valor considerado acima da média do porte do município, enfatizando que o dado não é o real existente, mas sim, oriundo de uma falta de controle operacional das cargas recebidas junto a unidade de destinação final do município. Com base nos valores levantados por Konrad et al. (2011), onde foi avaliado a geração de resíduos sólidos domésticos em um município do Rio Grande do Sul com características similares ao aqui apresentado, a média de geração diária de RSU em Ibirubá deveria ser de 0,50 Kg/hab. Entretanto, como este foi o dado diagnosticado ele será utilizado para fins de prognóstico. Além disso, se considerar que a coleta em zona rural não é diária e o volume coletado é insignificante, será considerada a população atendida apenas a urbana para fins de cálculo, tendo deste modo uma geração diária de 1,258 Kg/hab.dia. Na avaliação das estimativas de volumes gerados anualmente, entre estes a geração total, o potencial para a reciclagem, o volume passível de ser compostado e o volume destinado para o aterro sanitário (aqui considerado rejeito), serão consideradas densidades diferentes para a massa dos resíduos elencados, sendo as mesmas visualizadas na tabela abaixo, as quais são respaldadas por Schmitz (2012) e Conzatti (2012). PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 334 de 504 Tabela 62: Densidade dos resíduos sólidos domésticos do município de Ibirubá. Densidade em Kg/m3 Resíduos Total gerados 250 Potencial para Reciclagem 96 Potencial para compostagem 600 Rejeito (Destino ao Aterro Sanitário sem compactação) 300 Fonte: Schmitz (2012) e Conzatti (2012). Considerando a densidade dos resíduos, bem como, que o município de Ibirubá tem como característica na geração de resíduos sólidos domésticos, a divisão dos resíduos em 25% passíveis de reciclagem, 50% passíveis de compostagem e 25% de rejeitos, podemos apresentar uma projeção de geração anual com um horizonte de 20 anos, conforme tabela abaixo, dado confirmado pelo diagnóstico realizado. Tabela 63: Estimativa de geração de resíduos sólidos domésticos urbanos para o Município de Ibirubá considerando sua massa. Popula An ção o atendid Geração Passível de Reciclado Rejeito Geração a (t/dia) compostagem (t/ano) (t/ano) (t/ano) (t/ano) 15.342 19,30 9,65 4,83 4,83 7044,59 15536 19,54 9,77 4,89 4,89 7133,59 15732 19,79 9,90 4,95 4,95 7223,73 15931 20,04 10,02 5,01 5,01 7315,00 16132 20,29 10,15 5,07 5,07 7407,42 16336 20,55 10,28 5,14 5,14 7501,02 16542 20,81 10,41 5,20 5,20 7595,79 17 16751 21,07 10,54 5,27 5,27 7691,77 20 16963 21,34 10,67 5,33 5,33 7788,95 20 10 20 11 20 12 20 13 20 14 20 15 20 16 20 PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 335 de 504 18 20 19 17177 21,61 10,80 5,40 5,40 7887,36 17394 21,88 10,94 5,47 5,47 7987,02 17614 22,16 11,08 5,54 5,54 8087,94 17837 22,44 11,22 5,61 5,61 8190,13 18062 22,72 11,36 5,68 5,68 8293,61 18290 23,01 11,50 5,75 5,75 8398,40 18521 23,30 11,65 5,83 5,83 8504,51 18756 23,59 11,80 5,90 5,90 8611,97 18992 23,89 11,95 5,97 5,97 8720,78 19232 24,19 12,10 6,05 6,05 8830,97 19475 24,50 12,25 6,13 6,13 8942,55 19722 24,81 12,40 6,20 6,20 9055,54 19971 25,12 12,56 6,28 6,28 9169,95 20223 25,44 12,72 6,36 6,36 9285,82 20479 25,76 12,88 6,44 6,44 9403,14 20 20 20 21 20 22 20 23 20 24 20 25 20 26 20 27 20 28 20 29 20 30 20 31 20 32 20 33 Fonte: Inova Consultoria Ambiental. Considera-se que os dados apresentados se referem ao setor urbano do município, pois o setor rural tem coletas pontuais e representa uma parcela pequena da população total do município, onde no momento é difícil fazer uma estimativa, porém, entende-se que estes dados também devam ser levantados e incluídos na primeira revisão do plano em 2 anos. PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 336 de 504 Na avaliação dos resíduos sólidos domésticos gerados pelo município de Ibirubá, assim como apresentou-se a geração em massa, na tabela abaixo, apresenta-se a geração em termos de volume. Tabela 64: Estimativa de geração de resíduos sólidos domésticos urbanos para o Município de Ibirubá considerando seu volume. População Ano atendida Geração Passível de Produção (setor urbano) (m3/dia) compostagem 2010 15.342 77,20 38,60 19,30 19,30 28.178,34 2011 15536 78,18 39,09 19,54 19,54 28.534,38 2012 15732 79,16 39,58 19,79 19,79 28.894,91 2013 15931 80,16 40,08 20,04 20,04 29.260,00 2014 16132 81,18 40,59 20,29 20,29 29.629,70 2015 16336 82,20 41,10 20,55 20,55 30.004,07 2016 16542 83,24 41,62 20,81 20,81 30.383,17 2017 16751 84,29 42,15 21,07 21,07 30.767,06 2018 16963 85,36 42,68 21,34 21,34 31.155,80 2019 17177 86,44 43,22 21,61 21,61 31.549,46 2020 17394 87,53 43,76 21,88 21,88 31.948,08 2021 17614 88,63 44,32 22,16 22,16 32.351,75 2022 17837 89,75 44,88 22,44 22,44 32.760,51 2023 18062 90,89 45,44 22,72 22,72 33.174,44 2024 18290 92,04 46,02 23,01 23,01 33.593,60 2025 18521 93,20 46,60 23,30 23,30 34.018,06 2026 18756 94,38 47,19 23,59 23,59 34.447,87 2027 18992 95,57 47,79 23,89 23,89 34.883,12 2028 19232 96,78 48,39 24,19 24,19 35.323,87 2029 19475 98,00 49,00 24,50 24,50 35.770,19 2030 19722 99,24 49,62 24,81 24,81 36.222,14 2031 19971 100,49 50,25 25,12 25,12 36.679,81 2032 20223 101,76 50,88 25,44 25,44 37.143,26 2033 20479 103,05 51,52 25,76 25,76 37.612,57 Reciclado Rejeito m3/ano Fonte: Inova Consultoria Ambiental. PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 337 de 504 8.3.4.2 Metodologia para o cálculo dos custos da prestação dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos, bem como a forma de cobrança desses serviços Para avaliação dos custos relacionados com os serviços públicos de limpeza urbana e o manejo dos resíduos sólidos do município de Ibirubá, se buscou uma orientação destes valores em municípios com características similares, neste caso em função da população urbana, o município de referência foi Seberi/RS, o qual é participante do Sistema de Gerenciamento Consorciado dos Resíduos Sólidos SIGRES. Considerando o município referência, o município de Ibirubá deverá visualizar um investimento de R$ 60,00/tonelada para a destinação final de seus resíduos e R$ 65,00/tonelada para a coleta e transporte dos mesmos. Observa-se que a escolha por um município de referência se fez em virtude da dificuldade de se conseguir valores que possam expressar os reais custos de coleta, transporte e destinação final de resíduos sólidos domésticos, sendo a referência aqui considerada, um município com características similares a Ibirubá, e que já possui um histórico confiável em relação a custos com gerenciamento de resíduos. Na Tabela 66 estão expressos os valores a serem gastos com a coleta e destinação final dos RSU, considerando a geração anual em toneladas de Ibirubá. Observa-se que não estão sendo considerados aqui a receita com a venda de materiais recicláveis, pois os custos de realizar a coleta diferenciada (coleta seletiva) dos resíduos poderão ser custeados com esta receita. A taxa anual para fins de reajustes foi considerada de 12%. PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 338 de 504 Tabela 65: Estimativa de gastos anuais na coleta, transporte e destinação final dos RSU. Ano População Geração T/ano Custo com a Custo com a destinação coleta final R$ R$ Custo Total R$ 2010 15.342 7044,59 457.898,10 422.675,17 880.573,27 2011 15536 7133,59 463.683,64 428.015,67 891.699,31 2012 15732 7223,73 469.542,28 433.423,65 902.965,93 2013 15931 7315,00 475.474,95 438.899,95 914.374,91 2014 16132 7407,42 481.482,58 444.445,46 925.928,03 2015 16336 7501,02 487.566,11 450.061,02 937.627,13 2016 16542 7595,79 493.726,51 455.747,55 949.474,05 2017 16751 7691,77 499.964,74 461.505,92 961.470,66 2018 16963 7788,95 506.281,80 467.337,04 973.618,84 2019 17177 7887,36 512.678,67 473.241,85 985.920,51 2020 17394 7987,02 519.156,36 479.221,26 998.377,62 2021 17614 8087,94 525.715,90 485.276,22 1.010.992,12 2022 17837 8190,13 532.358,32 491.407,68 1.023.766,01 2023 18062 8293,61 539.084,67 497.616,62 1.036.701,29 2024 18290 8398,40 545.896,00 503.904,00 1.049.800,01 2025 18521 8504,51 552.793,40 510.270,83 1.063.064,23 2026 18756 8611,97 559.777,95 516.718,10 1.076.496,05 2027 18992 8720,78 566.850,74 523.246,84 1.090.097,58 2028 19232 8830,97 574.012,90 529.858,06 1.103.870,96 2029 19475 8942,55 581.265,55 536.552,82 1.117.818,37 2030 19722 9055,54 588.609,84 543.332,16 1.131.942,00 2031 19971 9169,95 596.046,93 550.197,16 1.146.244,09 2033 20223 9285,82 603.577,98 557.148,91 1.160.726,89 R$ VPL R$ 3.885.082,69 R$ 3.586.230,17 7.471.312,86 Fonte: Inova Consultoria Ambiental. Comparando os gastos prováveis com coleta, transporte e destinação final do RSU acima apresentados, ter-se-ia uma previsão de custo marginal de R$ 125,00/t de resíduo. Atualmente o município está tendo como despesa para coleta, trasnporte e operação de sua unidade de aterro sanitário o equivalente a R$ 86,50/t, mostrando-se bastante favorável aos cofres públicos. PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 339 de 504 Atualmente há cobrança relacionada aos serviços públicos de limpeza urbana e o manejo dos resíduos sólidos do município de Ibirubá vinculado ao IPTU do município, sendo necessário rever estes valores para poder atender os custos com relação ao a este serviço. De acordo com os cálculos apresentados acima o custo médio mensal para coleta e destinação final dos RSU deveria ser de R$ 73.881,00 mensais, sendo que o valor despendido pela admisnitração atualmente é de R$ 50.113,00 mensais. Atualmente, para o sistema de destinação final do RSU está sendo gasto o valor de R$ 601.356,00/ano, sendo o arrecadado junto ao IPTU o valor de R$ 34.884,00 anual, representando um percentual de 5,8%. Caso a despesa para coleta e destinação final do RSU continue a mesma, o valor do acréscimo junto ao IPTU deverá ser de 1.723%. A forma de rateio poderá ser proporcional, sendo um pequeno reajuste para as residências com metragens menores, e um acréscimo maior para os maiores geradores, que seriam serviços e comércio, bem como endereços com maior área construída. Como o sistema de cobrança ainda não é oficialmente regulado sugere-se o seguinte regramento para cobrança do IPTU. Tabela 66: Taxas a serem cobradas junto ao IPTU para o manejo de resíduos sólidos. DISCRIMINAÇÃO R$/ano 1.Coleta de lixo, por mês 1.1Unidades prediais 1.1.1 Hospitais, quartéis, hotéis e motéis 50,00 1.2Residencial 1.2.1Até 200 m² de área construída 50,00 1.2.2Acima de 200 m² a 400 m² de área const. 150,00 1.2.3Acima de 400 m² de área construída 200,00 1.3Comercial, Industrial, Serviços e outros 1.3.1Até 200 m² de área construída 150,00 1.3.2Acima de 200 m² de área construída 200,00 Fonte: Inova Consultoria Ambiental. Tendo por base o valor despendido atualmente com coleta, trasnporte e operação do aterro de RSU no município, praticando estes valores o sistema seria totalmente pago pelos beneficiários, isto é, munícipes. PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 340 de 504 8.3.4.3 Regras para o transporte e outras etapas do gerenciamento de resíduos sólidos de que trata o art. 20 da Lei 12.305/2010, e demais disposições pertinentes da legislação federal e estadual propondo a definição das responsabilidades quanto à sua implantação e operacionalização O transporte de resíduos sólidos também é regulamentado por meio de normas técnicas e resoluções vigentes, devendo cada resíduo ser transportado corretamente. Tanto a prefeitura quanto os demais setores deverão realizar o transporte de seus resíduos, conforme tabela abaixo, com empresas habilitadas e licenciadas para tal. O transporte terrestre de resíduos sólidos é regulamentado pela NBR 13.221/2002, conforme descrito abaixo: Todo transporte de resíduos sólidos deve ser feito por meio de equipamento adequado, obedecendo às regulamentações pertinentes. O estado de conservação do equipamento de transporte deve ser tal que, durante o transporte, não permita vazamento ou derramamento do resíduo. O resíduo, durante o transporte, deve estar protegido de intempéries, assim como deve estar devidamente acondicionado para evitar o seu espalhamento na via pública ou via férrea. Os resíduos não podem ser transportados juntamente com alimentos, medicamentos ou produtos destinados ao uso e/ou consumo humano ou animal, ou com embalagens destinados a estes fins. Em relação ao transporte de resíduos perigosos, as quais enquadram-se os resíduos de saúde, industriais Classe 1, resíduos contaminados com óleo: Todo o transporte por meio terrestre de resíduos perigosos deve obedecer ao Decreto nº 96044, à Portaria nº 204 do Ministério dos Transportes e às NBR 7500, NBR 7501, NBR 7503 e NBR 9735. A classificação do resíduo deve atender à Portaria nº 204 do Ministério dos Transportes, de acordo com as exigências prescritas para a classe ou subclasse apropriada, considerando os respectivos riscos e critérios, devendo enquadrá-los nas designações genéricas. Porém, se o resíduo não se enquadrar em nenhum dos critérios estabelecidos, mas apresentar algum tipo de risco abrangido pela Convenção da Basiléia, deve ser transportado como pertencente à classe 9. Os resíduos perigosos devem ser transportados obedecendo aos critérios de compatibilidade, conforme a NBR 14619. PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 341 de 504 Quando não houver legislação ambiental específica para o transporte de resíduos perigosos, o gerador do resíduo deve emitir documento de controle de resíduo conforme recomenda a norma supracitada. Os resíduos perigosos e suas embalagens devem obedecer ao disposto na Portaria nº 204 do Ministério dos Transportes. As embalagens devem estar identificadas com rótulos de segurança e rótulos de risco conforme previsto na NBR 7500. Tabela 67: Transporte de resíduos sólidos. Resíduo Resíduos Transporte sólidos domiciliares A transportadora poderá ter uma Declaração de Isenção de Licenciamento. Os caminhões devem atender as especificações acima descritas. A transportadora poderá ter uma Declaração de Isenção de Resíduos de poda Licenciamento. Os caminhões devem atender as especificações acima descritas. Resíduos de construção civil A transportadora poderá ter uma Declaração de Isenção de Licenciamento. Os caminhões devem atender as especificações acima descritas. A transportadora deverá ter Licença de Operação para fontes móveis de poluição no estado em que atua e que destina os resíduos. Deverá Resíduos industriais – fornecer um MTR (Manifesto de Transporte de Resíduos) para o Classe 1 empreendedor, com carimbo da empresa que recebeu para destinação final. Os caminhões devem atender as especificações acima descritas, além da sinalização exigida pela ANTT. Resíduos industriais – Classe 2 A transportadora poderá ter uma Declaração de Isenção de Licenciamento. Os caminhões devem atender as especificações acima descritas. A transportadora deverá ter Licença de Operação para fontes móveis de poluição no estado em que atua e que destina os resíduos. Deverá fornecer um MTR (Manifesto de Transporte de Resíduos) para o Resíduos de saúde empreendedor, com carimbo da empresa que recebeu para destinação final. Os caminhões devem atender as especificações acima descritas (para resíduos de saúde), além da sinalização exigida pela ANTT. Material com óleo contaminado A transportadora deverá ter Licença de Operação para fontes móveis de poluição no estado em que atua e que destina os resíduos. Deverá PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 342 de 504 fornecer um MTR (Manifesto de Transporte de Resíduos) para o empreendedor, com carimbo da empresa que recebeu para destinação final (o estado do RS não recebe estes resíduos). Os caminhões devem atender as especificações acima descritas, além da sinalização exigida pela ANTT. A transportadora poderá ter uma Declaração de Isenção de Resíduos de pneus Licenciamento. Os caminhões devem atender as especificações acima descritas. Resíduos agrícolas/insumos A transportadora poderá ter uma Declaração de Isenção de – Licenciamento. Os caminhões devem atender as especificações exceto agrotóxicos acima descritas. A transportadora deverá ter Licença de Operação para fontes móveis de poluição no estado em que atua e que destina os resíduos. Deverá Embalagens/ resíduos agrotóxicos fornecer um MTR (Manifesto de Transporte de Resíduos) para o empreendedor, com carimbo da empresa que recebeu para destinação final. Os caminhões devem atender as especificações acima descritas (para resíduos de saúde), além da sinalização exigida pela ANTT e normas técnicas específicas. Fonte: Inova Consultoria Ambiental. Com base no exposto deverá ser elaborado um Projeto Informativo/Educativo para a população, Prefeitura Municipal e entidades prestadoras de serviços, comerciais, industriais do município visando o cumprimento das normas vigentes. Este trabalho ficará a cargo da Secretaria de Meio Ambiente em parceria com a Secretaria de Educação. Para enquadrar de forma eficiente e clara os empreendimentos que estão sujeitos ao art. 20 da Lei 12.305/2010, os mesmos serão notificadas para que em um prazo de 12 meses a partir da aprovação deste plano, apresentem seus planos de gerenciamentos de resíduos sólidos. O encaminhamento do plano de gerenciamento de resíduos será feita para a esfera de competência de cada empreendimento, podendo ela ser em nível municipal ou estadual. Para exemplificar e facilitar os empreendimento sujeitos ao enquadramento no art. 20 da Lei 12.305/2010, se apresenta o referido artigo abaixo. Art. 20. Estão sujeitos à elaboração de plano de gerenciamento de resíduos sólidos: I - os geradores de resíduos sólidos previstos nas alíneas “e”, “f”, “g” e “k” do inciso I do art. 13; e) resíduos dos serviços públicos de saneamento básico: os gerados nessas atividades, excetuados os referidos na alínea “c”; f) resíduos industriais: os gerados nos processos produtivos e instalações industriais; PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 343 de 504 g) resíduos de serviços de saúde: os gerados nos serviços de saúde, conforme definido em regulamento ou em normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama e do SNVS; k) resíduos de mineração: os gerados na atividade de pesquisa, extração ou beneficiamento de minérios; II - os estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços que: a) gerem resíduos perigosos; b) gerem resíduos que, mesmo caracterizados como não perigosos, por sua natureza, composição ou volume, não sejam equiparados aos resíduos domiciliares pelo poder público municipal; III - as empresas de construção civil, nos termos do regulamento ou de normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama; IV - os responsáveis pelos terminais e outras instalações referidas na alínea “j” do inciso I do art. 13 e, nos termos do regulamento ou de normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama e, se couber, do SNVS, as empresas de transporte; j) resíduos de serviços de transportes: os originários de portos, aeroportos, terminais alfandegários, rodoviários e ferroviários e passagens de fronteira; V - os responsáveis por atividades agrossilvopastoris, se exigido pelo órgão competente do Sisnama, do SNVS ou do Suasa. 8.3.4.4 Critérios para pontos de apoio ao sistema de limpeza nos diversos setores da área de planejamento (apoio à guarnição, centros de coleta voluntária, mensagens educativas para a área de planejamento em geral e para a população específica) A administração pública opera atualmente com pontos de apoio para coleta dos resíduos sólidos no meio rural, porém a abrangência cobre apenas os Distritos de Alfredo Brenner e Santo Antônio do Bom Retiro. Para tanto, deverão ser estruturados postos de entrega de resíduos sólidos em todas as localidades, neste caso como está sendo abordado o meio rural, os mesmos servirão apenas para resíduos enquadrados como resíduos secos, pois se entende que os resíduos orgânicos são tratados no ambiente de origem via compostagem. Os postos a serem estruturados respeitarão os atuais já em funcionamento, tendo uma coleta semanal nos distritos e quinzenal nas demais comunidades, onde a administração pública fará a coleta, e encaminhará para a destinação final respeitando as características dos resíduos, que neste caso se espera que seja para fins de reciclagem. Para que a atividade de destinação dos resíduos sólidos no meio rural obtenha sucesso, serão realizadas campanhas de esclarecimento para a população do meio rural, de modo a possibilitar que esta siga as instruções de apenas destinarem os resíduos secos para este local, pois em função da coleta ser apenas quinzenal, outros resíduos poderão causar cheiros desagradáveis (orgânicos) e dificultar a potencialidade da reciclagem dos resíduos secos. Também deverá ser reforçado junto a população do meio rural, que a destinação das embalagens de agrotóxicos deverá continuar a ser feita como rege a legislação vigente, e de forma alguma ser destinada aos postos de coleta de resíduos sólidos. PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 344 de 504 8.3.4.5 Descrição das formas e dos limites da participação do poder público local na coleta seletiva e na logística reversa, respeitado o disposto no art. 33 da Lei 12.305/2010, e de outras ações relativas à responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos O sistema de coleta seletiva não está ocorrendo no momento no município, embora já se tenham realizadas campanhas junto às escolas e munícipes. A empresa contratada realiza a coleta dos resíduos sólidos domésticos sem uma prévia separação na origem. Desta forma, entende-se que a administração pública deverá estruturar que na coleta dos resíduos sólidos domésticos ocorra uma coleta diferenciada, onde se buscará uma coleta dos resíduos secos e outra dos resíduos orgânicos, para tal propõe-se o programa ―coleta seletiva já‖. Para que a coleta seletiva possa funcionar, o sistema deverá indicar em que momento se fará a coleta dos resíduos e suas características. Como existe um sistema de coleta em andamento, deverá se introduzir neste, uma nova categoria de coleta, de modo que seja feita a coleta de resíduos secos e orgânicos separadamente. O que se deve ressaltar aqui que o município é de pequeno porte, com uma população urbana de 15.342 habitantes para o ano de 2010, neste sentido sugere-se que nas terças e quintas feiras se estipule junto a população que ocorrerá a coleta dos resíduos considerados potencialmente recicláveis (poderá ser feita por empresa terceirizada ou mesmo pela administração municipal). Após um período de um ano da implantação, se faça uma reavaliação da necessidade de ampliar para dois dias de coleta seletiva por semana. Para isto propõe-se o seguinte cronograma: Tabela 68: Proposta de cronograma de coleta seletiva para o município de Ibirubá. SEGUNDA-FEIRA TERÇA-FEIRA QUARTA-FEIRA Resíduos Orgânicos Resíduos recicláveis Resíduos Orgânicos Manhã (8:00 – 11:00) Manhã (8:00 – 11:00) Manhã (8:00 – 11:00) Bairro Centro Bairro Odila Bairro Odila Bairro São Jacob Bairro Santa Helena Bairro Santa Helena Bairro Esperança Bairro Floresta Bairro Floresta Bairro Planalto Bairro Bangu Bairro Bangu Tarde (14:00 – 16:00) Bairro Chácara Bairro Chácara Bairro Hermany Tarde (14:00 – 16:00) Tarde (14:00 – 16:00) Bairro Esperança Bairro Centro Bairro Centro Bairro Por do Sol Bairro São Jacob Bairro São Jacob Bairro Progresso Bairro Esperança Bairro Esperança Bairro Jardim Bairro Planalto Bairro Planalto PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 345 de 504 QUINTA-FEIRA SEXTA-FEIRA SÁBADO Resíduos recicláveis Resíduos Orgânicos Resíduos Orgânicos Manhã (8:00 – 11:00) Manhã (8:00 – 11:00) Manhã (8:00 – 11:00) Bairro Centro Bairro Hermany Bairro Centro Bairro São Jacob Bairro Esperança Bairro São Jacob Bairro Esperança Bairro Por do Sol Bairro Esperança Bairro Planalto Bairro Progresso Bairro Planalto Tarde (14:00 – 16:00) Bairro Jardim Bairro Centro Tarde (14:00 – 16:00) Bairro São Jacob Bairro Odila Bairro Esperança Bairro Santa Helena Bairro Planalto Bairro Floresta Bairro Bangu Bairro Chácara Fonte: Inova Consultoria Ambiental. Ainda, focando a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, conforme elencado no artigo 33 da Lei 12.305/2010, o município buscará amparo legal para que a reponsabilidade compartilhada possa realmente ser eficiente, sendo que na situação atual tem assumido a coleta e destinação de inúmeros resíduos dos incisos I a VI da referida lei , conforme apresentado abaixo: Art. 33. São obrigados a estruturar e implementar sistemas de logística reversa, mediante retorno dos produtos após o uso pelo consumidor, de forma independente do serviço público de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos, os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de: I - agrotóxicos, seus resíduos e embalagens, assim como outros produtos cuja embalagem, após o uso, constitua resíduo perigoso, observadas as regras de gerenciamento de resíduos perigosos previstas em lei ou regulamento, em normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama, do SNVS e do Suasa, ou em normas técnicas; II - pilhas e baterias; III - pneus; IV - óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens; V - lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista; VI - produtos eletroeletrônicos e seus componentes. § 1o Na forma do disposto em regulamento ou em acordos setoriais e termos de compromisso firmados entre o poder público e o setor empresarial, os sistemas previstos no caput serão estendidos a produtos comercializados em embalagens plásticas, metálicas ou de vidro, e aos demais produtos e embalagens, considerando, prioritariamente, o grau e a extensão do impacto à saúde pública e ao meio ambiente dos resíduos gerados. PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 346 de 504 § 2o A definição dos produtos e embalagens a que se refere o § 1o considerará a viabilidade técnica e econômica da logística reversa, bem como o grau e a extensão do impacto à saúde pública e ao meio ambiente dos resíduos gerados. § 3o Sem prejuízo de exigências específicas fixadas em lei ou regulamento, em normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama e do SNVS, ou em acordos setoriais e termos de compromisso firmados entre o poder público e o setor empresarial, cabe aos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes dos produtos a que se referem os incisos II, III, V e VI ou dos produtos e embalagens a que se referem os incisos I e IV do caput e o § 1o tomar todas as medidas necessárias para assegurar a implementação e operacionalização do sistema de logística reversa sob seu encargo, consoante o estabelecido neste artigo, podendo, entre outras medidas: I - implantar procedimentos de compra de produtos ou embalagens usados; II - disponibilizar postos de entrega de resíduos reutilizáveis e recicláveis; III - atuar em parceria com cooperativas ou outras formas de associação de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis, nos casos de que trata o § 1o. § 4o Os consumidores deverão efetuar a devolução após o uso, aos comerciantes ou distribuidores, dos produtos e das embalagens a que se referem os incisos I a VI do caput, e de outros produtos ou embalagens objeto de logística reversa, na forma do § 1o. § 5o Os comerciantes e distribuidores deverão efetuar a devolução aos fabricantes ou aos importadores dos produtos e embalagens reunidos ou devolvidos na forma dos §§ 3o e 4o. § 6o Os fabricantes e os importadores darão destinação ambientalmente adequada aos produtos e às embalagens reunidos ou devolvidos, sendo o rejeito encaminhado para a disposição final ambientalmente adequada, na forma estabelecida pelo órgão competente do Sisnama e, se houver, pelo plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos. § 7o Se o titular do serviço público de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos, por acordo setorial ou termo de compromisso firmado com o setor empresarial, encarregar-se de atividades de responsabilidade dos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes nos sistemas de logística reversa dos produtos e embalagens a que se refere este artigo, as ações do poder público serão devidamente remuneradas, na forma previamente acordada entre as partes. § 8o Com exceção dos consumidores, todos os participantes dos sistemas de logística reversa manterão atualizadas e disponíveis ao órgão municipal competente e a outras autoridades informações completas sobre a realização das ações sob sua responsabilidade. Deste modo recomenda-se a criação da Lei Municipal da Logística reversa ou mesmo sua introdução na Política Municipal de Saneamento. 8.3.4.6 Critérios de escolha da área para localização do bota-fora dos resíduos inertes gerados (excedente de terra dos serviços de terraplenagem, entulhos, etc.) Os resíduos inertes gerados no município estão sendo coletados e destinados para uma área de licenciada pelo município de Ibirubá, Departamento de Meio Ambiente, para destinação de RCC, na Linha Pulador Sul. A municipalidade paga à empresa terceirtizada para que esta colete e disponha os resíduos gerados pelos munícipes, sem qualquer custo à população. Como uma parcela considerável dos resíduos inertes gerados no município são de origem da construção civil (responsabilidade do gerador), fica evidente que a administração PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 347 de 504 pública que está pagando pela coleta e a destinação dos resíduos precisa rever esta situação um mecanismo de cobrança que realmente atenda os custos com estes serviços, haja vista que a política de resíduos sólidos deixa claro a obrigação de coleta e destinação por conta do gerador, sendo que, o município está tendo uma despesa de mais de R$ 80.000,00 anuais com esta destinação. Além disso, observa-se que existe um sério problema com os tipos de resíduos que estão sendo misturados com os inertes, pois são encontrados pneus, plásticos, latas de tintas, resíduos domésticos, entre outros, fato este, que precisa ser corrigido imediatamente. Ainda, pelo que pode-se observar o local não está implantado seguindo normas técnicas de segurança e evitando possíveis contaminações ambientais. A municipalidade deverá rever o licenciamento ambiental da empresa bem como as condições em que estão sendo destinados estes resíduos. Este local poderá continuar sendo usado com ―bota fora‖ dos resíduos inertes gerados no município, desde que, devidamente adequado. Além disso, a administração pública, deverá fiscalizar de forma efetiva o tipo de resíduos a ser transportado para o ―bota fora‖, e em hipótese alguma aceitar que se tenha resíduos não inertes entre estes. Os resíduos devem ser separados da terra, que poderá ter uma finalidade mais nobre. Posteriormente o RCC poderá ser utilizado para pavimentação e aterramentos em geral. Sujere-se a introdução de uma taxa mínima de R$50,00 por carga a ser transportada (até 6m3) inicialmente, quando se trata de resíduos oriundos da construção civil, sendo que estes deverão estar atendendo as características de inertes. Após acveitação d apopulação esta taxa deverá ser aumentada anualmente até o valor de R$ 85,00 a qual será capaz de suprir os custos com tal despesa. Os resíduos que não forem de características inertes, como: latas de tintas, latas de solventes e outros, deverão ser destinados para o intermediário como rege a legislação. 8.3.4.7 Identificação de áreas favoráveis para disposição final ambientalmente adequada de rejeitos, identificando as áreas com risco de poluição e/ou contaminação, observado o Plano Diretor de que trata o § 1º do art. 182 da Constituição Federal e o zoneamento ambiental, se houver Como já comentado neste plano, o município possui área própria para transbordo destinação dos RSU, por meio de aterro sanitário devidamente licenciado, para atendimento de 13.500 habitantes, valor já ultrapassado no ano de 2010, devendo esta licença ser atualizada. O aterro sanitário, para tal população teria vida útil de 17 anos, sendo que neste momento deveria ser revisto tal dimensionamento. PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 348 de 504 Nesta situação, entende-se tecnicamente que deverão ser observados três cenários para situação dos RSU: I. Manter o sistema atual onde os resíduos domésticos são destinados aterro sanitário próprio, onde deverá ser implantado uma central de triagem; II. Terceirizar o serviço de coleta, transporte e destinação final; III. O terceiro cenário esta pautado na discussão regional de criação de um consórcio intermunicipal e gerenciamento de resíduos, prática hoje muito bem vista pelo Ministério das Cidades e pela Secretaria do Meio Ambiente do Estado do Rio Grande do Sul. Dentro do terceiro cenário, podemos criar a situação de manter uma Estação de Transbordo e destinação final dos resíduos, para o aterro do consórcio dos municípios vinculados ao COMAJA. 8.3.4.8 Procedimentos operacionais e especificações mínimas a serem adotados nos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos, incluída a disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos As atividades envolvendo o gerenciamento dos resíduos gerados dentro do município, deverão seguir critérios onde se focará de forma mais efetiva a redução da destinação de resíduos para o aterro sanitário, de modo que sejam destinados para este local (aterro sanitário), somente os resíduos que no momento apresentam características que não permitem o seu reaproveitamento. Para que se possa contemplar uma redução na destinação final dos resíduos sólidos domésticos para o aterro sanitário, deverão ser observadas atividades que potencializem a redução, a reciclagem e o tratamento. Neste caso se buscará seguir os preceitos de tratamento dos resíduos orgânicos através da compostagem, o aumento na recuperação de materiais para reciclagem, sendo fomentada uma coleta seletiva eficiente, e a destinação final em aterro sanitário tecnicamente e ambientalmente correto e viável dos rejeitos. 8.3.4.9 Cálculo da viabilidade econômica do cenário atual, bem como dos demais cenários propostos Visando fazer uma análise econômica das possibilidades de serviços para o município em termos de coleta, transporte e destinação final para os RSU, foram consideradas três possibilidades viáveis, sendo elas: PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 349 de 504 I. Manter o sistema atual onde os resíduos domésticos são destinados aterro sanitário próprio, onde deverá ser implantado uma central de triagem, atendendo os preceitos da política de resíduos sólidos; II. Terceirizar o serviço de coleta, transporte e destinação final; III. O terceiro cenário esta pautado na discussão regional de criação de um consórcio intermunicipal e gerenciamento de resíduos, prática hoje muito bem vista pelo Ministério das Cidades e pela Secretaria do Meio Ambiente do Estado do Rio Grande do Sul. Dentro do terceiro cenário, podemos criar a situação de manter uma Estação de Transbordo e destinação final dos resíduos, para o aterro do consórcio dos municípios vinculados ao COMAJA. Os custos considerados para tal avaliação, forma os seguintes: Valor despendido atualmente para os serviços de RSU: R$ 86,50/t Valor de coleta seletiva e transporte dos RSU: R$ 65,00/t Valor para destinação final em aterro licenciado: R$ 60,00/t Valor para implantação completa de uma área de transbordo para o município: R$ 0,00 (local do aterro); Valor de operação da estação de transbordo: R$ 10,00/t Valor para implantação de central de triagem: R$100.000,00 (sendo os investimentos a cada 10 anos de R$ 20.000,00) Valor de operação da central: R$ 15,00/t. Tabela 69: Custo atual dos serviços de coleta e destinação final de RSU no município, com 100% do serviço terceirizado. Ano População Geração Operação Transporte Destinação atendida RSU da ET R$/ano Final (R$ano) (t/ano) (R$/ano) Total(R$/ano) 2010 15.342 7044,59 70.445,86 343.423,57 317.006,38 730.875,81 2011 15536 7133,59 71.335,94 347.762,73 321.011,75 740.110,43 2012 15732 7223,73 72.237,27 352.156,71 325.067,74 749.461,72 2013 15931 7315,00 73.149,99 356.606,21 329.174,97 758.931,17 2014 16132 7407,42 74.074,24 361.111,93 333.334,09 768.520,27 2015 16336 7501,02 75.010,17 365.674,58 337.545,77 778.230,52 2016 16542 7595,79 75.957,92 370.294,88 341.810,66 788.063,46 2017 16751 7691,77 76.917,65 374.973,56 346.129,44 798.020,65 2018 16963 7788,95 77.889,51 379.711,35 350.502,78 808.103,64 2019 17177 7887,36 78.873,64 384.509,00 354.931,38 818.314,03 PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 350 de 504 2020 17394 7987,02 79.870,21 389.367,27 359.415,94 828.653,42 2021 17614 8087,94 80.879,37 394.286,93 363.957,16 839.123,46 2022 17837 8190,13 81.901,28 399.268,74 368.555,76 849.725,78 2023 18062 8293,61 82.936,10 404.313,50 373.212,46 860.462,07 2024 18290 8398,40 83.984,00 409.422,00 377.928,00 871.334,01 2025 18521 8504,51 85.045,14 414.595,05 382.703,12 882.343,31 2026 18756 8611,97 86.119,68 419.833,46 387.538,58 893.491,72 2027 18992 8720,78 87.207,81 425.138,05 392.435,13 904.780,99 2028 19232 8830,97 88.309,68 430.509,67 397.393,55 916.212,90 2029 19475 8942,55 89.425,47 435.949,16 402.414,61 927.789,25 2030 19722 9055,54 90.555,36 441.457,38 407.499,12 939.511,86 2031 19971 9169,95 91.699,53 447.035,20 412.647,87 951.382,60 2032 20223 9285,82 92.858,15 452.683,49 417.861,68 963.403,32 2033 20479 9403,14 94.031,41 458.403,14 423.141,36 975.575,92 VPL R$ R$ R$ R$ 597.705,03 2.913.812,02 2.689.672,63 6.201.189,67 Custo R$ 103,75 Marginal (R$/t) Fonte: Inova Consultoria Ambiental. Tabela 70: Custo de coleta, transporte e destinação final, valendo-se da implantação de uma Central de Triagem, mantendo o aterro sanitário municipal. População Geração atendida (t/ano) 2010 15.342 7044,59 2011 15536 2012 Ano Custo implantação CT Destinação - CT Aterro Custo Total 176.114,65 457.017,53 733.132,18 7133,59 107.003,92 462.791,94 569.795,86 15732 7223,73 108.355,91 468.639,32 576.995,23 2013 15931 7315,00 109.724,99 474.560,58 584.285,56 2014 16132 7407,42 111.111,36 480.556,65 591.668,01 2015 16336 7501,02 112.515,26 486.628,48 599.143,74 2016 16542 7595,79 113.936,89 492.777,03 606.713,92 2017 16751 7691,77 115.376,48 499.003,27 614.379,75 2018 16963 7788,95 116.834,26 505.308,18 622.142,44 2019 17177 7887,36 118.310,46 511.692,75 630.003,21 2020 17394 7987,02 119.805,31 518.157,98 657.963,30 PMSB – IBIRUBÀ, 2014. 100.000,00 Operação 20.000,00 Página 351 de 504 2021 17614 8087,94 121.319,05 524.704,91 646.023,96 2022 17837 8190,13 122.851,92 531.334,56 654.186,48 2023 18062 8293,61 124.404,15 538.047,97 662.452,12 2024 18290 8398,40 125.976,00 544.846,20 670.822,21 2025 18521 8504,51 127.567,71 551.730,34 679.298,04 2026 18756 8611,97 129.179,53 558.701,45 687.880,98 2027 18992 8720,78 130.811,71 565.760,64 696.572,35 2028 19232 8830,97 132.464,52 572.909,03 705.373,54 2029 19475 8942,55 134.138,20 580.147,73 714.285,94 2030 19722 9055,54 135.833,04 587.477,90 743.310,94 2031 19971 9169,95 137.549,29 594.900,68 732.449,97 2032 20223 9285,82 139.287,23 602.417,25 741.704,48 2033 20479 9403,14 141.047,12 610.028,80 751.075,92 R$ R$ R$ R$ 208.437,73 1.136.603,14 4.625.852,14 5.867.576,97 20.000,00 VPL (R$) Custo R$ 98,17 Marginal (R$/t) Fonte: Inova Consultoria Ambiental. Tabela 71: Custo de coleta, transporte e destinação final, valendo-se da implantação de ET e envio do resíduo para aterro consorciado. Transporte e População Geração Operação ET atendida (t/ano) (R$/ano) 2010 15.342 7044,59 70.445,86 880.573,27 951.019,13 2011 15536 7133,59 71.335,94 891.699,31 963.035,26 2012 15732 7223,73 72.237,27 902.965,93 975.203,21 2013 15931 7315,00 73.149,99 914.374,91 987.524,90 2014 16132 7407,42 74.074,24 925.928,03 1.000.002,28 2015 16336 7501,02 75.010,17 937.627,13 1.012.637,30 2016 16542 7595,79 75.957,92 949.474,05 1.025.431,98 2017 16751 7691,77 76.917,65 961.470,66 1.038.388,31 2018 16963 7788,95 77.889,51 973.618,84 1.051.508,35 2019 17177 7887,36 78.873,64 985.920,51 1.064.794,15 2020 17394 7987,02 79.870,21 998.377,62 1.078.247,83 Ano PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Destinação (R$/ano) Custo Total (R$/ano) Página 352 de 504 2021 17614 8087,94 80.879,37 1.010.992,12 1.091.871,49 2022 17837 8190,13 81.901,28 1.023.766,01 1.105.667,29 2023 18062 8293,61 82.936,10 1.036.701,29 1.119.637,39 2024 18290 8398,40 83.984,00 1.049.800,01 1.133.784,01 2025 18521 8504,51 85.045,14 1.063.064,23 1.148.109,37 2026 18756 8611,97 86.119,68 1.076.496,05 1.162.615,73 2027 18992 8720,78 87.207,81 1.090.097,58 1.177.305,38 2028 19232 8830,97 88.309,68 1.103.870,96 1.192.180,64 2029 19475 8942,55 89.425,47 1.117.818,37 1.207.243,84 2030 19722 9055,54 90.555,36 1.131.942,00 1.222.497,36 2031 19971 9169,95 91.699,53 1.146.244,09 1.237.943,62 2032 20223 9285,82 92.858,15 1.160.726,89 1.253.585,04 2033 20479 9403,14 94.031,41 1.175.392,67 1.269.424,08 VPL (R$) R$ R$ 7.471.312,86 R$ 8.069.017,89 597.705,03 Custo Marginal R$ 135,00 (R$/t) Fonte: Inova Consultoria Ambiental. Observando os dados apresentados, é possível definir que o cenário economicamente mais favorável para o município é implantar uma central de triagem e manter a disposição final em seu aterro próprio. Futuramente, quando exaurida a vida útil do aterro os cálculos deverão ser revisados, visando possibilitar a tomada de decisão da melhor alternativa para destinação dos RSU. 8.4 PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES A metodologia para elaboração deste tópico abordou as definições conforme seguem: apresenta-se as prioridades de cada cenário/ação a serem realizadas, fomentando a estas um grau de importância como primeira (A), segunda (B) ou terceira opção (C). Estas opções foram definidas junto à comunidade, através da ação de mobilização social realizada, onde a primeira opção indica uma maior prioridade da ação, devendo a sua execução ser prioritária as demais; e a dificuldade em executar tal ação, devido ao envolvimento de outros poderes, através de PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 353 de 504 cooperação, delegação, seja na disponibilidade de recursos ou apoio técnico, dividindo a dificuldade da seguinte maneira: Grande dificuldade: envolve cooperação de esfera estadual, federal; Média dificuldade: envolve cooperação entre órgãos/entidades municipais; Baixa dificuldade: envolve ações internas da prefeitura municipal. PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 354 de 504 Tabela 72: Programas vinculados ao sistema de abastecimento de água. SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA Objetivo Programa Prioridade Ações/Projetos Local da ação Programa Prioridade Ações/Projetos RAMO: Infra-estrutura de abastecimento de água SAA1: Estender rede em 100% do perímetro No perímetro urbano, urbano. Equivalente a implantação de 5.000 principalmente na área m de rede de distribuição; industrial e no Bairro A Hermany. SAA10: Levantamento e indicação para 1 substituição dos reservatórios de material ―Água tratada para A todos‖ inapropriado, que ofereça risco a saúde dos Área urbana e rural, em consumidores desta água. especial a comunidade Ampliação da reserva técnica em 480 m³ de da Várzea Salão 1. B água na zona urbana, e verificação da reserva técnica da zona rural. SAA6: Implantar sistema de tratamento físicoquímico em todos os poços profundos 2 comunitários utilizados no abastecimento de água para consumo humano. Todos os poços comunitários do A município de Ibirubá. RAMO: Gestão dos serviços de abastecimento de água 1 ―Perdas zero‖ PMSB – IBIRUBÀ, 2014. B SAA9: Implantar o sistema de controle de Comunidades rurais. A Página 355 de 504 perdas através da hidrometação, realizando a macromedição nos poços comunitários e de micromedição nas propriedades, visando implantar um controle de perdas. SAA2: Substituição da rede em estado precário ou ultrapassado e promoção de 2 consertos nas redes, visando à redução das perdas em zona urbana; SAA3: Rever o contrato de prestação de Em locais da área urbana, nas vias que A tiverem necessidade. Município de Ibirubá serviços, incluindo o repasse de verbas e 1 prazos para execução de obras de melhorias A e ampliação do sistema de distribuição de água. 2 SAA4: Exigir agilidade e qualidade nos ―Melhoria na Gestão dos serviços de abastecimento de 3 água‖ serviços de reparos das redes e pavimentos. A Vias do Perímetro Urbano C SAA12: Constituir legalmente as associações de água existentes junto aos poços comunitários e firmar contrato de prestação Em todas as associações de serviços entre esta e a prefeitura, visando comunitárias de água. B a cobrança dos custos de tratamento e condução de água até as residências. 4 PMSB – IBIRUBÀ, 2014. SAA14: Criação da Secretaria Municipal ou Secretaria da Departamento de Saneamento Básico, Administração e composta por equipe técnica multidisciplinar, Planejamento A Página 356 de 504 com atendimento a este sistema de saneamento. SAA7: Fiscalizar a água de todas as propriedades rurais a fim de inibir o consumo 1 de água em desacordo com os padrões de Todo o interior do potabilidade da portaria 2914 de 2011 do MS município A bem como a periodicidade indicada por esta. SAA5: Cadastramento de todos os poços tubulares existentes no município em áreas 2 particulares, bem como exigir o licenciamento ―Fiscalização e 3 controle‖ Zona urbana e zona rural A ambiental (outorga) destes. C SAA11: Licenciar todos os poços comunitários existentes. Todos os poços comunitários do A município de Ibirubá. Em todas as residências 4 SAA8: Incentivar a limpeza das caixas de e reservatórios água a cada 6 meses através de campanhas comunitários da zona educativas. urbana e rural que B possuam reservatórios SAA13: Incentivar a construção de cisternas 5 e uso de água pluvial para ações menos No município de Ibirubá. C nobres que o consumo humano, diminuindo o PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 357 de 504 consumo de água potável para este fim. Tabela 73: Programas vinculados ao sistema de drenagem pluvial. ITEM: DRENAGEM PLUVIAL Objetivo Programa Prioridade Programa Ações/Projetos Local da ação Prioridade Ações/Projetos RAMO: Infra-estrutura de drenagem pluvial DP2: Executar um cronograma de elaboração e implantação de projetos técnicos e obras para 1 os locais no município que são deficientes ou não possui drenagem urbana. Nos pontos mapeados no município de B Ibirubá. DP8: Implantar rede de drenagem eficiente ao longo das estradas municipais, diminuindo a 2 incidência de avarias, e rever a estrutura já ―Macro e Microdrenagem‖ B existentes, efetuando obras de limpeza e reformas, bem como construções de novos Zona rural e estradas urbanas não C pavimentadas. bueiros. DP10: Substituição das pontes e pontilhões em madeira, por pontes ou galerias de concreto 3 armado e o alargamento das pontes de concreto existente. 4 PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Em locais determinados por B prioridade. DP13: Realização de levantamento e Arroios urbanos, em elaboração de projeto para implantação de especial o arroio B Página 358 de 504 barreiras de proteção no leito dos arroios Puxiterê. urbanos, visando reduzir a erosão causada por este aporte de água. DP9: Implantar medida de fiscalização de 1 ―Monitoramento das águas pluviais‖ lançamento de esgoto na rede pluvial e exigir a A implantação de sistema de tratamento deste Município de Ibirubá A Município de Ibirubá A Município de Ibirubá B em todos os locais geradores deste tipo de efluente. RAMO: Gestão dos serviços de drenagem pluvial DP1: Aprovação e implantação do Plano 1 Diretor. DP3: Implantar um sistema de informações de 2 dados sobre a drenagem que seja atualizada ―Melhoria na Gestão dos serviços de drenagem pluvial‖ 3 A continuamente DP5: Criação da Secretaria Municipal ou Departamento de Saneamento Básico, Secretaria de composta por equipe técnica multidisciplinar, Administração e com equipe técnica voltada para atender as Planejamento A demandas deste sistema. RAMO: Setor Técnico e Fiscalização PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 359 de 504 1 2 ―Projetos de drenagem pluvial‖ DP4: Elaboração de um projeto para Em todo município em adequação de todo o sistema de drenagem especial nos pontos pluvial da área urbana prevendo as possíveis deficientes e sem áreas de expansão. drenagem DP6: Implantação de um programa de No município de educação ambiental. Ibirubá. B C DP7: Realizar o controle, fiscalização e C 3 exigência junto ao Setor Técnico, para o encaminhamento de projeto elaborado e No município de licenciamento ambiental por parte dos Ibirubá. A empreendedores, antes da implantação das redes de drenagem. DP12: Capacitar os profissionais que trabalham 4 no motonivelamento e abertura de rede de drenagem nas estradas do meio rural. Secretaria de Obras e Agricultura A RAMO: Interesse Social DP11: Levantamento das famílias que estão em situação de risco e ocupando áreas de 1 ―Casa segura‖ A preservação permanente. Identificação áreas de interesse social no município e adquirir área No município de Ibirubá. C para remoção destas famílias. PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 360 de 504 Tabela 74: Programas vinculados ao sistema de esgotamento sanitário. TEM: ESGOTAMENTO SANITÁRIO Objetivo Programa Prioridade Ações/Projetos Local da ação SES1: Implantação de um sistema coletivo de Primeiramente na área Esgotamento Sanitário, conforme estudo de central, estendendo para concepção do sistema de Esgoto sanitário, todos os bairros do apresentado pela CORSAN município. Programa Prioridade Ações/Projetos RAMO: Infra-estrutura de esgotamento sanitário 1 ―Esgoto tratado‖ A SES2: Implantação de sistema individual de 2 tratamento de esgoto sanitário em todas as propriedades da área rural. Zona Rural do município de Ibirubá. A C RAMO: Gestão dos serviços de esgotamento sanitário SES4: Rever o contrato de prestação de serviços incluindo o repasse de verbas para a 1 prefeitura e prazos para execução de obras ―Melhoria na Gestão dos serviços de 2 esgotamento sanitário‖ 3 PMSB – IBIRUBÀ, 2014. de implantação do sistema de esgotamento B Área urbana do município A sanitário. SES5: Implantação de um sistema de Setor de projetos e informações de dado completo e atualizados. Secretaria de obra SES8: Criação da Secretaria Municipal ou Secretaria de Departamento de Saneamento Básico, Administração e composta por equipe técnica multidisciplinar, Planejamento B A Página 361 de 504 para atender as demandas ligadas ao sistema de esgotamento sanitário. SES9: Criação de legislação municipal sobre 4 esgotamento sanitário, dentro das normas No município de Ibirubá A vigentes. SES3: Coibir operações irregulares de 1 limpeza de fossas e filtros e fazer cumprir o contrato de concessão com a CORSAN. Na área urbana do município de Ibirubá. A SES6: Implantação de um programa de educação ambiental, para entendimento da 2 população sobre as formas de disposição Educação Ambiental‖ 4 C Toda área do município. A No município de Ibirubá. A final e os sistemas de limpeza das fossas. ―Fiscalização e 3 Todo o município. SES7: Fiscalização e autuações nas ligações C clandestinas, conforme legislação. SES10: Criação de programa de fiscalização permanente dos sistemas de tratamento de esgoto implantados. PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 362 de 504 Tabela 75: Programas vinculados ao sistema de resíduos sólidos. TEM: Resíduos Sólidos Objetivo Programa Prioridade Programa Ações/Projetos Local da ação Prioridade Ações/Projetos RAMO: Infra-estrutura de resíduos sólidos RS1: Estruturar e implantar o sistema de coleta seletiva no município, com uso de veículos apropriados e 1 ―Reciclagem de Resíduos‖ A horários de atendimento. Implantação da usina de triagem e os coletores de armazenamento de Primeiramente na área central, estendendo para todos os bairros e A para a área rural. resíduos, atendendo as normas técnicas e legislação vigente. RS3: Aquisição de uma área anexa para disposição adequada dos resíduos, para criação de áreas de 1 A bota fora, e futura ampliação do No município de Ibirubá. C No município de Ibirubá. A aterro, visando destinação adequada ―Usina Nova‖ e o aproveitamento dos resíduos sólidos. RS16: Adequar o licenciamento 2 A ambiental do aterro, para o atendimento da população atual, e PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 363 de 504 ainda, implantar a infraestrutura da central de triagem, prevendo o aumento da vida útil do aterro. RAMO: Gestão dos serviços de resíduos sólidos RS2: Reestruturação e ou 1 terceirização do serviço de limpeza urbana. Área urbana e rural do município de Ibirubá. B RS5: Implantação de um sistema de 2 informação sobre a geração de No município de Ibirubá. B No município de Ibirubá. A No município de Ibirubá. A resíduos no município. RS8: Criação de uma legislação municipal instituindo a coleta seletiva ―Melhoria na 3 Gestão dos serviços de resíduos sólidos‖ dos resíduos sólidos domiciliares na A área urbana e rural, e a cobrança de taxas de recolhimento de resíduos da construção civil, e das cobranças junto ao IPTU dos resíduos sólidos domésticos. RS13: Criação de um departamento específico para gerenciamento de resíduos produzidos no município, 4 estabelecendo de quem e a responsabilidade pela administração, fiscalização e operação da coleta de PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 364 de 504 resíduos, possibilitando o controle sobre a quantidade gerada, fracionamento e destinação final dada a estes. RS9: Implantação de um sistema de cooperativa e ou associações, 1 regulamentando a profissão de No município de Ibirubá. B No município de Ibirubá. A Em todos os cemitérios do município. B catadores. RS10: Criação de lei municipal sobre ―Melhoria na a logística reversa, obrigando os Gestão dos serviços de B resíduos sólidos 2 comerciantes a receber e dar destinação final, adequada aos resíduos sujeitos a estes sistemas, 2‖ bem como instalando em seus estabelecimentos coletores para estes, além da realização de campanhas informativas sobre este sistema. RS12: Licenciar o cemitério municipal ―Gerenciamento 1 integral dos resíduos‖ exigindo a elaboração do plano de B gerenciamento de resíduos sólidos (PGRS) bem como fiscalizar os demais cemitérios exigindo o PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 365 de 504 licenciamento, adequação ás normas técnicas vigentes e apresentação do PGRS. RS14: Elaborar e implantar programas visando redução dos 2 resíduos na fonte e reuso dos No município de Ibirubá. B mesmos, aumentando a vida útil do aterro. RS15: Exigir a elaboração do plano de gerenciamento dos resíduos de 3 serviços de saúde e fiscalizar a sua implantação. Em todos os estabelecimentos públicos ou privados do município A que atuem no ramo de saúde. RAMO: Fiscalização e ações de educação ambiental Nas localidades de Coxilha Dois Irmão, Nova Brasília, Pinheirinho, São Paulo Pontão, Linha Fior, São 1 ―Coleta seletiva já!‖ RS7: Ampliação do sistema de coleta B de seletiva em todas as localidades rurais. Sebastião, Boa Vista, Esquina São José, Santo Antonio do Triunfo, Santo Antonio do Umbu, Arroio A Grande, Erno Weis, Cerâmica Pulador, Linha Pulador Norte, Linha Pulador Sul, São Roque, Várzea, Passo Bonito, São Lucas, Esquina PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 366 de 504 São Carlos, Linha Uma, Linha Duas, Linha Três, Linha Quatro, Linha Cinco, Linha Seis e Linha Oito. RS4: Intensificando a fiscalização em conjunto com campanhas educativas 2 sobre a destinação e da responsabilidade dos geradores e do Nos locais identificados no diagnóstico de resíduos sólidos B poder publico. RS6: Implementação de um programa de educação ambiental 3 efetivo abrangendo toda a No município de Ibirubá. C Nas empresas do município. B população. RS11: Aumento da fiscalização para efetivar o acompanhamento das empresas para o cumprimento das 4 condicionantes das licenças ambientais. PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 367 de 504 8.5 PLANO DE EXECUÇÃO Tabela 76: Informações sobre o plano de execução dos programas elaborados para os quatro sistemas em avaliação. Programa Ações Custo estimado Custo estimado Fonte de da ação do programa financiamento Metas execução da ação Metas execução Responsável do pela execução Parcerias programa SAA14: Criação da Secretaria Municipal ou Departamento de Saneamento Básico, composta ―Melhoria na Gestão dos serviços de saneamento como um todo‖ Criação de por equipe projeto de Lei, técnica multidisciplinar, R$ com atendimento 10.000,00/mês a este sistema de saneamento. R$120.000,00/ano Deliberação Curto Curto Interna Prazo Prazo Gabinete do Prefeito, Secretarias e Média dificuldade Assessoria Jurídica. DP5: Criação da Secretaria Municipal ou Departamento de Saneamento PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 368 de 504 Básico, composta por equipe técnica multidisciplinar, com equipe técnica voltada para atender as demandas deste sistema. SES8: Criação da Secretaria Municipal ou Departamento de Saneamento Básico, composta por equipe técnica multidisciplinar, para atender as demandas ligadas ao sistema de esgotamento sanitário. PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 369 de 504 RS13: Criação de um departamento específico para gerenciamento de resíduos produzidos no município, estabelecendo de quem e a responsabilidade pela administração, fiscalização e operação da coleta de resíduos, possibilitando o controle sobre a quantidade gerada, fracionamento e destinação final dada a estes. PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 370 de 504 SAA1: Estender rede em 100% do Recursos do Secretaria de perímetro urbano. Detentor da Obras, Setor de Equivalente à ~R$ Concessão/ Médio projetos e Grande implantação de 1.000.000,00 Recursos Prazo departamento dificuldade 5.000 m de rede Federais de Saneamento de distribuição; Básico. SAA10: Levantamento e Busca de De Recurso Imediato Federal e a médio Vigilância material Estadual e por prazo Sanitária (área inapropriado, que meio de indicação para ―Água tratada substituição dos para todos‖ reservatórios de ofereça risco a saúde dos R$1.430.000,00 R$ 30.000,00 licitação. rural); Médio Detentor da Baixa Prazo Concessão/ dificuldade consumidores Recursos do Prefeitura desta água. Detentor da Municipal (área Ampliação da Concessão/ urbana) reserva técnica Recursos em 480 m³ de Federais água na zona urbana, e PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 371 de 504 verificação da reserva técnica da zona rural. SAA6: Implantar sistema de tratamento físico- Busca de químico em todos os poços profundos comunitários ~R$ 400.000,00 Recurso Secretaria da Federal e Agricultura e Estadual e por utilizados no abastecimento de Imediato Meio Ambiente meio de e Secretaria da licitação. Saúde. Média dificuldade água para consumo humano. SAA9: Implantar ―Perdas zero‖ o sistema de Busca de controle de Recurso perdas através da Federal e hidrometação, ~R$ 310.000,00 R$1.310.000,00 Estadual e por realizando a meio de macromedição licitação. Secretaria de Curto Curto Prazo Prazo Obras e a Secretaria de Administração e Grande Dificuldade Planejamento nos poços comunitários e de PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 372 de 504 micromedição nas propriedades. SAA2: Substituição da rede em estado precário ou Recursos do ultrapassado e Detentor da promoção de consertos nas ~R$ Concessão/ 1.000.000,00 Recursos redes, visando à Secretaria de Administração e Curto Planejamento, Grande Prazo setor de Dificuldade projetos e Federais CORSAN. redução das perdas em zona urbana; SAA3: Rever o contrato de Prefeito prestação de ―Melhoria na serviços, Gestão dos incluindo o serviços de repasse de abastecimento verbas e prazos de água‖ para execução de obras de melhorias e Municipal e - - Deliberação interna Imediato De Assessoria Imediato Jurídica, Média a curto a juntamente com dificuldade prazo a Concessionária/ Corsan. ampliação do PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 373 de 504 sistema de distribuição de água. SAA4: Exigir agilidade e qualidade nos serviços de - reparos das Deliberação interna Secretaria Imediato Municipal de Obras Média dificuldade redes e pavimentos. SAA12: Constituir legalmente as associações de água existentes junto aos poços Secretaria da comunitários e firmar contrato de prestação de serviços entre esta e a - Deliberação Curto interna Prazo Administração e Planejamento e Assessoria Grande Dificuldade Jurídica. prefeitura, visando a cobrança dos custos de PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 374 de 504 tratamento e condução de água até as residências. SAA7: Fiscalizar a água de todas as propriedades rurais a fim de inibir o consumo de água em desacordo com os padrões de Recurso R$ 50.000,00 Federal e potabilidade da ―Fiscalização e portaria 2914 de controle‖ 2011 do MS bem Imediato Estadual De Vigilância Média Sanitária dificuldade Imediato R$437.500,00 a curto a como a prazo periodicidade indicada por esta. SAA5: Vigilância Cadastramento de todos os poços tubulares existentes no PMSB – IBIRUBÀ, 2014. - Deliberação Curto Interna Prazo Sanitária e Departamento de Meio Média dificuldade Ambiente. Página 375 de 504 município em áreas particulares, bem como exigir o licenciamento ambiental (outorga) destes. Recurso SAA11: Licenciar Federal e todos os poços Estadual comunitários ~R$ 357.500,00 existentes. através de Secretaria da Imediato Agricultura e Meio Ambiente processo de Média dificuldade licitação SAA8: Incentivar a limpeza das Secretaria de caixas de água a cada 6 meses R$ 15.000,00 através de Deliberação Médio Interna Prazo campanhas Educação, Saúde e Agricultura e Baixa dificuldade Meio Ambiente. educativas. SAA13: Programa de incentivo a construção de PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Recurso R$ 15.000,00 Secretaria da Federal e Longo Educação, Média Estadual Prazo Saúde e Meio dificuldade através de Ambiente Página 376 de 504 cisternas e uso processo de de água pluvial licitação para ações menos nobres que o consumo humano, diminuindo o consumo de água potável para este fim. DP2: Executar um cronograma de elaboração e implantação de Recurso projetos técnicos Federal e e obras para os ―Macro e locais no Microdrenagem‖ município que R$3.000.000,00 R$5.800.000,00 são deficientes Secretaria de Estadual Longo através de Prazo processo de Planejamento e Grande Longo Secretaria de Dificuldade Prazo Obras licitação ou não possui drenagem urbana. DP8: Implantar rede de PMSB – IBIRUBÀ, 2014. R$ 600.000,00 Recursos Longo Secretaria de Grande Federais e Prazo Obras e Dificuldade Página 377 de 504 drenagem Estaduais e Secretaria de eficiente ao longo Deliberação Agricultura das estradas Interna municipais, diminuindo a incidência de avarias, e rever a estrutura já existentes, efetuando obras de limpeza e reformas, bem como construções de novos bueiros. DP10: Substituição das Recurso pontes e Federal e pontilhões em madeira, por pontes ou galerias de concreto armado R$ 2.000.000,00 Secretaria de Estadual Longo Obras e Grande através de Prazo Secretaria de dificuldade processo de Agricultura licitação e o alargamento PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 378 de 504 das pontes de concreto existente. DP13: Realização de levantamento e elaboração de Recurso projeto para Federal e Secretaria De implantação de Estadual Agricultura, barreiras de proteção no leito R$ 200.000,00 através de Longo Meio Ambiente, Grande processo de Prazo Administração e dificuldade dos arroios licitação e Setor de urbanos, visando Deliberação Projetos reduzir a erosão interna causada por este aporte de água. DP9: Implantar medida de fiscalização de ―Monitoramento lançamento de das águas esgoto na rede pluviais‖ pluvial e exigir a implantação de Secretaria de R$ 96.000,00 R$ 96.000,00 Deliberação Interna Imediato Imediato Saúde e Grande Secretaria de dificuldade Meio Ambiente sistema de tratamento deste PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 379 de 504 em todos os locais geradores deste tipo de efluente. Secretaria de Planejamento e de DP1: Aprovação e implantação do ―Melhoria na Deliberação R$60.000,00 Interna Plano Diretor. Imediato serviços de R$67.200,00 DP3: Implantar pluvial‖ um sistema de com apoio da dificuldade Imediato Obras e de a médio Meio Ambiente prazo Setor de informações de dados sobre a Baixa Secretaria de Gestão dos drenagem Administração, R$7.200,00 / ano drenagem que Deliberação Médio Projetos e Baixa Interna Prazo Secretaria de dificuldade Obra seja atualizada continuamente DP4: Elaboração ―Projetos de de um projeto drenagem para adequação pluvial‖ de todo o sistema R$25.000,00 R$55.000,00 Deliberação Médio Interna Prazo Imediato a longo prazo Setor de Baixa projetos dificuldade de drenagem PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 380 de 504 pluvial da área urbana prevendo as possíveis áreas de expansão. DP6: Implantação de um programa de educação Secretaria da R$15.000,00 Deliberação Longo Educação, Média Interna Prazo Saúde e Meio dificuldade ambiental. Ambiente. DP7: Realizar o controle, fiscalização e exigência junto ao Setor Técnico, Secretaria de para o Meio Ambiente, encaminhamento de projeto elaborado e licenciamento ambiental por - Deliberação Interna Imediato Setor de Baixa Projetos e dificuldade Secretaria de Obras parte dos empreendedores, antes da implantação das PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 381 de 504 redes de drenagem. DP12: Capacitar os profissionais que trabalham no Deliberação motonivelamento e abertura de Interna, R$15.000,00 Emater e rede de Secretaria de Imediato Obras e de Agricultura Senai drenagem nas Baixa dificuldade estradas do meio rural. DP11: Levantamento das famílias que Secretaria de estão em situação de risco de preservação permanente. Identificação áreas de interesse social Social, Federal e e ocupando áreas ―Casa segura‖ Assistência Recurso R$ 2.000.000,00 R$ 2.000.000,00 Estadual Longo Longo através de prazo prazo processo de licitação Secretaria de Meio Ambiente e Setor de Grande Dificuldade Projetos e Secretaria de Administração no município e adquirir área para PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 382 de 504 remoção destas famílias. SES1: Implantação de um sistema ―Esgoto tratado‖ Secretaria de coletivo de Recurso Esgotamento Federal e Sanitário, Estadual Longo através de prazo conforme estudo R$40.000.000,00 de concepção do processo de sistema de licitação Esgoto sanitário, Meio Ambiente, de Saneamento, Longo a Secretaria de Implantação de Recurso sistema individual Federal e de tratamento de Estadual Médio através de prazo R$3.840.000,00 em todas as processo de propriedades da licitação Meio Ambiente, Departamento de Saneamento, Gestão dos contrato de PMSB – IBIRUBÀ, 2014. - R$7.200,00/ano Deliberação interna Grande dificuldade Secretaria de Administração. área rural. SES4: Rever o Administração. Prazo SES2: ―Melhoria na dificuldade médio CORSAN esgoto sanitário Grande Secretaria de R$43.840,000 apresentado pela Departamento Imediato Imediato Prefeito Média Municipal e dificuldade Página 383 de 504 serviços de prestação de Assessoria esgotamento serviços incluindo Jurídica sanitário‖ o repasse de verbas para a prefeitura e prazos para execução de obras de implantação do sistema de esgotamento sanitário. SES5: Implantação de um sistema de informações de Setor de R$7.200,00/ano Deliberação Médio Projetos e Baixa interna prazo Secretaria de dificuldade dado completo e Obras atualizados. SES9: Criação de Assessoria legislação municipal sobre esgotamento sanitário, dentro das normas PMSB – IBIRUBÀ, 2014. - Deliberação interna Jurídica, Secretarias e Câmara de Média dificuldade Vereadores Página 384 de 504 vigentes. SES3: Coibir operações irregulares de Secretaria de limpeza de fossas e filtros e fazer Deliberação - interna cumprir o Imediato Administração e Média Assessoria dificuldade jurídica. contrato de concessão com a CORSAN. SES6: ―Fiscalização e Implantação de Educação um programa de Ambiental‖ educação Imediato R$111.000,00 população sobre prazo Recurso ambiental, para entendimento da a longo federal e R$ 15.000,00 Estadual e Deliberação as formas de Secretaria da Longo Educação, Média prazo Saúde e Meio dificuldade Ambiente. interna disposição final e os sistemas de limpeza das fossas. SES7: Fiscalização e PMSB – IBIRUBÀ, 2014. R$ 96.000,00 Deliberação interna Imediato Secretaria de Baixa Meio Ambiente, Dificuldade Página 385 de 504 autuações nas e Departamento ligações de clandestinas, Saneamento. conforme legislação. SES10: Criação de programa de Assessoria fiscalização permanente dos sistemas de - Deliberação Curto interna prazo Jurídica, Secretarias e Câmara de tratamento de Baixa Dificuldade Vereadores esgoto implantados. ―Reciclagem de Resíduos‖ RS1: Estruturar e Secretaria de implantar o Meio Ambiente sistema de coleta através do seletiva no Departamento município, com uso de veículos apropriados e Recurso R$ 600.000,00 R$ 600.000,00 federal e Estadual de Saneamento Imediato Imediato Básico, Secretaria de horários de Educação e atendimento. empresa que Implantação da for responsável usina de triagem pela coleta. PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Média dificuldade Página 386 de 504 e os coletores de armazenamento de resíduos, atendendo as normas técnicas e legislação vigente. RS3: Aquisição de uma área anexa para disposição Recurso adequada dos federal e resíduos para Estadual, Curto através de prazo futura ampliação do aterro, e ainda ―Usina Nova‖ R$ 400.000,00 Secretaria de Administração e Planejamento processo criação de área Média dificuldade licitatório de bota fora para R$ 500.000,00 Curto resíduos de prazo varrição e poda. RS16: O aterro Recurso esta estimado federal e para uma R$ 100.000,00 Estadual, população inferior através de a existente processo PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Curto prazo Secretaria de Administração e Planejamento Média dificuldade Página 387 de 504 atualmente, licitatório devendo ser previsto a adequação do licenciamento ambiental, e ainda promover a instalação de central de triagem promovendo a ampliação da vida útil do aterro. Secretaria de Meio Ambiente RS2: Reestruturação e ―Melhoria na ou terceirização Gestão dos do serviço de serviços de limpeza urbana. através do R$ 30.000,00 Deliberação Curto mês Interna prazo médio resíduos sólidos‖ Curto a prazo RS5: Implantação de um sistema de informação sobre a geração de PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Recurso R$ 7.200,00/ano Departamento Baixa de Saneamento dificuldade Básico e Secretaria de Obras Secretaria de Estadual e Médio Meio Ambiente, Baixa Federal e prazo através do dificuldade Deliberação Departamento Página 388 de 504 resíduos no Interna de Meio município. Ambiente RS8: Criação de uma legislação municipal instituindo a coleta seletiva Assessoria dos resíduos sólidos domiciliares na - Deliberação Curto Interna prazo Jurídica, Secretarias e Câmara de área urbana e Baixa dificuldade Vereadores rural, e as taxas de cobranças dos resíduos de construção civil e domiciliares. ―Melhoria na Gestão dos serviços de resíduos sólidos - 2‖ Secretaria de RS9: Implantação Meio Ambiente de um sistema de com assessoria cooperativa e ou associações, regulamentando a profissão de catadores. PMSB – IBIRUBÀ, 2014. R$ 6.500,00 R$ 6.500,00 Deliberação Curto Curto do jurídico da Média Interna prazo prazo Prefeitura Dificuldade Municipal de Ibirubá, e Câmara de Página 389 de 504 Vereadores. RS10: Criação de lei municipal sobre a logística reversa, obrigando os comerciantes a receber e dar Secretaria de destinação final, Meio Ambiente adequada aos com assessoria resíduos sujeitos a estes sistemas, bem como - Deliberação Curto Interna prazo do jurídico da Prefeitura Municipal de instalando em Média Dificuldade Ibirubá e seus Câmara de estabelecimentos Vereadores. coletores para estes, além da realização de campanhas informativas sobre este sistema. ―Gerenciamento RS12: Licenciar o PMSB – IBIRUBÀ, 2014. R$ 20.000,00 R$ 25.000,00 Recurso Médio De curto a Secretaria de Média Página 390 de 504 integral dos cemitério Federal e prazo médio Meio Ambiente resíduos‖ municipal Estadual e prazo com assessoria exigindo a Deliberação do jurídico da elaboração do interna Prefeitura plano de Municipal de gerenciamento de Ibirubá. dificuldade resíduos sólidos (PGRS) bem como fiscalizar os demais cemitérios exigindo o licenciamento, adequação ás normas técnicas vigentes e apresentação do PGRS. RS14: Elaborar e Secretarias de implantar Educação, programas visando redução R$ 5.000,00 Deliberação Médio Saúde, Meio Média interna prazo Ambiente e dificuldade dos resíduos na Assistência fonte e reuso dos Social. PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 391 de 504 mesmos, aumentando a vida útil do aterro. RS15: Exigir a elaboração do plano de gerenciamento dos resíduos de - serviços de Deliberação Curto Vigilância Média interna prazo sanitária dificuldade saúde e fiscalizar a sua implantação. RS7: Ampliação Secretarias de do sistema de Educação, coleta domiciliar em todas as R$ 2.127,84/mês Deliberação Médio Saúde, Meio Média interna prazo Ambiente e dificuldade localidades ―Coleta seletiva rurais. já!‖ RS4: Curto a R$ 40.534,08/ano longo conjunto com Social. prazo Intensificando a fiscalização em Assistência - Deliberação Curto Os agentes de Média interna prazo fiscalização dificuldade campanhas educativas sobre PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 392 de 504 a destinação e da responsabilidade dos geradores e do poder publico. RS6: Implementação Secretaria da de um programa de educação R$ 15.000,00 ambiental efetivo Deliberação Longo Educação, Média interna prazo Saúde e Meio dificuldade Ambiente. abrangendo toda a população. RS11: Aumento da fiscalização para efetivar o acompanhamento das empresas para o cumprimento das - Deliberação Médio Os agentes de Média interna prazo fiscalização. dificuldade condicionantes das licenças ambientais. PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 393 de 504 8.6 INDICADORES DE DESEMPENHO DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO Segundo a Funasa (2012) para ter o conhecimento de que as ações e empenho empregados para a enfática realização do Plano Municipal de Saneamento junto ao município, mostra-se necessário a implantação de indicadores que venham a fornecer dados medidos que traduzam, de maneira resumida, a evolução e a melhoria das condições de vida da população. Em síntese, os indicadores são abstrações simplificadas de modelos e contribuem para a percepção dos progressos alcançados visando despertar a consciência da população. Os indicadores procuram denotar o estado e a situação da prestação do serviço, do meio ambiente e as tensões nele instaladas, bem como a distância em que o município se encontra de uma condição de desenvolvimento sustentável. No processo de elaboração e implantação do PMSB, a definição de elementos para o monitoramento do plano como um todo, devem fazer parte constante do processo. Para o estabelecimento de indicadores que figurem como suporte estratégico na gestão municipal, sobretudo na área do saneamento, aspectos intrinsecamente ligados ao planejamento, à regulação e ao controle social devem ser considerados. O objetivo principal dos indicadores para o monitoramento do PMSB deve ser avaliar o atendimento das metas estabelecidas, com o consequente alcance dos objetivos fixados, o efetivo funcionamento das ações de emergência e contingência definidas, a consistência na participação e no controle social na tomada de decisões, dentre outros. Dessa forma, monitorar o desempenho da implantação de um Plano Municipal de Saneamento Básico passa a ser tarefa rotineira, sistematizada e cotidiana, garantindo assim a melhoria da qualidade de vida da população. A construção de indicadores é uma das metodologias utilizadas para descrever essa situação, onde os mesmos correspondem a valores utilizados para medir e descrever um evento ou fenômeno de forma simplificada. Podem ser derivados de dados primários, secundários ou outros indicadores e classificam-se como analíticos (constituídos de uma única variável) ou sintéticos (constituídos por uma composição de variáveis). Os indicadores podem ser construídos ou até mesmos serem utilizados com base em indicadores já definidos. Segundo o inciso I, artigo 19º, da Lei Federal nº11445/2007, o diagnóstico da situação e de seus impactos nas condições de vida, deve ser baseado utilizando sistema de indicadores sanitários, epidemiológicos, ambientais e socioeconômicos e apontando as causas das deficiências detectadas junto a estes sistemas. Estes indicadores devem fazer parte do banco de informação, do qual esta regulamentada pela Legislação Federal, através do inciso VI, art. 9º da Lei 11.445/2007, e também pela Legislação Municipal do Município de Ibirubá. PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 394 de 504 Dentre alguns sistemas criado o Sistema Nacional de Informações em Saneamento – SINISA, que ainda encontra-se em fase de implantação mostra-se como uma fonte de fomento para os indicadores locais. Tem-se ainda o SINIS (Sistema nacional de Informações sobre Saneamento) que é o sistema que antecede o SINISA, o qual apresenta uma relação de dados e indicadores referentes à prestação dos serviços de saneamento. Pode-se utilizar também como indicadores, os desenvolvidos pela ONU (Organização das Nações Unidas) através dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODMs), os quais são indicadores com metas já estabelecidas, das quais cruza dados desde a década de 90 relacionando todos os municípios do estando, permitindo assim nos dar um histórico da situação atual do município com relação aos anos passados, e o atendimento destas metas para os anos seguintes. Em vistas de que estes indicadores utilizam também dados que nos traduzem a situação do saneamento básico, serão utilizados como base. Ainda, para os municípios que realizam concessões, como é o caso da CORSAN, há uma listagem de indicadores relacionados a prestação de serviços, neste caso ligado ao abastecimento de água, e também ao esgotamento sanitário, onde ao final do primeiro trimestre de cada ano a CORSAN deve prestar contas aos municípios e à AGERGS, por meio de relatórios anuais de medição dos valores dos 15 indicadores de cada município relativos ao seu desempenho. Assim, esta listagem de indicadores também pode ser utilizada como base do desenvolvimento da prestação de serviços ao município. Para tanto, sugere-se que os sistemas de monitoramento ocorram através de indicadores formados, para detectar a situação da prestação de serviço existentes dentro do âmbito municipal, com base no banco de dados municipal e que permita o fomento do banco de informação municipal, e ainda sugere-se o acompanhamento de alguns indicadores existentes, de controle do estado e da união. 8.6.1 Indicadores Municipais O objetivo deste item é fornecer um quadro de referência de indicadores gerenciais de desempenho, que constitua efetivamente um instrumento de apoio à gestão e fiscalização da operação dos sistemas de saneamento do município. Para a criação de indicadores, devem-se observar alguns elementos que devem estar presentes: 1. Nomear o indicador; 2. Definir seu objetivo; 3. Estabelecer sua periodicidade de cálculo; PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 395 de 504 4. Indicar o responsável pela geração e divulgação; 5. Definir sua fórmula de cálculo; 6. Indicar seu intervalo de validade; 7. Listar as variáveis que permitem o cálculo; 8. Identificar a fonte de origem dos dados. Estes indicadores devem ser calculados com periodicidade definida, com base nos dados referentes ao período dos 12 meses anteriores ao mês de referência. Para que atendam aos objetivos a que foram propostos, é fundamental a confiabilidade dos dados utilizados nos cálculos. Com a finalidade de atingir objetivos na gestão operacional, a entidade operadora dos sistemas, deve procurar elevados padrões de eficiência e de eficácia. Neste caso, a eficiência mede até que ponto os recursos disponíveis são utilizados de modo otimizado para a produção do serviço, e a eficácia mede até que ponto os objetivos de gestão definidos foram cumpridos. O quadro abaixo lista uma série de indicadores possíveis de serem realizados que poderão constar no banco de dados do sistema de informação e uma série de indicadores criados para fomentar o banco de informações municipais relativas aos sistemas de saneamento implantados dentro do município. A função em elaborar estes indicadores fica a cargo das secretarias apontadas e dos responsáveis designados em cada um dos indicadores listadas nos quadros, devendo ainda, ser de caráter de o Conselho Municipal exigir que as informações para criação destes indicadores sejam lançadas devendo o mesmo ainda promoverem a divulgação junto a sociedade local. Criou-se a seguinte listagem de indicadores: Indicadores de atendimento Indicadores de custo e faturamento Indicadores de produção e perdas Indicadores de desempenho Indicadores de planejamento Indicadores de qualidade Indicadores controle social Indicadores de regulação. PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 396 de 504 Quadro 9: Indicadores econômico – financeiros e administrativos INDICADORES DE ATENDIMENTO NOME DOS OBJETIVO INDICADORES PERIODO RESPONSÁVE DE L UN. FÓRMULA DE VARIÁVEIS CÁLCULO ORIGEM DOS DADOS CÁLCULO E VALIDADE InA1 - Avaliar o % da SEMESTRAL COBERTURA DE população SERVIÇO ÁGUA DE servida Secretaria, nºi.rede= % Setor ou - quantidade nº i.rede InA1 *100 nº.i.edif . de Concessionári com Departamento água indicando indicado pelo a rede de serviços; o Conselho de nºi.edif= - Saneamento quantidade grau de atendimento do mercado. Deve ser realizado imóveis ligados a de prestação de Departamento imóveis ou edificados responsável o secretaria pelo indicador para cadastramento zona ; rural e zona urbana. InA2. Avaliar o % da COBERTURA DE população SERVIÇO ESGOTO DE servida coleta do Secretaria, de dentro sistema coletivo. PMSB – IBIRUBÀ, 2014. ou pelo Conselho Saneamento quantidade nº i.coletora InA2 *100 nº.i.edif . Departamento indicado nºi.coletora= % Setor com esgoto SEMESTRAL de de Concessionári imóveis ligados a de prestação a rede coletora de serviços; de esgoto - nºi.edif= Departamento quantidade ou secretaria Página 397 de 504 imóveis responsável edificados pelo cadastramento ; InA3. Avaliar o % da SEMESTRAL Secretaria, COBERTURA DE população Setor SERVIÇO DE Departamento COLETA atendida DE através RESÍDUO coleta DOMICILIAR resíduos da indicado de Conselho nºi.atend= % ou quantidade imóveis pelo InA3 de nº i.atend . *100 nº.i.edif . atendidos coleta de Concessionári a de prestação pela de serviços; - nºi.edif= qdade Departamento Saneamento domiciliares. imóveis ou Deve edificados responsável ser realizado o secretaria pelo indicador para cadastramento zona ; rural e zona urbana InA4. Avaliar REGULARIDADE regularidade Setor DE no Departamento ABASTECIMENT abastecimento indicado O de Conselho NA a água PRODUÇÃO tratada, DE ÁGUA ANUAL Secretaria, % ou paradas= - total de paradas pelo Saneamento TH de InA4 THparadas *100 THmês. problemas horas Concessionári por a de prestação de serviços; operacionais na produção indicando em a Departamento ou secretaria problemática TH mês= total responsável na de PMSB – IBIRUBÀ, 2014. horas de pela gestão do Página 398 de 504 regularidade produção do mês do serviço. abastecimento. InA5. Avaliar RECLAMAÇÕES quantidade de RELATIVAS ANUAL Secretaria, ao atendimento, Atend.= % Setor A reclamações QUALIDADE DOS relativas SERVIÇOS a ou reclamações Departamento atendidas indicado ano pelo Conselho de atend . InA5 *100 pop.abast. Saneamento nº Concessionári no a de prestação de serviços; - Pop. Abast = Nº Departamento PRESTADOS NO quanto a ABASTECIMENT qualidade e O DE ÁGUA regularidade abastecida pela responsável no água da população ou secretaria pelo abastecimento cadastramento da água. ; - Associação que realiza o controle da distribuição da água. InA6. Avaliar RECLAMAÇÕES quantidade de RELATIVAS À reclamações PMSB – IBIRUBÀ, 2014. a ANUAL Secretaria, Setor Departamento % ou Atend.= reclamações atendidas nº - Empresa terceirizada no para Página 399 de 504 a QUALIDADE DOS relativas SERVIÇOS ao indicado atendimento, Conselho PRESTADOS NA quanto a coleta COLETA DOS dos RESÍDUOS pelo ano de InA6 Saneamento atend . *100 pop.abast. resíduos Pop. Abast = Nº população Departamento abastecida pela ou DOMICILIARES de serviços; da sólidos. prestação água secretaria responsável pela gestão do serviço. InA7. ÍNDICE DE Avaliar o COBERTURA DO número de TIPO que contem ou indicado quantidade de - Empresa de terceirizada imóveis com o para pelo Conselho individual nºi.fossa= % Departamento ESGOTO, sistema USO DE FOSSA Secretaria, Setor DE residências TRATAMENTO DE ANUAL InA7 de nº i. fossa *100 nº.i.edif . Saneamento a sistema de fossa prestação séptica serviços; implantada - tratamento de Departamento com o sistema nºi.edif= ou de quantidade responsável imóveis pela gestão do edificados serviço. nºi.fossa+sum. Empresa fossa séptica e sumidouro secretaria rudimentar InA8. ÍNDICE DE Avaliar o COBERTURA DO número de TIPO DE residências TRATAMENTO DE que contem ESGOTO, sistema PMSB – IBIRUBÀ, 2014. ANUAL Secretaria, % Setor Departamento indicado Conselho = quantidade de terceirizada ou InA8 pelo de nº i. fossa sum. *100 nº.i.edif . imóveis com o para sistema de fossa prestação séptica serviços; Página 400 de 504 a de USO DE FOSSA + individual SUMIDOURO de Saneamento implantada e - tratamento sumidouro Departamento com o sistema projetado ou de fossa séptica responsável e sumidouro projetado secretaria de nºi.edif= pela gestão do quantidade serviço. imóveis acordo com as edificados normas técnicas InA9. ÍNDICE DE Avaliar o COBERTURA NA número de LIMPEZA DAS residências FOSSAS realizada EXISTENTES limpeza Secretaria, fossalimpa= % Setor ou quantidade Departamento indicado e manutenção das ANUAL Conselho viabilizando o Empresa de terceirizada fossas limpas pelo Saneamento fossas, - para a prestação nºfossatotais= de InA9 fossa lim pa *100 nº fossatotai s nº que de serviços; imóveis contem Departamento sistema de fossa ou secretaria tratamento (fossa + fossa e responsável considerando sumidouro) aqui todas as unidades o sistema de fossa pela gestão do serviço. que contem séptica PMSB – IBIRUBÀ, 2014. de Página 401 de 504 implantado. InA10.ÍNDICE DE Avaliar LIGAÇÕES a ANUAL DE relação entre o Secretaria, Nº.i.despejo % Setor ou Nº de imóveis Departamento ESGOTO número de Departamento que IRREGULARES ligações de indicado lançamento NO SISTEMA DE esgoto lançado Conselho DRENAGEM junto ao Saneamento sistema de pelo de InA10 nº i.despejo *100 nº i.edif .l fazem ou cadastramento nºi.edif= . número imóveis de economias de responsável pluvial quantidade total secretaria esgoto na rede pelo drenagem e o no = - de edificados município avaliando o percentual de economias que ainda não possuem sistema de tratamento. InA11. NÚMERO Avaliar DE POÇOS número o de ANUAL Secretaria, Setor ou ARTESIANOS NO poços Departamento MUNICÍPIO indicado RELAÇÃO POPULAÇÃO EM artesianos no Conselho município em Saneamento de = - Empresa indica o número terceirizada poço/1000 hab. pelo A existentes PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Nºpoços Nº de InA11 N º poços * 1000 N º pop.total existentes município. poços para no prestação serviços; - Página 402 de 504 a de URBANA relação ao numero total Nº pop.total = Departamento população de habitantes. total ou do município secretaria responsável pela gestão do serviço. - Associação que realiza o controle da distribuição da água. InA12. DE NÚMERO Avaliar POÇOS número o TRIMESTRA de L Secretaria, Setor ou ARTESIANOS poços Departamento COM artesianos que indicado TRATAMENTO recebem Conselho EM RELAÇÃO AO tratamento em TOTAL relação ao número total Nºpoços trat = - % Saneamento indica o numero terceirizada de pelo de Empresa InA12 N º poçostrat. * 100 nº poçostotai s poços que para recebem prestação tratamento - das Departamento normas do MS. de poços. de e serviços; encontram-se dentro a ou secretaria responsável Nºpoços = pela gestão do indica o número serviço. de existentes município. poços - Associação no que realiza o controle da distribuição da PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 403 de 504 água. InA13. NÚMERO Avaliar DE POÇOS número o ANUAL de Secretaria, Setor ou ARTESIANOS NO poços Departamento MUNICÍPIO indicado RELAÇÃO EM artesianos Nºpoços poço/1000 = - indica o número terceirizada hab. de pelo poços para existentes InA13 de Empresa N º poços *1000 N º pop.atend . a no prestação município. de A existentes no Conselho serviços; POPULAÇÃO município em Saneamento ATENDIDA relação ao Nº pop.atend = Departamento numero da população - ou secretaria população atendida no responsável atendida com o município com o pela gestão do abastecimento abastecimento serviço. de água dos de água de poço - mesmos. Associação que realiza o controle da distribuição da água. InA14. NÚMERO Avaliar DE POÇOS número o TRIMESTRA de L Secretaria, Setor ou ARTESIANOS NO poços Departamento MUNICÍPIO COM artesianos que indicado TRTAMENTO EM recebem Conselho RELAÇÃO Saneamento A tratamento em Nºpoços trat = - % indica o numero terceirizada de pelo de InA14 N º poçostrat. *100 N º pop.atend . poços que para recebem a prestação tratamento de e serviços; encontram-se POPULAÇÃO relação ao dentro ATENDIDA numero da normas do MS. PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Empresa - das Departamento ou secretaria Página 404 de 504 população responsável atendida com o Nº pop.atend = pela gestão do abastecimento população de água dos atendida mesmos. município com o que realiza o serviço. no - abastecimento de água poço. InA15. COM POÇOS Avaliar OUTORGA número EMITIDA DRH o de PELO poços ANUAL Secretaria, Setor Departamento indicado possuem Conselho outorga Saneamento controle de distribuição da água. = - Empresa de poços com para pelo de N º poçosOut InA15 *100 N º poços Outorga existentes município. pelo a prestação Departamento Nºpoços de indica o número responsável PMSB – IBIRUBÀ, 2014. de no serviços; Departamento Recursos da indica o número terceirizada ou artesianos que emitida NºpoçosOut % Associação = ou secretaria Página 405 de 504 Hídricos do de Estado (DRH) poços pela gestão do existentes no serviço. município. - Associação que realiza o controle da distribuição da água. InA16. ÍNDICE DE Avaliar a ANUAL Secretaria, COBERTURA DO relação entre a Setor SISTEMA DE extensão Departamento DRENAGEM vias de urbanas indicado ou Conselho com Saneamento = - extensão de vias Departamento pavimentadas pelo pavimentadas sistema Viapav % InA16 de viapav. * 100 Tviapav. ou com sistema de responsável drenagem. pela gestão do serviço. de Tviapav microdrenage extensão total m e extensão das vias total pavimentadas. de secretaria vias = urbanas pavimentadas. InA17. ÍNDICE DE Avaliar PMSB – IBIRUBÀ, 2014. a ANUAL Secretaria, % Viapav = - Página 406 de 504 COBERTURA DE extensão das Setor ou PAVIMENTAÇÃO áreas Departamento NOS pavimentadas indicado ARRUAMENTOS do Conselho município em relação a extensão de vias Departamento InA17 pelo pavimentadas ou secretaria viapav. * 100 com sistema de responsável Tvias. de drenagem. pela gestão do Saneamento serviço. rede total de Tvias= extensão ruas da zona total de vias na urbana. área urbana INDICADORES DE CUSTO E FATURAMENTO NOME DOS OBJETIVO PERIODO INDICADORES RESPONSÁVEL UN. DE FÓRMULA DE VARIÁVEIS CÁLCULO ORIGEM DOS DADOS CÁLCULO E VALIDAD E InF1. CUSTO PRODUÇÃO ÁGUA DA Avaliar DE custo produção o MENSAL Secretaria, Setor de ou Departamento de indicado água faturada Conselho por Saneamento m³ água produzida de pelo de Cmensal R$/m³ custo InF1 Cmensal Vágua = total Concessionária mensal para a de produção água (R$) prestação de de serviços; - Departamento ou secretaria Vágua = volume responsável faturado mensal pelo PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 407 de 504 (m³) cadastramento; - Associação que realiza o controle da distribuição da água. Secretaria, Setor R$/m³ CE = custo de - ENERGIA POR m³ incidência do ou Departamento energia mensal Concessionária TRATADO para sistema de de InF2. CUSTO DA Avaliar a MENSAL custo de indicado energia na Conselho produção de Saneamento pelo de InF 2 CE Vágua água ou esgoto prestação de serviços; - Departamento água por m³ Vágua de volume faturado responsável água faturada ou = ou mensal de água esgoto tratado secretaria pelo cadastramento; - Associação que realiza o controle da distribuição da água. InF3. CUSTO DA Avaliar o MENSAL Secretaria, Setor R$/m³ Cfolha = custo - PRODUTIVIDADE custo da folha ou Departamento da PESSOAL de pagamento indicado pagamento para Conselho operacionaliza Saneamento PMSB – IBIRUBÀ, 2014. pelo de InF 3 Cfolha Vtotal folha pessoal de Concessionária de de prestação de serviços; - Departamento Página 408 de 504 ção Vtotal = volume ou do secretaria sistema tendo faturado mensal responsável por de base volume o de água; ou pelo volume total de cadastramento; água faturada esgoto tratado - Associação que realiza o controle da distribuição da água. Secretaria, Setor R$/m³ Fagua= - custo do m³ ou Departamento faturamento Concessionária de indicado total mensal de de InF4. Avaliar FATURAMENTO DE ÁGUA o água faturado. MENSAL Conselho Saneamento pelo de água InF 4 Fagua Vconsumido prestação de serviços; - Departamento Vconsumido= volume ou secretaria mensal responsável consumido pelo cadastramento; - Associação que realiza o controle da distribuição da água. PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 409 de 504 InF5. Avaliar FATURAMENTO margem DE ESGOTO a MENSAL ou Departamento operacional indicado do custo do Conselho m³ de esgoto Saneamento pelo – - Tarrec Secretaria, Setor % InF 5 (Tarrec Coperac) *100 Tarrecad de Coperac = total Concessionária de arrecadação de - total de tratado. prestação de serviços; despesas - Departamento operacionais; ou secretaria responsável T arrec = total pelo de arrecadação cadastramento; Secretaria, Setor % T arrec = total - COM O MANEJO relação entre ou Departamento de arrecadação DE indicado InF6. DESPESAS Avaliar RSU a NAS despesas ANUAL Tarrec InF 6 * 100 Tgasto DESPESAS total com Conselho CORRENTES DA manejo dos Saneamento PREFEITURA resíduos e o serviços faturamento interno arrecadado serviços para terceirizações). RSU através terceirizada Tgasto = total para prestação pelo de Empresa gasto no do serviço; atendimento dos - Departamento (custo ou secretaria dos responsável; + da taxa implantada PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 410 de 504 (IPTU). InF7. IDESPESAS Avaliar COM EMPRESAS incidência das CONTRATADAS a ANUAL despesas com Secretaria, Setor % T arrec = total - ou Departamento de arrecadação indicado PARA EXECUÇÃO empresas Conselho DE SERVIÇO DE contratadas Saneamento MANEJO DE RSU pelo de InF 7 Tarrec * 100 Cgastoterc terceirizada para prestação Cgastoterc. custo = do serviço; investido - Departamento para no atendimento ou execução dos de serviço de com manejo de rsu terceirizações. (coleta Empresa secretaria serviços responsável; ou destinação). Um indicador para cada empresa do ramo. Secretaria, Setor R$/hab. Ctotal = custo - PER CAPITA COM relação entre ou Departamento gasto MANEJO DE RSU indicado atendimento dos para prestação InF8. EM DESPESA Avaliar RELAÇÃO a a despesa À total da POPULAÇÃO Prefeitura URBANA com manejo ANUAL Conselho Saneamento pelo de InF 8 Ctotal N º Pop.total serviços interno no terceirizada (custo do serviço; dos - Departamento serviços + ou de RSU e o terceirizações). total da pop. Nº pop.total = total atendida. população total PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Empresa secretaria responsável; Página 411 de 504 do município InF9. AUTO Avaliar a SUFICIÊNCIA relação da FINANCEIRA DA receita ANUAL Secretaria, Setor % T arrec = total - ou Departamento de arrecadação indicado PREFEITURA COM arrecadada Conselho O Saneamento MANEJO DE com RSU de manejo RSU, pelo de InF 9 (Tarrec) * 100 Tgasto terceirizada Tgasto = total para prestação gasto no do serviço; atendimento dos - Departamento e serviços (custo ou despesa total interno da serviços Prefeitura terceirizações). com Empresa secretaria dos responsável; + manejo de RSU. InF10. RECEITA Avaliar a ANUAL Secretaria, Setor R$/hab./a T arrec = total de arrecadação ARRECADADA relação entre ou Departamento no PER CAPITA COM o indicado TAXAS valor OU arrecadado OUTRAS FORMAS com serviços DE COBRANÇA de manejo de PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Conselho Saneamento pelo de InF10 Empresa terceirizada Nº pop.total = para prestação (Tarrec) N º Pop.total população total do serviço; do município - Departamento ou secretaria Página 412 de 504 PELA PRESTAÇÃO RSU e a pop. responsável; DE SERVIÇOS DE Urbana. MANEJO DE RSU InF11. TAXA COBERTURA DE Avaliar a DO relação entre SERVIÇO DE a população COLETA DE atendida e a RESÍDUO população DOMICILIAR(RDO) total. DA ANUAL Secretaria, Setor % Nº popatend. = - ou Departamento população indicado atendida Conselho pelo de Saneamento InF11 terceirizada pelo para prestação N º Popatend . * 100 sistema N º Pop.total de do serviço; coleta POPULAÇÃO Empresa de - Departamento resíduo ou domiciliar responsável; TOTAL DO Nº pop.total = MUNICÍPIO população total secretaria do município InF12. CUSTO Avaliar UNITÁRIO MÉDIO relação entre DO SERVIÇO DE COLETA RPU) (RDO a despesa total + da Prefeitura com serviços ANUAL Secretaria, Setor R$/ton Ctotal = custo - ou Departamento gasto indicado atendimento dos para prestação Conselho Saneamento pelo de Ctotal InF12 Vcoletado serviços no terceirizada (custo do serviço; interno dos - Departamento de coleta e serviços quantidade terceirizações), coletada por (prefeitura + + ou secretaria responsável; para a coleta e destinação terceirizada + resíduos. coop./assoc. Vcoletado PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Empresa dos = Página 413 de 504 catadores) volume coletado total InF13. INCIDÊNCIA Avaliar DO a CUSTO DO relação entre SERVIÇO DE despesa total COLETA ANUAL NO da Prefeitura CUSTO TOTAL DO com MANEJO DE RSU serviço Secretaria, Setor Ccoleta = custo - % ou Departamento indicado Conselho pelo de gasto na terceirizada realização do para prestação Ccoleta . InF13 * 100 serviço Ctotal Saneamento de do serviço; coleta - Departamento de coleta e a Ctotal = custo ou despesa total gasto da Prefeitura atendimento dos com serviços manejo de RSU Empresa secretaria no responsável; (custo interno dos serviços + terceirizações), para a coleta e destinação dos resíduos. InF14. CUSTO Avaliar UNITÁRIO MÉDIO relação entre DO SERVIÇO DE as despesas LIMPEZA DE RUAS totais E a ANUAL PODAS Prefeitura PMSB – IBIRUBÀ, 2014. da Secretaria, Setor R$/km Climpeza ou Departamento custo gasto na terceirizada indicado Conselho Saneamento pelo de InF14 C lim peza. * 100 realização D serviço coleta = - Empresa do para prestação de do serviço; - Departamento Página 414 de 504 URBANAS com serviço D = distância da ou de limpeza área limpa em responsável; (poda e secretaria quilômetro varrição) e a extensão total de sarjeta varrida InF15. INCIDÊNCIA DO CUSTO relação entre ANUAL DO despesas SERVIÇO DE totais LIMPEZA NO prefeitura com CUSTO TOTAL serviço COM MANEJO DE varrição e RSU despesas totais da de com manejo de rsu Secretaria, Setor % Climpeza ou Departamento custo gasto na terceirizada indicado realização do para prestação serviço de do serviço; Conselho Saneamento pelo de InF15 = - Empresa coleta. - Departamento C lim peza. * 100 Ctotal = custo ou secretaria Ctotal gasto no responsável; atendimento dos serviços (custo interno dos serviços + terceirizações), para a coleta e destinação dos resíduos. PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 415 de 504 INDICADORES DE PRODUÇÃO E PERDAS NOME DOS OBJETIVO PERIODO INDICADORES RESPONSÁVEL UN. DE FÓRMULA DE VARIÁVEIS ORIGEM DOS CÁLCULO DADOS CÁLCULO InP1. PRODUÇÃO Avaliar o % do TRIMESTRAL Secretaria, Setor DE ÁGUA volume de água ou Departamento tratada em indicado relação ao Conselho volume de água % InP1 pelo Vtrat . *100 Vcapt . Vtrat. = volume de - Volume água tratada mensal indicados junto / volume de ao de poço (hidrômetro) Vcapt. = volume de junto Saneamento captada, água total captada e ao hidrômetro indicando as instalado perdas do caixa d’água. sistema de - Água coletada adução. no na manancial Este cálculo de captação e deve ser água tratada na efetuado zona para rural ETA. e urbana. InP2. PRODUÇÃO Avaliar o % de SEMESTRAL Secretaria, Setor POR ou Departamento DEMANDA volume PROJETADA produzido em indicado relação ao Conselho volume projetado para o PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Saneamento V % volume - total produzido ano pelo de prod.= Concessionária de prestação de InP 2 Vprod . *100 V projet.= volume serviços; Vprojet . total projetado ano - Departamento ou secretaria Página 416 de 504 consumo pela responsável população pelo residente. cadastramento; Este cálculo - Projeção de deve ser efetuado zona demanda para rural de água junto ao e PMSB. urbana. InP3. ÍNDICE DE Avaliar o % de MENSAL Secretaria, Setor PERDAS ou Departamento DE perdas FATURAMENTO por Faturamento, indicado indicando o equilíbrio de financeiro do Conselho Vaprod= % InP3 pelo Vaprod . *100 Vafatur . total volume - de água Concessionária produzida de prestação de de serviços; Vafatu=volume total - Departamento Saneamento de água faturada sitema. ou secretaria responsável pelo cadastramento; - Associação que realiza o controle da distribuição da água. volume - Secretaria, Setor PERDAS ou Departamento total indicado volume fornecido a de prestação de PRODUÇÃO NA perdas produção, PMSB – IBIRUBÀ, 2014. na pelo % Vperda= InP4. ÍNDICE DE Avaliar o % de MENSAL tratado – Concessionária Página 417 de 504 indicando o volume tratado pelo volume consumido, Conselho de produção serviços; Saneamento - Departamento InP 4 e Vperda *100 Vtotal . Vtotal=volume total ou secretaria responsável volume total. pelo cadastramento; - Associação que realiza o controle da distribuição da água. InP5. ÍNDICE DE Avaliar o % de MENSAL Secretaria, Setor PERDAS ou Departamento DISTRIBUIÇÃO NA perdas na distribuição, indicado indicando assim Conselho os pontos onde Saneamento devem ser pelo de Vmacroprod % InP5 Vmacro *100 Vmicro Vestimado volume de = água Concessionária macromedido na de prestação de produção serviços; - Departamento Vmicro+Vestimado realizadas =soma manutenções do micromedido sistema. volume estimado ou volume responsável + pelo cadastramento; - PMSB – IBIRUBÀ, 2014. secretaria Associação Página 418 de 504 que realiza o controle da distribuição da água. InP6. ÍNDICE DE Avaliar o % de MENSAL Secretaria, Setor MACROMEDIÇÃO volume de água ou Departamento NA macromedido indicado DISTRIBUIÇÃO na distribuição, Conselho identificando se Saneamento o Pmedidareserva % = - total de pontos com Concessionária pelo InP6 de Vaprod . *100 Vafatu . medidores nas de prestação de saídas dos serviços; reservatórios - Departamento volume medido ou Psaidareserva=total é compatível com de a saídas quantidade requerida pela pontos secretaria responsável nas pelo dos cadastramento; reservatórios. - população Associação que realiza o controle da distribuição da água. InP7. ÍNDICE DE Avaliar o COBERTURA DA cobertura MICROMEDIÇÃO % TRIMESTRAL Secretaria, Setor da ou Departamento micromedição, indicado com o objetivo Conselho de controlar a Saneamento quantidade água PMSB – IBIRUBÀ, 2014. de LigH= % pelo de total ligações InP7 LigH *100 Ligagua de com Concessionária hidrômetros de prestação de serviços; Ligagua=total de - Departamento ligações de água ou secretaria responsável Página 419 de 504 consumida. pelo cadastramento; - Associação que realiza o controle da distribuição da água. InP8. ÍNDICE DE Relação entre ANUAL Secretaria, Setor VAZAMENTOS NA vazamentos na ou Departamento rede REDE por indicado / km da Conselho rede extensão rede, realizado pelo vazamentorede vaz vazamentorede InP8 * 100 extensaore de. = - total de vazamentos Concessionária na rede registrado de prestação de de serviços; extensaorede= total - Departamento Saneamento para da extensão de rede ou secretaria manutenções responsável dos pelo controle; anos anteriores. InP9. ÍNDICE DE Avaliar o % de SEMESTRAL Secretaria, Setor PRESSÃO extensão ou Departamento MÍNIMA NA REDE rede com da a indicado pressão mínima Conselho para Saneamento PMSB – IBIRUBÀ, 2014. o pelo de ExbaixaP % InP9 = - extensão de rede Concessionária ExbaixaP *100 com pressão abaixo de prestação de Exrede. de 10 mca serviços; - Departamento Página 420 de 504 Exrede= abastecimento. extensão ou total da rede secretaria responsável pelo cadastramento; - Associação que realiza o controle da distribuição da água. INDICADORES DE DESEMPENHO NOME DOS OBJETIVO PERIODO INDICADORES RESPONSÁVEL UN. DE FÓRMULA DE VARIÁVEIS CÁLCULO ORIGEM DOS DADOS CÁLCULO E VALIDADE InD1. TAXA DE Avaliar a relação EMPREGADOS TOTAIS (PREFEITURA entre a quantidade + de total empregados ANUAL Nº func = nº - Departamento Secretaria, Setor empreg/ ou Departamento 1000 indicado Conselho pelo hab. de InD1 N º func. *1000 N ª pop.total de funcionários ou atuando no responsável setor pelo TERCEIRIZADOS) atendendo a um ATENDENDO A setor em relação Nº pop.total = POPULAÇÃO a população total população urbana, secretaria Saneamento cadastramento; do município objetivando PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 421 de 504 identificar se há carências no setor em relação a mão de obra. Deve ser replicada a fórmula para cada setor em que é de responsabilidade da prefeitura. InD2. TAXA DE Avaliar a relação SERVIÇO entre a EXECUTADO POR quantidade CATADORES NA catadores COLETA DE auxiliam na RECILCAVEL EM execução da RELAÇÃO AO coleta em relação ANUAL Secretaria, Setor % Nºcatad = nº - Departamento ou Departamento de de indicado que atuam no responsável que Conselho pelo de catadores ou município Saneamento em pelo cooperativas N º catad . InD2 *100 ou informal N ª func. cadastramento; NÚMERO TOTAL DE ao número de Nº func = nº FUNCIONÁRIOS Empregados de funcionários RSU contratados e atuando terceirizados InD3. CAPITA PER entre DE quantidade PMSB – IBIRUBÀ, 2014. no setor MASSA Avaliar a relação COLETADA secretaria a total ANUAL Secretaria, Setor kg/hab./ V(RDO) ou Departamento dia volume indicado pelo coletado = - Departamento ou secretaria em responsável Página 422 de 504 ACORDO coletada COM a Conselho A população urbana de Saneamento InD3 POPULAÇÃO URBANA VRDO. N º Pop.total kg/dia pelo considerando cadastramento; a média durante o ano para RDO. Nº pop.total = população total do município InD4. MASSA RDO Avaliar a relação COLETADA ANUAL PER entre quantidade CAPITA COM total de resíduo coletada kg/hab./ V(RDO) ou Departamento dia volume indicado RELAÇÃO A POP. domiciliar ATENDIDA Secretaria, Setor Conselho e a pelo InD4 de Saneamento = - Departamento ou coletado V ( RDO) N º Pop.atend . kg/dia secretaria em responsável pelo considerando população a atendida durante o ano cadastramento; média Nº pop.atend. = população atendida do município InD5. MASSA DE Avaliar a relação RDO + RPU (resíduo entre doméstico poda) + de quantidade COLETADA coletada PMSB – IBIRUBÀ, 2014. da total no ANUAL Secretaria, Setor kg/hab./ ou Departamento dia indicado Conselho pelo de V (RDO RDU) volume coletado + - Departamento = ou secretaria responsável em pelo Página 423 de 504 PER município CAPITA ACORDO de Saneamento kg/dia DE resíduo domestico COM considerando A e resíduo de poda POPULAÇÃO em relação TOTAL quantidade ATENDIDA da cadastramento; InD5 a total V ( RDO RPU ). N º Pop.atend . a média durante o ano, somando população o resíduo atendida de poda a quantidade de resíduo doméstico coletado. Nº pop.atend. = população atendida do município InD6. MASSA RCC DE Avaliar a relação (resíduo entre a relação da construção civil) PER quantidade CAPITA ACORDO COM DE resíduo gerado e ANUAL Secretaria, Setor kg/hab./ ou Departamento dia de indicado civil Conselho a A população urbana Saneamento pelo de V (RCC) = - Departamento volume V ( RCC ). InD6 coletado N º Pop.atend . ou secretaria em responsável kg/dia pelo considerando cadastramento; a média - Empresa POPULAÇÃO durante o ano, terceirizada na URBANA considerando os PMSB – IBIRUBÀ, 2014. coleta e resíduos destinação dos Página 424 de 504 oriundos da resíduos. construção civil. Nº pop.atend. = população atendida do município. InD7. TAXA DE Avaliar a relação SEMESTRAL Secretaria, Setor V % (RR) RECUPERAÇÃO DE entre quantidade ou Departamento volume MATERIAIS total de materiais indicado coletado RECICLÁVEIS recicláveis Conselho resultantes na quantidade total coletada de resíduo domiciliar. Saneamento pelo de = - terceirizada na em triagem kg/dia InD7 Empresa resíduos considerando sólidos. V ( RR ) *100 a média - Departamento V ( RDO) durante o ano, ou secretaria para os responsável resíduos de pelo materiais cadastramento. recicláveis aproveitados. V (RDO RDU) + = volume coletado PMSB – IBIRUBÀ, 2014. dos em Página 425 de 504 kg/dia considerando a média durante o ano, dos resíduo domésticos coletados. InD8. MASSA Avaliar a relação SEMESTRAL Secretaria, Setor RECUPERADA PER entre quantidade ou Departamento CAPITA DE total de materiais indicado MATERIAIS recicláveis Conselho RECICLÁVEIS recuperados pela Saneamento kg/hab./ V(RR) ano volume terceirizada na coletado triagem kg/ANO resíduos considerando sólidos. pelo de InD8 V ( RR ) N º Pop.atend = - Empresa dos população a soma total - Departamento urbana atendida. durante o ano, ou secretaria para os responsável resíduos de pelo materiais cadastramento. recicláveis aproveitados. Nº pop.atend. = população atendida do município InD9. INDICADOR Avaliar o número PMSB – IBIRUBÀ, 2014. ANUAL Secretaria, Setor % Nºi.ating. = nº - Departamento Página 426 de 504 DE EFICIÊNCIA DO de SISTEMA economias ou Departamento de por indicado atingidos inundações em Conselho relação ao Saneamento número de DE atingidas MACRODRENAGEM pelo de nº i.ating . InD9 * 100 nº i.a.ating imóveis ou secretaria no responsável ano. pelo cadastramento. Nºi.a.ating. = - Defesa Civil economias nº de imóveis do estado. atingidas em uma anteriormente inundação atingidos tomada como referência anos por inundação. anteriores. InD10. ÍNDICE DE Pontos do EFICIÊNCIA de DO sistema Secretaria, Setor Nºfalhas= % ou Departamento SISTEMA DE drenagem DRENAGEM apresentam Conselho falhas/deficiências Saneamento em que ANUAL indicado pelo de de InD10 N º falhas * 100 Trede nº - Departamento pontos ou secretaria falhos responsável identificados pelo na rede cadastramento. relação extensão da rede Trede = total, indicando as extensão total falhas a cada 100 da rede metros. PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 427 de 504 INDICADORES DE PLANEJAMENTO NOME DOS INDICADORES OBJETIVO InN1. INDICADOR DAS AÇÕES DESENVOLVIDAS NO PMSB PARA 20 ANOS PERIODO RESPONSÁVEL UN. DE CÁLCULO E VALIDADE sistema ANUAL Secretaria, Setor % Avaliar o implantado, obtendo-se dados de quantas ações foram atingidas durante o período de avaliação, do global de ações existentes, permitindo avaliar se o planejamento implantado esta eficiente e condizente com a realidade das ações. InN2. INDICADOR Avaliar o número de DAS AÇÕES ações atingidas para DESENVOLVIDAS o período em PARA O PERÍODO questão. FÓRMULA DE CÁLCULO ou Departamento indicado Conselho InN1 pelo nº açõesating idas *100 nº açõestotai s de Saneamento SEMEST. Secretaria, Setor % ou Departamento indicado Conselho pelo InN 2 de nº açõesating idas *100 nº açõesperío do Saneamento InN3. ÍNDICE DE Avaliar o % de rede MENSAL ATUALIZAÇÃO DE de água cadastrada, CADASTRO implantando assim o PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Secretaria, Setor ou Departamento % VARIÁVEIS InN 3 Re decad * 100 Re det otal . ORIGEM DADOS DOS Nºaçõesatingidas = indica o número de ações que foram desenvolvidas durante o período, tendo por base o plano de ações. - Dados obtidos no plano de PMSB, no que concerne as ações a serem desenvolvidas. Ações realizadas – Nºaçõestotais= junto a reflete o número de Secretaria ou ações totais que se Departamento pretende realizar ao responsável. longo de 20 anos. Nºaçõesatingidas = indica o número de ações que foram desenvolvidas durante o período, tendo por base o plano de ações. - Dados obtidos no plano de PMSB, no que concernem as ações a serem desenvolvidas. Ações realizadas – Nºaçõesperíodo= junto a reflete o número de Secretaria ou ações estabelecidas Departamento para o período (curto responsável. prazo). Redecad = extensão - Empresa ou de rede cadastrada setor responsável Página 428 de 504 TÉCNICO cadastro técnico das redes de abastecimento. indicado Redetotal extensão de total pelo Conselho de = pelo rede cadastramento das redes. Saneamento INDICADORES DE QUALIDADE NOME DO OBETIVO PERIODO INDICADOR RESPONSÁVEL DE UN. FÓRMULA DE VARIÁVEIS CÁLCULO ORIGEM DOS DADOS CÁLCULO E VALIDADE InQ1. QUALIDADE Avaliação DA ÁGUA ANÁLISE POR parâmetros qualidade águas dos De acordo da com o das de abastecimento Portaria 2914/11, da ou análises com a portaria a Portaria. amostras parâmetro Departamento do MS. pontos MENSAL indicado ANUAL pelo das De acordo com - Coleta de nos de abastecimento. de Saneamento MS através emissão Laudo Comparação SEMESTRAL Conselho humano, com base na Secretaria, Setor de por responsável técnico. PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 429 de 504 InQ2. Avaliar o número COBERTURA DE de poços ou pontos ANALISE PARA tratamento QUALIDADE ÁGUA De acordo com o ou que parâmetro Departamento DA efetuam a analise MENSAL indicado o ANUAL poços ou pontos Departamento N º analise InQ2 *100 N º pontos com realização ou pelo da água de acordo SEMESTRAL Conselho com InQ2 = nº de - Secretaria, Setor % de análise. secretaria responsável Nºpontos = nº pelo de Saneamento de poços ou cadastramento. regulamentado pontos totais junto a portaria. onde deve ser realizada a análise InQ3. QUALIDADE Avaliação DO ESGOTO parâmetros TRATADO qualidade águas dos De acordo da com o das de lançamento corpo Comparação ou análises parâmetro Departamento Resolução do Conama MENSAL indicado 357/2005 e Consema SEMESTRAL Conselho posterior tratamento Secretaria, Setor - ANUAL em hídrico, Saneamento pelo de das com 128/2006, a e reavaliação. Caso seja detectado contaminação águas. do exigências da licenças 357/2005 e Seguir das conforme exigência Conama - as ambientais. Cosnema 128/2006, PMSB – IBIRUBÀ, 2014. através Página 430 de 504 da coleta e analise da água, elaboração e de Laudo por responsável técnico. InQ4. ÍNDICE DE Avaliação dos QUALIDADE (IQA) parâmetros DOS RECURSOS qualidade HÍDRICOS águas de principais Secretaria, Setor - Comparação ou análises das Departamento Resolução do Conama ou dos indicado 357/2005, responsável da corpos hídricos existentes dentro da zona ANUAL Conselho Saneamento pelo de das com a e cadastramento. contaminação das ser município de estabelecido avaliação Resolução do secretaria detectado águas, a Departamento pelo do com - reavaliação. Caso seja urbana acordo - deverá em parâmetros semestrais. Conama 357/2005 através da coleta e analise da água, e elaboração Laudo de por responsável técnico. PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 431 de 504 InQ5.ÍNDICE DE Avaliar a relação LIGAÇÕES DE entre o número de ESGOTO ANUAL Secretaria, Setor número total Departamento e indicado de Conselho ligações de esgoto na rede o ou ligações de esgoto REGULARIZADOS regularizado Nº.i.regularizad % pelo = nº - de Departamento imóveis nº i.regularizado InQ5 *100 regularizado nº i.despejo ou secretaria responsável de pelo Nº.i.despejo Saneamento pluvial, = cadastramento. Nº de imóveis permitindo avaliar o que avanço na redução lançamento do esgoto na rede lançamento irregular de esgoto. fazem de pluvial INDICADORES CONTROLE SOCIAL NOME DO OBETIVO INDICADOR PERIODO DE RESPONSÁVEL UN. FÓRMULA DE VARIÁVEIS ORIGEM DOS DADOS CÁLCULO CÁLCULO E VALIDADE InS1. INDICADOR Avaliação DE CONTROLE participação da SOCIAL comunidade na implantação de um programa ou ação voltada para educação da comunidade. PMSB – IBIRUBÀ, 2014. ANUAL Secretaria, Setor % ou Departamento indicado Conselho Saneamento pelo de Nºind.= nº Departamento ou secretaria responsável indivíduos nº ind . pela execução dos InS1 *100 (nº progr.xpop.ativa) participante programas e pelo cadastramento. nos programas implantados (somatório de Página 432 de 504 todos os programas). Nºprogr x pop.ativa = multiplica-se o nº de programas implantados pela população ativa (público alvo) InS2. INDICADOR DA PARTICIPAÇÃO DOS MUNÍCIPES NA SEGREGAÇÃO NA ORIGEM. Avaliação TRIMESTRAL Secretaria, Setor participação da ou comunidade na implantação de Departamento da coleta indicado pelo seletiva Conselho de Saneamento ∑ nºecon. Econ nº econ. / 1000 hab InS 2 N º dias *1000 N º pop.total = - A indicação do número de participantes deve soma do ser realizada através de número de um controle de registro com o uso de planilhas economias que levantado na origem, participaram do realizada em períodos de intervalo de tempo, programa nos registrando as dias de economias que participam da coleta. registro. Nºdias = indica o número de dias em que foi realizado registro o das economias que PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 433 de 504 aderem ao programa. Nº pop.total = população total do município INDICADORES DE REGULAÇÃO NOME DO OBETIVO INDICADOR PERIODO DE RESPONSÁVEL UN. FÓRMULA DE VARIÁVEIS ORIGEM DADOS CÁLCULO DOS CÁLCULO E VALIDADE InR1. INDICADOR DE AÇÃO DA FISCALIZAÇÃO Avaliar a ação da fiscalização dos agentes da Prefeitura Municipal nos atendimentos a reclamações e denuncias registradas. Pode ser realizada para um setor especifico, ou realizada a soma de todos os setores que atuam no saneamento básico. PMSB – IBIRUBÀ, 2014. ANUAL Secretaria, Setor ou Departamento indicado Conselho Saneamento pelo de % Nºfisc.= nº Secretaria ou Departamento ou fiscalizações nº fisc. responsável pela InR1 *100 (nº rec. nº den.) realizadas fiscalização, devendo ser realizada um durante o controla para as período. denuncias e reclamações e um Nºrec+nºden= controle para a soma entre o fiscalização realizada. número de reclamações + denuncias e chamamentos da comunidade. Página 434 de 504 8.6.2 Indicadores do SINIS – SINISA O Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento – SNIS foi concebido em 1995 como um instrumento da Política Nacional de Saneamento e vem sendo conduzido pela Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental do Ministério das Cidades – SNSA/MCIDADES. O banco de dados do SNIS armazena dados de caráter cadastral, operacional, financeiro, administrativo e de qualidade. Fornece informações referentes aos planos municipais de saneamento básico e consórcios. Considerado um dos mais abrangentes sistemas de informações sobre saneamento do mundo, o SNIS disponibiliza em seu site www.snis.gov.br todo o acervo de informações, indicadores, textos, gráficos, métodos e glossários dos nove anos consecutivos (2002 a 2010) em que está em operação, com quantidades de participantes e de dados incrementados a cada ano. As informações devem ser enviadas em dois aplicativos informatizados: uma para abastecimento de água e esgotamento sanitário, e outro para resíduos sólidos urbanos. Os aplicativos estão disponíveis para download no site http://www.snis.gov.br/. O SNIS foi criado em 1996 e contém informações de caráter institucional, administrativo, operacional, gerencial, econômico-financeiro, e de qualidade sobre a prestação de serviços de água, esgotos e manejo de resíduos sólidos. Para realizar o cadastramento das informações municipais e manter atualizado o banco de dados, deve-se realizar o acesso através do endereço eletrônico: http://www.cidades.gov.br/snisweb/src/Sistema/index, onde cada município possui uma senha e um login para o fomento. Aparecerá uma pagina contendo as seguintes informações: Figura 90: Imagem da página da internet onde deverá ocorrer o fomento das informações relativas a saneamento básico. PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 435 de 504 No link ajuda, contem o manual do preenchimento, que deve ser estudado para que todas as fontes de informações sejam colocadas de maneira correta junto ao site. Este manual tem por objetivo oferecer orientações para o preenchimento dos formulários por meio do sistema SNISWEB, sistema online desenvolvido pela equipe técnica do SNIS para a Coleta 2011. A partir da criação do SINISA, poderão ocorrer mudanças no preenchimento destas informações e fomento do banco de dados, no entanto, como ainda não esta implementado, este banco de dados deve ser utilizado até que ocorram as mudanças informadas. Figura 91: Informativo do local onde este inserido o Manual de Preenchimento junto ao site. Fonte: http://www.cidades.gov.br/snisweb/src/pdf/Manual_RS_2011.pdf, 2013. A partir do ano de 2009, em atendimento às instruções normativas do Ministério das Cidades que passa a exigir o certificado de regularidade de alimentação de dados ao SNIS para o recebimento de recursos do Governo Federal, bem como com o intuito de propiciar a participação de todos os municípios no SNIS, foram convidados todos os municípios brasileiros. 8.6.3 Indicadores de desenvolvimento do Milênio no Rio Grande do Sul - (ODMs) Com o propósito central de examinar, através de um conjunto de indicadores, o desempenho dos municípios gaúchos, para verificar se as metas definidas no documento Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODMs) estão sendo alcançadas, a Organização das Nações Unidas (ONU), criou uma lista de indicadores de monitoramento para o período entre PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 436 de 504 1990 e 2005. Os objetivos, metas e indicadores propostos leva em consideração o desempenho verificado até 2005, através de fontes de dados das quais se deu a preferência por realizar a nível municipal, onde as metas foram propostas para serem atingidas até o ano de 2015, e estão sendo monitoradas durante o período nos municípios gaúchos, no plano regional e intrarregional, (FEE, 2011). Cita-se o propósito de avaliação dos indicadores. 1. Erradicar a extrema pobreza e a fome. 2. Atingir o ensino fundamental universal. 3. Promover a igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres. 4. Reduzir a mortalidade infantil. 5. Melhorar a saúde materna. 6. Combater o HIV/AIDS, a tuberculose e outras doenças. 7. Garantir a sustentabilidade ambiental Para o diagnóstico dos objetivos e das metas, foram criados critérios de avaliação — categorias — para os 18 indicadores selecionados, levando-se em consideração o comportamento de cada um dos indicadores atingidos até o último ano estatístico disponível para a base municipal. São eles: Alcançado - o desempenho do indicador mostra que a meta foi alcançada, o que não significa que ela venha a se manter até 2015; A caminho - o desempenho do indicador tende a alcançar a meta até 2015, se mantiver o ritmo de melhora em curso; A caminho/avanço lento - o desempenho do indicador apresenta melhoras, mas não é identificado o ritmo de mudança; em alguns municípios não foi possível estabelecer a categorização; Avanço lento - o desempenho do indicador aponta melhora, mas, se mantido o mesmo ritmo, a meta não deverá ser atingida até 2015; Nenhuma mudança ou mudança negativa - o desempenho do indicador não apresenta mudança, ou apresenta mudança negativa até o último ano estatístico disponível. O método adotado para calcular e categorizar o município quanto a cada indicador é o seguinte: I0 = indicador no ano inicial; A0 = ano inicial; PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 437 de 504 IF = indicador no ano final; AF = ano final; IM = meta do milênio; AM = ano da meta (em todos os indicadores, o ano é 2015). A Taxa Realizada (TR), que é a taxa percentual anual média de variação do indicador, é calculada da seguinte forma: Fórmula (5) A Taxa Necessária (TN), que é a taxa percentual anual média necessária para atingir a meta, é calculada praticamente da mesma forma, como mostrado a seguir. Fórmula (6) Finalmente, é feita a categorização de acordo com a relação entre as duas taxas, calculando-se, assim, a Razão de Evolução (RE) do município em relação ao indicador: Fórmula (7) Segundo essa categorização, ter-se-á: Mudança negativa - RE menor que 0 (TR menor que 0; indicador no ano final pior que o do ano inicial); Nenhuma mudança - RE igual a 0 (TR igual a 0; indicador no ano final igual ao do ano inicial); Avanço lento - RE maior que 0 e inferior a 1 (TR menor que TN); A caminho - RE maior ou igual a 1 (TR maior que TN); PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 438 de 504 A caminho/Avanço lento - em alguns municípios, não foi possível identificar a categorização. Notam-se melhoras no indicador, mas não é identificado o ritmo de mudança; Alcançado - RE maior ou igual a 1 (indicador atesta obtenção da meta). De uma forma geral, os indicadores acima apontados foram definidos para o Município Ibirubá, correspondendo ao seguinte avanço dentro dos anos de estudos. PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 439 de 504 Quadro 10: Objetivos, metas e indicadores de desenvolvimento do milênio no RS, ano 1991 a 2005. 1991 2000 IDH-M OBJETIVOS ANOS 1991- 0,741 0,824 METAS INDICADORES Reduzir pela 1995 metade, Proporção 2005 META 2015 CATEGORIZAÇÃO ATÉ 2015 dos entre 1990 e 2015, a indivíduos com rendas proporção da população domiciliares per capita Erradicar a extrema pobreza e a fome. com renda inferior a US$ inferiores 1 PPC/dia. Reduzir a meio salário mínimo. pela 26,9 17,1 13,5 A caminho 10,5 10,1 5,3 Avanço lento 13,3 6,6 0,0 A caminho 2,7 1,3 0,0 A caminho 0,9 a 1,1 Nenhuma mudança ou mudança negativa metade, Taxa de crianças com entre 1990 e 2015, a baixo peso ao nascer proporção da população (por que sofre de fome. 100 nascidos vivos). Percentual de Garantir que, até 2015, escolarizados Atingir o ensino fundamental universal. não no todas as crianças, de ensino fundamental, na ambos sexos, faixa etária de sete a os terminem o completo de ciclo 14 anos. ensino Percentual fundamental. de não alfabetizados na faixa etária de 15 a 24 anos. Promover a igualdade entre os sexos e a Eliminar a disparidade Razão entre mulheres entre os sexos nos e homens no ensino ensinos fundamental e fundamental. PMSB – IBIRUBÀ, 2014. 0,941 0,898 Página 440 de 504 autonomia das médio, se possível até Razão entre mulheres mulheres. 2005, e, em todos os e homens no ensino níveis de ensino, no médio. mais tardar até 2015. 0,902 0,939 0,9 a 1,1 Alcançado 2,250 1,994 0,9 a 1,1 Nenhuma mudança ou mudança negativa etária de 15 a 24 anos. 1,051 0,939 0,9 a 1,1 Alcançado Razão entre mulheres e homens no ensino superior. Razão entre mulheres e homens alfabetizados na faixa Proporção de mulheres no total de assalariados. 31,5 35,0 49,0 a 51,0 Avanço lento 0,0 22,2 44,4 a 55,6 A caminho 16,4 22,0 5,5 Nenhuma mudança ou mudança negativa 13,7 22,0 4,6 Nenhuma mudança ou mudança negativa Proporção de mulheres exercendo nas mandatos câmaras de vereadores. Taxa de mortalidade Reduzir em dois terços, Reduzir a entre 1990 e 2015, a mortalidade infantil. mortalidade de crianças menores de cinco anos. de crianças menores de cinco anos 1.000 nascidos vivos). Taxa de mortalidade infantil (por nascidos vivos). PMSB – IBIRUBÀ, 2014. (por 1.000 Página 441 de 504 Melhorar a saúde materna. Reduzir em 75%, entre Taxa de mortalidade 1990 e 2015, a taxa de materna (por 100.000 mortalidade materna. nascidos vivos). 0,0 0,0 0,0 Alcançado 0,0 0,0 0,0 Alcançado 0,0 0,0 0,0 Alcançado 0,0 5,2 0,0 Nenhuma mudança ou mudança negativa 37,52 28,67 18,76 A caminho 99,98 99,56 49,99 Avanço lento Taxa de incidência de Até Combater o HIV/AIDS, a 2015, deter e começar a reverter a propagação da AIDS. HIV/AIDS entre mulheres na as faixa etária de 15 a 24 anos (por 100.000 pessoas). Taxa de incidência de tuberculose e outras AIDS doenças. por município (por 100.000 pessoas). Reduzir pela metade o número de casos e mortes por tuberculose entre 1990 e 2015. Taxa de mortalidade ligada à tuberculose (por 100.000 pessoas). Proporção de Reduzir pela metade, até domicílios sem acesso Garantir a sustentabilidade ambiental. 2015, a proporção da a uma fonte de água população sem acesso ligada à rede geral. permanente sustentável e Proporção à potável e segura. de água domicílios sem acesso à rede geral de esgoto ou pluvial. FONTE: FEE, 2007. PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 442 de 504 8.6.4 Indicadores da Concessionária CORSAN e AGERGS Os indicadores da CORSAN são funcionais somente para aqueles municípios onde ocorre a prestação deste serviço e tem ainda o convênio com a AGERGS. Assim, a CORSAN desenvolveu uma listagem de INDICADORES DE DESEMPENHO, com a finalidade de PRESTAÇÃO de contas DOS SERVIÇOS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTOS SANITÁRIOS NOS 200 MUNICIPIOS CONVENIADOS COM A AGERGS. Anualmente esta listagem de indicadores é atualizada para avaliar o nível de desempenho da Concessionária. Em um breve histórico, cita-se os indicadores de desempenho da AGERGS: 1995 – Lei dos Serviços Públicos (Lei nº 8.985/1995) 1998 – Apontamentos do Tribunal de Contas sobre Irregularidades dos Contratos 2001/2002 – Primeira Tentativa de Elaboração de Minuta de Contrato Adequada à Legislação Vigente FAMURS/CORSAN/AGERGS 2003 a 2005 – Grupo de Trabalho FAMURS/ CORSAN/ AGERGS e MP 2005 – Lei dos Consórcios Públicos (11.107/05) 2006 – Proposta de Contrato de Programa aprovado pelo Conselho Superior da AGERGS – Resolução nº 329/2006 – contendo Indicadores de Desempenho. 2007 – Marco Regulatório do Saneamento Básico (Lei nº 11.445/07) 2007 – Firmados os Primeiros Convênios com os Municípios para a regulação dos Contratos de Programa 2010 – Regulamentação da Lei do Saneamento (Dec. 7.217/2010) 2012 - 225 Municípios com Convênios com a AGERGS para a regulação de Contratos de Programa firmados com a CORSAN. A Base de dados e critérios para definição de indicadores é formalizada através de um banco de dados interno da CORSAN. PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 443 de 504 Figura 92: Indicadores CORSAN. Os indicadores atuais mais utilizados são os seguintes: 1. Indicadores de Universalização dos Serviços (NUA – NUE) 2. Indicadores de Continuidade dos Serviços (TAC – DEC – NRP) 3. Indicadores Econômico-financeiros (ROP – DCP) 4. Indicadores de Produtividade de Pessoal (IPP1 – IPP2 – IPP3) 5. Indicadores de Qualidade dos serviços e dos Produtos (ISC - IQA); 6. Indicadores de Qualidade Comercial (QF – IPF – IH- ICOB) Para estes indicadores, utiliza-se uma base de cálculo que pode ser fomentada com dados intrínsecos do município: Quadro 11: Indicadores Indicador/ Cálculo NUA Nível de Universalização Serviços de Água NuA Pop. A *100 Pop.T Composição do Cálculo dos PA = População abastecida. É o valor do produto da quantidade de economias residenciais de água, no último mês do ano, pela taxa média de habitantes por domicílio dos municípios com contrato de programa. PT = População urbana total dos municípios com contrato de programa. NUE Nível de Universalização PMSB – IBIRUBÀ, 2014. dos PS = População servida. É o valor do produto Página 444 de 504 Serviços de Esgoto da quantidade de economias residenciais de esgoto, no último mês do ano, pela taxa média de habitantes por domicílio dos municípios com contrato de programa. Pop.E NuE *100 Pop.T PT = População urbana total dos municípios com contrato de programa. TAC Indicadores de Continuidade dos n = Número total de interrupções de água no Serviços - TAC – Tempo Médio de período Atendimento ao Cliente quando da ti = Falta de Água: TAC DEC Tempo decorrido para correção do fato gerador da falta de 1 N ti n I 1 água para a i-ésima interrupção do abastecimento. Indicadores de Continuidade dos Eco (Economias) Atingidas (i) = Número de Serviços - Equivalente DEC de - Duração economias abrangidas pela i-ésima falha no Interrupção do sistema de fornecimento de água no conjunto e Sistema de Fornecimento de Água no período. por Economias T (i) = Tempo decorrido entre a detecção da iésima falha e o efetivo reparo da falha. n DEC EcoAtingid as(i) T (i) i 1 EcoTotal n = Número total de interrupção no fornecimento de água do conjunto no período. Eco (Economias) Total = Número total de economias do conjunto considerado. NRP Indicadores de Continuidade dos NRP = Número de reclamações procedentes no Serviços - – NRP Índice de mês no conjunto Reclamações Procedentes por Falta NE = Número de economias do conjunto. de Água por 1000 Economias NRP ROP ROP NRP 1.000 NE (S/DEPREC.) - Razão DESP (s/deprec.) = Despesa operacional total Operacional sem Depreciação ROP( s / dep ) DCP DT ( s / dep ) ROL Despesas com Pessoal Próprio DCPT CP ST *100 ROL PMSB – IBIRUBÀ, 2014. excluída a depreciação. ROL = Receita operacional líquida. DP = Despesa com pessoal próprio ROL = Receita operacional líquida Página 445 de 504 IPP1 Índice de Produtividade de Pessoal AF = Água faturada pela empresa em m3 –1 IPP2 NE = Número total de empregados da empresa Índice de Produtividade de Pessoal LA = Número de ligações de água. –2 IPP1 LE = Número de ligações de A.F N .E sanitário. NE = Número total de empregados da empresa. L. A L.E IPP 2 NE IPP3 esgotamento Índice de Produtividade de Pessoal EA = Número de economias com água. -3 EE = Número de economias com esgotamento sanitário. ISC NE = Número total de empregados da empresa. E. A E.E IPP3 NE Índice de Satisfação dos Clientes PS = Parcela da população da amostra satisfeita (soma dos conceitos bons e ótimos ou soma dos conceitos satisfeito e muito satisfeito) ISC IQA Índice de PS 100 PT Qualidade com os serviços prestados pela empresa PT = População total da amostragem de Água N = Nota média do parâmetro no período; Distribuída p = Peso atribuído ao i-ésimo parâmetro; Os parâmetros considerados e os respectivos pesos são: Coliformes totais (peso - 0,30); cloro livre 6 residual (peso - 0,20); turbidez (peso - 0,15); i 1 fluoretos (peso - 0,15) cor (peso - 0,10) e ph IQA N i pi (peso - 0,10). QF Qualidade de Faturamento CS QF 100 CE IPF Índice de Perda de Faturamento IPF IH – VP VF 100 VP Índice de Hidrometração IH LM *100 LT PMSB – IBIRUBÀ, 2014. CS = Contas substituídas por falhas de faturamento CE = Número de contas emitidas no mês VP = Volume produzido (m3) VF = Volume faturado (m3) EM = Número total de economias de água com medição do conjunto. ET = Número total de economias de água do Página 446 de 504 conjunto. ICOB Índice de Eficiência da Cobrança AA = Arrecadação acumulada dos últimos doze meses (a partir do mês n) ICOB AA 100 FA FA = Faturamento acumulado dos últimos doze meses (a partir do mês n-1) Regulação Associação com Companhias – A CORSAN, sob regulação da AGERGS, possui um regulamento interno o qual estabelece diretrizes com o objetivo de promover a regulação da prestação de serviços. Este regulamento pode ser obtido na integra, através da web pagina da CORSAN. Dentre os objetivos do regulamento pode-se citar o seu artigo primeiro: “Art. 1° – Este Regulamento disciplina a prestação dos serviços públicos de abastecimento de água e esgotamento sanitário nas localidades cujos sistemas sejam de responsabilidade da Companhia Riograndense de Saneamento CORSAN, e sob a regulação da Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul - AGERGS.” 8.7 PROJEÇÕES PARA SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIAS E CONTINGÊNCIAS A criação de um plano de emergência e de contingência tem por objetivo estabelecer uma estratégia para ação imediata no caso de acontecimento de uma catástrofe direta ou ainda uma intervenção indireta sobre as ações e mecanismos ligados ao saneamento básico que venha a trazer prejuízos a comunidade local, ou ainda, a alguma estrutura do sistema de saneamento, assegurando assim a continuidade dos processos instaurados, assim como acelerar a retomada e a normalidade em caso de sinistros de qualquer natureza. Um plano de contingência, também chamado de planejamento de riscos ou plano de recuperação de desastres, tem o objetivo de descrever as medidas a serem tomadas pela gestão pública, incluindo a ativação de processos manuais, para fazer com que seus processos vitais voltem a funcionar plenamente, ou num estado minimamente aceitável, o mais rápido possível, evitando assim uma paralisação prolongada que possa gerar maiores prejuízos a comunidade local. Já um plano de emergência compõem o conjunto de medidas de autoproteção (organização e procedimentos) abrangentes do ciclo, juntamente com a Defesa Civil desde a prevenção, planejamento, atuação em caso de emergência e a volta da normalidade da PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 447 de 504 prestação dos serviços. A sua elaboração tem por objetivo diminuir a probabilidade de ocorrência de acidentes e limitar as suas consequências, caso ocorram, a fim de evitar a perda de vidas humanas ou bens, o aumento da capacidade de resposta do estabelecimento ou mesmo para prevenir traumas resultantes de uma situação de emergência. O plano de emergência e contingência é um documento onde estão definidas as responsabilidades para atender os diversos eventos e contém informações detalhadas sobre as características das áreas sujeitas aos riscos. O planejamento de contingência deve ser elaborado com antecipação, determinando ou recomendando o que cada órgão, entidade ou indivíduo fará quando aquela hipótese de desastre se concretizar. Cada plano determina diversos aspectos, como localização e organização de abrigos, estrutura de socorro às vítimas, procedimentos de evacuação, coleta de donativos, dependendo das características a ele imposta. É importante observar que o planejamento de contingência ou de emergência pode ser estruturado para os diversos níveis de preparação e resposta aos desastres: estadual, regional, municipal, comunitário e até mesmo familiar. Considerando ainda que o planejamento não ocorre de forma isolada, organizações cujos esforços serão necessários para que o plano funcione não podem ser ignoradas na fase de planejamento. Ou seja, além de ser multifuncional, o processo de planejamento para desastres deve ser inclusivo, ou seja, deve envolver órgãos governamentais, organizações não governamentais e empresas privadas. Algumas definições são importantes para se ter claro as diferenciações entre as ações a serem tomadas. Desastre: é o resultado de eventos adversos, naturais ou provocados pelo homem, sobre um ecossistema (vulnerável), causando danos humanos, materiais e/ou ambientais e consequentes prejuízos econômicos e sociais. Os desastres são quantificados em função dos danos e prejuízos, em termos de intensidade, enquanto que os eventos adversos são quantificados em termos de magnitude. Dano: o dano é uma medida que define a intensidade ou severidade da lesão resultante de um acidente ou evento adverso. Caracteriza-se pela perda humana, material ou ambiental, física ou funcional, que pode resultar, caso seja perdido o controle sobre o risco. Situação de emergência: trata do reconhecimento legal, exercido pelo poder público de situação anormal, provocada por desastres, causando danos superáveis e suportáveis pela comunidade afetada. Deve ser realizado através de medidas públicas. Estado de calamidade pública: refere-se ao reconhecimento legal pelo poder público de situação anormal, provocada por desastres, causando sérios danos à comunidade afetada, inclusive à incolumidade ou à vida de seus integrantes. PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 448 de 504 Seguindo as orientações contidas do Ministério das Cidades, junto às diretrizes para a Definição da Política e Elaboração de PMSB (2010) as ações para emergências, contingências e desastres, devem apresentar as seguintes orientações: Diretrizes para os planos de racionamento e atendimento a aumentos de demanda temporária; Diretrizes para a integração com os planos locais de contingência; Regras de atendimento e funcionamento operacional para situações críticas na prestação de serviços, inclusive para a adoção de mecanismos tarifários de contingência; Prever, conforme as necessidades locais, a elaboração do Plano Municipal de Redução de Riscos. O detalhamento das medidas a serem adotadas deve ser apenas o necessário para sua rápida execução, sem excesso de informações, que possam ser prejudiciais numa situação crítica. Assim, o plano de emergência e contingência do município de Ibirubá, compõem as seguintes medidas: a. Identificar todos os processos funcionais e operacionais da organização; b. Avaliar os impactos nos referidos processos, ou seja, para cada processo identificado, avaliar o impacto que a sua falha representa para a organização, levando em consideração também as interdependências entre processos. Como resultado deste trabalho será possível identificar todas as questões críticas; c. Identificar riscos e definir cenários possíveis de falha para cada um dos processos críticos, levando em conta a probabilidade de ocorrência de cada falha, provável duração dos efeitos, conseqüências resultantes, custos inerentes e os limites máximos aceitáveis de permanência da falha sem a ativação da respectiva medida de contingência e/ou emergência. d. Identificar medidas para cada falha, ou seja, listar as medidas a serem postas em prática caso a falha aconteça; e. Definir ações necessárias para operacionalização das medidas, cuja implantação dependa da aquisição de recursos físicos e/ou humanos; f. Definir forma de monitoramento após a falha; g. Definir critérios de ativação do plano, como tempo máximo aceitável de permanência da falha; h. Identificar o responsável pela ativação do plano, normalmente situado em um alto nível hierárquico. PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 449 de 504 Tem-se duas formas de construção desta ferramenta. A primeira, e mais tradicional, é a que estabelece o planejamento baseado em hipóteses de emergência específicas, e que determina procedimentos para cada um dos Cenários Acidentais identificados como relevantes em uma Análise Preliminar de Risco. A segunda, que vem sendo progressivamente adotada, utiliza o planejamento baseado nas funcionalidades gerais de uma situação de emergência, onde assim, o corpo principal do documento estabelece as responsabilidades das agências públicas, privadas e não governamentais envolvidas na resposta às emergências. Quando ocorre um evento, os agentes municipais juntamente ou não aos estaduais precisam agir rapidamente para mitigar o impacto do evento na consecução dos objetivos. Na maioria das circunstâncias, esses impactos podem ser gerenciados como parte de processos normais, que são comumente realizados dentro do setor, com auxílio da mão de obra existente. Entretanto, quando a escala do evento passa a superar a capacidade normal que a direção pode suportar, será necessária a abordagem sistemática para a gestão de ocorrência. A ilustração abaixo configura as diferentes ações que se enquadram na cronologia geral e nas fases de uma ocorrência crítica: CRONOLOGIA Setor e infra-estrutura Identificação prévia de falhas e questões críticas O c orrênc i a do fenômeno ou da interferência Primeiras horas Ações imediatas Detecção Conteção imediata Acionamento: Plano de emergência para cada falha ; Equipes de trabalho; Ação emergencial para a continuidade do serviço Comunicação: Informar a comunidade (mídia) Previsão Cenário Acidental Primeiros dias Até um ano Ações subsequentes Reação de continuidade Reação de recuperação Acionamento: Ações de monitoramento da continuidade no fornecimento dos serviços; Recuperação das infra-estruturas; Implantação de melhorias/novos processos. Análise pós acidente; Plano de previsão do acidente. Comunicação: Informar a comunidade (mídia) Figura 93: Ações de cronologia geral e das fases de uma ocorrência crítica. PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 450 de 504 8.7.1 Ajuste das Operações de Emergência Os usuários precisam visualizar a sequência e a finalidade das ações planejadas. A seção de operações expõe a abordagem geral para a emergência: Organização local dos órgãos e estruturas que serão acionadas para agirem no momento da situação critica; 8.7.2 Dispositivos de monitoração, alerta, alarme e acionamento; Condições de ativação do Plano de Emergência; Níveis de atuação e suas implicações; Sequência geral de ação antes, durante e depois da emergência; Quem pode solicitar auxilio e em que condições; Procedimentos de coordenação, comando e controle. Treinamento Visando evitar hesitações ou perdas de tempo que possam causar maiores problemas em situação de crise, todos os agentes em grau de responsabilidade devem estar familiarizados com as ações. A equipe responsável deverá ter a possibilidade de decidir perante situações imprevistas ou inesperadas, devendo estar previamente definido o limite desta possibilidade de decisão. 8.7.3 Atribuição de responsabilidades Deverão estar descritas as atribuições de cada uma das agências envolvidas na resposta a emergências e com atribuições na implementação do plano. Isto inclui uma lista por agência e departamento das tarefas que devem ser executadas, de forma a permitir uma consulta rápida sobre quem faz o que, sem os detalhes de procedimentos incluídos no anexo funcional. Quando duas ou mais organizações executarem o mesmo tipo de tarefa, uma deve ser identificada como responsável primária e as demais como receberem a atribuições de apoio e suporte. 8.7.4 Administração e logística A base e suporte administrativo e logístico devem indicar convênios e termos de cooperação para a obtenção de serviços e suprimentos, realocação de pessoal das agências envolvidas, procedimentos gerais para compra, locação ou contratação de recursos e orientações para o registro da obtenção, uso e prestação de contas dos recursos financeiros. PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 451 de 504 A administração de desastres deve estar concentrada não apenas nas ações desenvolvidas após o impacto do evento adverso, ou seja, na prestação de socorro e assistência às pessoas atingidas, mas em ações de prevenção. A prevenção de desastres busca a sua minimização por meio de medidas para avaliar e reduzir o risco dos mesmos. É importante salientar que nesta fase não se busca a eliminação do risco de desastres, já que, em muitos casos, existe pouco ou nenhum controle sobre os eventos adversos. A prevenção de desastres é implementada, então, por meio de dois processos importantes: a análise e a redução dos riscos de desastres. Considerando a análise e a redução dos riscos, algumas ações são necessárias para garantir a prevenção de desastres: Redução da grandeza e da probabilidade de ocorrência dos acidentes ou dos eventos adversos; Redução da vulnerabilidade dos cenários dos desastres e das comunidades em risco; Redução da probabilidade de que uma determinada ameaça se concretize ou da provável grandeza do evento adverso (em desastres mistos ou provocados pelo homem). Assim, a ação da prevenção vai além de formas associadas à coleta e distribuição de donativos, repasse de verbas em áreas atingidas por desastres naturais, como inundações, enchentes e vendavais, ou a coordenação dos bombeiros em ações de salvamento, que até então era usualmente utilizada. Ações de prevenção através de processo administrativos, prevendo ações antecipadas aos desastres, se apresenta como a melhor opção para proporcionar maior segurança à sua comunidade. Atualmente, além de considerar outros tipos de desastres, a administração é vista como um ciclo composto por quatro fases, que são: prevenção, preparação, resposta e reconstrução. 8.7.4.1 Prevenção: Análise preliminar do risco Antes de escolher e implantar medidas preventivas é necessário saber quais são os riscos a que a comunidade está realmente exposta. Ao conhecer a probabilidade e a magnitude de determinados eventos adversos, bem como o impacto deles, caso realmente aconteçam, temos a possibilidade de selecionar e priorizar os riscos que exigem maior atenção. A análise de risco é fundamental para a identificação as medidas de prevenção e preparação, com consequências importantes para a resposta a emergências. Sob o ponto de vista do planejamento para emergências, a análise de risco auxilia a equipe de planejamento a definir quais riscos devem ser priorizadas, quais ações devem ser planejadas e que recursos provavelmente serão necessários. PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 452 de 504 Alguns incidentes são previsíveis, como é o caso de acontecimentos de problemas de manutenção de equipamentos, interrupção no fornecimento de energia elétrica, vazamentos e interrupções no sistema. Outros, não tanto previsíveis, como é o caso de ações climáticas repentinas, como intempéries por chuvas em excesso (inundações e alagamentos), ações eólicas (vendavais) e granizo. Outras ações climáticas podem ser previstas como estiagem prolongada e geadas. Para cada impacto ocasionado, deve haver um mecanismo de ação para o gerenciamento das estruturas voltadas ao saneamento. A redução do grau de vulnerabilidade é conseguida por intermédio de medidas estruturais e não estruturais. Medidas estruturais – têm por finalidade aumentar a segurança intrínseca por intermédio de atividades construtivas. Alguns exemplos de medidas estruturais são: as barragens, os açudes, a melhoria de estradas, a construção de galerias de captação de águas pluviais, dentre outras. Medidas não-estruturais – relacionam-se à urbanização, à mudança cultural e comportamental e à implementação de normas técnicas e de regulamentos de segurança. Estas medidas têm por finalidade permitir o desenvolvimento em harmonia com os ecossistemas naturais ou modificados pelo homem. Dentre as medidas não-estruturais relacionadas à prevenção de desastres (redução de riscos), destacam-se as seguintes: a) Microzoneamento urbano e rural e uso racional do espaço geográfico; b) Implementação de legislação de segurança e de normas técnicas, relacionadas à redução dos riscos de desastres; c) Promoção da mudança cultural e comportamental e de educação pública, objetivando a redução das vulnerabilidades das comunidades em risco; d) Promoção de apoio ao planejamento e gerenciamento da prevenção de desastres (análise e redução de riscos de desastres) nas comunidades com baixos níveis de capacitação técnica. Todas estas medidas podem ser implantadas pelo poder público, por meio de ações legislativas, intensificação da fiscalização, campanhas educativas e obras de infraestrutura. Podem, ainda, ser concretizadas por meio de parcerias entre o poder público e a sociedade. PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 453 de 504 8.7.4.2 Preparação da comunidade A preparação envolve o desenvolvimento de recursos humanos e materiais, articulação de órgãos e instituições com empresas e comunidades, consolidação de informações e estudos epidemiológicos, sistemas de monitoração, alerta e alarme e planejamento para desastre. Apesar de os objetivos destes planos poderem variar de acordo com as especificidades locais, de modo geral, eles visam a: Incrementar o nível de segurança, reduzindo a vulnerabilidade dos cenários dos desastres e das comunidades em risco; Otimizar o funcionamento do sistema de defesa civil; Minimizar as influências negativas, relacionadas às variáveis tempo e recursos, sobre o desempenho do sistema de defesa civil; Facilitar uma rápida e eficiente mobilização dos recursos necessários ao restabelecimento da situação de normalidade em circunstâncias de desastres. A fase de preparação tem uma grande influência sobre as demais fases da administração de desastres, pois contribui para otimizar: A prevenção dos desastres, no que diz respeito à avaliação e à redução dos riscos; As ações de resposta aos desastres, compreendendo as ações de socorro às populações ameaçadas, assistência às populações afetadas e reabilitação dos cenários dos desastres; As atividades de reconstrução. 8.7.4.3 Resposta aos desastres A resposta aos desastres compreende as seguintes atividades: 1ª Socorro - engloba as atividades a fim de localizar, acessar e estabilizar as vítimas que estão com sua saúde ou sobrevivência ameaçada pelo desastre. 2ª Assistência às populações vitimadas - compreende atividades logísticas, assistenciais e de promoção de saúde. 3ª Reabilitação de cenários - envolve a avaliação de danos, vistoria e elaboração de laudos técnicos, desmontagem de estruturas danificadas, desobstrução de escombros, sepultamento, limpeza, descontaminação e reabilitação de serviços essenciais. Cada tipo de resposta aos desastres se organiza de uma determinada maneira, de acordo com os eventos ocorridos. Veja, a seguir, as atividades mais comuns. PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 454 de 504 1ª Atividades de socorro - ocorrem com mais intensidade nas áreas próximas ao local mais impactado pelo evento adverso. Elas se dividem em ações de: a) Combate a sinistros (conter os efeitos do evento adverso, isolar as áreas de riscos intensificados ou áreas críticas, atuação direta sobre o evento, segurança da área sinistrada, controle de trânsito); b) Socorro às populações afetadas (busca e salvamento, atendimento pré-hospitalar, atendimento médico cirúrgico de urgência). 2ª Atividades de assistência às populações afetadas – estas atividades compreendem ações de: a) Logística - suprimento de água potável, provisão de alimentos, suprimento de roupas, agasalhos e calçados, suprimento de material de limpeza e de higienização, apoio à preparação e conservação de alimentos, administração de abrigos, apoio às equipes empenhadas nas operações; b) Promoção social - triagem socioeconômica e cadastramento das famílias afetadas, e entrevistas com famílias e pessoas assistidas, ações para reforçar a coesão familiar e comunitária, atividades de comunicação social, ações de mobilização das comunidades, liderança de mutirões de reabilitação e reconstrução; c) Promoção, proteção e recuperação da saúde – saneamento básico de caráter emergencial, ações integradas de saúde e assistência médica primária, vigilância epidemiológica, vigilância sanitária, educação para saúde, proteção da saúde mental, higiene da alimentação, transferência de hospitalização e atividades de saúde pública nos abrigos. 3ª Reabilitação de cenários – a reabilitação de cenários compreende uma série de ações de resposta aos desastres, de caráter emergencial. Estas atividades têm por objetivo iniciar o processo de restauração das áreas afetadas pelos desastres e permitir o retorno das comunidades a uma situação próxima à normalidade após o restabelecimento das condições mínimas de segurança e habitabilidade. A reabilitação depende de ações interativas desencadeadas pelas comunidades locais, com o apoio do governo. Dentre as atividades de reabilitação, destacam-se: Vigilância das condições de segurança global da população - avaliação de danos e de prejuízos, vistoria técnica das estruturas atingidas, emissão de laudos técnicos e desmontagem de edificações comprometidas; PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 455 de 504 Reabilitação dos serviços essenciais - suprimento e distribuição de energia elétrica, abastecimento de água potável, esgoto sanitário, limpeza urbana, transporte coletivo e comunicações; Reabilitação das áreas deterioradas e das habitações danificadas; Desobstrução e remoção de escombros, sepultamento de pessoas e animais, limpeza, descontaminação, desinfecção e desinfestação dos cenários de desastres, mutirão de recuperação das unidades habitacionais. As fases da administração de desastres de preparação e resposta não acontecem de maneira isolada. O planejamento prévio permite o início de uma atividade assim que haja condições, antes mesmo que outras tenham sido finalizadas, reduzindo de forma substancial o tempo necessário para que a comunidade e seus integrantes retornem à normalidade, diminuindo danos e prejuízos. 8.7.4.4 Reconstrução da situação ideal A última fase da administração de desastres é conhecida por reconstrução, ou seja, é reconstituir, restaurar as áreas afetadas pelo desastre. Busca-se agir de forma que o impacto sobre a população seja reduzido no caso de um novo desastre ou mesmo tentar impedir que ele aconteça. Cita-se como exemplo, reconstruir um canal com maior capacidade de desvio para as precipitações pluviométricas. Os projetos de reconstrução têm por finalidade restabelecer na plenitude: Os serviços públicos essenciais; A economia da área afetada; O moral social; O bem-estar da população afetada. É importante perceber a importância de se conduzir a reconstrução de forma que ela contribua para a redução de desastres, seja reduzindo a probabilidade de ocorrência do evento adverso ou garantindo que as consequências não sejam tão graves. Repetir os erros do passado no momento da reconstrução é a garantia de que na próxima vez que o evento adverso se concretizar, as consequências serão tão ou mais graves. Isto se aplica aos diversos níveis de prevenção e preparação para desastres: federal, estadual, municipal ou individual (em relação ao cidadão e sua família ou trabalho). A forma ideal e almejada pelos que atuam nesse planejamento, caracterizando a administração de desastres, é tratar as fases como um ciclo, sem início nem fim. PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 456 de 504 O sucesso da implantação do planejamento de emergência e de contingência vincula-se também aos seguintes aspectos: Comunicação clara e objetiva quanto às características dos trabalhos (natureza, objetivo, enfoque, periodicidade, etc.); Atuação focalizada na definição das melhores práticas de controle, comprometimento com o processo de implementação das recomendações; Independência na execução dos trabalhos; Apresentação de resultados práticos de curto prazo (processo de implementação). Visão macro da ação e entendimento dos processos do município. Assim, aplica-se uma série de atividades vinculas a possíveis desastres que podem ser visualizados antecedendo o seu acontecimento, devendo, no entanto, para cada nova ocorrência, ser reavaliado e criado o seu plano de emergência e de contingência. PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 457 de 504 Quadro 12: Ações Emergenciais do Sistema de Abastecimento de Água. Processos funcionais SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA e operacionais Falha junto sistema ao Falha 1 Falha 2 Problemas junto à captação de Problemas junto à captação de Problemas junto à rede de abastecimento de água. Impactos: população junto cenários - água. Questão Falta d'água generalizada a Falta critica Riscos Probabilidade ocorrência Falha 3 água. d'água parcial ou Rompimento de tubulações; localizada aos Corte no abastecimento por Corte no abastecimento por Corte parcial, somente em alguns pontos de período ilimitado. período limitado. abastecimento por período limitado. de - Ocorrência em uma situação de calamidade, na captação, - Desmoronamento de taludes / paredes de abastecimento (inundação e alagamento) junto deslizamento a ETA, com problemas graves solapamento nas estruturas; - Deficiência por canais de de encostas apoios de - estruturas com arrebentamento de água nos da adução de água bruta; mananciais em períodos de estiagem prolongada; fornecimento - Falta generalizada de energia elétrica elétrica retorno; sem previsão nas de energia instalações de de produção de água; instalações de tratamento de água; PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 458 de 504 água dos mananciais; - Duração que pode ter - Variável de acordo com a - De acordo com a manutenção - De acordo com a manutenção a ser realizada, o efeito até o momento calamidade e manutenção do a ser realizada, estimado em devendo ser mínimo, estimado em poucas da ação sistema a ser sanado; - Período de poucas horas para ação; horas para ação. estiagem - De acordo com o período da prolongado, pode prolongar o estiagem; período da ação; - Custos inerentes para - Deve ser determinado de ação Custos operacionais acordo com a ação que será manutenção executada. Neste caso, pode devendo ser do de - Custos operacionais de manutenção do sistema, sistema, devendo ser previsto nos orçamentos previsto nos da concessionária ou da prefeitura municipal. ser necessária a ajuda externa orçamentos da concessionária para contornar a situação. - Limite permanência de sem Depende inicialmente ou da prefeitura municipal. da - Depende inicialmente da - Depende inicialmente da capacidade de a capacidade de reservação do capacidade de reservação do reservação para o bairro ou localidade em que ação município; Medidas e Ações - Comunicação à população / instituições município; / autoridades / de será necessário efetivar o corte; - plano de ação às período da carência no abastecimento e os defesa civil; características da ocorrência; locais onde ocorrerá a falta de água; - - - - Comunicação à operadora em / instituições / autoridades / exercício de energia elétrica; defesa civil - - PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 459 de 504 caminhões tanque fornecimento de para sanitária; água aos - pontos críticos; em exercício de energia elétrica - - disponível através em reservatórios, caminhões tanque de medidas de - eparo das instalações racionamento em massa; danificadas - - danificadas; entre - abastecimento; de abastecimento; - Fornecimento de geradores - Comunicado a Defesa Civil; de setores energia elétrica de pela concessionária; Medidas operacionais - Ações externas quando os que dependem recurso - - de danos forem irreparáveis com externo os recursos locais, e a mão de (financeiro e humano) obra local. Monitoramento - posterior à falha ocasionou Detectar o a impacto falha e que - Detectar o impacto que - Promover a revisão de todo o sistema sanar ocasionou a falha e sanar implantado através de manutenções nos locais através de medidas que visem a através de medidas que visem não ocorrência mesmo parcial. PMSB – IBIRUBÀ, 2014. que do seja em que houve a falha, e em locais em que se mesmo, a não ocorrência do mesmo, assemelham em nível mesmo que seja em nível (período de implantação do projeto) dos quais apresentam as mesmas parcial. características implantadas e possam ser o - Monitoramento periódico. próximo ponto de ocorrência da falha. Página 460 de 504 Responsável - Concessionária de - Abastecimento de Água; Concessionária de - Concessionária de Abastecimento de Água; Abastecimento de Água; - Secretaria ou departamento responsável pelo - Secretaria de Administração e - Secretaria ou departamento abastecimento de água municipal. Planejamento; responsável - Secretaria ou departamento abastecimento vinculado aos sistema; pelo de água municipal. - Defesa Civil; Fonte: Inova Consultoria Ambiental. Quadro 13: Ações Emergenciais do Sistema de Esgotamento Sanitário. Processos funcionais SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO e operacionais Falha junto sistema ao Falha 1 Falha 2 - Entupimento por excesso de material (transbordamento). Danificação Falha 3 Falha 4 de Rompimento de coletores - Construção de fossas equipamentos de interceptores e emissários. inadequadas e ineficientes; eletromecânicos ou - Inexistência ou ineficiência estruturas da ETE e das do monitoramento; estações; Impactos: Questão Retorno de esgotos para os Extravasamento critica de - Vazamentos junto ao meio - Rompimento, imóveis – junto a sistemas esgoto junto a ETE por ambiente; extravasamento, vazamento individuais. e/ou infiltração de esgoto por paralisação do funcionamento; Extravasamento PMSB – IBIRUBÀ, 2014. ineficiência de fossas; de Página 461 de 504 esgoto em estações elevatórias; Riscos junto aos cenários Contaminação cursos hídricos freático, de ou solo, - Contaminação de solo, Contaminação direcionado solo, Contaminação de solo, lençol cursos hídricos ou lençol cursos hídricos ou lençol cursos hídricos ou lençol caso transbordamento de o freático. freático. freático junto aos pontos de seja - Emissão de odores a - Emissão de odores a contato. ao meio atmosfera; atmosfera; ambiente; - Riscos a saúde humana, possibilitando o contato com o esgoto; - Emissão de odores a atmosfera; - Probabilidade de ocorrência águas pluviais em coletoras de esgoto; Obstruções em - Obstruções em coletores - redes coletores de esgotos; - Interrupção de esgotos; Projetos fossas/sumidouros de mal no - Rompimentos de pontos dimensionados; - Entupimento de unidades fornecimento de energia de travessia de veículos - Não observação do nível do individuais de tratamento, por elétrica; sobre as estruturas; falta de manutenção; - Rompimentos por outras - Falta de manutenção e - Ações de vandalismo lençol freático; obras diversas localizadas limpeza periódica das fossas nas das existentes; redes; - Falta de monitoramento e - Erosão de fundo de vale fiscalização; - PMSB – IBIRUBÀ, 2014. proximidades Desmoronamentos de Página 462 de 504 taludes e paredes de canais; - Duração que pode Imediata, devendo ser sanado ter o efeito até o assim momento da ação que problema. A detectado Dependerá da - Imediata, devendo ser - No caso de municípios que o capacidade dos tanques sanado contaminação de equalização na ETE; ocorre no período de duração até sanar o problema. Dependerá assim detectado o que não tenham a regularização problema, do prazo, da através de fechamento do inicialmente deverá ser determinado, existência de filtros nas sistema ou ligamentos a para daí se ter um tempo bombas das estações outros pontos da rede. hábil para o inicio da ação. elevatórias; - Custos inerentes - Custo individual caso o - Custo para sanar o para ação problema seja direcionado a problema Custo detectado individual caso uma unidade de tratamento junto a ETE ou a estação dentro individual; poderá ser - Custo para implantação do ocorra sistema de é um individual de ordem para cada elevatória, devendo estar estabelecimento, ou a de empreendimento. - Custo a ser determinado de previsto no orçamento. ordem coletiva, quando acordo com o problema a ser detectado dentro da rede, sanado. devendo estar previsto no orçamento. - Limite de - Não há. Assim que - Não há. Assim que - permanência sem a detectado deve ser sanado detectado deve Não há. Assim que Deve ser estabelecido um ser detectado deve ser sanado prazo ação imediatamente. sanado imediatamente. Medidas e Ações - - sanitária; danificado do restante da danificada com urgência; PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Isolar o imediatamente. junto a legislação municipal; trecho - Executar reparos da área - Promover o isolamento da área e contenção do resíduo Página 463 de 504 - Execução dos trabalhos de rede com o objetivo de - Sinalizar e isolar a área com o objetivo de reduzir a limpeza e desobstrução; manter o atendimento como meio de evitar contaminação - Emissão de comunicado das áreas não afetadas acidentes; para efetuar a limpeza pelo dano. quando de uso individual; - Executar instalações reparos que ligam pluvial ao esgoto. - Conter o vazamento e - Comunicar aos órgãos de promover a limpeza da área - Executar o reparo das controle ambiental sobre o com caminhão limpa fossa, nas instalações danificadas rompimento o com urgência. em alguma encaminhar o resíduo para a parte do sistema de coleta estação de tratamento de - de esgoto. esgoto. - Fiscalização das redes de interrupção da energia - Comunicar as autoridades - Exigir a substituição das esgoto e de captação de empresa fornecedora de águas pluviais, identificando - rompimento da travessia; ligações - clandestinas; Regularizar a situação implantar sistema - alternativo de energia; e - Instalar trânsito Comunicar tanque residencial de alternativo o fossas negras por fossas sépticas e sumidouros ou área ligações esgoto de onde houve o dano e o nas áreas onde existe este do sistema, sistema. com o interceptando assim objetivo evitar o abastecimento de de do mesmo a temporariamente; o - Ampliar o monitoramento e água fiscalização urbana; - de controle destes equipamentos outros pontos; órgãos de comercial residencial à rede publica extravasado, desvio PMSB – IBIRUBÀ, 2014. a ou cobrança de multa e punição acumulação de esgoto fechamento para reincidentes. sobre Implantar orientação na área programa de quanto a ambiental os problemas necessidade de adoção de com os equipamentos e fossas a substituição possibilidade de sépticas das em fossas Página 464 de 504 ineficiência e paralisação negras das substituição unidades de e fiscalizar se a está tratamento. acontecendo - exigidos. nos prazos equipamentos - Estimular a comunidade a racionalizar o consumo da água reduzindo a geração do esgoto o projeto gerado. Medidas - operacionais que dependem recurso Reavaliar de externo (financeiro humano) - Contratação de empresa técnico e em caso de externa para promoção da alterações, limpeza da fossa caso não que e - ampliações culminarem na haja no município empresa necessidade de recurso na área, ou ainda não seja externo. realizada a atividade pela Prefeitura Municipal. Monitoramento - Criar cadastro técnico das - posterior à falha unidades de Amplificar tratamento fiscalização individual; junto estações elevatórias; a - Amplificar a fiscalização - Criar cadastro técnico das as junto a rede, em especial os unidades de tratamento locais em que apresentam individual; - Ampliar a fiscalização nas as mesmas características - Criar um cadastro para redes problemáticas; contrutivas. PMSB – IBIRUBÀ, 2014. monitoramento anual das Página 465 de 504 unidades de tratamento individual. Responsável - Vigilância sanitária; - Concessionária - Secretaria e departamento secretaria técnico responsável junto a pela Prefeitura Municipal. ou - Concessionária ou - Vigilância sanitária; responsável secretaria responsável pela - Secretaria e departamento operação da operação da estação de técnico responsável junto a estação de tratamento; tratamento; Prefeitura Municipal. Fonte: Inova Consultoria Ambiental. Quadro 14: Ações Emergenciais do Sistema de Manejo de Resíduos Sólidos Processos funcionais SISTEMA MANEJO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS e operacionais Falha junto ao sistema - Ruptura de estruturas, destruição - Ruptura com destruição parcial - Problemas com caminhão de coleta de parte do aterro. de parte do aterro. (mecânicos); - Entrada de água pluvial dentro - Impactos: Questão Paralisação total do aterro Problemas com ausência da célula do aterro; empregados/funcionários. Paralisação parcial do aterro Paralisação da coleta domiciliar. de critica Riscos junto cenários aos - Aumento dos custos de - Atraso na destinação dos - Acúmulo de lixo junto as lixeiras destinação dos resíduos coletados resíduos ao aterro, podendo domiciliares; para outros aterros por período apresentar problemas necessário para a correção dos coletas junto às residências; problemas. PMSB – IBIRUBÀ, 2014. por ação de fortes intempéries climáticas; - Vazamentos de chorumes, ou - Proliferação de vetores; - Vazamentos de chorumes, ou outros material nas - Carreamento de lixo (caso acumulado), promovendo materiais, podendo - Poluição visual; a promover a contaminação do - Aumento de odores na atmosfera; Página 466 de 504 contaminação do solo, ar, águas solo, superficiais e lençol freático. ar, e cursos hídricos superficiais e subterrâneos. - Elevação da vazão de chorumes nas lagoas; - Probabilidade ocorrência de - Explosão/incêndio; Intervenção por - Ruptura de taludes, por - Manutenção inadequada de veículos de intempérie intempéries climáticas; climática (inundação); - Instabilidade de carregamento; aterros - Falta de alternativa técnica de substituição (problemas de compactação). de veículos; - Greves de funcionários, problemas de saúde, ou ausências repentinas. - Quebra de contrato/distrato com a prestadora de serviços; - Duração que pode ter - Imediata. A contaminação pode - Imediata. o efeito até o momento ocorrer seguida ao problema. pode da ação problema. A ocorrer contaminação - Intervalo de duas coletas; seguida ao - Custos inerentes para - Custos para restauração total ou - Custos para reajustes é sob- ação parcial do aterro Custos para reajustes é sob- sob- responsabilidade da empresa responsabilidade da empresa ou prefeitura responsabilidade da empresa ou ou prefeitura municipal que municipal que opera o sistema. prefeitura municipal que opera o opera o sistema. sistema. - Limite de permanência Não há, devendo agir o mais - Curto período, pois o atraso - Antecedendo o inicio da proliferação de sem a ação rápido possível para evitar a nos ajustes das estruturas pode vetores e odores no local. contaminação; Para PMSB – IBIRUBÀ, 2014. a reativação atrasar a coleta no município. do aterro Página 467 de 504 conforme cronograma de restauração do projeto. Medidas e Ações - Evacuação da área cumprindo - os procedimentos internos; - infraestruturas danificadas; Acionamento do órgão de meio - ambiente e do Reparo dos taludes, ou das - Manter uma equipe alternativa para a corpo Criação de transbordo bombeiros; de áreas para evitar realização da coleta no caso de ausência de de funcionários; o - Manter um caminhão reserva no caso de cessamento da coleta; - Utilização de placas informativas de isolamento; problemas mecânicos; Contenção e remoção dos - Revalidação de contratos; vazamentos, - Utilizar agente extintor que não caminhão através limpa de - Contratação de empresa terceirizada fossa, e temporária; conduza eletricidade; destinação dos efluentes para - Realização de limpeza de arroios e rios - Retirada do comburente tratamento de esgoto. que venham a receber aporte de lixo (oxigênio). Neste tipo de fogo não - Reconstrução de linhas de carreado; há formação de brasa, devendo-se drenagem em caráter fazer o abafamento da superfície; emergencial; - Retirada do calor; - Envio do chorume para ETE - Reconstrução drenagem de linhas em de licenciada; caráter emergencial; Medidas operacionais - Reestruturação dos custos do Os que dependem recurso de projeto e caso necessário, fazer externo uso (financeiro e humano) de externo captação para de custos devem de estar recurso custos do aterro. implantação manutenção - Solicitação de auxilio externo no caso da previstas nos inexistência de recurso humano no município. das novas obras; PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 468 de 504 - Solicitação de mão de obra externa (em caso de incêndio ou alagamentos), a fim de sanar mais rapidamente o problema; Monitoramento - posterior à falha monitorar Posterior detectar os contaminação, índices de a falha, - Posterior detectar a falha, - Avaliação de contratos, em períodos pontos de monitorar avaliando poluentes, os contaminação, e Criar planilhas técnicas, com pontos de provisórios, e caracterização das coletas, avaliando os através de pesagens constantes e criação os índices de poluentes, e os de planilhas para acompanhamento de manejos após falha. - os manejos após falha. de falhas - controle Criar planilhas do técnicas, com contratos; de falhas - Manutenção periódica de veículos e controle do caminhões. problema, evitando que ocorra problema, evitando que ocorra novamente. Responsável - novamente. Prefeitura Municipal é Prefeitura Municipal ou empresa Prefeitura Municipal e empresa terceirizada responsável pela fiscalização. - Operação do sistema terceirizada pela operação do pela coleta. de sistema. responsabilidade da Prefeitura ou de empresa terceirizada. Fonte: Inova Consultoria Ambiental. Quadro 15: Ações Emergenciais do Sistema de Drenagem Pluvial Processos funcionais e SISTEMA DE DRENAGEM PLUVIAL operacionais Falha junto ao sistema - Dimensionamento - Deficiência da capacidade de - Falta de sistema de drenagem nas irregular/insuficiente do sistema de escoamento do curso d água; PMSB – IBIRUBÀ, 2014. rodovias e arruamentos vicinais Página 469 de 504 drenagem pluvial urbana - Assoreamento do curso d água; (interior). Estrangulamento do curso d água por estruturas de travessias existentes; - Impermeabilização excessiva em áreas urbanas das microbacias; Impactos: Questão - Pontos de alagamento junto aos - Inundação, enchente provocada Destruição critica arruamentos urbanos; de rodovias não por transbordamento de curso d pavimentadas, pela ação da força das - Pontos de transbordamento para água. áreas residenciais; chuvas; - Destruição das margens dos rios pela velocidade das águas; Riscos junto cenários aos - Criação de cenários de - Inundação de áreas residenciais - Interrupção do transporte; alagamento junto a ruas urbanas, ribeirinhas; podendo causar destruição - Baixa trafegabilidade na estrada, em de - Alteração dos trajetos nominais especial patrimônios particulares e públicos; dos cursos hídricos atingidos; quando esta é de escoamento da produção agrícola; - Aumento do volume de resíduos - Necessidade de rebocamento de (assoreamento) junto ao leito do rio, veículos, por atolamento ou ainda por redução da capacidade de problemas mecânicos oriundos dos armazenamento de volume de água; danos ocasionados na maquina pela péssima condição da estrada. - Probabilidade ocorrência de - Fortes intempéries climáticas, - Fortes intempéries climáticas, com - Fortes intempéries climáticas; com período de retorno; período de retorno; - Duração que pode ter o - Inicio da estruturação de pontos - Detectado o transbordamento das - Efeito pode ser prolongado no caso PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 470 de 504 efeito até o momento da de alagamento na zona urbana – margens de arroios, e inundação de de ação implantação de medidas pontos emergenciais; importantes estradas com baixa (residenciais, movimentação; pontes, outros) - Efeito menos extensos em estradas com maior trânsito (queixas mais frequentes); - Custos inerentes para - Custos internos da Prefeitura - Custos internos da Prefeitura ação Municipal. Municipal. Custos maquinário de mão internos de da obra e Prefeitura Municipal. - Limite de permanência - Posterior à ocorrência da falha, - Posterior à ocorrência da falha, - Posterior à ocorrência da falha, deve sem a ação deve ser dado inicio as obras para deve ser dado inicio as obras para ser correção; Medidas e Ações correção; - Implantação de medidas de - dado inicio as obras para correção; Implantação de medidas de - Implantação de medidas de contenção e desvio do volume de contenção e reajustes de margens contenção e reajustes de taludes em água pluvial que esta sendo de cursos hídricos; destinado par ao ponto; margens estradas, com a - Realização de desassoreamento confecção das linhas de drenagem - Criação de canais, bacias de de leitos de rios; acumulação que venham a sanar o problema; de Ampliação reconstrução superficiais de de pontes travessias, para passagem das e águas pluviais; em - Construção de novas pontes com - Implantação ou troca do sistema locais de acessibilidade prejudicada capacidade incoerente ao fluxo das de drenagem existente; - Remoção de pessoas isolamento de áreas de risco; PMSB – IBIRUBÀ, 2014. pela força das águas; e - Remoção de estradas; pessoas isolamento de áreas de risco; e - Manter um serviço de emergência junto a Prefeitura Municipal no caso Página 471 de 504 - Preparação de locais públicos - Preparação de locais públicos da necessidade de disponibilizar um como abrigar temporariamente a como abrigar temporariamente a caminhão guincho ao local; população com residências população inundadas, ou de difícil acesso; - para residências - inundadas, ou de difícil acesso; Provisão de recursos básicos - necessários com auxiliar Comunicar a Policia local ou rodoviária no caso de acidentes; Provisão de recursos básicos a necessários para auxiliar a população atingida e recepção de população atingida e recepção de donativos; - donativos; Estudos hidráulicos hidrológicos para pontos e - Estudos hidrológicos e de hidráulicos para inundações; alagamento; - Limpeza e desassoreamento dos - Sensibilização da comunidade córregos; através de programas de educação - Sensibilização da comunidade ambiental evitando o lançamento através de programas de educação de lixo nas vias; ambiental evitando o lançamento de - Comunicar a defesa civil e o lixo nas vias; corpo de bombeiros; - Comunicar responsável o junto departamento a Prefeitura Municipal; Medidas que operacionais - dependem recurso Recursos externos para a - Recursos externos para a - Recursos externos para a de implantação de projetos técnicos implantação de projetos técnicos de implantação de pavimentação em externo de dimensões e custos elevados; (financeiro e humano) PMSB – IBIRUBÀ, 2014. dimensões e custos elevados; rodovias e implantação de sistema de - Solicitação de auxílio a defesa drenagem; Página 472 de 504 civil; - Programas para doação de donativos de locais externos em caso de calamidade pública; Monitoramento Observar os pontos do município - Observar os pontos do município - Manutenções periódicas junto às posterior à falha que apresentam características que apresentam características estradas municipais, evitando que semelhantes que possam no futuro semelhantes que possam no futuro ocorram sofrer com a mesma falha; - Manutenções existentes, com de sofrer com a mesma falha; Realização de períodos aos transeuntes; de e das novas obras implantadas, sistemas de drenagem junto as vias sobre limpeza junto obras - Manutenções de obras existentes - Manutenção e/ou implantação dos execução antigos; - acidentes os locais onde das detectado o problema. drenagens/caixas de inspeção e se foi interioranas e não pavimentadas; - Limpeza dos sistemas de drenagem existentes; demais estruturas existentes; - Inspeções e criação de planilhas técnicas de revisões dos sistemas que se encontram em operação; - Detecção pontos onde se precisa realizar a implantação sistemas de drenagem. Responsável - Prefeitura Municipal através da - Prefeitura Municipal através da - Prefeitura Municipal através da secretaria responsável. ou departamento secretaria responsável. ou departamento secretaria ou departamento responsável. Fonte: Inova Consultoria Ambiental. PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 473 de 504 PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 474 de 504 Instruções para manutenção do plano emergência e contingência A cada revisão do Plano Municipal de Saneamento Básico deve estar previsto a revisão do Plano de Contingência e Emergência com base nas falhas existentes e diagnosticadas durante o período. Um novo problema de ordem técnica que requeira a criação de um plano pode ter surgido, devendo então ser incluído. De mesma forma pode ocorrer para um dos problemas diagnosticados, dos quais pode ter sido eliminado completamente, não havendo mais necessidade de sua manutenção dentro do plano. Dentre outros aspectos, deve-se prever: Melhoria do Plano de Contingência e Emergência, incluindo a periodicidade e modalidade de exercícios e treinamentos, procedimentos para avaliação das emergências e responsabilidade pela captura das informações; Revisão do plano, incluindo a periodicidade e atribuindo responsabilidade; Complementação do planejamento, incluído a orientação para que as agências com responsabilidade pela implementação produzam os procedimentos operacionais padronizados necessários para a sua atuação. Relacionamento com outros planos Deve ser previsto, a articulação do plano com outros existentes para o qual possa ter relação, incluindo os planos de agências governamentais e não governamentais. Quadro 16: Atribuições das Unidades Envolvidas. ORGÃOS/INSTITUIÇÕES ATRIBUIÇÕES ENVOLVIDAS Defesa Civil Coordenação de resposta e reconstrução do evento natural. Secretaria Municipal de Proceder à assistência pré-hospitalar; Saúde e Assistência Promover ações básicas de saúde pública nos Social abrigos; Montagem de ambulatório nos abrigos; Efetuar consultas médicas nos abrigos; Agir preventivamente no controle de epidemias; Proceder a vacinação do pessoal envolvido nas PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 475 de 504 ações de resposta. Efetuar a triagem socioeconômica e cadastramento das famílias Secretaria Municipal de Efetuar a triagem socioeconômica e cadastramento Planejamento das famílias vulneráveis afetadas pelo desastre; Gerenciar os abrigos temporários; Coordenar campanhas de arrecadação e de distribuição de alimentos, roupas e outros; Promover ações de fortalecimento da cidadania; Fornecer alimentação para o pessoal operacional envolvido no evento. Realizar projetos de engenharia. Secretaria Municipal de Dispor a estrutura das edificações da rede Educação e Secretaria de municipal de ensino para que, emergencialmente, Municipal de Esportes e Lazer sirvam de abrigos temporários; Disponibilizar servidores durante o período de anormalidade; Disponibilizar viaturas e outros materiais necessários ao atendimento da população atingida. Secretaria Municipal de Viabilizar o suporte financeiro para as ações de Administração e Recursos resposta. Humanos Polícia Militar e Polícia Articular junto aos órgãos estaduais de segurança, Ambiental visando preservar a Lei e a Ordem nos abrigos. Secretaria Municipal de Disponibilizar servidores, durante o período de Desenvolvimento Urbano anormalidade, para o auxílio na retirada das famílias atingidas; Disponibilizar viaturas e outros materiais necessários ao atendimento da população atingida; Limpeza e conservação dos abrigos. Assessoria de Imprensa Campanha informativa; Divulgação das ações do poder público municipal voltado para a minimização dos danos e prejuízos. PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 476 de 504 9 9.1 ATIVIDADES PÓS-ELABORAÇÃO DO PMSB APROVAÇÃO DO PMSB A aprovação deste PMSB fora realizada com base no termo de referência da FUNASA (2012), sendo feita a aprovação pela população, por meio da Audiência Pública, realizada na data de 06/05/2014, conforme documentação comprobatória junto ao Plano de Mobilização Social (documento complementar ao PMSB). Após tal audiência fora elaborada a Minuta do projeto de Lei, a qual fora apreciada na Conferência Municipal realizada na data de 06/05/2014, onde estavam presentes representantes da sociedade civil e pública (vide Plano de Mobilização Social). Esta Minuta fora revisada pelo setor jurídico do município de forma a evitar contradições entre os dispositivos inseridos no PMSB com as demais normas vigentes. Após a Conferência Municipal a versão final do PMSB e projeto de Lei fora encaminhado à Câmara de Vereadores para sanção. Recomenda-se que para dar suporte e cumprimento às ações de saneamento no âmbito municipal deve-se manter a sociedade permanentemente mobilizada por intermédio de eventos que possibilitem a participação democrática e formal de controle social, inclusive sendo apresentados à população os resultados dos indicadores estabelecidos. 9.2 EXECUÇÃO DO PMSB Esta etapa refere-se à elaboração de elementos que subsidiem a fase de execução do plano, devendo ser discutidas - e preferencialmente deliberadas pelo grupo de trabalho - pelo menos: a. Proposta para a regulamentação e fiscalização do setor de saneamento: em consonância com as demais normas vigentes, essa proposta visará impedir o surgimento de prejuízos à sociedade, decorrentes do déficit na prestação dos serviços. PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 477 de 504 A partir do prognóstico apresentado, da legislação existente e da Lei de Saneamento Municipal criada serão identificados os principais pontos de regulação para concessão de serviços públicos. A regulação da prestação dos serviços em saneamento são possíveis nas atividades relacionadas a abastecimento de água e esgotamento sanitário. Cada vez mais a administração pública é tida como uma prestadora de serviços semelhante a qualquer outra, cujas atividades devem ser avaliadas a partir de uma relação custo/benefício. O texto da Constituição Federal de 1988 faz referências específicas ao saneamento básico em três diferentes artigos: “Art. 21 – Compete à União: (...) XX – instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento básico e transportes urbanos”. “Art. 23 – É competência comum da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios: (...) IX – promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de saneamento básico. (...) Parágrafo Único – Lei complementar fixará normas para cooperação entre a União e os estados, o Distrito federal e os municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar, em âmbito nacional.” “ Art. 200 – Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos termos da lei: (...) IV – participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento básico.” Em primeiro lugar, o município não perde, nos casos de nítido interesse regional, o seu poder de concessão sobre aquelas funções públicas de saneamento que permanecem no âmbito do interesse local. Um segundo ponto diz respeito à premissa de ―cooperação dos municípios‖ com o estado e o Distrito Federal na ―organização, planejamento e execução das funções públicas de saneamento de interesse comum‖. Ou seja, mesmo nas situações em que se caracteriza o imperativo do esforço supralocal, o município não é um expectador passivo da atuação do estado, mas um agente de cooperação, uma vez que o ―interesse comum‖ do serviço não o exclui. O texto constitucional estabelece que o poder público poderá organizar e prestar os serviço públicos diretamente ou sob o regime de concessão ou permissão. PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 478 de 504 “ Art. 75 – Incumbe ao poder público, na forma da lei, diretamente ou sob o regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação se serviços públicos. Parágrafo único – A lei disporá sobre: I – o regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos, o caráter especial de seu contrato e de sua prorrogação, bem como as condições de caducidade, fiscalização e rescisão da concessão ou permissão; II – os direitos dos usuários; III – a política tarifária; IV – a obrigação de manter serviço adequado.” “ Art. 25. – (...) § 2º - cabe aos estados explorar diretamente, ou mediante concessão a empresa estatal, com exclusividade de distribuição, os serviços locais de gás canalizado”. “ Art. 14 – Toda concessão de serviço público, precedida ou não de execução de obra pública, será objeto de prévia licitação, nos termos da legislação própria (...). “ Art. 2 – (...) II – concessão de serviço público: a delegação de sua prestação, feita pelo poder concedente, mediante licitação, na modalidade de concorrência, a pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco determinado. “ Art. 6 – Os contratos de concessão ou permissão para exploração de serviços públicos de saneamento, sempre autorizados por lei específica, formalizados mediante prévia licitação, estabelecerão as condições de seu controle e fiscalização pelo poder concedente, término, reversão dos bens e serviços, direitos dos concessionários ou permissionários, prorrogação, caducidade e remuneração, que permitam o atendimento das necessidades de saneamento da população e que disciplinem os aspectos econômico-financeiros dos contratos.” A importância cada vez maior das aglomerações urbanas, persiste a premissa de que os municípios representam o poder concedente das atividades de saneamento sempre que estas não ultrapassam o denominado ―interesse local‖. Isto significa dizer que, mesmo nas áreas conturbadas, funções de saneamento permanecem contidas nos limites do poder municipal. Há também o aspecto da exigência de licitação pública para a concessão ou permissão de serviços públicos. Exploração direta pelo município Esta possibilidade abrangerá duas alterações básicas: departamento da administração centralizada ou autarquia municipal. No caso atual dos municípios que não aderiram ao Planasa, especialmente os de pequeno porte, a forma de departamento já é largamente utilizada, e certamente PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 479 de 504 continuará sê-lo. A própria escala da demanda não favorece a doção de uma organização mais independente para a assunção dos serviços. A outra opção é mais utilizada em municípios de maior porte, e dispensa o processo licitatório, desde que sua finalidade específica seja o desempenho das atividades de saneamento. Exploração por concessão Neste caso, estão consideradas as possibilidades de prestação dos serviços por concessionária pública municipal, estadual ou regional e concessionária privada. Cada uma destas formar organizacionais comportará, provavelmente, algumas variações. Atualmente, há municípios que possuem seus serviços operados por empresas públicas municipais, que detêm a concessão por adjudicação direta de contrato, à semelhança das concessionárias estaduais. A legislação não dá abrigo a um prolongamento futuro deste procedimento, o que implica dizer que, findos os contratos atuais, será necessário processo licitatório, caso não seja adotada a operação de exploração dos serviços por departamento da administração ou por autarquia municipal. As concessionárias estaduais certamente continuarão gerindo serviços de interesse local, uma vez que um grande número de contratos assinados ainda na fase inicial do Planasa encontra-se distante de seu termo final e, além disso, não parece favorável que haja um generalização da vontade política por parte dos municípios, pelo menos de imediato, no sentido de uma ruptura contratual. Quadro 17: Cenário 1 - Titularidade e formas organizativas e regulação da prestação de serviços de saneamento. Municípios Titularidade Captação, tratamento, adução e reservação e distribuição de água; Serviços de interesse local Coleta, afastamento, tratamento e disposição final de esgotos. Formas de exploração (Sistema completo ou parcial) Direta - Deptº Administração Direta - Autarquia PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 480 de 504 Por concessão - Concessionária pública municipal - Concessionária pública estadual - Concessionária pública regional - Concessionária privada - Empresa privada - Associação civil Serviços de interesse Titularidade supra-local Distribuição de água Coleta e afastamento parcial de esgotos Formas de exploração (das funções das quais é titular) Direta - Deptº Administração Direta - Autarquia - Empresa administração descentralizada Por concessão - Concessionária pública estadual - Concessionária pública regional - Concessionária privada - Empresa privada - Associação civil Quadro 18: Cenário 2 - Titularidade, formas organizativas e regulação da prestação de serviços de saneamento. Municípios Titularidade Captação, tratamento, adução e reservação e distribuição de água; Serviços de interesse local Coleta, afastamento, tratamento e disposição final de esgotos. Formas de exploração (Sistema completo ou parcial) Direta - Deptº Administração Direta - Autarquia PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 481 de 504 Por concessão - Concessionária pública municipal - Concessionária pública estadual - Concessionária pública regional - Concessionária privada - Empresa privada - Associação civil Regulação Plano diretor municipal de saneamento Lei municipal para concessão de serviço Edital de licitação Contrato de concessão Contrato de gestão Os serviços devem ser regulados por entidade autônoma sempre que a prestação não for executada por entidade que integre a administração do titular (como um SAE – Serviço de Água e Esgoto ou DAE – Departamento de Água e Esgoto, por exemplo). No caso de Ibirubá, já há a CORSAN como concessionária exploradora dos serviços de abastecimento de água e deve ser revisto o contrato com fins de adequação da regulação e fiscalização dos serviços prestados. Por força do artigo 21 da Lei 11.445/07, o órgão regulador deve ter independência decisória. Deve ser dotado de autonomia tanto em relação ao governo quanto em face do prestador, para que possa atuar de maneira a conferir maior segurança, estabilidade e transparência ao setor, além de estimular a eficiência do prestador. Alternativamente, para que seja cumprida a obrigação de regulação de serviços contratados por meio de uma entidade autônoma, o Município poderá criar um ente regulador próprio, que também deverá possuir os instrumentos de independência decisória. Quando os serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário são municipais, a atuação de outras agências reguladoras depende de um instrumento de delegação das competências de regulação e fiscalização desses serviços do Município para a Agência. Esta delegação pode resultar de diferentes estruturas. Seguem dois modelos distintos: PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 482 de 504 1. Convênio de Cooperação com o Estado a. O Município e o Estado celebram um convênio de cooperação (ver item I abaixo). b. O Município firma um contrato de concessão (com empresa privada) ou um contrato de programa (com a CORSAN) para a prestação dos serviços de saneamento básico. 2. Consórcio Público com o Estado a. O Estado e o(s) município(s) constituem um consórcio público. b. O consórcio público celebra um convênio para o desempenho das atividades de regulação e fiscalização dos serviços de saneamento c. O consórcio público firma um contrato de concessão (com empresa privada) ou um contrato de programa (com a CORSAN) para a prestação dos serviços de saneamento básico. I. Um Convênio de Cooperação para a delegação da regulação legação da regulação dos serviços deve conter: a. Indicar os direitos e obrigações do Município e do Estado. b. Delegar a regulação e a fiscalização dos serviços de saneamento básico para a entidade. c. Estabelecer parâmetros e diretrizes para o exercício das atividades de regulação e fiscalização (por exemplo, periodicidade e metodologia). d. Autorizar, se for o caso, a celebração de um contrato de programa com a CORSAN para a prestação dos serviços de saneamento básico Para a prestação dos serviços de saneamento básico, a Administração possui as seguintes alternativas: i. Execução direta dos serviços (por meio de um departamento ou autarquia); ii. Delegação da prestação dos serviços a um terceiro, que poderá ser: a. Uma empresa privada, que celebrará um contrato de concessão; PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 483 de 504 b. Uma empresa estatal de outro ente federativo (como é o caso da sabesp), que celebrará um contrato de programa. Quando a prestação dos serviços é delegada, a Lei Federal 11.445/07 obriga que seja indicado um órgão regulador independente. Caso esse órgão seja uma concessionária de serviços de saneamento, o Município deve celebrar um convênio de cooperação com o Estado, conforme visto no item anterior. A concessionária irá disciplinar e fiscalizar a execução dos serviços, obedecendo aos termos do contrato e do convênio de cooperação. Principais aspectos que devem ser considerados na celebração de contratos que deleguem a prestação dos serviços, sejam eles contratos de concessão ou contratos de programa. Caso o contrato tenha a estrutura financeira das parcerias público-privadas (com previsão de pagamentos diretos do poder concedente ao prestador), ele também deve ser precedido por: Estudo que demonstre a conveniência e oportunidade do contrato e sua adequação fiscal (indicando que despesas não afetarão metas fiscais, sendo compensadas pelo aumento de receitas ou pela redução de despesas); Estimativa de impacto orçamentário-financeiro; Previsão do objeto do contrato no PPA (Plano Plurianual); Licença prévia ambiental ou diretrizes para sua obtenção. Os principais aspectos do contrato são: Objeto O que deverá ser executado pelo prestador. Todo o ciclo do saneamento: (captação e tratamento de água; adução e distribuição de água; coleta e transporte de esgotos; tratamento e destinação final de esgotos) Apenas os serviços relacionados à água? Apenas os serviços relacionados à esgoto? Apenas a implantação e operação de uma Estação de Tratamento de Água (ETA) ou de Esgoto (ETE)? PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 484 de 504 Área Qual a área de atuação do prestador? Toda área do Município? Apenas parte do Município? Mais de um Município? (se o contrato for celebrado por um consórcio público) Prazo Qual a duração do contrato? Qual o tempo necessário para que os investimentos previstos sejam amortizados pelo prestador? Será possível prorrogar o contrato? Caso sim, em que condições? Como serão definidas as novas metas e os novos investimentos a serem cumpridos no período da prorrogação? Com qual antecedência as partes deverão se manifestar sobre a intenção ou não de prorrogar o contrato? Caso o contrato tenha a estrutura financeira das parcerias público-privadas (com previsão de pagamentos diretos do poder concedente ao prestador), ele também deve ser precedido por: Condições de prestação do serviço Em que, especificamente, consiste o objeto do contrato? Exemplos: Há obrigações específicas de expansão ou melhorias? Caberá ao prestador atender comunidades e loteamentos futuros? Como os serviços devem ser prestados? Exemplos: O contrato preverá prazos para atendimento a demandas dos usuários? A quem caberá a reposição de asfalto e calçamento decorrente de intervenções do prestador? Indicadores e parâmetros de qualidade Como será aferida a qualidade dos serviços prestados? Quais aspectos devem ser analisados? Exemplos: Cobertura da rede de abastecimento e de coleta? Índices de perdas reais e aparentes? Carga poluidora após o tratamento dos esgotos? PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 485 de 504 Há metas a serem atingidas? São graduais? Há índices de desempenho? Estes índices estarão atrelados a punições ou benefícios à prestadora dos serviços? Exemplos: Multas em caso de índices insatisfatórios por determinado período. Fatores de desconto ou acréscimo no valor da contraprestação pública (em caso de parceria público-privada). Liberação de parcelas de contraprestação pública (em caso de parceria públicoprivada), apenas após o alcance de determinada meta. Preço do serviço Como será remunerado o prestador? Por meio de tarifa cobrada diretamente dos usuários? Por meio de pagamento direto pelo Município? (como uma parceria públicoprivada na modalidade de concessão administrativa) Por meio de tarifa cobrada dos usuários, complementada por pagamento direto pelo Município? (como parceria público-privada na modalidade de concessão patrocinada) Caso a operação e a expansão das redes fique a cargo do município, haverá um volume mínimo garantido ao prestador? Qual será o valor e a estrutura inicial das tarifas? Havendo implantação gradual dos serviços (em especial, de coleta e tratamento de esgoto), quais serão as tarifas para cada serviço? Quando poderão ser cobradas dos usuários? Reajuste e revisão das tarifas Qual o índice ou fórmula para atualização do valor das tarifas? Índice geral? Composição de índices setoriais? Qual a ponderação entre eles? Haverá revisões periódicas da tarifa (a cada 2 anos) ou apenas revisões extraordinárias? Nas revisões periódicas, quais fatores deverão ser necessariamente considerados? E quais fatores não poderão ser considerados? Quais eventos poderão justificar uma revisão extraordinária? PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 486 de 504 Exemplos: Variação dos custos? A partir de quanto? Variação da demanda? A partir de quanto? Expansão da mancha urbana? Novas normas ambientais? Como será calculado o montante do desequilíbrio gerado por este evento? Quais medidas poderão ser tomadas para compensar o desequilíbrio? Exemplos: Alteração da tarifa? Pagamento direto entre as partes? Alteração do prazo do contrato? Alteração do cronograma de investimentos? Receitas alternativas, complementares ou acessórias Além das receitas decorrentes da prestação de serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário, o contrato de programa poderá admitir que a prestadora desenvolva outras atividades, criando novas fontes de receitas. Questões a serem tratadas no contrato O contrato já indicará quais atividades não integrantes do objeto principal poderão ser realizadas? Ou autorizará quaisquer atividades? Exemplos: Venda de água de reuso. Pré-tratamento de resíduos industriais. Venda de água por atacado. Como serão alocados os custos compartilhados entre o objeto principal e essas atividades? Como essas receitas auxiliarão a modicidade tarifária? Como serão consideradas na aferição da amortização dos investimentos? Poderão compensar débitos anteriores do Município em face da prestadora? Papel do poder concedente Quais os seus direitos e deveres? Exemplos: Acompanhar os serviços. Ter acesso a informações sobre os serviços. Facilitar a interlocução com outros órgãos municipais. PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 487 de 504 Declarar bens de utilidade pública para desapropriação. Realizar pagamento (no caso de parcerias público-privadas). Tomar as medidas necessárias à execução das obras pelo prestador. Garantir a exclusividade na prestação dos serviços. Realizar as obras que não tenham sido delegadas (por exemplo, as obras relativas à rede de coleta, quando o contrato tenha por objeto apenas a construção e a operação de uma ETE). Manifestar-se sobre alterações nos projetos de expansão da rede. Papel dos Usuários Quais os direitos dos usuários? Exemplos: Acesso a serviço de qualidade. Prazo mínimo entre fatura e pagamento. Acesso a informações sobre a utilização dos serviços. Aviso sobre interrupções programadas. Procedimento para verificação de medição excessiva Quais os deveres dos usuários? Exemplos: Pagar as contas. Permitir acesso ao hidrômetro. Não fraudar o hidrômetro. Não descartar objetos na rede coletora que possam obstruí-la. Os serviços poderão ser interrompidos em caso de descumprimento desses deveres? Fiscalização e prestação de contas Qual será o ente responsável pela fiscalização dos serviços? O contrato preverá requisitos mínimos da fiscalização? (procedimentos ou periodicidade, por exemplo) Como será a prestação de contas pelo prestador? Quais relatórios deverão ser apresentados? Em qual periodicidade? Penalidades A quais penalidades o prestador está sujeito? Exemplos: PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 488 de 504 Advertências? Multas? Interdição de instalação? Existem categorias de multas? Há algum valor mínimo ou máximo? Extinção da concessão Quais as hipóteses de extinção do contrato? Em caso de extinção antecipada, quais as providências deverão ser tomadas? Como calcular o valor da indenização devida em cada caso? Bens reversíveis Quais bens reverterão ao poder concedente após o fim do contrato? Como serão identificados? Serão listados no contrato? E os novos bens, adquiridos ou construídos ao longo do contrato? Serão caracterizados de maneira ampla, como aqueles essenciais à continuidade dos serviços? O prestador poderá alienar ou onerar estes bens? Se sim, dependerá de autorização ou comunicação por parte do poder concedente ou do regulador? O contrato indicará a vida útil desses bens no momento da reversão? Indenizações Caberá indenização ao final do prazo do contrato pelos investimentos não amortizados? Em caso positivo, abrangerá todos os investimentos, ou apenas aqueles não previstos originalmente no contrato? Como calcular o valor da indenização em caso de extinção antecipada do contrato? Solução de conflitos Qual será o foro para solução de conflitos decorrentes do contrato? Será admitida a arbitragem? Para todos os tipos de questões? Apenas para questões técnico-operacionais? Apenas para questões econômico-financeiras? O contrato preverá qual a câmara arbitral e os procedimentos que serão utilizados? PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 489 de 504 Sendo o interesse de o município implantar uma autarquia municipal para a prestação e regulação dos serviços deve constituir a Autarquia Municipal de Saneamento de Ibirubá para fiscalizar, planejar, regular e fazer saneamento e sugere-se consultar na página da www.funasa.gov.br ou na biblioteca da FUNASA, a publicação apresentada na Figura 94. Figura 94: Manual de orientações para criação e organização de autarquias municipais de água e esgoto. (Fonte: www.funasa.gov.br) Algumas justificativas para a criação da autarquia municipal estão indicadas nas Figuras 95 e 96. PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 490 de 504 Figura 95: Justificativas para criação de uma autarquia municipal de saneamento. Figura 96: Justificativas para criação de uma autarquia municipal de saneamento. (continuação). b. Manuais: visará estabelecer critérios e padrões mínimos recomendados para orientar os projetistas no dimensionamento dos sistemas referentes ao saneamento básico. PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 491 de 504 Quadro 19: Normas Técnicas que tratam sobre os eixos do saneamento básico. SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA Norma ABNT/NBR Descrição Determinação de nitrogênio amoniacal na água 10560/1988 ABNT/NBR Determinação de resíduos sedimentáveis na água 10561/1988 ABNT/NBR Determinação de oxigênio dissolvido na água 10559/1988 ABNT/NBR Determinação de oxigênio consumido na água 10739/1989 ABNT/NBR Determinação de demanda bioquímica de oxigênio na água 12614/1992 ABNT/NBR Determinação de nitrito na água 12619/1992 ABNT/NBR Determinação de nitrato na água 12620/1992 ABNT/NBR Determinação de cianeto total na água 12642/1992 ABNT/NBR Determinação da dureza total na água 12621/1992 ABNT/NBR Determinação de resíduos de pesticidas organoclorados na água 13404/1995 ABNT/NBR Determinação de resíduos de pesticidas organofosforados na água 13405/1995 ABNT/NBR Determinação de resíduos de fenoxiácidos clorados na água 13406/1995 ABNT/NBR Determinação de trihalomentanos na água 13407/1995 ABNT/NBR 12213 Projeto de adutora de água para abastecimento público. ABNT/NBR 12216 Projeto de estação de tratamento de água para abastecimento público ABNT/NBR 12212 Projeto para captação de água subterrânea ABNT/NBR 12214 Projeto de sistema de bombeamento de água para abastecimento PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 492 de 504 público ABNT/NBR 12217 Projeto de reservatório de distribuição de água para abastecimento público SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO ABNT/NBR Estudo de concepção de sistemas de esgoto sanitário 9648/1986 ABNT/NBR Projeto de redes coletoras de esgoto sanitário 9649/1986 ABNT/NBR Critérios para lançamentos de efluentes líquidos industriais no 9800/1987 sistema coletor público de esgoto sanitário ABNT/NBR Execução de rede coletora de esgoto sanitário 9814/1987 ABNT/NBR Planejamento de amostragem de efluentes líquidos e corpos 9897/1987 receptores; ABNT/NBR Preservação e técnicas de amostragem de efluentes líquidos e 9898/1987 corpos receptores; ABNT/NBR Projeto de interceptores de esgoto sanitário; 12207/1998 ABNT/NBR Projeto de estações elevatórias de esgoto sanitário; 12208/1998 ABNT/NBR Projeto de estações de tratamento de esgoto sanitário; 12209/1998 ABNT/NBR Projeto e execução de valas para assentamento e tubulação de 12266/1992 água, esgoto ou drenagem urbana; ABNT/NBR 7229 Projeto, construção e operação de sistemas de tanques sépticos. ABNT/NBR Tanques Sépticos – Unidades de tratamento complementar e 13969/1997 disposição final dos efluentes líquidos – Projeto, construção e operação; ABNT/NBR Tubo de concreto, de seção circular, para águas pluviais e esgotos 8890/2003 sanitários – Requisitos e métodos de ensaio PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 493 de 504 ABNT/NBR 73621/2005 Sistemas enterrados para condução de esgoto, Parte 1: Requisitos para tubos de PVC com junta elástica; ABNT/NBR 73622/1999 Sistemas enterrados para condução de esgoto, Parte 2: Requisitos para tubos de PVC com junta maçiça; ABNT/NBR 73623/2005 Sistemas enterrados para condução de esgoto, Parte 3: Requisitos para tubos de PVC com dupla parede; ABNT/NBR73624/2005 Sistemas enterrados para condução de esgoto, Parte 4: Requisitos para tubos de PVC com parede de núcleo celular; SISTEMA DE DESTINAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS ABNT/NBR 7500 Símbolos de risco e manuseio para o transporte e armazenamento de material. ABNT/NBR 9191 Especificação. Sacos plásticos para acondicionamento. ABNT/NBR 9195 Métodos de ensaio. Sacos plásticos para acondicionamento. ABNT/NBR 9196 Determinação de resistência a pressão do ar. ABNT/NBR 9197 Determinação de resistência ao impacto de esfera. Saco plástico para acondicionamento de lixo - determinação de resistência ao impacto de esfera. ABNT/NBR 13055 Determinação da capacidade volumétrica. Saco plástico para acondicionamento - determinação da capacidade volumétrica. ABNT/NBR 13056 Verificação de transparência. Filmes plásticos para sacos para acondicionamento - verificação de transparência. ABNT/NBR 13853 Requisitos e métodos de ensaio para coletores para resíduos de serviços de saúde perfurantes ou cortantes. ABNT/NBR 12980 Define termos utilizados na coleta, varrição e acondicionamento de resíduos sólidos urbanos. PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 494 de 504 ABNT/NBR 13221 Especifica os requisitos para o transporte terrestre de resíduos, de modo a evitar danos ao meio ambiente e a proteger a saúde pública. ABNT/NBR 13332 Define os termos relativos ao coletor-compactador de resíduos sólidos, acoplado ao chassi de um veículo rodoviário, e seus principais componentes. ABNT/NBR 13463 Classifica a coleta de resíduos sólidos urbanos dos equipamentos destinados a esta coleta, dos tipos de sistema de trabalho, do acondicionamento destes resíduos e das estações de transbordo. ABNT/NBR 11174 Fixa as condições exigíveis para obtenção das condições mínimas necessárias ao armazenamento de resíduos classes II-não inertes e III-inertes, de forma a proteger a saúde pública e o meio ambiente. ABNT/NBR 14619 Estabelece os critérios de incompatibilidade química a serem considerados no transporte terrestre de produtos perigosos. ABNT/NBR 12810 Fixa os procedimentos exigíveis para coleta interna e externa dos resíduos de serviços de saúde, sob condições de higiene e segurança ABNT/NBR 14652 Estabelece os requisitos mínimos de construção e de inspeção dos coletores e transportadores rodoviários de resíduos de serviços de saúde do grupo A. ABNT/NBR 12235 Fixa as condições exigíveis para o armazenamento de resíduos sólidos perigosos de forma a proteger a saúde pública e o meio ambiente. ABNT/NBR 10007 Fixa os requisitos exigíveis para amostragem de resíduos sólidos. ABNT/NBR 15051 Estabelece as especificações para o gerenciamento dos resíduos gerados em laboratório clínico. O seu conteúdo abrange a geração, a segregação, o acondicionamento, o tratamento preliminar, o tratamento, o transporte e a apresentação à coleta pública dos resíduos gerados em laboratório clínico, bem como a orientação sobre os procedimentos a serem adotados pelo pessoal do laboratório. ABNT/NBR 14725 Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos - FISPQ. PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 495 de 504 ABNT/NBR 13896 Fixa as condições mínimas exigíveis para projeto, implantação e operação de aterros de resíduos não perigosos, de forma a proteger adequadamente as coleções hídricas superficiais e subterrâneas próximas, bem como os operadores destas instalações e populações vizinhas. ABNT – NBR Armazenamento de resíduos sólidos perigosos; 1.183 ABNT – NBR Classificação de sacos plásticos para acondicionamento de lixo; 9.190 ABNT – NBR Especificação de sacos plásticos para acondicionamento de lixo; 9.191 ABNT – NBR Resíduos Sólidos – Classificação; 10.004 ABNT – NBR Lixiviação de Resíduos – Procedimento; 10.005 ABNT – NBR Amostragem de Resíduos – Procedimento; 10.007 ABNT – NBR Degradação do Solo - Terminologia; 10.703 ABNT – NBR Armazenamento de resíduos classe II – não inertes e III - inertes; 11.174 ABNT – NBR 12.235 ABNT – NBR Procedimentos para o Armazenamento de Resíduos Sólidos Perigosos; Transporte de resíduos; 13.221 ABNT – NBR Solubilização de Resíduos – Procedimento. 10.006 PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 496 de 504 c. Plano de revisão do PMSB O tempo estabelecido pela FUNASA como limite para revisão do PMSB é de 4 anos, porém como o município de Ibirubá é um município em constante modificação e dinâmico com problemas apontados onde já foram definidas algumas ações para os próximos anos, recomenda-se uma reavaliação do PMSB de Ibirubá a cada 2 anos. O PMSB não possuirá nenhuma área piloto de análise. O município usará todos os dados de saneamento como área de análise e avaliação e, a cada 2 anos, deverá ser revisto os dados e ações constantes no PMSB avaliando-se a capacidade de gerenciamento do município. Este gerenciamento será estabelecimento, por meio de mecanismos transparentes, pautados na eficiência, de processos de reajuste e de revisão das tarifas, financiamentos, busca de recursos, projetos e outros processos de revisão dos contratos e/ou dos atos de regulação do serviço, para assegurar, permanentemente, o equilíbrio econômico-financeiro dos contratos; A revisão deverá preceder à elaboração do Plano Plurianual do Município. O Poder Executivo Municipal deverá encaminhar a proposta de revisão do Plano Municipal à Câmara Municipal de Vereadores, devendo constar as alterações, caso necessário, a atualização e a consolidação do Plano de Saneamento anteriormente vigente. A proposta de Revisão do Plano Municipal de Saneamento Básico do Município deverá ser elaborada em articulação com os prestadores dos serviços correlatos e estar em compatibilidade coma as diretrizes, metas e objetivos das Políticas Municipais, Estaduais de Saneamento Básico, de Saúde e de Meio Ambiente; com o estabelecido na Lei Federal nº 11.445/2007; e com o Plano Municipal e Estadual de Saneamento e de Recursos Hídricos. A revisão do Plano Municipal de Saneamento Básico do Município de Ibirubá, também deverá seguir as diretrizes dos planos das bacias hidrográficas em que o Município estiver inserido. 9.3 AVALIAÇÃO E REVISÃO DO PMSB PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 497 de 504 A implantação do PMSB e o sucesso nas ações previstas envolvem políticas públicas, participação da sociedade, intersetorização dentro dos órgãos de gestão municipal e comprometimento dos envolvidos, como um todo, sejam estes sociedade civil ou pública. Deste modo, conforme termo de referência da Funasa (2012), a avaliação do desempenho do PMSB, também está relacionada às ações governamentais, compreendendo a implantação de programas, a execução de projetos e atividades, a administração de órgãos e entidades, tendo foco aspectos relevantes, como: a. O cumprimento dos objetivos/ações definidos no PMSB; b. A obediência dos dispositivos legais aplicáveis à gestão do setor saneamento; c. Reavaliação dos pontos fortes e fracos diagnosticados e do plano elaborado e das oportunidades e entraves ao seu desenvolvimento; d. O uso adequado de recursos humanos, instalações e equipamentos voltados para produção e prestação de bens e serviços na qualidade e prazos requeridos; e. A adequação e a relevância dos objetivos do plano e a consistência entre esses e as necessidades previamente identificadas; f. A consistência entre as ações desenvolvidas e os objetivos estabelecidos; g. As causas de práticas antieconômicas e ineficientes; h. Os fatores inibidores do desempenho do PMSB; i. A relação de causalidade entre efeitos observados e as diretrizes propostas; j. A qualidade dos efeitos alcançados a partir da implantação do plano; k. Surgimento de novas tecnologias para solução de possíveis pontos levantados; l. Priorização de investimentos no setor de saneamento. Isso se torna importante, pois o desempenho que se obtém e o esperado podem ser divergir daqueles traçados inicialmente. Deste modo, novamente, ressalta-se a importância da mensuração de tal desempenho, utilizando a ferramenta dos indicadores estabelecidos. 9.4 MINUTA DA ELABORAÇÃO DA LEI DE SANEAMENTO Em anexo, Anexo 15. PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 498 de 504 REFERÊNCIAS ATLAS EÓLICO: Rio Grande do Sul. Porto Alegre: SEMC, 2002. 12 atlas. Escalas variam; BARTH, F. T. et al. Fundamentos para Gestão de Recursos Hídricos. Coleção ABRH de Recursos Hídricos. V.1 – São Paulo, 1987 – Nobel/ABRH, 526p; BRASIL. Decreto nº 7.217, de 21 de junho de 2010. Regulamenta a Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007, que estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico, e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 2 jun. 2010, ed. extra. Disponível em: <http://www.funasa.gov.br/internet/arquivos/legislacao/decretos/2010/decreto7217_2010.p df>. Acesso em: 23 out. 2012; BRASIL. Instituto de Geografia e Estatística – IBGE. Ministério da Saúde. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios. Um Panorama da Saúde no Brasil - acesso e utilização dos serviços, condições de saúde e fatores de risco e proteção à saúde 2008. Rio de Janeiro, 2010; BRASIL. Lei Federal nº 11.107 de 06 de abril de 2005. Dispõe sobre normas gerais de contratação de consórcios públicos e dá outras providências. Brasília, DF, 2005; BRASIL. Lei Nacional de Saneamento Básico nº 11.445 de 05 de janeiro de 2007. Estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico; altera as Leis nos 6.766, de 19 de dezembro de 1979, 8.036, de 11 de maio de 1990, 8.666, de 21 de junho de 1993, 8.987, de 13 de fevereiro de 1995; revoga a Lei no 6.528, de 11 de maio de 1978; e dá outras providências. Brasília, DF, 2007; BRASIL. Lei nº 11.445, de 05 de janeiro de 2007. Estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico; altera as Leis nos 6.766, de 19 de dezembro de 1979, 8.036, de 11 de maio de 1990, 8.666, de 21 de junho de 1993, 8.987, de 13 de fevereiro de 1995; revoga a Lei no 6.528, de 11 de maio de 1978; e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 08 jan. 2007, retificado no DOU de 11 jan. 2007. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato20072010/2007/lei/l11445.htm>. Acesso em: 06 set. 2012; BRASIL. Lei nº 12.305, de 02 de agosto de 2010. 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Anexo 3 – Mapa de localização dos poços tubulares na zona urbana do município. Anexo 4 – Mapa de localização dos poços tubulares na zona rural do município. Anexo 5 – Mapa das ligações clandestinas de esgoto na rede pluvial na zona urbana do município. Anexo 6 – Mapa das microbacias da zona rural do município. Anexo 7 – Mapa da rede de drenagem da zona urbana, incluindo pontos de alagamento. Anexo 8 - Contrato de prestação de serviços com a empresa MGO SOLUÇÕES AMBIENTAI LTDA, que realiza a coleta e destinação final do RSU. Anexo 09 – Mapa com o trajeto da coleta do RSU. Anexo 10 - Contrato de prestação de serviços com a empresa Via Norte, que realiza a coleta e destinação final do resíduo de saúde. Anexo 11 – Mapa com a localização dos cemitérios existentes no município. Anexo 12 – Minuta da Lei de Saneamento Básico. Anexo 13 – Minuta de Lei da Politica Municipal de Resíduos Sólidos. PMSB – IBIRUBÀ, 2014. Página 504 de 504