N308-Behar Sinai - Behhukotai 5773

Transcrição

N308-Behar Sinai - Behhukotai 5773
BS “D
‫ע ֹזֽב ׃‬
ֲ ַ ‫ֽל־‬
‫כ ֑ם ֽ ֝ ָרתִ֗ י‬
ֶ ‫ל‬
ָ ‫ל ֣קַ ח ֭ט ב נ ָתַ ֣ ִ י‬
ֶ ‫ִ ֤י‬
Pois eu vos dou boa doutrina (conhecimento); não abandoneis a minha Torah (Ensino).
Mishlei (Provérbios) 4:2
Ano-6 N-308
Shabat Mebarechim Shalom! Parashiot Behar - Behhukotai – 24 de Yiar de 5773 (04/05/2013)
‫וּל ִפי ְמעֹ ט הַ שָּׁ נִ ים תַּ ְמ ִעיט ִמ ְקנָת ִכּי‬
ְ
‫רב הַ שָּׁ נִ ים תַּ ְרבֶּ ה ִמ ְקנָת‬
ֹ ‫ְל ִפי ׀‬
‫׃‬$‫ל‬
ֽ ָ ‫ִמ ְס ַפּר ְתּבוּ ֹאת ה) וּא מ ֵֹכר‬
“Sendo muitos os anos, aumentarás o preço da sua
compra, e, sendo poucos os anos, diminuirás o preço da sua compra, pois segundo o número dos
anos das messes ele te venderá.” (Vaicrá 25:16)
Rab Hhaim Vital diz que a cada pessoa é atribuída uma certa quantidade de palavras a serem proferidas em
sua vida. Uma vez que ela chega ao seu limite, ela deve deixar este mundo. Aqueles que falam muito tendem a ir cedo
ou antes do seu tempo inicial, D-us nos livre, enquanto que aqueles que escolhem suas palavras cuidadosamente
viverão uma vida plena. O Elef HaMagen ZTK"L (Mehhaber [autor] da grande obra Pelê Yoets) diz que há um remez
[alusão] disto no versículo acima: “Lefi rob hashanim tarbeh miknato u'lefi me'ot hashanim tam'it miknato ki mispar
t'buot hu mocher lach”. Literalmente, este passuk refere-se ao preço que se paga pelo arrendamento de um campo, e
significa que, se faltarem muitos anos até o Jubileu, deve-se aumentar o preço do mesmo, e se faltarem poucos anos,
deve-se diminuir o preço dele, pois é o número de anos que baseia o cálculo do preço. No entanto, B'Derech Drush
[um nível mais avançado de estudo da Torah – interpretativo], o Elef HaMagen diz que o versículo pode ser lido da
seguinte forma: “Lefi”, nas palavras de sua boca; “rob hashanim”, pode trazer-lhe uma vida longa. Isso ocorrerá
quando, “tarbeh miknato”, suas palavras contêm uma riqueza de Torah e Mitsvot. “U'lefi”, e por causa das palavras de
sua boca, “me'ot hashanim”, seus dias serão contados, quando “tam'it miknato”, se a Torah é mínima e sua conversa
fiada é abundante. “Ki mispar”, porque um número finito de “t'buot”, que é uma abreviatura para Teibot veOtiot,
palavras e letras, “hu mocher lach”, Hashem lhe concede neste mundo. Logo, que as usemos com sabedoria e com
moderação! (Do site “www.revach.net” [seção Quick Vort – Parashá Behar])
Por Jaime Boukai (Hhazak Ubaruch)
Resumo das Parashiot – Behar Sinai - Behhukotai (Fim do Livro de Vaicrá – Levítico 25:1 – 27:34)
Behar concentra-se, principalmente, nas Mitsvot referentes à terra de Israel, começando com a ordem de
cumprir Shemitá – a Mitsvá de deixar o campo sem cultivo a cada sete anos, abstendo-se de plantar e colher. Da
mesma forma, a terra, em Israel, deve permanecer não cultivada no Yobel (Jubileu), ou 50º ano, quando, então, a
propriedade de todas as terras retorna automaticamente à sua herança ancestral. D-us promete que abençoará a terra no
sexto ano, para que produza alimentos suficientes para durar por todo o período de Shemitá. Após descrever o processo
pelo qual os proprietários originais da terra podem redimir sua propriedade ancestral nos anos que precedem Yobel, a
porção muda para falar sobre os pobres e oprimidos. Não apenas somos ordenados a dar-lhes Tsedaká e fazer atos de
bondade, como o ideal seria fornecer-lhes os meios para sair de seu estado de pobreza. Somos proibidos de receber e
pagar quaisquer juros em empréstimos feitos a outros judeus. A Torah, então, discute os vários detalhes a respeito de
servos judeus e não-judeus que trabalham para judeus, e a Mitsvá de redimir judeus que são servos de não-judeus.
Todos os servos judeus devem ser libertados antes do início do ano de Yobel. A porção conclui repetindo a proibição
da idolatria e as Mitsvot de guardar o Shabat e reverenciar os locais santificados de D-us. A última porção do Livro
Vaicrá, Behhukotai, começa relacionando, brevemente, algumas das bênçãos e recompensas que o povo judeu receberá
por seguir diligentemente a Torah e por cumprir as Mitsvot. A porção, então, muda para o assunto que a tornou famosa
– a tochahhah, a severa admoestação de D-us. Passo a passo, ela descreve as tragédias que acontecerão ao povo judeu,
muitas vezes em termos descritivos, por eles terem abandonado a observância da Torah e das Mitsvot, fornecendo uma
lúgubre descrição daquilo que foi nossa história até hoje. A porção, então, fala sobre a santificação dos presentes
voluntários ao Templo Sagrado e o processo pelo qual uma pessoa pode, monetariamente, redimir aqueles itens
santificados para seu próprio uso. O Livro de Vaicrá conclui com uma breve discussão sobre os dízimos, incluindo
uma porção que o fazendeiro deve, pessoalmente, consumir em Jerusalém, chamada ma'asser sheni. (chabad.org.br)
“Hhizkú Veyamets lebabchem Cól Hameiahhalim l’Hashem – Fortaleçam-se e encorajem-se vossos corações, todos vós
que esperais no Senhor!”
Por Jaime Boukai
Curiosidade da Semana:
Os Efeitos da Pressão de Nossos Próximos
Uma das Mitsvot apresentadas nesta Parashá é a de Yobel, o ano do Jubileu, que era observada a cada
qüinquagésimo ano. Uma série de diferentes leis se aplicam durante o Yobel: a proibição da atividade agrícola
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BS “D
(semelhante à observância da Shemitá – o ano Sabático), o retorno de terras arrendadas para seus proprietários
originais, e a emancipação de todos os escravos judeus. Curiosamente, a Torah (Vaicrá 25:9) requer soar o Shofar em
todo o país no dia de Yom Kipur no início do Yobel, e era pelo toque do Shofar que os servos tornavam-se livres para
voltarem para casa. Como podemos explicar essa obrigação de soar o Shofar? Afinal, cada mestre e servo estava,
certamente, bem ciente de que o “contrato” terminava no Yom Kipur do Yobel... Por que a Torah exige soar o Shofar?
O Sefer haHhinuch (trabalho anônimo explicando as 613 Mitsvot, publicado no século XIII na Espanha) aponta o quão
difícil devia ser para um mestre que deixasse seu servo partir... Em muitos casos, o empregado estava trabalhando com
ele por muitos anos, talvez décadas; ele tinha-se tornado muito familiar com a rotina e as preferências do mestre, e
sabia exatamente o que o trabalho implicava. Agora que ele foi embora, o mestre devia tentar encontrar outro
candidato qualificado para o trabalho e começar a treiná-lo a partir do zero. Isso, sem dúvida, era um impacto
significativo sobre a sua casa e seus negócios, que não iriam correr tão bem quanto com a ajuda do funcionário
anterior. Assim, o Sefer haHhinuch explica que a Torah ordena que o Shofar seja soado para que os mestres fossem
lembrados que todos enfrentavam a mesma situação, que todos os servos em todo o país estavam sendo libertados. A
natureza humana é tal que, quando uma pessoa confronta uma situação difícil, o conhecimento de que muitos outros
enfrentam o mesmo problema proporciona um certo grau de conforto. Quando uma pessoa percebe que sua situação é
“normal”, que seus desafios são comuns e difundidos, ela é menos propensa a se sentir angustiada e frustrada, o que a
permite abordá-los com confiança e coragem. Esta visão nos lembra quão poderosa é a influência dos nossos pares
sobre nosso ponto de vista. Muito freqüentemente, a noção de certo e errado, normal e anormal, de uma pessoa
depende do que as pessoas ao seu redor pensam... Pelo lado negativo, mesmo a conduta mais nociva e destrutiva pode
ser ansiosamente abraçada por uma pessoa, uma vez que é considerada “normal” pelos seus pares. Por outro lado, ao
vivermos em uma comunidade religiosa unida, podemos garantir que nossos valores e percepções serão moldados por
pessoas éticas e tementes a D-us. Devemos, portanto, imprimir em nós mesmos e em nossos filhos a importância de
vivermos dentro de uma comunidade dedicada à Torah, para que nos submetamos à pressão positiva de pessoas que
incentivam o compromisso com uma vida de estrita observância religiosa, em vez de expor-nos à pressão para
abandonarmos nossos valores religiosos e tradições. Ao viver em uma comunidade religiosa vibrante, podemos
garantir que a vida de Torah e Mitsvot seja considerada “normal”, e que todo o resto é visto como incomum e uma
aberração da norma. (Baseado no “Daily Halacha” do Rabbi Eli Mansour.)
Por Maurício Cagy (Hhazak Ubaruch)
Consolo e Promessa para a Nossa Época
O Todo-Poderoso declara: “No exílio, não permitirei que os judeus assimilem-se completamente. Se
imitarem os hábitos de seus vizinhos não judeus, Eu os forçarei a reconhecer Minha autoridade. Se, então,
confessarem seus erros e voltarem-se a Mim, imediatamente Eu terei compaixão e os redimirei, pelos méritos de
seus antepassados”. D-us promete: “Se os judeus fizerem Teshubah, terminarei imediatamente com seu exílio. Se
não fizerem Teshubah, terminarei seu exílio quando chegar a época apropriada. E lembrarei Minha aliança com
Yaakob, e também Minha aliança com Itshhak, e também Minha aliança com Abraham lembrarei, e Me lembrarei
da Terra” (Vaicrá 26:42). Apesar de nossas matriarcas não serem mencionadas explicitamente, sua memória
também está incluída. Seus méritos também são necessários para que sejamos redimidos. As matriarcas estão
indicadas através da palavra “et”, que acompanha o nome de cada patriarca. “Et” significa “junto com”,
significando que D-us Se lembrará daqueles que acompanharam os patriarcas, nominalmente, as matriarcas.
Finalmente, D-us afirma que Se lembrará da Terra. Por que D-us também Se lembrará da Terra? Nossos patriarcas
e a Terra de Israel estão intimamente ligados. Viver lá ajudou-os a alcançar a perfeição. A Terra, que
desempenhou papel tão importante em suas vidas, é, portanto, mencionada onde quer que eles também sejam. “E
não anularei Minha aliança com eles”. Quando chegar a redenção final, o Todo-Poderoso nos dirá: “Meus filhos,
parece incrível que pudessem ter esperado por Mim durante milhares de anos!”. E nós responderemos: “Se não
fosse pela Torah que nos deixaste, teríamos sucumbido às pressões gentias há muito tempo, como declarou David
no Tehilim: ‘Se não fosse pela Tua Torah, que é o meu prazer, teria perecido na minha miséria’ (Tehilim 119:92)”.
D-us prometeu: “No futuro, Eu Mesmo, e não um ser humano, irei resgatá-los da dominação dos não-judeus para
sempre. Trarei o povo judeu de volta à sua terra. Serei seu D-us, e eles serão Meu povo. Assim como fiz milagres
quando vocês se tornaram Meu povo no Êxodo, assim também farei milagres novamente no futuro”. (www.chabad.org)
Por Mair Haim Nigri (Hhazak Ubaruch)
Dedicado à pronta e total recuperação de Hhaim David ben Messodi, Shaul Eliahu ben Chana Rivka, Sh’muel ben Nehhama Dinah, Guila bat
Amar e Edna Mattatia bat Lídia.
Em memória e elevação das almas de Benjamine Balassiano Ben Paulin, Leon Grassiano Ben Simhá, Nissin Haim Barzelai Ben Rebeca, Isaac
Mansur Ben Henriqueta, Victor Raphael Balassiano Ben Vitória, Yehuda Chehoah, Michel Barzilai Ben Rosa, Rebeca Nigri Bat Simbol e Salim
Joseph Nigri Ben Sara.
A Equipe agradece ao Templo Sidon e a Gerson e Teresa Bergher pela colaboração na impressão e na distribuição ao público. Tizkú LaMitsvot!

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ָ ָ ם ֑ ַה ֖ךְ ַצְמ יִ֥כֹנֽ ־רֶ ֲא לֹ֛כְ ֔לֹקְב ָ֣ ְעַמָֽ ְו ֙ךי ֶ֨ק אֱל deixou claras as conseqüências da rejeição a D-us e Sua Torah, bem como a possibilidade do arrependimento. Reiterou que a Torah está à disposição de todas as pessoas interessadas. Nitsabim conclui ...

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