Manual da Liga Acadêmica de Medicina Veterinária

Transcrição

Manual da Liga Acadêmica de Medicina Veterinária
Manual da Liga Acadêmica de Medicina Veterinária
A Liga Acadêmica de Medicina Veterinária (LAMV) é uma entidade organizada por acadêmicos, profissionais e
professores do curso de medicina veterinária e que tem como fins primários suprir lacunas e aprimorar
conhecimentos no ensino, resgatar a relação médico-paciente e permitir o ensino da medicina através de
atividades práticas. Este manual foi elaborado para auxiliar na estruturação e manutenção da LAMV, com o
intuito de encurtar o caminho que nos leva à concretização desses objetivos.
O presente projeto de formação da liga visa realizar parcerias com diversos órgãos, inclusive outras faculdades,
permitindo estudo multicêntrico e proporcionando oportunidades para os membros e abrindo espaço para
outros alunos participarem.
A LAMV deve ser formada com o principal objetivo de incrementar positivamente a formação acadêmica dos
alunos membros, estando fundamentada em três esferas: ensino, pesquisa e extensão. Ela deve ser caracterizada
como uma atividade extracurricular.
A primeira medida a ser tomada para a fundação de uma LAMV, consiste no agrupamento de acadêmicos e
profissionais interessados. O planejador deve identificar colegas dispostos em ajudar na construção da liga.
Tendo definido o grupo, deve-se estabelecer a diretoria. Um professor deve ser convidado com a finalidade de
orientar a nova associação.
Este professor e os membros da diretoria formarão uma Assembléia que irá elaborar o estatuto,
institucionalizando esta e tornando-a uma entidade reconhecida pela universidade e registrada na Pró-Reitoria
de Graduação e/ou no Centro Acadêmico, o qual poderá orientar e auxiliar a LAMV.
A preocupação deve então ser voltada para os professores, e outros profissionais, que serão responsáveis pelas
diversas atividades. Com a ajuda do professor–orientador, deve-se estipular e convidar professores, e outros
profissionais, com duas finalidades primordiais: a de orientar trabalhos científicos e os atendimentos clínicos
(preceptor). Devem-se considerar outras atividades, como discussão de casos clínicos, palestras, aulas,
campanhas comunitárias, simpósios e cursos que também necessitarão de professores, e outros profissionais,
responsáveis. Vale ressaltar que os preceptores podem ser residentes (R1 ou R2) ou outro médico veterinário
que trabalhe na área de interesse. Ficando acordado de que se trata de prática médica, com finalidade de tratar
pacientes, não albergando atividades cujas finalidades incluem produção de alimentos, objetivando rodeios,
espetáculos circenses, teatros ou qualquer outro equivalente que vise sua produção e/ou exploração.
Para se efetivar as realizações, a liga deve dispor de estrutura física, para isso, precisará contar com o apoio de
dirigentes da Universidade, que irão ceder espaço para as reuniões e atendimentos clínicos. No caso da falta
incial de espaço, a direção podem estipular locais de encontro, até que se resolva a questão. Para os
atendimentos, estes poderão se focar na extensão comunitária, como avaliação preventiva e instrução de
tutores.
É fundamental a construção de um cronograma contendo as tarefas e obrigações a serem cumpridas, assim como
os preceptores responsáveis e os alunos membros que irão desenvolvê-las.
A partir daí, a diretoria deverá organizar o primeiro Curso Introdutório, que será realizado anualmente, com a
finalidade de selecionar os novos membros através de prova sobre o conteúdo das aulas ministradas. No
1
primeiro curso introdutório, deverão ser abertas vagas para os primeiros períodos do curso e, possivelmente,
para estudantes mais avançados, com o objetivo de que os mais experientes passarem conhecimentos para os
mais novos. Sugerimos que as aulas sejam restritas a temas de semiologia e propedêutica, permitindo assim que
os mais novos tenham possibilidade de ingressar na liga.
É relevante discorrer sobre o financiamento da LAMV, que necessitará de fundos para se estabelecer. Caso não
haja uma instituição ou departamento que sustente a LAMV, formas alternativas para arrecadação de verbas
podem ser utilizadas, como, por exemplo, a promoção de cursos de atualização em tópicos de medicina (além
do próprio curso introdutório).
Os alunos devem trabalhar de tal maneira que integrem as três esferas fundamentais em que uma Liga
Acadêmica deve se basear: ensino, pesquisa e extensão.
Baseado nessas três esferas fundamentais, dar-se-á início às atividades, norteadas pelo cronograma préestabelecido. Nesse sentido, são obrigatórias atividades assistenciais, com atendimentos clínicos; em campo, de
extensão, promovendo integração acadêmica com a comunidade; e de pesquisa.
A LAMV deve estar atenta no cumprimento dessas três obrigações para um bom funcionamento.
Os atendimentos clínicos poderão ser feitos semanalmente em dia pré-estabelecido e horário extracurricular,
sob orientação dos preceptores. Esta prática permite acompanhar o paciente a longo prazo e avaliar a evolução
do mesmo após a instituição da terapêutica adequada. O programa de triagem no qual se propõe a encaminhar
pacientes para o ambulatório é de suma importância para o pleno funcionamento da LAMV. Os pacientes novos,
que não estão em acompanhamento, podem ser encaminhados para a liga pelos professores da Clínica Médica,
que terão em mãos o cronograma a ser seguido. Os pacientes “antigos” poderão manter-se em
acompanhamento com a liga ou receberem alta, assim como serem encaminhados para outras especialidades,
de acordo com a decisão do preceptor presente.
Os atendimentos são efetuados em grupos de três a cinco membros, de forma que os alunos de turmas mais
avançadas auxiliem os das inferiores (ensino vertical). Os pacientes são dispensados pelos preceptores, após
discussão com os acadêmicos em relação às hipóteses diagnósticas e condutas a serem tomadas.
Ainda na questão do ensino, não podemos nos esquecer das discussões de casos clínicos, nas quais um aluno
apresenta um caso do ambulatório ou da enfermaria sob supervisão de um preceptor (profissional, residente ou
professor), permitindo a troca de conhecimentos entre todos os membros da LAMV, que deverão opinar a
respeito do diagnóstico e conduta a ser tomada. É dever do proceptor fomentar a discussão com os alunos e
entre os alunos.
Além disso, não podemos nos esquecer de que um dos principais objetivos da LAMV é proporcionar uma melhor
assistência aos pacientes e às suas comunidades, tendo os programas de Extensão Universitária papel crucial na
concretização dessas metas. Essas atividades deverão se caracterizar como programas de assistência à
comunidade, enfocando a promoção de campanhas de saúde, realização de palestras, distribuição de material
didático a respeito de temas médicos, etc. Campanhas de ajuda comunitária, como, por exemplo, Campanha do
Agasalho, arrecadação de alimentos e brinquedos, ajuda à ONG’s de proteção animal ou de proteção de pessoas,
são sempre de grande valia, embora não se classifiquem como Extensão Universitária.
2
Não cabe aqui a discussão de como se produzir trabalhos científicos, e sim enfatizar a importância destes para a
medicina e para a formação médica dos acadêmicos. A liga estabelecerá temas a serem estudados, junto com os
professores orientadores. Entretanto, a LAMV entende que qualquer procedimento vivisseccionista (ou que a
fomente) é prejudicial, tanto para o animal, quanto para a formação profissional.
Portanto, para criar-se uma liga devem ser seguidos os seguintes passos:
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
10.
11.
12.
Respeitar a ética médica;
Agrupar alunos e profissionais interessados;
Constituir a diretoria;
Convidar um professor para orientar a futura liga;
Elaborar o estatuto;
Filiar-se às entidades auxiliadoras;
Estabelecer um cronograma de atividade;
Convidar proceptores responsáveis pelas atividades;
Dispor de estrutura física (para nós, num segundo momento);
Realizar o curso introdutório, selecionando membros;
Levantar fundos;
Efetivar todas as obrigações pré-concebidas regidas pelo estatuto.
3

Documentos relacionados

Estatuto da Liga de Farmacodependência PROAD – UNIFESP/EPM

Estatuto da Liga de Farmacodependência PROAD – UNIFESP/EPM danos da Farmacodependência em nosso meio. Para atingir estes objetivos, a Liga é formada por quatro frentes de atenção sob diferentes modalidades de abordagem naquelas contidas, assim denominadas:...

Leia mais