a Edição nº 594 - Jornal O Vianense

Transcrição

a Edição nº 594 - Jornal O Vianense
ANO XXXVII
Fundado em 9.12.1979
ANO
36
Edição n.º 594
15 Julho 2016
(inclui 30 Julho 2016)
Avençado Mensal
Preço: 0,80€
VIANA DO CASTELO
Jornal da região de Viana do Castelo
Cartaz da Romaria da Agonia
salta fronteiras em 2016
com sotaque de Brasil
O
cartaz da Romaria da Agonia passa este ano as fronteiras de
Portugal para contar pela primeira vez com inspiração internacional e um sotaque do Brasil, com a vitória no concurso de conceção de uma designer de moda do Rio de Janeiro e de ascendência portuguesa. Também a mordoma do cartaz, escolhido através de um concurso em
que se apresentaram 28 candidaturas, é natural daquela cidade brasileira,
com família no Alto Minho. Anna Galvão, a autora do cartaz vencedor,
e Bárbara Temporão, a mordoma que o ilustra,pertencem ao Rancho Folclórico José Ferreira Vaz na cidade de Niterói. Em comum, para além da
amizade, têm a paixão pelas tradições do Alto Minho e a admiração pela
rainha das romarias de Portugal. A surpresa da edição de 2016 conta-se
rapidamente e começou com a mãe da Anna Galvão, que, sabendo da sua
paixão pelo design e pelo folclore, lhe lançou desafio, depois de ter tido conhecimento da abertura do concurso. Quanto ao cartaz, que todos os anos
corre mundo apresentando a maior romaria portuguesa aos quatro cantos,
é uma ilustração da imagem de Nossa Senhora da Agonia, padroeira dos
pescadores, inspirada num ex -voto de 1777 exposto no consistório do Santuário. “Ressaltei principalmente a questão artesanal da cultura e tradições
portuguesas: o bordado de Viana, no título, no trabalho de confecionar um
cesto a ilustração feita à mão, as flores, remetendo a relação da lavradeira
com a natureza. Também lembro as ‘Brumas da memória’ do hino nacional
português, e a questão dos pescadores terem a Senhora da Agonia como sua
Padroeira”, explicou Anna Galvão, de 22 anos. Ansiosa por ver de perto “o
esplendor da Romaria da Agonia”, Anna Galvão conta que o contacto com
o folclore mudou a sua vida e despertou o interesse pela região do Alto
Minho e sobretudo pela festa minhota. Ainda surpreendida por ter venci-
do o concurso, já está a preparar a viagem a Viana do Castelo, em Agosto:
”Fiquei bastante surpresa, pois não imaginava! Sem palavras, e ao mesmo
tempo um sentimento caloroso de orgulho e emoção. Ainda estou vivendo
em estado de pura felicidade”, confessa a designer, filha de madeirenses.
Para Bárbara Temporão, de 19 anos e estudante de Direito, as festas já não
são novidade, mas ser a cara do cartaz da romaria é a realização de um sonho.
Os pais são portugueses e a família materna natural de Monção, também no
Alto Minho.“Tenho verdadeiro amor pelas tradições portuguesas e a Romaria da Senhora da Agonia é a sua real personificação, pois enaltece a cultura
que tanto me orgulho. Sinto-me muito radiante e feliz por terem-me dado o
grande privilégio de ser a Mordoma” da maior romaria de Portugal.
Também, por isso, admite um “orgulho imenso”, que confessa guardar
para o resto da vida. A Mordoma ilustrada no cartaz apresenta um Traje de
Domingar, na cor azul, que foi adquirido em Viana do Castelo numa das
suas férias em Portugal. O ouro que enverga na imagem do cartaz é de valor
sentimental, por ser emprestado por familiares e amigos. Nos critérios de
avaliação, o júri, composto por sete elementos de entidades de Viana do Castelo, premiou a “adequação e eficácia da mensagem ao tema do concurso, a
originalidade e criatividade”, bem como “a qualidade técnica e estética”.
A Romaria d’ Agonia, organizado pela VIANAFESTAS, decorre entre 19
e 21 de agosto, sexta a domingo. Nela se salientam números como Cortejo
Histórico e Etnográfico (na tarde de domingo), desfile de mordomia (manhã
do dia 19), Procissão Solene (tarde do dia 19), Noite dos tapetes na Ribeira
(de 19 para 20), Procissão ao Mar (tarde do dia 20), Festa do Traje (pelas
22h do dia 20), fogo de artifício (todas as noites, com destaque para a Serenata, no último dia) e revistas de gigantones e cabeçudos (todos os dias, ao meio-dia).
Portugal sagrou-se Campeão Europeu de Futebol 2016
15 Julho 2016 (Inclui 30 Julho 2016)
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Aqui, Viana...
4ª. edição da gala de eleição
da rainha das Vindimas
de Viana do Castelo
APPACDM assinou acordos de
colaboração para dois CAO’s e
um lar residencial
A
APPACDM de Viana do Castelo acaba de assinar com o Centro
Distrital de Viana do Castelo do Instituto da Segurança Social
os acordos de colaboração para o funcionamento dos Centros de
Atividades Ocupacionais (CAO) e lar residencial do Cabedelo, repondo
assim a normalidade nestas valências de uma das maiores instituições da
região. Os acordos foram assinados entre o Diretor Distrital da Segurança
Social e o Presidente da Direção da APPACDM de Viana do Castelo, numa
cerimónia que contou com a presença do Presidente da Câmara Municipal
de Viana do Castelo, José Maria Costa.
O
Teatro Municipal de Sá de Miranda acolheu, no dia 23 de Julho,
a 4ª. edição da Gala de Eleição da Rainha das Vindimas de Viana
do Castelo, evento que pretende realçar o vinho, enquanto valor de
desenvolvimento económico e de preservação da tradição e da cultura.
Eta iniciativa é, também, uma forma das Freguesias de Viana do Castelo
de reforçar e consolidar a relação (Santa Maria Maior e Monserrate)
com as suas gentes, a paisagem, e Meadela. A Rainha das Vindimas
a natureza e a cultura da vinha e de Viana do Castelo foi Ana Rita
do vinho, isto no ponto de vista da Mourão (freguesia da Areosa), tendo
melhoria da qualidade de vida e de sido eleitas como 1ª Dama de Honor:
um desenvolvimento sustentável, e Inês Costa Diegues (UF. Barroselas
também no fortalecimento da ligação e Carvoeiro) e 2ª Dama de Honor:
das zonas rurais com as zonas mais Ariana Soto Maior (Alvarães).
urbanas. O repto foi lançado a todas
O Prémio Fotogenia e Prémio
as Juntas de freguesia do concelho, e Simpatia foi atribuído a Liliana
este ano apresentaram-se a concurso Pereira do Vale (UF de Viana do
as freguesias de: Alvarães, Areosa, Castelo: Santa Maria Maior e
Chafé, Darque, União de Freguesias Monserrate e Meadela).
de Barroselas e Carvoeiro e União
Gabinete de Imprensa
Jornal da região de Viana do Castelo
FUNDADOR, EDITOR E DIRETOR
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Carteira de Jornalista nº. 5376
DIRETOR ADJUNTO
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Carteira de Jornalista nº. TE117
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PAGINADORA DE IMPRENSA
Fátima Rosa Rodrigues
COLABORA«ÃO ARTÍSTICA
Elder de Carvalho
SERVI«OS ADMINISTRATIVOS
Ilídia Barros
Importa referir que estes acordos
tinham sido suspensos unilateralmente pelo anterior governo que,
numa atitude de falta de consideração pela instituição que, ao longo
de quarenta anos prestou relevantes
serviços à comunidade vianense e
ao Alto Minho na deficiência mental, os revogou.
De lembrar que só depois de diversas iniciativas do autarca de Viana
do Castelo junto do atual Ministro e
da Secretária de Estado da Inclusão
foi possível a revogação das anteriores decisões e o restabelecimento da cooperação entre a Segurança
COLABORADORES
CORRESPONDENTES
SEDE
Antero Sampaio
António de Carvalho
Dr. António Pimenta de Castro
António Sérgio Araújo e Barros
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Cristina Branco
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Drª. Rosane Igreja (Rio de Janeiro)
Dr. Francisco J. Carneiro Fernandes
Dr. J. Barroso da Fonte
Engº. José Luís Cristino
João Paulo Matos
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Linda Coelho
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Natércia Barros
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Depósito Legal: 291281/09
Social e a APPACDM de Viana do
Castelo. “É pois um dia importante
para o concelho de Viana do Castelo
que, desta forma, vê uma resposta
social de qualidade a ser novamente
contratualizada com o Estado”, referiu o autarca de Viana do Castelo.
A APPACDM tem, neste momento, 12 Centros de Atividades Ocupacionais, sendo que nove são lares,
três centros de formação profissional
e um centro educacional que empregam 320 trabalhadores e dão apoio a
cerca de 750 utentes.
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15 de Janeiro de 1980
O primeiro jornal publicado em “offset”
no distrito de Viana do Castelo.
15 Julho 2016 (Inclui 30 Julho 2016)
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ADRIANO VASCO RODRIGUES
– UMA REFERÊNCIA
C
onheci pessoalmente o Senhor Professor Adriano Vasco da Fonseca Rodrigues, já há alguns anos, vão
quase para trinta, quando me encontrava a fazer uma visita habitual ao meu saudoso amigo, Dr. Armando
Pimentel, na sua casa situada nos Estevais de Mogadouro. Sempre que me era possível, quando terminava
as aulas na Escola Secundária de Torre de Moncorvo, a caminho do meu domicílio, Mogadouro, fazia um
pequeno desvio e parava sempre na casa do Dr. Armando Pimentel, aristocrata no sangue e fidalgo de fino trato,
para uma amena cavaqueira, direi mesmo, uma pequena tertúlia, com este grande intelectual transmontano e, por
vezes, com ilustres intelectuais, que o visitavam, ou mesmo gente do povo, que ele tanto estimava.
Digo pessoalmente, porque alguns dos seus
trabalhos já os conhecia e muito me falava
dele o meu querido amigo e colega na Escola
de Moncorvo, o saudoso Sr. Padre Rebelo.
Aquando da homenagem feita ao Dr. Casimiro
Henriques de Moraes Machado, escreveu o Sr.
Padre Joaquim Manuel Rebelo:”(…) Creio
que foi em 1960 que encontrei, novamente,
o Dr. Casimiro no Vale da Vilariça, num
acampamento de alunos de um liceu do
Porto, dirigido pelos meus ilustrados amigos,
Padre Dr. Domingos de Pinho Brandão e
Dr. Adriano Vasco Rodrigues (…). Estes
estudantes estavam a realizar escavações
arqueológicas, superiormente orientados
pelos referidos professores. O Dr. Adriano
escreve primorosamente na língua de Camões
e sobre incontáveis temas, salientando eu os
regionais. De facto as raízes são fundamentais
para a identidade de um povo e de um país.
Para mim é, também por isto, uma verdadeira
referência.
O Dr. Adriano Vasco Rodrigues, embora
nascido na Guarda, é um verdadeiro
transmontano, também pelo coração. O Dr.
Adriano é uma das minhas maiores referências
transmontanas, juntamente com o Abade de
Baçal, o Dr. Casimiro Machado, o Abade
Tavares (de Carviçais), o Sr. Padre Rebelo
e o próprio Dr. Armando Pimentel. O Dr.
Adriano Vasco Rodrigues, grande amigo do
Dr. Armando Pimentel, tem feito ultimamente
vários apelos para que a maior biblioteca
particular de Trás-os-Montes, e não só…(que
é a do Dr. Armando), seja preservada, tendome “incumbido” de falar deste problema ao
seu amigo Dr. António Guilherme de Moraes
Machado, Presidente da Câmara Municipal
de Mogadouro, para levar a bom termo esta
justa aspiração.
Não vou falar aqui do seu brilhante curriculum
quer como intelectual, investigador, escritor,
etnógrafo, arqueólogo, deputado, pedagogo,
fundador e director de revistas (Altitude,
Lucerna, OR e Ensino de Angola). Publicou:
“mais de cem livros e separatas que revelam
as importantes incursões nos mais variados
campos da História da Arte, a par dos trabalhos
de vanguarda da Pré-História Peninsular e da
Pré-História em Angola” . E não vou falar
desta vasta actividade, por várias razões:
porque existem várias e extensas referências
a este assunto, desde Enciclopédias, ao
“Dicionário dos Mais Ilustres Transmontanos
e Alto Durienses” (volume I, Guimarães 1998, páginas 530, 531 e 532 e a Dr.ª Maria da
Assunção Carqueja Rodrigues na página 542);
porque nesta homenagem, por certo alguns
colaboradores a irão referir e, finalmente,
porque quero dar o meu testemunho pessoal,
quero falar de actividades em que estive
envolvido pessoalmente com o Dr. Adriano
Vasco Rodrigues. Resta acrescentar que, para
além das actividades supra mencionadas, há
um tema comum que o Dr. Adriano Vasco
Rodrigues e eu temos em grande estima:
o interesse pela História dos Judeus em
Portugal. Na realidade para além de livros
e outros estudos que o Dr. Adriano Vasco
Rodrigues publicou sobre os judeus em
Portugal (nomeadamente na revista Altitude)
ele foi fundador (sócio nº1) da Associação de
Amizade e Relações Culturais Portugal-Israel
(1979), de que foi Presidente da Direcção, e,
agora Presidente Honorário da Associação de
Amizade Portugal-Israel de que eu também
sou sócio (caso curioso e altamente honroso
para mim é que o meu cartão de sócio da
referida Associação de Amizade PortugalIsrael, tem a assinatura (carimbo), como
Presidente da Direcção, do Dr. Adriano Vasco
da Fonseca Rodrigues e está datado de 1988,
que eu guardo religiosamente no meu arquivo
pessoal). Para coroar o mérito da sua carreira,
o Dr. Adriano Vasco Rodrigues é Director
Jubilado da Schola Europaea, foi agraciado
com vários louvores e condecorações,
nomeadamente com a Comenda da Ordem do
Infante D: Henrique.
Das actividades em que eu participei, ou
assisti cronologicamente, foram as seguintes:
Em 1988 estive, em Mogadouro, com o Dr.
Adriano Vasco Rodrigues na Comemoração
do Centenário do nascimento do Casimiro
Henriques de Moraes Machado, promovida
pela Câmara Municipal de Mogadouro. Desta
Homenagem foi publicado um opúsculo
com as palestras efectuadas pelo Dr. Adriano
Vasco Rodrigues, Dr. Armando Calejo Pires e
eu próprio; no mesmo ano de 1988, prefaciou
e apresentou o livro do seu grande amigo Dr.
Casimiro Henriques de Moraes Machado
“Mogadouro – um olhar sobre o passado”; no
ano de 2001, elaborou um trabalho intitulado
“O Pelourinho de Mogadouro”, na Revista
Nº 2, de Dezembro, do “Fórum Terras de
Mogadouro”, páginas 9 a 11, sendo directores
desta revista: António Moraes Machado,
Por:
António Pimenta de Castro
António Pimenta de Castro e Maria da
Natividade Ferreira; em 2004, escreveu o livro
“Provérbios de Origem Sfardita no interior
da Beira e em Trás-os-Montes”, editado pela
Câmara Municipal de Mogadouro, em que
tive o prazer de assistir ao seu lançamento; em
2006, em co-autoria com Maria da Assunção
Carqueja Rodrigues, o excelente livro “FelgarHistória, Indústrias Artesanais, Património”;
em 2008 (Novembro) colaborou na Revista
“Campos Monteiro” nº 3, em Novembro, com
o artigo “Torre de Moncorvo e o alvorecer do
Japão no Ocidente” , onde eu colaborei com
o artigo “Guerra Junqueiro – Epicurista” e
onde tive o privilégio de participar no seu
lançamento, finalmente em Janeiro de 2011,
foi apresentada na Escola Secundária Dr.
Ramiro Salgado, de Torre de Moncorvo,
a Revista Nº 1, do “Centro de Estudos e
Promoção da Investigação Histórica e Social
(CEPIHS), onde Dr.ª Maria da Assunção
Carqueja Rodrigues e o Dr. Adriano Vasco
Rodrigues apresentaram um texto intitulado
“Dissertação a propósito da Implantação
da República em Torre de Moncorvo”. Eu
participei nessa revista com um artigo sobre
“O Projecto de Guerra Junqueiro para a
bandeira da República”. Esta revista também
foi apresentada na Escola Secundária Dr.
Ramiro Salgado em Moncorvo e foi feita uma
homenagem a estes dois investigadores.
Foi, para mim uma honra poder falar do Dr.
Adriano Vasco Rodrigues e assim prestar-lhe
a minha sincera homenagem, bem como à
Dr.ª Maria da Assunção Carqueja Rodrigues,
símbolos das altas virtudes destas gentes tão
honradas. Estes investigadores honram Trásos-Montes e o nosso país. Bem hajam!
- Docente de História no Agrupamento de
Escolas de Torre de Moncorvo, investigador, escritor, membro da Academia de Letras
de Trás-os-Montes e colaborador da revista
EPICUR.
2 - Revista do Centro de Estudos e Promoção
da Investigação Histórica e Social (CEPIHS),
nº1, págima248, Palimage, Coimbra, 2011.
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15 Julho 2016 (Inclui 30 Julho 2016)
15 Julho 2016 (Inclui 30 Julho 2016)
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P
Antero Sampaio *
O PATRIOTEIRO
atrioteiro é aquele que alardeia Patriotismo, que está sempre a inculcar-se de Patriota.
De 12 de Junho até 10 de Julho de 2016, teve lugar em França o Campeonato da Europa de Futebol,
que, para muitos catedráticos da bola, Portugal é um candidato muito sério à vitória final. E porquê?.
Porque na nossa selecção está o melhor jogador do mundo, que recebeu há tempos outra Bola de
Ouro, das mãos do seu “amigo” Sr. Blatter e que foi agraciado pelo Sr. Presidente da República, com a
Ordem do Infante D. Henrique; porque estão jogadores que militam nos melhores clubes europeus e
porque se conseguirem atingir os quartos de final e meia-final, terão caminho aberto para a final e aqui,
chegados, ser Campeões da Europa.
Por isso, a partir de 12 de Junho, fui um
dos milhões de patrioteiros que torceram
para que Portugal fosse Campeão da Europa
de Futebol. Vou deixar de me preocupar
com a crise, com o custo de vida, se
vão ou não aumentar os impostos, se o
desemprego aumenta ou diminui, se há
greve ou não nos transportes, se vou esperar
muito tempo para ser atendido no hospital,
se o ministro A ou B fala verdade ou não, se
me reduziram a pensão, se tenho muito ou
pouco para comer, se tenho dinheiro para
ir ao médico, etc. etc. Deixei de ver as
noticias na televisão, de ver os desastres,
os acidentes, as tempestades e os furacões,
para me concentrar apenas nas noticias da
nossa seleção, dos nossos heróis que, como
os navegadores de quinhentos, vão voltar
a dar “novos mundos ao mundo”, isto é,
vão ser os melhores do Mundo, tenho a
certeza. O que vai acontecer neste País,
não me interessa. Se o governo governa
bem ou mal, não me tira o sono. Se o Povo
passa fome, para mim isso é secundário,
desde que eu tenha alguma coisa para
comer. Se o desemprego aumenta, é coisa
que não me preocupa, se o governo só diz
meias-verdades, é-me indiferente. A partir
daquela data, coloco Bandeiras Nacionais
nas janelas da minha casa, no meu carro,
como fizemos em 2004. Vou comer em
pratos e dormir em lençóis, decorados
com a Bandeira Nacional. Antes de me
deitar e quando me levantar, vou cantar o
Hino Nacional. E quando for passear, heide levar sempre uma Bandeira Nacional
e uma camisa da nossa seleção. Vou ser,
como atrás mencionei, um patrioteiro.
Força Portugal. Como dizia um grande
estadista português, do século passado, que
governou Portugal durante quarenta anos:
“ Portugal, pode ser, se nós quisermos,
uma grande e próspera Nação”. Os nossos
governantes hoje dizem o mesmo. Só se
for no futebol. No resto, na minha opinião,
continuamos de tanga.Cada vez os
jovens licenciados têm maior dificuldade
em arranjar emprego ou se o arranjam,
recebem uma ninharia que nem sequer dá
para comer.
Ai se no futebol estivesse a resolução
dos nossos problemas! Ai se o futebol
diminuísse o desemprego que, continua a
aumentar, embora o Governo diga que não!
Basta ver o número de jovens, licenciados
, que abandonam o País, rumo a outras
paragens, à procura de emprego! Ai se o
futebol fosse fonte de riqueza para todos
e não para alguns, que ganham ordenados
milionários! Ai se o futebol acabasse
com a fome de muitos portugueses! No
entanto,neste mês e em Julho, vamos todos
gritar por Portugal.
Vamos dizer ao Mundo que embora com
muitas dificuldades, embora com um deficit
muito elevado do PIB, embora com um
desemprego jovem muito alto, em Junho,
dizia eu, vamos mostrar a toda a gente,
aquela garra, aquela coragem, aquela
determinação, aquela vontade de vencer
e ganhar, “limpinho”, o Campeonato da
Europa de Futebol.
Força Portugal. Vamos a eles! . …!
*Jornalista
PRÍNCIPE PERFEITO
O
(A Prosa)
príncipe perfeito não tem medo da chuva, a mais bela bênção. O príncipe perfeito tem consciência da
sua imperfeição, daí estar mais perto da perfeição que tantos almejam. O príncipe perfeito também
chora. Mas príncipes e princesas somente se cruzam em sonhos. E quando acordam do sonho, persiste
o pesadelo. Terrível inquietação. Inquietação pautada por incessante procura. Oh! Doce memória. Ainda
questionas a minha existência? Eu jamais deixarei de questionar a tua, embora há muito me tenha rendido às
circunstâncias da vida. Maior crime por mim cometido. Fi-lo para não ensandecer. Mil perdões. Não sei por
onde começar, tão-pouco sei se o quero fazer. Durante muito tempo foste única preocupação, preocupação que
nunca me foi benéfica. Ao idolatrar a tua existência, deixei de vivenciar a minha. Mas o egoísmo nunca fará
parte de uma essência que apenas tu e eu detemos. Será que nos separámos num belo dia de inverno? A chuva
deixa-me nostálgica.
Não raras as vezes que caminhei dispersa,
enquanto chovia torrencialmente, de olhos
postos no céu, acalentando inusitada
aparição. Em todos esses momentos o
vento acariciou-me o rosto, devolvendo-me a tua presença. Tantas vezes adormeci
ao som das líricas palavras de António
Sérgio, bendita “Hora do Lobo”. Outros
tempos. Tantas vezes… Procurei-te nos
locais mais inusitados. Acredito que já nos
tenhamos cruzado alhures, afinal, sempre
caminhámos lado a lado. Eu Sou. Aquela
por quem tu chamas. Eu Sou. A resposta às
tuas preces. Eu Sou. Aquela cuja existência
duvidaste.
Eu Sou. Todos os teus sonhos tornados
realidade. Eu Sou. Voz que te anima na
mais melancólica solidão. Eu Sou. As asas
que tu procuras por entre a multidão. O
sonho que te tira o chão, onde dias e noites
decorrem sob o estertor de vã inquisição.
Todas as buscas cessam ao saber-te
presente, de mão dada a um passado que
se torna ausente. O passado adivinha-se
distante. Merecido descanso. Fazes com
que os dias decorram mais leves, leves
como as asas de Wim Mertens. Oh! Amada
chuva. Adoro quando chove, por muitos
constrangimentos que a chuva possa trazer.
Amada chuva. Sábia. Mágica. Benevolente.
Lavas-me a alma. Os meus melhores
pensamentos adensam-se na revolta do
tempo, onde gotículas desvairadas fintam-se umas às outras. Sempre que a chuva e o
vento entrelaçam os braços (corpo e voz),
trocam-se confidências que nos prendem a
ida juventude. E a nostalgia desfere nova
chicotada. Uma após outra, até a chuva
Natércia Barros
Escritora
cessar. No refúgio do lar, deitada na cama,
só tu ocupas o meu pensamento. Indago se
a tua infância terá sido diferente da minha.
Nunca acreditei em casualidades. A chuva
parou. Apenas respingos mais rebeldes
incorporam constante ricochete. Toc. Toc.
Toc. A chuva recomeçou. Continuo sem
sono, na ânsia de nova alvorada. Dissolvo-me em aparente vaga de psicografia.
Gostava que desabafasses tudo o que te vai
na alma. Sem mais demora. Peço-te que o
faças. Penso. Em vidas ocultadas do mundo.
Mundo que extrapola lânguidos olhares.
Gostava de ser menos complexa. Gostava
que ao meu toque todas as bolas de cristal
funcionassem. Fico-me pelas cartas. Vinte
e duas e mais algumas. Preferia ler uma
carta tua, onde expressasses abertamente
semelhantes inquietações. «Nothing
compares to you».
15 Julho 2016 (Inclui 30 Julho 2016)
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Imprensa inglesa destaca duas
unidades hoteleiras de Viana
do Castelo como os “melhores
hotéis” de Portugal
O
jornal britânico “The Guardian” selecionou os melhores hotéis e
guesthouses na cidade, campo e praia em Portugal, de onde destacou duas unidades de Viana do Castelo: a Casa Mello Alvim e a
Quinta Bouça d’Arques.
No artigo assinado pelo jornalista Kevin Gould, estão os 22 hotéis
e guest houses selecionados, sendo
que a Casa Mello Alvim é descrita
como uma mansão histórica numa
cidade antiga cheia de charme, en-
quanto a Quinta Bouça d’Arques,
em Vila de Punhe, é aclamada como
uma casa de brasão com trezentos
anos rodeada por vinhas e situada a
poucos quilómetros das praias.
G.I.
Militares voltam a vigiar Serra
de Santa Luzia durante período
crítico de incêndios
O
s militares da Escola Prática de Serviços da Póvoa de Varzim vão
voltar a vigiar a serra de Santa Luzia durante o período crítico de
incêndios a partir de hoje e até 30 de Setembro. Esta vigilância
resulta de um protocolo entre a Câmara Municipal e o Exército e visa “a
defesa da floresta e, consequentemente, na manutenção das condições de
vida das populações locais”.
O objetivo do protocolo é apoiar
a autarquia, enquanto elemento da
Proteção Civil, na vigilância da Serra de Santa Luzia, como ação de prevenção contra incêndios e concomitantemente na defesa da floresta e na
manutenção das condições de vida
das populações locais, sendo que os
elementos do Exército vão patrulhar
aquela área a partir de hoje de forma
a diminuir a probabilidade de incêndio e ainda na defesa da floresta e
manutenção das condições de vida
das populações locais. Os militares
vão realizar operações de vigilância mantendo permanentemente informadas as entidades responsáveis
(CODIS, Bombeiros Municipais de
Viana do Castelo) e comunicando,
de imediato, qualquer ocorrência
digna de registo.
Esta vigilância pretende ser preventiva de incêndios nos quase trinta
quilómetros quadrados de extensão
da Serra de Santa Luzia.
G.I.
Câmara Municipal vai apoiar
aquisição de carrinha para o
Centro Social e Paroquial
de Nossa Senhora de Fátima
A
Câmara Municipal de Viana do Castelo vai submeter à uma proposta
para apoiar a aquisição de uma viatura para o Centro Social e Paroquial de Nossa Senhora de Fátima. A decisão surge depois da carrinha utilizada pelos voluntários ter sido vandalizada e incendiada em Junho,
ficando totalmente destruída.
No final do mês passado, a viatura do Centro Social e Paroquial de
Nossa Senhora de Fátima, que fazia
o serviço domiciliário dos técnicos
de Rendimento Social de Inserção,
foi vandalizada e incendiada, ficando destruída. Havendo necessidade
Centro de Mar acolheu
abertura do Roadshow
Portugal Global
urgente de a substituir para dar continuidade ao serviço social prestado,
a autarquia propõe a atribuição de
um apoio financeiro de 11.200 euros para a aquisição de uma viatura
usada para que dar continuidade ao
serviço.
G.I.
O
Presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo deu
as boas vindas aos participantes do “Road Show Portugal
Global” da AICEP no Centro de Mar. O encontro agendado
juntou empresas e empresários para promover a cooperação
transfronteiriça, com foco na euro-região Norte de Portugal Galiza,
uma área de intensa cooperação entre empresas e instituições
portuguesas e espanholas.
Na receção no Centro de Mar, José Maria Costa deu as boas vindas
aos responsáveis da AICEP e empresários e lembrou a política
municipal com vista à atratividade económica, assim como as
grandes oportunidades da região de fronteira, a mais dinâmica de
toda a Europa.
O Roadshow Portugal Global da AICEP vai ao encontro das
empresas em Viana do Castelo para promover a Cooperação
Transfronteiriça. Maria Geraldes e Xosé Lago são os oradores
convidados da sessão na qualidade de membros da direção do
Agrupamento Europeu de Cooperação Regional Galiza/Norte
de Portugal, que vêm falar Cooperação Transfronteiriça como
via para uma internacionalização de sucesso. Jorge Cebreiros,
do CECOTRAN – Centro de Cooperação, Desenvolvimento e
Serviços Empresariais Transfronteiriços, desloca-se a Portugal para
esclarecer o Papel das Organizações Empresariais na Cooperação
Transfronteiriça, apresentando às empresas oportunidades e setores
de colaboração empresarial.
Um painel de debate, constituído por empresas portuguesas e
espanholas e projetos de colaboração luso-espanhóis, partilha as
suas experiências de internacionalização através da cooperação
transfronteiriça e casos de sucesso no mercado espanhol e a
presença do Diretor do Centro de Negócios da AICEP em Madrid,
Eduardo Henriques, para apresentar o mercado espanhol e modos
de aproveitar a cooperação transfronteiriça, destacando setores de
oportunidade, projetos em curso e iniciativas futuras são outras das
atividades no auditório da ESTG.
Nesta sessão as empresas têm ainda a oportunidade de conhecer
programas de apoio à cooperação transfronteiriça e realizar reuniões
bilaterais com o Diretor do Centro de Negócios da AICEP em
Madrid.
Gabinete de Imprensa
15 Julho 2016 (Inclui 30 Julho 2016)
7
homenagem a campeões
de Viana do Castelo
Campeonato do Mundo
de Vaurien
O
executivo municipal vai homenagear vários atletas de Viana do
Castelo que, nos últimos tempos, se destacaram em diversas modalidades. Esta é a forma encontrada para reconhecer o mérito e
o esforço destes atletas e é já uma prática na Câmara Municipal, que tem
recebido várias delegações de atletas vianenses que se destacam nas suas
modalidades.
Assim, vão ser recebidos diversos atletas, designadamente Vânia
Franco no Bilhar, Vânia Neves na
Natação, a dupla Luís Cavalheiro e
Sérgio Cadilha na Vela adaptada e
Sérgio Maciel na Canoagem.
Vânia Franco, bilharista do Futebol Clube do Porto e vencedora de
vários títulos; Vânia Neves a treinar
no Clube Fluvial Portuense que acaba de assegurar uma vaga para os
Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro;
V
iana do Castelo acolhe, entre 23 e 30 de julho, o Campeonato do
Mundo de Vaurien. Este grande evento desportivo é organizado
pela Câmara Municipal de Viana do Castelo e pelo Clube de Vela
de Viana do Castelo e é apoiada pelo Programa Norte 2020. Conta com a
participação de 174 velejadores de 10 países, dos quais 162 europeus, 2
africanos e 10 latino-americanos.
Tripulada por dois velejadores
(timoneiro e tripulante), a embarcação Vaurien foi criada pelo Arquiteto Naval Jean-Jacques Herbulot
em 1951. Têm o comprimento de
4,08 m. Largura de 1,47 m. Peso
73 Kg. Têm uma superfície vélica:
Vela grande 5,6 m2, Estai 2,5 m2 e a
Spinnaker 8,1 m2. Viana do Castelo,
que se assume cada vez mais como
uma Cidade Náutica do Atlântico,
tem vindo a apostar na difusão e o
desenvolvimento dos desportos náuticos, designadamente na Vela. Com
estes de eventos, Viana do Castelo
procura também assegurar o seu desenvolvimento sustentável, uma vez
que a organização destes eventos
traz potenciais benefícios económicos, sociais e ambientais.
Estes eventos vêm igualmente de
encontro à matriz traçada pelo Plano
Estratégico para Viana do Castelo,
onde se incluiu o projecto “Náutica
nas escolas”, este ano com a participação de 80 turmas, correspondendo
a 1800 alunos dos segundos e terceiros ciclos do Ensino Básico.
Praça do Euro
reforçada com mais
340 lugares para
receber jogos
A
Assim, a “Praça do Euro” tem permitido ver todos os jogos da competição em ecrã gigante, com potente
equipamento de som, com intervenção de speaker, que animará a multidão presente. Neste espaço, os vianenses estão a viver em coletivo as
emoções do Campeonato Europeu
de Futebol, vibrando ainda com os
Jogos Olímpicos:
Nadadora de Viana do
Castelo apurada para
o Rio 2016
A
Câmara Municipal de Viana do Castelo instalou a “Praça do Euro”
no jardim da marina da cidade onde, até 10 de julho, estão a ser
transmitidos em ecrã gigante todos os jogos de futebol do Campeonato Europeu de Futebol 2016.
golos da nossa seleção, com o disparo de super-canhão de confetis e
pirotecnia.
Uma vez que a adesão, sobretudo nos jogos de Portugal, tem sido
enorme, a Câmara Municipal instalou uma bancada com mais de 340
lugares para acomodar os adeptos.
G.I.
a dupla Luís Cavalheiro e Sérgio
Cadilha do Clube de Vela de Viana
do Castelo e que venceu o Campeonato Nacional de Classe Access
Adaptada realizado na cidade; e
Sérgio Maciel, canoísta do Darque
Kayak Clube, que se sagrou campeão europeu júnior de maratona ao
vencer a prova de C1 dos Campeonatos da Europa, em Pontevedra, foram recebidos pelo autarca de Viana
do Castelo e restante executivo.
nadadora vianense Vânia Neves, do Clube Fluvial Portuense,
16ª classificada na prova de qualificação de águas abertas realizada
em Setúbal, assegurou uma vaga para os Jogos Olímpicos do Rio de
Janeiro.
A nadadora, de Viana do Castelo, viu a presença na competição de águas
abertas dos Jogos Olímpicos 2016 confirmada após a direção da Federação
Portuguesa de Natação receber o convite da Federação Internacional de Natação e aceitar o parecer positivo da direção técnica nacional.
A Federação Internacional de Natação convidou Vânia Neves depois de
um tribunal neozelandês não ter dado provimento ao recurso de Charlotte
Webby, 31ª classificada na maratona de 10 km de Setúbal e que pretendia
ocupar a vaga continental (Oceânia). A federação neozelandesa exigia um
lugar entre os 16 primeiros na prova realizada no Sado. Portuguesa apurada para os Jogos do Rio de Janeiro é a quarta nadadora lusa com presença
assegurada no Brasil.
A competição de águas abertas arranca no dia 15 de agosto na Praia de
Copacabana.
Rádio Geice
15 Julho 2016 (Inclui 30 Julho 2016)
8
Vila de Punhe
Mostra de Sabores e Artesanato
Decorreu, no passado dia 16 de Julho, às 19h30, no Largo das Neves ,desta freguesia, o Jantar Solidário para angariação de fundos destinados
à Instituição do Centro Social e Paroquial de Vila de Punhe (porco no espeto com arroz, batata frita, salada e caldo verde).
Idoso+Ativo
No âmbito do programa “Idoso+Ativo2, a Junta de Freguesia de Vila de Punhe, em parceria com a Câmara Municipal de Viana do Castelo (no
Projeto «Envelhecer com Qualidade»), teve o privilégio de organizar e participar no evento de carácter lúdico-desportivo, que decorreu no passado dia 6 de Julho, no Polivalente da EB1 de Vila de Punhe, com participantes de várias instituições de solidariedade social do concelho.
15 Julho 2016 (Inclui 30 Julho 2016)
9
15 Julho 2016 (Inclui 30 Julho 2016)
10
O
Jornal “O Vianense” prossegue a sua campanha de angariação de novas assinaturas, no ano em curso, remetendo
a dedicadas individualidadas com residência ou atividade profissional na cidade de Viana do Castelo e noutras
regiões do país e países estrangeiros, um exemplar deste órgão da comunicação social acompanhado de uma
carta solicitando a sua anuência para subscreverem a assinatura anual, pela quantia de trinta euros.
Com grande satisfação e agradecimento da nossa parte, temos verificado que a solicitação que apresentamos, tendo por
base o desenvolvimento desta cidade capital de distrito, encontrou louvável recetividade.
Sendo assim, reiteramos a nossa maior consideração por essa concordância e solicitamos o envio ou entrega pessoal
da quantia de 30 euros respeitante à anuidade de 2016 em curso, podendo também esse envio ser efetuado através
do nosso NIB: PT50 003508520015078633078 (CGD) que muito contribuirá para a manutenção do nosso jornal e,
simultaneamente, do noticiário e defesa dos legítimos anseios e vivências desta região de Viana do Castelo antiga e
laboriosa, que muito tem a esperar do atual e futuro desenvolvimento pelo qual está a lutar. Desde já agradecemos.
15 Julho 2016 (Inclui 30 Julho 2016)
11
Em Salvador - Bahia (Brasil)
V
Instituída a data de 5 de Outubro
como dia de Caramuru
inte e um anos depois da
instituição do Dia do Rio
Vermelho, o vereador
Pedro Godinho deu entrada na
Câmara Municipal de Salvador
(Bahia) do Projeto de Lei N°
16/2009, para que o 5 de Outubro
fosse instituído como o Dia
Municipal de Caramuru. O Projeto
de Lei foi protocolado na sessão
do dia 16 de fevereiro de 2009,
data que simbolizou o início das
comemorações pelos 500 anos da
chegada de Diogo Álvares Corrêa
à Bahia e da descoberta do Rio
Vermelho.
O palco desses dois acontecimentos
simultâneos foi em 1509, na Pedra da Concha,
ilhota localizada na Enseada da Mariquita, no
Rio Vermelho, onde se deu, concomitantemente,
em consequência do célebre tiro de espingarda,
o nascimento do personagem Caramuru.
O Projeto de Lei, de autoria do vereador Pedro
Godinho, foi publicado no Diário Oficial do
Legislativo, edição de 18 de fevereiro de 2009,
na forma abaixo:
PROJETO DE LEI N° 16/2009 Institui o Dia
de Caramuru
A CÂMARA MUNICIPAL DE SALVADOR
DECRETA:
Art. 1º. - Fica instituído, em 5 de outubro, o Dia
de Caramuru, nome do batismo tupi de Diogo
Álvares Corrêa, Descobridor do Rio Vermelho,
Cofundador da Cidade do Salvador e Patriarca
da Bahia.
Art. 2º. - As despesas decorrentes da presente
Lei correrão por conta da verba do orçamento
vigente. Art. 3o. - Esta Lei entra em vigor na
data de sua publicação. Art. 4o. - Revogam-se
as disposições em contrário. Sala das Sessões,
em 16 de fevereiro de 2009.
Pedro Godinho
JUSTIFICATIVA
Para oficializar e valorizar a importância do
significado histórico do dia 5 de outubro, e
incluí-lo no calendário de eventos da Cidade do
Salvador, como o Dia de Caramuru, solicito aos
ilustres colegas Vereadores a aprovação deste
Projeto de Lei. Faço a seguir uma sintética
exposição de motivos para justificar a merecida
homenagem:
...Náufrago de uma embarcação que em 1509
soçobrou defronte ao Morro do Conselho,
na costa do Rio Vermelho, Diogo Álvares
Corrêa (tido como português, mas que alguns
historiadores afirmam que pode ter sido
espanhol ou até mesmo francês) foi encontrado
pelos tupinambás na Pedra da Concha, uma
minúscula ilha rochosa localizada na Enseada
da Mariquita, bem em frente da foz do
Camorogipé, no referido Rio Vermelho.
Foi da Pedra da Concha que o jovem europeu
deu um tiro de espingarda que abateu um
pássaro e deixou os nativos perplexos, pois
desconheciam armas de fogo. Por isso, ganhou
o respeito dos indígenas e o nome de Caramuru,
que na língua tupi significa “homem do fogo;
filho do trovão; dragão saindo do mar”.
Primeiro branco a habitar o território que faz
parte do município de Salvador, o Caramuru
transformou-se numa das personalidades mais
marcantes na historiografia baiana e brasileira
do século XVI. Além de ter sido o Descobridor
do Rio Vermelho, muito contribuiu com
Thomé de Souza na construção da primeira
cidade portuguesa na América do Sul, razão
pela qual é considerado como Cofundador de
Salvador. Pioneiro na miscigenação racial,
teve vários filhos com as índias que deram
origem às primeiras famílias baianas, sendo,
consequentemente, o Patriarca da Bahia.
De origem misteriosa, mas de vida rica em
fatos que lhe asseguraram um lugar de destaque
na história, o Caramuru morreu com a idade
presumida de 67 anos, no dia 5 de outubro
de 1557, em sua casa, junto da atual Igreja
de Nossa Senhora da Graça, primeiro templo
católico do Brasil, cuja capela primitiva foi por
ele construída, em 1535, atendendo um pedido
da esposa, Catharina Paraguassú.
Caramuru foi sepultado na Igreja do Mosteiro
de Jesus, atual Catedral Basílica, com todas as
honras da ordem dos padres jesuítas.
O reconhecimento da sua importância em nível
nacional ocorreu em 1910, no Rio de Janeiro,
então a capital brasileira, com a inauguração de
um monumento na Praça Floriano (Cinelândia),
onde o Clube Militar homenageou vultos de
grande relevo na formação da nossa história.
Caramuru foi um deles.
Na Bahia, o Caramurú permaneceu
praticamente esquecido. Afora o bairro do
Rio Vermelho - que a partir de 1988 passou a
comemorar o 5 de outubro como o Dia do Rio
Vermelho, em homenagem ao seu descobridor,
e que em 2001 propôs a toponímia (oficializada
em 2002) de Praça Caramuru para o terreno
acrescido de marinha situado defronte à
Pedra da Concha nenhuma outra homenagem
significativa foi tributada ao patriarca da
baianidade. Agora, após os 451 anos do
falecimento de Diogo Álvares Corrêa e quando
se comemoram os 500 anos da sua chegada a
Salvador (1509- 2009), proponho que o 5 DE
OUTUBRO seja oficializado no calendário
municipal como o DIA DE CARAMURU.
Esta é a homenagem mínima que se deve e pode prestar ao
célebre personagem da história da Cidade do Salvador, que muito
contribuirá para o resgate da sua memória, que passará a ser
celebrada e reverenciada anualmente em nosso município.
Sala de Sessões, 16 de fevereiro de 2009. Pedro Godinho.
Após longa tramitação, por diversas comissões técnicas da Casa
Legislativa, o Projeto de Lei N° 16/2009 foi aprovado pela Câmara
Municipal e levado para sancionamento, como Lei Municipal, pelo
prefeito João Henrique Carneiro.
A Índia Paraguassú casou com o vianense
Diogo Álvares Corrêa “Caramurú”
D
e origem “tupi”, a palavra ‘Paraguassú’ ou ‘Paraguaçu’ significa
‘rio grande’. Essa tradução leva a crer que a índia Paraguassú
tenha nascido em uma aldeia na região do Baixo Paraguaçu, provavelmente situada nas imediações da Ilha dos Franceses, por onde andava o
Caramuruú cumprindo o papel de intermediário no cómércio do paubrasil. A ilha, próxima ao estuário, fica no portal de um trecho em que
o rio é tão largo que não se enxerga a outra margem. É a Bacia do Iguape, verdadeiro lagamar, que na visão dos nativos se constituía numa
‘água grande (enseada)’, outro significado para o nome Paraguassú.
Talvez aí esteja a origem da denominação do rio e da filha do cacique
local. Também se reveste de força a tese de que Paraguassú nasceu
na Ilha de Itaparíca, cujo extremo norte fica próximo à foz do grande
rio. Essa versão possui raiz no fato do pai da índia chamar-se Taparica, donde teria derivado o nome da ilha ou vice-versa. promessa do
casamento de Paraguassú com um de seus guerreiros. Essa teria
sido a razão de Caramurú tê-la levado para seu povoado, junto
à entrada norte da Baía de Todos-os-Santos, fugindo ao hábito
de manter suas mulheres (a poligamia era admitida) nas aldeias
de origem. Caramurú foi o primeiro Cristão do Brasil, onde formou o 1º. casal cristão ao casar-se com a índia Paraguassú.
(Textos extraídos de estudos brasileiros facultados
a este jornal pela poetisa vianense Linda Coelho)
12
15 Julho 2016 (Inclui 30 Julho 2016)
15 Julho 2016 (Inclui 30 Julho 2016)
13
O novo mês de Agosto
O
mês de Agosto já não é o que
era. Deixou de haver escolha.
É igual em toda a parte. As festas
e romarias acabaram ao mesmo
ritmo que as aldeias. Quem lá
vivia foi para a cidade. A banda
Estrelas de Alva encaixotou os
instrumentos e zarpou. O baterista é segurança do ministério
da educação, o viola-baixo é canalizador na Graça e enriqueceu, a vocalista é “barmaid” no
Bliss em Vilamoura. E perdeu
muita da graça que nasceu com
ela. A autenticidade também rumou à cidade e desapareceu por
entre os becos e as avenidas.
O gin e as roupas da Fashion Clinic
que circulam nas sunset parties
ganharam a contenda. As velhas
alcoviteiras e os cães não têm
mais lugar nas festas de Agosto.
Nem o padre que suspirava pelo
amor de todos e dele próprio.
O Zé-Zé estuda em que curso? Já
sabe que a Mituxa vai expor em
Madrid? E a cama de hotel no final da noite quando a sina da exclusão por partes ditar a parceira. Mas tudo muito coreografado.
Salva-se o perfume e a lingerie.
A verdade é que já ninguém mais
sabe beijar como a vocalista dos
Estrelas de Alva. Que desconhecia quem era Neil Armstrong
mas levava os passageiros à lua e
às estrelas e aos cometas e devolvia-os mais ou menos vivos.
Texto de
Francisco Sérgio
de Barros e Barros
ESQUISSOS...
Nas asas do vento...
controlado movimento. Tudo o que o espírito cria,
existe. De um modo singular e inigualável.
Foto de Kovács Jocó
Ilustração extraída do “site” de Poesia e Sensibilidade
egresso à infância nas asas do vento. O vento que
R
vislumbrava da janela do meu quarto, febril, era
árvore, pássaro, carro de corrida ou um berlinde em
Rogério de Barros e Barros
Apenas um pássaro mereceu a hospitalidade de quem
tinha a função de o afugentar. Quem fez o espantalho
não se esqueceu de lhe colocar um coração.
15 Julho 2016 (Inclui 30 Julho 2016)
14
A
Investimentos de apoio aos pescadores
Câmara Municipal de Viana do Castelo tem vindo a efetuar investimentos para apoio aos pescadores do concelho. Depois de requalificar os armazéns de aprestos, entrega agora o edifício social para apoio à comunidade piscatória - “Cantinho dos Pescadores” - à VianaPesca, sendo que já
assinou com a Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL) o protocolo que permite a abertura da ponte móvel junto à
doca portuária. O Cantinho dos Pescadores, um equipamento social de apoio à comunidade piscatória vai agora ser colocado à disposição dos pescadores
e tem como objetivos prevenir a solidão e o isolamento, promover as relações pessoais e geracionais, prestar apoio psicossocial, favorecer a permanência
dos mais idosos no seu meio habitual e contribuir para a prevenção de situações de dependência, promovendo a autonomia. Ao todo, foram aqui investidos
cerca de oitenta mil euros.
Recentemente, a autarquia entregou à APDL a ponte móvel que liga a
doca de marés à doca da lota, entretanto reabilitada pelo Município num
investimento de cerca de 105 mil euros - para que esta assuma todas as
responsabilidades de manutenção, designadamente através de um protocolo
futuro a celebrar entre a APDL e a Associação de Armadores de Pesca de
Viana do Castelo.
A ponte móvel foi reabilitada pela Câmara Municipal para apoio aos profissionais de pesca da Ribeira, sendo que a infraestrutura veio substituir a
existente, datada de 1957 e inativa há 13 anos, e que estava em mas condições, provocando prejuízos vários por estar em causa um elemento fundamental de mobilidade entre o acesso à lota e à zona de aprestos de pesca.
Os trabalhos incluíram a reabilitação da estrutura metálica, a reabilitação
da parte elétrica, incluindo iluminação e sistema de segurança e ainda a reabilitação dos carris.
Estes novos investimentos, juntam-se à mais recente reabilitação dos armazéns de aprestos da zona, requalificados no âmbito de um projeto de recuperação, valorização e proteção do património natural, histórico e arquitetónico, de âmbito local. Trata-se de um investimento de 150 mil euros para
qualificar o espaço e contribuir para a competitividade dos profissionais de
pesca. Em causa está um conjunto de edifícios divididos em três quarteirões
na doca da cidade, no coração da ribeira, e que são a base de funcionamento
da atividade piscatória da comunidade e que estavam degradados, prejudicando não apenas o bom funcionamento da atividade piscatória mas, também, a qualificação do próprio espaço.
As três intervenções foram alvo de candidaturas ao PROMAR e visam
melhorar as condições de trabalho da comunidade piscatória vianense.
Gabinete de Imprensa
PALAVRA DE DEUS
Manuel Venade Martins (Pastor Evangélico)
E-mail : [email protected] / Página na Internet: www.igrejaemanuel.org
Também o reino dos céus é semelhante a um tesouro escondido num campo que um homem achou e escondeu; e, pelo gozo dele, vai, vende tudo quanto
tem, e compra aquele campo, outrossim o reino dos céus é semelhante ao homem, negociante, que busca boas pérolas. E, encontrando uma pérola de grande
valor, foi, vendeu tudo quanto �nha, comprou-a. Igualmente o reino dos céus é semelhante a uma rede lançada ao mar e que apanha toda qualidade de peixes.
E, estando cheia, a puxam para a praia; e, assentando-se, apanham para os cestos os bons; os ruins, porém lançam fora. (Mateus 13:44-48)
INTRODUÇÃO
Quando João Bap�sta pregava no deserto da Judeia, aos
próprios Judeus, as palavras foram diretas: Arrependei-vos
dos vossos pecados, da vossa maneira de viver, para podereis
entrar no Reino de Deus, que era já chegado. (Mateus 3:2)
Ninguém poderá entrar, ninguém poderá pertencer e
muito menos permanecer, se não houver em cada indivíduo
um verdadeiro arrependimento, e simultaneamente um ato
de conversão ao Senhor Jesus Cristo e caminhar as pisadas
do Evangelho do Mestre. O leitor deseja de todo o seu
coração pertencer ao Reino de Deus?
COMENTÁRIO (2016-07-A)
TESOURO ESCONDIDO
O tesouro referido na parábola é, e será somente Jesus.
Aquele Jesus que outrora não conhecíamos nem sabia-mos
como e onde poderíamos encontrá-lo; que era; para nós,
um tesouro escondido, e que um dia Ele mesmo nos achou,
e é hoje o nosso maior tesouro, também muito precioso.
Ao contar a parábola, Jesus estava a dirigir-se àqueles
que havia chamado, não somente para o acompanharem
no Seu ministério terreno e serem por Ele enviados às
ovelhas perdidas da casa de Israel, mas também, e muito
especialmente, para depois do Seu regresso à Glória, serem
as suas testemunhas desde Jerusalém até aos confins da
terra. (Atos, 1:8)
Ao falar daquela maneira, procurava levá-los a compreender
o valor de cada alma salva de entre os pecadores que,
atualmente, são as pessoas que desconhecemos, mas que
nos cruzamos com elas no nosso dia-a-dia, os tesouros e as
riquezas encobertas a toda a criatura que, fora das nossas
portas, aguardam que alguém que esteja na disponibilidade
de pôr de lado qualquer interesse de ordem temporal,
e vender tudo quanto tem, para comprar, com o valor da
sua venda, o campo onde estão escondidos os tesouros
Celes�ais e as riquezas encobertas, levando a preciosa
semente, andando e chorando, voltando com alegria,
trazendo consigo os seus molhos. (Salmo, 126: 6).
Deus teve a visão dos tesouros da Salvação, e as riquezas
encobertas, quando desde os Céus o Senhor observou
a terra, para ouvir o gemido dos presos pelos grilhões do
pecado para soltar os sentenciados à morte (eterna), a
fim de que seja anunciado o nome do Senhor. (Salmo
102:19,21) A mesma visão recebeu Isaías, quando ouviu a
voz do Senhor que dizia: A quem enviarei e quem há de ir
por nós. O profeta respondeu. Eis-me aqui, envia-me a mim.
(Isaías, 6:8) Então Isaías saiu na força do poder de Deus a
levar aos pecadores o aviso das consequências do pecado,
os cas�gos que viriam, e também a oferta de perdão para
quantos es�vessem prontos a abandonar os seus caminhos
maus e voltarem-se para o Senhor.
Chegada finalmente a plenitude dos tempos, Deus enviou
seu filho a fim de trazer aos pecadores a mensagem de
arrependimento e perdão. Agora, no mundo, Jesus não
teve por usurpação ser igual a Deus, mas aniquilou-se a
si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz.
(Filipenses, 2: 5-8)
Neste caso Jesus pregou o Evangelho, ensinou por meio
da palavra do seu próprio exemplo e toda a criatura humana
deve andar diante de Deus e do próximo, fazendo a sua obra.
O Senhor Jesus curou os enfermos, ressuscitou os mortos,
expulsou os demónios e operou muitas outras maravilhas,
provando que era o Messias.
No final do Seu ministério, Jesus foi morto numa cruz, onde
derramou o Seu sangue precioso para salvar da condenação
eterna todos quantos queiram aceitá-Lo como seu Salvador
pessoal e segui-lo.
Após a ressurreição, Jesus voltou a ser visto pelos
discípulos no espaço de quarenta dias, dando-lhes então as
úl�mas instruções, dizendo: Ide por todo o mundo, pregai
o Evangelho a toda criatura. Quem crer e for ba�zado será
salvo, mas quem não crer será condenado. (Marcos 16:1518)
Compreendemos agora que os discípulos de Jesus jamais
conseguiriam cumprir esta missão por meio da sua própria
capacidade ou sabedoria. Era-lhes necessário o mesmo
poder com que Jesus iniciou Seu ministério. Por conseguinte,
Jesus disse-lhes: Recebereis a virtude do Espírito Santo, que
há de vir sobre vós; e sereis minhas testemunhas, tanto
em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria, e até aos
confins da terra. (Atos 1:8) E eles, tendo par�do reves�dos do
poder prome�do que lhes fora enviado, pregaram por todas
as partes, cooperando com eles o Senhor, e confirmando a
Palavra com os sinais que se seguiram. (Mateus 16:20)
CONCLUSÃO-FINAL (EUR)
AMADOS LEITORES
Se o amado leitor deseja melhores esclarecimentos, pode
contactar comigo através de: Nosso endereço de correio
eletrónico: venademar�[email protected]. Pode ainda escrevernos para: Assembleia de Deus Emanuel - 14 Connec�cut Ave
- BAY SHORE, NY 11706-3007 - U.S.A.Visite o nosso site na
Internet em: www.igrejaemanuel.org
15 Julho 2016 (Inclui 30 Julho 2016)
15
ALMINHAS
DA LAGARTEIRA
Fátima Rosa Rodrigues
101
N
este mês de verão quente, aqui nos reencontramos para mais
um passeio, desta vez pelas ruas de Vila Praia de Âncora. O
nosso passeio vai levar-nos até às Alminhas da Lagarteira,
localizadas no centro da vila, embutidas num muro face à Rua 31 de
Janeiro que se cruza com a Travessa 31 de Janeiro. A sua construção
data no século XIX, em 1860, e em 1985 com a abertura da travessa
da Rua 31 de Janeiro, foi deslocada para a actual localização.
As alminhas da Lagarteira têm um nicho e uma cruz . O nicho tem
um orifício cimentado onde se encontra uma caixa de esmolas em
metal. A sua estrutura é de granito e fechado com um gradeamento,
onde se encontra a imagem de Nossa Senhora do Carmo, o Santo António e o Arcanjo São Gabriel, segurando a balança na mão esquerda,
estando aos seus pés as Almas entre chamas. As Alminhas da Lagarteira são um património cultural que faz parte do passado de cada um
de nós.
Que pena, o nosso itinerário chegou, por hoje, ao fim. Mas outros
passeios se repetirão, neste e noutros locais. Até breve.
UM MUNDO MELHOR
Um mundo melhor.
Sim! Todos queremos.
Com muita cor.
-Será que um dia o teremos?
Um mundo melhor.
Sim! Podemos ter.
E a vida terá mais feliz sabor.
-Basta querer.
Um mundo melhor.
Queremos? Podemos ter!
Se amor, muito amor.
Deixarmos em nós crescer…
3
NA ANTIGA RUA DO PINHEIRO, EM PONTE DE LIMA
187
ESTUDO GENEALÓGICO
DA CASA DE CALISTO ANTÓNIO GARCIA DE BARROS
Retrospectiva dos elementos documentais publicados no jornal “O
Vianense”, de 15.06.2001. Anotação extraída do Estudo Genealógico dos
Parentes de Inácio da Silva Medella, existente no Arquivo da Santa Casa da
Misericórdia de Barcelos, elaborado pelo genealogista Dr. Felgueiras Gayo.
N°. 7 - Francisca Teresa, filha de Maria Madalena
Gomes de Medella (nº. 6 deste § 57) casou com
Manuel da Costa e Silva, Morgado de S. João (Certidão
letra F, n.º 8) e teve: Gregório; Maria (vai no § 52).
Parágrafo 58º.
N°. 7 - Manuel António Ribeiro, filho de Maria
Madalena Gomes de Medella (nº. 6 do § 57) casou
com D. Teresa Clara Joaquina de Calheiros, de
Arcozelo, Barcelos, e teve: Maria Madalena; Isabel
Rosa Calheiros de Castro, casada com José Tiago
Garcia de Barros, também de Arcozelo (Barcelos).
Nº.8 – D.Isabel Rosa Calheiros de Castro,casada com
o dito José Tiago de Garcia de Barros, deste parágrafo,
teve:Calisto António Garcia de Barros;João Evangelista;
Victória do Carmo; Maria Victória; Ana Joaquina.
Nota: Provada a filiação destes e de seus
avós. Documentos no maço M e no maço nº. 9 –
v.º São cinco irmãos. Assinam: Gayo e Barreto.
D. Isabel Rosa Calheiros de Castro, natural da
freguesia de Arcozelo, Barcelos, e José Tiago Garcia
de Sarros, natural da vila de Barcelos, agora cidade,
onde casaram, na paróquia de Santa Maria Maior, a
17 de Março de 1808, foram pais de Calisto António
Garcia de Barros, possuidor, a partir de 1853, da Casa
do Pinheiro ou do Calisto (em evidente alusão ao seu
nome), da vila de Ponte de Lima, casado que foi com
D. Maria Pereira da Costa Sousa e Barros, fiïha de João
Francisco Arrais e de D. Jerónima Pereira da Costa
Sousa, que também usava o nome de D. Jerónima de
Sousa Pereira, residentes em Neves - Vila de Punhe.
(Ver Livro de Registo de Casamentos, desta
freguesia, ano 1848). Calisto António Garcia de
Barros e D. Maria Pereira da Costa Sousa e Barros foram
trisavôs, por linha paterna, do autor deste trabalho.
O estudo genealógico dos parentes de Inácio da
Silva Medella foi efectuado pelo ilustre linhagista
Felgueiras Gayo, Provedor da Santa Casa da
Misericórdia de Barcelos, no ano de 1795. Eis o teor da
abertura deste estudo, que se encontra no Arquivo
daquela Santa Casa, na cidade de Barcelos:
“TÍTULO GENEALÓGICO DOS PARENTES DE
INÁCIO DA SILVA MEDELLA – ANO DE 1795”
Este título da família de Inácio da Silva Medella, que
morreu no Rio de Janeiro, foi extraído do Título que
foi entregue nesta Mesa pelo procurador legítimo do
dito Inácio da Silva Medella,o Dr.João Ferreira Linhares
e por ele assinado que fica no arquivo desta Santa
Casa, e posto na verdadeira ordem genealógica com
parágrafos separados e papel em branco de permeio
para se ir acrescentando as gerações e fazendo
menção das certidões que as comprovarem. Foram
puxadas e acrescentadas as linhas que estavam no
dito tombo pelas certidões que se acham no arquivo
da Santa Casa e Árvore da Conferência à qual o dito
Tombo e mais documentos nos reportamos. Eu,
Manuel José da Costa Felgueiras Gayo, escrivão desta
Santa Casa a subscrevi e assinei e conferi com o Dr.
Luís Lopes Veloso Barreto nomeado pela mesa, para
esta Conferência que se fez em mesa, e declaramos
que consta do presente esta genealogia de 114
parágrafos, e todos vão rubricados com os nossos
apelidos: Barreto, Gayo.
E para constar fiz este termo, eu, sobredito Manuel
José da Costa Felgueiras Gayo, aos sete de Maio de
1795. Dr. Manuel José Barbosa e Faria. Conferindo
comigo, Manuel José da Costa Felgueiras Gayo, Luís
Lopes Veloso Barreto, José Joaquim Soares Brito
de Sá, José de Faria Barreto, João Luís Salgado, etc.
(Seguem-se outras assinaturas da dita Santa Casa).
(Repete-se a publicação do nº. 510, de 30.10.2008, para conhecimento e arquivo de novos leitores)
Continua
Matias de Barros
15 Julho 2016 (Inclui 30 Julho 2016)
16
Portugal, Campeão da Europa
Portugueses e luso-portugueses de
todo o mundo aplaudiram Portugal
pela obtenção do título de Campeão
da Europa de Futebol. No Brasil,
a nossa familiar Rosane Igreja
também assinalou essa vitória.
À direita, no Rio de Janeiro-Brasil. O Comendador Adelberto Rolo Igreja, filho do falecido
empresário da Construção Civil Aníbal Francisco Igreja. , de Alvarães, e da também falecida
D.Engracia Rolo Igreja, de Vila de Punhe-tios do fundador do jornal “O Vianense”- a quem
enviaram, há muitos anos, carta de chamada para com eles trabalhar e residir, até regressar a
Portugal. Ladeiam-no a sua filha Engª. Cristina, a sua neta Drª. Rosane e a sua Esposa. Parabéns!
38
MIRANTE
DO
ALTO MINHO
REGISTO QUINZENAL
DE FIGURAS E FACTOS
Coordenação de
MATIAS DE BARROS
1
“O Vianense” - Nº. 594
15 Julho 2016
(inclui 30 de Julho 2016)
Faleceu
Amélia Josabete de Sousa Rocha Fernandes
Capela de São Roque - Vila de Darque
Senhor do Bonfim - São Roque
JOAQUIM CORREIA
No dia 13 de Julho, faleceu nesta cidade
D. Amélia Josabete de Sousa Rocha e Fernandes, viúva de João Barbosa
Fernandes, que em vida fundou e dirigiu o jornal “Falcão do Minho”.

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