Quem dosou talento com senso coletivo levou a melhor no vôlei

4 . ATAQUE
QUARTA-FEIRA, 29.6.2016 I O DIA
TEXTO: HERCULANO BARRETO FILHO
FOTOS: MÁRCIO MERCANTE
uando as meninas do time sub-14 de basquete
de São João de Meriti
recuperavam a bola, erguiam
os olhos para procurar Adrielly, a pivô de 1,90m que marcou todos os 34 pontos da
equipe em uma só partida.
Mariane só tinha 11 anos
quando começou a atuar como levantadora no sub-14 de
vôlei de Queimados, com meninas três anos mais velhas.
No último ano na categoria,
virou uma ponta de 1,80m, capaz de executar todas as tarefas em quadra com precisão.
Com Nilópolis em quadra no
vôlei masculino sub-14, Darlan bloqueava e conseguia
atacar até quando pegava impulso da linha de três metros.
Em comum entre esses destaques dos Jogos da Baixada,
havia o talento, moldado em
competições nacionais e até internacionais, já que são atletas
de clubes ligados às federações das modalidades. Mas
apenas Darlan se despediu da
19ª edição do evento com o ouro. Porque, nos momentos difíceis, contou com a ajuda do trabalho em equipe para vencer
no maior evento socioesportivo da região, neste fim de semana, no Sesc de Nova Iguaçu.
“É um time que começou
agora, com alguns atletas que
dominam os fundamentos. Isso foi fundamental para a nossa vitória”, analisa Darlan, que
atua na base da AABB Lagoa.
Ele é o irmão mais novo de
Alan, 22 anos, bicampeão brasileiro da Superliga pelo Sada
Cruzeiro, de Minas Gerais,
campeão mundial com a seleção sub-23 e com status de ser
uma das promessas da nova
geração do vôlei. Mas mostrou
ter brilho próprio. Ele soube tirar proveito da estatura de
1,87m para ser soberano na rede e o diferencial da equipe
de Nilópolis na conquista do
ouro, no sábado. Depois de
Q
‘Ele (Darlan)
é o destaque
do time. A
estratégia é
simples. O
time joga a
bola pra ele
que ele
decide’
Helenio
Técnico de
Nilópolis
‘A gente
nunca perdeu
na categoria.
O segredo é
treinar muito
e preparar a
equipe com
antecedência’
MARCOS
VINICIUS
Técnico de
Nova Iguaçu
ESTRATÉGIA VITORIOSA
OUROPARA
OTRABALHO
EMEQUIPE
Quem dosou talento com senso coletivo
levou a melhor no vôlei, basquete e xadrez
bater Nova Iguaçu por 2 sets
a 0 na semifinal, a equipe levou o título ao vencer Queimados, pelo mesmo placar.
No sábado, a pivô Adrielly,
de São João de Meriti, a mesma citada no começo da reportagem, não teve a mesma
sorte e sucumbiu diante do
trabalho em equipe de Duque
de Caxias no basquete feminino: 14 a 0 para Caxias. No domingo, o filme se repetiu. O talento da ponta Mariane, de
Queimados, também não foi
suficiente para superar o entrosamento de Nova Iguaçu,
que confirmou o favoritismo
e levou seu sexto título consecutivo na categoria com vitória por 2 sets a 0. Destaque para Julia e Maria Fernanda, escolhida a melhor jogadora da
competição. Prova de que o
trabalho em grupo supera o
talento individual.