Carta do 3º Diálogo - Registro Juventude
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Carta do 3º Diálogo - Registro Juventude
Carta Aberta do 3º Diálogo Nacional de Movimentos e Organizações Juvenis A Juventude brasileira sempre teve um papel estratégico para o desenvolvimento do país. Ao longo dos anos, obteve a conquista de vários direitos, resultado de diversas lutas e um histórico de participação social. Desde 2002, o debate sobre as políticas públicas de juventude (PPJ), no Brasil, ganha a maior relevância, principalmente a partir de 2005, momento de constituição do Conselho Nacional de Juventude e da Secretaria Nacional de Juventude. O 1º Diálogo Nacional em 2004 já apresentava como uma das principais demandas a criação de uma Política Nacional de Juventude. Desde então, vários foram os avanços nas políticas públicas, como o fomento dos espaços institucionais e de participação juvenil. A realização da 1ª Conferência Nacional de Políticas Públicas de Juventude, que reuniu mais de 400 mil jovens em todo país, se constituiu como um espaço privilegiado dos mais diversos segmentos juvenis, que elegeram 69 resoluções e 22 prioridades para as políticas públicas em âmbito nacional. Mesmo reconhecendo tais avanços, há ainda grandes desafios relacionados ao tema juventude em nosso país. Nesse sentido, é preciso fortalecer e avançar no debate sobre PPJ enquanto uma política de Estado, levando em consideração a articulação do poder público e da sociedade civil, incorporando definitivamente na agenda política nacional, e repercutindo nas esferas estaduais e municipais. As políticas públicas de juventude devem estar integradas a saídas estruturais que atendam a objetivos de curto, médio e longo prazo. A implementação de programas e ações tais como o Projovem, o Prouni, a Reserva de Vagas nas Universidades e a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da juventude são importantes iniciativas, entretanto, as organizações e movimentos juvenis precisam reafirmar as reivindicações dos setores juvenis, contribuindo cada vez mais para a ampliação dos direitos dos(as) jovens. As organizações e movimentos juvenis reunidas no 3º Diálogo Nacional em Salvador, consideram o papel estratégico que a juventude tem para o desenvolvimento sustentável e igualitário do país, e que para um avanço ainda maior na implementação das PPJs, deve-se levar em conta os seguintes aspectos: 1) Fortalecimento do diálogo entre as organizações e movimentos juvenis da sociedade civil, no sentido de valorizar e qualificar cada vez mais os espaços de articulação e participação desses movimentos e organizações juvenis na discussão, formulação, implementação e avaliação das Políticas Públicas de Juventude; 2) Discussão e definição do marco legal das políticas de juventude, através da aprovação da PEC da juventude; do Plano Nacional de Juventude e do Estatuto da Juventude em âmbito federal. Além disso, é importante a promoção de debates e articulações para a criação de espaços institucionais e planos de juventude nos estados e municipios, e avançar para a consolidação de um Sistema Nacional de Juventude. 3) Constituição da política nacional de juventude, através da aprovação do Plano Nacional de Juventude, transformando-a numa política de estado e não de governo. Para isso, sabemos que 2010 será um ano importante no debate político nacional, e não podemos permitir um retrocesso nas conquistas obtidas até aqui; sendo assim, é preciso garantir que independente dos governos em vigor, a política de juventude possa se constituir como permanente em nosso país; 4) Reafirmação do Conselho Nacional de Juventude como um espaço de referência na elaboração, discussão e proposição de políticas de juventude. Em 2009, o Conjuve será presidido pela sociedade civil, e cumprirá um papel destacado no sentido de garantir uma maior articulação das organizações e movimentos juvenis em todo o país no monitoramento e incidência da implementação das políticas públicas de juventude no Brasil. Salvador, 22 de janeiro de 2009. Assinam esta carta: 1. A Coletividade – Pernambuco 2. ABES –Associação Baiana Estudantil Secundarista 3. ARACATI 4. Articulação Politica de Juventudes Negras 5. Associação Brasileira Gays, Lésbica, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT) 6. Associação Cultural de Preservação do Patrimônio Bantu (ACBANTU) 7. Associação Nacional dos Pós–Graduandos (ANPG) 8. Associação Software Livre.org 9. Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CTB) 10. Centro Acadêmico Alexandre de Gusmão – Direito (UNISANTOS-SP) 11. Centro de Estudos e Memória da Juventude (CEMJ) 12. Centro de Formação Brasil Jovem 13. Centro Popular de Cultura (CPC) 14. CIPO –Comunicação Interativa 15. Circuito Universitário de Cultura e Arte (CUCA) 16. Coletivo Acorda – Pernambuco 17. Confederação das Mulheres do Brasil 18. Congresso Nacional Afro – Brasileiro 19. CONTAG 20. DCE Uninorte 21. Escola de Gente – Comunicação em Inclusão 22. Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (FETRAF) 23. FETAG 24. Força Sindical 25. Grupo Respeito de Coroatá 26. Instituto Companheiros das Américas 27. JSB 28. Juventude PT 29. Movimento de Organização Comunitária(MOC) 30. Movimento Revolucionário 8 de Outubro 31. Nação Hip Hop Brasil 32. Palavra da Mulher Lesbica 33. Programa de Desenvolvimento Caminhos do Sol 34. Rede Fale 35. UEB – União dos Estudantes da Bahia 36. UMES – SP 37. UNEGRO 38. União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) 39. União Brasleira de Mulheres (UBM) 40. União da Juventude Socialista (UJS) 41. União Estudantil de Teófilo Otoni 42. União Nacional dos Estudantes (UNE)